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Relatório Técnico – RT ECV 161/17 - Revisão 00 – Julho/17 476 RCA da Linha de Transmissão 230 KV Linhares 2 – São Mateus 2 e Subestação 230/138-13,8 KV São Mateus 2 12. Programas Socioambientais Entende-se que a eficiência das medidas mitigadoras deverá ser reavaliada constantemente com a finalidade de garantir a manutenção de sua eficácia e, se necessário, melhorar as condições de suas aplicações, ou mesmo identificar e proceder às correções que se fizerem necessárias no decorrer do desenvolvimento das atividades. Os Programas aqui propostos e os seus objetivos estão apresentados na Tabela 12-1. Na Tabela 12-2 é apresentado o cronograma geral de obras e sua interface com os programas a serem desenvolvidos. Tabela 12-1: Tabela resumo dos Programas Ambientais. Item Nome do Plano/ Programa Objetivo Fase 12.1 Programa de Gestão Ambiental (PGA) Dotar o empreendimento de mecanismos eficientes que garantam a execução e o controle das ações dos Programas Ambientais e a adequada condução ambiental, mantendo um elevado padrão de qualidade ambiental na sua implantação, com observância à legislação vigente garantindo a participação coordenada de todos os atores envolvidos. P/C 12.2 Programa de Comunicação Social (PCS) Criar um canal de diálogo e comunicação eficaz entre a EDP Transmissão S.A. e a sociedade, com especial atenção à população diretamente afetada pelo empreendimento, esclarecendo e informando as peculiaridades da obra. Desenvolver estratégias e ações que construam e a EDP Transmissão S.A. e as partes interessadas, baseados na confiança e na transparência de informações. P/C

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12. Programas Socioambientais Entende-se que a eficiência das medidas mitigadoras deverá ser reavaliada constantemente com a finalidade de garantir a manutenção de sua eficácia e, se necessário, melhorar as condições de suas aplicações, ou mesmo identificar e proceder às correções que se fizerem necessárias no decorrer do desenvolvimento das atividades. Os Programas aqui propostos e os seus objetivos estão apresentados na Tabela 12-1. Na Tabela 12-2 é apresentado o cronograma geral de obras e sua interface com os programas a serem desenvolvidos. Tabela 12-1: Tabela resumo dos Programas Ambientais.

Item Nome do Plano/ Programa Objetivo Fase

12.1 Programa de Gestão Ambiental (PGA)

Dotar o empreendimento de mecanismos eficientes que garantam a execução e o controle das ações dos Programas Ambientais e a adequada condução ambiental, mantendo um elevado padrão de

qualidade ambiental na sua implantação, com observância à legislação vigente garantindo a participação coordenada de todos os

atores envolvidos.

P/C

12.2 Programa de Comunicação Social (PCS)

Criar um canal de diálogo e comunicação eficaz entre a EDP Transmissão S.A. e a sociedade, com especial atenção à população

diretamente afetada pelo empreendimento, esclarecendo e informando as peculiaridades da obra.

Desenvolver estratégias e ações que construam e a EDP Transmissão S.A. e as partes interessadas, baseados na confiança e na

transparência de informações.

P/C

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Tabela 12-1: Tabela resumo dos Programas Ambientais. Continuação.

Item Nome do Plano/ Programa Objetivo Fase

12.3 Programa de Educação Ambiental (PEA) Desenvolver ações para a disseminação de valores, conhecimentos,

atitudes e habilidades que contribuam para a qualificação da participação cidadã no processo de gestão ambiental.

P/C

12.4 Programa de Educação Ambiental para

os Trabalhadores (PEAT)

Previnir conflitos socioambientais e a ocorrência de acidentes e não conformidades entre o grupo de trabalhadores, por meio de ações de

educação ambiental a serem desenvolvidas. C

12.5 Plano Ambiental de Construção (PAC) Estabelecer os critérios e requisitos, na forma de diretrizes, para nortear as ações técnicas das empresas de construção e montagem em relação

às questões socioambientais ao longo da execução das obras. C

12.6 Programa de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos (PGRSE)

Promover a correta segregação, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento e disposição final dos resíduos, além do

gerenciamento e controle dos efluentes líquidos, gerados no empreendimento, de forma a minimizar os impactos potenciais

associados aos mesmos.

C

12.7 Programa de Prevenção, Controle e

Acompanhamento de Processos Erosivos (PPE)

Promover o acompanhamento/monitoramento de potenciais processos erosivos e propor medidas de controle a serem adotadas nos pontos

onde ocorrerem os processos, decorrentes da implantação do empreendimento.

C

12.8 Programa de Supressão de Vegetação

(PSV)

Orientar a supressão da cobertura vegetal das áreas interceptadas pela faixa de servidão, acessos e benfeitorias/equipamentos, considerando a

faixa mínima de segurança para a execução do referido empreendimento. C

12.9 Programa de Afugentamento, Resgate e

Manejo da Fauna (PARMF)

Promover o acompanhamento técnico das atividades de supressão da vegetação de forma a minimizar o risco de acidentes ou morte dos animais silvestres presentes e a execução de eventuais ações de

salvamento, triagem e destinação da fauna capturada nas áreas com cobertura vegetal a ser suprimida. O programa atende também

incidentes com fauna atropelada.

C

12.10 Programa de Recuperação de Áreas

Degradadas (PRAD)

Definir as principais estratégias a serem adotadas visando a estabilização dos terrenos e controle de processos erosivos, revegetação das áreas degradadas, a recuperação das atividades biológicas no solo,

além do tratamento paisagístico das áreas afetadas, de forma a melhorar a qualidade ambiental em conformidade com valores

socioambientais.

C/O

12.11 Programa de Instituição da Faixa de

Servidão Administrativa e Indenização de Benfeitorias

Promover a identificação, negociação e indenização de interferências sobre o uso do solo e a presença de benfeitorias em função do

estabelecimento da faixa de servidão. P/C/O

Na sequência são apresentados os Programas Ambientais para as fases de planejamento e implantação do Empreendimento. Cabe salientar, que os programas são apresentados em caráter básico, porém com conceitos avançados. Na ocasião da apresentação do Plano Básico Ambiental, esses programas serão apresentados em caráter executivo.

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Tabela 12-2: Cronograma de Obras e de implementação dos Programas Ambientais1.

ATIVIDADES

PLANEJAMENTO (Período Pré-obras) IMPLANTAÇÃO (Período de Obras) OPERAÇÃO/MANUTENÇÃO

MESES MESES MESES

2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 N

Mobilização

Construção da Subestação Linhares II

Construção da LT 230 kV

Construção da Subestação São Mateus II

PROGRAMAS AMBIENTAIS

Programa de Gestão Ambiental (PGA)

Programa de Comunicação Social (PCS)

Programa de Educação Ambiental (PEA)

Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores (PEAT)

Plano Ambiental de Construção (PAC)

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos (PGRSE)

Programa de Prevenção, Controle e Acompanhamento de Processos Erosivos (PPE)

Programa de Supressão de Vegetação (PSV)

Programa de Afugentamento, Resgate e Manejo da Fauna (PARMF)

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

Programa de Estabelecimento da Faixa de Servidão e Indenização de Benfeitorias

12.1. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 12.1.1. Introdução e Justificativa Todos os aspectos ambientais da atividade de implantação da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II devem ser acompanhados e gerenciados de forma integrada através do Sistema de Gestão Ambiental a ser implementado, o qual consiste de uma estrutura gerencial e de um conjunto de ações que têm como objetivo a conjugação das estratégias de organização das atividades voltadas ao controle e mitigação dos impactos ambientais. O conjunto de ações de mitigação de impactos, previsto no RCA, deve ser traduzido em procedimentos ambientais e técnico-operacionais para que as atividades sejam desenvolvidas em plena conformidade ambiental/legal. Para dar suporte à elaboração dos procedimentos e garantir a implementação dos mesmos, é fundamental que se crie uma estrutural gerencial baseada em um conjunto inter-relacionado de políticas e medidas práticas e técnico-administrativas. É fundamental ainda que essa estrutura gerencial garanta a correta aplicação das medidas de proteção e reabilitação ambiental e acompanhe o desenvolvimento dos programas ambientais, integrando os diferentes agentes internos e externos, empresas contratadas, consultorias, instituições públicas e privadas, de forma a garantir à EDP Transmissão S.A. a segurança necessária para não serem transgredidas as normas e a legislação ambiental vigente. 1 O detalhamento do Cronograma tanto para as atividades previstas nas obras como dos Programas Ambientais será feito e apresentado no Plano Básico Ambinetal desse emprendimento.

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O Programa de Gestão Ambiental PGA, devidamente implementado, permitirá a mitigação e controle dos impactos ambientais identificados no RCA, através da eficiente execução e acompanhamento do PBA - Plano Básico Ambiental. A execução do PBA é fundamental para o sucesso da implantação do empreendimento, de maneira a minimizar os impactos decorrentes da sua construção. 12.1.2. Objetivos Objetivo Geral O Programa de Gestão Ambiental (PGA) da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II tem como objetivo geral a busca da excelência ambiental através da definição do processo gerencial a ser adotado para promover a melhor execução do conjunto de ações destinadas a minimizar os impactos gerados pelas atividades de implantação da Linha de Transmissão e das subestações. As ações previstas estão contidas nos programas ambientais e nas medidas mitigadoras2 que deverão atuar sobre cada aspecto ambiental do empreendimento, mas que devem ser gerenciadas de forma integrada para garantir resultados ambientais positivos. Objetivos Específicos As diretrizes deste PGA estão fundamentadas no ciclo de ações composto das seguintes etapas: planejamento, execução, monitoramento, avaliação e revisão das ações voltadas a evitar/mitigar os impactos ambientais. Assim sendo, este PGA tem como função o planejamento, acompanhamento e o controle dos programas ambientais e das medidas mitigadoras deste empreendimento na sua fase de implantação, tendo como objetivos específicos:

Criar procedimentos de gestão ambiental e garantir a sua ampla divulgação. Gerenciar e fiscalizar a implantação e execução dos Programas Ambientais do Plano Básico Ambiental. Avaliar os resultados obtidos a fim de identificar a efetividade dos programas ambientais e propor

medidas preventivas e corretivas para os desvios de execução e não conformidades encontradas. Fiscalizar a implementação e avaliar a eficácia das medidas de controle e mitigação dos impactos

ambientais, e propor medidas preventivas e corretivas para os desvios e as não conformidades encontradas.

Analisar os resultados dos indicadores de desempenho ambiental, avaliar riscos, discutir com as partes interessadas e propor ações voltadas à melhoria dos processos.

Elaborar relatórios de desempenho e gerenciais e promover reuniões de planejamento e acompanhamento do progresso das atividades.

Receber, analisar e tratar (ou delegar o tratamento) as reclamações recebidas das partes interessadas (p.ex. clientes internos, comunidades, órgãos ambientais etc).

Divulgar o desempenho ambiental através de registros formais dos resultados dos indicadores, dos eventuais desvios e das decisões e ações corretivas, de forma a promover uma gestão ambiental transparente.

Atualizar os procedimentos gerenciais a partir dos resultados obtidos.

2 Algumas das medidas mitigadoras previstas no RCA não foram convertidas em Programas Ambientais, sendo ações de controle que deverão ser implementadas pelos executores das obras, cabendo ao PGA a fiscalização do cumprimento dessas ações.

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12.1.3. Metodologia As linhas de ação a serem adotadas dentro do PGA são as seguintes:

a. Planejamento e Gerenciamento da execução dos Programas Ambientais; b. Fiscalização e gestão ambiental das obras.

Para executar as ações previstas no PGA está prevista uma estrutura organizacional a qual será conduzida por uma Equipe Gestora de acompanhamento dos Programas Ambientais, ligada a uma gerência de Meio Ambiente da empresa. Essa equipe será responsável pelo gerenciamento ambiental da obra, desempenhando também o papel de canal de comunicação entre o empreendimento, os Órgãos Ambientais e as comunidades locais e demais partes interessadas na construção do empreendimento. O Programa de Gestão Ambiental, por ser o principal programa integrador, possui interface com todos os programas ambientais do empreendimento, sendo responsável pela sua efetivação/execução, controle e integração de todos eles. A estrutura formal de gestão ambiental deverá ser definida e caracterizada pela equipe responsável de comum acordo com representantes diretos da EDP Transmissão S.A., de forma a estabelecer objetivos específicos, formas de relacionamento e definição das responsabilidades de ambas as partes. Deverão ser também definidas as formas de implementação e divulgação das estratégias especiais deste projeto, de forma a abranger todos os setores, unidades e atividades da EDP Transmissão S.A.. As formas de implementação e divulgação da política ambiental deverão conter abordagens objetivas, possibilitando avaliações periódicas e, ainda, eventuais adequações, intrinsecamente relacionadas com a forma de comunicação definida. Basicamente, na fase de Planejamento serão realizadas as seguintes atividades principais:

Sistematização das condicionantes de licença e a serem atendidas; Definição dos Procedimentos para o controle e supervisão das medidas mitigadoras implementadas; Definição dos Procedimentos de controle e acompanhamento de oportunidades de melhorias, desvios e

não conformidades identificadas; Sistematização dos objetivos e indicadores dos Programas Socioambientais; Definição de rotinas de acompanhamento e verificação dos Programas Ambientais; Elaboração de Modelos de Relatórios; Mapeamento dos stakeholders e definição da sistemática de reuniões e das rotinas de comunicação. Definição da estrutura das reuniões e sistemática de apresentação de resultados.

Na fase de execução dos Programas Ambientais, no nível do PGA, será promovida a articulação e integração das diversas ações planejadas e dos diferentes stakeholders, além do monitoramento e controle do desenvolvimento de todos os programas e ações. Nesta etapa serão realizados o monitoramento e a verificação do desempenho dos Programas (escopo, prazos, qualidade do produto, riscos, dificuldades encontradas, resultados, etc) pela comparação entre realizado e previsto. Será realizada a coleta de dados/informações para avaliação da execução do trabalho e de desempenho dos programas. A efetividade das ações propostas pelos Programas Ambientais, relacionadas à prevenção, recuperação, proteção, mitigação e controle ambiental, será avaliada a partir do monitoramento dos indicadores de cada Programa.

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Identificadas anomalias ou desvios de metas no desenvolvimento dos Programas, ou detectadas não conformidades legais/ambientais, essas serão tratadas para identificação das causas. A partir daí serão propostos Planos de Ação para adoção de medidas preventivas e/ou corretivas. Cabe salientar, que tomadas de ações poderão implicar em replanejamento. Para isso, serão realizadas reuniões voltadas ao gerenciamento do trabalho, com foco na atualização dos planos de trabalho (específicos para cada Programa), na discussão de anomalias, apresentação de resultados etc. Essas reuniões deverão ser realizadas com frequência mínima mensal. As ações de fiscalização serão de responsabilidade da Equipe Fiscalizadora, que irá fiscalizar o desenvolvimento das obras de implantação do empreendimento e verificar a adoção de boas práticas ambientais no processo construtivo, bem como acompanhar a implementação das medidas mitigadoras de impactos. Neste aspecto, todas as frentes de trabalho serão inspecionadas rotineiramente para verificação do cumprimento e da eficácia dessas medidas. Da mesma forma, a execução dos Programas Ambientais será acompanhada pela equipe de fiscalização. A coleta de evidências3 será feita diariamente dentro de um Plano de Trabalho elaborado pela Equipe Gestora e validado pela Gerência de Meio Ambiente (GMA). Para isso, as empreiteiras envolvidas na construção deverão informar previamente seus Planos de Ataque para a Equipe Gestora para compatibilização das atividades. As informações geradas no processo de fiscalização serão pré-processadas pela equipe responsável, que identificará as não conformidades críticas e imediatamente notificará os responsáveis, para que as mesmas sejam solucionadas. Todas as não conformidades e/ou desvios serão consolidados mensalmente (Relatório de Anomalias) e discutidos nas reuniões de acompanhamento, e tratados através de Planos de Ação, os quais serão devidamente monitorados. A estrutura das equipes de fiscalização e de gestão deverá contar com técnicos ou especialistas em meio ambiente, devendo-se privilegiar a multidisciplinaridade. O dimensionamento da equipe e dos recursos de apoio (infraestrutura e logística) será de responsabilidade da Gerência de Meio Ambiente da EDP Transmissão S.A., mas deverá contar minimamente com a seguinte estrutura:

Escritório de apoio com equipamentos de informática. Veículos 4x4 com itens de segurança. GPS, máquinas fotográficas, celulares e rádios comunicadores. Técnicos para atuar nas frentes de obra. EPIs selecionados de acordo com as tarefas específicas. Material de consumo.

Cabe destacar que a atuação da Equipe de Fiscalização e da própria Equipe Gestora deverá ser respaldada pela alta administração e oficializada com todos os prestadores de serviço envolvidos na fase de implantação do empreendimento. A comunicação eficaz é um fator de considerável importância para um bom acompanhamento dos programas e das ações ambientais, permitindo um diálogo interno entre os diversos níveis e funções relacionadas com o ambiente, facilitando o entendimento e a cooperação mútua de toda a equipe envolvida no desempenho ambiental, bem como permite uma gestão transparente com as partes externas (órgãos ambientais e intervenientes e a sociedade). Por isso, é fundamental que desde o início da fase de construção fique claro para todas as partes interessadas que o fluxo de comunicação entre elas e a empresa, no que diz respeito às questões ambientais, serão centralizadas na Gerência Meio Ambiente, a qual controlará todo fluxo de informações (controles das entradas e saídas).

3 As planilhas/formulários de coleta de evidências serão elaborados pela equipe de fiscalização e validados pela equipe de gestão e pela GMA da EDP.

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12.1.4. Público-alvo O Programa deverá ser executado abrangendo:

A EDP Transmissão S.A. e as empresas contratadas para desenvolvimento dos programas ambientais e obras necessárias para implantação do empreendimento.

O contingente de trabalhadores envolvidos com a construção, montagem e comissionamento dos empreendimentos.

As populações locais afetadas diretamente pelas obras. Os órgãos públicos diretamente envolvidos com a implantação do empreendimento.

12.1.5. Responsabilidade A responsabilidade pela implementação do PGA e montagem de sua estrutura será da EDP Transmissão S.A., podendo este contratar, sob sua supervisão, uma instituição ou empresa para a execução do escopo previsto neste programa. 12.1.6. Desenvolvimento A implementação do Programa de Gestão Ambiental deverá se dar pelo menos 2 meses antes do início das obras, com a montagem da Equipe Gestora, que será responsável, junto com a Gerência de Meio Ambiente da EDP Transmissão S.A., por definir os procedimentos técnico-operacionais e ambientais que fornecerão as diretrizes e critérios para o desenvolvimento das obras. Esses protocolos serão apresentados às empreiteiras e demais terceirizados já na fase de contratação dos serviços e/ou previamente ao início das obras. Nessa fase inicial, a Equipe Gestora também será responsável por elaborar o planejamento das ações de controle e monitoramento. O Programa de Gestão Ambiental se estenderá por todo ciclo de implantação do empreendimento, assegurando o cumprimento de todas as condicionantes ambientais da LI, até a aprovação do relatório final de atendimento das condicionantes pelo órgão ambiental (IEMA) a ser evidenciado pela emissão da Licença de Operação. 12.2. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (PCS) 12.2.1. Introdução e Justificativa O PCS será implantado nos municípios de Linhares, Rio Bananal, Vila Valério, Sooretama, Jaguaré e São Mateus, tendo como referência principal o público-alvo afetado: proprietários rurais e comunidades diretamente afetadas pelo empreendimento. Fundamentado nas diretrizes de comunicação e relacionamento com os proprietários e as comunidades indicadas, o Programa tem o objetivo de difundir informações da Linha de Transmissão (LT) e Subestações (SE) e os impactos esperados com sua implantação, além das demais atividades que serão desenvolvidas, com transparência, constância e compromisso, de modo a construir uma relação de diálogo com todos os segmentos envolvidos, visando à participação e colaboração da sociedade durante a implantação da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II. A implantação do empreendimento provocará expectativas nas partes envolvidas, especialmente na população do entorno da LT. Tais expectativas podem suscitar dúvidas e resistências, principalmente no que diz respeito a alguns aspectos que podem vir a ser polêmicos por interferirem nos hábitos de circulação e posturas quanto aos cuidados necessários para a preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente.

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O Programa de Comunicação Social integra o conjunto de Programas Ambientais propostos pelo RCA e justifica-se pela necessidade de implantação de um sistema de comunicação capaz de intermediar e incluir as partes interessadas e envolvidas no processo e, sobretudo, pela necessidade de esclarecer à população residente da Área de Influência Indireta (AII) e Área de Influência Direta (AID) os aspectos concernentes às fases das obras, uma vez que para a implantação do empreendimento será necessário mobilizar mão de obra, além de tomar outras medidas que alterarão o cotidiano e a circulação na região. Em função de seu caráter de canal de comunicação, interação e integração, o PCS caracteriza-se como o Programa de maior abrangência em relação ao público afetado e aos impactos a ele associados. Assim, este buscará diferenciar as atividades a serem realizadas, considerando o grau de incidência dos impactos sobre as partes envolvidas. Para que o PCS cumpra a sua função social enquanto veículo de colaboração e participação comunitária na gestão da fase de implantação do empreendimento, além de informar os segmentos envolvidos, será necessário instrumentalizá-lo, no sentido de identificar e promover a importância dos papéis dos atores sociais neste processo. 12.2.2. Objetivos Objetivo Geral O PCS pretende proporcionar a integração entre os diferentes segmentos da sociedade, divulgando informações referentes aos aspectos da implantação da LT, os impactos esperados, as ações de gestão ambiental, os cuidados preventivos para a boa convivência com as atividades necessárias à realização das obras, visando a mitigação/minimização dos impactos negativos e potencialização dos impactos positivos. Dessa forma, estabelecem-se os seguintes objetivos gerais para esse Programa: Criar um canal de comunicação contínuo entre a EDP Transmissão S.A. e a sociedade, especialmente a

população residente na Área de Influência Direta do empreendimento.

Desenvolver ações que visem à integração da população com a implantação do empreendimento e dos programas ambientais

Objetivos Específicos Os objetivos específicos deste Programa são apresentados dentro das Linhas de Ação 1 e 2 propostas: Linha de Ação 1: Divulgação do Empreendimento:

Informar a sociedade sobre as características do empreendimento, as etapas de sua implantação, o desenvolvimento dos programas e as mudanças que ocorrerão durante as obras.

Promover a importância estratégica do empreendimento, tendo em vista os benefícios locais e regionais. Auxiliar na mitigação dos possíveis transtornos para a população e usuários das estradas locais durante o

período de construção. Apoiar os demais programas ambientais, facilitando o aporte de informações e divulgando seus

resultados. Informar sobre os procedimentos de segurança a serem observados nos canteiros de obras, trechos em

obras e em seu entorno.

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Prevenir possíveis transtornos e conflitos decorrentes da circulação intensa do contingente de trabalhadores empregados na obra, visando, entre outros aspectos, à ordem, ao respeito à população e à conservação do meio ambiente.

Linha de Ação 2: Relacionamento com a Comunidade:

Intermediar as relações entre a EDP Transmissão S.A., os executores e a sociedade, fornecendo informações e criando um canal de comunicação entre os segmentos envolvidos, especialmente entre a EDP Transmissão S.A. e os proprietários rurais

Fazer registro audiovisual de todo o processo de implantação do projeto (antes, durante e depois da fase de instalação) e dos demais programas ambientais desenvolvidos, principalmente com interface direta com o PEA – Programa de Educação Ambiental.

12.2.3. Metodologia As ferramentas de comunicação a serem utilizadas pelo PCS poderá incluir: disseminação de cartazes, visitas informativas; distribuição de folhetos; e palestras em escola. Sugere-se criar e elaborar todo o material de divulgação do empreendimento, antes do início das obras sendo que este deverá ser distribuído ao longo da implantação do Programa. O projeto deverá adotar ações sistemáticas de comunicação com as partes interessadas, entre as quais se incluem as Prefeituras, Instituições públicas e privadas, associações e organizações sociais. 12.2.4. Público-alvo As ações propostas no PCS deverão abranger os municípios de Linhares, Rio Bananal, Vila Valério, Sooretama, Jaguaré e São Mateus. Os esforços na área de comunicação e relacionamento com a sociedade se concentrarão na população da Área de Influência Direta (AID), buscando esclarecê-la ao máximo sobre o alcance e o andamento das fases de implantação e operação do empreendimento, abordando os fatores capazes de serem inseridos em seu cotidiano. Com base no levantamento de dados do item relacionado à Socioeconomia e Gestão Fundiária, o público-alvo principal identificado para o Programa se compõe de: Proprietários e residentes/funcionários localizados na área perpassada pela LT. Escolas que atendam alunos provenientes das áreas de influência direta. Líderes comunitários. Funcionários das propriedades diretamente afetadas. Poder público. Associações e organizações sociais. Público interno.

12.2.5. Responsabilidade A responsabilidade pela execução e acompanhamento do PCS será a EDP Transmissão S.A., podendo este contratar, sob sua supervisão, uma instituição ou empresa para a execução do mesmo.

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12.2.6. Desenvolvimento Conforme indicado anteriormente, o PCS deverá acontecer durante toda fase de implantação do empreendimento. É indicado que o referido Programa se inicie 02 (dois) meses antes da fase de implantação do projeto e termine dois meses após o início da operação. 12.3. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 12.3.1. Introdução e Justificativa Este Programa está em conformidade com a Instrução Normativa nº 03/2009, do IEMA, que tem como diretriz básica “o processo de Educação Ambiental que deve permitir aos indivíduos tornarem-se sujeitos sociais capazes de compreender a complexidade da relação sociedade/natureza e comprometerem-se a agir em prol da prevenção de riscos e danos ambientais causados por intervenção no ambiente físico-cultural e constituído.” O PEA – Programa de Educação Ambiental pode ser compreendido e justificado como o conjunto de ações pedagógicas voltadas para os quadros funcionais envolvidos na implantação da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II, bem como para os proprietários rurais e à população residente e comunidades na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, visando assegurar práticas coletivas afinadas com a preservação e proteção do meio ambiente em suas dimensões socioambientais. Notadamente, há pouca ou nenhuma consciência da comunidade do entorno sobre os aspectos ambientais inerentes ao empreendimento em questão. Compete à EDP Transmissão S.A. executar um conjunto de ações que busque criar uma perspectiva de estreitamento de sua relação com os trabalhadores, empresas terceirizadas e comunidade, concorrendo para uma melhoria no nível de conscientização e de atuação desses indivíduos em relação ao ambiente direto. As ações de comunicação e educativas que serão propostas neste Programa visam proporcionar ao público-alvo – caracterizado no diagnóstico ambiental o envolvimento nas questões ambientais específicas das localidades onde vivem através da divulgação de práticas sustentáveis sociais e ambientais. 12.3.2. Objetivos O Programa a ser desenvolvido especificamente para o empreendimento irá envolver, engajar e conscientizar as comunidades próximas às instalações na solução dos problemas, estimulando a iniciativa, a cooperação e o senso de responsabilidade na preservação do meio ambiente como um todo. Objetivo Geral O objetivo principal desse programa é orientar a comunidade do entorno do empreendimento sobre aspectos relacionados ao meio ambiente e sobre a importância da preservação dos recursos naturais. Busca-se, com o Programa, oferecer a oportunidade aos moradores das comunidades de adquirirem conhecimentos, valores, atitudes, compromissos e capacidades necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente. Objetivos Específicos Dar a oportunidade aos envolvidos de perceberem as condições ambientais locais. Desenvolver uma reflexão sobre a ilegalidade da caça, da pesca e da retirada de flora sem autorização dos

órgãos competentes.

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Buscar a sensibilização para as questões ambientais ligadas à fauna e à flora. Orientar os envolvidos sobre os hábitos de higiene e formas de evitar doenças. 12.3.3. Metodologia O PEA indica um conjunto de ações durante a fase de implantação e operação do projeto e deverá contemplar 02 linhas básicas de ação, sendo a primeira voltada para palestras a serem ministradas com profissionais com formação e qualificação adequadas para trabalharem com os temas sugeridos. A segunda linha de atuação propõe oficinas e atividades lúdicas. Salienta-se que para a população residente nas proximidades do empreendimento está prevista a adoção da primeira linha de ação, que tange à promoção de palestras e eventos. Visando aumentar o interesse e, consequentemente, potencializar o processo de aprendizado, para o desenvolvimento das atividades preconizadas pelo programa, deverá ser disponibilizado um amplo suporte de recursos audiovisuais e estrutura física com recursos múltiplos. Entre os recursos estão incluídos equipamentos, tais como: televisor, vídeo, retroprojetor, equipamento de som, projetor e computador. Ainda serão utilizadas atividades lúdico-recreativas, entre as quais poderá ser inserido teatro. Nas oficinas deverão ser utilizadas técnicas participativas e integradoras, visando estimular as comunidades para que empreguem os conceitos e categorias apreendidas, bem como desenvolvam o pensar acerca das dimensões ambientais que as cercam e o significado de suas práticas à luz da preservação ambiental. Os materiais pedagógicos e informativos para execução das linhas de ação deverão ser desenvolvidos e disponibilizados pela EDP Transmissão S.A./contratada. Assim, sugerem-se manuais, cartilhas, cartazes, painéis e vídeos informativos. As cartilhas conterão assuntos e temas relativos ao meio ambiente, já assinalados. Os cartazes, como são próprios deste meio, veicularão sintéticas mensagens ambientais vinculadas aos eixos temáticos. Os vídeos informativos, caso elaborados, além de abordarem os aspectos e temas ambientais, tratarão do empreendimento e do processo de licenciamento ambiental, incluindo impactos e medidas de controle adotadas. O material pedagógico a ser produzido ou utilizado pelo Programa, assim como os respectivos conteúdos, deverão ser concebidos a partir da perspectiva do público-alvo a que se destina, em linguagem e formas adequadas e, acima de tudo, respeitando as características sociais e culturais dos destinatários. Sempre que possível, as ações do PEA devem ser coordenadas com as ações do PCS e vice-versa. 12.3.4. Público-alvo Os esforços na área de comunicação e relacionamento com a sociedade se concentrarão no estabelecimento de uma relação com a população da Área de Influência Direta (AID), buscando esclarecê-la ao máximo sobre o alcance e o andamento das fases de implantação do empreendimento, abordando os fatores passíveis de serem inseridos em seu cotidiano. Com base no levantamento de dados quanto à Socioeconomia e à Gestão Fundiária, o público-alvo principal identificado para o Programa se compõe dos habitantes e trabalhadores das propriedades localizadas na área perpassada pela LT. É importante observar que o caráter do PEA em questão deve abranger o maior número de pessoas possível das comunidades do entorno e não somente os das propriedades diretamente afetadas, incluindo outros segmentos e atores sociais. Cabe ressaltar que o referido PEA poderá abranger os municípios de Linhares, Rio Bananal, Vila Valério, Sooretama, Jaguaré e São Mateus, que se configura como Área de Influência do empreendimento.

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12.3.5. Responsabilidade A responsabilidade pela execução e acompanhamento do PCS será a EDP Transmissão S.A., podendo este contratar, sob sua supervisão, uma instituição ou empresa para a execução do mesmo. 12.3.6. Desenvolvimento O PEA deverá acontecer durante toda fase de implantação do empreendimento, com as principais ações ocorrendo a cada dois meses. É indicado que o referido Programa se inicie 01 (um) mês antes da fase de implantação do projeto, para planejamento das linhas de ação, e termine 01 (um) mês após terminada a implantação. 12.4. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA TRABALHADORES 12.4.1. Introdução e Justificativa O Programa de Educação Ambiental para Trabalhadores (PEAT) a ser aplicado para a fase de instalação da Linha de Transmissão e Subestações, além de preparar os funcionários atuantes na sua instalação para fazê-lo dentro dos cuidados ao meio ambiente, é mais uma forma de diminuir as expectativas negativas sobre os impactos que estes poderão produzir em campo. Para o desenvolvimento das atividades inerentes à instalação do empreendimento, será priorizada a contratação de mão de obra local e serviços que permitam cumprir com os prazos preestabelecidos com a descrição do empreendimento. Estima-se que sejam necessários cerca de 269 funcionários no pico das obras para implantação da Linha de Transmissão e das Subestações. As equipes tendem a ser pequenas e individualizadas por fases de serviços (locação de fundação de torres, escavação, instalação de fundações, transporte de ferragens aos piquetes, montagem de bases, montagem de torres e outros). Dentre as várias questões ambientais a serem discutidas, o presente Programa será voltado para a orientação dos trabalhadores das obras sobre a importância na preservação dos recursos naturais e seu uso sustentável, além de difundir hábitos como a não retirada de espécies de plantas e animais e, sobretudo, para os cuidados de não caça e atropelamento de exemplares da fauna, já que essas constituem um fator de pressão negativa importante sobre as populações naturais das espécies que ocorrem na região do empreendimento. Ainda deverão ser abordados temas voltados para a produção de detritos orgânicos, recicláveis, químicos e efluentes de diversos estados. A disposição e o acúmulo desses detritos e efluentes em locais inadequados contribuem para a possível proliferação de vetores de doenças e para a poluição dos recursos hídricos da região. Por fim, serão repassadas informações sobre os cuidados no campo visando uma atuação segura. Neste sentido, será ainda abordado no PEAT e no Programa de Comunicação Social (PCS), o conteúdo de treinamento ocupacional que abordará em seu escopo, dentre outras, questões relativas à cidadania, à educação sexual, alcoolismo, drogas ilícitas e AIDS, com as quais se pretende disseminar formas de conduta e boa convivência para os empregados da obra que manterão contato com a população do entorno, sobretudo aqueles procedentes de outras localidades em relação à região da AID.

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12.4.2. Objetivo Objetivo Geral O objetivo principal deste trabalho é a transmissão, aos trabalhadores envolvidos na implantação do empreendimento, de valores, interesse ativo e atitudes necessárias para proteger e melhorar o ambiente em que irão atuar durante a fase de implantação, bem como, os cuidados pessoais que cada trabalhador de campo deve ter frente as ameaças potenciais. O projeto visa conscientizar os funcionários e empregados das empreiteiras e empresas envolvidas na obra quanto às práticas de construção/operação ambientalmente adequadas e respectivas medidas de gestão e conservação ambientais. Objetivos Específicos Conscientizar os funcionários e empregados das empreiteiras e empresas envolvidas na obra quanto às

práticas de construção/operação ambientalmente adequadas e respectivas medidas de gestão e conservação ambientais.

Sensibilizar os trabalhadores envolvidos no empreendimento sobre as questões socioambientais, localizando-os como parte integrante do meio ambiente.

Promover a percepção e reflexão crítica acerca das práticas cotidianas individuais e coletivas relacionadas às suas atividades diárias que envolvem o meio ambiente no seu entorno.

Alertar para os riscos ambientais inerentes ao local de trabalho (p.ex. presença de animais peçonhentos). 12.4.3. Metodologia Este Programa será iniciado logo após a contratação dos colaboradores para a fase de implantação do empreendimento, previamente à mobilização de equipamentos e ao início das obras. A primeira ação deste Programa será identificar o nível de instrução e conscientização do público-alvo. O resultado dessa identificação será base para definir a forma de abordagem dos assuntos predefinidos. Este Programa deverá compreender palestras e oficinas sobre educação ambiental, voltadas à: Motivação das equipes da EDP Transmissão S.A., Empreiteira e Subempreiteiras a adotar as especificações

de construção adequadas aos critérios ambientais. Difusão das informações sobre os cuidados ambientais que a EDP Transmissão S.A. está adotando para as

Empreiteiras e Subempreiteiras contratadas. Divulgação, pela Empreiteira e Subempreiteiras, junto aos trabalhadores da obra, de práticas de conservação

ambiental e convivência harmoniosa com a população local e prevenção de doenças. Divulgação, pela Empreiteira e Subempreiteiras, das práticas de conservação ambiental na construção e na

manutenção das vias. Garantia, por parte da Empreiteira e Subempreiteiras, da segurança dos trabalhos e da adoção de práticas de

conservação ambiental durante as obras (supressão de vegetação, processos erosivos, atropelamento de fauna, assoreamento do rio, disposição de materiais e de resíduos gerados, etc.).

Comportamento e procedimentos de segurança no trabalho frente aos riscos naturais.

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Para divulgação dos cuidados ambientais a serem tomados durante a construção do empreendimento, deverão ser realizadas palestras informativas e oficinas de educação ambiental que estimulem um maior interesse de participação dos funcionários. O conteúdo previsto para esta atividade deverá incluir, dentre outros que sejam considerados pertinentes: Dados gerais sobre o empreendimento, sobre o licenciamento ambiental para LTs, panorama da energia

elétrica no Brasil, energias renováveis e sustentabilidade.

Impactos, riscos e medidas mitigadoras vinculadas ao empreendimento e Programas Ambientais implementados.

Problemáticas destacadas no Código de Conduta, tais como: caça de animais silvestres, uso de drogas e álcool, uso de equipamento de proteção individual (EPI), além da convivência respeitosa e harmoniosa com as comunidades locais.

Supressão de vegetação e interação com a fauna (foco em animais peçonhentos e ameaçados).

Segregação de resíduos sólidos.

Crimes ambientais definidos na Lei Federal 9.605/98.

Saúde: prevenção de doenças comuns das regiões onde a LT será construída, prevenção de acidentes com animais peçonhetos, questões como DST/AIDS e exploração sexual de menores de idades, visando prevenir a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência entre a população local.

12.4.4. Público-alvo Funcionários pertencentes à equipe da EDP Transmissão, Empreiteira e Subempreiteiras. 12.4.5. Responsabilidade A responsabilidade pela execução e acompanhamento do PCS será a EDP Transmissão S.A., podendo este contratar, sob sua supervisão, uma instituição ou empresa para a execução do mesmo. 12.4.6. Desenvolvimento Este Programa será iniciado logo após a contratação dos colaboradores para a fase de implantação do empreendimento, previamente à mobilização de equipamentos e ao início das obras. Ele se densenvolverá durante todo ciclo de implantação do empreendimento.

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12.5. PROGRAMA AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO 12.5.1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA O Programa Ambiental para Construção (PAC) apresenta as diretrizes e orientações a serem seguidas pela EDP Transmissão S.A. e seus contratados durante a fase de construção e montagem da Linha de Transmissão e subestações. Indica também os cuidados a serem tomados, com vistas à preservação da qualidade ambiental das áreas que irão sofrer intervenção e à minimização dos impactos sobre as comunidades locais e vizinhas, e sobre os trabalhadores. O PAC é o documento a ser seguido pela Empreiteira e Subempreiteiras e supervisionado pela EDP Transmissão S.A. através da sua Gerência de Meio Ambiente e da Equipe Gestora do PGA. Esse programa contém as premissas a serem utilizadas durante a obra. No entanto, caberá à construtora acrescentar, em seus procedimentos executivos, estas e todas as técnicas e práticas que se tornarem necessárias para a excelência ambiental na implantação do empreendimento e para mitigação dos impactos previstos e potenciais. O detalhamento das informações relativas à obra, como localização de canteiros, bota-fora, supressão de vegetação e destinação do excedente de terra após escavações, deverá constar do Projeto executivo do empreendimento. A implantação do PAC é de suma importância para a obtenção de resultados ambientais positivos sobre o empreendimento, tendo em vista que as medidas, diretrizes e técnicas recomendadas, quando adotadas antecipadamente, podem neutralizar/minimizar os possíveis impactos ambientais durante as atividades de obras. Tão logo se tenham concluído as obras em determinada área, deve ser procedida a sua recuperação, através de processos de reconformação de terrenos, revegetação, obras de drenagem, estabilização de encostas, entre outras. As áreas de uso temporário (canteiros de obra, acessos provisórios, entre outros) serão recuperadas. 12.5.2. Objetivos Objetivo Geral O Programa objetiva principalmente implantar uma filosofia de trabalho que permita evitar e minimizar a incidência de impactos ambientais negativos em decorrência da implantação do empreendimento, apresentando ações e diretrizes que respeitem, durante esse processo, as determinações e a legislação ambiental, ou seja, assegurar que a LT e as Subestações sejam implantadas em condições de segurança, estabelecendo medidas mitigatórias e de controle para prevenir e reduzir os impactos ambientais. Objetivos Específicos Os objetivos específicos do PAC são os seguintes:

Adotar medidas que previnam a ocorrência de processos erosivos que possam impactar a área de influência do empreendimento.

Assegurar o cumprimento da legislação ambiental aplicável. Estabelecer diretrizes que zelem pela melhor qualidade possível no ambiente de inserção do

empreendimento. Assegurar a melhor integração, evitando as interferências negativas das atividades construtivas e dos

colaboradores com o cotidiano das comunidades localizadas no entorno do empreendimento.

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12.5.3. Metodologia A implantação do empreendimento envolve uma sequência de atividades e procedimentos a serem seguidos e/ou executados, destacando-se: canteiro de obras; área de armazenamento de materiais; frentes de obras; preparação da faixa de servidão; disposição adequada dos resíduos sólidos e do esgotamento sanitário; acessos às torres; reaproveitamento da madeira; disposição das árvores e dos arbustos; estocagem do solo superficial orgânico (top-soil); controle da erosão; medidas permanentes de recuperação; obras de drenagens e proteções permanentes; revegetação da faixa; processos construtivos em áreas úmidas; cruzamentos de rodovias; travessia de cursos de água; travessias de áreas com susceptibilidade à erosão.

Durante todas as atividades de construção e montagem do empreendimento, é de responsabilidade da(s) empresa(s) construtora(s) minimizar ou mitigar os danos ambientais, procurando estabelecer formas de operação que privilegiem a preservação das condições naturais, tanto de relevo como de paisagem, restringindo sua intervenção. O acompanhamento do cumprimento dos protocolos estabelecidos será feito pela Equipe de Fiscalização do PGA, bem como pelos engenheiros responsáveis das Empreiteiras e da EDP Transmissão. Tão logo tenham sido concluídas as obras em determinada área, deve ser procedida a sua recuperação, através de processos de reconformação de terrenos, revegetação, obras de drenagem, estabilização de encostas, entre outras. As áreas de uso temporário (canteiros de obra, acessos provisórios, entre outros) serão recuperadas, conforme está descrito no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. As instalações dos canteiros deverão atender ao disposto neste Programa e nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, tais como:

NR-10 - Instalações e Serviços em Eletricidade; NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais; NR-12 - Máquinas e Equipamentos; NR-18 - Condições de Trabalho na Indústria da Construção; NR-23 - Proteção Contra Incêndio; NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho; NR-26 - Sinalização de Segurança.

Requisitos Gerais para a Construção Alguns critérios deverão ser observados pela Empreiteira e Subempreiteiras responsáveis pela construção e montagem do empreendimento, como por exemplo:

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A força de trabalho deverá atender às diretrizes referentes a meio ambiente, saúde e segurança definidas nos programas ambientais e na legislação pertinente.

A água destinada ao consumo humano deverá sempre atingir o padrão de potabilidade, e seu armazenamento deverá ser inspecionado frequentemente.

O canteiro deverá comportar o tráfego de máquinas e equipamentos sem ter sua estrutura de drenagem afetada.

O sistema de drenagem de águas pluviais e o sistema de drenagem de esgoto devem ser independentes e sem interligações.

O abastecimento de veículos deverá ser feito com as devidas medidas preventivas contra qualquer tipo de contaminação.

A lei do silêncio deverá ser respeitada. A supressão da vegetação deverá ser acompanhada por profissional habilitado ao resgate de qualquer

animal que porventura seja avistado ou atingido pelo procedimento. Para a supressão de vegetação, alguns importantes aspectos devem ser considerados:

Nenhuma atividade de supressão de vegetação poderá ser realizada sem a autorização dos órgãos competentes e vistoria de profissional devidamente habilitado.

Os procedimentos usados para a supressão vegetal (Programa de Supressão de Vegetação) deverão abordar as seguintes questões:

a. Os perímetros das áreas deverão ser claramente delineados e sinalizados, evitando assim que a área seja ultrapassada.

b. O Fiscal Ambiental deverá autorizar qualquer intervenção deste tipo. c. Todos os resíduos gerados neste processo devem seguir as recomendações do Programa de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Os impactos inerentes à obra de implantação do empreendimento têm sua magnitude variável ao longo do trecho em função da sensibilidade dos ambientes por onde passa. O PAC deverá considerar os procedimentos e as soluções necessárias a cada uma das situações presentes. Dentro da faixa de servidão da LT e das áreas de implantação das Subestações, estarão inseridas as áreas destinadas aos canteiros de obras, novos acessos, áreas de empréstimo e bota-foras. Por sua vez, pátios de montagem, alojamentos, refeitórios, banheiros, estacionamentos e escritórios serão implantados em edificações já existentes nas cidades de São Mateus e Linhares. Não estão previstas instalações provisórias adicionais nesta fase do empreendimento. Os efluentes gerados pelos canteiros de obras não serão despejados diretamente nas redes de águas pluviais e de águas servidas. Nas áreas dos canteiros de obras estão previstas instalações de banheiros químicos, que serão projetados de forma a atender a critérios e padrões técnicos normatizados4 (Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos). Quanto aos efluentes oriundos das lavagens e lubrificação de equipamentos e veículos, deverá ser dada preferência para execução destes serviços em redes de postos de combustíveis próximos e empresa especializadas prestadoras deste tipo de serviço.

4 A legislação que regulamenta o uso de sanitários químicos em obras é a NR-18 (Portaria MTE N.º 383 de 21 de maio de 2013), do Ministério do Trabalho, determina a colocação de uma unidade para cada grupo de 20 funcionários, ou fração, com instalações independentes para homens e mulheres. De acordo com a NR-18, os sanitários químicos devem ser colocados em locais de acesso fácil e seguro, sendo que os trabalhadores não devem se deslocar mais do que 150 m do posto de trabalho até o banheiro.

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12.5.4. Público-alvo O PAC orienta e auxilia os profissionais especializados (engenheiros, técnicos de segurança e meio ambiente, encarregados, etc.) da empresa executora na construção e instalação do empreendimento e estruturas de apoio previstas, e nas ações de saúde, segurança e meio ambiente definidas. O Programa deverá ser executado considerando o envolvimento de todos os trabalhadores da obra sejam eles funcionários diretos ou subcontratados. As medidas previstas no PAC não afetam diretamente o público, porém as comunidades localizadas nas proximidades das frentes de obra podem ser consideradas como alvo deste programa, bem como o órgão ambiental responsável pelo recebimento dos relatórios e pela avaliação dos resultados do Programa. 12.5.5. Responsabilidade A responsabilidade pela execução e acompanhamento das ações previstas neste programas são de responsabilidade das Empreiteiras e da EDP Transmissão S.A.. A supervisão e controle do cumprimento das ações ficará a cargo da Equipe do PGA. 12.5.6. Desenvolvimento As ações previstas nesse programa se iniciarão na fase de planejamento das atividades e contratação da Empreiteira responsável pelas obras e outros prestadores de serviços, e se estenderão por todo ciclo de implantação do empreendimento até a desmobilização por completo de todas as frentes de trabalho. 12.6. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS 12.6.1. Introdução e Justificativa De acordo com a Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o plano de gerenciamento de resíduos sólidos é parte integrante do processo de licenciamento ambiental, junto ao órgão ambiental competente, de empreendimentos ou atividades que gerem resíduos nos seus processos produtivos e nas suas instalações (que não sejam equiparados aos resíduos domiciliares), bem como resíduos de construção civil provenientes de suas construções, reformas, reparos e preparação e escavação de terrenos para obras civis e, ainda, que gerem resíduos classificados como perigosos. (Art. 24). O conjunto de atividades envolvidas no processo de construção da Linha de Transmissão 230kV e das subestações associadas (SE Linhares II – SE São Mateus II), se enquadra nessa categoria, pois implicará a geração de resíduos e efluentes líquidos que deverão receber cuidados especiais no armazenamento, transporte e destinação final. Nesse sentido, o presente programa se fundamenta no que determina o Artigo 3º. Lei de Resíduos Sólidos nº 12.305 de 02/08/2010, fundamentada no ABNT NBR 10.004/2004, que define o gerenciamento de resíduos sólidos como o “conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei”.

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Do mesmo modo, a definição de resíduos sólidos adotada neste programa também segue o que determina a Lei nº 12.305 que assim preconiza: “resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível“. Este programa também está imbuído dos princípios de prevenção e precaução, presentes no âmbito da referida Lei, de forma a garantir melhor fundamento de sustentabilidade a esse empreendimento de transmissão de energia elétrica. Desse modo, é apresentado um conjunto de recomendações, medidas e procedimentos que buscam reduzir a geração de resíduos sólidos, bem como, orientar sobre as formas adequadas de manejo e disposição dos resíduos eventualmente gerados pela construção do empreendimento, segundo os critérios de potencial contaminação e toxicidade definidos pela lei. É imperativo que os procedimentos e medidas aqui recomendados, desde o início das obras, sejam devidamente informados ao conjunto de colaboradores envolvidos com o empreendimento e façam parte das rotinas dos processos construtivos a fim se tornarem elemento constitutivo de sua cultura de trabalho. Como foi dito anteriormente, a definição de resíduos sólidos que orienta este programa está em consonância com a norma da ABNT NBR 10.004/2004 na sua definição de resíduos sólidos e dos demais elementos que orientam o seu correto armazenamento, transporte e disposição final. De acordo com a referida norma, a classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que os originou, a identificação de seus constituintes e características, e a comparação desses constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujos impactos à saúde e ao meio ambiente são conhecidos e avaliados. Nessa perspectiva, os resíduos sólidos serão classificados em resíduos classe I - Perigosos; resíduos classe II A – Não inertes e resíduos classe II B – Inertes. De forma a evitar acidentes com produtos perigosos que possam vir a contaminar o ambiente terrestre na região das obras, a estocagem de combustíveis, óleos lubrificantes e quaisquer outras substâncias químicas deverá ser realizada em locais distantes de qualquer corpo de água. Adicionalmente, este armazenamento deverá contemplar bacias de contenção construídas conforme estabelecido na Norma Técnica NBR 7505 – Armazenamento de álcool, petróleo e seus derivados. As áreas sujeitas a manuseio de óleos e graxas, e aquelas áreas sujeitas à contaminação das águas pluviais por estes produtos, (geração de efluentes pluviais oleosos) serão dotadas de piso impermeabilizado e drenagem direcionada para caixas separadoras de água e óleo. Os efluentes líquidos tratados nas caixas separadoras serão coletados por empresa terceirizada e habilitada para tal serviço, que encaminhará aos locais mais próximos para reaproveitamento ou disposição final em áreas licenciadas. Os efluentes sanitários gerados nos canteiros de obras localizados em Linhares e São Mateus serão lançados na rede municipal conforme as instalações dos prédios a serem ocupados. Nas áreas dos canteiros de obras estão previstas instalações de banheiros químicos, que serão projetados de forma a atender a critérios e padrões técnicos normatizados5. Os efluentes gerados pelos canteiros de obras não serão despejados diretamente nas redes de águas pluviais e de águas servidas.

5 A legislação que regulamenta o uso de sanitários químicos em obras é a NR-18 (Portaria MTE N.º 383 de 21 de maio de 2013), do Ministério do Trabalho, determina a colocação

de uma unidade para cada grupo de 20 funcionários, ou fração, com instalações independentes para homens e mulheres. De acordo com a NR-18, os sanitários químicos devem

ser colocados em locais de acesso fácil e seguro, sendo que os trabalhadores não devem se deslocar mais do que 150 m do posto de trabalho até o banheiro.

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A Lei no 9605 de Crimes Ambientais, de fevereiro de 1998, dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. Em seu artigo 54, parágrafo 2o, inciso penaliza o lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos em desacordo com exigências estabelecidas em leis ou regulamentos. No parágrafo 3o do mesmo artigo, a lei penaliza quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreparável. 12.6.2. Objetivos Objetivo Geral O objetivo principal deste programa consiste no estabelecimento de diretrizes, sistemas e procedimentos fundamentais necessários e adequados ao tratamento de efluentes líquidos e ao manejo de resíduos, envolvendo as etapas de coleta, segregação, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento e disposição final. Objetivos Específicos

Garantir a operacionalização do sistema de maneira que ocorra a minimização de possíveis alterações à saúde humana e ao meio ambiente, considerando-se também a comunidade no entorno.

Destinar adequadamente os resíduos gerados, aplicando os princípios de redução, reutilização e reciclagem de materiais.

Assegurar a conformidade com as normativas e a legislação brasileira relacionada. Reduzir a geração de efluentes nas diferentes atividades e etapas de implantação do empreendimento. Coletar, segregar, tratar e descartar adequadamente os efluentes líquidos gerados.

12.6.3. Metodologia Controle de resíduos Os principais tipos de resíduos que deverão ser gerados nas diversas atividades de construção e montagem da Linha de Transmissão e das Subestações constituir-se-ão de resíduos vegetais resultantes das atividades de supressão da vegetação, óleos lubrificantes, trapos e estopas contaminados com óleos e graxa, filtros de óleo (de veículos, máquinas e equipamentos), baterias e pilhas elétricas, restos orgânicos de alimentação, papel, papelão, plásticos, embalagens metálicas, sucatas metálicas e não metálicas em geral e resíduos ambulatoriais. Os resíduos para fins de amostragem, classificação e destinação deve basear-se nas Normas ABNT NBR 10.004, 10.005, 10.006 e 10.007. A NBR 10.004 distingue duas classes de resíduos: Classe I – Resíduo Perigoso Classe II – Resíduo Não Perigoso Classe II-A – Resíduo Não-Inerte Classe II-B – Resíduo Inerte

Para o transporte de resíduos perigosos, deverá ser elaborado “Manifesto para Transporte de Resíduos Perigosos” (MTRP), seguindo as diretrizes da Resolução ANTT nº 420/2004 e da ABNT NBR-13.221/2003, e o transporte deverá ser realizado somente por sistemas aprovados pelos órgãos ambientais. O manejo de cada tipo de resíduo dependerá da tipologia dos mesmos e, em parte, da localização de sua fonte de geração relativa ao trecho de implantação da LT.

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Os resíduos destinados deverão ser encaminhados para instituições devidamente licenciados pelo órgão ambiental competente. Será exigido uma cópia da Licença Ambiental, emitida pelo órgão de controle ambiental, que garanta que suas instalações estejam aptas para receber os resíduos gerados no Empreendimento. Quanto aos resíduos vegetais resultantes da supressão da vegetação na abertura da faixa, deverão ser gerenciados de acordo com o disposto no Programa de Supressão Vegetal.

Durante a execução das obras, os colaboradores próprios e terceiros deverão ser incentivados a minimizar a geração e a maximizar a possibilidade de reutilização e/ou comercialização dos resíduos gerados. Cabe destacar que se entende como temporário o armazenamento de resíduos perigosos pelo tempo estritamente suficiente para coletar materiais em volume suficiente para o tratamento e disposição final selecionado. 12.6.4. Público-alvo O PGRSE é voltado aos trabalhadores envolvidos nas obras, bem como, para as empresas terceirizadas envolvidas nas atividades de coleta, transporte e disposição dos resíduos e efluentes. Portanto, o programa deverá ser executado considerando o envolvimento de todos os trabalhadores da obra sejam eles funcionários diretos ou subcontratados. O Programa abrange também a atuação de órgãos ambientais municipais e estaduais; órgãos de atuação de saneamento e vigilância sanitária; organizações não governamentais e empresas de reciclagem. 12.6.5. Responsabilidade A responsabilidade pela execução e acompanhamento das ações previstas neste programas é das Empreiteiras e da EDP Transmissão S.A.. A supervisão e controle do cumprimento das ações ficará a cargo da Equipe do PGA. 12.6.6. Desenvolvimento As ações previstas nesse programa se iniciarão desde a fase de planejamento das atividades com a contratação das empresas de suporte as ações previstas no Programa, e se estenderão por todo ciclo de implantação do empreendimento até a desmobilização por completo de todas as frentes de trabalho. 12.7. PROGRAMA DE PREVENÇÃO, CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DE PROCESSOS EROSIVOS 12.7.1. Introdução e Justificativa A área de influência direta que sofrerá intervenção com a implantação da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II engloba os domínios morfoestruturais, representados pelos Depósitos Sedimentares, caracterizados pelos Tabuleiros Costeiros (Tc) e pela Acumulação Fluvial (AF), além da Faixa de Dobramentos Remobilizados, caracterizados pelos Patamares Escalonados do Sul Capixaba (Pesc).

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Portanto, na área sob influência do empreendimento predominam solos de baixa declividade e, portanto, com baixa susceptibilidade à erosão, sobretudo ao longo dos vales aluviais dos rios São José e Rio Preto do Sul e nas encostas dos morros e tabuleiros do Grupo Barreiras. Nas áreas de baixada, apesar da baixa suscepitibilidade dos solos à erosão, o fato dessas áreas estarem sujeitas a inundações eleva o risco de processos erosivos no caso de movimentação de terra durante as obras. Além disso, ocorrem áreas de mais elevada susceptibilidade à erosão nas encostas dos tabuleiros e das elevações que caracterizam os Patamares Escalonados do Sul Capixaba, os quais compõem o relevo local. A implantação da Linha de Transmissão prevê a movimentação de terra durante a preparação das vias de acesso que necessitem ser abertas, assim como nas áreas onde serão montadas as torres metálicas e Subestações de energia. A movimentação de terra resulta na exposição de horizontes subsuperficiais nas áreas de corte e no lançamento de material terroso na superfície do solo, nas áreas de aterro. A exposição de horizontes subsuperficiais e o lançamento de material solto sobre o solo, se ocorrerem sem o planejamento necessário, além de modificar o arranjo natural dos horizontes do solo, poderão conduzir ao desencadeamento de processos erosivos, os quais podem atingir dimensões suficientes para dificultar seu controle, além de poder resultar no assoreamento de cursos de água que drenam a região, na alteração da qualidade de suas águas e no comprometimento da qualidade paisagística local, de forma indireta. O Programa deve focar na adoção de medidas, principalmente preventivas, que reduzam a possibilidade de alterações das propriedades dos solos, para evitar o desencadeamento de processos erosivos, inclusive para a própria segurança da linha de transmissão e estruturas associadas. Nesse aspecto, as ações de controle durante o processo de supressão de vegetação e de cortes e aterros de terreno, são fundamentais para o sucesso deste programa, já que a exposição do solo durante essas atividades é o primeiro fator de desestabilização dos solos em empreendimentos dessa natureza. 12.7.2. Objetivo Objetivo Geral O objetivo principal deste Programa é estabelecer ações visando evitar a instalação de processos erosivos e controlar os que vierem a se instalar nas áreas de intervenções físicas no solo para a implementação da Linha de Transmissão, mais especificamente nas áreas onde serão instaladas as torres e faixa de servidão, as subestações de energia e os acessos que necessitem ser abertos. Objetivos Específicos Preservar as características do solo das áreas diretamente afetadas pelo empreendimento, sob o ponto

de vista pedológico. Implantar um sistema de inspeção e acompanhamento das obras visando nortear a perfeita adequação

das especificações técnicas e procedimentos metodológicos aplicados ao controle dos processos erosivos (atividade desempenhada no âmbito do PGA).

Identificar e mapear áreas mais suscetíveis à erosão na faixa de servidão para aplicar os critérios de conservação necessários.

Identificar eventuais processos erosivos na faixa de servidão, próximo às fundações de torres e nas estradas de acesso, para tomar as medidas corretivas necessárias e recompor a cobertura vegetal, minimizando as perdas de solo nessas áreas.

Implantar medidas que evitem assoreamento da rede de drenagem. Restabelecer as condições adequadas de drenagem, possibilitando o escoamento superficial, a fim de

evitar processos erosivos.

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Construir e manter canaletas limpas e desobstruídas, permitindo o escoamento normal das águas pluviais, se necessário.

Construir taludes em conformidade com as normas técnicas e manter proteção adequada para sua estabilidade, se necessário.

Construir caixas de dissipação para reduzir a energia da água de escoamento superficial, onde e se for necessário.

12.7.3. Metodologia O primeiro e principal aspecto metodológico deste Programa se relaciona a um efetivo planejamento das intervenções que ocorrerão no solo, de forma a prevenir, mitigar ou eliminar processos erosivos decorrentes delas. Os mecanismos de controle ambiental variam, entre outros, com o tipo e porte da intervenção e local de sua ocorrência. Desta forma, este sistema de controle deverá contar com os instrumentos abaixo descritos, sem, contudo, eliminar a possibilidade de implementação de outras práticas de controle de erosão. Implantação de um sistema de drenagem pluvial na área das Subestações, calculando a área de drenagem

da bacia local, de forma a subsidiar o melhor dimensionamento do sistema. Deve-se atentar que as saídas de água do sistema deverão ser encaminhadas para áreas de baixas declividades situadas no fundo do vale mais próximo ou mesmo no topo do tabuleiro onde as Subestações forem implantadas, com o cuidado de instalar dissipadores de energia nos pontos de saída. Tão logo seja possível, os solos na área das Subestações deverão ser cobertos com material inerte ou grama, de modo a minimizar o tempo durante o qual este ficará exposto aos fenômenos causadores de erosão.

Locação das vias de acesso às torres e Subestações priorizando as áreas mais planas, que correspondem a pontos menos favoráveis ao desencadeamento de processos erosivos, evitando-se as bordas dos tabuleiros e encostas íngremes. Durante a construção das vias que necessitem ser abertas, deve-se evitar tanto quanto possível a execução de cortes e aterros de maior porte, com rampas longas ou demasiadamente íngremes. As saídas de água pluviais das vias de acesso deverão ser encaminhadas para áreas de baixas declividades, com o cuidado de instalar dissipadores de energia nos pontos de saída.

Implantação das torres em locais de baixas declividades, de modo a minimizar a movimentação de terra.

Deverão ser construídas canaletas no entorno das torres, evitando a concentração de águas pluviais no interior da área onde estas forem instaladas, onde ocorrerá movimentação de terra. As canaletas deverão ser encaminhadas para áreas de baixas declividades situadas no fundo do vale mais próximo, com o cuidado de instalar dissipadores de energia no final delas. Após a instalação das torres, a área do seu entorno poderá ser revegetada com gramíneas em mudas ou placas, como forma de proteção do solo contra os processos erosivos. Deve-se observar que os tipos de controle a serem implantados deverão ser mais bem definidos nas etapas seguintes do processo de licenciamento ambiental, podendo incluir medidas específicas para os seguintes tipos de controle:

Controle de Drenagem. Contenção de Sedimentos e Controle de Assoreamento. Controle de Taludes. Controle de Erosão de Caráter Geral.

As formas de monitoramento para avaliação da eficiência destes mecanismos de controle erosivo deverão envolver uma permanente inspeção visual das áreas mais susceptíveis à erosão e uma manutenção periódica desses instrumentos de controle, o que será feito pela equipe de Fiscalização do PGA.

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O segundo aspecto metodológico deste Programa é referente aos casos em que a implantação de práticas de prevenção contra a instalação de processos erosivos não resulte nos efeitos desejados e haja a ocorrência de focos de erosão. Nesses casos, os focos deverão receber tratamentos específicos, conforme o tipo de ocorrência, magnitude e localização, objetivando reduzir seus efeitos e combater as causas que permitam seu desencadeamento. As formas de controle/monitoramento para esses processos erosivos deverão envolver uma rígida inspeção visual de taludes e áreas com descarga d'água pluvial, principalmente durante a época de estação chuvosa. 12.7.4. Público-alvo Como público-alvo deste Programa, destacam-se os trabalhadores e gestores ambientais da EDP Transmissão S.A. e de suas empresas contratadas, as quais irão conduzir as obras de implantação. 12.7.5. Responsabilidade A responsabilidade pela execução e acompanhamento das ações previstas neste programa é das Empreiteiras e da EDP Transmissão S.A.. A supervisão e controle do cumprimento das ações ficará a cargo da Equipe do PGA. 12.7.6. Desenvolvimento O estabelecimento das ações preventivas deverá ocorrer durante a fase de planejamento, sendo sua execução implementada simultaneamente às intervenções no meio físico, e deverá ser mantido seu monitoramento/acompanhamento durante o restante da fase de implantação do empreendimento e mesmo durante a fase de operação. Para as ações corretivas, nos casos onde eventualmente sejam adotadas, estas deverão ser implementadas imediatamente após a constatação de sua necessidade, devendo seu monitoramento ser executado até a correção do problema. 12.8. PROGRAMA DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO 12.8.1. Introdução e Justificativa Este Programa está voltado, essencialmente, à aplicação de uma técnica referencial de supressão de vegetação já amplamente experimentada e aprovada pelo setor elétrico. Este programa tem sua tônica voltada para a prevenção da degradação dos ecossistemas florestais. Para implantação de um sistema de transmissão de energia elétrica, é inevitável a supressão da vegetação nas etapas construtivas pela abertura das vias de acesso, implantação da faixa de servidão, áreas de montagem e de instalação das torres, praças de lançamento de cabos e áreas destinadas à instalação das subestações, dos canteiros de obras e acampamentos. A abertura da faixa de servidão do sistema de transmissão é um dos impactos mais significativos e se dará pela supressão da vegetação, seja arbórea, arbustiva e mesmo até rasteira. No entanto, esta poderá ser minimizada, a depender do tipo de vegetação encontrada e do seu estado de conservação e também desde que obedeça a uma série de critérios técnicos e exigências legais e operacionais. Em áreas de campo, pastagens e culturas

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temporárias de porte rasteiro, a limpeza não constitui impacto. Entretanto, em áreas de Florestas primárias e secundárias, que apresentam vegetação de porte arbóreo elevado, será necessária a adoção de critério que vise, além da segurança da linha de transmissão, à redução do impacto ambiental, evitando-se o corte desnecessário. Nesse aspecto, o projeto da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II prevê a instalação de torres e cabos de energia ao longo de aproximadamente 100 km entre as subestações de Linhares e São Mateus e, neste traçado, afetará 422 ha, em diferentes fitofisionomias com destaque para as antropizadas, como pastagens, culturas agrícolas e silvicultura, que perfazem cerca de 310 ha. Entretanto, alguns remanescentes de vegetação secundária da floresta de tabuleiro também serão afetados, representados por ambientes em estágio inicial, médio e avançado da floresta ciliar, estágio médio da floresta alta, muçununga e floresta de várzea e estágio avançado da floresta alta. Essas fitofisionomias de florestas naturais totalizam aproximadamente 83ha de área de supressão, área a ser verificada por meio de Inventário Florestal, o que justifica a implementação desse programa. 12.8.2. Objetivos Objetivo Geral O presente Programa tem como objetivo geral orientar a estratégica da supressão da cobertura vegetal das áreas interceptadas pelo traçado da Linha de Transmissão considerando a faixa mínima de segurança para a operação do referido empreendimento e pela implantação das Subestações. Objetivos Específicos

Estimar, o volume do material lenhoso a ser retirado, visando ao seu controle, como subsídio para a emissão das Autorizações para Supressão de Vegetação.

Atender à legislação ambiental em geral. Realizar a supressão da vegetação para a abertura das vias de acesso, áreas de empréstimo, áreas de

montagem e de instalação das torres, praças de lançamento de cabos e áreas destinadas à instalação das subestações, dos canteiros de obras e dos acampamentos.

12.8.3. Metodologia As principais etapas deste programa são: estudo do traçado; implantação do traçado; levantamento florestal e supressão e inspeção ambiental.

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A supressão da vegetação para o projeto de implantação de uma LT tem como principais atividades:

Abertura das vias de acesso – Esta deve ser evitada sempre que possível e, na sua impossibilidade, deverá ser mínima, adotando-se as medidas preventivas definidas no Programa de Controle de Processos Erosivos. Nas situações em que a LT passar por uma mata bem conservada, ou até mesmo por uma Área de Preservação Permanente (APP), ou uma Área de Reserva Legal (ARL) for absolutamente necessário, os projetos executivos das vias deverão ser aprovados pela fiscalização, a qual determinará e acompanhará a supressão da vegetação.

Áreas de montagem/instalação das torres e praças de lançamento de cabos - Esta supressão vegetal deverá ser realizada apenas nas dimensões necessárias à localização de instalação das torres. Sempre que possível, deverá ser evitada a locação de torres ou de praças de lançamento em uma mata bem conservada, principalmente em APP ou ARL. Entretanto, quando este fato for inevitável, a fiscalização deverá ser informada antecipadamente para autorizar e acompanhar os trabalhos de supressão. Nesse caso, deverá ser redobrada a atenção ao cumprimento dos critérios e restrições do Programa de Controle de Processos Erosivos e passarão a receber atenção especial no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.

Implantação dos canteiros de obras - Nesses locais, a supressão também será realizada apenas nas dimensões mínimas necessárias, sendo que os canteiros de obras não poderão ser instalados em APP. Preferencialmente, deverão ser locados em áreas já ocupadas, de forma que não interfiram em áreas bem conservadas.

Implantação da faixa de servidão - Será realizada ao longo da linha a supressão da vegetação arbóreo-arbustiva. No entanto, no caso de APP, ou seja, matas de galeria, matas ciliares, veredas, igarapés, etc., que estiverem em bom estado de conservação, a limpeza da vegetação se restringirá a uma picada a céu aberto com 4,0 metros de largura, apenas para passagem do cabo-guia.

Evitar risco à linha – Serão suprimidas as árvores que ofereçam risco à linha, localizados além da faixa de servidão, a partir da projeção dos cabos no terreno, seja de dano mecânico pela queda de uma árvore ou parte sobre os cabos condutores ou, ainda, pela indução eletromagnética devido à sua proximidade deles.

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12.8.4. Público-alvo O Programa de Supressão da Vegetação visa atender aos órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento ambiental (IEMA e IDAF), a EDP Transmissão S.A., a Empreiteira e a empresa que realizará a supressão e a comunidade em geral, sobretudo os proprietários de terras nas áreas diretamente afetadas pelo empreendimento. 12.8.5. Responsabilidade A implementação deste Programa é de responsabilidade da EDP Transmissão S.A., havendo possibilidade de contratação de terceiros ou firmar parcerias/convênios com empresas ou instituições aptas para executá-lo. A equipe técnica de execução deverá contar com um engenheiro florestal com experiência comprovada em atividades de supressão, o qual será responsável pelas frentes de serviço, assim como pela elaboração dos relatórios de acompanhamento das atividades implementadas a serem fornecidos à Equipe do PGA. 12.8.6. Desenvolvimento A definição do projeto final (executivo) com identificação do traçado da LT, dos pontos de locação das torres e das subestações será determinante para a conclusão do Inventário Florestal nas áreas de interesse e por consequência para a obtenção da Autorização de Supressão de Vegetação (ASV), o que determinará também a definição do Plano de Ataque e do Planejamento das ações previstas nesse programa. Essas ações ocorrerão pelo menos 2 meses antes do início das atividades de supressão. O Programa se estenderá por todo período de supressão. 12.9. PROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DA FAUNA SILVESTRE 12.9.1. Introdução e Justificativa Infraestruturas lineares estão entre as maiores construções humanas e são conhecidas por causarem relevantes impactos ambientais sobre os habitats naturais e ecossistemas (TROMBULAK e FRISSEL, 2000). Para a fauna terrestre, o principal impacto é relacionado à supressão da vegetação durante a abertura da faixa de servidão e acessos, podendo variar de intensidade e importância, de acordo com o tipo de formação vegetal nas áreas atravessadas, o efeito de borda e ainda com a quantidade de vegetação a ser suprimida. A implantação dessas estruturas causa efetivamente impactos na fauna, mas muitas vezes dependendo das técnicas utilizadas e dos cuidados com a fauna, esta tem a possibilidade de se evadir para fragmentos mais próximos. Nos remanescentes florestais, as alterações ecológicas na vegetação, como a fragmentação ou a perda de estratificação, que podem levar ao isolamento de fragmentos florestais ou a descaracterização dos ambientes, são também sentidas pelas comunidades faunísticas, podendo gerar uma diminuição da biodiversidade, indiretamente por perda de hábitat, ou diretamente pela morte de indivíduos durante o processo de supressão. Com a finalidade de mitigar os impactos causados durante a construção desses empreendimentos sobre a fauna, no que tange a perda de indivíduos por morte devido a acidentes com maquinário ou queda de árvores, faz-se necessário o acompanhamento das atividades por profissionais habilitados que façam o redirecionamento da fauna da área suprimida para áreas adjacentes.

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Dependendo da escala em que ocorre a supressão, a movimentação limitada de muitas espécies impede que estas alcancem áreas seguras, aumentando os riscos de acidente. Assim, torna-se necessário o acompanhamento dessa atividade para permitir o resgate de animais que porventura não tenham condições de se deslocar para outras áreas ou que venham a sofrer lesões ocasionadas pelas atividades da supressão. O presente Programa justifica-se, portanto, como ferramenta para mitigar a perda da biodiversidade na área de influência do empreendimento. No que tange à perda de indivíduos por acidentes durante a supressão, o objetivo final é fornecer subsídios para ações emergenciais que visam minimizar os efeitos da implantação do empreendimento sobre a fauna existente na área. 12.9.2. Objetivo Objetivo Geral O objetivo geral deste Programa é promover o acompanhamento técnico das atividades de supressão da vegetação de forma a minimizar o risco de acidentes ou morte dos animais silvestres presentes e a execução de eventuais ações de salvamento, triagem e destinação da fauna capturada nas áreas com cobertura vegetal a ser suprimida. Objetivos Específicos

Acompanhar e orientar as equipes nas frentes de supressão da vegetação durante a Implantação do empreendimento.

Realizar afugentamento ou resgate de espécimes da fauna caso sejam afetadas pelas atividades previstas na fase de Implantação do empreendimento;

Promover o afugentamento e salvamento de aves debilitadas e de ninhos com ovos abandonados que porventura aparecerem próximo à área prevista para implantação da LT e SEs; e

Fazer a destinação adequada dos animais resgatados em áreas pré-definidas. 12.9.3. Metodologia a) Etapa de Planejamento:

1. Elaboração de diretrizes para o afugentamento resgate e salvamento de fauna silvestre debilitada.

2. Recrutamento de profissionais para formação da equipe técnica responsável pela execução do Programa.

3. Realização de parcerias com Centro de Triagem de Animais Silvestres - CETAS, para receber os animais que não estejam em condições de soltura na natureza.

4. Realização de parcerias com instituições de pesquisa para receber material científico. 5. Estabelecimento de medidas preventivas e curativas contra acidentes.

b) Etapa de execução

1. Mobilização da equipe responsável pela execução do Programa. 2. Treinamento da equipe de apoio.

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3. Transporte dos animais, proles e ovos. 4. Transferência do material para a instituição conveniada (CETAS ou Clínica/CETAS ou Instituições

de Pesquisa) ou para natureza (soltura). 5. Afugentamento, resgate, armazenamento temporário, transporte e destinação.

A estratégia para implementação do Programa determina que a equipe acompanhe constantemente todas as frentes onde esteja ocorrendo atividades de supressão. Os métodos a serem utilizados para as atividades de afugentamento e salvamento da fauna silvestre debilitada variam de acordo com os grupos zoológicos. Abaixo segue uma breve apresentação desses métodos, que podem ser complementados e adaptados conforme a necessidade observada in loco e a experiência profissional pré-adquirida dos membros da equipe. Anfíbios e Répteis Captura Os anfíbios e répteis podem ser capturados manualmente, sendo necessário ter o cuidado de não passar a mão em nenhuma das mucosas, para evitar reações alérgicas, bem como evitar o uso de repelente na mão para não matar os anfíbios por asfixia. Para a coleta de serpentes devem ser utilizadas luvas de couro, pinções e ganchos herpetológicos. Nas atividades ao ar livre (tanto dos pesquisadores quanto dos trabalhadores do empreendimento) é recomendável que se usem botas e caneleiras para evitar acidentes ofídicos. Armazenamento Temporário e Transporte Os anfíbios devem ser acondicionados em sacos plásticos (de acordo com o tamanho do espécime), os quais devem ser colocados em isopor ou caixa térmica, para que não haja desidratação deles. Os répteis Squamata devem ser colocados em sacos de pano, e, no caso das serpentes, colocadas dentro de caixa de madeira própria para acondicionamento desses animais. Possíveis traumas Para a captura de anfíbios, deve-se evitar o uso de repelente na mão do coletor para evitar a morte deles. Para a captura de répteis, deve-se evitar a coleta por pessoas não capacitadas para evitar acidentes com os humanos. O pessoal capacitado deve usar equipamentos de segurança (luvas de couro, pinções e ganchos herpetológicos). Área prioritária para conservação (soltura) A soltura deverá ser realizada em áreas que possuam características similares ao local de coleta de preferência em áreas anexas ao local de suas capturas.

Destinação a instituição de pesquisa As instituições para onde podem ser destinados os anfíbios e répteis coletados devem ser identificadas previamente e serão informadas quando da solicitação de Autorização para o Manejo de Fauna.

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Aves Captura A captura de animais em ninho com ovos ou debilitados deverá ser feita manualmente. Armazenamento Temporário e Transporte As aves capturadas devem ser colocadas em sacos de pano (escuro) para evitar que fiquem debatendo-se. Os ninhos com ovos devem ser colocados em caixas (tipo caixa de sapato) preenchidas com algodão ou espuma macia, para evitar o deslocamento. No caso de ovos, o procedimento indicado é a colocação em incubadoras para tentar a viabilidade da incubação. Ovos não aproveitados podem ser doados a uma instituição de pesquisa. Possíveis traumas Ao coletar os espécimes, poderão acontecer fraturas ósseas, haja vista que as aves possuem um esqueleto muito frágil. Portanto, deve-se evitar o manuseio brusco dos animais no momento da captura. Em caso de fratura, imobilizar imediatamente o local da lesão. Os sacos de panos contendo as aves não devem ficar expostos ao sol, nem soltos no veículo durante o transporte. Área prioritária para conservação (soltura) Aves coletadas no interior da floresta devem ser soltas em ambiente similar. O mesmo se aplica para aves de ambientes abertos. Destinação a instituição de pesquisa As aves que porventura venham a morrer durante a execução do projeto devem ser colocadas em cones de papel e congeladas imediatamente. Dentro de cada um desses cones, deverá ser incluída uma etiqueta contendo as seguintes informações: local da coleta, data da coleta e ambiente de coleta. As instituições para onde podem ser destinadas as aves coletadas devem ser identificadas previamente e serão informadas quando da solicitação de Autorização para Manejo de Fauna. Mamíferos Captura Para a captura e manejo dos mamíferos devem sempre ser utilizados equipamentos de proteção individual (luvas de couro, perneiras e outros). Os equipamentos utilizados para a captura variam de acordo com o tamanho e peso da espécie a ser capturada. As espécies de hábitos arbóreos poderão ser capturadas manualmente pela cauda, depois o corpo do animal deverá ser imobilizado pela porção dorsal e também pelo pescoço, evitando assim acidentes com o animal capturado e com o manipulador. Para a captura de espécies terrestres, bem como de algumas de hábitos arbóreos, recomenda-se a utilização de cambões de alta resistência, que apresentem dispositivo de travamento e soltura do laço de forma rápida e segura.

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Para mamíferos de pequeno porte é recomendada a utilização de pinções com sistema de travamento e abertura proporcional ao pescoço dos animais. Outros equipamentos que poderão ser utilizados são os puçás próprios para captura de mamíferos. Armazenamento Temporário e Transporte Para o armazenamento temporário e transporte, recomenda-se a utilização de caixas plásticas, próprias para transporte de animais, adequadas ao tamanho e peso do animal a ser transportado. Para animais de grande porte, devem ser utilizadas caixas de metal. Durante o transporte dos animais, deve ser evitada a exposição ao calor e à luminosidade excessiva. Priorizar o transporte individualizado, ou seja, evitar o transporte de muitos animais juntos, ainda que da mesma espécie. Evitar, o máximo possível, a exposição e contato com seres humanos.

Possíveis traumas Durante a captura e manejo dos animais, podem ocorrer traumas físicos, como fraturas e hemorragias decorrentes do debate, e pode haver tentativa de fuga deles após a captura. Além disso, os animais poderão sofrer estresse causado pela mudança brusca de habitat, exposição a um ambiente artificial e contato com seres humanos. Área prioritária para conservação (soltura) As condições de conservação, a proteção contra caçadores e a integridade física (saúde) dos animais devem ser os principais fatores determinantes para a escolha de áreas para soltura e refúgio dos mamíferos. A definição dessas áreas deve ocorrer em consenso com o Órgão Ambiental Licenciador e os profissionais responsáveis pela execução deste Programa, antes do início das atividades de instalação do empreendimento.

Destinação a instituição de pesquisa Os mamíferos encontrados mortos e ou que venham morrer durante a captura ou transporte devem ser embalados, individualmente, em sacos plásticos, lacrados e congelados imediatamente. As embalagens devem apresentar etiquetas de identificação, com as seguintes informações: nome da espécie, local de coleta, coordenada geográfica, data da coleta, ambiente da coleta, condições em que o animal foi encontrado ou condições em que morreu. É recomendado fazer fotografias dos animais antes de serem embalados. Todos esses dados deverão ser arquivados em bancos de dados. As instituições para onde podem ser destinadas as aves coletadas devem ser identificadas previamente e serão informadas quando da solicitação de Autorização para Manejo de Fauna. 12.9.4. Público-alvo São considerados como público-alvo do presente Programa o contingente de trabalhadores das empreiteiras e supervisoras contratadas para a supressão da vegetação; os profissionais envolvidos com a implantação dos Programas Ambientais, a população moradora da área de influência do empreendimento, a comunidade científica e o Órgão Licenciador.

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12.9.5. Responsabilidade A implementação deste Programa é de responsabilidade da EDP Transmissão S.A., havendo possibilidade de contratação de terceiros ou firmar parcerias/convênios com empresas ou instituições aptas para executá-lo. A equipe técnica de execução deverá contar com biólogos e/ou veterinários com experiência comprovada em atividades de resgate e manejo de fauna, o qual será responsável pelas frentes de serviço, assim como pela elaboração dos relatórios de acompanhamento das atividades implementadas a serem fornecidos à Equipe do PGA. 12.9.6. Desenvolvimento O Planejamento das atividades desse programa antecede o início das atividades de supressão e são dependentes do Plano de Ataque da Supressão. Essa etapa ocorrerá pelo menos 1 (um) mês antes do início das atividades de supressão. O Programa se estenderá por todo período de supressão. 12.10. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS 12.10.1. Introdução e Justificativa Com o intuito de atender dispositivo legal específico além de evitar erosão e propiciar proteção dos recursos hídricos e consequentemente melhor qualidade ambiental propõe-se a execução do Programa de Recuperação das áreas que serão degradadas na área diretamente afetada pelo empreendimento. Com a abertura de faixas de acesso e supressão para o estabelecimento das torres, o solo ficará exposto, havendo necessidade de recomposição topográfica e recobrimento com vegetação, caso necessário, para contenção dos processos erosivos. A recuperação se dará a partir do conhecimento e caracterização física e biológica das diferentes situações, em que serão empregadas técnicas adequadas com utilização de espécies nativas e/ou exóticas não invasoras, mais adaptadas às condições edafoclimáticas locais. 12.10.2. Objetivo Este programa tem como objetivo de recuperar as áreas degradadas pelo empreendimento. Deverá orientar a elaboração de projeto, objetivando proteger o solo e cursos d’água, minimizar os processos erosivos e evitar assoreamentos. Propiciar a proteção dos recursos hídricos contra assoreamento e evitar o surgimento de processos erosivos, melhorando com isso a qualidade no ambiente local. 12.10.3. Metodologia O modelo de recuperação das áreas a serem degradadas deverá seguir o que propõe a Instrução Normativa (IEMA) nº 17 de 2006. Nas áreas identificadas, deverá ser recuperada a função da vegetação, principalmente a proteção do solo e dos recursos hídricos.

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Desta forma, a recuperação das áreas degradadas deve ser conduzida a partir da seguinte dinâmica: Identificação e quantificação das áreas a serem revegetadas/recuperadas com base nos levantamentos

topográficos existentes e checagem de campo. Avaliação e descrição da cobertura vegetal existente e qualidade/fertilidade do solo. Definição dos tratamentos silviculturais a serem implantados e atividades operacionais a serem realizadas

para revegetação destas áreas, caso necessário, utilizando gramíneas, como a grama Batatais, de ocorrência natural na região Americana.

Descrição de forma minuciosa das técnicas e procedimentos para as atividades relativas ao projeto, tais como: seleção de espécies, preparo das áreas de plantio, medidas de conservação do solo, espaçamento entre as mudas, plantio, adubação, irrigação e manutenção, caso seja necessário. Utilização de técnicas adequadas ao estabelecimento e desenvolvimento das espécies plantadas conforme Instrução Normativa do IEMA no 17 de dezembro de 2006.

A execução das atividades deverá ser realizada à medida que forem sendo identificadas as áreas a serem recuperadas e liberadas pelas equipes de engenharia, visando o menor prazo possível de exposição do solo ao efeito das intempéries. Com a recomposição das áreas que serão degradadas pela implantação do empreendimento, espera-se uma série de benefícios, como amenização paisagística e microclimática dos ambientes; proteção do solo, impedindo a insolação direta e, consequentemente, a diminuição na taxa de evaporação e o encrostamento do solo; interceptação da precipitação diminuindo o efeito da erosão e de assoreamento. 12.10.4. Público-alvo São considerados como público-alvo do presente Programa o contingente de trabalhadores das empreiteiras e supervisoras contratadas para as obras civis, montagem de canteiros e pátios, montagem e implantação das torres e instalação dos cabos; os profissionais envolvidos com a implantação dos Programas Ambientais, a EDP Transmissão S.A. e o Órgão Licenciador. 12.10.5. Responsabilidade A responsabilidade pela execução e acompanhamento dos programas será da EDP Transmissão Elétricas S.A., podendo este contratar, sob sua supervisão, uma instituição ou empresa para a execução da Metodologia e Atividades constantes nestes. 12.10.6. Desenvolvimento O Planejamento das atividades desse programa deverá acompanhar o planejamento das atividades que envolvem revolvimento do solo. A execução das atividades de recuperação deverá ocorrer tão logo as áreas que tiverem solo movimentado (áreas de empréstimo, botas fora, base de torres, praças de montagem, entre outras) estiverem liberadas pelas empresas de engenharia. O Programa se estenderá por todo período de implantação do empreendimento, até a recuperação da última área identificada a essa finalidade.

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12.11. PROGRAMA DE INSTITUIÇÃO DA FAIXA DE SERVIDÃO ADMINISTRATIVA E INDENIZAÇÃO DE BENFEITORIAS

12.11.1. Introdução e Justificativa A modificação nas diretrizes de utilização de terras e a necessidade de supressão de culturas, além da possibilidade de remoção de benfeitorias rurais é um impacto típico da implantação de Linhas de Transmissão (LT) de energia elétrica. Além disso, esse impacto configura um dos itens mais questionados pela sociedade durante o licenciamento de obras lineares em geral. Em geral, há uma grande expectativa, por parte dos proprietários, sobre os critérios de avaliação e os procedimentos para a compensação econômica das terras que terão sua utilização restringida pela implantação do empreendimento. O processo de negociação quanto à compensação das terras deverá ser sempre norteado a partir da definição de critérios claros e objetivos. Num primeiro momento, o desenvolvimento do Programa, deverá manter uma grande interface com o Programa de Comunicação Social (PCS), além do trabalho já executado pela Gestão Fundiária. A compensação econômica por terras a serem ocupadas pelas estruturas que venham atender ao traçado da LT constitui parte essencial das ações necessárias para a liberação dessas áreas, e visa ao pagamento de uma justa indenização aos proprietários, de acordo com a legislação vigente. 12.11.2. Objetivo O objetivo do presente Programa consiste em apresentar as ações a serem realizadas pela EDP Transmissão S.A., visando a compensar economicamente as terras correspondentes às áreas a serem ocupadas pelas estruturas do empreendimento, pela faixa de servidão e estradas de acesso necessárias à implantação das torres. 12.11.3. Metodologia A execução do Programa para Instituição da Faixa de Servidão Administrativa e Indenizações devem ocorrer dentro de parâmetros de credibilidade no contato com a população atingida visando informar as diretrizes e critérios de indenizações para a instituição da faixa de servidão, as restrições ao uso do solo, o ressarcimento de eventuais danos causados à propriedade e a remoção de benfeitorias. Portanto, é de suma importância que a execução deste programa esteja associada às ações do PCS, que deverá sempre que possível identificar as demandas da população atingida no que concerne as negociações e as indenizações. O processo é iniciado pela realização de perícias para classificação do solo, das culturas, pastagens e cercas. As perícias têm como função classificar a qualidade de cada item a ser indenizado, tendo como referência os critérios definidos pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Essas perícias, quando realizadas em cada estabelecimento da Área de Influência Direta, concentram-se, sobretudo, na definição da qualidade e as potencialidades de solo para o plantio. Tendo em vista a avaliação dos impactos, a indenização deverá ser prévia, justa e em dinheiro pela restrição de uso da faixa de servidão da Linha de Transmissão, constituindo assim a alternativa básica para as negociações com os proprietários atingidos. A seguir, são descritas as atividades a serem cumpridas pela EDP Transmissão S.A. no decorrer da atividade de liberação de áreas para implantação da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II.

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Ações Institucionais Refere-se as ações voltadas para obtenção das autorizações e declarações junto ao Ministério de Minas e Energia e à Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Delimitação do Perímetro e Cadastro Físico e Socioeconômico das Propriedades A delimitação do traçado da Linha de Transmissão é uma operação topográfica para determinar com precisão a área das propriedades que serão atingidas, para que cada um dos proprietários tenha conhecimento e a visão da interferência real a ser provocada pela implantação da LT. O cadastro físico e socioeconômico consiste em identificar todos os afetados pelo empreendimento, caracterizando a população afetada e estabelecendo sua relação com o imóvel: proprietário, locatário, arrendatário, posseiro, meeiro, etc. Avaliação das Terras Deverá ser realizada uma avaliação, por equipe especializada, em todas as propriedades afetadas. A avaliação da propriedade, especificamente sobreposta à faixa de servidão, deve ser realizada com os dados obtidos em sua vistoria, com base nas normas técnicas de avaliação da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, e deverá considerar os preços praticados nos mercados imobiliários, local e regional. Com este conjunto de informações, deverão ser estabelecidos critérios básicos preliminares para negociação e indenização. Durante a referida vistoria são identificadas as benfeitorias, possíveis culturas e uso do solo nas áreas a serem atingidas pelo empreendimento. Como resultado, é lavrado um laudo de avaliação para cada propriedade que compõe a base técnica para a negociação e indenização e deverá ser assinado por profissionais devidamente habilitado. Estabelecimento de Critérios de Negociação O processo de negociação deverá obedecer ao princípio constitucional da publicidade, a legislação pertinente, o perfil socioeconômico da população e as expectativas desta frente ao empreendimento. As negociações deverão consistir no estabelecimento, mediante acordo entre a EDP Transmissão S.A. e cada afetado, do valor indenizatório, bem como os prazos para a relocação ou demolição dos bens atingidos, dentro de um tempo viável para o proprietário, buscando ainda não prejudicar o cronograma de construção do empreendimento. Para o caso da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II, as negociações serão norteadas pelos preços praticados no mercado imobiliário regional. Sendo assim, prevê-se que: Para a avaliação de terra nua será utilizado o método comparativo direto de dados de mercado, com

utilização preferencialmente de inferência estatística.

Será utilizado o método da quantificação de custo para avaliação das benfeitorias não reprodutivas, através do qual serão identificados os custos de reedição do bem, dependendo do tempo de uso e do estado de conservação, fazendo-se a correspondente desvalorização para se obter valor atual a partir do custo de reprodução.

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Na avaliação das benfeitorias reprodutivas, cuja remoção implica em perda total ou parcial, as quais podem ser: culturas permanentes, florestas, pastagens e hortas. Os preços dos produtos a serem utilizados para cálculos indenizatórios serão os fornecidos no balcão por Cooperativas da região comparadas com os da Secretaria de Agricultura.

Culturas permanentes comerciais, são constituídas daquelas que não são sujeitas ao replantio após a colheita, uma vez que propiciam mais de uma colheita ou produção, bem como apresenta prazo de vida útil superior a um ano. Serão considerados custos de reposição, despesas de manutenção e do valor econômico que a cultura venha a receber, como preconizado na NBR 14653-3:2004.

Todas as avaliações serão realizadas e assinadas por profissional especializado Nos casos em que a negociação não resulte em um acordo com o proprietário, por questões que não sejam técnicas, e visando o não comprometimento do cronograma de construção do empreendimento, a liberação da área deverá ser obtida na esfera judicial. Critérios de Indenização A indenização deverá ser prévia, justa e em moeda corrente, e destinada aos proprietários e não-proprietários (arrendatários, posseiros, ocupantes, meeiros, etc.) que residam ou desenvolvam atividades econômicas nos imóveis afetados. Depois de instituída a servidão administrativa, os proprietários não perdem o domínio da área objeto da servidão, porém, deverão atender as restrições de uso do solo, impostas pela legislação em vigor, face à necessidade de garantia da perfeita operação da linha de transmissão, bem como a segurança e integridade de suas estruturas e instalações. 12.11.4. Público-alvo Foram identificados como público-alvo do Programa: pessoas físicas ou jurídicas, proprietárias e não-proprietárias, assim considerados os posseiros, agregados, empregados, arrendatários, parceiros, meeiros, inquilinos, de imóveis rurais ou urbanos, detentores de benfeitorias ou de culturas localizadas na área diretamente atingida pelo empreendimento e, ainda, aqueles que dependam de atividades econômicas, que, por ventura, sejam inviabilizadas pelo empreendimento, na respectiva área. 12.11.5. Responsabilidade A responsabilidade pela execução e acompanhamento do presente programa será da EDP Transmissão S.A., podendo este contratar, sob sua supervisão, uma instituição ou empresa para a execução da Metodologia e Atividades pertinentes. 12.11.6. Desenvolvimento O Programa para Instituição da Faixa de Servidão Administrativa e Indenizações deverá ter início a partir dos subsídios a serem fornecidos pela área de projeto, principalmente no que concerne à definição do traçado da LT, e deverá estar inter-relacionado com as atividades do Programa de Comunicação Social. A partir de então, dar-se-á início à sua implementação propriamente dita, em conformidade com o cronograma de implantação do empreendimento.

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13. Conclusão A proposta da Linha de Transmissão 230 kV Linhares 2 – São Mateus 2 e da nova Subestação 230/138-13,8 kV São Mateus 2, projetadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, mitigam a atual sobrecarga do sistema pois propiciam um novo ponto de suprimento de energia que aumenta o grau de confiabilidade da área e permitem a expansão demográfica (novas casas, indústrias, comércio, escolas, infraestrutura, etc.), já que possibilitam o fechamento de um anel de transmissão/distribuição entre Mascarenhas – Linhares – João Neiva – São Mateus – Verona. A área a ser afeta pelo empreendimento compreende 422ha cruzando 6 municípios do estado do Espírito Santo, sendo eles Linhares, Rio Bananal, Sooretama, Vila Valério, Jaguaré e São Mateus. Em seu trajeto a percorre terrenos planos e ocupados em sua maioria por pastagens e culturas agrícolas, porém distante de aglomerações habitacionais. Com o desenvolvimento do projeto, não haverá interferência em Unidades de Conservação nem interação com comunidades tradicionais. Ao longo desse trajeto, não foram identificadas formações de cavernas em qualquer dos compartimentos geológicos encontrados. A porção sul do traçado perpassa por terrenos bem drenados em região de abundantes recursos hídricos no município de Linhares. A metade norte do traçado cruza muitos pastos e áreas cultivadas. Os fragmentos florestais que margeiam a ADA foram estudados e apresentam vegetação em diferentes estágios de sucessão e fauna típica, onde predominam as matas de tabuleiros. Nos referidos levantamentos foram identificadas as espécies da fauna e da flora em risco e apresentado o estado de conservação de cada uma delas. A condição de preservação dessa vegetação é comprometida pelo histórico de uso do solo. As condições de vida e as principais variáveis econômicas foram levantadas bem como parte dos afetados foi entrevistado, buscando o entendimento das vocações e carências sociais e econômicas da região. Ficou demonstrado melhor nível de vida nas proximidades dos centros urbanos de Linhares e São Mateus e certa homogeneidade no restante do território estudado. Ao longo do presente RCA foram identificados e classificados os impactos ambientais e propostas diferentes medidas de mitigação a cada um deles. Essas medidas compõem Programas Ambientais que de maneira integrada conferem ao planejamento, à implantação e à operação da Linha de Transmissão os atributos ambientais necessários a um empreendimento responsável e sustentável. Diante do presente estudo ambiental, pode-se concluir, que a implantação do projeto da Linha de Transmissão 230kV – SE Linhares II – SE São Mateus II, da forma proposta, é considerada viável socioambientalmente.