1º relatório anual de monitoramento da fauna da pch...

67
PCH MACACOS Relatório Anual de Monitoramento da Fauna Curitiba, dezembro, 2018

Upload: others

Post on 03-Oct-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

PCH MACACOS

Relatório Anual de Monitoramento da Fauna

Curitiba, dezembro, 2018

Page 2: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 2

PCH MACACOS

Relatório Anual de Monitoramento de Fauna

Sumário 1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 3

2. EXECUÇÃO ....................................................................................................................... 3

3. PLANO DE TRABALHO ..................................................................................................... 4

3.1. Datas das pesquisas em campo .................................................................................. 4

3.2. Localização da área de trabalho .................................................................................. 4

3.2.1. Fauna Terrestre ..................................................................................................... 4

3.3. Metodologia ................................................................................................................. 8

3.3.1. Fauna Terrestre ..................................................................................................... 8

4. RESULTADOS ................................................................................................................. 13

4.1. Fauna Terrestre ......................................................................................................... 13

4.1.1. Herpetofauna ...................................................................................................... 13

4.1.2. Ornitofauna ......................................................................................................... 22

4.1.3. Mastofauna ......................................................................................................... 28

5. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 41

6. ANEXOS .......................................................................................................................... 43

Referências ......................................................................................................................... 44

[email protected]

55 41 99951-0040 e 41 3232-1852

Page 3: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 3

1. APRESENTAÇÃO

Este relatório apresenta os resultados dos estudos de monitoramento da fauna da

área de influência da Pequena Central Hidrelétrica Macacos, discriminada na tabela

1, referidos ao ciclo com quatro campanhas sazonais realizadas entre 2017 e 2018.

Tabela 1 Área de pesquisas.

DESCRITIVO INFORMAÇÃO

Empreendedor Pesqueiro Energia S/A

CNPJ 04.019.594/0001-33

Endereço Rua das Flores, 382 - Colônia Castrolanda, Castro, PR

Contato Dr. Luiz Alfredo Teixeira Strickert

Empreendimento PCH Macacos

Localização Rio Jaguariaíva, entre Sengés e Jaguariaíva, Paraná

Coordenadas do empreendimento 24o 04.19” S e 49o 37.25” W

Autorização Ambiental IAP Nº 47286, emitida em 13/06/2017, válida até 13/06/2019

2. EXECUÇÃO

Os trabalhos foram executados pala A.MULLER Consultoria Ambiental através da

seguinte equipe profissional:

Tabela 2 Equipe profissional.

FUNÇÃO PROFISSIONAL

Coordenação Técnica Fauna Terrestre

Renata Gabriela Noguchi, Bióloga, M. Sc.

CRBio 83130/07-D

lattes.cnpq.br/7457834961896241

Apoio Técnico (fauna terrestre)

Iuri Gibson Bayerl, estagiário em Engenharia Ambiental

Joel Morais da Silva, auxiliar de atividades de campo

Felipe Augusto Cini da Silva, biólogo

Heloisa Nichele de Oliveira, auxiliar de atividades de campo

Idemar Santana Moraes, auxiliar de atividades de campo

Page 4: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 4

3. PLANO DE TRABALHO

3.1. Datas das pesquisas em campo

As atividades em campo foram realizadas em 2017 e 2018, sendo quatro

campanhas com cinco dias de duração cada, indicadas a seguir:

Tabela 3 Datas das campanhas de fauna terrestre realizadas.

ANO PERÍODO

2017 26 a 30 de junho

2017 15 a 19 de dezembro

2018 07 a 11 de abril

2018 08 a 12 de julho

3.2. Localização da área de trabalho

Os locais de estudo abrangeram variedades ambientais adjacentes ao rio

Jaguariaíva, no município de Jaguariaíva, estado do Paraná. Nestas áreas se

desenvolveram estudos em unidades amostrais para a fauna terrestre e aquática,

indicadas na figura 1 e descritas a seguir:

3.2.1. Fauna Terrestre

A fauna terrestre foi monitorada em dois pontos de amostragem na área de

influência direta (AID) e entorno, e outra distante desta, a área testemunha,

considerada isenta das influências diretas do empreendimento e para servir de

comparação futura. Nestes locais ocorreu a instalação de armadilhas, realização de

transectos e demais atividades de estudo para a amostragem de fauna terrestre

durante as quatro campanhas. Locais de interesse próximos às áreas de

amostragem também foram investigados quando possível.

Page 5: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 5

Figura 1 Localização da área de estudo na PCH Macacos, município de Jaguariaíva, PR. Ícones verdes: pontos amostrais de fauna terrestre FT1, FT2 e Testemunho. Polígono azul: delimitação da futura área do reservatório. Linha vermelha: trajetória do futuro canal de adução.

Page 6: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 6

Ponto FT1

Ponto amostral situado nas

coordenadas UTM 22 J

639175.00 m E/ 7336763.00

m S, próximo a trecho do rio

à altura do futuro local do

eixo de barramento. Trata-se

de uma área com

características típicas de

Cerrado sensu stricto, com

espécies arbóreas esparsas,

predominantemente de

médio porte, com troncos tortuosos e cascas grossas, entremeadas a gramíneas e

arbustos (figura 2). Apresenta pequenos capões isolados e solo bastante rochoso.

Possui diversos carreiros decorrentes da passagem de gado, bem como uma ampla

área de pasto no entorno.

Ponto FT2

Ponto amostral localizado nas coordenadas UTM 22J 639754.90 m E / 7334527.70

m S, a cerca de 900 m à

montante da cabeceira da

futura área de alagamento.

Abrange uma área

florestada em estágio

médio de

desenvolvimento, com

árvores de grande porte e

trepadeiras robustas pelo

subosque. Contém um

córrego em uma ampla

clareira utilizado como

bebedouro pelo gado

Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral FT2, em sua

porção com área florestada.

Figura 2 Representação de vegetação no ponto amostral FT1, com

características típicas de Cerrado.

Page 7: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 7

(figura 3). Por este motivo, apresenta carreiros com trechos de intenso pisoteamento

de bois e vacas. Inclui também outra área adjacente, um Campo Cerrado, com

árvores esparsas de pequeno e médio portes entremeadas a vegetação

predominantemente herbácea e gramíneas. Apresenta uma trilha para passagem de

pessoas e automóveis (principalmente tratores e motos) que transpassa pela área

florestada e de campo, dando acesso ao rio Jaguariaíva, neste local apresentando

Floresta de Galeria.

Ponto Testemunho (T)

Localizado sob as coordenadas UTM 22 J 638173.91 m E / 7330502.62 m S. O local

é considerado livre de influências do empreendimento, situado à montante da futura

área do reservatório, distante 5,5 quilômetros em linha reta ou 15 quilômetros em

extensão de rio. Contém uma ampla área de Floresta de Galeria pertencente à área

de preservação da PCH Pesqueiro, empreendimento à montante da PCH Macacos e

que faz aproveitamento do mesmo rio. A vegetação encontra-se em estágio

avançado de desenvolvimento, com densa mata contendo árvores de médio e

grande portes. O capão contém uma via de terra que transpassa por seu interior

para passagem de automóveis, sendo um dos acessos ao eixo da barragem da PCH

Pesqueiro (figura 4). Cercas com cadeado e placas sinalizadoras evitam a entrada

de pessoas no local.

O ponto também inclui

uma área de Cerrado

sensu stricto, com

fisionomia de savana

arborizada, Campo

Cerrado e Campo Limpo,

todas estas bastante

representativas da

vegetação da região.

Afloramentos rochosos Figura 4 Representação de vegetação no ponto amostral Testemunho, em sua porção com área florestada, exibindo a via que transpassa pela mata.

Page 8: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 8

ocorrem de forma esparsa e por vezes extensa.

3.3. Metodologia

3.3.1. Fauna Terrestre

Herpetofauna

Os métodos de amostragem da herpetofauna consistiram no uso de armadilhas de

intercepção e queda (pitfall), na realização de transectos e de buscas ativas em

locais propícios para a ocorrência de espécimes nos pontos amostrais e

proximidades.

A armadilha de interceptação e queda era constituída de três baldes plásticos com

volume de 30 litros, enterrados distantes cerca de cinco metros cada, mantendo as

aberturas expostas ao nível do solo. Uma tela de sombrite com 15 metros de

comprimento por 60 centímetros de altura transpassava os centros das aberturas

dos baldes, sendo mantida esticada através de estacas de madeira a cada um metro

de distância (figura 5). A borda inferior da tela era fixada ao solo para impedir a

passagem de animais por baixo desta, de modo a conduzi-los à queda nos baldes.

Pequenas perfurações foram realizadas nos baldes para permitir o escoamento de

água em caso de chuva.

As armadilhas foram

instaladas nos pontos

amostrais FT2 e

Testemunho (uma unidade

em cada), exceto na

primeira campanha, a qual

apenas foi instalada uma

no ponto FT1. Todas as

armadilhas eram revisadas

diariamente e ocorrendo

capturas, os animais eram

fotografados e

Figura 5 Armadilha de intercepção e queda utilizada em campo.

Page 9: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 9

identificados, sendo soltos posteriormente. Ao fim das atividades em campo, todos

os equipamentos das armadilhas eram recolhidos e os buracos no solo,

devidamente preenchidos com terra.

Os transectos consistiam em caminhamentos lentos e regulares por trilhas

envolvendo diferentes ambientes, como bordas de mata, florestas e campos, no

período diurno. As buscas ativas eram focadas na procura em locais favoráveis para

a ocorrência de indivíduos, como troncos e rochas no solo, no caso de répteis, e

córregos e brejos durante o período noturno, no caso de anuros. Neste último, um

gravador de som portátil era utilizado para auxiliar na identificação, gravando a

vocalização de indivíduos para posterior análise. Esses métodos eram aplicados em

todos os pontos amostrais em cada campanha. Da mesma forma, todos os

exemplares capturados eram fotografados e identificados quando possível, sendo

soltos em seguida.

Para complementação das pesquisas em campo, foram realizadas entrevistas com

moradores locais acerca da herpetofauna ocorrente. As entrevistas foram facilitadas

pelo uso de um catálogo fotográfico contendo imagens da maioria das espécies de

anfíbios e répteis da região. Para a coleta de dados secundários foram feitas

investigações em literaturas de interesse, como listas de espécies e trabalhos

científicos realizados na região, principalmente os dados disponíveis no plano de

manejo do Parque Estadual do Cerrado (IAP, 2002).

Ornitofauna

Foram utilizados métodos convencionais de amostragem da avifauna, sendo

realizado censo por transecção, auxiliados pelo uso de binóculos e câmera

fotográfica com lente de longo alcance.

Page 10: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 10

Os transectos consistiam em caminhadas lentas e regulares por áreas florestadas,

bordas de mata, várzeas, campos e monoculturas agrícolas, registrando todas as

espécies visualizadas ou identificadas por meio sonoro (figura 6). Também foram

considerados eventuais vestígios de espécies, como ninhos. Os transectos eram

realizados nas duas primeiras horas após o nascer do sol e nas duas horas

anteriores ao entardecer em todos os dias de campanhas, alternando entre os três

pontos amostrais. Para auxílio durante a aplicação da técnica, foi utilizado binóculo

(Nikon Monarch 5, 8x42 mm) e câmera fotográfica com lente de longo alcance

(Canon T31, lente 250 mm). Além disto, foi usado o método de playback para

atração e/ou confirmação de espécies, quando necessário, através de gravador e

reprodutor de som portátil.

Foram considerados ainda

os registros ocasionais

constatados durante os

deslocamentos da equipe

pelo campo, bem como as

espécies mencionadas

através de entrevistas com

moradores locais. Um

catálogo fotográfico com

imagens das principais

espécies da região foi

utilizado para auxiliar na identificação.

Somam-se a estes métodos as buscas de dados secundários através de pesquisas

bibliográficas de interesse, principalmente os estudos do plano de manejo do Parque

Estadual do Cerrado (IAP, 2002) e de STRAUBE et al. (2005). O enquadramento

taxonômico seguiu a classificação do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos

(2015).

Figura 6 Representação de amostragem de aves pelo método de

censo por transecção.

Page 11: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 11

Mastofauna

Diferentes técnicas em campo foram utilizadas para a captura e registro de

mamíferos, uma vez que o grupo possui variedade de tamanho e uso de habitat.

Desse modo, foram usados métodos para captura viva (armadilhas de intercepção e

queda, armadilhas Tomahawk e Sherman e rede de quirópteros), armadilha

fotográfica (câmera trap), transectos, buscas ativas, focagem noturna e entrevistas

com moradores da região.

A armadilha de intercepção e queda (pitfall) era formada por três baldes plásticos

com capacidade de 30 litros, enterrados distantes aproximadamente cinco metros,

sendo suas aberturas expostas à superfície ao nível do solo. Uma tela sombrite com

15 metros de comprimento por 60 centímetros de altura atravessava os centros das

aberturas dos baldes, mantendo-se esticada com uso de estacas a cada um metro

de distância (ver figura 5). A borda inferior era fixada ao solo na intenção de impedir

a passagem de animais por debaixo. A disposição da tela, portanto, permitia a

interceptação da passagem de animais, conduzindo-os à queda nos baldes. Todos

os baldes continham perfurações para evitar o acúmulo de água em caso de chuvas.

A armadilha foi instalada nos pontos amostrais FT2 e Testemunho (uma unidade em

cada), exceto na primeira campanha, a qual apenas foi instalada no ponto FT1.

As armadilhas Tomahawk e

Sherman foram distribuídas

entre os três pontos

amostrais conforme a

campanha, mas dispondo-se

sempre de 10 armadilhas ao

todo. Permaneciam

dispostas em locais com

vestígio de passagem de

animais, sendo voltadas

para a captura de pequenos

e médios mamíferos, como

Figura 7 Armadilha modelo Tomahawk utilizada para amostragem de

mamíferos.

Page 12: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 12

roedores e marsupiais, terrícolas e arborícolas (figura 7). As armadilhas continham

como iscas espiga de milho, sardinha, amendoim e banana, sendo revisadas

diariamente.

Os esforços para captura de quirópteros foram realizados com uso de rede de

neblina, sendo instalada uma noite em cada ponto amostral, em todas as

campanhas, em corredores de mata. A rede possuía as dimensões 6x3 metros e era

exposta a partir do pôr do sol, estendendo-se por três horas.

Todos os exemplares capturados pelos métodos supracitados eram contidos de

forma apropriada e segura, sendo identificados em campo quando possível,

avaliados o estado físico-sanitário e fotografados para registro, sendo

posteriormente soltos no mesmo local.

Uma armadilha fotográfica com sensor de movimento foi instalada no ponto amostral

Testemunho em todas as campanhas (figura 8). Nas duas últimas campanhas houve

a disponibilidade de um segundo equipamento, de modo que foi instalada mais uma

câmera no ponto Testemunho na campanha 3 e outra no ponto FT1 na campanha 4.

Próximo às câmeras continha iscas para atração de animais, como amendoim,

banana, laranja, espiga de milho, sardinha e descartes de carnes.

Todas as armadilhas permaneceram instaladas durante todos os cinco dias de

campo, em cada campanha.

Foram realizados transectos

em todos os pontos de

amostragem, sendo

percorridas trilhas em

campos, subosques, bordas

de matas e matas ciliares.

Este método possibilitou o

avistamento direto de

indivíduos, bem como

registros indiretos, tais como

Figura 8 Armadilha fotográfica utilizada para amostragem de mamíferos.

Page 13: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 13

rastros, fezes e outros vestígios que permitiram a identificação da espécie. Cada

transecto tinha duração de duas a três horas, ocorrendo sempre no período diurno.

As buscas ativas basearam-se na procura de indivíduos em locais específicos

devido à presença de vestígios de passagem de animais ou a indicação do local por

morador durante entrevista como potencial para ocorrência de espécimes. As buscas

sempre ocorreram no período diurno.

Para investigações durante o período noturno, foram percorridas trilhas com uso de

veículo automotivo e a pé, auxiliadas com lanternas de longo alcance. A focagem

noturna ocorreu uma vez em cada ponto amostral, em todas as campanhas, tendo

duração de uma a duas horas de atividade.

De forma complementar, entrevistas com moradores da região foram realizadas para

maior conhecimento dos mamíferos ocorrentes no local. Um catálogo fotográfico

com imagens de espécies foi acompanhado para auxiliar na identificação pelo

entrevistado.

Além das atividades em campo, um levantamento bibliográfico foi realizado para

maior conhecimento da mastofauna na área de influência, tanto com registro seguro

como com potencial ocorrência. Foram utilizados dados do plano de manejo do

Parque Estadual do Cerrado (IAP, 2002), bem como outras pesquisas relacionadas

ao grupo faunístico (REIS et al., 2006a; REIS et al., 2007; BONVICINO et al., 2008;

REIS et al., 2009).

4. RESULTADOS

4.1. Fauna Terrestre

4.1.1. Herpetofauna

Anfíbios

Na região são reconhecidas 38 espécies de anfíbios anuros com ocorrência certa

ou provável, distribuídas em 17 gêneros e 9 famílias. Há predomínio de espécies

Page 14: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 14

da família Hylidae, que compuseram quase metade das espécies listadas.

Completam a tabela as famílias Bufonidae, Brachycephalidae, Centrolenidae,

Craugastoridae, Odontophrynidae, Hylodidae, Leptodactylidae e Microhylidae.

As atividades em campo resultaram no registro, tanto por meio visual como

sonoro, de nove espécies de anuros, pertencentes a seis gêneros e quatro

famílias.

Os pontos amostrais não exibiram um ambiente particular com notória presença

de anuros. As espécies constatadas ocorreram de forma pontual e em

campanhas diferentes, sem a presença de determinado local propício para a

agregação de indivíduos, como um brejo ou lagoa. No entanto, identificou-se uma

poça temporária fora da área de amostragem e que demonstrou grande

concentração de anuros, embora apenas na campanha 2, referente à estação de

veraneio. Os registros das espécies em todos os pontos amostrais e entorno são

descritos a seguir.

Próximo ao ponto amostral FT1 situa-se a foz do rio Pardo no rio Jaguariaíva,

região que será alagada após o barramento do empreendimento. No local,

denominado pelos moradores como “poço do macaco-branco” (figura 9),

constatou-se a ocorrência de Hypsiboas prasinus (perereca) e Rhinella abei

(sapo-da-mata).

Identificou-se apenas um

exemplar de H. prasinus,

vocalizando em tronco às

margens do curso d’água.

Trata-se de uma perereca

de médio porte com

ampla distribuição no sul

e sudeste do Brasil

(HIERT e MOURA, 2007).

No mesmo trecho do rio,

em sua margem oposta,

Figura 9 “Poço do macaco-branco”, local onde foram detectados anuros no ponto amostral FT1. A foto exibe o rio Pardo desaguando

no rio Jaguariaíva (ao fundo).

Page 15: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 15

observaram-se quatro indivíduos Rhinella abei em baixio, correspondendo a um

trecho do leito exposto à superfície decorrente do baixo nível de água da época.

A espécie é um bufonídeo de médio porte com ocorrência no sul do país

(HADDAD et al., 2013).

No ponto amostral FT2 também foi registrada a espécie Rhinella abei, através de

captura de um indivíduo em armadilha (figura 10), além da identificação da

vocalização de Dendropsophus minutus (perereca-pequena). Esta é uma espécie

altamente tolerante a ambientes alterados, com distribuição ampla no Brasil e

América do Sul (HIERT e MOURA, 2007).

No ponto amostral

Testemunho houve registro

das espécies

Dendropsophus minutus e

Hypsiboas faber (perereca-

martelo), esta última uma

espécie de médio a grande

porte, frequente em áreas

abertas e bordas de matas

no sul e sudeste do país

(MAFFEI e UBAID, 2014).

A maioria dos registros, no

entanto, deu-se em uma poça temporária localizada fora da área amostral, mas

próxima ao ponto Testemunho. A poça formou-se na estação das chuvas,

estando disponível apenas na campanha 2, de modo que foi possível identificar a

ocorrência de ao menos cinco espécies. Foram verificados diversos exemplares

de Leptodactylus fuscus (rã-assobio) e Physalaemus cuvieri (rã-cachorro). Em

menor quantidade ocorreu Hypsiboas faber e Elachistocleis ovalis (rã-guardinha),

e de forma única registrou um indivíduo Leptodactylus labyrinthicus (rã-pimenta,

figura 11). A poça tratava-se de um pequeno acúmulo natural de água

proveniente de um estreito córrego. Os exemplares ocorreram ao redor, às

Figura 10 Exemplar Rhinella abei registrado no ponto amostral FT2.

Page 16: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 16

margens diretamente no solo ou em gramíneas, também parcialmente submersos

na água.

As espécies Leptodactylus fuscus e Physalaemus cuvieri são oportunistas e

típicas de áreas abertas e ambientes alterados, com ampla distribuição na

América do Sul (HIERT e MOURA, 2007; MAFFEI e UBAID, 2014).

Elachistocleis ovalis também ocorre em áreas abertas, com ocorrência na

América do Sul, mas no Brasil com ocupação nas regiões sul e sudeste (HIERT e

MOURA, 2007). A espécie Leptodactylus labyrinthicus apresenta grande porte,

por vezes utilizada como alimento em determinadas regiões devido ao tamanho

(MAFFEI e UBAID, 2014). Ocorre em áreas abertas, com ampla distribuição no

país (MAFFEI e UBAID, 2014).

Os registros ocasionais contribuíram ainda com a espécie Physalaemus gracilis

(rã-chorona), além das já constatadas P. cuvieri e Dendropsophus minutus.

Conforme as espécies de anfíbios amostradas, reconhece-se um perfil

anurofaunístico associado a áreas abertas. Este ambiente é um cenário típico da

região tanto pelo predomínio de campos agropastoris como naturais, estes

referentes à vegetação Cerrado. A continuidade do levantamento de espécies de

anuros, bem como suas distribuições e sazonalidades é de grande importância,

principalmente nas áreas

que serão diretamente

impactadas, uma vez que

o grupo apresenta hábito

semi-aquático. Por este

motivo destacam-se as

espécies detectadas em

área de futuro alagamento,

próximo ao ponto amostral

FT1, na foz do rio Pardo.

Todos os pontos amostrais

exibiram o registro de

Figura 11 Exemplar Leptodactylus labyrinthicus registrado em poça temporária próximo ao ponto amsotral Testemunho.

Page 17: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 17

apenas duas espécies cada, de modo que a maioria das espécies contatadas foi

verificada fora da área de influência. Deve-se aumentar as buscas por ambientes

propícios para a ocorrência de anfíbios principalmente em áreas que serão afetadas

pela construção e operação do empreendimento, visando monitorar a comunidade

de anuros na região.

Répteis

Foram reconhecidas para a área de estudo 58 espécies de répteis, distribuídas em 2

ordens e 15 famílias, com ocorrência segura ou potencial.

A ordem Testudines apresenta, com potencial ocorrência na área de estudo, três

espécies das quatro presentes no Paraná, são elas Acanthochelys spixii (cágado-

preto), Hydromedusa tectifera (cágado-pescoço-de-cobra) e Phrynops geoffroanus

(cágado-de-barbixa). Os quelônios habitam cursos d'água lênticos e lóticos, às

margens e no leito, como rios, lagoas, estuários, córregos, cavas e canais artificiais

(RIBAS e MONTEIRO-FILHO, 2002).

Na ordem Squamata, composta pelas serpentes e lagartos, a família mais

representada foi Dipsadidae (30 espécies), também a maior família da ordem em

relação a todas as espécies brasileiras. Em seguida ocorre Viperidae e Colubridae

(cinco espécies cada). Completam a lista as famílias Leiosauridae, Tropiduridae,

Amphisbaenidae, Elapidae (essas com duas espécies cada), e Gekkonidae,

Gymnophtalmidae, Mabuyidae, Teiidae, Diploglossidae, Anomalepididae e Boidae

(essas com uma espécie cada).

As atividades em campo exibiram o registro de três espécies, todos da ordem

Squamata. No ponto Testemunho, em área florestada, avistou-se exemplar de

Bothrops jararaca (jararaca, figura 12). A serpente, juntamente à espécie Crotalus

durissus (cascavel), foi mencionada em entrevistas com moradores locais como

frequente na região. Estas espécies são normalmente lembradas devido ao seu risco

de acidente ofídico, sendo por vezes mortas pelas pessoas. Outras espécies

peçonhentas que também têm especial interesse são Bothrops alternatus, B.

jararacus-su, B. neuwiedi, Micrurus altirostris e M. corallinus.

Page 18: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 18

Também no ponto

Testemunho, em ambiente

de mata, verificaram-se

exemplares de Salvator

merianae (teiú), além de

um registro no ponto FT1 e

de formas ocasionais em

estradas de terra durante

deslocamentos entre os

pontos amostrais. Ao todo

foram cinco visualizações,

todas apenas na

campanha realizada em dezembro, a segunda do ciclo. O lagarto possui grande

porte, dieta onívora, distribuindo-se por todo o Brasil, predominantemente em áreas

abertas, próximo a cursos d'água, rochas e matas (QUINTELA e LOEBMANN, 2009).

Em três campanhas foram avistados indivíduos da espécie Tropidurus itambere

(lagartinho-das-pedras, figura 13) em área com diversos afloramentos rochosos e

residências. Moradores locais mencionam o lagarto como comum na região. A

espécie apresenta pequeno porte, ocupa áreas abertas, com distribuição na região

central e sudeste do Brasil.

O estabelecimento de

populações humanas na

região, levando à supressão

da vegetação original e ao

avanço das práticas de

monoculturas agrícolas,

causa alterações

substanciais na composição

herpetofaunística ora

verificada, interferindo

principalmente na

Figura 12 Bothrops jararaca registrado no ponto amostral Testemunho.

Figura 13 Lagarto Tropidurus itambere registrado de forma ocasional em locais com rochas.

Page 19: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 19

diminuição da diversidade. Exemplos de espécies que se destacam por tolerarem

modificações antrópicas, ocorrendo em áreas alteradas e em situação periantrópica,

são Salvator merianae, Erythrolamprus miliaris, E. poecilogyrus, Philodryas olfersii,

P. patagoniensis, Thamnodynastes hypoconia e Tomodon dorsatus. Não obstante,

como grande parte dos répteis ocupa posições de ápice das cadeias alimentares,

pode-se obter, através desses – ou de sua ausência – informações acerca do estado

de conservação da região em que devem estar inseridos. Funcionam, assim, como

bioindicadores de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, evidenciam as

gradações de alteração ambiental (MOURA-LEITE et al., 1993). Para servir como

indicadoras, no entanto, há que se dispor de um referencial sobre a normalidade

destas populações, o que só poderá ser construído ao longo de um tempo

relativamente extenso.

Suficiência Amostral

A curva de acumulação de espécies se mostra de maneira ascendente, tendendo a

estabilização (figura 14). Mesmo assim, reconhece-se a necessidade de mais

campanhas para que se possa atingir o número total de espécies da herpetofauna

local, principalmente de répteis.

0

2

4

6

8

10

12

14

1 2 3 4

Campanhas

Riq

uez

a d

e es

péc

ies

acu

mu

lad

a

Figura 14 Riqueza de espécies acumulada da herpetofauna no ciclo anual de

campanhas da PCH Macacos, município de Jaguariaíva, PR.

Page 20: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 20

Espécies Endêmicas da Herpetofauna

Entres as espécies que ocorrem ou com potencial ocorrência na área de influência,

são reconhecidas como endêmicas do Brasil, segundo lista de Bérnils e Costa

(2012) as espécies Pseudoboa haasi e Bothrops neuwiedi.

Em relação aos anuros, a espécie Hypsiboas leptolineatus é endêmica de áreas de

grande latitude, sendo encontrada no Paraná, Santa Cataria e Rio Grande do Sul

(HIERT e MOURA, 2007).

Espécies Ameaçadas da Herpetofauna

O Estado do Paraná possui 23 espécies de anuros na Lista Vermelha, sendo quatro

pertencentes a alguma categoria de ameaça e as demais se enquadrando como

“dados deficientes” (Mikich e Bérnils, 2004). A área de influência do empreendimento

não apresenta espécies de anuros ameaçadas, no entanto é de grande importância

a conservação de todas as espécies devido à vulnerabilidade dos anfíbios,

principalmente referente a seu hábito semi-aquático, baixa mobilidade e maior

sensibilidade às toxinas do meio ou mudanças de temperatura em decorrência da

permeabilidade da pele (ALFORD e RICHARDS, 1999).

O Paraná contém uma espécie de serpente em categoria de ameaça e sua

distribuição não está prevista na região de estudo (MIKICH e BÉRNILS, 2004).

Contudo, destacam-se as espécies da família Viperidae, pelo fato de serem

frequentemente mortas por pessoas devido ao caráter peçonhento dos exemplares.

Da mesma forma, embora as espécies de quelônios previstas para a área de estudo

não se apresentem ameaçadas no estado, é de grande importância uma maior

atenção devido ao hábito semi-aquático, onde as principais causas de ameaça são a

construção de hidrelétricas e erosão de rios pelo descuidado na preservação da

mata ciliar (RIBAS e MONTEIRO-FILHO, 2002).

Espécies Exóticas da Herpetofauna

Não são reconhecidas espécies exóticas da herpetofauna na região.

Page 21: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 21

Espécies de Importância Epidemiológica da Herpetofauna

Das espécies registradas para a área de influência do empreendimento, Micrurus

altirostris, Bothrops jararaca e Crotalus durissus são consideradas de interesse

médico veterinário pelo risco de acidente ofídico.

Espécies Bioindicadoras da Herpetofauna

Os anfíbios de modo geral são bastante vulneráveis às alterações ambientais, sendo

o grupo considerado como bioindicador. Determinadas espécies ocorrem em

variados ambientes, sendo que algumas se adaptam facilmente em áreas alteradas

pela ação antrópica, como residenciais e lagoas artificiais. São exemplos Rhinella

icterica, Scinax fuscovarius, Physalaemus cuvieri e Dendropsophus minutus. Ao

contrário, ocorrem espécies que ocupam preferencialmente ambientes florestados

ou proximidades, como Proceratophrys avelinoi. A presença conjunta de espécies

que ocupam diferentes ambientes reforça a presença de áreas florestadas na região,

embora fragmentada, combinada com superfícies alteradas e campos, em maior

parte decorrente da agropecuária.

Da mesma forma, os répteis podem ser considerados como bioindicadores de

diferentes níveis de alterações ambientais por ocuparem a posição ápice da cadeia

alimentar, de modo a necessitarem de uma oferta alimentar significativa que sustente

suas populações (MOURA-LEITE et al., 1993).

Page 22: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 22

4.1.2. Ornitofauna

A composição avifaunística que se exibiu nas amostragens é composta por espécies

associadas essencialmente a três ambientes: a) áreas abertas, abrangendo

formações típicas do cerrado sensu stricto e de zonas agropastoris; b) florestadas,

que incluem fragmentos florestais, bordas de matas e matas de galerias; e c)

aquáticos, relativos a cursos d'água, principalmente o rio Jaguariaíva e suas

configurações rochosas em cânion às margens.

Todos os pontos amostrais englobaram esses três ambientes, embora em

proporções diferentes em cada, propiciando variedades de espécies de aves.

O ponto amostral FT1, em seu trecho composto por Cerrado sensu stricto, exibiu

espécies como Tersina viridis (saí-andorinha), Hemithraupis guira (saíra-de-papo-

preto), Thamnophilus caerulescens (choca-da-mata), Xenops rutilans (bico-virado-

carijó), Saltator similis (trinca-ferro), Trogon surrucura (surucuá-variado) e

Hydropsalis albicollis (bacurau, figura 15). Em áreas de pastagem que contém

pequenos fragmentos de mata, ocorreram Colonia colonus (viuvinha), Trichothraupis

melanops (tiê-de-topete), Hirundinea ferruginea (gibão-de-couro), Dryocopus lineatus

(pica-pau-de-banda-branca), Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro) e Falco

sparverius (quiriquiri). Associados ao rio Jaguariaíva, também em seu trecho de

mata ciliar, ocorreram

Megaceryle torquata

(martim-pescador-grande),

Egretta thula (garça-branca-

pequena), Penelope obscura

(jacuaçu), Forpus

xanthopterygius (tuim),

Celeus flavescens (pica-pau-

de-cabeça-amarela),

Pygochelidon cyanoleuca

(andorinha-pequena-de-

casa), Progne tapera

(andorinha-do-campo),

Figura 15 Hydropsalis albicollis registrado nas amostragens de aves na área de estudo.

Page 23: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 23

Cacicus haemorrhous (guaxe), Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-rajado) e

Tyrannus savana (tesourinha), os dois últimos sendo espécies migratórias.

No ponto amostral FT2, em áreas abertas, destaca-se o avistamento de

Geranoaetus melanoleucus (águia-serrana), espécie que também foi verificada no

ponto Testemunho e em outros locais ocasionalmente. O accipitrídeo tem ampla

distribuição no país, mas no Paraná é restrita à região leste do estado. Também em

áreas abertas neste ponto amostral, com predominância de gramíneas, ocorreram

Crotophaga ani (anu-preto), Elaenia flavogaster (guaracava-de-barriga-amarela),

Knipolegus lophotes (maria-preta-de-penacho), Trichothraupis melanops (tiê-de-

topete), Euphonia chlorotica (fim-fim), Tersina viridis (saí-andorinha),

Coryphospingus cucullatus (tico-tico-rei), Zonotrichia capensis (tico-tico) e Sporophila

caerulescens (coleirinho). Em ambiente florestado ocorreram Leptopogon

amaurocephalus (cabeçudo), Synallaxis spixi (joão-teneném), Myiothlypis

leucoblephara (pula-pula-assobiador), Cyclarhis gujanensis (pitiguari), Philydor rufum

(limpa-folha-de-testa-baia), Picumnus temminckii (pica-pau-anão-de-coleira) e

Crypturellus obsoletus (inhambuguaçu). Associado ao rio Jaguariaíva cita-se

Lochmias nematura (joão-porca) e Syrigma sibilatrix (maria-faceira).

O ponto amostral Testemunho possui um fragmento florestado bastante expressivo,

que conferiu espécies típicas e algumas exclusivas ao ponto. Verificaram-se Dacnis

cayana (saí-azul),

Chiroxiphia caudata

(tangará, figura 16), Cacicus

haemorrhous (guaxe),

Myiozetetes similis

(bentevizinho-de-penacho-

vermelho), Philydor rufum

(limpa-folha-de-testa-baia),

Cyanocorax chrysops

(gralha-picaça),

Baryphthengus ruficapillus

(juruva, figura 16), Amazilia

Figura 16 Casal de Chiroxiphia caudata em processo de acasalamento, registrado no ponto amostral Testemunho.

Page 24: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 24

lactea (beija-flor-de-peito-azul), Crypturellus obsoletus (inhambuguaçu) e Micrastur

semitorquatus (falcão-relógio). Em áreas abertas, naturais e alteradas, ocorreram

Knipolegus lophotes (maria-preta-de-penacho), Colaptes campestris (pica-pau-do-

campo), Bubulcus ibis (garça-vaqueira), Pyrrhura frontalis (tiriba-de-testa-vermelha),

Elanus leucurus (gavião-peneira) e bando de Streptoprocne zonaris (taperuçu-de-

coleira-branca). Este ponto amostral foi o que mais se verificou espécies aquáticas

associadas ao rio, característica relacionada ao amplo trecho de água lêntica

presente no local referente ao barramento da PCH Pesqueiro, empreendimento à

montante da PCH Macacos. No reservatório observou-se Jacana jacana (jaçanã),

Gallinula galeata (frango-d'água-comum), Nycticorax nycticorax (socó-dorminhoco),

Megaceryle torquata

(martim-pescador-grande),

sobrevoo de Syrigma

sibilatrix (maria-faceira),

bandos de Amazonetta

brasiliensis (pé-vermelho),

de Cairina moschata (pato-

do-mato), de Pygochelidon

cyanoleuca (andorinha-

pequena-de-casa) e de

Tachycineta albiventer

(andorinha-do-rio).

Determinadas espécies foram comuns nos três pontos amostrais, a maioria exibindo

grande frequência de registros na área de estudo. São exemplos Milvago

chimachima (carrapateiro), Rupornis magnirostris (gavião-carijó), Caracara plancus

(carcará), Falco sparverius (quiri-quiri), Penelope obscura (jacuaçu), Vanellus

chilensis (quero-quero), Cariama cristata (seriema), Ramphastos dicolorus (tucano-

de-bico-verde), Tangara sayaca (sanhaçu-cinzento), Cyclarhis gujanensis (pitiguari),

Cacicus haemorrhous (guaxe) e Saltator-similis (trinca-ferro).

Os registros ocasionais contribuíram predominantemente com espécies relacionadas

a ambientes abertos, como Tachycineta leucorrhoa (andorinha-de-sobre-branco),

Figura 17 Baryphthengus ruficapillus registrado no ponto amostral Testemunho.

Page 25: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 25

Melanerpes candidus (pica-pau-branco), Guira guira (anu-branco), Pionus

maximiliani (maitaca-verde), Nothura maculosa (codorna-amarela), Odontophorus

capueira (uru), Athene cunicularia (coruja-buraqueira), Columbina squammata (fogo-

apagou), Ardea alba (garça-branca-grande), Molothrus rufoaxillaris (chopim-

azeviche), Pseudoleistes guirahuro (chopim-do-brejo), Mimus saturninus (sabiá-do-

campo), Megarynchus pitangua (neinei), Xolmis velatus (noivinha-branca), Xolmis

cinereus (primavera), Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro) e Volatinia jacarina (tiziu).

Destacam-se os avistamentos de Leptodon cayanensis (gavião-de-cabeça-cinza,

figura 18) e de Sarcoramphus papa (urubu-rei). Exemplares das espécies foram

observados em plano alto de voos próximos aos pontos amostrais FT2 e

Testemunho,

respectivamente. Possuem

distribuição por todo Brasil e

neste monitoramento foram

observadas apenas em uma

campanha.

Pelo método de avistamento

ocasional registraram-se

espécies que foram também

observadas nos pontos de

amostragens, como Rupornis

magnirostris (gavião-carijó),

comumente verificado em

cercas e postes, e Cariama cristata (seriema), em bandos por áreas de plantio. Esta

espécie é típica de formações savânicas, ocorrendo com relativa frequência em

determinados locais da área de estudo, inclusive próximo a residências (figura 19).

O ponto amostral Testemunho foi o que exibiu maior riqueza específica, totalizando

59 espécies de aves registradas. O ponto FT2 também obteve uma riqueza

relativamente expressiva, com 56 espécies. O ponto amostral FT1 exibiu 49

espécies registradas nas amostragens.

Figura 18 Leptodon cayanensis observado na campanha 4, em

sobrevoo alto.

Page 26: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 26

As campanhas 4 e 5 apresentaram a maior quantidade de espécies identificadas,

com 75 e 71, respectivamente. As duas primeiras campanhas exibiram riquezas

semelhantes entre si, com 49 (campo 1) e 52 (campo 2) espécies registradas.

Parte do trecho da mata ciliar no ponto amostral FT1 onde foram realizadas

amostragens será suprimido para o processo de alagamento, principalmente em se

tratando da margem esquerda, a qual possui menor declividade. Mesmo que esta

faixa de vegetação encontra-se bastante estreita, apresenta importante papel na

manutenção de animais silvestres, essencialmente aves. Portanto, é fundamental a

restauração das matas às margens do reservatório após a operação do

empreendimento para minimizar os impactos negativos na fauna terrestre da área.

Além disso, é necessário

estabelecer a restrição de

acesso de gado a essas áreas

em restauração. A presença de

gado em vegetações naturais

observada na área de estudo

demonstrou-se bastante

intensa, principalmente na

formação de carreiros e

contaminação de corpos

d'água. Nos pontos amostrais

FT1 e FT2 foi possível

identificar estes cenários, bem

como em outros pontos fora da área de estudo. O completo cercamento das áreas

de preservação permanente deve ser realizado para impossibilitar a livre circulação

dos animais nas superfícies naturais protegidas, principalmente as referentes às de

regeneração das matas ciliares.

Os dados primários baseados neste primeiro ciclo de monitoramento apresentaram o

registro de 107 espécies de aves. A lista completa da avifauna ocorrente na área de

estudo, baseada também em dados bibliográficos, encontra-se na tabela 5, em

anexo.

Figura 19 Bando de Cariama cristata registrado atravessando estrada

de terra.

Page 27: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 27

Suficiência Amostral

A curva de acumulação de espécies demonstra-se em ascensão, exibindo a

necessidade de mais esforços amostrais para uma maior representatividade da

avifauna local (figura 20).

Espécies Endêmicas da Ornitofauna

De acordo com a última lista de espécies de aves do Comitê Brasileiro de Registros

Ornitológicos (CBRO), emitida em 2014, duas espécies listadas para a área de

estudo são endêmicas do Brasil. São elas os passeriformes Malacoptila striata

(barbudo-rajado) e Knipolegus nigerrimus (maria-preta-de-garganta-vermelha).

Espécies Ameaçadas da Ornitofauna no Paraná

Entre as espécies listadas para a área de estudo, cinco encontram-se sob algum

grau de ameaça na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas no Paraná (Mikich e

Bérnils, 2004). São elas o accipitrídeo Spizaetus melanoleucus (gavião-pato) e o

passeriformes Sporophila angolensis (curió).

0

20

40

60

80

100

120

1 2 3 4

Campanhas

Riq

ue

za d

e e

spé

cie

s ac

um

ula

da

Figura 20 Riqueza de espécies acumulada da avifauna no ciclo anual de campanhas

da PCH Macacos, município de Jaguariaíva, PR.

Page 28: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 28

As principais causas de ameaça são destruição de habitat e caça indiscriminada. A

espécie Sporophila angolensis, assim como outros traupídeos e também

psitacídeos, é comumente capturada para o comércio ilegal e domesticação.

Espécies Exóticas da Ornitofauna

É introduzida a espécie Passer domesticus (pardal), de origem europeia e com alto

potencial adaptativo em cidades, ocorrendo em todo o Brasil exceto na Amazônia

(SIGRIST, 2009). Também Bubulcus ibis (garça-vaqueira), com o primeiro registro no

Brasil na década de 1960, possuindo grande adaptação em comparação a muitas

outras garças nativas (SICK, 1997).

Espécies de Importância Econômica da Ornitofauna

Não foram encontradas espécies de interesse econômico na região.

Espécies Bioindicadoras da Ornitofauna

As aves podem atuar como bioindicadores ao acumularem metais pesados (SICK,

1997). Espécies sensíveis acumulam em suas penas as toxinas depositadas pelo ar

bem como a acumulação em tecidos internos por alimentos. Neste caso através de

uma dieta como peixes em rios contaminados, vegetais em campos com inseticidas

ou animais predados também contaminados, por exemplo.

Também é possível reconhecer o estado de conservação de uma área pelo registro

de espécies ocorrentes. Columbiformes, por exemplo, aproveitam-se do

desmatamento e da chegada de áreas agrícolas. Outras espécies, no entanto, são

estritamente arborícolas, como no caso dos passeriformes da família

Dendrocolaptidae, representada pelos arapaçus.

4.1.3. Mastofauna

Um estudo preliminar acerca da mastofauna do Parque Estadual do Cerrado (IAP,

2000) listou 40 espécies na região. Esse valor somado às espécies registradas em

campo e em outras fontes bibliográficas (PERACCHI et al., 2002; BONVICINO et al.,

Page 29: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 29

2008; REIS et al., 2009), resulta em 84 espécies de mamíferos que ocorrem ou com

provável ocorrência na área de estudo.

Da ordem Didelphimorphia, conhecidos como marsupiais, são listadas oito espécies

e seis gêneros. São mamíferos de médio e pequeno portes, noturnos, terrícolas e/ou

arborícolas, com dieta predominantemente onívora, o que inclui principalmente

néctar, frutos, artrópodes e pequenos vertebrados (ROSSI et al., 2006). Quando

grandes consumidores de frutas, como as espécies do gênero Didelphis, podem ser

considerados como bons dispersores de sementes (CÁCERES, 2012). Os dados

primários registraram a ocorrência na área de influência das espécies Didelphis

albiventris (gambá-de-orelha-branca) e D. aurita (gambá-de-orelha-preta, figura 21).

Estes marsupiais possuem características morfológicas e ecológicas semelhantes,

diferindo em suas áreas de

distribuição. A primeira ocorre em

quase todo o Brasil e países da

América do Sul (ROSSI et al.,

2006), enquanto a segundo tem

distribuição um pouco mais

restrita, predominante na porção

leste do país (SANTOS e

SANTORI, 2009). As espécies

apresentam caráter generalista

quanto ao uso de habitat

(CHEIDA et al., 2005), exibindo

grande plasticidade ambiental e

conferindo a ocorrência frequente em áreas alteradas.

São listadas duas espécies de Myrmecophagidae na região, o Myrmecophaga

tridactyla (tamanduá-bandeira) e o Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim). A

espécie M. tridactyla é reconhecida tipicamente como pertencente ao Cerrado,

embora sua distribuição demarque todo o Brasil (MEDRI et al., 2006). Sua presença

foi confirmada na área através do avistamento de três diferentes individuos e regisro

em armadilha fotográfica, na primeira e última campanhas (figura 22). Além disso,

Figura 21 Didelphis aurita capturado no ponto amostral Testemunho e exibindo filhotes no marsúpio.

Page 30: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 30

trabalhadores locais

mencionam como de

comum ocorrência na

região. Mesmo assim, o

tamanduá-bandeira

encontra-se classificado

como criticamente em

perigo no estado do

Paraná (MIKICH e

BÉRNILS, 2004).

São previstas cinco

espécies de Cingulata na

área, sendo confirmada a presença de Dasypus novemcinctus (tatu-galinha) através

de rastros e de Euphractus sexcinctus (tatu-peludo), conforme plano de manejo do

Parque Estadual do Cerrado (IAP, 2002). Estão listadas também Dasypus

septemcinctus (tatuí), Dasypus hybridus (tatu-mulita) e Cabassous tatouay (tatu-de-

rabo-mole) como com provável ocorrência.

Na ordem Chiroptera ocorrem ou tem potencial ocorrência 23 espécies pertencentes

a três ordens: Phyllostomidae, Vespertilionidae e Molossidae. A família

Phyllostomidae comporta a maioria das espécies da região, não obstante também é

a família brasileira mais representativa de Chiroptera. Apresentam dieta

predominantemente frugívora, sendo importantes dispersores de sementes, embora

a família também abrigue as únicas três espécies de morcegos hematófagos, todas

com ocorrência na região (Desmodus rotundus, Diaemus youngi e Diphylla

ecaudata). Os “morcegos-vampiros” são de interesse epidemiológico por serem

vetores do vírus da raiva, principalmente em relação à contaminação de gado,

podendo trazer grandes prejuízos à pecuária (REIS et al., 2007). A espécie D.

rotundus tem ampla distribuição no Brasil, sendo comum ocorrer em áreas de

criação de animais. As demais espécies hematófagas, porém, têm distribuição mais

restrita e encontram-se em categorias de ameaça de extinção no Paraná (MIKICH e

BÉRNILS, 2004).

Figura 22 Myrmecophaga tridactyla registrado no ponto amostral Testemunho, em área de Cerrado sensu stricto.

Page 31: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 31

Os esforços em campo com rede de quirópteros permitiram a captura de exemplares

dos filostomídeos Desmodus rotundus (morcego-vampiro) e Sturnira sp. (morcego-

de-ombros-amarelos, figura 23). As capturas ocorreram apenas no ponto amostral

Testemunho, que apresenta um amplo corredor de mata. Reconhece-se o baixo

índice de capturas neste ciclo de monitoramento, sendo importante a continuidade

das amostragens deste grupo para maior conhecimento da fauna de quirópteros da

área.

As espécies da família Vespertilionidae possuem dieta insetívora, sendo

considerados importantes controladores de populações de insetos (BIANCONI e

PEDRO, 2007). Nesta família ocorrem sete espécies com ocorrência ou potencial

ocorrência na área de influência.

Estima-se ocorrer apenas três espécies da família Molossidae, sendo todas

exclusivamente insetívoras. As espécies Molossus molossus e M. rufus têm ampla

distribuição no território nacional, enquanto Tadarida brasiliensis ocorre no sul e

sudeste do país, embora este seja o molossídeo mais comum em toda a bacia do

Tibagi (REIS et al., 2002).

A ocorrência de primatas não foi mencionada nas entrevistas com moradores da

região, bem como nenhuma espécie se encontra listada no Plano de Manejo do

Parque Estadual do Cerrado

(IAP, 2002). Mesmo assim,

na listagem deste estudo é

indicada a espécie Alouatta

guariba (bugio-ruivo) como

potencial para ocorrência,

visto que a região e

respectiva vegetação

encontram-se na sua área

de distribuição no estado

(SILVEIRA, 2009). O primata

apresenta-se ameaçado no

Figura 23 Exemplar Sturnira sp. capturado no ponto amostral Testemunho.

Page 32: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 32

Paraná, classificado como vulnerável, segundo a Lista Vermelha da Fauna

Ameaçada no Estado (MIKICH e BÉRNILS, 2004).

Dentre os canídeos, três espécies são previstas na região, sendo Cerdocyon thous

(cachorro-do-mato), Chrysocyon brachyurus (lobo-guará) e Lycalopex gymnocercus

(raposa-do-campo). O cachorro-do-mato C. thous é uma espécie onívora e

oportunista, ocorrendo em bordas de matas e áreas alteradas em diversos biomas

brasileiros (CHEIDA et al., 2006), podendo ser relativamente comum em

determinadas áreas de sua distribuição. A presença de exemplares da espécie foi

confirmada em três campanhas, com indivíduos solitários ou em dupla ocorrendo

nos pontos FT1 e

Testemunho, sempre em

vegetação de Cerrado

(figura 24).

O lobo-guará Chrysocyon

brachyurus, é o maior

canídeo da América do

Sul, também onívoro e

oportunista, ocorrendo em

diferentes biomas no Brasil

(ROCHA et al., 2005).

Devido a sua dieta ser

principalmente baseada

em frutos, também é reconhecido como um importante agente dispersor de

sementes (CHEIDA, 2005). Encontra-se ameaçado no Paraná (MIKICH E BÉRNILS,

2004) e em outros estados brasileiros (CHEIDA et al., 2006). Sua ocorrência na área

de influência é confirmada porém rara, conforme entrevista com trabalhadores

locais.

A última espécie supramencionada, Lycalopex gymnocercus, restringe-se a região

sul do Brasil, habitando áreas abertas, bordas de matas e capoeiras (SANTOS et al.,

2009).

Figura 24 Cerdocyon thous registrado por armadilha fotográfica no ponto amostral Testemunho.

Page 33: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 33

Rastros de Leopardus pardalis (jaguatirica, figura 25) foram registrados em campo

na área testemunha. Moradores afirmam também o avistamento de felino de

pequeno porte, podendo ser pertencente às espécies Leopardus tigrinus (gato-do-

mato-pequeno) e Leopardus wiedii (gato-maracajá). São previstas ainda a

ocorrência de Puma concolor (sussuarana) e Puma yagouaroundi (gato-mourisco).

Todos os felídeos encontram-se ameaçados no estado. Além da destruição de

hábitat, as espécies sofrem com a caça, devido ao receio de moradores a possíveis

ataques desses felinos contra animais domésticos, como bois e ovelhas (CHEIDA et

al., 2006).

Foram confirmadas três espécies de mustelídeos na região. Nos pontos amostrais

Testemunho e FT1 registraram-se a ocorrência de Eira Barbara (irara, figura 26) em

duas campanhas. Um indivíduo Lontra longicaudis (lontra, figura 27) foi observado

em trecho de água lêntica no rio Jaguariaíva, no ponto Testemunho. Também houve

avistamento de exemplar de Galictis cuja (furão), às margens do rio em local com

paredões rochosos, de avistamento ocasional da equipe.

Completam a ordem Carnivora os procionídeos Procyon cancrivorus (mão-pelada) e

Nasua nasua (quati) este último com ocorrência confirmada na região através de

registro de bando no ponto amostral Testemunho. As espécies possuem ampla

distribuição no Brasil,

ocorrendo em diversos

biomas (SANTOS et al.,

2009).

A presença de cervídeos é

listada como de potencial

presença mas reconhece-se

com pouca possibilidade de

ocorrência. Não foram

obtidos dados primários do

grupo e em entrevista com

moradores de região, foi

Figura 25 Pegadas de Leopardus pardalis identificadas no ponto amostral Testemunho.

Page 34: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 34

citado três avistamentos

de veados, mas há cerca

de dez anos.

Os roedores apresentam

grande representatividade

na região, sendo previstas

24 espécies pertencentes

a nove ordens. Entre os

pequenos roedores estão

os Cricetidae

Oligoryzomys sp. e

Necromys lasiurus, de

hábito terrestre, e Nectomys squamipes, de hábito semi-aquático. Também da

família Muridae, as espécies exóticas Mus musculus e Rattus rattus, introduzidas na

ocasião da colonização europeia (BONVICINO et al., 2008).

As espécies de ocorrência confirmada, através de capturas em campo nos pontos

amostrais FT2 e Testemunho, são Akodon sp. e Euryoryzomys russatus. Do gênero

Akodon são quatro espécies listadas para a região: A. cursor, A. serrensis, A.

montensis e A. paranaensis. Habitam formações florestais, áreas abertas adjacentes

e campos de altitude da

Mata Atlântica, Campos

Sulinos, Caatinga e Cerrado

(BONVICINO et al., 2008). A

espécie E. russatus distribui-

se desde a Bahia até o Rio

Grande do Sul, possui

hábito terrestre, ocupando

florestas primárias e

secundárias, e alimenta-se

de frutos e grãos

(BONVICINO et al., 2009).

Figura 26 Eira barbara registrado por armadilha fotográfica no ponto amostral FT1.

Figura 27 Lontra longicaudis observado no rio Jaguariaíva, no ponto amostral Testemunho.

Page 35: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 35

Ambas as espécies são de comum ocorrência em suas áreas de distribuição,

principalmente às do gênero Akodon.

Dos roedores de médio porte, os dados primários exibiram o registro de

Guerlinguetus ingrami (serelepe, figura 28) em trecho de mata ciliar próximo ao

ponto amostral FT1, adjacente ao futuro local de barramento do rio. Por intermédio

de entrevistas, foi citada a ocorrência de Sphigurus villosus (ouriço-cacheiro). São

listadas ainda as espécies Dasyprocta azarae (cutia), Cuniculus paca (paca) e

Myocastor coypus (ratão-do-banhado).

A espécie Hydrochoerus hydrochaeris (capivara) foi registrada nas duas últimas

campanhas na área testemunha, em trechos às margens do rio Jaguariaíva. O

roedor ocorre em todo o Brasil, adaptando-se facilmente às degradações ambientais,

e apresenta dieta herbívora generalista, podendo invadir plantações para se

alimentar (BONVICINO et al., 2009). Na área de estudo os indivíduos não conferem

prejuízos à agricultura, no entanto, conforme entrevistas.

Em três campanhas houve registro de Lepus europaeus (lebre), além de ter sido

mencionada como comum na região por trabalhadores. Os registros deram-se no

ponto amostral Testemunho e de forma ocasional. A espécie é exótica e de

procedência da Eurásia, no Brasil ocorre nos estados sulinos e em São Paulo, com

tendências a avançar para o

norte (REIS et al., 2006b).

Apresenta porte maior que a

espécie nativa Sylvilagus

brasiliensis (tapiti), que

também tem ocorrência

prevista para a área de

influência, mas encontra-se

ameaçada no estado devido

à caça e competição com a

espécie exótica (MIKICH e

BÉRNILS, 2004). Esta

Figura 28 Guerlinguetus ingrami observado em mata ciliar do rio Jaguariaíva.

Page 36: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 36

espécie ocorre em quase todo o Brasil, em regiões de mata e campos, mas também

pode ocupar edificações humanas (REIS et al., 2006b).

Completa a lista de mastofauna o taiassuídeo Pecari tajacu (cateto), com potencial

ocorrência na região. A lista completa de espécies de mamíferos com presença

registrada e/ou esperada na área de influência, baseada em dados primários e

secundários, encontra-se na tabela 6.

A maioria dos registros de mamíferos em campo deu-se no ponto amostral

Testemunho, com 14 espécies constatadas. Neste ponto foram instaladas algumas

unidades a mais de armadilhas em relação aos demais pontos, embora se acredite

que não seja este o fator que resultou em maior índice de riqueza de espécies. O

local é considerado como área de preservação permanente (APP) da PCH

Pesqueiro, empreendimento à montante da PCH Macacos e que faz aproveitamento

do mesmo rio. Por este motivo apresenta ampla área florestada e preservada, além

de evitar o acesso a pessoas, sendo completamente cercado e com porteiras

cadeadas.

Reconhece-se a importância de remanescentes de vegetação naturais, em suas

diversas dimensões, para a manutenção das populações de animais silvestres da

região. As APPs atuam como refúgios ao oferecerem recursos naturais de qualidade,

essencialmente dispondo alimentos e abrigos.

O ponto amostral FT1 exibiu quatro espécies, são elas Eira barbara, Cerdocyon

thous, Guerlinguetus ingrami e o quiróptero Desmodus rotundus. Embora tenha

exibido uma riqueza específica menos expressiva, este ponto situa-se em área que

será impactada, direta e indiretamente, pela construção e operação da PCH

Macacos. Próximo aos locais de registros dos espécimes ocorreu a presença de

gado ou de residências, exibindo uma região já fragilizada em termos de impactos

ambientais.

O ponto amostral FT2 apenas exibiu registro de um exemplar Akodon sp. através de

captura em ambiente florestado. Este local sofre com intenso impacto da presença

Page 37: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 37

de gado, implicando em áreas de pisoteamento próximos a corpos d‟água e

carreiros no interior de matas.

Algumas espécies apresentam comportamentos florestais estritos e devem receber

uma atenção maior com programas de monitoramento da fauna, principalmente na

manutenção de faixas das APP e uso destas como corredores ecológicos. Além

disso, deve-se assegurar que estas faixas de mata estejam protegidas do gado,

sendo devidamente cercadas.

Especial atenção deve ser dada às espécies típicas do Cerrado e ameaçadas no

estado, como Myrmecophaga tridactyla e Chrysocyon brachyurus. A manutenção

dos campos naturais é essencial para a ocorrência dessas espécies. É fundamental

também o completo cercamento do futuro canal de adução da PCH Macacos,

impedindo a queda acidental de espécimes, principalmente as de atividade noturna e

com hábito de grandes deslocamentos, como é o caso de M. tridactyla.

A formação do reservatório implicará em um grande impacto na configuração do rio,

afetando espécies de comportamento semi-aquático. A presença de Lontra

longicaudis é confirmada no rio aproveitado, sendo uma espécie ameaçada no

Paraná (MIKICH e BÉRNILS, 2004). O contínuo monitoramento do mustelídeo, entre

outras espécies de mamíferos associadas ao curso d‟água, deve ser realizado para

minimizar os prejuízos das populações no ambiente natural.

A ocorrência das espécies típicas do Cerrado na região é fortalecida pelo Parque

Estadual do Cerrado demarcado próximo à área de influência. A PCH Macacos, no

uso de suas exigências legais e condicionantes para sua operação, deve contribuir

para a manutenção da vida silvestre assegurando a correta implementação da área

de preservação permanente que lhe é incumbida. Deste modo, poderá auxiliar com a

ampliação da área de vida dos animais daquela unidade de conservação, uma vez

que esta região é um dos poucos locais que resguardam espécies do Cerrado no

Paraná.

Page 38: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 38

Suficiência Amostral

A curva de acumulação de espécies demonstra-se de maneira ascendente (figura

29). Assim, observa-se a necessidade de mais campanhas para que se possa atingir

o número total de espécies da mastofauna local.

Espécies Endêmicas da Mastofauna

As espécies encontradas são comuns em vários biomas.

Espécies Ameaçadas da Mastofauna no Paraná

O Estado do Paraná apresenta 56 espécies do grupo na Lista Vermelha da Fauna

Ameaçada, sendo 32 em alguma categoria de ameaça (MIKICH e BÉRNILS, 2004).

Entre a mastofauna prevista para ocorrer na área de influência da PCH Macacos, 16

espécies encontram-se ameaçadas.

O roedor Cuniculis paca (paca) encontra-se classificado como em perigo no estado,

decorrente principalmente da redução de habitat e pressão da caça (MIKICH e

BÉRNILS, 2004).

0

5

10

15

20

25

1 2 3 4

Campanhas

Riq

ue

za d

e e

spé

cie

s ac

um

ula

da

Figura 40 Riqueza de espécies acumulada da mastofauna no ciclo anual de

campanhas da PCH Macacos, município de Jaguariaíva, PR.

Page 39: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 39

Dos cinco felídeos que ocorrem na região, três encontram-se em algum grau de

ameaça (MIKICH e BÉRNILS, 2004). São eles Leopardus pardalis (jaguatirica), o

qual apresentou registros de vestígios em campo, Leopardus tigrinus (gato-do-mato-

pequeno), Leopardus wiedii (gato-maracajá) e Puma concolor (onça-parda). A caça e

destruição de habitat são as principais causas de ameaça ao grupo.

A fauna paranaense possui 13 espécies de morcegos na Lista Vermelha (MIKICH e

BÉRNILS, 2004), sendo duas de ocorrência na área de estudo. São elas os

filostomídeos Chrotopterus auritus e Mimon bennettii, classificados como

“vulnerável”.

Da ordem Artiodactyla ocorrem três espécies ameaçadas, sendo o taiassuídeo

Pecari tajacu (cateto) e os cervídeos Mazama nana (veado-cambuta) e Ozotoceros

bezoarticus (veado-zampeiro). As duas últimas espécies citadas encontram-se em

alto risco de extinção na natureza (ANDRADE et al., 2009).

As espécies Pteronura brasiliensis (ariranha) e Lontra longicaudis (lontra) estão

ameaçadas no estado, classificadas como criticamente em perigo e vulnerável,

respectivamente (MIKICH e BÉRNILS, 2004). A última espécie foi registrada na

região de estudo. Entre as causas de ameaça de mustelídeos semi-aquáticos está a

destruição de mata ciliar, caça pela sua pele, poluição de águas e construção de

barragens (SANTOS et al., 2009).

O único Lagomorpha nativo, Sylvilagus brasiliensis (tapiti), encontra-se vulnerável

em decorrência da competição com a lebre introduzida Lepus europaeus (REIS et

al., 2009), que foi identificada em campo e reconhece-se como frequente na região.

Ocorrem ainda na Lista Vermelha as espécies Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-

bandeira) e Chrysocyon brachyurus (lobo-guará) (MIKICH e BÉRNILS, 2004),

espécies registradas na região e típicas da vegetação Cerrado, devendo portanto

receber especial atenção em termos de monitoramento e proteção. Entre as

principais causas de ameaça estão destruição e fragmentação de habitat.

Page 40: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 40

O único primata listado com potencial ocorrência na região, Alouatta guariba (bugio-

ruivo), encontra-se ameaçado no estado, enquadrando-se como “quase ameaçada”

(MIKICH e BÉRNILS, 2004).

Espécies Exóticas da Mastofauna

Na área de estudo ocorre a espécie Lepus europaeus, considerada comum na

região. É ainda prevista a ocorrência dos roedores Mus musculus e Rattus rattus.

Espécies de Importância Econômica da Mastofauna

Não são reconhecidas espécies de importância econômica na área de estudo.

Espécies de Importância Epidemiológica da Mastofauna

Os “morcegos-vampiros” são de interesse epidemiológico por serem vetores do vírus

da raiva, principalmente em relação à contaminação de gado, podendo trazer

grandes prejuízos à pecuária (REIS et al., 2007). A espécie D. rotundus tem ampla

distribuição no Brasil, sendo comum ocorrer em áreas de criação de animais. Nas

atividades deste ciclo foi registrada a ocorrência da espécie, inclusive próxima ao

futuro local de inserção do eixo de barramento. É prevista ainda na região a

presença das espécies hematófagas Diaemus youngi e Diphylla ecaudata.

Espécies Bioindicadoras da Mastofauna

A literatura não enquadra nenhuma das espécies registradas como bioindicadora. As

espécies registradas, euriécicas, ocorrem tanto em variados ambientes, muitas das

quais tolerantes a ambientes perturbados por desmatamentos, agricultura e pecuária

Page 41: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 41

5. CONCLUSÃO

O primeiro ciclo anual de monitoramento revelou uma parte expressiva da

composição da fauna terrestre, principalmente de mamíferos. Foi possível verificar

na área de influência a riqueza de espécies e distribuição de indivíduos conforme os

registros nos pontos de amostragem. Este estudo é de grande importância por

ocorrer antes da fase de construção da PCH Macacos, oferecendo uma análise da

região anterior aos futuros impactos do empreendimento e atuando como referencial

para futuras pesquisas.

Entre os mamíferos, destaca-se o registro de espécies de grande porte e

ameaçadas no estado, como Lontra longicaudis, Leopardus pardalis, Myrmecophaga

tridactyla e Chrysocyon brachyurus, estes dois últimos sendo espécies típicas do

Cerrado.

Em relação às aves, constataram-se espécies associadas a três principais

ambientes, são eles campos, florestados e aquáticos. Em áreas abertas, formada

tanto por Cerrado como superfícies agropastoris, verificou-se a maioria das espécies

registradas, sendo exemplos Cariama cristata, Amazona aestiva, Leptodon

cayanensis, Geranoaetus melanoleucus e Sarcoramphus papa. Em ambientes

florestados, os quais sofrerão grande impacto com os processos de desmate para o

desenvolvimento do empreendimento, estão Baryphthengus ruficapillus, Cissopis

leverianus, Leptopogon amaurocephalus, Chiroxiphia caudata, Crypturellus

obsoletus, Celeus flavescens e Micrastur semitorquatus. Associado ao rio

Jaguariaíva identificou-se espécies aquáticas comuns como Nannopterum

brasilianus, Egretta thula, Amazonetta brasiliensis, Megaceryle torquata e Lochmias

nematura.

A herpetofauna exibiu menor índice de registros em relação aos demais grupos de

fauna terrestre. A escassez de ambientes propícios para a ocorrência de espécimes,

particularmente os anuros, e pela maior dificuldade de amostragem do grupo

implicaram na menor taxa de espécies registradas. Ainda assim, foi possível avaliar

um perfil anurofaunístico relacionado a áreas abertas e perturbadas, com espécies

típicas como Dendropsophus minutus, Physalaemus cuvieri, Leptodactylus fuscus e

Page 42: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 42

Hypsiboas prasinus. Em relação aos répteis, é necessário mais esforços de

amostragem para aprofundamento no levantamento de espécies e suas distribuições

na área de influência.

As principais ameaças à fauna são fragmentação e destruição de habitat. Na

ocasião da instalação da PCH Macacos serão feitas supressões da vegetação,

principalmente referente ao estabelecimento do canal de adução, canteiro de obras

e reservatório. Por este motivo, é fundamental a restauração e/ ou compensação

destas regiões impactadas, essencialmente as áreas de preservação permanente. A

presença de superfícies naturais recai com um papel de grande importância ao

oferecer fontes alimentares e abrigos, sendo um fundamental contribuinte para a

manutenção da fauna terrestre. Entre outras medidas de preservação estão o

completo cercamento destas áreas e do canal de adução, impedindo a circulação do

gado na vegetação nativa, bem como a queda acidental de animais silvestres no

canal.

Desse modo, reconhece-se a importância da continuidade dos estudos de

monitoramento, principalmente para abranger a próxima fase, onde será iniciada a

obra da PCH Macacos e implicará no ciclo que terá maior impacto no ambiente.

Curitiba, 07 de dezembro de 2018.

Renata Gabriela Noguchi

Bióloga, MSc.

Coordenadora dos estudos

[email protected]

55 (41) 98427-8884

Dr. Arnaldo Carlos Muller

AMuller, Consultoria Ambiental

[email protected]

55 (41) 3232-1852 e (41) 99951-0040

Page 43: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 43

6. ANEXOS

1. Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) dos profissionais.

2. Autorização Ambiental nº 47286 emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

3. Lista de espécies de fauna que ocorre ou com potencial ocorrência na área de influência

da PCH Macacos.

Page 44: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 44

Referências

ALFORD, R.A. & RICHARDS, S.J. 1999. Global amphibian declines: a problem in

applied ecology. Annu. Rev. Ecol. Syst. 30:133-165.

ANDRADE, F. R. et al. Ordem Artiodactyla. In. REIS, N. R. et al. (orgs.). Guia

ilustrado mamíferos do Paraná – Brasil. Pelotas: Ed. USEB, 2009.

BÉRNILS, R. S. e COSTA, H. C. (org.). 2012. Répteis brasileiros: Lista de

espécies. Versão 2012.2. Sociedade Brasileira de Herpetologia. Disponível em

http://www.sbherpetologia.org.br/. Download em: 10 set. 2014.

BIANCONI, G. V. e PEDRO, W. A. Família Vespertilionidae. In: REIS, N. R.;

PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A.; LIMA, I. P. (eds). Morcegos do Brasil. Londrina,

2007. p. 167-187.

BONVICINO, C. R.; OLIVEIRA, J. A.; D’ANDREA, P. S. Guia de roedores do Brasil,

com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Rio de Janeiro:

Centro Pan-Americano de Febre Aftosa – OPAS/OMS, 2008.

BONVICINO, C. R.; REIS, N. R.; ROSSANEIS, B. K.; FREGONEZI, M. N. Ordem

Rodentia. In: REIS, N. R.; PERACCHI, A. L; FREGONEZI, M. N.; ROSSANEIS, B. K.

Guia ilustrado mamíferos do Paraná – Brasil, Pelotas: Ed. USEB, 2009.

CÁCERES, N. C. (org.). Os marsupiais do Brasil: biologia, ecologia e

conservação. 2 ed. Campo Grande, 2012.

CHEIDA, C. C. Dieta e dispersão de sementes pelo lobo-guará Chrysocyon

brachyurus (Illiger 1815) em uma área com campo natural, Floresta Ombrófila

Mista e silvicultura, Paraná, Brasil. Dissertação (Mestrado em Zoologia),

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005.

CHEIDA, C. C.; MOTTA, M. C. e LIMA, I. P. Ordem Didelphimorphia. In: REIS, N. R.

et al. (orgs.). Mamíferos da Fazenda Monte Alegre – Paraná. Londrina: Eduel,

2005. Cap. 1.

CHEIDA, C. C.; NAKANO-OLIVEIRA, E.; FUSCO-COSTA, R.; ROCHA-MENDES, F.;

QUADROS, J. Ordem Carnivora (cap. 8). In: REIS, N. R.; PERACCHI, A. L.; PEDRO,

W. A.; LIMA, I. P. (eds). Mamíferos do Brasil. Londrina, 2006.

Page 45: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 45

HADDAD, C. F. B.; TOLEDO, L. F., PRADO, C. P. A.; LOEBMANN, D., GASPARINI,

J. L. e SAZIMA, I. Guia dos anfíbios da Mata Atlântica: diversidade e biologia.

São Paulo: Anolisbooks, 2013.

HIERT, C. E MOURA, M. O. Anfíbios do Parque Municipal das Araucárias,

Guarapuava – Paraná. Ed. Unicentro, 2007.

IAP – Instituto Ambiental do Paraná. Plano Manejo Parque Estadual do Cerrado,

Paraná, 2002.

MAFFEI, F.; UBAID, F. K. Amphibians of Rio Claro Farm, Lençóis Paulista, São

Paulo, Brazil. São Paulo: Canal 6, 2014.

MEDRI, I. M. MOURÃO, G.; RODRIGUES, F. H. G. Ordem Xenarthra. In: REIS, N.

R.; PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A.; LIMA, I. P. (eds). Mamíferos do Brasil.

Londrina, 2006.

MIKICH, S. B.; BÉRNILS, R. S. (Eds.). Livro vermelho da fauna ameaçada no

Estado do Paraná. Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná e Mater Natura - Instituto

de Estudos Florestais. 764 pp. 2004.

MOURA-LEITE, J. C.; BÉRNILS, R. S.; MORATO, S. A. A. Método para a

caracterização da herpetofauna em estudos ambientais. Maia, 2 ed., 1993.

PERACCHI, A. L.; ROCHA, V. J.; REIS, N. R. Mamíferos não-voadores da bacia do

rio Tibagi. In: MEDRI, M. E.; BIANCHINI, E.; OSCAR, A. S.; PIMENTA, J. A. (Orgs.).

A bacia do rio Tibagi. Londrina, PR. 2002.

PIACENTINI, V. Q. et al. Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê

Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO). Revista Brasileira de Ornitologia,

23 (2), 91-98, 2015.

QUINTELA, F. M.; LOEBMANN, D. Guia ilustrado: os répteis da região costeira

do extremo sul do Brasil. Pelotas: Ed. USEB, 2009.

REIS, N. R.; PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A.; LIMA, I. P. (a) (eds). Mamíferos do

Brasil. Londrina, 2006.

REIS, N. R. et al. (b) Ordem Lagomorpha. In: REIS, N. R.; PERACCHI, A. L.;

PEDRO, W. A.; LIMA, I. P. (eds). Mamíferos do Brasil. Londrina, 2006.

REIS, N. R.; PERACCHI, A. L; FREGONEZI, M. N.; ROSSANEIS, B. K. Guia

ilustrado mamíferos do Paraná – Brasil, Pelotas: Ed. USEB, 2009.

Page 46: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 46

REIS, N. R.; PERACCHi, A. L. e LIMA, I. P. Morcegos do Brasil. In: MEDRI, M. E. et

al. (Orgs.). A bacia do rio Tibagi. Londrina, PR. 2002. Cap. 14.

REIS, N. R.; PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A.; LIMA, I. P. (eds). Morcegos do

Brasil. Londrina, 2007.

RIBAS, E. R. E MONTEIRO-FILHO, E. L. A. Distribuição e habitat das tartarugas

de água-doce (Testudines, Chelidae) do Estado do Paraná, Brasil. A.

Biociências, v. 10, n.2, p. 15-32, Porto Alegre, 2002.

ROCHA, V. J.; MOTTA, M. C.; CHEIDA, C. C.; PERACCHI, A. L. Ordem Carnivora

(cap. 5). In: REIS, N. R.; PERACCHI, A. L.; FANDIÑO-MARIÑO, H.; ROCHA, V. J.

(orgs.). Mamíferos da Fazenda Monte Alegre – Paraná. Londrina: Eduel, 2005, 202

pp.

ROSSI, R. V.; BIANCONI, G. V.; PEDRO, W. A. Ordem Didelphimorphia. In: REIS, N.

R.; PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A.; LIMA, I. P. (eds). Mamíferos do Brasil.

Londrina, 2006.

SANTOS, L. B.; CHEIDA, C. C. e REIS, N. R. Ordem Carnivora. In: REIS, N. R.;

PERACCHI, A. L; FREGONEZI, M. N.; ROSSANEIS, B. K. Guia ilustrado

mamíferos do Paraná – Brasil, Pelotas: Ed. USEB, 2009.

SANTOS, L. B.; SANTORI, R. T. Ordem Didelphimorphia. In: REIS, N. R.;

PERACCHI, A. L; FREGONEZI, M. N.; ROSSANEIS, B. K. Guia ilustrado

mamíferos do Paraná – Brasil, Pelotas: Ed. USEB, 2009.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editora

Nova Fronteira, 1997.

SIGRIST, T. Guia de campo Avis Brasilis: avifauna brasileira. São Paulo: Avis

Brasilis, 2009.

SILVEIRA, G. Ordem Primates. In. Guia ilustrado mamíferos do Paraná – Brasil.

Reis, N. R. et al. (orgs.). Pelotas: Ed. USEB, 2009.

STRAUBE, F. C.; URBEN-FILHO, A; GATTO, C. A avifauna do Parque Estadual do

Cerrado (Jaguariaíva, Paraná) e a conservação do cerrado em seu limite

meridional de ocorrência. Atual. Ornit., n. 127, págs. 29-50, 2005.

Page 47: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 47

Tabela 3 Lista de espécies de anfíbios que ocorrem ou com potencial ocorrência na área de influência da

PCH Macacos, município de Jaguariaíva, PR. Campanha: 1 (junho 2017), 2 (dezembro 2017), 3 (abril

2018) e 4 (julho 2018). Ponto de registro: FT1, FT2, T e O (ocasional). Ambiente: P (poça), C (curso

d’água) e F (florestado). Registro: B (bibliográfico), V (visual) e S (sonoro).

Ordenamento taxonômico Nome comum Camp. Ponto Ambi

ente Regist

ro

ORDEM ANURA

Família Brachycephalidae

Ischnocnema henselii (Peters, 1872) Sapo B

Ischnocnema guentheri (Steindachner, 1964) Sapo B

Família Bufonidae

Rhinella icterica (Spix, 1824) Sapo-comum B

Rhinella abei (Baldissera-Jr, Caramaschi & Haddad, 2004)

Sapo-da-mata 3, 4 FT1, FT2 F B, V

Família Centrolenidae

Vitreorana uranoscopa (Müller, 1924) Rã-de-vidro B

Família Craugastoridae

Haddadus binotatus (Spix, 1824) Rã-do-folhiço B

Família Odontophrynidae

Odontophrynus americanus (Duméril &

Bibron, 1841) Rã-boi

B

Proceratophrys avelinoi Mercadal del Barrio

& Barrio, 1993 Rã-boi

B

Família Hylidae

Aplastodiscus perviridis A. Lutz in B. Lutz,

1950 Perereca-verde

B

Aplastodiscus albosignatus (A.Lutz & B.Lutz,

1938) Rã-flautinha

B

Bokermannohyla circumdata (Cope, 1871) Perereca B

Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Perereca-de-pontos-

brancos

B

Hypsiboas faber (Wied-Neuwied, 1821) Perereca-martelo 2 O P B, V,

S

Hypsiboas prasinus (Burmeister, 1856) Perereca 4 FT1 C B, S

Hypsiboas semiguttatus (A. Lutz, 1925) Perereca-da-mata B

Hypsiboas leptolineatus (P. Braun & C.

Braun, 1977) Perereca-listrada

B

Hypsiboas bischoffi (Boulenger, 1887) Perereca B

Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) Perereca B

Dendropsophus microps (Peter, 1872) Perereca-malhada B

Dendropsophus minutus (Peters, Perereca-pequena 1, 2, 3 T, FT2, O P B, S

Page 48: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 48

1872)

Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944) Perereca-pequena B

Phyllomedusa tetraploidea Pombal &

Haddad, 1992 Perereca-macaco

B

Scinax uruguayus (Schmidt, 1944) Perereca-de-cabeça-

branca

B

Scinax granulatus (Peters, 1871) Perereca-de-

banheiro

B

Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) Perereca-das-casas B

Scinax perereca Pombal, Haddad &

Kasahara, 1995 Perereca-esverdeada

B

Scinax squalirostris (A. Lutz, 1925) Perereca-bicuda B

Sphaenorhynchus caramaschii Toledo,

Garcia, Lingnau & Haddad, 2007

Perereca-verde-do-

brejo

B

Família Hylodidae

Crossodactylus sp. B

Família Leptodactylidae

Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) Rã-assobio 2 O P B, V,

S

Leptodactylus gracilis (Duméril & Bibron,

1841) Rã-listrada

B

Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Rã-manteiga B

Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) Rã-pimenta 2 O P B, V

Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) Rã-assobiadora B

Leptodactylus notoaktites Heyer, 1978 Rã-gota B

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 Rã-cachorro 2 O P B, S

Physalaemus gracilis (Boulenger, 1883) Rã-chorona 2 O P B, S

Família Microhylidae

Elachistocleis ovalis (Schneider, 1799) Rã-guardinha 2 O P B, S

Tabela 4 Lista de espécies de répteis que ocorrem ou com potencial ocorrência na área de influência da PCH

Macacos, município de Jaguariaíva, PR. Campanha: 1 (junho 2017), 2 (dezembro 2017), 3 (abril 2018) e 4 (julho

2018). Ponto de registro: FT1, FT2, T e O (ocasional). Ambiente: A (área aberta), B (borda de mata) e F

(florestado). Registro: B (bibliográfico), V (visual) e E (entrevista).

ORDENAMENTO TAXONOMICO NOME COMUM Camp. Ponto

Ambient

e

Registro ORDEM TESTUDINES

Família Chelidae

Acanthochelys spixii (Duméril & Bibron, 1835) Cágado-preto B

Page 49: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 49

Hydromedusa tectifera Cope, 1869 Cágado-pescoço-de-

cobra

B

Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) Cágado-de-barbelas B

ORDEM SQUAMATA

Família Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès,

1818)

Lagartixa-de-parede B

Família Gymnophtalmidae

Cercosaura schreibersii Wiegmann, 1834 Lagartixa-marrom B

Família Leiosauridae

Anisolepis grilli Boulenger, 1891 Calango B

Urostrophus vautieri Duméril & Bibron, 1837 Calango B

Família Mabuyidae

Aspronema dorsivittatum (Cope, 1862) Lagartinho B

Família Tropiduridae

Tropidurus itambere Rodrigues, 1987 Lagartinho-das-pedras 1, 3, 4 O A B, V,

E

Tropidurus torquatus (Wied, 1820) Calango B

Família Teiidae

Salvator merianae Duméril & Bibron, 1839 Teiú 2 T, O A, B,

F

B

Família Diploglossidae

Ophiodes striatus (Spix, 1825) Cobra-de-vidro B

Família Amphisbaenidae

Amphisbaena mertensii Strauch, 1881 Cobra-de-duas-cabeças B

Amphisbaena trachura Cope, 1885 Cobra-de-duas-cabeças B

Família Anomalepididae

Liotyphlops beui (Amaral, 1924) Cobra-cega B

Família Boidae

Epicrates cenchria (Linnaeus, 1758) Cobra-salamanta B

Família Colubridae

Chironius bicarinatus (Wied, 1820) Cobra-cipó B

Chironius flavolineatus (Jan, 1863) Cobra-cipó B

Mastigodryas bifossatus (Raddi, 1820) Jararacuçu-do-brejo B

Spilotes pullatus (Linnaeus, 1758) Caninana B

Tantilla melanocephala (Linnaeus, 1758) Cabecinha-preta B

Família Dipsadidae

Atractus reticulatus (Boulenger, 1885) Cobra-da-terra B

Boiruna maculata (Boulenger, 1896) Muçurana B

Ditaxodon taeniatus (Peters in Hensel, 1868) Cobra-listrada B

Echinanthera cyanopleura (Cope, 1885) Cobra-lisa B

Page 50: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 50

Erythrolamprus aesculapii (Linnaeus, 1766) Falsa-coral B

Erythrolamprus almadensis (Wagler, 1824) Cobra-de-capim B

Erythrolamprus miliaris (Linnaeus 1758 Cobra-d’água B

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied, 1825) Cobra-de-lixo B

Gomesophis brasiliensis (Gomes, 1918) Cobra-espada B

Helicops infrataeniatus (Jan, 1865) Cobra-d’ água B

Lygophis flavifrenatus (Cope, 1862) Cobra-listrada B

Lygophis meridionalis (Schenkel, 1901) Cobra-listrada B

Mussurana quimi (Franco, Marques & Puorto,

1997)

Muçurana B

Oxyrhopus clathratus Duméril, Bibron & Duméril,

1854

Falsa-coral B

Oxyrhopus guibei Hoge & Romano, 1978 Cobra-coral B

Oxyrhopus rhombifer rhombifer Duméril, Bibron &

Duméril, 1854

Falsa-coral B

Philodryas aestiva (Duméril, Bibron & Duméril,

1854)

Cobra-verde B

Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) Cobra-verde B

Philodryas patagoniensis (Girard, 1858) Papa-pinto B

Pseudoboa haasi (Boettger, 1905) Muçurana B

Ptychophis flavovirgatus Gomes, 1915 Cobra-espada-d'água B

Sibynomorphus mikanii (Schlegel, 1837) Dormideira B

Sibynomorphus neuwiedi (Ihering, 1911) Dormideira B

Sibynomorphus ventrimaculatus (Boulenger,

1885)

Dormideira B

Taeniophallus affinis (Günther, 1858) Cobra-lisa B

Thamnodynastes hypoconia (Cope, 1860) Cobra-espada B

Thamnodynastes strigatus (Günther, 1858) Cobra-espada B

Tomodon dorsatus Duméril, Bibron & Duméril,

1854

Cobra-espada B

Xenodon merremii (Wagler, 1824) Boipeva B

Xenodon neuwiedii Günther, 1863 Boipevinha B

Família Elapidae

Micrurus altirostris (Cope, 1859) Coral-verdadeira B

Micrurus corallinus (Merrem, 1820) Coral-verdadeira B

Família Viperidae

Bothrops alternatus Duméril, Bibron & Duméril,

1854

Urutu-cruzeiro B

Bothrops jararaca (Wied, 1824) Jararaca 2 T F B, V

Bothrops jararacussu Lacerda, 1884 Jararacuçu B

Bothrops neuwiedi Wagler, 1824 Jararaca-pintada B

Crotalus durissus Linnaeus, 1758 Cascavel 2 B, E

Page 51: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 51

Tabela 5 Lista de espécies de aves que ocorrem ou com potencial ocorrência na área de influência da PCH

Macacos, município de Jaguariaíva, PR. Campanha: 1 (junho 2017), 2 (dezembro 2017), 3 (abril 2018) e 4 (julho

2018). Ponto de registro: FT1, FT2, T e O (ocasional). Ambiente: A (área aberta), F (florestado) e Q (aquático).

Registro: B (bibliográfico), V (visual) e S (sonoro).

ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME POPULAR Campanha

Ponto Ambiente

Registro

ORDEM TINAMIFORMES

Família Tinamidae B

Crypturellus obsoletus (Temminck , 1815) Inhambu-guaçu 1, 4 FT2, T F B, V,

S

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) Inhambu-chororó B

Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) Inhambu-xintã B

Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) Perdiz B

Nothura maculosa (Temminck, 1815) Codorna 2 O A B, V

ORDEM ANSERIFORMES

Família Anatidae

Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) Irerê B

Cairina moschata (Linnaeus, 1758) Pato-do-mato 4 T Q B, V

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) Pé-vermelho 1, 4 T, O Q B, V

Anas georgica Gmelin, 1789 Marreca-parda B

ORDEM GALIFORMES

Família Cracidae

Penelope obscura Temminck, 1815 Jacuaçu 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

B, F B, V

Família Odontophoridae

Odontophorus capueira (Spix, 1825) Uru 2 O F B, S

ORDEM PODICIPEDIFORMES

Família Podicipedidae

Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno B

Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador B

ORDEM PELECANIFORMES

Família Phalacrocoracidae

Nannopterum brasilianus (Gmelin, 1789) Biguá 2, 4 FT1, T Q B, V

ORDEM CICONIIFORMES

Família Ardeidae

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) Maria-faceira 1, 2, 3,

4

FT2, T,

O

A, Q B, V

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) Garça-vaqueira 1, 3, 4 FT2, T,

O

A B, V

Ardea alba Linnaeus, 1758 Garça-branca-grande 2, 3, 4 O Q B, V

Egretta thula (Molina, 1782) Garça-branca-pequena 4 FT1 Q B, V

Page 52: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 52

Butorides striata (Linnaeus, 1758) Socozinho B

Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) Socó-dorminhoco 2 T Q B, V

Família Threskiornithidae

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) Curicaca 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

A B, V

Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) Coró-coró

Plegadis chihi (Vieillot, 1817) Caraúna-de-cara-branca

ORDEM CATHARTIFORMES

Família Cathartidae

Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) Urubu-rei 2 O A B, V

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) Urubu-de-cabeça-preta 1, 3, 4 FT1,

FT2, T,

O

A B, V

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) Urubu-de-cabeça-vermelha 1, 4 T, O A B, V

ORDEM FALCONIFORMES

Família Accipitridae

Elanus leucurus ( Vieillot, 1818) Gavião-peneira 2 T A B, V

Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) Gavião-tesoura B

Accipiter striatus Vieillot, 1808 Gavião-miudinho B

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) Gavião-caboclo B

Harpyhaliaetus coronatus (Vieillot, 1817) Águia-cinzenta B

Percnohierax leucorrhous (Quoy & Gaimard,

1824)

Gavião-de-sobre-branco B

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) Gavião-carijó 1, 3, 4 FT1,

FT2, T,

O

A B, V

Geranoaetus albicaudatus Vieillot, 1816 Gavião-de-rabo-branco B

Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819) Águia-chilena 1, 3 FT2, T,

O

A B, V

Buteo brachyurus Vieillot, 1816 Gavião-de-cauda-curta B

Buteo albonotatus Kaup, 1847 Gavião-de-rabo-barrado B

Leucopternis polionotus ( K a u p , 1 8 4 7 ) Gavião-pombo-grande B

Leptodon cayanensis (Latham, 1790) Gavião-de-cabeça-cinza 4 O A B, V

Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) Gavião-pernilongo B

Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) Gavião-pega-macaco B

Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) Gavião-pato B

Família Falconidae

Caracara plancus (Miller, 1777) Carcará 1, 3, 4 FT1,

FT2, T,

O

A B, V

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) Carrapateiro 1, 3, 4 FT1,

FT2, O

A, B B, V

Milvago chimango (Vieillot, 1816) Chimango B

Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) Acauã B

Page 53: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 53

Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) Gavião-relógio 3 T F B, S

Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) Falcão-caburé B

Falco femoralis Temminck , 1822 Falcão-de-coleira B

Falco peregrinus Tunstall, 1771 Falcão-peregrino B

Falco sparverius Linnaeus, 1758 Quiri-quiri 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

A B, V

ORDEM GRUIFORMES

Família Rallidae

Aramides saracura (Spix, 1825) Saracura-do-mato 3, 4 T, O F B, S

Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) Sanã-parda B

Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) Saracura-sanã B

Gallinula galeata (Lichtenstein, 1818) Frango-d'água-comum 3, 4 T Q B, V

Porphyrio flavirostris (Gmelin, 1789) Frango-d'água-pequeno B

ORDEM CHARADRIIFORMES

Família Charadriidae

Vanellus chilensis (Mol ina, 1782) Quero-quero 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

A B, V,

S

Família Recurvirostridae

Himantopus melanurus Vieillot, 1817 Pernilongo-de-costas-

brancas

B

Família Scolopacidae

Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) Narceja B

Bartramia longicauda (Bechstein, 1812) Maçarico-do-campo B

Tringa solitaria Wilson, 1813 Maçarico-solitário B

Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) Maçarico-grande-de-perna-

amarela

B

Tringa flavipes (Gmelin, 1789) Maçarico-de-perna-amarela B

Família Jacanidae

Jacana jacana (Linnaeus, 1766) Jaçanã 2, 3,

4

T Q B, V

ORDEM CARIAMIFORMES

Família Cariamidae

Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Seriema 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

A B, V,

S

ORDEM COLUMBIFORMES

Família Columbidae

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) Asa-branca 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

A B, V

Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) Pomba-galega B

Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) Pomba-amargosinha B

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) Pomba-de-bando 1, 3, 4 FT2, T,

O

A B, V

Page 54: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 54

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) Rolinha-roxa 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, O

A B, V

Columbina squammata (Lesson, 1831) Fogo-apagou 3 O A B, V

Columbina picui (Temminck, 1813) Rolinha-picui B

Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 Juriti-pupu B

Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) Juriti-gemedeira B

Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) Pariri B

ORDEM PSITTACIFORMES

Família Psittacidae

Pyrrhura frontalis (Vieillot, 1817) Tiriba-de-testa-vermelha 1, 2, 3 FT1,T,

O

A B, V,

S

Pionopsitta pileata (Scopoli, 1769) Cuiu-cuiu B

Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) Maitaca-verde 1 O A B, V

Amazona vinacea (Kuhl, 1820) Papagaio-de-peito-roxo B

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) Papagaio-verdadeiro 1, 2, 4 FT1,

FT2, O

A B, V,

S

Brotogeris tirica ( G m e l i n , 1 7 8 8 ) Periquito B

Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) Periquito-de-encontro-

amarelo

B

Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) Tuim 4 FT1 A B, V

ORDEM CUCULIFORMES

Família Cuculidae

Piaya cayana (Linnaeus, 1766) Alma-de-gato B

Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 Papa-lagarta-canelado B

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 Anu-preto 1, 2, 3,

4

FT2,

T, O

A B, V,

S

Guira guira (Gmelin, 1788) Anu-branco 1, 2, 3,

4

O A B, V

Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Saci B

ORDEM STRIGIFORMES

Família Tytonidae

Tyto furcata (Temminck, 1827) Suindara B

Família Strigidae B

Megascops choliba (Vieillot, 1817) Corujinha-do-mato B

Pulsatrix koeniswaldiana (Bertoni & Bertoni,

1901)

Murucututu-de-barriga-

amarela

B

Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) Caburé B

Strix hylophila Temminck, 1825 Coruja-listrada B

Asio flammeus (Pontoppidan, 1763) Mocho-dos-banhados B

Athene cunicularia (Molina, 1782) Coruja-buraqueira 1, 3 O A B, V

ORDEM CAPRIMULGIFORMES

Page 55: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 55

Família Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) Tuju B

Nyctidromus albicollis (Gmelin, 1789) Bacurau 1, 3 FT1, O

B B, S

Podager nacunda (Vieillot, 1817) Corucão B

Caprimulgus longirostris Bonaparte, 1825 Bacurau-da-telha B

Caprimulgus parvulus Gould, 1837 Bacurau-chintã B

Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) Bacurau-tesoura B

Macropsalis forcipata (Nitzsch, 1840) Bacurau-tesoura-gigante B

ORDEM APODIFORMES

Família Apodidae

Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) Taperuçu-de-coleira-

branca

1, 2, 3,

4

T, O A B, V

Streptoprocne biscutata (Sclater, 1866) Taperuçu-de-coleira-falha B

Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) Taperuçu-preto B

Cypseloides senex (Temminck, 1826) Taperuçu-velho B

Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 Andorinhão-de-sobre-

cinzento

B

Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 Andorinhão-do-temporal B

Família Trochilidae

Phaethornis eurynome (Lesson, 1832) Rabo-branco-garganta-

rajada

B

Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) Rabo-branco-acanelado B

Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) Beija-flor-tesoura B

Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) Beija-flor-de-orelha-violeta B

Stephanoxis lalandi (Vieillot, 1818) Beija-flor-de-penacho B

Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) Besourinho-de-bico-

vermelho

B

Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) Beija-flor-de-fronte-violeta B

Leucochloris albicollis (Vieillot, 1818) Beija-flor-de-garganta-

branca

B

Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) Beija-flor-de-garganta-

verde

B

Amazilia lactea (Lesson, 1832) Beija-flor-de-peito-azul 4 T B B, V

Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) Estrelinha-ametista B

ORDEM TROGONIFORMES

Família Trogonidae

Trogon surrucura Vieillot, 1817 Surucuá-variado 1, 2,

3

FT1,

FT2, T,

O

B, F B, V,

S

Trogon rufus Gmelin, 1788 Surucuá-de-barriga-

amarela

B

ORDEM CORACIIFORMES

Page 56: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 56

Família Alcedinidae

Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) Martim-pescador-grande 3, 4 FT1, T Q B, V

Chloroceryle amazona (Latham, 1790) Martim-pescador-verde B

Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) Martim-pescador-

pequeno

B

Família Momotidae

Baryphtengus ruficapillus (Vieillot, 1818) Juruva-verde 3 T F B, V

ORDEM GALBULIFORMES

Família Bucconidae

Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) João-bobo B

Malacoptila striata (Spix, 1824) Barbudo-rajado B

ORDEM PICIFORMES

Família Ramphastidae

Ramphastos dicolorus Linnaeus, 1766 Tucano-de-bico-verde 1, 3 FT1,

FT2, T,

O

A,

B

B, V

Família Picidae

Picumnus temminckii Lafresnaye, 1845 Pica-pau-anão-de-coleira 3 FT2 F B, V

Picumnus nebulosus Sundevall, 1866 Pica-pau-anão-carijó B

Picumnus cirratus Temminck, 1825 Pica-pau-anão-barrado B

Melanerpes candidus (Otto, 1796) Pica-pau-branco 3, 4 O A B, V

Melanerpes flavifrons (Vieillot, 1818) Benedito-de-testa-amarela B

Veniliornis spilogaster (Wagler, 1827) Picapauzinho-verde-carijó B

Piculus aurulentus (Temminck, 1821) Pica-pau-dourado B

Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) Pica-pau-verde-barrado 2, 4 T, O B B, V

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) Pica-pau-do-campo 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

A B, V,

S

Celeus flavescens (Gmelin, 1788) Pica-pau-de-cabeça-

amarela

3 FT1 F B, V

Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) Pica-pau-de-banda-

branca

1, 4 FT1,

FT2,

O

A, B B, V

Campephilus robustus (Lichtenstein, 1818) Pica-pau-rei B

ORDEM PASSERIFORMES

Família Rhinocryptidae

Scytalopus pachecoi Maurício, 2005 Tapaculo-ferreirinho B

Família Thamnophilidae

Batara cinerea (Vieillot, 1819) Matracão B

Mackenziaena leachii (Such, 1825) Borralhara-assobiadora B

Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 Choca-da-mata 1, 3, 4 FT1, B B, V,

Page 57: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 57

FT2, T S

Thamnophilus ruficapillus Vieillot, 1816 Choca-de-chapéu-

vermelho

B

Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) Choquinha-lisa B

Drymophila malura (Temminck, 1825) Choquinha-carijó B

Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) Papa-taoca-do-sul B

Família Formicariidae

Chamaeza campanisona (Lichtenstein, 1823) Tovaca-campainha B

Família Grallariidae

Grallaria varia (Boddaert, 1783) Tovacuçu B

Família Rhinocryptidae

Scytalopus pachecoi Maurício, 2005 Tapaculo-ferreirinho B

Família Conopophagidae

Conopophaga lineata (Wied, 1831) Chupa-dente B

Família Scleruridae

Sclerurus scansor (Ménétriès, 1835) Vira-folha B

Família Furnariidae

Furnarius rufus (Gmelin, 1788) João-de-barro 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

A B, V,

S

Leptasthenura setaria (Temminck, 1824) Grimpeiro B

Synallaxis ruficapilla Vieillot, 1819 Pichororé 4 T B B, S

Synallaxis spixi Sclater, 1856 João-teneném 3, 4 FT2 B B, S

Synallaxis cinerascens Temminck, 1823 Pi-puí B

Cranioleuca obsoleta (Reichenbach, 1853) Arredio-oliváceo B

Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) Curutié B

Clibanornis dendrocolaptoides (Pelzeln, 1859) Cisqueiro B

Anumbius annumbi (Vieillot, 1817) Cochicho B

Syndactyla rufosuperciliata (Lafresnaye, 1832) Trepador-quiete B

Heliobletus contaminatus Berlepsch, 1885 Trepadorzinho B

Philydor rufum (Vieillot, 1818) Limpa-folha-de-testa-baia 3 FT1,

FT2, T

F B, V

Lochmias nematura (Lichtenstein, 1823) João-porca 1, 3 FT2, O Q B, V

Família Dendrocolaptidae

Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) Arapaçu-verde B

Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1825 Arapaçu-grande B

Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) Arapaçu-rajado B

Lepidocolaptes falcinellus (Cabanis & Heine,

1859)

Arapaçu-escamado-do-sul B

Page 58: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 58

Campylorhamphus falcularius (Vieillot, 1822) Arapaçu-de-bico-torto B

Família Xenopidae

Xenops rut i lans Temminck, 1821 Bico-virado-carijó 3 FT1 F B, V

Família Tyrannidae

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) Risadinha B

Serpophaga nigricans (Vieillot, 1817) João-pobre B

Serpophaga subcristata (Vieillot, 1817) Alegrinho B

Mionectes rufiventris Cabanis, 1846 Abre-asa-de-cabeça-

cinza

B

Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 Cabeçudo 3 FT2 B B, V

Corythopis delalandi (Lesson, 1830) Estalador B

Myiornis auricularis (Vieillot, 1818) Miudinho B

Poecilotriccus plumbeiceps (Lafresnaye, 1846) Tororó B

Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) Ferreirinho-relógio B

Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) Guaracava-cinzenta B

Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) Guaracava-de-crista-

alaranjada

B

Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 Garacava-de-bico-curto B

Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) Guaracava-de-barriga-

amarela

4 FT2 A B, V

Elaenia mesoleuca (Deppe, 1830) Tuque B

Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 Chibum B

Elaenia obscura (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) Tucão B

Phyllomyias sp. B

Suiriri suiriri (Vieillot, 1818) Suiriri-cinzento B

Phaeomyias murina (Spix, 1825) Bagageiro B

Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 Barulhento B

Culicivora caudacuta (Vieillot, 1818) Papa-moscas-do-campo B

Phylloscartes eximius (Temminck, 1822) Barbudinho B

Phylloscartes ventralis (Temminck, 1824) Borboletinha-do-mato B

Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) Bico-chato-de-orelha-

preta

B

Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) Príncipe B

Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818 Patinho B

Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) Enferrujado B

Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) Guaracavuçu B

Contopus cinereus (Spix, 1825) Papa-moscas-cinzento B

Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) Noivinha-branca 1, 3, 4 O A B, V

Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) Primavera 3, 4 O A B, V

Page 59: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 59

Xolmis dominicanus (Vieillot, 1823) Novinha-de-rabo-preto B

Knipolegus cyanirostris (Vieillot, 1818) Maria-preta-de-bico-

azulado

B

Knipolegus lophotes Boie, 1828 Maria-preta-de-penacho 1, 2, 3,

4

FT2,

T, O

A B, V

Knipolegus nigerrimus (Vieillot, 1818) Maria-preta-de-garganta-

vermelha

B

Colonia colonus (Vieillot, 1818) Viuvinha 3, 4 FT1,

FT2, O

A B, V

Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) Suiriri-pequeno B

Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) Gibão-de-couro 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T,

O

A B, V,

S

Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) Suiriri-cavaleiro 3, 4 O A B, V

Muscipipra vetula (Lichtenstein, 1823) Tesoura-cinzenta B

Myiozetetes similis (Spix, 1825) Bentevizinho-de-penacho-vermelho

2 T B B, V

Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Bem-te-vi 1, 2,

3, 4

FT1,

FT2, T,

O

A, B B, V,

S

Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) Neinei 3 O B B, S

Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) Bem-te-vi-rajado 2 FT1 B B, V

Myiarchus tuberculifer (d’Orbigny &

Lafresnaye,1837)

Maria-cavaleira-pequena B

Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 Irré B

Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) Maria-cavaleira B

Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) Maria-cavaleira-de-rabo-

enferrujado

B

Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) Bem-te-vi-pirata B

Tyrannus savanna Vieillot, 1808 Tesourinha 2 FT1, O A B

Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 Suiriri 2, 3, 4 FT1,

T, O

A B, V

Família Pipridae

Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) Tangará-dançarino 2, 3 FT2, T F B,

V,

S

Família Cotingidae

Procnias nudicollis (Vieillot, 1817) Araponga B

Phibalura flavirostris Vieillot, 1816 Tesourinha-da-mata B

Família Tityridae

Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838) Flautim B

Tityra cayana (Linnaeus, 1766) Anambé-branco-de-rabo-

preto

B

Page 60: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 60

Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby,

1827)

Caneleiro B

Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) Caneleiro-preto B

Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) Caneleiro-de-chapéu-

preto

B

Família Vireonidae

Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) Pitiguari 3, 4 FT1,

FT2, T

F B, S

Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) Juruviara B

Hylophilus poicilotis Temminck, 1822 Verdinho-coroado B

Família Corvidae

Cyanocorax caeruleus (Vieillot, 1818) Gralha-azul B

Cyanocorax chrysops (Vieillot, 1818) Gralha-picaça 1, 2, 3,

4

FT2, T,

O

B B, V,

S

Família Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) Andorinha-pequena-de-

casa

2, 3, 4 FT1,

FT2,

T, O

A, Q B, V

Progne tapera (Vieillot, 1817) Andorinha-do-campo 2 FT1, T A B, V

Progne chalybea (Gmelin, 1789) Andorinha-doméstica-

grande

2 O A B, V

Hirundo rustica Linnaeus, 1758 Andorinha-de-bando B

Alopochelidon fucata (Temminck, 1822) Andorinha-morena B

Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) Andorinha-serrador B

Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) Andorinha-do-rio 4 T Q B, V

Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) Andorinha-de-sobre-

branco

4 O A B, V

Petrochelidon pyrrhonota (Vieillot, 1817) Andorinha-de-dorso-

acanelado

B

Família Troglodytidae

Troglodytes musculus Naumann, 1823 Corruíra 2, 3, 4 FT2, O B B, S

Cistothorus platensis (Latham, 1790) Corruíra-do-campo B

Família Turdidae

Turdus flavipes Vieillot, 1818 Sabiá-una B

Turdus subalaris (Seebohm, 1887) Sabiá-ferreiro B

Turdus rufiventris Vieillot, 1818 Sabiá-laranjeira 3, 4 FT1,

FT2, T

B B, V

Turdus leucomelas Vieillot, 1818 Sabiá-barranco 1 FT1, T A B, V

Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 Sabiá-poca 2 FT1 A B, V

Turdus albicollis Vieillot, 1818 Sabiá-coleira B

Família Mimidae

Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) Sabiá-do-campo 1, 2, 4 FT2, O A B, V

Page 61: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 61

Família Motacillidae

Anthus lutescens Pucheran, 1855 Caminheiro-zumbidor B

Anthus nattereri Sclater, 1878 Caminheiro-grande B

Anthus hellmayri Hartert, 1909 Caminheiro-de-barriga-

acanelada

B

Família Coerebidae

Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) Cambacica B

Família Thraupidae

Saltator similis d’Orbigny & Lafresnaye, 1837 Trinca-ferro 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, T

B, F B, V,

S

Saltator maxillosus Cabanis, 1851 Bico-grosso B

Schistochlamys ruficapillus (Vieillot, 1817) Bico-de-veludo B

Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) Curió B

Cissopis leverianus (Gmelin, 1788) Tietinga 2 FT1, O B B, V

Pyrrhocoma ruficeps (Strickland, 1844) Cabecinha-castanha B

Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822) Tiê-preto B

Trichothraupis melanops (Vieillot, 1818) Tiê-de-topete 1, 4 FT1,

FT2

B B, V

Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) Sanhaçu-cinzento 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2,

T, O

B B, V

Thraupis bonariensis (Gmelin, 1789) Sanhaçu-papa-laranja B

Stephanophorus diadematus (Temminck, 1823) Sanhaçu-frade B

Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) Saíra-viúva B

Tangara preciosa (Cabanis, 1850) Saíra-preciosa B

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) Saíra-amarela B

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) Saí-azul 4 T B B, V

Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) Figuinha-de-rabo-

castanho

B

Tersina viridis (Illiger, 1811) Saí-andorinha 3 FT1,

FT2

B B, V

Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) Saíra-de-papo-preto 3 FT1,

FT2

B

Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) Saíra-ferrugem B

Família Emberizidae

Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) Tico-tico 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, O

A, B B, V,

S

Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) Tico-tico-do-campo B

Donacospiza albifrons (Vieillot, 1817) Tico-tico-do-banhado B

Sporophila plumbea (Wied, 1830) Patativa B

Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) Coleirinho 3, 4 FT2 B B, V

Sporophila bouvreuil (Statius Muller, 1776) Caboclinho B

Page 62: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 62

Sporophila hypoxantha Cabanis, 1851 Caboclinho-de-barriga-

vermelha

B

Sporophila melanogaster (Pelzeln, 1870) Caboclinho-de-barriga-

preta

B

Coryphospingus cucullatus (Statius Muller,

1776)

Tico-tico-rei 1, 3, 4 FT2, O B B, V

Arremon flavirostris Swainson, 1838 Tico-tico-de-bico-amarelo B

Haplospiza unicolor Cabanis, 1851 Cigarra-bambu B

Poospiza cabanisi (Nordmann, 1835) Tico-tico-da-taquara B

Poospiza nigrorufa (d’Orbigny & Lafresnaye,

1837)

Quem-te-vestiu B

Sicalis citrina Pelzeln, 1870 Canarinho-rasteiro B

Sicalis flaveola Linnaeus,1766) Canário-da-terra 1, 2, 3,

4

FT1,

FT2, O

A, B B, V

Sicalis luteola (Sparrman, 1789) Tipio B

Emberizoides herbicola (Vieillot, 1817) Canário-do-campo B

Emberizoides ypiranganus Ihering &

Ihering,1907

Canário-do-brejo B

Embernagra platensis (Gmelin, 1789) Sabiá-do-banhado B

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) Tiziu 2, 3 FT1, O B, V,

S Família Cadinalidae

Cyanoloxia glaucocaerulea (d’Orbigny &

Lafresnaye,1837)

Azulinho B

Cyanoloxia brissonii (Lichtenstein, 1823) Azulão-verdadeiro B

Piranga flava (Vieillot, 1822) Sanhaço-de-fogo B

Habia rubica (Vieillot, 1817) Tiê-de-bando B

Família Parulidae

Parula pitiayumi (Vieillot, 1817) Mariquita 4 FT2 B B, V

Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) Pia-cobra B

Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) Pula-pula 1, 3,

4

FT2, T B B, V

Basileuterus leucoblepharus (Vieillot, 1817) Pula-pula-assobiador 1, 2, 3,

4

FT2, T,

O

F B, S

Família Icteridae

Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) Guaxe 2, 3,

4

FT1,

FT2, T

F B, V

, S Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) Tecelão B

Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) Polícia-inglesa-do-sul B

Pseudoleistes guirahuro (Vieillot, 1819) Chopim-do-brejo 3, 4 O A B, V

Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) Graúna B

Page 63: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 63

Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) Chopim 1, 2, 3,

4

FT1, T,

O

A B, V

Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 Chopim-azeviche 3 O A B, V

Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) Iraúna-grande B

Família Fringillidae

Sporagra magellanica (Vieillot, 1805) Pintassilgo B

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) Fim-fim 3, 4 FT2,

O

B B, V,

S Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) Gaturamo-verdadeiro B

Euphonia cyanocephala (Vieillot, 1818) Gaturamo-rei B

Chlorophonia cyanea (Thunberg, 1822) Gaturamo-bandeira B

Família Estrildidae

Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) Bico-de-lacre B

Família Passeridae

Passer domesticus (Linnaeus, 1758) Pardal

B

Tabela 6 Lista de espécies de mamíferos que ocorrem ou com potencial ocorrência na área de influência da

PCH Macacos, município de Jaguariaíva, PR. Campanha: 1 (junho 2017), 2 (dezembro 2017), 3 (abril 2018) e 4

(julho 2018). Ponto de registro: FT1, FT2, T e O (ocasional). Ambiente: A (área aberta), B (borda de mata), F

(florestado) e Q (aquático). Registro: B (bibliográfico), V (visual), C (armadilha de captura viva), F (armadilha

fotográfica), I (registro indireto) e E (entrevista).

Ordenamento

taxonômico

Nome

Comum

Camp. Ponto Ambiente

Registro

ORDEM DIDELPHIMORPHIA

Família Didelphidae

Chironectes minimus Cuíca-d'água B

Didelphis albiventris Gambá-de-orelha-branca 3 O A B, V

Didelphis aurita Gambá-de-orelha-preta 2, 4 T F B, C, F

Gracilinanus agilis Cuiquinha B

Gracilinanus microtarsus Cuíca-graciosa B

Lutreolina crassicaudata Cuíca-de-cauda-grossa B

Monodelphis dimidiata Cuíca B

Philander frenatus Cuíca-de-quatro-olhos B

ORDEM PILOSA

Família Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla Tamanduá-bandeira 1, 4 T, O A, B B, V, F

Page 64: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 64

E

Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim B

ORDEM CINGULATA

Familia Dasypodidae

Cabassous tatouay Tatu-de-rabo-mole B

Dasypus novemcinctus Tatu-galinha 1, 2 T A B, I

Dasypus septemcinctus Tatuí B

Dasypus hybridus Tatu-mulita B

Euphractus sexcinctus Tatu-peba B

ORDEM CHIROPTERA

Família Phyllostomidae

Chrotopterus auritus Morcego-lanoso B

Micronycteris megalotis Morcego-pequeno-de-orelha-

grande

B

Carollia perspicillata Morcego-frugívoro-de-cauda-curta B

Mimon bennettii Morcego-dourado B

Anoura caudifer Morcego-focinhudo B

Glossophaga soricina Morcego-beija-flor B

Pygoderma bilabiatum Morcego-lábio-duplo B

Desmodus rotundus Morcego-vampiro-comum 3 FT1, T F B, C

Diaemus youngi Morcego-vampiro-de-asas-

brancas

B

Diphylla ecaudata Morcego-vampiro-perna-peluda B

Artibeus obscurus Morcego-frugívoro-marrom B

Artibeus lituratus Morcego-frugívoro-de-cabeça-

listrada

B

Page 65: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 65

Sturnira lilium Morcego-de-ombros-amarelos B

Sturnira tildae Morcego-de-ombros-amarelos B

Sturnira sp. Morcego-de-ombros-amarelos 2, 3 T F B, C

Família Vespertilionidae

Eptesicus brasiliensis Morcego-borboleta-grande B

Eptesicus furinalis Morcego-borboleta B

Eptesicus diminutus Morcego-borboleta B

Histiotus velatus Morcego-orelhudo B

Myotis albescens Morcego-borboleta B

Myotis ruber Morcego-borboleta B

Myotis nigricans Morcego-borboleta-escuro B

Família Molossidae

Molossus molossus Morcego-de-cauda-livre B

Tadarida brasiliensis Morcego-de-cauda-livre B

ORDEM PRIMATES

Família Atelidae

Alouatta guariba clamitans Bugio-ruivo B

Família Cebidae

Cebus nigritus Macaco-prego B

ORDEM CARNIVORA

Família Canidae

Cerdocyon thous Cachorro-do-mato 1, 2, 3 FT1, T A B, C, F,

E Chrysocyon brachyurus Lobo-guará 1 B, E

Lycalopex gymnocercus Raposa-do-campo B

Família Procyonidae

Procyon cancrivorus Mão-pelada B

Nasua nasua Quati 2 T A B, F

Família Mustelidae

Lontra longicaudis Lontra 4 T Q B, V

Galictis cuja Furão 2 O A, Q B, V

Eira barbara Irara 2, 4 FT1, T A, F B, F

Família Felidae

Leopardus pardalis Jaguatirica 1 T A B, I, E

Leopardus tigrinus Gato-do-mato-pequeno B

Page 66: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 66

Leopardus wiedii Gato-maracajá B

Puma concolor Onça-parda B

Puma yagouaroundi Gato-mourisco B

ORDEM ARTIODACTYLA

Família Tayassuidae B

Pecari tajacu Cateto B

Família Cervidae

Mazama gouazoubira Veado-catingueiro B

Mazama nana Veado-cambuta B

Mazama americana Veado-mateiro B

Mazama sp. Veado 1 B, E

Ozotoceros bezoarticus Veado-campeiro B

ORDEM RODENTIA

Família Sciuridae

Guerlinguetus ingrami Serelepe 2 FT1 F B, V

Família Muridae

Mus musculus Camundongo B

Rattus rattus Rato-de-casa B

Família Cricetidae

Akodon serrensis Rato-do-mato B

Akodon cursor Rato B

Akodon montensis Rato-do-mato B

Akodon paranaensis Rato-do-mato B

Akodon sp. Rato 1, 4 FT2, T F B, C

Euryoryzomys russatus Rato-do-mato 4 T F B, C

Thaptomys nigrita Rato-pitoco B

Holochilus brasiliensis Rato-da-cana B

Delomys sp. Rato B

Necromys lasiurus Pixuna B

Nectomys squamipes Rato-d’água B

Oligoryzomys flavescens Rato-do-mato B

Oligoryzomys nigripes Rato-do-mato B

Oxymycterus judex Rato B

Sooretamys angouya Rato-do-mato B

Família Echimyidae

Kannabateomys amblyonyx Rato-do-bambu B

Familia Myocastoridae

Myocastor coypus Ratão-do-banhado B

Família Caviidae

Page 67: 1º Relatório Anual de Monitoramento da Fauna da PCH XXXpchmacacos.pchpesqueiro.com.br/wp-content/uploads/2019/01/16... · Figura 3 Representação de vegetação no ponto amostral

1º RELATÓRIO ANUAL DE MONITORAMENTO DE FAUNA DA PCH MACACOS

PÁGINA 67

Cavia aperea Preá B

Hydrochoerus hydrochaeris Capivara 2, 4 T F, Q B, F, I,

E Família Dasyproctidae

Dasyprocta azarae Cutia B

Família Cuniculidae

Cuniculus paca Paca B

Família Erethizontidae

Sphigurus villosus Ouriço-cacheiro 1 B, E

ORDEM LAGOMORPHA

Família Leporidae

Lepus europaeus Lebre 1, 2, 4 T, O A B, V, F

Sylvilagus brasiliensis Tapiti B