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1 SEMINÁRIO “O Orçamento de Estado para 2015 – Um OE amigo do Investimento, Crescimento e Emprego?” Há mais vida para além do Orçamento? Sustentabilidade das Prestações Sociais em Portugal Jorge Miguel Bravo Universidade Évora – Economia | Universidade Nova Lisboa – ISEGI | Instituto BBVA de Pensões [email protected] / [email protected] AESE – Business School, Lisboa, 5 Novembro 2014

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Page 1: 1 SEMINÁRIO “O Orçamento de Estado para 2015 – Um OE amigo do Investimento, Crescimento e Emprego?” Há mais vida para além do Orçamento? Sustentabilidade

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SEMINÁRIO “O Orçamento de Estado para 2015 –

Um OE amigo do Investimento, Crescimento e Emprego?”

Há mais vida para além do Orçamento?

Sustentabilidade das Prestações Sociais em Portugal

Jorge Miguel BravoUniversidade Évora – Economia | Universidade Nova Lisboa – ISEGI | Instituto BBVA de Pensões

[email protected] / [email protected]

AESE – Business School, Lisboa, 5 Novembro 2014

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Outline

1. OE 2015: Antecedentes

2. Principais medidas OE 2015

3. Orçamento da Segurança Social 2015

4. Evolução da despesa social e com pensões

5. Insustentabilidade demográfica, económica e financeira

6. A falácia dos 8.000 milhões EUR

7. Reforma estrutural dos sistemas de pensões

8. Comentários finais

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OE 2015: Antecedentes• Suspensão regra actualização das pensões (excepto mínimas) e do IAS• Suspensão das pensões de velhice antecipadas• Criação e alargamento da base de incidência da CES• Revisão do Código dos Regimes Contributivos• Aumento da idade normal de reforma por velhice para 66 anos em 2014-15• Alteração da fórmula de cálculo da pensão de velhice (RGSS, CGA)• Alteração da fórmula de cálculo do factor de sustentabilidade• Agravamento das penalizações em caso de reforma antecipada• Nova contribuição sobre prestações de desemprego (6%) e de doença (5%)• Suspensão e/ou redução do pagamento do 13º e 14º meses• Aumento da taxa contributiva paga por trabalhadores/entidades RPSC - CGA• Aplicação da condição de recursos na atribuição de prestações sociais• Chumbos TC (diploma convergência, CES, CS, pensões sobrevivência,…)

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Principais medidas OE 2015• Suspensão da regra de actualização das pensões SSS e RPSC, excluindo a

actualização das pensões mais baixas, que são aumentadas 1%

• Manutenção da CES sobre as pensões, subvenções e outras prestações pecuniárias de idêntica natureza (incluindo as atribuídas no âmbito de regimes complementares, públicos ou privados) no valor de:

a) 15 % sobre o montante que exceda 11 vezes IAS, mas que não ultrapasse 17 vezes aquele valor [4.611,42€ - 7.126,74 €]

b) 40 % sobre o montante que ultrapasse 17 vezes o valor do IAS

• Eliminação da CES sobre os subsídios de doença / desemprego

• Salários e progressões continuam congelados na Função Pública

• Acesso às reformas antecipadas no sector privado parcialmente descongelado a partir de 2015, abrangendo os trabalhadores com mais de 60 anos e com a carreira contributiva completa (40 anos)

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Penalização das reformas antecipadas 2015

36,0%30,0%

24,0%18,0%

12,0%6,0%

12,9%

12,9%

12,9%

12,9%

12,9%

12,9%

48,9%

42,9%

36,9%

30,9%

24,9%

18,9%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

60 61 62 63 64 65

Penalização Factor de Sustentabilidade

Fonte: Elaboração própria

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Principais medidas OE 2015• Não transferência de quotizações dos trabalhadores para FEFSS (desde 2009)

• Suspensão da regra de actualização das pensões, excluindo a actualização das pensões mais baixas, que são aumentadas 1%

• Introdução de um tecto para a acumulação de prestações sociais

• Aumento salário mínimo para 505€ e redução 0.75% TSU para 23%

• Abandono da proposta de aumento da TSU (+0.2%) e do IVA (+0.25%)

• Programa de Incentivo à Empregabilidade Parcial de Pais

• Abandono da ideia de adoptar uma nova regra de actualização das pensões dependente de factores económicos e demográficos

• Reforço da aplicação da condição de recursos e de tectos a prestações

• Aumento das dotações para a CGA (eliminação CES + dinâmica sistema)

• Idade normal de acesso à pensão de velhice mantém-se nos 66 anos

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Evolução da idade normal de reforma

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7020

14

2016

2018

2020

2022

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2026

2028

2030

2032

2034

2036

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2052

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2060

Fonte: Elaboração própria

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Factor sustentabilidade: redução pensão

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

2014

2016

2018

2020

2022

2024

2026

2028

2030

2032

2034

2036

2038

2040

2042

2044

2046

2048

2050

2052

2054

2056

2058

2060

Fonte: Elaboração própria

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Orçamento da Segurança Social 2015

OER 2014 OE 2015 D TE

RECEITAS CORRENTES 25.359,7 25.238,6 -121,1 100,0

Contribuições e quotizações 13.774,6 14.345,8 571,2 56,8

IVA Social 725,0 743,1 18,1 2,9

Transferência do OE (PES+ASECE) 251,0 251,0 0,0 1,0

Transferências do OE 7.572,3 7.113,3 -459,0 28,2

Cumprimento da LBSS 6.243,2 6.219,1 -24,1 24,6

TRF Extra. p/financiamento défice SSS 1.329,1 894,2 -434,9 3,5

Transferências do OE - Reg Subs Bancário 502,2 498,0 -4,2 2,0

Transferências do OE - AFP/CPN 189,6 150,4 -39,2 0,6

Transferências Adm. Central - Outras entidades 190,6 291,6 101,0 1,2

Transferências do IEFP/FSE 85,0 92,4 7,4 0,4

Transferências do Fundo Social Europeu 1.184,1 768,0 -416,1 3,0

Outras receitas correntes 885,2 985,0 99,8 3,9

Fonte: Elaboração própria com base no Relatório OE 2015; valores em M€

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Orçamento da Segurança Social 2015

Fonte: Elaboração própria com base no Relatório OE 2015; valores em M€

OER 2014 OE 2015 D TEDESPESAS CORRENTES 24.564,2 24.363,9 -200,3 100,0Pensões 15.429,9 15.420,9 -9,0 63,3

Sobrevivência 2.134,0 2.186,7 52,7 9,0Invalidez 1.356,6 1.300,2 -56,4 5,3Velhice 11.902,2 11.896,8 -5,5 48,8Beneficiários dos Antigos Combatentes 37,1 37,1 0,0 0,2

Pensão velhice Regime subsitutitvo Bancário + BPN 502,2 498,1 -4,2 2,0Subsídio desemprego e apoio ao emprego 2.307,1 2.063,7 -243,4 8,5Subsídio por doença 395,4 391,8 -3,6 1,6Abono Familia 645,5 639,0 -6,5 2,6Rendimento Social de Inserção 299,9 291,6 -8,3 1,2Outras prestações 673,1 683,3 10,1 2,8Complemento Solidário para Idosos 213,4 199,0 -14,4 0,8Acção social 1.688,8 1.738,8 50,0 7,1Administração 321,7 320,4 -1,3 1,3Outras despesas correntes 600,7 1.135,3 534,7 4,7Acções de Formação Profissional 1.486,5 981,9 -504,6 4,0

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Evolução da despesa social (% PIB)

0

5

10

15

20

25

30

1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009 2010 2011 2012 2013

Fonte: Elaboração própria com base em dados da OCDE

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Evolução da despesa com pensões SS

Designação 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Pensão Invalidez 1.426,3 1.421,2 1.411,1 1.398,3 1.374,9 1.385,2

Pensão Sobrevivência 1.840,6 1.956,8 2.030,9 1.958,4 2.004,6 2.093,3

Pensão Velhice 9.551,3 10.086,6 10.569,9 11.092,1 11.564,1 12.323,9

Total 12.818,2 13.464,7 14.011,9 14.448,7 14.943,6 15.802,4

Sistema 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Previdencial 9.470,9 9.987,7 10.374,7 10.828,6 10.756,4 11.553,2

Protecção Social e Cidadania 3.347,2 3.476,9 3.637,2 3.620,2 3.671,2 3.742,7

Subsistema Protecção Familiar 336,2 357,1 367,2 370,1 371,4 360,8

Subsistema Solidariedade 3.011,0 3.119,8 3.270,1 3.250,1 3.299,8 3.381,9

Regimes Especiais - - - - 516,0 506,5

Total 12.818,2 13.464,7 14.011,9 14.448,7 14.943,6 15.802,4

Fonte: Elaboração própria com base na Conta da Segurança Social, IGFSS

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Insustentabilidade demográfica

0,80

0,90

1,00

1,10

1,20

1,30

1,40

1,50

2012 2018 2024 2030 2036 2042 2048 2054 2060

Rácio de Suporte Rácio Pop. Activa 15-64 / N.º Pensões

Fonte: Elaboração própria

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Insustentabilidade económica

Despesa com Pensões e Complementos em % do PIB (RGSS + CGA)

0%

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4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

2012 2013 2014 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060

Financiada com Contribuições Financiada com Dotações OE

Fonte: Elaboração própria

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Insustentabilidade financeiraEstimativa das Necessidades de Financiamento do Sistema Previdencial

• A dívida implícita da CGA estimada em 2012 = [102.1% - 148.5%] PIB• Valor acumulado dos direitos em formação estimado em 250% do PIB

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

3,0%

3,5%

4,0%

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10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

2012 2013 2014 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060

Em milhões de euros em % do PIB

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A falácia dos 8.000 Milhões EUR• No debate sobre a sustentabilidade da segurança social surge,

recorrentemente, um número mágico 8.000 M€ representando, hipoteticamente, a perda conjuntural de receita fiscal e contributiva e o aumento do subsídio desemprego em resultado do ciclo económico

• Contribuição média por trabalhador 2013 RGSS: 3.240 EUR

Taxa N.º Desempreg. Contribuições Redução Subs. DiferençaDesemprego (milhares) adicionais (M€) Desemprego p/ nº mágico (M€)

13,9% 729 0 0 8.00010% 524 663 647 6.6919% 472 833 813 6.3558% 419 1.002 978 6.0197% 367 1.172 1.144 5.6836% 315 1.342 1.310 5.3485% 262 1.512 1.476 5.0120% 0 2.362 2.305 3.334

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CGA – défice de autofinanciamento

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

3,0%

3,5%

4,0%

4,5%

2012 2017 2022 2027 2032 2037 2042 2047 2052 2057

Dotação O

E (M€)

em %

do

PIB

Dotação OE

Saldo em M€ em % do PIBFonte: Elaboração própria

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• Uma estimativa preliminar do valor acumulado dos direitos em formação ascendia, em 2012, a aproximadamente 250% PIB

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Estimativa da dívida implícita CGA

3% 4% 5%Em milhões de EURCenário base 245.631 201.885 168.862Cenário reabertura virtual da CGA 179.588 150.522 128.380Cenário com medidas legislativas 223.847 183.330 152.829

Em % do PIB 2012Cenário base 148,5% 122,1% 102,1%Cenário reabertura virtual da CGA 108,6% 91,0% 77,6%Cenário com medidas legislativas 135,3% 110,8% 92,4%

Diferença face ao cenário baseCenário reabertura virtual da CGA -39,9% -31,1% -24,5%Cenário com medidas legislativas -13,2% -11,3% -9,7%

Taxa de desconto

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Condições de partida• Sistemas públicos de pensões demográfica, económica, financeira,

social e politicamente insustentáveis

• Sistemas inadequados e injustos intra e intergeracionalmente

• Pirâmide etária invertida

• Sistemas a caminhar para uma matriz assistencialista

• Incoerência interna e externa dos sistemas

• Desconfiança em relação ao contrato intergeracional

• Gestão política de curto prazo conflitual com objectivos longo prazo

• Falta de transparência na gestão dos sistemas

• Complexidade legislativa e operacional

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Como reformar os sistemas?1. Reformas Administrativas: portabilidade, unificação sistemas,…

2. Reformas Regulatórias: restrições asset mix nos fundos pensões,…

3. Reformas Paramétricas Condições de Elegibilidade Fórmula de cálculo da pensão inicial e subsequente Contribuições

4. Reformas Estruturais Estabelecer prioridades quanto aos objectivos Reequacionar as fontes de financiamento e a arquitectura do sistema Alterar o mecanismo de formação dos direitos e de cálculo das pensões Partilhar de forma diferente os riscos Modificar o sistema de incentivos Reformular os mecanismos de governança

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Reforma Estrutural: Princípios• Criação de um sistema único, universal, sem regimes especiais• Diversificação das fontes de rendimento na reforma e adequação

selectiva das fontes de financiamento: sistema multipilar• Planos de contribuição definida, contas individuais• Separação da função redistributiva e de combate à pobreza das

funções de poupança e seguro social• Autonomização do sistema de pensões de velhice dos sistemas de

seguros sociais para contingências imediatas• Direitos de pensão para períodos fora do emprego fundeados• Sistema coerente entre a fase de acumulação e pagamento• Incorporação de estabilizadores automáticos• Governação autónoma e transparente

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1º Pilar

Sistema Contas Nocionais

[NDC, PAYGO]

Sistema Complementar

integrado[FDC, funded]

Pensão Garantida e Pensões não Contributivas [Top up, Taxes]

2º Pilar

Planos de Pensões

Ocupacionais[FDC, funded]

3º Pilar

Sistemas Complementares

voluntários [FDC, funded]

Arquitectura do novo sistema de pensões

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Organização e funcionamento do sistema• Contas individuais com revalorização virtual (NDC) ou real (FDC) de

todas as contribuições efectuadas ao longo da vida (plafonamento?)• Rendimentos pensionáveis: salários, prestações sociais, outros créditos• Taxa contributiva fixa, igual para todos, repartida entre NDC e FDC• Revalorização das contribuições consistente com o equilíbrio financeiro• Valor da pensão inicial calculado segundo princípios actuariais• Actualização das pensões condicionada pela solvabilidade do sistema• Idade de reforma flexível, possibilidade de reforma a tempo parcial• Pensão garantida preserva o princípio da contributividade• Seguros sociais obrigatórios para as contingências imediatas• Reforma dos sistemas complementares privados• Gestão autónoma dos sistemas (pública e privada), transparente

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Evolução da conta nocional e cálculo pensão

Idade25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80

Custos gestãoSurvivor

Bonus

0

Saldo da Conta Nocional

Renda vitalícia

Taxa líquida de retorno

Soma das quotizações =

Pensão

Esperança de vida à idade reforma

Taxa de desconto

-

Taxa interna de rentabilidade

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Implementação da reforma• Transição imediata para o novo sistema• Cálculo do Capital Nocional Inicial• Definição do salário pensionável e plafonamento• Repartição da taxa contributiva NDC, FDC, seguros sociais• Escolha da Taxa Interna de Rentabilidade do Sistema• Autonomização dos seguros sociais obrigatórios contingências

imediatas• Definição da pensão garantida, pensões sociais, condições elegibilidade• Reformulação das pensões de sobrevivência• Cálculo da renda vitalícia à idade da reforma• Créditos atribuídos por períodos fora do mercado de trabalho• Afectação do Survivor Bonus

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Implementação da reforma: etapas• Desenho e implementação do mecanismo de estabilização

automática• Indexação das pensões em pagamento• Prazo de garantia• Idade mínima de acesso à pensão de reforma por velhice• Constituição e gestão dos fundos de Reserva (FEFSS,…)• Organização e funcionamento do pilar complementar integrado• Sistemas de informação• Capacitação do governo, do sistema financeiro, dos trabalhadores• Fortes e decisivos incentivos à natalidade• Reforma da supervisão dos fundos privados• Reforma da fiscalidade das pensões

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Comentários finais• É preciso ter a coragem de tomar as decisões certas, hoje• O novo sistema de pensões assenta em princípios simples

– Cada euro de contribuições conta

– A pensão de reforma acompanha a evolução da esperança de vida

– Pensões em pagamento e contas nocionais são revalorizadas de acordo com os fundamentos económicos do sistema

– É um sistema justo

– A redistribuição de rendimento é transparente

– Todos os direitos atribuídos tem uma fonte de financiamento associada (contribuições, impostos, sistemas seguros sociais)

– Não acumula défices para as gerações futuras

– Preserva nível de vida entre activos e reformados

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Para reflexão

“…Quem não se preocupa com o futuro distante, condena-se aos

incómodos imediatos…”Confúcio, filósofo chinês

“The future interests me more than the past, because I expect to live

there.”Albert Einstein

Obrigado pela Atenção!

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• a