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1. INTRODUÇÃO Atualmente, com o avanço tecnológico e com a melhoria da qualidade de vida, mais alimentos estão sendo produzidos, o que faz com que aumente a oferta destes no mercado. Assim, o consumo exagerado de alimentos com pouca qualidade em relação aos seus nutrientes pode contribuir com o surgimento de Doenças Crônica Não-Transmissíveis (DCNT). As DCNT são a maior causa de mortalidade no Brasil e no mundo e também podem ser consideradas fatores de risco para o surgimento das Doenças Cardiovasculares (DCV). As DCV podem ser definidas como doenças que afetam o sistema circulatório: coração, artérias, veias e vasos capilares. Entre as mais comuns estão a angina de peito, infarto do miocárdio, a aterosclerose e o acidente vascular cerebral - AVC. (Portal da Saúde, 2010). As DCV contribuem significativamente para os altos índices de mortalidade no Brasil e no mundo, entre as principais causas das DCV, citam-se as mudanças drásticas nos hábitos alimentares e no estilo de vida que caracteriza a sociedade atual. Estas mudanças foram inseridas no cotidiano de cada indivíduo com o intuito de obter mais tempo para a dedicação ao trabalho, e dessa forma a alimentação balanceada e a prática adequada de atividade física foram deixadas para trás pela grande maioria da população. De acordo Zornoff e cols.(2007), as DCV estão em primeiro lugar entre as causas de morte no Brasil, correspondendo a 32% do total de óbitos. Entre estas, o infarto do miocárdio destaca-se como a patologia com maior índice de mortalidade. Segundo Silva (2004), elas são responsáveis por cerca de 12% do total de internações ocorrentes. No ano de 2005, seis bilhões de reais foram gastos com internações hospitalares. Desse recurso, 58% foram destinados a doenças crônicas e 22% para as doenças cardiovasculares, segundo o Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde – (DECIT, 2009). Fica mais evidente que os gastos hospitalares com o passar dos anos serão cada vez maiores se políticas de prevenção contra as DCV não forem amplamente adotadas. 1.1 Objetivos: Geral: Identificar, segundo o escore de Framingham, fatores de risco para doenças cardiovasculares em indivíduos de 30 a 60 anos. Específicos: Caracterizar a população de acordo com os dados socioeconômicos; Realizar o diagnóstico nutricional a partir dos dados antropométricos e bioquímicos; Comparar o diagnóstico nutricional, gênero, nível educacional e renda com o escore de risco de Framingham. 1.2 Justificativa A relação entre a alimentação inadequada e o sedentarismo ocasiona o aparecimento dos fatores de risco para o surgimento das DCV. Com base nos dados epidemiológicos expostos percebe-se o grande índice de mortalidade e o gasto econômico relacionado à saúde no Brasil, deixando clara a importância do desenvolvimento do projeto para a possível prevenção das DCV.

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente, com o avanço tecnológico e com a melhoria da qualidade de vida, mais alimentos estão sendo produzidos, o que faz com que aumente a oferta destes no mercado. Assim, o consumo exagerado de alimentos com pouca qualidade em relação aos seus nutrientes pode contribuir com o surgimento de Doenças Crônica Não-Transmissíveis (DCNT). As DCNT são a maior causa de mortalidade no Brasil e no mundo e também podem ser consideradas fatores de risco para o surgimento das Doenças Cardiovasculares (DCV). As DCV podem ser definidas como doenças que afetam o sistema circulatório: coração, artérias, veias e vasos capilares. Entre as mais comuns estão a angina de peito, infarto do miocárdio, a aterosclerose e o acidente vascular cerebral - AVC. (Portal da Saúde, 2010). As DCV contribuem significativamente para os altos índices de mortalidade no Brasil e no mundo, entre as principais causas das DCV, citam-se as mudanças drásticas nos hábitos alimentares e no estilo de vida que caracteriza a sociedade atual. Estas mudanças foram inseridas no cotidiano de cada indivíduo com o intuito de obter mais tempo para a dedicação ao trabalho, e dessa forma a alimentação balanceada e a prática adequada de atividade física foram deixadas para trás pela grande maioria da população. De acordo Zornoff e cols.(2007), as DCV estão em primeiro lugar entre as causas de morte no Brasil, correspondendo a 32% do total de óbitos. Entre estas, o infarto do miocárdio destaca-se como a patologia com maior índice de mortalidade. Segundo Silva (2004), elas são responsáveis por cerca de 12% do total de internações ocorrentes. No ano de 2005, seis bilhões de reais foram gastos com internações hospitalares. Desse recurso, 58% foram destinados a doenças crônicas e 22% para as doenças cardiovasculares, segundo o Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde – (DECIT, 2009). Fica mais evidente que os gastos hospitalares com o passar dos anos serão cada vez maiores se políticas de prevenção contra as DCV não forem amplamente adotadas.

1.1 Objetivos: Geral:

� Identificar, segundo o escore de Framingham, fatores de risco para doenças cardiovasculares em indivíduos de 30 a 60 anos.

Específicos:

� Caracterizar a população de acordo com os dados socioeconômicos; � Realizar o diagnóstico nutricional a partir dos dados antropométricos e bioquímicos; � Comparar o diagnóstico nutricional, gênero, nível educacional e renda com o escore

de risco de Framingham.

1.2 Justificativa A relação entre a alimentação inadequada e o sedentarismo ocasiona o aparecimento

dos fatores de risco para o surgimento das DCV. Com base nos dados epidemiológicos expostos percebe-se o grande índice de mortalidade e o gasto econômico relacionado à saúde no Brasil, deixando clara a importância do desenvolvimento do projeto para a possível prevenção das DCV.

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

Conforme mencionado anteriormente, as DCV estão entre as principais causas de mortalidade. As principais doenças cardiovasculares são: a angina de peito, o infarto do miocárdio e aterosclerose. A angina de peito manifesta-se por uma dor torácica ou sensação de pressão que ocorre quando o coração, por um determinado motivo, não consegue receber oxigênio adequadamente. Doenças das artérias coronarianas ou esforço físico podem fazer com que ocorra o aparecimento da angina. Neste último caso, se houver repouso a dor desaparecerá aos poucos. Outro fator para o surgimento da angina de peito são as anemias hemolíticas que causam a diminuição do número de hemácias, responsáveis pelo transporte de oxigênio para os tecidos (Lotufo, 2008).

O infarto do miocárdio ocorre pela irrigação sanguínea deficiente ao tecido cardíaco, podendo ser causado por uma obstrução das artérias coronarianas localizadas externamente ao coração. Sendo assim, como não haverá o transporte sanguíneo adequado nem o recebimento de oxigênio, ocorrerá a morte do tecido cardíaco (Universal Definition of Myocardial Infarction - ESC/ACCF/AHA/WHF Expert Consensus Document, citado por ABC med, 2008).

Outra doença cardiovascular considerada crucial é a aterosclerose. Esta é uma doença crônica não transmissível (DCNT) que pode causar a obstrução das artérias. Essa obstrução diminui o calibre do vaso, o que pode ocasionar uma deficiência na circulação sanguínea arterial nos órgãos que são irrigados por esses vasos (Costa e cols., 2009). As causas da doença aterosclerótica se dão basicamente pelo acúmulo de lipídios nas paredes arteriais, que dificultam ou até mesmo bloqueiam a passagem do sangue, dependendo do tamanho da obstrução (Emedix, 2010). O depósito de lipídios na artéria ocorre quando há a hipercolesterolemia, no caso da fração LDL - colesterol, ou a diminuição nos níveis de HDL – colesterol. (Valores superiores à 160mg/dl para LDL – colesterol e valores inferiores à 40mg/dl para homens e inferiores à 50mg/dl para mulheres em relação ao HDL – colesterol, de acordo com Sposito et al., 2007.)

A aterosclerose pode causar ainda a formação de trombos, pois a artéria aterosclerótica pode dificultar a passagem sanguínea fazendo com que o sangue passe à uma pressão mais alta que o normal, causando atrito e lesando células endoteliais. Estas células revestem a camada íntima da artéria e se forem lesadas o colágeno presente ficará exposto, sendo este um facilitador para a agregação de plaquetas. Quando estas começam a se agregar ocorrerá a formação de trombos (Robbins, 2000). Dependendo da localização e do tamanho do trombo pode causar o AVC, pois restringirá a irrigação sanguínea para o cérebro causando lesões e até mesmo danos nas funções neurológicas (Acidente Vascular Cerebral, 2010). O trombo pode soltar-se do lugar onde foi formado (êmbolos) e percorrer através da circulação sanguínea em vasos e artérias, com possibilidade de chegar às coronárias do coração. Sendo assim, estas podem ficar obstruídas e dessa forma ocorrerá o infarto (Filho, 1998). Quase 99% dos infartos resultam de eventos trombóticos ou embólicos e quase todos resultam de oclusão arterial, segundo Robbins (2000).

2.1 Fatores de Risco

É muito comum, atualmente, o consumo de alimentos tipo fast foods, que apesar de facilitarem o dia-a-dia são hiperlipídicos, contendo principalmente ácidos graxos (AG) trans

(Martin e cols., 2004). A ingestão elevada desse tipo de AG juntamente com outros fatores, podem desencadear as DCV. Esses fatores, que são considerados de risco, possibilitam estabelecer quais indivíduos possuem probabilidade de desenvolvê-las. São eles: a obesidade, hipertensão arterial, sedentarismo, dislipidemias, diabetes melittus (DM) e tabagismo. Os fatores nutricionais estão entre os principais determinantes de DCV. Para avaliar o estado nutricional são utilizados parâmetros antropométricos, dietéticos e bioquímicos.

Segundo Meléndez e cols. (2004) a obesidade é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, ABESO, (2009), um indivíduo obeso é aquele que possui IMC maior ou igual a 30 kg/ m². Cerca de 32% da população brasileira apresenta sobrepeso [Índice de Massa Corporal (IMC) > 25)], sendo esta taxa de 38% para o sexo feminino e de 27% para o sexo masculino, de acordo com os dados do Ministério da Saúde de 1993. A obesidade (IMC > 30) foi encontrada em 8% da população brasileira.

O aumento do peso corporal é um dos fatores determinantes para o desenvolvimento para o desenvolvimento das DCV, de forma que para cada quilograma de peso adquirido, a pressão arterial sistólica se eleva em 1 mmHg. Assim, o excesso de peso em apenas 20% acima do ideal aumenta oito vezes a incidência de hipertensão arterial. De acordo com estudo de Framingham realizado em que foram entrevistados 5.209 indivíduos de 35 a 75 anos, investigou-se a relação entre o IMC e o risco para o desenvolvimento de DCV. Os resultados destacaram que o sobrepeso apresenta alto risco para o surgimento de hipertensão arterial, sendo que em menor escala a hipercolesterolemia e o diabetes (Dâmaso, 2003).

A hipertensão arterial é considerada uma condição de alta morbidade, principalmente em portadores de diabetes, principalmente por contribuir para o desenvolvimento e para a progressão da aterosclerose de grandes vasos (Costa e cols., 2009). Quando a pressão arterial de um indivíduo está maior ou igual que 140 x 90 mmHg, pode-se dizer que o mesmo possui hipertensão arterial. Estima-se que atinja em torno de, no mínimo, 25 % da população brasileira adulta (20–59 anos de acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS), chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal (segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão – SBH).

As dislipidemias representam alterações na concentração plasmática de uma ou mais classes de lipoproteínas que, em maior ou menor grau, predispõe a aterogênese (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2001. Citado por Aquino, 2009). A ingestão alimentar, e o fator genético são as variáveis que mais influenciam na remoção e na produção das lipoproteínas circulantes (Bachorik et al., 1995. Citado por Aquino, 2009).

As lipoproteínas podem ser medidas através do exame de sangue que avalia os níveis de colesterol sérico, como o colesterol total (CT), a fração LDL-c, HDL-c, VLDL-c e também triglicérides (TG). O colesterol é produzido pelo o organismo humano e circula normalmente no sangue, sendo usado pelas células do corpo para construir as membranas celulares, para fabricação de alguns hormônios e vitaminas, e também como fonte de energia (Neto,2003).

A obesidade e a dislipidemia são ocasionadas pela má alimentação que a sociedade vem aderindo com o passar dos anos.

O diabetes melittus além de ser uma questão genética, também pode ser ocasionado pelo consumo excessivo de carboidratos simples (doces em geral) e também complexos (massas, batata). Segundo Oliveira (2004), DM é uma doença caracterizada pela deficiência

absoluta ou relativa de insulina que irá influenciar negativamente o metabolismo dos glicídios, proteínas, lipídios, água, vitaminas e minerais, e, durante sua evolução, na dependência do controle metabólico obtido, podem ocorrer complicações agudas e crônicas. Segundo o autor, um indivíduo com DM é aquele que possui glicemia casual ≥ 126mg/dl. De acordo com o Ministério da Saúde (2008), o diabetes já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo. A estimativa é de que, até 2025, esse número aumente para 380 milhões. No Brasil, a ocorrência média de diabetes na população adulta (acima de 18 anos) é de 5,2%, o que representa 6.399.187 pessoas.

O tabagismo contribui significativamente para o aparecimento das DCV, pois além da ação da nicotina sobre o calibre dos vasos, participa também na formação de carboxihemoglobina (união do monóxido de carbono com a hemoglobina), que impede que a hemoglobina transporte oxigênio - formação da oxihemoglobina (CETESB, 2010). Esta e várias outras substâncias do cigarro aceleram o processo de formação da aterosclerose (Costa e cols., 2009).

Segundo o Ministério da Saúde de Portugal, os que fumam mais de um maço de cigarros por dia têm quatro vezes mais probabilidades de ter infartos do miocárdio do que os não fumantes. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, no ano de 2006, registrou-se que cerca de 20% da população pertencente ao sexo masculino e 13% da população pertencente ao sexo feminino fumavam. Além disso, o tabagismo corresponde por 45% das mortes por infarto do miocárdio e 25% das mortes por doença cérebro-vascular (derrames). Cerca de 5 milhões de pessoas morrem anualmente no mundo. No Brasil são 200 mil mortes anuais. Se a atual tendência de consumo se mantiver, em 2020 serão 10 milhões de mortes por ano e 70% delas acontecerão em países em desenvolvimento, segundo a Organização Pan-America de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2007.

2.2 Prevenção e Controle

A adoção de um estilo de vida mais saudável pode ajudar na prevenção das DCV. Esse estilo de vida abrange uma dieta equilibrada. É bem sabido que o consumo adequado de fibras pode proporcionar uma vida mais saudável. As fibras podem ajudar a diminuir a fração LDL – colesterol se consumidas em porções diárias de 25 a 30 gramas. Isso é possível porque elas agem no metabolismo de lipídios diminuindo a absorção destes. As fibras podem ser solúveis, encontradas em frutas como a maçã, laranja e insolúveis, encontradas em grãos integrais, verduras e seus talos, (Loures, 2004).

A prática regular de atividade física (de três a cinco vezes por semana, com pelo menos trinta minutos de duração) ajuda a diminuir os níveis de triglicérides, a fração LDL – colesterol e a aumentar a fração HDL – colesterol, que diminui o surgimento da aterosclerose. A explicação para este acontecimento se baseia no fato que durante o exercício físico o corpo utiliza duas formas de realizar o gasto calórico: primeiramente através dos carboidratos; secundariamente pelos lipídios que são armazenados na forma de triglicérides. Assim, estes podem ser usados como ácidos graxos e sofrerão processos de oxidação para que os músculos possam utilizá-los para a obtenção de energia (Loures, 2004).

É importante ressaltar que cada indivíduo deve se conscientizar dos riscos que uma alimentação aterogênica e o sedentarismo podem causar à saúde do mesmo.

2.3 Escore de Framingham

No ano de 1948, iniciava-se o Framingham Heart Study com menos de seis mil participantes. E durante quase meia década, este estudo estabeleceu relações de causalidade, sendo que nenhum outro estudo tenha conseguido atingir este objetivo (Lotufo, 2008).

Este estudo iniciou-se basicamente em uma população aparentemente sem doenças, onde foram observados os fatores considerados de risco para o desenvolvimento das DCV, como a hipertensão arterial, colesterol elevado, tabagismo e também a faixa etária. Os dados obtidos foram direcionados à prevenção destas doenças, não se aplicando, portanto, aos indivíduos que já foram diagnosticados como portadores das mesmas. Assim, apesar da precisão do estudo, ao longo dos anos acrescentaram-se algumas variáveis, como a fração HDL – colesterol e triglicérides.

Assim, o Escore de Framingham é utilizado para calcular o risco de um determinado indivíduo de desenvolver as DCV em um período de dez anos, de acordo com a pontuação estabelecida para cada fator de risco (Tabelas de 1 a 5), citados anteriormente (Lotufo, 2008).

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Tipo de pesquisa

Será realizado um estudo de campo, descritivo e transversal. 3.1 Local da pesquisa

O estudo será realizado na Clínica Docente Assistencial de Nutrição da USCS, no Campus

II.

3.2 Amostra

Serão avaliados adultos com idade entre 30 e 60 anos de ambos os sexos, usuários do Centro Clinico de Saúde Integral (CCSI) da USCS.

3.3 Forma de recrutamento dos participantes

O projeto será divulgado através do site da USCS nas dependências do CCSI e da universidade. Os interessados deverão dirigir-se até a Clínica de Nutrição e procurar o pesquisador responsável.

3.4 Critérios de exclusão

Serão excluídos os indivíduos que apresentarem diagnóstico de DCV ou se recusarem a participar da pesquisa.

3.5 Coleta de dados

Foi elaborado um questionário composto por questões fechadas (Anexo 1), para a coleta das informações necessárias. O questionário será preenchido pela pesquisadora, sob forma de entrevista.

3.5.1. Dados antropométricos

Serão coletados da seguinte forma:

- Peso Corporal: Os indivíduos serão pesados na balança digital da marca Welmy, modelo RIW 200, com

capacidade de 200kg com escala 100g. Os participantes deverão estar com roupas leves, descalços, e posicionados no centro da balança. O peso deve estar distribuído em ambos os pés (Salgueiro e Mendes, Citado por Almeida, 2009).

- Estatura: Será utilizado o estadiômetro da própria balança, com espaçamento de 1cm, capacidade

até 2m. Os indivíduos deverão estar com os pés unidos, com a postura ereta e os olhos fixos no

horizonte (Salgueiro e Mendes, 2005. Citado por Almeida, 2009).

- Será calculado de acordo com a fórmula abaixo, cuja classificação encontra-se na Tabela 1.

IMC = P (kg) , onde:

A2 (m)

P = peso A = altura

Tabela 1. Classificação do Índice de Massa Corporal.

IMC Categoria

Abaixo de 18,5 Abaixo do peso

18,5 - 24,9 Peso normal

25,0 - 29,9 Sobrepeso

30,0 - 34,9 Obesidade Grau I

35,0 - 39,9 Obesidade Grau II

40,0 e acima Obesidade Grau III

Fonte: OMS, 2000.

- Circunferência abdominal: Será utilizada a fita métrica, com um tamanho de 150 cm. A medida deve ser feita na

altura da cicatriz umbilical (Hasselmann e cols., 2008). A circunferência abdominal será classificada segundo os pontos de corte da circunferência da cintura (Tabela 2).

Riscos de Complicações metabólicas Circunferência da Cintura (cm)

Masculino Feminino

Alto ≥ 94 ≥80

Muito Alto ≥102 ≥88

Fonte: OMS, 1998.

3.5.2 Dados bioquímicos e pressão arterial

Os participantes serão encaminhados para o LAC (Laboratório de Análises Clínicas) da USCS para a coleta dos dados bioquímicos, ou poderão trazer exames realizados em laboratórios particulares, desde que sejam recentes (quatro meses).

Serão quantificados os níveis de colesterol total (CT), HDL – colesterol (Tabela 3), LDL – colesterol, triglicérides e glicemia de jejum (Tabela 5).

Para a verificação da pressão arterial (PA) os indivíduos serão encaminhados para o ambulatório de enfermagem da USCS. A classificação da pressão arterial encontra-se na tabela 4.

Tabela 3. Classificação de perfil lipídico. Lípides Valores (mg/dL) Classificação

CT < 200 Ótimo 200-239 Limítrofe ≥ 240 Alto

HDL-c < 40 Baixo 40-60 Normal > 60 Alto

Fonte: III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias, 2001.

Tabela 2. Pontos de Corte da circunferência da cintura, segundo gênero, associado com complicações metabólicas da obesidade e doenças cardiovasculares.

Tabela 4. Classificação da pressão arterial.

Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg)

Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe 130-139 85-89 Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 Hipertensão estágio 2 160-179 100-109 Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 < 90 Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.

Tabela 5. Valores glicêmicos e risco de complicações. Classificação Glicemia em

jejum Glicemia depois de 2

horas Risco aumentado

para: Diabetes > 126 mg/dl > 200 mg/dl Retinopatia,

nefropatia, doença cardiovascular

Tolerância diminuída à glicose

< 126 mg/dl 140 a 199 mg/dl Diabetes e doença cardiovascular

Intolerância de jejum 101 a 125 mg/dl

< 140 mg/dl

Normal < 100 mg/dl < 140 mg/dl Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2004), Diabetes Mellitus: Classificação e Diagnóstico

3.6 Classificação segundo escore de Framingham

Após a coleta dos dados, os participantes serão estratificados de acordo com o escore de risco de Framingham, como apresentado nas Tabelas 6 e 7. A classificação dos pontos para avaliar o risco do surgimento das DCV encontra-se na tabela 8.

Fonte: Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, SBC, 2007.

Tabela 6. Escore de risco de Framingham (ERF) para cálculo de risco absoluto de infarto e morte em 10 anos para homens e mulheres.

Fonte: IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Fonte: Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, SBC, 2007.

Tabela 8. Estratificação de risco cardiovascular (critérios de Framinghan).

Risco cardiovascular em 10 anos Baixo Risco <10%

Risco intermediário 10-20% Alto risco >20%

Aterosclerose significativa >20% Fonte: IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose

Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Tabela 9. Classificação da fração LDL-colesterol

Classificação Valores Ótimo Inferior a 100mg/dL

Desejavel 100 a 129mg/dL Limítrofe 130 a 159mg/dL

Alto 160 a 189mgdL

Muito Alto Superior a 189mg/dL

Fonte: IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Tabela 7. Escore de Risco de Framingham (ERF) para cálculo de risco absoluto de infarto e morte em 10 anos para homens e mulheres (continuação).

3.8 Análise estatística

Os dados serão analisados através de freqüências absolutas e apresentados através de gráficos e tabelas. Para a tabulação dos dados será utilizado o programa da Microsoft Excel,

versão 2007.

3.9 Aspectos éticos

A cada participante será entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 2). O presente projeto será submetido à avaliação pela Comissão de Ética em Pesquisa da USCS.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A população estudada foi composta por 66 pessoas, sendo 51 do gênero feminino (77% da amostra) e 15 do gênero masculino (23% da amostra). Apenas 57 pessoas realizaram a coleta de todos os dados da pesquisa.

Como apresentado na Figura 1, 37% das mulheres (19 pessoas) encontram-se na faixa etária de 41 a 50 anos. Em segundo lugar, 33% (17 mulheres) se classifica na faixa etária de 30 a 40 anos, e o restante, ou seja, 30% (15 pessoas) possui de 51 a 60 anos.

Figura1. Distribuição dos participantes do gênero feminino segundo a faixa etária.

Verifica-se que a maioria possui entre 30 e 50 anos (94%). Apenas 1 pessoa (7%) está classificado na faixa etária de 51 a 60 anos.

Figura2. A figura acima expressa o número (em porcentagem) de participantes do gênero masculino para distribuição de acordo com a faixa etária.

É perceptível, de acordo com os dados, que a maioria possui entre 30 e 50 anos (94%). Apenas 7% (1 pessoa) classifica-se na faixa etária de 51 a 60 anos.

Figura3. Distribuição dos participantes segundo o hábito de fumar.

De acordo com a figura 3 pode-se perceber que grande parte da população estudada (61 pessoas), alegou não fumar, sendo que apenas 5 pessoas alegaram ser tabagistas. Entre os 92% que não fumam 71% (47 pessoas) são gênero do feminino. Dentre os fumantes, apenas 6% (4 pessoas) pertencem ao gênero feminino.

Figura4. Distribuição dos participantes segundo a renda.

Nota-se que, 26 participantes do gênero feminino (57%) recebem de 2 a 3 salários mínimos. Entre os participantes do gênero masculino, percebe-se que 6 indivíduos (46%) recebem mais de 6 salários mínimos. Pode-se dizer que ao comparar com o gênero feminino, o masculino possui mais participantes que recebem esta faixa superior de salário.

Legenda: E.F.I: Ensino fundamental incompleto, E.M.I: Ensino médio incompleto, E.M.C: Ensino médio completo, E.S.I: Ensino superior incompleto, E.S.C: Ensino superior completo, POSI.: Pós graduação Incompleto, POSC.: Pós graduação Completo.

Figura 5. Distribuição dos participantes segundo o nível de escolaridade.

Conforme se verifica na figura 5, 53% possui ensino superior incompleto, ultrapassando os valores do gênero oposto, ou seja, o gênero masculino possui 18% de participantes com pós-graduação completa, valor consideravelmente superior ao gênero feminino.

Com relação ao índice de massa corpórea (IMC), 11% das mulheres classificaram-se como eutróficas, 31% como obesa grau I, 13% como obesa grau II e 9% como obesa grau III. A proporção de mulheres com sobrepeso foi significativa - 36%. Diante desse resultado, é possível perceber que 89% (40 pessoas) deste gênero apresentam o peso fora dos padrões de normalidade, o que representa um sério risco à saúde.

Tabela 10. Classificação do estado nutricional dos participantes do gênero segundo o IMC (índice de massa corpórea).

Classificação por peso - FEM

Classificação Nº %

Baixo peso 0 0

Normal 5 11

Sobrepeso 16 36

Obesidade Grau I Obesidade Grau II Obesidade Grau III

14 6 4

31 13 9

Pode-se observar que 5 (11%) pessoas apresentaram o peso classificado como normal, sendo que 14 (31%) participantes tiveram seu peso classificado em obesidade grau I, 6 (13%) classificaram-se em grau II e 4 (9%) participantes em grau III. A classificação em sobrepeso também é importante ressaltar, uma vez que 16 (36%) participantes obtiveram essa classificação. Com esses resultados, é possível perceber ainda que 89% (40 pessoas) dos participantes deste gênero apresentam o peso fora dos padrões de normalidade, o que representa um grande risco à saúde.

Tabela 11. . Classificação do estado nutricional dos participantes do gênero masculino segundo o IMC (índice de massa corpórea).

Classificação por peso - MASC

Classificação Nº %

Baixo peso 1 10

Normal 1 10

Sobrepeso 4 40

Obesidade Grau I Obesidade Grau II Obesidade Grau III

2 1 1

20 10 10

De acordo com a tabela 11, percebe-se que apenas1 (10%) indivíduo apresentou baixo peso e 1 apresentou-se eutrófico. O restante (80%) apresentou IMC acima dos padrões de normalidade.

Em relação a classificação do colesterol total (figura 6), é possível observar que 63%

dos participantes obtiveram classificação ótima, desses 49% são do gênero feminino; e 28% apresentaram o colesterol total limítrofe, sendo 26% composto por participantes do gênero feminino.

Figura 6. Classificação dos participantes segundo os níveis séricos de colesterol total, segundo a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, (2007).

Como se verifica na Figura 7, 41% dos participantes (ambos os gêneros) apresentaram

níveis elevados da fração HDL-c, o que representa 23 pessoas. Desses 41%, 37% são mulheres. Vale ressaltar também que 22% (12 indivíduos) dos indivíduos participantes da pesquisa apresentou o colesterol HDL em níveis baixos, sendo que 15% são do gênero feminino.

Figura 7. Classificação dos participantes segundo os níveis séricos de colesterol HDL, segundo a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, (2007).

Como apresentado na Tabela 12, o número de indivíduos classificados com obesidade

foi maior do que os classificados com sobrepeso. Comparando o estado nutricional com a renda, nota-se que não houve uma diferença significativa dos pacientes que recebem até 1 salário mínimo para os que recebem mais de 6 salários mínimos. A maior prevalência de sobrepeso e obesidade se deu entre os que recebem de 2 a 3 salários mínimos, ou seja, 42%.

Tabela 12. Comparação entre o estado nutricional (IMC) e da renda dos participantes da pesquisa (ambos os sexos).

Renda X Estado nutricional

Salários Baixo peso Eutrofia Sobrepeso Obesidade

Até 1 SM 0 0 1 (2%) 0 2 a 3 SM 1 (2%) 5 (9%) 7 (13%) 16 (29%) 4 a 6 SM 0 0 7 (13%) 6 (11%) Acima de

6SM

TOTAL

0

1 (2%)

1 (2%)

6 (11%)

5 (9%)

20 (37%)

6 (11%)

28 (50%)

Entre os participantes da pesquisa (ambos os gêneros), 50% apresentaram obesidade

(segundo o IMC) e 37% sobrepeso, totalizando 87% da população estudada com peso acima do ideal.

Quando se compara os níveis de escolaridade com a proporção de sobrepeso e obesidade (Tabela 13), verifica-se que em relação ao nível de escolaridade, 7 (12%) possuem ensino superior incompleto, 3 (5%) possuem ensino superior completo e 2 pessoas (3%) possuem pós-graduação (incompleta e completa). Assim, poder-se ia sugerir que em relação ao estado nutricional não houve uma diferença significativa entre os participantes que possuem um nível de escolaridade maior para os que possuem um nível de escolaridade menor.

Tabela 13. Comparação do estado nutricional e da escolaridade dos indivíduos participantes da pesquisa (ambos os sexos).

Escolaridade X Estado nutricional

Escolaridade Baixo peso

Eutrofia Sobrepeso Obesidade

E.F.I. 0 0 0 5 (9%)

E.M.I. 0 0 4 (7%) 4 (7%)

E.M.C. 0 0 0 2 (3%)

E.S.I. 1 (2%) 2 (3%) 7 (12%) 8 (14%)

E.S.C. 0 1 (4%) 3 (5%) 4 (7%)

POS I. 0 2 (3%) 5 (9%) 4 (7%)

POS C.

TOTAL

0

1 (2%)

1 (2%)

6 (12%)

2 (4%)

21 (37%)

1 (2%)

28 (49%)

Tabela 14. Estratificação dos participantes de acordo com o Escore de

Framingham, segundo a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, (2007).

Escore de Framingham

Nº de pessoas % de Risco Classificação

27 pessoas (53%) <1 Baixo risco

17 pessoas (33%) 1 Baixo risco

2 pessoas (4%) 2 Baixo risco

1 pessoa (2%) 3 Baixo risco

2 pessoas (4%) 4 Baixo risco

1 pessoa (2%) 6 Baixo risco

1 pessoa (2%)

TOTAL: 51

8 Baixo risco

Conforme se verifica na Tabela 14, apenas 51 dos participantes apresentaram todos os

dados solicitados para o cálculo do escore de Framingham. Destes, 100% classificaram-se com o escore de baixo risco para desenvolver doenças cardiovasculares nos próximos 10 anos. Porém, deve-se observar que 2 pessoas apresentaram risco de 6% e 8%, que apesar de estar abaixo de 10% (baixo risco), encontram-se perto do limite do risco intermediário (entre 10% e 20%).

5. CONCLUSÃO

Todos os participantes da pesquisa apresentaram baixo risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV) nos próximos dez anos segundo o Escore de Framingham. Este resultado demonstra um ótimo perfil da população estudada com relação a este parâmetro, ou seja, apresentam poucos fatores de risco para DCV. No entanto, deve-se ressaltar que a maioria dos participantes do estudo pertence ao gênero feminino (77%), o que pode ter sido decisivo neste resultado. Sabe-se que, entre as pessoas que procuram os centros de saúde, a grande maioria é representada pelo gênero feminino, por terem hábitos/estilo de vida mais saudáveis do que o gênero masculino. Assim, é provável que o resultado fosse diferente caso a população estudada fosse constituída por uma proporção maior de homens.

Outro aspecto a se destacar é a elevada prevalência de sobrepeso e obesidade entre os participantes (86%), dado que converge com diversos estudos sobre o perfil de saúde da população brasileira. Este resultado reforça a importância da implementação de projetos de educação nutricional com ênfase na prevenção de doenças associadas à obesidade.

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