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1 NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.782 BELO HORIZONTE, 06 DE ABRIL DE 2018. www.bhauditores.com.br www.bornsolutions.com.br "Tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. O resto é secundário" Steve Jobs RECEITA LIBERA CONSULTA A LOTE DE RESTITUIÇÕES DA MALHA FINA ........................................................................ 2 UNIÃO PODERÁ AMPLIAR BLOQUEIO DE BENS DE SÓCIOS DE EMPRESAS ..................................................................... 2 PGFN DISCUTE REGULAMENTAÇÃO DE PENHORAS ....................................................................................................... 4 MINISTÉRIO QUER JURO MENOR PARA CRÉDITO RURAL ............................................................................................... 5 GOVERNO VAI ANALISAR IMPOSTO SOBRE BANCOS ..................................................................................................... 6 CUSTO DE TARIFA SOCIAL NAS CONTAS DE LUZ ATINGE R$ 2,4 BI NO ANO ................................................................... 7 DETRAN-MG DEFINE PRAZO DE LICENCIAMENTO ANUAL DE VEÍCULOS ........................................................................ 9 CONFAZ APROVA REDUÇÃO DO ICMS DA ALIMENTAÇÃO ........................................................................................... 10 RECEITA ABRE NA SEGUNDA-FEIRA (9/4) A CONSULTA AO LOTE RESIDUAL DE RESTITUIÇÃO MULTIEXERCÍCIO DO IRPF DO MÊS DE ABRIL DE 2018........................................................................................................................................... 11 PIS/COFINS – VEDADO CRÉDITO EM RELAÇÃO AOS DISPÊNDIOS COM VALE-TRANSPORTE EM PECÚNIA .................... 12 EMPREGADORES DOMÉSTICOS TÊM ATÉ HOJE PARA PAGAR GUIA DE MARÇO DO ESOCIAL ....................................... 13 NEGADA ESTABILIDADE A DIRIGENTE SINDICAL QUE INFORMOU CONDIÇÃO TARDIAMENTE AO EMPREGADOR ........ 13 Sumário

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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.782

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"Tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. O resto é secundário"

Steve Jobs

RECEITA LIBERA CONSULTA A LOTE DE RESTITUIÇÕES DA MALHA FINA ........................................................................ 2

UNIÃO PODERÁ AMPLIAR BLOQUEIO DE BENS DE SÓCIOS DE EMPRESAS ..................................................................... 2

PGFN DISCUTE REGULAMENTAÇÃO DE PENHORAS ....................................................................................................... 4

MINISTÉRIO QUER JURO MENOR PARA CRÉDITO RURAL ............................................................................................... 5

GOVERNO VAI ANALISAR IMPOSTO SOBRE BANCOS ..................................................................................................... 6

CUSTO DE TARIFA SOCIAL NAS CONTAS DE LUZ ATINGE R$ 2,4 BI NO ANO ................................................................... 7

DETRAN-MG DEFINE PRAZO DE LICENCIAMENTO ANUAL DE VEÍCULOS ........................................................................ 9

CONFAZ APROVA REDUÇÃO DO ICMS DA ALIMENTAÇÃO ........................................................................................... 10

RECEITA ABRE NA SEGUNDA-FEIRA (9/4) A CONSULTA AO LOTE RESIDUAL DE RESTITUIÇÃO MULTIEXERCÍCIO DO IRPF

DO MÊS DE ABRIL DE 2018 ........................................................................................................................................... 11

PIS/COFINS – VEDADO CRÉDITO EM RELAÇÃO AOS DISPÊNDIOS COM VALE-TRANSPORTE EM PECÚNIA .................... 12

EMPREGADORES DOMÉSTICOS TÊM ATÉ HOJE PARA PAGAR GUIA DE MARÇO DO ESOCIAL ....................................... 13

NEGADA ESTABILIDADE A DIRIGENTE SINDICAL QUE INFORMOU CONDIÇÃO TARDIAMENTE AO EMPREGADOR ........ 13

Sumário

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RECEITA LIBERA CONSULTA A LOTE DE RESTITUIÇÕES DA MALHA FINA

Fonte: Valor Econômico. A Receita Federal abre às 9h desta segunda-feira (9) a consulta ao lote

multiexercício de restituição do Imposto de Renda.

A consulta contemplará as restituições residuais - declarações que estavam presas na malha fina

- referentes aos anos de 2008 a 2017. As declarações estavam presas devido a incorreções ou

inconsistências nas informações prestadas pelos contribuintes. Com a retificação, o dinheiro é

liberado. As restituições serão corrigidas pela Selic.

Mais de 78 mil contribuintes serão contemplados. Os depósitos, que somam R$ 180 milhões,

serão feitos no dia 16 de abril.

Os montantes para cada exercício e taxa Selic aplicada podem ser consultados no site da Receita

Federal.

Para saber se sua declaração foi liberada, o contribuinte pode fazer uma consulta no site ou

aplicativo da Receita ou ligar para o Receitafone (146).

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência

do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001

(capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo

para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu

nome, em qualquer banco.

UNIÃO PODERÁ AMPLIAR BLOQUEIO DE BENS DE SÓCIOS DE EMPRESAS

Fonte: Valor Econômico. A prática de bloqueio de bens de sócios e administradores sem a

necessidade de autorização judicial poderá ser ampliada pela União. A medida, utilizada até

então apenas em casos de dissolução irregular de empresas, ganhou força com a derrubada pelo

Congresso Nacional dos 24 vetos do presidente Michel Temer (PMDB-SP) à Lei nº

13.606/2018. Antes da alteração pelos parlamentares, o procedimento estava previsto na

norma somente para o patrimônio de empresas.

Um aumento no uso dessa ferramenta deve ocorrer porque o artigo 20-D da Lei nº 13.606,

antes vetado, cria um procedimento administrativo que possibilita à União, ao verificar indícios

de atos ilícitos, apurar a responsabilidade de terceiros por débito inscrito em dívida ativa. O

bloqueio de bens de empresas sem autorização judicial está previsto no artigo 20-B da mesma

lei, que entra em vigor em junho.

A derrubada dos vetos, que ocorreu esta semana, é vista com bons olhos pela Procuradoria-

Geral da Fazenda Nacional (PGFN) por fortalecer a cobrança dos créditos da União. Por nota, o

órgão afirma que o procedimento de corresponsabilização administrativa - que alcança bens de

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terceiros - já vem sendo efetuado, com base na Portaria PGFN nº 948, de 2017, "sempre

respeitando os direitos fundamentais do contribuinte ao contraditório e à ampla defesa."

Contudo, a portaria é específica para casos de dissolução irregular de empresa devedora,

enquanto a lei é abrangente. Mas para a PGFN poder notificar terceiros para prestar

depoimentos e pedir informações, perícias e documentos de autoridades federais, estaduais e

municipais sobre terceiros, conforme estabelece o artigo 20-D, será necessária prévia

regulamentação, segundo a procuradoria.

O presidente Temer havia vetado o artigo 20-D porque "o dispositivo cria um novo

procedimento administrativo, passível de lide no âmbito administrativo da PGFN". Além disso,

segundo as razões do veto, a proposta não deixa claro o seu escopo, nem os limites das

requisições, tampouco os órgãos afetados. "Assim, ao carecer de maior detalhamento, o

dispositivo traz insegurança jurídica", diz o texto do veto.

Para tributaristas, a derrubada do veto ao artigo 20-D traz mais insegurança jurídica. "O artigo

20-B instituiu a penhora de bens e esse outro dispositivo cria a possibilidade de responsabilizar

terceiros sem a necessidade de medida judicial. Congregando as duas medidas, poderão ser

bloqueados bens de sócios e diretores", afirma a advogada Valdirene Franhani Lopes, do

escritório Braga & Moreno Advogados e Consultores.

Segundo Valdirene, o artigo antes vetado cria um procedimento próprio para a PGFN

responsabilizar terceiros, meramente por indício de ato ilícito, como um planejamento tributário

visto pela fiscalização como simulação. "Cria um ambiente de investigação distante do processo

judicial.”

O dispositivo, de acordo com o diretor jurídico da Federação das Indústrias do Estado de São

Paulo (Fiesp) Hélcio Honda, dá margem para o Fisco interpretar que pode bloquear bens de

sócios e administradores responsáveis por ato ilícito. A Fiesp é amicus curiae (participa como

interessadas na causa) em uma das quatro ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) que

questionam o artigo 20-B.

O artigo foi regulamentado, no início de fevereiro, pela Portaria nº 33 da PGFN. A norma permite

ao devedor apresentar bens em garantia para evitar o bloqueio compulsório e impõe um prazo

de 30 dias para a PGFN entrar na Justiça com execução fiscal após aplicar a medida, sob risco

de liberação do bem. "Talvez essa portaria seja revisada para regulamentar também o artigo 20-

D", diz Honda.

Para o advogado Fabio Calcini, do escritório Brasil Salomão & Matthes Advocacia, que participou

ontem de audiência pública para debater com a PGFN e a Receita Federal a regulamentação da

penhora (ver abaixo), somente o Judiciário poderia reconhecer ato ilícito e permitir a constrição

dos bens de sócio ou administrador considerado como responsável solidário por débito

tributário. "Esse dispositivo abre a possibilidade de a PGFN buscar bens de terceiros na esfera

administrativa. É tão inconstitucional quanto o artigo 20-B", afirma.

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A PGFN já tende a responsabilizar terceiros com base em meros indícios, segundo a advogada

Daniela Zagari, do Machado Meyer Advogados. "Com essa norma, fica mais legitimada a fazê-

lo", diz. Porém, a tributarista critica a responsabilização administrativa de terceiros após

procedimento investigativo unilateral. "O processo investigativo deve obedecer o princípio

constitucional do devido processo legal, ou seja, no Judiciário, com direito de defesa. É um

contrassenso que a investigação seja feita pela própria parte interessada", diz.

A tributarista defende também, como já alegado nas Adins que contestam o artigo 20-B no

Supremo Tribunal Federal (STF), que matéria tributária é privativa de lei complementar - a Lei

nº 13.606/2018 é ordinária.

PGFN DISCUTE REGULAMENTAÇÃO DE PENHORAS

Fonte: Valor Econômico. Advogados e representantes de empresas e da sociedade civil

participaram ontem de debate promovido pela ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN)

sobre a regulamentação do bloqueio de bens de devedores inscritos na dívida ativa da União,

sem a necessidade de decisão judicial. Já há ao menos quatro ações diretas de

inconstitucionalidade (Adins) contra a medida e algumas empresas chegaram a obter liminares

para impedir a aplicação do dispositivo.

Instituído por meio da Lei nº 13.606, de 2018, e regulamentado pela Portaria nº 33 da PGFN,

o mecanismo começará a ser aplicado em junho.

Representante da Associação Brasileira de Advocacia Tributária (Abat), o advogado Fabio Calcini

lembrou que o ideal seria a audiência pública ter ocorrido antes da edição da lei e da portaria.

Mas achou saudável essa abertura para diálogo.

Para o tributarista, além de permitir o parcelamento do débito inscrito na dívida ativa ou o

oferecimento de bens em garantia, o devedor também deveria poder ofertar precatórios

próprios ou créditos tributários que tem a receber por meio de pedidos de ressarcimento - de

IPI ou PIS/Cofins, por exemplo.

De acordo com a advogada Daniella Zagari, do Machado Meyer Advogados, que representou o

Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa) no evento, a portaria avança ao permitir

o oferecimento de bens imóveis como garantia da dívida tributária, mas pode ser aprimorada.

"Se for demorar 30 ou 60 dias para a garantia ser aceita pela PGFN, a medida pode ser inócua.

Isso porque o contribuinte não pode esperar para obter uma Certidão Negativa de Débitos

(CND)", diz. Daniela propôs como alternativa a concessão de CND no momento da entrega da

garantia.

O diretor jurídico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Hélcio Honda,

sugeriu também que, enquanto a PGFN faz a análise, o contribuinte possa apresentar pedido

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para suspender a exigibilidade do crédito no período. "Também seria interessante a portaria

descrever melhor o tipo de imóvel que será aceito", afirma. Para Honda, como descrito na

norma, o critério abre margem a várias interpretações. "Também pedimos a prorrogação da

vigência da portaria."

MINISTÉRIO QUER JURO MENOR PARA CRÉDITO RURAL

Fonte: Valor Econômico. O Ministério da Agricultura propôs à equipe econômica do governo

um corte de 2 pontos percentuais para as taxas de juros das linhas para custeio do Plano Safra

2018/19 e de 2,5 pontos percentuais nas linhas de investimento, apurou o Valor.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, esteve recentemente com o ministro da Fazenda,

Henrique Meirelles, tratando do tema. As propostas do Ministério da Agricultura encontram

resistência na equipe econômica, conforme apurou a reportagem.

O desejo do Ministério da Agricultura é que as taxas de juros das operações de custeio - as mais

demandadas pelo setor empresarial da agricultura - caiam para 6,5% por ano na safra 2018/19,

que começa oficialmente em julho próximo. No Plano Safra 2017/18, que está em vigor, a taxa

das linhas de custeio é de 8,5% por ano.

Além disso, a Pasta também propôs à equipe econômica reduzir o custo dos contratos de

investimentos para até 4% ao ano no caso das linhas PCA (armazenagem) e Inovagro (inovação).

Atualmente, as taxas de juros das duas linhas são de 6,5%.

No caso do Programa ABC (linhas para recuperação de pastagens) e do Moderinfra (irrigação),

a intenção do Ministério da Agricultura é reduzir a taxa de juros de 7,5% ao ano para 5%.

Do outro lado, o Ministério da Fazenda resiste a reduzir os juros dos financiamentos ao

agronegócio para um patamar abaixo da taxa básica de juros (Selic), que está em 6,5% ao ano.

O argumento da Fazenda é que essa taxa de referência da economia já está em um nível "baixo

demais", o que dificulta que os juros dos empréstimos rurais sejam inferiores à Selic, como tem

sido a tônica no histórico recente. O Ministério da Fazenda vem observando ainda que os juros

do Plano Safra sempre ficavam em patamares mais baixos porque o Brasil historicamente

manteve juros altos. Além disso, o ministério quer evitar mais gastos com a equalização com as

taxas de juro do crédito rural.

Dentro da estratégia já acionada pela Agricultura também está uma tentativa de antecipar o

corte de até 2,5 pontos nos juros do crédito rural ainda no anosafra 2017/18, que está em vigor

até junho deste ano. O ministério quer que o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorize

essas novas taxas menores em sua próxima reunião, no fim de abril.

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Se a solicitação do ministério for atendida pelo CMN, a autorização ocorreria antes da Agrishow,

maior feira agropecuária do país, e termômetro para o mercado de máquinas agrícola, que

acontece em Ribeirão Preto (SP), entre 30 de abril a 4 de maio.

O pedido para redução das taxas partiu da indústria de máquinas agrícolas, que espera que uma

redução antecipada das taxas de juros estimule suas vendas antes mesmo de acabar a

temporada 2017/18. O setor de máquinas entende que há um risco de os produtores segurarem

as compras de maquinário até junho à espera de uma queda nas taxas somente a partir de julho,

quando se inicia oficialmente o Plano Safra 2018/19.

A antecipação da queda de juros com a safra em vigor seria inédita e encontra dificuldades de

ser aprovada pela equipe econômica do governo, até pelo curto prazo - faltam apenas pouco

mais de dois meses para acabar a atual Safra 2017/18.

Ainda conforme apurou o Valor, o Ministério da Agricultura deve se contentar com um volume

de recursos para o Plano Safra 2018/19 em patamar semelhante ao do atual plano, no qual

foram disponibilizados R$ 188 bilhões para o crédito agrícola.

GOVERNO VAI ANALISAR IMPOSTO SOBRE BANCOS

Fonte: Valor Econômico. O governo terá que analisar neste ano como proceder sobre a

tributação aplicada a instituições financeiras a partir do ano que vem. A lei que aumentou de

15% para 20% a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dessas empresas vale apenas

até 31 de dezembro de 2018. Com isso, o governo deve perder cerca de R$ 5 bilhões em

receitas no Orçamento.

Apesar de o assunto ainda não estar abertamente em discussão, e não haver decisão sobre

estender ou não a tributação mais elevada (de 20%), uma fonte da equipe econômica diz que o

tema será inevitavelmente debatido para a formatação do Projeto de Lei Orçamentária Anual

(Ploa) de 2019, a ser enviado ao Congresso até agosto. O governo deverá chegar a uma

conclusão sobre o montante de receitas a serem usadas no documento e uma das variáveis é

justamente esse tema.

A questão veio à tona, porque isso, junto com a elevação do Reintegra de 2% para 3%, impactou

negativamente a projeção de receitas para o ano que vem, que está sendo considerada para as

definições relativas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), o "pré-Orçamento"

que tem que ser enviado até o dia 15.

Uma ala do governo queria elevar a meta fiscal no documento (reduzir o déficit previsto de R$

139 bilhões), mas a iniciativa tem dificuldades exatamente pela constatação de perda de receitas

como essa.

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Apesar de ser um recurso que fará falta para o governo, que em 2019 teria o sexto ano de

déficit primário seguido, já há na área econômica quem considere que não é o caso de se propor

a renovação desse tributo. A visão é que a carga tributária no país é muito elevada, em especial

para o setor bancário, que teria hoje quase metade do lucro taxado, o que afeta questões como

o spread bancário - diferença entre o custo de captação dos bancos e o custo arcado pelos

clientes das instituições.

Além da análise técnica sobre se deve ou não propor a renovação, a equipe econômica também

já começa a levantar considerações de natureza política. Como a medida depende de respaldo

do Congresso Nacional, que tem se mostrado cada vez mais refratário às medidas de ajuste

fiscal, o cenário é visto como praticamente intransponível.

A avaliação interna é que o calendário legislativo está apertado principalmente por causa das

eleições deste ano e que qualquer alteração tributária demandaria um grande esforço por parte

do Executivo. Até mesmo a desoneração da folha de pagamento, algo que a equipe econômica

acreditava encontrar mais respaldo, encontrou dificuldades entre os parlamentares.

A elevação da tributação para o setor financeiro foi aprovada em 2015 e havia sido proposta

por medida provisória assinada pelo Ministério da Fazenda, na época comandado por Joaquim

Levy (no governo de Dilma Rousseff). O Executivo vinha tentando implementar uma série de

medidas voltadas ao aumento de receita, como a volta da Contribuição Provisória sobre

Movimentação Financeira (CPMF), iniciativa frustrada pelo Congresso.

Na exposição de motivos sobre o aumento da CSLL sobre bancos, que foi aprovada mediante

negociação com a oposição, o Executivo mencionou que a mudança decorria da necessidade de

adequar a tributação incidente sobre o setor financeiro, tornando-a compatível com sua

capacidade contributiva".

A proposta contribuiu com receitas "extras" para os cofres públicos ao longo de quatro anos.

De acordo com a proposta original, de 2015, houve um aumento de arrecadação estimado em

aproximadamente R$ 995 milhões para 2015, R$ 3,7 bilhões para 2016 e R$ 4 bilhões para

2017 (valores da época).

A proposta foi relatada no Congresso pela senadora Gleisi Hoffmann (PTPR). O texto aumentou

a alíquota de CSLL de 15% para 20% sobre bancos, mas ganhou prazo de validade por uma

demanda do PMDB e da oposição, em uma derrota do governo de então. Por isso, o tributo

volta a ser de 15% a partir de janeiro de 2019.

CUSTO DE TARIFA SOCIAL NAS CONTAS DE LUZ ATINGE R$ 2,4 BI NO ANO

Fonte: Valor Econômico. Presentes nos principais serviços públicos, as tarifas sociais - preços

diferenciados para consumidores de baixa renda - vão custar este ano R$ 2,44 bilhões apenas

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aos clientes das distribuidoras de energia elétrica. No setor de saneamento, todas as

concessionárias de serviços de água e esgoto estaduais, privadas e municipais de grande porte

praticam em alguma medida subsídios para usuários de menor poder aquisitivo, custeados por

meio da cobrança de valores mais altos de outros segmentos. Até distribuição de gás encanado,

em cidades como São Paulo e Rio tem tarifas especiais para aposentados e clientes de menor

renda.

Entre as 15 empresas que integram a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de

Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), todas assinaram contratos que incluem tarifas

subsidiadas para clientes de baixa renda. "O enquadramento de clientes na tarifa social varia

entre 5% a 10% do número total de consumidores", estima Carlos Eduardo Castro, diretor da

associação.

Só na área de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), controlada pelo

governo fluminense cuja área de atuação abrange 64 municípios, 12,3% dos 1,96 milhões de

matrículas residenciais atendidas pela companhia pagam a tarifa social. Avaliar a dimensão desse

subsídio no setor de saneamento é tarefa de difícil execução, sustenta Leonardo Campos,

sóciodiretor da consultoria Siglasul.

"Não existe um encargo único para custear o saneamento", diz Campos. "É difícil de [o subsídio]

ser transparente porque é uma conta feita por dentro da estrutura tarifária. Os subsídios

cruzados é que custeiam a tarifa social". Isso significa que algumas categorias de clientes

(industrial, comercial e público, por exemplo) pagam mais para que outros possam usufruir da

tarifa social. Mesmo assim, nem sempre as contas fecham.

Diagnóstico feito a partir de dados de 1.641 prestadores participantes do Sistema Nacional de

Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, indica que em 14 dos 27

Estados (incluindo DF) as despesas médias com os serviços eram superiores às tarifas médias

praticadas em 2016.

No caso do setor elétrico, o montante destinado para custear a tarifa social é estimado

previamente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) - para este ano, os subsídios

embutidos na conta de energia totalizam R$ 2,44 bilhões. "Precisamos separar o que é política

social e o que é atribuição do setor elétrico", afirma Nelson Leite, presidente da Associação

Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), que vê na tarifa diferenciada um

mecanismo de distribuição de renda. "Em princípio, se é uma tarifa social, deveria ser paga com

dinheiro do Tesouro e não com recursos da conta de luz."

No Chile, por exemplo, famílias de baixa renda recebem subsídio com recursos públicos para

custear despesas com saneamento básico, diz Campos, da Siglasul. Ao retirar esses valores da

conta, a tendência é de queda na tarifa média. Levantamento feito pela Abradee, com base em

dados de maio de 2016, indica que sem os subsídios que tornam possíveis os descontos de

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cunho social, a tarifa residencial seria 8% mais baixa no Nordeste. No Norte, a diferença é de

5%.

Embora bem menos frequente do que nos setores de energia e saneamento, a tarifa social

também está presente no segmento de distribuição de gás canalizado. Na região metropolitana

do Rio de Janeiro, atendida pela CEG, 2,8% dos 940 mil clientes usufruem do subsídio, enquanto

no interior do Estado (área da CEG Rio) o percentual é de 1% de um total de 74 mil. A Comgás,

que atua na Grande São Paulo, tem programa de desconto na tarifa para aposentados que

consumam até sete metros cúbicos de gás por mês.

Muito mais difundido entre os consumidores residenciais, o botijão de Gás Liquefeito de

Petróleo (gás de cozinha) de 13 quilos chegou a ficar um longo período sem reajuste. "A prática

de preços domésticos sempre inferiores aos preços internacionais denotava o controle de

preços, para além de uma política energética e social, visando metas de cunho político e

inflacionário", diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Única produtora e importadora de GLP no país, a Petrobras anunciou em junho do ano passado

uma nova política de preços para o botijão de 13 quilos, com correções mensais de preços.

Posteriormente, a periodicidade dos ajustes passou a ser trimestral.

Mesmo com as mudanças, o preço do gás para uso residencial continua a ser menor que a do

GLP para uso industrial e comercial. Considerando preços médios ponderados da semana entre

12 e 18 de março, divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço de refinaria do

botijão de 13 quilos estava 21% menor do que o preço do GLP destinado a outros usos no fim

de março, estima Pires. Em tese, a diferença de preços está em conformidade com a resolução

nº 4 do Conselho Nacional Política Energética (CNPE), de 2005, que "reconhece como de

interesse para a política energética nacional a prática de preços diferenciados" para o GLP. "A

Petrobras alega que pratica diferenciação de preços baseada na resolução do CNPE. Para mim,

pratica subsídio cruzado", diz Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindicato das Empresas

Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás). O cálculo do valor integral do subsídio

exigiria acesso a dados de custos de produção do produto pela companhia, que não são

divulgados.

DETRAN-MG DEFINE PRAZO DE LICENCIAMENTO ANUAL DE VEÍCULOS

Fonte: Agência Minas Gerais. Órgão alerta que conduzir veículo que não esteja registrado e

devidamente licenciado é infração gravíssima. Situação do veículo pode ser consultada no site

do departamento.

A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-

MG), definiu os prazos para renovação do Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos

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(CRLV) em 2018. Este ano, os proprietários de veículos com final de placas 1, 2, 3, 4 e 5 poderão

portar o CRLV/2017 até o dia 30 de junho, para os finais 6,7,8, 9 e 0, o prazo é 31 de julho.

Os donos de veículos devem ficar atentos aos prazos, pois, de acordo com o Código de Trânsito

Brasileiro (CTB), o veículo é considerado licenciado somente após a quitação dos débitos do

Imposto de Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), Seguro Obrigatório, Licenciamento e

multas. Atualmente, em Minas Gerais existem mais de 9,2 milhões de veículos registrados em

condições de licenciamento. No entanto, de acordo com o dado mais recente do Detran-MG,

cerca de 53% destes veículos tem alguma pendência registrada no sistema do órgão.

Quem está em atraso com os tributos pode fazer o pagamento nas redes bancárias credenciadas

ou, ainda, por meio de parcelamento em cartão de crédito nos postos credenciados ao Detran-

MG.

Quando todos os débitos estiverem quitados, o CRLV será enviado pelos Correios, com Aviso

de Recebimento (AR). Havendo irregularidade cadastral, o documento não será emitido, e o

proprietário será informado, desde que o endereço esteja atualizado no sistema do Detran-MG.

Após três tentativas de entrega não realizadas, o documento será encaminhado para a Unidade

de Atendimento Integrado (UAI), nos municípios onde existem estes postos. Nas demais cidades,

o documento fica disponível ao proprietário do veículo nas Delegacias de Trânsito.

O Detran-MG alerta que conduzir veículo que não esteja registrado e devidamente licenciado

é infração gravíssima, de R$ 293,47, além de 7 pontos na carteira e remoção do veículo,

conforme o artigo 230 do CTB.

Em caso de não recebimento da documentação, é possível consultar no

site www.detran.mg.gov.br – “consulta situação do veículo” para informações sobre os motivos

do não licenciamento.

CONFAZ APROVA REDUÇÃO DO ICMS DA ALIMENTAÇÃO

Fonte: Resenha Notícias Fiscais. A proposta da Secretaria da Fazenda para reduzir a carga

tributária do segmento alimentação para 7% foi aprovada ontem (3/4) na reunião do Conselho

Nacional de Política Fazendária (Confaz). É necessária a ratificação do convênio pelos demais

Estados para a entrada em vigor da mudança, que deve ocorrer em 1º de junho de 2018.

O segmento, composto por bares e restaurantes, tem atualmente carga tributária de 10.2%, em

vigor desde 1º de dezembro de 2017. Anteriormente pagava 7%. A mudança ocorreu quando

o governo estadual, acatando proposta do Tribunal de Contas do Estado (TCE), decidiu reduzir

os benefícios fiscais. O Sindicato de Bares e Restaurantes de Goiânia (Sindibares) esteve no mês

passado com o secretário João Furtado e pediu a volta da carga tributária anterior para evitar o

repasse do aumento do imposto aos consumidores.

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Convalidação – O Confaz aprovou uma alteração no convênio 190/17, que trata da

convalidação de incentivos e benefícios fiscais, para permitir que os Estado e ao Distrito Federal

possam aderir aos benefícios fiscais concedidos ou prorrogados por outra unidade federada da

mesma região. É a chamada “cola” dos incentivos fiscais. Foi permitido ainda que se o benefício

fiscal não vier a ser reinstituído, o Estado aderente deverá revogar os atos relativos ao benefício.

A proposta de isenção do óleo diesel para o transporte de passageiro intermunicipal defendida

por Goiás não foi aprovada. Teve o veto do Rio Grande do Sul.

RECEITA ABRE NA SEGUNDA-FEIRA (9/4) A CONSULTA AO LOTE RESIDUAL DE RESTITUIÇÃO MULTIEXERCÍCIO DO IRPF DO MÊS DE ABRIL DE 2018

Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB. O crédito bancário para 78.519 contribuintes será

realizado no dia 16 de abril.

A partir das 9 horas de segunda-feira, 9 de abril, estará disponível para consulta olote

multiexercício de restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física,

contemplando as restituições residuais, referentes aos exercícios de 2008 a 2017.

O crédito bancário para 78.519 contribuintes será realizado no dia 16 de abril, totalizando

R$ 180 milhões. Desse total, R$ 86.900.828,40 referem-se ao quantitativo de contribuintes de

que trata o Art. 69-A da Lei nº 9.784/99, sendo 17.754contribuintes idosos

e 1.661 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.

Os montantes de restituição para cada exercício, e a respectiva taxa Selic aplicada, podem ser

acompanhados na tabela a seguir:

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na

Internet, ou ligar para o Receitafone 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é

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possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo

processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a

autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às

declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com ele será possível consultar diretamente

nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação

cadastral de uma inscrição no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate

nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido

de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento

da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência

do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-

729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes

auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer

banco.

PIS/COFINS – VEDADO CRÉDITO EM RELAÇÃO AOS DISPÊNDIOS COM VALE-TRANSPORTE EM PECÚNIA

Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB. Solução de Consulta 57 Cosit

DOU de 06/04/2018

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP

EMENTA: Por força do disposto no inciso II do § 2º e no inciso I do § 3º, ambos do artigo 3º da

Lei nº 10.637, de 2002, é vedada a apuração de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep em

relação aos dispêndios da pessoa jurídica com a concessão de vale-transporte em pecúnia a

trabalhadores. Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, caput, inciso X e §§ 2º, inciso

II e 3º inciso I; Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, art. 2º. Decreto nº 95.247, de 17 de

novembro de 1987, art. 5º; Ato Declaratório PGFN nº 4, de 2016.

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS

EMENTA: Por força do disposto no inciso II do § 2º e no inciso I do § 3º, ambos do artigo 3º da

Lei nº 10.833, de 2003, é vedada a apuração de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep em

relação aos dispêndios da pessoa jurídica com a concessão de vale-transporte em pecúnia a

trabalhadores. Dispositivos Legais: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, caput, inciso X e §§ 2º, inciso

II e 3º, inciso I; Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, art. 2º. Decreto nº 95.247, de 17 de

novembro de 1987, art. 5º; Ato Declaratório PGFN nº 4, de 2016.

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EMPREGADORES DOMÉSTICOS TÊM ATÉ HOJE PARA PAGAR GUIA DE MARÇO DO ESOCIAL

Fonte: Agência Brasil. O prazo para os empregadores domésticos pagarem o Documento de

Arrecadação do eSocial (DAE) referente a março termina nesta sexta-feira (6). Como o dia 7,

tradicionalmente usado como data-limite para o pagamento da guia, cai no sábado este mês, o

prazo foi antecipado em um dia.

O Simples Doméstico reúne em uma única guia as contribuições fiscais, trabalhistas e

previdenciárias que devem ser recolhidas. Para a emissão da guia unificada, o empregador deve

acessar a página do eSocial na internet. Se não for recolhido no prazo, o empregador paga

multa de 0,33% ao dia, limitada a 20% do total.

No eSocial, o empregador recolhe, em documento único, a contribuição previdenciária, que

inclui o valor descontado da remuneração do trabalhador (que varia de 8% a 11%) e os 8% de

contribuição patronal para a Previdência. A guia inclui 8% de Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço (FGTS), 0,8% de seguro contra acidentes de trabalho, 3,2% de indenização

compensatória (multa do FGTS) e Imposto de Renda para quem recebe acima da faixa de isenção

(R$ 1.903,98 em 2017).

NEGADA ESTABILIDADE A DIRIGENTE SINDICAL QUE INFORMOU CONDIÇÃO TARDIAMENTE AO EMPREGADOR

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região – TRF6. A Quinta Turma do Tribunal Superior

do Trabalho absolveu o Centro de Educação Superior de Brasília Ltda. (Iesb) de reintegrar uma

intérprete de libras dispensada sem justa causa quando exercia o cargo de dirigente sindical. O

direito à estabilidade no emprego para diretores de entidades sindicais, previsto no artigo 543,

parágrafo 3º, da CLT, não foi reconhecido porque a empresa só foi informada sobre a situação

da ex-empregada depois do término do aviso-prévio.

A dispensa se deu em 12/12/2013, e o aviso-prévio indenizado perdurou até 12/1/2014.

Exatamente um mês depois do fim do aviso, o Iesb recebeu a comunicação de que sua ex-

empregada ocupava, na data da demissão, cargo de dirigente no Sindicato dos Trabalhadores

Intérpretes, Guia-Intérpretes e Tradutores da Língua Brasileira de Sinais do Distrito Federal

(SINPROLS/DF).

Em 21/2/2014, o Iesb homologou a rescisão com a assistência do sindicato dos empregados de

instituições particulares de ensino, conforme exigência do artigo 477, parágrafo 1º, da CLT,

vigente na época (o dispositivo foi revogado pela Lei 13.467/2017 - Reforma Trabalhista).

Para a estabilidade ser assegurada, a comunicação da eleição e da posse ao empregador deve

ocorrer ainda na vigência do contrato de trabalho, nos termos do item I da Súmula 369 do TST.

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O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO), no entanto, reconheceu a estabilidade

com o entendimento de que o contrato apenas se encerrou com a homologação do termo de

rescisão, em fevereiro de 2014. Assim, deferiu os pedidos da intérprete para ser reintegrada ao

emprego e receber os salários correspondentes ao período em que ficou afastada.

O relator do recurso revista do Iesb ao TST, ministro Guilherme Caputo Bastos, assinalou que a

vigência do contrato de trabalho se projeta apenas até o fim do período de aviso-prévio,

conforme a Orientação Jurisprudencial 82 da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais

(SDI-1), e, portanto, a comunicação se deu depois do seu término. O ministro explicou que,

apesar de o artigo 477, parágrafo 1º, da CLT condicionar a validade do pedido de demissão do

empregado com mais de um ano de serviço à homologação sindical, essa condição não prorroga

o contrato de trabalho, “por total ausência de previsão legal”.

Por unanimidade, a Quinta Turma deu provimento ao recurso de revista do Iesb para

restabelecer a sentença que julgou improcedentes os pedidos de reintegração e de pagamento

dos salários relativos ao período de afastamento.

Após a publicação do acórdão, a intérprete de libras opôs embargos de declaração, ainda não

julgados.

Processo: RR-1903-21.2014.5.10.0020

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