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1 Impactos Sanitários dos Campos Eletromagnéticos não Ionizantes e a Necessidade de Adotar-se o Princípio da Precaução Seminário sobre Radiações não Ionizantes, a Saúde e o Ambiente Ministério Público do RS Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Engenharia Elétrica Porto Alegre, RS, 18 e19 de maio de 2009 Francisco de Assis F. Tejo, D.Sc Francisco de Assis F. Tejo, D.Sc (UAEE-CEEI-UFCG) (UAEE-CEEI-UFCG)

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Impactos Sanitários dos Campos Eletromagnéticos não Ionizantes e a

Necessidade de Adotar-se o Princípio da Precaução

Seminário sobre Radiações não Ionizantes, a Saúde e o Ambiente

Ministério Público do RSUniversidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Engenharia Elétrica

Porto Alegre, RS, 18 e19 de maio de 2009

Francisco de Assis F. Tejo, D.Sc (UAEE-CEEI-Francisco de Assis F. Tejo, D.Sc (UAEE-CEEI-UFCG)UFCG)

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 22

PremissaPremissa

As opiniões e conclusões apresentadas nesta palestra refletem, As opiniões e conclusões apresentadas nesta palestra refletem,

tão somente, a pesquisa idependente do autor sobre o tema. tão somente, a pesquisa idependente do autor sobre o tema.

O material aqui apresentado representa conclusões baseadas emO material aqui apresentado representa conclusões baseadas em

evidências extraídas da literatura cientevidências extraídas da literatura cientíífica e em opiniões do au-fica e em opiniões do au-

tor, apenas, não refletindo, necessariamente a posição da Uni-tor, apenas, não refletindo, necessariamente a posição da Uni-

versidade Federal de Campina Grande.versidade Federal de Campina Grande.

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 33

PreâmbuloPreâmbulo

Durante o século passado a eletricidade tornou-se a força propul-Durante o século passado a eletricidade tornou-se a força propul-

sora da civilização, apesar de todo o mistério que ainda envolvesora da civilização, apesar de todo o mistério que ainda envolve

essa forma de energia. Não se sabe, exatamente, até que ponto osessa forma de energia. Não se sabe, exatamente, até que ponto os

processos biológicos são influenciados pelos campos eletromag-processos biológicos são influenciados pelos campos eletromag-

néticos que emanam, virtualmente, de qualquer aparato elétriconéticos que emanam, virtualmente, de qualquer aparato elétrico

e interagem,e interagem, especialmente com o cérebro – um órgão elétricoespecialmente com o cérebro – um órgão elétrico

por excelência, extraordinariamente complexo e sensívelpor excelência, extraordinariamente complexo e sensível – em – em

decorrência da exposição prolongada a esses campos.decorrência da exposição prolongada a esses campos.

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A Natureza dos campos EM (#1)

Campo elétrico Relações Campo magnético E ou D Constitutivas H ou B

E

Hk

E

H

tBE /

tDJH /

Equações de Maxwell

EJ

HB

ED

E

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Natureza dos campos EM (#2)Natureza dos campos EM (#2)

Um fio condutor percorrido Um fio condutor percorrido por uma corrente elétrica I por uma corrente elétrica I gera, em torno dêle, um cam-gera, em torno dêle, um cam-po elétrico radial (po elétrico radial (EE) e um) e umcampo magnético envolventecampo magnético envolvente((HH). ). O campo O campo EE sai de cargas po- sai de cargas po-sitivas e entra em negativas.sitivas e entra em negativas.O sentido do campo O sentido do campo HH é dado é dadopela regra da mão direita.pela regra da mão direita.[[EE]=V/m; []=V/m; [HH]=A/m]=A/m[I]=A[I]=A

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Campo elétrico apenasCampo elétrico apenas

Ao conectarmos o abajur à tomada,aplicamos uma voltagem de 220 Ventre a tomada e os terminais dalâmpada, gerando apenas um cam-po elétrico E radial, em torno doscondutores.A unidade de voltagem ou diferen-ça de potencial é o Volt (V).A unidade de campo elétrico é oVolt/metro (V/m).

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Campo elétrico e campo magnéticoCampo elétrico e campo magnético

Quando ligamos o interruptor do abajur, a tensão aplicada faz com que circule uma cor-ente através da lâmpada. Essacorrente cria um campo mag-nético H em torno dos condu-tores, além do campo E.A unidade de campo magné-tico é o Ampère/metro (A/m).

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Campos elétrico e magnéticoCampos elétrico e magnético de LT de 60 Hz de LT de 60 Hz

Uma LT é uma linha aérea de al-Uma LT é uma linha aérea de al-

ta tensão, com níveis entre 220 eta tensão, com níveis entre 220 e

750 kV, dotadas, em geral, de 2750 kV, dotadas, em geral, de 2

circuitos trifásicos e operando circuitos trifásicos e operando

em 50/60 Hz.em 50/60 Hz.

As figuras ao lado ilustram a dis-As figuras ao lado ilustram a dis-

tribuição de campo magnético etribuição de campo magnético e

elétrico, respectivamente, obti-elétrico, respectivamente, obti-

das por simulação computacio-das por simulação computacio-

nal.nal.

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Campo magnéticoCampo magnético de LT de 60 Hzde LT de 60 Hz

A indução magnética B depende:A indução magnética B depende:da corrente: 700 < I < 4000 Ada corrente: 700 < I < 4000 Ada desobstrução: mínima de 7,6 m parada desobstrução: mínima de 7,6 m para400 kV e normalmente > 8 m.400 kV e normalmente > 8 m.O ponto de máxima indução magnéticaO ponto de máxima indução magnéticaocorre, normalmente, na metade do vão,ocorre, normalmente, na metade do vão,no ponto mais baixo da catenária.no ponto mais baixo da catenária.O limiar do IARC para associação fraca O limiar do IARC para associação fraca entre entre BB e leucemia infantil, é de 0,25 e leucemia infantil, é de 0,25 TTou 2,5 mG.ou 2,5 mG.Limites ICNIRP/ANEEL:Limites ICNIRP/ANEEL:Ocupacional: 416,67 Ocupacional: 416,67 T ou 4166,7 mG !T ou 4166,7 mG !Público: 83,3 Público: 83,3 T ou 833 mG !T ou 833 mG !

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Exposição a campos de baixas freqüênciasExposição a campos de baixas freqüências

Campos elCampos elétricos e mag-étricos e mag-

néticos de 60 Hz indu-néticos de 60 Hz indu-

zem correntes elétricaszem correntes elétricas

sutis em organismos vi-sutis em organismos vi-

vos. As linhas traceja-vos. As linhas traceja-

das mostram as direçõesdas mostram as direções

das correntes induzidas,das correntes induzidas,

paralelas ao campo paralelas ao campo EE e e

perpendiculares ao cam-perpendiculares ao cam-

po po H, H, respectivamente. respectivamente. (Levitt, 1995)(Levitt, 1995)

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Histórico dos Padrões de Exposição Humana

•1953 – US/Navy observa cataratas em cães expostos e doenças em operadores de radar: adota limite ocupacional de 10.000 W/cm2.•1958 – USSR observa efeitos biológicos de baixas inten- sidades em animais e no homem: adota limite ocupacional de 10 W/cm2.•1966 – ASA (atualmente ANSI): adota limite ocupacio- nal de 10.000 W/cm2.•1971 – Projeto Pandora analisa problemas de saúde de funcionários da embaixada americana em Mos- cou, irradiados durante anos a 10-15 W/cm2. Governo mantém limite de 10.000 W/cm2.

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Histórico dos Padrões de Exposição Humana

•1976 – ANSI reitera limite ocupacional de 10.000 W/cm2.•1977 – Livro de P. Brodeur denuncia que as Forças Arma- das americanas ocultam estudos, a fim de proteger investimentos em radar.•1979 – USSR adota limite de 1 W/cm2 para o público em geral.•1982 – ANSI adota limite ocupacional de 1000 W/cm2.•1985 – FCC adota limite de 1000 W/cm2 para o públi- co em geral.•1986 – NCRP adota limite de 200 W/cm2 para o públi- co em geral.•1992 – ANSI adota limite de 200 W/cm2 para o públi- co em geral.

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Histórico dos Padrões de Exposição Humana

•1996 – FCC adota limite de 200 W/cm2 para o público em geral. Espera mudanças nos limites de expo- sição no futuro.•1998 – ICNIRP: publica suas diretrizes e adota limite ocupacional de 5000 W/cm2 e de 1000 W/cm2 para o público em geral.•1999 – ANATEL adota provisoriamente as diretrizes da ICNIRP.•2002– ANATEL incorpora as diretrizes da ICNIRP na Resolução 303, em 02/07/2002, para a faixa de 9 kHz – 300 GHz.

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Níveis de referência de campo elétricoDiretrizes da ICNIRP

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Introdução

A exposição prolongada de um sistema biológi-co (corpo, órgão, tecido e célula) a CEMNIs, suscita considerações biomédicas relacionadas com os seguintes fatores:• intermitência da exposição; • periodicidade da exposição recorrente; • exposição simultânea a múltiplos campos; • idade no começo da exposição• considerações étnicas e geo-patológicas,os quais podem determinar a susceptibilidade de um indivíduo ao agente ambiental considerado.

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1818

O Espectro Eletromagnético

Freqüência de um campo eletromagnético (EM) variável notempo, é o número de oscilações por segundo. É medida em Hz (1 Hz = 1 ciclo por segundo).

Radiações ionizantes:•UV,Raios X, Raios γ e radiação nuclear•1016 - 1022 Hz (ou 300 - 0.0003 Å)

Radiações não-ionizantes:•Luz visível: 1014 - 1016 Hz (300 - 0.0003 Å)•MW: 0,3 - 300 GHz (Celular, HDDTV)•VHF: 30 - 300 MHz (rádio FM e TV)•HF: 3 - 30 MHz•MF: 300 - 3000 kHz•LF: 30 - 300 kHz•VLF: 3 - 30 kHz•VF: 300 - 3000 Hz (voz)•ELF: 30 - 300 Hz (transm./distr./industrial)

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1919

Radiação Ionizante x Não Ionizante

W=hν

•Uma radiação eletromagnética de fre-qüência ν, tem associado com ela umFóton, de energia W=hν (eV), ondeh=6.626 x 10-34 Js é a constante de Planck.•Microondas: 300 MHz ν 300 GHz 1.24 x 10-6 eV W 1.24 x 10-3 eV

Energia de ionização: W=eφ, onde φ é o primeiro potencialde ionização.• Carbono: W = 11,26 eV • Hidrogênio: W = 13,59 eV • Oxigênio: W = 13,62 eV• Nitrogênio: W = 14,53 eV Limiar biológico: 13.6 eV ν 3,3x1015 Hz λ 912 Å (UV)

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2020

O ambiente EM terrestre natural nãoinclui componentes significativas deRF (30 kHz-300 MHz) nem MW(300-3000 MHz).• Explosão das estações de difusão de rádio e TV, redes rádio-telefônicas, telefones sem fio e celulares produ- ziu uma densidade de energia de RF e MW, no ambiente, milhões de vezes mais elevada do que os níveis natu-rais (energia solar, tempestades, etc.). Valor típico: 1 W/cm2 (E=4 V/m)•Situação: > 3 bilhões de celulares no mundo, em 2008 e > 120 milhões,no Brasil, atualmente ! Número de celulares já é mais queo dobro do de fixos!

ELF

ELF

MW

ELF/MW

MW

Campos EMNI Naturais X Artificiais (#1)

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Campos EMNI Naturais X Artificiais (#2)

•Tempo relativamente curto de exposição aos CEMs tecnológicos: não desenvolvemos imunidade evolucionária, contra efeitos adversos diretos, nem contra interferências com processos EM naturais, tais como a Ressonância de Schumann. [Polk, 1982], [König, 1974]

• O cérebro dos mamíferos contém umaO cérebro dos mamíferos contém uma rede PLLrede PLL capaz de capaz de detectardetectar e e reagirreagir a sinais ELF a sinais ELF [Ahissar et al., 1997] e, portanto, se comporta [Ahissar et al., 1997] e, portanto, se comporta como umcomo um receptor FM sintonizadoreceptor FM sintonizado. [Motluk, 1997]

Ressonância de Shumann EEG (estado de alerta) típico, comdiária típica. superposição dos picos de resso- nância de Schumann.

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Células e Membranas Celulares (#1)

Suspensão celular: partículas condutoras dispersas em ummeio dielétrico.Ex.: sangue a 3 GHz e 35° C.Dimensões celulares: 10 a 100 µm, diversas formas.Constituintes: proteínas+lipídios+glucídeos+DNA/RNA.Sub-estruturas: MC+LIC+mitocôndrias+núcleo. MC: dupla camada de fosfolipídeos semifluidos, espess. aprox. 10 nm, c/ molécs. de proteína engastadas (canais). Função: proteção/controle ativo das trocas iônicas e mole- culares entre o LIC e o LEC, através dos canais iônicos. dupla camada de cargas superficiais, isto é,a MC equivale a um capacitor em || com umresistor de fuga (íons cruzando a MC).

9.15,56 ''' rr

LECLIC 2/1 cmFCm

2/100 cmRm

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Células e Membranas Celulares (#2)

A MC protege um inte-rior organizado que par-ticipa de reações bio-químicas essenciais. Observe-se a hélice-do aparelho transdutor de sinal, com seus receptores em forma de “Y”.

A superfície externa da MC e seus receptores e canais iônicos, têm carga negativa, enquanto que o interior é positivamente car-regado, estabelecendo um potencial de membrana. Um mensagei-ro positivo, penetrando por um receptor “Y” da hélice- , inicia um processo de amplificação, com um ganho da ordem de a , resultando numa avalanche de mensageiros secundáriospara o interior da célula.

510

610

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Células e Membranas Celulares (#3)

Uma estrutura que auxilia a regular a atividade celular, é o canalcanal

iônico gatilhado a tensãoiônico gatilhado a tensão, que atua como um verdadeiro transis-transis-

tortor, regulando as correntes iônicas para os diversos tipos de

ions da célula [Catterall, 1992]. O principal destes é o , oni-

presente, e que desempenha uma série de funções de comuni-comuni-

cação e regulação celularcação e regulação celular. Ele atua primeiro como transdutortransdutor de

sinal e, em seguida, como mensageiromensageiro. [Bawin and Adey, 1976].

Ca

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3333

Células e Membranas Celulares (#4)

Junções de hiato são pontes de seis proteínas entre células con-tíguas, fundamentais para a comunicação intercelularcomunicação intercelular, necessá-ria para coordenar a sua regulaçãocoordenar a sua regulação. A sua abertura e fechamentoabertura e fechamentoé controlada pelo ion cálciocontrolada pelo ion cálcio.Como os sinais de RF/MW têm um maior acoplamentomaior acoplamento do que oscampos ELF, então é mais provável que eles alterem as funções da junção de hiato, em intensidades muito menoresintensidades muito menores do que asde sinais ELF CW.

A alteração do A alteração do ion cálcioion cálcio na naglândula pinealglândula pineal é, então, um é, então, ummecanismo plausível para mecanismo plausível para rere--dução da melatoninadução da melatonina. Assim,estes dois efeitos su-Assim,estes dois efeitos su-gerem fortemente ogerem fortemente o carátercaráter genotóxico da REMNIgenotóxico da REMNI !!

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3434

Junção de hiato e aberrações cromossômicas

2cm

1. Fluxo da junção de hiato, em função da intensidade de campo magnético de 50 Hz [Li et al., 1999].2. Aberrações cromossômicas em células de hamster chinês V79, expostas a 30 mW/ , em 7.7 GHz, sob condições isotérmicas (22 0.4 °C) sendo, portanto, um efeito atérmico. [Garaj-Vrhovac, Horvat and Koren, 1991].

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 3535

Morte celular

Quando os cromossomos são danificados, as células assassinascélulas assassinasnaturaisnaturais do SI eliminam as células defeituosas. Alternativamente,as células podem entrar em apoptoseapoptose (suicídio programado).Garaj-Vrhovac, Horvat e Koren encontraram uma diminuição nadiminuição nataxa de sobrevivência e um aumento na mortalidadetaxa de sobrevivência e um aumento na mortalidade, segundouma relação de dose-resposta bem definidarelação de dose-resposta bem definida.

2/1 cmmW 2/5 cmmW

A diretriz ICNIRP para f >2 GHzé de e de ,respectivamente, para o públicoem geral e para os trabalhadores.Mesmo um nível 100 vezes me-Mesmo um nível 100 vezes me-nor do que o primeiro, durante 60nor do que o primeiro, durante 60minutos, mata 28% das células eminutos, mata 28% das células e8% delas, durante 30 minutos!8% delas, durante 30 minutos!

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4040

Sumário de descobertas científicas

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5050

Absorção no cérebro em função da freqüênciaAbsorção no cérebro em função da freqüência

O gráfico representa a absorçãoO gráfico representa a absorção

normalizada no cérebro, em normalizada no cérebro, em

função da freqüênciafunção da freqüência

Observa-se o crescimento maisObserva-se o crescimento mais

acentuado a partir de 800 MHz.acentuado a partir de 800 MHz.

A explicação para isto é a A explicação para isto é a resso-resso-

nâncianância com as dimensões da ca- com as dimensões da ca-

beça, para freqüências acima debeça, para freqüências acima de

700 MHz!700 MHz!

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5151

Absorção no cérebro versus tipo de tecnologiaAbsorção no cérebro versus tipo de tecnologia

A simulação revela, ainda, queA simulação revela, ainda, que

a absorção de radiação no cére-a absorção de radiação no cére-

bro (massa cinzenta) é bastan-bro (massa cinzenta) é bastan-

te maior para os aparelhoste maior para os aparelhos

da tecnologia PCS (Personalda tecnologia PCS (Personal

Communication System), queCommunication System), que

incluem, além de comunicaçãoincluem, além de comunicação

de voz, recursos multimídia ca-de voz, recursos multimídia ca-

da vez mais sofisticados.da vez mais sofisticados.

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5252

Exposição de “Nematóides” a Níveis Muito Exposição de “Nematóides” a Níveis Muito Baixos de Campos EletromagnéticosBaixos de Campos Eletromagnéticos

O grupo liderado pelo Dr. David de Pomerai da O grupo liderado pelo Dr. David de Pomerai da Universidade de Nottingham, mostrou que a Universidade de Nottingham, mostrou que a exposição prolongada de “nematoides” a níveis exposição prolongada de “nematoides” a níveis muito baixos de campos eletromagnéticos (muito baixos de campos eletromagnéticos (SAR SAR da ordem de 0,001 mW/gda ordem de 0,001 mW/g, em 750 MHz) causam , em 750 MHz) causam danos em determinadas proteínas. Dr. de Pomerai danos em determinadas proteínas. Dr. de Pomerai sugere que “os atuais limites de exposição para sugere que “os atuais limites de exposição para os equipamentos de microondas podem os equipamentos de microondas podem necessitar revisão”. [Pomerai necessitar revisão”. [Pomerai et alet al., 2000]., 2000]

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5353

Alterações na Barreira Hemato-EncefálicaAlterações na Barreira Hemato-Encefálica(BBB-Blood-brain Barrier) em Níveis (BBB-Blood-brain Barrier) em Níveis Muito Baixos de Campos Muito Baixos de Campos EletromagnéticosEletromagnéticos

Os Drs. L. Salford (neurocirurgião) e B. Persson (biofísico) Os Drs. L. Salford (neurocirurgião) e B. Persson (biofísico) da Universidade de Lund na Suécia mostraram que níveis da Universidade de Lund na Suécia mostraram que níveis muito baixos de exposição (muito baixos de exposição (SAR = 0,002 W/Kg, durante SAR = 0,002 W/Kg, durante somente 2 hssomente 2 hs) podem alterar a BBB, permitindo que ) podem alterar a BBB, permitindo que substancias químicas penetrem em neurônios no córtex, substancias químicas penetrem em neurônios no córtex, no hipocampo e em gânglios basais do cérebro. Esta no hipocampo e em gânglios basais do cérebro. Esta alteração permanecia ainda evidente 4 semanas após alteração permanecia ainda evidente 4 semanas após uma única exposição de 2 hs., mesmo naquelesuma única exposição de 2 hs., mesmo naqueles níveis níveis baixíssimos de SAR.baixíssimos de SAR. [NIEHS, 2003][NIEHS, 2003]

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5454

Quebras Simples e Duplas de Quebras Simples e Duplas de Fitas da Molécula de DNAFitas da Molécula de DNA

Foram observadas quebras simples e duplas nas fitas Foram observadas quebras simples e duplas nas fitas de mo-de mo-

léculas de DNA expostas a sinais pulsados (pulsos de léculas de DNA expostas a sinais pulsados (pulsos de 2 2 µs deµs de

duração e taxa de repetição de 500 pulsos/s)duração e taxa de repetição de 500 pulsos/s) e a e a sinais CW sinais CW

de 2.450 MHz, com densidade de potência média de de 2.450 MHz, com densidade de potência média de

2 mW/cm2 mW/cm22, resultando numa taxa de absorção , resultando numa taxa de absorção específica –específica –

SAR – de 1.2 W/kg. [Lai and Singh, 1996]SAR – de 1.2 W/kg. [Lai and Singh, 1996]

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5555

Tumores no cérebro: O Tumores no cérebro: O Estudo de HardellEstudo de Hardell

Dr. Lennart Hardell, do Örebo Medical Center, Dr. Lennart Hardell, do Örebo Medical Center, Örebo, Suécia : “A antena do celular, em uso Örebo, Suécia : “A antena do celular, em uso normal, é posicionada próximo ao ouvido, sendo normal, é posicionada próximo ao ouvido, sendo que se observam “hot-spots” (áreas de que se observam “hot-spots” (áreas de concentração de energia) nos lobos “temporal” e concentração de energia) nos lobos “temporal” e “occipital” do cérebro”. Hardell observou que os “occipital” do cérebro”. Hardell observou que os usuários de telefones celulares apresentavam usuários de telefones celulares apresentavam uma uma probabilidade 2,5 vezes maiorprobabilidade 2,5 vezes maior para para desenvolver tumores nestes lobos, no lado da desenvolver tumores nestes lobos, no lado da cabeça onde o aparelho era normalmente cabeça onde o aparelho era normalmente operado. Isto se repete tanto para aqueles que operado. Isto se repete tanto para aqueles que usam o fone do lado direito ou esquerdo da usam o fone do lado direito ou esquerdo da cabeça. Hardell não observou aumento de risco cabeça. Hardell não observou aumento de risco para os lobos frontal e parietal, que estão mais para os lobos frontal e parietal, que estão mais afastados da [Hardell afastados da [Hardell et alet al., 1999]., 1999]

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5656

Taxas de mortalidade por câncer de encéfalo no Brasil Taxas de mortalidade por câncer de encéfalo no Brasil entre 1979 e 1999entre 1979 e 1999 (Fonte: Divisão de Epidemiologia e Vigilância do Min. da Saúde, INCA, e (Fonte: Divisão de Epidemiologia e Vigilância do Min. da Saúde, INCA, e

IBGE, p.e.o. Dr. C.E.C.Abrahão, Covisa, Campinas, SP)IBGE, p.e.o. Dr. C.E.C.Abrahão, Covisa, Campinas, SP) Esquerda: homens Direita: mulheres Esquerda: homens Direita: mulheres

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5757

Dados do INCADados do INCA

Estatísticas das taxas de mortalidade por câncer em São Paulo 1979-99esquerda: todos os tipos; direita: encéfalo (homens)

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5858

Dados do INCA atualizadosDados do INCA atualizados

Taxas de mortalidade por câncer do encéfalo , brutas e ajustadas por idade pelas populações mundial e brasileira,

por 100.000 habitantes, Brasil, entre 1979 e 2001.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

Anos

Ta

xa

s

Taxa Bruta Taxa Padronizada(1) Taxa Padronizada(2)

0,04 0,08 0,15 0,25 0,72 1,5 3,2 4,57,4

14

2730

36

43

0

10

20

30

40

50

Milh

ões

de

Apar

elhos

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

Nº de Telefones Celulares no Brasil (fonte Anatel)

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 5959

Efeitos biológicos em função da densidade de potência

Dens. de Pot. Dens. de Pot. ((µW/cmµW/cm22))

Efeito BiológicoEfeito Biológico ReferênciaReferência

0.10.1 Exposição a radiação de telefonia Exposição a radiação de telefonia celu- lar provoca alterações nas celu- lar provoca alterações nas ondas cere- brais de um EEG.ondas cere- brais de um EEG.

Von Klitzing, Von Klitzing, 19951995

0.160.16 Alterações nas funções motora, de Alterações nas funções motora, de memorização e atenção em memorização e atenção em crianças em idade escolar na crianças em idade escolar na Letônia.Letônia.

Kolodynski, Kolodynski, 19961996

0.168-1.0530.168-1.053 Infertilidade irreversível em 5 Infertilidade irreversível em 5 gerações de ratos expostos a gerações de ratos expostos a sinais de antenas de telefonia sinais de antenas de telefonia celular.celular.

Magras e Magras e Xenos, 1997Xenos, 1997

0.2-80.2-8 Aumento 2 vezes maior na Aumento 2 vezes maior na leucemia infantil, em crianças leucemia infantil, em crianças expostas a radi- ação de AM e expostas a radi- ação de AM e FM.FM.

Hocking, 1996Hocking, 1996

1.3-5.71.3-5.7 Aumento 2 vezes maior de Aumento 2 vezes maior de leucemia em adultos expostos a leucemia em adultos expostos a sinais de AM.sinais de AM.

Dolk, 1997Dolk, 1997

2.42.4 Interferência com dispositivos Interferência com dispositivos médicos, pelo menos até 1000 médicos, pelo menos até 1000 MHz.MHz.

Joyner, 1996Joyner, 1996

2-42-4 Ação direta da RRF no canal de Ação direta da RRF no canal de ace- ticolina (neurotransmissor).ace- ticolina (neurotransmissor).

D’Inzeo, 1988D’Inzeo, 1988

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 6060

Efeitos biológicos em função da densidade de potência

Dens. de Pot. Dens. de Pot. ((µW/cmµW/cm22))

Efeito BiológicoEfeito Biológico ReferênciaReferência

4-104-10 Diminuição do tempo de reação Diminuição do tempo de reação visual e memória, em testes com visual e memória, em testes com crianças.crianças.

Chiang, 1989Chiang, 1989

5-105-10 Debilitação da atividade do Debilitação da atividade do sistema nervoso.sistema nervoso.

Dumanski, 1974Dumanski, 1974

10-25 10-25 Alterações no hipocampo Alterações no hipocampo (circunvolu-(circunvolu-

ção na face inferior do lobo ção na face inferior do lobo temporal).temporal).

Belokrinitskiy, Belokrinitskiy, 19821982

3030 Efeitos no sistema imune: Efeitos no sistema imune: elevação da contagem de PFC elevação da contagem de PFC (células produtoras de anticorpos).(células produtoras de anticorpos).

Veyret, 1991Veyret, 1991

5050 Redução de 18% no sono REM, Redução de 18% no sono REM, impor- tante na memorização impor- tante na memorização e aprendizagem. e aprendizagem.

Mann, 1996Mann, 1996

100100 Mudanças na função do sistema Mudanças na função do sistema imune.imune.

Elekes, 1996Elekes, 1996

100100 Redução de 26% na produção de Redução de 26% na produção de insu- lina (hormônio secretado insu- lina (hormônio secretado pelo pâncreas).pelo pâncreas).

Navakatikian, Navakatikian, 19941994

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 6363

O estudo de Naila (Alemanha) O estudo de Naila (Alemanha) #1#1

•Área de estudo: Naila•População: 9.472 hab. (52,6 % Me 47,4 % H)•Diferenças sociais e étnicas muitopequenas ( 4% estrs. em 1994)•Não há indústria pesada na cidade•Operação das antenas: Set. 1993•Tecnologia: GSM c/ 15 dBW porcanal (31,6 W/canal)•Freqüência: 935 MHz•Tilt: 6 graus

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 6464

O estudo de Naila (Alemanha) O estudo de Naila (Alemanha) #2#2

Período do estudo: 1994-2004Suporte financeiro: recursos próprios do municípioGrupo exposto: residentes a menos de 400 m das torresGrupo controle: residentes a mais de 400 m das torresTempo de exposição: aproximadamente 90.000 horasConclusão: •Risco de câncer 3 vezes maior para o grupo exposto, em comparação com o grupo controle; grupo exposto adoe-ceu 8 anos mais cedo •Não é mais possível supor que não existe relação causal entre exposição a RF e aumento de casos de câncer.

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 6565

O estudo de Netanya (Israel) O estudo de Netanya (Israel) #1#1•Dados da antena: 10 m de altura, Pmax = 1500 W e fre-qüência de 850 MHz;•Início do estudo: julho de 1997;•Início da exposição: julho de 1996;•Grupo exposto (A): 622 residentes, durante 3 a 7 anos, nas proximidades da ERB;•Grupo controle (B): 1222 residentes com característicassócio-econômicas similares às do grupo A;•Motivação: surgimento de 8 casos de câncer em 1 ano,contra 2/1222 registrados em clínica próxima da área Be 31/1000/ano na população em geral.

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 6666

O estudo de Netanya (Israel) O estudo de Netanya (Israel) #2#2

Período do estudo: 1997-2004;Grupo exposto (A): residentes a menos de 350 m da torre;Grupo controle (B): residentes a mais de 350 m da torre;Resultados: •Risco relativo de 4,15 vezes maior na área A do que napopulação como um todo;•Taxas relativas de câncer entre as mulheres expostas foide 10,5 vezes maior (p<0.0001), contra 0,6 da área B e 1em toda a cidade.•Conclusão: existe associação entre residir próximo deERB e aumento na incidência de câncer.

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 6767

O Projeto REFLEXO Projeto REFLEX

• Projeto REFLEX (Risk Evaluation of Potential Environmental Hazards from Projeto REFLEX (Risk Evaluation of Potential Environmental Hazards from Low Energy Electromagnetic Field (EMF) Exposure Using Sensi- tive Low Energy Electromagnetic Field (EMF) Exposure Using Sensi- tive in in vitrovitro Methods) [REFLEX, 2004] Methods) [REFLEX, 2004]

• Patrocínio: CE Duração: 4 anos Custo: Patrocínio: CE Duração: 4 anos Custo: € € 3.149.621,003.149.621,00• Objetivos: Identificar mecanismos básicos para explicar possível cau-Objetivos: Identificar mecanismos básicos para explicar possível cau- salidade CEM/doença, utilizando modernas técnicas da toxicologia esalidade CEM/doença, utilizando modernas técnicas da toxicologia e da biologia molecular da biologia molecular in vitroin vitro e plataformas laboratoriais uniformes. e plataformas laboratoriais uniformes.• Resultados: Resultados: • Os CEM-ELF tiveram efeitos genotóxicos (alterações da expressão do Os CEM-ELF tiveram efeitos genotóxicos (alterações da expressão do

DNA) em culturas celulares primárias de fibroblastos (células básicas do DNA) em culturas celulares primárias de fibroblastos (células básicas do tecido conjuntivo) humanos e em outras linhas celulares;tecido conjuntivo) humanos e em outras linhas celulares;

• Os CEM-RF produziram efeitos genotóxicos em células de fibroblas-Os CEM-RF produziram efeitos genotóxicos em células de fibroblas- tos, granulosas e HL60, com SAR entre 0,3 e 2 W/kg, com aumentotos, granulosas e HL60, com SAR entre 0,3 e 2 W/kg, com aumento significativo na quebra das fitas simples e duplas do DNA e na fre-significativo na quebra das fitas simples e duplas do DNA e na fre- quência de micronúcleos (fragmentos de DNA no sangue).quência de micronúcleos (fragmentos de DNA no sangue).

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 6868

Efeitos Não Térmicos dos Telefones Celulares:Levantamento dos Estudos Biológicos

Publicados(fonte: CWTI, p.e.o. Libby Kelley )

58587171

646415 (23%)15 (23%)49 49 (77%)(77%)

Fundos Fundos IndependenteIndependente

ss

656543 (66%)43 (66%)22 22 (34%)(34%)

Fundos da Fundos da IndústriaIndústria

Não Não encontra encontra

efeitoefeito

Encontra Encontra efeitoefeito

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 7171

Conclusões (#1)Conclusões (#1)

•Os limites de exposição das diretrizes da ICNIRP não con-sideram exposições prolongadas a CEMNI, conforme esta-belecido no documento original, na seção “BASE PARA LIMITAR A EXPOSIÇÃO” [ICNIRP, 1998]:

“... A indução de câncer devido a exposição prolongada aCEM não foi considerada como estabelecida e, assim, es-tas diretrizes são baseadas em efeitos agudos, de curta du-ração sobre a saúde, tais como estimulação de músculos e nervos periféricos, choques e queimaduras pelo contato com objetos condutores e temperaturas elevadas do tecido,resultante da absorção de energia durante a exposição aCEM. ...”

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 7272

Conclusões (#2)Conclusões (#2)

•Ao justificar a exclusão de qualquer efeito não-térmico naformulação de suas Diretrizes de Segurança, a ICNIRP con-clui:[ICNIRP, 1998]

“... Geralmente, a literatura sobre efeitos atérmicos de cam-pos eletromagnéticos modulados em amplitude é tão com-plexa, a validade dos resultados divulgados tão mal estabe-lecida e a relevância dos efeitos sobre a saúde humana é tãoincerta, que é impossível usar este volume de informaçãocomo uma base para definir limites de exposição humana a esses campos. ...”

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 7373

Conclusões (#3)Conclusões (#3)

•Deve-se ressaltar que isto não é equivalente a denegar a existência de influências não-térmicas deste tipo de radia-ção, ou seu potencial de provocar reações sanitárias adver-sas – como freqüentemente apregoado pela Indústria decomo freqüentemente apregoado pela Indústria deTelefonia MóvelTelefonia Móvel – mas simplesmente que, na visão da ICNIRP, tais efeitos não podem ser usados como uma basepara estabelecer limites de exposição [Hyland, 1998]

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 7575

Conclusões (#4)Conclusões (#4)

Dr. Neil Cherry (Lincoln University, NZ), em umrecente relatório, concluiu:

•A REM de ERBs, provavelmenteprovavelmente, aumentará a incidência de abortamentosabortamentos, câncercâncer, doenças neurológicasdoenças neurológicas, cardíacascardíacas e mortemorte.•A REM dos telefones celulares, provavelmenteprovavelmente, aumentará a incidência de doenças neurológicas e tumores cerebraisdoenças neurológicas e tumores cerebrais, nos próximos 10 a 20 anos.•Os problemas apontados continuarão a se agravaragravar, a menos que sejam tomadas as medidas necessárias para reverter esta tendência, tal como reduzir a potência (ou aumentar a distância) a reduzir a potência (ou aumentar a distância) a níveis tecnicamente possíveisníveis tecnicamente possíveis e só instalar novas ERBs em locais que produzam exposições residenciais extremamente reduzidasexposições residenciais extremamente reduzidas.

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 7676

O Conceito de Saúde da OMSO Conceito de Saúde da OMS

““Saúde é um estado de completo bem-estar Saúde é um estado de completo bem-estar físico,físico,

mental e social e não meramente a ausência demental e social e não meramente a ausência de

doença ou enfermidade”doença ou enfermidade”

(Preâmbulo à Constituição da OMS, adotada pela(Preâmbulo à Constituição da OMS, adotada pela

Conferência Internacional de Saúde, N. York, Conferência Internacional de Saúde, N. York,

19-22 de junho de 1946, entrando em vigor em19-22 de junho de 1946, entrando em vigor em

7 de abril de 1948)7 de abril de 1948)

Esta definição nunca foi emendada até hoje!Esta definição nunca foi emendada até hoje!

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 7777

O Princípio da PrecauçãoO Princípio da Precaução

O Princípio da Precaução é um novo modo O Princípio da Precaução é um novo modo de pensar sobre a proteção ambiental ou à de pensar sobre a proteção ambiental ou à saúde pública, principalmente contra a saúde pública, principalmente contra a permanência da exposição a situações e permanência da exposição a situações e agentes de risco em longo prazo. Ele nos agentes de risco em longo prazo. Ele nos desafia a fazer mudanças fundamentais no desafia a fazer mudanças fundamentais no modo como permitimos e restringimos modo como permitimos e restringimos danos e agravos. danos e agravos.

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 7878

O Princípio da PrecauçãoO Princípio da Precaução

• Uma das mais importantes expressões do Princípio Uma das mais importantes expressões do Princípio da Precaução, internacionalmente falando, é a da Precaução, internacionalmente falando, é a Declaração do Rio da Conferência das Nações Declaração do Rio da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992, também conhecida como Agenda 21, de 1992, também conhecida como Agenda 21, quando afirma: quando afirma: “Com o fim de proteger o meio “Com o fim de proteger o meio ambiente, os Estados devem aplicar amplamente o ambiente, os Estados devem aplicar amplamente o princípio da precaução, conforme as suas princípio da precaução, conforme as suas capacidades. Quando haja perigo de dano, grave capacidades. Quando haja perigo de dano, grave ou irreversível, a falta de uma certeza absoluta não ou irreversível, a falta de uma certeza absoluta não deverá ser utilizada para postergar-se a adoção de deverá ser utilizada para postergar-se a adoção de medidas eficazes, em função do custo, para medidas eficazes, em função do custo, para impedir a degradação“impedir a degradação“

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 7979

Recomendações (#1)Recomendações (#1)

Considerando:

•Adesão do Brasil desde a ECO’92 no Rio;•Minimização de possíveis riscos à saúde devido a exposições prolongadas;•Se não há provas conclusivas de que a exposição prolongada a CEMNI pode acarretar agravos à saúde, também não as há em sentido contrário;•Inexistência de pré-testes e pós-testes com relação aos dispositi- vos emissores de CEM comercializados no país;•Viabilidade técnica, operacional e financeira das operadoras.

Recomenda-se adotar o Princípio da Precaução

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 8080

CitaçãoCitação

““[…] o meio ambiente não é mais uma abstração, […] o meio ambiente não é mais uma abstração, mas, principalmente, o espaço onde vivemmas, principalmente, o espaço onde vivem os os seres humanos e do qual depende a sua quali-seres humanos e do qual depende a sua quali-

dade de vida e a sua saúde, aí legadas para asdade de vida e a sua saúde, aí legadas para as

futuras gerações.”futuras gerações.”

Cour Internationale de JusticeCour Internationale de Justice, “Licéité de la me-, “Licéité de la me-

nace ou de l’emploi d’armes nucléaires”, (item 29), nace ou de l’emploi d’armes nucléaires”, (item 29), RecueilRecueil, 1996, 1996..

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 8383

Prof. Francisco de Assis F. TejoProf. Francisco de Assis F. Tejo

UAEE-CEEI-UFCGUAEE-CEEI-UFCG

[email protected]@gmail.com

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 8484

Referências Bibliográficas (#1)Referências Bibliográficas (#1)

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F. A. F. Tejo (UFCG)F. A. F. Tejo (UFCG) 8585

Referências Bibliográficas (#2)Referências Bibliográficas (#2)

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