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13 1. INTRODUÇÃO 1.1 Definição, Dados Epidemiológicos e Etiologia. A Insuficiência Renal Crônica (IRC) foi descrita inicialmente por Richard Bright, médico do Guy’s Hospital de Londres, em meados do século XIX. Os pacientes portadores desta enfermidade, ainda desconhecida, apresentavam vários sinais associados à hipertensão arterial tais como hipertrofia ventricular esquerda e hemorragias cerebrais e seus rins, na maioria dos casos, possuíam um aspecto “contraído e granular”, identificados hoje como fase terminal da IRC, sendo que esta patologia poderia evoluir sem sintomas até a fase terminal (RIELLA, 2006). A IRC vem se destacando no cenário mundial e constitui hoje um importante problema médico e de saúde pública, que vem ocorrendo devido à mudança do perfil de morbidade e mortalidade da população durante as últimas décadas, evidenciando um aumento de portadores de doenças crônico degenerativas, entre as quais se destacam a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, principais causas da IRC (ATKINS, 2005; JUNIOR, 2004). Os rins têm a função de realizar a homeostasia hídrica, ácido-básico e eletrolítico, participam nas funções hormonais, realizam regulação de funções vitais e atuam na regulação da pressão arterial (PARMAR, 2002). A IRC é uma patologia progressiva e irreversível da função renal que ocorre quando os rins já não conseguem desempenhar as suas funções e há consequente quebra da homeostasia do organismo do portador (RIELLA, 1996), ou seja, não são capazes de remover os produtos de deterioração metabólica do corpo ou de manter a homeostasia de sua função. Devido à excreção renal comprometida, as substâncias que iriam ser eliminadas na urina, acumulam-se nos líquidos corporais e levam à ruptura das funções metabólicas, endócrinas e distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básico. A insuficiência renal é uma doença sistêmica e consiste na via final comum de muitas doenças do rim e do trato urinário. (BASTOS, 2011).

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Definição, Dados Epidemiológicos e Etiologia.

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) foi descrita inicialmente por Richard Bright,

médico do Guy’s Hospital de Londres, em meados do século XIX. Os pacientes portadores

desta enfermidade, ainda desconhecida, apresentavam vários sinais associados à

hipertensão arterial tais como hipertrofia ventricular esquerda e hemorragias cerebrais e

seus rins, na maioria dos casos, possuíam um aspecto “contraído e granular”, identificados

hoje como fase terminal da IRC, sendo que esta patologia poderia evoluir sem sintomas até

a fase terminal (RIELLA, 2006).

A IRC vem se destacando no cenário mundial e constitui hoje um importante

problema médico e de saúde pública, que vem ocorrendo devido à mudança do perfil de

morbidade e mortalidade da população durante as últimas décadas, evidenciando um

aumento de portadores de doenças crônico – degenerativas, entre as quais se destacam a

hipertensão arterial e o diabetes mellitus, principais causas da IRC (ATKINS, 2005; JUNIOR,

2004).

Os rins têm a função de realizar a homeostasia hídrica, ácido-básico e eletrolítico,

participam nas funções hormonais, realizam regulação de funções vitais e atuam na

regulação da pressão arterial (PARMAR, 2002).

A IRC é uma patologia progressiva e irreversível da função renal que ocorre quando

os rins já não conseguem desempenhar as suas funções e há consequente quebra da

homeostasia do organismo do portador (RIELLA, 1996), ou seja, não são capazes de

remover os produtos de deterioração metabólica do corpo ou de manter a homeostasia de

sua função. Devido à excreção renal comprometida, as substâncias que iriam ser eliminadas

na urina, acumulam-se nos líquidos corporais e levam à ruptura das funções metabólicas,

endócrinas e distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básico. A insuficiência renal é uma doença

sistêmica e consiste na via final comum de muitas doenças do rim e do trato urinário.

(BASTOS, 2011).

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Qualquer alteração deste órgão que leve à uma lesão renal, pode trazer alterações

em seu funcionamento. Esta perda progressiva e irreversível da função renal de filtração

traz alterações em todos os órgãos e sistemas do indivíduo (BASTOS, 2011).

Em 2007, a National Kidney Foundation (NKF), em guia desenvolvido para familiares

e portadores da IRC classificou-na em cinco estágios, considerando a taxa de filtração

glomerular (TFG): afecções renais com TFG normal; afecções renais com leve redução na

TFG; redução moderada da TFG; redução grave da TFG e falência renal.

TABELA 01- Definição dos Estágios da IRC de acordo com TFG em mL/min/1,73m²

Estágio Definição TFG (mL/min/1,73m²)

I Afecções renais com TFG normal 90 ou acima

II

III

IV

V

Afecções renais com leve redução da TFG

Redução moderada da TFG

Redução grave da TFG

Falência renal

60-89

30-59

15-29

Menos de 15

Fonte: NKF (2007)

A ocorrência de IRC tem chamado atenção devido ao aumento de sua prevalência

no Brasil e no mundo. De acordo com dados do censo realizado em 2006 pela Sociedade

Brasileira de Nefrologia (SBN), há uma prevalência de 383 pacientes em tratamento dialítico

por milhão de pessoas (pmp) no Brasil. Desses, 90,7% estavam em programa de

hemodiálise e 10,3%, em programa de diálise peritoneal. Chama atenção o crescimento de

aproximadamente 40% no número de pacientes em diálise no período de 2000 a 2006.

Segundo o Censo de Diálise 2011 da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), existem 643

unidades renais cadastradas e ativas. Estas unidades juntas tratam de aproximadamente

91.314 pacientes por ano, sendo que 66,9% dos pacientes em tratamento possuem idade

entre 19 e 64 anos, 57,3% são do sexo masculino e 84,9% dependem do sistema único de

saúde para realização deste tratamento.

No ano de 2004, dados mundiais mostram os Estados Unidos, o Japão e o Brasil

como os três primeiros países com o maior número de pacientes com IRC; sendo que o

Brasil apresentava mais de 58.000 casos (CURY, 2007).

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Mesmo com os tratamentos disponíveis atualmente, os índices de mortalidade por

IRC terminal em 2000 superou algumas neoplasias no Brasil, levando 9.481 nefropatas a

óbito contra 8.245 óbitos por neoplasia de mama, 6.725 óbitos por neoplasia de colón e reto,

5.162 óbitos por neoplasia de esôfago e 3.606 óbitos por neoplasia de colo de útero

(SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE, 2012). Dados do censo de 2009 da Sociedade

Brasileira de Nefrologia apontam como as principais causas de obtido manifestações

cardiovasculares.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (2012), a maioria dos pacientes que

recebiam tratamento dialítico encontrava-se na região sudeste (53% ou 38114 pessoas)

seguido pela região nordeste (20%), sul (16%), centro-oeste (7%) e região norte (4%).

O alto custo da terapia renal substitutiva tem sido a grande preocupação do governo.

Em 2002, estimou-se que foram gastos R$ 1,4 bilhões no tratamento de pacientes em

diálise crônica e com transplante renal (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE, 2012).

Apesar dos recursos envolvidos, muitos brasileiros não têm acesso à TRS. Enquanto que

cerca de 800 a 1.200 pmp fazem diálise na América do Norte e no Japão, no Brasil apenas

323 pmp estão usufruindo dessa modalidade terapêutica, ou seja, cerca de 70% dos

pacientes portadores da IRC não se beneficiam da TRS (BASTOS et al., 2004).

A IRC pode ser causada por doenças primárias ou por doenças sistêmicas que

afetam os rins e o trato urinário, sendo que a nefroesclerose hipertensiva, nefropatia

diabética e glomerulonefrite primária são as causas mais comuns da insuficiência renal

(RIELLA, 1996).

O termo nefroesclerose, foi usado pela primeira vez por Fahr em 1919 e desde

então, vem sendo extremamente usado para descrever as alterações vasculares que

ocorrem no rim devido à hipertensão arterial sistêmica (SILVA et al., 2008).

São descritas na literatura duas formas diferentes de nefroesclerose hipertensiva: a

benigna e a maligna. A nefroesclerose hipertensiva benigna apresenta como principal

característica a presença de depósitos hialinos em paredes de arteríolas aferentes

hipertrofia da camada média e fibrose da íntima, essas lesões podem levar a diminuição da

luz do vaso renal, sendo que a lesão mais característica é o seu colapso isquêmico, com

retração do tufo glomerular no polo vascular (cápsula de Bowman) e enrugamento da

membrana basal do glomérulo. A nefroesclerose hipertensiva maligna compromete

principalmente a camada íntima dos vasos, sendo que as arteríolas interlobares renais são

as mais afetadas; as ocorrências mais comuns são: proliferação de células musculares na

camada íntima do vaso (proliferação miointimal) e formação de fibras colágenas, ocorrendo

fibrose de dentro para fora do vaso, sendo que este fica com aspecto de “casca de cebola” e

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necrose fibrinóide de células de músculo liso de pequenas artérias e arteríolas. (MORAES et

al., 2009; MALHEIROS, SALDANHA, 1998).

Além dessas causas, a IRC ainda pode ocorrer por lesões hereditárias (doença renal

policística); pielonefrite; glomerulonefrite crônica; obstrução do trato urinário; insuficiência

cardíaca; cirrose; edema idiopático; distúrbios vasculares; infecções; medicamentos;

agentes tóxicos; agentes ambientais e ocupacionais (chumbo, cádmio, mercúrio e cromo)

(RIELLA, 1996).

A IRC ocorre devido ao desgaste das funções fisiológicas e bioquímicas de todos os

sistemas do organismo, ocorrendo devido ao acúmulo de catabólitos (toxinas urêmicas),

alterações do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido básico, acidose metabólica, hipovolemia,

hiperfosfatemia, hiperparatireoidismo, anemia e distúrbio hormonal, hipercalemia,

infertilidade, retardo no crescimento, entre outros (RIELLA, 1996).

Nas IRC mais avançadas, todos os órgãos sofrem junto com os rins, isso se deve ao

aumento de substâncias tóxicas no meio interno, seja por excesso de produção devido aos

distúrbios metabólicos seja por excreção deficiente. Isso acarretará alterações ósseas,

excesso de líquido no interstício (anasarca), alterações da acuidade mental, ritmo do sono e

da pressão cardíaca (RIBEIRO et al., 2008).

Os pacientes expostos à hemodiálise estão sujeitos à desnutrição energético-

protéica que incluem redução das medidas de peso corpóreo, prega cutânea tricipital e

circunferência muscular do braço. Esta perda músculo-calórica ocorre devido à anorexia,

acúmulo de metabólitos tóxicos, acidose metabólica e resistência à ação de hormônios

anabólicos. Entre outros fatores, há grandes perdas de aminoácidos, peptídeos e outros

nutrientes que são perdidos a cada sessão de diálise (STEFANELLI, 2010). Fausto et al.

(1996) relatam que a causa da desnutrição é multifatorial e tem como fatores

desencadeantes a perda de nutrientes no dialisato, as perdas de sangue, consumo

inadequado de alimentos, narram ainda que a fisiopatologia desse distúrbio não está

totalmente definida, mas acredita-se que há relação com o aumento na concentração

plasmática de hormônios gastrointestinais.

Ge et al. (1998) concluíram que os pacientes em terapia hemodialítica tiveram as

medidas de peso, prega cutânea tricipital e circunferência muscular do braço

significativamente diminuídas em comparação ao grupo controle de pessoas saudáveis.

Dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento desta doença estão:

diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS), envelhecimento e história

familiar de IRC. Cabe ressaltar que independentemente da causa da IRC, a presença de

obesidade, dislipidemia e tabagismo aceleram a sua progressão culminando com a

necessidade de realização de terapia renal substutiva (TRS). Mais de 70% dos portadores

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de IRC diagnosticada apresentam HAS, sendo que os pacientes com DM apresentam maior

suscetibilidade às alterações cardiovasculares e lesões renais. Já o envelhecimento altera

fisiologicamente a FG e propicia a lesão renal. (NKF/DOQI, 2002).

É de grande importância conhecer os grupos de risco da IRC, para que os

profissionais da saúde possam realizar um trabalho preventivo da progressão da doença,

atuando sobre as comorbidades variáveis e preparando os pacientes para a realização da

terapia renal substutiva (TRS) (JUNIOR, 2004).

1.2 Sinais e Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da IRC podem demorar a surgir, assim ocorre com a síndrome urêmica,

típica da IRC terminal, o que demonstra grande capacidade adaptativa dos rins, permitindo

que os seres humanos consigam sobreviver com apenas 10% da função renal (RIBEIRO et

al., 2007).

Nas fases iniciais desta patologia, podem surgir manifestações inespecíficas como,

por exemplo, fadiga, anorexia, emagrecimento, prurido, náuseas, hemólise, hipertensão e

hematúria. Os sintomas mais comuns são: noctúria, poliúria, oligúria, edema, hipertensão

arterial, fraqueza, fadiga, anorexia, vômito, insônia, cãibras, palidez cutânea, xerose,

miopatia proximal, dismenorréia, amenorréia, atrofia testicular, impotência, déficit cognitivo,

déficit de atenção, confusão, sonolência, obnubilação e coma (VIEIRA et al., 2005).

Com o avanço da doença, todos os órgãos e tecidos sofrem alterações. Há um

acúmulo de substâncias tóxicas no meio interno, seja por excreção deficiente, seja por

excesso de produção devido à distúrbios metabólicos. A IRC pode levar à alterações

ósseas, alterações da pressão intraocular, alterações cardíacas, anasarca, alterações da

acuidade mental e ritmo do sono e hipertensão arterial (CESARINO; MARTINS, 2005).

O diagnóstico precoce da IRC é de extrema importância para que se possam adotar

medidas que resultem na estabilização da TFG além de poder identificar e corrigir as

comorbidades associadas (KIRSZTANJ, 2007; REBOREDO et al., 2007).

Deve-se dar atenção especial para os casos leves e moderados da IRC, pois apesar

de serem os mais prevalentes, geralmente são assintomáticos e consequentemente não

tratados, o que contribui para a evolução da doença. Daí a importância de conhecer os

grupos de riscos e intervir de maneira preventiva (CROOK; WASHINGTON; FLACK, 2002).

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Segundo Lobato (1978), o diagnóstico pode ser baseado na história, exame objetivo,

análise de urina e dosagem de uréia sanguínea, podendo ser dividido em quatro etapas:

reconhecer a presença de nefropatia, estabelecer um diagnóstico sindrômico, determinar a

fase evolutiva do processo e isolar o fator etiológico da síndrome, porém, muitas vezes pode

ocorrer de não se chegar a uma etiologia, o que não impede o início do tratamento.

De acordo com KIRSZTAJN e REBOREDO (2007), a história clínica, exame físico,

determinação de lesão da estrutura renal e exames de imagem e/ou histopatológicos devem

ser considerados para realizar o diagnóstico da IRC. Exceto o último, todos os outros

parâmetros são clínicos, de fácil acesso e podem ser incorporados nos programas de

rastreamento da IRC.

O melhor indicativo do bom funcionamento da função renal é a TFG. Ela indica a

capacidade dos rins de abolir uma substância do sangue e é expressa como o volume de

sangue que é completamente depurado em uma unidade de tempo. Em geral, o rim filtra o

sangue e elimina os resíduos do metabolismo protéico enquanto preserva dissoluções

específicas, proteínas (particularmente albumina) e alguns componentes celulares. A TFG

diminui com o tempo na maioria das doenças renais progressivas, isso ocorre como

resultado da diminuição no número total de néfrons ou devido à redução na TFG por néfron,

decorrentes de alterações fisiológicas e farmacológicas na hemodinâmica glomerular. A

TFG pode estar reduzida bem antes do início dos sintomas e se correlaciona com a

gravidade da IRC (BASTOS; KIRSZTAJN, 2011).

A TFG, a partir da creatinina sérica, pode ser apresentada pela fórmula do estudo

Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) ou pela fórmula de Cockcroft-Gault (CG)

(LEVEY, 1999; FILHO, 2004). Estas equações permitem fornecer um ajuste para variações

substanciais em sexo, idade, superfície corporal e raça que interferem na produção de

creatinina (PERRONE et al., 1992).

Há inegáveis vantagens no uso das fórmulas para a estimativa da depuração de

creatina (CG) ou do ritmo de filtração glomerular (MDRD), mas devemos estar atentos ao

fato de que tais equações não são aplicáveis a pacientes que se encontrem em situação de

instabilidade da função renal, seja por alterações hemodinâmicas, seja por progressão ou

recuperação, em prazo de alguns dias, de agravo renal (KIRSZTAJN, 2007; REBOREDO,

2007).

A fórmula para estimativa da filtração glomerular considera o sexo, o peso, a idade e

a creatinina sérica (TABELA 2), já MDRD em sua equação também para estimativa da

filtração glomerular (TABELA 3) considera os dados citados acima, acrescidos da etnia,

concentrações de uréia e albumina séricas (GUSHI et al., 2004).

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Fórmula para estimativa da Filtração Glomerular

Fórmula de CG

Depuração de creatinina (mL/min) = (140 - Idade) X Peso (Kg) X 0,85 (se F)

(72 X Crs)

Fórmula para estimativa da Filtração Glomerular

Fórmula MDRD

MDRD (fórmula completa)

170 x creatinina sérica-0,999 x idade-0,176 x BUN-0,170 x albumina sérica0,318 x 0,762

(se F) x 1,18 (se N)

MDRD simplificada com 4 variáveis:

FG(mL/min/1,73m2) = 186,3 X (Crs)-1,154 X (idade)-0,203 X 1,212 (se N) X 0,742 (se F)

Fonte: Gushi et al., 2004

Cru = creatinina sérica (mg/dL); Vu = volume urinário (mL/min); Cr s = creatinina urinária (mg/dL); F = sexo

feminino; FG = ritmo de filtração glomerular; N = raça negra; Uréias = uréia sérica (mg/dL); Albs = albumina

sérica (g/dL)

O diagnóstico da IRC também se baseia na presença de hematúria, proteinúria e

leucocitúria. A investigação de hematúria e de proteinúria podem ser realizadas utilizando

fitas de imersão urinária. Essas fitas são de baixo custo e fácil manuseio, podendo ser

utilizadas nos postos de saúde e nos consultórios médicos. No caso da hematúria,

recomenda-se a realização da sedimentoscopia urinária, preferencialmente através da

microscopia de contraste de fase (BASTOS, 1998).

Segundo Alves (2004), a sedimentoscopia permite a diferenciação diagnóstica de

doenças renais, onde o exame de urina torna-se rotina na prática clínica. Logo, a

quantificação da proteinúria (ou albuminúria) é importante no diagnóstico, prognóstico e na

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indicação terapêutica da doença renal, sendo que quanto maior for a quantia de proteinúria,

mais rápida será a perda de função renal.

1.3 Avaliação e Alterações da Função Pulmonar

A elasticidade é uma propriedade da matéria responsável por fazê-la retornar à sua

forma inicial após haver sido distendida por força externa. Alguns tecidos pulmonares

possuem propriedades elásticas, de modo que, quanto maior for a pressão imposta ao

sistema, maior será o volume de ar inspirado. Essa relação entre volume e pressão depende

da variação do volume em condições de fluxo e não somente da velocidade com que o

volume é alcançado (ZIN, 1990). Sendo assim, o conhecimento dos volumes pulmonares é

de extrema valia para a caracterização da fisiopatologia decorrente de anormalidades dos

processos pulmonares (BARRETO, 2002).

Segundo Barreto (2002), as disfunções restritivas, que normalmente ocorrem em

doentes renais crônicos, somente podem ser diagnosticadas com certeza por meio da

medida dos volumes pulmonares.

A Capacidade Vital (CV) mede o volume entre as posições de inspiração e expiração

completa, corresponde ao maior volume de ar mobilizado, representando cerca de 80% da

Capacidade Pulmonar Total (CPT). Estes dados mostram que a mensuração da CV é muito

importante para o diagnóstico de alterações pulmonares (BARRETO, 2002).

A oximetria de orelha ou de pulso é a técnica não invasiva mais eficaz para a

avaliação da função pulmonar, porém esta técnica não sobrepõe o estudo de gases que é o

resultado do processo envolvido na respiração (CARDOSO, 1997).

A oximetria permite analisar a saturação de oxigênio. Os resultados da oximetria são

confiáveis e a técnica é simples e de baixo custo. Uma pressão parcial de oxigênio acima de

60 mmHg corresponde a aproximadamente 90% de saturação de oxigênio, indicando um

bom aporte do gás ao organismo (WINCK; FERREIRA, 1998).

Caldeira et al. (2007), dizem que a cirtometria ou perimetria tóraco-abdominal

consiste em um conjunto de medidas da circunferência do tórax e abdômen durante os

movimentos realizados na respiração, tendo como finalidade a mensuração da

expansibilidade torácica de forma simples e acessível, utilizando apenas uma fita métrica

convencional. Segundo Costa (1999), a diferença entre essas duas medidas, fornece

informações do grau de expansibilidade e de retração dos movimentos tóraco-abdominais.

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As medidas devem ser realizadas, no mínimo, em três níveis diferentes: axilar, xifoidal e

umbilical. Como mencionado anteriormente, apensar de a cirtometria ser um método de

avaliação simples e rápido, suas propriedades psicométricas são adequadas quanto à

confiabilidade intra-examinador, sendo considerado um método preciso, porém não acurado

(CALDEIRA et al., 2007).

O sistema respiratório é afetado pela IRC e também pela HD. A uremia advinda da

doença e o tratamento dialítico interferem no estímulo e na mecânica respiratória, na função

muscular e na troca gasosa, provocando disfunções pulmonares que podem ser reflexo

direto das toxinas circulantes no organismo ou indireto devido à sobrecarga de volume,

anemia, imunossupressão, calcificação extra-óssea, desnutrição e fraqueza muscular

(PREZANT, 1990).

O tratamento hemodialítico juntamente com a doença renal crônica pode trazer ao

indivíduo várias complicações músculo-esqueléticas além de trazer repercussões à função

pulmonar (SILVA et al., 2011).

Pacientes portadores de IRC participantes do tratamento de HD apresentam um

comprometimento importante da capacidade cardiopulmonar quando comparados com

indivíduos sedentários saudáveis da mesma faixa etária e do mesmo sexo (REBOREDO et

al., 2007).

A alteração mais frequentemente encontrada através de laudo espirométrico é o

distúrbio ventilatório restritivo (KOVELIS et al., 2008), que ocorre através dos reflexos

indiretos citados acima (BIANCHI et al., 2009).

As alterações mais evidentes no raio-x de tórax de pacientes portadores de IRC é o

edema pulmonar porém mesmo aqueles pacientes com raio-x de tórax com laudo normal

apresentam déficit na transferência de gases e redução da capacidade de difusão dos

alvéolos (BETHLEM et al., 2002).

No período interdialítico ocorre acúmulo de água no organismo, ocupando

primeiramente as zonas pulmonares periféricas, porém à medida que o seu volume

aumenta, passa a ocupar também as zonas pulmonares peri-hilares. O acúmulo de água

associado ao acúmulo das toxinas circulantes altera a permeabilidade dos capilares e pode

condicionar a retenção de água extravascular pulmonar. Essa retenção hídrica é suficiente

para alterar a expansibilidade pulmonar e a permeabilidade das vias aéreas de menor

calibre (PINHEIRO; ALVES, 2003).

Pacientes com IRC submetidos à hemodiálise apresentam variação de peso devido à

sobrecarga de líquido corporal no período interdialítico. Essa sobrecarga, em associação

com um possível aumento da permeabilidade capilar pulmonar, pode resultar em edema

pulmonar e derrame pleural, complicações que poderiam explicar pelo menos em parte a

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redução da função pulmonar e alterações espirométricas de caráter restritivo (KOVELIS et

al., 2008).

Segundo Reboredo et al. (2007), pacientes portadores de IRC participantes do

tratamento de hemodiálise, apresentam importante comprometimento da capacidade

funcional, sendo que 50 % dos óbitos destes pacientes são em decorrência de doenças

cardiovasculares.

Os pacientes com IRC estão susceptíveis a desenvolver doenças cardiovasculares

independente da modalidade de tratamento escolhida, seja hemodiálise ou transplante

renal, sendo que a prática de exercícios físicos contribui para reduzir ou retardar problemas

secundários à coronariopatia, hipertensão arterial sistêmica e insuficiência cardíaca

(REBOREDO et al., 2007).

O exercício físico proporciona ao individuo em tratamento dialítico melhora da

capacidade cardiopulmonar, da capacidade física e da qualidade de vida. A simples prática

de atividade física melhora a qualidade da diálise, diminuindo o tempo de remoção de

fosfato durante a transfusão sanguínea e reduzindo as chances de mortalidade

(REBOREDO et al., 2007).

1.4 Tratamentos para IRC

Para evitar o avanço da doença, o portador de IRC deve ser submetido à

tratamentos que irão variar de acordo com o seu estágio. Inicialmente, o tratamento será

conservador por meio de terapia medicamentosa, restrição hídrica e controle da

alimentação. A TRS somente estará indicada quando o tratamento conservador não for mais

suficiente para controlar a doença (TERRA et al., 2010).

A TRS é utilizada para remover substâncias tóxicas e detritos orgânicos, excretados

normalmente pelos rins sadios (MEDEIROS, 2002; KAMIMURA, 2004; CECIL 2009), tem a

função de substituir parcialmente a função renal, aliviar os sintomas e preservar a vida dos

pacientes e pode ser realizada por meio da Diálise Peritonial (DP) ou pela Hemodiálise (HD)

(ALVES, 2005).

O tratamento hemodialítico é um procedimento no qual o sangue é removido do

corpo do paciente e circulado através de um aparelho externo chamado dialisador cujo

acesso à corrente sanguínea geralmente é realizado por uma conexão artificial entre uma

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artéria e uma veia, chamada de fístula arteriovenosa, porém esse acesso ainda pode

ocorrer por cateteres, shunts arteriovenosos, enxertos e próteses vasculares (QUEIROZ;

NASCIMENTO, 2000). Esse tipo de tratamento coloca o paciente em uma rotina monótona e

restrita, deixando o indivíduo com atividades limitadas após o início do tratamento, causando

sedentarismo e deficiência funcional além de causar repercussões pessoais, familiares e

sociais (ALVES, 2005; QUEIROZ; NASCIMENTO, 2000, CESARINO; CASAGRANDE,

1998).

O processo de HD convencional corresponde à remoção de 1 a 4 litros de fluido no

período médio de quatro horas durante três dias por semana. Apesar dos avanços

tecnológicos, a hemodiálise convencional ainda se associa à muitas complicações agudas e

crônicas e à altas taxas de hospitalização e mortalidade (SALOMÃO et al., 2002).

A hemodiálise deve usar uma solução para que o sangue se equilibre e mantenha a

concentração sérica de seus componentes chamados de dialisatos. Solutos em que a

concentração é maior no sangue do que no dialisato se difundirão através de gradiente de

concentração, do sangue para o dialisato. Os dialisatos mais comumente encontrados são:

potássio, sódio, cálcio, magnésio, cloro, acetato, bicarbonato, dextrose e dióxido de

carbono. A máquina de hemodiálise mantém o controle sobre o dialisato a fim de evitar

alterações metabólicas importantes, porém o tratamento hemodialítico na sua melhor

eficiência é apenas uma aproximação da função renal natural (SOARES, 2001).

O acetato, quando usado como dialisato, causa uma perturbação na curva de

dissociação de hemoglobina-oxigênio para a esquerda, causando alteração na relação

ventilação-perfusão pelas suas propriedades vasodilatadoras (FRIEDMAN, 1996). Segundo

Castro (2009), em sessões de hemodiálise que utilizam o acetato como tampão, ocorre a

passagem do bicarbonato presente no sangue para o dialisato, o que consequentemente

causa uma hipocapnia, hipoventilação e hipoxemia. Quando se usa o bicarbonato como

dialisato, a hipoxemia é menos intensa e parece estar associada à alcalinização rápida e às

altas concentrações de bicarbonato no dialisato.

Atualmente, os dialisatos de acetato têm sido substituídos pelos de bicarbonato, pois

com a repetição das sessões de hemodiálise, há a depleção do bicarbonato sanguíneo

(FRIEDMAN, 1996).

A eficiência de uma sessão de hemodiálise pode ser observada calculando-se o Kt/V

de uréia, onde K corresponde à depuração da uréia do dialisador (ml/min), t à duração da

sessão (min) e V ao volume de distribuição de uréia no organismo (V = 0,6 X peso corporal,

em ml). Uma sessão de HD crônica de boa eficiência resulta em Kt/V igual ou maior que 1,2;

quando abaixo de 0,8, é considerada de baixa eficiência. Esses valores foram definidos para

pacientes submetidos á três sessões semanais de hemodiálise. Nessas condições, o tempo

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mínimo de duração da sessão de hemodiálise seria aquele necessário para obter Kt/V igual

a 1,2. A “HD de alto desempenho” tem reduzido o tempo semanal do procedimento

hemodiálitico, pois usa membranas de alta permeabilidade, dialisatos com bicarbonato e

equipamentos mais modernos (DRAIBE e AJZEN, 2001).

A HD é capaz de prolongar a vida desses pacientes, porém, não evita alguns

prejuízos determinados pela condição patológica de base e pelo próprio tratamento

(SOARES; ZEHETMEYER; ROBUSKE, 2007), sobretudo, porque nessa doença há o

acúmulo de substâncias tóxicas no sangue (SCHOR; SANTOS; BOIM, 2001).

A DP pode ser subdividida em diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC),

diálise peritoneal automatizada (DPA) e diálise peritoneal intermitente (DPI) (ALVES, 2005).

Na DP, ocorre a filtração sanguínea por meio de uma solução dialítica que é

introduzida por um cateter na cavidade abdominal. Esta solução permanece por um

determinado tempo (em média 4 horas) para ocorrer as trocas entre a solução e o sangue. A

solução, na maioria das vezes, é trocada quatro vezes ao dia. A troca do velho líquido

dialítico por um novo líquido leva de 30 a 40 minutos e o paciente exposto à diálise

peritoneal tem grandes chances de desenvolver peritonite (PECOITS-FILHO et al.,1998).

O transplante renal, embora seja considerado uma ótima solução, pode levar a

várias complicações durante e após a cirurgia, entre elas: trombose da artéria ou veia renal,

linfocele, estenose da artéria renal, fístula urinária, fístula vesical, obstrução urinária, ruptura

renal e ruptura da anastomose arterial (NORONHA et al., 2007).

Malluche e Faugere (1990) afirmam que a utilização regular de métodos dialíticos e

do transplante renal, nas últimas décadas, têm garantido a sobrevida de um crescente

número de pacientes com IRC.

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2. JUSTIFICATIVA

À incidência de complicações pulmonares associadas a IRC pode interferir

negativamente no quadro clínico dos portadores dessa enfermidade, sendo extremamente

necessária essa avaliação. Sendo assim, a avaliação da função pulmonar, através da

verificação da Capacidade Vital, Índice de Saturação de Oxigênio e da Mobilidade Torácica

é de relevada importância para nortear o tratamento fisioterapêutico a ser empregado,

prevenir e detectar precocemente possíveis afecções respiratórias desses pacientes.

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3. HIPÓTESE

Acredita-se que a hemodiálise melhore a função pulmonar e a expansibilidade

torácica por remover os catabólicos circulantes no sangue e o excesso de líquidos

acumulados no período interdialítico.

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4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral

Analisar a função pulmonar de pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica

submetidos à hemodiálise.

4.2. Objetivos Específicos

Analisar o nível de oxigenação por meio do índice de saturação de oxigênio dos

pacientes renais crônicos pré e pós-sessão de hemodiálise.

Analisar a capacidade vital dos pacientes renais crônicos pré e pós sessão de

hemodiálise.

Analisar a mobilidade torácica dos pacientes renais crônicos pré e pós sessão de

hemodiálise.

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5. MÉTODO

5.1 Desenho do estudo

Trata-se de um estudo transversal.

5.2 Voluntários

O estudo foi realizado no Centro de Nefrologia do Hospital Universitário São

Francisco. Foram incluídos 13 pacientes, com idade entre 18 anos e 70 anos, de ambos os

sexos, com Escala de Coma de Glasgow igual a 15, portadores de Insuficiência Renal

Crônica, em programa de hemodiálise há pelo menos um ano e que aceitaram participar do

estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (ANEXO 1).

Foram excluídos do estudo pacientes menores de 18 e maiores de 70 anos de idade,

indivíduos com Escala de Coma de Glasgow inferior a 15, em programa de hemodiálise há

menos de um ano ou que não aceitaram participar do estudo, não assinando o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido.

5.3 Materiais e Equipamentos

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Ficha de coleta de dados (ANEXO 2)

Fita Métrica

Consiste em uma fita de material plástico graduada de um em um centímetros e

empregada com o objetivo de conhecer as medidas torácicas inspiratórias e expiratórias nos

níveis axilar, xifoidal e umbilical.

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Oxímetro de pulso marca Oxywatch e modelo C20

O oxímetro é um equipamento que fornece informações sobre o Índice de Saturação

de O2. É uma técnica comumente empregada na pratica clínica por ser prática, de baixo

custo e não invasiva. O oxímetro lança a luz através de uma parte translúcida do corpo do

paciente, como as pontas dos dedos. Com a absorção da luz pelo organismo, determina-se

a taxa de concentração de oxigênio no sangue.

Ventilômetro Ferraris Wright® MK8

O ventilômetro é um equipamento que mede a CV, sendo que o ponteiro central

gradua em mililitros e o externo em litros. A medida é realizada entre as posições de

inspiração e expiração máxima, correspondendo ao maior volume de ar mobilizado. Deve

ser realizada uma inspiração máxima e após com o bocal acoplado á boca do paciente,

pede-se que se realize uma expiração máxima e não forçada. Devem ser realizadas três

medidas e selecionada a de maior valor.

a) fita métrica b) oxímetro c) ventilômetro

5.4 Procedimento

Trata-se de um estudo de continuidade aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa

da Universidade São Francisco sob parecer no0122.0.142.000-10. Portanto, não foi

realizada nenhuma modificação nos objetivos do estudo, ficha de coleta de dados e TCLE,

sendo que este último permaneceu com os nomes dos primeiros autores nos campos de

assinatura.

Os voluntários selecionados foram instruídos sobre o intuito da pesquisa, e o

procedimento da mesma e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

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Preencheu-se uma ficha de coleta de dados contendo: iniciais do nome, idade, raça,

sexo, data de início do tratamento hemodiálitico, antecedentes familiares e patologias

associadas.

O Índice de Saturação de Oxigênio foi obtido por oxímetro de pulso antes das outras

avaliações respiratórias já que estas exigiam esforço e isto poderia interferir nos resultados.

Com o paciente em repouso, o oxímetro foi acoplado em falange distal do dedo indicador.

Esperava-se o tempo suficiente para estabilização dos valores e verificação do resultado

percentual no visor do aparelho. Esse procedimento foi realizado antes e depois da sessão

de hemodiálise.

Realizaram-se as medidas da Capacidade Vital pelo equipamento ventilômetro, no

qual o paciente foi instruído a realizar uma inspiração máxima e posteriormente mantendo a

boca acoplada ao instrumento, solicitou-se ao paciente realizar uma expiração máxima lenta

e não forçada, próxima do volume residual. Foram realizadas três medidas sendo que o

maior volume registrado no ventilômetro foi considerado na pesquisa. Esse procedimento foi

realizado antes e depois da sessão de hemodiálise.

As medidas de cirtometria torácica foram realizadas com o paciente sentado, com o

tronco ereto e membros superiores relaxados ao longo do corpo. Foi então, acoplada ao

tórax do paciente uma fita métrica que acompanhou a amplitude do gradil costal durante a

inspiração e expiração nos pontos axilar, xifoidal e umbilical, registrando-se três medidas,

sendo considerada no presente estudo as maiores medidas para cada região de referência.

Esse procedimento foi realizado antes e depois da sessão de hemodiálise.

5.5 Análise dos Dados

Para a análise estatística dos dados, foi utilizado o teste T pareado. O nível de

significância adotado foi de 5% ou 0,05 e o programa estatístico utilizado foi o Statistical

Package for the Social Sciences (SPSS) versão 17.0.

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7. RESULTADOS

A amostra do estudo foi composta de 13 pacientes, sendo 53,85% do sexo

masculino totalizando 7 pacientes, e 46,15% do sexo feminino, totalizando 6 pacientes

(Gráfico 1).

46%54%

Feminino

Masculino

GRÁFICO 1 – Caracterização da amostra por gênero

A idade da amostra apresentou média de 55,31±13,05 anos, sendo a idade mínima

de 33 anos e a máxima de 70 anos (Gráfico 2).

0

1

2

3

4

5

6

7

30 ˫ 40 40 ˫ 50 50 ˫ 60 60 - 70

Am

ost

ra

Idade

GRÁFICO 2 – Caracterização da amostra por idade

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A Tabela 4 mostra as hipóteses diagnósticas apresentadas pela amostra. Um mesmo

voluntário poderia apresentar mais de uma hipótese diagnóstica.

TABELA 1 – Hipóteses diagnósticas

Nefroesclerose Hipertensiva 12 52

Nefropatia Diabética 8 35

Rins Policísticos 1 4

Nefrectomia 1 4

Tuberculose do Trato Urinário 1 4

Frequência

Absoluta

Frequência

Relativa (%)Hipótese

A saturação de oxigênio pré-hemodiálise apresentou média de 95,9% e a média pós-

hemodiálise foi de 97,3%, o equivalente a um aumento de 1,4%, representando diferença

estatisticamente significante (p<0,05) (Gráfico 3).

95

95,5

96

96,5

97

97,5

SatO

2 (%

)

Pré Hemodiálise

Pós Hemodiálise

GRÁFICO 3 – Saturação de oxigênio pré e pós-hemodiálise

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A variação da média da capacidade vital obtida pré-hemodiálise e pós-hemodiálise

apresentou média de 3,81 litros (l) pré-hemodiálise e média de 4,08 l pós-hemodiálise, o que

mostra um aumento de 0,27 l, diferença estatisticamente significante (p<0,05) (Gráfico 4).

3,65

3,70

3,75

3,80

3,85

3,90

3,95

4,00

4,05

4,10

Ca

pa

cid

ad

e V

ita

l (L)

Pré Hemodiálise

Pós Hemodiálise

GRÁFICO 4 – Capacidade vital pré e pós-hemodiálise

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Os valores das cirtometrias torácicas inspiratórias e expiratórias apresentaram

aumento no valor de quase todas as variáveis, o que pode ser observado na Tabela 2, no

Gráfico 5 e no Gráfico 6. As cirtometrias inspiratórias axilar e xifoidal apresentaram aumento

estatisticamente comprovado (p= 0,016 e p=0,002, respectivamente). A cirtometria

inspiratória umbilical apresentou diminuição de 1,6 cm (p= 0,091). Apenas a cirtometria

expiratória xifoidal apresentou aumento significativo (p= 0,009). A cirtometria expiratória

axilar não teve aumento significativo e a cirtometria expiratória umbilical apresentou

diminuição (p= 0,124 e p= 0,442, respectivamente).

TABELA 2 – Média e desvio padrão das cirtometrias torácicas inspiratórias e

expiratórias

Média (DP)Hemodiálise Média (DP)

Pré 98,8 (±10,0)

Pós 99,4 (± 10,2)

Pré 96,4 (± 10,1)

Pós 97,1 (± 10,7)

Pré 93,6 (± 10,9)

Pós 97,7 (± 11,6)

Pré 94,2 (± 10,8)

Pós 96,3 (± 11,9)

Pré 99,9 (± 14,6)

Pós 98,3 (± 14,2)

Pré 98,1 (± 14,1)

Pós 97,4 (± 13,5)

Cirtometria Torácica Exp. Xifoidal (cm)

Cirtometria Torácica Ins. Axilar (cm)

Cirtometria Torácica Exp. Axilar (cm)

Cirtometria Torácica Ins. Xifoidal (cm)

Cirtometria Torácica Ins. Umbilical (cm)

Cirtometria Torácica Exp. Umbilical (cm)

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35

94

95

96

97

98

99

100

101

Pré Hemodiálise Pós Hemodiálise Pré Hemodiálise Pós Hemodiálise Pré Hemodiálise Pós Hemodiálise

Cirtometria Torácica Ins. Axilar (cm) Cirtometria Torácica Ins. Xifoidal (cm) Cirtometria Torácica Ins. Umbilical (cm)

Cir

tom

etr

ia T

orá

cica

In

spir

ató

ria

(cm

)

GRÁFICO 5 – Cirtometria torácica inspiratória pré e pós-hemodiálise

92

93

94

95

96

97

98

99

Pré Hemodiálise Pós Hemodiálise Pré Hemodiálise Pós Hemodiálise Pré Hemodiálise Pós Hemodiálise

Cirtometria Torácica Exp. Axilar (cm) Cirtometria Torácica Exp. Xifoidal (cm) Cirtometria Torácica Exp. Umbilical (cm)

Cir

tom

etr

ia T

orá

cica

Exp

ira

tóri

a (

cm)

GRÁFICO 6 – Cirtometria torácica expiratória pré e pós-hemodiálise

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8. DISCUSSÃO

Este trabalho teve como objetivo geral analisar a função pulmonar de pacientes

portadores de Insuficiência Renal Crônica submetidos à hemodiálise e como objetivos

específicos analisar o nível de oxigenação, a capacidade vital e mobilidade torácica pré e

pós a sessão de hemodiálise.

A amostra desta pesquisa foi constituída por 53,85% de pacientes do sexo masculino

e 46,15% do sexo feminino, a idade apresentou média de 55,31±13,05 anos e o diagnóstico

clínico mais prevalente foi de Nefroesclerose Hipertensiva. Segundo o Censo da Sociedade

Brasileira de Nefrologia de 2009, de toda a população de doentes renais crônicos do Brasil,

39,9% tem idade superior ou igual a 60 anos, 57% são do sexo masculino e o diagnostico

clinico mais prevalente é a nefroesclerose hipertensiva. Jatobá et al. (2008) realizaram uma

pesquisa com portadores de IRC submetidos à hemodiálise sendo a maioria da amostra

composta pelo sexo masculino, com média de idade de 44,8±18,4 anos e os diagnósticos

clínicos mais prevalentes foram Glomerulonefrite Crônica seguido de Nefroesclerose

Hipertensiva. Kovelis et al. (2008), Silva et al. (2011), Figueiredo et al. (2008) realizaram

estudos onde a amostra era composta por doentes renais crônicos em tratamento dialítico

sendo a prevalência do sexo masculino com média de idade entre 45 – 59 anos. Pode-se

observar uma semelhança entre todas as amostras dos estudos citados acima com a do

presente estudo.

O Índice de Saturação de Oxigênio apresentou aumento estatisticamente significante

de 1,4% no presente estudo. Segundo Castro (2001), em trabalho que elenca as principais

complicações agudas durante a hemodiálise, a hipotensão postural é a principal

complicação que pode ocorrer durante e após uma sessão de hemodiálise, onde ocorre uma

redução do volume intravascular com liberação de substâncias vasodilatadoras e redução

das vasoconstritoras na tentativa de reestabelecer esse volume. Esse mecanismo por sua

vez, reduz a resistência vascular periférica e a pressão arterial. Com a diminuição da

resistência vascular periférica, a luz do vaso será maior, havendo consequente aumento do

Índice de Saturação de Oxigênio. Castro (2001) ainda discorre sobre a hipoxemia. A

hipoxemia é um evento clínico de expressão pequena e que ocorre com maior incidência em

populações com doenças pulmonares graves ou com doenças cardíacas isquêmicas não

compensadas. Além disso, é observada de modo mais intenso em diálises que usam o

acetato como tampão. Na amostra do presente estudo não houve nenhum voluntário com

doença pulmonar grave ou cardíaca isquêmica não compensada além de ser usado o

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bicarbonato como tampão, o que justifica a não redução do Índice de Saturação de

Oxigênio.

A Diretriz da SBN sobre Insuficiência Renal Aguda afirma que a HD está indicada

para os pacientes com congestão pulmonar já que este tratamento retira o excesso de

líquido acumulado no período interdialítico, o que em partes pode explicar o aumento do

Índice de Saturação de Oxigênio obtido neste estudo, em que retirando-se o líquido em

excesso que acumula-se nos pulmões, obtém melhora da oxigenação do sangue.

A CV apresentou aumento estatisticamente significativo de 0,27 l no presente estudo.

Bianchi et al. (2009) obtiveram resultados positivos na análise da CV forçada após sessão

de hemodiálise. Os autores observaram que do total da amostra de 33 pacientes, apenas 12

apresentaram espirometria normal na avaliação pré-hemodiálise e 21 apresentaram algum

tipo de anormalidade. Desses 21 pacientes, 71% apresentaram distúrbio ventilatório

restritivo. Após sessão de HD, ocorreu um aumento do número de espirometrias com laudo

de normalidade em 17 pacientes e apenas 16 apresentaram algum tipo de anormalidade

respiratória. Os autores perceberam que as espirometrias que evoluíram para a normalidade

eram de pacientes com distúrbio ventilatório restritivo. Tais resultados corroboram com os

encontrados no presente estudo, apesar da análise do autor investigar a capacidade vital

forçada, ambas as capacidades – vital forçada e vital – referem-se à CPT e ajudam na

identificação dos tipos de distúrbios ventilatórios. Essa melhora da capacidade vital e vital

forçada ocorre devido à hemodiálise reabsorver o acúmulo de água extravascular do pulmão

resultante do período interdialítico.

Entretanto, em estudo realizado por Bush e Gabriel (1991), os quais foram pioneiros

ao discutir os fatores causais das anormalidades da função pulmonar decorrentes dos

diversos estágios de doença renal crônica, analisaram uma amostra composta por 80

pacientes divididos em quatro grupos. Os autores investigaram disfunções pulmonares

através da difusão de monóxido de carbono e da capacidade vital forçada, entre outros

parâmetros espirométricos. Os resultados da pesquisa desses autores evidenciaram que

apenas 9 dos 80 pacientes da amostra obtiveram laudo espirométrico normal e concluíram

que as anomalias da função pulmonar podem tornar-se comuns na insuficiência renal devido

à importante redução da difusão de monóxido de carbono, atribuindo a causa dessa redução

ao edema pulmonar subclínico ou à fibrose intersticial secundária que ocorre em pacientes

com mais tempo de IRC. Concluíram também que a HD pode induzir mudanças agudas na

função pulmonar, porém não é capaz de promover efeito adicional prolongado no aumento

da capacidade de volumes pulmonares.

As cirtometrias inspiratórias axilar e xifoidal apresentaram aumento estatisticamente

comprovado (p= 0,016 e p=0,002, respectivamente) e a cirtometria inspiratória umbilical

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apresentou diminuição de 1,6 cm (p= 0,091). Apenas a cirtometria expiratória xifoidal

apresentou aumento significativo (p= 0,009). As cirtometrias expiratórias axilar e umbilical

não obtiveram aumento significativo (p= 0,124 e p= 0,442, respectivamente). O estudo

realizado por Queiroz e Nascimento (2006) teve o objetivo de analisar o sistema respiratório

de pacientes portadores de IRC que realizavam hemodiálise, onde foram verificadas as

variáveis de exame de tórax, pico de fluxo expiratório (PFE), força muscular respiratória,

cirtometria torácica, Índice de Massa Corpórea (IMC) e aplicação de um

questionário/entrevista ao paciente para verificar o perfil sócio-cultural dos mesmos. Em

relação à variável cirtometria, os níveis analisados foram o axilar, xifoidal e umbilical nas

fases inspiratória e expiratória, onde apenas o nível xifoidal apresentou diferença estatística

comparando-se o resultado pré e pós-hemodiálise, porém o estudo não cita se essa

diferença ocorreu na fase de inspiração ou expiração. Os resultados obtidos por Queiroz e

Nascimento (2006) condizem com os dados do presente estudo, em que a cirtometria em

nível axilar inspiratória e expiratória apresentaram aumento estatisticamente significante,

porém seria interessante que os autores em questão identificassem em qual fase

respiratória esse aumento foi efetivo. Além disso, sugere-se que mais estudos sejam

realizados para verificação dessa variável.

Em pesquisa realizada por Calado et al. (2007) foi avaliado o estado nutricional de

pacientes em hemodiálise através de parâmetros antropométricos e bioquímicos. Foi

observado perda de massa muscular e tecido adiposo após a sessão de hemodiálise.

Supõe-se que a cirtometria umbilical não obteve aumento significativo pós sessão de

hemodiálise devido à perda de tecido adiposo.

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9. CONCLUSÃO

A população de doentes renais crônicos foi composta predominantemente por

indivíduos do sexo masculino, com idade entre 60 a 70 anos e com diagnóstico clínico de

Nefroesclerose Hipertensiva. A Saturação de Oxigênio e a Capacidade Vital apresentaram

aumento significante, o que comprova a melhora da função pulmonar em pacientes

portadores de IRC submetidos à hemodiálise. As cirtometrias torácicas inspiratória em nível

axilar e xifoidal e expiratória em nível axilar apresentaram aumento significativo. A

cirtometria inspiratória e expiratória em nível umbilical não apresentou aumento significativo

devido à perda de tecido adiposo ocorrida durante ou após a sessão de hemodiálise,

sugerindo que a hemodiálise melhora parcialmente a expansibilidade pulmonar pela

consequente perda de peso.

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40

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sugere-se que novos estudos sejam realizados com uma maior amostra, um único

avaliador, os mesmos equipamentos e que seja realizado exame espirométrico, análise por

vídeo da expansibilidade torácica ou cirtometria com um único avaliador, para melhor

conhecimento da função pulmonar já que estas técnicas citadas são mais confiáveis do que

as empregadas no presente trabalho.

Sugere-se também que novos estudos sobre a capacidade vital e cirtometria torácica

sejam realizados pois a literatura atual é escassa de trabalhos sobre os determinados

assuntos.

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REFERÊNCIAS

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ANEXOS

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ANEXO 1- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

NOME DO PROJETO: Análise da Capacidade Pulmonar de Pacientes Portadores de

Insuficiência Renal Crônica

RESPONSÁVEIS PELA PESQUISA

PESQUISADORES: Evelyn dos Santos

Marcelo Souza Lopes

ORIENTADORA: Profª Ft. Aline Maria Heidemann

Você está sendo convidado a participar de um projeto de estudo que será

desenvolvido no Centro de Nefrologia do Hospital Universitário São Francisco.

JUSTIFICATIVA DA PESQUISA: Com este estudo será possível avaliar a condição

respiratória do paciente antes e depois da sessão de hemodiálise, o que poderá direcionar

futuros estudos e tratamentos que busquem a melhoria da qualidade de vida dos portadores

de Doença Renal Crônica.

PROCEDIMENTOS A QUE O PACIENTE SERÁ SUBMETIDO: Os Pacientes que após

tomarem conhecimento e concordarem em participar deste estudo assinando o termo de

consentimento livre e esclarecido serão submetidos a uma breve avaliação pré-sessão de

hemodiálise constando de dados pessoais, história clínica e exame físico com o objetivo de:

Avaliar a quantidade máxima de ar que os pulmões conseguem armazenar e

liberar no meio ambiente.

Medir a quantidade de oxigênio no sangue.

Medir com fita métrica o peito do paciente nos movimentos respiratórios.

Repetindo-se a coleta desses dados no final da sessão de hemodiálise.

BENEFÍCIOS E RISCOS ESPERADOS: Espera-se que o presente estudo ofereça aos

pacientes voluntários a avaliação da sua condição respiratória na pré sessão de hemodiálise

e na pós sessão de hemodiálise, não oferecendo riscos aos pacientes em nenhuma etapa

da coleta de dados do estudo, e poderá indicar futuros estudos e tratamentos que busquem

a melhoria da qualidade de vida dos portadores de Doença Renal Crônica.

OUTRAS INFORMAÇÕES:

1. Os participantes saberão tudo o que acontece no estudo.

2. Os participantes poderão desistir a qualquer momento de participar da pesquisa. Em

caso de desistência não haverá nenhuma modificação ou prejuízo no tratamento.

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3. O nome dos participantes do estudo será feita por iniciais, e resultado desse estudo

só será usado para publicação científica (revista médicas, congressos científicos, livros).

4. Os participantes não receberão nada e não pagarão nada para participarem do

estudo.

Tendo lido, entendido e estando suficientemente informado (a) sobre esse estudo, permito a

minha (ou de meu parente) participação nesse estudo.

Nome: _____________________________________________ Idade: ____ anos, RG:

______________,HC: ____________, Endereço: ______________________,

_____________________________________, Telefone (contato): ____________; consinto

a minha (ou de meu parente) participação neste estudo, concordando com o presente termo

de consentimento livre e esclarecido, datando e assinado abaixo.

Bragança Paulista, ______ de ____________ de 2010.

ASSINATURA

Evelyn dos Santos Marcelo Souza Lopez

Tel (0xx11) 8459-2470 Tel (0xx11) 9323-5649

Profª. Ft. Aline Maria Heidemann

Orientadora Responsável

Tel. (0xx19) 97329882

Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade São Francisco tel:

(0xx11) 2454-8981/ (0xx11) 2454-8028 e-mail [email protected].

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ANEXO 2- FICHA DE COLETA DE DADOS

Data: ____/____/_____

Iniciais do Nome: ______________________________ RH: ___________________

Idade:_____ Raça:_______ Sexo: ( )F ( )M Data de Admissão:_____________

HD:___________________________________________________________________

Antecedentes Familiares:__________________________________________________

Patologias Associadas:____________________________________________________

_______________________________________________________________________

Saturação de Oxigênio Pré Pós

Sa02

Capacidade Vital Pré Pós

Primeira medida

Segunda medida

Terceira medida

Cirtometria Torácica Pré Pós

Axilar

Xifoidal

Umbilical

Observações:_______________________________________________________________

____________________________________________________________________