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IEFP - ISG

Ficha Tcnica

Coleco Ttulo Suporte Didctico Coordenao e Reviso Pedaggica Coordenao e Reviso Tcnica

MANUAIS PARA APOIO FORMAO EM CINCIAS EMPRESARIAIS

Aprovisionamento e Gesto de Stocks Guia do Formador IEFP Instituto do Emprego e Formao Profissional Departamento de Formao Profissional

ISG Instituto Superior de Gesto Manuel Vilhena Veludo/ISG IEFP ISG ISG ISGInstituto do Emprego e Formao Profissional, Av. Jos Malhoa, 11 1099-018 Lisboa

Autor Capa Maquetagem Montagem Impresso e Acabamento Propriedade Edio Tiragem

Portugal, Lisboa, Dezembro de 2004 100 exemplares

Copyright, 2004 Todos os direitos reservados ao IEFP Nenhuma parte deste ttulo pode ser reproduzido ou transmitido, por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prvio, por escrito, do IEFP

Aprovisionamento e Gesto de Stocks

Guia do Formador

NDICE GERAL

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ndice Geral1. Objectivos Globais do Guia ........................................................................................................................... 1 2. Pr-Requisitos................................................................................................................................................ 2 3. Perfil do Formador ......................................................................................................................................... 3 4. Campo de Aplicao do Guia ........................................................................................................................ 4 5. Plano de Desenvolvimento do Mdulo/das Unidades Temticas ................................................................. 5 6. Orientaes Metodolgicas Recomendadas ................................................................................................. 8 7. Recursos Didcticos ...................................................................................................................................... 9 8. Bibliografia Recomendada........................................................................................................................... 10

I.

OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO ............................................................111. Resumo........................................................................................................................................... 13 2. Plano das Sesses ......................................................................................................................... 15 3. Actividades/Avaliao ..................................................................................................................... 17 4. Transparncias ............................................................................................................................... 22 5. Textos Complementares para o Formador..................................................................................... 47

II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS ....................................................491. Resumo........................................................................................................................................... 51 2. Plano das Sesses ......................................................................................................................... 52 3. Actividades/Avaliao ..................................................................................................................... 55 4. Transparncias ............................................................................................................................... 57 5. Textos Complementares para o Formador..................................................................................... 73

III. A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS .................................751. Resumo........................................................................................................................................... 77 2. Plano das Sesses ......................................................................................................................... 78 3. Actividades/Avaliao ..................................................................................................................... 82 4. Transparncias ............................................................................................................................... 84 5. Textos Complementares para o Formador..................................................................................... 95

Aprovisionamento e Gesto de Stocks

Guia do Formador

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NDICE GERAL

IV. A GESTO ECONMICA DOS STOCKS ............................................................................ 971. Resumo............................................................................................................................................99 2. Plano das Sesses ....................................................................................................................... 100 3. Actividades/Avaliao................................................................................................................... 103 4. Transparncias ............................................................................................................................. 115 5. Textos Complementares para o Formador................................................................................... 139

V. A RECEPO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DOS MATERIAIS ............................... 1411. Resumo......................................................................................................................................... 143 2. Plano das Sesses ....................................................................................................................... 144 3. Actividades/Avaliao................................................................................................................... 145 4. Transparncias ............................................................................................................................. 148 5. Textos Complementares para o Formador................................................................................... 153

VI. FUNO COMPRAS E A SUA ORGANIZAO E GESTO ADMINISTRATIVA ........... 1551. Resumo......................................................................................................................................... 157 2. Plano das Sesses ....................................................................................................................... 159 3. Actividades/Avaliao................................................................................................................... 162 4. Transparncias ............................................................................................................................. 165 5. Textos Complementares para o Formador................................................................................... 181 FICHAS DE AVALIAO GLOBAL .............................................................................................. 183

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................................... 201 GLOSSRIO.............................................................................................................................. 203

Guia do Formando

Aprovisionamento e Gesto de Stocks

APRESENTAO GLOBAL DO MDULO

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1. OBJECTIVOS GLOBAIS DO GUIA

Este guia tem os objectivos seguintes: Definir os pr-requisitos ou as habilitaes mnimas aconselhveis para os formandos, sem as quais, seria muito difcil atingirem os objectivos de aprendizagem propostos; Especificar as habilitaes acadmicas, a formao especfica, as competncias pedaggicas e a experincia profissional dos formadores (M/F) do mdulo Aprovisionamento e Gesto de Stocks; Apoiar os formadores na planificao e desenvolvimento das sesses; Auxiliar os formadores na sua funo de orientadores e facilitadores das aprendizagens, diversificando instrumentos e actividades, contribuindo para a motivao e orientao da aprendizagem dos formandos; Disponibilizar informao coadjuvante que contribua para que os formandos atinjam os objectivos de aprendizagem seguintes: Caracterizar a funo aprovisionamento e demonstrar a sua importncia; Justificar o enquadramento da funo aprovisionamento na estrutura organizacional; Caracterizar a funo armazenagem e enunciar os respectivos princpios e mtodos de gesto e organizao; Caracterizar a gesto e a organizao administrativa dos stocks; Reconhecer os princpios bsicos da gesto econmica dos stocks; Distinguir a recepo qualitativa e quantitativa de stocks; Caracterizar a funo compras e a sua organizao e gesto administrativa; Seleccionar mtodos e tcnicas mais adequados e eficazes em funo dos grupos alvo e dos objectivos pedaggicos definidos.

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2. PR-REQUISITOS

O formando deve assegurar as condies de acesso seguintes: Idade igual ou superior a 17 anos; Habilitaes escolares mnimas: 11 ano de escolaridade ou equivalente.

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3. PERFIL DO FORMADOR

Habilitaes Acadmicas-Formao Especfica O formador (M/F) deve estar habilitado com licenciatura ou bacharelato nas reas da engenharia ou gesto, preferencialmente com opes no ramo da produo industrial e especializao ou ps-graduao na rea da gesto de materiais e da logstica.

Experincia Profissional O formador (M/F) deve possuir experincia profissional mnima de trs anos em empresa produtora ou distribuidora (de bens e/ou servios), preferencialmente na rea do aprovisionamento ou da logstica.

Certificao Profissional O formador (M/F) deve possuir certificado de aptido profissional emitido pelo IEFP, garantia de que possui competncias pedaggicas para exercer a actividade de formao.

Outros Requisitos O formador (M/F) deve, ainda, revelar capacidades para entusiasmar os formandos, despertandolhes o interesse para os temas a abordar, alertando-os para os conceitos e ideias-chave das unidades temticas, apoiando-os em todo o processo da aprendizagem, propondo-lhes actividades para desenvolverem em sala de aula e/ou em casa.

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4. CAMPO DE APLICAO DO GUIA

Este guia destina-se a orientar a formao profissional especfica na rea do aprovisionamento e gesto de stocks

Modalidades de Formao

2

Qualificao Inicial e Profissional Servios Comerciais, Administrativos e Financeiros Servios Administrativos, Contabilsticos e Financeiros Tcnicas Administrativas, Contabilstico-Financeiras e de Secretariado Tcnico Administrativo (Nvel 3) Tcnico de Contabilidade (Nvel 3)

rea Profissional

19

Famlia Profissional

1

Curso de Formao

2

Sada Profissional

1 2

4

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5. PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO MDULO/DAS UNIDADES TEMTICAS

Unidades Temticas

Objectivos

Durao (horas)

1. Os Stocks e a Funo Aprovisionamento

Distinguir os tipos de materiais existentes numa empresa Definir stock e classific-lo Descrever o mbito da funo aprovisionamento evidenciando a sua importncia Posicionar a funo aprovisionamento na estrutura organizacional da empresa Estruturar a funo aprovisionamento no mbito do processo logstico Caracterizar o modelo de gesto por anlise estatstica de anterioridades Caracterizar o modelo de gesto por encomenda Caracterizar o modelo de gesto misto Descrever o mbito e o enquadramento estrutural da gesto fsica dos stocks na rea do aprovisionamento Especificar os requisitos de uma gesto fsica dos stocks eficiente Caracterizar a funo armazenagem e os seus princpios gerais Classificar os armazns Descrever as actividades e os principais mtodos da organizao fsica dos stocks

5h

2. A Gesto e a Organizao Fsica dos Stocks

8h

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3. A Gesto e a Organizao Administrativa dos Stocks

Descrever o mbito e o enquadramento estrutural da gesto administrativa dos stocks na rea do aprovisionamento Caracterizar a nomenclatura de um artigo do stock Apresentar sistemas e critrios de codificao de materiais Demonstrar a importncia da formalizao das especificaes dos materiais do stock Evidenciar as vantagens da normalizao de variedades Descrever um ficheiro de materiais Distinguir modelos de controlo de existncias e de inventrio

7h

4. A Gesto Econmica dos Stocks

Descrever o mbito da gesto econmica dos stocks Explicar os conceitos fundamentais da gesto econmica dos stocks Relacionar e quantificar as variveis-chave da gesto econmica dos stocks Distinguir os sistemas de gesto econmica dos stocks Caracterizar os mtodos de aprovisionamento Efectuar o controlo da gesto econmica dos stocks

12 h

5. A Recepo Qualitativa e Quantitativa de Materiais

Descrever o mbito e o enquadramento estrutural da recepo dos materiais na rea do aprovisionamento Caracterizar as actividades e os modelos organizacionais da recepo dos materiais

2h

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6. A Funo Compras e Caracterizar o problema e os a sua Organizao e dados da compra Gesto Administrativa Descrever o mbito e o enquadramento estrutural da funo compras na empresa Explicar polticas de aprovisionamento e de compras Especificar as fases do processo de compra tradicional Descrever os aspectos fundamentais da organizao e da gesto administrativa das compras Explicar as tendncias evolutivas da funo compras Durao Total do Mdulo

8h

42 h

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6. ORIENTAES METODOLGICAS RECOMENDADAS

O formador deve procurar alternar sesses expositivas de curta durao (cerca de 30 minutos) com actividades pedaggicas estruturantes, como resoluo de exerccios prticos e anlise de temas ou casos em grupo, com apresentao das respectivas concluses. Durante cada exposio, o formador poder ilustrar os conceitos com exemplos. No final de cada sesso, o formador deve incentivar os formandos a resolver as questes propostas no fim de cada unidade temtica do Guia do Formando, ainda no abordadas nas sesses presenciais. Poder ser utilizado software especfico para apoiar a aprendizagem.

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7. RECURSOS DIDCTICOS

Software de apoio: GESMAT ou outro MS OFFICE 97 ou posterior (Word, Excel, Acess, PowerPoint, Outlook) Um PC por cada 3 ou 4 formandos com a configurao mnima seguinte: Processador a 110 Mhz ou superior 12 Mb de RAM ou superior Disco rgido com pelo menos 40 Mb disponveis Leitor de diskettes 3,5 e de CR-ROM ou DVD Placa grfica Monitor policromtico Placa de som Placa de rede Sistema operativo Windows 98 ou 2000/NT Uma impressora ligada rede Um vdeo-projector (datashow) Um retroprojector (com uma lmpada sobressalente) Um quadro de parede e marcadores (4 cores) Um ecran

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8. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

ASSIS, Rui, FIGUEIRA, Mrio. MICROSTOCK - Apoio Deciso em Gesto Econmica de Stocks. Lisboa, IAPMEI, 1991. HESKETT, James L.. Sweeping Changes in Distribution. Harvard Business Review, Mar.-Apr., 1973, pp. 123-132. HESKETT, James L.. Logistics: Essential to Strategy. Harvard Business Review, Nov.-Dez., 1977, pp. 85-96. JESUNO, Jorge Correia - A Negociao: Estratgias e Tcticas. Lisboa, Texto Editora, 1996. TERSINE, Richard J.. Materials Management and Inventory Systems. Amsterdam, North Holland, 1987. ZERMATI, Pierre. A Gesto de Stocks. Lisboa, Editorial Presena, 1986.

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Aprovisionamento e Gesto de Stocks

I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

APROVISIONAMENTO E GESTO DE STOCKS

I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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1. RESUMO

Numa empresa pode considerar-se dois tipos de materiais: recursos materiais (input) e produtos acabados (output). Os recursos materiais podem subdividir-se em materiais consumveis, que so objecto de processamento (por exemplo, matrias primas) e materiais de utilizao permanente, que so imobilizado, no consumveis (por exemplo, equipamento). Define-se stock como o conjunto de materiais consumveis armazenados e valorizados em existncias. Neste captulo, so, ainda, classificados os materiais de stock em matrias primas, componentes, produo em curso, semiacabados, produtos acabados, subprodutos, materiais subsidirios e materiais de embalagens (primrias, secundrias, tercirias). Define-se como o output ou resultado de um processo o(s) produto(s) e classificam-se em bens tangveis e bens intangveis ou servios. Os bens tangveis subdividem-se em bens de consumo e bens industriais. A funo aprovisionamento compreende as operaes que permitem disponibilizar em tempo oportuno, na quantidade e qualidade pr--definidas, todos os recursos materiais e servios provenientes do exterior da organizao e necessrios ao seu funcionamento, ao menor custo. Depois de descrito o mbito da funo aprovisionamento e justificada a respectiva importncia, so apresentadas alternativas de posicionamento do Departamento de Aprovisionamentos na estrutura organizacional da empresa, como rgo autnomo na dependncia da Direco Geral ou integrado num Departamento de Logstica. O U.S. Council of Logistics Management adoptou para logstica a definio seguinte: o processo estratgico (porque gera valor reconhecido pelos clientes, criando vantagem competitiva sustentada) de planeamento, organizao e controlo, eficaz e eficiente, dos fluxos e armazenagem de materiais (matrias primas, componentes, produo em curso, produtos semiacabados e acabados) e de informao relacionada, desde a origem (fornecedores) at ao destino final (consumidores) visando maximizar a satisfao das necessidades dos clientes, externos e internos. A logstica pode ser considerada uma fonte de vantagem competitiva na medida em que gera diferenciao atravs: Da qualidade do servio prestado aos clientes; Do planeamento global e integrado de cada negcio que permite optimizar objectivos estratgicos a alcanar;

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

Da seleco criteriosa de fornecedores e contratao adequada; Da gesto optimizada da entrada e sada de materiais/produtos; Da gesto optimizada dos transportes e das movimentaes dos materiais/produtos.

Um sistema logstico, eficiente e eficaz, planeia, organiza e controla integradamente, fluxos materiais e informacionais. A gesto de stocks determina quando e quanto se deve encomendar de cada artigo do stock. Relacionados com a gesto de stocks esto trs factores importantes, a saber:

Conceito de procura, como origem das necessidades de materiais; Conceitos de custos, nomeadamente, os seguintes:

- Custo de posse, - Custo de efectivao das encomendas, - Custo de aquisio, - Custo de rotura de stock.

Conceito de prazo de aprovisionamento ou de disponibilizao do material.

Relativamente aos modelos de gesto de aprovisionamento so caracterizados os seguintes: Modelo push de gesto por anlise estatstica, que calcula necessidades logsticas independentes; Modelo pull de gesto por encomenda, que calcula necessidades logsticas dependentes, e est normalmente integrado numa filosofia de gesto global JIT; Modelo misto de gesto MRP, que recorre ao clculo de necessidades logsticas independentes, para horizontes temporais de mdio prazo, e de necessidades dependentes para horizontes de curto prazo.

JIT (Just-In-Time) uma filosofia de gesto global, centrada no mercado, cujo princpio fundamental "produzir quando e apenas o que o cliente necessita ou deseja e aprovisionar quando e apenas o necessrio e suficiente para garantir aquela produo. A gesto JIT prope-se alcanar os 6 objectivos seguintes: Zero existncias em armazm; Zero defeitos durante a fabricao; Zero avarias dos equipamentos em produo; Zero acidentes com o pessoal; Zero atrasos e prazos curtos; Zero papel em circulao;

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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2. PLANO DAS SESSES

Contedo 1. Tipos de materiais 2. Classificao de stocks e de produtos

Metodologia Exposio: Introduzir os conceitos de materiais e de stock (transparncias 1.1., 1.2) Apresentar a classificao de stocks e de produtos atravs de exemplos (transparncias 1.3, 1.4) Os formandos, reunidos em grupo, debatem as vantagens e inconvenientes da constituio de cada tipo de stock. As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo.

Durao (minutos) 30 min

30 min

3. mbito da Exposio: funo Apresentar o mbito da funo aprovisionamento aprovisionamen relacionado com o conceito de necessidade to (transparncia 1.5) Evidenciar a importncia da funo aprovisionamento 4. Importncia do (transparncia 1.6) aprovisionamen Integrar a funo aprovisionamento no processo to logstico (transparncias 1.7, 1.8, 1.9, 1.10) 5. Relao da Os formandos, reunidos em grupos, debatem o funo processo logstico como fonte de vantagem competitiva aprovisionamen As concluses dos debates so apresentadas pelo to com o porta-voz de cada grupo. processo logstico

30 min

30 min

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

6. A funo Exposio: aprovisionam Apresentar organogramas alternativos evidenciando a ento e a localizao da funo aprovisionamento na estrutura estrutura organizacional (transparncias 1.11, 1.12) organizacion Evidenciar os vrios rgos estruturais da rea al aprovisionamento (transparncia 1.13) Os formandos, reunidos em grupos, debatem as vantagens e inconvenientes das diferentes solues organizacionais apresentadas As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo. 7. mbito da gesto de stocks Exposio: Apresentar o mbito da gesto de stocks e os respectivos factores a considerar (transparncias 1.14. a 1.18) Os formandos, reunidos em grupo, identificam os trs factores a considerar na gesto de stocks e a respectiva importncia As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo.

30 min

30 min

30 min

30 min

Exposio: 8. Necessidades logsticas e Distinguir os tipos de necessidades e exemplificar modalidades (transparncias 1.19 a 1.21) de gesto de Caracterizar, sumariamente, os trs modelos de gesto aprovisionam de aprovisionamento: ento Push ou por anlise estatstica Pull ou por encomenda MRP ou misto (transparncias 1.22 a 1.25) Os formandos, reunidos em grupos, debatem as vantagens e limitaes da filosofia de gesto JIT (just-in-time) As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo. Total

30 min

30 min

5 horas

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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3. ACTIVIDADES/AVALIAO

Exerccio 1 Distinga materiais consumveis, materiais de utilizao permanente e mercadorias Resoluo: Materiais consumveis que so objecto de processamento interno na empresa tais como: matrias primas, materiais subsidirios, material de embalagem. Materiais de utilizao permanente que so imobilizado, ou seja, materiais que no so consumidos no processo produtivo, mantendo-se ao dispor deste durante vrios ciclos de transformao. Numa empresa comercial os bens transaccionados designam-se por mercadorias, no estando sujeitos a qualquer transformao dentro da empresa.

Exerccio 2 Distinga bens tangveis e intangveis Resoluo: Bens tangveis so aqueles que tm presena fsica, que possuem corpo. Bens intangveis so aqueles que no tm presena fsica, que no possuem corpo.

Exerccio 3 Indique os objectivos da funo aprovisionamento Resoluo: A funo aprovisionamento compreende o conjunto de operaes que permitem pr disposio da empresa em tempo oportuno, na quantidade e na qualidade definidas, todos os recursos materiais e servios necessrios ao seu funcionamento, ao menor custo. Para alm das actividades de seleco e qualificao de fornecedores, de negociao, de contratao e de compra de recursos materiais e servios, de gesto de stocks, a funo aprovisionamento ainda inclui nas suas atribuies: a recepo de materiais, a armazenagem, o aviamento de requisies e o envio/transporte de materiais para estaleiros onde decorrem obras ou a expedio para subempreiteiros.

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

Exerccio 4 Descreva uma cadeia logstica externa Resoluo: Venda de materialExpedio de material

FORNECEDOR PRODUTOR

Compra de material

Transporte de material

Recepo

Armazenagem

Transform. de material

Depsito de produto

Expedio de produto GROSSISTA

Compra de produto

Transporte primrio

Recepo

Armazenagem

Venda de produto

Picking

Expedio RETALHISTA

Compra de produto

Transporte secundrio

Recepo

Retm

Ponto de Venda

CONSUMIDOR

Exerccio 5 Indique as atribuies principais da funo aprovisionamento Resoluo: O Programao estabelece as ligaes ao Planeamento Geral de Operaes (ver Figura I.1) e disponibiliza informao relativa a quantidades necessrias e prazos, aos outros rgos do Departamento de Aprovisionamentos; A Contratao pesquisa o mercado, avalia e selecciona os fornecedores, com quem estabelece contratos de fornecimento, aps negociao;

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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A Gesto de Materiais determina quanto e quando encomendar e mantm actualizado o inventrio (gesto econmica e administrativa); As Compras processam as encomendas e asseguram o cumprimento dos contratos com os fornecedores; A Recepo e Armazenagem asseguram a gesto e organizao fsica dos materiais.

Exerccio 6 Explique a incidncia da procura no ciclo de vida de um produto Resoluo: Procura aleatria - quando as vendas so dispersas no tempo e nos pontos de venda, no se podendo encontrar qualquer modelo estatstico que as reproduza. Este comportamento das vendas tpico quando o produto se encontra na fase de lanamento do seu ciclo de vida. Procura uniforme - quando j possvel definir um modelo estatstico que mostre a evoluo das vendas no tempo. Neste tipo de procura pode distinguir-se trs categorias: De tendncia crescente - as vendas encontram-se em ascenso progressiva, caracterstica de um produto em fase de crescimento do seu ciclo de vida; De tendncia constante - as vendas encontram-se estabilizadas, com pequenas oscilaes, o que permite prever o seu comportamento temporal com elevada fiabilidade. Esta constncia comportamental sintomtica quando os produtos atingem a fase de maturidade do ciclo de vida; De tendncia decrescente - as vendas encontram-se em queda ntida, o que identifica claramente a fase de declnio de um produto.

Exerccio 7 Identifique os diferentes tipos de custos associados gesto de stocks Resoluo: O custo de posse (Cp) que o custo associado manuteno do stock; O custo de efectivao das encomendas (Ce) que o custo administrativo do processamento das encomendas de um artigo; O custo de aquisio do material (Cm) que o custo do material, encomendado ao exterior, entrada da empresa (custo de fornecimento, de transportes, de seguros, ); O custo de fabricao (Cf) que o custo do material encomendado internamente, atravs de ordem de fabrico;I 19

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

O custo de rotura de stock (Cr) que o custo associado a uma solicitao ou requisio de material de stock, no atendida totalmente pelo armazm

Exerccio 8 Distinga necessidades logsticas dependentes e independentes Resoluo: Necessidades Dependentes H casos em que a empresa recebe encomendas de quantidades bem determinadas de produto(s) acabado(s) com prazo(s) de entrega definidos ou satisfaz cadernos de encargos, ou ainda como no caso do exemplo da fbrica de jantes, em que de incio so conhecidas as quantidades do produto a fornecer e a cadncia de entrega, verifica-se que as necessidades resultam directamente da procura. Assim, podemos definir: Necessidade Dependente - Toda a necessidade logstica a jusante do circuito material, perfeitamente determinada e resultante de: Encomenda(s) de produto(s) com quantidade(s) e prazo(s) de entrega bem definidos. Encomenda(s) de produto(s) de procura decorrente e cadncia de entrega determinada. Encomenda(s) de produto(s) cuja especificao e prazo de entrega so fixado(s) (segundo caderno de encargos).

Necessidade Independente H casos em que as necessidades logsticas tm origem em valores aleatrios, como os dados resultantes das anlises estatsticas de vendas, e so para utilizao posterior com o prazo de utilizao indeterminado. o que acontece nos armazns de Aprovisionamento, cuja existncia resulta de uma gesto de stocks, baseada em previses de consumo considerado aleatrio. Tambm, na definio de quantidades de material a fabricar, em que a nica base de clculo previsional o conhecimento da procura do produto e da evoluo das vendas que indica em que fase do ciclo de vida se encontra. Assim, podemos definir: Necessidade Independente - Toda a necessidade logstica a jusante do fluxo material, resultante de previso estatstica, baseada em histricos, ou no conhecimento da procura do produto e do respectivo ciclo de vida, com prazo de utilizao indeterminado.

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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Exerccio 9 Explique porque se considera o modelo MRP um modelo misto Resoluo: O modelo misto tambm designado modelo de gesto MRP (Material Requirements Planning) foi desenvolvido, na dcada de 60, nos EUA e considera-se misto porque recorre ao clculo de necessidades logsticas independentes para um horizonte temporal de mdio prazo e de necessidades dependentes para um horizonte de curto prazo.

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

4. TRANSPARNCIAS

TIPOS DE MATERIAIS Materiais de input ou recursos materiais Materiais de output ou produtos acabados

1.1I 22 Guia do Formador

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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NOO DE STOCKStock ou stocks o conjunto de materiais consumveis ou de mercadoriais acumulados, espera de uma utilizao posterior, mais ou menos prxima, e que permite assegurar o fornecimento aos utilizadores quando necessrio. So os elementos patrimoniais classificados e valorizados em existncias.

1.2Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador I 23

IEFP

I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

CLASSIFICAO DOS STOCKS Matrias-primas Componentes Produo em curso Semi-acabados Produtos acabados Subprodutos Materiais subsidirios Materiais de embalagem

1.3I 24 Guia do Formador

Aprovisionamento e Gesto de Stocks

I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

IEFP

CLASSIFICAO DOS PRODUTOS- Bens no duradouros - Bens de Consumo - Bens duradouros Bens Tangveis - Matrias-primas - Bens Industriais - Componentes - Subconjuntos - De suporte

Bens Intangveis ou Servios

1.4Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador I 25

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

FUNO APROVISIONAMENTO A funo aprovisionamento compreende o conjunto de operaes que permitem pr disposio da empresa em tempo oportuno, na quantidade e na qualidade definidas, todos os recursos materiais e servios necessrios ao seu funcionamento, ao menor custo.

1.5I 26 Guia do Formador

Aprovisionamento e Gesto de Stocks

I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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IMPORTNCIA DO APROVISIONAMENTO Gerar diferenciao face concorrncia, atravs de uma seleco criteriosa de fornecedores qualificados que assegurem a qualidade dos fornecimentos e servios prestados; Reduzir os custos e os prazos de entrega dos produtos (bens e servios) fornecidos atravs de contratao adequada, de gesto econmica dos stocks, de armazenagem e expedio convenientes.

1.6Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador I 27

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

LOGSTICALogstica o processo estratgico (porque gera valor reconhecido pelos clientes, criando vantagem competitiva sustentada, na medida em que acrescenta diferenciao, aumenta a produtividade e a rendibilidade) de planeamento, organizao e controlo, eficaz e eficiente, dos fluxos e armazenagem de materiais (matrias primas, componentes, produo em curso, produtos semiacabados e acabados) e de informao relacionada, desde a origem (fornecedores) at ao destino final (consumidores) visando maximizar a satisfao das necessidades dos clientes, externos e internos.

1.7I 28 Guia do Formador

Aprovisionamento e Gesto de Stocks

I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

IEFP

LOGSTICA DE INPUT E DE OUTPUTPlaneamento Global do Negcio Planeamento Geral de OperaesProgramao do Aprovisionamento CompraTransporte

Programao da Produo Processos Produtivos

Programao da Distribuio Armazena -gemTransporte

Armazena -gem

Venda

LOGSTICA DE ENTRADA (Input)Aprovisionamento e Gesto de Stocks

LOGSTICA DE SADA (Output)1.8Guia do Formador I 29

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

CADEIA LOGSTICAFORNECEDOR Expedio Venda de de material material Compra de material Depsito de produto Compra de produto Picking Compra de produto Transporte de material Expedio de produto Transporte primrio Expedio Transporte secundrio RETALHISTA Ponto de Retm Venda CONSUMIDORI 30 Guia do Formador

Recepo

PRODUTOR Armazenagem Transform. de material

Recepo

GROSSISTA Armazenagem Venda de produto

Recepo

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

IEFP

1.9

FLUXOS NA CADEIA LOGSTICAORIGEM (Fornecedores) CADEIA INTERNA (Produtor) CADEIA EXTERNA (Intermedirios) DESTINO (Consumidores )

FLUXOS DE INFORMAOFLUXOS DE MATERIAIS/PRODUTOS

FLUXOS FINANCEIROS

Aprovisionamento e Gesto de Stocks

Guia do Formador

I 31

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

O DEPARTAMENTO DE LOGSTICA DEPENDE DA DIRECO GERALDIRECO GERAL

DP. COMERCIAL

DP. LOGSTICA

DP. TCNICO

DP. ADMINIST. FINANCEIRO

MARKETING VENDAS

APROVISION.

DISTRIBUI.

CONCEP.

FABRIC.

CONT.

TES.

S. ADM.

1.11I 32 Guia do Formador

Aprovisionamento e Gesto de Stocks

I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

IEFP

O DEPARTAMENTO DE APROVISIONAMENTO DEPENDE DA DIRECO GERALDIRECO GERAL

DP. COMERCIAL

DP. APROVISIONAM.

DP. TCNICO

DP. ADMIN./FINANC.

1.12Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador I 33

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

ESTRUTURA DO RGO DE APROVISIONAMENTOAPROVISIONAMENTOS Programao

Contratao

Gesto de Materiais

Compras

Recepo e Armazenagem

1.13I 34 Guia do Formador

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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MBITO DA GESTO DE STOCKS

A funo gesto de stocks tem como principais atribuies: A determinao das quantidades ptimas a encomendar para a constituio ou para a renovao dos stocks; Estabelecimento das datas e da cadncia segundo a qual convm efectuar essa determinao; A organizao administrativa e fsica dos stocks.

1.14Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador

I 35

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

FACTORES A CONSIDERAR NA GESTO DE STOCKS

A procura Os custos Os prazos

I 36

1.15Guia do Formador

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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CONCEITO DE PROCURA

Procura a expresso dinmica de um mercado que corresponde a medidas qualitativas e quantitativas dos consumidores, que desejam e podem adquirir um produto.

1.16Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador

I 37

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

OS CUSTOS ASSOCIADOS GESTO DE STOCKS

O custo de posse (Cp); O custo de efectivao de encomenda (Ce); O custo de aquisio do material (Cm); O custo de fabricao (Cf); O custo de rotura de stock (Cr).

1.17I 38

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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PARCELAS DO PRAZO DE APROVISIONAMENTO

O prazo administrativo de preparao e lanamento da encomenda; O prazo de recepo pelo fornecedor; O prazo de entrega do fornecedor; O prazo de recepo e armazenagem na empresa.

1.18Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador I 39

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

NECESSIDADES LOGSTICAS

Necessidade logstica - toda a solicitao de natureza material ou de servio, que visa satisfazer quantitativa, qualitativa e temporalmente, qualquer requisito de carncia a jusante do fluxo material, no cumprimento de um objectivo organizacional. Estas necessidades logsticas podem ser de dois tipos: Necessidades dependentes Necessidades independentes

1.19I 40 Guia do Formador

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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NECESSIDADE DEPENDENTE

Necessidade Dependente - Toda a necessidade logstica a jusante do circuito material, perfeitamente determinada e resultante de: Encomenda(s) de produto(s) com quantidade(s) e prazo(s) de entrega bem definidos. Encomenda(s) de produto(s) de procura decorrente e cadncia de entrega determinada. Encomenda(s) de produto(s) cuja especificao e prazo de entrega so fixado(s) (segundo caderno de encargos).1.20Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador I 41

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

NECESSIDADE INDEPENDENTE

Necessidade Independente - Toda a necessidade logstica a jusante do fluxo material, resultante de previso estatstica, baseada em histricos, ou no conhecimento da procura do produto e do respectivo ciclo de vida, com prazo de utilizao indeterminado.

I 42

1.21Guia do Formador

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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Neste modelo de gesto, as previses de consumos so calculadas a partir da anlise estatstica de dados histricos ou anterioridades e o clculo das necessidades logsticas so independentes. Este modelo pode aplicar-se quando: A procura uniforme; O contexto ou ambiente externo (macro e microambiente) relativamente estvel; A especificao do(s) produto(s) est bem definida e estabilizada; A produo contnua (flow production) ou por lotes (batch production).1.22

MODELO DE GESTO POR ANLISE ESTATSTICA OU MODELO PUSH

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I 43

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

MODELO DE GESTO POR ENCOMENDA OU MODELO PULL Neste modelo o clculo das necessidades logsticas so dependentes. Este modelo pode aplicar-se quando: A especificao do(s) produto(s) est bem definida, embora adaptada exigncia especfica do cliente; A produo por encomenda (job production).

I 44

1.23Guia do Formador

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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JIT (Just-In-Time) uma filosofia de gesto global, centrada no mercado, cujo princpio fundamental produzir quando e apenas o que o cliente necessita ou deseja e aprovisionar quando e apenas o necessrio e suficiente para garantir aquela produo. A gesto JIT prope-se alcanar os 6 objectivos seguintes: Zero existncias em armazm; Zero defeitos durante a fabricao; Zero avarias dos equipamentos em produo; Zero acidentes com o pessoal; Zero atrasos e prazos curtos; Zero papel em circulao;1.24Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador I 45

GESTO JIT

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

MODELO MISTO OU MODELO MRP

Este modelo considera-se misto porque recorre ao clculo de necessidades logsticas independentes para um horizonte temporal de mdio prazo e de necessidades dependentes para um horizonte de curto prazo.

1.25I 46 Guia do Formador

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I. OS STOCKS E A FUNO APROVISIONAMENTO

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5. TEXTOS COMPLEMENTARES PARA O FORMADOR

Artigos da revista Executive Dugest Artigos da revista Foco Artigos da revista Exame

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I 47

II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

APROVISIONAMENTO E GESTO DE STOCKS

II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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1. RESUMO

gesto material dos stocks compete assegurar que as operaes realizadas com os stocks, desde a sua entrega na empresa at sua sada de armazm, sejam executadas com eficincia, isto , ao menor custo e em tempo oportuno. Os requisitos de uma gesto fsica dos stocks eficiente so garantir o bom funcionamento da recepo, a adequao dos meios de movimentao, a especificidade das instalaes e do equipamento de armazenagem, a desburocratizao administrativa e as condies de higiene e segurana das instalaes. funo armazenagem compete preservar os stocks e assegurar o aviamento nas melhores condies de segurana e rapidez. Os dois princpios gerais da armazenagem so o do local pr--definido e o do local disponvel, havendo a necessidade de registo e controlo rigoroso da localizao dos materiais, no caso de se adoptar o segundo princpio. Os armazns podem ser industriais, de distribuio ou entrepostos e os espaos podem ser cobertos ou no. As principais actividades da organizao material dos stocks so a movimentao, a arrumao, a conservao, a proteco, o aviamento de requisies ou de ordens programadas, a expedio e o saneamento de existncias. So enunciados procedimentos, mtodos, tcnicas e regras correntemente adoptados, para facilitar o trabalho e reduzir o custo logstico da armazenagem. Por exemplo, para facilitar a localizao dos stocks, so apresentados os mtodos da quadrcula e dos corredores.

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II 51

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

2. PLANO DAS SESSES

Contedo 1. mbito e enquadramento estrutural da gesto fsica dos stocks

Metodologia Exposio: Apresentar o mbito e as atribuies da gesto fsica dos stocks (transparncias 2.1. a 2.6) Apresentar estruturas organizacionais alternativas para a gesto fsica dos stocks. Os formandos, reunidos em grupo, debatem as vantagens e limitaes de diferentes modelos organizacionais e enquadramentos estruturais e respectivas implantaes fsicas As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo.

Durao (minutos) 30 min

30 min

2. Gesto fsica dos stocks eficiente

Exposio: Enunciar e justificar os requisitos de uma gesto eficiente da recepo, da movimentao, do armazenamento, da localizao, do aviamento e da expedio de material de stock (transparncia 2.7) Apresentar uma poltica de higiene e segurana e procedimentos para reduzir riscos, exemplificando. Os formandos, reunidos em grupos, elaboram proposta com medidas que promovam a melhoria da eficincia e da segurana na funo e reas de armazenagem As propostas dos grupos so apresentadas pelos respectivos porta-voz.

30 min

30 min

3. mbito e princpios da armazenagem

Exposio: Apresentar o mbito da funo armazenagem (transparncias 2.4 e 2.5) Justificar os dois princpios gerais de armazenagem, atravs de exemplos prticos (transparncia 2.8 e 2.9).

30 min

II 52

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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Os formandos, reunidos em grupos, debatem os factores que condicionam a seleco do mtodo de armazenagem As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo. 4. Equipamento utilizado em armazns Exposio: Caracterizar os diversos tipos de equipamento, tais como, meios de movimentao (empilhadores especficos, transportadores contnuos, gruas e pontes rolantes, AGV, ...) e meios de conteno (estruturas de paletizao, carrossis, solues drive-in, ...) (transparncia 2.12). Os formandos, reunidos em grupos, devem procurar relacionar os tipos de equipamento com os tipos de produto a armazenar e com as solues LIFO ou FIFO As concluses dos debates so apresentadas pelo porta--voz de cada grupo.

30 min

30 min

30 min

5. Arrumao e localizao de artigos em armazm

Exposio: Apresentar o mbito da arrumao dos armazns, respectivos critrios, considerando a unidade de trabalho do armazm e exemplificando (transparncia 2.13) Apresentar os mtodos de localizao atravs de exemplos prticos (transparncia 2.14). Os formandos, reunidos em grupos, devem estabelecer cdigos de localizao de artigos em armazm, segundo os dois mtodos apresentados pelo formador Os cdigos estabelecidos so apresentados pelo porta-voz de cada grupo.

30 min

30 min

Exposio: 6. Conservao e proteco dos Apresentar o mbito da conservao de materiais materiais (transparncia 2.15) armazenados Especificar e exemplificar tipos de conservao.

30 min

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II 53

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

Os formandos, reunidos em grupo, devem procurar relacionar aces de conservao com medidas de preveno e segurana de armazenagem As concluses do trabalho dos grupos so apresentadas pelos respectivos porta-vozes.

30 min

7. Saneamento de existncias

Exposio: Apresentar o mbito da actividade de saneamento de existncias (transparncia 2.16) Demonstrar, atravs de exemplos prticos, as vantagens do saneamento de existncias. Os formandos, reunidos em grupos, debatem os critrios para classificar artigos do stock como monos a abater As concluses dos debates so apresentadas pelo porta--voz de cada grupo. Total

30 min

30 min

8 horas

II 54

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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3. ACTIVIDADES/AVALIAO

Exerccio 1 Indique as principais atribuies da gesto fsica dos stocks Resoluo: A gesto fsica dos stocks tem como principais atribuies: Recepcionar os materiais aprovisionados; Armazenar e conservar os stocks; Aviar ou expedir os materiais armazenados.

Exerccio 2 Indique vantagens e limitaes do armazm catico i. e. com um sistema de armazenagem sem lugar pr-definido Resoluo: Este sistema obedece ao princpio de seja qual for no stio disponvel. Nos espaos livres pode colocar-se qualquer material, no existindo lugares marcados, mas critrios gerais de localizao. Vantagens: - Aproveitamento mximo dos espaos; - Facilita a operao de arrumao dos materiais. Inconvenientes: - Exige registo e controlo rigoroso da localizao dos materiais (armazm inteligente); - Pode aproximar materiais incompatveis ou que se contaminem, se no forem cumpridos determinados procedimentos. Nota: Este tipo de armazenagem frequentemente utilizado em materiais de compra directa para obras, que em princpio s entram em armazm uma vez (encomenda e recepo nicas), embora, possam sair em parcelas, mas, at esgotar a quantidade em stock.

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II 55

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

Exerccio 3 Explique a unidade de trabalho de um armazm Resoluo: Define-se: Unidade de trabalho caracterstica dos armazns como o produto (aritmtico) = tonelada x metro. Note-se a correspondncia desta medida com a do trabalho humano, por exemplo: hora x homem. Exerccio 4 Exemplifique um cdigo de localizao de armazenagem Resoluo: Um cdigo de localizao de um produto qumico, que se encontra arrumado no Armazm de Produtos Qumicos: Q 03 B 2 Posio 2 Prateleira B Estante 03 Armazm de Produtos Qumicos

Exerccio 5 Indique critrios para saneamento de existncias Resoluo: O saneamento de existncias tem por objectivo a constante actualizao e adequao das existncias s necessidades do processo produtivo na ptica da maior rendibilidade. O motivo fundamental que o justifica a permanncia nos armazns de material excedentrio ou de monos que ocupam espaos, representam valor e constituem encargos logsticos desnecessrios que urge liquidar. Saneamento de Existncias - a actividade que consiste na anlise peridica dos artigos existentes em armazm e na eliminao de todos aqueles que revelam muito baixa rotao por obsolescncia ou inadequao s necessidades.

II 56

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4. TRANSPARNCIAS

mbito da Gesto Fsica dos Stocks gesto fsica dos stocks compete assegurar que as operaes realizadas com os materiais, desde a sua entrega na empresa at sua sada de armazm, sejam executadas com eficincia, isto , ao menor custo e em tempo oportuno.

2.1Aprovisionamento e Gesto de StocksGuia do Formador

II 57

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

ATRIBUIES DA GESTO FSICA DOS STOCKS A gesto fsica dos stocks tem como principais atribuies: Recepcionar os materiais aprovisionados; Armazenar e conservar os stocks; Aviar ou expedir os materiais armazenados.

2.2

II 58

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mbito da RECEPO DOS MATERIAIS funo recepo dos materiais compete assegurar a conformidade das remessas de materiais dos fornecedores com os requisitos expressos nas respectivas encomendas e com a legislao e regulamentao aplicveis.

2.3

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II 59

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

mbito da Funo Armazenagem funo armazenagem compete preservar em boas condies os materiais armazenados e realizar o aviamento rapidamente e nas melhores condies de segurana.

2.4

II 60

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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Aviamento a actividade de entrega do material requisitado no armazm ou o encaminhamento para o local de utilizao, em conformidade com a programao. Pode considerar-se trs tipos de aviamento: - Eventual - Programado - Urgente2.5

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II 61

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

Expedio a actividade que assegura as boas condies de acondicionamento do material durante o transporte, assim como o carregamento eficiente do material no meio de transporte utilizado.

2.6

II 62

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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Requisitos de uma Gesto Fsica dos Stocks Eficiente Proporcionar as condies materiais adaptadas recepo Dispor de meios adequados de movimentao e transporte interno Dispor de meios e espao devidamente adequado ao armazenamento e guarda Possibilitar e facilitar a sada rpida dos artigos do armazm Prever, organizar e manter a segurana de pessoas e bens

2.7

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II 63

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

Princpios Gerais de Armazenagem H dois princpios gerais a que correspondem dois tipos bsicos de armazenagem, que podem coexistir num mesmo armazm: Armazenagem com lugar pr-definido, Princpio: Um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar. Armazenagem sem lugar pr-definido. Princpio: Seja qual for no stio disponvel.

2.8

II 64

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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FACTORES CONDICIONANTES DO MTODO DE ARMAZENAGEM Rotatividade dos materiais; Volume e peso a movimentar; Valor dos materiais; Ordem de entrada/sada; Acondicionamento e embalagem; Fragilidade/robustez dos materiais; Perecividade dos materiais.2.9

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II 65

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

Categorias de Armazns Armazns Industriais Armazns de Distribuio Entrepostos

2.10

II 66

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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Tipos de Armazns Armazns cobertos Parques reas livres

2.11

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II 67

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

Armazm todo o espao coberto ou descoberto, adequado e responsabilizado, para a arrumao em boas condies de conservao e ordenada dos materiais da empresa - stocks e outros - necessrios ao circuito produtivo, o qual dispe de todo o equipamento apropriado : Movimentao - meios de manobra ou de transporte, com a mxima segurana e eficincia, Conteno - estruturas e receptculos adequados para guardar os materiais com o mnimo risco de deteriorao e a mxima facilidade de acesso.2.12

II 68

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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Arrumao

a actividade que consiste na disposio racional e criteriosa dos materiais nos dispositivos ou nos locais prprios do armazm.

2.13

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II 69

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

Mtodos de Localizao Para facilitar a localizao dos materiais armazenados pode utilizarse um dos mtodos seguintes: Mtodo da quadrcula Mtodo dos corredores

2.14

II 70

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

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Conservao Consiste na preservao da qualidade dos materiais armazenados, assegurando que ao serem utilizados esto em perfeitas condies, mantendo intactos todos os seus atributos, como as caractersticas fsico-qumicas, as formas e as dimenses.

2.15

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II 71

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II. A GESTO E A ORGANIZAO FSICA DOS STOCKS

Saneamento de Existncias

a actividade que consiste na anlise peridica dos artigos existentes em armazm e na eliminao de todos aqueles que revelam muito baixa rotao por obsolescncia ou inadequao s necessidades.

2.16

II 72

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5. TEXTOS COMPLEMENTARES PARA O FORMADOR Artigos da revista Executive Dugest Artigos da revista Foco Artigos da revista Exame

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II 73

III. A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

APROVISIONAMENTO E GESTO DE STOCKS

III . A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

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1. RESUMO gesto administrativa dos stocks compete conhecer, permanentemente, quais os materiais armazenados, os respectivos movimentos de entrada e sada de armazns e as quantidades existentes em unidades fsicas e monetrias dos stocks. Neste captulo evidencia-se a importncia de manter actualizado um conjunto de dados relativos a cada artigo do stock, nomeadamente, os seguintes: Designao, Codificao, Especificao, Unidades de compra e de utilizao, Quantidades entradas e sadas e respectivas datas de movimento, ltimo preo de custo unitrio e custo mdio ponderado, Saldo em quantidade e valor. Depois de definidos os sistemas de codificao dos materiais: numricos, alfabticos, alfanumricos e de barras; exemplificado um cdigo numrico com cinco campos para identificar o tipo de material de stock, a classe, a famlia, o nmero de ordem e um algarismo de controlo (checkdigit). A especificao de um material o conjunto de atributos ou caractersticas, que permite distinguir o material e conferir-lhe aptides de utilidade. Uma empresa deve normalizar os materiais de stock reduzindo a respectiva variedade. A empresa deve manter um ficheiro de materiais adaptado s suas necessidades de gesto e actualizado, se possvel, em tempo real. O controlo dos stocks em quantidades fsicas pode efectuar-se atravs de inventrios e, neste captulo, compararam-se trs tipos de inventrios: Inventrio permanente, obtido a partir do ficheiro de materiais, que permite conhecer o stock de cada artigo, em tempo real. Inventrio programado, que permite conhecer, por artigo do ficheiro, para um certo horizonte temporal e por cada perodo de controlo, o stock terico e o disponvel terico. Inventrio fsico, que permite manter controlados os stocks em armazm, com base em contagens fsicas. O controlo de existncias em valor monetrio pode obter-se atravs da Contabilidade Geral. Segundo o POC, a classe 3 serve para registar a movimentao de contas de existncias que visa, essencialmente dois objectivos: Conhecimento do valor dos stocks. Apuramento do resultado nas vendas ou na produo. Tais objectivos podem atingir-se atravs de dois sistemas informativos: Sistema de inventrio permanente. Sistema de inventrio intermitente.

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III 77

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III . A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

2. PLANO DAS SESSES

Contedo

Metodologia

Durao (minutos) 30 min

Exposio: 1. mbito da gesto Apresentar o mbito e o enquadramento estrutural da administrativa gesto administrativa dos stocks (transparncia 3.1) dos stocks Justificar a importncia do processamento da informao 2. Enquadramento em tempo real. estrutural ou orgnico da gesto administrativa dos stocks Os formandos, reunidos em grupo, debatem a relao entre a gesto administrativa e a gesto econmica dos stocks As concluses dos debates so apresentadas pelo portavoz de cada grupo.

30 min

II 78

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3. Nomenclatura de artigo

Exposio: Introduzir o conceito de nomenclatura de artigo e exemplificar (transparncia 3.2) Introduzir os conceitos de: Cdigo universal UPC Cdigos EAN (transparncias 3.3. e 3.4) Exemplificar tipos de cdigos EAN: EAN 8 EAN 13 EAN 128 (transparncias 3.5 a 3.8).

30 min

Os formandos, reunidos em grupos, debatem as vantagens e limitaes do uso dos cdigos EAN As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo.

30 min

4. Especificao de material

Exposio: Introduzir o conceito de especificao de material e exemplificar (transparncia 3.9) Apresentar o subsistema de normalizao do SPQ (Sistema Portugus da Qualidade) e dar exemplos de normas de material.

30 min

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III 79

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III . A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

5. Normalizao

Os formandos, reunidos em grupos, debatem a importncia da normalizao relativa ao stock As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo. Exposio: Apresentar modos de controlo de existncias (transparncia 3.10) Criar um ficheiro de material, exemplificando Calcular o custo mdio ponderado de um artigo do stock (Resolver exerccio do Guia do Formando pg. 68). Os formandos, reunidos em grupo, caracterizam e justificam os principais campos de informao de um ficheiro de material Os resultados do trabalho dos grupos so apresentados pelos respectivos porta-vozes.

30 min

6. Controlo administrativa das existncias

30 min

30 min

7. Critrios valorimtricos de existncias

Exposio: Apresentar os principais critrios de valorizao de existncias e exemplificar. Os formandos, reunidos em grupos, debatem as vantagens de aplicao de cada critrio As concluses dos debates so apresentadas pelo porta-voz de cada grupo.

30 min

II 80

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8. Inventrios

Exposio: Apresentar os diversos tipos de inventrios (transparncia 3.11) Resolver os exemplos do Guia do Formando: Inventrio programado (pg. 73) Inventrio fsico rotativo (pg. 74) (assim, o formador ilustra as aplicaes prticas). Utilizar o software aplicacional para consolidar conhecimentos. Os formandos trabalham em pequenos grupos e o formador acompanha, apoia e esclarece dvidas. Total

60 min

9. Sntese

60 min

7 horas

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III 81

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III . A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

3. ACTIVIDADES/AVALIAO

Exerccios 1 Indique os dados, que devem ser registados, relativos a cada artigo do stock Resoluo: gesto administrativa dos stocks compete conhecer permanentemente: Quais os materiais armazenados, Movimentos de entrada e sada de armazns, Quantidades em unidades fsicas e monetrias dos stocks. Torna-se necessrio, para gerir os stocks, ter um conhecimento exacto de cada item ou artigo das existncias no s em quantidade fsica, valor e qualidade, mas tambm em dimenso, forma, peso e campo de aplicao.

Exerccio 2 Indique vantagens do estabelecimento de uma especificao do material Resoluo: Especificao de um material, o conjunto de requisitos da qualidade, isto , o conjunto de atributos ou caractersticas, traduzido em termos qualitativos e quantitativos, que lhe confere aptides de utilidade e permite verificar a conformidade. Uma especificao pode definir padres de comportamento e de segurana do material, indicar prescries de embalagem, discriminar ensaios e testes de controlo da qualidade, referir normas e regulamentos de referncia. A especificao do material fundamental para a sua compra e respectiva recepo qualitativa. Se fornecedores e clientes usarem para o mesmo artigo ou material a mesma nomenclatura, isto , a mesma designao e cdigo para a mesma especificao, ser facilitada a transaco e o respectivo processamento.

II 82

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Exerccio 3 Indique vantagens do sistema de inventrio permanente Resoluo: A partir do ficheiro de materiais pode efectuar-se uma listagem que contem todos os itens em armazm e as respectivas quantidades fsicas num dado instante. Se esta listagem for actualizada no acto de cada movimento de entrada e de sada, e aplicado o adequado critrio valorimtrico, possvel saber em cada momento o que existe no(s) armazm(s) da empresa em quantidade e valor monetrio. Esta listagem designada por inventrio permanente. O inventrio permanente universalmente utilizado nas empresas. Quando existem centenas ou milhares de artigos, s com um sistema informtico possvel geri-lo eficientemente e saber para cada artigo a quantidade correcta em cada momento. Atravs deste sistema possvel determinar permanentemente o valor dos stocks em armazm e apurar em qualquer momento os resultados obtidos nas vendas ou na produo. Para tal basta criar dois tipos de contas: conta ou contas que nos dem a conhecer permanentemente o valor dos stocks da empresa e conta ou contas de custo dos produtos vendidos ou consumidos para nos dar a conhecer, tambm permanentemente, o custo das vendas ou produo, apurando-se a partir do valor de venda ou de produo os respectivos resultados.

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III 83

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III . A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

4. TRANSPARNCIAS

mbito da Gesto Adminstrativa dos Stocks

gesto administrativa permanentemente:

dos

stocks

compete

conhecer

Materiais armazenados, Movimentos de entrada e sada de armazns, Quantidades em unidades fsicas e monetrias dos stocks.

3.1

III 84

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III A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

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Nomenclatura DE UM ARTIGO o conjunto de elementos de identificao do artigo e compreende: A designao, A codificao.

3.2

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III 85

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III . A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

SISTEMA DE CODIFICAO STANDARD A codificao standard est associada ao conceito de formatao grfica por cdigos de barras e permite ainda: - Uma identificao vlida internacionalmente; - A obteno imediata de informao no ponto de venda; - A utilizao do EDI (electronic data interchange).

3.3

III 86

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III A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

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SISTEMAS DE CODIFICAO STANDARD (2) Nos EUA surgiu, em 1973, o primeiro sistema de codificao standard: o UPC (Universal Product Code). Na Europa, a partir de 1977, implementou-se o sistema EAN (European Article Numbering). Em Portugal, a CODIPOR (Associao Portuguesa de Identificao e Codificao de Produtos) responsvel pela atribuio dos cdigos standard e membro da EAN Internacional, desde 1986.

3.4

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III 87

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CDIGOS EAN

(European Article Numbering) EAN-13 (cdigo europeu de 13 dgitos) 3 dgitos pas + 4 dgitos empresa + 5 dgitos produto + 1 dgito controlo EAN-8 (cdigo europeu curto de 8 dgitos) 3 dgitos pas + 4 dgitos empresa e produto + 1 dgito controlo 25 P1PPPP5 Q1QQQQ5 C produtos industriais (Pi) vendidos em quantidade varivel (Qi) 26 P1PPPP5 V1VVVV5 C produtos de retalho (Pi) de peso varivel c/indicao de valor (Vi)3.5III 88 Guia do Formador

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CDIGOS EAN (2)

(European Article Numbering)Exemplo de Cdigos de Unidades de Expedio ou Distribuio (a usar em embalagens tercirias: palette, base com envolvimento em filme retrctil, caixa de carto canelado, tambor, ...) DUN-14 (Distribution Unit Number - 14 caracteres) 1 dgito de varivel logstica (1 a 8) + 12 dgitos do EAN-13 da unidade de consumo sem dgito de controlo + 1 dgito de controlo

3.6

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III 89

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CDIGO EAN-128 A EAN Internacional desenvolveu um sistema aberto e global que permite codificar informao suplementar, em formato de cdigo de barras, abrangendo, para alm da identificao primria EAN-13, outros dados que permitem melhorar a gesto da cadeia/rede logstica. Simbologia UCC.EAN-128 (Uniform Code Council. EAN Internacional) - Simbologia unidimensional e alfanumrica que permite a codificao dos 128 caracteres ASCII.

3.7

III 90

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CDIGO EAN-128 (2) Formato da simbologia UCC.EAN-128: - Caractere de arranque (start): A, B ou C que define o conjunto de caracteres a usar; - Caractere funo 1 (FNC 1): que permite aos leitores pticos (scanning) identificar a simbologia UCC.EAN-128 e ao software processar a informao; - Campos de informao: cada campo informativo inicializado com um cdigo identificador de aplicao (IA) que o prefixo utilizado para identificar o significado e o formato da informao respectiva.3.8

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III 91

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III . A GESTO E A ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DOS STOCKS

Especificao de um material o conjunto de requisitos, isto , o conjunto de atributos ou caractersticas, traduzido em termos qualitativos e quantitativos, que lhe confere aptides de utilidade ou de satisfao de necessidade e permite verificar a conformidade.

3.9III 92

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Controlo das Existncias e dos Stocks H duas formas de efectuar esse controlo, que so complementares: Controlo administrativo das existncias (valorizao dos stocks) Controlo fsico dos stocks

3.10

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III 93

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Inventrios Inventrio permanente Inventrio programado Inventrio fsico intermitente Inventrio fsico rotativo Inventrio fsico permanente3.11

III 94

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5. TEXTOS COMPLEMENTARES PARA O FORMADOR Artigos da revista Executive Dugest Artigos da revista Foco Artigos da revista Exame

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III 95

IV. A GESTO ECONMICA DOS STOCKS

APROVISIONAMENTO E GESTO DE STOCKS

IV. A GESTO ECONMICA DOS STOCKS

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1. RESUMO Neste captulo comea por definir-se a gesto econmica dos stocks (GES), como a aplicao de um conjunto de princpios, regras de deciso e metodologias que visam determinar a quantidade a reaprovisionar de cada artigo do stock e estabelecer quando faz-lo, por forma a assegurar um custo total do stock mnimo, com roturas controladas. Os conceitos fundamentais associados GES so os seguintes: Prazo de (re)aprovisionamento (Pa) de um artigo que o prazo de disponibilizao do material a partir da data de deteco da necessidade; Stock mdio (Sm) de um artigo que a quantidade mdia em armazm do artigo durante um ano (em unidades fsicas); Existncia mdia ( E ) de um artigo que o valor do stock mdio do artigo; Custo unitrio de aquisio (u) de um artigo ou preo de custo unitrio que o valor de uma unidade entrada do armazm; Custo mdio de efectivao de uma encomenda (a) que o custo administrativo relativo emisso e envio para um fornecedor de uma nota de encomenda de um artigo; Custo de efectivao de encomendas (Ce) de um artigo que o custo administrativo anual relativo ao processamento das encomendas desse artigo; Custo de posse (Cp) de um artigo que o custo inerente permanncia do stock mdio em armazm desse artigo, durante um ano; Custo total do stock (CTS) de um artigo que resulta da soma das parcelas seguintes: custo de aquisio, custo de efectivao de encomendas, custo de posse e custo de roturas relativos a um perodo (por exemplo, um ano); Consumo previsto (S) de um artigo que a previso de utilizao ou consumo de unidades fsicas desse artigo, durante um ano; Consumo previsto (C) de um artigo em unidades monetrias, durante um ano; Custo de aquisio do stock (Cs) que o custo total de aquisio da quantidade consumida, num ano, de um artigo do stock; Custo de compra directa (Cd) de um artigo que o custo total de aquisio da quantidade consumida, num ano, de um artigo que no existe em stock e que, portanto, aprovisionado sempre que necessrio; Quantidade econmica de encomenda (Qee) que a quantidade a reaprovisionar, que minimiza o custo total (anual) do stock de um artigo;

Exerccio De um critrio econmico simples para suportar a deciso de compra directa, ou seja, quando o custo total do stock for superior ao custo global anual da compra directa:

Cs + Ce + Cp Cd + Eou

S x ud

a - E t u p s 1 1 + 2 u dIV 99

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IV. A GESTO ECONMICA DOS STOCKS

2. PLANO DAS SESSES

Contedo 1. mbito da gesto econmica dos stocks (GES)

Metodologia Exposio: Apresentar o mbito da GES e especificar os seus dois objectivos fundamentais (transparncia 4.1 e 4.2) Introduzir o conceito de prazo de aprovisionamento (pa) e respectivas parcelas (transparncia 4.3) Distinguir stock mdio (Sm) e existncia mdia ( E ) (transparncia 4.4 e 4.5) O formador deve apresentar os exemplos do Guia do Formando das pgs. 86 e 87.

Durao (minutos) 60 min

2. Conceitos Exposio: fundamentais da Introduzir e exemplificar os conceitos seguintes: GES - Custo unitrio de aquisio de um artigo do stock (u) - Custo mdio de efectivao de uma encomenda (a) - Custo de posse de um artigo do stock (Cp) e taxa de posse (tp) - Consumo previsto de um artigo em determinado perodo (S) - Consumo mdio previsto de um artigo num prazo (S ) - Calcular o custo total anual do stock de um artigo (Ct) - Calcular a quantidade econmica de encomenda (Qee) (transparncia 4.6 a 4.12) Nota: O formador deve resolver os exemplos de aplicao dos Guias do Formando e do Formador

120 min

IV 100

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3. Anlise de sensibilidade da Qee 4. Descontos de quantidade 5. Parmetros econmicos do stock

Exposio: Apresentar a anlise de sensibilidade da frmula de Wilson Apresentar o efeito de descontos de quantidade atravs de um exemplo (formador) (transparncia 4.13) Calcular numa aplicao (formador) os parmetros seguintes: Nmero econmico de encomenda (Nee) Prazo econmico de encomenda (Pe) Nota: O formador deve resolver os exemplos de aplicao dos Guias do Formando e do Formador

60 min

Exposio: 6. Sistemas de GES e mtodos de Apresentar o sistema de reposio simples e contnua, (re)aprovisionaexemplificando mento Apresentar os sistemas de planeamento de necessidades e mtodos de (re)aprovisionamento: Mtodo do ponto de encomenda (Pe) Mtodo do ciclo de reviso peridica Mtodo misto (transparncias 4.14 a 4.17) Aula prtica: O formador deve acompanhar e apoiar a resoluo individual dos exemplos do Guia do Formando. 7. Controlo da GES Exposio: Apresentar, atravs de aplicaes, os indicadores de eficcia da GES: Taxa ou ndice de rotao do stock (Ir) Taxa o ndice de cobertura do stock (Ic) Taxa ou ndice de rotura do stock (Tr) Nvel de servio do armazm de stocks (Ns) (Transparncia 4.18 a 4.23)

60 min

60 min

60 min principais

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IV 101

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8. Mtodo ABC

Exposio: Apresentar os objectivos da classificao (transparncia 4.24) Aplicar o mtodo de classificao a um caso prtico (Ver Actividades do Guia do Formador) Exposio: Apresentar critrios de deciso para compra directa Resolver um exemplo de deciso de compra directa (Ver actividades do Guia do Formador).

60 min ABC

9. Compra directa

60 min

10. Stock mximo

60 min Aula Prtica Rever o conceito de stock mximo atravs de aplicaes Resolver o exemplo 8, deste captulo, do Guia do Formador. 60 min Exposio: Rever o conceito de stock de segurana atravs de aplicaes do Guia do Formando Resolver o exemplo 9, deste captulo, do Guia do Formador. Os formandos, em pequenos grupos, utilizam o software para 60 min consolidar o conhecimento. O formador apoia ao formandos quando solicitado. 12 horas

11. Stock de segurana

12. Sntese

Total

IV 102

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3.

ACTIVIDADES/AVALIAO

Exerccio 1 Calcule o custo unitrio de aquisio do artigo A, conhecendo os dados seguintes: Encomenda de 300 unidades de A Preo de custo unitrio de compra, facturado pelo fornecedor: 20 Euros Encargo de transporte por conta do cliente: 500 Euros Outros encargos da empresa cliente, nomeadamente, seguros: 200 Euros (Exerccio 4.1.4. do Guia do Formando) Resoluo: Custo unitrio de aquisio u = 20 +

500 + 200 = 22,33 Euros 300

Exerccio 2 Calcule os parmetros econmicos da GES do artigo X de importao, sabendo: Custo unitrio mdio de aquisio u = 10 Euros Custo mdio de efectivao de uma encomenda a = 150 Euros Consumo previsto anualS = 200 000 unidades

Taxa de posse tp = 20%

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IV 103

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Resoluo: Custo total anual do stock de X: Ct = S x u +

S Qee x a + x u x tp = Qee 2 200 000 Qee x 150 + x 10 x 0,20 Qee 2

= 200 000 x 10 +

Quantidade econmica de encomenda Qee =

2 x S x a = u x tp

2 x 200 000 x 150 = 5 477,23 10 x 0,20

Nmero econmico de encomendas por ano Nee =

S 200 000 = = 36,5 Qee 5 477

i. e. 37 encomendas anuais Prazo econmico de encomenda Pe =

5 477 = 9,99 200 000 365

i. e. 10 dias o tempo ou prazo mdio de consumo da Qee

Exerccio 3 Uma empresa pretende aprovisionar um artigo cujo consumo anual previsto de 2 000 unidades O fornecedor, para entregar o material na empresa, pratica os preos unitrios seguintes:

Quantidade a Entregar Qe < 500 unidades 500 Qe < 1 000 unidades Qe 1 000 unidades

Preo Unitrio u = 1,0 Euros 0,8 Euros 0,6 Euros

IV 104

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O custo de passagem de uma encomenda de 10 Euros e a taxa de posse de 40% (considerando as exigncias de preservao do stock) Pretende-se determinar o nmero econmico de reaprovisionamentos Resoluo: 1. Clculo da Qee para Qee = u = 0,6 Euros

2 x S x a = u x tp

2 x 2 000 x 10 = 408,2 0,6 x 0,4

Esta quantidade < 1 000, portanto est fora do intervalo de validade da tabela do fornecedor 2. Clculo da Qee para Qee = u = 0,8 Euros

2 x 2 000 x 10 = 353,6 < 500 unidades, 0,8 x 0,4u = 1,0 Euros

portanto est fora do intervalo de validade da tabela do fornecedor 3. Clculo da Qee para Qee =

2 x 2 000 x 10 = 316,2 < 500 unidades, 1,0 x 0,4Qee = 316 unidades:

portanto est no intervalo vlido da tabela do fornecedor Clculo do custo total anual do stock para CT(316) = 2 000 x 1 +

2 000 316 . 10 + x 1x 0,4 = 2 126,49 Euros 316 2

No ser necessrio examinar outras curvas com preos unitrios diferentes, mas necessrio calcular os custos totais dos break point e seleccionar o menor.

Custos Totais

u = 1,0 E u = 0,8 E

2 126,49 1 720,00 u = 0,6 E

1 340,00

316,2

408,2353, 500

Quantidade a Encomendar

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IV 105

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CT(500) = 2 000 x 0,8 +

2 000 500 . 10 + x 0,8 x 0,4 ~ 1 720 Euros 500 2 2 000 1000 . 10 + x 0,6 x 0,4 ~ 1 340 Euros 1000 2

CT(1 000) = 2 000 x 0,6 +

Portanto, a Qee = 1 000 unidades a seleccionada. - Nmero econmico de encomendas no ano: Nee =

2 000 = 2 1000

- Prazo econmico de encomenda: Pe =

1 000 ~ 26 semanas 2 000/52

Exerccio 4 Uma empresa produz um equipamento elctrico. Para o ano em curso, com 219 dias teis de trabalho, a empresa prev a produo e venda de 7 300 equipamentos. Cada equipamento consome 1,5 m de cabo coaxial especial e o preo de custo deste cabo de 16 Euros/metro, em bobinas de 300 metros. O custo administrativo de efectivao de cada encomenda de 60 Euros e a taxa de posse de 25%. O prazo de aprovisionamento do cabo elctrico de 1 semana e o stock de segurana estabelecido pela empresa de 100 m. Calcular: A quantidade econmica de reaprovisionamento, justificando a resposta O nmero econmico de encomendas O ponto de encomenda

Resoluo: Quantidade econmica de encomenda:

Consumo anual previsto de cabo:S = 7 300 x 1,5 m = 10 950 m

IV 106

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Qee =

2 x 10 950 x 60 = 573, 149 m (2 bobinas) 16 x 0,25 10 950 m = 18,25 encomendas/ano 600 m

Nmero econmico de encomenda: Nee =

Ponto de encomenda: Pe = Ss + Pa x consumo dirio

S d = consumo dirio =

10 950 m = 50 m/dia 219 dias teis

Pe = 100 + (5 dias x 50m/dia) = 350 m

Exerccio 5 Uma empresa fabrica um produto P. Cada unidade de P incorpora 5 componentes X de compra. Para o ano em curso, com 220 dias teis de trabalho, a empresa prev fabricar e vender 8 630 unidades de P. As condies de aquisio de X, ao respectivo fornecedor, so as seguintes: a) Embalagens de 200 unidades ao preo de custo, por embalagem, de 2 000 Euros b) Prazo de aprovisionamento de 1 semana. O custo administrativo de efectivao de cada encomenda de 35 Euros e a taxa de posse de 20%. A empresa estabeleceu, como stock de segurana de X, 500 unidades. Calcule: a) Quanto reaprovisionar, justificando o clculo b) Quando reaprovisionar Resoluo: Dados: Consumo anual previsto de X: S = 8 630 x 5 = 43 150 unid. Custo unitrio de aquisio: u = 2 000/200 = 10 Euros Prazo de aprovisionamento: Pa = 1 sem = 5 dias teisIV 107

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Custo de efectivao de encomenda: a = 35 Euros Stock de segurana: SS = 500 unidades Quanto reapriovisionar Qee =

2 x S x a = u x tp

2 x 43 150 x 35 10 x 0,20

= 1 228,92 ~ 6 embalagens por encomenda Quando reaprovisionar: Quando for atingido o ponto de encomenda Pe = 500 + (5 dias x

43 150 ) = 1 481 unidades X 220

Questo 6 - Uma pequena empresa industrial pratica o JIT, sempre que possvel, no entanto, mantm em stock 10 artigos relativamente aos quais se conhece

Cdigo Artigo

Consumo Anual (unidades fsicas)

Stock Mdio

Preo md. Unitrio (euros)

X01 X02 Y03 Z04 X05 Y06 Z07 Y08 Y09 Y10

1 590 560 120 700 300 750 1 400 800 1 500 350

350 120 40 250 10 100 200 100 500 50

25,00 134,00 23,00 5,00 87,00 2,00 9,00 1,00 0,50 6,00

a) Calcule o ndice ou taxa de rotao do conjunto do stock e explique o seu significado b) Indique os artigos da classe A e explique a importncia da sua identificao Resoluo: O ndice ou taxa de rotao do conjunto do stock indica o nmero de vezes que a existncia mdia em armazm renovada por ano.

IV 108

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O ndice de rotao de artigo X01 IR =

S S

=

m

1 590 = 4,54 vezes 350

A taxa de rotao do conjunto de artigos do stock Tr =

C 1 590 x 25,00 + 560 x 134,00 + ... 164 900 = = = 5,46 vezes 350 x 25,00 + 120 x 134,00 + ... 30 520 E

O capital imobilizado em stock (mdia) renovado 5,5 vezes por ano. a) Classificao ABC Artigos ordenados por ordem decrescente do valor do consumo anual:

Valor do consumo anual/Artigo X02 X01 X05 Z07 Z04 Y03 Y10 Y06 Y08 Y09 560 x 1 34,0 = 75 040 1 590 x 300 x 25,0 = 39 750 9,0 = 12 600 5,0 = 23,0 = 6,0 = 2,0 = 1,0 = 3 500 2 760 2 100 1 500 800

Val. Acumulado 75 040 114 790 140 890 153 490 156 990 159 750 161 850 163 350 164 150 164 900

% Acumulada 46,5 69,6 85,0 93,0 95,2 97,0 98,1 99,0 99,5 100,0 C (50%) A (20%) B (30%)

87,0 = 26 100

1 400 x 700 x 120 x 350 x 750 x 800 x

1 500 x 0,5 = 750 Total: 164 900

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IV 109

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100a

100

69,6

50%a

5%X02 X01 X05 Z07 Z04 Y03 A Questo 7 O responsvel da logstica de uma empresa constatou que nos ltimos 2 anos se tem comprado directamente um determinado artigo, com uma certa frequncia, ao preo mdio unitrio de 200 Euros a retalhistas, localizados prximo das filiais da empresa, que vendem a dinheiro, mas, entregam o material nas respectivas filiais. 0Consultados produtores nacionais, aquele responsvel apurou que se fossem aprovisionados contentores com 20 unidades, se obtinha um desconto de 18% e prazo de pagamento de 30 dias. Sabe-se, ainda, que: Custo Mdio de efectivao de uma encomenda no mercado nacional de 30 Euros Custo Anual adicional de comunicaes da compra directa de 90 Euros A taxa anual de custo de posse de 20% A previso de consumo total do artigo para o prximo ano de 800 unidades Decida se deve constituir stock central do material, justificando a deciso.IV 110

Y10

Y09 C

B

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Resoluo: Se constituir stock central Qee = i. e. 2 contentores por encomenda Custo total anual do stock central: Cs = 800 x 164 +

2 x 800 x 30 = 38,25 unidades 164 x 0,20

800 40 x 30 + x 164 x 0,20 = 40 2

= 132 456 Euros a 60 diasCusto total anual de compra directa: Cd = 800 x 200 + 90 = = 160 090 Euros a dinheiro (pronto pagamento) Portanto, deve constituir-se stock central.

Exerccio 8 Prev-se que o consumo no ano corrente de um artigo do stock seja, em mdia, semelhante ao do ano anterior, que foi mensalmente o seguinte:

Ms Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Consumos (Unid.) 90 100 130 100 90 120 140 70 80 90 110 80

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O preo de custo do artigo de 18 Euros, o prazo de aprovisionamento de 5 semanas e os valores determinados para a taxa de posse e custo de efectivao de uma encomenda so respectivamente de 20% e 45 Euros. Consultado, hoje, o inventrio permanente constata-se que o stock livre de 122 unidades, com um stock de segurana de 75 unidades e um stock reservado de 20 unidades. Pretende-se calcular: a) b) c) O stock total A quantidade a encomendar, hoje, se necessrio O stock mximo admissvel do artigo

Resoluo: Dados: Consumo anual previsto: S = 1 200 unidades Consumo mdio mensal: S m = 100 unidades Preo de custo unitrio ( entrada da empresa) : u = 18 Euros Prazo de (re)aprovisionamento: Pa = 5 semanas Taxa de posse: tp = 20% Custo de efectivao de uma encomenda: a = 45 Euros Stock livre: SL = 122 unidades Stock de segurana: SS = 75 unidades Stock reservado: SR = 20 unidades a) Stock total ST = SS + SL + SR + SP = = 75 + 122 + 20 = 217 unidades b) Quantidade a encomendar

Qee =

2 x S x a = u x tp

2 x 1 200 x 45 = 173,2 18 x 0,20

c) Ponto de encomenda: Pe = SS + (Pa x S sem) = 75 + (5 x 25) = 200 unidades Considerando que ST > Pe, poder-se- hoje no encomendar, embora haja SR = 20 unidades Smx = Pe + Qee = 200 + 173 = 373 unidades

IV 112

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Exerccio 9 Considere o armazm de sobressalentes do equipamento da produo. Os artigos que compem o stock no so de fcil aquisio, pois so importados e os prazos de (re)aprovisionamento so incompatveis com as necessidades das intervenes/reparaes, quase sempre imediatas. Est a ser efectuada uma anlise, com vista ao prximo reaprovisionamento de um rel, cujo preo unitrio DDP (Delivery Duty Paid) de 10 Euros, o prazo de aprovisionamento de cerca de um ms e o consumo do ano anterior encontra-se no mapa anexo dos consumos mensais. Os valores determinados para a taxa de posse e custo de efectivao de uma encomenda so respectivamente de 25% e 50 Euros. Na ficha informatizada do material, de actualizao on-line, vem indicado o stock real de 150 unidades, uma encomenda em curso de 100 unidades a chegar na prxima semana e que o stock de segurana admite um risco de rotura de 5%. Pretende-se calcular: a) O stock livre b) O ponto de encomenda c) A quantidade a encomendar (reaprovisionar)

Mapa de Consumos Mensais do Ano Anterior Ms Consumos (Unid.) Janeiro 60 Fevereiro 120 Maro 150 Abril 100 Maio 80 Junho 90 Julho 200 Agosto 50 Setembro 80 Outubro 90 Novembro 70 Dezembro 110 Total 1200

Valores do Factor de Confiana Z Cobertura do Stock 1,3 90% 1,5 93% 1,6 95% 1,7 96% 1,8 97% 2,0 98% 2,4 99%

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IV. A GESTO ECONMICA DOS STOCKS

Resoluo: Dados: Consumo anual previsto: S = 1 200 unidades Consumo mdio mensal: S = 100 unidades Preo de custo unitrio entrada do armazm: u = 10 Euros Taxa de posse: tp = 0,25 Custo de efectivao de 1 encomenda: a = 50 Euros Prazo de aprovisionamento: pa = 1 ms

a) Stock livre = Stock actual - Stock segurana SS = Z x x Desvio padro: = =

pa

(Si - S ) 2 = n

(60 - 100) 2 + (120 - 100) 2 +