12 29 15 os quatro pilares da educacao e a formacao de professores de

Upload: rafael-carneiro

Post on 26-Feb-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    1/19

    OS QUATRO PILARES DA EDUCAO E A FORMAO DE

    PROFESSORES DE LNGUA INGLESA

    Maria Rute Leal

    Inter Americano

    Jayme Ferreira Bueno

    PUCPR

    RESUMO

    O presente trabalho resultado da pesquisa realizada para a dissertao deMestrado apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Educao da PUCPR,em novembro de 2003, cujo ttulo A Formao do Professor de Lngua Ing lesapara Atuar no Ensino Fundamental . Neste trabalho, apresentamos uma reflexosobre a importncia dos Quatro Pilares da Educao, aprender a conhecer,aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, e sua relao com oestudo de uma lngua estrangeira, assim como a formao de futuros professores delngua inglesa em instituio de ensino superior. O trabalho tambm abordaquestes relativas competncia necessria para que futuros professores de lnguainglesa atuem no ensino fundamental. Salienta-se a necessidade da integrao de

    diferentes reas relacionadas ao conhecimento especfico para o ensino de lnguainglesa, assim como a interao dessas reas com conhecimentos pedaggicos,que se tornam essenciais para a construo de uma ao docente inovadora.

    Palavras-chave: educao formao de professores ensino de lngua inglesa -Quatro Pilares da Educao competncia

    1 INTRODUO

    Entre as tendncias da educao para o sculo XXI, ganha fora em todo o

    mundo a necessidade de formao de um cidado solidrio capaz de circular

    democraticamente no seio de diversas culturas em busca do que humano e

    indispensvel a todas as pessoas (WERTHEIN, 2000). Nessa tica, a chamada

    competitividade em educao subordina-se aos fins maiores de solidariedade e da

    justia, pois no contempla apenas o indivduo, mas tambm orienta para projetos

    coletivos.O Relatrio Jacques Delors (2000), depois de muitas discusses, chegou

    concluso de que pelo menos quatro eixos fundamentais devem nortear a educao

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    2/19

    1

    no sculo XXI, lembrando que " educao cabe fornecer, de algum modo, os

    mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a

    bssola que permita navegar atravs dele." (p. 89). Os Quatro Pilares, aprender a

    conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser,

    caracterizam-se por contemplar questes cognitivas, assim como questes do

    relacionamento humano. Os dois primeiros Pilares remetem a questes mais

    especficas sobre processo de produo de conhecimento, enquanto os outros

    encerram uma dimenso mais ligada conscincia e ao resgate do ser humano.

    Acreditamos na necessidade da educao formal oferecer elementos para

    que os educandos se desenvolvam nas quatro reas mencionadas, pois estaro

    prosseguindo no seu desenvolvimento pessoal para aprender a aprender e aprendera fazer. Estaro, tambm, buscando na educao elementos que lhes permitam

    trabalhar em conjunto com outros indivduos para o crescimento de uma sociedade

    mais justa.

    Os Quatro Pilares devem estar presentes na poltica de melhoria da qualidade

    de educao, pois abrangem o ser em sua totalidade, do cognitivo ao tico, do

    esttico ao tcnico, do imediato ao transcendente. A viso de totalidade da pessoa

    integra a moderna concepo de qualidade em educao. Assim, achamospertinente relacionar os Quatro Pilares com o estudo de lngua inglesa e a formao

    do futuro professor.

    Com o conhecimento da lngua, porque ao estudar uma lngua estrangeira o

    aluno estar desenvolvendo habilidades cognitivas, estar desenvolvendo o gosto pelo

    conhecimento e poder aumentar suas possibilidades de conhecer outras culturas e

    refletir sobre a sua. Assim como poder, tambm, desenvolver o relacionamento

    interpessoal por meio do trabalho em grupo, que gera produo de conhecimento,assim como promove a busca da soluo de desafios.

    O futuro professor deve se conscientizar das exigncias da educao no

    sculo XXI, para que ajude na formao de cidados capazes de fazer escolhas e

    que busquem cada vez mais a autonomia necessria para construir sua prpria

    identidade, assim como reconhecer a importncia de sua contribuio para a

    sociedade.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    3/19

    2

    2 OS QUATRO PILARES DA EDUCAO

    2.1 APRENDER A CONHECER

    Aprender a conhecerno diz respeito apenas formao de um repertriode conhecimentos, mas tambm ao domnio dos instrumentos que levam ao

    conhecimento. Pretende-se que o indivduo aprenda a compreender a realidade,

    fator necessrio para que possa viver dignamente, para se comunicar e tambm

    desenvolver capacidades profissionais. Alm disso, deve desenvolver o prazer pelo

    processo de aprendizagem ao compreender, conhecer e descobrir o mundo. O gosto

    pelo estudo e a busca de conhecimento por meio da pesquisa favorecem o despertar

    da curiosidade intelectual, o aumento dos saberes, a compreenso do real, o estmuloao senso crtico e a aquisio de autonomia. Segundo o Relatrio, " essencial que

    cada criana, esteja onde estiver, possa ter acesso, de forma adequada, s

    metodologias cientficas de modo a tornar-se para toda vida 'amiga da cincia'." (p.

    91).

    Sintetizando, o aluno deve ser estimulado a desenvolver o gosto pela

    pesquisa para desenvolvimento de suas habilidades, para que possa assim

    enriquecer tanto sua percepo de mundo, assim como facilitar o processo de

    aquisio de conhecimento. No caso especfico do estudo de lngua estrangeira, que

    ele possa desenvolver estratgias de aprendizagem e tambm a autonomia

    necessria para buscar conhecimentos alm dos estabelecidos no currculo.

    Aprender a conhecernos remete necessidade de um conhecimento global

    e, ao mesmo tempo, necessidade de desenvolver a habilidade de trabalhar em

    profundidade um dado nmero de assuntos. A especializao, devido aos avanos

    do conhecimento, uma necessidade, para que se mergulhe na busca de solues

    para diferentes situaes, mas ao mesmo tempo, no se pode negar a relevncia de

    uma formao cultural geral como caminho para a comunicao entre diversos

    saberes.

    Aprender a conhecer tambm supe aprender a aprender, que pode ser

    descrito pelo desenvolvimento de trs reas distintas: ateno, memria e

    pensamento. Desde cedo deve se estimular a ateno, fator essencial no processo

    de descoberta. Alm disso, o exerccio da memria " um antdoto necessrio contra

    a submerso pelas informaes instantneas difundidas pelos meios de

    comunicao social." (p. 92) Muito embora faamos parte de uma sociedade que

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    4/19

    3

    permite fcil acesso s informaes, segundo o Relatrio, a faculdade humana de

    memorizao associativa deve ser estimulada e treinada. Por fim, o exerccio do

    pensamento para o desenvolvimento do raciocnio pode ser estimulado fazendo-se

    uso do mtodo dedutivo ou do mtodo indutivo, respeitando a pertinncia de um ou

    de outro no contexto. No estudo de lngua, o aluno deve ser estimulado a ter

    conscincia de que esse conhecimento, assim como muitos outros, requer esforo e

    dedicao (FREIRE, 1986).

    A vivncia no ensino superior, dentro do curso de graduao, deve

    proporcionar ao futuro professor a possibilidade de experienciar aprendizados, para

    que estes sejam incorporados sua prtica educativa. Em sua futura prtica

    docente, o professor deve ser capaz de criar oportunidades para que seus alunospossam aprender a entender o mundo, ter prazer no conhecimento e desenvolver a

    curiosidade intelectual, entre outras habilidades tpicas do aprender a aprender.

    Libneo (2002) destaca na formao de professores, entre outras propostas

    curriculares de cunho emancipatrio, a necessidade de uma "aprendizagem do

    pensar criticamente, implicando o desenvolvimento de competncias cognitivas do

    aprender a aprender elementos conceituais para interpretar a realidade e intervir

    nela." (p. 81)Acrescentamos citao o pensamento de Santos (in LIBNEO 2002):

    Um dos grandes desafios que se pe ao desenvolvimento do currculo o decontemplar experincias de aprendizagem que permitam construir estratgiasque ajudem o aluno a utilizar de forma consciente, produtiva e racional o seupotencial de pensamento e que permitam torn-lo consciente das estratgiasde aprendizagem a que recorre para construir (reconstruir) os seusconceituais, atitudes e valores.

    Ao se conscientizar de quais estratgias de aprendizagem faz uso, o aluno

    ter mais chances de sucesso em sua vida acadmica, pois saber como

    desenvolver suas habilidades. A escola deve, assim, estimular o autoconhecimento

    do aluno e procurar fugir de generalizaes, respeitando os diferentes estilos de

    aprendizagens. Aprender uma lngua estrangeira ir exigir do aluno e do professor o

    desenvolvimento de estratgias, para que o aluno descubra o caminho para a

    aprendizagem e para que o professor disponibilize os recursos necessrios para

    mediar o conhecimento.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    5/19

    4

    2.2 APRENDER A FAZER

    Este a segundo eixo da aprendizagem est estreitamente ligado questo da

    formao profissional. O Relatrio questiona: Como ensinar o aluno a pr em prtica

    os seus conhecimentos e, tambm, como adaptar a educao ao trabalho futuro

    quando no se pode prever qual ser a sua evoluo?" (DELORS, 2000, p. 93)

    O Relatrio Delors esclarece que no sculo XXI no se concebe mais a

    possibilidade de criar "operrios" em massa, com funes limitadas, para as quais

    no se exigia, com tanta nfase, o esprito crtico. Aprender a fazerse define como

    ter a capacidade de fazer escolhas, pensar criticamente e no confiar ou depender

    apenas de modelos existentes.

    Considerando o futuro professor, espera-se dele uma prtica voltada para a

    coletividade, mas que apresente "uma espcie de coquetel individual", uma prtica

    que perceba a relevncia das relaes no processo de ensino e aprendizagem. Em

    outras palavras, pretende-se um professor que busque na interdisciplinaridade um

    caminho para a construo do conhecimento. Alm disso, h a necessidade de um

    compromisso pessoal com a mudana social. Assim, segundo o documento,

    "Qualidades como a capacidade de comunicar, de trabalhar com os outros, de gerir

    e resolver conflitos, tornam-se cada vez mais importantes" (DELORS, 2000, p. 94).

    No basta o professor ter uma prtica baseada apenas na transmisso de

    contedos, fundamental ir alm e assumir a sua parte de responsabilidade com o

    todo, entender que a qualidade de relao com colegas e alunos essencial para a

    realizao de projetos. Diferentemente de outras reas de produo, no ensino a

    relao interpessoal vital. Na escola tradicional bastava a mera transmisso de

    conhecimentos, hoje se percebe a exigncia de se cultivar qualidades humanas para

    que se estabeleam relaes estveis e eficazes entre as pessoas. O pensamentode Freire (1970, p. 68) tambm expressa a necessidade do dilogo no processo

    educativo e da co-responsabilidade: "Ningum educa ningum, ningum educa a si

    mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." No podemos

    ignorar, assim, a responsabilidade do ensino superior em preparar novos

    professores, para que desempenhem suas futuras profisses de forma competente e

    consciente.

    H, tambm, a necessidade de que os alunos busquem soluo para seusdesafios na vida futura. A educao no deve ter como objetivo final o mercado de

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    6/19

    5

    trabalho, mas tambm no pode se abster da responsabilidade de formar futuros

    cidados que podero contribuir significativamente para a construo da sociedade,

    e que necessitam estar preparados para este desafio. Celani (in FORTKAMP, 2000,

    p. 22) afirma: indiscutvel a importncia, nos dias atuais, de se estar preparado

    para o convvio internacional. Isto envolve o domnio de pelo menos uma lngua

    estrangeira. O conhecimento da lngua possibilita a construo de estratgias de

    aprendizagem, de resoluo de problemas e de superao. Na vida profissional o

    conhecimento da lngua poder ser fundamental a muitos indivduos tanto pelo

    conhecimento que possibilitar um acesso mais rpido e efetivo a diferentes

    contribuies da cincia e tecnologia, quanto pelas habilidades cognitivas

    desenvolvidas e que podero ser aplicadas a diferentes circunstncias.

    2.3 APRENDER A VIVER JUNTOS

    Este um dos grandes desafios da educao no sculo XXI. A histria da

    humanidade est repleta de exemplos de grande desrespeito, preconceito, falta de

    harmonia e de tolerncia entre os povos. Sabemos que tais sentimentos e atitudes

    no existem apenas no cenrio internacional, mas que podem estar presentes

    naqueles membros da sociedade que tendem a supervalorizar suas qualidades e asdo grupo ao qual pertencem, alimentando, ao alimentarem sentimentos

    desfavorveis em relao aos outros. Temos, assim, um grande desafio:

    desestimular a competio a favor de que as diferenas sejam celebradas pela

    descoberta do outro e do trabalho em projetos com objetivos comuns.

    Segundo o Relatrio (2000, p.97):

    A educao tem por misso, por um lado, transmitir conhecimentos sobre adiversidade da espcie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar

    conscincia das semelhanas e da interdependncia entre todos os sereshumanos do planeta. (...) algumas disciplinas esto mais adaptadas a estefim, em particular a geografia humana a partir do ensino bsico e as lnguas eliteraturas estrangeiras mais tarde.

    Vemos assim dois momentos da formao do futuro professor de lngua.

    Como aprendiz, no ensino superior, ele aprofunda suas possibilidades de

    entendimento ao estudar uma lngua estrangeira, o ingls, e tambm com o estudo

    da correspondente literatura. Como professor, poder facilitar o aprendizado de seus

    futuros alunos, destitudo de uma atitude dogmtica, para que estes possam tambm

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    7/19

    6

    descobrir o outro, ao mesmo tempo em que aprendem um pouco mais sobre si

    mesmos.

    O trabalho escolar por meio de projetos pode reduzir conflitos quando h um

    objetivo, ou objetivos em comum marcados pela necessidade de negociao e

    valorizao das diferenas. Tal experimento tem sido feito no Inter Americano, onde

    alunos de diferentes nveis trabalham em grupo desenvolvendo habilidades tpicas

    do aprender a aprender, como a pesquisa. So, tambm, estimulados a negociar,

    trocar idias, pois o trabalho em grupo pode contar com opinies divergentes.

    necessrio aprender a ceder e tambm a defender seus pontos de vista.

    O desenvolvimento de projetos em lngua estrangeira no exclusividade do

    curso de lngua, ele pode ser um instrumento de aprendizagem na escola regular e,tambm, poder atender a dois objetivos: o de desenvolvimento da lngua e o de

    desenvolvimento de relaes interpessoais.

    O relatrio justifica a necessidade de atividades desportivas e culturais na escola

    com o fim de estimular a participao de todos e desenvolver habilidades que sero

    referncia na vida futura do aluno: a capacidade de identificar conflitos, negociar e

    resolver problemas em grupo.

    Assim, pela interao professor-aluno e aluno-aluno, a comunidade educativapode desfrutar de oportunidades para trabalhar em projetos comuns. Para aprender

    a viver juntos, necessrio conhecer o outro e desenvolver respeito por suas

    tradies e atitudes. Esta uma das contribuies prestadas pelo ensino e pela

    aprendizagem de lngua estrangeira: descobrir o outro, conhecer a diversidade

    humana e conscientizar-se da interdependncia dos seres humanos, assim como

    ampliar a viso sobre a sua prpria cultura.

    2.4 APRENDER A SERO ltimo dos Quatro Pilares nos leva a refletir sobre o papel da educao que

    , ao mesmo tempo, um processo individualizado e tambm uma construo social

    interativa.

    Segundo o Relatrio Delors (2000, p.99):

    A educao deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa - espritoe corpo, inteligncia, sensibilidade, sentido esttico, responsabilidadepessoal, espiritualidade. Todo ser humano deve ser preparado, especialmentegraas educao que recebe na juventude, para elaborar pensamentosautnomos e crticos e para formular os seus prprios juzos de valor, de

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    8/19

    7

    modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstnciasda vida.

    A interpretao de aprender a serest ligada autonomia. No h receitas

    prontas de como agir, mas a educao pode preparar o indivduo para que o mesmo

    tenha liberdade de pensamento, para que saiba discernir e que seja responsvel por

    suas escolhas, fazendo uso do que adquiriu na escola, na vida familiar, em suas

    relaes em geral.

    A educao no ensino superior deve ter como base uma prtica que estimule a

    mente e o corpo, a sensibilidade, a independncia, o senso crtico e uma conscincia

    de que o processo educacional atende, ao mesmo tempo, a uma necessidade

    individual, assim como lhe proporciona a interao com outros indivduos, pois omundo em que vivemos necessita de talentos diversos.

    Ao atender uma necessidade individual, o conhecimento da lngua inglesa

    proporciona ao indivduo os meios para ampliar outros conhecimentos e desenvolver

    habilidades. O desenvolvimento de saberes possibilitar ao indivduo refletir sobre o

    seu papel no mundo em que vivemos, e de que maneira ele poder contribuir tendo

    em mente a construo de uma sociedade mais justa, entendendo que ele tem sua

    parcela de responsabilidade para que isto de fato acontea.Concluindo, a educao no sculo XXI tem como desafio o desenvolvimento

    global do ser humano para que o mesmo aprenda a conhecer e se beneficie ao

    mximo das oportunidades oferecidas; aprenda a fazer por meio de uma prtica

    profissional fundamentada na tica; aprenda a viver junto respeitando diferenas e

    trabalhando em projetos comuns, e por fim, aprenda a ser, desenvolvendo a

    autonomia e tambm entendendo seu papel como agente transformador do mundo

    em que vive.A Universidade, como uma das instituies formadoras de futuros

    professores, deve assumir sua responsabilidade para que tais conhecimentos

    estejam disponveis aos alunos da graduao. Os futuros professores necessitam

    buscar o desenvolvimento nestas quatro reas para que possam levar tais

    conhecimentos para a sala de aula, tendo como objetivo a formao de futuros

    cidados.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    9/19

    8

    3 COMPETNCIA E FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA

    Os Quatro Pilares da Educao nos fazem refletir a respeito da competncia

    necessria para a formao do futuro professor de lngua inglesa. fundamental,

    nesse sentido, que os cursos de formao de novos professores de lngua inglesa

    forneam aos seus alunos, futuros profissionais da educao, subsdios para que

    possam entender o que competncia e como desenvolvida ao longo do curso de

    graduao.

    De acordo com Rios (2001, p. 87):

    A referncia ao bem comum, garantida pela presena da tica, e articuladaaos elementos constitutivos da tcnica e da poltica, conduz definio dacompetncia como conjunto de saberes e fazeres de boa qualidade. E, semencionarmos um conjunto, referimo-nos competncia - e no scompetncias - dos indivduos, dos profissionais. A competncia guarda osentido de saber fazer bemo dever. Na verdade, ela se refere sempre a umfazer que requer um conjunto de saberes e implica um posicionamento diantedaquilo que se apresenta como desejvel e necessrio.

    Considerando os saberes ou conhecimentos necessrios para a formao do

    profissional de lngua inglesa, entende-se que de fundamental importncia

    destacar a formao do futuro professor, pois uma formao de boa qualidade um

    dos elementos para que a formao dos alunos do ensino fundamental no seja

    comprometida. duvidoso ensinar o que no se conhece o suficiente. Todavia,

    docncia no se limita a "conhecer a matria que se vai ensinar" (CARVALHO,

    1992, p.55). Este um dos saberes que compem a competncia, mas a ele se

    aliam outros saberes.

    Para Rios (2001, p. 89):Ser competente saber fazer bem o dever. Ao dever se articulam, alm dosaber, o querer e o poder. Pois fundamental um saber, o domnio doscontedos a serem transmitidos e das tcnicas para articular esse contedos caractersticas dos alunos do contexto, mas esse saber perde seusignificado se no est ligado a uma vontade poltica, a um querer quedetermina a intencionalidade do gesto educativo.

    Conforme as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Letras, o perfil dos

    formandos se caracteriza de acordo com a seguinte descrio:

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    10/19

    9

    O objetivo do Curso de Letras formar profissionais interculturalmentecompetentes, capazes de lidar, de forma crtica, com as linguagens,especialmente a verbal, nos contextos oral e escrito, e conscientes de suainsero na sociedade e das relaes com o outro.

    (...)Independentemente da modalidade escolhida, o profissional em Letras deveter domnio do uso da lngua ou das lnguas que sejam objeto de seusestudos, em termos de sua estrutura, funcionamento e manifestaesculturais, alm de ter conscincia das variedades lingsticas e culturais. Deveser capaz de refletir teoricamente sobre a linguagem, de fazer uso de novastecnologias e de compreender sua formao profissional como processocontnuo, autnomo e permanente. A pesquisa e a extenso, alm do ensino,devem articular-se neste processo. O profissional deve, ainda, ter capacidadede reflexo crtica sobre temas e questes relativas aos conhecimentoslingsticos e literrios.

    Retomando a questo dos conhecimentos ou saberes que formam a

    competncia do professor para uma prtica docente inovadora, consideramos

    relevante uma tomada de posio em relao a quais saberes devero ser

    enfocados no presente trabalho. Tal escolha baseia-se em diferentes leituras,

    discusses, prtica e reflexo acerca das exigncias profissionais do professor de

    lngua inglesa, dos possveis desafios para resoluo de problemas e tambm das

    expectativas relacionadas formao oferecida no ensino superior.Iniciamos com o conhecimento da lngua inglesa. O ensino de lngua inglesa

    nas escolas de ensino fundamental, com algumas excees, apresenta srias

    restries quanto ao nvel de conhecimento lingstico do quadro de professores que

    lecionam a disciplina. Esta realidade est sujeita a mudanas pelo esforo pessoal

    de quem j est atuando, que deve buscar oportunidades de formao continuada e

    pelo o incentivo das instituies de trabalho que oferecem o ensino, e tambm, ao

    preparar o futuro professor nos cursos de graduao.O conhecimento especfico do futuro professor de lngua inglesa diz respeito

    ao que foi denominado por Hymes (in SAVIGNON, 1983) como competncia

    comunicativa. Segundo Neves (1996), a competncia comunicativa caracteriza-se pelo

    desenvolvimento de quatro competncias que se encontram presentes ao ouvir, falar,

    ler e escrever a lngua inglesa:

    a) A competncia lingstica ou gramatical, que diz respeito ao cdigo

    lingistico: morfologia, sintaxe, semntica, fonologia e fontica.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    11/19

    10

    b) A competncia sociolingstica, que considera o papel dos falantes no

    contexto da situao e a sua escolha de registro e estilo.

    c) A competncia discursiva, que trata da coeso e coerncia relevantes

    num determinado contexto.

    d) A competncia estratgica, que considera que no h falantes nem

    ouvintes ideais, por isso, necessrio fazer usos de diferentes estratgias

    de comunicao verbais e no-verbais para compensar quebras na

    comunicao.

    A competncia comunicativa no o nico saber que determina a habilidade

    de um indivduo para ser professor de lngua inglesa e tem, tambm, sido motivo

    para reflexo entre estudiosos da rea.Segundo Cox e Assis-Peterson (1999, p. 449):

    We need to stop emphasizing only linguisic and technical competence. Wespend most of our classroom time trying to make students repeat another'swords fluently, trying to erase the traces of their identities shown in theiraccents. If we want to change the route of ELT in Brazil and form empoweredteachers, responsible for their practice and able to cosntruct their ownmethodologies and materials, we need to question the supremacy of linguisticand technical competence to the detriment of political competence.

    (Ns precisamos parar de enfatizar a competncia lingistica e a competnciatcnica. Passamos a maior parte de nosso tempo em sala de aula tentandofazer com que nossos alunos repitam palavras de outros fluentemente,tentando apagar traos de sua identidade aparente em seu sotaque. Sequeremos mudar a rota do ensino de lngua inglesa no Brasil e formarprofessores emancipados, responsveis por sua prtica e capazes deconstruir suas prprias metodologias e materiais, precisamos questionar asupremacia da competncia tcnica e lingistica em detrimento dacompetncia poltica.)

    Richards (1998), terico da rea de metodologia de lngua inglesa, destacaque a falta de proficincia no apenas limita a qualidade de comunicao do

    profissional de ensino de lngua, mas tambm compromete a prtica educativa. A

    proficincia do professor no a garantia de um ensino eficiente, mas a sua

    ausncia pode afetar muitos aspectos do ensino da lngua.

    Quanto ao nvel de proficincia e conhecimento do professor, corre srio risco

    de limitao o profissional que, por lecionar para iniciantes ou em escolas com

    recursos limitados, acredita no precisar ir alm do conhecimento constante doslivros didticos. Educao de boa qualidade uma necessidade de qualquer escola

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    12/19

    11

    e de todo educando. Restringir-se a um ensino de lngua que no leva em conta a

    qualidade, tendo como fundamento o determinismo, um desservio educao. O

    futuro professor deve ter um entendimento claro deste aspecto, para que sua prtica

    seja diferenciada e no aceite a viso de que o ensino de lngua inglesa na escola

    esteja pr-determinado a ser ineficiente.

    Em Rios (2001, p.44), encontra-se uma reflexo a propsito do pensamento

    crtico do professor, para que o mesmo no tenha uma prtica limitada, com a

    justificativa da ineficincia da escola ou de recursos: Uma vez que a escola no tem

    sido nem eficiente nem eficaz, necessrio refletir para que se encontrem caminhos

    para sua transformao. Um deles a viso crtica do educador sobre seu papel

    enquanto um dos elementos que constituem o processo educativo.Aliado ao domnio ou proficincia em lngua estrangeira, encontra-se o

    conhecimento formal da estrutura dessa lngua. Esse conhecimento que distingue

    o falante nativo, ou falante da lngua, do professor de lngua inglesa.

    Segundo Ur (in RICHARDS, 2002, p. 390):

    The native English Speaker is a technician, in the sense that he or she isskilled in speaking English; the English teacher is in principle a professional:He or she cannot only speak the language, but can also explain why it works

    the way it does and what different bits of it mean, and knows how to mediateit to learners in a form that they can grasp and learn.

    (O falante nativo um tcnico, no sentido de que ele habilitado em falaringls; o professor de ingls em princpio um profissional. Ele no podeapenas falar a lngua, mas tambm explicar porque a mesma funciona destaou daquela maneira, e sabe tambm mediar este conhecimento para osalunos de maneira que possam aprender.)

    Ter conhecimento do funcionamento da lngua um dos saberes elementares

    para o processo de ensino e de aprendizagem de lngua estrangeira. necessrio

    que o professor entenda o funcionamento do idioma e que tambm tenha

    conhecimento de outras reas de contedo, para que usando seu entendimento da

    estrutura e funcionamento da lngua possa dar suporte aprendizagem.

    Acrescentamos aqui a reflexo de Rios (2001, p. 89) acerca da extenso dos

    conhecimentos profissionais: "Para dizer que um professor competente devo levar

    em conta a dimenso tcnica - ele deve ter domnio dos contedos de sua rea

    especfica e recursos para socializar esse conhecimento." Considerando o professor

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    13/19

    12

    de lngua inglesa, este deve ter o conhecimento lingstico e o conhecimento dos

    recursos para sociabilizar este saber.

    Richards (1998), com base em estudos feitos em programas de ensino de

    lngua inglesa, apresenta reas de conhecimento da lngua sobre as quais o futuro

    professor de lngua inglesa dever exercer domnio: Gramtica; Sintaxe; Semntica;

    Morfologia; Lingstica; Sociolingstica; Ensino das quatro Ensino das quatro

    habilidades: ouvir, falar, ler e escrever; Aquisio de lngua estrangeira e princpios

    de ensino de lngua estrangeira; Lngua e cultura: literatura; Anlise de mtodos de

    ensino.

    As reas de conhecimento especfico citadas no esto representadas em

    forma de escala, afinal todas so consideradas essenciais na atuao do professor.Ser proficiente por si s em uma ou em todas essas reas no caracteriza o

    professor de lngua inglesa. Ele deve conhecer a lngua que ensina, saber explicar

    os fenmenos que ocorrem na utilizao dessa lngua em diferentes contextos.

    Precisa entender como o uso de estratgias para o ensino das habilidades escritas e

    orais pode proporcionar um avano no desenvolvimento da competncia

    comunicativa dos alunos, assim como ter domnio dos elementos envolvidos no

    processo de aquisio de lngua estrangeira. Precisa tambm ter um entendimentode que lngua e cultura esto intimamente associadas. Deve estar ciente de que,

    muito embora o uso da lngua inglesa no se faa apenas com ou entre falantes de

    pases cuja lngua nativa o ingls, fundamental conhecer a influncia que a

    lngua recebe de diferentes culturas.

    Por fim, ressalta-se a importncia da necessidade do conhecimento dos

    diferentes mtodos de ensino de lngua inglesa que marcaram o sculo XX e este

    incio de sculo e tambm os princpios de ensino de lngua estrangeira.O estudo da histria de abordagens e mtodos de ensino de cada poca nos

    leva a refletir sobre as contribuies das diversas reas de conhecimento para a

    busca de mtodos eficientes para o ensino e aprendizagem da lngua (SILVEIRA,

    1999). A presso por um mtodo que atenda s necessidades de aprendizes da

    lngua o principal fator desta busca.

    A concepo de aprendizagem que d base a esses mtodos nos auxilia a

    entender no apenas a contribuio cientfica, mas tambm a concepo ideolgica

    de cada poca.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    14/19

    13

    fundamental o conhecimento do passado e do presente para que o aluno,

    futuro professor, possa entender seus modelos, professores que contriburam para

    sua formao, e para que ele, em sua prtica futura, seja capacitado para agir,

    refletir, resgatar o que bom e promover as transformaes necessrias para uma

    ao inovadora.

    O estudo dos mtodos leva reflexo sobre as propostas mais tradicionais no

    ensino de lngua inglesa e a importncia do conhecimento de fatores que

    possibilitem uma prtica pedaggica que promova a interao entre professores e

    alunos, alunos e alunos.

    A evoluo dos diferentes mtodos e abordagens de ensino da lngua inglesa

    tem contribudo efetivamente para o avano nos estudos sobre ensino da lnguaestrangeira. O futuro professor de lngua inglesa necessita entender os mecanismos

    presentes no processo de aquisio da lngua estrangeira para poder ter uma prtica

    profissional que encontre na teoria subsdios para sua atuao profissional.

    Alm do conhecimento dos diferentes mtodos de ensino, o futuro professor

    necessita entender que h princpios que esto presentes no processo de ensino e

    aprendizagem de uma lngua estrangeira.

    Segundo Nicholls (2001, p. 50):

    De posse de um conhecimento dos princpios de ensino, o professor tercondies de fazer escolhas e tomar decises, no mais aleatrias eintuitivas, mas fincadas em noes concretas, de carter cientfico. A escolha,a execuo e a avaliao da eficcia das tcnicas e procedimentos de sala deaula baseadas em princpios daro ao professor os norteamentos necessriospara um desempenho autnomo e confiante na sala de aula.

    A ao docente requer conhecimentos tericos para que a prtica educativano esteja fundamentada apenas naquilo que parece ser bom para os alunos. O

    professor necessita conhecer os processos cognitivos presentes na aquisio da

    lngua estrangeira, para que possa fazer escolhas conscientes e para que tambm

    possa saber tratar dos diferentes fenmenos que ocorrem nesse processo.

    O conhecimento formal da lngua indubitavelmente indispensvel e a ele se

    aliam outros saberes relevantes para o ensino. Ao conhecer os princpios de ensino

    da lngua, o futuro professor poder identificar o seu prprio desenvolvimento na

    aquisio da lngua estrangeira.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    15/19

    14

    Brown (1994) reitera como imperativo conhecer quem so os alunos e quais

    so os princpios e variveis que regem a aquisio de lngua estrangeira. Na sua

    rotina, os futuros professores iro se deparar com situaes que iro requerer deles

    decises sobre o que fazer e como fazer. Da a necessidade de embasamento

    terico para sua atuao. O conhecimento dos diferentes princpios de ensino e

    aprendizagem da lngua faz parte deste embasamento terico.

    Como princpios, Brown (1994) identifica princpios cognitivos, princpios

    afetivos e princpios lingsticos.

    Os princpios cognitivos esto relacionados s funes mentais e intelectuais.

    H diversas pesquisas e teorias que orientam sobre o estudo da mente e seu

    funcionamento. Essas pesquisas objetivam um melhor entendimento e,conseqentemente, uma busca mais apropriada por atividades e tcnicas que

    facilitem a aquisio da lngua. Os princpios cognitivos subdividem-se em princpio

    da automaticidade, da responsabilidade do aprendiz, da aprendizagem significativa e

    do investimento estratgico.

    Os princpios afetivos relacionam-se ao processamento emocional dos

    educandos. Devem ser considerados seus sentimentos em relao a si mesmo e

    tambm seu relacionamento com a comunidade e grupo de que participa. Brown(1994) tambm salienta que laos entre cultura e lngua so importantes. Princpios

    como a motivao intrnseca, a antecipao da recompensa, o ego lingstico, a

    autoconfiana e disposio para arriscar-se no processo de aquisio de lngua

    fazem parte dos princpios afetivos.

    Por fim, devem ser considerados os princpios lingsticos que permitem ao

    professor identificar como os alunos se comportam perante sistemas lingsticos

    complexos. So considerados princpios lingsticos, a associao lngua / cultura, ainterferncia da lngua materna, a interlinguagem e a competncia comunicativa, que

    engloba fatores como gramtica, uso de estratgias e pronncia.

    O conhecimento dos princpios mencionados um dos saberes necessrios

    para a ao docente, pois permitem ao professor entender os diferentes fenmenos

    presentes na aprendizagem da lngua estrangeira. Conhecer os alunos diz respeito a

    conhecer seu desenvolvimento cognitivo e os processos pelos quais o aluno passa

    ao aprender a lngua. A ao educativa deve ser alimentada com a experincia do

    professor, mas deve buscar um equilbrio com o suporte terico, que uma

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    16/19

    15

    contribuio importante para que o professor possa prever possveis desafios no

    processo de ensino e aprendizagem e buscar meios de superar estes desafios.

    fundamental, tambm, entender que o processo de aprendizagem de uma

    lngua est ligado no apenas ao desenvolvimento cognitivo do aluno, mas tambm

    se relaciona a princpios afetivos que podem ser determinantes no sucesso da

    aprendizagem. O professor no pode esperar que o aluno aprenda apenas porque a

    aula foi boa, explicada de maneira eficiente. A sala de aula uma comunidade

    composta por alunos com diferentes histrias, expectativas e que apresentam

    diferentes maneiras de responder a desafios. importante considerar estas

    manifestaes para que a ao educativa tenha o alcance desejado.

    Finalmente, ao aprender uma lngua estrangeira, o aluno j tem internalizadodiferentes aspectos de sua lngua materna e ir, medida que prossegue em seus

    estudos da lngua estrangeira, internalizar aspectos desta outra lngua. O

    conhecimento destes fenmenos ajudar o professor a entender e tambm a prever

    possveis erros e poder, assim, apontar o caminho para possveis solues.

    Concluindo, os princpios apresentados por Brown (1994) representam uma

    das bases tericas essenciais para a ao docente do futuro professor, para que ele

    possa entender os processos desenvolvidos pelos alunos na aprendizagem e buscaros recursos que iro atender aos desafios encontrados.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    17/19

    16

    REFERNCIAS

    ALMEIDA FILHO, J. C. P. Anlise de abordagens como procedimento fundador de

    auto-conhecimento e mudana para o professor de lngua estrangeira. In: Oprofessor de lngua estrangeira em formao. Campinas: Pontes, 1999.

    BRASIL. Ministrio da Educao e Cultura. Lei Federal n. 9394/96 - aprovada em20/12/1996, estabelece Diretrizes e Bases da Educao Nacional.

    BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curricularesnacionais: lngua estrangeira. Braslia: MEC/SEF, 1998.

    BRASIL. Ministrio da Educao. Conselho Nacional de Educao/Cmara deEducao Superior. Parecer n 492/2001 de 03/04/2001, estabelece Diretrizes

    Curriculares Nacionais dos Cursos de Letras.BEHRENS, M. A. Formao continuada e a prtica pedaggica. Curitiba:

    Champagnat, 1996.

    _____. O paradigma emergente e a prtica pedaggica. 2 ed. Curitiba:Champagnat, 2000.

    BROWN, H. D. Teaching by principles: an interactive approach to languagepedagogy. Englefields Cliffs: Prentice Hall Regents, 1994.

    CARVALHO, A.M. Reformas nas licenciaturas: a necessidade de uma mudana deparadigma mais do que de mudana curricular. Em aberto. Ano 12, n. 54,abr./jun. Braslia: INEP, 1992.

    CELANI, M. A. A relevncia da lingstica aplicada na formulao de uma polticaeducacional brasileira. In: FORTKAMP, M. B.; Tomitch, L. M. Aspectos dalingstica aplicada: estudos em homenagem ao professor Hilrio Incio Bohn.Florianpolis: Insular, 2000.

    COX, M. I.; Antonia, A. Critical Pedagogy in ELT: Images of Brazilian Teachers ofEnglish. In: TESOL Quarterly. Vol. 33, n. 3, 1999.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    18/19

    17

    DELORS, J. Educao: um tesouro a descobrir. Relatrio para a UNESCO daComisso Internacional sobre Educao para o Sculo XXI. 4 ed. So Paulo:Cortez, 2000.

    FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa.So Paulo: Paz e Terra, 1996.

    _____________. Pedagogia da esperana: um reencontro com a pedagogia dooprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

    _____________. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1987.

    _____________. Professora sim, tia no: cartas a quem ousa ensinar. So Paulo:Olho D'gua, 1993.

    FREIRE, P.; Shor, I. Medo e ousadia. So Paulo: Paz e Terra, 1986.

    GADOTTI, M.. Pedagogia da terra. 2. Ed. So Paulo: Peirpolis, 2000.

    GIMENEZ, Telma. Eles comem cornflakes, ns comemos po com manteiga:espaos para reflexo sobre cultura na aula de lngua estrangeira. IX EPLE,Outubro de 2001.

    LEAVER, Betty Lou. Teaching the whole class. 5 ed. Dubuque: Kendall/Hunt, 1997.

    LIBNEO, J. C. Adeus professor, adeus professora?: novas exignciaseducacionais e profisso docente.6. ed. So Paulo: Cortez, 2000.

    SILVEIRA, M. I. Lnguas estrangeiras: uma viso histrica das abordagens,mtodos e tcnicas de esnsino.Macei:Catavento: 1999.

    MORIN, E.A cabea bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento.2 ed.Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

    NEVES, M. S. Os mitos de abordagens tradicionais e estruturas ainda interferem naprtica de sala de aula. In PAIVA, V. L. (org.). Ensino de lngua inglesa:reflexes e experincias. 2. ed. Campinas: Pontes, 1998

    NICHOLS, S. M.. Aspectos pedaggicos e metodolgicos do ensino de ingls.Macei: UFAL, 2001.

    OLIVEIRA, S. R. Ideologia e ensino de lnguas e literaturas estrangeiras. In PAIVA,Vera Lcia Menezes de Oliveira (org.). Ensino de lngua inglesa: reflexes eexperincias. 2 ed. Campinas: Pontes, 1998.

    PAIVA, V. L. A lngua inglesa no Brasil e no mundo. In PAIVA, V. L. (org.). Ensinode lngua inglesa: reflexes e experincias. 2. Ed. Campinas: Pontes, 1998.

    PERRENOUD, P.A prtica reflexiva no ofcio do professor. Porto Alegre: Artmed,2002.

  • 7/25/2019 12 29 15 Os Quatro Pilares Da Educacao e a Formacao de Professores De

    19/19

    18

    PETTIS, J. Developing our professional competence: some reflections. InRICHARDS, J. C. Methodoly in language teaching: an anthology of currentpractice. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.

    RICHARDS, J. C. Beyond training: perspectives on language teaching education.Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

    _______________. Methodoly in language teaching: an anthology of currentpractice. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.

    RIOS, T. tica e competncia. 11. ed. So Paulo: Cortez, 2001.

    _____________. Compreender e ensinar: por uma docncia de melhor qualidade.So Paulo: Cortez, 2001.

    ROSA, S. Construtivismo e mudana. 7. ed. So Paulo, Cortez, 2000.

    SANTO de casa. Educao, So Paulo, ano 28, n. 251, p. 14, mar. 02.

    SAVIGNON, S. Communicative competence: theory and classroom practice.Addisom-Wesley Publishing Company, Reading, 1983.

    SEMED - Macei: Prefeitura Municipal de Macei. Secretaria Municipal de Educaoe do Desporto. Coordenadoria do Ensino de 5. 8. sries. Proposta deensino da lngua inglesa

    na escola fundamental. Agosto de 1997. Consultoria e elaborao:

    Maria Inez Matoso SilveiraTARDIFF, Maurice. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos

    universitrios. Pelotas: PUC-Rio, 1999.

    UR, P. The English teacher as a professional. In RICHARDS, J. C. Methodoly inlanguage teaching: an anthology of current practice. Cambridge: CambridgeUniversity Press, 2002.

    WERTHEIN, J. Educao:O desafio da qualidade. 2000.Disponvel emhttp://www.unesco.org.br/noticias/artigos/artigo