(1) reprodução humana e manipulação da ferilidade
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A BIOLOGIA E OS DESAFIOS
DA ATUALIDADE Reprodução humana e manipulação da fertilidade
Biologia
12º Ano
A Biologia e os desafio da atualidade
Tem
ática
s
Reprodução humana e manipulação da
fertilidade
Património genético
Imunidade e controlo de doenças
Reprodução humana e manipulação
da fertilidade
Reprodução humana
A reprodução sexuada é o processo
biológico que permite à espécie
humana a sua continuidade.
A maturidade sexual é atingida à
partir da puberdade, momento em
que homem e mulher é capaz de
produzir gâmetas funcionais, bem
como criar as condições necessárias
para a reunião destes e consequente
desenvolvimento do novo ser gerado.
Reprodução humana
A partir do ovo, por sucessivas divisões mitóticas, constitui-se um embrião que de desenvolve no útero materno.
Ainda nesta fase, os indivíduos desenvolvem caracteres sexuais, já previamente definidos no seu genoma.
No entanto os órgãos sexuais não são ainda totalmente funcionais.
Após nascimento, o indivíduo passa por uma fase de desenvolvimento, em que os órgãos sexuais se encontram em “pausa”.
Chegando à puberdade os órgãos sexuais maturam e iniciam a produção de gâmetas, através dos quais é possível a transmissão do genoma.
Órgão do sistema reprodutor feminino
Órgãos do sistema reprodutor feminino
Órgãos Funções
Ovários Produção de oócitos e hormonas sexuais.
Trompas de Falópio Permite o transporte de gâmetas e é o local de fecundação.
Útero Órgão muscular que permite a implementação e desenvolvimento
do embrião no endométrio.
Cérvix Abertura do útero.
Vagina Canal de comunicação com o exterior, recetor do esperma.
Clitóris Órgão erétil associado à estimulação sexual.
Vul
va
Pequenos lábios Dupla prega de pele, mais interna e em contacto com a
abertura vaginal, função de proteção.
Grandes lábios Dupla prega de pele, mais externa, recobre normalmente
os pequenos lábios, função de proteção.
Abertura vaginal Permite o contacto da vagina com o meio externo.
Glândulas de Bartholin Libertam secreções lubrificantes e que facilitam o ato
sexual.
Órgãos do sistema reprodutor masculino
Órgãos do sistema reprodutor masculino
Órgãos Funções
Testículos Produção de espermatozoides e testosterona.
Escroto Bolsa de pele onde se localizam os testículos fora do corpo.
Epidídimos Tubos muito enrolados onde decorre a maturação dos
espermatozoides.
Canais deferentes Armazenamento e transporte de espermatozoides.
Uretra Transporte de esperma ou urina até ao exterior.
Vesículas seminais Glândulas produtoras de líquido seminal, que limpa a uretra e
baixa o pH.
Próstata Glândula produtora do líquido prostático, que serve para
tamponar o pH.
Pénis Órgão de copulação, contento tecido erétil. Este tecido ao ficar
cheio de sangue gera pressão tornando o pénis ereto e rígido,
permitindo a ejeção de esperma.
Gónadas e gametogénese
Durante a fase infantil, os seres humanos possuem um sistema genial morfologicamente diferenciado.
Isto é, homem e mulher são fisicamente o que na realidade permite distinguir os sexos durante esta fase da vida.
A estas características dá-se o nome de caracteres sexuais primários.
No entanto estes órgãos não são ainda funcionais, facto que apenas acontece a partir da puberdade.
A partir desse momento ocorre a produção de gâmetas.
Gónadas e gametogénese
É nos testículos e nos ovários que ocorre a gametogénese
Conjunto de processos ao nível das células germinativas e que levam à formação de gâmetas.
No caso dos espermatozoides o processo denomina-se de espermatogénese.
No caso dos oócitos o processo denomina-se de oogénese.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Testículos
Órgãos ovoides;
Aumentam até 500% face ao tamanho que tinham durante a fase infantil;
Situam-se na bolsa escrotal localizada no exterior do abdómen;
35ºC é a temperatura ideal de funcionamento.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Estrutura de um testículo
Septos radiais, que separam o interior do testículo em cerca de 200 a 300 compartimentos – Lóbulos testiculares.
Dentro de cada lóbulo testicular existem um a quatro túbulos muito enrolados – Túbulos seminíferos.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Estrutura dos testículos e espermatogénese
No interior dos túbulos seminíferos, e a partir da puberdade, existem as seguintes células:
Células de Sertoli
Células volumosas que se estendem desde a periferia do túbulo seminífero até ao lúmen.
A membrana plasmática das células de Sertoli rodeiam células da linha germinativa em desenvolvimento.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
No tecido localizado entre
os túbulos seminíferos
existem os seguintes tipos
de células:
Células intersticiais ou
Células de Leydig
Responsáveis pela produção e
libertação de um grupo de
hormonas denominadas de
androgénios (testosterona,
androstediona e
dehidroepiandrosterona).
As células de Leydig estão representadas
pela letra “d”.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Espermatogénese
A partir da puberdade, e até ao final da vida, vão-se produzir as células sexuais masculinas (gâmetas), os espermatozoides.
O processo envolve diferentes tipos de divisões celulares, meióticas e mitóticas, bem como diferenciação celular, sendo que todo o processo se denomina de Espermatogénese.
Trata-se de um processo contínuo que dura cerca de 64 dias, formando milhões de espermatozoides por dia.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
O processo decorre ao longo de quatro fases contínuas:
Fase de multiplicação
Fase de crescimento
Fase de maturação
Fase de diferenciação
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Fase de multiplicação
As células que vão dar origem aos espermatozoides dizem-se pertencer à Linhagem germinativa.
As células iniciais desta linhagem são as espermatogónias, que são diploides, logo geneticamente semelhantes às restantes células somáticas.
As espermatogónias iniciam o processo com divisões mitóticas, assim por cada espematogónia formam-se duas.
Dessas duas apenas um segue o processo da espermatogénese, a outra volta a dividir-se por mitose.
Assim existe uma provisão contínua de espermatogónias, permitindo isso que o processo se prolongue ao longo de toda a vida do homem.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Fase de crescimento
Ocorre um aumento quase
impercetível do volume da
espermatogónia, que assim se
passa a denominar de
espermatócito I.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Fase de maturação
Cada espermatócito I é diplóide, pelo que vai sofrer a primeira divisão meiótica, originando duas células haplóides ( 𝑛 = 23 ), os espermatócitos II.
A nível cromossómico, espermatócito II apresenta cromossomas com dois cromatídeos, pelo que vão ainda passar pela segunda fase da divisão meiótica originando quatro células haplóides, os espermatídios, cada um com um cromatídeo.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Fase de diferenciação
Ocorre a transformação dos espermatídios em células altamente especializadas, os espermatozoides.
Eliminação de grande parte do citoplasma fagocitado pelas células de Sertoli.
Reorganização dos organelos:
O complexo de Golgi forma uma vesícula de grandes dimensões, o acrossoma.
Os centríolos dispõem-se no polo oposto ao acrossoma e um deles origina os microtúbulos do flagelo.
As mitocôndrias dispõem-se na base do flagelo e fornecem energia, que permitem o movimento deste prolongamento.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Na fase final da diferenciação os espermatozoides são libertados para o lúmen dos túbulos seminíferos.
São então encaminhados para o epidídimos onde terminam a sua maturação, tornando-se móveis.
Ficam então armazenados nos epidídimos até ao momento da ejaculação.
No momento da ejaculação os espermatozoides misturam-se com o líquido seminal e o líquido prostático, formando o esperma.
Estrutura dos testículos e espermatogénese
Esperma
Em cada ejaculação são libertados entre 0,1 a 10ml
de esperma
Composição Quantidade Função
Espermatozóides 2-5% Aproximadamente 200 a 500 milhões de espermatozoides são
lançados em cada ejaculação. Células responsáveis pela fecundação
do oócito.
Líquido seminal 65-75%
Rico em aminoácidos, citrtato, enzimas, flavinas e frutose (2-5mg/mL),
representa a fonte de energia aos espermatozóides.
Encontram-se ainda fosforilcolina e prostaglandina, sustâncias
imunosupressoras.
Líquido prostático 25-30% Rico em zinco, ácido cítrico, enzimas proteolíticas, entre outras
substâncias que dão propriedades alcalinas a este líquido. Desta
forma o liquido prostático combatem a acidez do canal vaginal.
Estrutura dos ovários e oogénese
Os ovários são órgãos de forma ovoide com algumas dezenas de gramas.
Localizam-se na zona pélvica da cavidade abdominal, um de cada lado do útero.
Mantêm-se na sua posição graças a ligamentos.
Estrutura dos ovários e oogénese
O ovário apresenta as seguintes zonas:
Zona medular
Zona mais interna, constituída por um tecido com inúmeros vasos sanguíneos e nervosos.
Zona cortical
Zona mais superficial, com estruturas mais ou menos esféricas, os folículos ováricos em diferentes estádios de desenvolvimento.
Folículo
primário
Corpo Amarelo
Formação do
corpo amarelo
Rotura do
folículo maduro
Células
protetoras e
Oócito II
Fluído folicular
Folículo maduro
Degeneração do
corpo amarelo
Folículo em crescimento
Tempo
Célula germinativa
Células foliculares
Estrutura dos ovários e oogénese
Folículos ováricos
Cada folículo ovárico é
constituído por uma
célula da linha
germinativa, que vai
originar o oócito.
Uma ou mais camadas
de células foliculares
que protegem e
fornecem nutrientes à
célula germinativa.
Estrutura dos ovários e oogénese
A oogénese inicia-se antes do nascimento, podendo
o processo dividir-se em diferentes fases até à
formação dos gâmetas a partir da puberdade.
As fases da oogénese são:
Fase de multiplicação
Fase de crescimento
Fase de maturação
Estrutura dos ovários e oogénese
Fase de multiplicação
As células germinativas migram para cada um dos ovários do embrião e dividem-se por mitoses sucessivas.
Produzem-se oogónias (2n)
Ocorre durante alguns meses durante o desenvolvimento embrionário, formando-se milhões de oogónias.
Uma grande parte dessas oogónias degenera, não se verificando nova produção.
Isto é, durante esta fase formam-se todas as oogónias que eventualmente a mulher libertará sobre a forma de oócitos II.
Estrutura dos ovários e oogénese
Fase de crescimento
As oogónias que não degeneraram aumentam de volume com o armazenamento de substâncias de reserva.
Formam-se os oócitos I (2n).
Os oócitos I são também formados durante a vida intrauterina, e muitos deles acabam por degenerar ainda nesta fase.
Estrutura dos ovários e oogénese
Fase de maturação
Ainda durante a fase intrauterina os oócitos I iniciam a fase de maturação com a primeira divisão meiótica, que fica bloqueada em prófase I.
Até à puberdade, muitos dos oócitos I continuam a degenerar, ficando reduzido a cerca de 400 mil.
A partir da puberdade retoma-se a meiose, com o começo dos ciclos ováricos.
Em cada ciclo ovárico, em regra, apenas um oócito I completa a primeira divisão meiótica, constituindo-se duas células haploides (n) de diferentes dimensões, uma vez que a divisão do citoplasma não é feita de forma equitativamente.
A células de maiores dimensões denomina-se de oócito II;
A célula de menores dimensões denomina-se de primeiro glóbulo polar.
Estrutura dos ovários e oogénese
Fase de maturação
A segunda divisão meiótica
começa de imediato, mas
fica bloqueada em
metáfase II.
Nesse momento ocorre a
ovulação, ou seja, a
libertação para o oviduto.
Estrutura dos ovários e oogénese
Em cada ciclo ovárico além das células da linhagem germinativa sofrerem alterações, também as células foliculares.
Aquando do nascimento, cada oócito I está envolvido por células foliculares, constituindo os folículos primordiais.
Durante a vida fértil da mulher, todos os meses inicia-se o desenvolvimento duma série de folículos primordiais.
Mas em regra apenas um termina esse processo.
Estrutura dos ovários e oogénese
Ao terminar a evolução do
folículo…
Durante o qual ocorreu:
aumento do número de
células folículares;
Aumento da cavidade
folicular.
Passando o folículo a
denominar-se de folículo
maduro ou de Graaf.
Estrutura dos ovários e oogénese
No estágio de folículo de Graaf, este forma uma saliência na superfície do ovário.
O oócito II, rodeado por células foliculares, é libertado na cavidade folicular.
A pressão aumenta ao ponto do folículo romper bem como a parede do ovário.
O oócito II rodeado pela zona pelúcida e algumas células foliculares é então libertado para o pavilhão da trompa de Falópio.
Após a ovulação a parede do ovário cicatriza, e o resto do folículo experimenta modificações estruturais e bioquímicas, constituindo-se o corpo amarelo ou corpo lúteo, que eventualmente degenerará.
Estrutura de um folículo
Um folículo passa por uma série de transformações, até estar pronto para a ovulação.
A sua estrutura varia ao longo do seu desenvolvimento, originando-se diferentes tipos de células.
As células de um folículo ovárico são os oócitos, foliculares ou da granulosa e as células da teca.
O oócito é a célula da linhagem germinativa que em últimas análise será libertada durante a ovulação.
Em torno do oócito existe uma cada de glicoproteínas denominada de zona pelúcida.
Estrutura de um folículo
A rodear o oócitos encontram-se as células da granulosa, o seu número vai aumentando ao longo da maturação do folículo em resposta ao estímulo das hormonas gonadotrofinas, formando uma barreira de camadas crescentes deste tipo de células. Entre o oócito e a granulosa existe o fluído folicular.
Aquando da ovulação, o oócito é rodeado por duas a três camadas de células da granulosa constituindo a corona radiata.
As células da granulosa por sua vez são encapsuladas por uma fina camada de matriz extracelular, o qual é rodeado por camadas de células que constituem e teca interna e externa.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Todos os sistemas têm que ser controlados.
No caso do sistema reprodutor a regulação ocorre devido à interação do complexo hipotálamo-hipófise e das gónadas.
Essa interação realiza-se através de hormonas.
Mensageiros químicos que percorrem a corrente sanguínea.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Sistema reprodutor masculino
Os testículos (gônadas) asseguram a produção de espermatozoides na parede dos túbulos seminíferos e a secreção de hormonas sexuais.
A hormona sexual masculina é a testosterona.
As células produtoras desta hormona são as células de Leydig.
A partir da puberdade os níveis de testosterona no sangue mantêm-se sensivelmente constantes.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
A testosterona é responsável pelo aparecimento e manutenção de diversas características.
Desenvolvimento dos órgãos genitais;
Aparecimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários;
Regulam a espermatogénese;
Está associado ao comportamento masculino.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
O funcionamento dos testículos resulta da existência de um mecanismo de regulação em que intervêm o complexo hipotálamo-hipófise.
Neste sistema intervêm as seguintes hormonas:
GnRH – Hormona Libertadora de Gonadotrofinas (Hipotálamo);
LH – Hormona Luteoestimulina (Hipófise);
FSH – Hormona Foliculoestimulina (Hipófise);
Testosterona – Hormona sexual masculina (Testículos).
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Para que os níveis de testosterona se mantenham estáveis ao longo do tempo tem que existir um sistema de controlo que corrige eventuais desvios.
Este sistema decorre de uma rede de interações neuro-hormonais.
Aumento do teor de
testosterona
Inibe
Complexo hipotálamo-
hipófise
Diminui Produção de
LH
Produção de testosterona
Valor normal de
testosterona restabelecida
Diminuição do teor de
testosterona
Estimula
Complexo hipotálamo-
hipófise
Aumenta Produção de
LH
Produção de testosterona
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
O mecanismo de controlo hormonal dos níveis de testosterona ocorre através de uma regulação por retroação negativa.
Isto é, por cada ação, há uma resposta contrária.
Desta forma qualquer desvio é compensado.
Ao manter-se uma taxa de testosterona constante ao longo do tempo, e sendo esta hormona essencial à produção de espermatozoides, então a espermatogénese, bem como a manutenção dos caracteres secundários mantém ao longo da vida.
Qualquer perturbação emocional ou externo pode influenciar o funcionamento do hipotálamo e como tal o funcionamento do processo de retroação negativa da testosterona.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Sistema reprodutor feminino
O sistema genital da mulher é caracterizado por um funcionamento que se inicia na puberdade e termina na menopausa.
Em cada ciclo ocorre uma série de transformações em diversos órgãos, nomeadamente nos ovários e no útero.
Tudo de forma sincronizado.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
A sincronização entre as fases do ciclo ovárico e as fases do ciclo uterino são consequência da ação das hormonas ováricas sobre o endométrio uterino.
As hormonas ováricas são:
Estrogénio – são produzidas pelas células foliculares e pela teca interna. Desta forma à medida que o número de células foliculares e da teca interna aumentam em número, também a quantidade de estrogénio aumenta no organismo. Assim a quantidade máxima de estrogénio atinge o pico pouco antes da ovulação, decrescendo rapidamente após este evento devido à perda de células foliculares a quando da expulsão do oócito II.
Durante a fase luteínica a quantidade volta novamente a aumentar devido a atividade do corpo amarelo.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Progesterona – é produzida
pelo corpo amarelo,
atingindo o valor máximo de
concentração com o pleno
desenvolvimento dessa
estrutura.
Por seu lado, quando o corpo
amarelo degenera, a
concentração de progesterona
começa a gradualmente a
diminuir.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
A variação das diferentes hormonas ováricas induz o funcionamento cíclico do endométrio uterino.
Desta forma consideram-se três fases:
Fase menstrual
Fase proliferativa
Fase secretora
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Fase menstrual
O ciclo uterino inicia-se com a fase menstrual.
Ocorre a destruição parcial do endométrio, visto que as células, devido à contração dos vasos sanguíneos dessa estrutura, deixam de receber os nutrientes necessários e morrem.
Essa destruição é consequência da baixa concentração de hormonas ováricas.
Sangue e fragmentos de tecidos são expulsos, constituindo a menstruação.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Fase proliferativa
Inicia-se a reparação do endométrio perdido durante a menstruação.
O endométrio aumenta de espessura.
Desenvolvem-se glândulas e vasos sanguíneos.
Este crescimento deve-se ao estímulo crescente de estrogénio produzido pelo folículo.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Fase secretora
Prossegue o aumento de
espessura do endométrio
bem como a atividade
secretora das glândulas
nele existentes.
Este decorre devido a ação
conjunta da progesterona e
estrogénio libertados
durante a fase secretora.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Tal como nos homens o processo de controlo hormonal das mulheres é controlado pelo complexo hipotálamo-hipófise.
Este processo procede-se em retroação tal como no homem.
Desta forma o organismo consegue compensar eventuais variações das concentrações dessas hormonas, assegurando a sua estabilidade.
No entanto quando se avalia as concentrações das gonadoestimulinas evidencia a existência de picos de concentração de FSH e LH, alguns dias antes da ovulação.
Este facto ocorre simplesmente porque o número de células foliculares os estrogénios são produzidos em maior quantidade.
O valor chega a ser tão elevado que se ultrapassa o limite que permite o retrocontrolo negativo, desencadeando-se a partir desse momento um mecanismos de retroação positivo.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Por ação de uma concentração de estrogénios mais elevada, a produção de gonadoestimulinas é estimulada, em vez de ser inibida.
Desta forma aumenta drasticamente a concentração de FSH e essencialmente LH.
Este processo desencadeia, ao aumentar a quantidade de LH, a rutura do folículo maduro e, consequentemente, a ovulação.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Após a ovulação as hormonas sexuais femininas em conjunto exercem retroação negativa sobre o hipotálamo-hipófise, o que explica a queda da taxa de FSH e LH.
A diminuição destas hormonas explica a regressão do corpo amarelo e consequentemente a diminuição da concentração de hormonas femininas, e o aparecimento da menstruação.
Regulação do funcionamento dos sistemas
reprodutores
Estímulos externos ou internos podem desencadear reações ao nível do hipotálamo.
Essas variações podem resultar em alterações ao nível da produção de GnRH e como tal influenciarem o normal funcionamento da hipófise.
Eventualmente até o ciclo sexual feminino é alterado.
Na maioria das mulheres o “stock” de folículos primários é esgotado entre os 45 e os 55 anos.
Menopausa
A falta de folículos ováricos leva a ausência de hormonas sexuais femininas: estrogénio e progesterona.
Isto, por sua vez, faz com que a mulher deixe de menstruar.
A partir dessa altura diz-se que a mulher entrou na menopausa.
A falta de estrogénio e progesterona cessa o retro-controlo negativos destas sobre o complexo hipotálamo-hipófise, pelo que os níveis de gonadoestimulantes aumenta.
Fecundação e desenvolvimento
embrionário
O encontro do espermatozoide
e do oócito II permite a
ocorrência da fecundação.
Este acontecimento tem que
ocorrer obrigatoriamente ao
nível do primeiro terço das
trompas de Falópio.
A antecipação ou atraso deste
momento desencadeará a
inviabilidade da gravidez.
Fecundação e desenvolvimento
embrionário
O período que se segue dura em regra 40 semanas.
Durante esse período o ovo ou zigoto, célula inicial de um novo ser vivo e resultante da fecundação, vai sofrer mitoses sucessivas até formar os cerca de 100.000.000.000 de células que constituem um corpo humano, tendo a maioria delas sofrido diferenciação celular para se transformar num dos 200 tipos de células diferentes.
Fecundação e desenvolvimento
embrionário
A espécie humana apresenta fecundação interna, isto é, espermatozoide e oócito II encontram-se no interior do corpo humano.
Espécies terrestes tendencialmente apresentam fecundação interna, uma vez que o ambiente é adverso à sobrevivência dos gâmetas.
Espécies aquáticas apresentam tendencialmente fecundação externa, o que pode representar um problema…
Pois num dado momento pode coexistir diversos gâmetas de diferentes espécies no mesmo local.
Assim têm que existir mecanismo de reconhecimento que permita a união de gâmetas da mesma espécie.
Fecundação e desenvolvimento
embrionário
Durante a relação sexual são depositados cerca de 500.000.000 de espermatozoides ao nível da parte terminal do canal vaginal (junto ao colo do útero).
Desta forma têm que atravessar a cérvix para entrarem no útero.
A cérvix apresenta uma mucosa, o muco cervical, que tirando durante o período fértil impede a entra de corpos no útero.
Duranta a fase fértil o muco cervical torna-se mais fluído e apresenta espaços vazios no seu interior o que permite a progressão dos espermatozoides para o útero.
Fecundação e desenvolvimento
embrionário
Segue-se uma jornada em que os espermatozoides nadam até a trompa de Falópio onde se encontra o oócito II.
Durante esta período de tempo milhões de gâmetas masculinos são eliminados, ao ponto de apenas umas centenas chegarem até ao oócito II.
Os espermatozoides são orientados até ao local certo pois os oócitos II libertam substância que os atraem.
Fecundação e desenvolvimento
embrionário
Ao chegarem aos oócito II o espermatozoide encaixa em recetores específicos que s encontram nas células foliculares.
Este processo permite ao oócito II reconhecer espermatozoides da sua espécie e assim impedir a fecundação inter-espécie.
Este reconhecimento entre as duas células desencadeia a reação acrossómica, isto é, a exocitose de enzimas contidas no acrossoma.
Em sequência as células foliculares da zona pelúcida são digeridas naquele local até à membrana plasmática do oócito II.
Fecundação e desenvolvimento
embrionário
Ocorre então a fusão das duas células sexuais, o que desencadeia uma série de acontecimentos.
Alteração da zona pelúcida, tornando-a resistente à penetração de outros espermatozoides.
Incorporação progressiva do espermatozoide no oócito II.
Finalização da divisão II da meiose do oócito II com a formação do pronúcleo feminino e do segundo glóbulo polar.
Formação do pronúcleo masculino a partir da descondensação do núcleo do espermatozoide.
Migração dos dois núcleos para o centro do oócito II, terminando com a fusão dos dois pronúcleos num só núcleo diploide com cromossomas maternos e paternos.
Fecundação e desenvolvimento
embrionário
Desenvolvimento embrionário e fetal
Desenvolvimento embrionário e fetal
Desde a fecundação até ao nascimento decorrem regra geral 40 semanas.
A célula inicial, o ovo/zigoto, apresenta um tamanho de 0,015mm.
O recém-nascido tem em regra cerca de 50 cm de altura e um peso médio de 3,5 kg.
Desenvolvimento embrionário e fetal
O desenvolvimento do novo ser divide-se em duas grandes etapas:
Desenvolvimento embrionário Dura cerca de 8 semanas, durante
as quais todos os órgãos estão já esboçados.
Desenvolvimento fetal A partir das oito semanas os órgão
aumentam em dimensões e em maturação promovendo o desenvolvimento e crescimento do indivíduo.
Desenvolvimento embrionário
Decorridas algumas horas depois da fecundação, o ovo inicia um processo de multiplicação celular por mitose.
Ao mesmo tempo que este processo decorre o embrião, ainda com poucas células, vai migrando através do oviduto em direção ao útero com ajuda das contrações musculares deste e dos cílios presentes nas células que revestem internamente as trompas de Falópio.
Após 92 horas forma-se um massa celular esférica com cerca de 64 células (blastómeros) denominada de mórula.
Este embrião apresenta ainda o tamanho do zigoto.
Desenvolvimento embrionário
A partir desse momento as células organizam-se em dois grupos celulares designados, respetivamente…
Massa celular interna
Conjunto de células que originará o feto propriamente dito;
Trofoblasto
Rodeia a massa celular interna, delimitando também uma cavidade.
Nesta fase o embrião com cerca de 150 células denomina-se de blastocisto e eclode da zona pelúcida, capsula gelatinosa que rodeava o embrião até então.
Desenvolvimento embrionário
Entre o sexto e o sétimo dia o embrião chega ao útero, pelo que o trofoblasto (percursor da placenta) adere à superfície do endométrio.
Inicia-se assim o processo de nidação, isto é, implementação do embrião no útero.
Este processo é importante pois até então o embrião obtinha o seu alimento das reservas que tinha no interior das suas células.
A partir deste momento o embrião vai receber os nutrientes do endométrio.
O processo de nidação depende do grau de desenvolvimento do embrião e do endométrio.
Calcula-se que apenas 60% dos embriões conseguem nidar e que 1% nide fora do útero desenvolvendo por exemplo as gravidezes ectópicas.
Desenvolvimento embrionário
Relembrar que embora todos estes processos estejam a decorrer as divisões mitóticas são uma constante, aumentando gradualmente o número de células no embrião, ou também conhecido neste momento como, botão embrionário.
No entanto um novo acontecimento vai marcar o desenvolvimento do embrião, pois com o contínuo movimento de territórios celulares uns em relação aos outros, formam-se agora três zonas distintas.
Endoderme – mais interna;
Ectoderme – mais externa;
Mesoderme – zona entre a ectoderme e a endoderme.
Desenvolvimento embrionário e fetal
Vai ser a partir destas três regiões celulares que todos os órgãos se irão formar.
A ectoderme irá dar origem aos órgãos mais externos, a mesoderme a grande parte dos órgãos viscerais e a endoderme por seu lado aos órgãos mais internos.
Desenvolvimento embrionário
Ao mesmo tempo que o embrião se desenvolve, todo um conjunto de estruturas essenciais a esse desenvolvimento começam a formar-se e existindo apenas durante a vida intrauterina, pelo que são formas transitórias e denominam-se de anexos embrionários.
A origem destas estruturas é conjunta, em parte do embrião através das três camadas germinativas e do trofoblasto, e outra parte proveniente da própria mãe.
No entanto não fazem parte do embrião nem da mãe.
Desenvolvimento embrionário
Durante todo o desenvolvimento ocorrem assim, três processos fundamentais: crescimento, morfogénese e diferenciação celular.
Este processos não ocorrem em sequência, mas sim inter-relacionados de tal modo que um deles pode dominar os outros nos diferentes estádios de desenvolvimento do organismo.
Desenvolvimento embrionário
Anexo embrionário Função
Âmnio
Rodeia a cavidade amniótica preenchida por um líquido, o
líquido amniótico. Constitui uma estrutura que garante ao
embrião um abrigo contra a dessecação e contra choques
mecânicos, permitindo também a manutenção de uma
temperatura constante.
Vesícula vitelina
Muito reduzida mas ricamente vascularizada. Parte desta
estrutura fica incorporada no cordão umbilical, sendo o
primeiro local de produção de células sanguíneas e células
germinativas.
Alantoíde Contribui para a formação do cordão umbilical.
Córion Membrana extraembrionária mais externo que com o âmnio.
Rodeia o embrião e intervém na formação da placenta.
Desenvolvimento embrionário
Desenvolvimento embrionário
O passo seguinte à nidação consiste na formação da placenta.
Órgão constituído por endométrio do útero e por vilosidades do córion do embrião.
Não existe fusão entre estes dois tecidos.
Permite a trocas seletivas entre mãe e filho.
Uma vez que não há fusão entre os tecidos maternos e embrionários, os vasos sanguíneos dos dois não se fundem, pelo que não ocorrem trocas de sangue.
A placenta funciona assim como uma filtro em que apenas pequenas partículas passem através dela.
Desenvolvimento embrionário
Desenvolvimento embrionário
Além da troca de nutrientes a placenta permite também a passagem de…
Anticorpos do sangue da mãe;
Álcool e drogas do sangue da mãe;
Microrganismos do sangue da mãe;
Excreções (ureia e dióxido de carbono) do sangue do embrião.
Desenvolvimento fetal
A partir das 8 semanas todos os órgãos do novo organismos encontram-se esboçados, entrando agora a gravidez numa fase em que se verifica o aumento da complexidade e a maturação dos órgãos.
Ao mesmo tempo verifica-se um crescimento rápido com consequente modificações nas proporções do corpo.
Note-se no entanto que a cabeça continuará até à puberdade a ser a estrutura com a maior proporção.
Desenvolvimento fetal
Desenvolvimento fetal
Desenvolvimento fetal
Desenvolvimento fetal
Desenvolvimento fetal
Mecanismos que controlam o desenvolvimento
embrionário
A gravidez é sem dúvida uma altura em que o corpo feminino sofre tudo um conjunto drástico de transformações.
O mais visível é o aumento do útero que resultara no aumento da massa corporal da mulher.
No entanto fisiologicamente ocorrem também grandes alterações:
Os rins aumentam a sua atividade;
O coração aumenta o seu ritmo cardíaco;
A regulação hormonal modifica-se havendo novas estruturas a sintetizar hormonas até então produzidas por outras estruturas e a produção de novas hormonas.
Mecanismos que controlam o desenvolvimento
embrionário
A alteração dos ciclos hormonais, a sua paragem e
a produção de novas hormonas são responsáveis
pela:
Manutenção da gravidez;
Trabalho de parto;
Lactação.
Mecanismos que controlam o desenvolvimento
embrionário
Desde o momento da nidação que o embrião sintetiza uma hormona a HCG (Hormona Gonadotrofina Coriónica) que é muito semelhante ao LH.
Como tal a HCG impede a degeneração do corpo amarelo no ovário e como tal a produção de progesterona e estrogénio mantém-se, logo o endométrio mantém-se também no útero.
O estrogénio e a progesterona em grandes quantidades acabam por desencadear retroação negativa ao nível do complexo hipotálamo-hipófise que impede a síntese de LH e FSH e como tal deixa de ocorrer o estímulo para um novo ciclo sexual.
Não ocorre ovulação durante a gravidez.
Mecanismos que controlam o desenvolvimento
embrionário
A presença desta nova hormona,
HCG, marca a gravidez, até
então não existia e deixará de
existir quando a gravide
terminar.
Assim é possível determinar
hormonalmente se uma mulher se
encontra grávida recorrendo a
detentores desta hormona…
Teste de gravidez.
Mecanismos que controlam o desenvolvimento
embrionário
Todas as hormonas são, após desempenharem as suas funções, eliminadas na urina.
Desta o teste de gravidez tenta procurar a presença desta hormona na urina.
No entanto só a partir de determinadas concentrações é que os testes são capazes de detetar esta hormona.
Assim este dispositivo não é eficaz nos primeiros 7 dias da gravidez, e os resultados podem muitas vezes mostrar falsos negativos nos primeiros 15 dias.
Mecanismos que controlam o desenvolvimento
embrionário
Por volta das 10 semanas o corpo amarelo degenera pois a HCG deixa de ser produzida pelo córion.
No entanto estrogénio e progesterona continuam a ser sintetizados, agora pela placenta, desenvolvendo-se assim um sistema autossuficiente que mantem o endométrio no útero.
Estas hormonas são ainda responsáveis por:
Estrogénio – expansão do útero;
Progesterona – inibir as contrações do útero impedindo um parto prematuro.
Ambas intervêm na maturação das glândulas mamárias.
Parto
No final da gravidez a dominância do estrogénio face à progesterona desencadeia o trabalho de parto.
Estimula as concentrações uterinas, rápidas e repetitivas.
Estimula a formação de recetores de oxitocina.
Esta hormona é sintetizada no final da gravidez pelo hipotálamo.
Estimula as células musculares do útero a contraírem-se vigorosamente e com frequência.
O controlo desta hormona faz-se por retroação positiva, isto é, mais oxitocina resulta em maior número de contrações que por sua vez levam à síntese de mais oxitocina, intensificando assim as contrações.
Parto
Parto
Uma vez cortado o cordão umbilical o recém-nascido passa a ter vida livre mas muito dependente.
A sua alimentação inicial passa pela ingestão de leite materno, produzido ao nível das glândulas mamárias.
Pelo que também esta estrutura tem que sofrer um conjunto de alterações até ser capaz de produzir leite.
Amamentação
O estrogénio e a progesterona sintetizados durante a gravidez vão desencadear as seguinte alterações nas glândulas mamárias:
Os canais das glândulas mamárias ramificam-se;
Os alvéolos (locais de síntese do leite) desenvolvem-se;
Intensificação dos vasos sanguíneos e linfáticos do aparelho mamário.
Amamentação
Embora o aparelho mamário se prepare antecipadamente, a libertação do leite apenas ocorre após o nascimento.
Sendo que este fenómeno de produção e secreção é também controlado por hormonas, neste caso, a prolactina.
Esta hormona é sintetizada na hipófise anterior.
Durante a gestação os níveis elevados de estrogénio e progesterona desencadeiam uma retroação negativa na secreção desta hormona, isto é, impedem a sua produção.
Logo não há produção de leite.
Amamentação
Após o nascimento e com o subsequente declínio das hormonas sexuais femininas essa retroação negativa desaparece e inicia-se a produção de prolactina que estimula a síntese de leite.
O primeiro líquido produzido é pobre em glícidos mas rico em proteínas e anticorpos, pelo que é essencial à criança, para adquirir defesas.
Quatro dias após o parto inicia-se a produção de leite, mas esse fenómeno só acontece se o aparelho mamário for estimulado pela sucção do bebé.
Amamentação
O mamilo é uma estrutura muito sensível e diretamente ligado ao hipotálamo via nervos sensitivos.
A estimulação destes nervos leva a que o hipotálamo estimule a hipófise a produzir mais prolactina e assim assegurar a produção contínua de leite.
Além disso levam a produção de oxitocina que estimula as células contrácteis dos ductos glandulares a contraírem-se e assim assegurando o fluxo de leite para o exterior.
Contraceção
Segundo a OMS um método contracetivo é um conjunto de métodos utilizados para evitar a procriação, eficazes e reversíveis.
Hoje em dia existem uma grande variedade de métodos que evitam a gestação de um novo ser humano, permitindo assim o planeamento do nascimento de um filho.
Basicamente dividem-se em métodos naturais e não naturais.
Trabalho de pesquisa…
Temas
Causas de infertilidade…
Diagnóstico Pré-Natal…
Inseminação artificial…
Fertilização in vitro…
Injeção intracitoplasmática de espermatozoides…