10. mnn _ o projeto autoritário do pt [02!11!2014]

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Em movimento Movimento Negação da Negação PT e a crise da dominação burguesa no Brasil Programa único Em movimento julho 2015 abril maio junho julho março fevereiro janeiro 2014 dezembro novembro outubro setembro agosto julho junho maio abril março fevereiro janeiro 2013 dezembro novembro outubro setembro agosto O projeto autoritário do PT Autor Conselho editorial Data 02112014 A classe trabalhadora saiu derrotada neste processo eleitoral porque sua correlação de forças com o capital piorou ao final dele. Apesar das manifestações de massa de 2013, a eleição reafirmou a tendência de enfraquecimento e fragmentação das organizações da classe trabalhadora em relação à força material do capital. Para contribuir para elevar a discussão entre a vanguarda e ajudar na luta contra essa tendência de enfraquecimento escrevemos este editorial, que tem por eixo a seguinte constatação: o Partido dos Trabalhadores é hoje um dos maiores perigos para classe trabalhadora brasileira. PT e PSDB atendem igualmente ao capital. A rigor, no âmbito econômico, suas políticas são substancialmente iguais, embora se diferenciem em aspectos secundários; no modo de operacionalizalas. Desde Collor é mantida essencialmente a mesma política econômica (ela própria uma diretriz do capital internacional): superávit primário, responsabilidade fiscal, autonomia do Banco Central, renúncias fiscais, desonerações da folha de pagamento, etc. Esses governos não têm autonomia diante do grande capital (basta lembrar que a primeira medida de Lula quando eleito foi nomear Henrique Meireles presidente do Banco Central). Mas a diferença entre PT e PSDB se dá no âmbito propriamente político de controle da classe trabalhadora. O PT é mais eficiente que o PSDB nesse quesito, portanto, está em melhores condições de manter a atual ordem burguesa no Brasil, crescentemente autoritária e repressora. O PT não é mais eficiente apenas no uso da burocracia sindical pelega para trair processos grevistas. Isso é mais ou menos evidente, inclusive para os trabalhadores que com ela se chocam dia a dia. O PT é mais eficiente justamente por conseguir articular uma forma de governo que permite à burguesia aumentar o grau de violência colocado sobre a classe trabalhadora, sem que ela responda. Essa é a característica do “bonapartismo”, uma forma de governo burguês específica. O PT possui hoje traços bonapartistas, conduz o Estado a um governo bonapartista. O bonapartismo é uma forma de governo burguês que se sustenta na aparente suspensão da luta de classes (por meio da paralisação dos principais setores da burguesia e dos trabalhadores em conflito) e no esvaziamento da democracia burguesa. Portanto, o bonapartismo é ele próprio uma forma mais ditatorial de governo burguês, uma forma que dilui aos poucos a própria democracia burguesa. Expliquemos um pouco mais, retomando alguns ensinamentos de Marx: Compartilhe Facebook Twitter Outras redes sociais “A produção capitalista produz, com a inexorabilidade de um processo natural, sua própria negação. É a negação da negação.” –Marx, O capital. Livro I Cap. XXIV, 1867. Receba o boletim Entre em contato

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Page 1: 10. MNN _ O Projeto Autoritário Do PT [02!11!2014]

Em movimento

Movimento Negaçãoda Negação

PT e a crise dadominação burguesano Brasil

Programa único

Em movimento

julho2015abrilmaiojunhojulhomarçofevereirojaneiro2014dezembronovembrooutubrosetembroagostojulhojunhomaioabrilmarçofevereirojaneiro2013dezembronovembrooutubrosetembroagosto

O projeto autoritáriodo PT

Autor Conselho editorialData 02­11­2014

A classe trabalhadora saiu derrotada neste processo eleitoralporque sua correlação de forças com o capital piorou ao finaldele. Apesar das manifestações de massa de 2013, a eleiçãoreafirmou a tendência de enfraquecimento e fragmentação dasorganizações da classe trabalhadora em relação à forçamaterial do capital. Para contribuir para elevar a discussãoentre a vanguarda e ajudar na luta contra essa tendência deenfraquecimento escrevemos este editorial, que tem por eixo aseguinte constatação: o Partido dos Trabalhadores é hoje umdos maiores perigos para classe trabalhadora brasileira.

PT e PSDB atendem igualmente ao capital. A rigor, no âmbitoeconômico, suas políticas são substancialmente iguais,embora se diferenciem em aspectos secundários; no modo deoperacionaliza­las. Desde Collor é mantida essencialmente amesma política econômica (ela própria uma diretriz do capitalinternacional): superávit primário, responsabilidade fiscal,autonomia do Banco Central, renúncias fiscais, desoneraçõesda folha de pagamento, etc. Esses governos não têmautonomia diante do grande capital (basta lembrar que aprimeira medida de Lula quando eleito foi nomear HenriqueMeireles presidente do Banco Central). Mas a diferença entrePT e PSDB se dá no âmbito propriamente político de controleda classe trabalhadora. O PT é mais eficiente que o PSDBnesse quesito, portanto, está em melhores condições demanter a atual ordem burguesa no Brasil, crescentementeautoritária e repressora.

O PT não é mais eficiente apenas no uso da burocraciasindical pelega para trair processos grevistas. Isso é mais oumenos evidente, inclusive para os trabalhadores que com elase chocam dia a dia. O PT é mais eficiente justamente porconseguir articular uma forma de governo que permite àburguesia aumentar o grau de violência colocado sobre aclasse trabalhadora, sem que ela responda. Essa é acaracterística do “bonapartismo”, uma forma de governoburguês específica. O PT possui hoje traços bonapartistas,conduz o Estado a um governo bonapartista.

O bonapartismo é uma forma de governo burguês que sesustenta na aparente suspensão da luta de classes (por meioda paralisação dos principais setores da burguesia e dostrabalhadores em conflito) e no esvaziamento da democraciaburguesa. Portanto, o bonapartismo é ele próprio uma formamais ditatorial de governo burguês, uma forma que dilui aospoucos a própria democracia burguesa. Expliquemos um poucomais, retomando alguns ensinamentos de Marx:

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“A produção capitalista produz, coma inexorabilidade de um processonatural, sua própria negação. É anegação da negação.” –Marx, Ocapital. Livro I Cap. XXIV, 1867. Receba o boletim

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O deslocamento das forças políticas reais em luta

O ponto central de conflito político entre as classes é a lutapela apropriação da mais­valia – ou seja, a luta pelo salário epelo tempo de trabalho nas fábricas. É da exploração dooperário nas fábricas que surge a riqueza, o capital, e é aí queestá, centralmente, em sua maior potencialidade, a verdadeirapolítica, a luta de classes. Mas esse conflito central pode serparalisado, aparentemente suspenso, graças a artifíciostradicionalmente usados pela burguesia. Um dos artifícios maiscomuns é a deformação da relação política entre as classespor meio de pontos de apoio externos ao conflito central.

Marx, no século XIX, criou a caracterização de “bonapartista”para o governo que se baseasse demais num apoio externo;um pilar de sustentação política externo ao conflito centralentre as classes. Luis Bonaparte, para dar seu golpe deEstado em meados do século XIX, se valeu do apoio políticode uma classe externa às que estavam em luta, ou seja,externa à burguesia e ao proletariado. Essa classe era ocampesinato. Bonaparte se apoiou na maioria camponesa daFrança para se sustentar, para se erguer sobre a nação e,assim, gerir o país em nome do grande capital (grandeburguesia industrial, comercial e financeira).

No caso do Brasil a analogia é possível, embora não exata(como toda analogia). A rigor, não há uma classe camponesarelevante (numérica e economicamente) no Brasil. Há umproletariado miserável, historicamente miserável, que não estávinculado ao processo propriamente produtivo, fabril, e que éusado pelo PT para paralisar os principais setores da classeoperária. É inegável que o programa Bolsa Família e diversosoutros mecanismos de transferência de renda se tornaram uminstrumento político poderosíssimo na mão do PT, pois hojeabarcam mais de 40 milhões de pessoas.

Esse setor empobrecido é “ajudado” pelo governo na justamedida de não deixar a miséria e não se inserir num processoprodutivo que possa implicar num fortalecimento organizativoda classe trabalhadora. Esse setor não se torna, portanto, umsetor organizado pelo próprio meio de produção, que possa sesindicalizar e agir como classe contra a burguesia; ele émantido na pobreza e na fragmentação – o que interessa muitoao capital e explica porque tanto Marina quanto Aéciodefenderam a manutenção dessas bolsas­auxílio.

Mas, o mais importante, esse processo artificial de cooptaçãodos setores empobrecidos impede a hegemonia política dooperariado – a vanguarda da classe – dentro do conjunto doproletariado brasileiro. O operariado é a vanguarda darevolução justamente por ser o único setor da classeobjetivamente capaz de dominar imediatamente os meios deprodução. Afinal, quem mais poderia tomar e por para trabalharas gigantescas forças produtivas brasileiras, senão aquelesque nelas trabalham diretamente hoje? Esse artifício eleitoralda burguesia visa justamente quebrar a importância políticafundamental do operariado.

O PT não é mais um partido que se baseia nos setores maisimportantes da classe trabalhadora. Basta ver, por exemplo,que Aécio Neves venceu nas regiões operárias maisimportantes da grande São Paulo, sobretudo no ABC, bemcomo em diversas regiões fabris da cidade de São Paulo (alémdisso, venceu na esmagadora maioria dos bairros de SãoPaulo, mesmo nos mais pobres, bem como venceu nasprincipais metrópoles brasileiras). O operariado está votandocontra o PT, embora, tragicamente, sem alternativa deesquerda, está optando erroneamente pelo PSDB.

A tropa de choque a mando do executivo federal

Outra característica do bonapartismo é o uso de formas dechoque a mando do governo federal, mais ou menos legais.Luis Bonaparte se valia de dois grupos de choque: 1) a suamáfia gangsterista pessoal, semi­legal, a “Sociedade 10 deDezembro”, os dezembristas e; 2) o Exército oficial. Essasduas formas de combate eram usadas pelo executivo federal –Luis Bonaparte – tanto contra o proletariado quanto contrasetores da burguesia nacional francesa.

O PT, também nesse quesito, está muito mais bem articuladoque o PSDB, graças à constituição de uma força burocráticacomprada, a cada dia mais mafiosa e gangsterista, e graçasao uso da Força Nacional de Segurança (criada pelo próprioPT) e do Exército.

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Para saber algo a respeito da burocracia mafiosa petista,basta, por exemplo, que você tente distribuir um jornal operárionas principais fábricas do ABC, entre os principais setores daclasse trabalhadora. Rapidamente você será recebido porcapangas da CUT, muitas vezes armados. Os setoressindicais vinculados ao PSDB – sobretudo a Força Sindical –são muito mais fracos e desorganizados, muito menosorgânicos com esse partido, portanto muito mais facilmentepodem ser atropelados pela classe trabalhadora.

Mas a repressão, assim como a feita pelos dezembristas, nãoé só contra o proletariado. Basta ver, por exemplo, o ataque daUJS (UNE) à sede da revista Veja, ao prédio da Editora Abril,na última semana (em que pese o caráter reacionário dessarevista).

Vale lembrar ainda: os cartazes da Frente pelo Voto Nulo, daqual fizemos parte, foram atropelados por cartazes pró­Dilmaem São Paulo, produzidos exatamente para esse fim por umaagência cultural “ativista” comprada pelo governo há anos. NoRio Grande do Sul, nossos cartazes foram atropelados porcartazes produzidos pelo “Levante Popular da Juventude”,grupo também vinculado ao governo. Alguém duvida que se acampanha do voto nulo tivesse tido maior expressão, maiortamanho, e uma sede, esse espaço não seria atacado porcapangas do governo?

O uso de uma tropa de choque mafiosa e comprada, que viveàs margens da legalidade, é, como dissemos, apenas umelemento da tropa de choque federal. O outro são as forçasrepressoras nacionais do Estado cada vez mais à disposiçãodo governo federal. Dilma ou Lula não são militares como eraLuis Bonaparte; seu controle do exército pode não ser tãoestável como o do francês, mas, não podemos nos esquecer,foi o PT o responsável por usar o Exército em mega­operaçãonas favelas contra os trabalhadores brasileiros (para a qual aação no Haiti de repressão nas favelas foi um laboratório).Além disso, foi o PT quem criou a Força Nacional deSegurança, também para usar na repressão ao próprio povo.

Essas forças de repressão provavelmente se tornarão umconstante na realidade brasileira. Em qualquer governodemocrático­burguês elas seriam extraordinárias (dada aexistência das polícias militares estaduais), mas o PT quertorná­las permanente e ampliá­las. O PT não quer seu uso sópara a “pacificação” de favelas ou para mega­eventos como aCopa do Mundo; quer uma mudança constitucional em nomeda manutenção e ampliação dessas forças.

Na questão da repressão à classe trabalhadora – fundamentalpara o capital –, o programa de segurança apresentado porDilma Rousseff é mais reacionário e repressor que o de Aécio.Isso se dá porque com o PT há melhores condições para aburguesia ampliar a repressão sobre a sociedade do que com oPSDB. Se Aécio é autoritário em medidas repugnantes como aredução da maioridade penal, Dilma propõe (e fará) criar o novoCCC – Centro de Comando e Controle, responsável por tornarpermanente e ampliar para todo o Brasil o esquema derepressão e perseguição usado na Copa do Mundo. Imaginemisso numa conjuntura de maior crise econômica.

O nome CCC não é mera coincidência. Comando de Caça aosComunistas (CCC) era a organização para­militar (compostaem grande parte por membros do exército) que perseguia ematava militantes da esquerda durante a Ditadura Militar. Semdúvida, não foi mero lapso do PT a escolha do nome. Damesma forma, não foi mera coincidência o uso do Exército naFavela da Maré na semana de aniversário dos 50 anos doGolpe Militar, como também não foi em vão que CelsoAmorim, ministro da defesa do PT, assinou o manual deGarantia da Lei e da Ordem das Forças Armadas, que qualificagrevistas e organizações políticas de esquerda como inimigosinternos, forças oponentes das Forças Armadas).

O esvaziamento do Congresso Nacional

Outra característica do bonapartismo é o controle maior docongresso, que caminha para a sua perda de sentido eesvaziamento. É possível notar, por exemplo, desde Lula, ocrescente número de medidas­provisórias, projetos comurgência constitucional e vetos do executivo ao legislativo.Isso significa que o poder legislativo tem cada vez menosautonomia, perdendo uma agenda própria, e depende cada vezmais do poder executivo. A maioria dos acordos políticos entreos partidos passa a se dar no âmbito do executivo, inchando onúmero de ministérios da presidência (39 ministérios!).

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A cada dia que passa o legislativo tem menos sentido deexistência e vai sendo preenchido por elementos duvidosos(Tiririca, astros da música e do futebol, pastores reacionários,policiais sanguinários, etc.). Assim o legislativo tambémprepara as condições de sua falência (e até possívelfechamento pelo poder executivo), pois cai em descréditodiante da população.

Reforça o que estamos falando a proposta de ReformaPolítica, promessa de Dilma no seu discurso de vitória nestedia 26/10. O centro dessa reforma é deixar ainda mais desigualo poder dos partidos políticos. Por exemplo, o financiamentopúblico das campanhas seria diferente para cada partido, deacordo com o tamanho de sua base no congresso. Ou seja: opartido com maior base ganhará maior valor (de um novofundo, criado para isso, via aumento dos impostos), e o partidosem base não ganhará dinheiro extra para campanha. Issofará, sem dúvida, com que os partidos com maior base (PT ePMDB, respectivamente) se tornem cada vez maishegemônicos. Os partidos pequenos, como os de esquerda –que podem contar com pequenos financiamentos privados depequenas empresas e lojistas – praticamente desaparecerão.

A reforma política tem ainda, como elemento fundamental, ofim das coligações proporcionais para cargos de vereador,deputado estadual e federal (mas, curiosamente, não para oSenado, governo do estado e presidência). Ou seja:exatamente onde os partidos pequenos, da classetrabalhadora, podem eleger alguns representantes – vereadorese deputados – será vetada a coligação. A união de partidos deesquerda para favorecer a eleição de seus representantes seráproibida, mas a coligação da burguesia para os cargos ondesomente ela consegue eleger representantes (senado eexecutivos federal e estaduais) será permitida.

O necessário giro à direita do governo Dilma

Os elementos vistos acima – deformação das forças políticasem conflito na nação, uso de forças legais e semi­legais decombate centralizadas no âmbito federal e enfraquecimento dolegislativo – apontam para uma mesma tendência: a elevaçãodo poder executivo acima da nação, ou seja, a formabonapartista de governo, uma forma autoritária.

Dilma teria condições de impedir essa tendência bonapartista?Não nos parece. Alguns incautos, ingênuos (ou comprados)afirmam que há chance de o segundo mandato de Dilma irmais à esquerda que o primeiro. Pensamos que Isso ésimplesmente impossível, devido à pior situação econômicabrasileira e à mais difícil articulação política do governo nocongresso. A crise está aí: as medidas econômicaspreparadas pelo Ministério da Fazenda poucos dias após aeleição de Dilma são de fazer inveja mesmo a Armínio Fraga,responsável pela política econômica de Aécio Neves.

No âmbito político, fica claro que o PT é a cada dia mais refémda reacionária base aliada, que tem como expoentes Sarney(ex­presidente da Arena, o partido da Ditadura Militar), Maluf(governador biônico da Ditadura Militar), Collor (implementadordas medidas de abertura do Estado forte militar para o capitalinternacional), Edir Macedo (representante­mor dofundamentalismo religioso), Kátia Abreu e Eraí Maggi (chefesda bancada ruralista), Kassab (símbolo do fisiologismo), etc.Com uma menor gordura política e econômica o governo Dilmasó poderá manter e aprofundar a tendência geral do PT desdea entrada de Lula na presidência – a ida à direita e o ataque àpopulação e seus direitos básicos.

Não há risco real de golpe da “direita fascista” contra o governodo PT. Quem espalha isso e superdimensiona as forças dadireita é o próprio governo, buscando assim aliados ingênuos.A marcha pelo impeachment de Dilma no sábado 01/11 reuniupouco mais de duas mil pessoas na capital paulista. Há 50anos, a marcha da Família com Deus reunia mais de 500 milpessoas na mesma cidade, como parte do projeto de golpemilitar. É preciso refletir, portanto, que o risco trazido pelo PTpode ser muito maior que o trazido por um punhado dedesclassificados da pequeno­burguesia histérica paulista.

É urgente, mais que urgente, a união da esquerda para, nomínimo, paralisar o projeto bonapartista do PT. É precisoabandonar a lógica do PT como menos pior e encarar de frenteesse governo como nosso principal inimigo.