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1. OBJETIVO O presente Termo de Referência tem por objetivo fornecer as informações necessárias à formulação de propostas para a prestação de serviços de engenharia consultiva referentes à elaboração do Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista. 2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA 2.1. BREVE HISTÓRICO E SISTEMAS PRODUTORES PARA A RMSP O aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana de São Paulo é questão permanente na agenda governamental desde a segunda metade da década de 1960, quando foi proposto o Plano Hibrace. Sob orientação daquele Plano foram planejadas algumas das mais importantes obras hoje existentes, com destaque para os Sistemas do Alto Tietê (Barragens de Ponte Nova, Jundiaí, Taiaçupeba, Biritiba e Paraitinga) e Cantareira (Barragens do Jaguari, Jacarei, Atibainha, Cachoeira e Paiva Castro), todas construídas ao longo dos últimos 35 anos. Até aquela época, o suprimento de água, a exemplo de outros investimentos em infra-estrutura, exigia , além da decisão política, recursos financeiros e capacidade técnica de engenharia. Nos anos seguintes, com a intensificação do crescimento desordenado e baixos investimentos em coleta e tratamento de esgotos, o aproveitamento de recursos hídricos da bacia do Alto Tietê tornou-se cada vez mais difícil. O quadro de exaustão dos mananciais mais próximos aos centros de consumo, somado às crescentes restrições ambientais, aos conflitos pelo uso da água e às diversificadas exigências legais e sociais impôs novos parâmetros para o planejamento e para a tomada de decisão e execução de investimentos em obras de saneamento e recursos hídricos. A partir dos anos 80 e de forma mais nítida nos anos 90, com o advento da política estadual de recursos hídricos e o amadurecimento do setor de saneamento, alterou-se a forma de atender o abastecimento público. Da atuação clássica centrada na gestão da oferta, ampliada por meio de obras estruturais sempre que a demanda expandisse, passou-se a considerar cada vez mais a gestão da demanda, com o emprego de medidas não estruturais para reduzir ou adiar as necessidades de expansão da oferta. Dentre essas medidas destacam- se o controle e a redução de perdas no sistema de abastecimento, a redução do consumo em edificações por meio da instalação de aparelhos mais eficientes e campanhas voltadas à mudança de hábitos da população em relação à água. Entretanto, mesmo com a prioridade que vem sendo dada à gestão da demanda, o crescimento da população da RMSP, conforme estudos populacionais desenvolvidos pela Fundação Estadual de Análise de Dados - Seade para a Sabesp para o horizonte de 2025, exigirá o aporte de uma vazão média adicional de cerca de 500 l/s ao ano. Na média do período de março de 2007 a fevereiro de 2008, a produção da Sabesp, no Sistema Integrado de Abastecimento da RMSP foi de 67,7 m³/s, advinda de oito sistemas produtores, os quais apresentaram a seguinte participação percentual na produção global: Cantareira (46,8%), Guarapiranga/Taquacetuba (21,1%), Alto Tietê (16%), Rio Grande (7,3%), Rio Claro (5,8%), Alto e Baixo Cotia (3%) e Ribeirão Estiva (menos de 0,1%).

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1. OBJETIVO

O presente Termo de Referência tem por objetivo fornecer as informações necessárias à formulação de propostas para a prestação de serviços de engenharia consultiva referentes à elaboração do Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista.

2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

2.1. BREVE HISTÓRICO E SISTEMAS PRODUTORES PARA A RMSP

O aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana de São Paulo é questão permanente na agenda governamental desde a segunda metade da década de 1960, quando foi proposto o Plano Hibrace. Sob orientação daquele Plano foram planejadas algumas das mais importantes obras hoje existentes, com destaque para os Sistemas do Alto Tietê (Barragens de Ponte Nova, Jundiaí, Taiaçupeba, Biritiba e Paraitinga) e Cantareira (Barragens do Jaguari, Jacarei, Atibainha, Cachoeira e Paiva Castro), todas construídas ao longo dos últimos 35 anos.

Até aquela época, o suprimento de água, a exemplo de outros investimentos em infra-estrutura, exigia , além da decisão política, recursos financeiros e capacidade técnica de engenharia. Nos anos seguintes, com a intensificação do crescimento desordenado e baixos investimentos em coleta e tratamento de esgotos, o aproveitamento de recursos hídricos da bacia do Alto Tietê tornou-se cada vez mais difícil. O quadro de exaustão dos mananciais mais próximos aos centros de consumo, somado às crescentes restrições ambientais, aos conflitos pelo uso da água e às diversificadas exigências legais e sociais impôs novos parâmetros para o planejamento e para a tomada de decisão e execução de investimentos em obras de saneamento e recursos hídricos.

A partir dos anos 80 e de forma mais nítida nos anos 90, com o advento da política estadual de recursos hídricos e o amadurecimento do setor de saneamento, alterou-se a forma de atender o abastecimento público. Da atuação clássica centrada na gestão da oferta, ampliada por meio de obras estruturais sempre que a demanda expandisse, passou-se a considerar cada vez mais a gestão da demanda, com o emprego de medidas não estruturais para reduzir ou adiar as necessidades de expansão da oferta. Dentre essas medidas destacam-se o controle e a redução de perdas no sistema de abastecimento, a redução do consumo em edificações por meio da instalação de aparelhos mais eficientes e campanhas voltadas à mudança de hábitos da população em relação à água.

Entretanto, mesmo com a prioridade que vem sendo dada à gestão da demanda, o crescimento da população da RMSP, conforme estudos populacionais desenvolvidos pela Fundação Estadual de Análise de Dados - Seade para a Sabesp para o horizonte de 2025, exigirá o aporte de uma vazão média adicional de cerca de 500 l/s ao ano.

Na média do período de março de 2007 a fevereiro de 2008, a produção da Sabesp, no Sistema Integrado de Abastecimento da RMSP foi de 67,7 m³/s, advinda de oito sistemas produtores, os quais apresentaram a seguinte participação percentual na produção global: Cantareira (46,8%), Guarapiranga/Taquacetuba (21,1%), Alto Tietê (16%), Rio Grande (7,3%), Rio Claro (5,8%), Alto e Baixo Cotia (3%) e Ribeirão Estiva (menos de 0,1%).

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O último Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de São Paulo (PDAA), elaborado para o horizonte de 2025, estudou, para o atendimento das demandas dessa região, as possibilidades de aproveitamento de recursos hídricos na região compreendida pela bacia do Alto Tietê, bacia do rio Piracicaba, vertente marítima (região da Baixada Santista) e das bacias dos rios Paraíba do Sul, Ribeira de Iguape, Tietê-Sorocaba e Alto Paranapanema (Jurumirim). A partir desses estudos, foram propostas, entre outras ações, a ampliação do Sistema Produtor Alto Tietê – SPAT, dos 10 m³/s atuais para 15 m³/s (aumento da produção da ETA Taiaçupeba), obras futuras no braço do rio Pequeno na Billings (+ 2,2 m³/s) para ampliação do Sistema Produtor Rio Grande para 7 m³/s, implantação do novo Sistema Produtor São Lourenço (Alto Juquiá) (+ 4,7 m³/s) e ampliação do SPAT de 15 para 20 m³/s com reversão dos rios Itapanhaú (+ 2,8 m³/s) e Itatinga (+ 2,1 m³/s).

Dos aproveitamentos estudados, há dois com ações em andamento. O primeiro refere-se à recente incorporação das represas do Paraitinga e Biritiba Mirim ao SPAT, às obras de alteamento da barragem de Taiaçupeba, em execução, por intermédio do Convênio DAEE-SABESP e do aumento de produção e das melhorias operacionais previstas na PPP, em licitação pela Sabesp. O segundo diz respeito ao Sistema Produtor São Lourenço, no rio Juquiá, situado na bacia do rio Ribeira de Iguape, cujos estudos de concepção estão em fase de licitação pela Sabesp, em decorrência do fato da disponibilidade hídrica de 4,7 m³/s ter sido assegurada pelo Decreto Federal de 27 de junho de 1996, que trata da outorga à Companhia Brasileira de Alumínio – CBA de aproveitamentos hidrelétricos no rio Juquiá-Guaçu, pelo prazo de 20 anos.

Para a concretização dos demais aproveitamentos haverá dificuldades técnicas, custos elevados, conflitos potenciais com outros usos e restrições ambientais em razão da localização em espaços especialmente protegidos (região de mananciais e Serra do Mar).

Pode-se observar que o abastecimento da RMSP, de acordo com o proposto no PDAA, está condicionado a reversões de bacias vizinhas que abrangem uma macro-região onde situam-se as três Regiões Metropolitanas do Estado (São Paulo-RMSP, Campinas-RMC e Baixada Santista-RMBS). Destaca-se que além da conexão hidráulica da RMSP com a bacia do rio Piracicaba, devido à reversão das águas desta para a bacia do Alto Tietê, existem também interfaces hídricas com a RMBS, com destaque para as descargas da Usina Henry Borden no rio Cubatão, cuja vazão é utilizada para abastecimento público e industrial daquela região e para os futuros aproveitamentos dos rios Itatinga e Itapanhaú, em relação à utilização dos mesmos para abastecimento e para geração de energia na usina da Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP. Portanto, o abastecimento futuro da RMSP depende ou interfere de forma direta nas três regiões metropolitanas do Estado e também criará uma nova vinculação com a vizinha bacia do rio Ribeira de Iguape.

2.2. PRINCIPAIS CONFLITOS

Merece atenção especial o caso do Sistema Cantareira, situado na bacia do rio Piracicaba e responsável quase pela metade do abastecimento da RMSP. Trata-se de um caso emblemático no que se refere a conflito pelo uso da água. No início da década de 70 a região da bacia do rio Piracicaba, liderada pelo município de mesmo nome, organizou forte e ruidosa resistência à construção do Sistema e à transposição das águas para a RMSP. Na ocasião, técnicos do Estado argumentaram que não haveria prejuízos à região, pois seriam mantidas

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determinadas vazões mínimas. A inexistência de legislação específica e o regime político da época favoreceram a obtenção, em 1974, da outorga por 30 anos, para retirada de 33 m³/s (31 m³/s da bacia do rio Piracicaba e 2 m³/s da bacia do rio Juqueri no Alto Tietê) sem qualquer restrição para as obras, exigência de descargas para jusante ou compensações às regiões fornecedoras.

Ao longo dos anos 70 e 80 a bacia do rio Piracicaba apresentou índices de crescimento econômico e populacional elevados, aumentando significativamente a demanda de água para os diversos usos. Esse fato, aliado à ausência de investimentos para tratamento de esgotos resultou na diminuição da vazão disponível e piora progressiva da qualidade das águas, com freqüentes mortandades de peixes em épocas de estiagem.

O agravamento dos problemas de poluição e restrições operacionais às captações municipais levaram a uma bem sucedida cooperação técnica dos serviços de água com a Sabesp a partir de 1984, com a criação de um Grupo de Trabalho denominado “Operação Estiagem”. A experiência foi consolidada com a instalação pelo Estado de São Paulo do Comitê das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), em 1993, que institucionalizou aquele Grupo de Trabalho hoje denominado Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico, a qual, após a edição da Portaria do Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE nº 1213, de 06/08/2004, recebeu delegação dos Comitês PCJ (estadual e federal) para acompanhar a operação do Sistema Cantareira e definir, obedecida a nova regra operacional, as vazões a serem descarregadas para a bacia do rio Piracicaba.

Mesmo com os avanços obtidos no gerenciamento de recursos hídricos, atualmente há muitos trechos dos cursos d’água das bacias PCJ, com restrições de qualidade ou quantidade para ampliação das vazões captadas comprometendo o desenvolvimento regional. O nível de tratamento dos esgotos embora já esteja próximo aos 50% do esgoto coletado (era 3% em 1993), coloca a despoluição ainda como o maior desafio daquela região. Adicionalmente, diante do atual quadro de desenvolvimento econômico e do conflito com o abastecimento da RMSP, torna-se urgente a definição de novos mananciais e ações de gerenciamento dos recursos hídricos para garantia do desenvolvimento regional e abastecimento público futuro.

O processo de renovação da outorga do Sistema Cantareira, embora complexo devido à participação de diversos atores e interesses, ocorrido nos anos de 2003 e 2004, obteve êxito. Na época foi adotada estratégia, pelo Governo do Estado e pela Agência Nacional de Águas - ANA, de orientar o assunto por consistente respaldo técnico, discussão democrática nos fóruns apropriados (Comitês de Bacia e Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas) e foco na busca de uma solução que atendesse o interesse global do Estado, evitando-se ou minimizando o conflito entre as regiões.

A dimensão, o histórico dos conflitos e a negociação ocorrida, levaram as autoridades outorgantes a incorporar inovações no Ato de Outorga. Assim, foram definidas vazões mínimas para ambas as regiões (RMSP e PCJ), regra operativa baseada em curvas de aversão ao risco (CAR) e estabelecidas ações e metas a serem cumpridas, destacando-se nesse contexto o Artigo 16 da Portaria nº 1213, de 06/08/04, do DAEE, o qual estabelece que a Sabesp deveria apresentar, no prazo de 30 meses, a contar da emissão da Portaria, estudos e projetos que viabilizassem a diminuição da dependência Sistema Cantareira, para o abastecimento da RMSP, considerando os Planos de Bacias do PCJ e Alto Tietê.

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Ressalta-se, no caso do Sistema Cantareira, a retomada de movimento político regional (Bacias PCJ), com intensa campanha veiculada amplamente pela mídia nos últimos meses, pleiteando “mais água do Sistema Cantareira para a bacia do Rio Piracicaba”, que de fato significa diminuir ou – no limite – eliminar a atual transposição de até 31 m3/s para a RMSP.

De todo o exposto, especificamente no que concerne ao abastecimento público da RMSP, conclui-se que:

a) com exceção da ampliação do SPAT e da implantação do Sistema Produtor São Lourenço não há segurança de utilização dos demais aproveitamentos definidos no PDAA, principalmente em razão de conflitos de uso e restrições ambientais;

b) permanece pendente o atendimento pleno das condicionantes da outorga do Sistema Cantareira, notadamente no que se refere ao Artigo 16 da Portaria acima referida;

No aspecto da qualidade das águas, deve ser destacado o impacto das descargas principalmente do rio Tietê para o trecho do Médio Tietê, em função do nível insuficiente do tratamento dos esgotos na bacia do Alto Tietê, bem como da significativa poluição difusa aí verificada.

Embora vultosas obras de afastamento e tratamento de esgotos tenham sido construídas, notadamente nas últimas duas décadas, elevando o nível de coleta dos esgotos para 78% e o tratamento para 63%, com efetivos resultados positivos, a carga poluidora remanescente é responsável pelo comprometimento de todo trecho médio do rio Tietê, com prejuízos à saúde pública, ao turismo e à pesca, dentre outros.

No mesmo contexto de atenuação desse conflito, devem ser consideradas as ações em curso para melhoria da qualidade das águas do rio Pinheiros e das condições de uso múltiplo do reservatório Billings, em função dos testes de flotação em andamento no rio Pinheiros. Sob responsabilidade da EMAE, acompanhamento do Ministério Público e anuência da Sabesp e CETESB, está sendo avaliada a eficiência do processo de flotação ao longo do ano hidrológico 2007/2008, para se atingir padrões de qualidade compatíveis para o lançamento de água no reservatório Billings, classificado como classe 2, da vazão bombeada de 10 m3/s do rio Pinheiros para a represa.

Caso o processo seja considerado viável, será possível requerer licenciamento ambiental para flotação de 50 m3/s, dos quais 10 m3/s da bacia do rio Pinheiros e 40 m3/s da bacia do rio Tietê (na altura do Cebolão). Os benefícios potenciais serão a diminuição da carga poluidora hoje lançada para o Médio Tietê; maior disponiblidade para o abastecimento público da RMSP; o aumento da geração de energia na Usina Henry Borden e o aumento da vazão transferida para a Baixada Santista, com conseqüências positivas para o abastecimento público e industrial daquela região.

Na linha de novos aproveitamentos destinados à Macrometrópole, além de custos elevados e dificuldades técnicas, o PDAA da Sabesp estudou, em nível preliminar, a transferência de vazões da Bacia do Rio Paraíba do Sul onde identificou conflitos potenciais de natureza política e institucional, em razão dos compromissos de manutenção de vazões para geração hidrelétrica e abastecimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. No caso das alternativas das represas de Barra Bonita e Jurumirim há necessidade de negociações com as concessionárias do setor elétrico.

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2.3. A MACROMETRÓPOLE PAULISTA

Embora não haja uma delimitação precisa para a Macrometrópole, ela compreende as três regiões metropolitanas já citadas (RMSP, RMC e RMBS) e contempla ainda regiões vizinhas e vetores específicos de desenvolvimento e interação econômica, abriga mais de 25 milhões de habitantes e é responsável por mais de 20% do PIB nacional.

Ao longo dos eixos das rodovias Castelo Branco e sistema Anhanguera-Bandeirantes, respectivamente no entorno dos municípios de Sorocaba e Jundiaí, há restrições ao desenvolvimento econômico em razão da escassez da oferta de recursos hídricos. Por outro lado, ao longo dos eixos da Fernão Dias, onde situa-se a região bragantina, e da rodovia Presidente Dutra, de Jacareí até Taubaté, verifica-se forte dinamismo econômico com demandas crescentes de recursos hídricos.

2.4. ASPECTOS DO CONTEXTO INSTITUCIONAL

Do ponto de vista institucional é patente que a solução para atendimento da demanda de abastecimento público da RMSP depende da harmonização dos usos múltiplos de recursos hídricos na Macrometrópole paulista, mediante ação coordenada que extrapola competências setoriais específicas, impondo-se interação dos níveis estratégicos de governo, de forma multi-setorial e multi-institucional.

A complexidade do aproveitamento dos recursos hídricos na Macrometrópole Paulista pode ser ilustrada pelo trecho final do relatório da Sabesp apresentado

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ao DAEE para atendimento ao Artigo 16 da Portaria DAEE nº 1213, de 06/08/2004:

“Diante desse cenário, reforça-se a importância de que a questão da sustentabilidade do abastecimento público na RMSP seja construída envolvendo, além da Sabesp, as outras esferas de decisão, tanto do âmbito regional, como estadual e federal.

Assim, é fundamental o desenvolvimento de um estudo de abrangência regional, considerando as bacias hidrográficas envolvidas, no qual sejam consideradas as características políticas, sociais e econômicas dessas regiões, associadas à interdependência de seus recursos hídricos, com seus múltiplos usos. Esse estudo se constituirá em um importante instrumento de orientação e de suporte à decisão para que se garanta a sustentabilidade do abastecimento público e demais usos dos recursos hídricos dessas regiões, através de soluções que resultem em menores custos para a sociedade como um todo.”

O último grande plano desenvolvido com este escopo foi o denominado Hidroplan (Plano Integrado de Aproveitamento e Controle dos Recursos Hídricos das Bacias Alto Tietê, Piracicaba e Baixada Santista), concluído em dezembro de 1995. Sua principal conclusão, explicitada no item 1 do respectivo Relatório Síntese, afirma “Os conflitos de uso nas bacias estudadas decorrem da má qualidade das águas. É necessário tratar os esgotos domésticos e industriais. Sem recuperação da qualidade das águas, não haverá solução integrada para os conflitos de uso.”

Como decorrência das recomendações do Hidroplan e decisões políticas dos últimos 15 anos, foi dada efetiva prioridade ao tratamento de esgotos, mediante planejamento e execução de expressivos investimentos – ainda insuficientes para a universalização nessa área – especialmente na RMSP, RMBS e bacias PCJ. Entretanto, as soluções e decisões para o aproveitamento de recursos hídricos em termos quantitativos para os múltiplos usos – também estudadas pelo Hidroplan - permanecem insatisfatórias em razão de conflitos atuais ou necessidades de médio e longo prazos. Acrescenta-se que, dado o tempo decorrido, o Hidroplan necessita de atualização.

Além dos conflitos de grande magnitude pelo uso da água na Macrometrópole, com destaque para as dificuldades de prover o abastecimento público da RMSP e para o desenvolvimento econômico das regiões metropolitanas, permanecem pendentes de solução inúmeras dificuldades específicas das UGRHI limítrofes ao Alto Tietê (Piracicaba,Capivari e Jundiaí; Paraíba do Sul; Baixada Santista; e Tietê-Sorocaba), conforme apontado na última versão do Plano Estadual de Recursos Hídricos 2004-2007 em seu Relatório Síntese (DAEE, julho de 2005).

As questões de recursos hídricos internas às UGRHI são tratadas pelos Planos de Bacias Hidrográficas, em conformidade com a Lei nº 7.663, de 30/12/91. O conteúdo mínimo desses Planos foi definido pela Deliberação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH, nº 62, de 04/09/06, modificada pela Deliberação nº 79, de 08/04/08, prevendo-se que estejam concluídas novas versões desses Planos até o final do exercício de 2008.

Dada a problemática de recursos hídricos da Macrometrópole Paulista, cuja solução não consta da abordagem do Plano Estadual de Recursos Hídricos, extrapola o escopo dos Planos de Bacia e as competências das entidades setoriais, o Governo do Estado de São Paulo editou o Decreto nº 52.748, de 26 de fevereiro de 2008 que cria Grupo de Trabalho, no nível de Secretários de Estado, e estabelece as demais condições para a realização de estudos, em prazo compatível com a urgência das providências, com o objetivo de definir

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mananciais para o uso múltiplo na Macrometrópole visando a subsidiar decisões estratégicas de governo e dos diferentes setores usuários, com ênfase no atendimento do abastecimento público.

3. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

3.1. ÁREA DE ABRANGÊNCIA DOS ESTUDOS

A área de abrangência principal dos estudos compreende, total ou parcialmente, as Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UGRHI), conforme definidas no Plano Estadual de Recursos Hídricos, do Alto Tietê; Piracicaba, Capivari e Jundiaí; Baixada Santista; Paraíba do Sul; Tietê-Sorocaba; Ribeira de Iguape e Litoral Sul, e e outras que indiretamente componham a área de influência deste conjunto ou sejam de interesse para os trabalhos, como as UGRHI do Tietê-Jacaré e Alto Paranapanema.

A delimitação dessa área teve como base:

• a vinculação hídrica existente entre as bacias do rio Piracicaba e do Alto Tietê, por meio do Sistema Cantareira; e da Bacia do Alto Tietê com a região da Baixada Santista, em razão das descargas da Usina Henry Borden no rio Cubatão;

• a baixa qualidade das águas do trecho médio do rio Tietê em virtude da carga poluidora recebida do Alto Tietê;

• as potencialidades de aproveitamento da disponibilidade hídrica existente na bacia do rio Ribeira do Iguape, na bacia do rio Paraíba do Sul, no reservatório de Barra Bonita, no aqüífero Guarani e no reservatório Jurumirim no Alto Paranapanema; e

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• a dinâmica do desenvolvimento urbano e econômico das três regiões metropolitanas do Estado e áreas de influência, conforme referido no item 2.3 deste documento, que demandarão vazões para suprimento hídrico no futuro.

Inúmeros estudos específicos para os diversos usos dos recursos hídricos dessas áreas já foram desenvolvidos, porém, em sua grande maioria, de forma desconectada e setorial. Torna-se necessário, portanto, avaliar e consolidar esses estudos, de forma a compor um conjunto integrado e harmônico de informações no sentido de subsidiar novos estudos de aproveitamento dos recursos hídricos para os usos múltiplos e que conciliem os principais conflitos existentes, notadamente aqueles relacionados aos aspectos de quantidade e qualidade.

Mesmo delimitada a área de abrangência do trabalho, considerando os vários tópicos que deverão ser abordados, os estudos definidos para cada tópico poderão ter áreas de abrangência específicas não limitadas apenas às bacias, trechos de bacias ou regiões hidrográficas objeto deste trabalho. Cada assunto, em particular, poderá ter áreas de estudo diferentes em função de suas peculiaridades, de forma a dar consistência às avalições necessárias.

3.2. HORIZONTE DE PLANEJAMENTO

O detalhamento de estratégias e o planejamento da execução das alternativas selecionadas deverá considerar o horizonte de 10 anos, ou seja, ano 2018.

O Plano geral de aproveitamento dos recursos hídricos deverá considerar o horizonte do ano 2035.

3.3. ESCOPO DO TRABALHO E PRINCIPAIS ATIVIDADES

O escopo do trabalho é a elaboração do Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista. O Plano deverá se constituir basicamente da avaliação da situação atual e futura das disponibilidades e demandas dos múltiplos usos dos recursos hídricos e dos conseqüentes conflitos, existentes e potenciais, e da proposição de alternativas para resolução desses conflitos, sob o enfoque de aproveitamentos integrados das bacias envolvidas.

O foco principal dos trabalhos será concentrado sobre os temas mais específicos definidos neste Termo de Referência, como a triagem, análise, hierarquização e detalhamento das ações necessárias ao estabelecimento de alternativas de aproveitamento dos recursos hídricos da região em estudo, com as respectivas avaliações de impactos na quantidade e qualidade, e sob o ponto de vista de usos múltiplos e integração entre as bacias.

As atividades principais que integram o escopo do trabalho são:

3.3.1 – Caracterização da área de estudo e consolidação dos estudos existentes

a) Caracterização básica da área de abrangência do trabalho, abordando de forma sintética os principais aspectos de interesse, tais como: abrangência territorial, rede hidrográfica, demografia, aspectos socioeconômicos, uso e ocupação do solo;

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b) Consolidação e análise dos estudos existentes no âmbito das UGRHI envolvidas, com vistas a sistematizar as informações de interesse para o trabalho no que se refere a:

• disponibilidade hídrica superficial e subterrânea;

• demandas atuais e futuras dos diversos setores usuários para a área de interesse dos trabalhos;

• intervenções propostas para o uso múltiplo dos recursos hídricos, com ênfase para o aumento da disponibilidade hídrica;

• situação da qualidade das águas, programas e metas para melhorias futuras;

• programas e metas para gestão da demanda;

• programas e metas referentes a medidas não estruturais; e

• cenários prospectivos de desenvolvimento econômico e seus reflexos na demanda hídrica.

c) Identificação, caracterização e avaliação dos principais conflitos existentes na utilização múltipla de recursos hídricos.

d) Elaboração de mapas temáticos associados a banco de dados georreferenciados, considerando, no mínimo, sedes municipais e divisas territoriais, manchas urbanas, sistema viário, rede hidrográfica, áreas inundadas, obras hidráulicas, unidades de gerenciamento de recursos hídricos, unidades de conservação, áreas de proteção de mananciais e cobertura florestal.

3.3.2. Estudos de demandas, qualidade e balanço hídrico

a) Estabelecimento, com base em dados secundários, de cenários prospectivos de desenvolvimento;

b) Subsídio à estruturação de um programa de gestão de demanda, mediante estudo de medidas aplicáveis no âmbito dos setores usuários, agrícola, industrial, doméstico e comercial, com ênfase no abastecimento público, como forma de reduzir ou adiar as necessidades de expansão da oferta e de acordo com os patamares de exiqüibilidade das ações, de forma escalonada no tempo, contendo ações, metodologia de execução e metas para redução de perdas, melhorias tecnológicas e substituição de equipamentos, uso racional da água, reuso de efluentes tratados, política tarifária e incentivos fiscais;

c) Mapeamento dos potenciais usuários para água de reuso, com as respectivas concentrações geográficas e dimensionamento da demanda;

d) Estudo para aperfeiçoamento das ações em curso e proposição de novas medidas não estruturais, tais como aquelas visando ao controle do uso do solo, reflorestamento ciliar e educação ambiental;

e) Estudo das demandas dos diversos usos dos recursos hídricos para o período de planejamento, considerando os cenários de desenvolvimento econômico, de conciliação de conflitos e as metas relativas aos programas de gestão da demanda e de medidas não estruturais, bem como os custos marginais de expansão da oferta. No caso das demandas para o abastecimento público da RMSP deverão ser consideradas as áreas de influência dos diversos sistemas produtores;

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f) Avaliação, no nível de planejamento, com apoio de modelos de qualidade da água, das ações em curso e planejadas para a despoluição (afastamento e tratamento dos esgotos), proteção e recuperação dos mananciais do Alto Tietê, considerando todos os municípios, quanto ao cronograma, custos, metas e os reflexos ao longo do tempo na qualidade das águas do Médio Tietê, represa Billings e Baixada Santista, propondo-se eventuais ajustes com vistas ao aproveitamento múltiplo; e

g) Elaboração dos balanços hídricos ao longo do tempo para as bacias ou trechos de bacias hidrográficas inseridas na área de estudo, explicitando eventuais déficits e mapeando criticidades atuais e futuras. Deverão ser somadas às demandas atuais os acréscimos de vazão decorrentes da evolução populacional e dos impactos nos diferentes usos da água pela ocorrência dos cenários prospectivos de desenvolvimento adotados e descontados os “ganhos”, em diferentes cenários de reduções de demanda, devidos à adoção de medidas de gestão da demanda e demais medidas não estruturais estudadas.

3.3.3. Alternativas de aproveitamento

a) Identificação e estudo de alternativas de aproveitamento integrado dos recursos hídricos e das obras e intervenções necessárias à ampliação da oferta de água bruta com vistas ao atendimento das demandas das três regiões metropolitanas e das principais áreas conurbadas, com base nos cenários propostos para a área de abrangência do estudo;

b) Desenvolvimento dos estudos hidrológicos e hidrogeológicos necessários à definição dos aproveitamentos;

c) Pré-dimensionamento e estimativa de custos das unidades e sistemas propostos para os aproveitamentos, envolvendo regularização, captação, adução e tratamento de água bruta;

d) Avaliação técnica, econômico-financeira, institucional e ambiental das alternativas, incluindo custos de implantação e despesas operacionais;

e) Estudo dos impactos econômicos das alternativas que impliquem a utilização, pelo setor de abastecimento público, de vazões atualmente utilizadas por outros setores usuários;

f) Proposição de cenários de conciliação dos conflitos pelo uso da água atuais e potenciais;

g) Proposição e escolha de critério que auxilie na comparação das diferentes opções visando ao maior benefício público e seleção da(s) alternativa(s) de ampliação da oferta de água para o atendimento às demandas atuais e futuras; e

h) Estudo de escalonamento das obras previstas na(s) alternativa(s) recomendada(s) para a ampliação da oferta de água para atendimento às demandas atuais e futuras definidas como necessárias nos balanços hídricos.

3.3.4. Adequação da infra-estrutura de adução e medidas de contingência

a) Identificação, no nível de planejamento, das principais adequações no Sistema Adutor Metropolitano (SAM), frente às alternativas de aproveitamento selecionadas, considerando os novos aportes de água tratada na RMSP, as

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áreas de influência dos sistemas produtores e as capacidades de transferência entre elas.

b) Identificação, no nível de planejamento, de intervenções complementares em sistemas de adução das RMBS e RMC;

c) Estudo das regras operacionais do sistema hidráulico do Alto Tietê e das bacias vizinhas (Piracicaba, Capivari e Jundiaí; Baixada Santista; e Sorocaba e Médio Tietê) e elaboração de diretrizes gerais para revisão quando necessário; e

d) Concepção de medidas de contingência a serem adotadas pelos setores usuários (saneamento, industrial, agrícola, energia e navegação) em períodos hidrológicos desfavoráveis e proposição de instrumentos jurídicos de para sua aplicação.

3.3.5. Programa de investimentos e estratégias para implementação do plano

a) Formulação de Programa de Investimento para o horizonte de 10 anos para o aproveitamento integrado dos recursos hídricos na área de abrangência do trabalho, em alternativas escalonadas segundo diferentes cenários de gestão da demanda;

b) Estudo dos aspectos jurídicos, institucionais e econômico-financeiros da(s) alternativa(s) recomendada(s), com identificação de diretrizes e ações para viabilizar a execução do Plano.

c) Estudo preliminar e indicação de modelagem institucional e econômico-financeira que possa ser considerada para a implantação e operação dos sistemas propostos;

d) Formulação de arranjos de adesão dos usuários e compartilhamento de custos de implantação e operação das estruturas hidráulicas comuns para os diferentes usos do recurso hídrico;

e) Prospecção de fontes de financiamentos e proposição de grade de aportes financeiros para os investimentos necessários para o programa definido para o horizonte de 10 anos;

f) Estimativa de investimentos para as obras e intervenções do período 2019-2035, em alternativas escalonadas segundo diferentes cenários de gestão da demanda.

3.3.6. Apresentação, discussão e consolidação do Plano

a) Realização de Seminários em número total estimado de 06 (seis) eventos, envolvendo as UGRHI da área de abrangência do trabalho, com o objetivo de apresentação e discussão do Plano junto aos representantes dos respectivos Comitês de Bacias, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, dos Conselhos de Desenvolvimento da RMC e RMBS, do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA e público interessado;

b) Desenvolver e implementar, em comum acordo com a Comissão de Acompanhamento Técnico, metodologias e estratégias de negociação de conflitos interbacias, com vistas à eleição das alternativas de maior interesse público;

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c) Consolidação do Plano num Relatório Final e elaboração de Relatório Síntese, incorporando e sintetizando o produto de todas as atividades, as revisões decorrentes dos Seminários e negociações..

3.4 - DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS

3.4.1 - Diagnósticos e estudos existentes

A diretriz básica para o desenvolvimento deste Plano é a de evitar a repetição de trabalhos, principalmente no que se refere à elaboração de diagnósticos. Eventualmente, será necessário aperfeiçoar temas específicos ou preencher algumas lacunas identificadas. Esta abordagem se justifica uma vez que:

• já existem diagnósticos elaborados nos Relatórios de Situação e Planos de Bacias;

• não há Censos demográficos recentes;

• não são esperadas alterações substanciais no quadro composto pelos diagnósticos já elaborados.

Considerando-se também a existência de inúmeros planos e estudos a respeito do aproveitamento e gestão dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas que constituem a área de abrangência ora considerada, a fase inicial deste trabalho se constituirá, em grande parte, na atualização de dados gerais de demandas futuras para o novo horizonte de planejamento e na avaliação, atualização e consolidação dos estudos existentes sob o novo enfoque de visão integrada das bacias envolvidas.

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3.4.2 - Estudo de alternativas

Deverão ser consideradas propostas de aproveitamento otimizado dos recursos hídricos, com a utilização de tecnologias mais efetivas, visando minimizar os impactos ambientais, principalmente no que se refere à regularização dos recursos hídricos nas bacias por meio da formação de represas.

Sem prejuízo de novas soluções, recomenda-se o exame das alternativas de aproveitamentos integrados dos recursos hídricos superficiais já cogitadas ou estudadas, como as dos rios Itatinga e Itapanhaú, na vertente marítima; represa de Jurumirim, no Alto Paranapanema; bacia do rio Ribeira do Iguape; bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí; bacia do rio Paraíba do Sul; bem como de recursos hídricos subterrâneos do aqüífero Guarani.

Para cada uma das alternativas de aproveitamento estudadas ou alterações de regras operacionais deverão ser identificados os eventuais impactos na qualidade das águas. Adicionalmente, deverá ser avaliado o conjunto das ações em andamento e planejadas para despoluição do Alto Tietê e os reflexos ao longo do tempo para o Médio Tietê, a represa Billings e a região da Baixada Santista..

O complexo das represas Billings, Guarapiranga e a reversão do rio Pinheiros, hoje utilizado principalmente para abastecimento público e geração de energia elétrica, deverá merecer análise específica de forma a buscar a conciliação de conflitos de uso para estabelecimento do melhor arranjo de aproveitamento múltiplo, considerando os potenciais resultados dos programas de melhoria da qualidade das águas em andamento (Programa Mananciais, Projeto Tietê e a Flotação do rio Pinheiros) e as condicionantes do Artigo 46 das Disposições Transitórias da Constituição Estadual de 1989.

Os estudos ambientais deverão ser desenvolvidos em nível preliminar com objetivo de identificar as condicionantes ambientais para nortear a seleção das alternativas de aproveitamento de recursos hídricos e os impactos potenciais sobre os meios físico, biológico e antrópico associados à implantação das obras ou de serviços de conservação e manutenção, para cada uma das alternativas concebidas. Assim, em nível compatível com a fase dos trabalhos, deverão ser identificadas as possíveis áreas de influência e as medidas mitigadoras aplicáveis.

3.4.3- Estudos econômico-financeiros das alternativas

Deverá ser utilizada a metodologia do fluxo de caixa descontado para os cenários estabelecidos, considerando sempre duas alternativas de taxa de desconto, uma a ser fornecida pelo contratante e outra proposta pela contratada, levando em conta diferentes fontes de financiamento.

Os estudos econômico-financeiros deverão abordar, além das análises e avaliações sobre as alternativas técnicas propostas, a determinação do valor mínimo adicional por metro cúbico da disponibilidade hídrica para cada uma delas, de forma a garantir a sustentabilidade do uso dos recursos hídricos. Esses estudos deverão contemplar os diferentes cenários propostos para o trabalho, em particular aqueles afetos à gestão das demandas (controle de perdas, uso racional da água, reuso, política tarifária) e de desenvolvimento econômico. Para alternativas de aproveitamentos de uso múltiplo deverão ser propostos mecanismos de rateio de custos entre os setores usuários.

3.4.4 - Estudos dos aspectos legais, jurídicos e institucionais

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Deverão ser avaliadas as questões legais, jurídicas e institucionais referentes às obras de aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos e aos benefícios decorrentes, atuais e futuros, inclusive para geração hidrelétrica, compensações financeiras e/ou energéticas entre diferentes setores usuários. Para os serviços e obras relacionados com recursos hídricos, saneamento e meio ambiente deverá ser apresentada uma proposta de arranjo institucional, examinando-se as entidades intervenientes, ou seja, executoras, operadoras e prestadoras de serviço.

Quanto às questões institucionais, deverá ser considerado o modelo vigente nas bacias estudadas em relação aos Sistemas Estadual e Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, as legislações que regem os usos dos recursos hídricos, e propostos eventuais modelos de gestão institucional que possibilitem uma maior integração dessas bacias, quanto à minimização de conflitos, à gestão dos usos da água e da operação dos sistemas hidráulicos.

Para os novos arranjos organizacionais identificados - nessa fase dos trabalhos - como necessários à implantação, operação e gestão dos sistemas de aproveitamento de recursos hídricos, deverão ser definidas diretrizes para estudos posteriores e detalhados os seus principais aspectos jurídico-institucional, legal e financeiro.

3.4.5 - Formulação dos Programas de Investimento

As prioridades deverão ser hierarquizadas, considerando, dentre outros fatores:

• a necessidade de maximizar os investimentos públicos e privados, em direção do correlato máximo benefício público;

• a escassez de recursos hídricos em quantidade e qualidade compatíveis com as demandas previstas;

• os interesses conflitantes entre os diversos usuários da água; e

• as questões de natureza jurídico-institucional.

3.4.6 – Escalonamento dos investimentos

Deverão ser adotados investimentos escalonados nos seguintes horizontes de planejamento:

• até 2018; e

• de 2019 até 2035.

Em ambos os períodos, os programas de investimento deverão estar correlacionados aos períodos de elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos. Por outro lado, deverão ser estabelecidas datas marco para atender ações relevantes para a execução do plano, para as quais o planejamento deverá considerar, conforme o caso, os períodos de planejamento específico de estudos técnicos, de obtenção de outorgas de direito de uso, de licenciamento ambiental e de viabilização de financiamentos e execução de obras.

4. CONDICIONANTES PARA REALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DOS TRABALHOS

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Para a execução e acompanhamento dos trabalhos previstos neste Termo de Referência, o Contratante providenciará:

• Fornecimento à Contratada de base cartográfica georreferenciada do Estado de São Paulo nas escalas de 1:250.000 e 1:50.000;

• Estudos demográficos necessários à projeção populacional para a área de abrangência do trabalho até o horizonte de 2035, mediante atualização dos estudos existentes, elaborados pela Seade para a Sabesp para o horizonte de 2025;

• Designação, pela direção do DAEE, de Comissão de Acompanhamento Técnico composta por técnicos da própria Autarquia, de representantes indicados pelas Secretarias de Economia e Planejamento, de Saneamento e Energia e do Meio Ambiente, conforme Decreto nº 52.748/08, e de outros convidados, a seu critério, dentre consultores independentes e representantes de entidades governamentais ou não; e

• Indicação, na medida de suas possibilidades, de técnicos com conhecimento dos problemas da área objeto dos estudos, em regime de dedicação parcial, para colaborar diretamente com o desenvolvimento dos trabalhos da contratada.

Constituirão obrigações da Contratada na fase de execução dos trabalhos:

• Designar Coordenador Técnico dedicado em tempo integral à supervisão e coordenação da execução dos trabalhos objeto deste Termo de Referência, o qual não poderá acumular funções administrativas relativas ao contrato;

• Designar profissional específico para coordenação administrativa do contrato;

• Designar 04 (quatro) profissionais de nível superior, categoria sênior, considerados pela Contratada como elementos chaves da equipe técnica, com a dedicação prevista de pelo menos ½ (meio) período contínuo até a elaboração do relatório Intermediário 2;

• Coletar mapas planialtimétricos adequados para o detalhamento das obras estudadas, utilizando escalas compatíveis com o grau de precisão dos trabalhos a serem desenvolvidos e realizar as inspeções de campo julgadas necessárias;

• Desenvolver todos os mapas de forma georreferenciada;

• Desenvolver banco de dados relacionais para os temas de maior relevância do trabalho;

• Instalar um escritório com cerca de 120 m2, preferencialmente na área central da Capital e nas proximidades da linha do Metrô, facilmente acessível ao DAEE, para que a equipe da consultoria (coordenação, profissionais de nível superior e consultores) possa interagir com a Comissão de Acompanhamento Técnico. O objetivo deste escritório é o de sediar também as reuniões de acompanhamento, planejamento, orientação técnica e coordenação, de forma a garantir que os produtos estejam o mais próximo possível das expectativas do Contratante, evitando ou reduzindo retrabalhos e contribuindo para o cumprimento dos prazos contratuais;

• Providenciar para que o referido escritório disponha de ambientes de trabalho, sala(s) de reunião e da infra-estrutura mínima necessária para o objetivo descrito, tais como computadores ligados em rede, acesso rápido à internet, impressoras, plotter e softwares básicos;

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• Garantir que os desenhos e documentos elaborados pela Contratada em razão dos estudos especificados neste Termo de Referência sejam de propriedade do DAEE, sendo proibida a sua reprodução para outras finalidades sem prévio consentimento; e

• Entregar à Contratante todos os arquivos magnéticos relativos a textos, desenhos de ante-projetos, mapas, produtos gráficos, planilhas e banco de dados totalmente abertos, isentos de senhas ou códigos de proteção ou acesso. Quando julgado necessário para segurança do usuário ou do sistema, eventuais senhas deverão constar claramente dos relatórios respectivos.

5. PRAZOS, PRODUTOS E FORMA DE APRESENTAÇÃO

O prazo total de execução é de 11 (onze) meses a partir da data de assinatura de contrato, sendo 10 (dez) meses para o desenvolvimento dos trabalhos e 1 (um) mês para serviços de gráfica relativos à impressão do Sumário Executivo. Ressalte-se que no prazo de 6 (seis) meses deverá ser entregue o Relatório Intermediário 2, no mês 7 realizados seminários de discussão e nos meses 8 a 10 consolidado o Plano, incorporando e sintetizando o produto de todas as atividades desenvolvidas e as revisões decorrentes.

As principais atividades, os produtos esperados e os respectivos cronogramas estimativos constam dos quadros a seguir.

Atividades, produtos e cronograma físico

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Os Relatórios de Andamento – RA deverão conter a descrição sumária das principais atividades desenvolvidas no mês em referência, síntese das reuniões realizadas, deliberações resultantes, assuntos pendentes, comparação entre o cronograma previsto e o efetivo, atividades previstas para o mês subseqüente, principais eventos do mês que merecem comentários, assim como, a listagem das Notas Técnicas anexadas.

As Notas Técnicas a serem anexadas aos RA referem-se à coletânea de produtos parciais resultantes de estudos e análises de técnicos e consultores que integram a equipe de trabalho. Não se esperam que as Notas Técnicas estejam finalizadas, editadas ou que sejam conclusivas.

Todos os relatórios deverão ser apresentados em meio magnético e impressos, no formato A4. Os desenhos, ilustrações e figuras serão de preferencia em xerox ou similar, em dimensões reduzidas para o formato A4, A3 ou obedecendo-se a altura do formato A4.

Os relatórios de andamento RA deverão ser emitidos em 5 (cinco) cópias. Os relatórios intermediários RI-1 e RI-2, assim como o Relatório Final Consolidado RF serão emitidos em 10 (dez) cópias.

Os arquivos de apresentação em Seminários, no formato de slides, deverão ser entregues em CD, em 5(cinco) cópias no formato editável, totalmente isento de senhas ou códigos de acesso. Esses arquivos deverão ser entregues também em versão impressa, encadernados em formato A4, e em 2(duas) cópias a cores, para fins de documentação.

A Contratada deverá incluir no seu serviço a elaboração, editoração, arte final e impressão de um Sumário Executivo, do “Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista”, em 4 cores, numa linguagem sintética e formato de fácil consulta com ênfase aos estudos de alternativas, soluções propostas e programa de investimentos, contendo textos, figuras, mapas e ilustrações, e tiragem de 2.000 exemplares em papel e 2.000 em formato digital (CD).

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Os produtos gerados nos itens 3.3.1 a 3.3.6, inclusive material emitido de forma preliminar, correspondências, atas e listas de presença, deverão ser disponibilizados também em meio magnético.

A documentação e bibliografia consultadas deverão constar dos relatórios respectivos.

6. ESTIMATIVA DE CUSTOS E FORMA DE PAGAMENTO

O custo estimado para a elaboração do presente trabalho é de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) referenciados a junho de 2008.

Os pagamentos à CONTRATADA serão realizados em até 30 (trinta) dias da data de entrega da fatura, de acordo com as medições devidamente atestadas pela Equipe de Fiscalização do DAEE e Comissão de Acompanhamento Técnico, de acordo com as seguintes parcelas:

a) Primeira parcela, 5% (cinco por cento) do total contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RP - Relatório de Programação; até 15 dias da assinatura do contrato;

b) Segunda parcela, 5% (cinco por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RA1 - Relatório de Andamento dos trabalhos e NT – Notas técnicas respectivas, até 30 (trinta) dias da assinatura do contrato;

c) Terceira parcela, 15% (quinze por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RA2 - Relatório de Andamento dos trabalhos e NT – Notas técnicas respectivas, até 60 (sessenta) dias da assinatura do contrato;

d) Quarta parcela, de 15% (quinze por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RA3 - Relatório de Andamento dos trabalhos e NT – Notas técnicas respectivas, aos 90 (noventa) dias da assinatura do contrato;

e) Quinta parcela, de 15% (quinze por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RA4 - Relatório de Andamento dos trabalhos e NT – Notas técnicas respectivas, e do RI1 - Relatório Intermediário 1 aos 120 (cento e vinte) dias da assinatura do contrato;

f) Sexta parcela, de 15% (quinze por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RA5 - Relatório de Andamento dos trabalhos e NT – Notas técnicas respectivas, até 150 (cento e cinqüenta) dias da assinatura do contrato;

g) Sétima parcela, de 10% (dez por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RA6 - Relatório de Andamento dos trabalhos e NT – Notas técnicas respectivas, e do RI2 - Relatório Intermediário 2 até 180 (cento e oitenta) dias da assinatura do contrato;

h) Oitava parcela, de 10% (dez por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RA7 - Relatório de Andamento dos trabalhos e NT – Notas técnicas respectivas, e do RC – Arquivos (slides e CD) de apresentação em Seminários, até 210 (duzentos dez) dias da assinatura do contrato;

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i) Nona parcela, de 7% (sete por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do RF - Relatório Final Consolidado, aos 240 (duzentos e quarenta) dias da assinatura do contrato; e

j) Décima e última parcela, de 3% (três por cento) contra a entrega e aprovação, pela Comissão de Acompanhamento Técnico, do Sumário Executivo do Plano, até 270 (duzentos e setenta) dias da assinatura do contrato.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. SSE – Secretaria de Saneamento e Energia/DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica: LEGISLAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS – CONSOLIDAÇÃO, Edições de 2003 e 2008.

2. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PROJETO TIETÊ 2a ETAPA – RELATÓRIO DE GESTÃO – SABESP - Superintendência deTecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da SABESP, 2008.

3. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: BOLETIM HIDROLÓGICO DOS MANANCIAIS DA RMSP – Relatório de emissão periódica pelo Departamento de Recursos Hídricos da SABESP.

4. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PROGRAMA DE USO RACIONAL DA ÁGUA. – Ver site: www.sabesp.com.br, link “Uso Racional da Água”.

5. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PRÁTICAS DE REÚSO ADOTADAS PELA SABESP NA RMSP - Unidade de Negócio de Tratamento de Esgotos da Região Metropolitana da SABESP, 2008.

6. CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental: RELATÓRIO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS INTERIORES DO ESTADO DE SÃO PAULO, Relatórios Anuais disponíveis no site: www.cetesb.sp.org.br.

7. SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PROGRAMA METROPOLITANO DE ÁGUA – PMA – Período 2007 a 2011, 2007.

8. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE CONCEPÇÃO E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO - Diretoria de Tecnologia e Palanejamento da SABESP, 2007.

9. SSE – Secretaria de Saneamento e Energia: RELATÓRIOS DE PREPARAÇÃO DO PROGRAMA MANANCIAIS, 2007.

10. PNUMA – Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente/ANA – Agência Nacional de Águas: GEO Brasil – Recursos Hídricos, 2007.

11. AGEVAP – Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul: Plano de Recursos da Bacia do Rio Paraíba do Sul – PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS CONSOLIDADO – RESUMO – Relatório Contratual R-10 - COPPETEC, 2007, disponível no site:www.ceivap.org.br (juntamente com os Cadernos de Ações por recorte hidrográfico e por área de abrangência dos principais organismos da região). Nesse site são disponibilizados, também, os relatórios parciais que antecederam o Plano.

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12. EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia : TRATAMENTO DAS ÁGUAS DO RIO PINHEIROS PELO SISTEMA DE FLOTAÇÃO – RESUMO EXECUTIVO, 2007

13. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PLANO DE AÇÕES PARA REDUÇÃO DE PERDAS NAS UNIDADES DE NEGÓCIO DA DIRETORIA METROPOLITANA – PERÍODO 2008 – 2012 – SÍNTESE E ANÁLISE – Superintendência de Planejamento e Desenvolvimento da Região Metropolitana da SABESP, 2007

14. CBH-BS – Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista: RELATÓRIO DE SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DA BAIXADA SANTISTA – Relatório Um – SHS, 2007.

15. Decreto nº 51.686 de 22 de março de 2007; “Regulamenta os Dispositivos da Lei Estadual nº 12.233 de 16 de janeiro de 2006 – Lei Específica Guarapiranga que define a Área de Proteção dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga – APRM-G e dá outras providências”, 2007.

16. Lei nº 12.233 de 16 de janeiro de 2006 que “Define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga e dá outras providências correlatas”, 2006.

17. CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos/CORHI – Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos: PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS 2004/2007 – RESUMO – DAEE, 2006.

18. EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia : Slides de apresentação da empresa – CARACTERÍSTICAS, SITUAÇÃO ATUAL E DIAGNÓSTICO, 2006.

19. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PLANOS INTEGRADOS REGIONAIS – UNIDADES DE NEGÓCIOS MA, MT, MN, ML, MO, MC e MS – Diretoria Metropolitana, 2006.

20. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: TERMO DE REFERÊNCIA PARA A REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA REGIÃO DA BAIXADA SANTISTA - Diretoria de Tecnologia e Planejamento da SABESP, 2006.

21. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: TERMO DE REFERÊNCIA PARA A REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE ESGOTOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO - Diretoria de Tecnologia e Planejamento da SABESP, 2006.

22. CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental: Relatório de QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, 2004 – 2006, disponível no site: www.cetesb.sp.org.br.

23. CBH-PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí: PLANO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ –SHS, 2006

24. SMA – Secretaria do Meio Ambiente: RELATÓRIOS DE QUALIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 2006 – Informações Referentes a 2005, 2006 Ver site: www.ambiente.sp.gov.br

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25. ANA – Agência Nacional de Águas/CBH Guandu: Relatórios do PLANO ESTRATÉGICO DE RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS GUANDU, DA GUARDA E GUANDU MIRIM em CD, Sondotécnica, 2007 e Relatório de Diagnóstico e outros relatórios, disponíveis no site: www.comiteguandu.org.br – Sondotécnica, 2006.

26. DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica: PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS 2004/2007, 7 vol. – Consórcio JMR/Engecorps, 2005

27. CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos –: MAPA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - DAEE, IG, IPT e CPRM, 2005; disponível no site: www.daee.sp.gov.br.

28. CBH-BS – Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista: PLANO DE BACIA DA BAIXADA SANTISTA – CETEC, 2005.

29. CBH-RB – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira do Iguape e do Litoral Sul: PLANO DE BACIA DO RIBEIRA DO IGUAPE – CETEC, 2005.

30. CBH-PS – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – São Paulo: PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL – CPTI, 2005.

31. ANA/DAEE - Agência Nacional de Águas/Departamento de Águas e Energia Elétrica: RELATÓRIO DE OUTORGA DO CANTAREIRA, 2004.

32. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA RMSP, Consórcio Encibra-Hidroconsult, 2004.

33. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PLANO DIRETOR DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS OPERADOS PELA SABESP NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ (5), SOROCABA E MÉDIO TIETÊ (10) E TIETÊ/JACARÉ (13), Consórcio ETEP- Hidrópolis, 2003

34. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PLANO DIRETOR DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS OPERADOS PELA SABESP NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ALTO PARANAPANEMA (14), MÉDIO PARANAPANEMA (17), E RIBEIRA DO IGUAPE-LITORAL SUL (11) - Consórcio JNS-Hagaplan, 2003.

35. CBH-AT – Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê: PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ – FUSP, 2003

36. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: CONSOLIDAÇÃO DA MELHORIA E AMPLIAÇÃO DO SISTEMA PRODUTOR RIO GRANDE-Consórcio NORTECH (Noronha/HigtTech/Encibra) - Relatórios R2-vol. 1 e R3.1, São Paulo, 2002-2003.

37. CBH-ALPA – Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema: PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO PARANAPANEMA - CETEC, 2003.

38. CBH – Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado de São Paulo: RELATÓRIOS DE SITUAÇÃO DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS - Vários, elaborados de 1997 a 2002.

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39. CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos/DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica: Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo – A EXPERIÊNCIA DOS COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS – Relatório Final – FUNDAP, 2002.

40. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: SISTEMA PRODUTOR DE ÁGUA RIO BRANCO, Consórcio SEREC-HIDROCONSULT- ENGEVIX, 2001.

41. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PROJETO EXECUTIVO DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA PRODUTOR DE ÁGUA ITATINGA-JURUBATUBA, Consórcio GCA/GERENTEC/PROESP, 2001.

42. Campos, Nilson; Studart, Ticiana: GESTÃO DAS ÁGUAS, PRINCÍPIOS E PRÁTICAS – 2a Edição, Publicação ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos, 2001.

43. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE ESGOTOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO – Consórcio Engevix/Latin Consult, 2000.

44. SRHSO – Secretaria de Recursos Hídricos,Saneamento e Obras /UGP Paraíba do Sul: PQA - PROJETO QUALIDADE DAS ÁGUAS E CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA NA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL – Consórcio ICF Kaiser/Logos, 1999.

45. SRHSO – Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras / UGP Piracicaba, Capivari e Jundiaí: PROJETO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS E CONTROLE DA POLUIÇÃO HÍDRICA DAS BACIAS DOS RIOS PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ - Consórcio Figueiredo Ferraz/Coplasa, 1999.

46. Lei nº 9.866 de 26 de novembro de 1997, “Dispõe sobre diretrizes e normas para proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo e dá outras providências”.

47. CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental: AVALIAÇÃO DO COMPLEXO BILLINGS, 1996.

48. SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo: PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA BAIXADA SANTISTA, Consórcio Hidroconsult/Estática/Latin Consult, São Paulo, 1995.

49. DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica: “HIDROPLAN” - PLANO INTEGRADO DE APROVEITAMENTO E CONTROLE DOS RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS DO ALTO TIETÊ, PIRACICABA E BAIXADA SANTISTA – Consórcio Coplasa/ETEP/Figueiredo Ferraz/ Hidroconsult/ Maubertec, 1995.

50. Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba e Capivari: PLANO DIRETOR PARA CAPTAÇÃO E PRODUÇÃO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO DOS MUNICÍPIOS COMPONENTES DAS BACIAS DOS RIOS PIRACICABA E CAPIVARI OU QUE DELAS DEPENDEM PARA SEU ABASTECIMENTO - Jaako-Poyry Engenharia, 1992.

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51. DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica:- PRIMEIRA ETAPA DOS ESTUDOS PARA IMPLANTAÇÃO DE OBRAS DE APROVEITAMENTO MÚLTIPLO DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO CAMANDUCAIA, Sondotécnica, 1990.

52. Ministério de Minas e Energia/Governo do Estado de São Paulo. PLANO SANESP - PLANO DIRETOR DE UTILIZAÇÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO – CNEC, 1983.

53. DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica: ESTUDO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - REGIÕES ADMINISTRATIVAS 1, 2, 4 e 5, 1975 a 1982.

54. IG – Instituto Geológico/CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental/ DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica: MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE E RISCOS DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO ESTADO DE SÃO PAULO – vols. I e II – 1977.