1 teorias da inflaÇÃo e Índices de preÇo no brasil

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1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

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Page 1: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

1

TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

Page 2: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

2

INFLAÇÃO ANUAL - BRASIL

IGP-DI/FGV

1945

1949

1953

1957

1961

1965

1969

1973

1977

1981

1985

1989

1993

1997

2001

2005

2009

-500

0

500

1,000

1,500

2,000

2,500

3,000

%

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3

INFLAÇÃO ANUAL - BRASIL

IGP-DI/FGV

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

-5

0

5

10

15

20

25

30

%

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4

INFLAÇÃO MENSAL - BRASIL

IGP-DI/FGV

1944.021951.061958.101966.021973.061980.101988.021995.062002.102010.02-10

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

%

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5

INFLAÇÃO MENSAL - BRASIL

IGP-DI/FGV

2000.012001.052002.092004.012005.052006.092008.012009.052010.092012.01

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

7

%

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6

• Por que é que os países são tão preocupados com a possibilidade de sofrerem processos inflacionários?

• Quais são as principais medidas que podem ser tomadas no intuito de manter a inflação em níveis moderados sem que ela dispare drasticamente?

Introdução

Page 7: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

7

• Inflação é a situação de aumentos contínuos e generalizados dos preços dos bens e serviços em uma economia.

• É o aumento persistente dos preços, que envolve o conjunto da economia, e do qual resulta uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda.

Definição

Page 8: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

8

• Em sua forma mais acentuada (hiperinflação), os preços aumentam tanto que as pessoas não procuram reter esse ativo, dada a rapidez com que diminui seu poder de compra.

• O processo inverso é denominado de deflação, quando se observa uma redução generalizada do nível de preços e dos custos.

Definição

Page 9: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

9

• Principais abordagens para as causas da inflação:

– teoria clássica ou teoria monetarista

– teoria Keynesiana

Principais Causas da Inflação

Page 10: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

10

• A denominação de clássica se dá em virtude de sua formulação ter sido feita pelos pioneiros do pensamento econômico.

• Esta teoria é frequentemente utilizada por alguns economistas que desejam explicar os determinantes de longo prazo do nível de preços e da taxa de inflação.

Teoria Clássica da Inflação

Page 11: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

11

• Quando observamos durante certo período a subida do preço de determinado produto podemos pensar:

– que as pessoas estejam gostando mais desse bem, ou

– que, ao longo do período, o dinheiro utilizado para comprar esse produto tenha perdido seu valor.

Teoria Clássica da Inflação

Page 12: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

12

• O que ocorre é que o valor da moeda passa a ser menor.

• Primeira conclusão que os monetaristas chegam a respeito da inflação:

– Trata-se mais do valor da moeda do que do valor dos bens.

Teoria Clássica da Inflação

Page 13: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

13

• Considere que P mede o número de reais necessários para adquirir uma cesta de bens e serviços.

• Ou seja, P é o nível de preços medido por um índice de preços.

Teoria Clássica da Inflação

Page 14: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

14

• Vamos agora inverter a idéia de forma a imaginar que a quantidade de bens e serviços que pode ser comprada com R$1,00 seja igual a 1/P.

• Em outras palavras:

– se P é o preço de bens e serviços em termos de moeda,

– 1/P é o valor da moeda medido em termos de bens e serviços.

• Assim, quando o nível geral de preços aumenta, o valor da moeda diminui.

Teoria Clássica da Inflação

Page 15: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

15

• Considerando a moeda como um ativo da economia, podemos pensar: o que determina o seu valor?

• Resposta: oferta e demanda.

Teoria Clássica da Inflação

Banco Central Depende, entre outros fatores, da taxa de juros

Page 16: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

16

• A pessoa retém dinheiro porque ela é um meio de troca.

• O montante de dinheiro que as pessoas irão reservar para pagamento de bens e serviços dependerá dos preços.

• Quanto mais altos forem eles, maior será a quantidade de moeda exigida pela transação e tanto mais moeda as pessoas decidirão manter em suas carteiras ou em suas contas correntes.

• Ou seja, um nível de preços elevado (ou baixo valor da moeda) aumenta a quantidade de moeda demandada.

Teoria Clássica da Inflação

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17

Teoria Clássica da Inflação

Valor da Moeda

1

¼

¾

½

(alto)

(baixo)

Quantidade de Moeda

Oferta de Moeda

M1

Demanda

E1

Nível de Preços

(baixo)

(alto)

1

4

1,33

2

E se de repente o Banco Central

duplicar a quantidade de moeda emitindo mais notas e

distribuindo ao público?

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18

Teoria Clássica da Inflação

Valor da Moeda

4

¼

¾

½

(alto)

(baixo)

Quantidade de Moeda

Oferta de Moeda

M1

E1

Nível de Preços

(baixo)

(alto)

1

4

1,33

2

Oferta de Moeda

M2

Demanda

E2

valor da moeda diminui

nível de preços

aumenta

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19

• Ou seja, quando um aumento na oferta de moeda torna os reais mais abundantes, o resultado é um aumento no nível de preços que reduz o valor de cada real.

• Acabamos de explicar a teoria monetarista que justifica as variações do preço como sendo essencialmente um fenômeno monetário.

– O maior expoente dessa corrente é o economista Milton Friedman que observou, em certo momento, que a inflação é sempre e em todos os lugares um fenômeno monetário.

Teoria Clássica da Inflação

Page 20: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

20

• Para os keynesianos, a inflação é alta porque os governos necessitam emitir moeda para financiar seus gastos.

– Déficit orçamentário do governo

Teoria Keynesiana

Page 21: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

21

• Um governo financia seus gastos fundamentalmente de duas maneiras:

a) Pode tomar emprestado como nós usualmente fazemos por meio de um empréstimo ou

b) Pode fazer aquilo que nós não podemos fazer, isto é, ele pode na prática criar moeda via Banco Central.

O Banco Central paga ao governo com a moeda que cria e o governo usa essa moeda para financiar seu déficit.

(monetização da dívida)

Teoria Keynesiana

Page 22: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

22

• O que se observa na prática e na maior parte dos países é que os déficits são financiados basicamente por meio de empréstimos ao invés da emissão de moedas.

• Mas no início das hiperinflações observam-se duas mudanças nas economias:

Teoria Keynesiana

Page 23: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

23

• Alguns tipos de inflação passíveis de observação nas economias:

– a inflação de demanda

– a inflação de custos.

Tipos de Inflação

Page 24: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

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• Considera-se a inflação de demanda como sendo o tipo de inflação causada pelo excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços.

• Ou seja, ocorre uma certa defasagem entre a quantidade ofertada e a quantidade demandada, sendo esta última consideravelmente maior que a primeira.

Inflação de Demanda

Page 25: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

25

• Pode-se dizer que a inflação de demanda está intimamente relacionada com a inflação de moeda.

• Pois quando o governo pratica a emissão desse ativo aumentando a base monetária, a população passa a acreditar que teve aumento em seu poder aquisitivo (curto prazo).

Inflação de Demanda

Page 26: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

26

• Os instrumentos para controle desse tipo de inflação estão centrados na redução da demanda agregada por bens e serviços, pois se sabe ser esta mais sensível aos choques que a oferta agregada cujos ajustes se dão a prazos relativamente longos.

• DA = C + I + G + X – M

Inflação de Demanda

Page 27: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

27

• Neste contexto, o governo pode agir de duas maneiras distintas:

– de forma direta por meio da redução de seus próprios gastos, ou

– de forma indireta recorrendo a políticas que reduzam o consumo e o investimento privado.

Inflação de Demanda

Page 28: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

28

• Para os monetáristas, as evidências empíricas demonstram que as oscilações no nível de preço estão mais associadas à quantidade de moeda em circulação do que a variações no investimento (público e privado).

• Neste caso, a moeda será o instrumento ativo no combate à inflação.

Inflação de Demanda

Page 29: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

29

• Para os fiscalistas, a moeda é um instrumento passivo, uma vez que as variações no nível de renda e de preços se dão em virtude de um complexo de determinantes da demanda agregada, principalmente de fatores que afetam a demanda em investimentos.

• Portanto, nessa ótica, o controle sobre os gastos do governo e a carga tributária sobre o consumo e o investimento são considerados os principais instrumentos para controle da demanda agregada.

Inflação de Demanda

Page 30: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

30

• Dessa forma, os fiscalistas consideram que o governo deva ter uma participação mais efetiva sobre a economia enquanto que os monetaristas são contrários a uma intervenção mais efetiva do Estado.

Inflação de Demanda

Page 31: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

31

• A inflação de custos está associada a uma inflação de oferta.

• Neste caso, o nível de demanda permanece quase inalterado, porém os custos de alguns insumos importantes da economia aumentam de forma a serem repassados aos preços dos produtos.

Inflação de Custos

Page 32: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

32

• A regra geral é que o preço de um bem ou serviço tende a se relacionar intimamente com seus custos de produção.

• Se estes custos aumentam, logo o nível de preço dos produtos também aumentará.

Inflação de Custos

Page 33: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

33

• Existem dois motivos pelos quais os custos de produção aumentam:

– aumentos salariais dos trabalhadores

– poder de mercado de determinadas empresas em monopólio ou oligopólio.

Inflação de Custos

Page 34: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

34

Resumindo:

• O que caracteriza a inflação de custos é o aumento de preços devido a pressões autônomas causadas pelas pressões de grupos sindicais e empresas monopolistas e oligopolistas que têm suficiente poder barganha de forma a forçarem aumentos de sua participação na renda nacional, ou então por choques de oferta associados a aumentos de preços das matérias primas.

Inflação de Custos

Page 35: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

35

• Existem, porém, grandes dificuldades em se combater uma inflação de custos dado que o governo pode ser obrigado a elevar o nível de preços da economia a fim de impedir uma queda do nível da atividade econômica.

Inflação de Custos

Page 36: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

36

• Estudamos que a inflação de custos está relacionada a uma insuficiência de produção agregada.

• Se as autoridades têm como objetivo manter alto nível de emprego, tal medida só poderá ser adotada por meio de um estímulo da demanda agregada.

• Esta atitude, porém estará causando novos aumentos de preços (inflação de demanda) sem que se tenha debelado as causas da elevação dos custos.

Inflação de Custos

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Correção Monetária

• Instituída com o propósito de preservar o poder aquisitivo da moeda.

• A alteração do valor da moeda em razão do processo inflacionário implica no empobrecimento de quem a detém (fere o direito de propriedade).

• Valor não é alterado (o que implicaria em ganho ou perda), apenas é atualizado.

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38

Inflação “Tipo Escada”

22,4624,58

29,04

35,13

43,24

05

1015202530354045

Taxa média de inflação

1° sem92

2° sem92

1° sem93

2° sem93

1º sem94

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Planos Econômicos

•Plano Cruzado (fev/86)

•Plano Bresser (jun/87)

•Plano Verão (jan/89)

•Plano Collor I (mar /90)

•Plano Collor II (fev/91)

Combateram a indexação com

congelamento de preços e salários

•Plano Real (jul/94)

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40

Correção Monetária

Por que existem diferentes índices de inflação?

• A inflação deve ser medida para um determinado grupo populacional (varia conforme localização geográfica, faixa de renda, etc.).

• O índice está atrelado à população estudada.– O índice para uma mesma população pode ser

estratificado, por exemplo, pelo número de salários mínimos de renda.

Page 41: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

41

Medidas da Inflação

• Bens e serviços intermediários: Índice de Preços no Atacado

• Bens e serviços finais:Índice de Custo de Vida

• Bens e serviços finais e intermediários: Índice Geral de Preços

Page 42: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

42

Índices são diferentes pois diferem quanto:

• Universo

• Populações

• POF

• Pesquisa de locais de compra

Medidas da Inflação

Page 43: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

43

Os principais índices de inflação são:

IPC/FIPE INPC/IBGE

IPCA/IBGE ICV/DIEESE

IGP-DI/FGV IGP-M/FGV

Medidas da Inflação

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44

DenominaçãoIPC/FIPE

Índice de Preços ao Consumidor da FIPE

Universo Pesquisado

Famílias do município de São Paulo, com renda mensal de 1a 20 salários mínimos e cujo chefe é assalariado

Período de Comparação

Preços médios de 1º ao último dia de um mês com preços médios de 1º ao último dia do mês anterior.

Além disso, apresenta índice quadrissemanal

Entidade que calcula

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas vinculada à USP

Medidas da Inflação

Page 45: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

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DenominaçãoINPC/IBGE

Índice Nacional de Preços ao Consumidor do IBGE

Universo Pesquisado

Período de Comparação

Preços médios de 1º ao último dia de um mês com preços médios de 1º ao último dia do mês anterior.

Entidade que calcula

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Famílias de 9 regiões metropolitanas, de Brasília e de Goiânia, com renda mensal de 1 a 8 salários mínimos e cujo chefe é assalariado

Medidas da Inflação

Page 46: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

46

DenominaçãoIPCA/IBGE

Índice de Preços ao Consumidor Amplo

Universo Pesquisado

Período de Comparação

Preços médios de 1º ao último dia de um mês com preços médios de 1º ao último dia do mês anterior.

Entidade que calcula

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Famílias de 9 regiões metropolitanas, de Brasília e de Goiânia, com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos e cujo chefe é assalariado.

Medidas da Inflação

Page 47: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

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DenominaçãoICV/DIEESE

Índice de Custo de Vida do DIEESE

Universo Pesquisado

Período de Comparação

Preços médios de 1º ao último dia de um mês com preços médios de 1º ao último dia do mês anterior.

Entidade que calcula

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos

Famílias assalariadas do município de São Paulo, para 3 faixas de renda: 1 a 3 SM, 1 a 5 SM e 1 a 30 SM. 1 a 30 SM é o mais divulgado

Medidas da Inflação

Page 48: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

48

DenominaçãoIGP-DI

Índice de Geral de Preços - disponibilidade interna

Universo Pesquisado

Período de Comparação

Preços médios de 1º ao último dia de um mês com preços médios de 1º ao último dia do mês anterior.

Entidade que calcula

Fundação Getúlio Vargas - RJ

Composto do ICV (municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo), IPA e INCC (estes dois últimos , com abrangência nacional), com pesos 3, 6 e 1, respectivamente.

Medidas da Inflação

Page 49: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

49

IGP-M

Índice de Geral de Preços para o Mercado

Universo Pesquisado

Período de Comparação

Preços médios do 21 de um mês com preços médios do dia 20 do próximo mês com preços do dia 21 do mês antecessor até e um mês com preços médios do dia 20 do mês anterior.

Entidade que calcula

Fundação Getúlio Vargas - RJ

Composto do ICV (municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo), IPA e INCC (estes dois últimos , com abrangência nacional), com pesos 3, 6 e 1, respectivamente.

Medidas da Inflação

Denominação

Page 50: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

50

Taxa de Inflação

Taxa de inflação do mês i =Índice do mês i

Índice do mês (i – 1 )– 1 . 100

A taxa de crescimento do índice é a taxa de inflação

Page 51: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

51

Indexação

ExemploDados:

IGP-DI ICV-DIEESE IPC-FIPE out/95 121,241 133,0517 out/96 133,517 102,503 149,1569 out/97 142,587 109,102

155,4380Atualize os seguintes valores:

a) R$ 100.000,00 de out/95 para out/96 pelo IGP-DI e pelo IPC-FIPE

b) R$ 1.000,00 de out/96 para out/97 pelo IGP-DI, pelo ICV-DIEESE e pelo IPC-FIPE

Page 52: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

52

• Após períodos de baixo desempenho econômico e pouca credibilidade na condução da política econômica, alguns países recorreram ao regime de metas inflacionárias.

• Baseados em uma maior transparência no novo regime, objetivavam tornar mais crível a política monetária e melhorar o desempenho da economia.

Sistemas de Metas Inflacionárias

Page 53: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

53

Jan

/00

Ap

r/0

0

Jul/0

0

Oct

/00

Jan

/01

Ap

r/0

1

Jul/0

1

Oct

/01

Jan

/02

Ap

r/0

2

Jul/0

2

Oct

/02

Jan

/03

Ap

r/0

3

Jul/0

3

Oct

/03

Jan

/04

Ap

r/0

4

Jul/0

4

Oct

/04

Jan

/05

Ap

r/0

5

Jul/0

5

90

100

110

120

130

140

150

160

170

180

190

200

IPP - Agregado IPR - Agregado

Page 54: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

54

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

IPP - Agregado

IPP - Sementes

IPP - Agrotóxico

IPP - Combustíveis

IPP - Fertilizantes

IPP - Mão-de-Obra

IPP - Serviços

Page 55: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

55

• Em relação ao Brasil, pode-se dizer que o regime de metas para controle da inflação pareceu ser a melhor opção para o governo em 1999 que tinha por objetivo evitar um recrudescimento inflacionário.

• Após meia década de utilização deste sistema, parece que a política econômica baseada no tripé câmbio flutuante, superávit primário adequado e metas para controle da inflação têm sido eficaz para manter a inflação sobre controle.

Sistemas de Metas Inflacionárias

Page 56: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

56

• Porém, o que tem preocupado alguns economistas é que o crescimento econômico brasileiro tem deixado muito a desejar.

• Existiria, então, alguma forma de se aprimorar o sistema de metas inflacionárias de forma que ela contribua para o crescimento econômico?

Sistemas de Metas Inflacionárias

Page 57: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

57

• Para alguns autores a principal tarefa é reforçar a credibilidade da política monetária de forma a dar maior estabilidade às expectativas inflacionárias, contribuindo positivamente para o investimento produtivo e para o crescimento econômico.

Sistemas de Metas Inflacionárias

Page 58: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

58

• Em termos de resultado, o Brasil ainda tem muito que conquistar, pois quando não se confia plenamente na meta a ser atingida, o Banco Central, a fim de cumpri-la, tem que impor custos mais altos à economia do que necessitaria caso houvesse plena credibilidade.

• Ou seja, uma maior credibilidade possibilitaria ao Banco Central praticar juros menores, exigindo menor sacrifício da economia.

Sistemas de Metas Inflacionárias

Page 59: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

Sistemas de Metas Inflacionárias Ano Meta (%) Banda

(p.p.)Limites Inferior e Superior (%)

Inflação Efetiva (IPCA % a.a.)

1999 8,00 2 6-10 8,942000 6,00 2 4-8 5,972001 4,00 2 2-6 7,672002 3,50 2 1,5-5,5 12,53

2003a 3,25 2 1,25-5,25 9,302003b 4,00 2,5 1,5-6,5 9,302004a 3,75 2,5 1,25-6,25 7,602004b 5,50 2,5 3-8 7,602005 4,50 2,5 2-7 5,692006 4,50 2 2,5-6,5 3,142007 4,50 2 2,5-6,5 4,462008 4,50 2 2,5-6,5 5,902009 4,50 2 2,5-6,5 4,312010 4,50 2 2,5-6,5 5,912011 4,50 2 2,5-6,5 6,502012 4,50 2 2,5-6,52013 4,50 2 2,5-6,5

Page 60: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

60

EXERCÍCIOS

1. Conceitue a inflação em breves palavras.2. A inflação atinge todas empresas com a

mesma intensidade? Justifique a resposta.3. Qual destas duas coisas tem maior efeito

sobre o IPC (Índice de Preço ao Consumidor): um aumento de 10% no preço do frango ou um aumento de 10% no preço do caviar? Por quê?

4. Cite alguns efeitos provocados por altas taxas de inflação sobre a economia.

Page 61: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

61

EXERCÍCIOS

5. Por que é importante que o Banco Central controle as taxas de crescimento da oferta de moeda?

6. Explique e comente o que é inflação de demanda.

7. Explique e comente o que é inflação de custo.

8. Por que a inflação causa redistribuição de renda?

Page 62: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

62

EXERCÍCIOS

9. O Banco Central envia pelo correio de maneira inesperada R$ 100 para todas as pessoas do país. Explique o efeito dessa decisão. Ilustre a sua resposta graficamente.

10. Com relação ao Índice de Preços ao Consumidor, assinale a alternativa falsa:a) É calculado através de uma cesta de produtosb) Pode variar de acordo com a cidade escolhida

para a coleta de preçosc) É especialmente preciso quando novos produtos

são introduzidos no mercadod) É, muitas vezes, utilizado para a revisão de

contratos

Page 63: 1 TEORIAS DA INFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO NO BRASIL

63

EXERCÍCIOS

11. Comente as notícias a seguir:

• Para o economista Eduardo Giannetti, “JK tentou acelerar artificialmente o desenvolvimento, sem fazer um esforço de poupança. Ele optou por emitir moeda para pagar os gastos públicos” . O resultado foi um estímulo à inflação. “O atalho utilizado pelo presidente foi um mecanismo de fraude a população”.

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EXERCÍCIOS

11. Comente as notícias a seguir:

b) “Grandes redes de supermercado da Argentina se comprometeram com o governo a prorrogar o congelamento de preços de cerca de 300 produtos de consumo básico até o fim de 2007 (...) O governo Kirchner decidiu adotar essa solução heterodoxa de controle de preços para combater a inflação que subiu 12,3% em 2005”.

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EXERCÍCIOS

12. Imagine que o Ministério dos Esportes tenha contratado um instituto de pesquisas para calcular a inflação na cesta de lazer daqueles que querem acompanhar os principais jogos dos times de futebol e vôlei do pais. Nessa cesta, os pesquisadores consideraram que uma família típica vai a seis partidas de futebol e a quatro de vôlei anualmente.

Ano Preço dos jogos de futebol

Preço dos jogos de vôlei

2.000 12,00 13,00

2.001 15,00 17,00

a) Calcule o valor da cesta a preços correntes em cada ano.

b) Calcule o número índice anual utilizando 2.000 como ano-base.

c) Calcule a inflação dos anos de 2.000 e 2.001.

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EXERCÍCIOS

12. Imagine que o Ministério dos Esportes tenha contratado um instituto de pesquisas para calcular a inflação na cesta de lazer daqueles que querem acompanhar os principais jogos dos times de futebol e vôlei do pais. Nessa cesta, os pesquisadores consideraram que uma família típica vai a seis partidas de futebol e a quatro de vôlei anualmente.

AnoPreço dos jogos

de futebolPreço dos jogos de

vôlei2.000 12,00 13,002.001 15,00 17,00

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EXERCÍCIOS

a) Calcule o valor da cesta a preços correntes em cada ano.

b) Calcule o número índice anual utilizando 2.000 como ano-base.

c) Calcule a inflação dos anos de 2.000 e 2.001.

AnoPreço dos jogos

de futebolPreço dos jogos de

vôlei2.000 12,00 13,002.001 15,00 17,00

12.

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EXERCÍCIOS

13. Dados:

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IGP-DI ICV-DIEESE IPC-FIPE out/95 121,241 133,0517 out/96 133,517 102,503 149,1569 out/97 142,587 109,102

155,4380Atualize os seguintes valores:

a) R$ 100.000,00 de out/95 para out/96 pelo IGP-DI e pelo IPC-FIPE

b) R$ 1.000,00 de out/96 para out/97 pelo IGP-DI, pelo ICV-DIEESE e pelo IPC-FIPE