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Ana Mendez Ferrell

Regiões de Cativeiro

Título Original: Regions of Captivity Copyright © por Voice of The Light Ministries

Publicado de acordo com Voice of The Light Ministries ISBN: 978-85-99664-52-0

Todos os direitos reservados © à Editora Propósito Eterno Categoria: Libertação - Guerra Espiritual

Diagramação e editoração: Editora Propósito Eterno Tradução: Daniela Sá

Revisão de Texto: Juliana Oliveira Capa: Editora Propósito Eterno (adaptação)

Todos os direitos são reservados. Deverá ser pedida a permissão por escrito à Editora Propósito Eterno para usar ou reproduzir qualquer parte deste livro, exceto

por breves citações, críticas, revistas ou artigos. Ferrell, Ana Méndez Regiões de Cativeiro / Ana Méndez Ferrell / Rio de Janeiro: Editora Propósito Eterno, 2010 ISBN: 978-85-99664-52-0 1.Libertação 2. Guerra Espiritual 3. Cativeiro Espiritual 4. Ana Mendez 5.I.Título

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SUMÁRIO

Prefácio ...................................................................................................................................4

Introdução...............................................................................................................................6

Parte I As Regiões de Cativeiro

1. Uma era de novas revelações..........................................................................................9 2. Nas portas da morte.......................................................................................................14 3. Locais celestiais e infernais............................................................................................20 4. Cativeiros e cidades em ruínas ......................................................................................27 5. Os reinos espirituais revelados ......................................................................................36 6. As diferentes regiões de cativeiro ..................................................................................42 7. Libertando os Cativos.....................................................................................................77

Parte II Testemunhos incríveis de libertação das regiões de cativeiro em diferentes nações

8. Um “gadareno” no Brasil ................................................................................................90 9. Liberto do homossexualismo e do vício .........................................................................95 10. A libertação de Philip....................................................................................................99 11. A ressurreição de um pai ...........................................................................................102 12. A libertação de toda uma cidade................................................................................105

Dedico este livro a meu Pai Celeste, a meu amado Jesus, ao Espírito Santo e a todos os bravos libertadores ao redor do mundo que têm pago o preço para libertar as almas cativas.

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PREFÁCIO

Apóstolo Eckhardt Presidente e fundador do IMPACT Network & Crusaders Church,

Chicago, Illinois, USA

A restauração do ministério apostólico e profético abriu caminho para uma série ainda maior de revelações liberada para a Igreja em todo o mundo. Deus está abrindo o reino do Espírito e os pioneiros estão nos ajudando a entrar em novas esferas de compreensão. A revelação contida neste livro tem um impulso pioneiro para libertar os cativos.

Eu sempre desejei ver o povo liberto pelo poder do Espírito Santo. Tenho lido muitos livros sobre o tema ao longo dos anos, mas nada que chegou em minhas mãos foi tão original como este. O conteúdo deste livro é novo e fresco. Suas revelações expandirão sua compreensão sobre o tema da libertação e lhe darão entendimentos bem maiores. Você será desafiado pelo conteúdo e esperamos que ele aumente e amplie sua visão para libertar as pessoas.

A chave para a descoberta é viver e andar no Espírito. Jesus expulsou os demônios pelo Espírito Santo (Mateus 12:28). Não há outro caminho para o sucesso ministerial fora do Espírito Santo. Métodos carnais não adiantam. A carne não gera nada de bom. A dependência do Espírito Santo é a marca da humildade e essa é a arma necessária contra os espíritos orgulhosos com os quais nos deparamos.

Ana Mendez Ferrell é uma pioneira. Ela tem estado na vanguarda do movimento de batalha espiritual por muitos anos. Sua compreensão não veio do homem, mas de penetrar no reino do Espírito. Ela deseja motivar os crentes a também ingressarem no Espírito e compartilha isso em todos os seus ensinos e pregações. O ensinamento deste livro vai além do seu chamado e mandato. Você receberá grandes revelações através de sua leitura.

Regiões de Cativeiro não é um eco de outros livros. Deus está liberando uma voz nova, não uma repetição. Ana tem adentrado em uma nova esfera de revelação que abrirá caminho para outras que virão. A prova de qualquer revelação são os resultados obtidos. As pessoas estão sendo libertas? Milagres são liberados? Deus é um Deus de milagres e o Espírito Santo é o autor de todos eles. A revelação apostólica e profética é elaborada para nos conduzir a estilos de vida sobrenaturais, com resultados sobrenaturais.

Há multidões ainda em cativeiro, incluindo nações e indivíduos. Jesus veio para destruir as obras do diabo e autorizar e capacitar os crentes a fazerem obras ainda maiores que as Suas. O conhecimento e a

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revelação nos fortalecem. A ignorância do mundo espiritual é uma das principais razões por que muitos cristãos são ineficazes. Não devemos ser ignorantes em relação às coisas espirituais (I Coríntios 12:1).

Há muitos líderes que não operam no reino do espírito e, portanto, não podem ensinar outros a fazerem isso. Há alguns que têm medo do reino espiritual e desencorajam outras pessoas. Isso é lamentável porque nos impede de mover no verdadeiro poder. Há novas vozes (não ecos) sendo ouvidas hoje e que estão mobilizando o exército do Senhor. Há generais espirituais entrando em cena para liderar o exército com voz e som bastante claros. Ana é uma dessas vozes.

Leve a sério o que está neste livro e peça entendimento ao Senhor. A sabedoria é o princípio de tudo e precisamos desesperadamente dela para enfrentar os desafios desta geração. Necessitamos de sabedoria principalmente nas áreas de libertação e batalha espiritual. Nós não podemos ser ignorantes quanto aos ardis de Satanás e devemos permitir que o Espírito Santo seja o nosso professor. Ele nos conduzirá e guiará por toda a Verdade.

A verdade nos liberta. O Espírito Santo é o Espírito da Verdade. A verdade sobre as regiões de cativeiro precisa ser ouvida por toda a Terra. As prisões de Satanás estão sendo expostas e os cativos libertados. Os libertadores estão vindo com as chaves; a chave da verdade abrirá todas as prisões. Você é um desses libertadores.

Você é um dos escolhidos de Deus enviados de Sião para ser libertador (Obadias 1:21). Aqueles que foram batizados com o Espírito Santo ingressaram no reino do Espírito. Deus não nos enviou o Espírito Santo apenas para falarmos em línguas, mas para sermos capazes de operar no reino do Espírito. Este livro é uma convocação a todos os crentes cheios do Espírito para saírem e experimentarem os plenos benefícios do Espírito Santo. Conforme você ouve e obedece a esse chamado, se torna uma arma formidável contra as forças das trevas. Encorajo você a ler, estudar e ser chacoalhado pelas revelações deste livro.

Por fim, não se satisfaça com leite, mas cresça e amadureça, alimentando-se da Palavra. O alimento sólido é para os maduros. Acredito que a revelação apostólica e profética nos levará à maturidade. E tempo de a Igreja se tornar mais madura na vital área da libertação. E hora de crescer. Uma igreja madura verá uma enorme expansão do Reino de Deus. O crescimento do Reino irá liberar justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Shalom!

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INTRODUÇÃO

Este livro é um estudo de uma das mais poderosas revelações que Deus me deu. Libertar os cativos na forma tradicional requer muito tempo, dedicação, força física e espiritual, um preço que poucos estão dispostos a pagar. A batalha pode ser ferrenha, devido às manifestações cruéis dos demônios. A realidade é que muitas vezes esse tipo de libertação fracassa. No entanto, existe uma maneira mais fácil e eficiente de libertar as pessoas, exatamente como Jesus fazia.

Jesus não veio à Terra simplesmente para nos salvar e morrer por nossos pecados, mas também para nos trazer liberdade em todas as áreas da vida. Ele derrotou o império do diabo e libertou os cativos, o que vai além de expulsar demônios do ocultismo, das drogas, do álcool, etc. O cativeiro desempenha um papel na vida de toda a humanidade.

O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o SENHOR ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano da bondade do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória.

Isaías 61:1-3

Jesus nunca foi a uma prisão física libertar prisioneiros enquanto

esteve na Terra. Contudo, Ele proclamou o seguinte na sinagoga de Nazaré:

Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir.

Lucas 4:21b

Jesus libertou muitos cativos de suas prisões espirituais através do

Espírito Santo. Ele fez isso vendo e ouvindo o que o Pai fazia, através da compreensão do mundo espiritual. O Senhor deseja nos capacitar com a plenitude do conhecimento de seu Reino.

O cativeiro representava uma das partes mais importantes do sofrimento e da vitória de Jesus através de Sua morte e ressurreição. Jesus desceu até as partes mais baixas da Terra para desfazer os cativeiros nos quais o diabo nos prendia. Isso afeta todos os seres humanos, desde o mais injustiçado até o de maior sucesso. De alguma

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forma, parte de nossa alma é mantida presa principalmente por causa de pecados, doenças, medos ou dores.

Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele

também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.

Hebreus 2:14-15

Isso não se refere apenas ao medo de morrer, mas a tudo o que

pertence ao reino da morte: a pobreza, a escassez, as doenças, a insegurança, a tragédia repentina, etc. Todas essas coisas controlam e dominam grande parte da humanidade, inclusive a Igreja. Compreender o cativeiro em nossos dias é de extrema importância, pois, muitas vezes, dependemos desse conhecimento para receber e desenvolver nossos dons espirituais.

Assim, Ele diz: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros, e deu dons aos homens”. (Perceba a expressão “ele subiu — o que significa que Ele primeiro desceu às partes mais baixas da Terra. Quem desceu é também Aquele que subiu muito acima de todos os céus, para que pudesse cumprir todas as coisas.)

Por isso é que foi dito: “Quando ele subiu em triunfo às alturas,

levou cativos muitos prisioneiros, e deu dons aos homens”. (Que significa “ele subiu”, senão que também havia descido às profundezas da terra? Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, a fim de encher todas as coisas.) E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.

Efésios 4:8-13

Jesus lidou primeiro com o cativeiro, então Ele deu dons aos homens para que pudessem desenvolver a Igreja. Essa sequência é muito importante para que a Igreja alcance sua plenitude. O corpo de Cristo está cheio de doenças, divisões, medos, escassez financeira, graves falhas de caráter, falta de compreensão e, em muitos casos, falta de visão. Esses são todos os sintomas que devemos considerar para perceber que talvez haja algo que não compreendemos de fato até então. Essa ruptura em nossa compreensão é uma das principais razões por que Jesus veio ao mundo: Libertar os cativos de seus cativeiros.

Este é um livro de libertação profunda e revelação profética. Seu principal objetivo é fazer avançar o Corpo de Cristo à estatura do “Varão

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Perfeito”, com autoridade apostólica. Cada pessoa que sofreu um golpe emocional, um trauma ou que sofreu a dor de ter o coração partido, quase certamente está sendo mantida em cativeiro em alguma área da vida. Qualquer um que venha de um lar desfeito, de uma herança de ocultismo ou derramamento de sangue se encontra em uma situação semelhante. Essa parte de sua vida na qual você não consegue êxito ou em que há um obstáculo que não consegue transpor certamente está relacionada a algum tipo de cativeiro.

Depois de compreender sobre este assunto, você encontrará respostas para os dilemas mais complicados do seu ser interior. Isso irá ajudá-lo a reconhecer o lugar onde você ainda está sendo mantido cativo (se é que está) e vai libertá-lo de modo a poder então ajudar outros.

É nosso trabalho como filhos de Deus levar o Evangelho da glória de Jesus Cristo e do Reino de Deus a toda criatura, e assim libertá-las e mudá-las do reino das trevas para Sua maravilhosa luz.

O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça,

desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo?

Isaías 58:6

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PARTE I

AS REGIÕES DE CATIVEIRO

1. UMA ERA DE NOVAS REVELAÇÕES

Este é um tempo em que Deus está derramando os tesouros da sabedoria. A era apostólica e profética em que vivemos está nos trazendo novas dimensões da luz de Jesus. As Escrituras estão sendo compreendidas com uma clareza muito maior. Há uma revelação sem precedentes do poder e da manifestação do reino de Deus. O Senhor está levantando um edifício espiritual feito de pessoas que compreendem o mundo espiritual e operam na plenitude do Espírito Santo.

O nível de revelação depende do nível de amor e compromisso que temos com a obra de Deus manifestada na Terra. Devemos entender a dor que Deus sofre quando vê o mundo sendo arrastado para o inferno. Várias vezes Ele me permitiu experimentar Sua dor para me tornar consciente de Seu ardente desejo de libertar as almas.

Eu estive no inferno

O sofrimento humano é algo que marcou minha vida. Eu mesma já passei por situações muito difíceis. Sofri vários anos de abuso verbal e físico que chegaram ao ponto de uma tentativa de homicídio por meio de estrangulamento, no início da minha vida adulta. Durante esse ataque brutal, estive morta por vários minutos.

Na época, eu ainda não havia recebido a salvação através de Jesus e minha alma desceu ao inferno. Enquanto eu era estrangulada, me vi cercada por sombras que vinham em minha direção. Fiquei apavorada. Eu lutei pela vida com todas as forças, mas foi inútil. Pouco a pouco, meu corpo se rendeu até que tudo parou. A dor cessou e não me senti mais sufocada. Minha alma desceu por um túnel negro, afundando em um abismo profundo. Ouvi vozes gritando em intenso sofrimento. Aos poucos, centenas de seres com a carne corroída se aproximaram de mim. Mãos cheias de ossos me tocaram e tentei me proteger. Outras me empurravam de um lado para outro. O horror era indescritível. Eu gritei, mas minha voz se perdeu no vazio. Havia luz no fundo, mas não fazia parte de onde eu estava, nem havia acesso a ela. Senti como se toda a esperança estivesse perdida para sempre. As trevas eram tudo ao meu redor. Minha alma estremeceu com a opressão, como caída em um

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profundo abismo. Foi então que a mão milagrosa de Deus me trouxe de volta. Hoje, sei que foi a graça de Jesus que não me abandonou. Essa experiência me motiva a lutar pelas almas perdidas a qualquer custo. Infelizmente, demorou mais seis anos para que eu viesse a conhecer o poder de Deus e Sua redentora graça.

O trauma daqueles anos de violência e medo me causou uma grande instabilidade emocional. Passei dois anos em tratamento psiquiátrico. Durante esse período e devido à minha condição, meus dois filhos com idades entre dois e três anos foram tirados de mim. A dor me rasgava em pedaços. Minha alma afundava nos poços da angústia e do desespero. A perda dos meus filhos me tirou o desejo de viver. Foi essa condição desesperada que me levou à Nova Era e ao ocultismo. A dor crava suas garras em nós como presas fáceis. Ao longo dessas mentiras e enganos, minha alma somente ficava cada vez mais desfigurada.

Fui diagnosticada com esquizofrenia crônica. Atormentada pelas circunstâncias e por espíritos de autodestruição, perdi a capacidade de pensar de forma coerente, tentei suicídio e fui internada em um manicômio. Foi ali que a graça e a misericórdia de Deus me alcançaram e mudaram minha vida por completo. (Você pode ler meu testemunho em meu livro “Guerra de Alto Nível” [Editora Valente / Propósito Eterno].) A dor que sofri me deu sensibilidade e compaixão pelas vítimas do medo, do desespero e das enfermidades. Elas estão presas e atormentadas nas areias movediças da alma, incapazes de firmar o pé para encontrar uma saída.

Odeio todas as formas de dor e medo, pois são as armas que o diabo usa para ferir as pessoas. São instrumentos do império das trevas para controlar e subjugar a humanidade presa. Ter vivido anos de tormento e depressão me encheu de uma fúria santa contra Satanás e sua obra destruidora. Libertar as almas através do poder de Jesus, meu Redentor, é uma das missões mais importantes da minha vida. A partir do momento que aceitei o Senhor como Salvador, defini que meu principal objetivo seria me tornar a inimiga número um de Satanás enquanto Deus me mantivesse viva. Esse chamado se manifestou no dia da minha salvação. A primeira coisa que me veio ao espírito foi como libertar os outros pacientes daquele hospital psiquiátrico. Aprendi uma coisa de imediato: se eu estava lá porque era possuída por demônios, os outros pacientes deviam passar pelo mesmo problema. E, se fui liberta pelo poder de Jesus de Nazaré, certamente eles poderiam ser também.

No dia seguinte, quando o pastor veio me visitar, a primeira coisa que eu disse foi: “Como podemos libertar os cativos? Eles estão cativos como eu estava”. Como ele não era um estudioso da libertação e estava começando a ter esse tipo de revelação, disse: “A Bíblia diz que os sinais acompanharão os que creem”. “Em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas" (Marcos 16:17). “Você crê?”, ele perguntou e, com

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uma firme convicção, deixamos o meu quarto de hospital para libertar os dementes um por um.

Quinze dias depois, 80% dos doentes haviam sido libertos e curados — a Deus seja a glória.

Depois, comecei a estudar no Instituto Teológico que pertencia à igreja do pastor Christian Gomez. Eu devorava todos os livros sobre libertação com os quais me deparava. Entendi que esse era o começo de uma vida vitoriosa em Jesus. Cada crente tinha de ser liberto para que a vida do Senhor brilhasse dentro de si, sem bloqueios.

Quando o Senhor me chamou para estabelecer minha primeira igreja, a libertação tradicional era uma parte fundamental de nossas funções. Na maioria dos casos, tivemos resultados magníficos e, em outros, não fomos tão bem sucedidos como queríamos. Era como se faltasse uma peça do quebra-cabeça que nos impedia de ter a vitória total.

Hoje, depois de muito crescimento e compreensão do mundo espiritual, percebo como Deus nos ajudou em nossa fraqueza e nos conhecimentos elementares que tínhamos naquela época.

Coisas que nenhum homem imaginou

Todavia, como está escrito:

“Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma

imaginou O que Deus preparou para aqueles que o amam. ” 1 Coríntios 2:9

No início da década de 80, o Senhor liberou uma onda que foi o

início do movimento profético. Não havia mais tanta revelação, mas o amor simples e ardente de ver as almas libertas permitiu que Deus nos mostrasse as circunstâncias que davam aos demônios o direito legal de atormentar as pessoas.

Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de

orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual.

Colossenses 1:9

Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seu coração,

estejam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.

Colossenses 2:2-3

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O Senhor tem coisas para nós que ainda não foram reveladas às

outras gerações. Deus faz a Igreja crescer de Glória em Glória e de Luz em Luz. O que pregamos nos púlpitos hoje jamais teria sido digerido há cem anos atrás. O grande evangelista Charles Finney mudou a História durante sua vida. Antes de morrer, ele queimou seu livro de revelações pessoais, dizendo: “Eles não estão prontos para isso”, e destruiu um documento que hoje seria de grande inspiração. Jesus disse:

"Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar

agora." João 16:12

Há coisas que não podemos lidar por causa da nossa imaturidade,

da dureza do nosso coração ou de nossa religiosidade. Jesus sabe a revelação de que podemos ou não compreender. Quando Ele subiu ao céu, não poderia dizer aos discípulos tudo o que gostaria. No entanto, Ele deu a promessa do Espírito Santo para nos ensinar todas as coisas e nos ajudar a entender o que havia dito. Isso significa que o Espírito, de acordo com o nosso crescimento espiritual, traz diferentes níveis de ensino. Uma pessoa que aspira a sabedoria e inteligência espirituais deve gastar mais tempo com Ele do que as outras. Ela deve amar a Deus e o próximo e buscar respostas do Espírito Santo. Então, coisas que “olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu e mente nenhuma imaginou lhe serão reveladas.

Às vezes, eu encontro pessoas que perguntam: “Onde você conseguiu isso? Nunca ouvi isso antes!” Bem, Deus diz que há coisas que nunca entraram na mente do homem e que Ele quer revelar a nós. São bíblicas, sempre estiveram nas Escrituras, mas estavam fechadas e veladas para que não fossem vistas.

Ele disse: “A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino

de Deus, mas aos outros falo por parábolas, para que vendo, não vejam; e ouvindo, não entendam”.

Lucas 8:10

Entramos em uma era profética e devemos compreender tais

coisas. Deus está capacitando uma geração com mais compreensão do que as do passado. Da mesma forma que a ciência e a tecnologia avançam, a Palavra de Deus também é revelada de um modo mais elevado, para que o reino de Deus avance de forma mais eficaz.

Enquanto desperdiçamos nosso tempo brigando por palavras e deixando que raposinhas roubem a obra de Deus, milhões de pessoas permanecem em dor e perdição. Estão todos à espera do nosso

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crescimento espiritual para que possam ver a manifestação gloriosa dos filhos de Deus.

Este é um livro que levará você a uma compreensão diferente e mais profunda do mundo espiritual, tanto de Deus quanto do mundo das trevas. Minha oração é para que seja levantada uma geração que possa libertar os cativos com menos esforço e maior eficácia.

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2. NAS PORTAS DA MORTE

Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.

II Coríntios 4:17-18

Era dezembro de 1997. Eu estava prestes a assistir a um

treinamento de libertação que nossa igreja havia preparado em um hotel na Cidade do México. Naquela noite, a equipe de guerra espiritual viu um filme sobre treinamento militar chamado Até o Limite da Honra. Haviam me recomendado esse filme por mostrar a tenacidade e a bravura de uma mulher para ingressar nas Forças Especiais do Exército.

Há um momento no filme em que o comandante do treinamento, que odeia a tenente, lhe dá socos no rosto com tanta força que o público se encolhe. Ela cai no chão, quase nocauteada. A câmera se aproxima para dar um close em seu rosto. Uma força invisível começa a surgir das profundezas do seu coração, a qual pode ser vista em sua expressão facial. Em meio à dor intensa, vem à tona sua enorme força interior e ela dá o golpe final. O Espírito Santo veio sobre mim enquanto assistia a essa cena. Senti Jesus dizer: “O golpe final é sempre seu”.

Não importa o quanto a dor seja grande, o poder do amor de Deus sempre surge dentro de nós para aplicar o golpe da vitória. (Para aqueles que têm reservas quanto a ir ao cinema, por favor, coloque de lado essa questão. Deus pode usar qualquer coisa para falar conosco: um jumento, uma figueira seca, um filme. Somos cautelosos quanto ao que vemos. A verdade é que Deus usa alguns filmes para abrir os olhos de muitos e a Ele, somente a Ele, seja toda a Glória). Só Jesus sabia como essa cena me ajudaria a lidar com um terrível golpe que o diabo me aplicaria durante o retiro no dia seguinte.

Viajamos por mais de duas horas de distância e mal havíamos dado início ao evento quando recebi um telefonema que mudaria o curso de toda minha vida cristã. Era minha querida amiga Cecilia Pezet. Sua voz tremia de tanta aflição. “Estou no hospital com sua irmã Mercedes. Ela está em estado grave e eu a trouxe para ser examinada. Acabaram de sair os resultados do laboratório e ela está com três tumores cerebrais e eles a estão levando agora mesmo para a cirurgia”.

Eu gelei. Ela sentira vertigens na semana anterior e todos pensamos, até mesmo seu médico, que se tratava de um problema no ouvido interno que a deixava um pouco instável, chamado de labirintite. Quero que você entenda o que senti naquele momento, uma vez que Mercedes era minha irmã gêmea. Nós nascemos de uma célula que se

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dividiu em duas. Não nasci sozinha, como a maioria das pessoas. Nasci com minha irmã gêmea. Deus nos uniu desde o ventre com uma ligação muito especial. Durante 42 anos, sempre estivemos juntas; mesmo quando separadas à distância, na alma éramos inseparáveis. Talvez somente quem tenha um irmão gêmeo possa compreender o que aconteceu comigo. Estava convencida em meu coração de que a única coisa que eu não podia suportar na vida era a morte de Mercedes.

Recebi a notícia de maneira repentina e inesperada. Senti o golpe do diabo tão severo quanto havia visto no filme. Mas também senti uma força surgindo das profundezas do meu ser. Não era a força humana de um soldado, mas o próprio poder de Jesus que derrotara Satanás no inferno. Naquele exato momento, em meio à dor indescritível, soube que Deus me permitiria dar o golpe final.

Um caminho tortuoso se deu início e que durou quatro anos, durante os quais minha irmã morreu seis vezes e por seis vezes Deus a ressuscitou dentre os mortos. Por fim, Deus disse que tinha chegado o momento de Mercedes partir. Foram quatro anos repletos de dor e glória, talvez os melhores anos do ministério de Mercedes. Ela ministrou a muitas pessoas de sua cadeira de rodas, a qual chamava de sua “Carruagem de Fogo”. Sentada em sua cadeira, ela viveu as experiências mais maravilhosas com Deus e ministrou até mesmo ao mais forte entre nós. Ela inspirou todos os que estavam em cadeiras de rodas, ensinando-lhes a olhar para o lado invisível das coisas, onde Deus se manifesta. Ela mobilizou toda a nação a participar da “Marcha de Glória”, que fez história no México. Centenas de milhares de pessoas louvaram a Deus nas ruas e praças centrais da capital mexicana. As passeatas continuaram mesmo após sua morte, mas sempre nos lembraremos dela em sua cadeira de rodas, “marchando” e louvando a Deus.

Em minha vida, esses anos foram uma verdadeira faculdade do Espírito. A revelação contida neste livro é resultado da luta pela vida da minha irmã. Quando você realmente ama, a luta sempre conduz à vitória. A derrota habita na passividade, juntamente com a esperança e a fé, sem ação. Além de estar ao lado da ilusão de que Deus fará tudo simplesmente porque elevamos uma prece ao céu.

Nas circunstâncias mais difíceis, nas quais parece não haver saída, é quando estamos mais próximos das manifestações mais poderosas de Deus. Temos de esperar para ouvir Sua voz e Suas instruções. Deus sempre nos dá a resposta. Os tempos difíceis que passamos trazem um maior nível de autoridade de Deus se perseveramos rumo à vitória. Deus colocou Moisés num lugar estreito conhecido como “Pi-Hairote” sem nenhuma maneira de escapar, onde o Faraó disse que o povo de Israel estava cercado e encurralado no deserto. Moisés confiou no Senhor, mas nem tudo aconteceria a partir de uma posição de passividade.

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Moisés respondeu ao povo: "Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o SENHOR lhes trará hoje, porque vocês nunca mais verão os egípcios que hoje vêem. O SENHOR lutará por vocês; tão- somente acalmem-se Disse então o SENHOR a Moisés: “Por que você está clamando a mim? Diga aos israelitas que sigam avante. Erga a sua vara e estenda a mão sobre o mar, e as águas se dividirão para que os israelitas atravessem o mar em terra seca. ”

Êxodo 14:13-16

De uma coisa tenho certeza: ninguém lutará com maior ferocidade

por nossos entes queridos do que nós com o poder de Deus. Durante uma de suas cirurgias, Mercedes teve complicações e contraiu pneumonia. Ela estava com a imunidade baixa e o frio da sala de operação causou uma infecção. Devido a seu estado debilitado, o catarro começou a se transformar em uma massa dura em seus pulmões e não havia maneira de tirá-lo. Por fim, o médico disse que ela logo morreria. Já havíamos feito tudo o que podíamos em relação à guerra espiritual e cura divina, mas nada adiantou. Estávamos prestes a perder Mercedes em questão de minutos.

No meu desespero, liguei para o então conhecido Centro Mundial de Oração, onde eu trabalhava com C. Peter Wagner sobre as iniciativas de guerra. O Profeta Chuck Pierce atendeu e disse algo que mudaria tudo. “Ana”, disse ele, “entre em profunda comunhão com Deus. Ele está prestes a lhe dar uma chave que não só salvará a vida de Mercedes, mas também ensinará você a lutar contra principados e potestades em alto nível”. Recebi a palavra profética e comecei a buscar a Deus de todo coração. O Senhor então sussurrou em meu ouvido a seguinte passagem do livro de Jó:

As portas da morte lhe foram mostradas? Você viu as portas das

densas trevas? Você faz idéia de quão imensas são as áreas da terra? Fale-me, se é que você sabe. “Como se vai ao lugar onde mora a luz? E onde está a residência das trevas? Poderá você conduzi-las ao lugar que lhes pertence? Conhece o caminho da habitação delas?”

Jó 38:17-20

Depois de ler isso, fiquei perplexa porque realmente não entendi o

que Deus queria me dizer. A resposta a essas perguntas foi, óbvio, “Não, eu não sei a resposta para nenhuma delas”. Perguntei confusa ao Senhor o que Ele queria me ensinar.

Então, Ele disse: “Mercedes está presa no portão da sombra da morte. Você deve ir até ela e trazê-la de volta”. Quando ouvi isso, fiquei sem palavras. Eu sabia que era o Pai falando comigo, mas não tinha noção do que fazer com aquelas instruções. “A sombra da morte, Senhor?”, perguntei, “Será que vou morrer?” Mas Ele não me respondeu.

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Falei com o Apóstolo Rony Chaves, a pessoa com autoridade sobre mim, e contei a ele o que tinha ouvido. Eu lhe disse que eu não tinha nenhum direito de continuar ensinando sobre o amor de Deus se eu não fizesse tudo ao meu alcance pela pessoa que mais amava. Pedi a sua benção e para que ele orasse por mim no dia seguinte às 7:00h da manhã. Naquela hora, eu buscaria a Deus para chegar até aquele lugar e, se não voltasse, queria que ele soubesse que eu havia morrido tentando. Falei com meus intercessores e pedi que nossa igreja orasse por mim.

Às 7:00h, entrei em comunhão com o Espírito. Por um lado, eu estava nervosa; por outro, com expectativas. Eu tinha plena confiança em Deus e estava determinada a fazer todo o necessário, mesmo arriscar minha própria vida, para salvar minha irmã. Então o peso da Glória de Deus começou a vir sobre mim.

Foi como uma invasão celestial que adentrou a sala onde eu estava. Dois anjos apareceram na minha frente. Suas vestes brilhavam e havia uma força tremenda em suas expressões faciais. Um deles usava uma corrente de ouro com chaves sobre ela. Ele era o líder e com uma voz firme e doce disse: “Siga-nos!”

Eu me levantei da cama em meu corpo espiritual e os segui. Era como se eu estivesse entrando em uma visão celestial. Começamos a andar nas ruas da cidade até chegarmos a um dreno na estrada. Um dos anjos o abriu e descemos por enormes tubos de drenagem. (Isso foi interessante, pois minha irmã havia se dedicado a resgatar crianças de rua que viviam nos esgotos.) Andamos por bastante tempo através das úmidas e escuras tubulações de drenagem. A única luz vinha das roupas dos meus companheiros. Então chegamos a um buraco no chão que parecia um cano velho, desgastado e mofado, com cerca de dois metros de largura e que tinha cheiro de morte e podridão. Pregada na parede do poço havia uma escada de ferro que descia a um lugar mais profundo.

Era um túnel escuro e frio. Ao longo de todo o túnel vertical havia camas de doentes com transfusões e cateteres. Comecei a procurar por Mercedes, esperando encontrá-la em algum lugar. O anjo disse que ainda não havíamos chegado onde ela estava. Caminhamos entre os pacientes, que gemiam continuamente. Alguns choravam de tanta dor que era de estremecer a alma.

Meu coração queria ajudá-los de alguma forma, mas eu não sabia onde estávamos ou como ajudar. Eu me concentrei em obedecer às indicações do anjo, com total submissão. Nós abrimos um segundo buraco, extremamente estreito e opressor. Um dos meus guias pulou dentro do buraco; eu o segui e logo atrás veio o segundo mensageiro. Parecia que eu estava afundando em um abismo de água, com meu próprio peso me puxando para baixo. Chegamos a um lugar profundo,

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muito frio. Um longo corredor se estendia à nossa frente, com celas de ambos os lados. Era como um calabouço medieval.

Havia cerca de dez presos em cada cela. Na segunda prisão, vi Mercedes. Todos ali usavam roupas cinzas, mas ela estava vestida de branco e coberta sobre uma cama de pedra no fundo da cela. De repente, minha boca se abriu e gritei bem alto: “Mercedes, saia daí!”.

Mercedes na Prisão da Sombra da Morte

Naquele momento, compreendi o que Jesus fez quando chamou Lázaro do túmulo. Ele não só o chamava para sair do túmulo físico, mas estava removendo Lázaro das profundezas de Sheol (inferno).

O anjo me interrompeu e disse que ela não podia sair de lá sozinha. Eu precisava ir até lá e retirá-la. Ele pegou uma chave linda que carregava e abriu a porta. Fui aonde ela estava e a carreguei sobre o ombro. Ela não pesava nada. Eu a levei para fora e o anjo me disse para colocá-la no chão. Então me disse para aplicar o poder da ressurreição, deitada em cima dela, como Eliseu fez. Eu fiz isso e ela ficou cheia de vida, ficando em pé ao nosso lado.

O anjo fechou a cela e voltamos da mesma forma que viemos. Um pouco mais tarde, todos nos encontrávamos de volta ao meu quarto: Mercedes, os anjos e eu. Em seguida, o anjo me disse que era necessário reunificar a alma da minha irmã com o resto de sua alma no hospital.

Voltei da arena espiritual e entrei em meu carro. Eu ainda sentia a presença dos anjos que entraram no carro comigo, juntamente com Mercedes. Chegamos ao hospital e a parte fragmentada da alma de Mercedes que estava cativa foi reintegrada com seu corpo.

Imediatamente o poder da ressurreição lhe deu novo vigor e ela cuspiu uma bola de muco, ficando totalmente curada. No dia seguinte, ela deixou o hospital. Levei dias para assimilar a experiência. Foi como a

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alegria de um mineiro que descobre que acaba de encontrar uma pepita de ouro e sabe que encontrou apenas a ponta de um “iceberg” de riquezas incalculáveis.

Após essa experiência, busquei a Deus para saber mais sobre este assunto. Eu percebi que milhares de pessoas também poderiam estar presas em algum lugar. Uma chuva de revelações começou a se derramar sobre mim. A Bíblia era revelada de uma maneira nova e poderosa, descortinando coisas que sempre estiveram lá, mas que eu simplesmente nunca havia visto antes.

A primeira coisa que entendi foi a maneira como a alma opera. O inimigo fragmenta e aprisiona nossa alma. Eu testemunhei o mundo espiritual e suas diferentes regiões, as prisões de almas mantidas em cativeiro e os planos destrutivos do diabo. Aprendi a encontrar e a libertar as almas cativas por meio de Jesus Cristo.

Assim, permita-me começar a apresentar essa série de conhecimento, um passo de cada vez, para que possamos compreender como podemos entrar em cativeiro e também ser libertos.

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3. LOCAIS CELESTIAIS E INFERNAIS

No mundo espiritual, existem dois reinos: o reino da luz e o das trevas. No Reino de Deus, conhecido como Céu, a Bíblia menciona várias regiões denominadas de “lugares celestiais”.

Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos

lugares celestiais em Cristo Jesus. Efésios 2:6

Da mesma forma, tal como existem lugares celestiais, também há

lugares ou regiões de trevas que podemos chamar de lugares infernais. Uso a palavra “infernal” como um adjetivo comumente aplicado para classificar tudo relacionado ao diabo.

Nem todas essas regiões estão vinculadas ao destino final dos perdidos, conhecido como inferno, como veremos. Essas duas grandes regiões espirituais estão continuamente ativas sobre I terra dos vivos. Não temos de estar mortos para que o Céu se manifeste em nossa vida ou para que ela se torne um verdadeiro inferno.

A missão de nosso Senhor foi unir o Céu e a Terra outra vez, trazendo o Reino de Deus. O objetivo era fazer tudo o que pertence ao reino celestial ser estabelecido no mundo natural.

E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom

propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos..

Efésios 1:9-10

Jesus enche a Terra todos os dias com Sua misericórdia e bênçãos.

O Céu intervém em nome do justo e do injusto, tentando trazer todos os homens para mais perto do Pai celestial. Ele manifesta os desígnios de Deus na Terra, envia anjos para nos ajudar e luta conosco. Jesus está sentado nos lugares celestiais com o Pai, o que significa que podemos estar no Céu e na Terra ao mesmo tempo. Jesus viveu imerso na realidade celeste como se fosse tão palpável e visível quanto o mundo natural.

Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o

Filho do homem. João 3:13

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Jesus fala sobre ir para o Céu antes de Sua ascensão e também declara que Ele está no Céu. Por outro lado, a missão do diabo, que tenta imitar a Deus, é precisamente o oposto: unir a Terra e o inferno sob seu governo e, assim, controlar, oprimir, roubar e matar todo o mundo.

As obras do inferno são claramente visíveis entre as pessoas. Elas trazem mortes, doenças, destruições, divisões e todo tipo de mal ao mundo.

As cordas do Sheol me envolveram; os laços da morte me

alcançaram. Salmo 18:5

A Bíblia também fala sobre as circunstâncias que tornam as

pessoas prisioneiras do pecado, presas no fogo do inferno.

A outros, salvem, arrebatando-os do fogo.

Judas 1:23

Isso não se refere a remover os mortos de sua morada eterna, mas

de libertar os vivos que estão presos no fogo do diabo. Os demônios de Satanás, seu quartel-general, suas linhas de comunicação, etc., tudo está bem estabelecido na Terra. Os incrédulos dizem muitas vezes o inferno é aqui, neste plano. Embora o inferno seja real e o lugar da perdição eterna, eles podem sentir seus efeitos sobre a Terra. É por isso que estão tão confusos.

Os desígnios no mundo espiritual

Ambos os reinos operam por desígnios estabelecidos no mundo espiritual e manifestos em nossa vida. Os desígnios de Deus provêm de lugares celestiais e os do diabo de lugares infernais. Compreender as operações desses desígnios é de extrema importância para termos entendimento de por que algumas coisas acontecem.

Uma das maiores revelações de Deus para mim aconteceu quando eu estava orando por um pastor no hospital. Deus estava falando comigo sobre cativeiros e essa experiência realmente trouxe luz ao assunto.

Era um caso terminal, então entrei no Espírito para tentar ver o mundo espiritual em torno dele e como eu poderia ajudá-lo. De repente, o Senhor me deu uma visão. Eu estava em um lugar que era uma das regiões de trevas. Era um quarto frio e sombrio e o pastor doente também estava lá, na mesma cama de hospital, com os mesmos tubos. Era uma réplica exata do reino visível. O lugar estava cheio de demônios, falando sobre o homem doente. Aquele era um homem santo, um servo de Deus que o diabo queria matar.

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Eu perguntei ao Espírito Santo sobre aquele locai e Ele respondeu: “Trata-se de uma das câmaras dos desígnios do inferno. Eu quero que você se aproxime para escutar o que os demônios estão dizendo. Eu quero ensinar algo a você”.

Cheguei mais perto e os ouvi claramente cantando em uma só voz: “Ó, Satanás, que tua vontade seja feita na Terra, assim como no inferno”.

Fiquei sem fala enquanto o Espírito do Senhor me explicava como o diabo tinha estabelecido seus planos para o reino das trevas contra todos nós e seus servos do submundo sobre a Terra.

Embora a maioria dos cristãos nunca ore para tomar posse dos desígnios de Deus para si, é certo que os demônios fazem petições para que os planos do diabo prosperem.

O Pai-Nosso é um diagrama muito poderoso para estabelecer de maneira apostólica os desígnios de Deus sobre a Terra. Não deve ser meramente recitado, mas compreendido. Trata-se de um ensinamento divino para estabelecer o reino e as bênçãos de Deus em sua vida. Quando entramos em Sua presença, em profunda adoração e exaltação ao Pai celeste, devemos estabelecer o Céu na Terra, ou seja, tudo o que Deus planejou para nós.

Vocês, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja

o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu'.

Mateus 6:9-10

O diabo é um imitador e sabe como unir o visível com o invisível.

Ele usa o poder das maldições e da feitiçaria para estabelecer seus projetos sobre a Terra.

Agora, voltando à cena em que me encontrava na câmara diabólica, perguntei ao Senhor o que devia fazer. Ele respondeu: “O Filho de Deus Se manifestou para destruir as obras do diabo, não só sobre a face da Terra, mas também nas profundezas do inferno, de onde se originam. A palavra de fé decretada a partir de um espírito unido a Jesus não se limita à superfície da Terra, mas tem o poder de penetrar o Céu, o inferno e o mundo invisível”.

Então eu declarei a palavra, com todo o poder de Deus e, de imediato, o lugar desapareceu diante dos meus olhos, com todos os demônios. Voltei da visão para o quarto do hospital onde o pastor estava. A atmosfera de morte que o rodeava desaparecera. Seu rosto começou a se encher com a vida de Jesus que vivia dentro dele. Alguns dias depois, ele saiu do hospital em perfeito estado de saúde.

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O Senhor me falou claramente sobre os desígnios do diabo e sustentou isso com Sua palavra através do Salmo 74. É interessante como Asafe, um dos cantores do tabernáculo de Davi, levantou uma oração profética de profundo entendimento espiritual. Esse salmo veio do Céu e da sabedoria de Deus. Eles estavam sendo definitivamente conduzidos pelo Espírito Santo através da unção profética que se movia na tenda de adoração. Muitos acreditam e ensinam nas faculdades teológicas que os

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salmos são livros de poesia, mas o rei Davi e os salmistas não eram poetas, mas profetas.

A destruição da assembléia de Deus, neste salmo, tem início nas “ruínas perpétuas”, a sede de planejamento do diabo. Asafe clama a Deus que dirija seus passos para esse lugar infernal, pois é de lá que sai todo o mal produzido.

Por que nos rejeitaste definitivamente, ó Deus? Por que se acende a

tua ira contra as ovelhas da tua pastagem? Lembra-te do povo que adquiriste em tempos passados, da tribo da tua herança, que resgataste, do monte Sião, onde habitaste. Volta os teus passos para aquelas ruínas irreparáveis, para toda a destruição que o inimigo causou em teu santuário. Teus adversários gritaram triunfantes bem no local onde te encontravas conosco, e hastearam suas bandeiras em sinal de vitória. Pareciam homens armados com machados invadindo um bosque cerrado. Com seus machados e machadinhas esmigalharam todos os revestimentos de madeira esculpida. Atearam fogo ao teu santuário; profanaram o lugar da habitação do teu nome. Disseram no coração: “Vamos acabar com eles!” Queimaram todos os santuários do país...

Salmo 74:1-8

Tenho visto coisas semelhantes ao orar por igrejas e ministérios

que estavam sendo destruídos pelo poder do diabo. Se ignorarmos as artimanhas do inimigo, e não atingirmos o alvo com nossas orações, o demônio continuará a atacar, matar e destruir. E isso que vemos em milhares de congregações em toda a face da Terra.

Uma das maneiras de o diabo executar seus planos é através da bruxaria. Permita-me explicar como funciona. A palavra “bruxaria” vem de algo “artesanal”, um objeto ou obra. É algo feito para produzir um mal em uma pessoa, empresa ou cidade. Para que funcione, é necessário um desígnio, tramado sob a inspiração dos espíritos de bruxaria. O feiticeiro precisa de algo que represente a pessoa ou projeto a ser prejudicado. Peguemos um exemplo bem conhecido: o boneco vodu com alfinetes espetados nele. De acordo com o que a bruxa fizer na Terra, o diabo reproduzirá no inferno, e vice-versa. Do inferno, os demônios mantêm o desígnio ativo para que ele se manifeste na vida da pessoa. Trata-se de uma cópia grosseira de um princípio celestial criado por Deus:

Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido

ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado d no céu. Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus.

Mateus 18:18-19

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O diabo nunca inventou nada. Ele rouba os princípios de Deus e os perverte para seus propósitos. O poder de ligar e desligar que Jesus nos deu é uma das maneiras pelas quais Deus nos dá autoridade para estabelecer Seus desígnios na Terra.

Quando entendi a maneira como Satanás atua, comecei a direcionar minhas orações para destruir as obras do diabo, para que retornem para os mesmos lugares onde foram criadas. Quando oro por alguém e o Espírito de Deus me revela que desígnio maligno está sendo aplicado em sua vida, simplesmente declaro: “O Filho de Deus Se manifestou para destruir as obras do diabo e as profundezas do inferno. E, neste momento, declaro e libero a manifestação de Jesus, o Filho de Deus, para que rasgue em pedaços cada desígnio do diabo no reino das trevas sobre a vida de fulano. Amém”. Há pessoas que Deus tem treinado no mover profético, que enxergam as estruturas das trevas e o que o diabo está fazendo, mas nem todas conseguem. Cada pessoa pode decretar por fé os princípios descritos neste livro e Deus irá respaldá-las.

Está escrito no Céu que Jesus, o Filho de Deus, destruiu as obras do diabo e quando a oração se conecta a essa verdade, o poder de Deus é liberado e as obras do diabo são desfeitas.

Há pessoas sob desígnios de fracasso, ruína financeira, pobreza, dívidas, divórcio, destruição familiar, doenças, acidentes e muitas outras coisas. Milhares de pessoas entrarão em um novo nível de libertação quando desfizermos esses desígnios que as amarram. Gostaria de esclarecer um versículo que algumas pessoas usam para não fazer questão de compreender as profundezas do inferno. Encontra-se em uma das sete cartas do Apocalipse:

Digo-vos porém, a vós, os demais que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás...

Apocalipse 2:24

De acordo com o contexto da passagem, esse versículo se refere à

doutrina de Jezabel, à fornicação espiritual e aos sacrifícios feitos a ídolos. A palavra-chave aqui é o verbo “conhecer”, que implica em íntima comunhão com as trevas. Significa entrar em uma relação com o diabo e participar do ocultismo que liga o espírito do homem a Satanás, produzindo a mais abominável fornicação espiritual.

Neste livro, estamos lidando com a obra de Cristo capaz de destruir o poder do inferno. O próprio Jesus desceu às partes mais baixas da Terra, o que não significa que Ele conhecia as profundezas de Satanás. Discutindo essa questão com diversos apóstolos e teólogos, o Apóstolo Samuel Arboleda do Peru me escreveu o seguinte:

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“Acredito que o dom profético de conhecimento é dado pelo Espírito

Santo a fim de penetrarmos no reino das trevas, onde Deus quer nos mostrar os principais aspectos que libertarão as pessoas. Não significa descer ao inferno por uma questão de ir lá ou adentrá-lo apenas para conhecê-lo. A pessoa que o Senhor escolhe para experimentar isso faz esse tipo de libertação sob a direção de Deus, através de Seu Espírito”.

1) Ver, penetrar ou viajar até as arenas do reino das trevas não faz

parte de nenhuma metodologia específica (como as utilizadas por bruxas ou espíritas), mas é um ato profético e apostólico efetuado pelo Espírito de Deus em Seus servos que receberam o dom de conhecimento e revelação de sonhos e visões para que libertem as pessoas do cativeiro. Apocalipse 2:24 adverte contra uma possível distorção dessa poderosa arma. Apocalipse 2:24 não proíbe essa verdade profética, pois o próprio Espírito está mostrando ao Apóstolo João cativeiros nos quais cairão os falsos profetas. Sofrerão doenças, grande tribulação e seus filhos serão fatalmente feridos.

2) O dom de conhecimento, revelação de sonhos ou visões, por obra do Espírito de Deus, leva-nos a conhecer, caminhar, observar, perceber e receber orientação precisa de Deus, permitindo-nos avançar com segurança e eficiência. Em geral, ao fazermos isso, estamos em um determinado lugar, muitas vezes na frente de alguém que precisa de libertação e não podemos operar sem deixar de descrever o que vemos ao andarmos pelo inferno. Creio que a explicação prática do que fazer e de como aplicar a libertação das regiões de cativeiro está claramente exposta neste livro de Ana Mendez. (ver Capítulo 7)

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4. CATIVEIROS E CIDADES EM RUÍNAS

O objetivo do império do diabo é aprisionar as pessoas, subjugá-las, oprimi-las, roubar delas todos os dons de Deus e, por fim, destruí- las. Satanás usa a escravidão para cortar as asas do Espírito com as quais subimos às alturas de Deus.

O diabo governa através de uma cidade espiritual chamada Babilônia, que se opõe à cidade celestial, a Nova Jerusalém. Esse é o quartel- general do diabo e sob ela existem várias regiões espirituais, incluindo seu reino de terror e morte.

A mulher que você viu é a grande cidade que reina sobre os reis da

terra. Apocalipse 17:18

Jesus veio para libertar os cativos

Jesus não veio somente para nos salvar do pecado, mas também para nos resgatar do nosso cativeiro e de tudo o que implica o reino das trevas: doença, morte, falência, angústia, pobreza, etc.

O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o

SENHOR ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros.

Isaías 61:1

Os cativeiros e as prisões mencionados nessa passagem não são

físicos, mas espirituais. Deus não liberta criminosos condenados à prisão. O reino de Deus respeita a ordem e o sistema judiciário penal de uma nação e as leis do direito servem para encarcerar os que praticam o mal. Mas a unção de Deus pode também libertar os que estão presos e são inocentes, como fez com Pedro, Paulo e Silas no livro de Atos. A realidade é que o reino das trevas é formado por milhares e milhares de prisões, nas quais Satanás mantém cativa a raça humana.

Eu, o SENHOR, o chamei para justiça; segurarei firme a sua mão.

Eu o guardarei e farei de você um mediador para o povo e uma luz para os gentios, para abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na escuridão.

Isaías 42:6-7

E libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados

pelo medo da morte.

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Hebreus 2:15

O problema é pensar que o cativeiro está restrito somente às pessoas que têm problemas sociais, tais como viciados em drogas, prostitutas e alcoólatras. Depois de abandonarem seus vícios, supomos que elas deixem suas prisões e estejam livres da escravidão. Mas a questão é muito mais complexa que isso e diz respeito a todos nós. A verdade é que qualquer um pode ser cativo, inclusive os cristãos. Na Bíblia, até mesmo vemos profetas, como o Rei Davi, cativos em prisões espirituais.

Liberta-me da prisão, e renderei graças ao teu nome. Então os

justos se reunirão à minha volta por causa da tua bondade para comigo.

Salmo 142:7

O Rei Davi nunca esteve em uma prisão física. No entanto, o

construtor do tabernáculo de adoração mais extraordinário já construído disse a Deus que ele não poderia adorar porque sua alma estava em uma prisão. Essa é a realidade de milhões de pessoas incapazes de adorar, e atinge outras áreas da vida delas. Há pessoas que estão felizes no culto de domingo de manhã e que, na mesma tarde, são derrotadas pela tristeza, pela raiva e pela angústia.

Milhões de cristãos não podem encontrar a saída quando se trata de saúde, caráter e finanças. Um dia estão no auge e, no seguinte, em um vale. Isso ocorre porque a vitória de Jesus sobre o cativeiro é um assunto quase desconhecido na Igreja.

Escutem e dêem atenção, não sejam arrogantes, pois o SENHOR

falou. Dêem glória ao SENHOR, ao seu Deus,antes que ele traga trevas,antes que os pés de vocês tropecem nas colinas ao escurecer. Vocês esperam a luz, mas ele fará dela uma escuridão profunda; sim, ele a transformará em densas trevas. Mas, se vocês não ouvirem, eu chorarei em segredo por causa do orgulho de vocês. Chorarei amargamente, e de lágrimas os meus olhos transbordarão, porque o rebanho do SENHOR foi levado para o cativeiro.

Jeremias 13:15-17

Deus está reformando todas as coisas e enviando Seus pioneiros, apóstolos e profetas com diversas revelações e esta é uma delas. Então, vamos compreender como um cristão fiel, que ama a Deus, pode ter a alma aprisionada a ponto de não conseguir escapar.

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A fragmentação da alma

A alma e o espírito estão ligados e são feitos de uma substância que pode ser fragmentada. Nossa alma contém as informações de quem somos como seres espirituais. Dentro do núcleo de nossas células há uma substância chamada DNA que é uma cadeia de aminoácidos que funciona como um arquivo no qual toda a informação genética do nosso ser é encontrada. Se tivéssemos a tecnologia disponível, poderíamos demonstrar que todo um corpo poderia ser reproduzido a partir de uma única célula. O diabo não precisa possuir toda a alma de uma pessoa para aprisioná-la na esfera espiritual. Ele apenas precisa de um fragmento para prendê-la em alguma região do seu reino e de lá afligi-la. Para que isso aconteça, ele deve fragmentar a alma através de algumas circunstâncias, causando profundo medo, trauma ou dor aguda. Além disso, através do envolvimento com ocultismo e pecado, ele também pode particioná-la.

No simbolismo bíblico, quando o Senhor fala sobre Judá, muitas vezes tem a ver com a nossa alma e, quando fala de Jerusalém, tem a ver com o nosso espírito. O povo de Israel no Antigo Testamento é um símbolo da condição espiritual da Igreja. Levando isso em conta, vejamos nas Escrituras que artimanhas o diabo utiliza para fragmentar as almas.

Vamos invadir o reino de Judá; vamos rasgá-lo e dividi-lo entre

nós, e fazer o filho de Tabeel reinar sobre ele. Isaías 7:6

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Figura 1: Personalidade atrofiada/ Parte da alma continua em estado disfuncional, como consequência do cativeiro

Figura 2

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Todos nós fomos vítimas em algum momento de situações

assustadoras ou dolorosas. São momentos nos quais algo se rompe nas profundezas do nosso ser. Expressões como “Estou quebrado” ou “Partiram meu coração” descrevem nossa alma durante essa fragmentação. O diabo se aproveita desses momentos de grande sofrimento para capturar um pedaço de nós e nos manter prisioneiros em seu reino.

É interessante que, uma vez que a alma esteja particionada, o diabo permite que o filho de Tabeel reine sobre ele. Em aramaico, Tabeel significa “bom para nada”, ou seja, Satanás nos torna inúteis em uma área da nossa vida, ou em todas, em alguns casos.

O rei Davi claramente compreendia que tinha um inimigo espiritual que espreitava sua alma e queria destruí-la.

Já que, sem motivo, prepararam contra mim uma armadilha oculta

e, sem motivo, abriram uma cova para mim (minha alma). ... Senhor, até quando ficarás olhando? Livra-me dos ataques deles, livra a minha vida preciosa desses leões.

Salmo 35:7, 17

Nessas passagens, os inimigos de Davi não são apenas físicos, mas

também espirituais. Para Deus, nossa alma é como uma cidade que pode ser destruída. Se isso acontecer, ela deve ser reconstruída para voltar ao seu estado de vida normal. (Nas versões em inglês da Bíblia, muitas vezes, encontramos a palavra vida em vez da palavra alma).

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo

exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

1 Pedro 2:9

Quando o diabo rompe nossa alma, é como se nossa “cidade

interior” se tornasse desolada, em ruínas. Portanto, quando começamos a nos aproximar de Jesus, devemos iniciar um processo de restauração c libertação. Essa é a reconstrução das velhas ruínas. Nós todos precisamos ser reconstruídos para que o templo de Deus possa ser construído dentro de nós. Todos precisamos que os desígnios do diabo sejam destruídos em nossa vida para que possamos ser totalmente livres.

Assim diz o Senhor, o seu redentor, que o formou no ventre: “Eu sou

o Senhor, que fiz todas as coisas, que sozinho estendi os céus, que espalhei a terra por mim mesmo, que atrapalha os sinais dos falsos profetas e faz de tolos os adivinhadores, que derruba o conhecimento dos sábios e o transforma em loucura, que executa as palavras de seus

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servos e cumpre as predições de seus mensageiros, que diz acerca de Jerusalém: Ela será habitada, e das cidades de Judá: Elas serão construídas, e de suas ruínas: Eu as restaurarei”.

Isaías 44:24-26

O trabalho de Jesus é destruir completamente a obra do diabo

através da unção do Espírito Santo. Isso não termina com o anúncio das Boas Novas do Evangelho.

O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o

SENHOR ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano da bondade do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória. Eles reconstruirão as velhas ruínas e restaurarão os antigos escombros; renovarão as cidades arruinadas que têm sido devastadas de geração em geração.

Isaías 61:1-4

Pus as palavras-chave em negrito nessa passagem porque quero que você aprecie a obra libertadora do Senhor.

Deus quer nos levantar como reis e sacerdotes do Senhor. Os reis do reino de Deus têm as cidades brilhando. Não há rei sem território, riquezas abundantes ou autoridade. Tudo o que o rei diz é lei. Mas enquanto Tabeel estiver governando, parte de nossa alma permanecerá inútil e não estaremos no pleno controle de nossa vida e viveremos em meio à confusão, terror, doenças e sentimentos que não conseguiremos superar.

Mas vocês serão chamados sacerdotes do SENHOR, ministros do

nosso Deus. Vocês se alimentarão das riquezas das nações, e do que era o orgulho delas vocês se orgulharão. Em lugar da vergonha que sofreu, o meu povo receberá porção dupla, e ao invés da humilhação, ele se regozijará em sua herança; pois herdará porção dupla em sua terra, e terá alegria eterna.

Isaías 61:6-7

A unção apostólica é o que abre o nosso entendimento para que

tenhamos autoridade como reis quando estivermos às portas do inferno. “E as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja”. Por trás desses portões estão reis em cativeiro, filhos de Deus, que não conseguem alcançar êxito em cumprir o propósito para o qual foram predestinados,

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pois o diabo os rendeu e os tornou inúteis. Tesouros e materiais espirituais também ficam inacessíveis a esses reis, mas Deus está levantando uma geração de homens e mulheres com entendimento, com a unção de Ciro, o rei da Pérsia, para restaurar e convocar mais reis e libertar os prisioneiros.

Assim diz o SENHOR ao seu ungido: a Ciro, cuja mão direita eu

seguro com firmeza para subjugar as nações diante dele e arrancar a armadura de seus reis, para abrir portas diante dele, de modo que as portas não estejam trancadas: Eu irei adiante de você e aplainarei montes; derrubarei portas de bronze e romperei trancas de ferro. Darei a você os tesouros das trevas, riquezas armazenadas em locais secretos, para que você saiba que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que o convoca pelo nome.

Isaias 45:1-3

A alma particionada e trancada em cativeiro será atormentada por

tudo o que vê, sente e ouve em torno dela na região espiritual onde está aprisionada. Ela está presa atrás de portões de ferro nas regiões do mal no reino das trevas. Na história que contei sobre minha irmã, na qual ela foi aprisionada em uma região chamada “o portão da sombra da morte”, vimos como o lugar a afetava.

Pouco a pouco, sua alma foi ficando impregnada com a atmosfera de morte que a cercava. Inevitavelmente, a morte teria sugado sua vida e a matado, se ela não tivesse sido resgatada. Mercedes era uma preciosa serva do Senhor, cujo destino final era o Céu, mas não deveria morrer antes do tempo determinado. As portas do inferno não podiam prevalecer porque Cristo me dera a vitória.

Ao contrário da habitação da alma feita de pensamentos e emoções, os cativeiros são lugares estritamente espirituais, controlados pelos exércitos de Satanás. Para libertar as almas desses lugares, não basta apenas ter força de vontade. E necessário exercer a autoridade de Deus para avançar contra as forças das trevas.

O fogo do inferno aprisiona tanto o justo quanto o injusto. Qualquer pessoa pode ser exposta a traumas, feitiços e armadilhas espirituais. Por exemplo, quando um paciente está sob anestesia, ou quando alguém está com a alma inconsolável em um cemitério, ele entra nas regiões da morte. Isso também pode ocorrer através do medo ou ao se fazer guerra espiritual sem o entendimento correto. Uma outra causa é tentar levar o Evangelho a um território controlado pelo inimigo. Existem muitas razões pelas quais a alma é levada em cativeiro. Algumas já nascem em prisões por causa dos cativeiros dos pais.

Falamos de cidades despedaçadas representando simbolicamente a alma. Trata-se de um cativeiro hereditário.

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Eles reconstruirão as velhas ruínas e restaurarão os antigos

escombros; renovarão as cidades arruinadas que têm sido devastadas de geração em geração.

Isaías 61:4

Esse é o caso de crianças com autismo, trancadas dentro de si, em

um mundo que lhes é atribuído nas regiões espirituais. Bebês podem ser aprisionados quando os pais tentaram aborto. O embrião que sofre a intensa dor de uma mãe atormentada ainda no útero também pode ser mantido em cativeiro. Muitas vezes essas almas não querem nascer porque já estão presas nas regiões da morte.

Fobias como claustrofobia, agorafobia, medo de altura, de escuro ou de qualquer outra coisa que nos assusta tem a ver com o cativeiro da alma. Durante minha infância, fiquei traumatizada enquanto brincava com meus irmãos e irmãs. Eles pegaram uma mariposa enorme e a enfiaram dentro da minha blusa pelas costas. Eu gritava de terror, sentindo o inseto preso dentro da minha roupa sem conseguir sair. Em vez de me ajudarem, eles riram de mim. Isso produziu um medo de todas as borboletas e mariposas. Mesmo adulta, eu continuava a perder a compostura quando via uma mariposa.

Quando eu me tornei cristã, tentei várias vezes me libertar desse pânico, mas não importava o tratamento que fizesse, eu continuava presa nessa fobia. Apenas consegui me libertar depois que aprendi os princípios que estou apresentando.

Como disse antes, a alma vê, sente e ouve tudo o que está em torno dela em seu local de prisão. Um fragmento da minha alma foi mantido em cativeiro em uma cela escura e cheia de borboletas pretas voando caoticamente em torno de mim e se debatendo contra meu rosto e meu corpo. Nesse lugar, o horror que senti quando criança se perpetuava. Como consequência, quando eu via fisicamente uma dessas criaturas, minha consciência se conectava à minha alma aprisionada. Em seguida, o terror que eu vivia naquela cela me inundava e eu perdia o controle.

Esse não era o único cativeiro com o qual eu sofria. Minha alma fora fragmentada várias vezes pelo inimigo e eu tive de ir a cada prisão recuperar todos os pedaços da minha alma, um por um. Hoje, sou uma pessoa inteira, cheia de bravura e plena em todas as áreas da vida. O diabo não pode mais me assustar. Glória a Deus!

A alma aprisionada de um filho de Deus nunca poderá ser totalmente desenvolvida. Pela graça de Deus, ela atingirá um determinado nível, mas não passará desse ponto. Muitos servos de Deus morreram antes da hora. Muitos vivem escravos de medicamentos ou sofrem destruições sem razão. Outros entram em uma cirurgia atrás da outra ou vivem eternamente em escassez e necessidade. Não precisa ser

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assim. Jesus já levou cativo o cativeiro. Agora é nossa vez de sermos libertos. Então, é hora de descobrirmos muitos desses lugares que compõem o reino das trevas.

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5. OS REINOS ESPIRITUAIS REVELADOS

Existem lugares celestiais e regiões das trevas, como mencionado anteriormente. Estes últimos são o oposto do reino de Deus e são espirituais porque não estão limitados pelo tempo ou espaço, como na Terra.

Quando pensamos sobre o Céu ou o inferno, temos imagens em nossa mente sobre esses lugares, mas a realidade espiritual é bem diferente dos filmes de Hollywood, das histórias escritas por Dante Alighieri ou das pinturas da Renascença.

Deus está mudando nossa compreensão e revelação, de acordo com a unção apostólica e profética que estamos vivendo. Na teologia tradicional, há pouca compreensão do mundo invisível e do seu funcionamento.

Foram teologias escritas em um tempo antes da unção profética e apostólica de hoje. Entendemos que o “inferno” é a morada eterna dos perdidos e alguém quando morre só pode ir para o Céu ou para o inferno. Sabemos também que existe um “lago de fogo” no qual a besta e o falso profeta serão lançados juntamente com os condenados, após o grande julgamento de Deus. Conhecemos a existência de um lugar chamado “Tártaro”, a mais profunda prisão do inferno, onde moram os anjos caídos, segundo a epístola de Judas. Essa é basicamente toda a teologia disponível sobre o assunto.

No entanto, Deus está revelando a muitos profetas e apóstolos conceitos no Espírito que exigem um estudo mais profundo. As Escrituras falam de dimensões invisíveis que afetam cada um de nós. A Bíblia tem muitos versículos interessantes a respeito das regiões de cativeiro, a forma como funcionam e onde se encontram. Mas, nos dias de hoje, o Espírito Santo tem trazido mais luz sobre este assunto para a nossa compreensão.

Conhecendo o mundo invisível:

Parte da unção profética

Para compreender o mundo espiritual, devemos examinar a unção profética. Dessa forma, receberemos a revelação completa. A unção profética vai além de se falar “Assim diz o Senhor” ou ter uma visão do Céu. Ela ocorre em uma esfera diferente da nossa e serve de entrada para o reino invisível de Deus. E o instrumento usado por Deus para tornar o Reino visível, audível e palpável. A unção profética nos permite penetrar no Reino e dele extrair riquezas de sabedoria e conhecimento.

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Os profetas do Antigo Testamento experimentaram essa dimensão. Alguns deles penetraram nela, em arrebatamento, como Ezequiel, que viu o templo de Deus e a Cidade Santa. Daniel foi levado entre o Céu e a Terra para receber a visão de feras. Moisés foi levado a dimensões extraordinárias nas quais recebeu a revelação do Gênesis da criação. O livro de Hebreus diz que Deus tem preparado algo ainda muito melhor para nós. Você não consegue ver? Deus quer nos dar coisas maiores do que as que deu a esses homens de fé. Os apóstolos compreendiam essa dimensão porque penetraram no Reino de Deus. A união do Céu e da Terra através de Jesus era uma experiência diária para eles.

No livro de Atos, Filipe foi transladado de um lugar para outro, tanto o espírito quanto o corpo. A mesma coisa aconteceu com Pedro quando preso por Herodes. Enquanto estava na prisão, ele caiu em um sono profundo e viu um anjo que veio resgatá-lo. Ambos atravessaram a prisão, como se fosse uma mera visão. Mas a experiência foi tão profunda que o Senhor desconstruíu seu corpo e o rematerializou novamente fora da prisão. Paulo foi levado ao Terceiro Céu e não sabia se estava no corpo ou fora do corpo. João foi levado em espírito a ver todo o livro do Apocalipse, no qual o Céu, bem como as profundezas do inferno, lhe foram revelados.

Caro leitor, o livro de Atos não terminou no primeiro século, mas continua a ser escrito por aqueles que acreditam em Deus e têm penetrado em Seu Reino. Como podemos fazer isso?

O apóstolo João e os outros tiveram a experiência de “estar no espírito” ou entrar no Reino de Sua glória como parte essencial de sua vida espiritual. Trata-se de um estado de profunda intimidade com Deus, no qual o espírito do homem se torna hipersensível à presença do Senhor. O Apocalipse e as visões do Reino celestial podem então ser vistos em sua totalidade.

O Reino de Deus está entre nós e apenas uma membrana fina e transparente nos separa dele. Ela se rompe quando conhecemos a Deus intimamente. Nossa fé e amor a Deus e o tempo gasto a sós com Ele nos permitem passar para o outro lado. Lá, Deus Se torna visível, audível e nos dá grandes revelações.

O apóstolo João teve transes extraordinários em que viu Jesus em Sua glória. Ele não só foi levado ao Terceiro Céu, mas regióes do reino das trevas também lhe foram mostradas.

Quanto mais experimentarmos o Céu e estivermos acostumados a habitar em sua realidade, revelações maiores ainda teremos, até mesmo sobre os lugares secretos do inimigo. João viu as regiões espirituais mencionadas neste livro enquanto estava na presença de Deus. Ele foi levado ao Céu para ver o que estava para acontecer. No início do capítulo 13 de Apocalipse, o apóstolo João foi transladado de um lugar para outro,

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que iniciava com um mar. Não se tratava de um oceano na Terra, mas de um oceano espiritual, onde ele observou o surgimento da besta. Por favor, note que ele estava no Céu, observando o reino das trevas.

Vi uma besta que saía do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças, com

dez coroas, uma sobre cada chifre, e em cada cabeça um nome de blasfêmia.

Apocalipse 13:1

De lá, ele recebeu revelações de tudo o que a besta fazia sobre a

Terra. Depois ele viu um lugar entre a Terra e o inferno, a fim de ver a segunda besta surgir.

Então vi outra besta que saía da terra, com dois chifres como

cordeiro, mas que falava como dragão. Apocalipse 13:11

No capítulo 17, um anjo o levou a um lugar de trevas chamado de

“o deserto”, onde Satanás governa da Babilônia. João descreveu essa cidade espiritual como uma morada de demônios, o esconderijo de todo espírito imundo e a constituição de toda ave imunda e abominável (Apocalipse 18:2).

Um dos sete anjos que tinham as sete taças aproximou-se e me

disse: “Venha, eu lhe mostrarei o julgamento da grande prostituta que está sentada sobre muitas águas”... Então o anjo me levou no Espírito para um deserto. Ali vi uma mulher montada numa besta vermelha, que estava coberta de nomes blasfemos e que tinha sete cabeças e dez chifres.

Apocalipse 17:1,3

Jesus também falou sobre esse deserto e ensinou a Seus discípulos que os demônios habitam em lugares desertos e secos.

Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares

áridos procurando descanso. Como não o encontra. Mateus 12:43

Outra coisa revelada a João foi “o Abismo”, onde Satanás esteve

aprisionado por mil anos (Apocalipse 20:1-3). O anjo lhe mostrou “o poço do abismo” ou Abadom. Uma fumaça e gafanhotos são liberados para destruir a Terra. Mais tarde, entenderemos que esses lugares não têm importância somente no relato profético do Apocalipse, mas são lugares ativos ao nosso redor. Milhares de almas são mantidas em

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cativeiro nesses lugares enquanto Satanás executa seus planos de tirania e destruição.

O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que havia

caído do céu sobre a terra. A estrela foi dada a chave do poço do Abismo. Quando ela abriu o Abismo, subiu dele fumaça como a de uma gigantesca fornalha. O sole o céu escureceram com a fumaça que saía do Abismo... Tinham um rei sobre eles, o anjo do Abismo, cujo nome, em hebraico, é Abadom e, em grego, Apoliom.

Apocalipse 9:1-2, 11

Durante a revelação do juízo final, Deus mostrou a João os lugares

onde a morte opera. Toda pessoa que morre sem Jesus é levada a um desses três locais diferentes, onde fica até que seja julgada.

O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades

entregaram os mortos que neles havia; e cada umfoi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte.

Apocalipse 20:13-14

Ao lermos que os mortos estão no mar, poderíamos pensar que são

pessoas que morreram afogadas ou devoradas por tubarões. Se isso fosse verdade, leríamos: “O mar entregou seus mortos e a terra os que estavam dentro dela”. Mas não menciona “a terra”, apenas o mar, a morte e o Hades, os três lugares espirituais.

A experiência do apóstolo João nos revela tanto lugares celestiais quanto regiões das trevas. Deus quer que tenhamos esse tipo de experiência para que possamos dar a Seus filhos uma sabedoria maior. | Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam” (I Coríntios 2:9). Jesus veio para tornar o Céu uma realidade visível, audível e palpável.

Embora o Espírito Santo não leve todo mundo para ver o Terceiro Céu, todos podem ter visões do reino de Deus e é possível que o Senhor lhes revele os locais de cativeiro.

E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom

propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos.

Efésios 1:9-10

Ver a realidade espiritual era comum entre os apóstolos. No livro

de Atos, o apóstolo Pedro claramente identificou as regiões espirituais onde o mago Simão estava sendo mantido em cativeiro. Neste caso, uma

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visão não era necessária para identificar as regiões, pois o Espírito Santo as revelara através de uma palavra de conhecimento. O mago havia aceitado o Senhor, era um cristão batizado e participava de uma igreja local, mas nunca tinha sido posto em liberdade. Sua mente estava cativa no mundo espiritual e foi por isso que ele cometeu o erro de tentar comprar o dom do Espírito Santo. Na bruxaria, é comum comprar serviços “espirituais” com dinheiro.

Pedro respondeu: “Pereça com você o seu dinheiro! Você pensa que

pode comprar o dom de Deus com dinheiro? Você não tem parte nem direito algum neste ministério, porque o seu coração não é reto diante de Deus. Arrependa-se dessa maldade e ore ao Senhor. Talvez ele lhe perdoe tal pensamento do seu coração, pois vejo que você está cheio de amargura e preso pelo pecado”.

Atos 8:20-23

Esse trecho bíblico descreve claramente a capacidade dos

apóstolos de discernir a condição da alma das pessoas. Deus está permitindo que milhares de pessoas vejam e compreendam o mundo espiritual de maneira mais profunda, por meio dos dons de palavra de conhecimento e profecia. Dessa forma, poderemos ser mais eficazes na libertação de alguém em cativeiro, com resultados extraordinários.

Esses dons operam em diferentes níveis. Deus permite a certos profetas experiências mais vívidas do que a outros. Alguns penetrarão em grandes profundidades, como disse o apóstolo Paulo: |Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe”. Amém.

Transe em Deus x projeção astral

À medida que continuarmos a examinar a dimensão profética, surgirão perguntas como: “Ter um transe no Espírito é a mesma coisa que projeção astral?” De forma alguma! São duas coisas absolutamente diferentes.

Um transe é uma visão na qual se testemunha um evento no mundo espiritual. É como se estivéssemos em um cinema assistindo a um filme e de repente saltamos para a tela grande. A pessoa que tem essa experiência está totalmente consciente e nunca sai do corpo. “O espírito de profecia está sujeito ao profeta . Ela é capaz de se comunicar com outras que estão tendo a mesma experiência no recinto. Isso é chamado de “visão coletiva”. O profeta pode interromper a experiência voluntariamente e resume-se principalmente a uma manifestação dos dons de profecia e de palavra de conhecimento. O profeta Ezequiel disse que, nas visões de Deus, ele fora levado à Cidade Santa (Ezequiel 40).

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Essa experiência é chamada de “estar no espírito” e acontece com alguém que desenvolveu os dons de revelação. As experiências de João e Paulo podem ser melhores descritas como viajar no Espírito, que basicamente significa: “Não saber se está no corpo ou fora dele”. Deus é o único capaz de transladar espiritualmente alguém dessa maneira e não é algo realizado por um ato da própria vontade.

Por outro lado, o que é conhecido como “projeção astral” no mundo oculto é uma experiência bem diferente. O espírito do viajante fica entregue a “espíritos guias” ou “espíritos de poder” que separam o corpo de seu espírito. Depois de deixar o corpo, a pessoa permanece inconsciente, em estado letárgico, e não tem a capacidade de controlar a experiência, mas é controlada por demônios. E possível que espíritos demoníacos usem o corpo da pessoa para falar durante o transe e a voz é claramente identificada como diferente da pessoa que está em viagem espiritual. Trata-se de uma prática extremamente perigosa e contrária à Bíblia. A projeção astral é uma falsificação das experiências espirituais que Deus planejou para nós.

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6. AS DIFERENTES REGIÕES DE CATIVEIRO

As prisões Espirituais estão divididas em zonas diferentes dentro do reino do mal. A alma fragmentada é trazida a essas regiões para que os desígnios do diabo possam se manifestar na vida dessa pessoa.

Repito, a alma pode pertencer a Deus, ser salva e resgatada, mas, ainda assim, possuir fragmentos presos em cativeiros. Isso produz doenças, fracassos, medos, angústias e avarias que afetarão suas orações. Portanto, examinemos esses locais de cativeiro:

1) O lugar de trevas

A escuridão não é somente o nome genérico do império do diabo, mas também um lugar espiritual.

O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que

viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz. Isaías 9:2

Essa terra de trevas e da sombra da morte estava localizada em

Zebulom e Naftali. Jesus identifica tais regiões espirituais nessa zona específica, e não em qualquer outra, revelando que cada uma das cidades da terra pode ser governada por uma determinada área do império de Satanás.

Contudo, não haverá mais escuridão para os que estavam aflitos.

No passado ele humilhou a terra de Zebulom e de Naftali, mas no futuro honrará a Galiléia dos gentios, o caminho do mar, junto ao Jordão.

Isaías 9:1

A escuridão é estabelecida em certos lugares, criando violência,

aflição, angústia e confusão entre as pessoas que vivem nesses locais.

Dá atenção à tua aliança, porque de antros de violência se enchem

os lugares sombrios do país. Salmo 74:20

Diga-nos o que devemos dizer a ele; não podemos elaborar a nossa

defesa por causa das nossas trevas. Jó 37:19

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O salmo seguinte, escrito por um dos filhos de Corá, um levita, descreve um lugar espiritual em que ele se encontrava preso, sem saída.

Puseste-me na cova mais profunda, na escuridão das profundezas.

Tua ira pesa sobre mim; com todas as tuas ondas me afligiste. Afastaste de mim os meus melhores amigos e me tomaste repugnante para eles. Estou como um preso que não pode fugir.

Salmo 88:6-8

O Senhor revela muitos níveis de escuridão ao libertar os cativos.

Ao entrar nessas regiões, pedimos ao Senhor que brilhe Sua luz para que possamos enxergar, devido à escuridão do lugar. Muitas vezes, precisamos de anjos de intensa luz para nos abrir o caminho a fim de avançarmos.

As pessoas presas neste lugar tropeçam como os cegos. Elas vivem em constante dúvida e incredulidade, pois não conseguem enxergar. Seus olhos estão em completa escuridão, indicando não somente uma vida de pecado, mas também que desconhecem o caminho que devem seguir, o precisam que fazer ou o seu propósito. Há pessoas que se arrependeram, mas que ainda estão na escuridão, com muitas situações na vida preocupantes.

Como o cego caminhamos apalpando o muro, tateamos como quem

não tem olhos. Ao meio-dia tropeçamos como se fosse noite; entre os fortes somos como os mortos.

Isaías 59:10

Essa região pode ser descrita como um lugar cheio de buracos no

chão. Pessoas tropeçam e, quando caem, sua alma fica em aflição nesses lugares. Existem poços estreitos de opressão e sufocamento. No mundo natural, essas pessoas parecem sombrias e oprimidas. Tudo nelas é estreito: sua visão, sua forma de pensar e até mesmo a maneira como andam e se movimentam. Se você observá-las, parecerão ligadas a cordas invisíveis. Sua linguagem corporal mostra claramente seu cativeiro, preferindo locais escuros e bagunçados. Costumam ser (embora nem sempre) pessoas sem ordem na vida ou em casa. A desorganização é um indício de trevas e uma forma sistemática de atraí-las. Em Gênesis, a terra era sem forma e vazia, coberta por trevas. Jó também relaciona a falta de ordem à escuridão.

...para a terra tenebrosa como a noite, terra de trevas e de caos,

onde até mesmo a luz é escuridão. Jó 10:22

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Uma vida sem ordem e desalinhada com as prioridades de Deus demonstra claramente a existência de cativeiro em regiões das trevas.

As prisões nesse lugar são como cavernas profundas, muitas delas labirintos que levam a masmorras. No livro Cura para o espírito ferido de John Sanford, um dos ministros de libertação mais proeminentes dos Estados Unidos, ele descreve uma interessante libertação da região das trevas. Jo, a pessoa que ele libertou, vivia uma vida interior como se estivesse morta. John, depois de tentar todas as formas de libertação, foi conduzido em visão a um lugar onde o diabo a mantinha cativa:

“Eu ‘vi’ o maravilhoso Senhor caminhando por um túnel escuro e de

forte inclinação. Ele não carregava uma tocha ou lanterna. Ele mesmo era a luz. Eu O segui. A experiência foi muito semelhante a seguir um carro por um terreno estreito, à noite, vendo os faróis momentaneamente brilharem nas paredes ou arbustos, espantando a escuridão. Eu vi a luz de Jesus iluminando as paredes quando Ele passou. Chegamos a uma porta enorme de calabouço, antiga, enferrujada e trancada. Diante do Senhor, ela se abriu sozinha e o seguinte versículo varreu minha mente: “ ...estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades” (Apocalipse 1:18). Ele não teve necessidade de inserir uma chave; Ele próprio era a chave! A porta se abriu diante da autoridade. “As portas do Hades não poderão vencê-la” (Mateus 16:18b). Confirmou-se a mim em um flash que Jesus queria falar à Igreja para atacar, sair da defensiva, derrubar as portas do inferno para invadir e libertar os cativos! Nós estávamos em um calabouço do inferno e eu sabia disso!

Eu o assisti atravessar um chão sujo. A fantasmagoria do inferno fugia diante de Sua presença! Lá estava ela, em um canto, encolhida em posição fetal, algemada pelos pulsos, azul e branca de pálida, magra e esfomeada, frágil como uma criança. Com Sua bela mão com chagas de pregos, Ele, com habilidade e delicadeza, quebrou os grilhões que prendiam Jo. Ele a puxou, atraindo-a suavemente contra o peito, então pensei: “Como pastor ele cuida de seu rebanho, com o braço ajunta os cordeiros e os carrega no colo; conduz com cuidado as ovelhas que amamentam suas crias” (Isaías 40:11). Chorei de alegria diante de tanta beleza.

O Senhor retirou Jo daquele lugar. Eu descrevia em voz alta para Jo o que estava vendo. Mais tarde, ela me disse que sentiu cada momento daquilo com uma alegria indescritível. Quando Ele a carregou e respirou Seu sopro nela, Gênesis 2:7, inúmeros outros versículos sobre o vento do Espírito Santo (como em João 3) e Eliseu dando um sopro no filho morto da mulher sunamita (2 Reis 4:18- 37) varreram minha mente. Então, Ele a colocou de pé e os dois ficaram de mãos dadas, começando a sair do túnel juntos. Enquanto caminhavam, Jo começou a crescer, como um comercial antigo no qual uma menininha se transformava em uma mulher adulta. Em seguida, Ele a abraçou e tudo o que pude ver foi a pele dela passando de uma cor pálida a um rosa brilhante.

A visão terminou com Ele a soltando para correr por uma linda campina, enquanto Ele observava, radiante de alegria e orgulho”.

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Jo estava em um desses buracos profundos de onde o diabo sugava sua vida e alegria. Esses poços profundos nas regiões das trevas compõem diferentes tipos de prisões. Em alguns, as pessoas são atormentadas por demônios de medo.

Eles se manifestam como espíritos terríveis, seres com a carne corroída, espíritos de perdição e homicídio. No mundo natural, as pessoas têm medo do escuro e não conseguem dormir em um quarto sem luz, sentindo como se alguma coisa na escuridão as perseguisse. Estão sempre com medo de que algo inesperado e catastrófico lhes aconteça. Isso acontece porque é o que está literalmente vivendo; algum pedaço aprisionado de sua alma em algum local de cativeiro. Em geral, quando estamos libertando pessoas assim, nos deparamos primeiro com as “regiões de medo”, onde a alma foi fragmentada por algum incidente aterrorizante ou trauma. Poderia também ter ocorrido devido à participação no ocultismo por seus ancestrais ou pela própria pessoa. Muitos filmes de terror também são produzidos com a finalidade de aprisionar almas.

Algum tempo atrás, tivemos uma ofensiva de guerra espiritual na Disney World, na Universal Studios e em outros parques de diversões na área de Orlando, na Flórida.

Ficamos surpresos ao ver tantos passeios cujo objetivo era encher as pessoas com medo. Mas isso não é tudo; em muitos deles, no momento de maior medo, a voz de um demônio ou monstro é ouvida gritando “Agora vou possuir sua alma” ou “Sua alma é minha por toda a eternidade”. Você considera esse um brinquedo inofensivo? Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Milhares de pessoas saem desses parques com os rostos pálidos de terror. Elas riem de nervoso, totalmente ignorantes às artimanhas do diabo. O Senhor nos revelou prisões espirituais das trevas em lugares de aparente diversão e choramos em profunda intercessão para libertar as milhões de almas que permaneciam lá em cativeiro.

Um outro tipo de prisão na região das trevas é o pecado. As regiões espirituais não são isoladas. Por exemplo, quando uma pessoa sofre um trauma intenso, regiões de medo capturam sua alma. Conforme aumentam as circunstâncias de medo durante a vida, sua alma afunda em níveis mais profundos que discutiremos mais tarde. Em geral, o Espírito Santo revela os locais de cativeiro das almas.

As prisões de pecado são semelhantes a celas; às vezes há vales de pessoas acorrentadas e chicoteadas por demônios que as coagem a pecar mais e mais. Muitas delas estão localizadas em lagos lamacentos de imundície e perversão sexual cercados por demônios grotescos de sensualidade. Temos visto pessoas obrigadas a beber sem cessar em lagos de álcool e outras forçadas a se drogar continuamente em suas celas.

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Chamas de fogo surgem do fundo da prisão e violentamente queimam a alma. Esse é o caso extremo de alguém que não consegue sair.

Cartaz da atração “A Vingança da Múmia”, na Universal Studios.

Somos todos responsáveis por nossos pecados, pois o livre arbítrio é sempre nosso, não dos demônios. Refiro-me aos casos de possessão verdadeira, em que a pessoa se arrependeu de verdade, mas não consegue evitar pecar outra vez. Devemos ter cuidado e usar o discernimento nesse momento porque há pessoas que dizem ter se arrependido, mas na realidade amam o pecado. Nesse caso, devemos conduzi-las a um encontro com o sacrifício de Jesus na cruz, para sentir a dor de Jesus por seus pecados.

As regiões de trevas são diversas e não é o propósito deste livro exaltar as habitações de Satanás.

De todos os locais de cativeiro, os que mais me impressionam são as prisões do homossexualismo. Nesse lugar, os gêneros sexuais são confusos. É um turbilhão de pessoas de sexos misturados. Homens são então colocados em prisões sob a forma do órgão masculino e as mulheres sob a do feminino, tornando-os homossexuais e lésbicas. As pessoas que vi imersas nessas prisões foram totalmente consumidas por esses gigantescos órgãos. Elas eram incapazes de ver o sexo oposto da

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maneira como Deus havia projetado. O Senhor tem me permitido libertar pessoas do homossexualismo e transformar sua vida radicalmente. Um jovem escreve o seu testemunho neste livro (capítulo 9).

A) Portões de trevas

A região de “trevas” com suas prisões, labirintos, vales e abismos é uma zona ligada a outras regiões. Normalmente, esses portões estão na parte dianteira.

a. Regiões de Medo

Essas regiões e demônios são protetores e responsáveis por trazer os prisioneiros das regiões de trevas. Quando a alma de uma pessoa é aterrorizada por algum evento extremo, essa porta se abre e a alma fragmentada é levada cativa.

b. Câmaras de Pacto

As cerimônias ocultistas realizadas no mundo natural abrem portões no mundo espiritual. Algumas portas têm sua origem na feitiçaria, na bruxaria, nas adivinhações, nos rituais de idolatria, nos rituais maçônicos, no controle da mente e em todos os tipos de rituais da Nova Era.

Exemplos de Regiões de Cativeiro (diferente em cada caso)

Trauma Pactos Pecado Dor

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c. Os Portões da Dor

Portões se abrem depois que uma alma sofre uma profunda dor, como a perda de um ente querido, rejeição ou abandono. Também podem ocorrer quando a alma de um feto sofre uma tentativa de aborto. Traições, humilhações ou insultos levam a alma dividida ao cativeiro. As pessoas são conduzidas pela dor nas regiões de trevas aos cativeiros do ódio, da raiva, da vingança, da violência e do ressentimento, onde estão aflitas e atormentadas.

2) O abismo, os poços e os lugares profundos

Em cada uma das regiões de cativeiro, há prisões, poços e correntes de águas turvas e lamacentas. Todos esses podem ser encontrados nas regiões de trevas, no Abismo, em Abaddon e na sombra da morte.

Os poços espirituais servem como armadilhas para capturar suas presas. A alma se afoga em desespero, sentindo-se impotente e sem saída.

Preparam armadilhas para os meus pés; fiquei muito abatido.

Abriram uma cova no meu caminho, mas foram eles que nela caíram. Salmo 57:6

O Abismo é um local próximo ao inferno ou Sheol, que significa

“lugar inferior” e é o lugar de águas das trevas. Espíritos de Água são enviados de lá, como Leviatã, o príncipe do orgulho.

Naquele dia, o SENHOR, com sua espada severa, longa e forte,

castigará o Leviatã, serpente veloz, o Leviatã, serpente tortuosa; matará no mar a serpente aquática.

Isaías 27:1

Mas às profundezas do Sheol você será levado, irá ao fundo do

abismo! Isaías 14:15

O Abismo é, sem dúvida, um dos portões do inferno. É a partir

desse lugar que “a besta” do Apocalipse sairá. A Bíblia ajuda a identificar uma das suas principais entradas, conhecida como a face do abismo. Esse lugar está localizado sob o gelo nas regiões polares, onde não há terra seca.

... quando as águas se tomam duras como pedra e a superfície do

abismo se congela? Jó 38:30

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Em 2004, o Senhor nos levou a uma expedição de guerra espiritual

no Pólo Norte, antes desse versículo em Jó ter sido revelado a mim. O Senhor me inspirou a lutar contra os poderes das trevas que afetavam alguns países europeus a partir dali.

Caminhávamos por um vale enorme de água congelada quando meu espírito começou a ouvir gritos e vozes vindo de debaixo do gelo. Naquele momento, o Senhor abriu meus olhos espirituais e vi milhares de pessoas mantidas em cativeiro em um poço sem fundo. Espíritos de loucura, em seguida, emanaram daquele lugar e foram lançados sobre a Terra. Naquele momento, um dos nossos guerreiros sofreu um ataque de morte. Sua vida começou a deixá-lo de repente. O Senhor nos direcionou a segurá-lo a fim de que ele não caísse. Eu e Emerson o arrastamos para longe daquele lugar e o Espírito nos exortou a não pararmos de orar para impedir que o demônio aprisionasse sua alma. Depois de algum tempo, obtivemos vitória. Voltamos do Pólo Norte, mas a lembrança do que tínhamos visto e experimentado não saía da nossa mente.

Logo depois, o Apóstolo Fernando Orihuela, da Bolívia, disse-me que o Espírito Santo havia lhe revelado a importância dos pólos no mundo espiritual, mostrando a ele que a entrada para a face do abismo ficava no Pólo Norte. Quando ele me disse isso, o que tínhamos passado por lá fez muito mais sentido.

O Abismo é composto por poços profundos de água e as almas são aprisionadas em alguns deles; em outros, encontramos demônios prestes a serem liberados quando soar a quinta trombeta, de acordo com o livro do Apocalipse.

O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que havia

caído do céu sobre a terra. A estrela foi dada a chave do poço do Abismo. Quando ela abriu o Abismo, subiu dele fumaça como a de uma gigantesca fornalha. O sol e o céu escureceram com a fumaça que saía do Abismo. Da fumaça saíram gafanhotos que vieram sobre a terra, e lhes foi dado poder como o dos escorpiões da terra.

Apocalipse 9:1-3

a. Poços do Abismo e Poços de Lodo

Salva-me, ó Deus!, pois as águas subiram até o meu pescoço. Nas profundezas lamacentas eu me afundo; não tenho onde firmar os pés. Entrei em águas profundas; as correntezas me arrastam... Não permitas que as correntezas me arrastem, nem que as profundezas me engulam, nem que a cova feche sobre mim a sua boca!

Salmo 69:1-2, 15

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Na época em que o livro dos Salmos foi escrito, os profetas no tabernáculo de Davi compreendiam muito bem o reino espiritual. Eles viram e experimentaram muitas das mesmas coisas que Deus está nos revelando hoje. Quando entramos em adoração profética, os dons do Espírito Santo começam a fluir e visões detalhadas aparecem diante de nossos olhos.

Os salmistas que escreveram esse tipo de música não escreviam poesia. Tratam-se de orações de guerra espiritual, conduzidas por Deus de uma forma específica e com muito entendimento.

Os poços de lodo têm a ver com a lama da iniquidade. São as armadilhas criadas pelo inimigo, situações em que alguém se encontra emaranhado em uma rede de iniquidade e não consegue escapar. No mundo natural, isso se manifestará através de situações difíceis. Pode ser um negócio fraudulento com implicações criminosas, o qual atará as mãos da pessoa. São circunstâncias planejadas para levar à destruição. As pessoas podem sentir como se estivessem se afogando e sem conseguir escapar.

b. Poços de Desespero

Coloquei toda minha esperança no SENHOR; ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito de socorro. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro.

Salmo 40:1-2

Muitas das pessoas que caem em depressão estão cativas em algum

poço. O Senhor me salvou de um hospital psiquiátrico, onde minha alma despedaçada fora aprisionada em poços aparentemente sem saída. Eu podia sentir claramente que estava afundando cada vez mais em um buraco profundo e escuro. As vozes do diabo me atormentavam dia e noite e eu tinha visões de seres horríveis me atacando o tempo todo. Meu espírito e alma viviam nas profundezas de um lugar desolado e profundamente triste. Eu tinha pesadelos vívidos todas as noites e os médicos achavam que a causa era uma esquizofrenia. Hoje, vejo tudo de forma diferente. Eu estava experimentando um cativeiro em minha alma. Eu me sentia amarrada e presa por paredes invisíveis que me sufocavam. Sentia como se eu mal pudesse respirar.

Quando Deus me salvou e Jesus realmente entrou em meu coração, eu literalmente vi a porta de ferro daquela catacumba se abrindo e me vi sendo conduzida a um local espaçoso, cheio de luz e paz.

Abner olhou para trás e perguntou: “É você, Asael?”

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‘‘Sou eu”, respondeu ele. II Samuel 2:20

Os lugares do Céu são espaçosos. O Espírito sobe e flutua. Nossa visão se expande e se torna clara. Paz e alegria estão em toda parte.

Eu tive de permanecer firme para manter minha libertação. Lembro-me, no início da minha vida cristã, como o diabo sugeriu por diversas vezes que eu mergulhasse em um dos poços de aflição. Suas palavras eram deprimentes, lembrando-me da dor que havia sofrido. Era como estar em uma ladeira escorregadia difícil de se manter em pé. Muitas vezes, via o poço claramente, convidando-me para pular dentro dele. O diabo me pressionava fortemente, mas a minha vontade pertencia a mim e eu não iria me render a ele. Minha vontade serviu como um leme e me manteve nos braços de Jesus. Quando sentada em Seu colo certo dia, ouvi Sua voz me dizer: “Cale a boca do abismo! Tenho autoridade para fechá-lo e Eu estou dando ela a você!”

Então o fiz. Agora, não importa o quanto minhas circunstâncias sejam tristes, esse poço permanece fechado e não pode mais me engolir. Aleluia!

Nossa vontade é uma arma poderosa. Entregue-a a Deus e exerça o poder da decisão, escolhendo sempre os caminhos do Senhor. Pare de acreditar que o diabo é todo-poderoso. Ele não é.

c. O Poço da Destruição

Mas tu, ó Deus, farás descer à cova da destruição aqueles assassinos e traidores, os quais não viverão a metade dos seus dias. Quanto a mim, porém, confio em ti.

Salmo 55:23

Embora existam poços de perdição eterna, há também aqueles que

mantêm as pessoas presas no pecado, nos vícios e nas más ações. Tenho visto pessoas cuja mente está completamente cativa nesse lugar. Quase todas as portas internas estão tomadas por demônios e sua mente cativa recebe os desígnios do diabo com grande clareza. E o que acontece com os feiticeiros, os membros da máfia, traficantes, ladrões e assassinos em série.

d. O Poço da Corrupção e o Poço da Iniquidade

Foi para o meu benefício que tanto sofri. Em teu amor me guardaste da cova da destruição; lançaste para trás de ti todos os meus pecados.

Isaías 38:17

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Simão, o mágico, sobre quem escrevi anteriormente, era mantido preso nesse poço.

Pois vejo que você está cheio de amargura e preso pelo pecado.

Atos 8:23

Em países com muita corrupção, os poços operam a nível nacional.

A consciência do povo é totalmente influenciada por esse lugar.

Caíram as nações na cova que abriram; os seus pés ficaram presos

no laço que esconderam. Salmo 9:15

Em meu país, o México, isso é bastante evidente. Costumamos ver

pessoas operando em todas as formas de corrupção, sem qualquer remorso. Subornar policiais para evitar o pagamento de uma multa, mentir, roubar e tirar proveito dos outros são práticas comuns, mesmo entre os cristãos. O pior é que não percebem que, em muitos casos, trata-se de algo normal para eles. Isso acontece a partir do poço de corrupção e devemos libertar nossa alma desses lugares.

Todos nós, como filhos de Deus (se é isso que somos), temos a capacidade de invocar nossa própria alma para que saia do seu cativeiro. Deus nos deu o poder de derrotar as portas do inferno. Temos as chaves do reino de Deus para abrir todas as portas das prisões onde possamos estar sendo mantidos cativos. Abra-as! Ordene que sua alma saia desses lugares. Você não pertence a nenhum deles. Você pertence a Deus e deve assumir sua posição nos lugares celestiais.

Toda a criação está escravizada nessas regiões. É por isso que é tão importante entender quem somos em Deus e nossa missão como libertadores.

De que a própria natureza criada será libertada da escravidão da

decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.

Romanos 8:21

3) Lugares de morte, Sheol, o vale da sombra da morte e a

morte

Esta é uma parte muito interessante do nosso estudo, pois esses três locais constituem uma das mais importantes vitórias de Jesus.

Muitas vezes pensamos que a obra da cruz terminou quando o Messias entregou Seu espírito no Calvário. No entanto, Ele desceu até as partes mais baixas da Terra para concluir Sua obra.

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No Getsêmani, Ele venceu a dor da alma e o medo da morte, o que demorou três horas. Entre seu cativeiro, julgamento e crucificação, menos de 24 horas se passaram. Mas nas partes mais profundas da Terra onde Ele derrotou o inferno, a morte e as regiões do nosso cativeiro, demorou três dias. Isso é algo muito importante para considerarmos.

Jesus não Se limitou a simplesmente morrer por nós. O como, o onde e o quando de Sua morte e sepultamento são muito significativos. Cada parte do Seu sofrimento teve um propósito, fazendo parte do projeto completo para nossa redenção.

Antes mesmo da fundação do mundo, Ele estava espiritualmente morto a fim de resgatar nosso espírito (Apocalipse 13:8).

Com a dor de Sua alma, Ele pagou nossa dor. Em Seu corpo, Ele sofreu toda doença e iniquidade. Despojado de Suas vestes, ele expôs o pecado e, através da morte, derrotou a própria morte.

Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele

também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo.

Hebreus 2:14

Era necessário Jesus ser sacrificado na Páscoa porque Ele era o

Cordeiro de Deus. Isso tinha de acontecer no topo de um monte, o Calvário, para que fossem tomados os poderes do diabo nos pontos mais altos. E foi também relevante o Seu corpo ser colocado em uma caverna coberta por uma pedra porque Jesus não só conquistou as alturas, mas também as partes mais profundas da Terra. O estudo exaustivo de cada parte de Sua paixão é bastante impressionante. Eu analisei esse assunto em meu livro Comei da Minha Carne, Bebei do Meu Sangue, mas por agora vou apenas focar em Sua morte.

Como dissemos antes, a morte não é o nosso destino final neste mundo. Ela opera em meio ao mundo natural de muitas maneiras: através do medo, de doenças, acidentes, loucuras e de tudo o que deteriora. No reino espiritual, a morte anula todos os movimentos do Espírito e destrói igrejas e ministérios. Tudo o que o homem faz separado de Deus é morte.

O tema da morte deixa as pessoas mais nervosas porque esse é o método que o diabo usa para controlar o mundo.

Para o verdadeiro crente, que tem seu coração nas coisas eternas, a morte nada mais é que a vitória que nos une ao nosso amado Jesus. O homem que aprende a negar sua própria vida, mesmo que isso signifique morrer, derrota a morte e desarma o diabo e seu império. Para esses crentes, a morte não é um assunto traumático ou assustador, pois eles já

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a derrotaram. Infelizmente, muitos dos nossos amados irmãos ainda estão lutando e sendo mantidos em cativeiro, de onde devem sair.

a. Sheol

O significado hebraico para sepultura é “lugares mais baixos”. Em grego, ele é chamado de “Hades” e, em latim, “inferno”. A palavra “inferno” simplesmente indica o local onde Satanás está acampado. Satanás é “o príncipe das potestades do ar” e, sob este título, ele controla o segundo céu e governa o cativeiro e a morte do submundo.

Ninguém nega que diabo governa o ar nem refuta o conceito de que o “segundo céu” influencia a Terra. Mas agora Deus quer aumentar nosso entendimento sobre a “base de operações” do inimigo para que destruamos sua obra em todas as dimensões.

O diabo não é só o príncipe da potestade do ar, mas ele divide o título de “Anjo do Abismo”, “príncipe das trevas” e o que “tinha o poder da morte” (Hebreus 2:15). Portanto, pensar no mundo espiritual apenas em termos de “Céu e inferno” é uma percepção muito limitada.

O diabo governa a partir do ar e das montanhas. No Sheol, ou inferno, ele lida com o cativeiro e a morte. A região da morte tem duas partes: uma é a morada dos mortos e a outra o lugar de opressão utilizado para atormentar as almas capturadas. A partir desse local, Satanás libera enfermidades, doenças e morte.

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Como eu disse anteriormente, “inferno” e “infernal” são palavras que usamos para descrever as coisas que têm a ver com o diabo. No entanto, trata-se mais de um uso popular de linguagem do que de uma descrição exata.

Alguns países são reflexos das regiões da morte, como a Polônia. No ano de 2000, a fim de abrir os céus daquele país, lideramos uma expedição de guerra espiritual ali e o Espírito revelou que a nação havia feito pactos com as regiões da morte. O poder espiritual sobre a nação foi chamado de “a Madonna negra”.

Sua imagem pode ser encontrada no subsolo da basílica de Jazna- Gora, na cidade de Czestochowa. É uma réplica dos desenhos do inferno, sendo a capela pintada de preto, assim como seu rosto, com três cicatrizes em um dos lados. O rosto era o mapa da destruição da Polônia, com sede no inferno. A história da Polônia é um reflexo do rosto do seu próprio ídolo. O país foi dividido em três partes mais de uma vez.

Além disso, existem crucifixos com a imagem de Jesus pendurado na cruz espalhados por toda a nação. No começo, eu pensei que era algum símbolo religioso, mas o Senhor iluminou meu entendimento.

Ele disse: “O diabo quer me ver morto porque essa é a vitória que ele anuncia no inferno, dizendo que foi ele quem Me matou. Cada um desses crucifixos é uma marca territorial para estabelecer a morte em todo o país. São os decretos que estabelecem a região do Sheol na Terra”.

A Polônia foi devastada e destruída muitas vezes em sua história. Na verdade, Adolf Hitler escolheu esse país para construir um altar para a própria morte.

Ele estudou o ocultismo extensivamente e o diabo lhe pediu para reproduzir uma réplica do inferno na Terra. O objetivo de cada anticristo é a construção de um altar de morte para governar o mundo. O objetivo de Hitler era queimar seis milhões, seiscentos e sessenta e seis mil judeus e cristãos. Esse altar foi construído em Auschwitz, na Polônia.

As intenções do líder alemão eram mais do que simplesmente matar o povo judeu. Se esse fosse seu único objetivo, ele teria bombardeado os guetos onde eles eram mantidos prisioneiros. Por que transportá-los a um outro lugar? Por que alimentá-los e mantê-los em cativeiro? Por que gastar dinheiro e energia construindo campos com quartos, câmaras de gás e crematórios, se o objetivo era apenas para matá-los?

O plano era mais diabólico. Ele precisava reproduzir a dor do inferno com seus sons de agonia e desespero. Ele queria recriar os diferentes níveis de prisões e masmorras que existiam no inferno. Como a alma de Hitler estava em cativeiro, ele desejava reproduzir os mesmos

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lugares apertados, as opressões e os sentimentos de sufocamento que ele experimentava.

A Madonna Negra, Polônia

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Campos de Concentração Nazistas na Polônia

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Câmaras nas quais as pessoas eram colocadas para morrer

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Campo de Concentração de Auschwitz, Polônia

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Campo de Concentração de Auschwitz, Polônia

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Crematório de Auschwitz, Polônia

Campo de Concentração de Auschwitz, Polônia

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Nas celas mais profundas da prisão de Auschwitz, os cativos de Hitler eram pendurados vivos nas paredes. Às vezes, levavam até quatro dias para morrer. Ele se deleitava com as músicas de Wagner e Beethoven, misturadas aos gritos de terror e dor de seus prisioneiros, provenientes das câmaras de gás e das salas de tortura.

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Enquanto isso, o império das trevas se expandia pela Europa. O cativeiro e a sombra da morte eram estabelecidos pelo continente. É horrível fazer libertações coletivas dos que estão nas regiões de cativeiro dessas nações. A dor dos que estão presos devido às experiências de seus pais na Segunda Guerra Mundial é de cortar o coração. Abrir as portas de suas prisões e libertá-los é, ao mesmo tempo, triste e alegre. Muitas vezes a saúde é renovada e as curas são instantâneas.

Sheol não é apenas um lugar, mas também um poder usado por Satanás para aprisionar as pessoas. Hitler compreendia o poder do Sheol. Isso não apenas gera cativeiros durante a vitimização, como no caso do povo judeu durante a guerra, mas o Sheol também tem um poder de atração que faz com que as pessoas sejam aprisionadas.

Inclinarei os meus ouvidos a um provérbio; com a harpa exporei o

meu enigma... Como ovelhas, estão destinados à sepultura, e a morte lhes servirá de pastor. Pela manhã os justos triunfarão sobre eles! A aparência deles se desfará na sepultura, longe das sitas gloriosas mansões. Mas Deus redimirá a minha vida da sepultura e me levará para si.

Salmo 49:4; 14-15

Nesses versículos, destaco o fato de que os justos não serão

governados, mas governarão. Essa cena não está acontecendo com as pessoas que morreram porque não teremos contato com elas.

No entanto, a morte se alimenta de pessoas entre os vivos e o Sheol é a sua morada. Elas vivem lá em um sentido espiritual e se alimentam de tudo o que tem a ver com a morte. A passagem diz que você pode ver o local de seu cativeiro escrito em seus rostos. Podemos ver um reflexo disso em seus olhares abatidos e de sofrimento.

Observe na próxima passagem que a alma do Rei Davi estava cativa no inferno, o que gerou uma doença que quase o matou.

SENHOR meu Deus, a ti clamei por socorro, e tu me curaste.

SENHOR, tiraste-me da sepultura (Sheol); prestes a descer à cova, devolveste-me à vida.*

Salmo 30:2-3

Acreditar em mentiras ou falsidade nos aprisiona nas regiões da

morte.

Vocês se vangloriam, dizendo: “Fizemos um pacto com a morte, com

a sepultura fizemos um acordo. Quando vier a calamidade

* Sheol e sepultura/cova são a mesma palavra.

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destruidora, não nos atingirá, pois da mentira fizemos o nosso refugio e na falsidade temos o nosso esconderijo

Isaías 28:15

b) A Sombra da Morte

Essa é a projeção das coisas que se movem nas regiões da morte e do Sheol na Terra.

As cordas do Sheol me envolveram; os laços da morte me

alcançaram. Salmo 18:5

Entendemos que muitas doenças são provenientes de regiões como

o vale da sombra da morte ou do inferno.

No Salmo 23, vemos que muitas vezes um cristão pode estar passando por esse vale e sofrendo as consequências dessa viagem. Em outras, a alma foi levada cativa e, se não for resgatada, afundará mais e mais até que morra.

Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não

temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem.

Salmo 23:4

Isso é algo perigoso para um paciente em um hospital. As pessoas

não têm conhecimento da conexão com as regiões da morte. Na verdade, a maioria dos hospitais é construída perto de um cemitério e há atividade espiritual a partir das regiões de morte localizadas nas proximidades. Esses lugares de intenso sofrimento, trauma, dor e morte são projetados para aprisionar e capturar pessoas inocentes.

Se você tem de ir a um hospital, deve fechar imediatamente as portas da morte e do inferno e espiritualmente cortar todas as correntes da morte e os túneis espirituais provenientes dos cemitérios.

Em Jesus, temos as chaves do inferno e da morte, que devem ser usadas para fechar e abrir. No caso de fechar a porta, faça um decreto com a autoridade que Jesus deu a cada um de nós. Mais à frente, discutiremos as regiões celestes e entenderemos que não há razão para nós, como filhos de Deus, irmos para hospitais. Deus quer nos poupar desse sofrimento desnecessário.

Não muito tempo atrás, realizamos uma guerra espiritual na cidade de Saint Augustine, na Flórida. Nosso escritório ministerial fica localizado nas imediações. Além de ser a cidade mais antiga dos Estados Unidos, é considerada a terceira cidade mais assombrada do país.

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A morte é o tema central da cidade e seus habitantes, ilustrada por atrações da cidade, tais como passeios fantasmagóricos. Famílias de todo o mundo trazem suas crianças e bebês para os cemitérios e casas assombradas da região. Todos os que vêm — em especial as crianças — ficam cara a cara com espíritos reais. Noite após noite, dezenas de pessoas adentram as regiões da morte e são inadvertidamente aprisionadas.

Pedimos ao Senhor uma estratégia para libertar a cidade e Ele revelou que a população estava submersa na região da “sombra da morte”.

Essa é a parte mais superficial do inferno, encontrada ao nível do solo. E também onde os espíritos poltergeist vagueiam e os espíritas invocam os espíritos dos mortos. Essa prática atrai espíritos de morte, produzindo doenças e morte espiritual entre a população.

Alguns teólogos ensinam que não é possível que os espíritos de pessoas mortas tenham contato com os vivos, crendo que os fantasmas são demônios que assumem a forma e a voz daqueles que partiram. Eu também acreditava nisso até que Deus me abriu os olhos durante uma batalha espiritual em Roma, Itália.

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Fomos ao Vaticano orar pelos católicos mantidos em cativeiro e fazer isso naquele lugar incitou uma intensa batalha. O Espírito Santo me disse: “Você está ignorando completamente o exército dos mortos. Eles estão vindo contra você. Mobilize o meu exército de anjos contra eles”. Ao obedecer, eu me lembrei que os católicos pedem aos mortos em cada missa que os protejam.

Ao estudar o assunto com maior profundidade, primeiro consultei o Espírito Santo e depois vários teólogos, questionando sobre versículos bíblicos que confirmassem que os fantasmas são mesmos demônios e não espíritos dos mortos.

Todos chegaram à mesma conclusão: nada. Admitiram que era um assunto praticamente desconhecido na teologia cristã e, no entanto, concordaram que havia passagens na Bíblia onde os mortos apareceram no mundo dos vivos.

Cheguei à conclusão de que, se as Escrituras não afirmam que os fantasmas ou espíritos dos mortos são demônios, por que deveríamos acreditar nisso? Nós devemos examinar a Palavra de Deus para descobrir a verdade.

Sinto que, em matéria de libertação, é importante saber a diferença entre demônios, fantasmas e espíritos dos mortos. Observe os versículos que sustentam o que o Senhor me mostrou:

Lançada ao chão, de lá você falará; do pó virão em murmúrio as

suas palavras. Fantasmagórica, subirá sua voz da terra; um sussurro vindo do pó será sua voz.

Isaias 29:4

O Senhor afirma que há alguém falando dos mortos debaixo da

Terra, como a voz de um fantasma.

Um espírito roçou o meu rosto, e os pêlos do meu corpo se

arrepiaram. Ele parou, mas não pude identificá-lo. Um vulto se pôs diante dos meus olhos, e ouvi uma voz suave, que dizia: "Poderá algum mortal ser mais justo que Deus? Poderá algum homem ser mais puro que o seu Criador?”

Jó 4:15-17

Jó identifica a pessoa que fala com ele como um fantasma. Ele

tinha o rosto de um homem, mas não era alguém que Jó conhecia. Ele também não disse que era um demônio ou um anjo. A Bíblia sempre identifica os anjos.

Há uma outra passagem encontrada no livro de Salmos, na qual o Rei Davi orou contra as vozes dos mortos.

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Não permitas que eu seja humilhado, SENHOR, pois tenho clamado

a ti; mas que os ímpios sejam humilhados, e calados fiquem no Sheol. Salmo 31:17

Na Bíblia, há um exemplo de invocação dos mortos. O Rei Saul

pediu à feiticeira de Endor que chamasse o espírito do profeta Samuel. Trata-se de um pecado. Conversar com os mortos é uma tentativa do diabo de aprisionar a alma de uma pessoa. Estes versículos demonstram que os mortos não são demônios, mas espíritos humanos.

O rei lhe disse: "Não tenha medo. O que você está vendo?" A mulher

respondeu: "Vejo um ser que sobe do chão”. Ele perguntou: "Qual a aparência dele?" E disse ela: "Um ancião vestindo um manto está subindo”. Então Saul ficou sabendo que era Samuel, inclinou-se e prostrou-se, rosto em terra. Samuel perguntou a Saul: “Por que você me perturbou, fazendo-me subir?”

1 Samuel 28:13-15a

Vemos aqui que um dos que surgiram dentre os mortos foi o

profeta Samuel. Talvez a médium o tenha visto como um espírito cheio do esplendor de Deus, uma vez que ela o confundiu com um deus, mas certamente não se tratava de um demônio disfarçado.

Agora, voltemos à história da cidade assombrada de Saint Augustine. Perguntei ao Espírito Santo sobre como orar contra os fantasmas que vagueiam nessa zona da sombra da morte, já que não são demônios. Ele me respondeu: “Ordene a Meus anjos que os levem cativos para suas habitações eternas”. Fizemos isso e logo eles foram presos e levados para as regiões profundas das trevas. Desde então, nunca mais os vimos.

No lugar da “sombra da morte”, o diabo tem seus desígnios para destruir a vida espiritual das igrejas, os moveres de Deus e Seus ministros. Às vezes, ouvi a seguinte expressão: “Essa cidade é um cemitério para pastores”. Isso acontece porque a cidade está coberta por uma região de morte.

Em 2003, fui convidada para ministrar na Igreja “El Rey Jesús”, uma igreja em crescimento, em Miami. O pastor Guillermo Maldonado me disse que estava preocupado porque cada igreja que crescera e atingira a quantidade de 1.500 membros na cidade havia sido drasticamente destruída. Ele me falou de líderes de diversas igrejas que caíram em pecado depois que sua congregação chegou a 1.500 membros. Seus ministérios e suas igrejas foram totalmente destruídos. Expliquei os desígnios do inferno e concordamos em orar para descobrir o desígnio da morte sobre a cidade.

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Através de uma visão, o Senhor nos levou a uma das regiões do inferno. Lá vimos demônios aliados a bruxas que haviam construído um cemitério para pastores no mundo espiritual. O objetivo desse cemitério era matar a vida espiritual dos servos de Deus. Vimos lápides com os nomes de cada pastor que ministrava em Miami e dentre eles estava o Pastor Maldonado. No espírito, removemos os túmulos e abrimos as prisões. Um por um, nós libertamos os pastores. Depois disso, destruímos o cemitério espiritual com o poder de Deus e obtivemos grande vitória. Amém!

Desde esse dia, o número de igrejas se multiplica na cidade. Hoje, “El Rey Jesus” é uma das maiores igrejas hispânicas dos Estados Unidos. O desígnio de um cemitério demoníaco no mundo natural também pode ser encontrado na cidade de Cassadaga, perto de Orlando, na Flórida. Essa cidade pratica o ocultismo e o diabo controla os parques de diversões de Walt Disney de lá.

Entre os túmulos do cemitério, havia um trono dedicado a Satanás. Há uma região dos Estados Unidos cercada por bruxaria indicando a consagração de países ao diabo. No Espírito, Deus nos mostrou um cemitério de pastor ao redor dessa região e muitos pastores foram enterrados lá para que morressem espiritualmente. Houve igrejas e muitos pastores que trouxeram avivamento na história de Orlando, mas que caíram em pecado. Ainda alguns que se mudaram para outros estados, no auge do seu crescimento.

Nós destruímos esse lugar espiritualmente e Deus começou a fazer muitas coisas maravilhosas em Orlando.

c) A região da morte

Essa é a morada daqueles que partiram deste mundo. Às vezes, nas casas funerárias ou em locais de acidentes, o Senhor nos leva a clamar por uma ressurreição. A pessoa morta ou alguém que você esteja tentando trazer de volta I vida deve ser removida da região da morte. Somente Deus pode realizar ressurreições. A vida e a morte pertencem exclusivamente a Ele.

Certa vez, enquanto pregava uma mensagem sobre a ressurreição dos mortos na cidade de Giradot, Colômbia, uma mulher gritou no meio do culto que uma criança havia caído do quarto andar e morrido. Ela nos implorou para que fôssemos tentar ressuscitá-la. O entusiasmo do pastor me incentivou a ir à funerária em favor da criança.

Nós retiramos as pessoas da sala e somente aquelas que tinham fé para vê-la ressuscitada dentre os mortos permaneceram. O Senhor nos mostrou uma região desolada, parecia um vale de árvores e folhas secas. Entre as folhas murchas estavam sepulturas esquecidas. O Espírito Santo disse: “Vocês estão vendo a região da morte”. O Senhor me pediu para

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abrir um dos túmulos. O menino estava dentro de um poço profundo. Peguei-o pelas mãos, a fim de puxá-lo para fora. Ele era frio e duro e uma poderosa força o ancorava àquele lugar. Clamamos com todas as nossas forças pelo poder da ressurreição. A sala funerária ficou cheia da glória de Deus e uma onda de vida começou a se formar; não tivemos dúvida: o menino iria ressuscitar dos mortos. Um trono brilhante apareceu, coberto de uma nuvem branca. Era o Pai. Suas roupas cobriram o pequeno caixão e próximo a Ele estava Jesus. Eles falavam entre Si, mas não conseguíamos ouvir nada. O momento era solene. Então, eu Lhes pedi para que nos concedessem essa ressurreição. Jesus olhou para nós e disse que não poderia fazê-lo. Ele explicou que o menino estava com eles e que, se ele retornasse, sua alma estaria perdida. Em seguida, Eles desapareceram. Olhamos um para o outro com alegria, satisfeitos com a decisão do Senhor.

Apesar de o menino não ressuscitar dentre os mortos, algo maravilhoso aconteceu. O Pai e o Filho desceram em resposta à nossa oração e o espírito de morte sobre a cidade foi destruído. Nos dias que se seguiram, o poder da ressurreição tocou tudo. Igrejas mortas ficaram cheias de vida, assim como tudo na cidade. Deus permitiu que o incidente da morte do menino trouxesse ressurreição para a cidade. Glória ao Seu nome!

4) Abaddon

Abaddon é a parte mais profunda do abismo e quero dar um tratamento especial a este item, pois é o lugar onde o diabo forja seus planos de destruição.

Tinham um rei sobre eles, o anjo do Abismo, cujo nome, em

hebraico, é Abadom e, em grego, Apoliom. Apocalipse 9:11

Muitas vezes me pergunto se é apenas uma coincidência este

versículo ser 9:11, a data em que as Torres Gêmeas de Nova York foram destruídas (9/11, no padrão americano significa 11 de setembro).

Lembro-me de uma ocasião em que um poderoso agente de Deus nos Estados Unidos se aproximou de mim. Em um período relativamente curto de tempo, ele teve uma série de acidentes automobilísticos e sentiu que I morte estava tentando lhe assediar com insistência. Quando ouvi o testemunho desse homem, o Espírito Santo imediatamente confirmou o que eu suspeitava: ele estava sob um designo de destruição e sua alma havia sido aprisionada para que seu ministério fosse destruído a qualquer custo. Tal projeto fora elaborado no Abaddon (mash-shoo-aw, em hebraico) para trazer destruição.

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Asafe, o salmista, refere-se a esse lugar de desolação perpétua.

Volta os teus passos para aquelas ruínas irreparáveis, para toda a

destruição que o inimigo causou em teu santuário. Disseram no coração: “Vamos acabar com eles!” Queimaram todos os santuários do país.

Salmo 74:3, 8

O diabo destrói casas, vidas, ministérios e cidades inteiras a partir

desse lugar sinistro. O assassinato de milhões de bebês é concebido ali. Os projetos de terrorismo são forjados em Abaddon. Guerras, genocídios, derramamentos de sangue inocente, bem como catástrofes naturais terremotos e furacões — são originários desse local.

O pastor pelo qual oramos estava vinculado a um projeto de morte insaciável. Fomos autorizados a enxergar essa região e vimos, no Espírito, um lugar escuro no fundo do oceano. Sabíamos que estávamos penetrando o Abismo, então uma região mais profunda se abriu abaixo de nós depois que chegamos ao fundo das águas.

O lugar que vimos parecia uma fortaleza enorme feita de pedras pretas com outros labirintos. Havia enormes demônios dentro de fornos forjando armas e ataques.

Entre os automóveis destruídos, encontramos o pastor que procurávamos. Ele estava amarrado em um acidente de carro com um demônio horrível de guarda. O anjo que nos acompanhava na visão carregava um pergaminho que o Pai havia lhe entregado. Era um mandato para que Seu servo fosse liberto. O guarda não resistiu e retiramos o homem daquele local. Até onde sei, ele nunca mais sofrera acidentes desde então.

É interessante observar que na Terra ele estava sofrendo um acidente atrás do outro enquanto estivera amarrado ao automóvel em Abaddon. Nada de grave aconteceu com ele porque sua vida estava nas mãos de Deus e não do diabo.

Em outra ocasião, tive uma experiência que me deixou perplexa por muito tempo. Outro servo de Deus nos Estados Unidos chegou até mim com graves problemas financeiros. Seu pai tinha sido militar e esteve em várias guerras. Deus não chama ninguém para servi-lO e o mantém na pobreza. Deus é bom e cuida dos Seus servos.

Comecei a orar até que Deus me mostrou a região onde ele estava cativo. Era em Abaddon. Eu não vi a fortaleza que havia visto antes, agora era um vale. Um poderoso anjo apareceu para me conduzir até essa visão.

Vi uma enorme planície sangrenta com pedaços de corpos espalhados por toda parte. A cena me chocou de início, mas a presença

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do poderoso mensageiro de Deus me encorajou. Nós andamos por um tempo até que vimos um demônio gigantesco, cuja imagem ainda está gravada em minha memória. Ele tinha enormes garras e rosnava de maneira estrondosa. Possuía cerca de 200 metros de altura e mergulhava sua mão em uma multidão de homens, segurando dezenas deles ao mesmo tempo.

Demônio “O Massacre”

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Então, ele fechava a mão com tanta força que os homens caíam em pedaços no chão. Isso aconteceu várias vezes. Ele era um misto de animal e homem, e estava sentado sobre uma montanha de riquezas incalculáveis.

O anjo disse que seu nome era “Massacre”. Os Estados Unidos venderam seus filhos por dinheiro à Guerra do Vietnã. O mensageiro angelical me disse que isso deu ao demônio o direito de matar milhares de homens e reter as riquezas da nação.

O anjo me instruiu a ficar escondida atrás de suas asas. Nós furtivamente nos aproximamos, com cuidado para não deixar que o demônio nos visse enquanto passávamos por uma abertura entre suas pernas. Uma vez dentro da montanha das riquezas, caminhamos por um túnel de ouro que nos levou ao pai do pastor preso em um calabouço. O homem estava abraçando um enorme tesouro que ele zelosamente guardava, mas que não podia usar porque estava em cativeiro. Sob a direção do Espírito Santo, eu disse ao homem que pedisse perdão por ter participado da guerra. Ele humildemente o fez e nos entregou seu tesouro. Na mesma cela estava seu filho. Nós os retiramos de lá e desde então o pastor tem prosperado.

Uma coisa que devemos proclamar em Abaddon é que a verdade — Jesus, o Filho de Deus — nos liberta. Ele liberta os cativos e anuncia o fim das prisões aos prisioneiros.

Será que o teu amor é anunciado no túmulo, e a tua fidelidade, no

Abismo da Morte? Salmo 88:11

Sim, é sim!

a. O Lugar dos Chacais

Abaddon tem várias regiões e uma delas é conhecida como “o lugar dos chacais”. Em algumas traduções, é chamada de “o lugar dos dragões”. Trata- se de um local onde a alma sente como se estivesse sendo atacada por feras; o devorador mencionado em Malaquias capítulo 3 é uma delas. Ele devora as finanças, a saúde, os projetos, os sonhos e tudo o mais a seu alcance. É um lugar de quebrantamento e de grande destruição, além de um local do juízo de Deus.

Todavia, tu nos esmagaste e fizeste de nós um covil de chacais, e de

densas trevas nos cobriste. Salmo 44:19

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A Bíblia fala sobre cidades desertas, cheias de chacais. No sentido espiritual, elas são demônios devoradores que destroem tudo na vida de uma pessoa, seja ela uma serva de Deus ou não. Nessa passagem, os filhos de Corá clamaram porque estavam sendo perseguidos por causa do Altíssimo.

O Coliseu romano era uma manifestação física dessa região espiritual. Leões devoravam os cristãos porque os imperadores da Roma antiga recebiam inspiração desse desígnio do inferno. Na verdade, eles o reproduziram em cada detalhe.

O rei Davi foi perseguido em sua alma por essas bestas espirituais. A alma sente como se estivesse sendo dilacerada nesse lugar de aflição.

Estou em meio a leões, ávidos para devorar; seus dentes são lanças

e flechas, suas línguas são espadas afiadas. Salmo 57:4

Um indivíduo, cidade ou nação sob o julgamento de Deus pode ser

destruído dessa maneira.

Em Abaddon, as pessoas estão em cativeiro e literalmente são devoradas por essas bestas. As Escrituras afirmam que o diabo nos cerca como um leão que ruge, procurando a quem possa tragar.

Existem cidades inteiras mantidas nessa região de bestas selvagens. A cidade de Nezahualcóyotl, cujo nome significa “lugar dos coiotes”, e Coatzacoalcos, “lugar das serpentes (dragões)” estão localizadas em meu país, o México, e sofrem o impacto devastador desses espíritos.

Em certa ocasião, a igreja que eu pastoreava no México descobriu um grave pecado entre dois dos nossos líderes. Ambos haviam aberto portas para espíritos de impureza sexual.

A igreja experimentou um período de morte espiritual durante esse tempo. Reunimos a liderança e buscamos o Espírito para descobrir o que estava acontecendo. A igreja estava em um buraco no fundo de uma série de túneis. Ratos e chacais estavam por toda parte. Anjos foram enviados para nos ajudar a atravessar essas passagens. Um por um, começamos a encontrar os irmãos da congregação, mordidos por roedores. Nós os retiramos daquela atmosfera espiritual, um de cada vez. A igreja inteira foi liberta quando terminamos e erguida em lugares celestiais. Durante o culto daquele domingo, pudemos ver diferença. A igreja estava novamente cheia do Espírito Santo.

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5) A terra do esquecimento

Acaso são conhecidas as tuas maravilhas na região das trevas, e os teus feitos de justiça, na terra do esquecimento?

Salmo 88:12

Esse é um lugar de infinita solidão, tristeza, abandono e rejeição. E

um lugar onde diabo aprisiona as pessoas a fim de serem esquecidas pelos outros. Depois que seus nomes são colocados na Terra do Esquecimento, ninguém se lembra mais delas.

Um homem em uma igreja se aproximou de mim certa vez, pedindo minha ajuda. Seu rosto estava muito triste e senti compaixão, queria ajudá-lo. Perguntei-lhe qual era o problema dele e ele respondeu que vivia uma solidão terrível, sentia como se não existisse. “Ninguém se lembra do meu nome”, ele disse. “Frequento a mesma igreja há anos e ninguém me conhece. Estão sempre perguntando qual é o meu nome”. “Como você se chama?”, perguntei, esperando ouvir ele dizer um nome impronunciável em grego ou russo, mas ele respondeu: “Meu nome é William”. Parecia estranho não lembrarem de um nome tão comum.

Ele prosseguiu dizendo: “Quando um pregador faz um apelo ao altar, ele ora por todos, mas me ignora. E como se não pudesse me ver. Inscrevo-me para servir de alguma maneira à igreja, mas é como se o meu nome fosse apagado das listas. Eles nunca me chamam”.

Entrei no Espírito, buscando direção, quando um lindo anjo apareceu e me disse para segui-lo. De repente, tudo desapareceu e eu só conseguia ver o anjo e a luz que vinha de seu corpo brilhante contra mim. Ao nosso redor havia algo semelhante a um muro de concreto e as pessoas que caminhavam pareciam entrar nas nuvens. Perguntei onde estávamos, pois não conseguia ver nada claramente.

Ele respondeu: “Estamos na Terra do Esquecimento. Aqui, tudo desaparece e é esquecido. É por isso que você não consegue ver nada”.

Seguia de perto o anjo, pois não queria me perder. Enquanto caminhávamos, comecei a perceber vagamente algumas bolhas que saíam de dentro dessa estrutura de concreto. Era como estar dentro de um queijo suíço.

Dentro da bolha sólida havia pessoas em confinamentos isolados. Quando nos aproximamos de um desses buracos, encontramos um velho homem sentado em frente a um baú. O anjo me instruiu a ordenar o velho a abrir o baú, afirmando que aquele era o pai de William, que havia feito uma aliança para trancar suas futuras gerações no peito.

Eu mandei que ele deixasse seus descendentes saírem, então ele abriu a tampa e, com olhos de quem estava perplexa, vi uma série de pessoas virem para fora. William e seus dois filhos estavam entre elas.

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Nós os tiramos da Terra do Esquecimento. Notei um brilho diferente nos olhos de William, após essa visão. Seu semblante mudara. Dois anos depois voltei a vê-lo bastante ocupado na igreja. Todos o amavam e se lembravam dele com muito carinho.

Antepassado de William observando o cativeiro de seus descendentes.

Quero deixar claro que eu não estava invocando os mortos quando vi o pai de William. Na verdade, estava interagindo com uma visão no reino espiritual. Em outras palavras, eu estava tendo uma visão de algo que não acontecia no reino natural, mas no espiritual. É como ter um sonho em que se vê alguém que já morreu. Isso não significa invocar os mortos, pois é algo que ocorre no reino das visões e revelações.

Deus também coloca pessoas em prisões

Outra coisa importante de se entender é que não apenas os traumas e as circunstâncias difíceis nos levam às regiões de cativeiro; o próprio Deus pode nos colocar lá.

Assentaram-se nas trevas e na sombra mortal, aflitos,

acorrentados, pois se rebelaram contra as palavras de Deus e desprezaram os desígnios do Altíssimo. Por isso ele os sujeitou a trabalhos pesados; eles tropeçaram, e não houve quem os ajudasse. Na sua aflição, clamaram ao SENHOR, e ele os salvou da tribulação em que se encontravam. Ele os tirou das trevas e da sombra mortal, e quebrou as correntes que os prendiam. Que eles dêem graças ao SENHOR, por seu amor leal e por suas maravilhas em favor dos homens, porque despedaçou as portas de bronze e rompeu as trancas de ferro. Tomaram-se tolos por causa dos seus caminhos rebeldes, e sofreram por causa das suas maldades. Sentiram repugnância por toda comida e chegaram perto das portas da morte. Na sua aflição, clamaram ao SENHOR, e ele os salvou da tribulação em que se

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encontravam. Ele enviou a sua palavra e os curou, e os livrou da morte.

Salmo 107:10-20

Quantas pessoas estão nessa condição na Igreja hoje porque

escolheram seus próprios caminhos e desprezaram a palavra e o conselho do Senhor? Quantos líderes estão sofrendo de doenças e dores terríveis por causa de sua religiosidade? Deus deseja levá-los em uma direção, mas por estarem tão presos a seus próprios sistemas e doutrinas, eles se recusam a mudar.

Simplificando, controlar nossa própria vida e não glorificar a Deus podem nos conduzir a regiões de cativeiro.

Dêem glória ao SENHOR, ao seu Deus, antes que ele traga trevas,

antes que os pés de vocês tropecem nas colinas ao escurecer. Vocês esperam a luz, mas ele fará dela uma escuridão profunda; sim, ele a transformará em densas trevas. Mas, se vocês não ouvirem, eu chorarei em segredo por causa do orgulho de vocês. Chorarei amargamente, e de lágrimas os meus olhos transbordarão, porque o rebanho do SENHOR foi levado para o cativeiro.

Jeremias 13:16-17

Pessoas amargas que não perdoam podem acabar nessas prisões.

Jesus ensinou sobre o servo cujo senhor havia lhe perdoado uma dívida grande e que, por sua vez, se recusara a perdoar aquele que estava em dívida com ele.

Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo

o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão.

Mateus 18:34-35

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7. LIBERTANDO OS CATIVOS

Libertar os cativos faz parte do nosso chamado. Deus quer que todos os crentes curem enfermos, expulsem demônios, ressuscitem os mortos e libertem os cativos.

Quando os discípulos não conseguiram expulsar um demônio, Jesus disse que aquele tipo só sairia com oração e jejum (Mateus 17:21). Como devemos orar? Que tipo de jejum?

O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça,

desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo?

Isaías 58:6

A palavra “oprimidos” no original hebraico significa aqueles com a alma dilacerada”. Nessa passagem, encontramos toda uma gama de libertações, de jugos diabólicos a fardos de opressão.

O jejum é uma prática que nos deixa sensíveis ao mundo espiritual para ouvirmos e vermos o reino de Deus. Ele auxilia na eficácia da oração sob uma unção profética para libertar os cativos. O jejum tem muitos efeitos, não se tratando meramente de um ato religioso para lutar contra a carne. Abrange os que habitam Nele com o poder de Deus para que possamos amar como Jesus amou. Seu amor é cheio de compaixão.

Quando vemos as almas atormentadas pelo diabo, que tipo de cristianismo temos a oferecer? E o verdadeiro amor de Jesus que nos leva a dar a vida para encontrar respostas nas profundezas de Deus. Seus caminhos são mais altos do que os nossos caminhos e a mente natural não é capaz de compreender.

A Noiva de Jesus vai aonde Ele for. Ela não tem medo porque o amor perfeito lança fora todo o medo. Ela confia nEle, mesmo que isso signifique experimentar os lugares mais sombrios sobre a Terra para salvar a alma das chamas do inferno. Libertar os cativos é o chamado do amor de Deus para aqueles que O amam mais do que a si próprios.

Já estudamos os locais de cativeiro da alma. Agora aprenderemos uma forma de libertação muito mais fácil que a maneira tradicional de expulsar demônios.

A alma fragmentada é ministrada a partir do lugar em que se encontra. A alma mantida em cativeiro irá ver, ouvir e sentir tudo o que está acontecendo no local de sua prisão. Se ela for levada a lugares celestiais, ouvirá e sentirá tudo o que acontece no Céu e desfrutará de todos os seus benefícios.

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Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos

lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.

Efésios 2:6-7

Jesus tomou nosso cativeiro e nos sentou com Ele nos lugares

celestiais. Infelizmente, isso não acontece automaticamente depois de se dizer: “Senhor, Senhor, venha e more em meu coração”. Tudo o que Jesus fez nos dá o direito legal para isso. Jesus assinou o cheque, mas temos de descontá-lo. A maioria das pessoas na Igreja hoje morre sem nunca ter desfrutado da vida abundante que Jesus comprou para elas. Deus quer nos dar a posse de todas as riquezas da Sua graça agora.

Jesus morreu pelos pecados do mundo, mas isso não significa automaticamente salvar todo mundo. Cada um de nós deve receber o evangelho, se arrepender de seus pecados, deixar a vã maneira de viver, convidar Jesus para entrar em seu coração e torná-Lo verdadeiramente o Senhor de sua vida. Só então somos salvos.

A mesma coisa acontece quando dizemos que Ele levou nosso cativeiro cativo e nos fez assentar nos lugares celestiais. Ele nos deu a vitória para que pudéssemos deixar nosso cativeiro sem oposição. Ele abriu o caminho para que cada parte da nossa alma seja estabelecida nos lugares celestiais com Ele.

Assim diz o SENHOR: “No tempo favorável eu lhe responderei, e no

dia da salvação eu o ajudarei; eu o guardarei e farei que você seja uma aliança para o povo, para restaurar a terra e distribuir suas propriedades abandonadas, para dizer aos cativos: Saiam, e àqueles que estão nas trevas: Apareçam! Eles se apascentarão junto aos caminhos e acharão pastagem em toda colina estéril. Não terão fome nem sede; o calor do deserto e o sol não os atingirão. Aquele que tem compaixão deles os guiará e os conduzirá para as fontes de água”.

Isaías 49:8-10

Nessa passagem, Deus nos enviou para libertar os cativos e restaurar a terra; chamar os prisioneiros para fora e dizer aos que estão na escuridão para que se mostrem. Uma vez feito isso, eles só precisam ser estabelecidos no Céu, onde podem comer e beber de Deus nos pastos das colinas próximas a nascentes de água.

Devemos entender o básico. Cada parte da alma deve ser estabelecida nos lugares celestiais: nosso caráter, nossa vontade, nossas emoções, a área sexual, nossos pensamentos e cada fragmento em

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cativeiro. Devemos entregar nossa alma a Jesus e ela será ministrada a partir do Céu, pedaço por pedaço.

O processo de libertação de uma pessoa do seu cativeiro é mais simples do que libertar alguém possuído por um demônio. Por que isso é verdade?

Se estamos verdadeiramente Nele, temos as chaves da morte e do inferno e somos cheios do Espírito Santo. O reino invisível de Deus se manifesta através da unção profética, tornando-nos um com Ele. Se nosso entendimento interfere em nosso espírito e tentamos expulsar os demônios da maneira tradicional, não obteremos os resultados desejados por causa da dúvida e da incredulidade. Fazer as coisas à maneira profética é muito mais simples e requer muito menos esforço.

Tudo o que Jesus fez na Terra foi na total dependência da unção profética do Espírito Santo.

Jesus lhes deu esta resposta: “Eu lhes digo verdadeiramente que o

Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz. Pois o Pai ama ao Filho e lhe mostra tudo o que faz. Sim, para admiração de vocês, ele lhe mostrará obras ainda maiores do que estas”.

João 5:19-20

Toda cura, milagre ou libertação foi realizada no mundo espiritual.

Jesus passou tempo orando e buscando a orientação do Pai no Espírito.

Jesus não deixou seu amigo Lázaro morrer. O Pai lhe mostrou em visão Lázaro deixando a região dos mortos e ressuscitando. A realidade visível e audível do Reino de Deus através da unção profética do Espírito Santo é a herança que Ele nos deixou.

Eu tenho minha própria teoria sobre o que aconteceu quando Jesus foi libertar o homem possesso na região dos gadarenos (Lucas 8:26-36). Essa era a região da sombra da morte, na terra de Naftali e Zebulom, que Isaías profetizou:

No passado ele humilhou a terra de Zebulom e de Naftali, mas no

futuro honrará a Galiléia dos gentios, o caminho do mar, junto ao Jordão. O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz.; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.

Isaías 9:16b-2

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Figura 3

A razão de Jesus ir até o Mar da Galiléia foi para libertar aquele homem. Sua libertação afetou toda a região. Acredito que o principado da área era um demônio chamado de “Legião”, justamente o que possuía o gadareno. O rapaz morava no cemitério onde ocorreu a libertação. Os cemitérios são portões do inferno e um bom lugar para um poder territorial estabelecer sua base. Jesus chegou ali com um propósito. Ele sabia que estava indo até lá lutar contra um espírito territorial. A tempestade se levantou e os discípulos pensaram que Jesus estivesse dormindo no barco.

Se eu me encontrasse prestes a enfrentar um principado na região da morte, escolheria orar, não dormir. Então por que Ele dormiu? Alguns transes e visões na Bíblia aconteciam quando o servo de Deus entrava em sono profundo. Foi o que aconteceu no caso de Daniel, quando viu a batalha nos céus entre Miguel e o Príncipe da Pérsia. Essa batalha levou à

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libertação do povo de Israel do seu cativeiro na Babilônia (Daniel 10:8-16).

Acredito que Jesus estava em um transe que O fez cair em sono profundo e ali lutou contra “a legião de Gadar”. Lutei enormes batalhas durante o sono. Enquanto meu corpo ficava deitado na cama, meu espírito estava em plena atividade. Enquanto Jesus estava naquele barco, uma batalha no espírito desencadeou a manifestação física da tempestade. Vi essa reação climatológica diversas vezes enquanto tentávamos libertar uma cidade e adentrar o mundo espiritual. Quando Jesus foi despertado pelos discípulos, repreendeu o vento e a fúria da água, que é como se deve lidar com o espírito das trevas.

Quando a tempestade passou, Jesus venceu a batalha no Espírito contra “Legião” e libertou a alma daquele jovem das regiões do inferno. Foi por isso que o homem endemoninhado correu a Seu encontro e se ajoelhou diante Dele.

Quando ele viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele.

Marcos 5:6

Sua alma havia sido liberta para que ele pudesse fazer isso, apesar

do espírito imundo que ainda habitava dentro dele. Através dessa vítima, toda uma região era controlada.

E (“legião”) implorava a Jesus, com insistência, que não os

mandasse sair daquela região. Marcos 5:10

É assim que os espíritos territoriais falam. Para eles, o território é

mais importante do que os seres humanos. Testemunhamos esse tipo de coisa muitas vezes depois de libertar cidades e territórios.

Tempestades ocorrem quando entramos nas dimensões proféticas e travamos guerra no Espírito. Depois disso, livramentos maravilhosos acontecem em pessoas que eram atormentados pelo diabo.

A libertação tradicional se concentra em expulsar demónios das pessoas, mas as deixam em suas prisões. Essa alma sentirá alívio parcial porque seus algozes foram expulsos. No entanto, ela não entrará no nível de glória e de liberdade ao se sentar nos lugares celestiais com Jesus porque ainda está aprisionada. Novos torturadores serão enviados. Os libertadores tradicionais acharão que os demônios voltaram porque a pessoa abriu algum tipo de porta, mas, na realidade, ela nunca fora verdadeiramente liberta, antes de mais nada.

A libertação profética liberta os cativos de suas prisões sem ter de lidar com os demônios. Se um demônio aparecer no momento da

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libertação, pode ser que estejamos lidando com algum tipo de guardião, mas na maioria dos casos as celas não são guardadas, o que torna mais fácil o resgate. Quando a pessoa se encontra do lado de fora e estabelecida nos lugares celestiais, os demônios que a atormentavam já saíram de perto dela há bastante tempo. Os resultados desse tipo de libertação são muito mais poderosos e mais fáceis de se realizar. Apenas em raras ocasiões temos de lidar com os demônios dentro da pessoa após a libertação do cativeiro.

O Processo de libertação do cativeiro

A) Por fé e anunciando a Palavra

Nem todo mundo é dotado profeticamente para poder ver o Reino de Deus e o reino das trevas. Isso ocorre principalmente devido ao ensino errado. A verdade é que qualquer um que tenha o Espírito Santo pode adentrar as dimensões proféticas necessárias para alcançar as libertações necessárias. O Espírito Santo é inerentemente profético. Portanto, não faz sentido ter o Espírito Santo e não experimentar tais manifestações.

Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos

os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.

Atos 2:17-18

Compreendeu? Todos os que são cheios do Espírito Santo têm a

unção profética. Assim, se você tem o Espírito de Deus, acredite e desenvolva essa habilidade.

O cativeiro de uma pessoa é descoberto escutando o que ela diz. Permita que o Espírito Santo, através de palavras de conhecimento e profecia, mostre-lhe a região do cativeiro.

Se você é incapaz de ver o mundo espiritual, realize a libertação pela fé. Basta aplicar a verdade estabelecida em Isaías 49 e dizer aos cativos: “Saiam!”; e aos que estão na escuridão: “Apareçam!”.

Falo à pessoa sobre seu cativeiro e a encho de fé para que ela creia que Deus irá libertá-la agora mesmo. Então, peço a ela que se sente e feche os olhos. Peço-lhe que sinta o lugar onde está sendo mantida prisioneira. Concentro-me em meu Espírito e digo: “Eu estou em pé na frente da prisão onde você está presa e eu estou abrindo a porta”. Então, eu a pego pelas mãos e a puxo da cadeira, como se estivéssemos deixando fisicamente aquele lugar. Garanto com que a pessoa sinta como se estivesse saindo, conversando com ela. Às vezes, as almas cativas têm medo de sair ou temem que o diabo faça alguma coisa contra elas, então é preciso acalmá-las. Com uma voz calorosa e suave, eu a incentivo e

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abraço. Quando mais calma, continuamos o processo de caminhar para fora. As pessoas às vezes perdem a compostura e começam a vivenciar um terror. Ordeno que assumam o controle da situação. Lembro a elas que estão no controle completo de sua própria vontade e que o diabo não tem poder sobre o livre arbítrio do homem. Ela deve ser firme e não entrar no jogo do diabo. Depois que a pessoa recuperar a vontade de sair, continue o processo. Ande com ela e lhe diga que estão saindo juntos. Depois de alguns passos, declare que estão entrando nas regiões de luz.

Conduzirei os cegos por caminhos que eles não conheceram, por

veredas desconhecidas eu os guiarei; transformarei as trevas em luz diante deles e tomarei retos os lugares acidentados. Essas são as coisas que farei; não os abandonarei.

Isaías 42:16

Eu me certifico de que elas vejam a luz e, assim que o fazem, as

estabeleço nos lugares celestiais. Lembre-se, nós podemos ver e experimentar o Céu e a Terra em Jesus. O Reino de Deus torna o Céu acessível.

Eles se apascentarão junto aos caminhos e acharão pastagem em

toda colina estéril. Isaías 49:9b

Em outras vezes, eu as conduzo para perto de águas tranquilas.

Aquele que tem compaixão deles os guiará e os conduzirá para as

fontes de água. Isaías 49:10b

Às vezes, gosto de levá-las até o colo de Jesus, a pastos verdes ou

mesmo junto à Árvore da Vida.

Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como

cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que frutifica doze vezes por ano, uma por mês. As folhas da árvore servem para a cura das nações.

Apocalipse 22:1-2

Há lugares bonitos lá, habitações de paz e segurança em que a alma nunca sentirá angústia ou tormento outra vez.

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O meu povo viverá em locais pacíficos, em casas seguras, em tranqüilos lugares de descanso.

Isaías 32:18

O lugar de luz e conhecimento são as regiões espirituais cheias da

presença e do conhecimento de Deus.

Como se vai ao lugar onde mora a luz? E onde está a residência das

trevas? Poderá você conduzi-las ao lugar que lhes pertence? Conhece o caminho da habitação delas?

Jó 38:19-20

Pessoas libertas do cativeiro terão cada vez mais fome de

experiências nos lugares celestiais. O Senhor irá conduzi-las aos lugares em que precisam ser estabelecidas.

É importante fechar a porta do cativeiro. Declare o lugar para sempre fechado para essa pessoa.

Uma vez que a alma esteja estabelecida nos lugares celestiais, ela será ministrada pelo Céu e experimentará a paz como nunca antes. A saúde será restaurada e os temores de tormento serão coisas do passado.

Às vezes, precisamos libertar a mesma pessoa de lugares diferentes. Mas a coisa mais importante é ensiná-la a depender de Deus, não de nós. Encha-a com fé e com o conhecimento de Jesus.

Acredite em sua autoridade em Cristo e não permita que o medo e a descrença prevaleçam.

B) Libertação Profética das Regiões de Cativeiro

A primeira coisa a fazer é entrar no Espírito. Isso significa entrar em profunda adoração, onde o barulho da nossa mente é silenciado. Depois que a presença de Deus se manifesta, nossos olhos se abrem para ver o Reino de Deus. Normalmente, o que se manifesta diante de nós é o trono de Deus ou Seu Tribunal de Justiça. Através da unção profética, somos colocados diante do trono do Senhor. Em seguida, peça autorização para realizar o resgate e que o Senhor envie Seus anjos para acompanhá-lo. Quando um ou mais anjos são atribuídos a nós, devemos pedir a Deus armaduras e armas. Às vezes, os anjos nos garantirão uma passagem segura ou chaves que serão necessárias durante a libertação.

O Espírito nos mostrará o mundo espiritual. Os dons de revelação de conhecimento e de profecia operam para demonstrar a autoridade do Espírito Santo sobre o assunto.

Nosso ponto de partida é que Ele é um com Jesus, um Espírito com Ele (I Coríntios 6:17). Além disso, em Jesus, os Céus e a Terra são um

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(Efésios 1:10). Então, se eu sou um Espírito com Jesus e os Céus estão em Jesus, tenho a possibilidade de ver, ouvir e sentir tudo o que Jesus vê, ouve e sente no Reino dos Céus. Essa premissa é o que eu quero dizer com entrar no Reino de Deus.

Como disse antes, no mundo espiritual, somo 100% “um” com o Espírito Santo, unidos a Jesus e não há dúvida ou carne que possa interferir nisso. É como ver um filme e então entrar nele. Você se torna como uma câmera subjetiva que toma o lugar de um ator no filme e vê através de seus próprios olhos todas as cenas e acontecimentos. Na realidade, é uma batalha muito simples. No reino profético, nossas armas são muito poderosas. Todos os demônios têm medo de nós e temos autoridade absoluta.

Agora, a submissão à direção do Espírito Santo, que dirige os anjos, é essencial. “Não faço nada que não vejo o Pai fazer”. Nessa dimensão espiritual, existem demônios que não estão autorizados a interferir na jornada. Assim como há prisioneiros externos à nossa missão específica que não estamos autorizados a libertar naquele momento. Você deve ser maduro e cheio de entendimento para entrar nesse nível de batalha.

Meu conselho a você que não tem experiência como libertador é que não entre nesse nível de libertação até que Deus autorize. Se sua vida não está em ordem ou você não tem cobertura espiritual, espere até que isso aconteça. Sempre opere no nível da fé e da autoridade que Jesus lhe deu.

C) Autolibertação do Cativeiro

Todos os que são cheios do Espírito Santo podem se autolibertar. A parte mais importante é que todas as áreas da sua vida estejam entregues e consagradas a Jesus. Esse é o seu espírito. O Senhor lhe deu toda Sua autoridade e as chaves do Reino de Deus são para todos os que têm a revelação do Messias em seu coração. Entre as chaves estão aquelas que destrancam as Regiões de Cativeiro.

E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha

igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus.

Mateus 16:18-19

Assim diz o SENHOR ao seu ungido: a Ciro, cuja mão direita eu

seguro com firmeza para subjugar as nações diante dele e arrancar a armadura de seus reis, para abrir portas diante dele, de modo que as portas não estejam trancadas: Eu irei adiante de você e aplainarei montes; derrubarei portas de bronze e romperei trancas de ferro.

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Darei a você os tesouros das trevas, riquezas armazenadas em locais secretos, para que você saiba que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que o convoca pelo nome.

Isaías 45:1-3

A mesma coisa que Deus disse a Ciro, rei da Pérsia, Ele está

dizendo a todos que entraram em Seu reino. Jesus nos fez reis e sacerdotes, nos purificou e nos deu um novo nome para Deus, seu Pai. Portanto, peça ao Senhor para lhe revelar o seu local de cativeiro.

Veja-se preso, mesmo que seja apenas um pedaço de sua alma. Veja- se abrindo a porta do seu cativeiro e sendo liberto. Expulse qualquer demônio que lhe opuser. Faça isso por fé, crendo que Jesus é mais poderoso do que qualquer demônio que você possa ter.

Assim que a porta de seu cativeiro for aberta, quebre todas as algemas que existirem e conduza a pessoa (que é você) para fora desse lugar. Peça a Deus para recebê-lo nos lugares celestiais e entregue a Ele essa parte do seu ser. Qualquer um pode fazer isso. Em Jesus, somos fortes e poderosos.

Se você tem o Espírito Santo, dependa dele e não de homens. O Espírito quer treiná-lo e levantá-lo. Ele quer fazer de você um verdadeiro filho de Deus.

...porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos

de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”.

Romanos 8:14-15

Tenho levado essa revelação muito a sério em minha vida. Comecei

a estabelecer cada pedaço da minha alma nos lugares celestiais. As partes que estavam em regiões de morte, estabeleci em locais de saúde. Eu sei que a enfermidade não pode mais me tocar. Ela pode até me atacar, mas não prosperará em minha vida. As partes que estavam em angústia, opressão ou medo, agora estão em lugares de paz, bebendo da fonte da vida. As que foram perseguidas e feridas estão agora em um castelo fortificado.

No abrigo da tua presença os escondes das intrigas dos homens; na

tua habitação os proteges das línguas acusadoras. Bendito seja o SENHOR, pois mostrou o seu maravilhoso amor para comigo quando eu estava numa cidade cercada.

Salmo 31:20-21

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Essas não são apenas palavras bonitas. Jesus veio para unir os Céus e a Terra. Isso é o que significa possuir o Seu reino e faz com que Seus desígnios e os benefícios do Céu se manifestem em nossa vida. Mas se isso acontecerá ou não irá depender da localização de nossa alma.

Nos capítulos anteriores, falei sobre as regiões de morte, como os hospitais, que são portas espirituais que aprisionam as almas. Nós também estamos acostumados a ouvir sobre filhos de Deus indo a lugares assim e não deixamos de considerar que tais lugares não são para nós. Jesus não pagou um preço tão terrível, sendo torturado e ferido por nossas enfermidades, para que ficássemos presos em hospitais. Seria o mesmo que Ele dizer: “Eu levei as suas enfermidades, mas de fato não funcionou. Portanto, talvez seja melhor se você tomar remédios feitos por homens, pois tomei a decisão de utilizar os médicos. Minhas chagas não foram suficientes para fazer todo o trabalho”. Não é a coisa mais ridícula que você já ouviu? Ele sofreu por nossas enfermidades ou não? E se Ele o fez, por que seria da vontade do Pai ignorar o sofrimento do Seu Filho e usar a força do homem? Você realmente acredita que um antibiótico tem mais força do que as chagas de Jesus?

O mesmo poder que venceu as enfermidades e a morte flui por essas chagas. O problema é que nossa mente está presa nas regiões do medo da morte e queremos ter total controle sobre nossa saúde e não a entregamos a Deus.

A medicina e os hospitais mataram minha irmã gêmea, minha mãe e muitos dos meus amigos. Mas esse não será o meu destino nem o daqueles que querem ir às maiores alturas com Jesus.

Meu marido e eu fizemos uma aliança com Deus. Não cederemos à “Pharmakeia”. Esse é o nome tanto do espírito de feitiçaria quanto da medicina. Dissemos a mesma coisa que Sadraque, Mesaque e Abednego falaram aos que estavam diante da fornalha ardente na qual Nabucodonor ameaçou lançá-los:

Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem

prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das tuas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer

Daniel 3:17-18

Deus é poderoso o suficiente para nos libertar das enfermidades!

As chagas de Jesus não foram em vão. Se elas são reais, que sejam reais em sua vida e, se Ele escolhe não nos libertar, que nos receba na glória, mas não nos renderemos.

Desde que fizemos esse decreto, as enfermidades não prosperaram mais em nossa casa. A dor e o diabo não têm lugar de forma alguma.

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Estabelecemos nossa alma em locais de saúde e comemos da árvore da vida através da comunhão diária e que as chagas de Jesus brilhem com poder por todo nosso corpo. O Senhor nos orientou a transplantar, um de cada vez, todos os órgãos do nosso corpo pelos de Jesus: coração, rins, pulmões, tudo.

Hospitais e médicos são para os que não conhecem a Jesus e estão em vias de romper padrões ou para aqueles que não sabem que podem viver nesse nível de glória porque não aprenderam isso. Mas Deus está chamando você para um nível maior em seu relacionamento com Ele e quer que você alcance vitórias radicais porque é isso que Jesus conquistou para você.

Nós não condenamos ninguém que ainda tome remédios ou que precise se submeter a uma cirurgia, mas queremos anunciar a você que existem soluções melhores e mais duradouras a seu dispor.

A alma deve ser estabelecida em Deus. Temos de aprender a viver Nele e com Ele. Devemos fazer do Céu uma realidade que todos possam ver em nossa vida. A alma resgatada e transportada para as regiões de luz habita com o Senhor, é alimentada por Ele e o mal não pode tocá-la.

A casa de Deus é um lugar a ser habitado, não visitado aos domingos. É nele que encontramos paz e segurança.

Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do

Todo- poderoso pode dizer ao SENHOR: “Tu és o meu refugio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio”. Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refugio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. Você não temerá o pavor da noite, nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia. Mil poderão cair ao seu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá. Você simplesmente olhará, e verá o castigo dos ímpios. Se você fizer do Altíssimo o seu abrigo, do SENHOR o seu refugio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda. Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos; com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra. Você pisará o leão e a cobra; pisoteará o leão forte e a serpente. “Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação."

Salmo 91

Meu desejo é que este livro seja uma inspiração que o desafie a

entrar em uma gloriosa liberdade. Minha oração é que se abram sua visão e compreensão para acreditar que você pode viver uma vida de paz, alegria e saúde no Reino de Deus.

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Reserve tempo para si mesmo, identifique em que áreas de sua vida você ainda não experimenta a vitória total que Jesus conquistou para você com Seu sangue. Peça ao Espírito Santo que lhe revele onde sua alma pode estar sendo mantida presa e, em seguida, que você deve tomar a autoridade que Jesus lhe deu e a decisão de se libertar.

Lembre-se, sua vontade é sua e de mais ninguém. Deus náo pode tocá-la, o diabo muito menos. Então, escolha ser liberto, não importa o que custar, e você verá o diabo fugir da sua vida.

Tudo posso naquele que me fortalece.

Filipenses 4:13

Escute o chamado de Deus, primeiro para ser liberto e, em seguida,

para libertar os outros de seus cativeiros.

Eu, o SENHOR, o chamei para justiça; segurarei firme a sua mão.

Eu o guardarei e farei de você um mediador para o povo e uma luz para os gentios, para abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na escuridão.

Isaías 42:6-7

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PARTE II

TESTEMUNHOS INCRÍVEIS DE LIBERTAÇÃO DAS REGIÕES DE CATIVEIRO EM DIFERENTES NAÇÕES

8. UM “GADARENO” NO BRASIL

Pela profetisa Flory González México

A libertação de um poderoso satanista que vivia em uma caverna no Brasil

Rio de Janeiro, 2005. Entramos em guerra espiritual em torno da

cidade cartão-postal do Brasil a fim de libertá-la. Na véspera, antes de partirmos para a cidade de Petrópolis, o Senhor me deu um sonho. Eu me vi entrando em uma caverna cheia de demônios. Vi bruxas e feiticeiras fazendo todos os tipos de pactos sobre a região. O Senhor me mostrou que ali era o quartel-general de onde o inimigo operava para aprisionar nele milhares de pessoas. Quando acordei, soube em meu espírito que aquele lugar era real e que tínhamos de encontrá-lo.

Comecei a perguntar aos pastores e intercessores em nossa equipe se conheciam aquele lugar, mas ninguém conhecia. No entanto, Deus orquestrara tudo.

Começamos nossa viagem e, de maneira sobrenatural, o Senhor me fez parar o carro em uma estrada de terra. Meu coração batia a toda velocidade enquanto o Senhor me mandava claramente seguir esse caminho, e assim o fizemos. Momentos depois, encontramos o lugar que eu havia visto em meus sonhos.

Ficamos animados ao ver a precisão com que o Senhor nos dirigiu e descemos do carro. Pendurados nas árvores e presos nas aberturas em torno da gruta havia todos tipo de obras de feitiçaria: fotografias, cabelos amarrados com fios vermelhos e pretos, embalagens vazias, pedras queimadas e restos de cera. Um cheiro de decadência e morte permeava o local.

À medida que nos aproximamos, o cheiro de sangue e decomposição nos dava náuseas. Cobrimos os rostos para entrar na

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caverna, onde por todos os lados havia knisis, jarros nos quais os trabalhos de Umbanda são guardados para atrair os maus espíritos.

Em meu coração, perguntei a Deus o que fazer. Como poderíamos anular todos aqueles feitiços? Mas Ele me disse: “Eu não trouxe você aqui para isso. Quero que você vá até o fundo da caverna”. Fiquei um pouco surpresa com a resposta, mas obedeci.

Avançamos devagar. Foi literalmente como entrar no inferno. Cheirava a carne podre e o odor tornava nossa caminhada insuportável. Ao chegar à parte mais profunda da escuridão, iluminada por velas de magia, mal pudemos perceber alguém que nos espreitava. Era um jovem muito magro e sujo.

Sua barba e unhas longas estavam cheias de sangue seco e excremento. Seu rosto e suas roupas cobertos por uma grossa crosta. Ele estava enrolado ao lado de uma fogueira apagada da qual ainda se podia sentir exalando um forte cheiro de carne queimada e ervas de feitiço. Pendurados em seu pescoço havia “coloridos colares de contas” de vodu que ele usava como proteção. Sua presença era sombria e maligna.

De repente, os olhos antes fechados cruzaram os meus. Eu estava olhando para o diabo em carne e osso. Com uma voz seca, zombeteira, me perguntou se também estávamos ali para enterrar os vivos. “Não”, exclamamos com grande autoridade. “Viemos por você”. Ele começou a rir, zombando de nós. Em meu espírito, eu orava o tempo todo, buscando a direção de Deus, sentindo-me calma e no controle. A voz do Senhor me disse para tirá-lo de lá até a entrada da caverna. Eu sabia que se tratava de um caso semelhante ao do homem possuído por demônios na região dos gadarenos, liberto por Jesus e que vivia entre os sepulcros. A presença de Deus me fortaleceu, enchendo-me de coragem.

Sem hesitar, eu o peguei pela mão. “Você está me queimando! Está me queimando!”, ele gritou ao me permitir guiá-lo até a entrada da caverna. Eu sabia que havia anjos nos guardando o tempo todo.

Ouvi a voz de Jesus dizendo: “Ele é filho de um pastor”. Eu congelei. Mas, com confiança, disse: “Seu pai é pastor. O que você está fazendo aqui?"

O rapaz ficou cheio de raiva e de dor ao mesmo tempo. Ele declarou que seu pai o havia estuprado e entregue ele a um “babalaô” (um feiticeiro brasileiro) com seis anos de idade. O feiticeiro treinara o menino para fazer todos tipo de feitiçaria, transformar pessoas em zumbis e realizar as maiores magias através da Umbanda e do Candomblé (tipos de alta magia).

Então sua voz mudou e, com malícia, ele perguntou qual era o meu nome. Não respondi. Os guerreiros intercediam sem cessar, alguns

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dentro e outros fora da caverna. Era possível sentir a opressão e a tensão dessa tão intensa batalha.

Eu silenciosamente tomei a autoridade a mim dada e comecei a adorar a Deus ao adentrar o reino do espírito. O Senhor me levou a libertá-lo de seus cativeiros. Aquela caverna era uma manifestação física das terríveis prisões em que ele estava vivendo.

Uma visão se abriu diante de mim e eu me vi próxima ao Trono de Deus. Sua presença me cobriu com uma armadura feita de uma mistura de ouro e luz. Um anjo enorme veio a meu encontro, com espada e escudo nas mãos. O Senhor me instruiu a segui-lo. Começamos a entrar em lugares profundos, parecidos com cavernas, que levavam a profundidades ainda maiores. Era possível ouvir os gritos das pessoas atormentadas, mas o Senhor não me permitiu vê-las. Ele me disse para adorá-Lo continuamente em meu espírito, e não recuar, não importasse o que eu ouvisse.

Chegamos a um lugar onde havia diversas cavernas pequenas fechadas com barras de ferro e guardadas por demônios. Cada caverna correspondia ao tipo de castigo infligido nela. A alma fragmentada do jovem se encontrava presa em todas elas. Na entrada, havia um gigantesco e musculoso guardião, uma mistura de homem e besta.

O anjo disse: “O nome dele é estupro’. Peça ao jovem que perdoe os pecados de seu pai, ordene ao demônio que saia e detenha os guardas dessas prisões”. Fiz tudo isso. Assumi o lugar, identifiquei-me como uma filha de Deus para que o Senhor recebesse minha intercessão. Então mandei o demônio sair. Ele não podia me ver, já que a luz da minha armadura o cegava e intimidava bastante. De repente, apareceram vários anjos ao nosso lado, envolvendo o demônio em uma espécie de rede e levando-o embora.

Continuamos caminhando e ingressamos em uma caverna de densas trevas. Era de uma escuridão indescritível. Os gritos e gemidos de alguém em grande dor podiam ser ouvidos. A luz que irradiava de nós iluminava todo o ambiente. Ali estava o rapaz, preso com algemas na parede de uma caverna. Vários demônios o torturavam e escarneciam dele, dizendo: “Você vai ficar aqui para sempre. Quando você morrer, virá para cá”. Então lembravam de todos os feitiços de bruxaria que ele havia realizado enquanto enfiavam agulhas em seu corpo e até mesmo em seus olhos. Era uma punição tanto física quanto mental. Eu os ouvia dizer: “Você nos deu esse direito!”; e gritavam e riam dele.

A alma do menino chorava e praguejava. Eles nunca cessavam de machucá-lo. Tambores e ritmos de canto vodu podiam ser ouvidos e, para cada tambor, havia um estalo de chicote.

Olhei para a cena, perguntando ao Espírito Santo o que fazer, pois havia muitos demônios fortes e terríveis, todos ao redor dele. “Fique em

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paz”, Ele disse, “Eles temem você porque veem a Minha luz. Basta dizer a eles que saiam porque não há ninguém para protegê-los”. O Senhor me revelou que, sem os guardas, eles estavam totalmente vulneráveis.

Abrimos o portão da cela e, quando estávamos prestes a entrar, percebemos que não havia chão. Era como um buraco sem fundo através do qual os demônios que o atormentavam iam e vinham. Ao nos verem, eles afundaram no abismo, deixando o rapaz sozinho. O anjo removeu seus grilhões e então pude ver o rosto de um adolescente fraco e atormentado.

Uma maravilhosa presença podia ser sentida naquele momento. Jesus havia descido até aquele lugar, brilhando com luz e Seu amor inundando tudo. Vimos como a alma do menino se derreteu dentro do corpo do Senhor. Quando saímos, os abismos se fecharam atrás de nós.

Continuamos a avançar e Jesus foi conosco. Chegamos a uma outra caverna, não tão escura quanto a anterior. Ódio e dor indescritíveis eram sentidos no ar. Tratava-se de uma prisão de estupro. Vimos o fragmento de alma que estávamos procurando. Era do mesmo rapaz, mas ele tinha apenas seis anos de idade. Demônios o estupravam um atrás do outro, enquanto ele amaldiçoava os pais. Apesar de sua tenra idade, ódio e homicídio estavam em seus olhos. Ele praguejava sem cessar, com o ódio sendo cuspido de sua boca, deixando a caverna impregnada com o cheiro da morte. Um líquido pútrido escorria pelas paredes. Era “amargura”.

Dentro da caverna, o momento em que seu pai o estuprou era exibido sem parar, como um filme sem fim. Podíamos ver como ele espancou brutalmente o menino e roubou sua inocência.

O menino gritava cheio de ódio para a imagem do pai: “Eu não acredito em Deus! Eu quero que você morra!” Como se fosse o pai dele, comecei a pedir seu perdão. Eu chorava enquanto tentava convencê-lo de que Jesus o amava e tentava explicar a ele que o que lhe acontecera não era culpa de Deus. Ele gritou que a única pessoa que o amava era Satanás. Comecei a clamar por misericórdia e perdão, como se fosse o menino. Ele gritava: “Cala a boca! Cale-se, você está me machucando”. Mas, enquanto eu perdoava, sua alma começou a se acalmar. Quando ficou mais tranquilo, voltei a lhe pedir que me perdoasse, como se fosse seu pai. Ele aceitou e conseguimos retirá-lo de lá.

Eu fiz a mesma coisa na caverna anterior. Nós brilhávamos a luz de Jesus e ordenamos aos demônios que saíssem, os quais foram expulsos ao nos ver. Então vi como a alma do menino correu para Jesus e sé fundiu com Ele.

Em seguida, chegamos a uma terceira caverna e encontramos o fragmento seguinte da alma do rapaz. O chão era feito de lama, onde serpentes se arrastavam ao redor dele e o mordiam. Elas destilavam ódio de suas presas, o qual era injetado na alma do jovem. A cada mordida, ele

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amaldiçoava e praguejava sem cessar. Era um tormento contínuo. Sua alma estava coberta de picadas infeccionadas com um veneno de cheiro repugnante. A alma do menino estava coberta de dor e, mais uma vez, ao nos ver, as serpentes fugiram e pudemos retirar o jovem daquele lugar e reunificá-lo com Jesus.

A última caverna em que o encontramos estava vazia. Não havia demônios vigiando. Encolhida como um animal assustado, a alma do jovem chorava amargamente. Ele era apenas um menino. Nós nos aproximamos dele para retirá-lo de lá, mas ele não queria sair. Estava muito assustado. Eu lhe disse que Jesus o amava e que queria tirá-lo daquele lugar, mas ele, aos prantos, me disse que esse negócio de Jesus o amar era pura mentira. “Ele não me ama! Ele não me ama!”, repetia ele, com as palavras sendo interrompidas pelo choro. Eu lhe disse que Jesus havia me mandado ali para ajudá-lo. Então o anjo tomou o menino em seus braços e, sobre o ombro do anjo, ele foi retirado da caverna. Ao sair, ele se transformou em um bebê pequeno e foi unido a Jesus. Entendi que a rejeição o havia aprisionado desde quando ainda estava no ventre de sua mãe.

O Senhor me ordenou a deixar o mundo espiritual e eu estava novamente na caverna na Terra, de frente para o jovem. Seus olhos me olharam, mas ele parecia uma pessoa completamente diferente agora, cheio de ternura. Seus lábios se abriram e ele disse: “Estou livre!”.

Eu o instruí a tirar do pescoço aquele colar de pactos e a renunciar a Satanás e ao que ele praticava. O jovem recebeu Jesus em seu coração e nós o levamos para fora daquele lugar, de volta para sua mãe, que o amava e desejava seu retorno.

Essa experiência foi uma das libertações de cativeiro mais fortes que o Senhor me permitiu vivenciar. Tenho visto muitas vidas transformadas ao serem resgatadas de suas prisões. Elas podem começar a viver a nova vida de liberdade que Jesus conquistou para elas.

Agradeço a Deus por ter me ensinado essa forma eficaz de ajudar as pessoas. Entrei em um nível diferente de alegria, paz e vitória depois que abri as portas das prisões e saí dos lugares onde eu mesma estava sendo mantida cativa desde a infância.

Para Jesus seja toda honra e glória pelo que Ele sofreu por nós para que pudéssemos ser livres.

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9. LIBERTO DO HOMOSSEXUALISMO E DO VÍCIO

Por David Silva Rios Guayaquil, Equador

Eu sou do Equador e tenho trinta anos. No momento, eu sirvo ao

meu Senhor, meu Jesus amado, no ministério de intercessão e batalha — espiritual. Nosso objetivo é tirar as pessoas do cativeiro onde Satanás as mantém presas devido à iniquidade e aos pactos das gerações passadas.

Esse testemunho é para dar glória ao meu amado Rei Jesus.

Antes de conhecer a Cristo, eu servia ao diabo de diversas maneiras: com práticas homossexuais, uso de drogas, álcool, feitiçaria, fraudes e muitos outros pecados. Não sinto orgulho ao escrever isso, mas creio que é necessário para que você veja a obra redentora do meu Rei.

Cresci em uma casa com dez pessoas. Vivíamos na mais absoluta pobreza e o diabo estava determinado a nos destruir como família. Meu pai nos deixou quando eu tinha apenas dois anos, depois de torturar minha mãe e tratá-la de maneira violenta. Mais tarde, meu padrasto veio morar conosco. Ele era um homem muito cruel que maltratava a todos nós, inclusive minha mãe. Ele tentou violentar minhas irmãs mais novas diversas vezes.

Como consequência de tudo isso, cresci com muita dor, amargura e ódio em relação a qualquer figura paterna. Em muitas ocasiões, não tínhamos sequer onde morar. Dormíamos em locais públicos e não tínhamos qualquer meio de contato com nossa escola. Lembro-me que caminhávamos sobre o lixo à procura de sapatos velhos para ir à escola. Fomos com fome e, muitas vezes, não havia comida suficiente, apenas para os meus irmãos menores.

Todo esse sofrimento me levou a buscar refúgio no álcool. Comecei a consumir todo tipo de bebida alcoólica. Certa vez, fui abusado sexualmente. Isso marcou minha vida e me encheu de demônios que tomaram conta do meu corpo físico, transformando-o no de uma mulher. Minha aparência era feminina. Comecei a consumir drogas e a ter relações homossexuais com qualquer um. Tornei-me bem conhecido por fazer cenas em público. A todo lugar que ia, eu sempre estava cercado por homossexuais. Então, me envolvi com roqueiros e, por fim, com satanistas. Nessa época, eu já era adulto.

Foi então que um jovem enviado por Deus se ofereceu para me ajudar, mas eu recusei. Hoje, sei que Deus já tinha um plano para minha vida. Alguns dias se passaram e me vi em uma situação desesperadora. A única coisa que me ocorreu foi tirar minha própria vida. Tentei fazer isso diversas vezes, mas não consegui. Sentia-me destruído e meu coração se

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enchia de ódio. Eu estava cheio de amargura e ressentimento por tudo que havia sofrido.

Certa manhã, algo me fez sair e procurar aquele jovem que se ofereceu para me ajudar. Ele me levou a uma clínica de reabilitação onde permaneci por dois anos. Os empregados da clínica pertenciam a um ministério cristão chamado “Restauração em Cristo”. O pastor principal, Carlos Elias Moreira Moreno, cuidou de mim. Ele é um servo de Deus que tem um grande amor pelas almas. Minha vida começou a se endireitar, graças a Deus, mas na área de homossexualidade, não conseguia alcançar vitória. Eu ainda queria estar com homens e sofria porque queria agradar a Deus, mas simplesmente não conseguia resistir. Era algo mais forte que a minha vontade. Devido a essa batalha, por vezes, a amargura e o ódio que estavam dentro de mim voltavam, especialmente contra as mulheres. Na clínica, tentaram me libertar cerca de vinte vezes, mas nada funcionou.

Clamei a Deus pela minha liberdade quando o Pai Celestial falou comigo. Ele me disse que havia preparado um encontro com alguém que me libertaria de uma vez por todas.

Conheci um irmão que sabia dos meus problemas e trabalhava com um ministério que realizava eventos em todo o país. Ele disse que estava organizando um evento que traria Ana Mendez Ferrell para o Equador com o marido e que, se eu quisesse, ele poderia arranjar um jeito de eu os encontrar.

Recebi a atribuição de cuidar da mesa de livros e a profetisa Ana Mendez Ferrell se aproximou do balcão de vendas para me dar algumas instruções. De repente, o Senhor falou comigo e disse: “Esta é a mulher que eu trouxe para a sua libertação”. Aleluia, Louvado seja o meu Pai Eterno!

A campanha terminou e fui ao hotel onde estavam hospedados para prestar contas a eles. Ela e o marido eram literalmente de outro mundo, cheios de humildade e ternura. Um tremendo poder emanava deles, mas nada ameaçador. Fiquei estupefato com o que vi e experimentei. Era um sentimento de paz como nunca sentira antes. A única coisa que pensava era que se tratavam de filhos de Deus e que eu queria estar com eles! Depois de passar o acerto, ela me perguntou do que eu precisava, então lhe contei tudo e agendaram um encontro comigo no dia seguinte para me libertar.

Fui com o meu amigo Armando Leon, um servo do Senhor que acabara de se converter na época. Eles me receberam com amor e me trataram como se eu fosse alguém importante. Foram muito atenciosos conosco. Comecei explicando os sonhos que tinha e até que ponto os demônios haviam me levado. Eu lhes contei tudo e realmente baixei a guarda. O ponto auge ocorreu quando ela me disse que eu estava preso

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em locais de cativeiro no inferno. Questionei se isso poderia ser possível, afinal, eu não estava morto. Eu sempre pensei que você tinha de estar morto para ser atormentado em um lugar como aquele. Muito gentilmente, da explicou tudo, mostrando-me na Bíblia, pois eu era muito religioso e teológico, ao mesmo tempo.

Eles começaram a orar e pediram ao Pai que enviassem um anjo para me ajudar. Ele enviou dois e eles puderam vê-los.

Eles descreveram os anjos, mas eu não acreditei neles. Depois de um tempo, meus olhos espirituais foram abertos e os vi pela primeira vez. Ao ver algo espiritual de Deus, o meu corpo começou a tremer. Senti como se eu fosse desmaiar. Pensei que fosse morrer. Um dos anjos me tocou e disse: “Tenha bom ânimo”. E nesse instante recuperei as forças.

Eles continuaram orando, pedindo ao Pai que lhes mostrasse os locais de cativeiro em que eu me encontrava. Deus literalmente nos levou aos lugares onde minha alma estava. Eram regiões e cadeias diferentes. A mais assustadora de que me lembro era uma caverna onde haviam me deitado sobre uma mesa velha de madeira. O lugar estava mofado, quente e úmido e um vapor emanava das paredes e do piso. Parecia um coração. Eu estava naquele lugar, atado com cordas tão espessas como as utilizadas para as âncoras de navios. Os cabos estavam presos ao chão e embutidos em minha carne, e pareciam muito antigos e enferrujados. Havia muitos demônios em volta da mesa e, um por um, eles cortavam minha pele e enfiavam coisas dentro do meu corpo. Todos me atormentavam. Eu estava vendo no reino espiritual o que sentia no natural. Todos os pensamentos de ódio, rancor, dor e homossexualismo eram, literalmente, professados pelos demônios.

Ana pediu a Deus Pai que enviasse anjos para me libertar. Ela e o marido lhes atribuíram ordens, as quais eram realizadas pelos anjos. Eles ordenaram aos anjos que quebrassem as cordas e assim fizeram. À medida que cada corda era rompida, pude sentir isso em meu corpo físico no mundo natural. Era como se eles realmente estivessem enfiados na minha carne, e doíam quando saíam. Eu era capaz de sentir tudo o que acontecia.

O meu amigo Armando, que estava comigo, também viu o cativeiro. Ele disse que era como se tivessem me colocado sobre um altar. Estivemos em vários lugares de trevas no espaço de uma hora e meia. Havia muitas celas encaixadas nas paredes, com barras enferrujadas e uma grande quantidade de sangue. Levaram-me para fora das prisões e dos lugares de tormento e os anjos estiveram o tempo todo conosco, nos ajudando.

Emerson Ferrell notou que um demônio estava pregado em minhas costas. Era o guardião da minha alma, designado para promover mentiras. Quando o arrancaram de cima de mim, foi como remover a

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tampa de uma panela. Ódio, rancor, dor, desespero, ruína e pobreza, todos estavam sendo derramados, removidos por Deus. Irmã Ana, que conduzia a oração, pediu ao Senhor que nos tirasse de lá e nos levasse aos lugares celestiais, para que minha alma pudesse ser estabelecida. Os anjos me sustentaram, pois eu estava muito fraco. Começamos a subir, atravessando uma região que parecia o mar. Tudo tinha a cor de chumbo e havia túneis na água. De repente, um brilho, como o do sol, surgiu e fomos absorvidos pela luz dos lugares celestiais. Tudo mudou para um lugar bonito, cheio de paz, santidade, pureza e de uma luz brilhante.

Voltamos ao quarto do hotel onde estávamos sentados e então eu vi Jesus. Ele tomou o lugar do meu pai terreno e disse: “Perdoe-me, meu filho, meu amado David, por tê-lo abandonado quando menino”. O que aconteceu foi extremamente importante. Pude sentir meu corpo explodir. O Filho de Deus estava pedindo meu perdão quando era eu quem O havia decepcionado. Eu havia cortado o Seu rosto! Ele então disse que tinha vindo para me encher de amor. Ana me abraçou e me envolveu com amor. Ela era como uma pessoa cheia de luz; mas não era ela, era Jesus nela. Não sei como explicar, mas era tudo tão real. Então ela tomou o lugar da minha mãe e do meu pai e pediu a Deus que levasse embora a iniquidade do homossexualismo, que veio do meu pai.

Tenho servido ao Senhor por seis anos, no mesmo centro de reabilitação aonde me levaram. Deus nos levou a formar uma rede de intercessão na nação do Equador, da qual sou o coordenador geral, juntamente com meu pastor, dessa equipe maravilhosa que Deus reuniu.

Estou sob a cobertura do homem que me ajudou, o pastor Carlos Elias Moreira Moreno, aqui no Equador. Também estou debaixo da cobertura apostólica e profética dos Ferrells.

Deus nos levou a diferentes batalhas de guerra espiritual para libertar os locais de maiores trevas em meu país. Agora, temos a Escola de Intercessores onde treinamos o exército de Deus para atacar o inimigo, manter a libertação dos territórios e estabelecer o Reino de Deus sobre a Terra.

Deus tem me abençoado com meu próprio negócio. Também auxiliamos diferentes ministérios que estão sob nossa cobertura. É ISSO QUE DEUS FAZ, PORQUE ELE AMA SEUS FILHOS. DOU A ELE TODA GLÓRIA E HONRA. A COROA É SOMENTE DELE. ALELUIA!

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10. A LIBERTAÇÃO DE PHILIP

Por Gabriel e Rose Du Roi Estados Unidos

Resgatado do autismo e da deficiência física e mental

Os poderes das trevas são extremamente conscientes do quanto é importante afetar os seres humanos na infância. Neste momento de tamanha fragilidade, tentam colocar ganchos nas almas das crianças para que possam utilizá-las mais tarde e arrastá-las para seus planos corruptos.

Rose teve uma gravidez de alto risco. Em diferentes momentos, ela sofreu perda de sangue e, juntamente com o marido, tomou posse da autoridade de Jesus Cristo sobre a situação, encorajados pelo médico, que afirmava que tudo ia ficar bem.

Então Philip nasceu. Não houve problemas no nascimento. O menino era bonito e parecia saudável; porém, quando ele completou um ano, começaram a perceber que não estava se desenvolvendo normalmente.

Seus olhos tinham um olhar vazio e ele não conseguia suspender | cabeça. Toda vez que lhe davam alimentos sólidos, ele não conseguia engolir e cuspia tudo. Também tinha acessos de raiva sem nenhuma razão aparente. Pouco a pouco, chegaram à conclusão de que nenhum de seus cinco sentidos funcionava corretamente. Seus braços caíam flácidos ao seu lado, sem força, e as pernas não conseguiam sustentá-lo. Ele não produzia nenhum som quando o estimulávamos a falar. Sua alma era um completo caos. Era como se ele não tivesse sentimentos e entrava em um estado de pânico por qualquer coisa. Sua capacidade de entendimento era afetada e cada dia era um pesadelo diferente. Sua hipersensibilidade e suas reações extremas tornavam o dia a dia muito difícil.

Eles sabiam que não podiam perder a esperança e o Espírito Santo os ajudava a ver as coisas através dos olhos de Deus. Eles sempre proclamavam bênçãos sobre Philip e como Deus tinha planos para sua vida. Mantinham seus olhos no Altíssimo, não permitindo que o inimigo lhes roubasse a alegria do seu filho. No entanto, independente do quanto fosse difícil perseverar na oração, as derrotas eram evidentes.

Certo dia, eles me ouviram ministrando sobre Libertar os Cativos e foram tocados com o ensino. Sabiam que o que estavam enfrentando com o Philip ia além do âmbito tradicional da libertação e da cura divina como são praticadas hoje.

Então nos pediram para ajudá-los a entrar no Espírito e a ver onde seu pequenino estava sendo mantido cativo. Nós concordamos e

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começamos a penetrar em uma dimensão profética. Logo, o Senhor Se manifestou em Seu trono e abriu o reino espiritual para começarmos nossa busca.

A primeira coisa que viram foi uma sala com paredes feitas de sangue. Havia corpos por toda parte, mas não viram Philip. O Senhor lhes disse que ali era apenas a entrada e que tinham de ir mais fundo. Chegamos a um lugar onde havia uma montanha de fendas coberta com escritas de maldições hereditárias. O pai de Philip começou a pedir perdão pela iniquidade de seus antepassados e a cancelar as maldições. Enquanto orava, elas começaram a desaparecer.

O Senhor nos levou a um lugar cheio de membranas de carne que formavam uma espécie de prisão. Foi lá que encontramos o filho deles. Parte de seu espírito estava presa atrás dessas membranas e seu pai lutou desesperadamente como um guerreiro para tirá-lo de lá. Ele tomou sua autoridade como pai e ordenou que a prisão fosse aberta, declarando com muita ênfase que Philip fosse liberto. As membranas começaram a cair e pareciam pele se rasgando ao se abrirem. Então retirei o menino espiritualmente de sua cela, mas um enorme demônio de morte surgiu entre nós. Lutei contra ele em uma luta ferrenha até que o poder de Jesus nos garantiu a vitória. O menino saiu coberto de sangue, como se tivesse acabado de nascer naquele lugar. Então seu pai o pegou pelos braços e o abençoou como se estivesse nascendo naquele momento.

Eles ordenaram que seu espírito se integrasse com seu ser e com sua alma e seu corpo entrou em alinhamento.

O Senhor nos fez entender que, durante a gravidez, o espírito de Philip não pôde ser corretamente unido com sua alma e seu corpo porque estava sendo mantido em cativeiro. Ele nos mostrou que o espírito deve se ajustar ao corpo e à alma, como uma mão se encaixa em uma luva. Se o espírito não preencher determinadas partes, ficarão espaços como balões cheios de ar saindo dele, semelhantes a uma luva em uma mão sem dedos. Havia partes do corpo e da alma de Philip ainda vazias e que agora seu espírito devia preencher.

Essa experiência toda foi conduzida pelo Espírito, sem o menino estar presente na casa com a gente. Quando seus avós o trouxeram para casa, os pais estabeleceram sobre ele tudo o que havia acontecido no mundo invisível.

Naquela noite, ele foi para a cama sem nenhuma mudança visível. Mas, na manhã seguinte, acordou chorando como um bebê recém-nascido. Eles começaram a ver as mudanças de forma acelerada e o menino até mesmo comeu alimentos sólidos pela primeira vez. Philip recuperou o equilíbrio e conseguiu ficar em pé.

Eu os instruí a invocar o espírito do menino todos os dias, comandando ele a encher seu corpo e sua alma, até a vitória total.

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Eles oraram dessa maneira diversas vezes, sempre com o Senhor lhes mostrando qual parte do espírito de Philip ainda estava adormecida, embora já estivesse liberta. Eles também viam que parte do seu cérebro estava ligada, enquanto outras não. Oravam com grande força quando percebiam isso e sopravam vida em seu espírito. De repente, milhares de partículas cintilantes surgiam e começavam a se ligar a cada parte do seu cérebro. Com ênfase, eles declaravam que a mente de Cristo era estabelecida nele.

Depois disso, começaram a ver o desenvolvimento surpreendente do seu filho mês após mês. Até mesmo os ossos de sua face mudaram, dando- lhe o semblante de uma criança normal. Hoje, ele brinca, ri, corre, anda de bicicleta e vai para a escola. Aprendeu a ler rapidamente e é algo que adora fazer. Até mesmo sua sensibilidade floresceu. Agora, ele é um menino feliz, amoroso e sociável, além de ser muito doce e de ter um grande senso de humor. A obra de Deus ainda não está completa, mas eles continuam a ver o progresso diário.

Durante esse processo, eles viram o incomparável amor de Deus e aprenderam a exercer a autoridade que tinham em Jesus sobre todo espírito maligno, a fim de expulsá-los de sua vida e da de seus familiares. Eles se apropriaram das promessas de Deus para a vida deles e abriram caminho para que Seus milagres se manifestassem na vida de seu filho. Proclamaram a vida e Deus lhes deu uma chave poderosa, ensinando-lhes sobre a libertação profética do cativeiro. Esse ensinamento definitivamente mudou a vida deles, a vida de Philip e de toda a família.

A Deus seja a glória.

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11. A RESSURREIÇÃO DE UM PAI

Pelo Pr. Joan Manuel Reyes Acosta Oaxaca, México

Testemunho da ressurreição do meu pai quando o Senhor o

resgatou do cativeiro da morte

Em setembro de 2004, depois de retornar da Espanha, recebi um vídeo da irmã Ana Mendez Ferrell chamado Regiões de Cativeiro. Quando o vi, disse ao Senhor que realmente gostaria de experimentar um poder assim porque me identificava com seu ministério e ensino. Esse vídeo me ajudou a ver Deus de maneira mais ampla e a conhecer o poder de Jesus sobre a morte e o inferno.

Em 28 de dezembro do mesmo ano, meu pai foi diagnosticado com pneumonia múltipla e estava desenvolvendo um câncer de pulmão. A situação era complicada pelo fato de que meu pai era alcoólatra e, como consequência, sofria de diabetes. Eles tiveram de interná-lo e entubá-lo, porque a doença avançava rapidamente.

Orei e me senti horrível ao vê-lo em tão mau estado. Senti-me impotente, não sabendo o que fazer. Então o Espírito Santo me mostrou que ele estava em cativeiro, mas tive medo porque não sabia como resgatá-lo. Senti que aquele nível de libertação era demais para mim.

Desesperado, saí do hospital e decidi assistir ao vídeo novamente. No dia seguinte, orei a Deus pedindo que o ensino da Irmã Ana se tornasse realidade na vida do meu pai e na minha. Eu queria saber como aquilo funcionava.

Eu estava determinado a entrar na UTI (unidade de terapia intensiva) em nome de Jesus. Os médicos estavam com ele e começaram a tirar os tubos de sua boca. Segundo eles, não havia mais nada que pudessem fazer. Aquilo era muito difícil para mim, mas, cheio da autoridade do Senhor, eu disse: “Jesus Cristo veio para salvar os mortos e lhes dar vida, e vida em abundância, e o Senhor é mais poderoso do que a medicina”. O coração do meu pai bateu pela última vez e então eu fechei meus olhos e comecei a orar. O Espírito disse: “Faça isso com autoridade e fé”. Então o fiz e declarei as Escrituras que vira no vídeo sobre as regiões de cativeiro. Minha voz não era mais minha. O poder do Todo-Poderoso emanava de minha boca enquanto eu quebrava os pactos de morte que meu pai fizera durante a vida. Então o Senhor disse: “EU SOU O QUE SOU. NÃO TEMAS. ESTOU CONTIGO. A MORTE ESTÁ NESTE LUGAR”.

Quando ele disse isso, senti como se um vazio infinito tomasse o lugar. Era como estar dentro do “nada”. É difícil explicar, mas era um

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vazio total. Pela primeira vez na vida, vivi a morte. A sala estava cheia com uma presença horrível e congelante. Eu me senti como se minha vida estivesse sendo levada e mal podia respirar. Sentia medo e incerteza. Houve um silêncio total, como se nada existisse, somente uma sensação de falta terrível, de ausência de vida.

Então Deus disse: “A morte está diante de você. Ela é silenciosa, vazia e desprovida de vida e tem o direito legal de ter seu pai em suas mãos. Ela quer ceifá-lo porque sabe que você tem declarado a salvação dele. Agora levante sua oração e comece a amarrá-la como você viu no vídeo. Quebre os decretos que o inimigo tem nas mãos e que lhe dão o direito sobre seu pai desde 1945, quando ele amaldiçoou os próprios pais”. Então, lembrei- me da oração de Ana, quando ela orou por seu amigo que estava no hospital.

Ela disse ao diabo: “Eu ordeno que Satanás e o espírito de morte, em nome de Jesus de Nazaré, o Cristo vivo, não levem meu pai à sepultura. Dou vida a meu pai e quebro todos os desígnios, pactos e decretos que ele fez”. (Ele era maçom do grau 28 e professor de literatura maçônica.) O Senhor acrescentou: “Agora retire-o do cativeiro da morte”.

Naquele momento, vi quando um anjo do Senhor se colocou ao meu lado e meu pai parecia uma criança encolhida, chorando dentro de uma cela. Jesus continuou: “Essa é uma parte de sua alma que foi ferida. Abra a porta da prisão da morte!”. O meu pai podia me ver; então o anjo que estava comigo disse: “E para isso que o Filho do Homem veio, para salvar os perdidos. Agora, o Filho de Deus é glorificado, porque Ele desceu ao inferno para tomar de Satanás as chaves da morte e do cativeiro”. Eu estava no Espírito quando vi meu pai deixar a prisão e uma luz nos cercar, cheia de paz.

Então, na sala de tratamento intensivo, o quadro de morte se alterou. A pulsação do meu pai voltou e se estabilizou, com sua respiração começando a ficar forte. Percebi que ele estava recebendo uma nova oportunidade de viver e de acertar as contas com Deus.

Na experiência de levar meu pai a sair das regiões da morte, percebi que muitos estavam ali porque haviam amaldiçoado os pais e outros por terem desobedecido ao Senhor. Eu pedi perdão a Deus pelos tempos em que não O considerávamos Pai e vivíamos em desobediência, e também pelos tempos em que eu me comportei mal com meus pais terrenos. Algo poderoso havia acontecido dentro de mim e eu nunca mais seria o mesmo. Ao sair daquela sala, senti essa paz de Deus e fui para casa dando glórias ao Senhor pelo que havia me permitido experimentar naquele hospital. Meu pai se converteu e agradeci a Deus por tê-lo salvado da morte.

Deus me deu a vitória sobre a morte. Desde então, fiz uso da experiência que tive e estendi à Oaxaca e à Cidade do México.

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Libertamos muitos do cativeiro da morte e do pecado. Deus me permitiu ver esse vídeo sem que eu soubesse da magnitude de aonde Ele me levaria.

Hoje, conforme o entendimento dado por Deus, ministramos sobre os cativeiros e a libertação a partir dos desígnios satânicos que mantêm centenas de pessoas presas nas regiões do inferno. Deus inclusive está nos levando a libertar cidades e nações graças ao ensino que deu a Ana Mendez

Dou graças a Ana por sua coragem de confrontar as trevas. Sem esse vídeo, eu não teria sido capaz de salvar meu pai da morte e do inferno. Seu ensino foi ministrado a mim e deu vida ao ministério que Deus me deu.

Ana, minha vida hoje é fruto desse ensino, como é dito em Lucas 4:18-19.

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12. A LIBERTAÇÃO DE TODA UMA CIDADE

Pelo Apóstolo Fernando Orihuela La Paz, Bolívia

Potosí, Bolívia resgatada para a glória de Deus

É surpreendente que a história de Potosí, na Bolívia, seja tão pouco conhecida em todo o mundo. E como se o próprio inferno estivesse tentado apagar sua história malfadada de modo que as consequências de suas perversidades continuem a ser transmitidas de maneira despercebida de geração em geração.

Por volta de 1535, a Espanha estava repleta de conflitos internos. O Peru e o norte da Argentina ainda eram territórios desconhecidos. Anos antes, um dos últimos descendentes do rei Inca, Huaina Capac, ouviu falar sobre a descoberta de uma montanha fantástica que guardava um tesouro extraordinário de prata de rara qualidade. Em torno de 1545, o capitão Juan de Villarroel e outros espanhóis a descobriram e começaram suas explorações.

A partir de abril do mesmo ano, Potosí se tornou uma importante cidade mineira. Graças à prata, ela cresceu em uma velocidade de tirar o fôlego, tornando-se a maior cidade das Américas em 1650, com mais habitantes do que Londres e Paris. Sua influência era conhecida em toda a Europa.

As riquezas extraídas da montanha se tomaram um pólo de atração para muita gente. Por exemplo, o escritor argentino Raul Molina, em seu livro A História do Rio da Prata, a chamou de a “Meca do comércio espanhol da época”.

O preço da exploração

Como foi possível tal exploração? Qual era o preço de se enviar tamanha riqueza para a Península Ibérica? Os mineiros pagavam um preço muito elevado pela produção da prata. Alguns historiadores estimam que doze milhões de homens morreram nessa parte da América, devido ao processo de extração de prata em pouco mais de 350 anos. Os métodos de mineração eram mortais. A população foi dizimada tão fortemente que precisaram importar escravos africanos, no entanto, devido à geografia e ao frio extremo, os escravos não conseguiam sobreviver por mais de um ano.

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A “folha sagrada”

A cidade de Potosí fica a 4.017 metros acima do nível do mar. A fim de trabalhar nas minas, nessa altura, os mineiros mastigavam folhas de coca como forma de vício, o que já era praticado pelo povo Inca. Quando os espanhóis chegaram à América e descobriram suas propriedades, foram apresentados a ela como uma parte vital do processo de exploração. O consumo de cocaína substituía a fome, eliminando qualquer vontade de lutar e transformando os homens em pouco mais do que máquinas. Cada um podia trabalhar perto de 36 horas contínuas sem a necessidade de comer ou dormir. No entanto, após alguns meses, os resultados eram trágicos. Os homens ficavam extremamente magros, desnutridos, com os pulmões consumidos pelos ácidos que inspiravam nas minas. Além disso, viam o álcool como uma forma de escapar de seu sofrimento. Até o início do século 21, Potosí foi caracterizada como a única cidade da Bolívia com crescimento negativo e uma expectativa de vida inferior a 47 anos.

Quando a “febre da prata” terminou, a cidade se tornou um lugar desolado. Sua antiga glória desaparecera. A origem de riquezas para toda a Europa, onde um continente inteiro ganhou vida, simplesmente evaporou.

A presença das sombras

Uma das práticas que apareceram nas minas da Bolívia foi a chamada “O culto do Tio”. O Tio é uma representação do diabo, a quem sacrifícios e oferendas eram realizados com frequência. A razão é simples: acreditava-se que o diabo era o dono das riquezas das minas e a única autoridade. Essa crença também contaminou as cidades próximas e o cristianismo não cresceu nessas regiões mesmo após mais de cem anos de pregação. Nessa cidade, as características típicas de quem havia sido consagrado à idolatria eram manifestas, como a descrença, a indiferença, o ocultismo e a pobreza. Havia ali fortalezas espirituais que governavam a cidade e os maçons também deixaram sua marca. Essa é apenas uma amostra do enorme problema que aquele lugar sofria.

Meu primeiro contato com a cidade

Quando fui a essa cidade pela primeira vez, em 1995, pude verificar alguns aspectos seus importantes. Na cidade de Potosí, era muito difícil se esperar ter qualquer impacto espiritual ou estabelecer qualquer forma de guerra espiritual ou libertação em grupo. Minha própria experiência me fez perceber qual seria o custo de ministrar libertação a qualquer um nessa cidade. Era possível sentir a opressão e o controle demoníaco em

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toda parte. As igrejas eram pequenas e realizavam pouquíssimas conversões a cada ano. A autoridade e a influência da Igreja Católica (na verdade, uma mistura de catolicismo com culturas nativas) era visível e a pouca atividade econômica da cidade ainda dependia da montanha colossal de prata, agora longe de seus dias de glória.

A liderança da Igreja Cristã estava dividida e foi extremamente difícil falar sobre trabalharmos em conjunto por um bom tempo. Durante um momento de intercessão, nossa equipe recebeu a revelação de que Potosí era um altar de sangue, provavelmente um dos mais altos do planeta. Foi, sem dúvida, o altar com o maior número de vidas sacrificadas sobre ele.

Nosso primeiro trabalho foi tentar reunir os líderes da cidade. Com a ajuda de Deus e dois pastores amigos, conseguimos ter nossa primeira reunião, na qual propusemos evangelizar a cidade. Das 95 igrejas na cidade, 90 estavam presentes. Foi um grande sucesso. Após estabelecer essa comunhão, começamos a planejar o que seria a maior mobilização da Igreja em nossa história. A data prevista para o evento foi em maio de 2001.

Contatos divinos

Todo esse trabalho levou cerca de cinco anos (e muitas avarias). Os últimos meses antes do evento foram muito intensos. Em janeiro daquele ano, Deus me permitiu conhecer Ana Mendez Ferrell. Estávamos ambos convidados para um evento em Denver, Colorado. Deus me permitiu compartilhar com ela a visão. Após uma longa conversa, ela sentiu em seu espírito que devia aceitar nosso convite e participar da tomada de Potosí. Tive também a oportunidade de manter contato com o irmão Hector Torres, amigo querido e renomado escritor e palestrante.

A estratégia era simples. O evangelismo levaria uma semana, aberto a todas as igrejas e com publicidade maciça. Queríamos impactar cerca de 25.500 casas, visitá-las uma a uma. Por outro lado, precisávamos fazer um ataque espiritual, “amarrando o valente”, o que seria realizado uma semana antes em um evento fechado com a participação de mais de 70 intercessores.

O véu se rasgou

Percorremos a região por volta de um mês e meio e literalmente cobrimos toda a cidade durante 60 meses, realizando mapeamento espiritual, visitando todos os museus e locais de idolatria, entrando nas minas e buscando todos os possíveis traços de quem fosse espiritualmente “culpado” por todo aquele desastre. Apesar de toda a

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investigação, se me perguntassem quem era o valente em Potosí, eu não saberia o que responder.

Ana Mendez Ferrell mal tinha chegado a Potosí quando convocou um número reduzido de pessoas para uma reunião. Após alguns breves comentários, entramos em um momento muito especial de intercessão. Devo reconhecer que eu não estava preparado para o que aconteceria. Por mais de três horas, o Senhor nos permitiu ter uma experiência como eu nunca tivera antes. Anjos apareceram entre nós e nos levaram a lugares espirituais onde a cidade era mantida cativa. Uma coisa é “conhecer” a Bíblia e tirar dúvidas sobre algum lugar ou região com a ajuda de um dicionário. Eu sabia como fazer isso bem, graças a minha formação teológica, mas outra coisa era “estar” nos lugares espirituais e, na realidade, “vê-los” face a face.

Encontrando a rainha dos céus

A Rainha do Céu, sob a forma de um grande dragão, era o carcereiro da cidade; passado e presente se misturando em imagens vivas e estáticas. Tanta dor, tanto mal havia sido cometido contra a terra e contra a cidade. A criação “gemia” para estar livre. Nas formas mais terríveis, o sangue estava ligado à tamanha dor e iniquidade. Anjos vieram nos ajudar. Cadeias foram quebradas e pactos destruídos. Como o apóstolo disse, “no corpo ou fora do corpo, não sei”, só sei que “vi” e o que “vi” era real.

Nesse tempo de intercessão, pudemos compreender que o espírito da Rainha do Céu tinha tomado o sangue de milhões de seres humanos nas minas a fim de estabelecer um trono sobre um dos mais altos lugares da Terra. Esse trono tinha duas características espirituais poderosas: estava sobre um lugar muito alto (cerca de 5.300 metros acima do nível do mar) e possuía o sangue dessas vítimas derramado de forma quase ritualística.

Os guardiões desse espírito eram, em geral, Mamon (deus das riquezas) e a Morte. Esses dois governos espirituais eram manifestados abertamente na cidade. Isso ficou evidente.

Em meio a essa intercessão no Espírito, os anjos de Deus *e manifestaram e, juntamente com nossa ajuda, lidaram com o dragão e seus guardiões. Então, o Espírito nos levou a restaurar a cidade e a terra. Oramos para que o sangue de Cristo a cobrisse e que a dor de gerações fosse curada.

Ao mesmo tempo, o Senhor nos levou a retirar Potosí de seu cativeiro, de masmorras espirituais assustadoras que mantinham a cidade prisioneira há gerações. Conseguimos libertar então as riquezas da nação. (Apenas alguns meses depois, descobriram imensas jazidas de

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gás natural em nosso país). Depois de “libertar” as riquezas dessa cidade pobre e do resto do país, a instrução precisa era a de que as riquezas seriam derramadas sobre os “justos”.

Apenas cinco pessoas participaram dessa experiência que ocorreu em três sessões diferentes. Em cada uma delas, alguma coisa foi rompida e não houve sinais no céu.

O Espírito de Deus nos mostrou que espíritos de ocultismo operavam na cidade. Sob a forma de um grande macaco, esse espírito lançava feitiços sobre os moradores e os tornavam cativos dos poderes das trevas. Como no caso anterior, os anjos de Deus nos ajudaram a quebrar a influência desses espíritos e abrimos as prisões em que as pessoas estavam cativas. Era bonito vê-las em liberdade depois de tantos anos de opressão.

As portas das prisões são abertas

Depois dessa última intercessão, algo incrível aconteceu. As pessoas começaram a vir a Cristo por conta própria, uma a uma. Houve momentos em que grupos se aproximaram de nossa equipe pedindo oração, desejando conhecer o Senhor. Uma comunidade inteira de agricultores pediu que alguém os visitasse, pois todos ali haviam recebido Jesus em seu coração. A mobilização evangelística tinha começado e mais de 400 evangelistas foram enviados às ruas para realizar visitas domiciliares. Equipes de evangelismo trabalhavam com música, teatro, exibição de filmes em praças públicas, reuniões em salas de cinema e atendimento médico gratuito. Deus estava visitando Potosí.

Em pouco mais de 10 dias de evangelismo, houve 40.790 decisões por Cristo. Algo sem precedentes. Somente no segundo dia de evangelismo, 17.000 cartões de decisão que a equipe da cidade de pastores havia preparado foram distribuídos. As pessoas continuaram a receber ao Senhor até mesmo após a meia-noite, apesar do rigoroso inverno, a menos 11°C. Detentos, autoridades municipais, alunos e milhares de crianças receberam o Senhor.

Espiritualmente, Potosí estava em cativeiro. Graças à direção do Espírito Santo, ela foi retirada dessas regiões e automaticamente as pessoas vieram a Jesus. Simples assim.

Conseqüências posteriores

Três meses depois, o presidente da nação renunciou e morreu após alguns meses acometido de uma doença terminal. Os partidos políticos mais influentes dos últimos 50 anos desapareceram junto com ele. A explicação do Senhor foi muito simples: “Quando o governo invisível

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(potestades) cai, o governo visível (políticos que servem a essas potestades) também cai”.

No intervalo de apenas três anos, Potosí obteve o segundo lugar em termos econômicos e em projeções de investimento. O desenvolvimento urbano é visível. Até mesmo o time de futebol local, pela primeira vez em sua história, ganhou um lugar no famoso campeonato Libertadores da América. Os pastores da cidade continuaram a orar juntos, com frequência, mantendo caminhadas de oração. A contratação de crianças para o trabalho nas minas foi proibida por lei. Glória a Deus! O Senhor está fazendo alguma coisa lá. Certamente Potosí ainda precisa de muita oração e ajuda, mas uma coisa é inegável: uma transformação visível da comunidade já começou.

“Pode uma nação (ou cidade) renascer em um dia?”, perguntou o profeta. “Sim, é possível!”. Declaro isso porque vi com meus próprios olhos.

* * *