1) o que É histÓria? · 2018-04-25 · -saber um pouco disso é muito importante para que cada um...

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1 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS 2018 PISM I HISTÓRIA - MÓDULO I 1) O QUE É HISTÓRIA? 1.1) A narrativa histórica -Narrar significa contar, descrever, relatar algum acontecimento ou aventura vivida por pessoas imaginárias ou reais. -Nesse caso, as histórias narradas aconteceram realmente em vários lugares do mundo, em diferentes épocas, pois possuem evidências ou comprovações históricas. -A História se ocupa daquilo que realmente aconteceu no passado, tanto num tempo muito distante quanto bem mais recente. -Quem era e como viviam as pessoas em certa época e certo lugar? Que fez o quê? O que levou a determinados acontecimentos ou atitudes? O que mudou na vida das sociedades passadas? O que permaneceu como antes? Em que medida essas mudanças e permanências se refletem em nossa vida e na história que estamos construindo hoje? 1.1.1) Para que serve estudar História? -Na língua dos gregos antigos, o significado da palavra história era “testemunho”, isto é, um relato do que havia acontecido, um registro desses eventos para contar aos outros. -Estudar História abre o caminho para saber como viviam as pessoas, como elas enfrentaram suas dificuldades, em que acreditavam o que produziam. -Saber um pouco disso é muito importante para que cada um descubra quem é hoje e compreenda o mundo em que vivemos. -Conhecer o passado também é conhecer a si mesmo, é saber qual é seu lugar no mundo. 1.1.2) História e cidadania -Estudar História é dar um grande passo para compreender as mudanças e permanências da humanidade ao longo do tempo. -A História ajuda a entender, nos dias de hoje, a diferença entre as pessoas, os comportamentos, os gostos e as preferências de cada indivíduo ou de cada grupo. Assim, ela nos ajuda a compreender os outros e a respeitar as diferenças. -A compreensão das diferenças entre grupos, sociedades e indivíduos nos leva a respeitar o direito dos outros. Direito, antes de tudo, à liberdade e a um tratamento igual perante as leis do país. Estudar História, portanto, é essencial para a formação cidadã. 1.2) TEMPOS DA HISTÓRIA 1.2.1) Tempo diário -Os momentos de cada dia fazem parte do tempo diário e da rotina de cada um. Entretanto, o tempo diário não registra apenas as etapas de nossa rotina individual. Os minutos e as horas também interessam à História da humanidade. -O tempo do relógio ordena os breves episódios de um dia, informando que acontecimento veio depois de outro.

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1 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS – 2018 – PISM I – HISTÓRIA - MÓDULO I

1) O QUE É HISTÓRIA?

1.1) A narrativa histórica

-Narrar significa contar, descrever, relatar algum acontecimento ou aventura vivida por pessoas imaginárias ou reais.

-Nesse caso, as histórias narradas aconteceram realmente em vários lugares do mundo, em diferentes épocas, pois possuem evidências ou comprovações históricas.

-A História se ocupa daquilo que realmente aconteceu no passado, tanto num tempo muito distante quanto bem mais recente.

-Quem era e como viviam as pessoas em certa época e certo lugar? Que fez o quê? O que levou a determinados acontecimentos ou atitudes? O que mudou na vida das sociedades passadas? O que permaneceu como antes? Em que medida essas mudanças e permanências se refletem em nossa vida e na história que estamos construindo hoje?

1.1.1) Para que serve estudar História?

-Na língua dos gregos antigos, o significado da palavra história era “testemunho”, isto é, um relato do que havia acontecido, um registro desses eventos para contar aos outros.

-Estudar História abre o caminho para saber como viviam as pessoas, como elas enfrentaram suas dificuldades, em que acreditavam o que produziam.

-Saber um pouco disso é muito importante para que cada um descubra quem é hoje e compreenda o mundo em que vivemos.

-Conhecer o passado também é conhecer a si mesmo, é saber qual é seu lugar no mundo.

1.1.2) História e cidadania

-Estudar História é dar um grande passo para compreender as mudanças e permanências da humanidade ao longo do tempo.

-A História ajuda a entender, nos dias de hoje, a diferença entre as pessoas, os comportamentos, os gostos e as preferências de cada indivíduo ou de cada grupo. Assim, ela nos ajuda a compreender os outros e a respeitar as diferenças.

-A compreensão das diferenças entre grupos, sociedades e indivíduos nos leva a respeitar o direito dos outros. Direito, antes de tudo, à liberdade e a um tratamento igual perante as leis do país. Estudar História, portanto, é essencial para a formação cidadã.

1.2) TEMPOS DA HISTÓRIA

1.2.1) Tempo diário

-Os momentos de cada dia fazem parte do tempo diário e da rotina de cada um. Entretanto, o tempo diário não registra apenas as etapas de nossa rotina individual. Os minutos e as horas também interessam à História da humanidade.

-O tempo do relógio ordena os breves episódios de um dia, informando que acontecimento veio depois de outro.

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-Mas há sociedades para as quais os horários não são importantes, como alguns grupos indígenas da América. O que mais importa para essas sociedades é o ciclo anual de plantação, colheita e armazenamento dos alimentos, o que se faz de acordo com as estações do ano.

-Para algumas, o sol dá a medida do tempo: sol nascente, sol do meio-dia, pôr do sol, noite.

-Para outras, como algumas sociedades rurais que vivem da agricultura, o mais importante é o tempo da natureza, as estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.

1.2.2) Tempo histórico e fato histórico

-O tempo histórico é importante porque permite organizar compreender os fatos históricos.

-Fato histórico:

* episódio que teve repercussão para alguma sociedade em particular ou até mesmo para o mundo.

* dependendo do assunto que se quer conhecer, qualquer fato do passado pode ser considerado histórico.

-Os fatos históricos de maior repercussão são, em geral, aqueles ligados à política: revoluções, guerras, políticas de governos.

-Há também fatos sociais de grande interesse histórico, como as revoltas populares.

-Há fatos econômicos importantes para a sociedade, como as inflações, isto é, o crescente aumento dos preços, ocorridas em várias épocas.

-Há os fatos históricos ligados à tecnologia, como a invenção do telefone.

Há também os fatos da vida cultural das sociedades, como as comemorações, as festividades, as brincadeiras de roda e as apresentações de música e teatro.

1.2.3) Tempo do calendário

-No caso do tempo do calendário, o dia, o mês e o ano podem parecer detalhes, mas são importantes.

-Por meio dos registros cronológicos, podemos organizar os fatos históricos em uma linha do tempo e observar se há sequência e relação entre eles.

1.2.4) Tempo da cronologia

-A palavra cronologia é originada do nome do antigo deus Cronos. Significa uma sequência de fatos históricos organizados em uma linha do tempo.

-Um dos tipos de cronologia histórica é o que relaciona os fatos históricos de um mesmo assunto com os anos em que eles ocorreram.

-Dependendo do assunto, uma linha do tempo organizada em meses pode ser mais útil para se tiver uma ideia exata do que ocorreu.

-Também é possível organizar uma linha do tempo histórico a partir dos dias de determinado mês. Isso é válido quando examinamos um fato muito particular sobre o qual existem muitas informações.

1.2.5) Década, século, milênio

-A cronologia histórica também pode ser organizada em períodos mais longos: décadas, séculos e até milênios.

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-Década: é o período de dez anos.

-Século: é o período de 100 anos. É costume utilizar números romanos para escrever os séculos. O século I (1), por exemplo, começa no ano 1 e termina no ano 100. O século X (10) começa no ano 901 e termina no ano 1000. O século XXI (21) começou no ano 2001 e vai terminar em 2100.

-Milênio é o período de 1000 anos.

1.2.6) Antes e depois de Jesus Cristo

-Os historiadores adotaram o calendário cristão para definir a cronologia geral da História, usando como referência o ano de nascimento de Jesus de Nazaré. Esse é o ano 1 da chamada “Era Cristã”.

-Assim, os registros dos episódios anteriores ao nascimento de Jesus, seja na Grécia Antiga, seja no Egito Antigo, são sempre seguidos de a.C., abreviatura que significa “antes de Cristo”.

-As datas posteriores ao nascimento de Jesus podem ser acompanhadas por d.C. (depois de Cristo).

-Nas passagens de tempo que se encontram no período chamado “antes de Cristo”, a sequência se faz em ordem decrescente (do maior número para o menor).

-Já no período chamado “depois de Cristo”, a sequência se faz em ordem crescente (do menor número para o maior).

1.2.7) Períodos da História

-Os historiadores dividiram a História em cinco grandes períodos. São eles:

*Pré-História: corresponde aos vários milênios em que viveu a humanidade desde que ela surgiu no planeta. Trata-se do longo processo de formação da humanidade.

*Idade Antiga: corresponde ao período que vai do surgimento da escrita, no IV milênio a.C., até a queda do Império Romano, no ano 476.

*Idade Média: corresponde ao período que vai da queda do Império Romano do Ocidente, em 476, até a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, em 1453.

*Idade Moderna: corresponde ao período que vai da queda de Constantinopla, em 1453, até a Revolução Francesa, em 1789.

*Idade Contemporânea: corresponde ao período que vai da Revolução Francesa, em 1789, aos dias atuais.

-A divisão cronológica da História em cinco grandes períodos foi estabelecida por historiadores europeus do século XIX, que escolheram fatos de grande importância segundo o ponto de vista deles. Mas essa divisão não é satisfatória. Muita coisa mudou de lá para cá.

-A escolha do surgimento da escrita como critério para separar a Pré-História da História sugere que os povos sem escrita não tiveram ou não têm história.

-A expressão Idade Média, que só serve para separar a Idade Antiga da Idade Moderna, não explica nada.

-A expressão Idade Contemporânea, usada para cobrir o período que vai da Revolução Francesa aos dias de hoje, perdeu o sentido, pois foram muitas as mudanças ocorridas na história mundial desde então.

-O problema dessa periodização, entretanto, é o fato de que toda a história é pensada a partir da Europa. É uma periodização eurocêntrica.

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2) GRÉCIA ANTIGA:

2.1) INTRODUÇÃO

-os povos gregos se formaram a partir da miscigenação de vários outros povos, tais como os Indo-Europeus

(Aqueus, Eólios, Jônios e Dórios), os Egípcios, e os Minoicos (cretense). Quando os dórios invadiram a região, vários povos gregos se espalharam pela região do mediterrâneo. Esse início marca a transição do Período Pré-Homérico para o Período Homérico.

Palácio na antiga cidade de Cnossos, na ilha de Creta, que teria pertencido ao rei Minos.

-a pirâmide social de Creta era formada pelo rei e nobres, depois por mercadores e sacerdotes, seguia os artesãos, artistas e burocratas, depois agricultores e pastores, e na base os escravos.

-a forma de governo das terras gregas era uma aristocracia, ou seja, um governo nas mãos de poucos.

- a monarquia desapareceu após a chegada dos Dórios, gerando uma mudança na pirâmide social.

-as polis (ou póleis) começaram a se formar a partir do crescimento populacional. Ocorreu quase ao mesmo tempo em toda a Grécia. Essas são as famosas cidades-Estado.

-o poder político dos cidadãos era exercido na Ágora, praça central das cidades. Ou seja, era uma democracia direta.

-apenas os homens livres eram considerados cidadãos. Entre eles nobres, proprietários de terras, artesãos, comerciantes e pequenos proprietários. Portanto escravos, estrangeiros (metecos) e mulheres estavam fora da vida política.

-Duas cidades-Estado gregas se destacavam: Atenas e Esparta. Com a fundação das cidades-Estados gregas (ou as polis/póleis), se inicia o que a historiografia classifica como Período Arcaico.

2.2) ESPARTA

-fundada pelos povos dórios por volta do século IX a.C.

-chegou a dominar um terço de todo o Peloponeso.

-se manteve distante das outras polis e adotou um regime militar, com a criação de um exército permanente pronto para confronto a qualquer momento.

-relações sociais e econômicas baseada na subordinação do indivíduo ao Estado.

-divisão em três grupos: Esparciatas (descendentes dos dórios, únicos a ter direitos como cidadãos, se dedicavam à política e ao exército); Periecos (antigos habitantes, livres, mas submissos aos esparciatas, sem

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direitos políticos); e os Hiliotas (antigos habitantes que resistiram à dominação dos dórios e acabaram sendo escravizados).

-Esparta era governada por dois reis que concentravam os poderes militar, religioso e judiciário. Estes reis presidiram a Gerúsia que tinha a função de propor leis e julgar crimes. Era formada por vinte homens com mais de 60 anos de idade (os gerontes).

-assembleia do povo elegia os éforos com a função de fiscalizar a cidade, os funcionários e até mesmo os reis.

-Esparta formou a liga do Peloponeso, coordenando as cidades as quais se aliaram a ela.

2.3) ATENAS

-fundada pelos Jônios entre os séculos IX e VII aC. Inicialmente governada por um rei que também era sacerdote. Além dessa atividade, podem-se destacar outras como o polemarca que comandava a formças militares ou o arconte que era a principal autoridade civil. Esses eram escolhidos entre os eupátridas, integrantes da aristocracia ateniense.

-com o tempo a monarquia foi abolida, sendo o poder desenvolvido pelos polemarcas e arcontes com o auxílio dos eupátridas.

-a Eclésia (assembleia) elegia os governantes, aprovava as leis e decidia questões relacionado a paz e a guerra.

-grande desigualdade social: ricos enriqueciam, comerciantes e artesãos continuavam na miséria. Muitos eram transformados em escravos por dívidas.

-reformas de Sólon (a partir de 594 a.C.): perdoou os devedores, proibiu a escravidão por dívida, devolveu aos antigos donos as propriedades tomadas pelos grandes proprietários de terras, conferiu maiores poderes à Eclésia e instituiu um tribunal popular, a Bulé, que os juízes eram escolhidos por meio de sorteios entre os cidadãos, além de estabelecer o mesmo peso de votos para cidadãos sejam eles ricos ou pobres.

-essas mudanças geram um enfraquecimento da aristocracia, acentuação no governo de Psístrato que confiscou grandes propriedades, promoveu reforma agrária, promoveu obras públicas para gerar empregos, incentivou as artes e o comércio transformando Atenas na referência cultural, artística e comercial da Grécia.

-Clístenes (508-507 a.C.) dividiu a Ática em cem unidades criando as demos, reunindo indivíduos de diferentes clãs e diversas camadas sociais. Cada demo tinha seu demiarca, ou seja, chefe geral escolhido pelo povo.

-a assembleia era o principal órgão e se reunia a cada dez dias. Qualquer cidadão poderia pedir a palavra, expor sua opinião ou votar. Isso fez com que ocorresse o nascimento da democracia, que em grego significa governo da maioria.

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-mulheres, ex-escravos, escravos e estrangeiros também não eram considerados cidadãos, dessa forma eram privados dos direitos políticos. Mesmo que, essa parcela da população corespondesse à maioria.

-Atenas se tornou uma cidade-Estado organizada e coesa, proporcionando á seus cidadãos liberdade individual, igualdade perante a lei e o direito de se expressar nas assembleias.

2.4) GUERRAS GRECO-PÉRSICAS

-no final do século VI a.C, após o imperador persa decidir invadir o território grego, iniciou os conflitos que são conhecidos como guerras Greco pérsicas. Foram derrotados pelos atenienses já que os espartanos não participaram do confronto.

-Depois da morte de Dário, seu filho Xertxes decidiu enviar tropas novamente para a Grécia, sendo derrotados mais uma vez pelos espartanos e atenienses.

-em 448 a.C. os persas reconheceram sua derrota e a supremacia grega no Mediterrâneo oriental.

-Atenas liderou a formação da Liga de Delos que chegou a reunir duzentas cidades-Estado e se transformou em um império militar e econômico.

-as guerras Greco-persas são consideradas o marco de transição par ao Período Clássico.

Acrópole

Acrópole envolvida pela cidade de Atenas atualmente.

2.5) GUERRA DO PELOPONESO

-acontece quando a expansão do império ateniense entra em conflito com os interesses de espartanos e contribui para o acirramento político e econômico entres as duas cidades-Estado.

-oposição formada pela Liga de Delos versus Liga do Peloponeso.

-o conflito durou cerca de vinte e sete anos quando os espartanos ajudados pelos persas derrotaram os atenienses.

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-anexação das possessões ultramarinas à Esparta e imposição de um governo pró-espartano.

-em 403 a.C. uma rebelião reestabelece a democracia em Atenas.

-em 395 a.C. outras cidades como Argos, Corinto e Tebas se rebelaram contra Esparta que vai perdendo poderio.

-em 377 a.C., o general de Tebas declarou guerra à Esparta que foi vencida pelos tebanos.

-Tebas por quase um século foi a cidade mais importante da Grécia, mas entrou em um período de anarquia, transformando a Grécia em presa fácil para os inimigos.

-a partir desse momento começava a invasão e dominação feita pelos povoa macedônicos.

2.6) QUEDA

-os macedônicos vieram de uma região ao norte da Grécia já sabendo do enfraquecimento das cidades-Estado gregas, com tropas comandadas por Felipe II.

-Alexandre começou a governar o território após a morte de Felipe. Inicialmente enfrentou resistência grega por causa da dominação.

-decidiu atacar a Pérsia com um grande exército e armas. Venceu e começou a expansão das dominações macedônicas, chegando até ao Egito e a Mesopotâmia.

-por seus feitos ficou conhecido como “Alexandre, o grande” ou “Alexandre Magno”.

-não deixou herdeiros e após sua morte seu império começou a se desestabilizar, sendo dividido em três reinos: o Egito, a Macedônia e a síria.

-uma nova potência surgia na região do mediterrâneo. Era Roma que em 148 a.C. dominou a Macedônia e dois anos depois dominou a Grécia, formando assim um novo império.

-a chegada, e dominação de Alexandre no mundo grego marca a transição para o Período Helenístico.

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Alexandre, o grande.

2.7) FILOSOFIA

-uma das heranças da Grécia antiga é a Filosofia, ou “o amor à sabedoria”.

-entre seus grandes nomes tem Sócrates (469-399 a.C.), que acreditava que a felicidade dependia de levar uma vida baseada na moral, e que essa moral poderia ser ensinada. Ele também acreditava que virtude é conhecimento, dessa forma a maldade é ignorância.

-Outra grande figura filosófica é Platão (427-347 a.C.) que foi aluno de Sócrates. Platão estudou sobre a ética, que este questiona o conceito de justiça e expõe o governo ideal de acordo com sua concepção.

-Por fim, temos Aristóteles (384-322 a.C.) que foi discípulo de Platão e o primeiro filósofo que separou a filosofia das outras ciências. Inventou o primeiro sistema de lógica, estabeleceu as ciências biológicas e zoológicas, fundou a sua própria universidade e esteve como um dos primeiros cientistas políticos. Além de ter educado Alexandre, o grande e criado neste uma mente tipicamente grega.

Sócrates Platão

Aristóteles

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3) ROMA

3.1) SURGIMENTO DE ROMA

-provavelmente se originou dos povos etruscos, mas também existe a lenda contada pelo poeta Virgílio, em que dois irmãos, Rômulo e Remo, seriam os fundadores da cidade e que depois de crescidos Rômulo seria o primeiro rei de Roma.

-a região onde se localizava Roma haveria crescido o suficiente para despertar interesse aos etruscos, que após o domínio eles haveriam expandido seu território e completado o processo de urbanização, se tornando uma das mais importantes cidades-Estado da região.

-domínio das atividades comerciais, incorporação de costumes etruscos como a religião, desenvolvimento urbano, alfabeto.

-período que a sociedade romana foi governada por reis: pouco se sabe

Dividida em três classes: patrícios (aristocracia; privilégios), clientes (ex-escravos ou filhos de escravos já nascidos livres; dependiam do auxílio econômico e da proteção dos patrícios), plebeus (homens livres; pequenos proprietários, comerciantes, artesãos, camponeses) e escravos (homens de guerras)

O poder era limitado ao senado, mesmo o rei estando presente.

-agricultura baseada em atividades agropastoris; trabalho escravo pouco significativo.

-governo monárquico e o predomínio era dos patrícios.

3.2) REPÚBLICA ROMANA

-em 509 a.C, a monarquia foi substituída por um poder republicano aristocrático que ainda mantinha a detenção de todos os poderes para os patrícios

Magistrados: comando militar, religioso, judicial e real. Senado como congresso vitalício, sendo os novos membros selecionados pelos antigos integrantes –

poder de veto sobre a assembleia, controlava o território público, zelava pela tradição e religião, supervisionava as finanças do Estado, conduzia a política externa, e caso de crise indicava um ditador (poder absoluto, mas limitado a seis meses).

Assembleias: tribunais que decidiam sobre paz e guerras

-conquistas com o objetivo de tornar o mar mediterrâneo totalmente dominado por Roma – conquistam de toda a península itálica, Cartago, Grécia, Egito, macedônia e a península ibérica.

-as guerras provocaram um grande enriquecimento de Roma, levando a acentuação das diferenças sociais.

-falta de representação dos plebeus que os levou a fazer uma greve exigindo representação e contrários ao que estava vigente

Conquista: lei das 12 tábuas

*Principais conquistas dos plebeus

Período: Conquista: Significado

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494 a.C Tribunos da Plebe (eleito pela Assembleia Centuriata)

Poder de veto às leis propostas pelo Senado

471 a.C Assembleia da Plebe Eleger s tribunos da plebe

450 a.C Lei das Doze Tábuas Fixação e publicação das leis tradicionais

445 a.C Lei Canuléia Liberdade de casamento ente patrícios e plebeus

367 a.C Lei Licínia Sextia Abolição da escravidão por dividas, limitação da posse de terras públicas.

366-300 a.C

Acesso às magistraturas Direito de assumir qualquer cargo no Estado

287 a.C Lei Hortência plebiscito Leis votadas na Assembleia da plebe valeriam para todo o Estado.

-helenização de Roma: inclusão de aspectos culturais da Grécia, como os valores filosóficos, literatos, científicos, práticas esculturais, religião e práticas dos deuses oriundos da Grécia, vocabulário.

-Guerras púnicas: confronto contra Cartago (norte da África)

Nome: Período: Vantagem obtida pelos romanos

Primeira Guerra Púnica

264-241 a.C

Roma recebe indenizações e o controle da Sicília, Córsega e Sardenha.

Segunda Guerra Púnica

218-202 a.C

Roma conquista a Espanha, recebe pesadas indenizações esse apossa da frota cartaginesa.

Terceira Guerra Púnica

149-146 a.C

Conquista e destrói Cartago.

-essas conquistas forma importantes para a consolidação do poder romano

-Tibério Graco: em 133 a.C fez votar uma lei que limitava a quantidade de terras publicas que um cidadão poderia ter, o que ultrapassasse deveria ser devolvido ao Estado. Sua proposta inflamar a plebe, despertar ira dos latifundiários. O projeto foi aprovado, mas com a morte, houve um retardamento para que este não fosse colocado em prática.

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-Caio Graco: 123 a.C se elegeu tribuno, em seu programa inseria a reforma agrária do irmão ampliando para as colonizações fora da região de Roma; aprovou a lei do pão (Frumentária) que o Estado ficaria encarregado de vender trigo pela metade do preço para os cidadãos romanos; subtraiu atribuições publicas dos senadores transferindo para os cavaleiros. Perdeu quando foi coceder cidadania aos povos italianos.

Também foi assassinado – crise no sistema republicano.

-ascensão do primeiro triunvirato (governo concentrado em três figuras, sem necessidade de interferência do Senado): Júlio Cesar, Pompeu e Crasso. Os dois últimos morreram, sobrando César. Criou o mês de ‘Julho’, criou o título de Cesar. Deu um novo caráter para o sistema republicano, a personificação do poder. Foi morto a punhaladas em plena sessão do senado, por causa da ameaça que ele queria acabar com a república e proclamar-se rei.

Júlio César.

-segundo triunvirato: Marco Antônio, Otávio e Lépido. Marco Antônio invade o Egito, e passa a viver com Cleópatra, controlando Alexandria; entra em conflito contra Otávio, e acaba se suicidando. Otávio concentrou mais poder que os outros dois e acabou recebendo o título de augusto (o divino) e imperador.

Otávio Augusto

3.3) IMPÉRIO ROMANO

-inicio com Otávio Augusto, no período de ascensão do império romano. Cessaram as conquistas, o que provocou escassez de escravos. Foi no seu reinado que nasceu Jesus, em Belém de Judá.

-abrangia grande parte da atual Europa, o norte da África, terras asiáticas e próximas ao Mediterrâneo.

-Otávio destituiu o cargo dos senadores, perdoou as dívidas dos camponeses para com o governo, criou o tribunal das pequenas causas para agilidade da justiça, distribuiu alimento e dinheiro para a população, e incentivou espetáculos públicos.

Política do pão e circo: presente desde o período republicano -forma de manter a população apoiando o imperador, concedendo diversão (grandes espetáculos de gladiadores) e alimentação (trigo) – construção de enormes arenas, com exibição de animais ferozes, brigas, confrontos em sua maioria sangrentos – popularidade do imperador com as classes mais baixas – inicialmente tinham caráter religioso,mas essa importância foi perdendo espaço para a diversão.

Coliseu, uma das arenas para diversão da população.

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Coliseu inserido no cotidiano de Roma atualmente.

-após Otávio Augusto, assume Tibério (14-37 d.C) – período em que Jesus é crucificado; e Calígula (37-41 d.C) – nomeia seu cavalo como oficial do exército; Claudio (41-54 d.C) que envenenou a própria mulher

para que Nero assumisse; e Nero (54-68 d.C) -ateia fogo em Roma, perseguidor implacável de cristãos.

-esplendor do império com as dinastias dos Flávios (69-96 d.C) e Antoninos (96-192 d.C), surgimento de novas cidades, estilo de vida romano sendo adotado por outras localidades, condições de vidas nas províncias se tornando boas – pax

romana – mas sofreu de epidemias, incêndios, destruição de cidades como Pompeia, Herculano e Estábia (vulcão Vesúvio, 79 d.C)

Nero

-crise: inflação falta de mão de obra, ascensão do cristianismo abalam as estruturas do império – congelamento dos preços, lei do colonato (fixação de pessoas no campo), início do trabalho servil.

-Constantino põe fim às perseguições religiosas e reconhece o cristianismo como religião, que abala ainda mais o império já que o cristianismo pregava a igualdade e o império se baseava na escravidão.

-Teodósio divide o império em duas partes: ocidental (capital em Roma) e oriental (capital em Bizâncio, mais tarde Constantinopla, atualmente Istambul; sob o comando de Maximiano).

-invasões bárbaras e o império ocidental cai em 476 d.C quando o ultimo imperador, Rômulo Augusto, é derrubado. O império oriental só cai e 1453 com a tomada dos turcos-otomanos.