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1 REFLEXÕES SOBRE O EXPERIMENTO DIDÁTICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA – PIBID ÁREA DA QUÍMICA Pelotas, 22 de julho de 2009.

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Page 1: 1 REFLEXÕES SOBRE O EXPERIMENTO DIDÁTICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA – PIBID ÁREA

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REFLEXÕES SOBRE O EXPERIMENTO DIDÁTICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA – PIBID

ÁREA DA QUÍMICA

Pelotas, 22 de julho de 2009.

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Motivação

Diferentes concepções sobre o trabalho experimental.

A partir dos textos qualificar as nossas atividades experimentais nas escolas.

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Motivos Para a Realização das Atividades Experimentais na Visão dos Professores

Estimular a observação acurada e o registro cuidadoso dos dados;

Promover métodos de pensamento científico simples e de senso comum;

Desenvolver habilidades manipulativas; Treinar em resolução de problemas; Esclarecer a teoria e promover a sua

compreensão (Kerr apud Galiazzi, 2001).

GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GIESTA, S.; GONÇALVES, F. P.. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v. 7, n.2, p. 249-263, 2001.

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Verificar fatos e princípios estudados anteriormente;

Vivenciar o processo de encontrar fatos por meio da investigação, chegando a seus princípios;

Motivar e manter o interesse na matéria; Tornar os fenômenos mais reais por meio da

experiência.

Motivos Para a Realização das Atividades Experimentais Visão dos Professores

GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GIESTA, S.; GONÇALVES, F. P.. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v. 7, n.2, p. 249-263, 2001.

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Pesquisa com Licenciandos em Físicaem disciplina de teoria e prática pedagógica

O experimento ajudaria os alunos a aprenderem os conceitos da física vendo na prática;

Fazendo experimentos, os alunos eliminariam todas as dúvidas das aulas teóricas;

Os experimentos ajudariam os alunos a fixarem os conteúdos;

Os estudantes seriam motivados a aprender.

MONTEIRO, M. A.. O uso do experimento didático: mediando uma leitura problematizadora do mundo tecnológico. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife.

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Referenciais

“A origem do trabalho experimental nas escolas foi, há mais de cem anos, influenciada pelo trabalho experimental que era desenvolvido nas universidades.”

IZQUIERDO, M. SANMARTÍ, N., ESPINET, M.. Fundamentación y diseño de las prácticas escolares de ciencias experimentales. Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n.1, p. 45-59, 1999.

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“É muito freqüente encontrar manuais de práticas nos quais são encontrados experimentos sem nenhuma referência a um currículo concreto. Por mais úteis que pareçam aos professores, requerem algo mais para serem úteis aos alunos.”

Referenciais

IZQUIERDO, M. SANMARTÍ, N., ESPINET, M.. Fundamentación y diseño de las prácticas escolares de ciencias experimentales. Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n.1, p. 45-59, 1999.

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Referenciais

“O uso do experimento didático deverá oportunizar o estudante a abandonar sua postura passiva frente à aprendizagem. Para isso, faz-se necessário permitir ao mesmo expor suas idéias sobre o aparato experimental, como também inquiri-lo acerca de soluções de problemas” (Hernandez & Terrazan apud Monteiro, 2005).

MONTEIRO, M. A.. O uso do experimento didático: mediando uma leitura problematizadora do mundo tecnológico. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife.

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Referenciais

“O experimento didático possibilita que se resgate o contexto da produção das idéias. Ou seja, neste contexto temos um espaço de investigação e especulação cognitiva” (Campanário, apud Monteiro 2005).

MONTEIRO, M. A.. O uso do experimento didático: mediando uma leitura problematizadora do mundo tecnológico. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife.

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Experimento e Teoria

“Um dos maiores e mais danosos mitos da aprendizagem é a não interdependência experimento/teoria.”

“Há o relacionamento interativo e interdependente onde os experimentos auxiliam a construção da teoria e a teoria determina os tipos de experimentos que podem ser conduzidos.”

HODSON, D. (1988): “Experiments in science teaching”, in: Educational Philosophy & Theory, 20, pp. 53-66.

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Questionamento

Quais seriam as nossas concepções sobre experimentação nas atividades

do PIBID?

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Finalidades do experimento científico

SOLUCIONAR UM

PROBLEMA

TESTAR UMA HIPÓTESE

CONHECER PELA

EXPERIÊNCIA

DEMONSTRAR UMA VERDADE

EXPERIMENTO CIENTÍFICO

BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

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DEMONSTRATIVO

INDUTIVISTA EMPIRISTA

CONSTRUTIVISTAEXPERIMENTO CIENTÍFICO

DEDUTIVISTA-RACIONALISTA

As concepções de experimentação são influenciadas pela concepção de ciências...

BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

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Experimento demonstrativo

Atividade voltada à demonstração de uma lei, de uma verdade já comprovada.

Experimento indutivista-empirista

Parte da observação desconsiderando conceitos prévios para realização dos experimentos.

Experimento dedutivista racionalista

Conduz as atividades orientadas pela teoria, que sempre precede a prática e a observação.

Experimento construtivista

Será discutido a seguir.

As concepções de experimentação são influenciadas pela concepção de ciências...

BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

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EPISTEMOLOGIA APRIORISTA

...e pelas posturas epistemológicas de aprendizagem

EPISTEMOLOGIA EMPIRISTA

EPISTEMOLOGIA CONSTRUTIVISTA

EPISTEMOLOGIAS DE APRENDIZAGEM

BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

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Atributos de um experimento construtivista

ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES CONTEXTUALIZADAS

ATIVIDADES COM PROBLEMATIZAÇÃO

USO DO CONHECIMENTO

PRÉVIO DOS ALUNOS

EXPERIMENTO CONSTRUTIVISTA

USO INTENSIVO DE DIÁLOGO E

REFLEXÃO

BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

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Atitudes e valores em um experimento construtivista

EXPERIMENTO CONSTRUTIVISTA

VALORIZA A COMPREENSÃO

PROMOVE A PESQUISA

INCENTIVA O QUESTIONAMENTO

AUTONOMIA DOS ALUNOS

COOPERAÇÃO E TRABALHO EM

GRUPO

BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

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Reflexões Finais do Grupo

Existe uma forma ideal de experimentação?

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Não existe uma forma única, para realizar uma prática.

O professor deve ter claro o objetivo e, a partir dele, criar a metodologia para fazer o aluno construir o seu conhecimento através da prática.

É importante levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos.

As aulas práticas devem ser crescentes em complexidade para que os alunos evoluam ao longo das aulas.

Aspectos a serem observados

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Sistematizando...

Experimentos demonstrativos; Experimentos fechados; Experimentos com grau de abertura crescente Experimentos abertos que propõem experimentos

elaborados pelos alunos com problemas de seus contextos.

Podem ser usados e, através deles, desenvolvidas diferentes competências nos alunos.

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Conclusão

De maneira geral, pode-se evidenciar que todas as formas de experimentação são válidas no processo de aprendizagem dos alunos, dependendo dos objetivos a serem alcançados. Entretanto, as práticas construtivistas parecem ser mais efetivas no desenvolvimento dos alunos.

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Propostas para experimentação no PIBID

Etapas de Investigação

Problemas Procedimentos Conclusões

1ª Etapa Dados Dados Dados

2ª Etapa Dados Dados Em aberto

3ª Etapa Dados Em aberto Em aberto

4ª Etapa Em aberto Em aberto Em aberto

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Referências

1) BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

2) GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GIESTA, S.; GONÇALVES, F. P.. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v. 7, n.2, p. 249-263, 2001.

3) HODSON, D. (1988): “Experiments in science teaching”, in: Educational Philosophy & Theory, 20, pp. 53-66.

4) IZQUIERDO, M. SANMARTÍ, N., ESPINET, M.. Fundamentación y diseño de las prácticas escolares de ciencias experimentales. Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n.1, p. 45-59, 1999.

5) MONTEIRO, M. A.. O uso do experimento didático: mediando uma leitura problematizadora do mundo tecnológico. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife.