100 historinhas

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Contos que encantam! Ester Moreira de Santana

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Esta é uma coleção de historinhas que digite

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Page 1: 100 historinhas

Contos que encantam!

Ester Moreira de Santana

SUMÁRIO

Page 2: 100 historinhas

1. A VERDADEIRA ESTRELA

2, A VERDADEIRA RIQUEZA

3, EM DEFESA DA VIDA

4, O PÃO E A FLOR

5, UM HOME DE DECISÃO

6. CHORO DE MULHER

7. COMO SE ESCREVE?

8. MANEIRAS DE MANTER O INFERNO

CHEIO

9, A AÇÃO MAIS IMPORTANTE

10. DE QUAL VOCÊ GOSTA MAIS?

11. A SAGA DE UM HOMEM JUSTO

12. DEUS ENCARREGOU VOCÊ

13. FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM

14. FOLHA EM BRANCO

15. GESTO SOLIDÁRIO

16. O BEM QUE VOCÊ PLANTA, COLHE

17. O BOM PASTOR

18. O CIÚME

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19. O LIVRO DA VIDA

20. O LIVRO DOS MILAGRES

21. PERDÃO FILHINHO..

22. PROVA DE AMOR

23.SEPARE A FANTASIA DA REALIDADE

24. VOCÊ É DEUS?

25. A FÉ É INVISÍVEL

26. OLIMPÍADAS ESPECIIAIS

27. UM PAI NUNCA DESITE

28. SORRIA

29. REUNIÃO DAS FERRAMENTAS

30. AULA DE FILOSOFIA

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31. O PODER DA PREÇE

32. O MOTIVO DA ALEGRIA

33 .PAZ

34. O MENINO E O TELEVISOR

35. UMA ATITUDE CORAJOSA

36. SÓ MAIS UM MINUTINHO

37. SERENIDADE

38 . A PERSISTÊNCIA

39. O VALOR DA AMIZADE40. O ÚLTIMO DIA41. O TAPETINHO VERMELHO42. A ORAÇÃO VERSUS CONDUTA43. OS PESSIMISTAS44. MANTENDO A CALMA!45. A JOVEM FELIZ46. MENSAGEM PARA UM FILHO47. ESTOU MUITO CANSADO48. ACREDITANDO SEM VER49. UMA CADEIRA VAZIA É MUITO

MAIS...50. O BEM MAIS PRECIOSO51. MANEIRAS DE ENSINAR52. DEUS ESCOLHE

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53. A PORTA MAIS LARGA DO MUNDO54. A ÁRVORE DOS PROBLEMAS55. A CAIXINHA56. A BUSCA57. ACEITE AS PESSOAS COMO ELAS

SÃO...58. O SOCORRO DO CÉU59. ACEITANDO O AFETO60. A CERTEZA61. A CESTA62. O VERDADEIRO AMOR63. A DISTÂNCIA ENTRE OS

CORAÇÕES64. ADIVINHA O QUANTO EU TE AMO?65. TEMOS ANJOS EM CASA!66. COLHEMOS O QUE PLANTAMOS67. INDISCIPLINA68. A LENTE69. AS APARÊNCIAS ENGANAM70. O CARTÃO DE VISITA

71. O CAVALO QUE CAIU NO POÇO

72. O MÉDICO E O MECÃNICO

73. ESTOU PRONTO AGORA

74. AUXÍLIO MÚTUO

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75. A GELADEIRA

76. A FÁBULA DO INCÊNDIO E O PASSARINHO

77. A GAROTA QUE NÃO TINHA MEDO DA MORTE

78. REUNIÃO DE FAMÍLIA

79. ATITUDE LAMENTÁVEL

80. A LIÇÃO DA BORBOLETA

81. LOJA DE CONVENIÊNCIA

82. AS PEGADAS NA AREIA

83. O DIÁLOGO DAS QUATRO VELAS

84. PRESENÇA DE DEUS

85. NOSSO ANJO

86. A PISCINA E A CRUZ

87. OS DOIS POTES

88. FONTE NOVA

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89. MESMO QUE NÃO PARECE, A JUSTIÇA VIRÁ!

90. SABEDORIA CANINA

91. COMO VOCÊ LIDA COM A ADVERSIDADE

92. DICA DE BELEZA

93. KIT SOBREVIVÊNCIA

94. O TREM DA VIDA

95. AS PENEIRAS

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1. A VERDADEIRA ESTRELA

   Conta-se que quando Jesus estava entrando em Jerusalém, escolheram um

burrinho para que o Mestre montasse e assim percorresse aquela entrada

triunfal na cidade Santana.

   Todo o povo então saudava o Mestre gritando, Hosana ao Rei! Foi

realmente um delírio para todos.

   Naquela altura o burrinho ficou muito alegre com todo aquele alvoroço. Ele

se achou o máximo e muito se orgulhoso por ser merecedor daqueles

aplausos.

   Quando terminou a trajetória, Jesus desceu do burrinho e prosseguiu seu

ministério naquela cidade.

   Entretanto, o burrinho pensou em fazer o caminho de volta e receber os

mesmos aplausos pensando: "dias como este não se tem constantemente".

   No entanto, assim que as pessoas avistaram o burrinho, começaram a xingá-

lo dizendo aquele não era o local de animais. Jogaram pedras, chutaram e

quase espancaram o presunçoso animal.

   Chegando em casa, o burrinho relatou para sua mãe o fato e ela prontamente

respondeu a questão:

   - Meu filho, naquela ocasião Jesus estava com você. Ele era o centro das

atenções. A glória era para Ele e não para você. Sem Jesus você é apenas mais

um burrinho.

2. A VERDADEIRA RIQUEZA

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   Um dia, um homem, que acreditava na vida após a morte e que valorizava o

"ser" mais o "ter", hospedou-se na casa de um materialista convicto, numa

bela mansão de uma cidade européia.

   Depois da ceia, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de

artes e começou a enaltecer os bens materiais que possuía de maneira soberba.

Disse que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue

acumular durante sua vida na Terra. Exibiu escrituras de propriedades as mais

variadas, jóias, títulos, valores diversos.

   Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua

convicção de que os bens da Terra não nos pertencem de fato e que mais cedo

ou mais tarde, teremos de deixá-los. Argumentou que os verdadeiros valores

são as conquistas intelectuais e morais, e não as posses terrenas, sempre

passageiras.

   No entanto, o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono

de tudo aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos

aqueles bens não lhe pertenciam.

   Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo:

   - Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinquenta anos, está

bem?

   - Ora - disse o dono da casa -, daqui a cinquenta anos nós já estaremos

mortos, pois ambos já temos mais de 65 anos de idade!

   O hóspede respondeu prontamente:

   - É por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com mais segurança,

pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas mãos, mas, na

verdade, nada disso lhe pertence de fato. 

   Chegará um dia em que você terá de deixar todas as posses materiais e

partir, levando consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as

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virtudes do espírito imortal. E só então você poderá avaliar se é

verdadeiramente rico ou não.

   O homem materialista ficou contemplando as obras de arte ostentadas nas

paredes de sua galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes

tão seguro. Agora uma voz silenciosa, íntima, lhe perguntava:

   - Que diferença fará, daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou

num casebre? Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar

beneficente? Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro? Se

comeu em pratos finos ou numa marmita simples? Se pisou em tapetes caro

ou viveu com um salário mínimo? Que diferença isso fará  daqui a cem anos?

   E, intimamente, ele já sabia a resposta: absolutamente nenhuma.

Para refletir: Deus diz acumulai tesouro no céu, onde o ladrão não rouba e

nem a ferrugem comerá.

3. EM DEFESA DA VIDA

  Os três funcionários daquela seção já não eram apenas colegas de trabalho,

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eram bons amigos.

   A senhora que ocupava o cargo de chefia era uma espécie de mãe para os

dois rapazes que dividiam com ela as atividades diárias.

   O horário de expediente não era próprio para intensificar amizade, e o

tempo do cafezinho era curto para travar uma conversa mais demorada. Por

essa razão, o moço Ronaldo, já casado, convidou o amigo para visitar sua

casa.

   Raul, o jovem solteiro, passou a frequentar o lar do colega e os laços de

afeto se estreitaram também com sua jovem esposa.

   Passado algum tempo, o casal comemorava o nascimento da primeira filha.

   A alegria tomou conta daquele lar com a chegada da pequena Ana Claudia.

   O tempo passou e um dia Ronaldo chegou ao trabalho cabisbaixo, o que não

passou despercebido ao amigo, sempre atencioso e sensível.

   "O que está acontecendo, meu amigo? - Pergunto Raul.

   Ronaldo disse-lhe que algo o estava preocupando muito, mas agora não era

o momento para falar no assunto.

   Naquele dia ele convidou Raul para tomar um cafezinho, alguns minutos

depois. Precisava desabafar.

   Mal se sentaram à mesa e Ronaldo disse ao amigo: "Você sabe minha filha

acaba de fazer dez meses e minha esposa está grávida outra vez?".

   Não deu tempo para o amigo se manifestar e completou, aborrecido: "Mas

eu não vou aceitar esse filho. Já marcamos o aborto para amanhã cedo.

Vamos tirar a criança".

   Raul sentiu como se o chão lhe faltasse sob os pés. Como cristão, não

conseguia entender como um pai e uma mãe tinham coragem de cometer um

crime desses.

   Ronaldo continuou suas justificativas dizendo: 'Não dá para aceitar um filho

logo em seguida do outro. Nossa menina está com apenas 10 meses..".

   Raul agora entendera melhor as razões do amigo e perguntou com sincera

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vontade de obter uma resposta séria: 

"Mas, e porque você deseja matar seu filho?".

   Pensara em aborto, mas não no que ele representa: um homicídio.

   Raul ainda lhe fez mais uma pergunta:

   "E se sua filha vier a falecer, como ficarão as coisas?".

   Ronaldo ficou desconcertado, abaixou a cabeça terminou de tomar o café e

voltaram ambos para o trabalho.

   Raul tinha atividades no seu Templo religioso e em suas orações rogou

com fervor a Deus para que salvasse aquela criança.

   No dia imediato os dois chegaram à seção, no período da tarde, pois

trabalhavam só meio expediente, mas Raul não teve coragem de perguntar ao

amigo. Temia pela resposta.

   Ronaldo tomou a iniciativa, dizendo: "Minha esposa e eu não conseguimos

dormir esta noite...".

   O coração do amigo bateu acelerado..., mas não falou nada.

   Logo Ronaldo concluiu: "Resolvemos deixar que venha mais um...".

   Raul explodiu em lágrimas de profunda alegria e alguns meses depois

estava na festa de um ano de Ana Claudia, e segunda a segunda filha do casal,

contemplando, feliz, o paizão exibindo as duas meninas, uma em cada braço.

   O tempo passou e um dia, após retornar de breve viagem, Raul não

encontrou o amigo na repartição, e quis saber o que havia acontecido.

   A chefe lhe falou: "Então você ainda não sabe?.

   "Não, me diga o que houve, por favor". E a notícia lhe abalou novamente a

estrutura ao ouvir a resposta:

   "A filha mais velha do Ronaldo morreu."

   Raul dirigiu-se imediatamente para o lar dos amigos para encontrar o casal

em profunda tristeza.

   Ronaldo, que chorava discretamente com filha adormecida em seu colo,

disse com profunda dor ao amigo:

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   "Quero lhe agradecer por ter salvo minha vida. Sim, porque se você não

tivesse evitado que eu matasse Ana Paula, a essa hora eu já teria matado a

mim,movido pelo remorso e pelo desespero",

   Os amigos se abraçaram e choraram juntos por algum tempo. Mas Raul não

esqueceu de agradecer a Deus por ter atendido ás suas preces, poupando a

vida daquela criança, que agora dormia serena no colo do pai, que um dia

havia pensado em matá-la, no ventre da mãe.

4. O  PÃO E A FLOR

  Conta-se que, certa vez, existiu um homem rico e poderoso que se julgava

superior a todos os outros em função dos bens que conseguira acumular.

   Habituado a ver qualquer desejo seu prontamente atendido, considerava a

vida insípida e tediosa. Sua riqueza já se multiplicava sozinha sem

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necessidade de sua intervenção, e ele a todos se queixava pela falta de sonhos

a realizar e objetivos a alcançar.

   Porém, por uma reviravolta do destino, sua sorte mudou completamente e,

em um espaço de tempo relativamente curto, se viu reduzido a extrema

miséria.

   Verificou, um dia, que de sua outrora imensa fortuna só restavam duas

insignificantes moedas. Amargurado, duvidando se valeria a pena continuar a

viver na condição de penúria a que chegara, resolveu dar um último passeio

por uma galeria de lojas e encontrar a melhor aplicação possível para as duas

moedas.

   Deteve-se diante da vitrine de uma padaria que exibia uma grande variedade

de pães e doces. Enquanto observava esses produtos, teve sua atenção

despertada pelo que se passava numa loja vizinha, onde eram vendidas plantas

e flores. De lá saíra um cliente, seguido pelo vendedor, que portava um vaso

com uma roseira e insistia: "Compre esta roseira. Ela está muito barata.

Reduzo seu preço para uma moeda", ao que lhe respondeu o cliente: "Não me

interessa uma oferta. Estas rosas estão fornecidas e me exigiram muito

trabalho para fazê-las vicejar de novo".

   O ex-rico aproximou-se, examinou as raízes da roseira, que não pareciam

estar estragadas, e tomou uma resolução. Com uma moeda comprou um pão e

com a outra o vaso de rosas.

   Alguém que o observava e tinha conhecimento das provações que ele estava

passando, exclamou:

"Você realmente enlouqueceu! Na situação em que você está, compreendo

por que comprou o pão, mas por que desperdiçou uma moeda com esta

roseira?".

   O homem outrora rico pensou um pouco e respondeu: "Comprei o pão para

sobreviver e as  rosas para ter uma razão para viver".

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5. UM HOMEM DE DECISÃO

   No dia 5 de dezembro de 1901, na cidade de Chicago, nascia o maior gênio

do desenho animado de todos os tempos, Walter Elias Disney, quarto filho de

uma família pobre.

   Walt Disney, como é conhecido no mundo inteiro, foi um homem que

sempre acreditou em seus sonhos e fez de tudo para realizá-los. Decisão,

vontade, persistência e muita criatividade eram as virtudes mais marcantes

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deste homem que construiu um império tendo como capital inicial apenas o

seu talento artístico.

   Seu lema era: "se nós podemos sonhar, nós podemos fazer".

   E quem não conhece muitos de seus sonhos que viraram realidade e até hoje

encantam adultos e crianças, como, por exemplo, o personagem Mickey

Mouse e a Disneylândia, o primeiro parque temático do mundo?

   Walt Disney não pretendia sensibilizar somente corações infantis, conforme

ele mesmo afirmou certa feita: "não faço filmes especialmente dedicados às

crianças. Chamemos a criança de inocência. Mesmo o pior de nós não é

desprovido de inocência, ainda que ela esteja profundamente enterrada. Em

minha obra, tento alcançar e falar a essa inocência".

    Walt Disney não se deixou levar pelas circunstâncias desfavoráveis que o

rondavam. 

Um dia resolveu segurar o leme de sua própria embarcação. Eis o que ele

escreveu:

   "E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi

triunfar...

   Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.

   Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma

solução.

   Decidi ver cada deserto  como uma possibilidade de encontrar um oásis.

   Decidi ver cada  dia como uma nova oportunidade de ser feliz.

   Naquele dia descobri que meu único rival não era  mais que minha próprias

limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.

  Naquele dia descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse

sido.

   Deixei de me importar com quem ganha ou perde. Agora me importa

simplesmente saber melhor o que fazer.

   Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.

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   Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de amigo".

    Descobri que o amor é mais que um simples estado de  namoramento, o

amor é uma filosofia de vida.

   Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e

passei a ser uma tênue luz no presente.

   Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.

Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...

   Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornarem-se realidade.

   E desde aquele dia, já não durmo para descansar...

   Simplesmente durmo para sonhar.

   

6. CHORO DE MULHER

   "Um garotinho perguntou à sua mãe: - Mamãe, porque você está chorando?

   E ela respondeu: - porque sou mulher...

   - Mas, eu não entendo...

   A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e disse:

   - Meu amor, você jamais irá entender!

   Mais tarde, o menininho perguntou ao pai:

   - Papai, por que a mamãe às vezes chora sem motivo?

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   O homem respondeu:

   - Todas as mulheres sempre choram sem nenhum motivo.

   Era tudo o que o pai era capaz de responder.

   O garotinho cresceu e se tornou um homem. E, de vez em quando, fazia a si

mesmo a mesma pergunta:

   - Por que será que as mulheres choram sem ter motivo para isso?

   Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus:

   - Senhor, diga-me, porque as mulheres choram com tanta facilidade?

    E Deus lhe disse:

   - Quando eu criei a mulher tinha de fazer algo muito especial. Fiz seus

ombros suficientemente fortes capazes de suportar o peso do mundo inteiro,

suficientemente, porém, suaves para confortá-lo!  Dei a ela uma imensa força

interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o

desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos!

   Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família,

sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando

todos os outros entregam os pontos.

   Dei-lhe a sensibilidade para amar seus filhos, em quaisquer circunstâncias,

mesmo quando estes filhos a tenham magoado muito. Essa sensibilidade lhe

permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança e

compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência!

   Para que possa, porém, suportar tudo isso, meu filho, eu lhe dei as lágrimas

e são exclusivamente suas, para usá-las quando precisar. Ao derramá-las a

mulher verte em cada lágrima um pouquinho do amor. Essas gotas de amor

desvanecem no ar e salvam a humanidade!

   O homem com um profundo suspiro respondeu:

   - Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de

minha esposa e de minhas filhas...

   Obrigado, meu Deus, por ter criado a mulher tão maravilhosamente

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sensível!

7;COMO SE ESCREVE...

   Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância

pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam.

Joey desenhou a sua família. Depois traçou um grande círculo com lápis

vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do

círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até a mesa da professora e disse:

   - Professora, como a gente escreve...

    Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e

não se atrever mais a interromper a aula.

   Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa,

naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre

a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande

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círculo vermelho.

   Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a

mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse:

   - Mamãe, como a gente escreve...

   - Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E

não bata a porta, foi a resposta dela.

   Ele dobrou o desenho e guardou no bolso.

   Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande

círculo vermelho, foi até a cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o

desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o

desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse.

   - Papai, como a gente escreve...

   - Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora.

E não bata a porta.

   O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso., No dia seguinte, quando

sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho

enrolado um papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de

gude. Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela

nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.

   Os anos passaram...

   Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie, fez um desenho.

Era o desenho de usa família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta,

de forma indefinida e ela disse.

   - Este aqui é você, papai! A garota também riu.

   O pai olhou para o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das

figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.

   Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou:

   - Eu volto logo!

   E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai,

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posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e

perguntou.

   - Papai, como a gente escreve amor?

   Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e foi conduzindo, devagar,

ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia:

   - Amor, querida, se escreve com as letras T...E....M...P...O.

   Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um

tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que

importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e

incentive.

   Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor,

família, afeição...

   Por fim lembre: se você não tiver tempo para amar, crie.

   Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo... bom, o tempo é

uma questão de escolha.

8. COMO MANTER O INFERNO CHEIO

   Conta uma lenda tradicional que no momento em que o Filho de Deus

expirou na cruz foi diretamente ao inferno salvar os pecadores.

   O diabo ficou muito triste.

   - Não tenho mais função neste universo, disse Satanás. A partir de agora,

todos aqueles que era marginais, que transgrediram os preceitos, cometeram

adultérios, infringiram as leis religiosas, todos estes serão enviados

diretamente ao Paraíso!

   Jesus olhou para ele e sorriu:

   - Não se lamente, disse para o pobre diabo. Virão para cá todos aqueles que,

por se julgarem cheios de virtudes, vivem condenando os que não seguem

minha palavra. Espere algumas centenas de anos e verás que o inferno estará

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mais cheio do que antes!

9. A AÇÃO MAIS IMPORTANTE

   Um dia, um advogado famoso foi entrevistado. Entre tantas questões,

perguntaram-lhe o que de mais importante fizera em sua vida.

   No momento, ele faou a respeito do seu trabalho com celebridades.

   Mais tarde, penetrando as profundezas de suas recordações, relatou: "o mais

importante que já fiz em minha vida ocorreu no dia 8 de outubro de 1990".

   Estava jogando golfe com um ex-colega e amigo que há muito não via.

   Conversávamos a respeito do que acontecia na vida de cada um. Ele contou-

me que sua esposa acabara de ter um bebê. 

   Estávamos ainda jogando, quando o pai do meu amigo chegou e disse que o

bebê tivera um problema respiratório e fora levado  ás pressas ao hospital.

   Apressado, largando tudo, meu amigo entrou no carro de seu pai e se foi.

   Fiquei ali, sem saber o que deveria fazer. Seguir meu amigo ao hospital?

   Mas eu não poderia auxiliar em nada a criança, que estaria muito bem

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cuidada por médicos e enfermeiras.

   Nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.

   Ir até o hospital e oferecer meu apoio moral? Talvez. Contudo, tanto meu

amigo como a sua esposa tinham famílias numerosas.

   Sem dúvida, eles estariam rodados de familiares e de muitos amigos a lhes

oferecer apoio e conforto, acontecesse o que fosse.

   A única coisa que eu iria fazer no hospital era atrapalhar. Decidi que iria

para minha casa.

   Quando dei partida  no carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu

veículo aberto. E com as chaves na ignição, estacionado junto às quadras de

tênis.

   Decidi, então, fechar o seu carro e levar as chaves até o hospital.

   Como imaginara, a sala de espera estava repleta de familiares. Entrei sem

fazer ruído e fiquei parado à porta.

   Não sabia se deveria entregar as chaves, conversar com meu amigo..

   Nisso, um médico chegou aproximou-se do casal e comunicou a morte do

bebê. Eles se abraçaram, chorando.

   O médico lhes perguntou se  desejariam ficar alguns instantes com a

criança.

   Eles ficaram em pé e se encaminharam para a porta. Ao meu ver, aquela

mãe me abraçou e começou a chorar.

   Meu amigo se refugiou em meus braços e me disse: "muito obrigado por

estar aqui!".

   Durante o resto da manhã, fiquei sentado na sala de emergências do

hospital, vendo o meu amigo e sua esposa segurando o bebê, e se despedindo

dele.

   Isso foi o mais importante que já fiz na minha vida!

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10 DE QUAL VOCÊ GOSTA MAIS?

   

  Tenho um monte de bonecas - dizia a menininha a uma visita. - Você não

quer vê-las?

   - É claro que quero?

   A menininha saiu correndo e trouxe uma porção de bonecas, algumas delas

muito atraentes. Uma era a Barbie.

   - De qual delas você gosta mais? - perguntou-lhe a visita. Ela estava certa de

que a menina iria indicar a Barbie.

   Imaginem sua surpresa quando a menininha pegou uma boneca estropiada,

de nariz quebrado, com um braço faltando e com as bochechas arranhadas.

   - Mas como? - inquiriu a visitante. - Pensei que você gostasse mais da

Barbie!

   - Se eu não gostar desta, ninguém mais vai gostar dela! - respondeu ela.

   A menininha deu uma grande lição. Deus ama os mau-amados, os pobres,

os abatidos, os miseráveis, os desventurados, os esquecidos, os abandonados,

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os humildes e os perdidos. Aprendamos a amar assim, e nós também iremos

crescer à semelhança de Deus.

11. A SAGA DO HOMEM JUSTO

   Era uma vez um sujeito que viveu amorosamente toda a sua vida. Quando

morreu, todo mundo lhe falou para ir ao céu. Um homem tão bondoso quanto

ele somente poderia ir para o paraíso. Ir para o céu não era tão importante

para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.

   Naquela época, o céu ainda não havia  passado por um programa de

qualidade total: a recepção não funcionava muito bem. O anjo que o recebeu

deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome

dele na lista, tristemente disse ao homem:

  - Infelizmente não o encontrei no papel e sem essa informação não posso dar

permissão para ninguém entrar no céu.  

   E o homem, resignado, pediu:

   - Por favor, adiante-me, devo ir para que lugar?

   O anjo coçou a cabeça e disse:

   - Não se aborreça. Vou dizer, mas me consterno.

   Tenho o dever de informar: pois muito bem, seu lugar é lá embaixo, no

inferno.

   Diante da serenidade, o anjo, surpreendido, ouviu do homem:

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   - Pois bem qual é o caminho?

   Disse o anjo:

   - É só descer lá embaixo que dá para ver. É uma caverna escura, nem há

controle na porta e, no inferno, você sabe como é: ninguém exige crachá nem

convite, qualquer um que chega lá é convidado e entrar. Lá a sorte está morta,

pois a vida ali é dura!

   O homem logo se despede, agradece e vai descendo. Entra no inferno e por

ali vai vivendo. Depois de duras semanas, chegam no céu caravanas com o

séquito de Satanás. Param na porta a gritar, pedindo para convocar o santo

Arcanjo da paz.

   Diz o diabo:

   - Assim não dá! Só pode ser terrorismo!

   O Arcanjo sai e pergunta:

   -  Que é isto? É anarquismo?

  E o diabo diz:

   - Quem mandou, me diga? Quem enviou aquele agente sagaz que, desde sua

chegada, está mudando a parada, levando ao inferno a paz? Valoriza a equipe

divulgando a união! Já mudou tudo no inferno!  ou vão tirá-lo dali ou faço um

inferno aqui!

  E o anjo diz:

   - Tenha calma que eu resolvo, já sei quem é aquela alma! Foi engano.

Aquele homem é puro e é muito justo!

   E assim, mando buscá-lo e este veio a muito custo. Pois, no inferno, ele viu

o seu grande desafio do ambiente transformar, já que os sentimentos seus

sintonizavam com Deus em todo e qualquer lugar!

   Viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no

inferno, o próprio demônio lhe trará de volta ao paraíso.

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12. DEUS ENCARREGOU VOCÊ

   Havia um menino pobrezinho que ia todo domingo à igreja com as roupas

remendadas, o tênis gasto....

   Certo dia, um homem sem fé, que via o garotinho passar todo domingo

diante da sua casa para ir ao seu compromisso dominical de oração, quis fazer

uma brincadeira com ele.

   Quando o menino voltava da igreja, perguntou-lhe:

   - Ei, moleque, você acredita mesmo em Deus?

   O garoto respondeu:

   - Sim, eu acredito que Deus é meu Pai do Céu.

   E o sujeito:

   - E você acha que ele é mesmo um bom Pai?

   - Claro! - respondeu o garoto.

   - Então, por que o seu Pai do Céu, não lhe dá roupa melhor, não o ajuda a

comprar sapatos novos, hein?

   O garotinho, com um olhar de tristeza, fita bem aquele homem e diz:

   - Certamente Deus encarregou alguém neste mundo de fazer isto para mim.

Mas esse alguém se esqueceu.

   Deus não faz as coisas sozinho.

   Ele conta com você!

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13. FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM

   Era uma vez um homem que se achava às portas da morte. Sua esposa, junto

ao leito, tentava confortá-lo: "Não fique triste, meu bem, levarei diariamente

um ramalhete de flores ao cemitério. Mesmo partindo, você ficará comigo, na

lembrança, nas preces, na saudade, na recordação."

   O dinheiro que aquele senhor acumulara ao longo de sua existência, tecida

de muito trabalho, esforço e suor, veio visitá-lo e disse: "Fomos sempre muito

amigos e próximos, não é mesmo? Num gesto de gratidão imorrecedoura,

construirei para você o túmulo mais vistoso da cidade. Não chore, portanto.

Mesmo que você termine esquecido na sepultura silenciosa do cemitério...

estarei a seu lado, sempre".

    Um terceiro personagem entrou em cena: as boas obras que o homem

praticara durante a vida. As boas obras disseram: "Nem seu dinheiro, nem sua

mulher partirão com você, nesta hora difícil da separação. Nós, no entanto,

viajaremos como suas acompanhantes. Não fique triste... Iremos inclusive à

sua frente, já preparando o caminho. Somos a chave benfeitora que lhe abrirá

as portas do céu."

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14. FOLHA EM BRANCO

   Certo dia eu estava aplicando uma prova. Os alunos, em silêncio, tentavam

responder as perguntas com certa ansiedade. Faltavam cerca de 15 minutos

para o encerramento e um aluno levantou o braço, dirigiu-se a mim e disse:

   - Professora, pode me dar uma folha em branco?

   Levei a folha até sua carteira e perguntei por que queria mais uma folha em

branco. Ele respondeu:

   - Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e

queria começar outra vez.

   Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em

branco e fiquei torcendo por ele. Aquela sua atitude causou-me simpatia.

   Hoje, lembrando aquele episódio simples, começei a pensar quantas pessoas

receberam uma folha em branco, que foi a vida que Deus lhe deu até agora, e

só tem feito rabisco, confusões, tentativas frustradas e uma confusão danada...

   Acho que agora seria um bom momento para, então, pedir a Deus uma folha

em branco; uma nova oportunidade para ser feliz. Assim como tirar uma boa

nota depende exclusivamente da atenção e esforço do aluno, uma vida boa

também depende da atenção de dermos aos ensinamentos que recebemos.

   Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc. Levante

o braço, peça uma folha em branco e passe sua vida a limpo. Não se preocupe

em ser o melhor, preocupe-se apenas em fazer o seu melhor. 

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15.GESTO SOLIDÁRIO

   Naqueles velhos tempos, quando os bancos de sangue ainda não eram

conhecidos, uma jovem precisou de uma transfusão de emergência.

   O cirurgião perguntou ao irmão dela, que contava com apenas 12 anos de

idade, se aceitaria doar seu sangue, que poderia salvar a vida da irmã.

   O garoto hesitou por alguns instantes, seus olhos se encheram de lágrimas.

Então tomou uma decisão:

   - Sim, doutor, estou pronto.

   Terminada a transfusão, virou-se para o médico e perguntou:

   - Diga-me, doutor, quando é que eu vou morrer?

   Só então é que o médico descobriu por que o menino hesitara.  O menino

tinha gasto apenas um momento para se dicidir pelo sacrifício de sua vida em

favor da irmã.

   Uma pessoa que não hesita em dar a si própria pela outra  é a que tem seus

pés firmemente postos no caminho que leva para a frente, mais para a frente,

em direção a Deus!

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16. O BEM QUE VOCÊ PLANTA, VOCÊ COLHE

   Roman Tursky, piloto da Força aérea da Polônia, fazia um vôo sobre a

Alemanha quando sua aeronave sofreu uma avaria mecânica. Fez um pouso

forçado em solo alemão, mandou seu avião para a oficina e foi passar a noite

num hotel.

   Na manhã seguinte, enquanto caminhava pelo corredor, um homem miúdo

passou correndo e chocou-se contra ele. Roman Tursky ofendeu-se. Mas, ao

olhar para a face do homenzinho, viu-a empalidecida de medo. E o homem

gritava: - Gestapo! Gestapo!

   Gestapo era a polícia secreta da Alemanha. Era evidente que aquele homem

estava sendo caçado pela Gestapo. Roman Tursky empurrou-o para dentro do

seu quarto e o enfiou debaixo da cama. Logo a seguir, chegou a polícia e

interrogou Tursky. Como ele não entendia a língua deles, os policiais foram

embora.

   O piloto se ofereceu para levar o homem consigo para Varsóvia, mas

sugeriu que ele se escondesse pouco antes da chegada do avião ao aeroporto,

porque era provável que a polícia lá estivesse para revistar o aparelho. Fez o

homem descer numa planície antes de atingir o aeroporto principal. Sem

sombra de dúvida, lá estava a polícia pronta para buscar aquele homem.

   Trusky esqueceu o incidente. Pouco mais tarde, a Polônia foi ocupada pela

Alemanha. Trusky voou para a Inglaterra, engajou-se na Força Aérea

Britânica e se tornou um herói de guerra. Depois de destruir um bom número

de aviões inimigos, seu próprio avião foi abatido e se espatifou contra o solo.

A equipe de resgate encontrou-o mais morto do que vivo. Levado ao hospital

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mais próximo, o médico hesitava em operá-lo.

   No dia seguinte, os jornais traziam notícias do acidente de Trusky. O piloto

achava-se em coma. Mas, ao retomar a consciência, viu a seu lado um homem

baixinho, que o olhava com brilho nos olhos.

   - Lembra-se de mim? - perguntou ele a Trusky. - Sou aquele homem que

você salvou! Li hoje de manhã as notícias de que você se encontrava em

coma, entre a vida e a morte, e imediatamente tomei um avião para cá.

   - Mas por quê? - perguntou-lhe Tursky.

   - Porque - respondeu-lhe o homem - pensei que poderia ajudar. Dizem que,

entre os especialistas em cirurgia cerebral, sou um dos melhores. Vim para

fazer a operação que salvou a sua vida.

   Como é verdadeiro o ditado que diz: "O bem que você planta, você colhe!

Mas o mal que você faz, esse recai sobre você".

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17. O BOM PASTOR

   Era uma vez um casal de ateus que tinha uma filha menor.

   Os pais, por não acreditarem em Deus, nem em Jesus, jamais falaram sobre

o assunto com a menina.

   Ela nunca havia visto nem ouvido nada que se referisse ao Sublime Galileu,

o bom Pastor.

   Numa noite de temporal, um raio caiu sobre a casa e fulminou os pais diante

dos olhos assustados da pequena, que tinha seis anos de idade naquela época.

   A menina não tinha nenhum parente ou amigo que a acolhesse e por isso foi

encaminhada para a adoção. Em pouco tempo ela ganhou um novo lar.

   Sua mãe adotiva, por ser cristã dedicada, levou-a a um templo religioso para

que a mocinha conhecesse as leis de Deus e ouvisse falar de Jesus de Nazaré,

o mestre veio à Terra para ensinar o caminho que conduz ao Pai.

   Antes de entregar a criança à evangelizadora, a mãe teve o cuidado de

explicar que a menina jamais havia escutado falar de Jesus e que ela, por

favor, tivesse paciência.

   O natal estava próximo e, justo naquele dia, a aula seria sobre Jesus.

   A moça, após receber todas as crianças com muito carinho e fazer a prece

inicial, projetou uma imagem de Jesus na tela e perguntou a todos: "Alguém

sabe quem é esta figura?".

   A menina foi a primeira a levantar o braço e falar com alegria:

   "Eu sei, eu sei tia! Esse é o homem que estava segurando na minha mão na

noite que meus pais morreram...".

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18. O CIÚME

   Eu tinha dez anos quando encontrei, entre minhas colegas, a primeira amiga

de verdade.

   Nossa camaradagem tornou-se a coisa mais importante para mim.

   Entretanto, eu era de natureza exclusivista e me sentia violentamente

enciumada sempre que ela manifestava interesse por alguma coisa aque nada

tivesse a ver comigo.

   Mamãe compreendeu o que estava ocorrendo.

   Um dia ela chamou-me para ver uma ninhada de pintinhos que havia

acabado de sair do ovo.

   Fiquei encantada. Eram umas coisinhas lindas, feitas de suave veludo cor-

de-ouro.

   Em meu entusiasmo, colhi um deles na mão. Mas apertei-o com tanta força

que por um pouco não o sufoquei. Ele, naturalmente, lutou para escapar até de

desvencilhando-se, correu para longe de mim.

   Mamãe notou o meu desapontamento e disse:

   - Pegue um outro, mas procure segurá-lo suavemente. Se você o prender

com muita força, por instinto ele vai querer fugir.

   Fiz uma segunda tentativa e o pintinho aninhou-se quietinho na palma da

mão. Senti-me muito feliz e sorri para mamãe. Foi quando ela disse:

   - Sabe, meu bem, as pessoas, neste mundo, são como esses pintinhos.

Quando agarramos com muita força aqueles que amamos, tentando aprisioná-

los em nossa mão, eles, naturalmente, não se sentem bem.  E lutam por

readquirir a liberdade, como fez o primeiro pintinho que você pegou. Mas se

os colocamos na palma da mão, sem fechar os dedos, de modo que sintam

apenas o nosso calor, percebem logo que não desejamos aprisioná-los, pelo

contrário, apenas aquecê-los com um pouco de nós mesmos, sem a pretensão

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de exigir-lhes nada. Foi o que sucedeu com o segundo pintinho.

   Aquilo me impressionou muito e guardei a lição.

   Não quero dizer que deixei de sentir ciúmes, pois isso faz parte da natureza

humana. Todavia quando o exclusivismo fala mais alto em meu espírito,

controlo-me mentalizando a figura daquele pintinho na palma da minha mão.

   Foi assim que aprendi a manter junto de mim aqueles que, pensando

seriamente, desejo que permaneçam perto de meu coração...

19. O LIVRO DA VIDA

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   Entre a consciência e o sonho, deparei-me com uma grande sala. Ao me

aproximar, percebi um guardião na porta que me disse:

   - Ninguém pode entrar aqui. Aqui estão guardados os "Livros da Vida".

   Aquele que conseguir passar por esta porta poderá ter acesso ao seu livro e

modificá-lo ao seu gosto.

   Minha curiosidade era grande! Afinal, poderia escolher o meu destino.

   Com minha insistência, o guardião resolveu ceder um pouco e disse-me:

   - Está bem. Dou-lhe cinco minutos, e nem mais um segundo.

   Eu nem acreditava! Cinco minutos era mais que suficiente para que eu

pudesse decidir o resto da minha vida; afinal, poderia apagar e acrescentar o

que eu quisesse no "Livro da Vida".

   Entrei aguentei de curiosidade. O que será que estava escrito no livro da

vida dele? O que o destino reservava para aquela pessoa que eu não

suportava?

   Abri o livro e começei a ler. Não me conformei.

   Verifiquei que sua vida lhe reservava muita coisa boa e não tive dúvidas,

apaguei as coisas boas e reescrevi o seu destino com uma porção de coisas

ruins.

   Logo vi outro livro. De outra pessoa de quem eu não gostava e fiz a mesma

coisa... De repente, deparo com meu próprio livro!

    Nem acreditei. Este era o momento... iria mudar meu destino ... apagar

todas as coisas ruins e iria reescrever só coisas boas. Seria a pessoa mais feliz

do mundo!

   Quando peguei o livro, eis que alguém bate em meu ombro:

   - Seu tempo acabou! Pode sair.

   Fiquei Atônito!

   - Mas eu não tive tempo nem de abrir o meu livro?

   - Pois é, disse o guardião. Eu lhe dei cinco minutos preciosos e você poderia

ter modificado o seu livro, mas, você só se preocupou com a vida dos outros e

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não teve tempo de ver a sua.

   Abaixei minha cabeça, cobri minha face com as mãos... e saí da sala.

20. O LIVRO DOS MILAGRES

   Um homem religioso tinha um hábito incomum: guardava dinheiro dentro

do seu exemplar da Bíblia Sagrada. Acreditava que, assim fazendo, Deus

abençoava as células ali guardadas.

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   Certo dia, recebeu seu salário no banco, separou uma nota de grande valor,

pôs dentro da Bíblia - que frequentemente conduzia consigo, tomou o ônibus

e foi para casa. Ao descer da condução, esqueceu a bíblia, que ficou no banco

ao lado onde sentara. Quando percebeu, era tarde, o ônibus já havia dobrado a

esquina  e seguido seu destino.

   Embora triste com a perda, desejou que Deus pusesse aqueles bens - a

Bíblia e o dinheiro - em mãos merecedoras.

   Lá adiante, um grupo de jovens estudantes entrou no ônibus e qual não foi o

alarde que os moços fizeram quando viram a Bíblia ali deixada. Começaram a

tirar a sorte para ver quem ficaria com o livro.  Nenhum deles queria a oferta,

tratada, naquele instante, como algo humilhante. Trocavam brincadeiras,

galhofas e acusações.

   - É tua, que és metido a santo! - dizia um.

   - Repara, é tua, que és pecador arrependido! - dizia o outro.

   Durante um bom tempo o livro foi passado de mão em mão, servindo

sempre como motivo de gracejo entre o grupo.

   Mais adiante, adentrou o ônibus um jovem, também estudante, conhecido

da turma que brincava com a Bíblia. Era  um moço humilde, de poucas

posses, de conduta serena e que, por conta disso, era sempre alvo de gozação

dos seus companheiros. Ao vê-lo entrar, o deboche foi geral e, para espanto

do moço, entregaram-lhe a Bíblia, debaixo de forte zombaria e risadas.

   O rapaz recebeu o livro com naturalidade, sem dar mostras de que havia se

magoado com os insultos. Sentou-se no último banco do ônibus e pôs-se

resignadamente a folheá-lo quando, para sua surpresa, e de todos os que o

observavam, descobriu a cédula ali existente. Era a mais elevada quantia em

circulação no país.

  Contente, o moço retirou a cédula de dentro da Bíblia, dobrou-a e colocou-a

no bolso. Pôs no rosto um largo sorriso de vitória, encarou seus ex-gozadores

que se olhavam silenciosos e perplexos, e disse agradecido: "Obrigado!... eu

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estava precisando."

   Na página onde se encontrava o dinheiro, lia-se um ensino de Jesus, grafado

pelo ex-dono da Bíblia: "Aquele que se exaltar será humilhado e aquele que

se humilhar será exaltado" (Mateus 23;12)

21; PERDÃO FILHINHO...

   Escuta, filhinho.

   Esta noite, vendo você adormecer com a mãozinha no rosto e os cachos

espalhados pela testa, sinto-me horrivelmente envergonhado. Por isso é que

fugi para o seu quarto, para estarmos sozinhos, os dois. Ainda há pouco eu

estava lendo jornal na sala, quando de repente me senti sacudido por uma

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espécie de remorso, e vim, como um criminoso, parar aqui, perto da sua cama.

Sabe o que pensava, meu bem? Em todas essas coisas que hoje me irritaram

tanto. Esta manhã, quando você se preparava para a escola, eu repreendi você

severamente porque lavara o rosto como um gato. Depois, eu pus você de

joelhos porque você não engraxara os sapatos. E fiz um escândalo porque

derrubou leite no chão. Na hora do almoço, ainda achei um jeito de censurar

você: "Você vai entornar o copo. Não ponha os cotovelos na mesa. Você está

pondo muita manteiga no pão." Pouco depois, quando entrava no carro, você,

da porta, abanou a mãozinha dizendo: "Até logo, papai". E eu respondi:

"Endireita os ombros. Você acaba corcunda!". E a coisa continuou. Pois de

tarde vendo você jogar bola de gude com os companheiros no pátio, olhei os

seus joelhos, você tinha rasgado a calça! Aproveitei a oportunidade para te

humilhar diante dos amiguinhos, ordenando-lhe que fosse andando na minha

frente, pra casa. "Roupa custa caro". Se você tivesse de pagá-las, teria mais

cuidado." Imagine, meu bem, da parte de um pai, que lógica mais estúpida. E

esta noite, enquanto eu estava lendo, você apareceu, timidamente, na porta da

sala, com uma carinha passada. Eu levantei os olhos do jornal, aborrecido por

me interromper. Você hesitou um instante. "O que é que você ainda quer

comigo?", resmunguei. Você respondeu: - Nada papai!". E então você se

atirou no meu colo,  e passou os bracinhos em torno do meu pescoço, e me

beijou uma, duas, três vezes... não sei mais... meu coração. E você logo se

fora, escada acima. Pois bem, meu filho, só alguns minutos mais tarde foi que

o jornal caiu-me das mãos, e senti  aquele arrepio no coração, e tomei

consciência do meu terrível egoísmo. Que foi que o hábito fez de mim? O

mau hábito de queixar-me, de reclamar, de repreender, e tudo isso porque

você é apenas uma criança! No entanto, não era por falta de amor; mas porque

eu esperava demais da sua idade! Eu o media com a escala da minha, e estou

bem triste comigo, pode crer. Eu te prometo que a partir de amanhã, minha

impaciência, meu nervosismo, e meus aborrecimentos não prevalecerão sobre

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o amor que eu tenho por você. E te darei todo o tempo que me pedir. 

   Perdão, filhinho. Boa noite, meu bem, Eu te amo muito.

22. PROVA DE AMOR

    Muito tempo atrás, um casal que não tinha filhos morava em uma casinha

humilde de madeira, tinha uma vida muito tranquila e alegre, eles se amavam

muito, eram felizes.

   Até que um dia aconteceu um terrível acidente. Ela estava trabalhando em

sua casa quando começou a pegar fogo na cozinha e as chamas atingiram todo

o seu corpo. O esposo acordou assustado com os gritos e foi à sua procura.

   Quando a viu coberta pelas chamas, imediatamente tentou ajudá-la e o fogo

também atingiu seus braços, mas ainda assim, ele conseguiu apagar o fogo.

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   Quando chegaram os bombeiros, já não havia mais fogo; apenas fumaça e

parte da casa toda destruida. Levaram rapidamente o casal para o hospital

mais próximo, onde foram internados em estado grave.

   Após algum tempo, aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e

foi ao encontro da sua amada. A Ainda em seu leito, a senhora toda queimada

pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, o fogo havia

queimado todo o seu rosto.

   Chegando no quarto de sua esposa, ela foi logo falando:

   - Tudo bem com você, meu amor?

   - Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e eu não posso

mais enxergar; mas fique tranquila, amor, que a sua beleza está gravada em

meu coração para sempre.

   Então, triste pelo esposo, disse-lhe:

   - Deus, vendo tudo o que aconteceu, meu marido, tirou-lhe a visão para que

não presenciasse o estado em que fiquei. As chamas queimaram todo o meu

rosto e estou parecendo um monstro.

   Passado algum tempo, já recuperados, voltaram para casa onde ela fazia

tudo para seu querido esposo e ele, todos os dias, dizia-lhe:

   - Como eu te amo!

   E assim viveram mais 20 anos, até que a senhora veio a falecer.  No dia de

seu enterro, quando todos se despediam, veio aquele senhor sem seus óculos

escuros e sem a bengala nas mãos e aproximou-se do caixão.

   Beijando o rosto e acariciando sua amada disse em um tom apaixonante:

   - Como você é linda, meu amor. Eu te amo muito.

   Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo que estava ao lado perguntou se o

que tinha acontecido era um milagre, e olhando nos olhos dele o senhor

apenas falou:

   - Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando a vi toda queimada sabia

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que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira.

   

  

23.SEPARE A FANTASIA DA REALIDADE 

   Ana, desconfiada de que seu marido, Arthur, tinha outra mulher, deu asas à

imaginação. Olhava para ele e já se sentia traída. Cada vez que Arthur

chegava atrasado do trabalho por causa do trânsito complicado. Ana já

fantasiava: "Demorou por causa da outra. Devem ter se encontrado hoje e isso

o atrasou". Quando seu marido chegava em casa cansado. ela já agia como se

tudo o que tivesse pensado fosse verdade. Então não servia o jantar, ficava

mal-humorada, procurava motivos para reclamar. Ás vezes seu marido ficava

dispersivo, com o pensamento longe, e Ana já pensava consigo mesma: "Olhe

só como está pensativo! Aposto que está pensando nela...".

   A imaginação de Ana foi voando alto, até que um dia resolveu seguir o

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marido e pensou: "Vou acabar com o namoro deles de uma vez por todas".

   Esperou-os na saída do trabalho para pegá-los em flagrante. Arthur saiu,

pegou o carro, e Ana o seguiu. Viu quando ele parou na floricultura e

comprou flores. Ana quase teve um ataque! Pensava: "Que mau-caráter!

Gastando com outra!". E ficou tão nervosa que foi para a casa aos prantos.

   Chegando em casa, jogou-se na cama e chorava compulsivamente. Quando

seu marido chegou e foi até o quarto, Ana, sem nem mesmo olhar para ele,

desabafou:

   - Eu vi tudo, você comprando flores para ela! Você me traiu, não tem

vergonha...

   E levantou-se da cama a fim de encará-lo. Para surpresa sua, ele trazia um

buquê de flores nas mãos e, muito chateado, disse:

   Ana, hoje é dia do nosso aniversário de casamento, você nem se lembrou?

   Muitas vezes nos fixamos tanto em um pensamento que acabamos fazendo

dele uma realidade para nós e agindo como se o fato fosse real. E sofremos,

desesperamo-nos por algo que nem corresponde à realidade. Às vezes até

perdemos momentos bons da nossa vida por criar situações imaginárias e

vivê-las como se fossem reais.

24. VOCÊ É DEUS?

    Narra Charles Swindoll que, logo depois do término da Segunda Guerra

Mundial, a Europa começou a juntar os cacos que restaram. Grande parte da

Inglaterra estava destruída.  As ruínas estavam por todo lugar.  E,

possivelmente, o lado mais triste da guerra tenha sido assistir as criançinhas

órfãs morrendo de fome, nas ruas das cidades devastadas.

   certa manhã de muito frio, na capital londrina, um soldado americano estava

retornando ao acampamento. Numa esquina, ele viu, do seu jipe, um menino

com o nariz pressionado contra o vidro de uma confeitaria. Parou o veículo,

desceu e se aproximou do garoto.

   Certa manhã de muito frio, na capital londrina, um soldado americano

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estava tornando ao acampamento. Numa esquina, ele viu, do seu jipe, um

menino

   Lá dentro, o confeiteiro sovava a massa para uma fornada de rosquinhas. Os

olhos arregalados do menino falavam da fome que lhe devorava as entranhas.

Ele observava todos os movimentos do confeiteiro, sem perder nenhum.

Através do vidro embaçado pela fumaça, o soldado viu as rosquinhas quentes,

e de dar água na boca, sendo retiradas do forno. 

   Logo mais, o confeiteiro as colocou no balcão de vidro com todo o cuidado.

O soldado ouviu o gemido do menino e percebeu como ele salivava. Em pé,

ao lado dele, comoveu-se diante daquele órfão desconhecido:

   - Filho, você gostaria de comer algumas rosquinhas?

   O menino se assustou. Nem percebera a presença do homem a observá-lo,

tão absorto estava na sua contemplação.

   - Sim!, respondeu. - Eu gostaria.

   O soldado entrou na confeitaria e comprou uma dúzia de rosquinhas.

Colocou-as dentro de um saco de papel e se dirigiu ao local onde o menino se

encontrava, na gélida e nevoenta manhã de Londres. Sorriu e lhe entregou as

rosquinhas, dizendo de forma descontraída:

   - Aqui estão as suas rosquinhas.

   Virou-se para se afastar. Entretanto, sentiu um puxão em sua farda. Olhou

para trás e ouviu a menino perguntar, baixinho:

  - Moço, você é Deus?

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25. A FÉ É INVISÍVEL

   Um dia, na sala de aula, o professor estava explicando a teoria da evolução

aos alunos. Ele perguntou a um dos estudantes:

   - Tomás, vê a árvore lá fora?

  - O professor voltou a perguntar:

   - Vês a grama?

   E o menino respondeu prontamente:

   - Sim.

   Então, o professor, eu vi o céu.

   - Viste a Deus? Perguntou o professor.

  O menino respondeu que não. O professor, olhando para os demais alunos

disse:

   - Vejam, é disso que eu estou falando! Tomás não pode ver a Deus, porque

Deus, não está ali!

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Podemos concluir, então, que Deus não existe.

   Nesse momento Pedrinho se levantou e pediu permissão ao professor pra

fazer mais algumas perguntas a Tomás.

   - Tomás, vês a grama lá fora?  - Sim.

   - Vês as árvores? - Sim.

   - Vês o céu? - Sim.

   - Vês o professor? - Sim.

   - Vês o cérebro dele?

   - Não, disse Tomás.   Pedrinho então, dirigindo-se aos seus companheiros,

disse:

   - Colegas, de acordo com o que aprendemos hoje, concluímos que o

professor não tem cérebro.

A Bíblia diz: Que bem mais bem aventurados são aqueles que o não o viram e

mesmo assim creram Nele.

26. OLIMPÍADAS ESPECIAIS

Alguns anos atrás, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes,

todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida

dos cem metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada,

mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Enquanto todas corriam, um garoto tropeçou no asfalto, caiu rolando, e

começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e

olharam para trás. Então viram o que aconteceu com o colega e voltaram.

Todos eles.

Uma das meninas, portadora de síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um

beijo no garoto e disse:

- Pronto, agora vai sarar.

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E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha

de chegada.

O estádio inteiro se levantou e os aplausos duraram muito minutos. E as

pessoas que estavam lá, naquele dia, continuam repetindo essa história até

hoje. E por quê? Porque lá no fundo, nós sabemos que o que importa mesmo

não é ganhar sozinho. O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer,

mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar o curso.

Nesses dias de pressas e atropelos, quando cada um quer chegar em

primeiro lugar na corrida para o sucesso, vale a pena fazer uma pausa para

pensar onde queremos chegar. Refletir sobre a recompensa que nos aguarda

ao final da escalada. Pensar se valerá a pena receber um prêmio pelo esforço

individual, se, para chegar lá passamos por cima daqueles que estavam no

chão, ou daqueles que nós mesmos derrubamos.

O desejo de vencer é nobre, desde que o acompanhe o sentimento de

fraternidade, de solidariedade. Como diz o cancioneiro popular, “é impossível

ser feliz sozinho” . Se formos os vencedores, para que a nossa vitória tenha

sabor, é preciso que a compartilhemos no mínimo, com uma pessoa. Se não, a

vitória não tem sentido.

Por tudo isso, façamos das nossas lutas diárias uma Olimpíada tão especial

quanto aquela de Seattle. Se porventura percebermos que alguém caiu.,

detenhamos o passo, e, se for preciso, voltemos para estender-lhe a mão e

ajudá-lo a levantar-se.

Afinal de contas, não sabemos se logo mais não seremos nós que estaremos

no chão esperando que alguém ouça os nossos soluços de dor e pare para nos

ajudar e levantar e retornar o passo.

Para refletir: E não cansemos de fazer o bem, que no tempo certo ceifaremos.

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27. O PAI NUNCA DESISTE!!!

Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda,

muito gado e vários empregados a seu serviço. Tinha ele um único filho, um

único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem de

compromissos.

O que Le mais gostava era de festas, estar com seus amigos e de ser

bajulado por eles. Seu pai sempre o advertia de que seus amigos só estavam

ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam.

Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam aos ouvidos e logo se ausentava

sem dar o mínimo de atenção. Um dia o velho pai, já avançado em idade,

disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e dentro do

celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres:

“Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai”.

Mais tarde chamou o filho, levou-o até o celeiro e disse:

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- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo

o que é meu hoje, e sei qual será os eu futuro. Você vai deixar a fazenda nas

mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com seus amigos, poderá

vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais

dinheiro seus amigos vão se afastar de você. E quando você não tiver mais

nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos. É por isso

que eu construí esta forca, sim, ela é para você, e quero que você me prometa

que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela”.

O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu e

pensou que jamais isso pudesse ocorrer. O tempo passou, o pai morreu e seu

filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto, o jovem gastou

tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.

Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia

sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:

- Ah meu pai, se eu tivesse ouvido os seus conselhos... mas agora é tarde, é

tarde demais.

Pesaroso, o jovem levantou os olhos, e longe avistou o pequeno celeiro...

era a única coisa que lhe restava.

A passos lentos se dirigiu até lá e, entrando, viu a forca e a placa

empoeirada e disse:

Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava

vivo, mas pelo menos desta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha

promessa, não me resta mais nada.

Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e disse:

- Ah, se eu tivesse uma nova chance...

Então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o

braço da forca era oco e quebrou-se facilmente. O rapaz caiu no chão, e sobre

ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes: a forca estava cheia de

pedras preciosas e um bilhete que dizia:

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Essa é a sua nova chance, eu te Amo muito. Seu PAI.

28. SORRIA..

Procure o que há de bom em tudo e em todos. Não faça dos defeitos uma

distância e sim uma aproximação.

Aceite a vida, as pessoas... Faça delas a sua razão de viver. Entenda as

pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.

Ei! Olhe... Olhe à sua volta, quantos amigos... Você já tornou alguém feliz

hoje! Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?

Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de si.

Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho e fuga.

Acredite!

Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.

Chore! Lute! Faça aquilo de que gosta, sinta o que há dentro de você.

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Ei! Ouça.. Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.

Suba.. faça dos obstáculos degrau para aquilo que você acha supremo. Mas

não esqueça daqueles que não conseguem subir as escadas da vida.

Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você. Procure

acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.

Ei! Você... não vá embora. Eu preciso dizer-lhe que ... somos importantes,

simplesmente porque existimos.

29. REUNIÃO DE FERRAMENTAS

Na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião de

ferramentas para acertar suas diferenças.

O martelo ocupou a presidência, mas os participantes o notificaram de que

teria que renunciar. Fazia demasiado barulho; além do mais, passava todo o

tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse

expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

O parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que

ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em

atritos. A lixa acatou com a condição de que se expulsasse o metro que

sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o zinco perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, junto o material e iniciou o trabalho.

Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a madeira se

converteu num fino móvel.

Quando o carpinteiro se foi, a assembléia reativou a discussão. Foi então

que o serrote tomou a palavra e disse:

- Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro

trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não

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pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos

fortes.

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força,

a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.

Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos. Ocorre o mesmo

com os seres humanos. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a

situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com

sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas

humanas.

Mas encontrar qualidades... isto é para sábios!!

Para refletir: Ame o próximo como a ti mesmo, quem ama não foca nos

defeitos e sim nas

qualidades, é assim que Jesus nos ama e assim devemos amar as pessoas.

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30. AULA DE FILOSOFIA

Numa aula de Filosofia, o professor queria demonstrar um conceito aos seus

alunos. Para tanto, ele pegou um vaso de boca larga e dentro colocou,

primeiramente, algumas pedras grandes. Então pergunto para a classe:

- Está cheio?

Pelo que via, o vaso estava repleto, por isso, os alunos, unicamente

responderam:

- Sim!

O professor então pegou um balde de pedregulho e virou dentro do vaso.

Os pequenos pedregulhos se alojaram nos espaços entre as pedras grandes.

Então ele perguntou aos alunos:

E agora, está cheio?

Desta vez, alguns estavam hesitantes, mas a maioria respondeu:

- Sim!

Continuando, o professor levantou uma lata de areia e começou a derramar

a areia dentro do vaso. A areia preencheu os espaços entre as pedras e os

pedregulhos. E, pela terceira vez, o professor perguntou:

- Então, está cheio?

Agora, a maioria dos alunos estava receosa, mas, novamente muitos

responderam:

Sim!

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Finalmente, o professor pegou um jarro com água e despejou o líquido

dentro do vaso. A água encharcou e saturou a areia. Nesse ponto, o professor

perguntou para a classe:

Qual o objetivo desta demonstração?

Um jovem e “brilhante” aluno levantou a mão e respondeu:

- Não importa quanto a “agenda” da vida de alguém esteja cheia, ele

sempre conseguirá “espremer” dentro, mais coisas!

- Não exatamente! – Respondeu o professor.

- O ponto é o seguinte: - A menos que você, em primeiro lugar, coloque as

pedras grandes dentro do vaso, nunca mais conseguirá colocá-las lá dentro.

- Vamos! Experimente! – disse o professor ao aluno, entregando-lhe outro

vaso igual ao primeiro, com a mesma quantidade de pedras grandes, de

pedregulhos, de areia e de água. O aluno começou a experiência, colocando a

água, depois a areia, depois os pedregulhos e, por último, tentou colocar as

pedras grandes. Verificou, surpreso, que elas não couberam no vaso.

Ele já estava repleto com as coisas menores. Então, o professor explicou

para o rapaz:

- As pedras grandes são as coisas realmente importantes de sua vida: seu

crescimento pessoal e espiritual. Quando você dá prioridade a isso e mantém-

se “aberto” para o novo, as demais coisas se ajudarão por si só: seus

relacionamentos (família, amigos), suas obrigações (profissão, afazeres), seus

bens e direitos materiais e todas as demais coisas menores que completam a

vida. Mas, se você preencher sua vida somente com as coisas pequenas, então

aquelas que são realmente importantes, nunca terão espaço em sua vida.

Para refletir: Recomece, perdoe, limpe sua casa espiritual que é seu corpo e

renove, buscai em primeiro lugar o reino de Deus e todas essas coisas vos será

acrescentadas.

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31. O PODER DA PRECE

Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou

num armazém, aproximou-se do proprietário conhecido pelo seu jeito

grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos.

Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e

que tinha sete filhos para alimentar.

O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu

estabelecimento.

Pensando na necessidade da sua família, ela implorou: - Por favor senhor,

eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver” ao que lhe respondeu que ela não

tinha crédito e nem conta na sua loja.

Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia à conversa entre os dois se

aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela

mulher necessitava para a sua família, por sua conta.

Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher: - “Você tem

uma lista de mantimentos?”, Sim! Respondeu ela. “Muito bem, coloque a sua

lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei de mantimentos”.

A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da

bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente

na balança.

Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e

permaneceu embaixo. Completamente pasmado com o marcador da balança,

o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:

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- Eu não posso acreditar! O freguês sorriu e o homem começou a colocar os

mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não

equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber

mais nada.

O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança,

tentando entender o que havia acontecido...

Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois

não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: - Meu Senhor, o

Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em suas

mãos...

O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo

silêncio, que agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse:

- Valeu cada centavo...

Só mais tarde o comerciante pôde reparar que a balança havia quebrado,

entretanto, só Deus sabe o quanto pesa uma prece...

Para refletir: “Pedi e te darei, batei abri-se-vos-á... Estes são os ensinamentos

recebidos que, associados à paciência e perseverança, asseguram o poder da

prece. Continue orando ou rezando uns pelos outros... vale a pena.

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32. O MOTIVO DA ALEGRIA.

Conta a estória de uma cidadezinha do interior... Daquelas cidadezinhas

onde existe a igreja, a delegacia e uma praça...

Nesta cidadezinha, morava um senhor já de certa idade, que levava uma

vida solitária, pois não tinha nenhum familiar para dividir seu dia-a-dia.

E esse homem, todos os dias, ia até a igreja da cidadezinha, pontualmente

ao meio dia. Com chuva, ou, com sol, todos os dias pontualmente, ao meio

dia-dia, lá estava ele na igreja.

Entrava, se benzia e em seguida, saía. Não se demorava quase nada. Como

era observado pelo padre da cidade, o qual lhe indagou:

- Qual o seu nome?

Ele respondeu:

- Meu nome é Zé.

O padre, então, perguntou:

- Zé, o que você reza todos os dias no mesmo horário e tão rápido?

Ele respondeu:

- Padre, eu não sei ler, nem escrever, mas todos os dias eu venho à igreja e

falo: “Oi Jesus, eu sou o Zé, vim te visitar”. E, vou embora.

Um certo dia, o Zé foi atropelado. E muito machucado, foi levado ao

hospital da cidade. O padre ficou sabendo, e pensou: “Vou visitar o Zé, pois

ele é sozinho não tem ninguém por ele”.

Chegando no hospital, informando-se sobre onde estava o Zé, e qual o

estado dele, veio a notícia das enfermeiras:

- Padre, coitado do Zé, está muito machucado. Mas é o paciente mais alegre

e mais feliz, apesar de todos os sofrimentos.

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Então, o padre foi até o quarto do Zé. E chegando, viu no rosto do Zé

aquele ar de felicidade, que o padre não se conteve e perguntou:

- Zé, todos comentam a sua alegria e felicidade, apesar de todos os seus

ferimentos. O que é, e de onde vem toda essa alegria que contagia a todos?

Então o Zé mostrou ao padre uma cadeira, que estava no seu quarto nos

fundos da cama:

- Padre, o senhor está enxergando aquela cadeira?

O padre respondeu:

Sim!

Então o Zé lhe falou:

- Padre, todos os dias ao meio-dia em pontinho, a porta do meu quarto se

abre e entra por ela um Senhor que senta naquela cadeira e diz: “Oi, Zé, eu

sou JESUS CRISTO, vim te visitar”. Padre, aí está o motivo da minha alegria

e felicidade, que todos falam.

Abra sua porta para Jesus entrar e lhe dar alegria e felicidade também. Na

maior dificuldade, lembre-se: “NELE TUDO PODEMOS”.

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33. PAZ

1. Leve em consideração que grandes amores e conquistas envolvem grandes

risco;

2.Quando você perde, não perca a lição. Lembre-se que perder também é

uma forma de ganhar.

3.Siga os três RS:

Respeito por si mesmo

Respeito aos outros

Responsabilidade por todas as suas ações

4. Lembre-se que não conseguir o que você quer é algumas vezes um grande

lance de sorte.

5. Aprenda as regras de maneira a saber quebrá-las da maneira mais

apropriada.

6. Não deixe, numa disputa por questões menores, ferir um grande amigo.

7. Quando você perceber que cometeu um erro tome providências imediatas

para corrigi-lo.

8. Passe algum tempo sozinho todos os dias.

9. Abra seus braços para mudanças, sem abrir mão de seus valores.

10. Lembre-se que o silêncio é algumas vezes a melhor resposta.

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34. O MENINO E O TELEVISOR

A Professora Ana Maria pediu que os alunos preparassem uma redação

sobre o que gostariam que Deus fizesse por eles. Á noite, corrigindo as

redações, ela se deparou com uma que a deixou mito emocionada. Nesse

momento, ao entrar, o marido a vê chorando e lhe pergunta:

- O que aconteceu?

Ela responde,

- Leia! (Era a redação de um menino).

“ Senhor, esta noite eu peço algo especial: me transforme em um televisor.

Quero ocupar o seu lugar. Ter um lugar especial para mim e reunir minha

família ao redor.. Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das

atenções e ser ouvido, sem interrupções nem questionamentos. Quero receber

o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a

companhia de meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado.

E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de

ignorar-me. E ainda que meu irmãos “briguem”, que isso seja para estar

comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em

quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, que eu possa

divertir a todos, Senhor, não peço muito... só viver o que vive um televisor!

- Coitado desse menino! – disse o marido de Ana Maria.

E ela completa:

- Essa redação é de nosso filho!

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35. UMA ATITUDE CORAJOSA

Eu estava caminhando por uma rua mal iluminada tarde da noite quando

ouvi gritos abafados vindo de trás de um grupo de arbustos. Alarmado, segui

mais devagar para poder escutar e entrei em pânico quando percebi que o que

estava ouvindo eram os ruídos inconfundíveis de uma luta: grunhidos fortes,

esforços desesperados, tecido sendo rasgado. A alguns metros de distância,

uma mulher estava sendo atacada.

Será que eu deveria me envolver? Estava apavorado, temia por minha

própria segurança e amaldiçoe minha súbita decisão de fazer um trajeto

diferente para casa naquela noite. E se eu me tronasse mais um número nas

estatísticas? Será que não deveria simplesmente correr até o telefone mais

próximo e chamar a polícia?

Embora perecesse uma eternidade, as deliberações na minha cabeça

demoraram apenas segundos, mas os gritos da garota já estavam ficando mais

fracos. Eu sabia que precisava agir com rapidez. Como poderia me afastar de

uma situação semelhante? Não, resolvi finalmente, eu não daria as costas ao

destino dessa mulher desconhecida, mesmo que isso significasse arriscar a

minha vida.

Não sou um homem valente nem atlético. Não sei onde encontrar a

coragem moral e a força física; mas, quando finalmente decidi ajudar a garota,

senti uma estranha transformação. Corri para trás dos arbustos e arranquei o

agressor de cima dela. Engalfinhados, caímos no chão, onde lutamos alguns

minutos até que o agressor deu um salto e fugiu. Ofegante, pus-me de pé com

dificuldade e me aproximei da garota, que estava soluçando agachada atrás de

uma árvore. Na escuridão, eu mal via sua silhueta, mas sem dúvida percebi

como tremia do choque.

Sem querer assustá-la ainda mais, primeiro falei com ela de longe. – Está

tudo bem – disse em tom tranqüilizador. – O homem fugiu. Agora você não

corre mais perigo.

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Houve um longo silêncio e então ouvi suas palavras, ditas com espanto,

com assombro:

- Papai, é você?

E então, de trás da árvore, saiu minha filha mais nova, Katherine.

Para refletir: Tudo colabora para bem daqueles que amam a Deus e cujo

coração e inteiramente Seu, ore para que esteja sempre onde Deus te levar e

não tenha medo porque ele irá contigo e te ajudará em tudo que fizeres.

36. SÓ MAIS UM MINUTINHO...

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Um homem, no limite de suas forças, atentou contra a própria vida com uma

arma de fogo. Ouvindo o tiro, o vizinho entrou naquele apartamento, e ao lado

do corpo encontrou uma carta assim escrita: “Não deu para suportar. Passei a

noite toda como um louco pelas ruas. Fui a pé... não tinha condições de

dirigir! Perdi meu emprego por injustiça feita contra mim. Nada mais

consegui. Ontem telefonaram avisando que minha moradia no campo foi

incendiada. Estava ameaçado de perder este apartamento por não ter podido

pagar as prestações. Só me restou um carro tão desgastado que nada vale.

Afastei-me de todos os meus amigos com vergonha desta humilhante

situação... e agora, chegando aqui, não encontrei ninguém... fui abandonado e

levaram até minhas melhores roupas! Aquele que me encontrar, faça o que

tem de ser feito. Perdão”. O vizinho dirigiu-se ao telefone para chamar a

polícia. Quando chegou ao telefone, viu que havia um recado na secretária

eletrônica. Era a voz da mulher do morto: - Alô! Sou eu querido! Ligue para a

firma! O engano foi reconhecido e você está sendo chamado de volta para a

semana que vem! O dono do apartamento disse que tem uma boa proposta

para não o perdermos! Estamos na nossa casinha de campo. A história do

incêndio era trote! Isso merece uma festa, não merece? Nossos amigos estão

vindo para cá. Um beijo! Já coloquei as suas melhores roupas no porta-malas

do seu carro. Vem!.. Por favor nunca perca a esperança, por piores que sejam

as circunstâncias. A promessa de Deus é:

“Não temas pois eu sou contigo, não te assustes pois “Eu sou Seu Deus...”.

37. SERENIDADE

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Em uma cidade do interior, havia um homem que não se irritava e não

discutia com ninguém.

Sempre encontrava uma saída cordial, não feria a ninguém, nem se

aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e

querido.

Para testá-lo, seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e a

discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.

Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por

atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como

entrada foi servida uma saborosa sopa, da qual o homem gostava muito.

A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou

seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa de servir.

Mas ela serviu todos os demais, e, quando chegou a vez dele, foi para outra

mesa.

Ele esperou, calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se

aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra

vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a

sopeira fumegante, exalando saboroso aroma como quem havia concluído a

tarefa e retornou à cozinha.

Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam

discretamente, para ver sua reação.

Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência

e disse-lhe:

- O que o senhor deseja?

Ao que ele respondeu, naturalmente:

- A senhora não me serviu a sopa.

Novamente ela retrucou, para provocá-lo desmentindo-o:

- Servi, sim senhor!

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Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por

alguns segundos...

Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.

Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente.

- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!

38 -  A PERSISTÊNCIA

   Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as jóias da própria esposa.   Quando apresenta o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizendo-lhe que seu produto  não atende ao padrão de qualidade.

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   O Homem desiste? Não!   Volta a escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o tachavam de "visionário".   O homem fica chateado? Não!   Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele.   Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída.   O homem se desespera? Não!   Reconstrói sua fábrica mas, um terremoto novamente a arrasa.   Essa é a gota d´água e o homem desiste? Não!   Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.   Ele entra em pânico e desiste? Não!   Criativo, ele adapta um pequeno motor a sua bicicleta e sai as ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas". A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria.   Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda pra mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país.   Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.   Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística japoneza, conhecida e respeitada no mundo inteiro.   Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.   Portanto, se você adquiriu a mania de viver reclamando, pare com isso! O que sabemos é uma gota d´água. O que ignoramos é um oceano.   Lembre-se, nosso dia não se acaba ao anoitecer e sim começa sempre amanhã, não se desanime, vamos acordar todo o dia como se tívessemos descobrindo um novo mundo.

                           

39 - O VALOR DE UMA AMIZADE

  Um dia, quando era um calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula. Seu nome era Kyle. Parecia que ele estava carregando todos os seus livros. Eu pensei: "Por que alguém levaria para casa todos os seus livros numa sexta-feira? Ele deve ser mesmo um CDF"Como já

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tinha meu final de semana planejado (festas e um jogo de futebol com meus amigos sábado á tarde), dei de ombros e segui meu caminho.   Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo na direção dele. Eles o atropelaram, derrubando todos os livros e o empurrando, de forma que ele caiu no chão. Seus óculos voaram, aterrisando na grama alguns metros de onde ele estava. Ele ergueu o rosto e eu vi a terrível tristeza em seus olhos.   Corri até onde ele engatinhava, procurando por seus óculos, e pude ver uma lágrima em seu olho. Enquanto lhe entregava os óculos, disse: "Aqueles caras são uns inconsequentes. Eles realmente deviam arrumar uma vida própria."   Ele olhou para mim e disse: "Ei, obrigado!" Havia um grande sorriso em sua face, um daqueles sorrisos que mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde morava. Por coincidência ele morava perto da minha casa, então perguntei como nunca o havia visto. Ele respondeu que antes frequentava uma escola particular. Conversamos por todo caminho de volta para casa, e carreguei seus livros. Ele se revelou um garoto bem legal. Perguntei se ele queria jogar futebol no sábado comigo e meus amigos. Ele disse que sim. Nós ficamos juntos por todo o final de semana, e quanto mais eu conhecia Kyle, mais eu gostava dele. E meus amigos sentiam da mesma forma.   Chegou a segunda-feira, e lá estava Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez. Eu o parei e disse: "Caramba, você vai ficar musculoso, carregando pilhas de livros assim, todos os dias!". Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros.   Pelos primeiros quatro anos Kyle e eu nos tornamos os melhores amigos,. Quando estávamos nos formando, começamos a pensar na faculdade. Kyle decidiu ir para Georgetown, e eu iria para  a Duke. Sabia que seríamos sempre amigos, a distância nunca seria um problema.   Ele seria médico, e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma.   Ele teve que preparar o discurso da formatura. Eu estava muito contente por não ser quem deveria subir ao palanque.   No dia da formatura, Kyle estava o mesmo. Mais encorpado, realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos. Ele saía com mais garotas do que eu, e todas o adoravam! Ás vezes eu até ficava com inveja. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso por causa do discurso. Então, dei um tapinha nas costas dele e disse: "Ei garotão, você vai se sair bem!. Ele olhou para mim com aquele olhar (aquele olhar de gratidão) e sorriu. "Valeu!, ele disse. Ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou:   "A formatura é uma época para agradecer àqueles que o ajudaram durante esses anos duros: pais, professores, irmãos, talvez até um treinador... Mas principalmente aos amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém é o melhor presente que você pode dar. Vou lhes contar uma história".   Olhei para o meu amigo, sem acreditar, enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final

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de semana. Contou como havia esvaziado seu armário da escola, sem que sua mãe notasse, levando todas as coisas para casa.   Ele olhou nos meus olhos e me deu um discreto sorriso. "Felizmente fui salvo. Meu amigo me salvou de fazer algo inominável". Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma gratidão. Então me dei conta da profundidade daquele sorriso.

    40 - O ÚLTIMO DIA   "Aquele era seu último dia de vida, mas ele ainda não sabia disso."   Naquela manhã sentiu vontade de dormir um pouco mais. Estava cansado, tinha deitado muito tarde e não havia dormido bem. Mas logo abandonou a idéia

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de ficar um pouco mais na cama, e levantou-se pensando nas muitas coisas que precisava fazer na empresa.    Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Não prestou atenção no rosto cansado e nem nas olheiras escuras, resultado de noites mal dormidas.   Engoliu o café e saiu resmungando baixinho um "bom dia", sem muita convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida. Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência dele e vivia pedindo mais tempo para ficarem juntos.    Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso não bastava?   Entrou no carro e saiu. Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos. Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e o convidou para almoçar.   Ele relutou bastante: sabia que iria gostar muito de estar com o neto. Mas não podia, naquele dia, sair da empresa. Quem sabe no próximo final de semana?   Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava lotada, e era muito importante começar logo a atender seus compromissos, pois tinha plena convicção de que pessoas de valor não desperdiçam seu tempo conversa fiada.    Na hora do almoço, pediu à secretária para trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte.  Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde. Nem observou que tipo de lanche estava mastigando.   Enquanto relacionava os telefonemas que deveria dar, sentiu um pouco de tontura, a vista embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer um check-up.    Mas ele logo concluiu que era um mal-estar passageiro, que seria resolvido com um café forte, sem açúcar.   Terminado o "almoço", escovou os dentes e voltou ao trabalho, "a vida continua", pensou. Mais papéis para ler, mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir.   Saiu para uma reunião já meio atrasado. Não esperou o elevador. Desceu as escadas pulando os degraus de dois em dois. Entrou no carro, deu a partida e, quando ia engatar a marcha, sentiu de novo o mal-estar e agora com uma dor forte no peito.   O ar começou a faltar... A dor foi aumentando.... O carro desapareceu... Os outros carros também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem.

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   A esposa, o netinho, a filha e, uma pós outra, todas as pessoas de que mais gostava.   Por que mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto? O que a esposa tinha dito á porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manha?   A dor no peito persistia, mas agora era outra dor começava a pertubá-lo: a do arrependimento.   Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte: a dor da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.   Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorreram lágrimas silenciosas...    Queria viver, queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a sua esposa, abraçar a sua filha, brincar com seu neto...   Queria.. Queria.. Mas não havia mais tempo...

Para refletir: Não deixe para fazer amanhã o que pode fazer hoje, pois não sabes se haverá o amanhã.

41 - O TAPETINHO VERMELHO

   Uma pobre mulher morava em uma humilde casinha com sua neta muito doente. Com não tinha dinheiro sequer para levá-la a um médico, e vendo que ,

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apesar de seus muitos cuidados e remédios com ervas, a pobre criança piorava a cada dia, resolveu iniciar a caminhada de 2 horas até a cidade próxima em busca de ajuda.   Chegando no único hospital público da região foi aconselhada a voltar para casa e trazer a neta junto, para que esta fosse examinada.    Quando ia voltando, já desesperada por saber que sua neta não conseguia sequer levantar da cama, a senhora passou em frente a uma igreja e como tinha muita fé em Deus, apesar de nunca ter entrado em uma Igreja, resolveu pedir ajuda.   Ao entrar,  encontrou algumas senhoras ajoelhadas no chão fazendo orações. As senhoras receberam a visitante e, após se inteirarem da história, a convidaram para se ajoelhar e orar pela criança. Após quase uma hora de fervorosas orações e pedidos de intercessão ao Pai, as senhoras já iam se levantando quando a mulher lhe disse:   - Eu também gostaria de fazer uma oração!!! Vendo que se tratava de uma mulher de pouca cultura as senhores retrucaram:   - Não é necessário, com nossas orações, com certeza sua neta irá melhorar. Ainda assim a senhora insistiu em orar, e começou:   - Deus, sou eu, olha, a minha neta está muito doente Deus, assim eu gostaria que você fosse lá curar ela. Deus, você pega uma caneta que eu vou dizer onde fica.  As senhoras estranharam, mas continuaram ouvindo.   - Já está com a caneta Deus? Você vai seguindo o caminho daqui de volta para Belo Horizonte e quando passar o rio com a ponte você entra na segunda estradinha de barro, não vai errar tá?   A esta altura as senhoras já estavam se esforçando para não rir, mas ela continuou:   - Seguindo mais uns 20 minutinhos tem uma vendinha, entr na rua depois da mangueira que o meu barraquinho é o último da rua, pode ir entrando que não têm cachorro.   As senhoras começaram a se indignar com a situação,  porém a senhora continuava a orar a sua maneira:   - Olha Deus, a porta tá trancada, mas a chave fica debaixo do tapetinho vermelho na entrada, o senhor pega a chave, entra e cura a minha netinha. Mas olha só Deus, por favor, não esquece de colocar a chave de novo embaixo do tapetinho vermelho senão eu não consigo entrar quando chegar em casa...    A esta altura as senhoras interromperam aquela "ultrajante" siturção dizendo que não era assim que se deveria orar, mas que ela poderia ir para casa sossegada, pois elas eram pessoas de muita fé, e Deus, com certeza, iria ouvir as preces e curar a menina.    A mulher foi para casa um pouco desconsolada, mas ao entrar em sua casinha sua neta veio correndo lhe receber.   - Minha neta, você está de pé, como é possível! E a menina explicou:

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   - Eu ouvi um barulho na porta e pensei que era a senhora voltando, porém entrou um homem muito alto vestido de branco em meu quarto e mandou que eu levantasse, não sei como, eu simplesmente levantei. E quase em prantos, a menina continuou:   - Depois ele sorriu, beijou minha testa e disse que tinha de ir embora, mas pediu que eu avisasse a senhora que ele ia deixar a chave embaixo do tapetinho vermelho...    Um pouco de fé, leva-nos até Deus! Muita fé traz Deus até nós!    

                         42 -   ORAÇÃO VERSUS CONDUTA

   Um homem sempre resmungava e reclamava da comida que sua esposa colocava à mesa.   Servida a refeição, ele orava em agradecimento ao alimento ofertado.   Um dia, depois de sua rotineira reclamação combinada com a oração, sua pequena filha perguntou:

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   - Papai, Deus nos ouve quando oramos?   - Que pergunta! É claro! - ele respondeu. - Deus nos ouve toda vez que oramos.   - E ouve tudo o que nós dizemos o resto do tempo?   - Sim, cada palavra - ele respondeu animado, já que havia inspirado sua filha a ser curiosa  sobre questões espirituais.  Ela pensou por instantes e, inocentemente, interrogou:   - Então, em quais palavras Deus vai acreditar?

                                  

   43 - OS PESSIMISTAS   Existia um rei que, por causa deo aniversário de seu reinado, resolveu fazer uma grande festa. Todos do reino foram convidados, e a prova que mais exigia de todos era a "escalada ao poste". Era um poste muito alto, em cujo topo estava o prêmio: uma cesta cheia de comida e ouro. Aquele corajoso súdito que conseguisse escalar até o alto do gigantesco mastro poderia se deliciar com a comida e pegar todo o ouro. Milhares de pessoas compareceram ao evento, vindas de todos os cantos do reino, e , no dia, várias se inscreveram para a prova. O primeiro a participar foi um rapaz alto e forte. Ele tomou uma distância curtíssima e, muito, negligentemente, subiu no poste, não chegando nem à metade. Lá em cima ainda e já descendo, começou a blasfemar contra o rei...

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   - Este rei está louco - dizia. - Ele colocou o prêmio bem alto justamente para ninguém conseguir apanhá-lo... Ele está gozando de nossa cara - continuou o rapaz. - E tem mais: se todos deixarem de tentar, o rei será obrigado a diminuir o tamanho do mastro... Vamos desistir, é mais fácil - continuou o jovem.   Alguns súditos se decepcionaram tanto com o rei que começaram a ir embora cabisbaixos e chorando. Outros proferiam contra el palavras de desapontamento. Naquele instante, apareceu um garoto bem magrinho... Tomou distância, aproveitando da bagunça gerada, e, correndo como vento, subiu no mastro. Na primeira tentativa não teve êxito. Quando se preparava para a segunda , as pessoas gritavam:   - Desiste, desiste, desiste...   Mesmo assim, ele se afastou e, mais convicto do a que a primeira vez, subiu rapidamente no mastro, com muita energia e convicção, e, num esforço gigantesco, conseguiu se balançar no topo. Aí, si, caiu a cesta com o prêmio.   Todos ficaram admirados. Uns aplaudiram, outros comentavam sobre a proeza. Um rapaz, totalmente rendido pelo fato, foi imediatamente procurar explicação com o pai do garoto, que contava o prêmio, saboreava a comida desejada  e distribuia a todos com o maior orgulho e alegria pela conquista. O pai do garoto, indagado pelo rapaz sobre como e por qual razão o pequeno jovem havia conseguido o feito, respondeu-lhe...   - Olha, existem duas coisas que motivaram meu filho a conquistar o prêmio: a primeira é a fome; a segunda é que ele é surdo.

Para refletir: Quando todos disserem que você não vai conseguir, faça de conta que surdo e mudo, e vai frente...

                    

 44 -   MANTENDO A CALMA!   Um rei queria adquirir para seu palácio um quadro  que representasse a paz. Para isso, convocou artistas de diversas partes do mundo e lançou um concurso por meio do qual seria escolhido o tal quadro e premiado o seu autor.     Logo começaram a chegar ao palácio quadros de todo tipo., Uns retratavam a paz através de lindas paisagens com jardins, praias e florestas; outros a representavam através de arco-íris, alvoradas e crepúsculos. O rei analisou todos os quadros e parou diante de um que retratava uma forte tempestade com nuvens pesadas, redemoinhos de ventos e uma árvore arqueada abrigando, dentro de seu tronco, um pássaro que dormia tranquilamente. Diante de todos os participantes

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do concurso, o rei declarou aquele quadro da tempestade o vencedor do concurso. Todos ficaram surpresos, e alguém protestou dizendo:   - Mas ... Majestade! Esse quadro parece ser o único que não retrata a paz!   Nesse momento o rei respondeu com toda a convicção:  - O pássaro dorme tranquilamente dentro do tronco apensar da tempestade lá fora. Esta é a maior paz que se pode ter: a paz interior.   Paz não é ausência de agitação no ambiente em que vivemos, mas o estado de tranquilidade interior que cultivamos diante das tempestades da vida.

Para refletir: Jesus disse: eu voz dou a minha paz, paz esta que o mundo não pode dar.

                                  

 45 -  A JOVEM FELIZ    Um jovem triste queria saber onde encontrar a felicidade. Contrariando seus pais, decidiu sair pelo mundo à sua procura. Partiu do lugar distante, na expectativa de encontrá-la.   Chegou a uma cidade desconhecida e logo encontrou um velho doente, que estava sendo levado numa padiola para um hospital, a quem perguntou:   - Senhor, onde está a felicidade?    O doente, fitanto-o surpreendido, apontou para o hospital e disse:   - Bem ali, meu filho, bem ali.   Adiante, encontrou um casal que se despedia, visto que o homem partia para uma longa viagem. Perguntou:   - Senhor, onde está a felicidade? O homem apontando para o seu lar disse:   - Bem ali, meu jovem, bem ali.

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   Mais à frente, deparou-se com um moço desempregado que caminhava nas proximidades de próspera indústria. Aproximou-se e perguntou:   - Moço, onde está a felicidade? O desempregado, apontando para indústria, disse: - Bem ali, companheiro, bem ali.      Seguiu adiante e viu um grupo de pessoas que cantavam e sorriam distraidamente. Aproximando-se de um desconhecido, que, sozinho e sem amigos, observava o grupo à distância, fez a mesma pergunta:   - Amigo, onde está a felicidade?   A pessoa interrogada, apontando para o grupo que cantava, disse:   - Bem ali, meu colega, bem ali.   Andou um pouco mais e deparou-se com um prisioneiro que lhe acenava com as mãos por trás das grades de uma cadeia. Perguntou:- Irmão, onde está a felicidade?    O prisioneiro, apontando para a rua, onde muitos transitavam livremente, disse:  - Bem ali, camarada, bem ali.   O jovem não se conformou. Ele queria algo diferente. Saúde, lar, emprego, amigos, liberdade, tudo isso ele possuía e não se sentia feliz. Permaneceu ali algum tempo, meditativo e tristonho.   Meses depois, retornou à sua cidade, sem alcançar o intento de encontrar a felicidade. Ao aproximar-se do local onde residia, uma surpresa desagradável o esperava. O imóvel, com todos os seus pertences, havia sido destruído por um incêndio. Entristecidos, os moradores daquele lar haviam deixado a cidade, com destino ignorado.   O coração do jovem bateu mais forte. Sentiu uma angústia profunda, remorso, insegurança e medo. Aflito, chorou, desejando muito que tudo aquilo não passasse de uma ilusão. Sozinho, sentado sobre os escombros e cinza daquela que havia sido sua moradia, sentiu saudades.   Recordou seu passado, sua infância, suas brincadeiras, seus amigos, sua família, seus pertences. Veio-lhe à mente, então, tudo aquilo que disseram os entrevistados quando de sua peregrinação pela cidade desconhecida. Todos haviam perdido alguma coisa e, nessa coisa perdida, estava a felicidade. Compreendendo a verdade do que eles firmaram, escreveu com os dedos sobre as cinzas: "A felicidade morava bem aqui, só que eu não via".   Quer saber de sua felicidade? Imagine-se perdendo tudo o que você possui agora.Seja feliz com aqui que Deus te deu, porque ele conhece as suas necessidades.

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46 - MENSAGEM PARA UM FILHO

   Mensagem escrita pelos pais de Rachel quando receberam a notícia de que sua filha, com apenas 10 anos de idade, era portadora de um câncer cerebral.   "Filha querida, apenas nesta manhã nós vamos sorrir quando você rir, mesmo sentindo vontade de chorar.   Apenas nesta manhã nós vamos deixar você escolher o que vai vestir, sorrir e dizer o quanto você está ótima.   Apenas nesta manhã vamos deixar a roupa para lavar de lado, pegar você e levá-la ao parque para brincar.   Apenas nesta manhã nós vamos deixar a louça na pia e aprender com você a montar o quebra-cabeça.   Apenas nesta tarde vamos desligar o telefone, manter o computador fora do ar e sentar com você no quintal e soltar bolhas de sabão.   Apenas nesta tarde nós não vamos gritar nenhuma vez, nem mesmo resmungar, quando você gritar e acenar para o carrinho de sorvetes. Se ele passar vamos comprar um para você.

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    Apenas nesta tarde não vamos nos preocupar com o que você vai ser quando crescer.   Apenas nesta tarde nós vamos deixar você ajudar a assar biscoitos e não vamos ficar atrás tentando consertá-los.   Apenas nesta noite vamos segurá-la nos braços e contar-lhe uma história sobre como você nasceu e como nós a amamos.   Apenas nesta noite vamos deixar você espirrar a água do banho.   Apenas nesta noite vamos deixar você ficar acordada até tarde, enquanto ficamos sentados na soleira, contando as estrelas.   Apenas nesta noite nós vamos nos aconchegar ao seu lado por horas e perder nossas shows favoritos na tv.   Apenas nesta noite vamos passar os dedos entre os seus cabelos, enquanto você ora, e vamos simplesmente ser gratos a Deus por ter nos dado o maior presente do mundo.   Vamos pensar nas mães e nos pais que procuram por seus filhos desaparecidos. Nas mães   e pais que visitam a sepultura de seus filhos ao invés de suas camas.   Nas mães e pais que estão em hospitais vendo seus filhos sofrerem, gritando por dentro que não suportam mais.   E, quando lhe dermos um beijos de boa-noite, nós vamos abraçar você com mais força e por um pouco mais de tempo.   Então, vamos agradecer a Deus por você e não pedirmos nada a ele, a não ser mais um dia". Não espere amanhã para dizer a seus filhos que você os ama. Nunca detenha o gesto de carinho, de afeto e de ternura.   Amanhã poderá ser tarde demais porque um de vocês poderá estar em outro lugar, outra circunstância. Até mesmo, no mundo espiritual.   47 - ESTOU MUITO CANSADO   Estou cansado de trabalhar e ver todos os dias as mesmas pessoas no caminho; passar horas  trabalhando no escritório.   Chego em casa e minha esposa sempre serve a mesma comida para o jantar. Entro no banho e logo ela começa a reclamar.   Quero descansar e ver televisão, mas minha filha não me deixa, porque quer brincar comigo, não entende que estou cansado.    Meu pai também me irrita algumas vezes, e entre clientes, esposa, filha e pai, eles me deixam louco.Quero paz.   A única coisa boa é o dormir; ao fechar os olhos sinto um grande alívio, me esqueço de tudo e de todos.   - Olá, vim te ajudar.   - Quem é você? Como entrou?   - Deus me enviou. Disse que ouviu suas queixas e que você tem razão.

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   - Isto, você está. Mas, não se preocupará mais em ver sempre as mesmas pessoas, nem por aguentar a sua esposa com suas reclamações, nem sua filha que te irrita e nem escutará os conselhos de seu pai.   - Mas. Que acontecerá com todos? Com meu trabalho?   - Não se preocupe, já contrataram outra pessoa para os eu lugar, e certamente este está muito feliz porque estava sem trabalho.   - E minha esposa, e minha filha?   - À sua esposa foi dado um bom homem, que a quer bem, a respeita e admira por suas qualidades, aceita gostos, defeitos e todas as suas reclamações. Além disso, se preocupa com sua filha como se fosse filha dele, de certo  tem uma emoção muito grande já que é estéril. Por mais cansado que chegue do trabalho, dedica tempo a brincar  com ela e são muito felizes.   - Mas, não quero isso!   - Sinto muito, a decisão foi tomada.   - Mas isto significa que jamais voltarei e beijar o rostinho da minha filha... nem dizer "eu te amo" a minha esposa... nem dar um abraço no meu pai... Não, não quero morrer, quero viver, envelhecer junto a minha mulher. Não quero morrer ainda!!!    - Mas era o que você queria... Descansar. Agora já tens seu descanso eterno, durma para sempre.   - Não, não quero, por favor, Deus!   - ... Que acontece amor? Teve um pesadelo?Disse minha esposa me acordando.   - Não... não foi um pesadelo e sim uma nova oportunidade.

48 - ACREDITANDO SEM VER..

   Um imperador disse ao rabino Hanania:   - Eu gostaria muito de ver o vosso Deus.   - É impossível - respondeu o rabino.   - Impossível? Então, como posso confiar minha vida a alguém que não posso ver?   - Mostre-me o bolso onde tem guardado o amor por sua mulher. E deixa-me pesá-lo, para ver se é grande.   - Não seja tolo; ninguém pode guardar o amor num bolso - respondeu o imperador.   - O sol é apenas uma das obras que o Senhor colocou no universo e - no entanto - você não pode olhá-lo diretamente. Tampouco pode ver o amor, mas sabe que é capaz de apaixonar-se por uma mulher e confiar sua vida a ela. Não lhe parece evidente que existem certas coisas em que confiamos sem ver?

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Para refletir: A biblia diz que mais felizes são aqueles que não viram, porém creram em Jesus, e diz ainda que Ele procura adoradores que o adore em espírito e em verdade, porque verão a Deus.

49 -  UMA CADEIRA VAZIA É MUITO MAIS...

   Um homem ficou muito enfermo e sua filha, preocupada, pediu a um amigo que fosse conversar com ele. Ela sabia que o pai precisava muito de orações e como não o via orando, pediu ao seu amigo que o visitasse e orasse com ele.    Quando o9 amigo entrou no quarto, encontrou o pobre homem deitado, com a cabeça apoiada num par de almofadas.    Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou  o visitante a pensar que o homem estava aguardando sua chegada.    "Você estava me esperando?" - perguntou.    "Não. Por quê?" - respondeu o homem enfermo.    "Sou amigo de sua filha. Ela pediu-me que viesse orar com você. Quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado de sua cama, imaginei que soubesse que eu viria visitá-lo."   "Ah, sim, a cadeira... Você não se importaria de fechar a porta?".   O visitante se ergueu e fechou a porta. O doente então lhe confidenciou:

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   "Nunca contei isto para ninguém. Passei toda a minha vida sem ter aprendido a orar. Quando estava em alguma igreja e ouvia falarem a respeito de oração, de como se deve orar e os benefícios que recebemos através dela, não queria saber de orações.   As informações entravam por um ouvido e saíam por outro. Eu achava tudo sem sentido.   Assim, não tinha a mínima idéia de como se deve orar. Então nunca me dispus a fazer uma prece.   Alguns anos atrás, quando a doença começou a se manifestar em meu corpo, conversando com meu melhor amigo, ele me disse:   "Amigo, orar é simples ter uma conversa com Jesus e isto eu sugiro que você não deixe de fazer. Vou lhe ensinar um método bem simples.   Você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado nela, bem diante de você. E não pense que isto é loucura, pois ele próprio prometeu que estaria sempre conosco.   Portanto, você deve falar com ele e escutá-lo, da mesma forma como está fazendo comigo agora".   Achei aquilo muito interessante. Minha resistência foi vencida e decidi experimentar.   Senti-me meio sem jeito, da primeira vez, mas um grande bem-estar me encheu a alma.   Desde então, tenho conversado com Jesus todos os dias. Tenho sempre muito cuidado para que minha filha não me veja, pois tenho medo que se ela souber que fico falando desta maneira, me interne em uma casa  para doentes mentais.   O visitante sentiu um grande emoção ao ouvir aquilo. Aquele homem tinha muitas dificuldades para orar e alguém, de uma maneira bem psicológica, lhe ensinara um método para vencer a muralha que parecia intransponível.   Juntos, ali mesmo, oraram, e depois o visitante se foi. Dois dias mais tarde, a filha lhe comunicou que seu pai havia morrido.   E narrou da seguinte forma: "quando eu estava me preparando para sair, ele me chamou ao seu quarto. Disse que me amava muito e me deu um beijo".     "Quando voltei do mercado, uma hora mais tarde, já o encontrei morto. Porém, há algo de estranho em relação à sua morte. Aparentemente, antes de morrer, ele chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e recostou a cabeça nela. Foi assim que o encontrei".

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50 - O BEM MAIS PRECIOSO

    Certa vez um rapaz e uma moça que estavam muito apaixonados, resolveram se casar.    Dinheiro eles quase não tinham, mas nenhum deles ligava para isso. A confiança mútua era a esperança de um belo futuro, desde que tivessem um ao outro.   Assim, marcaram a data para se unir em corpo e alma. Antes do casamento, porém, a moça fez um pedido ao noivo:   - Não consigo nem imaginar que um dia possamos nos separar. Mas pode ser que, com o tempo, um se canse do outro, ou que você se aborreça e me mande de volta para meus pais. Quero que você me prometa que, se algum dia isso acontecer, me deixará levar comigo o bem mais precioso que eu tiver então.   O noivo riu, achando bobagem o que ele dizia, mas a moça não ficou satisfeita enquanto ele não fez a  promessa por escrito e assinou.   Casaram-se. Decididos a melhorar de vida, ambos trabalharam muito e foram recompensados. Cada novo sucesso os fazia mais determinados a sair da pobreza, e trabalhavam ainda mais.    O tempo passou e o casal prosperou. Conquistaram uma situação estável e cada vez mais confortável, e finalmente ficaram ricos. Mudaram-se para uma ampla casa, fizeram novos amigos e se cercaram dos prazeres da riqueza.

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   Mas, dedicados em tempo integral ao negócios e aos compromissos sociais, pensavam mais nas coisas do que um no outro. Discutiam sobre o que comprar, quanto gastar, como aumentar o patrimônio, mas estavam cada vez mais distanciados entre si.   Certo dia, enquanto preparavam uma festa para amigos importantes, discutiram sobre uma bobagem qualquer e começaram a levantar a voz, a gritar, e chegaram às inevitáveis acusações.    - Você não liga para  mim! gritou o marido - só pensa em você, em roupas e jóias. Pegue o que achar mais precioso, como prometi, e volte para a casa dos seus pais. Não há motivo para continuarmos juntos.   A mulher empalideceu e encarou-o com um olhar magoado, como se acabasse de descobri uma coisa nunca suspeitada.   - Muito bem, disse ela baixinho. Quero mesmo ir embora. Mas vamos ficar juntos esta noite para receber os amigos que já foram convidados.   Ele concordou. A noite chegou. Começou a festa, com todo o luxo e que  a fartura da riqueza permitia. Alta madrugada o marido adormeceu, exausto. Ela então fez com que o levassem com cuidado para a casa dos pais dela e pusessem na cama.   Quando ele acordou, na manhã seguinte, não entendeu o que tinha acontecido. Não sabia onde estava e, quando sentou-se na cama para olhar em volta, a mulher aproximou-se e disse-lhe com carinho:   - Querido marido, você prometeu que se algum dia me mandasse embora eu poderia levar comigo o bem mais precioso que tivesse no momento. Pois bem, você é e sempre será o meu bem mais precioso. Quero você mais que tudo na vida, e nem a morte poderá nos separar.   Envolveram-se num abraço de ternura e voltaram para casa mais apaixonados do que nunca.   O que a gente mais vê são casais desistindo de seu amor. A rotina, os descuidos, a falta de atenção e carinho colocam a perder os sonhos e esfriam o coração dos dois. Só que não é este o maior problema. Isso é até compreensível. O maior problema é que eles não se sensibilizam ao ver o amor agonizando. Acreditam que as coisas vão melhorar por si só... e não melhoram. Ao contrário, só pioram. Assim, quando se dão conta e resolvem fazer alguma coisa pode ser tarde demais.

Para refletir: Ajunte bens no lugar que a traça e nem a ferrugem corrói, e nem os ladrões roubam, ajunte um tesouro na eternidade onde estaremos juntos para sempre, faça sua missão de cuidar bem e amar o próximo, ajude os no que for possível, e os ame quando eles não merecerem.

1.  

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51 - MANEIRA DE ENSINAR

   O Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M. K. Gandhi para a Vida Sem violência, em sua palestra na Universidade Porto Rico, compartilhou a seguinte história como exemplo de vida sem violência exemplificada por seu país:

- Eu tinha 16 anos e esta vivendo com meus pais no Instituto9 que meu avô havia fundado, a 18 milhas de Durban, na África do Sul, em meio a plantações de cana de açúcar.     Estávamos bem no interior do p0apís e não tínhamos vizinhos. Assim, sempre nos entusiasmava, as duas irmãs e a mim, poder ir á cidade visitar amigos ou ir ao cinema.   Certo dia, meu pai me pediu que o levasse à cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro, e eu me apressei de imediato diante da oportunidade.    Como iria à cidade, minha mãe deu-me uma lista de coisas do supermercado, das quais necessitava, e com iria passar todo o dia na cidade, meu pai me pediu que me encarregasse de algumas tarefas pendentes, com levar o carro à às 5 horas da tarde e retornaremos à casa juntos".        Após, muito rapidamente, completar todas as tarefas, fui ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de Hohn Wayne, que me esqueci do tempo. Eram 5:30 horas da tarde, quando me lembrei.

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    Corri à oficina, peguei o carro e corri até onde meu pai estava me esperando. Já eram quase 6 horas da tarde. Ele me perguntou com ansiedade: "Por que chegaste tarde?".    Eu me sentia mal com o fato e não podia lhe dizer que estava assistindo um filme de John Wayne. Então, eu lhe disse que o carro não estava pronto e que tive que esperar... isto eu disse sem saber que meu pai já havia ligado para a oficina.    Quando ele se deu conta de que eu havia mentido, disse-me: "Algo não anda bem na maneira pela qual te tenho educado, que não te tem proporcionado confiança em dizer-me a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado contigo. Vou caminhar as 18 milhas até em casa e pensar sobre isto".    Assim, vestido com seu traje e seus sapatos elegantes, começou a caminhar até a casa, por caminhos que nem estavam asfaltados nem iluminados.    Não podia deixá-lo só. Assim, dirigi por 5 hora e meia atrás dele... vendo meu pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que eu havia dito.    Decidi, desde aquele momento, que nunca mais iria mentir.    Muitas vezes me recordo desse episódio e penso: se ele me tivesse castigado do modo que castigamos nossos filhos, teria eu aprendido a lição? Não acredito. Se tivesse sofrido o castigo, continuaria fazendo o mesmo... Mas tal ação de não violência foi tão forte que o tenho impressa na memória como se fosse ontem... Este é o poder da vida sem violência.

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52 - DEUS ESCOLHE..

   Há alguns anos tudo me parecia insuportável: tinha dificuldade de lidar com

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minha situação e estava pronta para desistir da vida completamente e aceitar o fato de que nossas vidas estavam marcadas de um modo amaldiçoado, porque nós tínhamos uma criança com uma desarmonia mental.    Não tínhamos mais uma vida social, mas uma montanha de contas para pagar e um inevitável ataque do coração a caminho.   A vida era má.   Dormíamos pouco: duas ou três horas. E éramos bombardeados por demandas sem razão.   De onde viria as  respostas que buscávamos para dar a Joshua uma educação decente? Onde encontraríamos um médico piedoso? E, acima de tudo, eu questionava: por que nós?   Nossos corpos e mentes estavam exaustos, vencidos. Um dia minha mãe me passou um simples pedaços de papel. Ela havia recortado um artigo de um jornal local.   Ela disse: "Lisa, eu li isso e imaginei que fosse para você".   Eu peguei o artigo, olhe e entrei em casa para ler.   O que eu li foi uma resposta para as minhas orações.   Não estava lá o sentido da vida ou o bilhete premiado da loteria, mas havia palavras de ouro que funcionaram como uma varinha de condão.   É muito difícil para eu dizer o quanto este artigo me emocionou e o quanto me ajudou. Mas no final foi isso. Ele mudou a minha vida e com ela a vida das outras pessoas da minha família.   Eu decidi não mais ficar sentada esperando. Se eu não vejo algo acontecendo do jeito que deveria ser, eu luto para modificar.   Eu espero que esse pequeno artigo dê a você a força e a determinação que ele me deu. Espero que você goste...   "Deus escolhe a mãe da criança  deficiente.   A maior parte das mulheres hoje em dia torna-se mãe por acidente, outras por escolhas próprias, outras por pressão social e outras tantas por hábito.   Esse ano quase cem  mil mulheres se tornarão mães de crianças deficientes. Você alguma vez já pensou como as mães dos deficientes são escolhidas? Eu já.   Uma vez visualizei Deus pairando sobre a terra, selecionando o seu instrumento de propagação com um grande carinho e compassivamente.   Enquanto observava, Ele instruía seus anjos a tomarem nota em um grande livro.   - Para Elisabeth, um menino, anjo da guarda Mateus.   - Para Marcia, uma menina, anjo da guarda Cecília.   - Para Eunice, gêmeos, anjo da guarda Miguel. Ele está acostumado com a profanidade.   Finalmente ele passa um nome para um anjo, sorri e diz:   - Dê a ela uma criança deficiente.   O anjo, cheio de curiosidade, pergunta:   - Por que a ela, Senhor? Ela é tão alegre...

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   - Exatamente por isso. Como eu poderia dar uma criança deficiente para uma mãe que não soubesse dar valor de um sorriso? seria cruel.   - Mas será que ela terá paciência?   - Eu não quero que ela tenha muita paciência porque, com certeza, ela se afogará no mar da autopiedade e desespero. Logo que o choque e ressentimento passarem, ela saberá como se conduzir.   - Senhor eu a estava observando hoje. Ela tem aquele sentimento de independência. Ela terá que ensinar a criança a viver no seu mundo e não vai ser fácil. E, além do mais, Senhor, eu acho que ela nem acredita na sua existência.   Deus sorriu...   - Não tem importância. Eu posso dar um jeito nisso. Ela é perfeita. Ela possui o egoísmo no ponto certo.   O anjo engasgou?   - Egoísmo? E isso por acaso é virtude?   Deus acenou um sim e acrescentou:   - Se ela não conseguir se separar da criança de vez em quando, ela não sobreviverá. Sim, essa é uma das mulheres que eu abençoarei com uma criança com dificuldades. Ela ainda não faz idéia, mas ela será também muito invejada. Sabe, ela nunca admitirá uma palavra não dita, ela nunca considerará um passo adiante, uma coisa comum. Quando sua criança disser "mamãe" pela primeira vez, ela pressentirá que está presenciando um milagre. Quando ela descrever uma árvore ou um pôr-do-sol para seu filho cego, ela verá como poucos já conseguiram ver a minha obra. Eu a permitirei ver claramente coisas como ignorância, crueldade, preconceito e a ajudarei a superar tudo. Ela nunca estará sozinha. Eu estarei ao seu lado cada minuto de sua vida, porque ela está trabalhando junto comigo.   - Bom, e quem o senhor está pensando em mandar como anjo da guarda?   Deus sorriu.   - Dê a ela um espelho, é o suficiente.   

.53 - A PORTA MAIS LARGA DO MUNDO    Conta-se que um dia um homem parou na frente de um pequeno bar, tirou do bolso um metro, mediu a porta e falou em voz alta: dois metros de altura por

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oitenta centímetro de largura.    Como se duvidasse das medidas que obteve, mediu-a pela terceira vez. E assim torna a medi-la várias vezes.    Curiosas, as pessoas que por ali passavam começaram a parar.    Primeiro um pequeno grupo, depois um grupo maior, por fim uma multidão.     Voltando-se para os curiosos o homem exclamou, visivelmente impressionado: "parece mentira" esta porta mede apenas dois metros de altura e oitenta centímetros de largura, no entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, meu carro, o pão dos meus filhos;  passaram os meus móveis, a minha casa com terreno.    E não foram só os bens materiais. Por ela também passou a minha saúde, passaram as esperanças da minha esposa, passou toda a felicidade do meu lar...    Além disso, passou também a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos, meus planos...     Sim, senhores, todos os meus planos de construir uma familia feliz, passaram por esta porta, dia paós dia...gole por gole.     Hoje eu não tenho mais nada... Nem família, nem saúde, nem esperança.      Mas quando passo pela frente desta porta, ainda ouço o chamado daquela que é responsável pela minha desgraça...     Ela inda me chama insistentemente...     Só mais um trago! Só hoje! Uma dose, apenas!     Ainda escuto suas sugestões em tom de zombaria: ...você bebe socialmente, lembra-se?       Sim, essa era a senha. Essa era a isca. Esse era o engodo.      E mais uma vez eu caía na armadilha dizendo comigo mesmo: quando eu quiser, eu paro.        Isso é o que muita gente pensa, mas só pensa...        Hoje sou um tropo humano. E a bebida, bem, a bebida continua fazendos suas vítimas.       Por isso é que eu lhe digo, senhores: esta porta é a porta mais larga do mundo! Ela tem enganado muita gente...       Por esta porta, que pode ser chamada de porta do vício, de aparência tão estreita, pode passar tudo o que se tem de mais caro na vida.      Hoje eu sei dos malefícios do álcool, mas muita gente ainda não sabe. Ou, se sabe, finge que não, para não admitir que está sob o jugo da bebida.   E o que é pior, tem esse maldito veneno, destruidor de vidas, dentro do próprio lar, à disposição dos filhos.   Ah, se os senhores soubessem o inferno que é ter a vida destruída pelo vício, certamente passariam longe dele e protegeriam sua família contra suas ameaças.     Visivelmente amargurado, aquele homem se afastou, a passos lentos, deixando a cada uma das pessoas que o ouviram, motivos de profundas reflexões.

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Para refletir: Se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis liberto, procure a porta estreita que é seguir a Jesus Cristo, pois ele te libertará de tudo que não agrada a Deus e destrói seu corpo, que é o templo do Espírito Santo.

54 - A ÁRVORE DOS PROBLEMAS 

  Certa vez, um executivo contratou um carpinteiro para um trabalho. Durante a execução do serviço, o carpinteiro se deparou com vários contratempos: seu

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dedo feriu-se no alicate, a serra elétrica queimou e o cabo do martelo desprendeu-se. E para completar, no final do expediente, ao tentar ligar o carro para voltar para casa, constatou que este não estava funcionando. Diante de tantos transtornos, o executivo ofereceu-lhe uma carona.   Ao chegar em frente à sua casa, o carpinteiro convidou o patrão para entrar. O executivo notou que, antes de o homem entrar em seu lar, tocou com as mãos uma árvore que existia perto da porta de entrada e, naquele exato momento, seu semblante se transformou. Depois de tomar um café, o executivo se despediu e, já saindo, pergunto intrigado:  - Desculpe-me a curiosidade, mas eu  percebi que, antes de você entrar em casa, tocou com as mãos nesta árvore.. Que significa isso?  O carpinteiro, sorrindo, respondeu:   - Essa é a árvore do problemas. Cada vez que chego em casa preocupado com as coisas que ainda não resolvi, toco a árvore com as mãos, deixando pendurados nela todas as minhas preocupações. No dia seguinte, quando volto para buscá-las, muitas delas já desapareceram, e então me desgasto bem menos do que se as tivesse levado para dentro de casa.   Ouvindo aquilo, o executivo achou muito interessante e logo que voltou para casa, também elegeu uma árvore para pendurar seus problemas. Não deixe que os problemas entrem em sua casa, retirando a paz e a tranquilidade de seu lar.  Para que sua familia se transforme, imagine que à entrada de sua casa existe uma árvore, esperando que você pendure nela todos os problemas que enfrentou durante o dia.

Esta árvore existe  realmente, seu nome   é Jesus Cristo te esperando todos os dias com os braços aberto dizendo: Vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.

55 - A  CAIXINHA

   Tempos atrás, um homem castigou sua filhinha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado. O dinheiro andava escasso naqueles dias,

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razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina envolvendo uma caixinha com aquele papel dourado e colocá-lo debaixo da árvore de Natal.   Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente ao seu pai e disse:  - Isto é para você, paizinho!  Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reação, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia. Gritou dizendo:   - Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa?   A pequena menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse:   - Oh, Paizinho, não está vazia. Eu soprei beijos dentro da caixinha todos para você.   O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou que ela lhe perdoasse. Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos e sempre que sentia triste chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali.   De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós tem recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos de nossos pais, filhos, irmãos, amigos e de Deus que mandou Jesus Cristo para morrer por mim e por você para demonstrar o grande amor que ele tem por ti, nunca esqueça da caixinha de beijos de amor que ele te deu.  Ninguém poderá ter uma propriedade ou posse mais bonita e importante do que esta, Jesus Cristo.

56 - A BUSCA

   Havia um rei famoso que vivia cercado de riquezas e honras, mas que, em pouco tempo, como tantos outros, descobriu que essas coisas abrem um largo

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caminho para a bajulação, falsas amizades, porém, nunca para a felicidade.   Cansado de tanta aparência de paz, decidiu sair à procura daquilo que é real, efetivo e verdadeiro. Desejava conhecer e desfrutar da felicidade pura. Viajou, percorreu outros reinos e, por fim, ouviu falar de um velho que conquistara fama e respeito por causa da sua sabedoria e pidedade.  Preparou-se  então para nova viagem, a fim de se encontrar com o sábio ancião. Depois de muito percorrer, achou o velhinho vivendo humildemente numa caverna perto de uma floresta. Esta primeira impressão chocou profundamente, mas, após refazer-se, aproximou-se do sábio, dizendo-lhe com certa submissão:   - Respeitoso sábio, vim aprendo do senhor o segredo para que eu possa ser feliz. Tenho me enveredado pelo caminho da fama, da riqueza e da superioridade. Entretanto, ao final de cada jornada, me convenço de que, no meu interior, só cresce, e quase assustadoramente, um vazio profundo, incontrolável.   O velho, sem dizer qualquer palavra, levantou-se pedindo que o acompanhasse.    Andaram por trilhas difíceis, até chegarem ao topo de uma pedra altíssima.   Ali, uma águia fizera um ninho. Apontando então para ele, o sábio indagou ao rei:   - Por que a águia escolheu esse lugar para fazer o seu ninho, magestade?   - Certamente e pelo fato  de aqui ela se sentir segura. Sem dúvida, queria estar fora de qualquer ameaça a sua tranquilidade.    - É verdade. Portanto, siga o exemplo da águia. Construa a sua morada nas alturas, dentro de si mesmo com base na bíblia que compara os cristãos como águia, que voa acima das tempestades, então estará  de qualquer perigo que se possa construir numa ameaça a sua  felicidade e, sobretudo, encontrará a paz já aqui. Busque a Deus.... a Jesus Cristo.  Quando puder alcançar isso, então já terá encontrado a felicidade real mesmo aqui na terra.

57 - ACEITE AS PESSOAS COMO ELAS SÃO...      Esta história é sobre um soldado que finalmente voltando para casa, depois de ter lutado no Vietnã   - Mãe, pai, eu estou voltando para casa, mas tenho um favor a pedir. Eu tenho um amigo que gostaria de trazer comigo. 

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    - Claro! Nós adorariamos conhecê-lo!!!    Há algo que vocês precisam saber. - continuou o filho - Ele foi terrivelmente ferido na luta; pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna. Não tem nenhum lugar para ir e, por isso, eu quero que ele venha morar conosco.   - Eu sinto muito em ouvir isso filho. Nós talvez possamos encontrar um lugar para ele morar.      - Filho, você não sabe o que está pedindo. Alguém com tanta dificuldade seria um grande fardo para nós. Nós temos nossas próprias vidas e não podemos deixar que uma coisa como esta interfira em nosso modo de viver. Acho que você deveria voltar para casa e esquecer este rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo. Neste momento o filho bateu bruscamente o telefone. Os pais não ouviram mais nenhuma palavra dele.    Alguns dias depois, receberam um telefonema da polícia de São Francisco. O filho havia morrido, depois de caído de um prédio.    Os pais, angustiados, voaram para São Francisco e foram levados para o necrotério, a fim de identificar o corpo do filho. Ele o reconheceram, mas, para o seu horror, descobriram que o filho deles tinha apenas um braço e uma perna.    Os pais, nesta história, são como muitos de nós. Achamos fácil amar aqueles que são bonitos ou divertidos, mas não gostamos das pessoas que nos incomodam ou nos fazem sentir desconfortáveis. De preferência, ficamos longe delas e de outras que não são saudáveis, bonitas e espertas como nós.   Precisamos aceitar as pessoas como elas são, diferentes de nós.   Há um milagre chamado amizade, que mora em nosso coração. Você não sabe como ele acontece ou quando surge, mas sabe que este sentimento especial aflora e percebe que a amizade é o presente mais precioso de Deus.   Amigos nos fazem sorrir e nos encorajam para o sucesso, nos emprestam um ouvido, compartilham uma palavra de incentivo e estão sempre com o coração aberto.Há amigo que é mais chegado do que um irmão.

58 - SOCORRO DO CÉU!Montado em seu cavalo, o fazendeiro dirigia-se à cidade como fazia frequentemente, a fim de cuidar de seus negócios.

Nunca prestara atenção àquela casa humilde, quase escondida num desvio, à margem da estrada. Naquele dia experimentou insistente curiosidade.

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Quem morava ali?

Cedendo ao impulso, aproximou-se. Contornou a residência e, sem desmontar, olhou por uma janela aberta e viu uma garotinha de aproximadamente dez anos, ajoelhada, de mãos postas, olhos lacrimejantes...

- Que faz você aí, minha filha?

- Estou orando a Deus, pedindo socorro... Meu pai morreu, minha mãe está doente, meus quatro irmãos têm fome...

- Que bobagem! - disse o fazendeiro. - O Céu não ajuda ninguém! Está muito distante... Temos que nos virar sozinhos!

Embora irreverente e um tanto rude, era um homem de bom coração. Compadeceu-se, tirou do bolso boa soma em dinheiro e o entregou à menina.

- Aí está. Vá comprar comida para os irmãos e remédio para a mamãe! E esqueça a oração.

Isto feito, retornou à estrada. Antes de completar duzentos metros, decidiu verificar se sua orientação estava sendo observada.

Para sua surpresa, a pequena devota continuava de joelhos.

- Ora essa, menina! Por que não vai fazer o que recomendei? Não lhe expliquei que não adianta pedir?

E a menina, feliz, respondeu:

- Já não estou mais pedindo, estou apenas agradecendo. Pedi a Deus e ele enviou o senhor!!!!

  

59 - ACEITANDO O AFETO

   H, Bloomfield, soube que o pai fora hospitalizado de repente:    - Enquanto viajava para New York, pensava que tinha chance de fazer com que esta visita fose diferente das demais. Sempre tivera medo de mostrar meu

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afeto, sempre quis manter a mesma distância prudente que meu pai mantinha comigo. Quando o vi na cama, cheio de tubos, dei-lhe um abraço. Ele se surpreendeu. Abraça-me também, papai, eu pedi.  Ele me havia educado dizendo que um homem nunca demonstra seus sentimento. Mas insisti.  Papai levantou os braços e me tocou. Ali estava eu, pedindo a meu pai que me mostrasse o quanto me queria - embora eu já soubesse.   Senti suas mãos na minha cabeça e - pela primeira vez - escutei as palavras que seu coração dizia, mas que seus lábios jamais haviam pronunciado.   Te amo, disse ele. E, a partir do momento em que teve coragem de mostrar seu amor, recuperou a vontade de viver.

Muitas pessoas ainda não sabem demonstrar o amor que tem pelos seus entes queridos porque se sentiram amas e queridos pelos seus pais e irmãos, não deixe para fazer amanhã o que podes fazer hoje, telefone ou passe só para dizer um "eu te amo" para seus familiares e amigos, assim como Jesus te ama.

60 - A CERTEZA

   Diz o mestre:   - Meu caro, preciso lhe dar uma notícia que talvez você ainda não saiba. Pensei em suavisar esta notícia, pintá-la com cores brilhantes, enchê-la com promessas de Paraíso, visões do Absoluto, explicações espirituais - mas, embora

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tudo isto exista, não vem ao caso agora.   Respire fundo e prepare-se. Sou obrigado a ser direto e franco e - posso assegurar - tenho absoluta certeza do que estou dizendo. É uma previsão infalível, sem qualquer margem para dúvidas.   A notícia é a seguinte: você vai morrer.   Pode ser amanhã, pode ser daqui a cinquenta anos, mas, cedo ou mais tarde, você vai morrer. Mesmo que você não concorde. Mesmo que tenha outros planos.   Pense com todo cuidado no que você irá fazer hoje. E amanhã. E no resto de seus dias.

  Para refletir:   "Viva cada dia de sua vida como se fosse o último dia, plante amor e ajude as pessoas sempre, construa um castelo, onde nada se perderá, um dia você colherá"

61 - A CESTA      Quando menina, eu era preguiçosa e reclamava quando me atribuíam os mais insignificantes deveres domésticos dentro de casa. Sempre que possível eu transferia o que tinha a fazer para os meus irmãos. Eles, entretanto, não tinham melhor disposição do que eu, de modo que estávamos sempre discutindo e de

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cara feias uns para com os outros. Meus pais nada diziam e esperavam que decidíssemos as querelas. Hoje percebo que papai simplesmente pensava na maneira pela qual iria nos dar uma lição proveitosa.    Uma das minhas tarefas e a que me deixava sempre mal-humorada consistia em pegar uma cesta e ir comprar pão para a ceia.   Um dia meu pai chegou do trabalho e nos encontrou em conflito, com a cesto no chão, entre nós. Ele estava visivelmente fatigado, porém, ao invés de se sentar um pouco para descansar, voltou-se para mim e me disse em tom carinhoso:   Filha, dê-me a cesta.   Eu a cedi de pronto, certa de que tinha levado a melhor e que um de meus irmãos ia ser mandado à padaria. Mas não foi isso que aconteceu. Dirigindo-se a nós todos, propôs-nos o seguinte:    - Filhos, até aqui eu tenho dado o dinheiro e vocês têm feito as compras. Vamos mudar um pouco. Vocês irão dar o dinheiro e eu irei fazer as compras. Já estou com a cesta e vou à padaria buscar o pão. Vocês, por favor, me dêem o dinheiro para pagá-lo.   Aquela mudança inesperada nos assustou e ficamos por um instante a nos entreolhar sem dizer uma palavra.    Sem suportar por mais tempo a situação, tomei-lhe a cesta, peguei o dinheiro e fui buscar os pães, muito pensativa, deixando meus irmãos em um silêncio de perplexidade. Papai foi tomar o seu banho como se nada tivesse acontecido.    Voltei e, quando já estávamos todos sentados à mesa para a refeição, com muita cordialidade ele se dirigiu a nós:   Filhos, disse, a ceia representa uma benção de Deus e o esforço de cada um de nós. Deus nos abençoou para que eu pudesse trabalhar e ganhar dinheiro, vocês fizessem as compras com ele e sua mãe cozinhasse a comida. Assim, todos nos alimentamos e nos sentimos satisfeitos. A cooperação é a garantia do lar e da humanidade inteira. Quando ela falta, a benção de Deus não pode ser realizada. Ao longo de toda a vida, vocês verão que tal acontece.   Depois disso nossa atitude mudou. A lição serviu para todos nós, e, ainda hoje, quando nos reunimos, lembramo-nos de papai e daquela ceia. De cada vez que a nossa colaboração, para qualquer trabalho digno, nos é solicitada, lembramo-nos daquela cesta de carregar pão e alegremente aceitamos a incumbência certos de que, assim, a benção de Deus estará beneficiando a todos nós.

62 - O VERDADEIRO AMOR

Um senhor de idade chegou a um consultório médico para fazer um curativo em sua mão da qual havia um profundo corte. Muito apressado pediu urgência no atendimento, pois tinha um compromisso. O médico que atendia, curioso,

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perguntou o que tinha de tão urgente para fazer. O simpático velhinho lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de Alzheimer muito avançado. O médico preocupado com o atraso do atendimento disse: - Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora? No que o senhor respondeu: - Não. Ela já não sabe que sou eu. Há quase cinco anos que não me reconhece mais. O médico então questionou: - Mas então para que tanta pressa e necessidade em estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais? O velhinho então deu um sorriso e batendo de leve no ombro do médico respondeu:- Ela não sabe quem eu sou. Mas eu sei muito bem quem ela é! O médico teve que segurar sua lágrima enquanto pensava... É esse tipo de AMOR que quero para minha vida. O verdadeiro AMOR não se resume nem ao físico nem ao romântico. O verdadeiro AMOR é aceitação de tudo que o outro é... De tudo que foi um dia. Do que será amanhã. E do que já não é mais!

Afinal Deus já nos amou antes de nascermos....

63 - A DISTÂNCIA ENTRE OS CORAÇÕES

   Um dia um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:   - Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?   - Gritamos porque perdemos a calma - disse um deles.   - Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? - questionou novamente o pensador.

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   - Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça - retrucou o discípulo.   O mestre voltou a perguntar:   - Então, não é possível falar-lhe em voz baixa?   Outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Ele esclareceu:   - Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?   O fato é que quando duas pessoas estão aborrecidas seus corações estão afastados. Para cobrir esta distância precisam gritar para ouvirem um ao outro, através da grande separação.    No entanto, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?   Porque seus corações estão muito perto.   A distância entre ela é pequena. As vezes, seus corações estão tão próximos que elas nem falam, somente sussurram.   E  quando o amor é mais intenso não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem.   É isso que acontece quando duas pessoas se amam, estão próximas.   Por fim, o pensador  concluiu: - Quando vocês discutirem, não deixem seus corações se afastarem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia cuja distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.

Peça a Jesus que intercede junto a Deus por nós, para que o amor ágape cresça e estabeleça em nossos corações.

64 - ADIVINHA O QUANDO EU TE AMO?     Era hora de ir para a cama, e o coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do coelho pai.   Depois de ter certeza de que o papai coelho estava ouvindo, o coelhinho disse: "Adivinha o quanto eu te amo".   "Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar" - respondeu o coelho pai.

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   "Tudo isto" - disse o coelhinho, esticando os braços o mais que podia.   Só que o coelho pai tinha os braços mais compridos, e disse "Eeu te amo tudo isto!".   "Hum, isso é um bocado" - pensou o coelhinho.   "Eu queria ter braços comprido assim".       "Eu te amo toda minha altura" - disse o coelhinho.   "Eu te amo toda minha altura" disse o coelho pai.

   "Puxa isso é bem alto" -  pensou o coelhinho.   Então, o coelhinho teve uma boa idéia. Ele se virou de ponta-cabeça apoiando as patinhas na árvore, e gritou "Eu te amo até as pontas dos dedos dos meus  pés, papai!".   "Eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés" - disse o coelho pai, balançando o filho no ar.   "Eu te amo toda a altura do meu pulo!" - riu o colehinho saltando de um lado para o outro.   "Eu te amo toda a altura do meu pulo!" - riu também o coelho pai, e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos da árvore."Eu te amo até a lua!" - disse o coelhinho, e fechou os olhos.    "Puxa isso é longe mesmo!"  O coelho pai deitou o coelhinho na sua caminha de folhas,  inclinou-se e lhe deu um beijo de boa noite.    Depois, deitou-se ao lado e sussurrou sorrindo: "Eu te amo ate a Lua... ida e volta!".

Para refletir: Que tenhamos a coragem de dizer o quanto amamos nossos entes queridos e amigos todos os dias.

65 - TEMOS ANJOS EM CASA!

Eu Tive uma linda irmãzinha , era o xodó do meu pai, ele até a chamava de meu anjo, um dia meu pai foi viajar e ela  ficou muito doente, morávamos em um sítio muito afastado da cidade, e não tínhamos condições de alimentá-la e tratar devidamente da sua doença que era anemia, então a doença evoluiu para leucemia, e aos  quatro anos ela faleceu. Meu pai ficou inconformado com sua

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morte, todos os dias ele ia ao quarto dela, deitava e sua caminha e ficava chorando sem parar, até que um dia ele adormeceu e sonhou.Neste sonho ele a viu em forma de anjo, com um vestido branco e asas, e disse ao meu pai:- querido papai, peço que não chore mais, pois suas lágrimas estão molhando minhas asinhas e não consigo voar, ela estão ficando muito pesadas, depois deste dia meu pai não chorou mais e soube que ela estava feliz onde estava, além disso Deus mandou mais dois anjos que são meus irmãos Edson e minha irmã que tem o mesmo nome dela Elza.

Refletir:  Que possamos cuidar bem de nossas crianças que são anjos enviados por Deus para cuidarmos e depois da missão cumprida repousaremos em paz braços do Pai.Autora: Ester M, Martins   

66 - COLHEMOS O QUE PLANTAMOS

Havia um certo homem que gostava muito de ridicularizar as pessoas, vivia tirando barato de todo mundo, chegava para os amigos e dizia: - Nossa você é feio assim ou está chupando limão, ou então dizia: - Sua cara é assim ou está no avesso..

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Tudo era motivo para ridicularizar as pessoas, certa vez ele chegou para sua esposa e disse: - minha querida, eu comprei um terreno para você em um lugar muito lindo.A esposa ficou muito feliz, espantada com tamanha demonstração de carinho. Então ele a convidou para ir ver o terreno que havia ganhado; tamanha foi a surpresa de sua esposa quando chegou no terreno e viu que  era no Cemitério, ela ficou furiosa, mas deixou para lá, não brigou, não reclamou, apenas orou e o deixou nas mãos de Deus.Qual foi à surpresa que ela teve no outro dia, quando chegou a noticia que seu marido havia sido atropelado e estava morto, e o terreno ficou para ele mesmo usar.

Para refletir: De Deus não se zomba tudo que o homem plantar isso ceifára.Autora: Ester M.Martins

67 - INDICIPLINAÁs vezes precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados. Vejam o exemplo abaixo e percebam a sabedoria do zelador de uma escola.  Numa determinada escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada. Uma turma de meninas, aproximadamente com 12 e 14 anos, e que usavam batom todos os dias, removiam o excesso beijando o espelho do banheiro.

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O diretor andava bastante aborrecido porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho todo final de dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte lá estavam as marcas de batom...

Um dia o diretor juntou as meninas no banheiro, explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas de batom que elas faziam todos os dias. Fez uma palestra de uma hora.

No dia seguinte, as marcas de batom no banheiro reapareceram. O diretor reuniu novamente as meninas no banheiro, junto com o zelador, e pediu a ele para demonstrar a dificuldade do trabalho.

O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.   Nunca mais apareceram marcas no espelho! Há professores e há educadores.

Só lembrando, o professor leva o conhecimento ao aluno, o mestre leva o aluno ao conhecimento.

68 - A LENTE

Quando menino, eu tinha por apelido "o fogo-de-palha". Estava sempre com um plano novo na cabeça e, a respeito, falava entusiasticamente à minha família. Começava a tarefa, porém logo me sentia desanimado e a largava desinteressado. E uma outra idéia magnífica jorrava de meu espírito, para ter o fim de sempre. Embora o fato se repetisse constantemente, não havia, em minha casa, comentários a respeito.

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  Em certo dia de verão, meu pai, que lia o seu jornal na varanda, chamou-me. Estava com uma lente na mão e me disse:   - Preste atenção e irá ver uma coisa muito interessante. É uma experiência.   Com o sol incidindo na lente, passeava o foco de luz pela folha de jornal, porém nada acontecia. Eu estava intrigado. Então ele deteve o movimento e manteve o ponto de luz imóvel por algum tempo, focalizando os raios solares. Dentro de poucos minutos o papel se incendiou e surgiu ali um furo.  Aquilo me fascinou, mas não entendi o significado da experiência. Então meu pai me explicou:   - Meu filho, este princípio se aplica a tudo que fizermos. Para alcançarmos qualquer êxito na vida, é indispensável concentrar todos os nossos esforços na tarefa do momento. É  como a concentração dos raios do sol filtrados pela lente. Enquanto ela percorreu ás tontas a folha do jornal, nada aconteceu. Mas quando se deteve, você viu o furo provocado. Tudo é questão de paciência, tempo e concentração. Ás vezes, quando estamos prestes a desistir, aparece-nos a solução do problema, justamente como no caso do furo no papel.   Desse incidente me recordei inúmeras vezes em minha vida, o que me deu sempre muita coragem para perseverar até o fim.

Para refletir: Devemos nos esforçar e Deus nos ajudará a concretizar todos os nossos sonhos, pois ele diz esforça-te, tenha bom ânimo, que Eu estou contigo, te ajudo.

69 - AS APARÊNCIAS ENGANAM

   Todo mundo sabe que não é correto julgar as pessoas, mas o fato é que todos julgamos e somos julgados o tempo todo. Quando nos deparamos uma imagem positiva ou negativa dessa pessoa e passamos a proteger nossa primeira impressão. Por isso, é tão difícil desfazer uma primeira impressão negativa. E esse primeiro conceito, tão importante e decisivo para o estabelecimento do

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relacionamento futuro, é formado somente com base nas aparências.   Mas aí vem a questão será que, como diz o ditado, as aparências enganam mesmo? Posso assegurar que raramente elas dizem algo contrário à nossa personalidade. Se possuímos um perfil conservador, isso estará refletido em nossas roupas, mo de falar, gesticular, etc. Se somos mais descontraídos, usamos também roupas mais soltas e um linguajar mais coloquial e assim por diante.   No entanto, há um cuidado essencial que temos de tomar quando o assunto é venda e relacionamento profissional  em geral. Não podemos julgar uma pessoa por sua classe social - porque aí sim, as aparências enganam muito! Conheço algumashistórias de vendedores que se deixaram levar pela aparência do possível cliente e perderam bons negócios.   A mais emblemática foi de um diretor de concessionária de tratores que estava vendendo uma máquina top de linha para um fazendeiro riquíssimo, quando percebeu que  um "moleque de rua maltrapilho" estava brincando justamente em cima do trator o cliente, na hora em que ele estava fazendo o pedido. Enquanto conversava com o cliente, o diretor da loja ficava olhando em volta, inquieto, procurando um vendedor que pudesse ir até  o showroom para tirar o menino de cima do trator, mas ninguém aparecia. O cliente percebeu e perguntou várias vezes o que estava acontecendo. Até que o diretor não aguentou e respondeu:   - Sabe... estou incomodado porque tem um garoto... um menino de rua brincando em cima do seu trator. E justamente nessa hora não me aparece sequer um vendedor para me ajudar e tirar o moleque de lá!   O cliente, meio sem graça, disse:   -Imagina! Aquele é meu filho. A gente acabou de chegar da fazenda, por isso ele está meio sujinho... Mas ele me pediu se podia brincar no nosso trator e eu deixei.    O recado que essa história nos deixa é o seguinte: temos de saber que vamos ser julgados pelas aparências e cuidar para causar sempre boas impressões. Contudo, ao mesmo tempo, precisamos nos despojar da tentação de julgar precipitadamente e tratar a todos com igualdade e dignidade.

70 - O CARTÃO DE VISITA

   Um senhor de 70 anos viajava de trem, tndo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências.    O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que era a Bíblia e estava aberta no livro de Marcos.   Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:   - O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?

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   - Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?   Respondeu o jovem:   - Mas é claro que está? Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nosso cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.   - É mesmo? - disse o senhor.   - E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?   - Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.   O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.   Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo sentindo-se pior que uma ameba.    No cartão estava escrito: Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França. "Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito nos aproxima".   Fato verdadeiro, integrante da biografia, ocorrido em 1892.   Que Deus abençoe imensamente a sua vida, a sua família, o seu trabalho, seus amigos, e todos aqueles que você quer bem, afinal Deus sabe de todas as coisas.

*Louis Pasteur foi um cientista francês que fez descobertas que tiveram uma grande importância tanto na área da química quanto na de medicina. Foi ele quem criou a técnica conhecida hoje como pasteurização.

71 - O CAVALO QUE CAIU NO POÇO   Um dia,  um cavalo de um camponês caiu num poço.   Não chegou a se ferir, mas não conseguiu saiu dali por conta própria.   Por isso o animal chorou forte durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.   Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que o cavalo já estava muito velho e já não servia para nada, e também o poço já estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma.

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   Portanto, não valia a pena se esforçar para retirar o cavalo de dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudar a aterrar o poço com o cavalo lá dentro.   Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.    O cavalo não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele, então chorou desesperadamente.   Porém, para surpresa de todos, o cavalo aquietou-se depois de algumas tanta pá de terra que levou.    O camponês finalmente olhou para o fundo do poço, e surpreendeu-se com o que viu. A cada pá de terra que caia sobre as suas costas, o cavalo sacudia, dando um passo sobre a mesma terra que caía no chão.   Assim, em pouco tempo, todos viram como o cavalo conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.   A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra.   Principalmente se você estiver dentro de um poço.   O segredo para sair do poço é sacudir a terra que leva nas costas é sacudir e pisar sobre ela.   Para refletir: Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair do mais profundos buracos se não nos dermos por vencido, lembre se das cinco regras para ser feliz:      1 - Liberte-se do ódio;      2 - Liberte sua mente das preocupações;      3 - Simplifique sua vida;      4 - Dê mais e espere menos;         5 - Ame mais e mais o seu próximo e os de longe também.

72 - O MÉDICO E O MECÂNICO

  Um mecânico está desmontando o cabeçote de um motor de um automóvel quando vê entrar na oficina um cirurgião cardiologista muito conhecido. O médico se aproxima e pára alguns minutos olhando o mecânico trabalhar.   O mecânico, dirigindo-se ao médico:    - Hei, doutor, posso lhe fazer uma pergunta:   E o cirurgião:   - É claro, meu amigo.   E o mecânico continua, mas agora com um tom um tanto irônico:

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   - Doutor, olhe este motor. Eu abro seu coração, tiro válvulas, conserto-as, ponho-as de volta e fecho novamente. E quando eu termino, ele volta a trabalhar como se fosse novo. Como é então que eu ganho tão pouco e o senhor tanto, quando nosso trabalho é praticamente o mesmo?   O cirurgião dá um sorriso, se inclina e fala baixinho ao mecânico:   - Tente fazer isso com o motor funcionando!

Refletir: Que possamos interceder pelos profissionais da medicina que muitas vezes deixam de viver suas vida plenamente sua vidas para cuidar das nossas.

73 - ESTOU PRONTO AGORA

   O capitão de um navio que  ia zarpar dirigia-se apressado para o porto.    Estava muito frio.    Diante da vitrine de um restaurante ele viu um menino quase maltrapilho, de bracinhos cruzados e meio trêmulo.   - Que está fazendo aí, meu pequeno? - disse-lhe o capitão.   - Tendo bem pouco tempo antes da partida do navio. Se você   estivesse arrumadinho, eu o levaria para que comesse algumas dessas coisas boas e saborosas. Mas, infelizmente, você não está...   O garoto, faminto, e com os olhos rasos de água, passou a mãozinha magra

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sobre os cabelos em desalinho e falou:   - Estou pronto, agora!!   Comovido, o capitão o levou, como estava, ao restaurante, fazendo servi-lhe uma boa refeição.    E, enquanto o garoto comia, perguntou-lhe:   - Diga-me uma coisa: Onde está sua mãe, meu pequeno?   - Ela foi para o céu quando eu tinha apenas quatro anos de idade - disse o menino sem entender ainda a vida.    - E você ficou só com seu pai? E onde está ele agora? Onde trabalha?   - Nunca mais vi meu pai, desde que minha mãe partiu...   - Mas então, quem toma conta de você? Com um jeitinho resignado, o menino respondeu:   - Quando minha mãe estava doente, ela disse que Deus tomaria conta de mim.   - Ela ainda me ensinou a pedir isso todos os dia a Ele.   O capitão, cheio de compaixão, acrescentou:    - Se você estivesse limpo e arrumadinho eu o levaria para o navio e cuidaria de você com muita alegria.   Novamente, o menino, alisando os cabelinhos sujos e mal cuidados, voltou a repetir a mesma expressão:    - Capitão, estou pronto agora.    - Vendo-o assim, quase suplicante, aquele capitão o levou para  o navio, onde o apresentou aos marinheiros e imediatos, dizendo:  - Ele será o meu ajudante e será chamado de "Pronto, agora".   Ali, o garoto recebeu tudo de que carecia e as coisas transcorriam aparentemente bem.   Até que um dia o garotinho amanheceu febril.   Foi medicado mas a febre não cedia.   Vendo-o piorar, o capitão, aflito disse ao médico:   - Procure salvá-lo,  doutor. Não posso perdê-lo.   O médico fez tudo o que pôde, mas em vão.   Na tarde seguinte, o menino, chamando o capitão, lhe falou:   - Eu o amo tanto... Você foi bom para mim.   Gostaria de estar aqui, mas ainda será melhor no céu. Eu estou pronto, agora. Vou me encontrar com o Papai do Céu que também o ama.   - Sim, filho, tenho pensado nisto, e continuarei pensando - disse-lhe. Mas quando estará pronto a entregar a vida e o seu coração ao Pai?   Com lágrima nos olhos, o capitão, tomando as mãos do menino, disse:   - Estou pronto, agora!!!?   - E você, está pronto agora....??

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74 - AUXÍLIO MÚTUO      Era uma zona montanhosa e deserta caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se quanto possível contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança semimorta, na estrada, ao sabor da ventania de inverno. Um deles fixou o singular achado e chamou, irritado:   - Não perderei tempo. A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos em frente.    - Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade.    - Não posso - disse o companheiro, endurecido, - sinto-me cansado e doente. Esse desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade.

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Precisamos ganhar a aldeia próxima sem perda de tempo.    E avançou para diante em largas passadas. O homem de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colocando-o paternamente junto ao próprio peito e, aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rapidamente. A chuva gelada caiu, metódica, pela noite a dentro, mas ele não abandonou aquele ser indefeso... Levava-o junto ao peito. Depois de muito tempo, atingiu a hospedaria do povoado que buscava. Com enorme surpresa, porém, não encontrou aí o colega que o precedera. Somente no dia seguinte, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado, sem vida, num desvão do caminho alagado.    Seguindo depressa e só, com a idéia egoista de preservar-se, não resistiu a onda de frio, que se fizera violenta, e tombou encharcado, sem recursos para enfrentar o congelamento, enquanto o companheiro, recebendo em troca o suave calor da criança que sustentava junto ao próprio coração, superou os obstáculos da noite gelada, guardando-se de semelhante desastre. Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo. Ajudando o menino abandonado, ajudara a si mesmo. Avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira chegar, alcançando as bençãos da salvação recíproca.

Para refletir: Um cordão de duas dobras não se quebra fácil, assim é melhor caminhar em dois juntos  do que em um só, pois se um cair o outro o levantará.

75 - A GELADEIRA

Um jovem mulher sempre atendia um mendigo e o ajudava com comida e alguns trocados, certo dia esta mulher morreu.   Ela tinha dois filhos, que ficaram aos cuidados de seu marido, ele estava sentando chorando a morte de sua mulher, ele chorava baixinho sentado no sofá, enquanto seus dois filhos ainda pequenos para entender a morte de sua mãe, um de dois e outro de três anos, brincavam alegremente pela casa. Eles estavam brincando de esconde-esconde. O pai em seu sofrimento não viu quando um deles sumiu.   Logo bate a porta um mendigo, que dizia:  - Sua esposa todos os dias me dava um lanche, estou pedindo encarecidamente que me dê um lanche, pois estou

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com fome. O pai disse: - moço eu estou aqui sem coragem nenhuma para preparar um lanche, vou te dar 5 reais e vá comprar seu lanche, me deixe em paz. O mendigo insistia dizendo: - Não eu quero o lanche sei que você pode pegar um pedaço de queijo na geladeira e um pão e me dar. O pai, para terminar logo aquela conversa e ficar em paz, foi até a geladeira para pegar o queijo, quando abrir a porta da geladeira, foi uma surpresa, seu filho menor estava preso dentro dela quase sem vida, então ele socorreu de imediato salvando a sua vida. Só depois lembrou-se do mendigo que havia sumido e nunca mais voltou. 

Para refletir: Muitas pessoas são anjos enviados por Deus para nos ajudar em nossas horas mais difíceis.

76 - FÁBULA DO INCÊNDIO E O PASSARINHO

   Conta-se que certa vez, houve um incêndio na floresta. Enquanto todos os animais fugiam em debandada, cada um procurando salvar a própria  pele, um passarinho apanhou um dedal, e repetidas vezes após enchê-lo de água voava alto, despejando a água sobre o fogo. Um macaco que também fugia apavorado, presenciando aquela cena gritou para o passarinho: "Ei, seu bobo, você acha que vai conseguir apagar o incêndio sozinho?". Ao que o passarinho lhe respondeu: "Eu não sei se conseguirei apagar o incêndio, mas estou certo de estar fazendo minha parte".

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Para refletir: Se todos nós cuidar bem de nossa família, faremos um mundo melhor.

77 - A GAROTA QUE NÃO TINHA MEDO DA MORTE  Num hospital da França, duas pessoas se encontravam à morte. Uma delas era o internacionalmente famoso escritor voltaire. Lá estava ele, em seu leito de morte. Ao seu redor, médicos e enfermeiras faziam por ele o máximo possível. Viam a agonia estampada em seu rosto. Seus gritos eram tocantes:  - Que é que vai ser de mim agora?  Não vejo senão a escuridão à minha frente!Voltarie escrevera muitos livros mas não estabelecera um vínculo de amor e devoção com Deus. No momento da morte sentia-se sozinho e perdido.Num outro quarto jazia uma jovenzinha. Tinha apenas 12 anos de idade. Também ela se encontrava à morte, mas feliz e serena. Seu rosto estava envolto num sorriso. Médicos e enfermeiras se surpreendiam com tal serenidade, ao

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mesmo tempo que pensavam no grande homem que, no quarto ao lado, se afligia de pavor. Disseram-lhe então:Garota, você sabe que está para morrer e mesmo assim mantém um sorriso. Você não tem medo da morte?A menina, com seu jeitinho infantil e inocente, respondeu:- Por que haveria eu de estar assustada com a morte? O meu querido Jesus está aqui, em pé diante de mim e com seus braços estendidos. Ele está' me dizendo: - Minha filha, vem para junto de mim!Aquela jovem tinha estabelecido com Jesus um laço de amor e devoção. Não se sentia apavorada com a morte. Quando se despediu desta vida, havia nos seus lábios uma canção:    ... O Bem-Amado está próximo,    Nada tenho que temer.    Em seus braços me entrego.    Para onde? Ele sabe melhor!    Para onde ele vai me levar? Ele sabe melhor. Eu apenas sei que, aonde quer que ele me leve, irá guardar-me bem junto a si, e isso é tudo o que preciso.   Nele está a paz e a alegria, a paz que ultrapassa qualquer tipo de compreensão, a alegria que desconhece fim.

78 - REUNIÃO DE FAMÍLIA   Tio Juca estava trabalhando em seu pequeno pomar quando descobriu entre as frutas verdes uma bonita laranja, madura e apetitosa.Fazia calor e ele estava com sede. Por isso mesmo exclamou:   - Que maravilha! Já tenho com o que me refrescar!   Muito contente, abriu o canivete, pronto para saborear a refrescante fruta, mas não chegou a descascar a bonita laranja. É que pensou na mulher e imaginou cansada e suada perto do fogão.   - Pobrezinha! murmurou pensativo - vou levar-lhe a primeira laranja do nosso pomar.   A esposa recebeu o presente muito alegre. Entretanto por sua vez, lembrou-se da filha, que não tardaria a voltar do ribeirão, onde estava lavando roupas.

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   - Pobre pequena! - comentou ela. Com esse calor, muito apreciará esta laranja! E isso dizendo, guardou a fruta para a filhinha.   Quando a menina chegou, ficou muito contente ao receber a laranja. Mas, pensando no irmão que não demoraria a estar e volta da vila, aonde fora vender hortaliças, falou decidida:    - Juquinha voltará cansado e com sede... Com que prazer ele chupará esses gomos! E, já feliz com a idéia, correr à porteira para esperar o rapaz que logo apareceu, suado e cansado conforme ela previra.   O irmão, satisfeito com a lembrança da menina, examinou a linda fruta, tomado de guloso interesse. Entretanto, quando se dispunha a descascá-la, lembrou-se do pai e disse, contendo-se:   - É o nosso bom velho que deve saboreá-la... Ele é quem trabalha sem descanso no pomar, e foi ele quem plantou a árvore que deu tão bela fruta.   E, sem vacilar, foi ao encontro do pai que, comovido, agradeceu o carinho da lembrança, sem tecer, no entanto, maiores comentários.   Ao início da noite depois do jantar, ainda reunidos em torno da mesa, Tio Juca agradeceu a Deus a felicidade que reinava em seu modesto lar. Depois, ante a surpresa da família, colocou num prato a bonita, madura e apetitosa laranja, e todos puderam deliciar-se com os gomos da refrescante fruta que encontrara no pomar.

79 - ATITUTE LAMENTÁVEL   A seguinte cena aconteceu em um vôo da British Airways entre Johannesburgo e Londres.   Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu qe estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.   - Qual o problema senhora? - perguntou a comissária.   - Não está vendo? - respondeu a senhora - vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira.   - Por favor, acalme-se - disse a aeromoça - infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível.

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   A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.    - Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar. Temos apenas um lugar na primeira classe.   Antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:   - Veja, é incomum que a nossa companhia permita a um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa tão desagradável.   E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:   - Portanto, senhor, caso queira, por favor,  pegue a sua bagagem de mão,  pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe.   E todos os passageiros próximos, que,  estupefatos, assistiam à cena, começaram a aplaudir de pé.

80 LIÇÃO DA BORBOLETA

A Natureza é perfeita, como toda criação de Deus. Diante de tanta perfeição,

às vezes ficamos até espantados.

Certa vez, um homem, admirado com uma pequena abertura que apareceu

em um casulo, sentou-se e ficou observando o nascimento de uma borboleta.

Por horas contemplou o esforço que o pequeno ser que tentava passar seu

corpo através de um buraco muito pequeno no casulo.

Por um momento pareceu que ela não conseguia progredir, tinha ficado

presa, não conseguiu ir além daquele ponto.

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Comovido por tal esforço da natureza, o homem decidiu ajudar a borboleta.

Pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta pôde sair com

muita facilidade, mas o custo foi muito alto. Seu corpo estava murcho, fraco, e

tinha suas asas amassadas e fragilizadas.

O homem, orgulhoso por ter ajudado, continuou a observar, ansioso para vê-

la abrir as asas e voar belamente. Depois de um tempo estranhou que nada

acontecia. Então percebeu que ela precisava passar por aquele processo para

formar seu corpo.

O casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da

pequena abertura era o modo para que o fluído do corpo da borboleta fosse

para suas asas. Assim, ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre

do casulo. A borboleta passou o resto da vida rastejando, com um corpo

murcho e asas encolhidas, incapaz de voar.

Para refletir

Precisamos enfrentar as dificuldades, superar os problemas sozinhos para

crescermos, por isso Deus não interfere. Algumas vezes, o esforço é

justamente o que precisamos em nossas vidas. Se Deus nos permitisse passar

através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados,

incapazes de voar e mostrar nossa beleza. Nós não seríamos tão fortes como

poderíamos ter tido. Deus nos concede tudo o que pedimos, mas apenas

apontamos caminhos que nós devemos trilhar para tingir a felicidade e

realização. Isso, no entanto, não quer dizer que não devemos pedir ajuda. Há

momentos em que necessariamente de Deus, da família e dos amigos para

reverter determinada situação.

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81 - LOJA DE CONVENIÊNCIA

Os sonhos são muito representativos na nossa vida.

Ás vezes nos dizem coisas que não estamos preparados para ouvir

conscientemente. Outras vezes nos mostram coisas que não conseguimos

ver cotidianamente. Um belo sonho que posso narrar é o que ouvi um dia.

Alguém caminhava tranquilamente por uma avenida quando viu uma

placa:

“Loja de conveniência do Céu”.

Ao se aproximar, a porta se abriu de uma vez, convidando a entrar. Havia

anjos por todos os lados, e um deles entregou uma cesta para fazer as

compras, dizendo:

- Irmão, compre com cuidado.

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A loja tinha tudo o que um cristão precisa para viver bem. Era tanta coisa

que certamente a cesta não seria suficiente.

Meu amigo começou a ver as prateleiras, pegou um pouco de paciência.

Mais à frente pegou um pouco de amor que estava bem à mostra. Logo

depois tinha compreensão. Mais um pacote de sabedoria, outro de fé e,

claro, uma caixa de dons do Espírito, que estavam espalhados por toda a

loja.

No final da prateleira estava a força e a coragem. Passou por lá e pegou

um pouco de cada; queria pegar mais, mas a cesta já estava cheia as coisas

mal ficavam dentro.

Pensou por alguns instantes no que estava faltando. Lembrou da benção e

da salvação; esses dois artigos são indispensáveis, não poderia esquecer de

pegá-los.

No caminho do caixa ainda viu a oração e achou um espaço para colocá-

la no cesto, ela seria muito útil na hora de usar os outros objetos que

comprara na loja do céu. Enquanto colocava suas compras no balcão do

caixa, viu a paz e a felicidade em promoção. Resolveu pegar um monte.

Após registrar toda sua compra, olhou para o anjo no caixa e perguntou

quanto devia. Com um sorriso meigo e um olhar radiante, o anjo disse:

- Só os leve aonde quer que for.

Meu amigo, resolveu repetir a pergunta achando que não tinha

compreendido direito. O anjo sorriu novamente e disse:

- Irmão, Jesus pagou sua conta há muito tempo, tudo o que pedir, você

receberá.

Para Refletir:

A loja do céu está sempre aberta para nos receber. Podemos encontrar

todos os artigos que nosso irmão comprou se procurarmos por eles. A

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paciência, o amor, a compreensão, a sabedoria, são encontrados aos montes

nos nossos relacionamentos.

A paz e a felicidade brotarão naturalmente quando encontrarmos os

outros artigos. Tudo depende de nós, Deus nos ajuda, dando a

possibilidade, mas depende de cada um buscar os elementos de que precisa

para viver bem.

82- PEGADAS NA AREIA

Conta-se que uma senhora, há muito tempo, teve um sonho e relatou a

suas companheiras. Disse ela:

“Sonhei que estava andando na praia. Ao meu lado, Jesus Cristo me

acompanhava, no mesmo ritmo, mas em silêncio. No horizonte, via cenas de

minha vida, se repetindo como se fosse um filme projetado na tela.

Ao mesmo tempo em que assistia às cenas, percebi algo estranho nas

pegadas que ficaram para trás na areia. Para cada episódio da minha vida

ficaram dois pares de pegadas na areia, um meu e outro de Cristo. Mas notei

que muitas vezes havia apenas um par de pegadas.

O que aquilo significa? – pensei.

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O curioso era que exatamente nos momentos de maior dificuldade, nas

experiências doloridas, tristes, nos momentos de angústia e tristeza um par de

pegadas se apagava.

Só poderia haver uma explicação para aquilo. Muito triste, cheguei a

conclusão de que nos momentos difíceis tive que caminhar sozinha e por isso

foram dolorosos.

Perguntei, então, a Cristo:

- Você me disse que andaria sempre comigo. Eu optei por você, fiz de tudo

para seguir o seu caminho, mas notei que durante as maiores tribulações

daminha vida não havia as suas pegadas ao lado das minhas. Não compreendo

por que me abandonou nas horas em que mais precisava de você, nas quais

estava mais fragilizado.

Cristo me respondeu, sorrindo:

-Você viu muito bem que havia apenas um par de pegadas nos momentos

de provação, mas elas são minhas. Eu jamais abandonaria qualquer ser

humano, principalmente quem optou por me seguir. Nestes momentos não há

as suas pegadas porque eu o carreguei nos meus braços”.

83 - DIÁLOGO DAS QUATRO VELAS

Havia quatro velas queimando calmamente, num ambiente de profundo

silêncio. Um das velas olhou para outra e disse:

- Eu sou a paz., apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me

acesa por muito tempo.

E sua chama foi diminuindo, diminuindo até apagar.

Então a segunda vela se pronunciou:

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- Eu me chamo fé! Infelizmente sou supérflua para as pessoas. Não entendo

porque elas não querem saber de Deus. Quando me acendem, não é com

sinceridade. Não faz sentido continuar queimando.

Mal terminou de falar, uma brisa suave soprou sobre ela e a chama se

apagou.

Neste momento a terceira vela resolveu participar da conversa:

- Eu sou o amor – exclamou em alta voz.

Mas logo se conteve, desanimada, e falou baixinho:

- Não tenho mais forças para queimar. Hoje em dia ninguém quer mais

saber de mim. As pessoas me deixam de lado, me abandonam pelos cantos de

suas casas ou me deixam trancada na sala escura do egoísmo.

Logo se apagou.

A única vela que continuava acesa se manifestou. Era a esperança.

- Ei, vocês vão me deixar sozinha? Não vão mesmo – disse enfática.

Chegou perto da primeira vela, encostou sua cabeça nela e a acendeu.

Assim foi com a segunda e com a terceira.

Novamente estavam as quatro velas iluminadas, contagiando o ambiente

com sua luz.

84. PRESENÇA DE DEUS

Numa bela tarde de primavera, um jovem, caminhando no bosque próximo

à sua casa, exclamou:

- Senhor, fale comigo!

Do galho de uma árvore ao seu lado um rouxinol começou a cantar, mas o

jovem não ouviu. Voltou a falar: - Deus, fale comigo!

E um trovão ecoou no céu, mas o jovem foi incapaz de ouvir.

Andando um pouco mais, parou novamente e falou em um tom mais alto

que anteriormente:

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- Senhor, deixe-me vê-lo.

Neste momento, a primeira estrela da noite brilhou no céu, mas o jovem não

notou. Já irritado por não ver a resposta de Deus, o jovem começou a gritar:

- Deus, mostre-me a sua presença, mostre-me um sinal de usa existência, um

milagre.

De longe veio o choro de uma criança, mas ele não sabia o que era.

Então o jovem desesperado e desiludido, começou a chorar e implorou:

- Deus, toque-me e me deixe sentir que você está aqui comigo....

Neste momento, uma borboleta pousou suavemente em seu ombro, mas ele a

espantou coma mão9 e, desanimado por não ter encontrado Deus, continuou

sua caminhada.

Para Refletir:

Deus se manifesta nas coisas mais simples, no nosso cotidiano, nas pessoas e

na natureza que nos cerca. Mas precisamos abrir nosso coração para sentir sua

presença,, para entender os sinais que ele nos dá.

85 - NOSSO ANJO

Conta uma antiga lenda que um menino que estava para nascer, ao se

encontrar com Deus, perguntou:

- É verdade que amanhã vais me enviar à terra? Como conseguirei

viver lá, tão pequeno e indefeso que sou?

E Deus respondeu:

- Dentre todos os anjos, escolhi um especial para ti. Ele vai estar te

esperando, cuidará de ti, te dará segurança, amor, carinho e tudo o que

precisares.

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- Aqui no céu eu só brinco, canto e rio, isso me basta para ser feliz,

mas como vou entender o que as pessoas vão me falar, como aprender

aquele estranho idioma? Perguntou o menino.

- Teu anjo te ensinará todas as palavras de que precisas, as palavras

mais doces e ternas, com muito carinho e paciência te ensinará tudo o

que precisas saber – disse Deus.

Novamente o menino perguntou:

- E como farei para falar contigo? Pois vou sentir muito a tua falta.

- Neste momento também o teu anjos saberá como fazer, juntará tuas

mãozinhas e te ensinará a orar.

Mas o menino insistiu:

- Ouvi que na terra há muitos homens maus, quem me defenderá?

- Teu anjo te defenderá com todas as forças, mesmo que isso custe-lhe

a própria vida – respondeu.

- Mesmo assim ficarei triste porque não poderei ver te ver, Senhor.

- Não te preocupes – disse Deus – o teu anjo falará sempre de mim e te

ensinará o caminho para que chegues à minha presença e Andes

conforme eu ensinei. E eu sempre estarei ao teu lado, ajudando-te a

vencer todas as dificuldades que encontrares.

Neste instante uma profunda paz pairou no céu, começou-se a ouvir

vozes vindas da terra e o menino exclamou:

- Deus, já estou indo, mas como encontrarei o meu anjo? Diga-me o

nome dele.

E Deus disse:

- Seu nome não importa, diga apenas”mãe” e “pai”.

Para refletir:

Deus não nos criou para a solidão ou o abandonou. Ao nos criar,

pensou em todas as formas de nos garantir segurança, tranqüilidade,

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amor, paz... Ao longo da vida vamos entrando em contato com diversas

pessoas que são verdadeiros anjos enviados por Deus.

Convivendo com elas percebemos que estão ao nosso lado para nos

ajudar a chegar à perfeição desejada por Deus na criação. As mais

importantes são certamente nossos pais. Eles nos geraram, educaram,

protegeram, fizeram de tudo para garantir nossa felicidade e realização.

Nossa gratidão e respeito devem ser eternos. E mais este é primeiro

mandamento com promessas, honrareis pais e mães e terão longos dias e

tudo te irá bem.

86 - PISCINA E A CRUZ

Um jovem de classe média ia toda quinta-feira a uma piscina coberta, num clube próximo à sua casa. Ali havia um senhor de meia-idade que intrigava, pois tinha o costume de correr até a água e molhar o dedão do pé. Só depois deste ritual, subia no trampolim e pulava na água. Saltava muito bem, quase um salto ornamental. Também era um excelente nadador. O ritual intrigava tanto o jovem, que um dia resolveu perguntar o motivo de tal hábito. O homem respondeu sorrindo: - Ah sim, eu tenho um motivo. No passado eu fui professor de natação. Ensinava muita gente a nadar com perfeição e também a saltar do trampolim. Em uma noite quente, não conseguia dormir e resolvi ir à piscina nadar um pouco. Como eu era o professor, tinha uma chave do clube e podia ir lá a hora que eu quisesse. Apesar de ser de noite, na acendia a luz, porque conhecia bem o lugar e não queria chamar a atenção. A única luz era a da lua, que passava pelo teto de vidro.

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Ao subir no trampolim, abri os braços para saltar. Ao fazer isso, a luz da lua projetou uma sombra na parede: uma cruz. Fiquei quase que hipnotizado pela bela imagem que meu corpo projetava na parede. Logo comecei a pensar em Jesus Cristo, na sua entrega, na nossa salvação e tudo o mais que a cruz representa. Não era um cristão fervoroso, mas ouvi muito falar de Jesus na minha infância e a imagem da cruz sempre me acompanhou. Por algum motivo, depois de tanto tempo ali olhando minha sombra, desisti de pular. Desci do trampolim. Um tempo depois resolvi novamente entrar na piscina. Fui caminhando e desci pela escada. Não senti a água. Fui descendo até que meus pés tocaram o piso frio e duro. Haviam esvaziado a piscina na noite anterior e eu não havia percebido. Naquela noite fui salvo duas vezes, física e espiritualmente. Poderia ter morrido se pulasse. Também descobri a verdadeira face de Cristo. Agradeci a Deus por ter me alertado e por ter me aberto os olhos para a fé. Talvez agora você compreenda que eu molho o dedão antes de saltar na água!

Para Refletir: Precisamos de um fato extraordinário para abrir os olhos para a fé. Deus está sempre ao nosso lado e se manifesta de diversas formas. A beleza da fé é muito grande e só a descobrimos se nos deixarmos envolver por ela, se abrirmos nossos olhos e nosso coração. Não é preciso enfrentar uma situação como a do nosso amigo para perceber que Deus está conosco. Pela entrega da cruz, Cristo nos salvou, mas continua curando nossas feridas diariamente. Procure nos eu cotidiano a imagem da cruz projetada na parede para voltar ao caminho da fé e da vida plena.

87 - OS DOIS POTES No quintal lá de casa havia dois grandes e belos potes, um muito diferente do outro. Certo dia fiquei imaginando como seria um diálogo entre eles: - Ah, que tédio! Que vida! Viver aqui, exposto a tudo, sol, vento, chuva, calor... Por mais que eu me proteja, como sobreviverei? Aqui estou, perfeitamente tampado, lacrado para proteger-me e ainda assim sinto-me ameaçado, vazio. Não vejo graça em estar aqui. Tranquilamente, o outro pote respondeu: - Veja, eu me encontro aqui, aberto, nada protege a boca, ou melhor, meu interior. Cai a chuva, eu a recebo. Vem o vento, eu o sinto bem dentro de mim. Vem o sol e me leva as gotinhas que retornam para o céu. E nem por isso me sinto ameaçado... - Ora, grandes vantagens! Seu interior não guarda mais a cor original como o meu, sua cor é cada vez mais diferente. Você não é mais o mesmo! - Sim. E isso me alegra, o meu interior se transforma a cada dia, à medida que acolho novas coisas. Posso sentir cada criatura que me visita e cada uma delas

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deixa algo de si para mim, assim como deixo para elas, pouco a pouco, a minha cor. - É, mas você não tem mais paz. A todo instante, você é solicitado, carregam você todo dia para levar água, ao passo que eu permaneço no meu lugar. Ninguém me incomoda quando se aproximam, já sei que é você que eles querem. - Sim, se me solicitam é porque tenho algo a dar, e o que dou não é diferente do que você pode dar. Deixo-me encher pela água que cai da chuva, tanto sobre mim quanto sobre você. Encho-me até transbordar. Outros seres precisam desta água e eu os sirvo. Esvazio-me e me deixo encher de novo. Assim, minha vida é um constante dar e receber. Enquanto isso, me desinstalo, saio do meu pequeno mundo e vou ao encontro de outros mundos. Já conheci potes diversos, animais, pessoas, tantas coisas e seres! E cada um me fez perceber ainda mais o pote que sou. - Não sei, se continuar assim, brevemente você será um pote quebrado, gasto e, então, de que adiantará tudo isso? - Se me desgasto a cada dia é para levar vida a outros seres. Vejo que o mais importante não é ser um pote intacto, tal como fui feito, mas um pote de valor como estou me tornando. Se vou durar pouco tempo não importa, se o pouco que eu viver tiver sentido, se me trouxer alegrias e me fizer sentir cada vez mais o que é ser pote útil, isto me basta...

Para refletir: Há diversas maneiras de usarmos nosso dons. Podemos guardá-los conosco, intactos, sempre novos, por outro lado faça alguém feliz e será feliz também.

88 - FONTE NOVA

Perdido no deserto, já bastante fragilizado pela sede, um homem encontra uma velha cabana, mal-cuidada, sem janelas, sem teto, abandonada há muito tempo. Deu a volta para ver se encontrava um lugar para descansar e deitou sob a sombra de uma das paredes., Olhando ao lado da casa, viu uma bomba d´água bastante enferrujada. Já sem forças, se arrastou até a bomba, pegou a manivela e começou a bombear. Repetiu o movimento várias vezes, mas nada aconteceu. Desapontado e com as energias esgotadas, acabou deitando ali mesmo. Ao deitar bateu a cabeça em alguma coisa dura. Olhou e viu uma velha garrafa cheia d´água. Limpou a sujeira que a cobria para ter certeza de que estava cheia e põde então ler um bilhete que estava grudado nela.

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“Caro viajante, você precisa primeiro preparar a bomba derramando sobre ela toda a água desta garrafa. Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir, para o próximo viajante”. O homem tirou a rolha da garrafa e confirmou que ela estava cheia de água. De repente, se viu num dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas se a despejasse na velha bomba enferrujada e ela não funcionasse, morreria de sede. Que fazer: despejar a água na velha bomba e esperar vir a ter água fresca, fria, ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem? Hesitante, o homem despejou toda a água na bomba. Depois, agarrou a manivela e começou a bombear. A bomba começou a ranger e chiar sem fim. E nada aconteceu! O viajante continuou. Então, surgiu um fiozinho de água, depois, um pequeno fluxo e, finalmente, a água jorrou com abundância! Para alívio do homem, a bomba velha fez jorrar água fresca, cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela ansiosamente. Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante. Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu-a até o gargalo, pôs a rolha e acrescentou uma pequena nota: “Creia-me, funciona. Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta”.

Para refletir: Seguir o primeiro instinto às vezes pode se tornar um grande equívoco. A vontade do viajante era beber logo a água que estava na garrafa. Seria a solução mais rápida. Mas ele resolveu confiar. A confiança é o segredo do sucesso. Pode ser arriscado, pode não render frutos imediatos, pode até parecer loucura, mas precisamos confiar. Confiar em Jesus Cristo, em nossos pais, em nossos amigos, nos nosso professores... A parábola ensina também que às vezes precisamos dar aquilo que temos para receber mais. É preciso se esvaziar das coisas velhas para nos enchermos do novo, da água fresca. Precisamos nos libertar de certas situações para conquistarmos outras vitórias, para obtermos êxito. E essa entrega só acontece sob a ordem da confiança. Por fim, nos ensina a sermos gratos e sabermos retribuir a quem nos auxilia em nossas conquistas, além de ensinar sobre o poder da fé, da confiança em algo “Deus” que não vemos. Porque fé é o firme fundamento das coisas que se esperam.

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89 - MESMO QUE NÃO PARECE A JUSTIÇA VIRÁ!

Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e, por isso, desde o primeiro momento se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro assassino. O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo. Teria poucas chances de sair vivo dessa história. O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que provasse sua inocência. Disse o Juiz: “Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor. Vou escrever em um pedaço de papel a palavra INOCENTE e no outro pecado de papel a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredicto. O senhor decidirá seu destino”. Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO, de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca. Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem pensou alguns segundos

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e, pressentindo a vibração, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e o engoliu. Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem. Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual seu veredicto? “É muito fácil” – respondeu o homem. “Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o seu contrário”. Imediatamente o homem foi libertado.

MORAL DA HISTÓRIA: Por mais difícil que seja a situação, não deixe de acreditar em Deus e lutar até o último momento, pois Ele te dará a sabedoria que precisa para vencer!!

90 - SABEDORIA CANINAVocê já se imaginou agindo com a “Sabedoria canina”? A vida teria uma perspectiva muito mais amistosa. Tente:

1. Nunca deixe passar a oportunidade de sair para um passeio.2. Experimente a sensação do ar fresco e do vento na sua face por

puro prazer.3. Quando alguém que você ama se aproxima, corra para saudá-lo.4. Quando houver necessidade, pratique a obediência.5. Deixe os outros saberem quando invadiram o seu território.6. Sempre que puder tire uma soneca e se espreguice antes de se

levantar.7. Corra, pule e brinque diariamente.8. Coma com gosto e entusiasmo, mas pare quando estiver satisfeito.9. Seja sempre leal.10.Nunca pretenda ser algo que você não é.11.Se o que você deseja está enterrado, cave até encontrar.12. Quando alguém estiver passando por um mau dia, fique em

silêncio, sente-se próximo e, gentilmente, tente agradá-lo.13.Quando chamar a atenção, deixe alguém tocá-lo.14.Evite morder quando apenas um rosnado resolver.15.Nos dias mornos, deite-se de costas sobre a grama.16.Nos dias quentes, beba muita água e descanse embaixo de uma

árvore frondosa.

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17.Quando estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.18.Não importa quantas vezes for censurado, não assuma a culpa que

não tiver e não fique amuado.... corra imediatamente de volta para seus amigos.

19.Alegre-se com o simples prazer de uma caminhada.

91 - COMO VOCE LIDA COM A ADVERSIDADE?

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir, estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia. Seu pai com muita paciência levou-a até a cozinha, encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Quando as panelas começaram a ferver ele colocou em uma delas cenouras, em outra colocou ovos e, na última, pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as boca do gás. Pegou as cenouras e as colocou em uma outra tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma outra tigela e por último pegou o café com uma concha e o colocou em outra tigela. Virando-se para ela, perguntou: - Querida, o que você está vendo? - Cenouras, ovos e café. Ela respondeu: Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso e sem nada entender perguntou humildemente: - O que isso significa, pai?

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E ele explicou: - A cenoura, os ovos e o café, enfrentaram a mesma adversidade – a água fervendo, mas cada um reagiu de maneira diferente. A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amoleceu e se tornara frágil. - Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rijo. - O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água. Ele perguntou: - Qual deles é você? Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é cenoura, um ovo ou um pó de café? Pense: Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade murcha e se torna frágil e perde sua força? Ou será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável, que teria um espírito maleável, mas depois de alguma perda, uma falência, um divórcio ou uma demissão se tornou mais difícil ou duro? Sua casca parece a mesma, mas você está mais amargo e obstinado, com o coração e o espírito inflexíveis? Ou será que você é como o pó de café? Ele muda a água fervente, a coisa que está trazendo dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a 100 graus centígrados e quanto mais quente estiver a água, mais gostoso se torna o café. Se você é como o pó de café, quando as coisas se tornarem piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores.

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92 - DICAS DE BELEZA

Para lábios atraentes....Fale palavras gentis e bondosas.

Para olhos adoráveis...Veja o que há de bom nas pessoas.

Para uma figura esbelta...Divida sua comida com os famintos.

Para cabelos lindos...Deixe uma criança acariciá-los diariamente.

Para um belo porte....Ande com a certeza de eu você nunca está sozinho.

Quando você precisar de uma mão amiga...Você encontrará uma na extremidade do seu braço.

Mas, na medida em que você amadurece, descobre que tem duas mãos... Uma para ajudar a si próprio e a outra para ajudar os outros.

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93 - KIT DE SOBREVIVÊNCIA

VARA DE PESCAR...Para lembrarmos de pescar as boas qualidades dos outros.

ELÁSTICO..Para lembrarmos de ser flexíveis. As coisas nem sempre acontecem do jeito que queremos, mas, no final dão certo.

BAND-AID...Para lembrarmos de curar sentimentos magoados, nossos ou de outros.

LÁPIS...Para escrevermos as bênçãos e favores que recebemos.

APAGADOR...Para lembrarmos que todos nós erramos, porém, devemos apagar este erros.

CHICLETES...Para lembrarmos de que se nos esticarmos, podemos realizar qualquer coisa.

COFRE...Para lembrarmos de que valemos uma fortuna para nossas famílias e amigos.

BATOM...Para lembrarmos de que todos precisam de beijos e abraços.

SAQUINHO DE CHÁ...Para lembrarmos de relaxar diariamente.

Para o mundo talvez sejamos apenas alguém, mas, para alguém, podemos ser o mundo!

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94 – O TEM DA VIDA

A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques, alguns

acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas

em outros. Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos

com algumas pessoas que, julgamos, estão sempre nessa viagem

conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma

estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e

companhia insubstituível... mas isso não impede que durante a viagem

pessoas interessantes e que virão a ser especiais para nós, embarquem...

Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos. Muitas

pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outros encontrarão nessa

viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelo trem, prontos a

ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros

tantos passam por ele de forma que, quando desocupam seu lugar,

ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão raros e

caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos

obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro,

que durante a viagem, atravessemos, com dificuldade nosso vagão e

cheguemos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao

seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é

assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas,

despedidas... porém jamais, retornos. Façamos essa viagem, então, da

melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os

passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiver de melhor,

lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão

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fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós

também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que

nos entenderá.

O grande mistério, final, é que jamais saberemos em qual parada

desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele

que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se quando descer desse

trem, sentirei saudade... acredito que sim, me separar de alguns amigos

que fiz nele será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a

viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro a

esperança de que, em algum momento, estarei na estação central e terei a

grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham

quando embarcaram.... e o que vai me deixar feliz será pensar que eu

colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa. Amigos,

façamos com que nossa estada nesse trem, seja tranquila, que tenha

valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso

lugar vazio traga saudade e boas recordações para aqueles que

prosseguirem a viagem.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que mandou seu filho Jesus para me salvar

e me dar vida eterna, que toda honra e toda glória seja para Ele, agradeço a

minha mãe querida Célia M. Martins, que tanto trabalhou como lavadeira para

comprar meus livros na década de 80, onde tudo era tão difícil ela não desistiu

de me ajudar para a concretização dos meus estudos, agradeço aos meus

Irmãos Izaias, Iraci, Edson e Elza, que são as mãos que sempre me ajudam

aqui na terra quando preciso, agradeço ao Lucas Lopes, que é um excelente

pais e esposo , agradeço novamente a bondade e misericórdia de Deus por ter

me dado três presentes de valor inestimável que são meus amados filhos

Ketlin, Luana e David, agradeço também a todos meus amigos do MOVA,

Valéria, Inácia, Hélio, Lia, Jane, Daiane e a todos os outros que me ajudam no

dia a dia na formação, também agradeço ao meus alunos que incansavelmente

vem a escola todos os dias.

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Esta é a primeira publicação de Ester Moreira de Santana, Pedagoga, casada,

mãe de três filhos, Ketlin, Luana e David, casada com Lucas.

Este livro é uma coleção de historinhas que levou vários meses para ser

selecionadas, digitadas e publicadas, o intuito deste livro é levar o ser

humano a uma reflexão de seus atos diários, trazendo a luz uma sabedoria que

muitas vezes pela correria do dia-a-dia deixamos de valorizar, como as coisas

pequenas da vida