13. o chamado de um povo

15

Upload: pohlos

Post on 10-Jul-2015

180 views

Category:

Spiritual


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: 13. o chamado de um povo
Page 2: 13. o chamado de um povo

1 | A p o s t i l a – O C h a m a d o d e u m P o v o

O CHAMADO DE UM POVO

Na noite passada eu parecia estar em pé diante de u m grande número de pessoas que não estavam unidas . Um recuava enquanto o outro desejava avançar. Não estavam em posição de unidade uns com os outros. Vi um ser celestial aparecer diante deles, e o ouvi dizer: "Ponde-vos em linha! Ninguém está travando uma batalha à sua própria custa. O Capitão do regimento diz: "Ponde-vos em linha!" (MM, Este Dia Com Deus, 33)

Nas visões da noite tenho dado o claro testemunho de que o Senhor Jesus será encontrado por todos os que O buscarem de todo o coração, apegando-se a Ele pela fé. Eu estava falando a vós com intenso fervor. Atendei à oração de Cristo por unidade. Afastai as suspeitas com que Satanás tem procurado desviar-vos. Repeli o ini migo, e então o Espírito do Senhor arvorará para vós um estandarte contra o inimigo. ... (Idem, 72)

É necessário um movimento geral, mas este tem de co meçar com movimentos individuais. Que em toda igreja os membros de cada família façam esforços decididos de abnegação e de promoção do trabalho. Que as crianças desempenhem uma parte. Que haja cooperação de todos. Façamos nós mesmos o melhor que pudermos neste tempo para dedicar a Deus nossa oferta, e pôr em prática Sua vontade específica, criando assim uma ocasião para testemunho em Seu favor e de Sua verdade num mundo de trevas. A lâmpada está em nossas mãos. Deixemos que sua luz brilhe com intensidade. (CSE, 210)

Alegamos possuir maior soma de verdades do que as outras igrejas; porém, se esta convicção não conduzir a maior consagração de nossa parte, e a uma vida mais pura e mais santa, de que proveito será? Melhor seria nesse caso que nunca tivéssemos recebido a luz da verdade do que, professando aceitá-la, não sermos por ela santificados.

Page 3: 13. o chamado de um povo

A p o s t i l a – U m C h a m a d o d e u m P o v o | 2

Para podermos avaliar a importância dos interesses implicados na conversão da alma, do erro para a verdade, cumpr e saber apreciar o valor da imortalidade e avaliar os sofri mentos da segunda morte . Devemos poder formar uma idéia da honra e da glória que Deus destina aos remidos e do que significa viver em presença daquele que morreu para elevar e enobrecer o homem e conferir ao vencedor um diadema real.

O valor de uma alma não pode ser devidamente apreciado pela mente finita. Quão reconhecidos e gratos os remidos e os glorificados hão de um dia recordar-se dos que serviram de instrumentos para a sua salvação! Ninguém se arrependerá então dos esforços abnegados, dos trabalhos perseverantes, da paciência, da renúncia e dos anelos ardentes pelas almas, que, aliás, podiam ter perecido se tivessem negligenciado o seu dever ou se cansado de fazer bem.

Entretanto, essas almas, trajando brancas vestes, s e acham agora entre o rebanho do grande Pastor. O fiel obreiro e a alma que foi salva por seu trabalho, são saudados junto ao trono do Cordeiro e conduzidos à árvore da vida e às fontes de água viva. Com que regozijo o servo de Cristo contemplará esses remidos que então compartilham a glória do Redentor, e quanto mais glorioso será o Céu para os que se tiverem provado fiéis na obra de salvar almas! "Resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente." Dan. 12:3. (II TS, 263-264)

Assim estará o instrumento humano habilitado a cooperar com o divino. Todo o agente estará subordinado ao Espírito Santo, e todos os crentes unidos num esforço organizado e bem dirigido para dar ao mundo as alegres novas da graça de Deus. (MM, Maravilhosa Graça, 108)

Os que são inclinados a considerar como supremo seu critério individual, acham-se em grave perigo. É o estudado esforço de Satanás separar a esses dos que são condutos de luz, e por cujo intermédio Deus tem operado para edificar e estender Sua obra na Terra. Negligenciar ou desprezar aqueles que Deus designou para arcar com as responsabilidades da administração ligadas a o progresso da verdade, é rejeitar o meio ordenado por Ele para auxílio, animação e fortalecimento de Seu povo. Passar qualquer obreiro na

Page 4: 13. o chamado de um povo

3 | A p o s t i l a – O C h a m a d o d e u m P o v o

causa do Senhor por alto a esses, e pensar que a luz não lhe deve vir por nenhum outro instrumento mas diretamente de Deus, é assumir uma atitude em que está sujeito a ser iludido pelo inimigo, e vencido. Em Sua sabedoria, o Senhor tem designado que, mediante a íntima relação mantida por todos os crentes, cristão esteja unido a cristão, igreja a igreja. Assim estará o instrumento humano habilit ado a cooperar com o divino . Todo o agente estará subordinado ao Espírito Santo, e todos os crentes unidos num esforço organizado e bem dirigido para dar ao mundo as alegres novas da graça de Deus. (AA, 164)

Não obstante o fato de haver sido Paulo ensinado pessoalmente por Deus, não mantinha ele idéias extremadas de responsabilidade individual. Embora buscando de Deus a guia direta, estava sempre pronto a reconhecer a autoridade contida no corpo de crentes unidos em comunhão de igreja. Sentia a necessidade de aconselhar-se; e quando surgiam assuntos de importância, alegrava-se em poder apresentá-los perante a igreja, e em unir-se com os irmãos para buscar de Deus sabedoria para fazer decisões acerta das. Mesmo "os espíritos dos profetas", declarou ele, "estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos". I Cor. 14:32 e 33. Com Pedro ele ensinava que todos unidos na qualidade de igreja deviam ser "sujeitos uns aos outros". I Ped. 5:5. (AA, 200)

União é força, e o Senhor deseja que esta verdade s eja sempre revelada em todos os membros do corpo de Cristo . Todos devem ser unidos em amor, em mansidão, em humildade de espírito. Organizados numa sociedade de crentes, com a finalidade de combinarem e difundirem sua influência, compete-lhes trabalhar como Cristo trabalhou. Sempre devem manifestar cortesia e respeito de uns para com os outros . Todo talento tem o seu lugar, e deve ser mantido sob o domínio do Espírito Santo. (MM, Exaltai-o, 296)

Cercados pelas práticas e influências do paganismo, os crentes colossenses estavam em perigo de ser afastados da simplicidade do evangelho, e Paulo, para adverti-los contra isto, apontou-lhes a Cristo como o único Guia seguro. "Porque quero que saibais", escreveu ele,

Page 5: 13. o chamado de um povo

A p o s t i l a – U m C h a m a d o d e u m P o v o | 4

"quão grande combate tenho por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e por quantos não viram o meu rosto em carne; para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em caridade, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para con hecimento do mistério de Deus - Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência . (AA, 473)

Tende a bondade de ler a exortação de Paulo aos colossenses. Ele fala de seu veemente desejo de que os corações dos crent es sejam "unidos em amor e enriquecidos da plenitude da inte ligência, para conhecimento do mistério de Deus - do Pai, e de Cri sto; em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e d a ciência". Col. 2:2 e 3 . "E digo isto", declara ele, "para que ninguém vos engane com palavras persuasivas. Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nEle, arraigados e edificados nEle e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças. Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade." Col. 2:4, 6-9. (I ME, 195)

Cristo havia terminado a obra que Lhe fora dada para fazer. Tinha reunido os que deviam continuar Sua obra entre os homens. E disse: "E nisso sou glorificado. E Eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós." "Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um ." "Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para qu e o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." João 17:10-11, 20-21 e 23. (AA, 24)

À igreja primitiva tinha sido confiada uma obra de constante ampliação - estabelecer centros de luz e bênção, onde quer que existissem almas sinceras e dispostas a se dedicarem ao serviço de Cristo. A proclamação do evangelho devia abranger o mundo, e os mensageiros da cruz não poderiam esperar cumprir su a importante

Page 6: 13. o chamado de um povo

5 | A p o s t i l a – O C h a m a d o d e u m P o v o

missão a menos que permanecessem unidos pelos laços da afinidade cristã, revelando assim ao mundo que eles eram um com Cristo em Deus. Não tinha seu divino Guia orado ao Pai: "Guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós"? João 17:11. E não declarara Ele com respeito a Seus discípulos: "O mundo os aborreceu, porque não são do mundo"? João 17:14. Não pleiteara com o Pai que eles pudessem ser "perfeito s em unidade" "para que o mundo creia que Tu Me enviaste "? João 17:23 e 21. Sua vida e poder espirituais dependiam de íntima relação com Aquele que os havia comissionado para pregar o evangelho. (AA, 90)

ATENÇÃO !

Cada um deve trabalhar em harmonia com seus irmãos . Em seu trabalho, os obreiros de Deus devem ser essencialmente uma unidade. Ninguém deve colocar-se como padrão, falando desconsideradamente a respeito de seus companheiros, ou tratando-os como se eles fossem inferiores. Sob o cuidado de Deus, cada um deve desincumbir-se da tarefa que lhe foi indicada, devendo contar com o respeito, amor e animação dos outros obreiros. Unidos devem eles conduzir a obra rumo a sua terminação . (AA, 276)

A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. Se há na igreja grande número de membros, convém que se organizem em pequenos grupos a fim de trabalhar, não somente pelos membros da própria igreja, mas também pelos incrédulos. Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de obreiros. Mantenham indissolúvel seu laço de união, apegando- se uns aos outros com amor e unidade, animando-se mutuamente p ara avançar, adquirindo cada qual ânimo e força do auxí lio dos outros. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 84.

Cristo disse acerca dos primeiros discípulos e de todos os que houvessem de nEle crer mediante a palavra deles: "Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como nós som os um. Eu

Page 7: 13. o chamado de um povo

A p o s t i l a – U m C h a m a d o d e u m P o v o | 6

neles, e Tu em Mim, para que sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim e que tens amado a eles como Me tens amado a Mim." João 17:22 e 23. (CBV, 405)

A personalidade do Pai e do Filho, bem como a unidade existente entre Eles, é apresentada no capítulo dezessete de João, na oração de Cristo por Seus discípulos: "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela Sua palavra, hão de crer em M im; para que todos sejam um, como Tu, o Pai, és em Mim, e Eu em Ti. (CBV, 421)

Deve existir perfeita unidade entre os obreiros que manuseiam livros que hão de inundar o mundo de luz. Onde quer que seja apresentada a obra da colportagem entre nosso povo, sejam apresentados livros sobre saúde e religião como partes de uma obra unida. A relação entre os livros religiosos e os de saúde é-me apresentada como ilustrada pela união da trama com a urdidura para formar um belo modelo e um perfeito trabalho. (Colp, Evang. 135)

Deus é a personificação da benevolência, da miseric órdia e do amor. Os que se acham realmente ligados com Ele não podem estar em desarmonia uns com os outros . Sendo o coração regido por Seu Espírito, desenvolve harmonia, amor e unidade. O contrário disso vê-se entre os filhos de Satanás. A obra deste é suscitar inveja, contenda e ciúmes. Em nome de meu Mestre, pergunto aos professos seguidores de Cristo: Que frutos produzis? (CPPE, 90)

Está no plano de Deus que alguns sirvam em um ramo de trabalho, e outros em ramos diversos - trabalhando todos sob o mesmo espírito. O reconhecimento deste plano será uma salvaguarda con tra a emulação, o orgulho, a inveja, ou contra o desdém d e um ao outro . Fortalecerá a unidade e o amor mútuo. (CPPE, 315)

Na obra de salvar almas, reúne o Senhor obreiros com planos e idéias diferentes, bem como diversos nos métodos de trabalho. Com essa diversidade de mentes, porém, deve-se revelar unida de de desígnio . Muitas vezes, no passado, a obra que o Senhor destinara a

Page 8: 13. o chamado de um povo

7 | A p o s t i l a – O C h a m a d o d e u m P o v o

prosperar foi prejudicada devido a homens procurarem pôr um jugo sobre os coobreiros que não seguiam os métodos que eles julgavam ser os melhores. (Idem, 531)

Na obra da reforma, professores e estudantes devem cooperar, cada um agindo no sentido do melhor interesse para que nossas escolas sejam, o que Deus possa aprovar. Unidade de ação é necessária para o sucesso. Um exército em batalha ficaria confuso e seria derrotado se cada soldado individualmente agisse se gundo os seus próprios impulsos em vez de agirem todos harmo niosamente sob a orientação de um competente general. Os soldados de Cristo devem agir harmoniosamente. Poucos convertidos, unindo-se para um grande propósito sob uma só cabeça, obterão vitórias em cada obstáculo. (CSE, 125)

Aos alunos deve ser ensinado que eles não são átomo s independentes, mas que cada um é um fio que se deve unir a outros fios na composição de um tecido . Em nenhum departamento pode essa instrução ser ministrada com mais eficácia, do que na escola doméstica. Aí se acham os alunos diariamente circundados de oportunidades que, se forem aproveitadas, ajudarão grandemente no desenvolvimento dos traços de caráter a formarem. Está no poder deles próprios aproveitarem de tal maneira seu tempo e oportunidades que formem um caráter que os torne úteis e felizes. Os que se encerram em si mesmos, que são avessos a se desdobrarem para beneficiar os outros mediante amigável convívio, perdem muitas bênçãos; pois mediante o contato mútuo os espíritos são polidos e refinados; por meio do intercâmbio social formam-se relações e amizades que dão em resultado certa unidade de coração e uma atmosfera de amor que agradam ao Céu. (CSE, 158)

Enquanto o espírito de crítica e de suspeita não fo r banido do coração, o Senhor não pode realizar Seu anelo para a igreja - abrir o caminho para o estabelecimento de escolas; enquan to não houver unidade, Ele não moverá aqueles a quem confi ou recursos e aptidões para o progresso dessa obra. Os pais precisam atingir mais elevada norma, observando o caminho do Senhor e praticando a

Page 9: 13. o chamado de um povo

A p o s t i l a – U m C h a m a d o d e u m P o v o | 8

justiça, de modo a serem portadores de luz. Importa que haja inteira transformação de espírito e caráter. O espírito de desunião nutrido no coração de alguns se comunicará a outros, e anulará a influência que a escola exerceria para o bem. A menos que os pais estejam prontos e ansiosos no sentido de cooperar com o professor para salvação de seus filhos, não se acham preparados para o estabelecimento de uma escola entre eles. (CSE, 188)

Jamais poderá a igreja alcançar a posição que Deus deseja que alcance, enquanto não estiver ligada com simpatia a os seus obreiros missionários . Jamais poderá existir a unidade por que Cristo orou enquanto não se levar a espiritualidade para o trabalho missionário, e a igreja não se tornar um instrumento para o sustento das missões. (CSM, 47)

A princípio, muito poucos de nós havia para levar avante a obra, e era muito necessário sermos unânimes para podermos fazer a obra avançar com ordem e uniformidade. Ao vermos a importância de estar na unidade da fé, nossas orações foram atendidas, e fo ram respondidas as orações de Cristo de que fôssemos um assim como Ele e o Pai eram Um. Éramos tão destituídos de recursos como vós sois aqui nestes reinos, e freqüentemente andávamos com fome e sofríamos devido à falta de roupa apropriada. Mas víamos que a verdade devia avançar e nós devíamos ter os recursos para levá-la avante. Buscamos então ao Senhor com muito fervor, a fim de que abrisse o caminho para podermos alcançar o povo das diferentes cidades e vilas, e meu esposo e eu tínhamos de trabalhar com nossas mãos para obter recursos suficientes para nos locomovermos de um para outro lugar, a fim de apresentar os tesouros da fé a outros. Podíamos ver que o Senhor do Céu ia adiante de nós preparando o caminho para o trabalho. (CSM, 303)

É pelo exercício desse amor prático que as igrejas se atraem cada vez mais na unidade cristã. Pelo amor aos irmãos é aumentado o amor a Deus, porque Ele não Se esqueceu dos que est avam angustiados, e assim ascendem a Deus ações de graça s pelo Seu cuidado. "Porque a administração desse serviço não só supre as

Page 10: 13. o chamado de um povo

9 | A p o s t i l a – O C h a m a d o d e u m P o v o

necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dão a Deus." II Cor. 9:12. A fé dos irmãos, em Deus, aumenta, e eles são levados a entregar sua alma e corpo a Deus como a um fiel Criador. "Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos." II Cor. 9:13. Review and Herald, 21 de agosto de 1894. (CSM, 344)

O Senhor necessita de todas as espécies de obreiros hábeis. "E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo." Efés. 4:11-13. (CSS, 516)

O benévolo desígnio de Deus abrange cada ramo de Sua obra. A lei da dependência e influência mútuas deve ser reconhe cida e seguida. "Nenhum de nós vive para si." O inimigo tem usado a corrente da dependência para aproximar os homens. Eles se têm unido para destruir no homem a imagem de Deus, para opor-se ao evangelho pervertendo-lhe os princípios. São representados na Palavra de Deus como sendo atados em molhos para ser queimados. Satanás está unindo suas forças para perdição. A unidade do povo escolhido de Deus tem sido terrivelmente abalada. Deus apresenta um remédio. Este remédio não é uma influência entre muitas influências, e no mesmo nível delas; é uma influência acima de todas as de mais sobre a face da Terra, neutralizante, enaltecedora e enobrecedora. Os que trabalham no evangelho devem ser elevados e santificados; pois estão lidando com os princípios de Deus. Atrelados a Cristo, são eles cooperadores de Deus. Assim deseja o Senhor unir Seus seguidores uns aos outros, para qu e possam ser uma força para o bem, realizando cada qual a su a parte, não obstante nutrirem todos os sagrados princípios de d ependência da Cabeça . Testimonies, vol. 6, págs. 240-242. (CSS, 525)

Page 11: 13. o chamado de um povo

A p o s t i l a – U m C h a m a d o d e u m P o v o | 10

Entre o povo de Deus não deve haver dissensão, disc órdia, guerra de um contra outro. As forças da justiça devem ser uma unidade em seu conflito contra o mal. Todas as forças do povo de Deus devem dirigir-se contra as forças do inimigo. A vontade de todo filho de Deus deve ser colocada ao lado da vontade de Deus. Os vigorosos esforços de Satanás contra o bem e o terrível ódio de seus agentes contra os instrumentos de Deus revelam a necessidade de união e harmonia entre as forças da justiça. (MM, CT, 368)

Raramente encontramos duas pessoas exatamente iguai s. Entre os seres humanos, da mesma maneira que entre as coisas do mundo natural, há diversidade . A unidade na diversidade entre os filhos de Deus - a manifestação de amor e longanimidade a despeito da diferença de disposição - eis o testemunho de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para salvar os pecadores. Manuscrito 99, 1902. (MM, Cuidado de Deus, 41)

A unidade que existe entre Cristo e Seus discípulos não destrói a personalidade nem de um nem de outro. No espírito , no desígnio, no caráter, eles são um, porém não em pes soa. Participando do Espírito de Deus, conformando-se com a lei do Senhor, o homem se torna participante da natureza divina. Cristo leva Seus discípulos a viva união com Ele e com o Pai. Pela atuação do Espírito Santo na mente humana, o homem se torna perfeito em Cristo. A unidade com Cristo estabelece um vínculo de unidade uns com os outros. Essa unidade é a mais convincente prova para o mundo quanto à majestade e a virtude de Cristo, e ao Seu poder de tirar o pecado. Manuscrito 111, 1903. (Idem, 41)

Insisto com todos quantos alegam crer na verdade pr esente que pratiquem o que é verdade. Se fizerem isto, terão u ma influência mais forte e poderosa para o bem . O mundo verá que o amor expresso pelos crentes é o princípio central e controlador dos seguidores de Cristo. O amor semelhante ao de Cristo une coração a coração. A verdade atrai os homens e os une. Traz à harmon ia e unidade todos que têm uma ardente e viva fé no Salv ador . Cristo deseja que aqueles que nEle crêem se desenvolvam e se tornem fortes

Page 12: 13. o chamado de um povo

11 | A p o s t i l a – O C h a m a d o d e u m P o v o

por associarem-se uns com os outros. Todos quantos trabalham desinteressadamente no serviço do Mestre portam credenciais de que Deus enviou Seu Filho a este mundo. (MM, Cuidado de Deus, 296)

Conquanto numa companhia de cristãos unidos em atividades na igreja, nem todos tenham os mesmos talentos, é, porém, dever de todos trabalhar. Os talentos diferem, mas a todo homem é designada sua obra. Todos dependem de Cristo em Deus. Ele é a Cabeça gloriosa de todos os níveis e classes de pessoas associadas mediante a fé na Palavra de Deus. Unidos por uma crença comum nos princípios celestiais são todos dependentes dAquele que é o Autor e Consumador da fé. Ele criou os princípios que produzem unidade univ ersal, amor universal. Seus seguidores deveriam meditar so bre Seu amor. Não deveriam ficar aquém de alcançar o padrão que lhes é estabelecido . Se os princípios do cristianismo forem vividos, produzirão harmonia universal e paz perfeita. Quando o coração é imbuído com o Espírito de Cristo não há disputa nem busca por supremacia, nem luta por ser senhores dirigentes. Manuscrito 46, 1902. (Idem, 296)

Os apóstolos diferiam largamente em hábitos e dispo sição. Havia o publicano Levi Mateus e o ardente zelote Simão, o i ntransigente inimigo da autoridade romana; o generoso e impulsiv o Pedro, e Judas, de vil espírito; Tomé, leal, se bem que tími do e temeroso; Filipe, tardio de coração e inclinado à dúvida, e o s ambiciosos e francos filhos de Zebedeu, com seus irmãos. Estes foram reunidos, com suas diferentes faltas, todos com herdadas e cultivadas tendências para o mal; mas, em Cristo e por meio dEle, deviam fazer parte da família de Deus, aprendendo a tornar-se um na fé, na doutrina, no espírito. Teriam suas provas, suas ofensas mútuas, suas divergências de opinião; mas enquanto Cristo habitasse no coração, não poderia haver discórdia. Seu amor levaria ao amor de uns pelos outros; as lições do Mestre conduziriam à harmonização de todas as diferenças, pondo os discípulos em unidade, até que fossem de um mesmo espírito, de um mesmo parecer. Cristo é o grande centro, e eles se deveriam aproximar uns dos outros exatamente na proporção em que se aproximassem do centro. (DTN, 296)

Page 13: 13. o chamado de um povo

A p o s t i l a – U m C h a m a d o d e u m P o v o | 12

A alma sincera e contrita é preciosa diante de Deus . Ele coloca o Seu sinete sobre os homens, não por posição, não po r fortuna, não por sua grandeza intelectual, mas pela sua unidade com Cristo . O Senhor da glória fica satisfeito com aqueles que são mansos e humildes de coração. "Também me deste o escudo da Tua salvação: ... e a Tua mansidão" - como elemento no caráter humano - "me engrandeceu." Sal. 18:35. (DTN, 437)

Deus é luz; e nas palavras: "Eu sou a luz do mundo", Cristo declarou Sua unidade com Deus e Sua relação para com toda a família humana. Fora Ele que, no princípio, fizera com que "das trevas resplandecesse a luz." II Cor. 4:6. Ele é a luz do Sol, e da Lua, e das estrelas. Era Ele a luz espiritual que, em símbolo e tipo e profecia, brilh ara sobre Israel . Mas não somente para a nação judaica fora dada essa luz. Como os raios solares penetram até aos mais afastados recantos da Terra, assim a luz do Sol da Justiça resplandece sobre toda alma. (DTN, 464)

Esse amor é o testemunho de seu discipulado. "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos", disse Jesus, "se vos amardes uns aos outros." João 13:35. Quando os homens se ligam entre si, não pela força do interesse pessoal, mas pelo amor, mostram a operação de uma influência que é superior a toda influência humana. Onde existe esta unidade, é evidente que a imagem de Deus está sendo restaurada na humanidade, que foi implantada nova vida. Mostra que há na natureza divina poder para deter os sobrenaturais agentes do mal, e que a graça de Deus subjuga o egoísmo inerente ao coração natural. (DTN, 678)

Cristo concluíra a obra que Lhe fora dada a fazer. Glorificara a Deus na Terra. Manifestara o nome do Pai. Reunira o s que haviam de continuar Sua obra entre os homens. E disse: "E, neles, Eu sou glorificado." João 17:10. "E Eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um assim como Nós." "E não rogo somente por eles, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, ... Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." João 17:11, 20 e 23. (Idem, 680)

Page 14: 13. o chamado de um povo

13 | A p o s t i l a – O C h a m a d o d e u m P o v o

Para aquele que assim aprende a interpretar seus ensinos, toda a natureza se ilumina; o mundo é um compêndio, e a vida uma escola. A unidade do homem com a natureza e com Deus, o domín io universal da lei, os resultados da transgressão, nã o podem deixar de impressionar o espírito e moldar o caráter. (Educação, 100)

O desejo do apóstolo àqueles a quem enviava suas cartas de conselho e admoestação, era que não fossem "mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina"; mas para que viessem "à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo". Aconselhava aos que eram seguidores de Jesus em comunidades pagãs, a não andarem como andavam "também os outros gentios, na vaidade do seu sentido, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus... pela dureza do seu coração" (Efésios 4:14, 13, 17 e 18), mas "como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus ". Efésios 5:15 e 16. Animava os crentes a olharem ao tempo em que Cristo, o qual "amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela", haveria de a "apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível". Efésios 5:25 e 27. (AA, 470)

Page 15: 13. o chamado de um povo