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Ano II Número 380 Data 15.04.2013

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AnoII

Número380

Data15.04.2013

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super notícia - p. 12 - 15.4.13

seGunDa Via

DESALINHADO / Sofá arranha porcelanato

estaDo De minas - eDiçÃo eletrônica - economia - 15.4.13

Gustavo Oliveira Rocha - Belo Horizonte“Em 7 de dezembro de 2012 foi entregue na minha casa

um sofá que comprei na Líder do Ponteio Lar Shopping”, conta o consumidor Gustavo Oliveira Rocha. Depois de re-alizada a montagem dos braços, que tiveram que ser des-montados para subir pelo elevador, o sofá foi posicionado no local indicado. “Observei que o chão ficou com alguns arranhões e inclusive um dos porcelanatos foi quebrado. Verifiquei também que os pés e os braços do sofá estavam desalinhados”, pontua Gustavo. Diante dos problemas, os técnicos responsáveis pela entrega desmontaram o sofá ain-da dentro da casa do consumidor e tentaram fazer o reparo.

“Mas não foi possível. Na impossibilidade de resolver os problemas do sofá, solicitamos que ele fosse enviado para a fábrica com o objetivo de resolver esses desalinhamen-tos”, lembra o consumidor. Em 18 de dezembro foi realizada nova tentativa de entrega do produto. “Nesse momento não foi observado nenhum desalinhamento pela minha esposa. Como não estamos utilizando o sofá pelo fato de não ter sido impermeabilizado, só fui desembalá-lo uma semana depois para deslocá-lo para o lugar correto. Foi então que observei que ele estava novamente arranhando o piso de minha sala”, conta Gustavo. Ele então ligou para a assistência técnica, que enviou um profissional até sua casa. “Ao observar a si-

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continuaçÃo - estaDo De minas - eDiçÃo eletrônica - economia - 15.4.13tuação dos pés do sofá, o responsável pela assistência tirou algumas fotos e me informou que não poderia fazer nada naquele momento, e que mostraria as fotos na fábrica para avaliarem o que seria feito”, afirma. Para evitar novos ar-ranhões, Gustavo pediu um reforço com feltros nos pés do sofá. “Nesse momento, ele me sugeriu que trocasse os pés do sofá por um todo de madeira. Como fui informado de que seria o mesmo tipo e tamanho de pé, apenas não existindo a parte de inox na porção inferior, aceitei a oferta”, conta. Mas além de mal pintados, os pés eram menores que os originais. Sem contar que, mesmo com algumas tentativas de ajuste e calços instalados, o sofá continuou desalinhado. “Já estamos com esse sofá há quatro meses sem poder usar, pois como o tecido é muito claro precisa ser impermeabilizado antes e não vamos fazer o procedimento enquanto a o problema de alinhamento não for resolvido”, garante o consumidor. Diante das várias idas e vindas de técnicos, o produto já está ficando sujo e a intenção de Gustavo é de que o sofá seja completamente substituído. RESPOSTA DA LÍDER

“A Líder Interiores esclarece que os produtos serão en-tregues até 19 de abril.”COMENTÁRIO DO LEITOR

Gustavo Oliveira Rocha informou que a empresa já en-trou em contato informando sobre a substituição do sofá. “Mas ainda não formalizaram a data para a entrega do novo produto”, afirma. Agora, ele aguarda o cumprimento do pra-zo.

lonGa espera

Vestido não chega e estorno também não

Fernanda Nogueira de MelloBelo HorizonteO vestido que Fernanda comprou no site da Renner

em janeiro deste ano nunca foi entregue. “O grupo Renner alegou que o produto estava em desacordo com os padrões de qualidade e por isso não havia sido entregue”, conta. O problema é que os valores haviam sido debitados em seu cartão de crédito. Desde então, ela entra em contato com a empresa e recebe diferentes respostas. “Um funcionário informou que o valor seria estornado em cinco dias úteis. Outro que esse prazo seria de 20 dias úteis. Até que uma falou que o estorno havia sido realizado em 19 de fevereiro, o que não foi confirmado pela operadora do cartão”, explica. Novas tentativas de solução do caso foram feitas pela consu-midora e, mais uma vez, as respostas foram desencontradas. “Garantiram que eu receberia o crédito na fatura seguinte, e para completar, uma funcionária me encaminhou um e--mail com o código do cupom a ser utilizado em uma nova compra, mesmo depois que eu insisti várias vezes para que o valor fosse devolvido da mesma forma como paguei”, afir-ma. Várias foram as ligações seguintes, mas nenhuma solu-ção efetiva para o caso. “Passados 66 dias corridos, 47 dias

úteis e dois fechamentos de fatura do cartão de crédito no qual seria realizado o estorno, ainda não verifiquei o crédito. Já informei, por diversas vezes, que não quero o reembolso por meio de ‘cuponzinhos’, o que, além de ferir os preceitos do Código de Defesa do Consumidor, não me agrada e não resolve meu problema”, desabafa. RESPOSTA DA RENNER

“A Lojas Renner informa que a cliente foi contatada e confirmou recebimento da carta de estorno.”COMENTÁRIO DA LEITORA

A consumidora confirma o recebimento da carta de es-torno, mas ainda não constatou a devolução do valor em sua fatura que está aberta. “Deve fechar até 20 de abril, quan-do espero ver o valor pago”, explica. Fernanda Nogueira de Mello lamenta que tenha esperado três meses para ter o dinheiro de volta. “Isso porque entrei em contato com o Procon e marcaram uma audiência para a qual a Renner não mandou um representante legal. Nunca imaginei que teria tantos transtornos com uma empresa tão grande”, afirma.

sem reForma

Cerâmica quebrada não é substituídaHarley MoreiraSão Paulo O consumidor Harley Moreira conta que realizou a

compra de 44 metros quadrados de cerâmica na loja C & C Casa e Construção na capital paulista. “Quando o funcioná-rio da loja chegou à minha residência para entregar o pro-duto, percebeu que duas caixas continham cerâmicas que-bradas. Na ocasião, o entregador me solicitou que assinasse o recebimento do material e afirmou que providenciaria a substituição das caixas com os produtos danificados o mais breve possível ”, explica. O funcionário da loja levou de vol-ta as caixas com as peças quebradas, mas nunca retornou com o material em perfeitas condições, como havia prome-tido. “Até agora a C & C está se recusando a me entregar as duas caixas de cerâmicas porque o funcionário não fez a observação na nota fiscal de que duas delas deveriam ser substituídas”, conta. Inconformado, ele questiona: “Tenho que ficar no prejuízo porque a C & C não fornece o devido treinamento aos seus prestadores? Como eu ia saber que o funcionário esqueceria de fazer a observação? Estou revol-tado porque comprei e paguei o produto à vista e estou com a reforma da minha casa parada e pagando os dias de tra-balho do pedreiro, que está impedido de terminar o serviço pela falta do material”, lamenta. RESPOSTA DA C & C CASA E CONSTRUÇÃO

“Em resposta à reclamação enviada pelo senhor Harley Moreira, informamos que, conforme procedimento da em-presa, é necessário que, diante de qualquer irregularidade, seja feita anotação no documento de entrega e a nossa cen-tral de relacionamento com o cliente está comunicada para as devidas providências. Esclarecemos que, devido a não ter sido realizada observação, inicialmente a entrega das duas

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continuaçÃo - estaDo De minas - eDiçÃo eletrônica - economia - 15.4.13caixas do produto Piso Incefra foi negada. Entretanto, em caráter de cortesia, a reposição foi autorizada e ocorreu em 18 de fevereiro. Diante dos transtornos ocasionados, pedi-mos desculpas, e para quaisquer outras informações, ficam disponibilizados diariamente os canais de atendimento.” COMENTÁRIO DO LEITOR

O consumidor confirmou que o problema foi solucio-nado.

De mÃos ataDas

Compra de aparelho de jantar vira novela

Andreza de SouzaBelo HorizonteEm dezembro do ano passado , a consumidora Andreza

de Souza comprou um aparelho de jantar no site do Compra Fácil. Por conta da quantidade de peças, o conjunto foi divi-dido em duas caixas. “Uma delas chegou em três dias. Quan-do abri, já percebi que o meu produto estava errado”, conta. Imediatamente, Andreza entrou em contato com a empresa e solicitou a troca. “Orientaram-me a recusar a segunda caixa, que chegou dois dias depois, e assim fiz. Pediram-me um prazo de 20 dias úteis para resolver meu problema”, lembra. Mas a primeira caixa recebida pela consumidora só foi reco-lhida pela empresa um dia antes do encerramento do prazo solicitado para resolução de todo o problema. “Uma semana depois recebi um vale-compras referente ao valor somente dessa primeira caixa para voltar a fazer um pedido. Quando questionei sobre o segundo vale com o valor restante, me informaram que a transportadora não havia devolvido a se-gunda caixa, que recusei na entrega”, conta. Já se passaram mais de três meses e neste período a caixa nunca foi devol-vida pela transportadora para o Compra Fácil. “Por conta da demora, resolvi cancelar meu pedido e solicitei o estorno do valor que já foi inclusive debitado no meu cartão de cré-dito. Mas o Compra Fácil alega que só podem fazer o can-celamento e o estorno depois que receberem o restante do produto”, explica Andreza. De mãos atadas, ela se sente pre-judicada e decepcionada com o andamento de seu processo. “Percebo que a empresa não está fazendo nada para resolver o impasse com a transportadora. Enquanto isso, fico no pre-juízo, principalmente financeiro”, lamenta. A consumidora acrescenta que todas as vezes que entra em contato com o Compra Fácil é solicitado um novo prazo para resposta, que são sempre as mesmas.RESPOSTA DO COMPRAFACIL.COM

“O Comprafacil.com informa que será realizado o can-celamento no valor restante do pedido. Efetuamos o contato telefônico com a senhora Andreza e confirmamos o recebi-mento do estorno parcial, ela está ciente de que o restante do valor, referente à recusa de parte do pedido, também será es-tornado na fatura de seu cartão de crédito. Pedimos descul-pas pelo ocorrido e em caso de dúvida estamos à disposição para maiores esclarecimentos.”

comentÁrio Da leitoraAndreza de Souza confirma que a empresa entrou em

contato, garantiu que o pedido foi cancelado e que o valor pago seria restituído no cartão de crédito. “Agora espero a fatura do cartão de crédito para confirmar a solução do pro-blema”, afirma.

coBrança inDeViDa

Nome no SPC causa transtornosDarckianne BatistaSão Paulo“Tenho bolsa integral do Prouni e estudei na Estácio

de Sá, no câmpus Prado, entre 2005 e 2008”, conta a con-sumidora Darckianne Batista. “Concluí o curso, colei grau e recebi um certificado da faculdade. Agora, ao consultar meu histórico, consta que abandonei o curso, e meu nome foi parar no SPC”, acrescenta. Darchianne afirma que está morando na capital paulista e não consegue falar com ne-nhum responsável da escola para solucionar a questão. “Se não conseguir contato, serei obrigada a recorrer à Justiça, pois tenho sofrido vários transtornos”, reclama. RESPOSTA DA ESTÁCIO DE SÁ

“A Faculdade Estácio de Belo Horizonte informa que não existem registros de cobrança e também não constam apontamentos no Sistema de Proteção ao Crédito (SPC), pois a aluna não tem nenhuma pendência financeira com a instituição. Quanto à situação acadêmica, o status da aluna é de formada.”COMENTÁRIO DA LEITORA

Darckianne Batista contesta a resposta da faculdade. “Fiz nova consulta no SPC e Serasa na semana passada e meu nome continua negativado. Não foi diretamente pela Estácio, e sim por uma empresa de cobrança. Quando ligo para essa empresa, eles informam que trata-se da contesta-ção de um débito com a faculdade”, explica. Além disso, ao contrário do que a escola de ensino superior alega, o status da ex-aluna continua equivocado. “No próprio site da facul-dade consta que abandonei o curso em 2008, ano em que, na verdade, eu me formei”, afirma. A consumidora lamenta que já tenha entrado em contato em todos os telefones da Estácio disponíveis e em nenhum deles é atendida. “Estou sem ne-nhuma condição de falar com a faculdade, já que hoje moro em São Paulo”, lamenta Darckianne.

pela metaDe

Operadora vende mas não entregaVirgílio de Almeida BarretoBelo Horizonte“Insatisfeito com os serviços prestados pela operadora

Oi, optei por realizar a troca pela parceria entre Net, Claro e Embratel que oferece um combo semelhante ao que eu já tinha”, conta Virgílio de Almeida Barreto. No pacote estaria incluída TV por assinatura em HD, internet fixa e móvel, assim como telefone fixo e móvel. “Sem contar vários outros

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continuaçÃo - estaDo De minas - eDiçÃo eletrônica - economia - 15.4.13benefícios”, lembra Virgílio. O contrato foi fechado e o con-sumidor recebeu a garantia de que o pacote incluía todos os serviços citados, “inclusive quatro linhas de aparelho celu-lar, dos quais eu deveria fazer a portabilidade para a Claro”, acrescenta o consumidor. Todos os números de telefone de Virgílio foram passados para a operadora, já que eles garan-tiram que realizariam todas as mudanças. “Encerrada a liga-ção, fiquei de posse do protocolo e do número do contrato. Para minha surpresa, me ligaram inúmeras vezes dizendo que os valores do pacote informados estavam errados uma vez que deveria pagar por cada dependente do meu apare-lho celular”, conta. Passaram então um valor completamente distinto do informado inicialmente. “Fiz várias ligações pos-teriormente, inclusive com números de protocolo, tentando solucionar a questão, uma vez que a minha intenção é rece-ber e pagar o serviço da forma que foi contratado. Esclareço que a operadora me informou que a internet fixa e o telefone fixo já estão funcionando pela parceria. Como, então, ficam

os demais produtos contratados? Estão me prestando o ser-viço pela metade? E a outra operadora, terei que continuar a pagá-la?”, questiona. RESPOSTA DA CLARO

“A Claro entrou em contato com o senhor Virgílio Bar-reto e ele informou que sua solicitação já foi atendida. Du-rante o contato, o usuário questionou a qualidade das cha-madas sem sua linha Claro Fixo. A operadora informa que uma notificação foi enviada para a análise do departamento responsável, e assim que houver um retorno, entrarão em contato.” COMENTÁRIO DO LEITOR

O consumidor Virgílio de Almeida Barreto confirmou que as pendências foram resolvidas depois de encaminhar a reclamação ao Estado de Minas. Agora, aguarda o agen-damento da visita técnica para verificar o problema de sua linha de telefone fixo.

Novas bulas, velhas receitasTeste do Idec aprova texto de 5 de 17 medicamentos. Todos os outros estavam fora dos padrões da Anvisa

o GloBo - eDiçÃo eletrônica - economia - 13.4.13

Andrea Freitas RIO — Pode mastigar? Pode partir? É próprio para

criança? Se eu estiver grávida, posso usar? Estas são dúvidas que persistem para quem lê as bulas da maioria dos cerca de 20 mil medicamentos vendidos no Brasil e que podem pôr em risco a saúde do consumidor. A impressão em letra de tamanho maior, o uso de linguagem simples e em formato de perguntas e respostas, como requer a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, aparece em 313 bulas, das quais apenas 94 são de remédios alopáticos. E mesmo entre estes há problemas. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) avaliou 17 de uso comum e cuja nova bula já passou pelo aval da Anvisa e concluiu que apenas cinco estão em total conformidade com as exi-gências. Dos demais, três oferecem bulas no modelo antigo — totalmente irregular —, e nove, embora tenham o novo padrão, não cumprem integralmente a regra.

Os aprovados foram Glucovance, Gilbeta, Prozac, Bon-viva e Clenil Compositum HFA. Valtrex, Maalox e Buscu-duo apresentaram ao menos um tipo de inadequação, mas sem riscos à saúde. Já as bulas de Vivacor, Crestor, Allegra D, Fluticaps, Transpulmin e Dramin B6 têm algum proble-ma passível de causar riscos à saúde, segundo a avaliação do Idec. E as de Allexofedrin D, Engov e Belara ainda estavam no formato antigo.

— A demora na adequação é preocupante. A resolução de 2009 obriga padrões e isso evidencia que há um risco, uma necessidade de esclarecimentos — diz Carlos Thadeu de Oliveira, diretor técnico do Idec. — O que está aprovado tem que estar no mercado. Por que esperar? O fornecedor sabe dos riscos, sabe da regra.

Mariana Tavares, de 30 anos, que sofre de lúpus, uma doença crônica, não toma nenhum remédio sem ler o texto

que o acompanha. O mesmo procedimento ela adota antes de medicar as duas filhas:

— Sempre leio a bula. Especialmente se for um medi-camento que não conheço ou prescrito por um médico de emergência. Muitas vezes, não entendo a letra dele e quando chego em casa confiro indicação e dosagem.

E há problemas graves nas bulas, alerta o Idec: as de Crestor e Vivacor informam que seu uso é adulto e pediátri-co acima de 10 anos, embora apenas uma das apresentações dos medicamentos, a de 5mg, seja autorizada para uso infan-til. A bula, porém, é a mesma para as quatro apresentações desses dois remédios, o que abre margem para dúvidas. O fabricante Astrazeneca explica que as bulas dos dois remé-dios contemplam informações das apresentações de 5mg, 10mg, 20mg e 40mg e estão de acordo com a norma da An-visa, pois explicitam a dosagem pediátrica em “Posologia”.

Agência avaliza textos com errosEm outros casos, os problemas, não estavam apenas

nas versões impressas das bulas, mas também nas que pas-saram pelo crivo da Anvisa e estão no bulário eletrônico HYPERLINK "http://%28www4.anvisa.gov.br/BularioE-letronico/%29" (www4.anvisa.gov.br/BularioEletronico/). É o caso de Allegra D, Fluticaps e Valtrex. O primeiro não informa o tempo médio para o início da ação do remédio, a duração do tratamento e o limite diário de administração. O Fluticaps também não cita o tempo para a ação. Já o Valtrex não orienta o que fazer se o paciente esquecer de tomar o remédio. Após a pesquisa, a Anvisa auditou essas bulas e concluiu que não há “justificativa técnica para a ausência das informações de segurança” nesses três medicamentos e disse que as bulas terão que ser corrigidas.

A Glaxo Smith Kline afirma que a bula do Valtrex cum-pre as exigências da Anvisa, mas que está trabalhando para

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continuaçÃo - o GloBo - eDiçÃo eletrônica - economia - 13.4.13deixar a informação mais clara em até 180 dias. O Aché diz que a bula do Fluticaps, da Biosintética, empresa do grupo, também cumpre as regras da agência. Segundo a Sanofi--Aventis, de Allegra D e Maalox, as bulas de ambos foram aprovadas pela reguladora. Em relação ao primeiro, informa que o tempo médio para início de ação consta na bula para profissional de saúde, mas avalia acrescentá-lo à versão para pacientes, inclusive na do Maalox.

Já o Dramin B6 não informa que o medicamento não pode ser partido, aberto ou mastigado, destaca o Idec, en-quanto o Transpulmin não orienta quanto a doses para popu-lações especiais, como idosos, e não contém a data de aval da Anvisa. Em ambos os casos, a agência diz que “há jus-tificativas técnicas para a ausência dessas informações”. A Takeda, antiga Nycomed, diz que a bula de Dramin B6 foi aprovada pela agência, assim como a Aché em relação ao Transpulmin, que, informa também que a inclusão da data de aprovação pela agência já foi providenciada para este me-dicamento.

Multa pode chegar a R$ 1,5 milhãoSegundo a Anvisa, as empresas tiveram até janeiro de

2011 para se adaptar. As penalidades variam de notificação a multas de até R$ 1,5 milhão. Nenhuma empresa foi mul-

tada ainda, diz a agência, explicando que as farmacêuticas não podem ser punidas enquanto a bula não for publicada eletronicamente. Para acabar com o gargalo atual — de 700 processos —, a reguladora aprovou uma resolução em de-zembro que determina que as bulas sejam disponibilizadas no bulário 24 horas após envio ao órgão, independentemente da avaliação da entidade. A partir daí, há até 180 dias para as bulas estarem nas caixas.

Para Oliveira, o atraso não se justifica:— O Brasil é o país das melhores leis e das piores prá-

ticas.Alessandra Russo, do Centro Brasileiro de Informação

sobre Medicamentos, do Conselho Federal de Farmácia, destaca que é essencial que os dados sejam exatos e com-preensíveis, já que os riscos são inerentes ao uso de medica-mentos. E isso interfere na segurança do paciente.

A Janssen-Cilag reconhece a inadequação da bula do Belara e afirma que correção está em implementação. A Cosmed informa que já adequou a do Engov. A fabricante do Buscoduo, a Boehringer Ingelheim afirma que todos os dados relevantes estão na bula. E o EMS diz que a bula do Allexofedrin D não gera problemas de interpretação ou ris-cos à saúde.

o tempo - economia - p. 9 - 14.4.13insatisFaçÃo

Importados da Hyundai em xeque pelo mau atendimentoConsumidores têm problemas por atraso na entrega de peças e serviços

PAULO HENRIQUE VIVASEspecial para O TEMPOA propaganda nem sempre é a alma do negócio, pelo

menos em se tratando da importadora oficial dos automóveis sul-coreanos da marca Hyundai. Apesar de a empresa se co-locar entre os dez maiores anunciantes do Brasil, com pági-nas e mais páginas estampadas nas principais publicações e comerciais na televisão, frequentemente em horário nobre, sempre qualificando seus próprios carros como os melhores do mundo, anda muito longe a unanimidade sobre o aten-dimento prestado no serviço de pós-venda desses modelos.

Mesmo sendo importadora, a Hyundai-Caoa mostra fôlego de fabricante nacional instalado no país há décadas e, ano após ano, supera, em termos de investimento, o que outras marcas tradicionais e muito mais conhecidas reser-vam para gastos com mídia paga. Estratégias como essas, que buscam ressaltar as qualidades dos produtos utilizando informações divulgadas na imprensa norte-americana, aca-bam encobrindo a precariedade de estrutura que é ofereci-da aos consumidores quando é preciso retornar às revendas para execução de algum reparo. Sem frota destinada para avaliação de jornalistas especializados, a empresa divulga, em suas peças promocionais opiniões de profissionais, de imprensa estrangeiros, que acabam contribuindo para au-mentar, ainda mais, o tom elogioso dos carros importados.

O TEMPO recebeu uma série de reclamações de clien-tes insatisfeitos com a rede de assistência técnica e abre es-paço para divulgação dessas queixas, que, em sua maioria, se resumem em demora no atendimento e na falta de peças de reposição.

Calvário. São variadas as reclamações dos clientes que, ao comprarem um carro da marca coreana, acreditam que estão adquirindo um produto com toda a garantia que o im-portador propaga, de até cinco anos. Mas nem sempre é isso que acontece, e acaba-se incorrendo em uma série de aborre-cimentos e desaponto. É obrigação do concessionário man-ter estoque de peças de mais giro, como é responsabilidade do importador munir o seu distribuidor desses componentes.

A falta de um simples para-brisa pode deixar o veículo parado por meses. Aliás, em um passado recente, a importa-dora enfrentou problemas judiciais por não estar respeitando o que propagava em sua publicidade e por, no momento da revisão, acabar cobrando mais por serviços não relaciona-dos, em desacordo com o que prometia nessas mensagens. Relatos como o de Kemersson Vasconcelos, superintendente administrativo financeiro, de Belo Horizonte, que, ao retirar seu iX35 zero-quilômetro da autorizada, com dez dias de atraso em relação à data combinada, está tendo recorrentes problemas com o veículo. "Paguei o carro à vista e, imedia-tamente depois de retirá-lo, tive que retornar à oficina da

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continuaçÃo - o tempo - economia - p. 9 - 14.4.13revenda para sanar defeitos que, na semana seguinte se re-petiram".

O tipo de situação enfrentada por Vasconcelos e outros consumidores, além de desgastar a imagem do concessioná-rio e do importador, deixa sequelas na relação de confiança, que pode nunca mais se restabelecer.

procon

Fornecedor é responsável pelo defeito De acordo com os órgãos de defesa do consumidor, em

se tratando de defeito, o fornecedor tem o prazo de 30 dias para a solução do problema. Caso ele não seja sanado nesse período, a empresa poderá entrar em acordo com o cliente e definir um prazo, que não pode ultrapassar seis meses. Se esse prazo não for cumprido, o consumidor, aí, sim, pode exigir outro bem ou a quantia paga por ele de volta.

"É muito raro isso acontecer. Na maioria das vezes, a solução é recorrer à Justiça", esclarece o coordenador do Procon estadual, Marcelo Barbosa. Segundo ele, no caso de automóveis, a desculpa comum utilizada pelas conces-sionárias é de que o pátio está cheio de carros aguardando serviços ou que há falta de peças no estoque do fabricante (principalmente com os veículos importados). "Esse é um problema de quem fabrica o carro e o consumidor não tem nada a ver com isso. Eles são obrigados a dar uma solução", finaliza. (PHV)

o tempo - economia - p. 10 - 14.4.13Demora

Falta de peças é a maior queixaConsumidor sofre com a espera e passa dois meses sem usar o carro

PAULO HENRIQUE VIVASEspecial para o TempoUm misto de desapontamento e indignação. É esse o

sentimento do engenheiro civil José Alves da Silveira, 63, casado, pai de dois filhos, depois de enfrentar um verdadeiro périplo para reparar defeitos graves de fabricação em seu Tucson GLS 2.7 V6 4X4. "Esse carro era meu objeto de de-sejo, muito aguardado e desejado por toda a família. Com-pramos um zero-quilômetro e, assim que chegou, imaginá-vamos poder colocar nossos planos de viagem em prática.

Qual nada. Tivemos foi uma série de aborrecimentos", desa-bafou o engenheiro, lamentando o fato de que a proposta do utilitário-esportivo atenderia perfeitamente e se adequaria ao objetivo principal ao adquirir o Tucson: as viagens de fim de semana com a família e os amigos.

Mas não foi bem isso o que aconteceu. A "aeronave", como José Alves apelidou o Tucson, logo nos primeiros dias de uso, mostrou que não voaria tão alto como a famí-lia imaginava. Barulhos intermitentes no sistema de freio começaram a incomodar, e o carro necessitou retornar para

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continuaçÃo - o tempo - economia - p. 10 - 14.4.13assistência técnica para uma nova revisão. Estava apenas co-meçando a série de aborrecimentos.

Diferencial quebrado. De volta, o Tucson teve o proble-ma sanado, e a família logo programou novos passeios. Mas ainda não seria dessa vez que desfrutariam do que a pro-paganda do importador a marca sul-coreana enaltece como qualidades do carro. A quebra do diferencial traseiro impos-sibilitou essa e muitas outras viagens futuras porque a as-sistência técnica que representa a Hyundai deixou a desejar.

A revenda não contava com a peça em seu estoque, e o pior é que nem o centro de distribuição do importador man-tinha o diferencial em seu depósito. Resultado: mais de dois meses sem o carro, sem informação e nenhuma perspectiva de que teriam o problema solucionado. "Depois de muita insistência, nos foi liberado o empréstimo de um carro popu-lar, que seria alugado em nosso nome, o que, evidentemente, não aceitamos", disse Silveira.

Já se aproximavam o fim do ano, as festas e as férias, e nada de solução. Buscar os direitos em esferas superiores causaria desgaste, o que José Alves preferiu evitar. Não hou-ve alternativa a não ser aguardar a chegada da peça, que teve de vir, de navio, da Coreia do Sul. Passados mais de 70 dias sem o carro, finalmente o diferencial foi substituído.

FalHa

Câmbio e pós-venda não satisfazem cliente

A opção pela transmissão automática em um automóvel é motivada pelo conforto e pela praticidade ao dirigir. No entanto, o advogado Daniel Queiroga, de Belo Horizonte, dono de um Hyundai i30 automático, ano 2011, adquirido na extinta concessionária Cia Motors, não tem usufruído des-sa comodidade. "Antes de o veículo completar 30 mil km,

comecei a perceber uma lentidão nas mudanças da caixa de marchas, ao mudar a alavanca da posição N para as posições D e R. Além disso, os trancos e solavancos ao manobrar e arrancar são frequentes. Isso é muito estranho para um carro que nunca bateu e fez todas as revisões programadas na rede autorizada Hyundai", desabafou o advogado.

Outros donos de modelos i30 reclamam, em sites pela internet, do mesmo problema no câmbio. Queiroga enviou o veículo para a revisão dos 30 mil km à concessionária Pacific Motors, relatando o defeito, mas a resposta foi que a reclamação dele não procedia. "Disseram que, se eu qui-sesse uma melhor avaliação, o carro teria que ser enviado até São Paulo. Resolvi fazer contato com alguns órgãos de imprensa, e, posteriormente, me telefonaram agendando um novo atendimento, na Pacific Motors. No entanto, já se pas-saram mais de 45 dias, o atendimento não foi confirmado, e o representante da Hyundai não dá retorno para as minhas ligações", completou Queiroga. (PHV)

em Falta

Sem para-brisa e sem retornoO engenheiro eletricista Cristiano Duarte, de Belo Ho-

rizonte, precisou de um novo para-brisa para o seu Hyundai i30 ano 2011/2012, e a seguradora autorizou a reposição da peça no dia 22 de novembro do ano passado. Porém, já se passaram mais de 130 dias, e Duarte ainda aguarda a che-gada do componente. "Informaram que o para-brisa estaria à disposição para ser instalado num prazo de 8 a 15 dias, mas estou esperando há mais de quatro meses. Não recebi contato por parte da revenda, e, todas as vezes em que tele-fonei, responderam que o item continua em falta no estoque e que não há previsão de quando estará disponível", disse o engenheiro.

Duarte ainda conta que foi obrigado a esperar, em outra oportunidade, por 30 dias pela chegada de um novo volante. "Não entendo para que servem as normas de atendimento afixadas nas dependências dessas empresas, pois demons-tram uma total falta de respeito e interesse pelos direitos do consumidor." finalizou. (PHV)

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o tempo - economia - p. 10 - 15.4.13ineficiência.Desconhecimento dos direitos pela população também deixa legislação enfraquecida no

Brasil

Falta fiscalização para leis de proteção do consumidor no paísPAULO NASCIMENTOEspecial para o tempo A defesa do consumidor no Brasil, mesmo sendo uma

das pioneiras entre os demais países da América Latina, ainda engatinha no que diz respeito às estratégias para efe-tivação das leis. Uma das principais causas apontadas por especialistas é a falta de informação das pessoas a respeito dos direitos que possuem, além da fiscalização ineficiente por parte do poder público. Em contrapartida, países de-senvolvidos, como Estados Unidos e integrantes da União Europeia, priorizam a divulgação massiva dos direitos de proteção dos quais os consumidores têm direito.

Essa desigualdade em relação ao nível de conhecimento dos direitos do consumidor é comprovada pela Associação Internacional de Defesa do Consumidor (Consumers Inter-national, em inglês), em uma pesquisa realizada em 58 países - inclusive no Brasil. Uma das conclusões do levantamento é que, mesmo com 91% dos países pesquisados possuindo le-gislações referentes a multas para quem descumpre o código de defesa do consumidor, somente 55% das pessoas exigem, na prática, indenizações.

"Muitos problemas relacionados ao consumidor acon-tecem no Brasil devido à mentalidade que mantemos em re-lação à cidadania. Em outros países, muitas ocorrências são evitadas porque há conhecimento da lei", ressalta a supervi-sora institucional da Proteste, Sônia Amaro.

Apesar das leis avançadas de proteção do consumidor no Brasil, os casos de desrespeito

ao código ainda são generalizados."Nem o próprio governo dá exemplo. Frequentemente,

prestadoras de serviço público desrespeitam os clientes no Brasil, e as reclamações sempre são as mesmas por parte dos consumidores", explica o professor de direito público da Universidade Federal Fluminense, Marcus Wagner de Sei-xas, ressaltando que falta ação efetiva do Ministério Público para que as empresas revejam os atos de desrespeito.

Tendência. Na União Europeia, mesmo com a legisla-ção específica de cada país do bloco para as questões vo-tadas à relação de consumo, existe um único código que protege a todos os consumidores de forma única. Assim, os países conjugam as duas legislações, garantindo o direito do consumidor que está no país de origem, ou em qualquer ou-tra parte da Europa.

No Mercosul, a prática já foi discutida, mas anda a passos lentos na cooperação do direito do consumidor. "A tendência é que, pouco a pouco, as normas para proteção do consumidor nas relações de consumo sejam unificadas", prevê o professor Marcus Wagner de Seixas.

TURISTASQuem compra fora tem opções mais limitadas HYPERLINK "mailto:DC@1,2,350,0,0.4,0,0,0,1,102

,0,C011%3E7[NORMAL_A]%3CCW-7%3E%C3%89" É comum os brasileiros fazerem viagens internacionais para comprar produtos estrangeiros, sejam roupas, eletrônicos ou cosméticos. No entanto, os órgãos de defesa do consumidor alertam que, caso o consumidor se sinta lesado com algum produto ou serviço, as opções para recorrer são limitadas.

"Se o turista não dominar a língua do país que está vi-sitando, ele poderá ter sérios problemas para se dirigir aos órgãos de defesa do consumidor daquele país para procurar seus direitos", alerta o professor de direito público da Uni-versidade Federal Fluminense (UFF), Marcus Wagner de Seixas.

Dessa forma, o consumidor está enquadrado na lei do país em que está, não havendo interação entre o direito do consumidor internacional, nem ação da embaixada.

No entanto, caso a empresa que tenha desrespeitado os direitos seja multinacional,

com correspondente no país de origem do consumidor, "a legislação brasileira, especificamente, abre brecha para que se entre com processo fora do país em que foi prejudi-cado", conclui. (PN)

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MÁRCIA XAVIERO sonho de adquirir a casa própria pode se tornar um pe-

sadelo quando o assunto é a compra de um imóvel na planta. Apesar de recomendado e viável para quem pode esperar alguns anos para se mudar, e trazendo benefícios como uma valorização satisfatória e a oportunidade de redimensionar o projeto interno, tal empreendimento gera não só expectativa e ansiedade, mas também um certo receio no que diz respei-to ao cumprimento de prazos de entrega e a possibilidade de falência das construtoras, dentre outros aspectos.

Esses fatores não são grandes novidades, mas, segundo especialistas, o que a maioria das pessoas desconhece é a lei que institui o Patrimônio de Afetação.

Criada em 2004, em resposta à falência da Construtora Encol, que lesou milhares de famílias na década de 90, a lei visa proteger os compradores de imóveis na planta, garan-tindo que os recursos pagos por eles - como a entrada e as prestações -, não sejam desviados para outra edificação.

"O Patrimônio de Afetação é um regime especial, atra-vés do qual as incorporadoras separam o terreno e as ben-

casa própria

Descumprimento de lei ameaça imóveis na planta

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continuaçÃo - o tempo - imóVeis e construçÃo - p. 1 - 14.4.13feitorias que serão objeto de construção do patrimônio da empresa, garantindo aos compradores que os recursos por eles pagos serão empregados naquela construção", explica a advogada Ana Carolina Remígio.

"A afetação exige a contabilidade exclusiva para cada empreendimento, de maneira que as receitas e despesas de uma obra não se misturem com as contas da construtora, nem com as de outra obra", complementa o advogado espe-cialista em direito imobiliário, Kênio de Souza Pereira.

De acordo com Ana Remígio, a utilização do Patri-mônio de Afetação, muitas vezes, serve como um atrativo a mais aos consumidores, especialmente para as construto-ras menores, que ainda estão cativando a confiança de seus clientes.

Segundo informações de especialistas, tal instrumento jurídico gera muita segurança na hora da compra, permitin-do que o consumidor não corra o risco de perder o valor in-vestido no imóvel, se houver problemas com a construtora. Em caso de falência, por exemplo, os condôminos podem retomar o empreendimento e contratar uma empresa para finalizá-lo.

Alerta. Embora repleto de benefícios, o advogado Kê-nio Pereira ressalta que o Patrimônio de Afetação é pouco utilizado por construtoras e passou a figurar no rol das leis que não pegaram.

"Passados oito anos de sua criação, constatamos que nem os bancos têm se preocupado em exigir da constru-tora a alienação fiduciária como condição para emprestar milhões que deveriam ser obrigatoriamente empregados na obra. Aceitam a fragilidade da hipoteca, pois querem é fa-turar, uma vez que os lucros com Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Fundos passaram a render menos", afir-ma ele, que diz ainda que há vários casos de consumidores afetados, inclusive por grandes e renomadas construtoras.

"O problema já tomou proporções preocupantes, já que diversos empreendimentos, que deveriam estar prontos em 2011 estão com as obras pela metade. Outros nem saíram do chão, apesar de a construtora ter hipotecado o terreno e o edifício que ainda não existe", comenta o advogado.

Medidas. Ana Remígio explica que a instituição do Pa-trimônio de Afetação tem caráter opcional e fica a critério do incorporador adotá-lo ou não. Embora haja essa alterna-tiva de escolha, Kênio Pereira lembra que, caso a constru-tora tenha afetado o empreendimento e não tenha cumprido o dever se criar uma conta bancária dos recursos recebidos, além de uma contabilidade da obra separada, de maneira a não misturar com o caixa geral da empresa, poderá vir a ser destituída, bem como responder criminalmente por desvio de recursos.

Aos que foram lesados, o advogado relembra que em qualquer tipo de obra vendida na planta, seja por preço fe-chado ou por administração (obra a preço de custo), é obri-gatória a criação de uma comissão de representantes.

"Os compradores devem se unir mediante uma orien-tação jurídica eficiente e criar a comissão de representan-tes, composta por três adquirentes, para analisar se tudo que pagaram foi empregado na edificação. Caso constatem que houve desvio, devem requerer a destituição da construtora, sendo importante a contratação de uma assessoria jurídica especializada e de um perito, para conduzir os procedimen-tos desde a criação da comissão", ressalta.

Esta e outras abordagens relacionadas à compra e ao aluguel de imóveis serão temas de palestras ministradas na próxima terça-feira (16), às 19h, no auditório da OAB-MG (rua Albita, 250, Cruzeiro) pelo advogado Kênio Pereira. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.oabmg.gov.br/sites/imobiliario

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