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RELATÓRIO TÉCNICO 133 546-205 17 de julho de 2013 FINEP Volume I/IV Projeto Brasil Sem Chamas 2ª Etapa  Relatório Final CLIENTE Financiadora de Estudos e Projetos  FINEP UNIDADE RESPONSÁVEL Centro Tecnológico do Ambiente Construído CETAC

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RELATÓRIO TÉCNICO

133 546-205

17 de julho de 2013

FINEP

Volume I/IV 

Projeto Brasil Sem Chamas 2ª Etapa – Relatório Final

CLIENTE

Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP

UNIDADE RESPONSÁVEL

Centro Tecnológico do Ambiente Construído

CETAC

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Relatório Técnico 133 546-205 - i

RESUMOEste relatório apresenta as atividades que complementam integralmente o estudo

desenvolvido no âmbito do Convênio Encomenda Transversal N° 01.08.0046.00, datado

de 21/02/2008, celebrado entre a Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP e a

Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas - FIPT, tendo como executor

o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S. A., cujo objeto refere-se

ao apoio ao desenvolvimento do projeto denominado Brasil Sem Chamas.

Tais atividades complementares, aqui apresentadas, são as seguintes: definirestratégias para a integração do Programa Setorial da Qualidade  –  Qualincêndio ao

PBQP-H, do Ministério das Cidades, definir estratégias para a expansão dos produtos e

serviços integrantes do Qualincêndio e apresentar um plano de elaboração e revisão das

normas técnicas, relativas às seguintes metas propostas: Meta Física 2: concluir a

estruturação do Observatório junto com a entidade responsável pela sua coordenação e

definir recursos materiais e humanos necessários, iniciar operação do Observatório com,

pelo menos, dois Corpos de Bombeiros, consolidando o sistema único nacional de coleta

e tratamento de dados e estruturação da rede nacional de informações, composta pelos

profissionais e entidades públicas e privadas que atuam na área; Meta Física 3:

apresentação dos resultados da 1ª Etapa do estudo e análise desses junto às entidades

do segmento envolvidas com o assunto e proposição de um ordenamento para a

legislação específica da área de segurança contra incêndio; Meta Física 4: realização do

diagnóstico para a definição dos fatores críticos dos meios rural, florestal e petroquímico;

levantamento dos dados estatísticos disponíveis e da regulamentação específica dos

meios rural, florestal e petroquímico e; proposição de ações estratégicas para os meios

em questão, aderentes ao Programa Nacional de fomento à área de segurança contra

incêndio; Meta Física 5: consolidação das conclusões obtidas a partir dos estudos

realizados e Programa Nacional Brasil Sem Chamas, abordando infra-estrutura e ações

de TIB, ordenamento da legislação, capacitação de recursos humanos e ações de P&D,

relativas à Meta Física 6.

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Relatório Técnico 133 546-205 - ii 

SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1 

2 META FÍSICA 2: DEFINIR ESTRATÉGIAS PARA A INTEGRAÇÃO DO PROGRAMA

SETORIAL DA QUALIDADE – QUALINCÊNDIO AO PBQP-H/ MINISTÉRIO DAS CIDADES ....... 2 

3 META FÍSICA 2: DEFINIR ESTRATÉGIAS PARA A EXPANSÃO DOS PRODUTOS E

SERVIÇOS INTEGRANTES DO QUALINCÊNDIO ....................................................................... 10 

4 META FÍSICA 2: APRESENTAR UM PLANO DE ELABORAÇÃO E DE REVISÃO DAS

NORMAS TÉCNICAS ................................................................................................................... 24 

5 META FÍSICA 3: CONCLUIR A ESTRUTURAÇÃO DO OBSERVATÓRIO JUNTO COM A

ENTIDADE RESPONSÁVEL PELA SUA COORDENAÇÃO E DEFINIR RECURSOS MATERIAIS

E HUMANOS NECESSÁRIOS. ..................................................................................................... 42 

6 META FÍSICA 3: INICIAR A OPERAÇÃO DO OBSERVATÓRIO COM, PELO MENOS, DOIS

CORPOS DE BOMBEIROS, CONSIDERANDO O SISTEMA ÚNICO DE COLETA E

TRATAMENTO DE DADOS. ......................................................................................................... 43 

7 META FÍSICA 3: ESTRUTURAÇÃO DA REDE NACIONAL DE INFORMAÇÕES COMPOSTA

PELOS PROFISSIONAIS E ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS QUE ATUAM NA ÁREA. .... 54 

8 META FÍSICA 4: PROPOSIÇÃO DO MARCO LEGAL PARA A ÁREA APRESENTAÇÃO DOS

RESULTADOS DA 1ª ETAPA DO ESTUDO E AVALIAÇÃO DESSES JUNTO ÀS ENTIDADES

DA ÁREA ENVOLVIDAS COM O ASSUNTO ............................................................................... 57 

9 META FÍSICA 4: PROPOSIÇÃO DO MARCO LEGAL PARA A ÁREA - PROPOSIÇÃO DE UM

ORDENAMENTO PARA A LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DA ÁREA DE SEGURANÇA CONTRA

INCÊNDIO..................................................................................................................................... 65 

10 META FÍSICA 5: ESTUDO DOS MEIOS RURAL, FLORESTAL E PETROQUÍMICO -

REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PARA A DEFINIÇÃO DOS FATORES CRÍTICOS DOS

MEIOS RURAL, FLORESTAL E PETROQUÍMICO. ..................................................................... 67 

11 META FÍSICA 5: ESTUDO DOS MEIOS RURAL, FLORESTAL E PETROQUÍMICO -

LEVANTAMENTO DOS DADOS ESTATÍSTICOS DISPONÍVEIS E DA REGULAMENTAÇÃO

ESPECÍFICA DOS MEIOS RURAL, FLORESTAL E PETROQUÍMICO ....................................... 71 

12 META FÍSICA 5: ESTUDO DOS MEIOS RURAL, FLORESTAL E PETROQUÍMICO -

PROPOSIÇÃO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA OS MEIOS EM QUESTÃO, ADERENTES

AO PROGRAMA NACIONAL DE FOMENTO À ÁREA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO . 72 

13 META FÍSICA 6  – PROGRAMA NACIONAL BRASIL SEM CHAMAS - CONSOLIDAÇÃO DAS

CONCLUSÕES OBTIDAS A PARTIR DOS ESTUDOS REALIZADOS ........................................ 75 

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Relatório Técnico 133 546-205 - iii 

14 META FÍSICA 6 –

  PROGRAMA NACIONAL BRASIL SEM CHAMAS - PROGRAMANACIONAL BRASIL SEM CHAMAS, ABORDANDO INFRA-ESTRUTURA E AÇÕES DE TIB,

ORDENAMENTO DA LEGISLAÇÃO, CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E AÇÕES DE

P&D ............................................................................................................................................. 82 

EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................................................ 88 

ANEXO A – Programa Qualincêndio (13 páginas, incluindo folha de rosto) 

ANEXO B - Programa Qualinstal (30 páginas, incluindo folha de rosto) 

ANEXO C - Programa de Capacitação e Reconhecimento Profissional (30 páginas,incluindo folha de rosto) 

ANEXO D - Sistema único padronizado para de coleta e registro de dados de ocorrência

de incêndio em nível nacional, registro das discussões e avanços realizados

no âmbito da Câmara Técnica da Liga Nacional dos Bombeiros Militares

(76 páginas, incluindo folha de rosto)

ANEXO E  –  Proposta do Código Nacional de Segurança Contra Incêndio  – CONASCI

(7 páginas, incluindo folha de rosto)

ANEXO F - Diferentes modelos de Bombeiros existentes no Brasil e outros países

(17 páginas, incluindo folha de rosto)

ANEXO G - Proposta de capacitação de bombeiros militares - Liga Nacional dos

Bombeiros Militares (16 páginas, incluindo folha de rosto)

ANEXO H - Programa de Educação com foco na prevenção de incêndios - Programa

Bombeiro Educador do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Campanhas de

Conscientização dos riscos de queimaduras da Sociedade Brasileira de

Queimadura. (164 páginas, incluindo folha de rosto) 

ANEXO I - Estudos e estratégias de tecnologia Industrial Básica para o Segmento de

prevenção e combate a incêndio – relatório final – Sextante Ltda. (62 páginas,

incluindo folha de rosto) 

ANEXO J  – Estudos dos meios rural e florestal 5º Simpósio sul –americano sobre o

controle dos incêndios florestais (120 páginas, incluindo folha de rosto)

ANEXO K - Workshop – A segurança contra incêndios nas áreas do Petróleo e do

 Álcool (100 páginas, incluindo folha de rosto)

ANEXO L  – Estatísticas ( 11 páginas, incluindo folha de rosto)

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RELATÓRIO TÉCNICO 133 546-205

PROJETO BRASIL SEM CHAMAS 2a ETAPA - FINAL

1 INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta as atividades que complementam integralmente o

estudo desenvolvido no âmbito do Convênio Encomenda Transversal

N° 01.08.0046.00, datado de 21/02/2008, celebrado entre a Financiadora de Estudos e

Projetos - FINEP e a Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas -

FIPT, tendo como executor o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São

Paulo S. A., cujo objeto refere-se ao apoio ao desenvolvimento do projeto denominado

Brasil Sem Chamas.

Tais atividades complementares, aqui apresentadas, são as seguintes: definir

estratégias para a integração do Programa Setorial da Qualidade  – Qualincêndio ao

PBQP-H do Ministério das Cidades, definir estratégias para a expansão dos produtos e

serviços integrantes do Qualincêndio e apresentar um plano de elaboração e de

revisão das normas técnicas, relativas à Meta Física 2; concluir a estruturação do

Observatório junto com a entidade responsável pela sua coordenação e definir

recursos materiais e humanos necessários, e iniciar operação do Observatório com,

pelo menos, dois Corpos de Bombeiros, consolidando o sistema único nacional de

coleta e tratamento de dados e Estruturação da rede nacional de informações

composta pelos profissionais e entidades públicas e privadas que atuam na área,relativas à Meta Física 3; apresentação dos resultados da 1ª Etapa do estudo e

avaliação desses junto às entidades da área envolvidas com o assunto e Proposição

de um ordenamento para a legislação específica da área de segurança contra

incêndio, relativas à Meta Física 4; realização do diagnóstico para a definição dos

fatores críticos dos meios rural, florestal e petroquímico, Levantamento dos dados

estatísticos disponíveis e da regulamentação específica dos meios rural, florestal e

petroquímico e proposição de ações estratégicas para os meios em questão,aderentes ao programa nacional de fomento à área de segurança contra incêndio,

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relativas à Meta Física 5; consolidação das conclusões obtidas a partir dos estudosrealizados e Programa Nacional Brasil Sem Chamas, abordando infraestrutura e

ações de TIB, ordenamento da legislação, capacitação de recursos humanos e

ações de P&D, relativas à Meta Física 6. 

Portanto, estão apresentados, a seguir, os itens mencionados e, sempre que

necessárias, as correlações pertinentes aos assuntos já tratados em Relatórios

Técnicos anteriores, em virtude de se cumprir com o objetivo fundamental do projeto

Brasil Sem Chamas: conformar um Programa Nacional para a organização e o

crescimento da área de segurança contra incêndio no Brasil.

2 META FÍSICA 2: DEFINIR ESTRATÉGIAS PARA A INTEGRAÇÃO DOPROGRAMA SETORIAL DA QUALIDADE  – QUALINCÊNDIO AO PBQP-H/ MINISTÉRIO DAS CIDADES

Para que sejam compreendidas as estratégias definidas neste item faz-se

necessária a apresentação dos dois programas tratados aqui: o Qualincêndio  – 

Programa Setorial da Qualidade da área de Segurança contra Incêndio e o PBQP-H,

Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat e a total aderência que

há entre estes programas em termos de objetivos.

O Qualincêndio é um programa que foi idealizado e criado por algumas

entidades da área de segurança contra incêndio, nos moldes dos Programas Setoriais

da Qualidade - PSQs instituídos no âmbito do PBQP-H (que será apresentado em

seguida), que tem como objetivo geral apoiar e promover a melhoria da qualidade e da

produtividade do setor de proteção contra incêndio em edificações, por meio da

promoção da garantia da qualidade dos produtos e da efetividade dos sistemas

instalados e, como consequência, a garantia da segurança da vida das pessoas e da

proteção do meio ambiente.

 Alguns objetivos específicos do Qualincêndio são:

a) fomentar a implantação de Programas Setoriais da Qualidade de materiais,

componentes e sistemas de proteção contra incêndio.

b) fomentar o desenvolvimento e a implantação de instrumentos e mecanismosde garantia de qualidade de projetos, instalação e manutenção;

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c) combater a não conformidade intencional de materiais, componentes esistemas, disponibilizando aos agentes do setor, através de cada PSQ, um

banco de informações que permita esta ação; e

d) promover o aperfeiçoamento da estrutura de elaboração e difusão de

normas técnicas, códigos de práticas e códigos de edificações.

 A primeira ação do Qualincêndio foi a implementação do programa Setorial da

Qualidade de Extintores de Incêndio, para uso em edificações, cujo objetivo foi agregar

esforços às ações já implementadas no setor, a fim de garantir o bom desempenho

dos extintores utilizados nas edificações brasileiras.

 A coordenação do programa ficou sob responsabilidade da entidade setorial

 ABIEX - Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos contra Incêndio e

Cilindros de Alta Pressão, a gestão técnica ficou a cargo da empresa TESIS -

Tecnologia de Sistemas em Engenharia Ltda. e a incumbência de realizar as

avaliações dos produtos ficou com Laboratório de Segurança ao Fogo do Instituto de

Pesquisas Tecnológicas do Governo do Estado de São Paulo S.A.- IPT.

Esse programa encontra-se em andamento desde 2005, apresentando

resultados bastante satisfatórios para a melhoria da qualidade dos extintores de

incêndio comercializados no mercado brasileiro e, pode-se afirmar com segurança, que

tem representado um apoio significativo ao programa de certificação compulsória

desenvolvido pelo INMETRO  –  Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia para esses produtos. Alguns dos resultados e, ainda, informações mais

detalhadas do programa Qualincêndio podem ser acessados no Anexo A, deste

relatório.

Com relação ao PBQP-H - Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do

Habitat, estão apresentadas, a seguir, informações oficiais retiradas do próprio site do

programa no Ministério das cidades, onde ele é caracterizado como um instrumento do

Governo Federal para cumprimento dos compromissos firmados pelo Brasil quando da

assinatura da Carta de Istambul (Conferência do Habitat II/1996). A sua meta é

organizar o setor da construção civil em torno de duas questões principais que é a

melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva.

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 A busca por esses objetivos envolve um conjunto de ações, entre as quais sedestacam: avaliação da conformidade de empresas de serviços e obras, melhoria da

qualidade de materiais, formação e requalificação de mão de obra, normalização

técnica, capacitação de laboratórios, avaliação de tecnologias inovadoras, informação

ao consumidor e promoção da comunicação entre os setores envolvidos.

Espera-se, assim, alcançar o aumento da competitividade no setor, a melhoria

da qualidade de produtos e serviços, a redução de custos e a otimização do uso dos

recursos públicos. O objetivo, em longo prazo, é criar um ambiente de isonomia

competitiva, que propicie soluções mais baratas e de melhor qualidade para a redução

do déficit habitacional no país, atendendo, em especial, a produção habitacional de

interesse social.

 Arranjo institucional do PBQP-H integra-o à Secretaria Nacional de Habitação,

do Ministério das Cidades, e formalmente o insere como um dos programas do Plano

Plurianual (PPA 2008-2011), conforme mostra o organograma a seguir:

Figura 1  – Estrutura do PBQP-H

Fonte: Ministério das Cidades <http://www.cidades.gov.br/pbqp-h/pbqp_apresentacao.php> Acesso em 25.04.2012

Diversas entidades fazem parte do Programa, representando segmentos da

cadeia produtiva: construtores, projetistas, fornecedores, fabricantes de materiais e

componentes, bem como a comunidade acadêmica e entidades de normalização, além

do Governo Federal.

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 A gestão compartilhada se dá de forma transparente, baseadafundamentalmente em discussões técnicas, respeitando a capacidade de resposta do

setor e as diferentes realidades nacionais. Nesse sentido, o PBQP-H é um programa

que se constrói sobre consensos, e sobre um arranjo institucional firmado na parceria

entre os setores público e privado.

Conceitualmente, o PBQP-H articula com o setor privado afim de que esse

potencialize a capacidade de resposta do Programa na implementação do

desenvolvimento sustentável do habitat urbano. Por isso, sua estrutura envolve

entidades representativas do setor, compostas por duas Coordenações Nacionais, que

desenham as diretrizes do Programa em conjunto com o Ministério das Cidades. Tais

diretrizes são estabelecidas em fórum próprio, de caráter consultivo: o Comitê Nacional

de Desenvolvimento Tecnológico da Habitação  – CTECH, cuja presidência é rotativa

entre entidades do governo e do setor.

O Programa não se vale de novas linhas de financiamento, mas procura

estimular o uso eficiente dos recursos existentes, oriundos de diferentes fontes (OGU,

FGTS, Poupança etc.) e aplicados por diferentes entidades (CAIXA, BNDES, FINEP,

SEBRAE, SENAI, etc.). Por outro lado, o Programa conta com grande contrapartida

privada, sendo os recursos do Governo Federal destinados, basicamente, ao custeio, à

estruturação de novos projetos e à divulgação.

Uma das grandes virtudes do PBQP-H é a criação e a estruturação de um novo

ambiente tecnológico e de gestão para o setor, no qual os agentes podem pautar suas

ações específicas visando à modernização, não só em medidas ligadas à tecnologia

no sentido estrito (desenvolvimento ou compra de tecnologia; desenvolvimento de

processos de produção ou de execução; desenvolvimento de procedimentos de

controle; desenvolvimento e uso de componentes industrializados), mas também em

tecnologias de organização, de métodos e de ferramentas de gestão (abrangendo a

organização de recursos humanos; qualidade; suprimentos; informações e fluxos de

produção) e gestão de projetos.

 Alguns princípios importantes do Programa são: atuação integrada do poder

público, para ampliar a otimização dos recursos e das ações, com maior sintonia entreas políticas de habitação municipais, estaduais e federal; descentralização, para fazer

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com que as aplicações correspondam à realidade de cada unidade da federação,ampliando o controle e a efetividade das ações; parceria entre agentes públicos e

privados, para cumprir uma tarefa que é de toda a sociedade, pois a ação do poder

público, isolada, será limitada; participação da sociedade civil, para assegurar que as

ações do poder público estejam em conformidade com as necessidades e prioridades

da população, contando com a experiência de diversos setores da sociedade.

O PBQP-H foi instituído pela Portaria nº 134, de 18 de dezembro de 1998, do

Governo Federal, tendo por objetivo básico: “apoiar o esfor ço brasileiro de

modernidade e promover a qualidade e produtividade do setor da construção

habitacional, com vistas a aumentar a competitividade de bens e serviços por ele

produzidos”. 

O programa responde aos deveres constitucionais da União, dentre os quais o

de elaborar e executar planos de desenvolvimento econômico e social (art. 21, IX,

CF/88), bem como de instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive

habitação (art. 21, XX, CF/88).

O PPA 2004/2007 traz o Programa da Qualidade e Produtividade do Habitat,

definindo assim o seu objetivo: “Elevar os patamares da qualidade e produtividade da

construção civil, por meio da criação e implantação de mecanismos de modernização

tecnológica e gerencial, contribuindo para ampliar o acesso à moradia para a

população de menor renda”. 

Segundo a jurista Cristiane Derani, a normalização do PBQP-H também se

enquadra no ramo do direito econômico, pois se destina a organizar o desenvolvimento

do setor, visando ao desenvolvimento da atividade econômica nacional e à melhoria do

bem-estar da população, por meio de imposição de um complexo de deveres de ação

ao Estado e aos agentes econômicos produtores e consumidores.

 A partir das apresentações dos programas Qualincêndio e PBQP-H pode-se

notar os objetivos comuns que possuem, ou seja, em termos gerais, apoiar a

organização do setor da construção civil em torno da melhoria da qualidade do habitat

e a modernização produtiva e, de forma mais específica, apoiar a promoção da

melhoria da qualidade e da produtividade do setor de proteção contra incêndio emedificações, por meio da garantia da qualidade dos produtos e dos sistemas e,

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consequentemente, de melhores condições de segurança para as pessoas e o meioambiente.

Portanto, era evidente, desde o início do projeto Brasil Sem Chamas, que seria

uma ação fundamental implementar um programa setorial de qualidade para a área de

segurança contra incêndio, o qual, foi denominado de Qualincêndio, e, em ato

contínuo, integrá-lo ao PBQP-H. Tem-se, para este entendimento, duas justificativas

muito consistentes, sendo a primeira a exigência crescente do mercado e o aumento

da competitividade que tornam cada vez mais importante a implantação de programas

de qualidade e produtividade no setor da construção civil, que se proponham a

organizar o setor da construção civil em torno da melhoria da qualidade e da

modernização produtiva, gerando um ambiente de isonomia competitiva. Já a segunda

 justificativa refere-se ao PBQP-H viabilizar e contar, nesse contexto, com a

participação ativa dos segmentos da cadeia produtiva, agregando esforços na busca

de soluções com maior qualidade e menor custo.

Merece destaque, devido a sua importância, o fato de que a participação ativa

do setor é construída pelo consenso entre as entidades interessadas, uma vez que

baseia-se na adesão voluntária ao Programa, por meio de um processo de

sensibilização e agregação dos segmentos produtivos, buscando responder aos

diagnósticos sobre os problemas existentes no setor, respeitando-se as diferenças dos

setores envolvidos e as desigualdades regionais.

Portanto, tomando-se todos os cuidados necessários, procurando envolver e

sensibilizar as empresas e as entidades interessadas construiu-se o Programa

Qualincêndio e o integrou ao Programa PBQP-H adotando-se como estratégia seguir

exatamente as recomendações estabelecidas e, especialmente, considerando-se as

experiências de outros programas setoriais da qualidade que já se encontravam em

operação no âmbito do PBQP-H.

Para se entender melhor alguns procedimentos que foram seguidos para

participar do PBQP-H, primeiramente foi necessário inserir em um dos grupos dos

principais agentes do Programa, quais sejam:

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a) definição do contratante: setor público, atuando por meio de Termo de Adesão e Acordo Setorial, firmado entre os agentes da cadeia produtiva e o

PBQP-H, prevendo o desenvolvimento de ações que integram o Programa;

b) definição dos agentes do Setor: fabricantes de materiais e componentes,

atuando por meio de um Programa Setorial de Qualidade (PSQ), que é

elaborado, operacionalizado e acompanhado numa parceria entre setor

público e privado; empresas de serviços e obras, por meio da participação no

SiQ/SiAC- Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e

Obras/Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e

Obras, além do Acordo Setorial, em que são definidos os prazos e metas

para a qualificação das empresas em cada unidade da Federação;

c) definição das instituições: agentes financiadores e de fomento, pela

participação em projetos que busquem utilizar o poder de compra como

indutor da melhoria da qualidade e aumento da produtividade do setor da

construção civil. Incluem-se aqui os agentes de fiscalização e de direito

econômico, pela promoção da isonomia competitiva do setor, por meio de

ações de combate à produção que não obedeça às normas técnicas

existentes, e de estímulo à ampla divulgação e respeito ao Código de Defesa

do Consumidor;

d) definição dos consumidores: exercendo seu direito de cidadania ao exigir

qualidade dos produtos e serviços do setor da construção civil, e utilizando

seu poder de compra ao dar preferência às empresas que tenham

compromisso com os sistemas de qualidade do PBQP-Habitat.

Portanto, nessa etapa do processo de adesão do Programa Qualincêndio ao

PBQP-H, como a entidade coordenadora era a ABIEX, foi feito o ingresso ou adesão

oficial ao Programa, através de um Agente do Setor de fabricantes de materiais e

componentes, que teria a sua participação embasada em um Programa Setorial da

Qualidade, ou seja, o Qualincêndio.

Conforme já mencionado, o PBQP-H é um programa de adesão voluntária, onde

o Estado é um agente indutor e mobilizador da cadeia produtiva da construção civil. Aimplementação do Programa ocorre basicamente nas etapas descritas a seguir:

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Figura 2  – Etapas do PBQP-H

Fonte: Ministério das Cidades <http://www.cidades.gov.br/pbqp-h/pbqp_etapas.php>. Acesso em 25.04.2012.

 A Etapa de Sensibilização e Adesão é feita por unidade da federação junto aos

diversos segmentos da cadeia produtiva que, reunidos em suas regiões, assistem a

uma apresentação do Programa, feita por técnicos da Coordenação Geral do PBQP-H

que objetiva sensibilizar e mobilizar o setor privado e os contratantes públicos

estaduais para aderirem ao PBQP-H.

Em um segundo momento, as entidades do setor se organizam para realizar um

diagnóstico do segmento da construção civil na sua unidade da federação, resultando

na formulação de um Programa Setorial de Qualidade (PSQ). Esse diagnóstico

fundamenta um Acordo Setorial entre o setor privado, o setor público estadual e a

Caixa Econômica Federal, bem como dos demais agentes financeiros, definindo metas

e cronogramas de implantação dos Programas de Qualidade e, com isso, estabelece-se a prática do uso do poder de compra.

Todas estas etapas foram seguidas rigorosamente e atendidas todas as

recomendações do Programa PBQP-H para se obter a aprovação formalizada da

adesão do Programa Qualincêndio e pôde-se, então, iniciar a sua operação, com

resultados positivos muito expressivos, conforme já declarado. Por isso, é uma das

perspectivas do projeto Brasil Sem Chamas desenvolver algumas ações para ampliar o

Programa Qualincêndio, incluindo mais produtos e serviços, conforme estáapresentado no próximo item deste relatório.

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 A menção destacada que se faz ao Qualincêndio se deve ao fato de se tratar deum programa, aprovado no âmbito do Programa Brasileiro da Qualidade e

Produtividade do Habitat  – PBQP-H do governo federal e coordenado pelo Ministério

das Cidades, de caráter, exclusivamente, voltado à área de segurança contra incêndio

e pela experiência acumulada, desde 2005, na verificação da qualidade de extintores

de incêndio.

3 META FÍSICA 2: DEFINIR ESTRATÉGIAS PARA A EXPANSÃO DOS

PRODUTOS E SERVIÇOS INTEGRANTES DO QUALINCÊNDIO A necessidade de se ampliar o número de produtos que estejam submetidos a

algum tipo de avaliação da conformidade, garantindo-se, assim, que sejam atendidos

os requisitos estabelecidos nas respectivas normas brasileiras, é uma demanda do

setor que pode ser considerada de amplo consenso.

 As relações comerciais, tanto no mercado interno quanto no externo, estão cada

vez mais acompanhadas de verificações dos produtos quanto à conformidade aos

padrões previamente combinados entre as partes. Para tanto, são utilizados

mecanismos de inspeções, ensaios e auditorias para se avaliar o desempenho desses

produtos frente aos requisitos especificados nas negociações, conforme mostra o

Relatório da Sextante empresa especializada em tecnologia industrial básica, Anexo I.

Para a área de segurança contra incêndio este processo de avaliação da

conformidade de produtos se reveste da maior importância, pois garantir que os

produtos utilizados possuam um nível adequado de qualidade impacta, em primeira

instância, na segurança da vida das pessoas e, simultaneamente, na minimização de

danos ao meio ambiente e de perdas materiais e patrimoniais de maneira geral.

Portanto, foi acordado que deverá ser feito um esforço significativo de todos os

agentes envolvidos, seja do setor público como, também, do privado, para se buscar,

constantemente que, um número cada vez maior de produtos seja submetido a

processos de avaliação da conformidade. Os resultados mais expressivos deste

processo, certamente serão a melhoria da segurança das pessoas e o crescimento da

área de segurança contra incêndio, a partir do fortalecimento competitivo da indústria

nacional.

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Relatório Técnico 133 546-205 - 11/90 

Para se iniciar esse processo, ou melhor, dar continuidade ao ProgramaQualincêndio ampliando o número de produtos avaliados na área de segurança contra

incêndio, já que poucos produtos se encontram submetidos atualmente a algum

sistema de avaliação, faz-se necessário definir quais produtos deverão ser

considerados prioritários e, tal decisão, é extremamete complexa, pois envolve a

consideração e análise detalhada de diversos fatores.

Dentre esses fatores destacam-se alguns que representam condições sine qua

non para a escolha ser efetivada, tais como:

a) existência de base normativa, ou seja, de normas técnicas brasileiras ou

regulamentos técnicos;

b) existência de laboratórios acreditados ou, pelo menos, em condições de

rapidamente se acreditarem;

c) existência de organismos de avaliação da conformidade acreditados, ou seja,

com plenas condições de realizar esse trabalho;

d) existência de problemas graves ocasionados pela falta de qualidade de

determinado produto o que requer, portanto, que ele seja submetido a um

processo de avaliação da conformidade que representa um diferencial

significativo para a solução de tais problemas;

e) existência de demanda governamental para fins de fiscalização regulatória;

f) capacitação da indústria nacional, visando atender aos novos requisitos que

serão estabelecidos, ou seja, pelo menos, parte significativa do setor entende

como positivo e, portanto, tem expectativas de se envolver e de contribuir para o

avanço do processo.

Portanto, é evidente que são questões difíceis de serem respondidas com plena

segurança de acerto. Mas, ainda assim, conseguiu-se envolver diferentes especialistas

da área e por meio de discussões aprofundadas, realizadas em oficinas e workshops,

elaborar uma lista de produtos julgados, senão prioritários, pelo menos, importantes

para serem, o mais rápido possível, submetidos a algum processo de avaliação da

conformidade. A lista composta por 40 produtos está apresentada a seguir:

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Relatório Técnico 133 546-205 - 13/90 

Itens Produtos

Produto é

fabricado

no Brasil

Produto é

exportado

Há algum tipo

de avaliação da

conformidade

Há NBR

correspondente

27Esguichos, difusores e câmaras de expansão

para LGEsSim Sim Não Sim

28 Placas e dispositivos de sistemas de sinalização Sim Sim Não Sim

29

Válvulas angulares de hidrantes e válvulas de

mangotinhosSim Sim Não Não

30 Viaturas de combate a incêndio Sim Sim Não Sim

31

Veículos para atendimento à emergências

médicas e resgate Sim Sim Não Sim

32

Esguichos de jato compacto e esguicho de jato

regulávelSim Sim Não Sim

33 Conexões de engate rápido Sim Sim Não Não

34

Equipamentos de pressurização para controle de

fumaça em escadas de segurançaSim Sim Não Não

35 Elevadores de emergência Sim Sim Não Não

36 Unidades de armazenagem segura / salas- cofre Sim Sim Não Sim

37

Tubos e conexões de CPVC para sistemas de

chuveiros automáticos de extinção de incêndio Sim Não Não Sim

38

Canhões monitores para água ou LGEs para

combate a incêndioSim Não Não Não

39

EPI´s para bombeiros (botas, luvas, vestimentas,

balaclavas e capacetes)Sim Sim Não Não

40

Carretéis e outros dispositivos para instalação

de mangueiras e mangotinhosSim Sim Não Não

Um dos critérios importante para o produto ser integrante da lista foi assegurar

que ele fosse fabricado no Brasil e, ainda, se considerou como ponto adicional positivo

o fato do produto ser exportado. Alguns produtos também foram incorporados à lista,

apesar de já estarem sendo submetidos a algum tipo de avaliação da conformidade,

em virtude de carecem de ajustes ou melhorias, de acordo com o entendimento dos

especialistas e, por último, foram identificados produtos abrangidos pelas normas

técnicas brasileiras e os que ainda não são, sendo que esses necessitarão de uma

dedicação inicial um pouco maior dos técnicos da área para a elaboração das

respectivas normas.

Continuação

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Relatório Técnico 133 546-205 - 14/90 

Merece destaque, também, no bojo das ações relativas à melhoria da qualificação dosprodutos, o fato de já se estar negociando com o INMETRO a implementação de programas

de avaliação da conformidade para alguns produtos que foram priorizados pelo setor e,

nesse sentido, as propostas foram apresentadas em uma reunião específica do CBAC  – 

Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade, quando quatro produtos foram

selecionados.

Desta forma, já estão em andamento os processos internos do INMETRO para avaliar

as possibilidades e a viabilidade de serem implementados programas de avaliação da

conformidade para esses quatro produtos e, concomitantemente, os respectivos setores

correspondentes também já estão envolvidos e colaborando com o desenvolvimento das

avaliações que, necessariamente, precisarão ser realizadas, bem como com os diversos

aspectos que devem ser considerados para que, efetivamente, os programas mencionados

sejam implementados.

Na Tabela 2 estão apresentados os quatro produtos que foram priorizados e que já

estão sendo avaliados pelo INMETRO e, inclusive, as informações e esclarecimentos que

foram solicitados pelo INMETRO referentes a cada produto.

 Além da importância da melhoria da qualidade de produtos, conforme apresentado,

há, também, mais dois problemas graves na área de segurança contra incêndio, quais

sejam: a carência de avaliação da conformidade para instalações de sistemas e a

necessidade de se buscar algum tipo de avaliação da conformidade para os profissionais

que atuam na área.

Tendo-se mais esta preocupação e, de modo a aproveitar o envolvimento e a

experiência dos profissionais que representaram os diversos órgãos e que estavam

participando das oficinas e dos workshops que foram realizados, ampliou-se o escopo dos

trabalhos dessas reuniões técnicas, de modo a incluir a análise dos tipos de sistemas e de

profissionais que também deveriam, prioritariamente, passar por algum processo de

avaliação da conformidade de serviço ou de sistema de gestão ou de pessoa.

Como resultado dessas discussões definiu-se, em consenso, uma lista de

sistemas e de profissionais que foram priorizados para serem submetidos a processos

de avaliação da conformidade de serviço ou de sistema de gestão ou de pessoa,conforme apresentados nas Tabelas 3 e 4.

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RelatórioTécnicon°133546-205-15/89

Tabela 2  – Quatro produtos priorizados que estão sendo avaliados pelo INETRO

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RelatórioTécnicon°133546-205-17/89

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 19/89 

Tabela 3  – Lista de sistemas priorizados no processo de acreditação 

Tabela 4  – Lista de profissionais priorizados no processo de acreditação 

Itens Profissionais

Há algum tipo

de avaliação da

conformidade

Há NBR

correspondente

1 Brigadas / brigadistas de incêndio NÃO SIM

2 Bombeiro profissional civil NÃO SIM

3 Plano de emergência contra incêndio NÃO SIM

4 Profissionais em geral de nível médio NÃO SIM5 Profissionais em geral de nível superior NÃO SIM

Com relação à avaliação da conformidade dos sistemas de segurança contra

incêndio, optou-se por avaliar as empresas instaladoras, por se entender que será

mais efetivo e que serão alcançados resultados mais rapidamente. Além de ser

possível, consequentemente, por meio das empresas instaladoras, se avaliar também

a capacidade dos profissionais projetistas e instaladores que compões as equipes

técnicas dessas empresas.

Itens Instalações/Serviços

Há algum tipo

de avaliação da

conformidade

Há NBRcorrespondente

1 Sistemas de extintores de incêndio Não Sim

2 Sistemas de hidrantes de mangotinhos Não Sim

3 Sistemas de hidrantes públicos urbanos Não Sim

4 Sistemas de chuveiros automáticos Não Sim

5 Sistemas de extinção com gás Não Sim

6 Sistemas de água nebulizada Não Sim

7 Sistema de líquido gerador de espuma Não Sim

8 Sistema de detecção e alarme de incêndio Não Sim

9 Sistema de sinalização e iluminação de emergência Não Sim

10 Rotas de fuga e saídas de emergência Não Sim

11 Sistema de pressurização e controle de fumaça Não Sim

12 Sistema de segurança contra incêndio em túneis Não Sim

13Instalações e equipamentos para treinamento decombate a incêndio / campos de treinamento

 ABNT Sim

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 20/89 

O fato motivador mais significativo que fez com que fosse adotado este

caminho é a possibilidade de participação e, consequente ampliação, em um

programa nacional, em andamento há mais de dez anos e com resultados muito

positivos, denominado Qualinstal - Sistema de Avaliação da Conformidade de

Empresas Instaladoras e Instalações, coordenado pela Associação Brasileira pela

Conformidade e Eficiência das Instalações – Abrinstal.

O objetivo do Programa Qualinstal  é estabelecer as condições e requisitos

técnicos e de gestão, aplicáveis às empresas prestadoras de serviço de instalações

prediais, de forma a garantir uma crescente estruturação no setor e melhoria da

qualidade e segurança dos serviços prestados. Com a crescente demanda de mercado para esses tipos de serviço,

principalmente em função da necessidade de especialização na utilização de produtos

e práticas de novas técnicas construtivas, a ausência de um programa estruturado

capaz de qualificar as empresas de forma adequada em função de suas

especialidades, além de avaliar as instalações propriamente ditas, pode resultar na

contratação de prestadores de serviço não qualificados e instalações não conformes

ou inseguras. O Programa possibilita ainda o estabelecimento de níveis diferenciados de

requisitos a serem aplicados, em função do tipo ou criticidade dos serviços a serem

prestados ou tipo de instalação a ser executada. Ele deve servir como base para ordenação e melhoria geral do mercado de

prestação desse tipo de serviço especializado, estabelecendo padrões de operação

compatíveis com as necessidades das empresas construtoras, com as

regulamentações e normas técnicas vigentes no país, bem como com a segurança dos

usuários de instalações, aparelhos e equipamentos.

Tem por finalidade permitir a qualificação das empresas do setor e das

instalações prediais alcançando reconhecimento de todo o segmento da construção

civil no país. Informações mais detalhadas do programa Qualinstal estão apresentadas

no Anexo B.

Optou-se por avaliar as empresas, uma vez que, fica implicito nesse processo,

que para uma boa avaliação da conformidade dos sistemas de segurança contraincêndio, as empresas obrigatoriamente devem contar com profissionais projetistas e

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 21/89 

instaladores plenamente capacitados para desenvolverem as suas funções. Neste

sentido, apresenta-se no Anexo C uma proposta de um Programa de Capacitação e

Reconhecimento Profissional, onde estão definidos os requisitos e os procedimentos

que deverão ser seguidos para os profissionais obterem suas capacitações,

qualificações e certificações. Trata-se de uma proposta inicial e que, portanto, carece

de discussões e aprimoramentos para ser implementada.

Conforme apresentado, a partir das discussões desenvolvidas com os

representantes dos diversos setores da área de segurança contra incêndio definiu-se

quais produtos e serviços forão considerados prioritários para serem submetidos a

algum tipo de programa de avaliação da conformidade. Então, solicitou-se ao

INMETRO a informação sobre alguns dos produtos ou serviços, se já se estavam

contemplados ou, pelo menos, em análise para serem submetidos a algum programa

de avaliação da conformidade.

 A resposta do INMETRO foi importante, pois esclareceu que poucos produtos

encontram-se com programas de avaliação da conformidade em andamento ou em

desenvolvimento e que nenhum serviço, até o presente momento, está submetido a

algum programa deste tipo. A seguir, está apresentada a lista contendo os produtos e

a situação que se encontram,ou seja, basicamente se o programa está existente,

inexistente ou em adamento no âmbito dos trabalhos e análises do INMETRO:

Tabela 5  – Lista de Produtos Priorizados no processo de acreditação

Itens Produtos Situação doprograma

1 Hidrantes urbanos Inexistente

2 Chuveiros automáticos de extinção de incêndio Inexistente

3 Portas corta-fogo e vedadores Inexistente4 Nebulizadores de água Inexistente

5 Detectores automáticos de incêndio Em desenvolvimento

6 Centrais de alarmes de incêndio Inexistente

7  Acionadores manuais para alarme de incêndio Em desenvolvimento

8  Alarmes áudio-visuais de incêndio Inexistente

9 Extintores de incêndio Existente

10 Pó de extinção de incêndio Existente

11 Indicadores de pressão de extintores de incêndio Em desenvolvimento12 Bombas Centrífugas para extinção de incêndio Em desenvolvimento

Continua...

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 22/89 

Itens Produtos Situação doprograma

13 Painéis de bombas de incêndio Inexistente14 Válvulas de Governo e Alarme Inexistente

15 Chaves de fluxo Inexistente

16 Pressostatos Inexistente

17 Válvulas reguladoras de pressão Inexistente

18 Luminárias de emergência Em desenvolvimento

19 Blocos automáticos para iluminação de emergência Inexistente

20Fontes de energia (sistemas centralizadores de baterias elétricas ou aexplosão)

Inexistente

21 Barras antipânico para saídas de emergência Inexistente22 Mangueiras de incêndio Inexistente

23 Mangotinhos para combate a incêndio Inexistente

24  Abrigos para hidrantes ou mangotinhos Inexistente

25 Cilindros, válvulas, difusores para sistemas fixos de extintores com gás Inexistente

26 Líquidos geradores de espuma para extinção de incêndio Inexistente

27 Esguichos, difusores e câmaras de expansão para LGEs Inexistente

28 Placas e dispositivos de sistemas de sinalização Inexistente

29Válvulas angulares de hidrantes e válvulas de mangotinhos Inexistente30 Viaturas de combate a incêndio Inexistente

31 Veículos para atendimento à emergências médicas e resgate Inexistente

32 Esguichos de jato compacto e esguicho de jato regulável Inexistente

33 Conexões de engate rápido Inexistente

34 Equipamentos de pressurização para controle de fumaça em escadasde segurança

Inexistente

35 Elevadores de emergência Inexistente

36 Unidades de armazenagem segura / salas- cofre Inexistente

37 Tubos e conexões de CPVC para sistemas de chuveiros automáticos deextinção de incêndio Inexistente

38 Canhões monitores para água ou LGEs para combate a incêndio Inexistente

39 EPI´s para bombeiros (botas, luvas, vestimentas, balaclavas ecapacetes, óculos)

Existente

40 Carretéis e outros dispositivos para instalação de mangueiras emangotinhos

Inexistente

Tabela 6  – Lista de Instalações e Serviços priorizados no processo de acreditação

Itens Instalações/Serviços Situação do programa

1 Sistemas de extintores de incêndio Existente

2 Sistemas de hidrantes de mangotinhos Inexistente

3 Sistemas de hidrantes públicos urbanos Inexistente

Continua

Continuação

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 25/89 

normalizados e, também, as normas estrangeiras citadas nas regulamentações

nacionais.

Tabela 7 - Normas brasileiras em vigor com norma ISO correspondente

ORDEM NORMAS BRASILEIRAS EM VIGOR COM ISO CORRESPONDENTE

01 ABNT NBR 6125:1992 - Chuveiro automático para extinção de incêndio

02 ABNT NBR 6135:1992 - Chuveiro automático para extinção de incêndio

03 ABNT NBR 6479:1992 - Portas e vedadores - Determinação da resistência ao fogo

04 ABNT NBR 8222:2005 - Execução de sistemas de prevenção contra explosão de incêndio, porimpedimento de sobrepressões decorrentes de arcos elétricos internos em transformadores ereatores de potência.

05 ABNT NBR 8660:1984 - Revestimento ao piso - Determinação da densidade crítica de fluxo deenergia térmica.

06 ABNT NBR 8674:2005 - Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio comágua nebulizada para transformadores e reatores de potência.

07 ABNT NBR 9441:1998 - Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio.

08 ABNT NBR 9442:1986 - Materiais de construção - Determinação do índice de propagaçãosuperficial de chama pelo método do painel radiante. 

09 ABNT NBR 9695:2006 - Pó para extinção de incêndio.

10 ABNT NBR 10636:1989 - Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da resistência

ao fogo.11 ABNT NBR 10721:2006 - Extintores de incêndio com carga de pó.

12 ABNT NBR 10897:2007 - Proteção contra incêndio por chuveiro automático.

13 ABNT NBR 11715:2006 - Extintores de incêndio com carga d’água. 

14 ABNT NBR 11716:2006 - Extintores de incêndio com carga de dióxido de carbono (gás carbônico). 

15 ABNT NBR 11742:2003 - Porta corta-fogo para saída de emergência.

16 ABNT NBR 11751:2006 - Extintores de incêndio com carga para espuma mecânica.

17 ABNT NBR 11762:2006 - Extintores de incêndio portáteis com carga de halogenado.

18 ABNT NBR 11836:1992 - Detectores automáticos de fumaça para proteção contra incêndio.

19 ABNT NBR 12232:2005 - Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndiocom gás carbônico(CO2) em transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante.

20 ABNT NBR 12615:1992 - Sistema de combate a incêndio por espuma.

21 ABNT NBR 12693:1993 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio.

22 ABNT NBR 12962:1998 - Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio.

23 ABNT NBR 12992:1993 - Extintor de incêndio classe C - Ensaio de condutividade elétrica.

24  ABNT NBR 13434-1:2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 1: Princípiosde projeto.

25 ABNT NBR 13434-2:2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 2: Símbolose suas formas, dimensões e cores.

Continua

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 28/89 

EN - European Standards

17 EN 694/1996 - Fire-fighting hoses – Semi-rigid hoses for fixed systems

Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a Incêndio NFPA – National Fire Protection Association

18NFPA – 30/1995 - Flammable and combustible liquids code  Armazenagem de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis 

19NFPA  –  497/1997  - Recommended Practice for the Classifi cation of Flammable Liquids,Gases, or Vapors and of Hazardous (Classified) Locations for Electrical Installations inChemical Process Areas. Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis 

20NFPA – 69/1997 - Standard on Explosion Prevention Systems  Armazenagem de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis 

21NFPA 101/97 - Life Safety Code Saídas de Emergência 

22 NFPA 11 - Standard for Low-Expansion Foam 1998 Edition Sistema de Proteção por Espuma 

23 NFPA 12 1989 - Edition – Carbon Dioxide Extinguishing Systems Subestação Elétrica 

24 NFPA –12/2000 - Standard on carbon dioxide extinguinshing systems. Sistema Fixo de Gases para Combate a Incêndio 

25 NFPA 13 - Standard for the installation of sprinkler systems Controle de Fumaça 

26 NFPA 13  - Standard for the installation of sprinkler systems Sistema de Proteção por Espuma 

27 NFPA 2001/2000 - Standard on clean agent fi reextinguishing systems Sistema Fixo de Gases para Combate a Incêndio. 

28 NFPA 50 A 1989 - Edition – Gaseous Hydrogen Systems at Consumer SitesSubestação Elétrica 

29 37 - NFPA 70 E 1988 - Edition – Electrical Safety Requirements for Employee WorkplacesSubestação Elétrica 

30NFPA 92B  - Guide for Smoke Management Systems in Malls, Atria, and Large Areas  – 1995edition – Estados Unidos Controle de Fumaça 

31NFPA-15 - Standard for Water Spray Fixed Systems for Fire Protection - edition 1996  Sistema de Resfriamento para Líquidos e Gases Inflamáveis e Combustíveis 

ISO - International Organization for Standardization

32 ISO 1182 - Building materiais - non - combustibility test  Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical 

33 ISO 1182 “- Buildings materials – non – combustibility test”  Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento

34

ISO 8421-1 (1987) - General terms and phenomena of fire 

Terminologia de Segurança contra Incêndio 35 ISO 8421-2 (1987) - Strutural fire protection 

Terminologia de Segurança contra Incêndio 36 ISO 8421-3 (1989) - Fire detection and alarm

Terminologia de Segurança contra Incêndio 37 ISO 8421-4 (1990) - Fire extinction equipment  

Terminologia de Segurança contra Incêndio 

38ISO 8421-5 (1988) - Smoke control  Terminologia de Segurança contra Incêndio 

39ISO 8421-6 (1987) - Evacuation and means of escape Terminologia de Segurança contra Incêndio 

40ISO 8421-7 (1987) - Explosion detection and suppression means 

Terminologia de Segurança contra Incêndio 41

ISO 8421-8 (1990) - Terms specific to fire-fighting, rescue services and handlinghazardous materialsTerminologia de Segurança contra Incêndio 

Continuação

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 29/89 

Portanto, as relações de normas, produtos e serviços estruturam, o que pode

ser considerado, o primeiro Programa de Normalização para a área de segurança

contra incêndio acordado e aprovado pelas entidades, o qual passará a ter esta

denominação e, então, será a referência para a programação e desenvolvimento das

atividades de elaboração e revisão de normas brasileiras, no âmbito do ABNT/CB 24.

Na verdade, pode-se considerar que este procedimento, em curso desde 2012,

considerou, para a elaboração do PNS de 2012 do ABNT/CB 24, algumas normas,

produtos e serviços da área de segurança contra incêndio, apresentados na

Tabela 10.

 Além disso, foram consideradas também, as orientações da própria ABNT que

definiu que os Comitês Brasileiros devem priorizar a revisão de suas normas, de modo

que, pelo menos, 70 % delas passem a ter datas de emissão inferior a 5 anos.

 A partir da definição do programa de normalização para o ABNT/CB 24, ou seja,

para a área de segurança contra incêndio, pode-se afirmar que as atividades de

normalização serão desenvolvidas de forma mais sistematizada o que,

consequentemente, resultará em melhorias efetivas para o segmento.

 As normas técnicas são as referências para orientação e defesa dos

consumidores, já que podem exigir que os fornecedores de produtos e serviços do

mercado cumpram os requisitos técnicos estabelecidos pela normas, inclusive, tal

cumprimento poderá ser compulsório, nos casos previstos em regulamentos técnicos.

Por fim, a normalização técnica é compreendida como um instrumento de

tecnologia básica para todo e qualquer setor industrial e uma fonte inestimável de

geração de tecnologias de inovação. Portanto, o estímulo à elaboração de normas

técnicas capazes de subsidiar tecnicamente regulamentos e procedimentos de

avaliação da conformidade, resulta na geração, não só de inovações tecnológicas,

como também, na ampliação e no aprimoramento de redes de laboratórios e centros

tecnológicos de pesquisas aplicadas e de organismos de avaliação da conformidade,

consolidando, assim, infra-estruturas prestadoras de serviços tecnológicos para dar

suporte ao desenvolvimento do mercado brasileiro.

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 30/89 

 A normalização é uma atividade fundamental e um poderoso instrumento para odesenvolvimento industrial sustentável produzindo uma melhoria contínua da qualidade

dos produtos e serviços. Além de facilitar o comércio, ajuda a difundir o conhecimento,

dissemina os avanços tecnológicos e as inovações e permite a gestão e o

compartilhamento de boas práticas. Por outro lado, a avaliação da conformidade,

impulsiona a competitividade positiva entre as diversas organizações nos mercados

interno e globalizado fortalecendo e incrementando as exportações. Particularmente,

na área de segurança contra incêndio, promove melhorias significativas nas condições

de segurança da sociedade e do meio ambiente, de maneira geral.

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Tabela 10  – Lista de Normas do Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (ABNT/CB24) 

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 43/90 

pesquisas, órgãos certificadores, setor produtivo, prestadores de serviços e órgãos degovernos aos níveis municipal, estadual e federal, responsáveis pelo gerenciamento de

riscos tecnológicos, etc.

 A estrutura proposta para o Observatório pretende atender ao principal

problema da área, identificado unanimemente pelos especialistas:

a) falta de informação organizada e confiável, que inviabiliza o conhecimento e,

portanto, o dimensionamento do problema nacional da segurança contra

incêndio, de fato. O que, consequentemente, inviabiliza também o

gerenciamento de questões fundamentais como, proposições de ações

relacionadas à prevenção das ocorrências de incêndio, a partir da análise

dados reais (principais causas, recorrência, frequência, criticidade, tipos de

ocupações mais atingidas, etc.), a avalição do impacto do desenvolvimento

tecnológico (como agentes propulsores e/ou mitigadores dos incêndios); etc.

b) necessidade de criação de uma entidade que centralize e colete os dados da

área de segurança contra incêndio, dispersos pelas diversas entidades no

país transformando-os em informação capaz de subsidiar diferentes tomadas

de decisões e, assim, seja reconhecido como uma fonte confiável, auxiliando

a elaboração de material didático para os cursos de formação e capacitação

profissional, elaboração de políticas públicas, tomadas de decisões de

empresas públicas e privadas, além de ser o órgão integrador entre os meio

acadêmicos e o mercado.

6 META FÍSICA 3: INICIAR A OPERAÇÃO DO OBSERVATÓRIO COM,PELO MENOS, DOIS CORPOS DE BOMBEIROS, CONSIDERANDO OSISTEMA ÚNICO DE COLETA E TRATAMENTO DE DADOS.

 A partir do consenso, entre os especialistas do projeto Projeto Brasil Sem

Chamas, de que a construção de um sistema nacional de coleta e tratamento de dados

depende, basicamente, da qualidade dos dados disponíveis, a equipe do Instituto

Nacional de Tecnologia  –  INT, desenvolveu um sistema de registro de ocorrências,

com base no padrão de registros proposto pela Ligabom (ver Relatório Técnico 113

250-205, Anexo A) para ser disponibilizado às Corporações de Bombeiros Militares que

tivessem interesse em utilizá-lo, via WEB. Dessa forma, o Projeto Brasil Sem Chamas

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 44/90 

pretendia contribuir para a padronização dos registros de ocorrência atendida pelosbombeiros, em todo território nacional e, consequentemente, para a melhoria da

qualidade dos dados oriundos desses registros.

Em maio de 2009, durante uma reunião, em Pernambuco com o Presidente e o

Vice-Presidente (à época) da Liga Nacional dos Bombeiros Militares-Ligabom

respectivamente Cel. Carlos Eduardo Amorim Casa Nova e Cel. Sérgio Fernando P.

 Aboud e a Coordenação do Projeto ‘Brasil Sem Chamas’, Sr. José Carlos Tomina,

tratou-se, dentre outros assuntos, da necessidade de se padronizar os registros de

ocorrências dos corpos de bombeiros e apresentou-se, então, como sugestão, a

ferramenta desenvolvida pelo INT.

 Ao final, ficou definido que, na próxima reunião da Ligabom, a se realizar em

 junho, daquele mesmo ano, seria discutida a melhor forma de se iniciar a

implementação de um processo de padronização. Antes disso, entretanto, ficou

acordado entre o presidente da Ligabom e a Coordenação do Projeto, que caberia ao

Projeto Brasil Sem Chamas, promover a retomada dos trabalhos da Câmara Técnica

da Ligabom, composta por profissionais das respectivas áreas de Tecnologia da

Informação das corporações de bombeiros militares de cada estado e Distrito Federal.

Visando à construção de uma proposta nacional, de consenso, sobre a

padronização dos registros e tratamento das informações, que tendo como base o

Relatório de Ocorrências aprovado pela Ligabom considerasse e aproveitasse

também as experiências das Corporações de Bombeiros Militares de cada unidade da

federação, foram convidados para uma reunião, no Rio de Janeiro, ainda em junho de

2009, os representantes da Câmara Técnica dos estados que tinham soluções

implementadas (ou em fase de implementação), de acordo com as orientações da

Ligabom, a saber: Pernambuco, Santa Catarina, Goiás, Paraná, Alagoas e Distrito

Federal.

Durante a reunião foram apresentadas as soluções do INT e dos representantes

da Câmara Técnica dos estados convidados. O Capitão Garcez, do Paraná, falou

sobre o sistema que utiliza ferramentas de georreferência, cuja importância é a

agilidade na localização de focos de incêndios em áreas florestais e rurais. Questão

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 45/90 

que o estado do Paraná se destaca, inclusive pelo seu histórico de ocorrências degrandes incêndios florestais, especialmente em áreas de preservação.

Em Alagoas havia um sistema informatizado para o registro de ocorrências,

entretanto, preenchido depois do atendimento. Algumas estatísticas eram possíveis,

entretanto com um nível bastante crítico de imprecisões.

O Corpo de Bombeiros de Goiás apresentou sua solução de TI, que estava

iniciando sua operação, adquirida por aquele estado, com recursos da Senasp  – 

Secretaria Nacional de Segurança Pública para despacho e registros de ocorrências.

Em Goiás, o sistema foi elaborado considerando o padrão definido pela Ligabom,

entretanto, não emitia relatórios gerenciais ou permitia levantamentos estatísticos.

 Apenas registrava as ocorrências. O Major Nolasco destacou a necessidade de

customização do sistema para atender a uma particularidade da realidade da região,

uma vez que em Goiás, por ser área de interface entre os meios florestal e urbano, o

Corpo de Bombeiros, com frequência bastante alta, faz a retirada e o resgate de

animais domésticos e selvagens de poços, rodovias, vias públicas e outros locais, o

que exige tanto recursos especiais quanto pessoal especializado. E essa

especificidade não havia sido considerada no modelo proposto pela Ligabom.

O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, mostrou seu sistema conhecido

como E-193. Desenvolvido a partir da experiência catarinense com os desastres

naquele estado, esse sistema, além do registro das ocorrências, de acordo com o

padrão proposto pela Ligabom, também permite, em tempo real, identificar as

ocorrências, conhecer com precisão a situação e a localização das viaturas da frota,

dos recursos humanos e materiais disponíveis no plantão, além de ter ferrramentas

para despacho e acompanhamento do atendimento às ocorrências, e já era possível o

acompanhamento do tempo resposta dos atendimentos às diferentes ocorrências.

 Ao final das apresentações foram destacados os principais aspectos essenciais

que deveriam permear a continuidade dos trabalhos, a saber:

a) o sistema adotado, além dos padrões da Ligabom, deveria atender às

especificidades regionais;

b) ser construído em softwar e livre (linux);

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c) não ter a função apenas de registro de ocorrências, como o antigo livrousado para esse fim, mas ter a função de despacho (receber e acompanhar

a ocorrência) até a conclusão do seu atendimento;

d) emitir relatórios gerenciais, com estatísticas e outras informações que

permitam a gestão das atividades; e

e) garantir a operacinalidade dos sistema em estados com pouca infraestrutura

de rede e poucos recursos de tecnologia da informação.

Sob a ótica definica nesse fórum, o sistema desenvolvido pelo INT, no âmbito

do Projeto Brasil Sem Chamas, mostrou-se insatisfatório, uma vez que limitava-se ao

registro das ocorrências e não havia sido desenvolvido com ferramentas adequadas

para a associação dos recursos humanos e materiais disponíveis ou identificação de

logradouros, por exemplo. Os softwares usados pelos Corpos de Bombeiros do

Paraná, e Alagoas não eram amigáveis e, portanto, dificeis de serem customizados. O

sistema de Goiás, além de não ter sido desenvolvido em software livre, teve um custo

bastante alto o que o inviabilizou como padrão para os demais estados. Entendeu-se,

portanto, que o modelo que melhor atendia aos apectos essenciais definidos naquele

forum era o E-193, desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.

Em atendimento à sugestões do projeto Brasil Sem Chamas, o sistema também

passou a emitir relatórios gerenciais, a partir dos quais foi possível obter estatísticas

confiáveis sobre as ocorrências, em tempo real e em períodos determinados. Como

mostram as telas do sistema reproduzidas a seguir.

Esse sistema permite que sejam visualizadas, em tempo real, na tela do

computador, tanto os atendimentos que estão em curso, quanto uma pequena série

histórica do tipo de ocorrências por mês, por horário e por região, por exemplo. Desse

modo é possível, a partir de uma quantidade de informações, propor ações preventivas

mais eficientes, bem como a realocação dos recursos, se e quando necessário.

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 47/90 

Figura 3  – Tela do Sistema E-193 – Atendimentos 

Fonte: Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. E-913

Figura 4  – Tela do Sistema E-193 – ocorrências atendidas X ligações recebidas

Fonte: Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. E-913

Tendo em vista que o objetivo da reunião era elaborar uma proposta nacional,

minimamente consensuada, para padronização dos registros e tratamento das

informações, a partir das soluções apresentadas na reunião, os representantes da

Câmara Técnica decidiram que a discussão deveria ser ampliada, e que uma proposta

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 48/90 

melhor elaborada deveria ser submetida à apreciação e, se possível, à aprovação doscomandantes, na reunião da Ligabom, realizada no mês seguinte, na cidade de

Brasília.

Com base nesse sistema, que representa o ‘estado da arte’ dos sistemas de

Bombeiros no Brasil, em reunião no Distrito Federal, em julho de 2009, a Câmara

Técnica da Ligabom, em reunião ampliada, manteve como premissa para a

padronização de um um único sistema nacional de coleta e registros de dados de

incêndio, a utilização de software livre, que pudesse ser operado e melhorado pelo

pessoal de TI das próprias Corporações de Bombeiros nos respectivos estados, após

treinamento, evitando, desse modo, que ele se torne obsoleto ou desatualizado por

falta de verba para manutenção, customizações ou atualizações. Essa proposta foi

apresentada pelos oficiais aos comandantes no fórum da Ligabom.

Durante a referida reunião, os Comandantes optaram por adotar como padrão

nacional o sistema E-193, desenvolvido pelos profissionais de TI do Corpo de

Bombeiros de Santa Catarina, por suas múltiplas funcionalidades. Nesse sentido, o

Projeto Brasil Sem Chamas passaria a apoiar a implantação do E-193 nos demais

estados, uma vez que essa foi a decisão da Ligabom, embora ainda estivesse à

disposição dos interessados o sistema de registros desenvolvido pelo INT. Entretanto,

ainda seria necessária uma verificação da situação da infraestrutura de TI das

corporações de Bombeiros em todos os estados.

Visando ao cumprimento da Meta Física 3: Continuidade da 1ª Etapa  – 

implantação do Observatório Tecnológico: iniciar a operação do Observatório com,

pelo menos, dois Corpos de Bombeiros, considerando o sistema único nacional de

coleta e tratamento de dados o projeto Brasil Sem Chamas, além de apoiar a

realização do levantamento, da situação da infraestrutura de TI no Brasil, subsidiou a

ida do Major Bombeiro Militar Lázaro Santin, responsável pelo Desenvolvimento de

Tecnologia da Informação do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina aos

estados de Sergipe e Piauí, para implantação do Sistema E-193, e treinamento das

equipes na operação do software. 

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 50/90 

assim como aos dados dos demais. Trata-se de um recurso interessante pois

permite que os gestores possam realizar análises. Informou que cada Estado tem

90 dias para enviar as informações, depois um período para retificar os dados e,

posteriormente, pode ter acesso aos dados dos outros Estados.” 

Por parte dos representantes da Câmara Técnica, na mesma ata:

“1...Foi sugerido que fossem criados centros separados, sugestão

refutada porque esta não representa os objetivos da política nacional de

segurança pública. (destaque dos autores) Em seguida, foi colocado, então, que

é preciso tomar medidas para que os centros sejam de fato integrados, não

apenas no nome, primando pelo seu aperfeiçoamento, de modo que os

profissionais trabalhem em conjunto, e não apenas no mesmo espaço físico, como

tem ocorrido... Apenas 04 Estados não possuem centros integrados.” 

Os oficiais da Câmara Técnica argumentaram que discussões anteriores sobre

as necessidades relacionadas aos sistemas para suas corporações tinham avançado

nos últimos anos e que eles gostariam elas fossem consideradas.

Definiu-se, então entre os participantes que seria criado Grupo de Trabalho

para:a) auxiliar na definição dos parâmetros do sistema de registro;

b) validar e incorporar o índice remissivo;

c) recuperar o processo de implementação da recomendação da Câmara

Técnica na incorporação dos relatórios de ocorrência e do formulário de

registro, assim como na emissão da certidão de ocorrência, entre outros.

Cabe ressaltar que a útlima reunião do grupo de trabalho que discute o padrão

mínimo nacional de registro para Bombeiros ocorreu nos dias 14, 15 e 16 de maio de

2012. E, segundo a Sra. Cecília Escobar, do Setor de Estatística do Ministério da

Justica, as informações, depois de consolidadas serão incorporadas ao sistema

nacional, processo que está em implementação e por isso ainda não se tem

informação sobre a segurança contra incêndio para disponibilizar.

Nesse cenário, considera-se que o compromisso de iniciar as operações do

Observatório Brasil Sem Chamas com, pelo menos, dois Corpos de Bombeiros,

utilizando um o sistema único de coleta e tratamento de dados, foi atendido pelos

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 51/90 

sistemas implantados em Santa Catarina e Sergipe e complementado pelo sistema doCorpo de Bombeiros do Paraná. Conforme mostram as figuras 5, 6 e 7 a seguir:

Figura 5  – Página do site do Corpo de Bombeiros do Paraná

 Após a implantação do Sistema E-193, o estado de Sergipe passou a emitirrelatórios anuais de ocorrências e a disponibilizá-los em sua página da internet. Os

relatórios demonstram o nível de detalhamento oferecido pelo sistema. No Anexo D

encontra-se o relatório de ocorrências do estado de Sergipe referente às ocorrências

atendidas em 2011.

Outra fonte utilizando o mesmo sistema de registro de dados de Bombeiros está

em funcionamento no estado de Santa Catarina, para apoiar a operação, foram

enviados para o Departamento de Desenvolvimento de TI da Corporação

equipamentos do Projeto Brasil Sem Chamas.

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 52/90 

Figura 6  – Página do site do Corpo de Bombeiros de Sergipe 

Fonte: Portal do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe 

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 53/90 

Figura 7  – Site do Corpo de Bombeiros de Santa CatarinaFonte:  Portal do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina

<http://www.cb.sc.gov.br>. Acesso em 25/03/2012

Merece destaque o fato de que antes do Projeto Brasil Sem Chamas, eram

praticamente inexistenes dados e estatísticas estaduais sobre incêndio e demais

ocorrências. Atualmente, já são encontrados dados disponíveis nos sites dos Corpos

de Bombeiros de Sergipe, Piauí, Paraná, Santa Catarina e Tocantis, conforme

exemplos no Anexo D.

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 54/90 

7 META FÍSICA 3: ESTRUTURAÇÃO DA REDE NACIONAL DEINFORMAÇÕES COMPOSTA PELOS PROFISSIONAIS E ENTIDADESPÚBLICAS E PRIVADAS QUE ATUAM NA ÁREA.

O Observatório Brasil Sem Chamas deve ter as características de um sistema

em rede, com vínculos operacionais estabelecidos com subsistemas regionais, que por

sua vez estarão integrados à rede de coleta de dados. A figura abaixo explicita melhor

esta configuração.

Figura 8  – Estrutura da rede de coleta de dados

Fonte: Relatório Técnico 113 250-205, Anexo A

Conforme descrito no Relatório Técnico 113 250-205, Anexo A, o 1º nível do da

estrutura do Observatório deve coordenar e centralizar as atividades de coleta, bemcomo tratar estatisticamente e validar os dados e informações e disponibilizar os

resultados, via web.

No 2º nível do sistema, estão os subsistemas regionais, que devem intermediar

as relações entre os níveis 1 e 3, bem como realizar o primeiro tratamento e análise

dos dados e informações oriundos das fontes originais.

E no 3º nível, temos a rede de coleta propriamente dita, com a função de

monitorar e encaminhar as informações de interesse ao Observatório.

Representam entidades que podem fazer parte do 3° nível entidades como:

SENASP  –  Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão ao qual compete

SISTEMA 

SUBSISTEMA 

REDE DE COLETA 

1° Nível 

3° Nível 

2° Nível 

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 55/90 

“implementar, manter e modernizar o Sistema Nacional de Informações de Justiça eSegurança Pública – INFOSEG”, atual “mantenedor” dos dados referentes a incêndios

registrados pelos corpos de bombeiros em todo território nacional; Corpos de

Bombeiros Militares/ Liga Nacional dos Bombeiros Militares  –  Ligabom  – 

tradicionalmente responsáveis por questões relacionadas à segurança contra incêndio;

Sociedade Brasileira de Queimaduras  –  com a missão de “integrar, difundir

conhecimentos e trabalhar pelo aprimoramento do atendimento aos pacientes em

nosso país; FENSEG - Federação Nacional de Seguros Gerais - as seguradoras

participarão da classificação das cidades, visando a ampliação de implantação de

medidas preventivas; Biocana  –  Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e

Energia – participará na elaboração de normas de segurança específicas para a área e

na formação de redes visando a aplicação das melhores práticas, inclusive, na área do

petróleo; ABIEX - Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos Contra

Incêndio – é representante dos fabricantes dos produtos de segurança contra incêndio,

visando a ampliação e aprimoramento do programas setoriais da qualidade; ANP  – 

 Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis  –  na regulamentação e

normalização de processos e produtos específicos para segurança contra incêndio,

bem como na definição de padrões nacionais referentes à capacitação dos

profissionais da área seja em transportes, exploração, refino ou venda, tanto na

indústria do álcool quanto do petróleo; e SEDEC  – Secretaria Nacional de Defesa de

Civil  –  responsável pelo Sistema Nacional de Defesa Civil  – SINDEC, que agrega os

órgãos e entidades da administração pública federal, dos estados, do Distrito Federal e

dos municípios, as entidades privadas e a sociedade civil em todo território nacional.

Dados que serão tratados por expertises de diferentes formações e de

entidades afeitas à pesquisa e tratamento de dados: Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo, por sua experiência e história, a EPUSP principalmente

nos critérios referentes à construção civil, bem como em programas de educação

continuada; FAU- Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo, além de

atuar na capacitação e formação dos profissionais, participa na definição das normas

técnicas que garantam a segurança, especialmente em edificações e no meio urbano;IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis  – 

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 56/90 

através do Prevfogo, o IBAMA monitora e apresenta propostas para minimizar asqueimadas e incêndios em áreas florestais e rurais. INMETRO  – Instituto Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial  – atua no processo de acreditação de

profissionais, processos e produtos para a área; INT- Instituto Nacional de Tecnologia,

com sua expertise na área de pesquisa e gestão do conhecimento; UFRJ  – mantendo

a rede, poderemos usar a expertise dos profissionais dessa instituição na gestão da

informação tecnológica; ANP  –  Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis – apoio na regulamentação e normalização de processos e produtos

específicos para segurança contra incêndio, bem como na definição de padrões

nacionais referentes à capacitação dos profissionais da área seja em transportes,

exploração, refino ou venda, tanto na indústria do álcool quanto do petróleo e

finalmente a ABNT  – Associação Brasileira de Normas Técnicas, coordenando esse

trabalho, organizando e mobilizando a rede.

Figura 8  – A Rede Brasil Sem Chamas - Estrutura no Observatório 

Fonte: Relatório Técnico 113 250-205, Anexo A. 

No Brasil e no exterior, de modo geral, os Observatórios em seus sítios na

internet apresentam as informações de modo estático, na forma de relatórios

estatísticos, não permitindo interação com os usuários e interessados.

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 57/90 

No caso do Observatório Brasil Sem Chamas, pretende-se que os usuáriospossam ter acesso às informações referentes à segurança contra incêndio (produtos,

normas, número de incêndios, etc.) e ainda aos indicadores, definidos pela rede de

especialistas, e às respectivas análises comparativas para cada indicador disponível,

por região, por estado ou distrito, com diferentes opções de consultas e possibilidade

de download de tabelas com seus dados completos, em Excel e BrOffice, ou

tecnologia mais em uso à epoca de sua implantação.

Para tanto, o Observatório contará com uma ferramenta, que passará por

adequações para atender às especificidades da área de segurança contra incêndio.

Uma ferramenta similar a que foi desenvolvida para o ‘Observatório Nossa São Paulo1’,

com o objetivo de definir e monitorar indicadores de qualidade de vida na Cidade de

São Paulo, e encontra-se em operação há mais de quatro anos.

O Observatório Brasil Sem Chamas, pretende conformar-se em referência

nacional, com uma base sólida para a área de segurança contra incêndio, atendendo

aos diferentes segmentos da segurança contra incêndio, meio acadêmico, imprensa e

sociedade civil oferecendo informações confiáveis, sendo, portanto, um veículo de

integração e interação entre o poder público, o cidadão e o setor produtivo, além de

disponibilizar, integralmente, os resultados dos estudos realizados nas duas primeiras

etapas do projeto.

8 META FÍSICA 4: PROPOSIÇÃO DO MARCO LEGAL PARA A ÁREAAPRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA 1ª ETAPA DO ESTUDO EAVALIAÇÃO DESSES JUNTO ÀS ENTIDADES DA ÁREA ENVOLVIDASCOM O ASSUNTO

Com relação ao assunto Proposição do Marco Legal para a área de segurança

contra incêndio, conforme já exposto em relatórios anteriores, uma das conclusões

mais importantes do projeto Brasil Sem Chamas, diz respeito à necessidade de se

criar uma Coordenação Nacional para a área de segurança contra incêndio, que tenha

como principal objetivo promover maior uniformização das regulamentações existentes

1 A ferramenta encontra-se disponível no site daquele Observatório.

<http://www.nossasaopaulo.org.br/observatorio/index.php?secao=apresenta>. Acesso em 23/11/2012. 

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 58/90 

e, consequentemente, melhor uniformização e integração entre os órgãos que atuamdiretamente ou, que de alguma forma, acabam impactando, com as suas ações e

regras estabelecidas na área.

Para tanto, apresenta-se uma proposta bastante interessante, em formato de

projeto de lei, para execução de atividades de defesa civil. concernentes à segurança

contra incêndio. Cumpre esclarecer a necessidade de tal projeto de lei, uma vez que,

na Constituição Federal está previsto, em seu Art. 144, § 5º, que aos Corpos de

Bombeiros Militares “ além das atribuições definidas em  lei, incumbe a execução de

atividades de defesa civil”, porém não especifica exatamente quais são tais atividades

de defesa civil. Portanto, há uma lacuna importante na Constituição Federal que

precisa ser suprida, de modo a tornar explícitas quais são as atividades de defesa civil

constitucionalmente estabelecidas para os bombeiros.

Concomitantemente, neste projeto de lei, esta embutida a proposta para a

constituição da Coordenação Nacional mencionada, ou seja, propõe-se a criação de

um órgão nacional que, inicialmente, denominou-se como CONASI - Conselho

Nacional de Segurança contra Incêndio.

Entendeu-se que tal conselho poderia atuar de forma mais ampla se ficasse

ligado à Secretaria Nacional de Defesa Civil  –  SEDEC, do Ministério da Integração

Nacional, já que esta Secretaria, tradicionalmente atua acionando diversos setores e

entidades públicos e privados em situações de emergência.

Também, achou-se mais conveniente, para a agregação e colaboração efetiva

dos diversos membros que comporão o CONASI, que este conselho tivesse

competências consultivas, normativas e de orientação, relativas aos assuntos no

âmbito da área de segurança contra incêndio.

Propos-se, ainda, que a composição deste conselho fosse no total de vinte e um

membros, representativos das entidades ou dos órgãos mais relacionados com a área

de segurança contra incêndio. Assim, garante-se o atendimento dos interesses de

todos e, fundamentalmente, alcança-se um nivel de harmonização mais adequado

para as regras técnicas estabelecidas na área de segurança contra incêndio.

Em resumo, através desta futura Lei estariam sendo definidas, claramente,quais são as atividades de Defesa Civil de competência dos Corpos de Bombeiros e,

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também, com enorme importância e necessidade, seria criado o CONASI, cuja funçãoprecípua será articular os diversos órgãos que, direta ou indiretamente, atuam na área

de segurança contra incêndio. A proposta do projeto de Lei em questão, encontra-se

apresentada na íntegra, no Anexo E deste relatório e, inclusive, já em formato de

Projeto de Lei, pois visa-se o seu encaminhamento ao Congresso Nacional para

seguir os trâmites normais para sua avaliação e futura aprovação.

Outro assunto que foi discutido e considerado extremamente grave, diz respeito

a falta de serviços de bombeiros em, praticamente, 90% dos municípios brasileiros.

Neste sentido, foi destacada como unanimidade, pelas entidades e profissionais

participantes do projeto, a priorização de se implementar ações que resultem na

ampliação do número de cidades atendidas por serviços de bombeiros,ou seja, que

disponham de seus próprios postos de bombeiros. Assim, diminuindo-se o tempo de

resposta dos bombeiros e, consequentemente, aumentando as possibilidades de

sucesso no desenvolvimento de suas atividades vinculadas às situações de

emergência de maneira geral.

Cabe aqui destacar que, além dos atendimentos às emergências, outras

atribuições de responsabilidade dos bombeiros são também de fundamental

importância, como: a realização de atividades de aprovação de projetos, fiscalização e

vistorias periódicas, garantir que as edificações encontram-se em condições

adequadas de segurança, ou seja, estas últimas correspondem a ações preventivas,

as quais serão realizadas efetivamente quando a cidade dispõe de serviços de

bombeiros e a autoridade local exige, compulsoriamente, o cumprimento das

regulamentações de segurança contra incêndio existentes.

Portanto, a falta de serviços de bombeiros na grande maioria dos municípios

brasileiros representa um fator que compromete decisivamente a segurança da

população local, pois os bombeiros atuam diretamente nas ocorrências de incêndios,

combatendo e resgatando vítimas, assim como, em outras situações diversificadas de

emergências, prestando algum tipo de ajuda e socorro às vítimas. Portanto, a presença

de bombeiros na cidade representa um fator decisivo para se considerar a estrutura

pública local adequadamente preparada para prestar um serviço essencial à sua

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 60/90 

população, tanto pensando em casos isolados de vítimas como, também, em situaçõesde emergência mais graves envolvendo a coletividade local.

Em princípio, propõe-se, como ideal, que todos os municípios acima de 20.000

habitantes disponham de serviços de bombeiros próprios, de modo a se conciliar com

o Artigo 182, § 1º da Constituição Federal, que estabelece a obrigatoriedade de

planos diretores como instrumento básico de política de desenvolvimento e de

expansão urbana para estes municípios. Entende-se, portanto, que as questões de

segurança contra incêndio também deveriam ser contempladas na elaboração desses

planos diretores.

Na Tabela 11, a seguir, estão apresentados os resultados dos estudos

desenvolvidos no âmbito do projeto, relativos à quantidade de municípios, por estado,

que dispõem de serviços de bombeiros e a somatória destes municípios, perfazendo o

total de somente 11% para o Brasil,conforme pode-se ver:

Tabela 11  – Municípios Brasileiros com presença de OBM - Organização Bombeiro Militar  

ESTADOMunicípios

(total)

Municípios comOBM

A.Brasil/IBGE(%)

Municípios comOBM

Projeto BSC(%) Diferença Área (km2)

 AC 22 3 13,64 2 9,09 1 152581,39

 AL 102 6 5,88 8 7,84 -2 27767,66

 AM 62 4 6,45 2 3,23 2 142814,59

 AP 16 3 18,75 2 12,50 1 1570745,68

BA 417 13 3,12 17 4,08 -4 564692,66

CE 184 13 7,06 15 8,15 -2 148825,60

DF 1 1 100 1 100,00 0 5801,94

ES 78 8 10,26 9 11,54 -1 46077,52

GO 246 27 10,97 46 18,70 -19 340086,70

MA 217 3 1,38 4 1,84 -1 331983,29

Continua... 

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cidade será necessário o investimento de recursos financeiros significativos e,portanto, a questão precisa estar incluída nas ações priorizadas pela autoridade local.

Nos estudos iniciais que foram realizados no projeto, pôde-se constatar que

prevale no Brasil a categoria de bombeiros militares, mas verificou-se que há diversos

municípios, especialmente nos estados do sul do país e em São Paulo, em um total

aproximado de 70 municípios, que contam com serviços de bombeiros civis, ou seja,

compostos por profissionais voluntários e, também, contratados pelo poder local. Cabe

aqui destacar que os bombeiros civis ou voluntários atuam em diversos países há

muitos anos, assim como no Brasil, já que os bombeiros da Cidade de Joinville, em

Santa Catarina, são um referência de competência profissional e de dedicação à sua

comunidade por, aproximadamente, 120 anos.

Como este assunto precisa ser analisado em profundidade, considerando-se

todas as questões que podem impactar de alguma forma na qualidade de tais serviços,

restringiu-se a apenas apresentar os diversos tipos de bombeiros que já se encontram

em operação no Brasil e, assim, deixar registrado que há algumas alternativas

possíveis que poderão ser empregadas pelas autoridades municipais que se

interessarem em implantar os serviços de bombeiros em seus municípios.

O que se defende com unanimidade no projeto é a ampliação do número de

munícipios atendidos por bombeiros, sendo estes profissionais militares ou civis, já que

o importante, de fato, é garantir a qualificação destes profissionais e,

consequentemente, dos serviços que serão prestados às comunidades. Neste sentido,

propõe-se, na sequência, algumas ações que colaboram na organização da formação

e treinamento destes profissionais.

Com relação à capacitação dos bombeiros militares foi proposto pela LIGABOM

adotar os procedimentos estabelecidos na Matriz Curricular Nacional para a formação

dos profissionais da área de segurança pública, a qual foi elaborada no âmbito da

SENASP-Secretaria Nacional de Segurança Pública do MJ- Ministério da Justiça e alí

estão também incluídas as orientações para a formação dos profissionais bombeiros.

 A Matriz Curricular citada expressa um conjunto de componentes a serem

combinados na elaboração dos currículos específicos dos profissionais da área desegurança pública, onde se incluem os bombeiros militares. Nesta proposta são

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 63/90 

respeitadas as diversidades regionais, sociais, econômicas, culturais e políticasexistentes no Brasil e os currículos, os processos de ensino e aprendizagem e todas as

ações formativas deverão priviligiar os seguintes tópicos:

a) o foco no processo de aprendizagem;

b) a construção de redes do conhecimento que promovam a integração, a

cooperação e a articulação entre diferentes instituições;

c) as diversas modalidades de ensino;

d) os diferentes tipos de aprendizagem e recursos;

e) o desenvolvimento de competências cognitivas, operativas e efetivas;

f) a autonomia intelectual e

g) a reflexão antes, durante e após as ações.

Conforme exposto na proposta da Matriz Curricular os currículos os programas

das atividades formativas devem ser compostos por um núcleo comum (básico) e uma

parte específica. Sendo o núcleo comum recomendado pelo Ministério da Justiça, por

intermédio da SENASP, e deve ser composto por disciplinas que congreguem

conteúdos conceituais, procedimentais (habilidades técnicas, administrativas,

interpessoais, políticas e conceituais) e atitudinais, cujo objetivo é a garantia de

unidade de pensamento e ação dos profissionais da área de segurança pública.

 As disciplinas que compõem a malha curricular do núcleo comum e suas cargas

horárias devem constar das malhas curriculares dos centros de ensino, observado o

foco que se fizer necessário para atender a atividade formativa a que se destinam, no

caso que aqui se trata, para os profissinais bombeiros. Serão aceitas disciplinas com

nomenclatura e ementa diferentes, porém, equivalentes, desde que justificada a

equivalência. Todos os conteúdos expressos das disciplinas do núcleo comum devem

compor os currículos dos cursos de formação de qualquer centro de ensino da área de

segurança pública e, portanto, dos bombeiros.

 A parte específica deverá deverá ser elaborada pela equipe de supervisão

integrada de cada estado em conjunto com as instituições envolvidas, observados os

perfis profissiográficos e as competências e habilidades existentes na Classificação

Brasileira de Ocupações  –  CBO, disponível em <http://www.mtecbo.gov/busca.asp>,elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A parte específica deverá ser

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d) definição de linhas de pesquisas e o desenvolvimento de trabalhos deconclusão de cursos, monografias e artigos científicos para difusão do

conhecimento em parceria com órgãos de defesa do meio ambiente, peritos

da polícia e de defesa civil.

Tanto a Matriz Curricular Nacional para as ações formativas dos profissionais da

área de segurança pública, quanto a proposta da LIGABOM para Capacitação de

Bombeiros Militares, estão apresentadas na íntegra no Anexo G.

9 META FÍSICA 4: PROPOSIÇÃO DO MARCO LEGAL PARA A ÁREA -

PROPOSIÇÃO DE UM ORDENAMENTO PARA A LEGISLAÇÃO

ESPECÍFICA DA ÁREA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Com base nas discussões havidas entre as entidades participantes do projeto,

concluiu-se que, sem sombras de dúvida, há a necessidade imperiosa de se buscar

uma melhor organização para a regulamentação da área de segurança contra

incêndio, em nivel nacional.O desenvolvimento de tal processo se reveste de grande complexidade, por

envolver diversas entidades, tanto públicas quanto privadas, inclusive, com

preocupações distintas, já que algumas são mais preocupadas com a vida humana,

enquanto outras focam mais a segurança do seu patrimônio e bens materiais e outras,

ainda, tem como missão a preservação do meio ambiente. Consequentemente,

concluiu-se que o sucesso, dessa hercúlea tarefa, será alcançado se for capitaneado e

organizado por uma entidade capaz de, efetivamente, congregar técnica epoliticamente tais entidades, considerando o máximo possível, os interesses de cada

uma, porém, mantendo-se o foco na meta principal que é buscar um ordenamento

legal para a área de segurança contra incêndio.

Neste sentido, o CONASI corresponde à entidade mais adequada para

desempenhar este importante papel de articulação, pois, na sua composição, foram

incluidos estrategicamente os órgãos mais envolvidos e interessados com as

regulamentações técnicas e legais da área.

Portanto, a atividade primordial a ser desenvolvida inicialmente pelo CONASI

será a elaboração de um Código Nacional de Segurança contra Incêndio, tratando, em

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 66/90 

um primeiro momento, de questões absolutamente técnicas para, assim, estabeleceruma orientação básica para a área, aceita em comum acordo, em nivel nacional.

Este conjunto de normas técnicas, que também poderá ser denominado de

Código Nacional de Segurança contra Incêndio, consubstanciará o marco legal, capaz

de garantir um nivel mínimo aceitável de segurança contra incêndio onde for aplicado

e, consequentemente, se constituirá em uma referência técnica para ser utilizado pelos

órgãos que têm a atribuição de emitir algum tipo de regulamentação relacionada à

área.

Salienta-se que sua adoção será voluntária, de modo a se respeitar as

atribuições e competências legais de cada entidade ou órgão da federação. No

entanto, automaticamente, ficará implícito que não será considerado normal caso

algum órgão, eventualmente, estabelecer regras com um nivel técnico inferiror ao o

que nacionalmente foi preconizado em acordo. Ainda, como agravante, na ocorrência

de um sinistro, com consequentes vítimas ou perdas materiais, a entidade que agiu

desta forma, fatalmente teria que se justificar para não ser responsabilizada por tal

atitude.

Conforme mencionado, a tarefa de articulação entre as diversas entidades

requererá um esforço considerável e capacidade de mobilização por parte da SEDEC,

entidade que esta sendo proposta para coordenar este processo. Neste sentido, as

atividades deste Conselho deverão ser desenvolvidas com base em regras

transparentes e em um ambiente que propicie a participação de todos os interessados,

permitindo que estes se sintam completamente livres para apresentarem as suas

necessidades e preocupações. Desta forma, se sentirão efetivamente partícipes e, ao

mesmo tempo, responsáveis pelo documento que estará sendo elaborado.

O ambiente ou entidade que mais se coaduna a essas características, tendo

regras e princípios que viabilizará a participação ampla dos interessados e dos

especialistas técnicos da área, sem dúvidas será a Associação Brasileira de Normas

Técnicas, pois se trata do único fórum nacional de normalização oficialmente

reconhecido e onde se busca a unificação do entendimento técnico a nivel nacional.

Cabe destacar que, somando-se a isto, ao final deste importante trabalho, o seuresultado será a emissão de um conjunto de resoluções técnicas de segurança contra

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 67/90 

Incêndio em formato de uma Norma Brasileira que, como princípio, já passará a seruma referência técnica nacional e que poderá ser adotada por todos os interessados e

todas as entidades que possuem a atribuição de regulamentar, de alguma forma, as

atividades desenvolvidas na área de segurança contra incêndio.

Portanto, confia-se que dessa forma será dado o passo inicial e mais importante

para conseguirmos alcançar um ordenamento, em termos de regulamentação técnica,

para a área de segurança contra incêndio, o que facilitará sobremaneira a atuação de

todos os profissionais que atuam nesta área e, similarmente, harmonizará e, também

facilitará, o desenvolvimento das atividades dos órgãos que possuem autoridade legal

para regulamentar e fiscalizar a qualidade dos serviços e dos produtos disponibilizados

no mercado brasileiro.

10 Meta Física 5: Estudo dos meios rural, florestal e petroquímico -

Realização do diagnóstico para a definição dos fatores críticos dos

meios rural, florestal e petroquímico.

Com relação aos meios rural e florestal foi desenvolvido um estudo bastante

aprofundado pelo Corpo de Bombeiros de Brasília e pelo IBAMA, o qual está

apresentado no Anexo J.

Nesse estudo consta o diagnóstico dos incêndios florestais que foi

sistematizado a partir de coleta das informações que foram possíveis de se obter em

todo o país. Vários aspectos foram abordados, como: biogeografia, legislação, efeitos

dos incêndios florestais nos setores de transporte aéreo e transmissão de energiaelétrica, ocorrências em áreas protegidas (unidades de conservação e áreas

indígenas) e empresas de base florestal, inclusive, contém estudos de caso de

incêndios florestais que ocorreram no território nacional.

Merece ser destacado o fato de ter havido a participação da equipe do projeto

Brasil Sem Chamas no 5º Simpósio sul –americano sobre o controle dos incêndios

florestais, cuja programação também encontra-se apresentada no Anexo J.

Este simpósio constituiu-se em uma importante oportunidade para se apresentar

e discutir, de forma mais abrangente, as ações e as propostas do projeto Brasil Sem

Chamas, pois contou com as participações de várias entidades e especialistas

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 68/90 

internacionais da área florestal, possibilitando o estreitamento das relações entre essasentidades e profissionais e a Coordenação do Projeto Brasil Sem Chamas, destaca-se,

de modo significativo, a aproximação com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

- INPE, que culminou com a efetiva participação daquela entidade no projeto, tanto

como colaboradora quanto como fornecedora de informações metereológicas e dados

estatíscos sobre os focos de incêndios identificado por satélites em todo território

nacional. Portanto, pode-se concluir que o projeto Brasil Sem Chamas foi muito bem

aceito pelos participantes daquele evento, inclusive, sendo percebido como uma

possível iniciativa de referência para ser implementada em outros países.

 A seguir, estão tratados assuntos específicos do meio petroquímico,

envolvendo também o setor de álcool em alguns aspectos.

O diagnóstico das questões relacionadas à área de segurança contra incêndio

nos meios petroquímico e do álcool, foi feito consesuado em um workshop que contou

com a presença de cinquenta especialista brasileiros e internacionais, bem como de

representantes da ANP- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis, da empresa Petrobrás  – Petróleo Brasileiro S.A. e do IBP  –  Instituto

Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, que resultou na obtenção valiosa de

informações sobre esse segmento.

 A ANP, implantada pelo Decreto nº 2455, em 14 de janeiro de 1998, é o órgão

regulador das atividades que integram a indústria do petróleo e gás natural e a dos

biocombustíveis no Brasil. Autarquia federal, vinculada ao Ministério de Minas e

Energia é responsável pela execução da política nacional para o setor energético do

petróleo, gás natural e biocombustíveis, de acordo com a Lei do Petróleo nº 9478 de

1997.

 A Coordenadoria de Segurança Operacional  –  CSO é o órgão de atuação

transversal no organograma da ANP que trata dos assuntos relacionados à segurança

operacional da indústria do petróleo e, nesse sentido, representou a ANP junto ao

projeto Brasil Sem Chamas.

 As Portarias e Resoluções da ANP estabelecem como pré-requisitos para a

construção, operação e ampliação das instalações o atendimento das legislações dosCorpos de Bombeiros estaduais. Como resultado, ocorrem divergências em relação

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 70/90 

trabalho desenvolvido por 42 Comissões, Subcomissões e Comissões ad-hoc, nasquais participaram, voluntariamente, mais de 950 profissionais, entre executivos e

especialistas da indústria, instituições científicas, órgãos do governo e associações

congêneres. Através de sua Gerência de Normalização são coordenadas as atividades

de normalização desenvolvidas pela ONS 34  – Organismo de Normalização Setorial,

no âmbito da ABNT. Alí são elaboradas as normas brasileiras em 5 áreas do setor de

petróleo, distribuídas por Comissões de Estudo que coordenam o desenvolvimento

destas atividades de normalização, considerando-se fundamentalmente as

necessidades do setor, a realidade industrial do pais e as normas internacionais

correspondentes.

Portanto, pode-se concluir que o meio petroquímico possui uma base normativa

de bom nivel técnico, tendo como referência requisitos técnicos de padrões

internacionais. No entanto, conforme já mencionado, devido ao fato de parte

considerável das instalações industriais estarem submetidas a requisitos técnicos

estabelecidos a nivel estaduais, ou seja, pelos Corpos de Bombeiros, onde não há

padronização destes requisitos, resulta na necessidade de se implementar ações no

sentido de se buscar parâmetros técnicos mais homogênios e, com isto, se alcançar

um patamar de segurança mais elevado para todas as instalações do setor

petroquímico no território naional. No Anexo L estão apresentados todos os

documentos que foram utilizados para o estudo deste setor.

Quanto ao setor de àlcool, constatou-se que há uma enorme carência de

regulamentações e normalizações técnicas, qualificação de produtos e de sistemas e

de capacitação de profissionais, o que compromete, significativamente, as condições

de segurança contra incêndio deste setor.

 As normas em nivel internacional também são em número bastante reduzido,

em virtude de ser um setor que ainda não está organizado com relação à segurança

contra incêndio e, consequentemente, precisa de investimentos consideráveis de

recursos financeiros e humanos para a estruturação de um arcabouço legal e técnico

que vise à promoção da melhoria técnica para alcançar, preferencialmente, o mais

urgente possível, um nivel adequado de segurança contra incêndio em suasinstalações.

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 71/90 

Com o objetivo consensuar e consolidar o diagnóstico que se encontrava emconstrução e discutir, de forma mais aprofundada, diretamente com especialistas em

segurança contra incêndio nos meios petroquímico e do àlcool, foi realizado, no IPT,

um workshop denominado: Segurança contra Incêndio das Indústrias do Petróleo e do

 Álcool.

Contou-se, neste evento, com as participações de, aproximadamente, 50

profissionais que atuam em importantes entidades representantes desses setores,

incluindo um profissional com reconhecimento técnico e atuação internacional.

Portanto, foi possível se obter uma avaliação ampla e com muita propriedade,

respaldada nas experiências técnicas e de mercado dos profissionais presentes.

 A partir das discussões havidas no  workshop  foi possível relacionar os

principais problemas existentes nos setores do petróleo e do álcool e,

concomitantemente, foram propostas e acordadas algumas ações estratégicas que, no

entendimento dos profissionais participantes, são potencialmente capazes de contribuir

para a solução dos problemas identificados. Tais propostas estão apresentadas no

item 12 deste Relatório.

11 META FÍSICA 5: ESTUDO DOS MEIOS RURAL, FLORESTAL E

PETROQUÍMICO - LEVANTAMENTO DOS DADOS ESTATÍSTICOS

DISPONÍVEIS E DA REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFICA DOS MEIOS

RURAL, FLORESTAL E PETROQUÍMICO

Conforme apresentado no item anterior, com relação aos meios rural e florestalfoi desenvolvido um estudo bastante aprofundado pelo Corpo de Bombeiros de Brasília

e pelo IBAMA, o qual está apresentado no Anexo J. Nesse estudo constam os dados

estatísticos disponíveis em nivel nacional, à época, e as informações sobre a

regulamentação dos meios rural e florestal.

Com relação aos meios petroquímico e do álcool foi realizado um grande

esforço para a obtenção de dados estatíscos e de informações que pudessem

subsidiar o desenvolvimento de um diagnóstico e a elaboração de propostas para amelhoria desses setores. Cabe aqui destacar a importância de se suprir essa lacuna

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 72/90 

com urgência, pois informações sobre, por exemplo: o número de incêndios, suascausas, os prejuizos materiais e número de vítimas, o funcionamento efetivo ou falha

dos equipamentos, a atuação dos brigadistas e demais profisionais, as consequências

ao meio ambiente, etc, são informações impressindíveis para orientar a tomada de

decisões e, consequentemente, a implementação de ações que visem à melhoria da

segurança contra incêndio desses setores.

Ciente da necessidade, a ANP tomou a iniciativa de iniciar o estabelecimento de

procedimentos para a investigação de incidentes ocorridos em toda a indústria do

petróleo e, inclusive, está avaliando a necessidade da implantação de capacitação

laboratorial e corpo técnico para dar suporte às atividades de investigação de incêndio

mencionadas.

Portanto, registra-se o fato de não ter sido posível obter informações estatísticas

confiáveis para serem apresentadas neste Relatório. Mas, por outro lado, sem dúvida,

ficou patente a necessidade de se adotar algumas providências para a solução urgente

deste problema, conforme destacado dentre as proposições e ações estratégicas para

os meios rural, florestal e petroquíco que encontram-se apresentadas no próximo item.

12 META FÍSICA 5: ESTUDO DOS MEIOS RURAL, FLORESTAL E

PETROQUÍMICO - PROPOSIÇÃO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA OS

MEIOS EM QUESTÃO, ADERENTES AO PROGRAMA NACIONAL DE

FOMENTO À ÁREA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Conforme apresentado no item 10, com relação aos meios rural e florestal foidesenvolvido um estudo bastante aprofundado pelo Corpo de Bombeiros de Brasília e

pelo IBAMA, o qual está apresentado no Anexo J. Neste estudo constam as

proposições de ações estratégicas para os meios rural e florestal.

Portanto, a seguir, serão tratadas as questões específicas do meio

petroquímico, envolvendo também o setor de álcool em alguns aspectos.

Conforme mensionado no item 10, foi realizado, no IPT, um workshop 

denominado: Segurança contra Incêndio das Indústrias do Petróleo e do Álcool, ondefoi possível se obter uma avaliação bastante aprofundada destes setores. Sendo

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 73/90 

que, a partir das discussões havidas neste workshop  foi possível relacionar osprincipais problemas existentes nos setores do petróleo e do àlcool e,

concomitantemente, foram propostas e acordadas algumas ações estratégicas que, no

entendimento dos profissionais participantes, são potencialmente capazes de contribuir

para a solução daqueles problemas. Dentre as propostas apresentadas encontram-se,

as que foram consideradas de maior relevância:

a) promover melhorias nas regulamentações técnicas, procedimentos e

diretrizes relativos à segurança das operações de exploração, refino,

produção e transporte, nas indústrias do álcool e do petróleo;

b) elaboração de exigências técnicas que possam ser adotadas como

referências para corpos de bombeiros atuarem de forma padronizada;

c) definir ações que promovam a ampliação da capacitação técnica dos

bombeiros, profissionais da Defesa Civil e profissionais do setor privado,

para atuação nas áreas do petróleo e do álcool;

d) fortalecer a atuação integrada dos bombeiros, profissionais da Defesa

Civil e da Agência Nacional do Petróleo;

e) ampliar o número de “redes” para atuar em situações de emergência

através das associações. Por exemplo, a ABIQUIM e a BIOCANA

poderiam mobilizar e promover a capacitação e a integração de

profissionais de diferentes empresas, formando grupos de estudo e

ajudando-se mutuamente em ocorrências;

f) estabelecer procedimentos para investigação de sinistros e implantar um

sistema informatizado sobre de tais ocorrências. Para o desenvolvimento

das investigações deverão ser definidas e implantadas novas

capacitações laboratoriais;

g) ampliar a participação de entidades e profissionais na rede que foi

constituida a partir do workshop, envolvendo, especialmente, os

pertencentes das atividades de transporte de petróleo, álcool e de seus

derivados;

h) considerar como modelos referenciais para o país, a experiência e osprocessos técnicos empregados pela Petrobras para avaliação de

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 74/90 

fornecedores de produtos e serviços, os quais utilizam normasespecíficas internas da companhia e, também, as normas brasileiras da

 ABNT;

i) estimular a participação de empresas como a Petrobras, Braskem e

Usinas de Álcool na elaboração e revisão das normas brasileiras da

 ABNT que sejam afins, de modo que tais normas contemplem suas

necessidades e, assim, diminuam a necessidade de elaborarem suas

próprias normas relacionadas à área de segurança contra incêndio. Um

exemplo recente e representativo deste procedimento foi a adoção da

NBR 15511:2008 de LGE e o consequente cancelamento da

correspondente norma interna da Petrobrás;

 j) definição de um plano de normalização para os produtos, profissionais e

serviços para as áreas de petróleo e álcool;

k) definir quais produtos, profissionais e serviços deveriam prioritariamente

ser submetidos a Programas de Avaliação da Conformidade do

INMETRO;

l) definição de requisitos técnicos de referência para o meio segurador,

garantindo que estes sejam compatíveis com as regulamentações das

autoridades públicas competentes;

m) ampliação das capacitações laboratoriais voltadas especificamente para

as necessidades tecnológicas das empresas do petróleo e do álcool e,

inclusive, para desenvolveremconjuntamente atividades de pesquisa e

inovação tecnológica;

n) criação de sistemas padronizados e integrados de registros de

ocorrências;

o) criação de mais unidades de emergência na área do petróleo e álcool,

envolvendo as participações conjuntas dos bombeiros e brigadistas das

próprias empresas;

p) realizar acordos que permitam a disponibilização de normas técnicas do

 ABNT/CB 24 sem custos para as empresas, a exemplo do processo quefoi implementado pelo Ministério do Turismo junto à ABNT.

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 Analisando-se, portanto, as propostas que foram apresentadas e acordadas noworkshop, pode-se concluir que há diversas ações que precisam ser implementadas,

quer no setor de petróleo quanto no do álcool. Para tanto, cada uma das propostas

necessitará ser estudada de forma pormenorizada, envolvendo os respectivos

interessados, com o objetivo de se constituir um plano de ação que seja efetivamente

colocado em prática.

Todo o material técnico apresentado no workshop,  a ata contendo a sua

programação, a lista dos participantes, bem como, as palestras e discussões

realizadas que foram gravadas em um cd, encontram-se apresentados no Anexo K.

13 META FÍSICA 6  –  PROGRAMA NACIONAL BRASIL SEM CHAMAS -

CONSOLIDAÇÃO DAS CONCLUSÕES OBTIDAS A PARTIR DOS

ESTUDOS REALIZADOS

 As conclusões obtidas, a partir dos estudos realizados, estão apresentadas de

forma detalhada nos seus respectivos itens dos diversos relatórios que já foramemitidos. No entanto, a seguir, estão apresentadas as conclusões consolidadas, mais

significativas, que foram obtidas no âmbito deste projeto.

Seguiu-se uma forma de apresentação que correlaciona as conclusões às

Metas Físicas definidas no projeto, facilitando, assim, o entendimento de suas

vinculações aos assuntos específicos que foram estudados, conforme exposto na

sequência.

Com relação à Meta Física 1  –  Estudo aprofundado do diagnóstico eprognóstico realizados, pode-se destacar as conclusões relacionadas à:

a) criação de uma entidade responsável pela coordenação e implementação

das ações que compõem o Programa Nacional Brasil Sem Chamas,

considerada uma das ações de maior importância para o sucesso do

Programa. O objetivo primordial dessa entidade coordenadora será

promover maior padronização das regulamentações existentes e,

consequentemente, melhor uniformização e integração entre os órgãos que

atuam na área de segurança contra incêndio. De abrangência nacional,

esta entidade, inicialmente denominada de CONASI - Conselho Nacional

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 76/90 

de Segurança contra Incêndio, deveria ser coordenado pela SecretariaNacional de Defesa Civil  – SEDEC, do Ministério da Integração Nacional.

Propõe-se, ainda, que o Conselho seja composto por vinte e um membros,

representantes de entidades ou órgãos envolvidos com a área de

segurança contra incêndio. Desta forma, se pretende promover a

conciliação dos interesses desses membros e, fundamentalmente, alcançar

um nivel de harmonização mais adequado para as regras técnicas

direcionadas à área de segurança contra incêndio;

b) desenvolvimento de um sistema de informações, via web, para a área de

segurança contra incêndio, a ser operado pelo Observatório Brasil Sem

Chamas. Incluindo-se a estruturação de procedimentos nacionais

padronizados para a coleta e disponibilização de dados sobre incêndios dos

Corpos de Bombeiros;

c) ampliação e aprimoramento do desenvolvimento das atividades

investigativas das causas dos incêndios, incluindo a capacitação

profissional das equipes técnicas envolvidas nesse processo e na

implantação de capacitações laboratoriais, que darão suporte técnico e

tecnológico à realização dessas atividades;

d) realizar programas nacionais voltados à educação, visando à criação de

uma cultura de segurança contra incêndio, incluindo ações como:

elaboração e distribuição de cartilhas adequadas aos riscos de incêndio

presentes na região (meios urbano, florestal ou rural), palestras nas escolas

e comunidades e divulgação de informações, via web, especialmente

através do Observatório Brasil Sem Chamas.

Com relação à Meta Física 2  –  Proposição de ações de tecnologia

industrial básica, destacam-se as seguintes conclusões:

a) definição de políticas para a qualidade de produtos, equipamentos e sistemas

de proteção contra incêndio, visando à ampliação da competitividade da

indústria nacional nos mercados interno e externo. Para tanto, serãonecessários novos Programas Setoriais da Qualidade, que garantam a melhoria

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 77/90 

contínua, especialmente, dos produtos e serviços prioritariamente listados pelosetor nos workshops realizados no âmbito do projeto. Neste sentido, deve-se

implementar ações efetivas para incluir tais produtos e serviços em programas

como Qualincêndio, Qualinstal e outros que estejam vinculados ao CBAC  – 

Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade;

b) definição do plano de normalização técnica e de qualidade para a área, tendo

como referência o conjunto de normas sugerido pelo setor nos workshops 

realizados no âmbito do projeto. Os objetivos principais das normas são dar

suporte ao desenvolvimento de programas de avaliação da conformidade de

produtos, sistemas e serviços e, além disso, ampliar a integração da

normalização técnica como suporte das regulamentações existentes. Deve-se

considerar, consequentemente, o estabelecimento de mecanismos que

facilitem o acesso às normas técnicas brasileiras, a ampliação da adoção das

normas ISO como referência para as normas brasileiras e incentivar a

participação dos diversos setores nos processos de elaboração das normas

brasileiras;

c) desenvolvimento de ações que promovam a geração de inovações tecnológicas

na área de segurança contra incêndio, incluindo o aprimoramento de redes de

laboratórios e centros de pesquisas aplicadas, que dêem suporte tecnológico à

indústria, aos organismos de avaliação da conformidade e demais

infraestruturas prestadoras de serviços tecnológicos, objetivando o

desenvolvimento do mercado brasileiro e aumento da competitividade da

indústria nacional.

Com relação à Meta Física 3 – Implantação do Observatório Tecnológico,

destacam-se as seguintes conclusões:

a) concluir a estruturação e a implantação do Observatório Brasil Sem Chamas,

desenvolver e capacitar a equipe técnica que iniciará a operação do

Observatório, desenvolver o sistema de informações, via web,  definindo

sistemáticas nacionais para coletar e tratar os dados referentes a incêndios,vítimas, produtos, materiais, etc e produzir informações e estatísticas que

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normas brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Esclarece-se, entretanto, que, para esse fim específico, algumas normas ainda

precisarão ser elaboradas, de modo a complementar uma matriz curricular

mais adequada à formação de profissionais bombeiros civis.

Com relação à Meta Física 5  –  Estudos dos meios rural, florestal e

petroquímico, as conclusões são as seguintes:

a) conclusões referentes aos meios petroquímico e do álcool, ver nota 2;

b) elaboração de planos operativos contra os incêndios florestais, ou seja, a

definição de um conjunto de técnicas e ações sob medida para determinada

área, que devem se tornar instrumentos eficazes de gestão do território. Na

elaboração desses planos devem ser considerados fatores como: vegetação,

clima, hidrografia, práticas agrícolas, uso e ocupação do solo, além de

medidas de controle, combate e prevenção de incêndios;

c) elaboração de planejamento de combate aos incêndios florestais detalhado

que contemple ações estratégicas para vigilância da área, medidas

preventivas, recursos para aquisição e manutenção de equipamentos e

ferramentas, remuneração de mão de obra e formação de brigadas visando

à proteção dos recursos naturais, principalmente nas Unidades de

Conservação, produzido de maneira criteriosa de modo a antecipar a

ocorrência de incêndios;

d) definição de uma política de uso racional do fogo visando à erradicação ou

redução, de forma gradual, dessa prática nas áreas de domínio das redes de

transmissão de energia e, também, o uso de técnicas alternativas de controle

da vegetação sob estas redes sem o uso do fogo; uma vez que as

queimadas são a segunda maior causa de desligamentos de linhas de

transmissão elétricas;

Nota 2: as conclusões referentes aos meios petroquímico e do álcool encontam-se apresentadas

no Item 12 deste Relatório, portanto, entede-se como desnecessária a repetição. 

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e) desenvolver e implementar Planos Operativos de Prevenção e Combate aIncêndios Florestais, a exemplo do que é feito no Parque Nacional da

Chapada dos Veadeiros, que contemplem: educação ambiental dos

produtores do entorno sobre as práticas corretas de uso do fogo, o

estreitamento dos laços entre o IBAMA e a comunidade, através da

distribuição de cartilhas, de porta em porta, nas cidades vizinhas às unidades

de preservação; realização de palestras nas escolas; orientação da

contrução de aceiros nas regiões críticas do parque; instalação de sistemas

de rádio-comunicação na unidade; operacionalização das atividades de

monitoramento; diminuição do tempo de resposta aos incêndios; inibição da

entrada ilegal da população no parque; identificação de parceiros como

empresas, sindicatos de trabalhadores rurais, prefeituras, etc; e o incentivo à

população local na promoção da proteção do parque por meio da criação de

brigadas voluntárias;

f) implementar a utilização de meios eficientes de detecção de incêndios, com

a construção de torres de observação, em quantidade suficiente e

estrategicamente localizadas; realização de rondas nas áreas e construção

de vias de acesso a pontos remotos dos parques de conservação;

g) realizações de manutenção, limpeza e aceiros, bem como desenvolvimento

de programas de educação ambiental e de fiscalização específico para

Unidades de Conservação ou quaisquer áreas florestais inseridas em locais

de grande pressão antrópica, como fazendas de criação de gado e

agricultura, um vez que, elas representam um quadro de grande risco de

incêndio em decorrência de práticas agrícolas que ainda incluem o fogo

como principal ferramenta para o manejo da terra e de pastagens que,

quando empregado sem os devidos cuidados, pode se propagar para as

áreas vizinhas. São também muito preocupantes as áreas florestais que são

cortadas ou estão à margem de malhas viárias ou hidrográficas. Portanto, as

situações apresentadas são muito críticas e requerem ações eficientes;

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 81/90 

h) manter postos de bombeiros adequadamente equipados e o mais próximopossível das áreas florestais que sejam consideradas críticas, devido ao

histórico de ocorrências periódicas;

i) definir uma política nacional relacionada à utilização de madeira para

diversos fins e ao desmatamento com o objetivo de implantação de

pastagens e de monocultura que demandam alta intervenção antrópica em

áreas naturais, cujos resultados são a utilização indiscriminada e descuidada

do fogo como ferramenta de limpeza e de tratos culturais e,

consequentemente, uma grande quantidade de incêndios florestais;

 j) aprimorar o treinamento dos pilotos em simulações de incêndios e seus

efeitos nas correntes de ar, na visibilidade e demais fatores importantes

relativos à segurança de vôos, diante da situação de fumaça e outros

derivados dos incêndios florestais, considerados contribuintes para acidentes

aeronáuticos, conforme identificados neste estudo, inclusive, com vítimas

fatais;

k) implementação de convênios entre empresas de base florestal e os

municípios, onde seriam promovidas, conjuntamente, melhorias de

segurança contra incêndio através de um sistema básico de prevenção e

combate a incêndios, treinamentos recíprocos e continuados, alertas

conjuntos das ocorrências, programas de educação ambiental para

funcionários e para a população;

l) aprimorar e refinar os mecanismos de detecção de focos de calor como

instrumento de gestão estratégica de áreas. Atualmente os focos podem ser

detectados por satélites com precisão de localização de 1 km ou um pouco

menos e essas técnicas aliadas a sistemas de tomada de decisão devem ser

consideradas ações prioritárias na conservação das áreas florestais;

m) desenvolver e implementar uma doutrina básica de incêndios florestais por

meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP, direcionada à

formação e aperfeiçoamento de todos os bombeiros e demais profissionais

servidores da segurança pública, para os atendimentos aos incêndiosflorestais. E, ainda, aprimorar o desenvolvimento das atividades de

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 82/90 

investigação dos incêndios florestais, o registro e o tratamento de dadosrelacionados a eles, de modo a disponibilizar informações confiáveis que

subsidiem ações de melhorias nessa área;

n) incentivar a elaboração de Planos Operativos para as Áreas de

Conservação, que contribuam para a melhoria da estrutura dessas áreas, já

que contemplam vários parâmetros e informações sobre as condições

operacionais e institucionais para a prevenção e o combate a incêndios,

envolvendo especialmente, os Institutos do Ministério do Meio Ambiente

responsáveis pela Unidades de Conservação Federais e de prevenção e

combate aos incêndios florestais no Brasil, quais sejam: o Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade  – ICMBio e o Instituto Brasileiro

de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis  – IBAMA, sendo que

o IBAMA atua através do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos

Incêndios Florestais – PREVFOGO. Deve-se destacar que no Brasil há cerca

de 1200 áreas de conservação e somente 49 delas possuem planos

operativos.

14 META FÍSICA 6  – PROGRAMA NACIONAL BRASIL SEM CHAMAS -

PROGRAMA NACIONAL BRASIL SEM CHAMAS, ABORDANDO INFRA-

ESTRUTURA E AÇÕES DE TIB, ORDENAMENTO DA LEGISLAÇÃO,

CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E AÇÕES DE P&D

Os trabalhos desenvolvidos no âmbito deste projeto, considerando tanto a

primeira etapa relacionada ao diagnóstico da área de segurança contra incêndio, bem

como a segunda etapa, relacionada à proposição de solucões para os problemas

encontrados, tiveram como objetivo a apresentação de um conjunto de ações, as quais

se complementam e, de forma integrada, conformam um programa nacional para a

organização e o desenvolvimento da área de segurança contra incêndio que,

doravante, será denominado como Programa Brasil Sem Chamas.

Deve-se esclarecer, inicialmente, que todas as propostas apresentadas foramtratadas e justificadas, com maior amplitude, nas suas correspondentes partes deste

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relatório, assim como, de outros relatórios já emitidos no âmbito das duas etapas desteprojeto. Assim sendo, as propostas estão apresentadas de forma objetiva para,

inclusive, ficarem caracterizadas como assuntos específicos e relevantes que

consubstanciam o referido programa.

 As propostas que compõem o Programa Brasil Sem Chamas estabelecem o

balizamento para a área. Portanto, este programa deverá ser implementado a partir de

uma visão sistêmica, ou seja, considerando todas as interrelações e dependências

entre as diversas ações a serem realizadas, de modo que seja possível alcançar as

duas metas definidas, quais sejam:

a) redução de 50% do número de vítimas, tanto fatais quanto que sofrem

quaisquer tipos de injúria;

b) redução de 50% do número de incêndios e, consequentemente, as perdas

materiais, ambientais e sociais.

 A proposta de alcançar as metas definidas pelo programa em um prazo

equivalente a uma geração, se deve ao fato de que as ações aqui propostas devem

ser capazes de incorporar um conjunto de valores e regras a ser assimilado,

indivualmente, ao nível dos hábitos individuais e, de forma contínua, alcançar o nível

de comportamento de resposta da sociedade, até consolidar-se como um dos

elementos culturais, como ocorre em países como Japão e Estados Unidos, por

exemplo. Os hábitos aprendidos e compartilhados em sociedade duram por longo

tempo e mudanças, mesmo que cuidadosamente planejadas, demandam tempo.

É preciso produzir informações consubistanciadas que possam ser inseridas nos

elementos que compõem o processo de socialização, por seus principais meios

socializadores: a escola, família, a comunidade, o ambiente de trabalho, enfim em

todos os momentos de interação social, seja por campanhas e programas

educacionais voltados para esse fim. A exemplo da proposta do Corpo de Bombeiros

Militar do Estado de São Paulo, e das iniciativas de conscientizar, especialmente, as

crianças, por meio de campanhas direcionadas a esse público, que encontram-se no Anexo H.

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 84/90 

 A seguir, encontram-se apresentadas as ações mais relevantes que compõem oPrograma Brasil Sem Chamas e que deverão ser implementadas, em curto, médio e

longo prazos, depedendo do envolvimento das entidades, da disponibilização de

recursos financeiros e humanos e da coordenação de uma entidade nacional para

organizar a execução das ações de forma integrada:

I. criação de uma entidade responsável pela coordenação e implementação

das ações que compõem o Programa Brasil Sem Chamas, considerada uma

das ações de maior importância para o sucesso do Programa;

II. concluir a estruturação e a implantação do Observatório Brasil Sem

Chamas;

III. desenvolvimento de um sistema de informações, via web,  para a área de

segurança contra incêndio, a ser operado pelo Observatório Brasil Sem

Chamas. Incluindo-se a estruturação de procedimentos nacionais

padronizados para a coleta e disponibilização de dados sobre incêndios dos

Corpos de Bombeiros;

IV. realizar programas nacionais voltados à educação, visando à criação de

uma cultura de segurança contra incêndio, utilizando, especialmente, o

Observatório Brasil Sem Chamas para a divulgação de informações via web; 

V. ampliação e aprimoramento do desenvolvimento das atividades

investigativas das causas dos incêndios, incluindo a capacitação laboratorial

e profissional das equipes técnicas envolvidas;

VI. definição de estratégias e políticas para a qualidade de produtos,

equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio, tendo-se como

referência os que foram sugeridos pelo setor nos workshops  realizados no

âmbito do projeto;

VII. definição do plano de normalização técnica e de qualidade para a área,

tendo-se como referência o conjunto de normas sugerido pelo setor nos

workshops realizados no âmbito do projeto;

VIII. realizar acordos, junto à ABNT, que permitam a disponibilização, sem

custos, das normas técnicas da área de segurança contra incêndio;

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IX. desenvolver ações que promovam a geração de inovações tecnológicas naárea de segurança contra incêndio, incluindo o aprimoramento de redes de

laboratórios e centros de pesquisas aplicadas, tendo-se como funções

preponderantes darem suporte tecnológico à indústria, aos organismos de

avaliação da conformidade e demais infra-estruturas prestadoras de

serviços;

X. ampliação do número de municípios atendidos por serviços de bombeiros,

considerando-se, com o idea, para todos os que possuam mais de 20.000

habitantes;

XI. padronização nacional da capacitação dos bombeiros militares, a partir da

adoção dos procedimentos estabelecidos na Matriz Curricular Nacional para

a formação dos profissionais da área de segurança pública;

XII. padronização nacional da capacitação dos bombeiros civis, por meio da

adoção dos procedimentos de qualificação profissional estabelecidos pelas

normas brasileiras da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;

XIII. elaboração de planejamento detalhado de combate aos incêndios florestais,

que contemple ações estratégicas para vigilância das áreas, medidas

preventivas, recursos para aquisição e manutenção de equipamentos e

ferramentas, remuneração de mão de obra e formação de brigadas;

XIV. elaboração de Planos Operativos de Prevenção e Combate a Incêndios

Florestais como instrumentos eficazes de gestão do território;

XV. definição de uma política de uso racional do fogo, visando à erradicação ou

redução, de forma gradual, dessa prática nas áreas de domínio das redes

de transmissão de energia e, também, o uso de técnicas alternativas de

controle da vegetação sob essas redes sem o uso do fogo;

XVI. implementar a utilização de meios eficientes de detecção de incêndios, por

meio de torres de observação e de realização de rondas nas áreas dos

parques de conservação;

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 86/90 

XVII. realizações de manutenção, limpeza e aceiros, bem como desenvolvimentode programas de educação ambiental e de fiscalização específico para

Unidades de Conservação ou quaisquer áreas florestais inseridas em locais

de grande pressão antrópica,

XVIII. manter postos de bombeiros adequadamente equipados e próximos das

áreas florestais que sejam consideradas críticas;

XIX. definir uma política nacional relacionada à utilização de madeira e ao

desmatamento com o objetivo de implantação de pastagens e de

monocultura;

XX. aprimorar os treinamentos dos pilotos em simulações de incêndios e seus

efeitos nas correntes de ar, na visibilidade e demais fatores importantes

relativos à segurança de vôos diante da situação de fumaça e outros

derivados dos incêndios florestais;

XXI. implementação de convênios entre empresas de base florestal e os

municípios, promovendo um sistema básico de prevenção e combate a

incêndios;

XXII. aprimorar e refinar os mecanismos de detecção de focos de calor, através

de satélites, como instrumento de gestão estratégica de áreas;

XXIII. desenvolver e implementar uma doutrina básica de incêndios florestais por

meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP, direcionada

à formação e aperfeiçoamento de todos os bombeiros e demais

profissionais servidores da segurança pública, para os atendimentos aos

incêndios florestais; 

XXIV. incentivar a elaboração de Planos Operativos de Prevenção e Combate a

Incêndios Florestais para as Áreas de Conservação, que contribuam para a

melhoria da estrutura dessas áreas, envolvendo os Institutos do Ministério

do Meio Ambiente responsáveis pela Unidades de Conservação Federais e

de prevenção e combate aos incêndios florestais;

XXV. promover melhorias nas regulamentações técnicas, procedimentos e

diretrizes relativos à segurança das operações de exploração, refino,produção e transporte, nas indústrias do álcool e do petróleo;

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 89/90 

Carlos Alberto Marques TeixeiraCláudio Márcio Pereira Bail

Elmo Monteiro da Silva Junior

José Lázaro de Araujo Filho

Epaminondas Figueiredo de Matos

Erika Regina do Prado Nascimento

 Alexandre Santos Avelino

Francisco Pinto de Oliveira

George Cajaty B. Braga

Helen Ramalho de Oliveira Landim

Joaquim de Almeida Cardoso Neto

José Ananias Duarte Frota

José Nilton Matos

Lara Steil

Leandro Moraes e Silva

Luciana Alves

Luciano Emmert

Ludmilla Flores

Luiz Reynaldo de Azevedo Cardoso

Marcos Antônio Moreira dos Santos

Marcos Vargas Valentin

Maria Luiza Spinelli Parca Tedeschi

Mariana Senra de Oliveira

Fernando Jorge Muniz

Flávia Saltini Leite

Mariano Frederico Pascual

Maysa Garcia Muniz

Orestes M. Gonçalves

Paulo Chaves de Araújo

Reinaldo Dias Ferraz de SouzaRenata Spinelli Bertolo Buonopani

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Relatório Técnico n° 133 546-205 - 90/90 

Ricardo V. T. G. CarvalhoRoberto Costa Guimarães

Rogério Fonseca Santovito

Rosária Ono

Sinoel Batista

Sossigenes de Oliveira Filho

Vera L. M. Lellis

Waterloo Cândido Meirelles

Wladimir Antônio Ribeiro

Mauro Lopes

Leal

Apoio Administrativo

Melissa Revoredo Braga

Marl Bonatto – Secretária