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1 MPU EBOOK COM DICAS IMPERDÍVEIS PARA OS CONCURSOS DE ANALISTA E TÉCNICO

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MPU EBOOK COM DICAS IMPERDÍVEIS

PARA OS CONCURSOS DE ANALISTA E TÉCNICO

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2

SUMÁRIO _

ANALISTA ............................................................................................................................................................................................ 4

PORTUGUÊS (POR) – ALBERT IGLÉSIA ..................................................................................................................................................................... 5

INFORMÁTICA (INFO) – PATRÍCIA QUINTÃO ......................................................................................................................................................... 11

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP (LEG) – RICARDO GOMES ................................................................................................................ 20

DIREITO CONSTITUCIONAL (DCO) – FRED ............................................................................................................................................................. 23

DIREITO ADMINISTRATIVO (DAD) – CARLOS ......................................................................................................................................................... 28

DIREITO DO TRABALHO (TRA) – ELISA ................................................................................................................................................................... 33

DIREITO PENAL (PEN) – BERNARDO ...................................................................................................................................................................... 41

DIREITO PROCESSUAL PENAL (PPN) – BERNARDO ................................................................................................................................................. 44

DIREITO PENAL MILITAR (DPM) – SCHETTINI ........................................................................................................................................................ 47

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR (PPM) – SCHETTINI ................................................................................................................................... 52

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3

TÉCNICO ............................................................................................................................................................................................ 56

PORTUGUÊS (POR) - ALBERT IGLÉSIA .................................................................................................................................................................... 57

INFORMÁTICA (INFO) – PATRÍCIA QUINTÃO ......................................................................................................................................................... 63

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP (LEG) – RICARDO GOMES ................................................................................................................ 72

ÉTICA (ETI) – MARCELO CAMACHO ....................................................................................................................................................................... 75

RACIOCÍNIO LÓGICO (RL) – GUILHERME NEVES .................................................................................................................................................... 79

DIREITO CONSTITUCIONAL (DCO) – FRED ............................................................................................................................................................. 85

DIREITO ADMINISTRATIVO (DAD) – CARLOS ......................................................................................................................................................... 90

ADMINISTRAÇÃO (ADM) – MARCELO CAMACHO .................................................................................................................................................. 95

ARQUIVOLOGIA (ARQ) – RENATO FENILLI ........................................................................................................................................................... 102

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS (ARM) – RENATO FENILLI ............................................................................................................... 106

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Parte 1

ANALISTA

Área de Atividade: Apoio Jurídico

Especialidade: Direito

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PORTUGUÊS (POR) – ALBERT IGLÉSIA

• Uso dos porquês

o Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início da oração, equivale-se a por qual motivo, o

“que” é átono)

o Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase interrogativa é indireta)

o Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e o “que” é tônico)

o Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a

pelo qual)

o Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial, indica circunstância de causa)

o Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa explicativa)

o O Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

• Acento diferencial: com a vigência das novas regras ortográficas, foi abolido, salvo algumas exceções.

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o Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

o Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

o Ele pôde (verbo PODER na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)

o Ele pode (verbo PODER na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

o Pôr (verbo) - por (preposição)

• Emprego de pronomes

o Lhe(s): como complemento verbal, funciona como objeto indireto.

o O(s) e a(s): como complementos verbais, funcionam como objetos diretos.

o Que: como conjunção integrante, não tem antecedente e conecta uma oração subordinada de valor substantivo

(objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua principal; como pronome

relativo, substitui um termo anterior e introduz oração subordinada adjetiva.

o Cujo: estabelece uma relação de posse/dependência entre os termos antecedente e consequente, concorda em

gênero e número com a “coisa” possuída e não admite artigo antes ou depois dele.

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• Colocação pronominal

o O particípio não admite ênclise.

o O futuro do presente e o futuro do pretérito também não admitem ênclise.

o É lícita a próclise ou a ênclise mesmo quando o infinitivo estiver precedido de palavra atrativa.

• Voz passiva: indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito, ocorre com VTD e não pode ser formada com VTI, VI, VL

e na estrutura VTD+SE+PREPOSIÇÃO.

• Tempo composto dos verbos: é formado pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal

(tenho cantado, havia bebido, teria mentido)

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• Modos verbais

o Indicativo: é associado a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou futuras que consideramos de ocorrência certa.

o Subjuntivo: também é associado a acontecimentos presentes, pretéritos ou futuros; mas com ocorrência provável,

hipotética, duvidosa.

o Imperativo: é associado a ordens, pedidos, súplicas que desejamos.

• Regência nominal: é a relação entre um substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo

complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição. Exemplo: Os cursos do Ponto têm sido úteis a muitos

candidatos.

• Regência verbal

o Assistir

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a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR; seu complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao final do

campeonato.

b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER, TER DIREITO; seu complemento também é regido pela preposição

A: Não assiste ao professor reclamar tanto.

c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso, exige preposição A) com sentido de SOCORRER, PRESTAR ASSISTÊNCIA:

O médico assistiu a vítima. Igualmente correta estaria a construção: O médico assistiu à vítima. Repare o acento grave

indicativo de crase (fusão da preposição A com o artigo feminino A(S) que antecede substantivo de mesmo gênero

gramatical).

d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há seis anos resido em Brasília. Observe a presença da preposição “em”

exigida pelo verbo e que introduz o adjunto adverbial de lugar (não confunda esse termo com objeto indireto).

o Aspirar

a) VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo.

b) VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturário aspira ao cargo de gerente.

o Visar

a) VTD = mirar, ver: O caçador visou o tigre.

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b) VTD = rubricar, dar visto: O gerente visou o cheque.

c) VTI (prep. A) = almejar, ter como objetivo: Visamos ao bom ensino da linguagem.

• Crase

o O acento grave não é empregado na estrutura SINGULA + PLURAL: O fato corresponde a atividades exercidas

anteriormente.

o Se você utiliza ao(s) diante do gênero masculino, utilize à(s) diante do gênero feminino: Assistimos aos jogos pela

televisão. / Assistimos às competições pela televisão.

o A crase é obrigatória nas locuções femininas adverbiais, prepositivas e conjuntivas: Comprei o carro à vista. / À custa de

muito esforço, conseguimos o bom resultado. / À medida que estudo, mais aprendo.

o A crase não ocorre diante de verbos: A partir de agora, só estudo na turma de elite do Ponto.

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INFORMÁTICA (INFO) – PATRÍCIA QUINTÃO

• A segurança está ligada a tudo o que manipula direta ou indiretamente a informação (inclui-se aí também a própria

informação e os usuários), e que merece proteção. Esses elementos são chamados de ativos.

o A segurança da informação busca proteger os ativos de uma empresa ou indivíduo com base na preservação de

alguns princípios:

▪ Confidencialidade (ou sigilo): é a garantia de que a informação não será conhecida por quem não deve. O

acesso às informações deve ser limitado, ou seja, somente as pessoas explicitamente autorizadas podem

acessá-las.

▪ Integridade: é a garantia de que a informação que foi armazenada é a que será recuperada. A modificação deve

ser realizada somente pelas partes devidamente autorizadas.

▪ Disponibilidade: pressupõe garantir a prestação contínua do serviço, sem interrupções no fornecimento de

informações para quem é de direito.

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▪ Autenticidade: busca garantir que quem realiza a operação é quem diz ser. É a garantia da identidade de uma

pessoa (física ou jurídica) ou de um servidor (computador) com quem se estabelece uma transação (de

comunicação, como um e-mail, ou comercial, como uma venda on-line).

O mnemônico DICA ou CIDA já apareceu em prova, considerando a tríade de segurança mais a autenticidade.

▪ Não repúdio (ou irretratabilidade): é a garantia de que um agente não consiga negar (dizer que não foi feito)

uma operação ou serviço que modificou ou criou uma informação. Tal garantia é condição necessária para a

validade jurídica de documentos e transações digitais. Só se pode garantir o não-repúdio quando houver

autenticidade e integridade (ou seja, quando for possível determinar quem mandou a mensagem e garantir

que a mesma não foi alterada).

▪ Confiabilidade: condição em que um sistema de informação presta seus serviços de forma eficaz e eficiente, ou

melhor, um sistema de informação irá “desempenhar o papel que foi proposto para si”.

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o Esses princípios são aplicados na prática, nos ambientes tecnológicos, a partir de um conjunto de controles como,

por exemplo, criptografia, autenticação de usuários e equipamentos redundantes (possui um segundo dispositivo que

está imediatamente disponível para uso quando da falha do dispositivo principal).

o Os três princípios considerados centrais são: a Confidencialidade, a Integridade e a Disponibilidade. Eles formam a

tríade da Segurança da Informação (É possível encontrar a sigla CID, para fazer menção às iniciais desses 3

princípios!).

• Phishing, scam ou phishing scam: fraude que se dá por meio do envio de mensagem não solicitada, que se passa por

comunicação de uma instituição conhecida, e que procura induzir o acesso a páginas fraudulentas (falsificadas), projetadas

para furtar dados pessoais e financeiros de usuários desavisados.

• Botnet (Rede Zumbi): rede infectada por bots, sendo composta geralmente por milhares desses elementos maliciosos, que

ficam residentes nas máquinas, aguardando o comando de um invasor.

o Um invasor que tenha controle sobre uma botnet pode utilizá-la para:

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▪ coletar informações de um grande número de computadores;

▪ “clicar” em anúncios e gerar receitas fraudulentas;

▪ enviar spam em grande escala;

▪ hospedar sites de phishing;

▪ iniciar ataques de negação de serviço que impedem o uso de serviços online;

▪ infectar milhões de computadores por hora, etc.

▪ A Computação em Nuvem surgiu com o objetivo de suprir a necessidade de compartilhar ferramentas

computacionais pela interligação dos sistemas.

▪ Para isso faz uso da Internet como meio de comunicação.

▪ O usuário não fica mais preso a um hardware ou software específico, ela cria a possibilidade de acesso às

informações em QUALQUER HORA E LUGAR, através da INTERNET.

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▪ Segundo o NIST (National Institute of Standards and Technology), a Cloud Computing possui 04 modelos de

implantação: nuvem pública, nuvem privada, nuvem comunitária e nuvem híbrida.

▪ A figura seguinte fornece uma visão mais ampla sobre os papéis dos envolvidos nos modelos de serviços da

Cloud Computing, que são:

▪ o provedor do serviço,

▪ os desenvolvedores de aplicações, e

▪ o usuário final.

• Ao configurar a forma de acesso aos e-mails lembre-se de que o protocolo POP (Post Office Protocol Version 3 - Protocolo

de Agência de Correio “Versão 3”) busca as mensagens para o computador local. Neste caso, as mensagens armazenadas

localmente, a organização das pastas e outros detalhes só existirão no computador local.

Para usar a estrutura de pastas em vários computadores, deve-se optar pelo protocolo IMAP (Internet Message Access Protocol

- Protocolo de Acesso ao Correio da Internet).

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o POP3: é usado para o recebimento de mensagens de e-mail. Através do POP, um usuário transfere, para seu

computador, as mensagens armazenadas em sua caixa postal no servidor. Assim, a partir do momento em que

descarregar as mensagens do servidor de e‑mail para o seu computador, mesmo estando off-line (desconectado da

Internet), você conseguirá acessar as suas mensagens de e‑mail. Atualmente esse protocolo encontra‑se em sua

terceira versão, daí o termo POP3. Utiliza a porta 110 do protocolo TCP.

o IMAP: utilizado em substituição ao POP para permitir que uma mensagem seja lida diretamente pelo browser

(navegador) ou em um programa cliente de e-mail (como Microsoft Outlook, Mozilla Thunderbird, etc.) SEM que ela

seja retirada do servidor de entrada (servidor de recebimento das mensagens).

o SMTP (Simple Mail Transfer Protocol - Protocolo de Transferência Simples de Correio): é um protocolo de envio de e-

mail apenas. Com ele, não é possível que um usuário descarregue suas mensagens de um servidor. Esse protocolo

utiliza a porta 25 do protocolo TCP.

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• Para Copiar e Mover Arquivos e Pastas no Windows:

Clique no objeto desejado e arraste-o para a pasta de destino...

...segurando a tecla CTRL, caso queira copiá-lo; ou

...segurando a tecla SHIFT, caso queira movê-lo.

E se eu ARRASTAR SEM SEGURAR NENHUMA TECLA?)...

... será COPIAR, se a pasta de destino e a pasta de origem estiverem em unidades de disco (drives) diferentes (de A: para C:);

ou

...será MOVER, se a pasta de origem e a pasta de destino estiverem na Mesma Unidade de Disco (drive), como em de

C:\Teste para C:\aulas.

• Compartilhar é o ato de liberar o acesso a um determinado recurso (como drives de disquete, drives de CD-ROM,

impressoras, pastas e mesmo uma unidade de disco inteira) para os usuários de outros computadores na mesma rede. Em

outras palavras, deixar que outras pessoas acessem o recurso compartilhado (pasta, impressora, etc.).

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• É possível selecionar vários arquivos de uma só vez no Windows Explorer. Para isso:

o clique no primeiro e, segurando SHIFT, clique no último, para selecionar uma sequência de arquivos;

o clique no primeiro e, segurando CTRL, clique nos demais arquivos, para selecionar vários deles alternadamente

(arquivos não adjacentes).

• Principais extensões de arquivos do LibreOffice:

Extensão Descrição

.odt Documento de texto do Writer.

.ods Planilha do Calc.

.odp Apresentação de slides do Impress.

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• Para fazer referências no Calc e no Excel:

Para fazer ...No Excel ...No Calc

Referência a uma célula (Ex.: D9) localizada na MESMA planilha em que a fórmula

está sendo escrita. D9 D9

Referência a uma célula (por exemplo D9) localizada em

OUTRA planilha (Ex.: Plan1) no MESMO arquivo. Plan1!D9 Plan1.D9

Referência a uma célula (Ex.: D9) localizada em OUTRA planilha (Ex.: Plan1) dentro

de OUTRO arquivo (Ex.: projeto.xls). [projeto.xls]Plan1!D9 ‘projeto.xls’#Plan1.D9

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP (LEG) – RICARDO GOMES

• O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual,

posto a CF-88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o TJDFT, o MPDFT é mantido com

recursos da União.

• O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do

Ministério Público Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar – MPM ou Ministério

Público do DF e Territórios – MPDFT).

• O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO

FEDERAL (“sabatina” do Senado).

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• É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada

também pelo Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal.

• Enquanto o mandato do PGR é de 2 ANOS, sendo permitidas quantas reconduções desejar o Presidente da República, os

Procuradores-Gerais de Justiça (PGJs) terá mandato de 2 ANOS, mas só poderão ser reconduzidos por + 1 MANDATO (1 única

recondução).

• A Lei Complementar nº 75/93, que estabelece a organização, as atribuições e o estatuto do MP da UNIÃO (MPU). De outro

lado, a Lei nº 8.625/1993 que estabelece normas GERAIS da organização do Ministério Público ESTADUAL, prevendo a

instituição de Leis Orgânicas Estaduais (na forma de Leis Complementares), que estabelecerão normas ESPECÍFICAS de cada

MP de cada Estado.

• Compete ao MPU exercer o controle EXTERNO da Atividade Policial – o Ministério Público é o órgão fiscalizador e

controlador de toda a atividade policial, conforme previsto na CF-88 e na Lei Complementar nº 75/93. Ressalte-se que o

controle interno é realizado pelos próprios órgãos das Polícias (ex: Corregedorias de Polícia, etc).

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• Os Membros do Ministério Público da UNIÃO e dos ESTADOS ostentam as mesmas Garantias constitucionais dos

integrantes do Poder Judiciário (Magistrados), quais sejam: Vitaliciedade, Inamovibilidade e Irredutibilidade do Subsídio.

• O VICE-PGR substitui apenas provisoriamente o PGR (Ex: férias, impedimentos). O VICE-Presidente do Conselho Superior

do MPF assume o cargo em caso de vacância (cargo declarado vago).

• Cabe ao PGR convocar as Reuniões do Conselho de Assessoramento Superior do MPU, mas qualquer de seus Membros

poderá solicitar a convocação.

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DIREITO CONSTITUCIONAL (DCO) – FRED

• Podemos classificar os direitos fundamentais em três dimensões (ou gerações):

o Na primeira dimensão, temos os direitos ligados aos ideais do Estado liberal, de natureza negativa (exigindo um não

fazer), com foco na liberdade individual frente ao Estado (direitos civis e políticos).

o Na segunda dimensão, temos os direitos ligados aos ideais do Estado social, de natureza positiva, com foco na

igualdade entre os homens (direitos sociais, culturais e econômicos).

o Na terceira dimensão, temos os direitos de índole coletiva e difusa (pertencentes a um grupo indeterminável de

pessoas), com foco na fraternidade entre os povos (direito ao meio ambiente, à paz, ao progresso etc.) (Tema: Direitos

e Garantias Fundamentais).

• As expressões direitos e garantias não se confundem. Enquanto os direitos são os bens em si mesmo considerados

(principal), as garantias são instrumentos de preservação desses bens (acessório). Por exemplo, para proteger o direito de

locomoção, a Constituição prevê a garantia do habeas corpus (Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

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• Se inicialmente os direitos fundamentais surgiram tendo como titulares as pessoas naturais, hoje já se reconhece direitos

fundamentais em favor das pessoas jurídicas ou mesmo em favor do Estado. Por exemplo, o direito de requisição

administrativa previsto do art. 5°, XXV da CF/88, é um direito fundamental que tem como destinatário o Estado. (Tema:

Direitos e Garantias Fundamentais)

• Embora originalmente visassem regular a relação indivíduo-estado (relações verticais), atualmente os direitos

fundamentais devem ser respeitados mesmo nas relações privadas, entre os próprios indivíduos (relações horizontais). Por

exemplo, o direito de resposta proporcional ao agravo, no caso de dano material, moral ou à imagem (CF, art. 5°, V). (Tema:

Direitos e Garantias Fundamentais)

• Os direitos fundamentais não dispõem de caráter absoluto, já que encontram limites nos demais direitos previstos na

Constituição (Princípio da relatividade ou da convivência das liberdades públicas). Ademais, direitos fundamentais não

podem ser utilizados como escudo protetivo da prática de atividades ilícitas. A título de exemplo: (i) a garantia da

inviolabilidade das correspondências não será oponível ante a prática de atividades ilícitas; (ii) a liberdade de pensamento

não pode conduzir ao racismo – e assim por diante. (Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

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• Embora o caput do art. 5º da Constituição diga textualmente que os direitos e garantias fundamentais são garantidos aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, a jurisprudência entendeu de forma diversa. Na verdade, a expressão

“estrangeiros residentes no País” deve ser entendida como “estrangeiros sob as leis brasileiras”. Ou seja, os direitos e

garantias fundamentais aplicam-se a estrangeiros residentes ou não-residentes, enquanto estiverem sob o manto do nosso

ordenamento jurídico. Mas, atenção! Não é que todos os direitos são destinados a estrangeiros. Não, não. A ação popular,

por exemplo, é garantia que não poderá ser estendida a estrangeiros em geral, pois apenas o cidadão é legitimado ativo.

(Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

• Os direitos e garantias fundamentais estão disciplinados no Título II (arts. 5º a 17), por isso denominado “catálogo dos

direitos fundamentais”. Mas, nem todos os direitos e garantias fundamentais presentes na nossa Constituição estão

enumerados nesse catálogo próprio. Há, também, diversos direitos fundamentais presentes em outros dispositivos da

nossa Constituição (ou mesmo fora dela). Assim, é bom lembrar que a enumeração constitucional dos direitos e garantias

fundamentais não é limitativa, taxativa, haja vista que outros poderão ser reconhecidos ulteriormente, seja por meio de

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futuras emendas constitucionais (EC) ou mesmo mediante normas infraconstitucionais, como os tratados e convenções

internacionais celebrados pelo Brasil. (Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

• Atualmente, os tratados e convenções internacionais celebrados pelo Brasil poderão assumir três diferentes posições

hierárquicas ao serem incorporados ao nosso ordenamento pátrio, a saber:

o tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos incorporados pelo rito especial do § 3º do art. 5º da

Constituição Federal (CF, art. 5°, §3°): status de emenda constitucional.

o demais tratados e convenções internacionais que não tratam de direitos humanos: status de lei ordinária federal.

o tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos incorporados pelo rito ordinário: status de

supralegalidade (situam-se acima das leis, mas abaixo da Constituição). (Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

• As formas de Estado (Estado Unitário x Federação) não se confundem com os sistemas de governo (Presidencialismo x

Parlamentarismo) ou com as formas de governo (República x Monarquia). (Tema: Organização do Estado)

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• Cada um dos poderes do Estado exerce não somente suas funções típicas, mas também funções atípicas. Por exemplo, o

Poder Judiciário exerce tipicamente a função jurisdicional. Mas também exerce função executiva (atipicamente) ao realizar

concurso público para suprir seu quadro de pessoal, ou ao realizar uma licitação para compra de canetas, por exemplo. E

exerce função legislativa (atipicamente) quando um tribunal edita seu regimento interno (Tema: Princípios Fundamentais e

Organização dos Poderes).

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DIREITO ADMINISTRATIVO (DAD) – CARLOS

• Governo e Administração Pública, em seus variados aspectos e conceitos:

o Governo:

a) em sentido formal: é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais;

b) em sentido material: é o complexo de funções estatais básicas;

c) em sentido operacional, é a condução política dos negócios públicos;

o Administração Pública:

a) em sentido formal: é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo;

b) em sentido material: é o conjunto das funções necessárias aos serviços em geral;

c) em sentido operacional: é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele

assumidos em benefício da coletividade.

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A expressão Administração Pública não se confunde com o Poder Executivo! A primeira caracteriza o conjunto de órgãos e

agentes estatais no exercício da função administrativa, independentemente se são pertencentes ao Poder Executivo, ao

Legislativo, ao Judiciário, ou a qualquer outro organismo estatal, como o Ministério Público ou Defensorias Públicas.

o Administração Pública:

a) Sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes identificados como Administração

Pública (quem exerce). Não importa a atividade que exerçam, em regra, esses órgãos, entidades e agentes desempenham

função administrativa;

b) Sentido material, objetivo ou funcional: conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias da função

administrativa. O conceito adota a atividade como referência (não obrigatoriamente quem a exerce).

• Entendimento pacificado do STF: os conselhos fiscalizadores de profissões regulamentadas têm natureza de autarquia

federal, com personalidade jurídica de direito público, poder de polícia e imunidade tributária. Ex.: Conselhos Federal e

Regionais de Medicina, Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade, Conselhos Federal e Regionais de Economia, etc.,

com exceçãoda Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a qual o STF qualificou como "serviço público independente", não

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integrante da Administração Pública, nem passível de ser classificada em categoria alguma prevista em nosso ordenamento

jurídico.

• Possibilidades de fundação (somente as duas primeiras pertencem à Administração indireta):

a) Fundação pública de direito público: também conhecida como fundação autárquica ou autarquia fundacional, é

diretamente criada por lei específica;

b) Fundação pública de direito privado: conhecida como fundação pública (art. 5o, IV, do Decreto-Lei n. 200, de 1967), cuja

criação é autorizada por lei específica, dependendo de registro de seus atos constitutivos em cartórios para aquisição de

personalidade jurídica (art. 45 do Código Civil);

c) Fundação privada; esta espécie não integra a Administração Pública direta nem indireta.

• Para a criação de entidades da Administração Pública indireta, sempre há dependência de lei, de uma forma ou de outra:

a) Autarquias e fundações públicas de direito público: são criadas diretamente por lei específica;

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b) Empresas pública, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito privado: lei autoriza a criação, mas depende

de registro dos atos constitutivos em cartório competente, para aquisição da personalidade jurídica.

• O princípio da legalidade possui significados distintas:

a) Aos particulares: têm a garantia constitucional que prevê a liberdade para fazer tudo o que a lei não proíba; e

b) À Administração Pública:sua atuação é restrita pelo princípio da legalidade, que só poderá fazer o que a lei determine ou

autorize, portanto, quando não houver previsão legal, não haverá possibilidade de atuação administrativa. A atividade

administrativa não pode ser contrária à lei (contra legem) nem de maneira não abrangida pela lei (praeterlegem), mas apenas

conforme a lei (secundumlegem), sob pena de invalidação (casos de anulação pela própria Administração ¾ princípio da

aututela¾ ou pelo Poder Judiciário, quando provocado).

• No âmbito do Direito Administrativo, o abuso de poder pode ocorrer mediante:

a) Excesso de poder: ato praticado fora da competência do administrador;

b) Desvio de poder: ato praticado dentro da competência do administrador, porém, com desvio de finalidade;

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c) Omissão: também pode caracterizar o abuso de poder (ato omissivo). A omissão genéricanão caracteriza o abuso de

poder (escolha do momento mais oportuno para o incremento das políticas de Administração, que não possuem prazo

determinado). A omissão específica caracteriza o abuso de poder quando a Administração Pública tem o dever de agir.

• Poder Disciplinar: prerrogativa da Administração de punir seus próprios servidores, e de aplicar sanções ao particular

vinculado à Administração por meio de ato ou contrato.

• Sanções administrativas: somente derivam do poder hierárquico quando aplicadas aos servidores públicos que pratiquem

infrações funcionais. Porém, quando aplicadas a um particularque tenha celebrado um contrato administrativo com o Poder

Público e incorra em alguma irregularidade na execução desse contrato, têm fundamento no poder disciplinar, mas não no

poder hierárquico.

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DIREITO DO TRABALHO (TRA) – ELISA

• O empregador é a pessoa física, jurídica ou o ente despersonificado que contrata, assalaria e dirige a prestação pessoal de

serviços do empregado, assumindo os riscos do empreendimento (art. 2º, CLT).

• A despersonalização do empregador está pautada na autorização da fungibilidade desse sujeito da relação de emprego,

sem qualquer prejuízo na preservação do contrato empregatício com o novo titular.

• O grupo econômico é fruto da vinculação justrabalhista que se estabelece entre dois ou mais entes favorecidos direta ou

indiretamente pelo mesmo contrato de trabalho, ligados através de laços de direção ou de coordenação na esfera de

atividades industriais, comerciais, financeiras, agroindustriais ou de qualquer outra natureza econômica.

• O principal efeito da sucessão é a assunção imediata dos contratos laborais, operando-se a imediata transferência de

todos os direitos e obrigações empregatícios, por força de determinação legal.

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• A relação de trabalho é toda relação jurídica caracterizada pelo labor humano.

• Por sua vez, a relação de emprego é uma das espécies do gênero, relação de trabalho, que alcança somente a relação de

trabalho subordinado.

• A não eventualidade é verificada, na relação de emprego, quando o trabalho prestado tenha caráter e ânimo de

permanência, integrando-se na atividade comum do empregador, indiferente se o trabalho é prestado todos os dias, ou

somente durante alguns dias da semana.

• A duração do trabalho é o lapso de tempo conferido por força do contrato.

• Regra geral, o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de

transporte, não será computado na jornada de trabalho.

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• O sobreaviso é o lapso de tempo, fora do horário normal de trabalho, em que o trabalhador permanece, na sua casa ou

em outro local que desejar, aguardando um chamado para cumprir o seu serviço.

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DIREITO CIVIL (CIV) – ELISA

• Regra geral, quando uma lei entra em vigor, ela não tem prazo de vigência, salvo a exceção já vista das leis temporárias,

nos termos do art. 2º da LINDB. Desse modo, prevalece o princípio da continuidade das leis em nosso ordenamento jurídico.

• Admite-se, excepcionalmente, o fenômeno da ultratividade da norma, a qual continuará a proteger atos pretéritos,

mesmo após ser revogada.

• A personalidade da pessoa física (humana, natural) começa do nascimento com vida e permanece ao longo de toda a sua

existência.

• O fim da personalidade, nos termos do Código Civil, ocorrerá com o advento da morte (natural ou presumida)

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• A comoriência acontece quando duas ou mais pessoas (que são reciprocamente herdeiras umas das outras) morrem ao

mesmo momento, sem que se possa indicar com precisão se uma morte antecedeu a outra. Isso, normalmente, ocorre em

acidentes de avião entre pai e filho, ou em acidente automotivo, etc.

• Nos termos, do art. 52 do CC, aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção aos direitos da personalidade.

• O fato natural ou fato jurídico stricto sensu é aquele fato com repercussão na esfera do Direito proveniente de

acontecimento da natureza, sem qualquer intervenção da ação humana.

• O objeto do negócio jurídico deverá ser lícito, possível, determinado ou determinável.

• Em caso de defeito no objeto, o ato será nulo.

• A condição consiste naquela cláusula acessória que, deriva exclusivamente da vontade das partes, e que subordina o

efeito do ato jurídico a um evento futuro e incerto

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL (PCI) – ANDERSON

• Todo juiz regularmente investido na função tem jurisdição, ou seja, pode exercer o poder jurisdicional; contudo, por meio

das regras de competência, são previstas limitações ao exercício da jurisdição.

• Contraditório não exige a efetiva reação (que é opção da parte), mas apenas a informação e a possibilidade de reação

• Com o novo CPC, o juiz titular pode editar ato autorizando o escrivão a praticar atos meramente ordinatórios de ofício

(antes era ato privativo e indelegável do juiz) como a juntada de peças ao processo, a concessão de vista obrigatória dos

autos etc.

• As partes agora têm grande autonomia para modificar o procedimento, por meio dos negócios jurídicos processuais,

podendo dispor sobre seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou depois do processo.

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• Podem as partes e o juiz fixar calendário para a prática de atos processuais, de modo que haja uma previsibilidade maior

quanto ao caminhar do processo e, por consequência, da sua duração.

• É possível ao exequente averbar certidão de execução no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a

penhora, arresto ou indisponibilidade. Como contrapartida, qualquer abuso ou irregularidade no exercício desta faculdade

redundará em obrigação de indenizar.

• Novidade trazida pelo CPC, o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas permite ao tribunal resolver uma questão

de direito controvertida e veiculada em vários processos quando a indefinição sobre ela oferecer risco de ofensa à isonomia

e à segurança jurídica.

• Outra novidade, o Incidente de Assunção de Competência, dá ao tribunal possibilidade de fixar tese jurídica adequada

mesmo sem multiplicidade de processos.

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• Possível, com o novo CPC, que uma tutela antecipada concedida em caráter antecedente se estabilize sem que seja

necessário prosseguir com o andamento do processo.

• O prazo recursal é de 15 dias úteis; exceção: prazo de 5 dias úteis para embargos de declaração.

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DIREITO PENAL (PEN) – BERNARDO

• A lei penal benéfica é sempre retroativa (regulando situações passadas) ou ultrativa (sendo aplicada após a cessação da

sua vigência). Desta forma, ela se movimenta no tempo a fim de sempre beneficiar o réu.

• Segundo o princípio da territorialidade temperada ou mitigada, aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos no território

nacional. Excepcionalmente, a lei brasileira é aplicada aos crimes cometidos no estrangeiro.

• A analogia, que é forma de autointegração da lei, consiste em aplicar a uma hipótese não regulada em lei, o que lei

semelhante que dispõe sobre um caso análogo. Vale lembrar: no Direito Penal é vedada a analogia in malan partem (em

desfavor do réu).

• Há quatro formas de exclusão da conduta, que são o caso fortuito ou força maior, os movimentos reflexos, a coação física

irresistível e os atos involuntários.

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• A tentativa é causa obrigatória de diminuição da pena, uma vez que se pune a tentativa com pena inferior de um terço a

dois terços à pena cominada para o crime consumado.

• No concurso de crimes (no caso de concurso material) e no concurso formal imperfeito, adota-se o sistema do cúmulo

material, . Ao passo que, se o concurso for formal perfeito, adota-se o sistema da exasperação da pena.

• As causas de exclusão da ilicitude legais são a legítima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento do dever

legal e o exercício regular do direito.

• O consentimento do ofendido é uma causa supralegal de exclusão da ilicitude (não está prevista na lei) e se constitui na

concordância do titular do bem jurídico disponível ao fato típico praticado por um agente.

• Com relação à imputabilidade, o sistema adotado pelo nosso ordenamento jurídico é o sistema biopsicológico.

Excepcionalmente, foi adotado o sistema biológico.

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• A culpabilidade tem três elementos essenciais que são o potencial conhecimento da ilicitude, a imputabilidade e a

exigibilidade de conduta diversa.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL (PPN) – BERNARDO

• A lei processual penal será aplicada a todas as infrações cometidas no território nacional, ressalvadas as exceções

expressamente estipuladas no CPP: tratados, convenções e regras de direito internacional; jurisdição política e competência

da Justiça Militar.

• O inquérito policial é procedimento administrativo, inquisitorial, prescindível ao ajuizamento da ação penal, de valor

probante relativo e sigiloso.

• O Ministério Público é quem requer o arquivamento do inquérito, por ser o titular da ação penal, cabendo ao juiz, receber

esse pedido por arquivamento deferindo-o, ou não.

• No Direito Processual Penal a regra geral é a ação penal pública. A ação penal pública é regida pelos princípios da

oficialidade, da obrigatoriedade, da indisponibilidade, da intranscendência e da divisibilidade.

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• O titular da ação penal privada é o ofendido ou do seu representante legal. A ação penal privada é regida pelos princípios

da disponibilidade, da intranscendência, da oportunidade e da indivisibilidade.

• Todo juiz é dotado de jurisdição, que é o poder a ele atribuído de dizer (aplicar) o direito no caso concreto, substituindo a

vontade das partes. A competência, a grosso modo, é a delimitação da jurisdição.

• Com relação à competência, adotou-se como regra geral a teoria do resultado, ou seja, a mesma será, de regra,

determinada pelo lugar em que se consumar a infração e, se o crime for tentado, pelo lugar em que for praticado o último

ato de execução.

• O ônus da prova incumbe a quem fizer a alegação e o nosso ordenamento jurídico adotou como, regra geral, o sistema do

livre convencimento motivado do juiz ou persuasão racional.

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• As provas proibidas, sejam elas ilegais (as que violam regras de direito material) ou as ilícitas (as que violam as regras de

direito processual) não são admitidas e devem ser desentranhadas dos autos.

• A interceptação telefônica consiste na captação de conversa feita por um terceiro, sem o conhecimento dos interlocutores

e depende de ordem judicial. A escuta telefônica é a captação de conversa feita por um terceiro, com o conhecimento de um

ou de alguns dos interlocutores. Já a gravação telefônica é feita por um dos interlocutores do diálogo (autogravação), sem

que o outro saiba ou consinta.

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DIREITO PENAL MILITAR (DPM) – SCHETTINI

• O que são crimes militares?

a) Próprios, ou autenticamente militares – são os crimes com previsão única no Código Penal Militar, sem correspondência

em qualquer outra lei, e que podem ser cometidos apenas por militares.

b) Impróprios – são os crimes que possuem dupla previsão, ou seja, no CPM, no CP e/ou legislação similar, ou que tendo

previsão única na legislação militar, pode apresentar um civil como agente.

• O Código Penal Militar não diz respeito às infrações disciplinares previstas em Regulamentos.

• Militares da reserva, ou reformado, são equiparados aos da ativa quando empregados na Administração Pública Militar.

• Teorias do tempo e lugar do crime:

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a) Teoria da atividade: o delito é considerado no momento/local da conduta, sem considerar o instante do resultado

(adotada no art. 5º CPM para definir o momento);

b) Teoria do resultado: considera-se cometido o crime no momento/local do resultado;

c) Teoria mista ou da ubiquidade: o momento/local do crime pode ser tanto o da conduta, quanto o do resultado (adotada

no art. 6º CPM para definir o local dos crimes comissivos).

• Teoria da equivalência das condições/antecedentessobre nexo de causalidade - qualquer condição anterior que faça parte

da totalidade dos antecedentes é, também, causa do resultado, pois a sua inocorrência impediria a produção do evento

(conditio sinequa non). Em seu art. 29, o Código Penal Militar adota essa teoria, sustentando que a “causa da causa também é

causa do que foi causado” (causa causae est causa causati).

• Menores – o CPM apresenta a possibilidade de menores de 18 anos responderem como maiores de idade.

Independentemente da não recepção pela CF de 1988, os artigos podem ser cobrados como foram escritos. Para o CPM, são

equiparados aos maiores de dezoito anos:

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a) Maiores de dezesseis anos que revelarem suficiente desenvolvimento psíquico para entender o caráter ilícito do fato e

determinar-se de acordo com este entendimento;

b) Militares;

c) Os convocados, os que se apresentam à incorporação e os que, dispensados temporariamente desta, deixam de se

apresentar, decorrido o prazo de licenciamento;

d) Os alunos de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob direção e disciplina militares, que já tenham

completado dezessete anos.

• Estado de necessidade - se configura quando houver dois ou mais bens jurídicos em perigo e um deles tiver de ser

sacrificado ante a impossibilidade de se proteger ambos. Atenção à Teoria Diferenciadora, a qual observa a situação de

acordo com a comparação entre o valor do bem jurídico protegido e sacrificado, onde ora exclui a antijuridicidade (bem

jurídico protegido é de valor maior que o sacrificado - estado de necessidade justificante), ora a culpabilidade (bem jurídico

protegido é de valor igual ou menor que o sacrificado - estado de necessidade exculpante).

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• Crime tentado - é a realização incompleta da conduta típica, é a tipicidade não concluída. O Código Penal Militar não faz

previsão, para cada um dos delitos, da figura da tentativa.

a) Teoria Subjetiva - Preocupa-se com a intenção do agente, independente da ineficácia/inidoneidade absoluta ou relativa do

meio e/ou ineficácia absoluta ou relativa do objeto. Ou seja, se o sujeito ativo quis praticar o crime, pouco importa se ele iria

chegar ao resultado pretendido. Analisa-se o dolo.

b) Teoria ObjetivaTemperada: apenas reconhece como crime impossível a conduta que absolutamente mostra-se ineficaz no

ataque ao bem juridicamente protegido. Haverá crime impossível, apenas na hipótese de inidoneidade absoluta (ineficácia

e/ou impropriedade). Teoria adotada no sistema jurídico brasileiro.

c) Diferente do CP comum, no CPM o juiz pode aplicar, no caso de excepcional gravidade, a mesma pena do crime

consumado ao tentado. É caso de aplicação da teoria subjetiva, visto que se foca na intenção do agente, sem se importar se

o resultado foi alcançado.

• Concurso de pessoas – é a cooperação desenvolvida por vários agentes para o cometimento de um delito penal.

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a) Teoria unitária (ou Monista) – existem diversas condutas, mas que provocam apenas um resultado. Nesse caso, há

somente um delito. Ou seja, todos os que participam da infração penal cometem o mesmo crime. Em regra, essa é a teoria

adotada pelo Código Penal Militar.

b) Teoria pluralista – existem diversas condutas, mas ainda que provoquem um único resultado, cada agente responde por

seu delito. É o chamado “delito de concurso” (série de delitos conectados por relação de causalidade). O Código Penal Militar,

como exceção à regra, também adota essa teoria nos casos de corrupção (arts. 308 e 309, do CPM).

• Algumas diferenças para o CP comum:

a) No CP não há previsão do excesso escusável (art. 45, parágrafo único, do CPM);

b) No CP comum, a paixão e a emoção não excluem a imputabilidade penal;

c) O CPM não define pena mínima para todos os crimes, diferente do CP;

d) O CPM prevê a pena de reforma (art. 55, g), que não tem paralelo no CP;

e) Não há previsão de pena de multa no CPM;

f) O CPM prevê a pena de morte, o que está de acordo com a CF (art. 5º, VLVII, a), em caso de guerra declarada.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR (PPM) – SCHETTINI

• O Direito Processual Penal Militar é um ramo especializado do direito que tem por objetivo permitir a aplicação da

legislação penal militar por meio de regras processuais (que de forma semelhante cuidam do processo penal) e proteger a

ordem jurídica militar, fomentando o salutar desenvolver das missões precípuas atribuídas às Forças Armadas e às Forças

Auxiliares.

• Divergência de normas - Havendo divergência entre o CPPM e uma convenção ou um tratado que o Brasil figure como

signatário, as normas internacionais prevalecem. Entretanto, para ter validade no país os tratados internacionais necessitam

ser aprovados pelo congresso e promulgados pelo executivo. Após a promulgação, ganham status de lei, revogando as leis

anteriores incompatíveis. Caso tratado se refira a direitos humanos, o mesmo adquire status de norma supralegal (se

anterior à EC 45/04, entendimento atual do STF - súmula vinculante de nº. 25) ou de emenda constitucional (neste caso se

aprovado de acordo com as regras em vigor para emendas constitucionais: aprovação em cada Casa do Congresso Nacional,

em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros – art. 5º, § 3º, da CF, conforme EC 45/04).

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• Osusos e costumes militares servem para suprir os casos omissos da legislação. Atenção para o fato de que não há

obrigatoriedade de que esses usos e costumes estejam documentados/escritos.

• A Justiça Militar Estadual não julga civis, mas apenas os oficiais e praças das Polícias e dos Corpos de Bombeiros Militares

nos crimes previstos na Lei Penal Militar.

• Inquérito Policial Militar – é o procedimento administrativo, conduzido pela polícia judiciária militar, voltado para a colheita

de provas (em especial para elucidar o cometimento de infração penal militar e seus autores). Seu conjunto de diligências

atua de forma preparatória a ação penal, a fim de formar convicção do MP. As principais características do inquérito policial

são: ser um procedimento escrito e inquisitório, não admitindo contraditório e ampla defesa.

• A prova colhida no inquérito serve somente como indício e precisa ser confirmada em juízo, garantindo ao acusado os

princípios do devido processo legal, contraditório e ampla defesa. A exceção fica por conta das provas periciais, impossíveis

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de serem postergadas, como, por exemplo, no exame de corpo de delito. Entretanto, a defesa do réu pode manifestar ao

juízo o pedido de refazimento da perícia, quando necessário e demonstrado o prejuízo para o réu.Lembre que o IPM não

necessita buscar à formação de provas suficientes ou cabais para a condenação, mas apenas para servir de base para a

denúncia, na forma de indícios.

• Ter especial atenção para as regras de antiguidade previstas para a indicação de encarregado e escrivão de IPM, contidas

no CPPM, em especial os artigos 10 e 11.

• Os prazos envolvidos no IPM são muito importantes e sempre cobrados nas questões de provas: observem os mapas

mentais das rodadas 2 e 3!!!

• Lembrar que no CPPM, em casos excepcionais, a inquirição pode ser feita fora do horário diurno (essa previsão não existe

no CPP). O CPP também não aborda os limites de inquirição como fez o CPM (art. 19, § 2º).

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• Ministério Público- apenas o Ministério Público pode solicitar o arquivamento do processo, visto que é o titular da ação

penal (art. 129, I, da CF. Lembremos dos dois princípios seguintes sobre a atuação do MP:

a) Princípio da Obrigatoriedade – estando o Ministério Público diante de indícios de materialidade e da autoria criminal tem

o dever legal de propor a ação penal pública, ou seja, presentes os pressupostos legais que permitam a propositura da ação,

deverá oferecer, obrigatoriamente, a denúncia. O Princípio da Obrigatoriedade informa o dever de agir do Ministério

Público, não lhe conferindo discricionariedade para se valer de quaisquer critérios de oportunidade e conveniência na

propositura da ação penal.

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Parte 2

TÉCNICO Área de atividade: apoio técnico-administrativo

Especialidade: Administração

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PORTUGUÊS (POR) - ALBERT IGLÉSIA

• Uso dos porquês

o Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início da oração, equivale-se a por qual motivo, o

“que” é átono)

o Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase interrogativa é indireta)

o Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e o “que” é tônico)

o Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a

pelo qual)

o Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial, indica circunstância de causa)

o Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa explicativa)

o Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

• Acento diferencial: com a vigência das novas regras ortográficas, foi abolido, salvo algumas exceções.

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o Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

o Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

o Ele pôde (verbo PODER na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)

o Ele pode (verbo PODER na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

o Pôr (verbo) - por (preposição)

• Emprego de pronomes

o Lhe(s): como complemento verbal, funciona como objeto indireto.

o (s) e a(s): como complementos verbais, funcionam como objetos diretos.

o Que: como conjunção integrante, não tem antecedente e conecta uma oração subordinada de valor substantivo

(objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua principal; como pronome

relativo, substitui um termo anterior e introduz oração subordinada adjetiva.

o Cujo: estabelece uma relação de posse/dependência entre os termos antecedente e consequente, concorda em

gênero e número com a “coisa” possuída e não admite artigo antes ou depois dele.

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• Colocação pronominal

o O particípio não admite ênclise.

o O futuro do presente e o futuro do pretérito também não admitem ênclise.

o É lícita a próclise ou a ênclise mesmo quando o infinitivo estiver precedido de palavra atrativa.

• Voz passiva: indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito, ocorre com VTD e não pode ser formada com VTI, VI, VL

e na estrutura VTD+SE+PREPOSIÇÃO.

• Tempo composto dos verbos: é formado pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal

(tenho cantado, havia bebido, teria mentido)

• Modos verbais

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o Indicativo: é associado a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou futuras que consideramos de ocorrência certa.

o Subjuntivo: também é associado a acontecimentos presentes, pretéritos ou futuros; mas com ocorrência provável,

hipotética, duvidosa.

o Imperativo: é associado a ordens, pedidos, súplicas que desejamos.

• Regência nominal: é a relação entre um substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo

complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição. Exemplo: Os cursos do Ponto têm sido úteis a muitos

candidatos.

• Regência verbal

o Assistir

a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR; seu complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao final do

campeonato.

b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER, TER DIREITO; seu complemento também é regido pela preposição

A: Não assiste ao professor reclamar tanto.

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c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso, exige preposição A) com sentido de SOCORRER, PRESTAR ASSISTÊNCIA:

O médico assistiu a vítima. Igualmente correta estaria a construção: O médico assistiu à vítima. Repare o acento grave

indicativo de crase (fusão da preposição A com o artigo feminino A(S) que antecede substantivo de mesmo gênero

gramatical).

d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há seis anos resido em Brasília. Observe a presença da preposição “em”

exigida pelo verbo e que introduz o adjunto adverbial de lugar (não confunda esse termo com objeto indireto).

o Aspirar

a) VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo.

b) VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturário aspira ao cargo de gerente.

o Visar

a) VTD = mirar, ver: O caçador visou o tigre.

b) VTD = rubricar, dar visto: O gerente visou o cheque.

c) VTI (prep. A) = almejar, ter como objetivo: Visamos ao bom ensino da linguagem.

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• Crase

o O acento grave não é empregado na estrutura SINGULA + PLURAL: O fato corresponde a atividades exercidas

anteriormente.

o Se você utiliza ao(s) diante do gênero masculino, utilize à(s) diante do gênero feminino: Assistimos aos jogos pela

televisão. / Assistimos às competições pela televisão.

o A crase é obrigatória nas locuções femininas adverbiais, prepositivas e conjuntivas: Comprei o carro à vista. / À custa de

muito esforço, conseguimos o bom resultado. / À medida que estudo, mais aprendo.

o A crase não ocorre diante de verbos: A partir de agora, só estudo na turma de elite do Ponto.

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INFORMÁTICA (INFO) – PATRÍCIA QUINTÃO

• A segurança está ligada a tudo o que manipula direta ou indiretamente a informação (inclui-se aí também a própria

informação e os usuários), e que merece proteção. Esses elementos são chamados de ativos.

o A segurança da informação busca proteger os ativos de uma empresa ou indivíduo com base na preservação de

alguns princípios:

▪ Confidencialidade (ou sigilo): é a garantia de que a informação não será conhecida por quem não deve. O

acesso às informações deve ser limitado, ou seja, somente as pessoas explicitamente autorizadas podem

acessá-las.

▪ Integridade: é a garantia de que a informação que foi armazenada é a que será recuperada. A modificação deve

ser realizada somente pelas partes devidamente autorizadas.

▪ Disponibilidade: pressupõe garantir a prestação contínua do serviço, sem interrupções no fornecimento de

informações para quem é de direito.

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▪ Autenticidade: busca garantir que quem realiza a operação é quem diz ser. É a garantia da identidade de uma

pessoa (física ou jurídica) ou de um servidor (computador) com quem se estabelece uma transação (de

comunicação, como um e-mail, ou comercial, como uma venda on-line).

O mnemônico DICA ou CIDA já apareceu em prova, considerando a tríade de segurança mais a autenticidade.

▪ Não repúdio (ou irretratabilidade): é a garantia de que um agente não consiga negar (dizer que não foi feito)

uma operação ou serviço que modificou ou criou uma informação. Tal garantia é condição necessária para a

validade jurídica de documentos e transações digitais. Só se pode garantir o não-repúdio quando houver

autenticidade e integridade (ou seja, quando for possível determinar quem mandou a mensagem e garantir que

a mesma não foi alterada).

▪ Confiabilidade: condição em que um sistema de informação presta seus serviços de forma eficaz e eficiente, ou

melhor, um sistema de informação irá “desempenhar o papel que foi proposto para si”.

o Esses princípios são aplicados na prática, nos ambientes tecnológicos, a partir de um conjunto de controles como, por

exemplo, criptografia, autenticação de usuários e equipamentos redundantes (possui um segundo dispositivo que

está imediatamente disponível para uso quando da falha do dispositivo principal).

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o Os três princípios considerados centrais são: a Confidencialidade, a Integridade e a Disponibilidade. Eles formam a

tríade da Segurança da Informação (É possível encontrar a sigla CID, para fazer menção às iniciais desses 3

princípios!).

• Phishing, scam ou phishing scam: fraude que se dá por meio do envio de mensagem não solicitada, que se passa por

comunicação de uma instituição conhecida, e que procura induzir o acesso a páginas fraudulentas (falsificadas), projetadas

para furtar dados pessoais e financeiros de usuários desavisados.

• Botnet (Rede Zumbi): rede infectada por bots, sendo composta geralmente por milhares desses elementos maliciosos, que

ficam residentes nas máquinas, aguardando o comando de um invasor.

o Um invasor que tenha controle sobre uma botnet pode utilizá-la para:

▪ coletar informações de um grande número de computadores;

▪ “clicar” em anúncios e gerar receitas fraudulentas;

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▪ enviar spam em grande escala;

▪ hospedar sites de phishing;

▪ iniciar ataques de negação de serviço que impedem o uso de serviços online;

▪ infectar milhões de computadores por hora, etc.

▪ A Computação em Nuvem surgiu com o objetivo de suprir a necessidade de compartilhar ferramentas

computacionais pela interligação dos sistemas.

▪ Para isso faz uso da Internet como meio de comunicação.

▪ O usuário não fica mais preso a um hardware ou software específico, ela cria a possibilidade de acesso às

informações em QUALQUER HORA E LUGAR, através da INTERNET.

▪ Segundo o NIST (National Institute of Standards and Technology), a Cloud Computing possui 04 modelos de

implantação: nuvem pública, nuvem privada, nuvem comunitária e nuvem híbrida.

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▪ A figura seguinte fornece uma visão mais ampla sobre os papéis dos envolvidos nos modelos de serviços da

Cloud Computing, que são:

▪ o provedor do serviço,

▪ os desenvolvedores de aplicações, e

▪ o usuário final.

• Ao configurar a forma de acesso aos e-mails lembre-se de que o protocolo POP (Post Office Protocol Version 3 - Protocolo

de Agência de Correio “Versão 3”) busca as mensagens para o computador local. Neste caso, as mensagens armazenadas

localmente, a organização das pastas e outros detalhes só existirão no computador local.

Para usar a estrutura de pastas em vários computadores, deve-se optar pelo protocolo IMAP (Internet Message Access Protocol

- Protocolo de Acesso ao Correio da Internet).

o POP3: é usado para o recebimento de mensagens de e-mail. Através do POP, um usuário transfere, para seu

computador, as mensagens armazenadas em sua caixa postal no servidor. Assim, a partir do momento em que

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descarregar as mensagens do servidor de e‑mail para o seu computador, mesmo estando off-line (desconectado da

Internet), você conseguirá acessar as suas mensagens de e‑mail. Atualmente esse protocolo encontra‑se em sua

terceira versão, daí o termo POP3. Utiliza a porta 110 do protocolo TCP.

o IMAP: utilizado em substituição ao POP para permitir que uma mensagem seja lida diretamente pelo browser

(navegador) ou em um programa cliente de e-mail (como Microsoft Outlook, Mozilla Thunderbird, etc.) SEM que ela

seja retirada do servidor de entrada (servidor de recebimento das mensagens).

o SMTP (Simple Mail Transfer Protocol - Protocolo de Transferência Simples de Correio): é um protocolo de envio de e-

mail apenas. Com ele, não é possível que um usuário descarregue suas mensagens de um servidor. Esse protocolo

utiliza a porta 25 do protocolo TCP.

• Para Copiar e Mover Arquivos e Pastas no Windows:

Clique no objeto desejado e arraste-o para a pasta de destino...

...segurando a tecla CTRL, caso queira copiá-lo; ou

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...segurando a tecla SHIFT, caso queira movê-lo.

E se eu ARRASTAR SEM SEGURAR NENHUMA TECLA?)...

... será COPIAR, se a pasta de destino e a pasta de origem estiverem em unidades de disco (drives) diferentes (de A: para C:);

ou

...será MOVER, se a pasta de origem e a pasta de destino estiverem na Mesma Unidade de Disco (drive), como em de

C:\Teste para C:\aulas.

• Compartilhar é o ato de liberar o acesso a um determinado recurso (como drives de disquete, drives de CD-ROM,

impressoras, pastas e mesmo uma unidade de disco inteira) para os usuários de outros computadores na mesma rede. Em

outras palavras, deixar que outras pessoas acessem o recurso compartilhado (pasta, impressora, etc.).

• É possível selecionar vários arquivos de uma só vez no Windows Explorer. Para isso:

o clique no primeiro e, segurando SHIFT, clique no último, para selecionar uma sequência de arquivos;

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o clique no primeiro e, segurando CTRL, clique nos demais arquivos, para selecionar vários deles alternadamente

(arquivos não adjacentes).

• Principais extensões de arquivos do LibreOffice:

Extensão Descrição

.odt Documento de texto do Writer.

.ods Planilha do Calc.

.odp Apresentação de slides do Impress.

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• Para fazer referências no Calc e no Excel:

Para fazer ...No Excel ...No Calc

Referência a uma célula (Ex.: D9) localizada na MESMA planilha em que a fórmula

está sendo escrita. D9 D9

Referência a uma célula (por exemplo D9) localizada em

OUTRA planilha (Ex.: Plan1) no MESMO arquivo. Plan1!D9 Plan1.D9

Referência a uma célula (Ex.: D9) localizada em OUTRA planilha (Ex.: Plan1) dentro

de OUTRO arquivo (Ex.: projeto.xls). [projeto.xls]Plan1!D9 ‘projeto.xls’#Plan1.D9

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP (LEG) – RICARDO GOMES

• O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual,

posto a CF-88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o TJDFT, o MPDFT é mantido com

recursos da União.

• O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do

Ministério Público Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar – MPM ou Ministério

Público do DF e Territórios – MPDFT).

• O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO

FEDERAL (“sabatina” do Senado).

• É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada

também pelo Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal.

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• Enquanto o mandato do PGR é de 2 ANOS, sendo permitidas quantas reconduções desejar o Presidente da República, os

Procuradores-Gerais de Justiça (PGJs) terá mandato de 2 ANOS, mas só poderão ser reconduzidos por + 1 MANDATO (1 única

recondução).

• A Lei Complementar nº 75/93, que estabelece a organização, as atribuições e o estatuto do MP da UNIÃO (MPU). De outro

lado, a Lei nº 8.625/1993 que estabelece normas GERAIS da organização do Ministério Público ESTADUAL, prevendo a

instituição de Leis Orgânicas Estaduais (na forma de Leis Complementares), que estabelecerão normas ESPECÍFICAS de cada

MP de cada Estado.

• Compete ao MPU exercer o controle EXTERNO da Atividade Policial – o Ministério Público é o órgão fiscalizador e

controlador de toda a atividade policial, conforme previsto na CF-88 e na Lei Complementar nº 75/93. Ressalte-se que o

controle interno é realizado pelos próprios órgãos das Polícias (ex: Corregedorias de Polícia, etc).

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• Os Membros do Ministério Público da UNIÃO e dos ESTADOS ostentam as mesmas Garantias constitucionais dos

integrantes do Poder Judiciário (Magistrados), quais sejam: Vitaliciedade, Inamovibilidade e Irredutibilidade do Subsídio.

• O VICE-PGR substitui apenas provisoriamente o PGR (Ex: férias, impedimentos). O VICE-Presidente do Conselho Superior

do MPF assume o cargo em caso de vacância (cargo declarado vago).

• Cabe ao PGR convocar as Reuniões do Conselho de Assessoramento Superior do MPU, mas qualquer de seus Membros

poderá solicitar a convocação.

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ÉTICA (ETI) – MARCELO CAMACHO

• Ética tem origem no grego ethos, que significa modo de ser.

• A palavra moral vem do latim mos ou mores, ou seja, costume ou costumes. 3. A primeira é uma ciência sobre o

comportamento moral dos homens em sociedade e está relacionada à Filosofia. Sua função é a mesma de qualquer teoria:

explicar, esclarecer ou investigar determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. A segunda, como define o

filósofo Vásquez, expressa “um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual

dos homens”.

• O conceito de ética, segundo o Dicionário Aurélio, diz respeito ao estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta

humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de

modo absoluto.

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• Ao campo da ética, diferente do da moral, não cabe formular juízo valorativo, mas, sim, explicar as razões da existência de

determinada realidade e proporcionar a reflexão acerca dela. A moral é normativa e se manifesta concretamente nas diferentes

sociedades como resposta a necessidades sociais; sua função consiste em regulamentar as relações entre os indivíduos e entre

estes e a comunidade, contribuindo para a estabilidade da ordem social.

• A reflexão ética pode inclusive contestar as regras morais vigentes, entendendo-as, por exemplo, como ultrapassadas ou

simplesmente erradas do ponto de vista pessoal.

• Segundo o Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios

 morais que se devem observar no exercício de uma profissão chama-se deontologia.

• A ética profissional e, pode-se dizer, a moral aplicada ao ambiente de trabalho. E regido pela ética profissional que o

funcionário nao agride o outro, nao rouba nem se apropria dos aparelhos e utensílios do escritório, etc. Enfim, são as regras

básicas para o bom convívio entre as pessoas dentro de uma empresa, e entre os empregados e a própria empresa. Essas

regras podem vir, dependendo da empresa, expressas em códigos de conduta, constantes no próprio contato de trabalho,

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assinado pelo empregado, ou em outras situações. Apesar disso, as regras de ética profissional nao tem caráter sancionatório,

vinculativo. Como se baseiam na moral, são dotadas de uma inafastavel subjetividade, sendo que em cada situação, em cada

empresa, em cada grupo, as regras podem variar, nao se configurando uma regra geral imposta a todos.

• A ética envolve um processo avaliativo especial sobre o modo como os seres humanos intervêm no mundo ao seu redor,

principalmente quando se relacionam com os seus semelhantes.

• Assim como os fenômenos da natureza (movimentos das rochas, dos mares e dos planetas, etc.), as ações humanas também

modificam o mundo. Contudo, esses dois tipos de eventos - naturais e humanos - são apreciados por nós de formas

completamente distintas.

• Quando se trata de uma ação humana, por exemplo um roubo praticado por alguém, fazemos não apenas uma avaliação

moral do aspecto exterior, visível, do evento (a apropriação indevida de algo que pertence a outra pessoa), mas principalmente

uma avaliação moral do sentido dessa ação para o agente que a pratica, em um esforço para compreender as suas intenções.

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• Quando, porém, se trata de um fenômeno da natureza, como uma acomodação de placas da crosta terrestre que causa

terremotos na superfície do planeta, essa avaliação moral não ocorre, exatamente porque não há como atribuir uma intenção

àquela força.

• A moral não se reduz ao aspecto social. À medida em que o indivíduo desenvolve a reflexão crítica, os valores herdados

passam a ser colocados em questão. Ele reflete sobre as normas e decide aceitá-las ou negá-las.

• A decisão de acatar uma norma é fruto de uma reflexão pessoal e consciente, que se chama interiorização. Essa interiorização

da norma é que qualifica o ato com a moral. Faltando a interiorização, o ato não é considerado moral, é apenas um

comportamento determinado pelos instintos, pelos hábitos ou pelos costumes.”

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RACIOCÍNIO LÓGICO (RL) – GUILHERME NEVES

• Os conectivos lógicos cobrados em provas são Conjunção (e), Disjunção Inclusiva (ou), Disjunção Exclusiva (ou...ou),

Condicional (se..., então) e o Bicondicional (...se e somente se...). É muito importante memorizá-los.

• Os conectivos podem estar “disfarçados” sob expressões equivalentes.

Exemplo 1: “Fui à praia, mas não estudei” = “Fui à praia e não estudei.

Exemplo 2: “Quando vou à praia, não durmo”= “Se vou à praia, então não durmo”.

Exemplo 3: “Penso, logo existo” = “Se penso, então existo”.

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• Cada um dos conectivos é representado por um símbolo.

Nome do Conectivo Forma mais comum Símbolo

Conjunção e ∧

Disjunção (Inclusiva) ou ∨

Disjunção Exclusiva Ou...ou ∨

Condicional Se..., então →

Bicondicional ...se e somente se ⟷

• 4. Como distinguir os símbolos e ? Basta colocar uma letra O ao lado dos símbolos. Observe:

O / O

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Em qual das duas situações você consegue ler “OU”? Na palavra da esquerda! Portanto, aquele símbolo é o “ou”.

Consequentemente o outro é o “e”.

Outro processo mnemônico consiste em colocar um “pontinho” em cima do símbolo. Vejamos:

Em qual das duas situações você consegue ver a letra cursiva “i”? No símbolo da direita! Portanto, aquele símbolo é o “e”

(mesmo fonema do “i”).

• Para facilitar o processo mnemônico, podemos fixar as regras que tornam as compostas verdadeiras.

Conjunção As duas proposições p, q devem ser verdadeiras

Disjunção Inclusiva

Ao menos uma das proposições p, q deve ser verdadeira. Não pode ocorrer o caso de as duas

serem falsas.

Disjunção Exclusiva

Apenas uma das proposições pode ser verdadeira. A proposição composta será falsa se os dois

componentes forem verdadeiros ou se os dois componentes forem falsos.

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Condicional

Não pode acontecer o caso de o antecedente ser verdadeiro e o consequente ser falso. Ou seja, não

pode acontecer V(p)=V e V(q)=F. Em uma linguagem informal, dizemos que não pode acontecer VF,

nesta ordem.

Bicondicional

Os valores lógicos das duas proposições devem ser iguais. Ou as duas são verdadeiras, ou as duas

são falsas.

• Grosso modo, duas proposições são logicamente equivalentes quando elas “dizem a mesma coisa”.

Por exemplo:

Eu joguei o lápis.

O lápis foi jogado por mim.

As duas proposições acima têm o mesmo significado. Elas querem dizer a mesma coisa!! Quando uma delas for verdadeira,

a outra também será. Quando uma delas for falsa, a outra também será. Dizemos, portanto, que elas são logicamente

equivalentes.

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Em símbolos, escrevemos .

• Memorize as seguintes equivalências:

Estas duas equivalências são responsáveis por 99% das questões sobre equivalências em concursos.

A equivalência permite construir uma proposição composta pelo “se...,então...” a partir de outra

proposição composta pelo “se...,então”. Para tanto, basta negar os dois componentes e trocar a ordem.

Exemplo: São equivalentes as proposições “Se bebo, então não dirijo” e “Se dirijo, então não bebo”.

A equivalência permite construir uma proposição composta pelo “ou” a partir de uma composta pelo

“se...,então...”. Para tanto, basta negar o primeiro componente.

Exemplo: São equivalentes as proposições “Penso, logo existo” e “Não penso ou existo”.

• Para negar uma proposição composta pelo conectivo “ou”, deve-se negar os componentes e trocar o conectivo por “e”.

Exemplo: A negação de “Corro ou não durmo” é “Não corro e durmo”.

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• Para negar uma proposição composta pelo conectivo “e”, deve-se negar os componentes e trocar o conectivo por “ou”.

Exemplo: A negação de “Corro e não durmo” é “Não corro ou durmo”.

• Para negar uma proposição composta pelo “Se...,então...”: copie o antecedente, negue o consequente e troque o conectivo

por “e”. Em outras palavras, copie a primeira parte, negue a segunda e troque por “e”.

Exemplo: A negação de “Penso, logo existo” é “Penso e não existo”.

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DIREITO CONSTITUCIONAL (DCO) – FRED

• Podemos classificar os direitos fundamentais em três dimensões (ou gerações):

o Na primeira dimensão, temos os direitos ligados aos ideais do Estado liberal, de natureza negativa (exigindo um não

fazer), com foco na liberdade individual frente ao Estado (direitos civis e políticos).

o Na segunda dimensão, temos os direitos ligados aos ideais do Estado social, de natureza positiva, com foco na

igualdade entre os homens (direitos sociais, culturais e econômicos).

o Na terceira dimensão, temos os direitos de índole coletiva e difusa (pertencentes a um grupo indeterminável de

pessoas), com foco na fraternidade entre os povos (direito ao meio ambiente, à paz, ao progresso etc.) (Tema: Direitos

e Garantias Fundamentais).

• As expressões direitos e garantias não se confundem. Enquanto os direitos são os bens em si mesmo considerados

(principal), as garantias são instrumentos de preservação desses bens (acessório). Por exemplo, para proteger o direito de

locomoção, a Constituição prevê a garantia do habeas corpus (Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

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• Se inicialmente os direitos fundamentais surgiram tendo como titulares as pessoas naturais, hoje já se reconhece direitos

fundamentais em favor das pessoas jurídicas ou mesmo em favor do Estado. Por exemplo, o direito de requisição

administrativa previsto do art. 5°, XXV da CF/88, é um direito fundamental que tem como destinatário o Estado. (Tema:

Direitos e Garantias Fundamentais)

• Embora originalmente visassem regular a relação indivíduo-estado (relações verticais), atualmente os direitos

fundamentais devem ser respeitados mesmo nas relações privadas, entre os próprios indivíduos (relações horizontais). Por

exemplo, o direito de resposta proporcional ao agravo, no caso de dano material, moral ou à imagem (CF, art. 5°, V). (Tema:

Direitos e Garantias Fundamentais)

• Os direitos fundamentais não dispõem de caráter absoluto, já que encontram limites nos demais direitos previstos na

Constituição (Princípio da relatividade ou da convivência das liberdades públicas). Ademais, direitos fundamentais não

podem ser utilizados como escudo protetivo da prática de atividades ilícitas. A título de exemplo: (i) a garantia da

inviolabilidade das correspondências não será oponível ante a prática de atividades ilícitas; (ii) a liberdade de pensamento

não pode conduzir ao racismo – e assim por diante. (Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

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• Embora o caput do art. 5º da Constituição diga textualmente que os direitos e garantias fundamentais são garantidos aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, a jurisprudência entendeu de forma diversa. Na verdade, a expressão

“estrangeiros residentes no País” deve ser entendida como “estrangeiros sob as leis brasileiras”. Ou seja, os direitos e

garantias fundamentais aplicam-se a estrangeiros residentes ou não-residentes, enquanto estiverem sob o manto do nosso

ordenamento jurídico. Mas, atenção! Não é que todos os direitos são destinados a estrangeiros. Não, não. A ação popular,

por exemplo, é garantia que não poderá ser estendida a estrangeiros em geral, pois apenas o cidadão é legitimado ativo.

(Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

• Os direitos e garantias fundamentais estão disciplinados no Título II (arts. 5º a 17), por isso denominado “catálogo dos

direitos fundamentais”. Mas, nem todos os direitos e garantias fundamentais presentes na nossa Constituição estão

enumerados nesse catálogo próprio. Há, também, diversos direitos fundamentais presentes em outros dispositivos da

nossa Constituição (ou mesmo fora dela). Assim, é bom lembrar que a enumeração constitucional dos direitos e garantias

fundamentais não é limitativa, taxativa, haja vista que outros poderão ser reconhecidos ulteriormente, seja por meio de

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futuras emendas constitucionais (EC) ou mesmo mediante normas infraconstitucionais, como os tratados e convenções

internacionais celebrados pelo Brasil. (Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

• Atualmente, os tratados e convenções internacionais celebrados pelo Brasil poderão assumir três diferentes posições

hierárquicas ao serem incorporados ao nosso ordenamento pátrio, a saber:

o tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos incorporados pelo rito especial do § 3º do art. 5º da

Constituição Federal (CF, art. 5°, §3°): status de emenda constitucional.

o demais tratados e convenções internacionais que não tratam de direitos humanos: status de lei ordinária federal.

o tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos incorporados pelo rito ordinário: status de supralegalidade

(situam-se acima das leis, mas abaixo da Constituição). (Tema: Direitos e Garantias Fundamentais)

• As formas de Estado (Estado Unitário x Federação) não se confundem com os sistemas de governo (Presidencialismo x

Parlamentarismo) ou com as formas de governo (República x Monarquia). (Tema: Organização do Estado)

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• Cada um dos poderes do Estado exerce não somente suas funções típicas, mas também funções atípicas. Por exemplo, o

Poder Judiciário exerce tipicamente a função jurisdicional. Mas também exerce função executiva (atipicamente) ao realizar

concurso público para suprir seu quadro de pessoal, ou ao realizar uma licitação para compra de canetas, por exemplo. E

exerce função legislativa (atipicamente) quando um tribunal edita seu regimento interno (Tema: Princípios Fundamentais e

Organização dos Poderes).

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DIREITO ADMINISTRATIVO (DAD) – CARLOS

• Governo e Administração Pública, em seus variados aspectos e conceitos:

o Governo:

a) em sentido formal: é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais;

b) em sentido material: é o complexo de funções estatais básicas;

c) em sentido operacional, é a condução política dos negócios públicos;

o Administração Pública:

a) em sentido formal: é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo;

b) em sentido material: é o conjunto das funções necessárias aos serviços em geral;

c) em sentido operacional: é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele

assumidos em benefício da coletividade.

A expressão Administração Pública não se confunde com o Poder Executivo! A primeira caracteriza o conjunto de órgãos e

agentes estatais no exercício da função administrativa, independentemente se são pertencentes ao Poder Executivo, ao

Legislativo, ao Judiciário, ou a qualquer outro organismo estatal, como o Ministério Público ou Defensorias Públicas.

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o Administração Pública:

a) Sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes identificados como Administração

Pública (quem exerce). Não importa a atividade que exerçam, em regra, esses órgãos, entidades e agentes desempenham

função administrativa;

b) Sentido material, objetivo ou funcional: conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias da função

administrativa. O conceito adota a atividade como referência (não obrigatoriamente quem a exerce).

• Entendimento pacificado do STF: os conselhos fiscalizadores de profissões regulamentadas têm natureza de autarquia

federal, com personalidade jurídica de direito público, poder de polícia e imunidade tributária. Ex.: Conselhos Federal e

Regionais de Medicina, Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade, Conselhos Federal e Regionais de Economia, etc.,

com exceçãoda Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a qual o STF qualificou como "serviço público independente", não

integrante da Administração Pública, nem passível de ser classificada em categoria alguma prevista em nosso ordenamento

jurídico.

• Possibilidades de fundação (somente as duas primeiras pertencem à Administração indireta):

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a) Fundação pública de direito público: também conhecida como fundação autárquica ou autarquia fundacional, é

diretamente criada por lei específica;

b) Fundação pública de direito privado: conhecida como fundação pública (art. 5o, IV, do Decreto-Lei n. 200, de 1967), cuja

criação é autorizada por lei específica, dependendo de registro de seus atos constitutivos em cartórios para aquisição de

personalidade jurídica (art. 45 do Código Civil);

c) Fundação privada; esta espécie não integra a Administração Pública direta nem indireta.

• Para a criação de entidades da Administração Pública indireta, sempre há dependência de lei, de uma forma ou de outra:

a) Autarquias e fundações públicas de direito público: são criadas diretamente por lei específica;

b) Empresas pública, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito privado: lei autoriza a criação, mas depende

de registro dos atos constitutivos em cartório competente, para aquisição da personalidade jurídica.

• O princípio da legalidade possui significados distintas:

a) Aos particulares: têm a garantia constitucional que prevê a liberdade para fazer tudo o que a lei não proíba; e

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b) À Administração Pública:sua atuação é restrita pelo princípio da legalidade, que só poderá fazer o que a lei determine ou

autorize, portanto, quando não houver previsão legal, não haverá possibilidade de atuação administrativa. A atividade

administrativa não pode ser contrária à lei (contra legem) nem de maneira não abrangida pela lei (praeterlegem), mas apenas

conforme a lei (secundumlegem), sob pena de invalidação (casos de anulação pela própria Administração ¾ princípio da

aututela¾ ou pelo Poder Judiciário, quando provocado).

• No âmbito do Direito Administrativo, o abuso de poder pode ocorrer mediante:

a) Excesso de poder: ato praticado fora da competência do administrador;

b) Desvio de poder: ato praticado dentro da competência do administrador, porém, com desvio de finalidade;

c) Omissão: também pode caracterizar o abuso de poder (ato omissivo). A omissão genéricanão caracteriza o abuso de

poder (escolha do momento mais oportuno para o incremento das políticas de Administração, que não possuem prazo

determinado). A omissão específica caracteriza o abuso de poder quando a Administração Pública tem o dever de agir.

• Poder Disciplinar: prerrogativa da Administração de punir seus próprios servidores, e de aplicar sanções ao particular

vinculado à Administração por meio de ato ou contrato.

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• Sanções administrativas: somente derivam do poder hierárquico quando aplicadas aos servidores públicos que pratiquem

infrações funcionais. Porém, quando aplicadas a um particular que tenha celebrado um contrato administrativo com o

Poder Público e incorra em alguma irregularidade na execução desse contrato, têm fundamento no poder disciplinar, mas

não no poder hierárquico.

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ADMINISTRAÇÃO (ADM) – MARCELO CAMACHO

Cultura Organizacional

• A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e crenças estabelecidos através de normas,

valores, atitudes e expectativas compartilhados por todos os membros da organização. Ela refere-se ao sistema de

significados compartilhados por todos os membros e que distingue uma organização das demais. Constitui o modo

institucionalizado de pensar e agir que existe em uma organização.

• A essência da cultura de uma empresa é expressa pela maneira como ela faz seus negócios, a maneira como ela trata seus

clientes e funcionários, o grau de autonomia ou liberdade que existe em suas unidades ou escritórios e o grau de lealdade

expresso por seus funcionários com relação à empresa.

• A cultura organizacional representa as percepções dos dirigentes e funcionários da organização e reflete a mentalidade

que predomina na organização. Por esta razão, ela condiciona a administração das pessoas.

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• A subcultura pode ser definida como um grupo de pessoas com padrões especiais e peculiares e valores que não

representam ameaça para os demais valores dominantes da organização. Ou seja, apesar de existir uma cultura dominante,

dentro das organizações é possível encontrar culturas menores e com alguns aspectos diferenciados.

• Etapas da criação da cultura:

o fundadores contratam e mantêm funcionários que pensam e sintam as coisas como eles;

o doutrinam e socializam os funcionários de acordo com sua forma de pensar e sentir;

o o comportamento dos fundadores age como um modelo que encoraja os funcionários a se identificar com eles;

• Manutenção da cultura:

A cultura pode ser reforçada através dos seguintes instrumentos:

o práticas de seleção;

o ações dos dirigentes;

o métodos de socialização.

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• Componentes da Cultura Organizacional

Para Schein, as manifestações da cultura organizacional devem ser compreendidas por meio de três níveis de análise:

artefatos, valores compartilhados e pressuposições básicas.

▪ Artefatos: Constituem o primeiro nível da cultura, o mais superficial, visível e perceptível. Artefatos são as coisas

concretas que cada um vê, ouve e sente quando se depara com uma organização. Incluem os produtos, serviços, e os

padrões, de comportamento dos membros de uma organização. Quando se percorre os escritórios de uma

organização, pode-se notar como as pessoas se vestem, como elas falam, sobre o que conversam, como se

comportam, o que são importantes e relevantes para elas. Os artefatos são todas ou eventos que podem nos indicar

visual ou auditivamente como é a cultura da organização. Os símbolos, as histórias, os heróis, os lemas, as cerimônias

anuais são exemplos de artefatos. Os funcionários aprendem a cultura organizacional através por intermédio destes

artefatos:

▪ Histórias: Contos e passagens sobre o fundador da companhia, lembranças, sobre dificuldades ou eventos especiais,

regras de conduta, corte e recolocação de funcionários. Acertos e erros do passado geralmente ancoram o presente

no passado e explicam a legitimação das práticas atuais.

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▪ Rituais e Cerimonias: São seqüências repetitivas de atividades que expressam e reforçam os valores principais da

organização. As cerimônias de fim de ano e as comemorações do aniversário da organização são rituais que reúnem e

aproximam a totalidade dos funcionários para motivar e reforçar aspectos da cultura da organização, bem como

reduzir os conflitos.

▪ Símbolos Materiais: A arquitetura do edifício, as salas e mesas, o tamanho e arranjo físico dos escritórios constituem

símbolos materiais que definem o grau de igualdade ou diferenciação entre as pessoas e o tipo de comportamento (

como assumir riscos ou seguir a rotina, autoritarismo ou espírito democrático, estilo participativo ou individualismo,

atitude conservadora ou inovadora) desejado pela organização. Os símbolos materiais constituem a comunicação não

verbal.

▪ Linguagem: Muitas organizações e mesmo unidades dentro das organizações utilizam a linguagem como um meio de

identificar membros de uma cultura ou subcultura. Ao aprender a linguagem, o membro confirma a aceitação da

cultura e ajuda a preservá-la. As organizações desenvolvem termos singulares para descrever equipamentos,

escritórios, pessoas - chaves, fornecedores, clientes ou produtos. Também a maneira como as pessoas se vestem e os

documentos utilizados constituem formas de expressar a cultura organizacional

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• Valores compartilhados: Constituem o segundo nível da cultura. São os valores relevantes que se tornam importantes

para as pessoas e que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. Funcionam como justificativas aceitas por

todos os membros. Em muitas culturas organizacionais os valores são criados originalmente pelos fundadores da

organização.

• Pressuposições básicas: Constituem o nível mais íntimo, profundo e oculto da cultura organizacional. São as crenças

inconscientes, percepções, sentimentos e pressuposições dominantes nos quais as pessoas acreditam. A cultura prescreve a

maneira de fazer as coisas adotadas na organização, muitas vezes através de pressuposições não escritas e nem sequer

faladas.

A cultura organizacional se caracteriza pela sua aceitação implícita pelos seus membros. Ela é também reforçada pelo

próprio processo de seleção, que elimina as pessoas com características discrepantes com os padrões estabelecidos e ajuda

a preservar a cultura.

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•Tipos de Cultura

o Culturas Adaptativas

Caracterizam-se pela sua maleabilidade e flexibilidade e são voltadas para a inovação e a mudança. São organizações que

adotam e fazem constantes revisões e atualizações, em suas culturas adaptativas se caracterizam pela criatividade, inovação

e mudanças. De um lado, a necessidade de mudança e a adaptação para garantir a atualização e modernização, e de outro,

a necessidade de estabilidade e permanência para garantir a identidade da organização. O Japão, por exemplo, é um país

que convive com tradições milenares ao mesmo tempo em que cultua e incentiva a mudança e a inovação constantes.

o Culturas Conservadoras

Se caracterizam pela manutenção de idéias, valores, costumes e tradições que permanecem arraigados e que não mudam

ao longo do tempo. São organizações conservadoras que se mantêm inalteradas como se nada tivesse mudado no mundo

ao seu redor.

o Culturas Fortes

Seus valores são compartilhados intensamente pela maioria dos funcionários e influencia comportamentos e expectativas.

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Empresas como IBM, 3M, Merk, Sony, Honda, estão entre aquelas que ostentam culturas fortes.

o Culturas Fracas

São culturas mais facilmente mudadas. Como exemplo, seria uma empresa pequena e jovem, como está no início, é mais

fácil para a administração comunicar os novos valores, isto explica a dificuldade que as grandes corporações tem para

mudar sua cultura.

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ARQUIVOLOGIA (ARQ) – RENATO FENILLI

• A finalidade original de um documento de arquivo é administrativa, constituindo o seu valor primário. Já o valor

secundário – apresentado por apenas parcela dos documentos de arquivo – concerne às suas finalidades probatória e/ou

informativa.

• No que concerne à diplomática (estruturação formal dos documentos), deve-se considerar os seguintes conceitos:

o Gênero = Reunião de espécies documentais que se assemelham por seus caracteres essenciais, particularmente o

suporte e o formato, e que exigem processamento técnico específico e, por vezes, mediação técnica para acesso,

como documentos audiovisuais, bibliográficos, cartográficos, eletrônicos, filmográficos, iconográficos, micrográficos,

textuais.

o Espécie = Divisão de gênero documental que reúne tipos documentais por seu formato. São exemplos de espécies

documentais ata, carta, decreto, disco, filme, folheto, formulário, fotografia, memorando, ofício, planta, relatório.

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o Tipo = Divisão de espécie documental que reúne documentos por suas características comuns no que diz respeito à

fórmula diplomática, natureza de conteúdo ou técnica do registro (é a espécie documental + o objetivo / função do

documento). São exemplos de tipos documentais cartas precatórias, cartas régias, cartas-patentes, decretos sem

número, decretos-leis, decretos legislativos, daguerreótipos, litogravuras, serigrafias, xilogravuras.

o Formato = Conjunto das características físicas de apresentação, das técnicas de registro e da estrutura da informação

conteúdo de um documento (ex: cartão, folha, ficha, folder).

o Forma = trata-se do estágio de preparação de um documento, podendo ser, por exemplo, rascunho / minuta, original

ou cópia

• De acordo com o Princípio da Proveniência, o Princípio da Proveniência, os documentos provenientes de uma mesma

fonte geradora devem ser mantidos em um mesmo fundo. Poderíamos enunciar este princípio da seguinte forma: o

documento de arquivo originário de uma certa instituição não deve ser misturado com proveniente de outra, mantendo-se,

desta maneira, a segregação dos arquivos.

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• Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção,

tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para

guarda permanente.

• Os documentos de arquivo podem ser classificados em três graus de sigilo: reservado (prazo máximo de restrição de

acesso à informação de 5 anos), secreto (até 15 anos) e ultrassecreto (até 25 anos).

• De modo geral, a ordenação é uma tarefa intelectual, cujo produto é a definição do modo como os documentos serão

organizados, dispostos e posteriormente recuperados em um arquivo. Decorre da classificação, cujo produto é a elaboração

de esquemas para o agrupamento de documentos.

• Teoria das Três Idades é a teoria segundo a qual os arquivos são considerados correntes, intermediários ou permanentes,

de acordo com a frequência de uso por suas entidades produtoras e a identificação de seus valores primário e secundário.

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• Tabela de temporalidade é o instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que determina os prazos

e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de documentos.

• Denomina-se conservação o conjunto de atividades que visam à preservação dos documentos, isto é, ações realizadas

com o objetivo de desacelerar os processos de degradação por meio de controle ambiental e de tratamentos específicos,

como higienização, acondicionamento, reparos e outros.

• Ao passo que, na microfilmagem, o documento permanece em meio analógico (cria-se a microficha ou o microfilme), na

digitalização o documento, outrora analógico, é convertido em digital.

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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS (ARM) – RENATO FENILLI

• Um sistema de classificação de materiais tem três atributos: abrangência (referente às características dos materiais),

flexibilidade (referente às interfaces entre tipos de classificação) e praticidade (o modo de aplicação deve ser simples e

direto).

• Um material crítico tem a demanda imprevisível, não está sujeito ao controle de obsolescência e deve ser estocado tendo

como base o risco.

• Estoque é toda porção de mercadoria que permanece armazenada, usualmente de forma improdutiva, até que haja a

demanda para sua efetiva utilização.

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• Na classificação ABC, os itens da classe A possuem maior valor de demanda ou maior valor financeiro em estoque,

fazendo jus a controles mais intensivos.

• Para fins de classificação ABC, deve-se considerar o valor de demanda, e não apenas o valor unitário.

• Os métodos de previsão de estoque classificam-se em três técnicas principais: predileção (qualitativa), projeção e

explicação (quantitativas).

• Os métodos de avaliação de estoque adequados a bens perecíveis são o PEPS (“primeiro que entra é o primeiro que sai”)

ou o FEFO (“firstto expire, first out” – “primeiro a expirar é o primeiro que sai”).

o Em períodos inflacionários, o método UEPS é mais indicado. No entanto, a legislação tributária brasileira veda o uso

do UEPS.

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o O sistema just in time insere-se em uma lógica de sistema de produção puxada, cujo foco é a demanda efetiva

realizada.

• As compras organizacionais devem buscar sempre estabelecer uma relação de ganha-ganha com os fornecedores.

• O recebimento de materiais possui duas grandes fases: o recebimento provisório (ou recebimento em sentido estrito) e o

recebimento definitivo (ou aceitação).

• Os bens patrimoniais compõem o ativo imobilizado da organização.