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2 LUCIANO FINATO Acompanhamento da colheita e pós-colheita de maçãs, pêssegos e ameixas na Empresa Frutícola Aguas Brancas em Urubici/SC Bento Gonçalves 2011 Trabalho de conclusão de curso do Curso Superior de Tecnologia em Horticultura, pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Bento Gonçalves. Orientador(a): Dr. Andressa Comiotto Supervisor(a): Savas Agripa de Oliveira

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LUCIANO FINATO

Acompanhamento da colheita e pós-colheita de maçãs, pêssegos e ameixas na

Empresa Frutícola Aguas Brancas em Urubici/SC

Bento Gonçalves

2011

Trabalho de conclusão de curso do Curso

Superior de Tecnologia em Horticultura, pelo

Instituto Federal de Educação Ciência e

Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Bento

Gonçalves.

Orientador(a): Dr. Andressa Comiotto

Supervisor(a): Savas Agripa de Oliveira

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA CAMPUS BENTO GONÇALVES

LUCIANO FINATO

Acompanhamento da colheita e pós-colheita de maçãs, pêssegos e ameixas na

Empresa Frutícola Aguas Brancas em Urubici/SC

Bento Gonçalves

2011

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Resumo

O estágio para a conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Horticultura foi

realizado na empresa Frutícola Aguas Brancas no município de Urubici, Santa Catarina

sob a supervisão do Agrônomo Savas Agripa de Oliveira e orientação acadêmica da

professora Dra. Andressa Comiotto.

No estágio foram desenvolvidas e observadas atividades como: ponto de colheita, poda

verde, colheita, armazenamento, classificação e comercialização de frutos. Referente à

colheita e pós-colheita das culturas da maçã, do pêssego e da ameixa. As atividades

foram realizadas no packing house e à campo. O estágio permitiu um grande

aprendizado a nível prático e teórico, contribuindo para a formação profissional.

Palavras-chave: ponto de colheita, colheita, armazenamento, classificação,

comercialização.

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Abstract

The stage for the completion of Technology Degree in Horiculture Fruit Company was

held in the municipality of Aguas White Urubici, Ontario under the supervision of

Agronomy Savas Agripa de Oliveira and academic guidance of Professor Dr. Andressa

Comiotto. On stage were developed and observed activities such as point ofharvest,

summer pruning, harvesting, storage, grading and marketing of fruit. Regardingpost-

harvest and harvest crops of apple, peach and plum. The activities were carried out in

the field and packing house. The stage allowed a great learning practical and theoretical

level, contributing to the training.

Keywords: point of harvest, harvesting, storage, grading, marketing.

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Lista de Ilustrações

Figura 1- Caixa plástica de 20 kg....................................................................................17

Figura 2- Visualização da cor de frutos...........................................................................18

Figura 3- Maquina classificadora pêssego e ameixa.......................................................19

Figura 4- Transporte dos frutos.......................................................................................19

Figura 5- Visualização do receptáculo floral...................................................................21

Figura 6- Bins com maçã................................................................................................22

Figura 7- Bins forrado com plástico bolha......................................................................22

Figura 8- Chegada dos frutos no “packing house"..........................................................23

Figura 9- Classificação e embalagem dos frutos.............................................................23

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Sumario

Resumo ............................................................................................................................. 2

Abstract............................................................................................................................. 5

1 Introdução...................................................................................................................... 8

2 Caracterização do Local da Realização do Estágio....................................................... 9

2.1 Município de Urubici/ SC .......................................................................................... 9

2.2 Caracterização da Empresa......................................................................................... 9

3.1 Pêssego (Prunus Persica)......................................................................................... 11

3.2 Ameixa (Prunus domestica) ..................................................................................... 14

3.3 Maçã (Malus domestica) .......................................................................................... 15

4 Atividades Realizadas.................................................................................................. 18

4.1 Atividades com a Cultura da Ameixa....................................................................... 18

4.1.1 Poda verde nas ameixeiras..................................................................................... 18

4.1.2 Colheita Ameixa.................................................................................................... 18

4.1.3 Ponto de Colheita .................................................................................................. 20

4.1.4 Manejo Pós-Colheita ............................................................................................. 20

4.1.5 Transporte.............................................................................................................. 21

4.2 Atividades na Cultura do Pêssego ............................................................................ 22

4.3 Atividades na cultura da Maçã ................................................................................. 22

4.3.1 Ponto de colheita ................................................................................................... 23

4.3.2 Colheita.................................................................................................................. 23

4.3.3 Armazenamento..................................................................................................... 24

4.3.4 Classificação e seleção .......................................................................................... 25

5 Comercialização .......................................................................................................... 26

6 Considerações Finais ................................................................................................... 28

7 Referencias Bibliográficas........................................................................................... 29

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1 Introdução

O estágio curricular foi realizado na empresa Frutícola Águas Brancas, sediada

no município de Urubici, Santa Catarina. Foi desenvolvido no período de 20 de

dezembro de 2010 à 25 de março de 2011, totalizando 450 horas, sob orientação

profissional do Engenheiro Agrônomo Savas Agripa de Oliveira e orientação acadêmica

da professora Dra. Andressa Comiotto.

Durante o período de estágio foram acompanhadas diversas atividades bem

como: ponto de colheita, colheita, transporte, armazenamento, seleção e classificação e

comercialização das culturas da macieira, pessegueiro e ameixeira. No primeiro período

do estágio, foi acompanhado um pomar de pêssegos e ameixas, o qual fornece sua

produção à empresa onde foi realizado o estágio. Sendo que o pomar era assistido pelo

mesmo responsável técnico da empresa Frutícola Águas Brancas.

O segundo período de estágio, foi realizado no pomar da empresa que está

localizado no município de Uribici, Santa Catarina. A fazenda tem aproximadamente

500 ha, onde são aproveitados aproximadamente 50 ha para a produção da cultura da

macieira, fica localizada a 18 km da cidade.

Durante o terceiro período de estágio, acompanhou-se a comercialização dos

produtos da empresa Frutícola Aguas Brancas no CEASA de Florianópolis, onde pode-

se acompanhar e entender estar por dentro do mercado atual.

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2 Caracterização do Local da Realização do Estágio

2.1 Município de Urubici/ SC

Urubici localizada no Vale do Rio Canoas, se destaca pela produção de

hortaliças sendo o maior produtor de Santa Catarina. Também se destaca pelo cultivo de

maçã, especialmente com a variedade Gala, considerada a melhor de toda a região

serrana, destacando-se também pelo cultivo de erva-mate. Cidade com uma população

de aproximadamente 10.700 habitantes, com uma área territorial de 1.019.236 km², sua

altitude é de aproximadamente 2.000 m, faz muito frio com geadas e neve, devido essa

altitude tem o conceito de ter as mais belas maçãs(Urubici, 2011).

2.2 Caracterização da Empresa

A empresa Frutícola Águas Brancas teve seu início no município de Urubici,

Santa Catarina, no ano de 1996 pelo proprietário Paulo Alberto Momo que na época

exercia a profissão de bancário, conhecia muito bem a região e sabia o potencial que a

mesma tinha para produzir maçãs de qualidade, como já tinha terras no interior do

município montou um pomar. Mas queria um diferencial, na época tinha muitas

novidades na produção de maçã, estavam sendo lançados os sistemas de Maruba com

filtro e clones do grupo Fugi, com maior destaque a fugi suprema que destaca

principalmente por sua coloração. Partindo deste pressuposto, foi um grande desafio

pois estava sendo o pioneiro no município desse tipo de variedade (MOMO 2011,

comunicação pessoal).

Com o tempo o negócio continuou a crescer e no ano de 2000 aumentando sua

produção decidiu sair do banco e se envolver mais na plantação, compra e venda de

maçã, com maior volume de produto. No ano de 2005 com a parceria de uma empresa

paulista investiu em infra-estrutura. Comprou uma área de terra de 20 000m² à 3 km da

sede do município para construção de um packing house onde montou uma infra-

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estrutura de 3 600 m², com capacidade de armazenamento de 8 mil toneladas de frutas, e

uma capacidade de embalagem de 20 toneladas dia. A partir daí dava-se início aos

trabalhos da empresa surgindo então a Frutícola Águas Brancas (MOMO 2011,

comunicação pessoal).

Teve início um novo trabalho na empresa e com isso foi criado uma nova marca

PAM FRUTAS, para facilitar suas vendas. No ano de 2009 surge a preocupação de

comercializar toda a produção então a empresa investiu na capital adquirindo um espaço

no CEASA de Florianópolis, tendo o nome de PAM FRUTAS, no início dos trabalhos o

objetivo principal era vender seu próprio produto mas com o decorrer do tempo notou-

se que precisava de um diferencial então passaram a comercializar vários produtos.

Hoje com uma mescla de mais de 20 produtos. PAM FRUTAS é responsável pela

comercialização de parte da produção da empresa e uma mescla de outros produtos:

maçã, frutas de caroço, frutos tropicais e outros. A Frutícola Águas Brancas pós-

colheita classificação, embalagem e comercialização da maçã e frutos de caroço

(MOMO 2011, comunicação pessoal).

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3 Revisão Bibliográfica

3.1 Pêssego (Prunus Persica)

O pessegueiro, Prunus persica (L.) Batsch, pertence à família Rosaceae,

subfamília Prunoideae, tribo Amigdaleae, gênero Prunus, subgênero Amigdalus, seção

Euamigdalus. Ao subgênero Amigdalus pertencem dezessete espécies, mas somente o

pessegueiro, a ameixeira (P.salicina) e a amendoeira (P.amygdalus) são muito

cultivados (SACHS; CAMPOS, 1998).

O pessegueiro é uma espécie nativa da China, porém seu nome é originário da

Pérsia, provavelmente por ter sido disseminado na Europa a partir desse país. Foi

introduzido no Brasil em 1532, por Martim Afonso de Souza, no estado de São Paulo,

por meio de mudas trazidas da Ilha da Madeira, passando a ter importância comercial

somente a partir da década de 1960. Mais tarde esta cultura espalhou-se para o sul do

país, chegando ao Rio Grande do Sul, onde se adaptou ao clima e solo da Serra Gaúcha

e também na região sul do Estado, sendo até hoje uma das suas principais culturas

frutíferas (SACHS e CAMPOS, 1998).

No Brasil, o pessegueiro é encontrado em vários estados, mas sua exploração

com fins comerciais concentra-se nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa

Catarina, Minas Gerais e Paraná, sendo a sua comercialização realizada por dois canais

diferenciados: a indústria processadora e o mercado para o consumo in natura

(DORNFELD e NANTES, 2008).

O Rio Grande do Sul possui plantio de pessegueiros em todas as regiões, no

entanto, a sudeste possui a maior área plantada do estado, com 8.266 ha, produzindo

62.413 t. Em segundo lugar, tanto na área plantada quanto na quantidade produzida

encontra-se a região Nordeste com 3.343 ha e 45.320 t. O Noroeste do estado participa

com 1.828 ha e 11.495 t. A região metropolitana, com 557 ha e 4.204 t. As regiões com

menor plantio e produção são a centro oriental, com 424 ha e 2.911 t, a sudoeste 282 ha,

1.651 t e a centro ocidental, com 233 ha e 1.038 t (IBGE, 2011).

O pessegueiro é uma planta de porte médio a grande, quando deixado crescer

livremente pode atingir de 4 a 6 metros de altura ou até mais, dependendo das condições

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de solo e clima. A condução ideal pode ser em taça ou no sistema de Y (BARBOSA e

RASEIRA,1998).

Na parte aérea os ramos jovens apresentam coloração verde e ramos de ano ou

mais possuem coloração marrom lenhoso. De acordo com a distribuição das gemas de

flor os ramos são classificados como ramos mistos, brindilas, dardos ou ladrões. Os

ramos mistos têm como característica o comprimento de 20cm a 1m, são portadores de

gemas de flor e lenho, geralmente terminando em gema de lenho. As Brindilas têm

como característica o comprimento de 15 a 30 cm e são portadoras de gemas de flores,

são grandes responsáveis pela produção. Os dardos são ramos curtos de gema apical, de

lenho e flor. Também são importantes para a produção. Os ladrões são ramos de grande

vigor que crescem verticalmente à planta, são ramos de lenho que não tem a finalidade

de produção, portanto há a necessidade da retirada dos mesmos (poda verde)

(BARBOSA e RASEIRA,1998).

O pessegueiro necessita três fazes fundamentais para sua formação. Estádio 1:

Ocorre logo após o início do desenvolvimento do fruto, com predomínio da divisão e

multiplicação celular, durando aproximadamente quatro semanas. Estádio 2: Nesta fase

ocorre crescimento lento do fruto. Neste estádio ocorre lignificação do endocarpo

(endurecimento do caroço) e crescimento do endosperma. Estádio 3: Fase em que a

expansão celular recomeça na polpa (mesocarpo). A fruta continua a aumentar de

tamanho até alcançar a completa maturidade, depois da qual o crescimento diminui

marcadamente chegando ao ponto final da sua formação(GIRARDI e ROMBALDI,

2005).

As principais doenças da cultura do pessegueiro são: Podridão parda (Monilinia

fructicola), Ferrugem (Transchelia discolor), e Crespeira (Taphrina deformans), estas

doenças podem causar grandes prejuízos para a cultura se não prevenidas e controladas.

A cultura também sofre o ataque de pragas como Mosca- das frutas (Anastrepha

fraterculus), e Mariposa oriental (Grapholita molesta), estas pragas atacam diretamente

os frutos causando diversos prejuízos (BARBOSA e RASEIRA, 2008).

A maturação do fruto se caracteriza pela mudança de cor, aroma, sabor e textura,

proporcionando condições ideais para seu consumo. Por ser uma fruta climatérica é

importante ter conhecimento do ponto colheita. Levando-se em conta sempre o que vai

ser feito com esse fruto posteriormente, se for vendido logo ou armazenado. O ponto de

colheita pode se basear, por métodos físicos, químicos e fisiológicos ou na combinação

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entre eles, de maneira que o produto possa chegar até o consumidor com qualidade

proporcionando satisfação (GIRARDI e ROMBALDI, 2005).

Cor do fruto um método muito usado para saber o ponto certo de colheita, é

observando a maneira e quando o fruto troca de cor, isso ocorre posteriormente a casca

do fruto começar a mudar sua cor de fundo. No processo de maturação passando de cor

verde para um branco-creme (cultivares de polpa branca) ou amarelo-clara (cultivares

de polpa amarela), tendo uma base confiável para o processo de colheita (GIRARDI e

ROMBALDI, 2005).

A colheita é uma operação importante e delicada, pois condiciona a qualidade

pós-colheita do fruto. Assim, os dois aspectos mais importantes na colheita são realizar

a colheita de forma cuidadosa e colher a fruta com a maturação adequada. Para cumprir

esses objetivos, é necessária uma adequada coordenação entre todos os recursos

humanos, a maturação da fruta, as condições ambientais, os recursos técnicos e os

equipamentos. A colheita deve ser uma operação muito bem programada, com os chefes

de equipe ou responsáveis, no campo. Estes devem saber exatamente qual o tipo de fruta

a ser colhida e os cuidados com ela, no momento da colheita e durante o transporte. As

caixas ou bins de colheita devem estar em boas condições, limpos e desinfestados

(GIRARDI e ROMBALDI, 2005).

Na câmara fria o pêssego fica numa temperatura de -0,5º e 0º C e uma umidade

relativa do ar entre 90% a 95%, sendo o ideal para a sua conservação, importante a fruta

não ter variações de temperatura e umidade dentro da câmara, pois poderão ocorrer

perdas tanto por congelamento dos frutos quando temperaturas muito negativas ou ate

temperaturas elevadas acelerando o processo de maturação e escurecimento interno do

fruto. A umidade relativa do ar também não pode sofrer alterações pois abaixo da faixa

citada ocorre a desidratação (murchamento) e se for muito alta aumentam as podridões

(GIRARDI e ROMBALDI, 2005).

O transporte de pêssegos pode ser realizado por via terrestre, aérea e marítima,

ou combinações entre elas, em função da distância do mercado e dos preços. Existem

requerimentos comuns e limitações a estes meios, sendo essencial conhecer os

fundamentos técnicos para otimizar o manejo da fruta. A maior parte do pêssego no

Brasil é transportado por via terrestre, em muitos casos sem refrigeração. O transporte

refrigerado ou caminhões com lona térmica está sendo usado por produtores para as

frutas de melhor qualidade (GIRARDI e ROMBALDI, 2005).

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Logo após a colheita, os frutos devem ser selecionados e classificados. Chama-

se seleção e classificação o ato de separar as frutas segundo a sanidade, forma,

coloração e dimensão. Esse processo pode ter início na colheita - colheita seletiva. - São

separadas ou descartadas as frutas muito verdes, manchadas, podres ou muito pequenas.

Mas é no galpão onde acorre o processo final (GIRARDI e ROMBALDI, 2005).

3.2 Ameixa (Prunus domestica)

Muitos botânicos indicam ser a ameixeira o núcleo central de divergência do

gênero Prunus, que por sucessivas variações originou as diferentes frutas da família das

Rosáceas. Duas espécies principais abrangem a maiorias das cultivares atualmente

existentes. Uma dessas é denominada Prunus doméstica (L.) Vários botânicos

acreditam que Prunus doméstica L., vulgarmente conhecida como ameixeira européia,

teve origem em uma região compreendida entre o sul do Cáucaso e o norte da Pérsia

(CASTRO, 2003).

A ameixeira é uma das plantas frutíferas que mais se difundiu pelo mundo,

sendo cultivada em várias condições climáticas em virtude das diversas espécies

existentes. Muito apreciada no Brasil e no mundo. A produção nacional da ameixa tem

aumentado a cada ano, mas ainda não conseguindo atender a demanda do mercado

interno, com isso tem um alto custo de mercado e assim tendo que importar a fruta de

outros países. O estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor, seguido por Santa

Catarina, São Paulo, Paraná e Minas Gerais (CASTRO, 2003).

Planta é de porte médio a grande, em condições favoráveis ela apresenta alto

vigor, fator que exige realizar tratos culturais como: poda verde, raleio, poda de

formação. Devido seu porte é muito exigente em fertilidade. É uma planta exigente em

horas de frio aproximadamente 500 horas, entram no período de dormência após a

queda das folhas e começo do inverno, essas 500 horas são dadas quando o frio esta

abaixo de 7,2° C de temperatura. A grande preocupação é na época da floração por que

as cultivares são auto in férteis, precisam de polinização cruzada, precisando de clima

favorável (CASTRO, 2003).

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Na cultura da ameixa deve-se ter cuidado com a incidência de doenças e as

pragas. Sendo que as principais doenças são: escaldadura das folhas (Xylella fastidiosa),

bacteriose da ameixeira (Xanthomonas arborícola) pv.pruni, podridão parda (Monilinia

fructicola) e sarna (Cladosporium carpophilum). E as pragas são: mosca-das-frutas

(Anastrepha fraterculus) e mariposa oriental (Grapholita molesta) (FORTES e

OSORIO, 2003).

Durante a maturação da ameixa acontecem mudanças de cor, sabor, aroma e

textura. As mudanças proporcionam condições organolépticas ótimas, que asseguram a

qualidade comestível do fruto. Sofrendo também alterações: na produção de etileno,

mudança na coloração, transformação químicas que atingem os carboidratos, os ácidos

as proteínas e as pectinas (GIRARDI e ROMBALDI, 2005).

A determinação do ponto de colheita é de extrema importância. Isso permite

assegurar uma boa conservação, adequada resistência ao transporte e a manutenção das

condições necessárias para que a fruta chegue até o consumidor com qualidade. Para

saber o ponto certo de colheita podem se basear por métodos físicos, químicos,

fisiológicos ou combinações entre eles, sendo: Cor: na epiderme ou na casca da ameixa,

podendo distinguir a cor de superfície (vermelha, amarela, rosa, preta e azul-escuro

devido a variedade) e a cor de fundo verde. Com o avanço de maturação a cor de fundo

fica mascarada pela cor de superfície (CASTRO, 2003).

3.3 Maçã (Malus domestica)

A macieira pertence à família das Rosaceae, subfamília Maloidae (Pomoidae),

gênero Malus. Apesar de serem citados vários nomes para a espécie, a denominação

Malus domestica é a primeira denominação válida publicada para a macieira cultivada,

segundo o Código Internacional de Nomenclatura para plantas Cultivadas (PETRI e

LEITE, 2008).

A cultura está distribuída nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, sendo Santa Catarina o maior produtor, vindo

a seguir o Rio Grande do Sul. A evolução dos plantios foi rápida, chegando em 2008

com 34 mil hectares e uma produção em torno de 850 mil toneladas. A partir de 1988, o

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Brasil passou a exportar maçãs, atingindo a auto-suficiência em 1998, quando as

exportações ultrapassaram as importações (PETRI e LEITE, 2008).

A maçã está entre as quatro frutas mais consumidas no mundo. No Brasil, é

comercializada os doze meses do ano e distribuída em todo o País. A macieira é uma

planta perene de folhas caducas que entra em estado de paralisação aparente, no

inverno, chamado de dormência. Para sair da dormência e iniciar a brotação na

primavera, as plantas precisam, no inverno, de certa quantidade de horas de frio abaixo

de 7,2º C. Essa necessidade de frio varia de acordo com a cultivar, havendo hoje, devido

ao melhoramento genético, uma gama de cultivares com necessidades entre 200 e 1.000

horas de frio. Quando plantada em regiões onde o frio é insuficiente para promover uma

boa brotação, o uso de produtos químicos específicos para a indução da brotação se faz

necessário. A produção de mudas é realizada pelo método de enxertia, sendo os porta-

enxertos multiplicados pelo método de mergulhia ou através de micropropagação. O

porta-enxerto determina o porte da planta, sendo mais utilizados no Brasil o M-9 (anão),

M-7 (semivigoroso) e Marubakaido (vigoroso). Com o porta-enxerto Marubakaido, é

utilizado o interenxerto de M-9 para reduzir o vigor da planta. A densidade de plantio

depende do porta-enxerto e do sistema de condução utilizado, variando de 1.000 a 3.500

plantas/ha, com espaçamentos de 3,0 a 5,0m x 0,8 a 2,5m. As cultivares Gala e Fuji e

seus clones, com melhor coloração vermelha dos frutos, ainda representam 90% da

produção, mas a tendência é de haver maior diversificação com a disponibilidade de

novas cultivares, mais adaptadas ao clima do Sul do Brasil e com resistência às

principais doenças, oriundas do programa de melhoramento genético. A macieira exige

polinização cruzada, necessitando do plantio de duas ou mais cultivares, sendo que nos

novos plantios vêm sendo utilizadas plantas do gênero Malus com o fim específico de

polinização. A maioria dos pomares está sendo conduzido no sistema de líder central,

com necessidade de sistema de sustentação quando utilizado porta-enxerto anão. A

colheita ocorre de dezembro e abril em função da cultivar e das particularidades

climáticas de cada região, sendo a maior concentração entre fevereiro a abril. A

produtividade esperada em plantios que utilizam a tecnologia disponível fica entre 40 e

60 t/ha. Os frutos são comercializados em caixas de 18 quilos e classificados de acordo

com o número de frutos por caixa (PETRI e LEITE, 2008).

No município de Urubici. Quantidade produzida de maçã 21.390 toneladas, área

plantada 713 hectares, área colhida 713 hectares e rendimento médio 30.000

quilogramas por hectare (IBGE, 2011).

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Existem diversas maneiras de obter o ponto de colheita são eles firmeza de

polpa, quando aumenta a maturação menor à firmeza de polpa, Sólidos solúveis

aumentam devido a maturação, acidez titulavel diminui durante o período de maturação

e a coloração dos frutos passando de cor verde para um vermelho (EPAGRI, 2006).

As frutas devem ser colhidas no momento adequado, segundo a espécie,

variedade e a utilização prevista, ou seja, armazenamento a curto, médio ou longo

prazo, ou mesmo a comercialização imediata (mercado interno ou exportação). Para

isso, deve-se assegurar que os índices mínimos de maturação estabelecidos pela

pesquisa sejam respeitados no início da colheita e no posterior armazenamento e/ou

comercialização, permitindo com isto, uma máxima eficiência na conservação e

manutenção da qualidade interna e externa da fruta (EPAGRI, 2006).

A maior parte da produção de maçã é destinada ao armazenamento, permitindo a

comercialização durante longos períodos após a colheita. Para ter um armazenamento

satisfatório é preciso ser efetuada uma colheita no momento certo, com frutos com

qualidade com isso potencializando ainda mais o tempo do fruto armazenado

permanecendo a qualidade desejada sem haver perdas principalmente por podridões.

Sendo que as câmaras frias de atmosfera refrigerada ficam numa temperatura de 0º a 1º

C com a umidade relativa do ar acima dos 90%, esses índices são o ideal para o

armazenamento, pois se houverem muitas variações de temperatura podem ocorrer

perdas do produto (EPAGRI, 2006).

A norma de classificação da maçã tem por objetivo definir as características de

identidade, qualidade, acondicionamento, embalagem e apresentação da maçã para fins

de comercialização de fruta destinada ao consumo in natura. A maçã classificada por

cat, são três as classificações, 1,2,3 devido as cores, cat 1, coloração excelente, cat 2,

coloração mediana, cat 3, coloração inferior. Também são classificados por calibre,

quanto maior o calibre menor o fruto, sendo que esse calibre corresponde a quantidade

de frutos postos dentro das caixas de 18 kg (EPAGRI, 2006).

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4 Atividades Realizadas

4.1 Atividades com a Cultura da Ameixa

4.1.1 Poda verde nas ameixeiras

Durante o estágio pode-se acompanhar e realizar a poda verde da cultura da

ameixa. Essa prática, que consiste em retirar os galhos indesejados voltados para o

interior da planta, é realizada para ter maior insolação no interior da planta e

melhorando a qualidade dos frutos, além de diminuir indiretamente a quantidade de

aplicações fitossanitárias.

4.1.2 Colheita Ameixa

Acompanhou-se e realizou-se a colheita. No pomar a colheita era planejada

buscando orientar os safristas, colher no ponto de colheita, devido a ameixa ter uma área

maior cultivada expressando maior potencial produtivo sendo aproximadamente 13

hectares. Devido às três variedades cultivadas no pomar a colheita inicia-se no final de

dezembro e se estendeu até fevereiro, sendo a principal cultivar, a Letícia, devido ao seu

potencial produtivo.

Em virtude do tamanho do pomar, são contratados de 15 a 20 safristas para

trabalharem durante o período da colheita.

No pomar de ameixeiras, foram utilizadas as boas práticas agrícolas e explicadas

aos safristas contratados por Paulo A. Momo, boas práticas como evitar usar unhas

compridas, anéis, evitar bater os frutos foram explanados aos safristas. No começo da

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safra os safristas recebiam uma sacola e uma escada, sendo que todas as sacola foi

numerada e toda vez que era efetuado o pagamento dos safrista eram conferidas essas

sacolas, para ter o controle e não sumir.

Todas essas pessoas eram acompanhadas, sendo orientadas diariamente por

estagiários para colher os frutos no ponto certo de maturação. Devido à

desuniformidade no amadurecimento das ameixas, era necessário passar três a quatro

vezes as mesmas plantas.

Os frutos eram colhidos, armazenados e transportados todos em caixas plásticas

de 20kg(figura 1)facilitando a operação logística.

Figura 1: Caixa plástica de 20kg

Todos os dias antes de começar a colheita eram espalhadas as caixas nas linhas,

para isso duas pessoas passavam para colocar essas caixas, conforme iam sendo cheias

as caixas essas pessoas passavam para recolher, para isso era usado um trator com um

caroção articulado, depois de recolhidas eram depositadas em uma plataforma

facilitando a forma de carregamento. Essa plataforma fica em local sombreado e fresco

para amenizar perdas por insolação e calor. Na forma de depositar os frutos nas caixas

orientava-se para não deixar frutos desuniformes, devido aos choques mecânicos.

Eram contabilizados todos os gastos por dia, no período da colheita. Isso se dava

pelo controle, contabilizando os gastos com mão-de-obra, diesel e alimentação, no

pomar se tinha um gasto diário de 1000 reais por dia, para cobrir esse gasto era preciso

colher um caminhão por dia 12 mil kg, aproximadamente 400 a 500 caixas de frutos.

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4.1.3 Ponto de Colheita

No pomar onde foi realizado o estágio o método utilizado para determinar o

ponto de colheita era o visual, baseado na coloração da epiderme dos frutos(figura 2). O

responsável Savas juntamente com os estagiários, acompanhava o processo da

maturação e observava o ponto certo para efetuar a colheita sem ocorrer perdas. Como

o pomar era dividido em quadras no fim de cada dia era observado onde seria feita a

próxima colheita.

Figura 2: Visualização da cor de frutos

4.1.4 Manejo Pós-Colheita

Após a colheita o fruto era levado para os galpões onde eram selecionados,

classificados, embalados e destinados para o mercado consumidor.

Os frutos chegavam do campo e eram descarregados em paletes e armazenados

em câmara fria refrigerada, em temperatura de 0° a 1°C e umidade relativa acima de

90%. Conforme a necessidade de comercialização, os frutos eram retirados e passavam

pelo processo de classificação e seleção, embalados em caixas de 6, 8 ou 20Kg,

dependendo do destino da comercialização(figura 3).

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Figura 3: Máquina classificadora pêssego e ameixa

O processo de classificação e seleção dos frutos era mecanizado e os frutos são

separados por tamanho, deixando os frutos mais apresentáveis e melhorando o potencial

de comercialização.

4.1.5 Transporte

O transporte dos frutos era feito todo por via terrestre, em carrocerias abertas,

cobertos por lona (figura 4). Os frutos saiam do pomar indo ate os galpões onde ficavam

armazenados nas câmaras frias.

Figura 4: Transporte dos frutos

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4.2 Atividades na Cultura do Pêssego

Devido o período da colheita dos pêssegos ocorrer na mesma época das ameixas,

são utilizados os mesmos equipamentos e técnicas. Porém, ao fato da maior

perecibilidade dos pêssegos havia maior cuidado com o pêssego como: evitar bater os

frutos nas caixas.

Observou-se, durante a colheita, pêssegos da cultivar Eragil manchados na

epiderme, prejudicando a comercialização dos mesmos. O técnico atribuiu esses

sintomas ao contato da epiderme com a umidade, tanto proveniente do orvalho, quanto

da chuva.

O processo de armazenamento utilizado para os pêssegos é muito semelhante ao

da ameixa, pois os são armazenados em câmaras frias de atmosfera refrigeradas e

retirados somente para a comercialização. Após o período de armazenamento os frutos

eram selecionados, classificados e embalados na mesma máquina utilizada para as

ameixas, diferindo somente na regulagem quanto ao tamanho dos frutos, maiores em

pêssegos.

4.3 Atividades na cultura da Maçã

No período de estagio teve-se a oportunidade de acompanhar a colheita,

armazenamento e embalagem da maçã.

A empresa possui uma fazenda no município de Urubici onde produz maçãs das

cultivares Gala e Fuji. Sendo do grupo Gala: Imperial Gala e Red Gala e do grupo Fuji:

a Fuji Suprema. Devido a localização do pomar esses dois grupos foram os que mais se

adaptaram ao clima do município.

No pomar, segundo com o técnico responsável ocorreram problemas com

doenças que atacam a maçã como: a sarna-da-macieira (Venturia inaequalis) e

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glomerella (Colletotrichum gloeosporioides) e distúrbios fisiológicos como o russeting,

causados pelo frio, deficiência nutricional e pulverizações à base de cobre.

4.3.1 Ponto de colheita

No pomar, para determinação do ponto de colheita, o técnico responsável

observava primeiramente a coloração da epiderme dos frutos, por ser um método mais e

por não precisar de aparelho específico e depois o receptáculo floral (figura 5), pois

quando este está aberto o fruto está no ponto de maturação ideal para efetuar a colheita,

caso contrário, não estavam pronto para a colheita.

Figura 5: Visualização do receptáculo floral

4.3.2 Colheita

No campo, após a colheita, os frutos eram depositados em bins de madeira

(figura 6), forrados com plástico bolha (figura 7) para não danificar os frutos. Os bins

eram espalhados pelo pomar e recolhidos do mesmo através de tratores até um ponto

central no pomar, coberto por plástico do tipo sombrite, e após, os bins eram

transportados do pomar ao packing house por caminhões. Eram colhidos

aproximadamente 60 a 70 bins por dia, aproximadamente 25 a 30 toneladas de frutos

por dia. Em alguns momentos do estágio teve-se a oportunidade de manusear os

tratores, transportando bins vazios e recolhendo os cheios do pomar. Para efetuar a

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colheita, a empresa utilizava seus próprios bins, sendo utilizado por ano cerca de 2 mil

na sua produção, totalizando 4 mil bins na empresa toda.

Cada equipe de colheita tinha uma pessoa responsável, marcado nos bins.

Ao final da fileira os frutos caídos ao chão, estragados ou pela própria colheita,

eram recolhidos e mandados para a indústria, diminuindo a incidência de doenças no

pomar.

Figura 6: Bim com Maçãs

Figura 7: Bins forrado com plástico bolha

4.3.3 Armazenamento

Os frutos que chegavam ao galpão (figura 8) e eram armazenadas nas câmaras

frias da empresa. A empresa possui quatro salas de armazenamento com capacidade de

500 toneladas cada uma.

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Figura 8: Chegada dos frutos no “packing house"

Os frutos, assim que chegam ao “packing house" de caminhão, dentro dos bins,

passam pelo controle de chegada.

4.3.4 Classificação e seleção

A classificação e embalagem dos frutos na empresa é mecanizada. A máquina

seleciona quanto ao tamanho, qualidade e cor (figura 9). Para esta operação, a mão-de-

obra contratada é toda do município e precisam trabalhar utilizando equipamentos de

proteção individual como luvas, mascaras, protetores auricular e jaleco.

Após a classificação, os frutos são embalados em caixas de papelão e após

destinados aos consumidores.

No período de estágio foi acompanhado e supervisionado o processo de

classificação e embalagem dos frutos.

Figura 9: Classificação e embalagem dos frutos

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5 Comercialização

Foi acompanhada a comercialização dos frutos no Box da empresa Pam Frutas

no CEASA de Florianópolis.

A Central de Abastecimento do estado de Santa Catarina, CEASA/SC, seu

objetivo é funcionar como elo entre o produtor e o consumidor por meio da

comercialização atacadista e varejista de pescado, produtos hortifrutigranjeiros,

alimentos e insumos orgânicos, produtos ornamentais e de floricultura e artesanais. Para

isso a CEASA busca disponibilizar instalações adequadas, orientar, disciplinar e

organizar o mercado, de modo a torná-lo mais acessível ao produtor rural. Está

localizado na margem da BR 101, no município de São José, Santa Catarina (CEASA/

São Jose, SC, 2011).

A CEASA por ser muito grande proporciona para a fruta efetuar grandes vendas,

ali passam todos os dias grandes empresas consumidoras, como redes de supermercados

mercados, sendo uma venda direta por isso quando se tem produtos de qualidade pode

ser um bom investimento para empresas que trabalham com frutas.

Para a empresa, ao adquirir o espaço no CEASA foi uma das saídas para a venda

da sua produção. Para isso foi criada um novo logotipo PAM FRUTAS, de maneira que

fosse vendido principalmente a maçã produzida nos pomares da empresa, ameixa e

pêssego, juntamente com mais de 15 variedades de outros frutos, devido à grande

concorrência no mercado, o proprietário, juntamente com seus colaboradores,

pesquisaram e estudaram os produtos comercializados e que estavam em falta no

mercado, identificando a manga dentre eles (MOMO 2011, comunicação pessoal).

No período de estágio pode-se observar que pesquisa realizada estava surtindo

efeito, pois, no box, o principal produto vendido era a manga vinda de Natal, RN, cerca

de um caminhão por semana. Momo 2011, comunicação pessoal, destaca que para as

vendas, é muito importante ter um produto em destaque, pois na medida em que o

cliente procura este produto, automaticamente observa as demais ofertas.

Devido a oferta da ameixa no mercado não se teve dificuldade de efetuar sua

comercialização, pois o produto era de qualidade e com muitos dias de prateleira. Foram

comercializadas aproximadamente 230 toneladas da ameixa com um preço médio ou

aproximado de R$ 2 reais ao kg, toda ameixa embalada em caixas de 6,8 e 20kg. Os

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pêssegos foram comercializadas aproximadamente 120 toneladas com um preço médio

ou aproximado de R$ 1,20 reais ao kg.

A empresa, além de ter um box, também comercializa os frutos na pedra, pois é

onde comercializa os frutos de menor qualidade.

Teve-se durante o período do estágio a oportunidade de conhecer o maior centro

de comercialização de frutas do país, o CEAGESP em São Paulo.

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6 Considerações Finais

O estágio consistiu em uma excelente oportunidade de associar os

conhecimentos adquiridos em sala de aula. O acompanhamento do dia-a-dia na empresa

e no pomar, deparando-se com as dificuldades de cada setor e a necessidade de buscar

soluções gera uma verdadeira experiência profissional e de vida.

O conhecimento adquirido, devido o potencial da empresa, possibilitando

acompanhar o dia-dia da produção e comercialização dos frutos dói enorme, devendo-se

isso às propriedades e empresas, bem administradas e planejadas tem um potencial

muito grande, para quem se disponibilizar a trabalhar serio, conforme já visto a fruta

vem crescendo cada dia mais.

As atividades realizadas desenvolveram-se conforme o plano de estágio,

permitindo o conhecimento de cada setor, o estágio foi de grande valia, proporcionando

uma grande oportunidade de crescimento, devido à possibilidade de interação com

pessoas ligadas ao setor e a visualização de um diferente ângulo desse mercado

produtivo.

Conclui-se a tamanha dificuldade de comandar grupos de colheita, tendo a

oportunidade de observar e comandar grupos, adquirindo experiência para futuras

praticas nesse mesmo sistema.

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7 Referencias Bibliográficas

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10- SACHS, S.; CAMPOS, A. D. O Pessegueiro. In: MEDEIROS, C. A. B.; RASEIRA, M. C. B. (ed.). A Cultura do Pessegueiro. Pelotas. EMBRAPA/CPACT. 1998. p.13-19.

11- DORNFELD, H. C.; NANTES, J. F. D. Utilização de normas de classificação por produtores rurais e atacadistas de são paulo: um estudo da comercialização de pêssego na CEAGESP. Organizações Rurais & Agroindustriais, Lavras, v. 10, n. 2, p. 293-306, 2008.

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14- GIRARDI, C.; ROMABLDI, C.V. Sistema de Produção de Pêssego de Mesa na Região da Serra Gaúcha Embrapa Clima temperado, sistemas de produção, Nov/2005. Disponível em:<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pessego/PessegodeMesaRegiaoSerraGaucha/manejo.htm>. Acesso em: 28.05.2011.

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