1. ficha para catÁlogo produÇÃo didÁtico … · escola de atuação colégio estadual prof....

28

Upload: vanphuc

Post on 06-Sep-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1. FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Pedro Bandeira: A literatura policial e a formação do leitor investigativo

Autor Janete Guedes Kuller Zanoni

Escola de Atuação Colégio Estadual Prof. Paulo Freire

Município da escola Londrina

Núcleo Regional de Educação Londrina

Orientador Prof. Jaime dos Reis Sant’Anna

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina

Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar (indicar,

caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Alunos da 5ª série/ 5ª série do ensino fundamental

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

Colégio Estadual Prof. Paulo Freire

Rua : Veneza,115

Jardim Pizza – Londrina- Paraná

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

O ensino de leitura tem sido um dos mais importantes desafios da escola. Estudos lingüísticos e a experiência de professores revelam que grande parte dos alunos, ao ler, apenas extrai informações do texto, decodificando palavra por palavra, sem compreender o sentido do texto. A leitura é um processo cognitivo e para compreender o texto é preciso utilizar o conhecimento de mundo, o lingüístico e o textual. Buscou-se como suporte o romance policial “Os Karas” de Pedro Bandeira. Essa literatura apresenta agilidade na linguagem narrativa e aproxima-se do público juvenil. Sabendo que parte do sucesso desse projeto complete ao professor o qual deve ser o mais interessado e entusiasmado na apresentação dessa tarefa, desafiando o aluno-leitor a procurar pistas para descobrir o culpado fazendo-o um leitor ativo. Pra isso é preciso ensinar essa arte de observar as pistas e fazer leituras de mundo nas mais variadas situações e em todas as esferas da vida familiar e social. A leitura do romance policial fomenta esse espírito investigativo pra além da explicitude. Espera-se que no final dessa etapa, os alunos passem a ler de forma autônoma e a utilizar os recursos ao seu alcance para sanar as dificuldades e estabelecer inferências.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitor – investigativo - estratégia

2

2. APRESENTAÇÃO

2.1 TEMA

Romance policial

2.2 TÍTULO

Pedro Bandeira: A literatura policial e a formação do leitor investigativo

2.3 JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO Dados coletados em recentes pesquisas a respeito do desempenho dos

alunos em competência de leitura demonstram que o Brasil ficou com a 53ª colocação

entre 65 países no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), elaborado pela

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Feito com

estudantes nascidos em 1993 matriculados em qualquer série a partir da 7ª série (8º ano)

do ensino fundamental, o ranking é divulgado a cada três anos. Em 2009, avaliou-se 470

mil estudantes. Desse total, 20 mil eram brasileiros. O Pisa avalia conhecimentos de

leitura, matemática e ciências. O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), é quem aplica a prova no Brasil.

Segundo o site do INEP o PISA avalia o letramento em Leitura, Matemática

e Ciências. O termo “letramento” foi escolhido para refletir a amplitude dos

conhecimentos, habilidades e competências que estão sendo avaliados. Assim, o PISA

procura verificar a operacionalização de esquemas cognitivos em Leitura, Matemática e

Ciências.

Definição do Letramento em Leitura para o PISA:

Os alunos devem realizar uma ampla gama de tarefas com diferentes tipos de textos. As tarefas abrangem desde a recuperação de informações específicas até a demonstração de compreensão geral, interpretação de texto e reflexão sobre seu conteúdo e suas características. O Letramento em Leitura é avaliado em três dimensões: 1. A forma do material de leitura. Os textos utilizados incluem não somente passagens em prosa, mas também vários tipos de documentos como listas, formulários, gráficos e diagramas. Essa variedade baseia-se no princípio de que os indivíduos encontrarão uma série de formas de escrita na vida adulta e, desse modo, não é suficiente ser capaz de ler um número limitado de tipos de textos tipicamente encontrados na escola. 2. O tipo de tarefa de leitura, o que corresponde às várias habilidades cognitivas próprias de um leitor efetivo. Avalia-se a habilidade em identificar e recuperar informações, em desenvolver uma compreensão geral do

3

texto, interpretando-o, refletindo sobre o conteúdo e a forma do texto e construindo argumentações para defender um ponto de vista. 3. O uso para o qual o texto foi construído. Por exemplo, um romance, uma carta pessoal ou uma biografia são escritos para uso “pessoal”; enquanto documentos oficiais ou pronunciamentos são para uso “público” e um manual ou relatório, para uso “operacional”. Alguns alunos apresentam melhor desempenho em uma situação de leitura do que em outra, o que justifica a inclusão de diversos tipos de leitura nos itens de avaliação.”

Como principal meta de qualidade, o Brasil deve atingir a nota seis no Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) até 2021. No ano de sua última aferição,

em 2009, a média brasileira era de 4,6 numa escala que vai de zero a dez. Esta notícia foi

publicada em 21/03/2011 no sítio do Ministério da Educação (MEC).

Esses dados, novamente trazem à tona questões que envolvem habilidades

no ato de ler e a capacidade do professor em desenvolver uma aprendizagem significativa

através desta ferramenta de ensino.

Para Rocco (1996), é função essencial da escola: ensinar a ler; ampliar o

domínio dos níveis de leitura e escrita; orientar a escolha dos materiais de leitura e,

desenvolver as relações entre leitura e indivíduo em todas as suas interfaces. É atribuição

do professor propor ou criar exercícios inovadores que permitam às crianças uma

apropriação dos textos.

Então, é preciso repensar o ensino de leitura no ensino fundamental. Muitas

são as teorias que discutem sobre a necessidade de formar um leitor crítico e as

Diretrizes Curriculares de ensino confirmam essa necessidade. Para Silva (2005, p. 24),

“[...] a prática de leitura é um princípio de cidadania”. Compartilhando com a concepção

de diversos autores com pesquisa neste âmbito, Solé (1998) define que para ler

necessitamos simultaneamente manejar com destreza as habilidades de decodificação e

aportar ao texto nossos objetivos, idéias e experiências prévias (...).

Tais considerações nos levaram a reflexão que deveríamos iniciar um

trabalho diferenciado de leitura no 5ª série/6º ano do ensino fundamental. Para isso é

necessário localizar o nosso público. Nosso colégio atende alunos a partir do 5ª série/6º

ano. Pois, a grande maioria vem das escolas municipais da região sul de Londrina, as

quais só ofertam o ensino até a 4ª série/5º ano.

O presente Projeto de intervenção Pedagógica será implantado no Colégio

Estadual Professor Paulo Freire Ensino Fundamental e Médio, localizado na Rua Veneza

número 115, Jardim Piza, zona sul do Município de Londrina. Identificado no projeto

pedagógico como sendo de porte cinco, hoje com 837 alunos, sua maioria pertencente à

classe econômica média baixa.

4

Temos observado que os alunos do 5ª série/6º ano leem pouco, fato esse

que se agrava mais nos anos finais do ensino fundamental. Considerando que para

melhorar o desempenho dos alunos em competência de leitura é primordial que se faça

um estudo de quais concepções podemos nos fundamentar, para fomentar possibilidades

de intervenção que permitam fazer dos nossos alunos bons leitores, que sintam prazer e

gosto pela leitura e, se possível, que se apaixonem por ela.

Por isso, faremos um recorte na literatura sugerindo para esse momento a

leitura de um dos livros da série “Os Karas”, romance policial de Pedro Bandeira. Essa

série voltada para o público juvenil torna-se cativante por apresentar agilidade na

linguagem narrativa, criatividade na apresentação do suspense, e sem falar na admirável

capacidade de despertar sensações e sentimentos. Talvez sejam esses ingredientes

responsáveis pela sincera identificação e fascínio que desperta em seus leitores.

Para conquistar um leitor aprendiz será necessário que ele se identifique

com uma personagem em particular da obra. E qual aluno da 5ª série/6º ano não gostaria

de fazer parte do grupo “Os Karas”? Qual leitor não gostaria de ser Miguel o líder do

grupo, ou mesmo o Chumbinho, o iniciante, porém não menos esperto, ou talvez se

identifique com a mocinha Magrí.

Primeiro, é preciso que o texto obrigue o Ieitor a considerar o mundo das

personagens como um mundo de criaturas vivas e a hesitar entre uma explicação real ou

ficcional dos acontecimentos apresentados. A seguir, essa hesitação pode ser vivenciada

por uma personagem; desta forma o papel do leitor e, por assim dizer, confiado a uma

personagem e ao mesmo tempo a hesitação encontra-se representada, torna-se um dos

temas da obra; no caso de uma leitura ingênua, o leitor real se identifica com a

personagem.

Precisemos a natureza desta relação leitor personagem no romance policial,

onde se procura descobrir a identidade do culpado, é construído da seguinte maneira: há

por um lado muitas soluções fáceis, à primeira vista tentadoras, mas que se revelam

falsas uma após outra. Transpondo essa informação pra vida, também não aparecem

ofertas tentadoras em nossa casa das mais variadas formas por prêmios e facilidades que

leitores ingênuos são vítimas fáceis dessas ciladas?

O romance policial busca a mais completa verossimilhança. Trabalha

prioritariamente com índices materiais. O personagem-detetive analisa as versões

fundamentalmente equivocadas ou manipuladas acerca de aspectos ainda não

elucidados. Por fim, enumera uma série de pistas, de macetes para identificar o culpado.

O leitor é desafiado a procurar pistas fazendo uma leitura mais atenta. Ao realizar essa

5

leitura saímos do “piloto automático” como relata Solé (1998, p. 71) “e entramos então em

um estado estratégico, caracterizado pela necessidade de aprender, de resolver dúvidas e

ambiguidades de forma planejada e deliberada o que nos torna leitores conscientes.”

Para essa literatura devemos ser leitores atentos que formula hipóteses,

confere busca evidencias, enfim não é esse leitor que queremos formar? Os alunos

desenvolverão habilidades enquanto brincam de detetives tornando-se sensíveis

observadores. Capaz de testar, investigar antes de tomar decisões precipitadas. Até para

conquistar aquela pessoa especial “sem queimar o filme” é preciso fazer uma leitura do

não explícito, o que o colocará em vantagem. Temos de organizar situações que permitam

ensinar essa arte de observar as pistas e fazer leituras de mundo nas mais variadas

situações e em todas as esferas da vida familiar, social e profissional.

Em síntese, esses leitores aprenderão com o romance policial a identificar e

seguir pistas. Exercitando-se nessa arte de observar as dicas e pistas que estão

presentes em todas as esferas da vida. A leitura do romance policial fomenta esse

espírito investigativo pra além da explicitude, pois no dia a dia precisamos identificar

pistas pra não cair nas ciladas.

Espera-se que no final dessa etapa, o aluno leitor passe a ler de forma

autônoma estabelecendo relações, questionando seus conhecimentos e modificando-os,

que consiga estabelecer generalizações que permitam transferir o que foi aprendido para

outros contextos diferentes.

2.4 PÚBLICO ALVO Realizaremos a implementação desse projeto no Colégio Estadual Professor

Paulo Freire, localizado na Região Sul de Londrina e como público selecionamos a 5ª

série/6º ano do Ensino Fundamental. Por tratar-se de um período de escolaridade que as

crianças aprendem progressivamente a utilizar a leitura com fins de informação e

aprendizagem. O propósito principal deste projeto é promover nos alunos a utilização de

estratégias que permitam interpretar e compreender de forma autônoma os textos lidos.

Favorecendo a familiaridade com as histórias e a ampliação de seu repertório. Isso só

será possível por meio do contato regular dos mesmos com os livros de literatura e de

sua participação frequente em situações diversas de leitura.

Entretanto, como nos adverte Solé (1998 p.19), as características

ressaltadas seriam pouco úteis se nós professores não soubermos transmitir o gosto pela

leitura. Na Unidade Didática apresentaremos algumas sugestões de atividades focadas

6

nessas temáticas.

2.5 OBJETIVOS

Objetivo geral

Tomando como objetivo geral a citação das Diretrizes Curriculares Estaduais

(2009) a leitura requer que se compreenda as esferas discursivas em que os textos são

produzidos e circulam, bem como se reconheçam as intenções e os interlocutores do

discurso. É nessa dimensão dialógica, discursiva que a leitura deve ser experienciada

desde a alfabetização, levando o leitor a reconhecer as vozes sociais e as ideologias

presentes no discurso. Sendo, a leitura o terreno no qual todas as áreas do saber se

reúnem. É espaço que hospeda as disciplinas escolares como um todo, além de inúmeras

esferas da vida cotidiana.

Objetivos específicos:

• Incentivar a leitura e o contato com os livros;

• Fomentar o espírito investigativo;

• Fazer com que construam o hábito de ouvir e sentir prazer nas situações

que envolvam a leitura de histórias;

• Familiarizá-los com histórias e ampliar seus repertórios;

• Levá-los ao cuidado no manuseio de livros;

• Proporcionar o uso da biblioteca da escola, favorecendo a circulação de

livros;

• Ampliar o vocabulário do leitor;

• Tornar a leitura um ato prazeroso;

• Possibilitar a integração dos pais com os filhos através de um projeto de

leitura, para que se torne um hábito familiar.

3. PROCEDIMENTOS Partindo do pressuposto que só se aprende a ler, lendo. A leitura nascerá do

convívio com o material escrito. Para isso devemos graduar os textos quanto as suas

7

dificuldades de leitura, partindo de textos com um nível de dificuldades acessíveis ao

aluno. Como professores devemos ter a sensibilidade e o conhecimento para identificar

em qual nível de leitura encontra-se cada aluno e buscar estratégias que permitam torná-

lo um leitor eficiente. Pois, para Fulgêncio (1992, p.13) antes de tudo é preciso conhecer o

processo da leitura. A compreensão de textos é um processo em que interagem diversos

fatores como conhecimento lingüístico, conhecimento prévio a respeito do assunto do

texto, conhecimento geral a respeito do mundo, motivação e interesse na leitura, entre

outros. A leitura não é uma atividade apenas visual, ainda que o aluno consiga ler um

texto por estar escrito em uma língua que ele domine se ele não dominar o assunto a sua

leitura torna-se comprometida. Apresentamos algumas atividades que contemplam a

interação desse processo. Iniciamos pela motivação por acreditarmos que parte do

sucesso dessa proposta esta vinculado ao interesse do aluno. Os objetivos da leitura

devem estar bem claros, para que o aluno sinta que é capaz de fazê-la e que tem

recursos necessários e a possibilidade de pedir e receber ajuda.

Aprender a ler não é muito diferente de aprender outros procedimentos ou conceitos. Exige que a criança possa dar sentido àquilo que se pede que ela faça, que disponha de instrumentos cognitivos para fazê-lo e que tenha ao seu alcance a ajuda insubstituível do seu professor, que pode transformar em um desafio apaixonante o que para muitos é um caminho duro e cheio de obstáculos. (Solé, 1998, p.65)

Sabendo, que a partir da 5ª série/6º ano, os alunos continuam lendo para

ampliar o repertório de obras e autores conhecidos, nesta fase passam a ter um contato

mais complexo com a literatura. A principal mudança com relação ao conteúdo dos anos

anteriores é que a análise e a reflexão sobre o enredo, os recursos linguísticos e o

contexto das obras literárias passam a serem objetos de ensino.

Por este motivo, considero mais adequado sugerir como primeira atividade o

que o que parece mais trivial, a motivação.

3.1 ATIVIDADES

a) Motivação

Para motivar os alunos, sugerimos outras linguagens que interagem com as

obras literárias, como por exemplo, adaptações de obras literárias para a linguagem

cinematográfica (afinal, quem não gosta de ver um bom filme?) Acredito que seriam de

grande apoio didático, pois suscitaria o interesse e a curiosidade dos alunos para a obra

literária que se pretende ler. Claro que poderíamos citar uma lista de filmes dessa

8

temática, porém em nossa pesquisa observamos que os filmes mais assistidos com essa

temática contém cenas impróprias para essa faixa etária (5ª série/6º ano). Como atividade

de pré-leitura, indicaremos um dos filmes do “SCOOBY-DOO”, no qual acredito que até

você professor já ajudou a Velma a desvendar os mistérios em que a turminha se

envolve? Com essa atividade estabelecemos previsões sobre o tema proposto e fazemos

atualização do conhecimento prévio. Fulgêncio (1992, p.18) “o leitor eficiente utiliza seu

conhecimento prévio, linguístico e não-linguístico, para fazer previsões durante a leitura”,

o que a torna mais eficiente, pois o leitor não precisa buscar informações apenas no

material escrito.

Título Original: Scooby-Doo! The Mystery Begins

Título Traduzido: Scooby-Doo! O Mistério Começa

Gênero: Mistério

Duração: 82 Min

Ano: 2009

Direção: Brian Levant

Sinopse do filme: O que reúne grandes amigos? Para Daphne, Velma,

Fred, Salsicha e o cãozinho Scooby-Doo, é um mistério! Literalmente! Este longa-

metragem leva os fãs de volta no tempo, para quando nossos quatro heróis eram

adolescentes novatos no assunto, sempre acompanhados por um cão detetive e tiveram

seu primeiro encontro profissional. Injustamente acusados de encenar uma piada sobre

fantasmas, os garotos são suspensos do colégio. Para limparem seus nomes, eles se

unem para resolverem um mistério sobrenatural. Esta história revela as origens de alguns

dos personagens do universo da animação mostra que não são somente os cães que têm

fidelidade aos amigos!

b) Apresentando o escritor

Nada mais motivador do que ouvir o próprio escritor falar sobre sua

experiência com a literatura. Para isso no site: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-

9

portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola encontra-se disponível a entrevista com o

escritor Pedro Bandeira no tópico “A literatura na voz do escritor”, ele e outros autores

brasileiros contam como se tornaram leitores literários, falam sobre a relação com os

textos na escola e apresentam alguns de seus contos e poemas

Pedro Bandeira de Luna Filho

nasceu na cidade de Santos, em

São Paulo, no dia 9 de março de

1942.

A Droga da Obediência, de 1984, direcionado para o público adolescente, no qual ele se especializou. Essa obra é a primeira da série que ficou conhecida como Os Karas.

Hoje este escritor é um dos que mais vende livros na faixa adolescente – pelo menos 8,6 milhões de exemplares até 2002. Além disso, ele também realiza conferências em todo o país, especialmente para professores, sobre leitura e alfabetização. Bandeira publicou, até agora, mais de 50 obras, entre as quais se destacam: A marca de uma lágrima, A Hora da verdade, Descanse em paz, meu amor, Prova de Fogo, entre outros.

http://www.infoescola.com/biografias/pedro-bandeira/, acesso dia 08/08/2011.

c) Apresentando o livro

Para a leitura apresentaremos aos alunos o livro “A Droga da Obediência” de

Pedro Bandeira. Esse livro iniciou a série “Os Karas”.

Podemos dizer que uma das razões pelas quais o aprendizado da leitura

pode ser tão difícil para os alunos é o fato deles, às vezes, possuírem pouca informação

não-visual relevante. Se, ler depende de utilização de estratégias eficientes é possível

ensinar e treinar o uso de estratégias. Ao apresentar o livro, “A Droga da Obediência”,

fornecemos ao aluno todo o conhecimento prévio, linguístico e não-linguístico. Fazendo

com que os alunos ao lerem brinquem de detetives tornando-se sensíveis observadores.

É preciso ensinar essa arte de observar dados e fazer associações. Durante a leitura

estrategicamente estabeleceremos previsões ora questionado-os ora deixando-os fazer

questionamentos. Além do mais, quando os alunos formulam perguntas pertinentes sobre

o texto, não só estão utilizando o seu conhecimento prévio sobre o tema, mas

conscientizam-se do que sabem e do que não sabem sobre o assunto, talvez

inconscientemente sem esse objetivo. Solé, (1998, p, 110).

10

Livro: A DROGA DA OBEDIÊNCIA Autor: Pedro Bandeira Editora Moderna

Sinopse do livro: “Uma turma de adolescentes que enfrenta o mais

diabólico dos crimes! Num clima de muito mistério e suspense, cinco estudantes - os

Karas - enfrentam uma macabra trama internacional: o sinistro Doutor Q.I. pretende

subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude uma perigosa

droga! E essa droga já está sendo experimentada em alunos dos melhores colégios de

São Paulo. Este é um trabalho de investigação para os Karas: o avesso dos coroas, o

contrário dos caretas!”

d) Desenvolvimento

Para essa etapa cada aluno deverá ter o seu exemplar do livro de literatura

“A Droga da Obediência” de Pedro Bandeira.

Ao apresentar o livro, oferecemos informações que servem para

contextualizar a leitura a ser feita e despertar o desejo ou interesse em conhecer seu

conteúdo e, ainda, justificar a escolha feita. Além disso, como a leitura em capítulos

consiste na etapa inicial de uma sequência prevista para durar mais tempo, falaremos

sobre as etapas subsequentes, compartilhando com os alunos os rumos traçados para o

trabalho e seus propósitos didáticos.

A proposta de ler textos narrativos mais extensos do que aqueles

habitualmente usados em classe, coloca para os alunos da 5ª série/6º ano do Ensino

Fundamental alguns desafios novos relacionados à interpretação do que é lido, uma vez

que o processo de leitura se configura de modo diferente: ele deverá ser feito em várias

sessões, separadas por capítulos.

Toda vez que lê para os alunos, o professor compartilha com eles seu

comportamento leitor (isto é: explicita diferentes aspectos do que faz enquanto lê) e

assegura um espaço para que eles se manifestem a respeito do conteúdo do texto,

11

buscando que dialoguem com ele, que construam coletivamente um sentido para ele. Isso

pode ser feito através de uma conversa ou de questões previamente elaboradas em que

cada ouvinte compartilhe com os demais aquilo que desejar: as lembranças, sentimentos

e experiências suscitadas durante a leitura; os trechos que acharam mais marcantes;

alguma característica do texto que tenha reparado; uma dúvida que lhe ocorreu; uma

hipótese individual que se confirmou ou não durante o desenvolvimento da leitura.

Não apenas o conteúdo do texto pode ser posto em foco através de uma

conversa coordenada pelo professor. Mas também os aspectos retóricos podem ser

analisados, isto é, a forma pela qual os acontecimentos são narrados e que confere a eles

um significado especial, por meio dos quais o autor, sutilmente, direciona a interpretação

que deseja imbuir sobre uma determinada passagem. O uso da ironia ao realizar uma

crítica social e o tom humorístico empregado para discutir um tema importante, como a

amizade, são exemplos de recursos usados com essa intenção.

Para contribuir com a consolidação da aprendizagem de comportamentos do

leitor, precisamos destacar algumas atividades que precisam ser postas em prática e, em

alguns casos, não só ensinados, mas vivenciados:

- Comentar o que se leu;

- Compartilhar com outros os efeitos que os textos produzem;

- Confrontar interpretações e pontos de vista;

- Relacionar o conteúdo de um texto com os de outros conhecidos;

- Reparar na beleza de certas expressões ou fragmentos de um texto;

- Ler durante um período prolongado, interrompendo a leitura quando necessário;

- Localizar o lugar em que a leitura foi interrompida;

- Recordar os últimos acontecimentos narrados, podendo ler alguns parágrafos anteriores,

se achar conveniente;

- Antecipar o que segue no texto e controlar as antecipações de acordo com o desenrolar

da narrativa;

- Adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem.

e) Orientações

A nossa indicação é que o professor prepare com antecedência a leitura do

1º capítulo, ensaiando em voz alta, planejando suas intervenções (o que dirá ou

perguntará antes de ler, durante a própria leitura e também ao final dela), decidindo como

arrumará o espaço da classe e organizará o posicionamento dos alunos e, ainda,

12

determinando o momento estratégico em que a interromperá, procurando criar suspense,

despertar ou manter a curiosidade de seus alunos. Para estabelecer previsões, podemos

questionar os alunos sobre: o título, ilustrações, pois cada capítulo inicia com esses

aspectos.

Seguindo algumas estratégias de Solé, (2002 p.107), transcrevo a seguir um

fragmento do 1º capítulo: “[...] Miguel mostrou rapidamente a palma da mão esquerda.

Nela, alguém viu um K desenhado a tinta.” Por exemplo podemos questionar os alunos

sobre:

a) Qual a relação da letra K (desenhada na mão de Miguel) com o título do 1º

capítulo?

b) Após ver a letra K desenhada na mão de Miguel, Calu diz estar com dor de cabeça,

Crânio abandona uma partida de xadrez e Magrí queixa-se de uma torção. Por

quê?

c) No final do 1º capítulo Chumbinho diz: “Eu quero ser um dos Karas, é lógico? Você

acha que a turma vai aceitá-lo?

d) Às vezes, para alguém fazer parte de um grupo deverá passar por uma cerimônia.

Será que Chumbinho terá que passar por uma cerimônia para iniciante? Qual?

e) O professor comunica que, em virtude da extensão do livro escolhido, a leitura não

poderá ser concluída em uma única sessão. Então, estabelece que todos deverão

ler o 2º capítulo em casa para a próxima aula. E deverão formular uma pergunta,

sobre o 2º capítulo, a qual deverá ser lida na próxima aula e respondida por um

colega.

3.1.2 AVALIAÇÃO Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (2009 p. 81), “É imprescindível

que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um processo de aprendizagem

contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.”

Portanto, a utilização do portfólio como recurso de avaliação contempla as

DCEs , pois baseia-se na ideia da natureza evolutiva do processo de aprendizagem. Sua

função apresenta-se como facilitadora da reconstrução e reelaboração, por parte de cada

estudante, de seu processo ao longo do ano. Oferecendo aos alunos e professores uma

oportunidade para refletir durante o seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em que

possibilita introduzir mudanças. (Hernández, 2000)

13

a) Preparando o portfólio

Apresente alguns modelos de portfólio aos alunos. Após a leitura do primeiro

capítulo oriente-os que deverão representar através de desenhos. Por exemplo: peça

para que desenhem uma capa pra esse 1º capítulo; o que mais chamou a sua atenção

nesse capítulo e assim sucessivamente. Ao termino da leitura do livro o aluno poderá

apresentar todos os desenhos seguindo as orientações abaixo ou representá-lo de outra

forma.

O portfólio final poderá ser organizado assim:

a) Capa: Deve conter informações como instituição, título, nome completo do aluno,

cidade e ano;

b) Folha de rosto: Apresenta os elementos necessários à identificação do trabalho e

deve conter nome do professor, título e finalidade do portfólio;

c) Sumário: É a enumeração das divisões e capítulos, na ordem em que encontram-

se no trabalho e com indicação da página inicial correspondente;

d) Introdução: É uma justificativa em que o aluno explica o que é o trabalho, a

importância e a finalidade da elaboração deste documento;

e) Desenvolvimento: Pode ser dividido em partes com as atividades de sala e as de

casa.

f) Dedicatória: Folha opcional, na qual o aluno dedica o seu portfólio;

g) Agradecimento: É opcional, nesta folha são registrados os agradecimentos;

h) Auto-avaliação da classe: A opinião da turma sobre seu próprio desenvolvimento e

dos colegas, pode ajudar numa avaliação mais criteriosa pelo professor e no

aperfeiçoamento dos próximos trabalhos;

i) Avaliação do professor: O professor deverá fazer a sua própria avaliação

estabelecendo os critérios antecipadamente com os alunos.

4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Prepare uma sacola com livros de diferentes gêneros literários. Junto com os

livros inclua um caderno “Diário de Bordo”. O aluno sorteado leva para a casa a sacola

com os cinco livros diferentes, a família deverá escolher um dos livros para fazer a leitura.

Após isso, registrar o título da história e algum comentário no “Diário de Bordo” que

14

acompanha os livros. Na sala de aula, o aluno deverá comentar a história para os

colegas! O livro escolhido é substituído por outro.

a) Sacola de livros:

Na “Sacola de Livros” que preparei pra minha turma da 5ª série/6º ano,

coloquei um “Diário de Bordo”, marcador de livro, adesivos e canetinhas coloridas.

Na primeira página do caderno “Diário de Bordo” escrevi:

Aqui relaciono alguns dos livros que coloquei na sacola. Procurei colocar um

de cada gênero literário, ou pelo menos os mais conhecidos.

1º LIVRO:

Livro: As aparências enganam

Autor: Thomaz Brezina

Editora: Ática

Páginas: 95

Inclui cartão decodificador

Sinopse do livro:

Bia, Cris e Vani guardam um segredo - na cidade onde moram, monstros

vivem disfarçados de pessoas normais. Com a missão de mantê-los sob controle, as

meninas só se comunicam usando divertidas e instigantes mensagens secretas. Em 'As

“Olá, sou a Professora Janete. Passo boa parte do meu tempo buscando

meios que desperte em meus alunos o gosto pela leitura. Resolvi criar esse

caderno para você fazer as suas anotações sobre o livro que você leu e assim

poder repassar aos seus amigos. Espero que gostem, comentem e participem

deixando sua opinião. Abraços!”

15

aparências enganam', as garotas estão tentando desvendar os mistérios de sua cidade -

as pernas da professora de biologia são verdes, no porão do museu há uma porta lilás e,

atrás dela, um sapo falante e um espelho mágico..

2º LIVRO:

Livro: O Diário (nem sempre) secreto de Pedro Autora: Telma Guimarães Castro Andrade Editora: Atual (Paradidáticos) Páginas: 80

Sinopse do livro:

Pedro é um adolescente comum, irrequieto e cheio de questionamentos:

sobre o corpo, sobre o comportamento das pessoas. Escreve seu cotidiano em um diário,

onde coloca suas surpresas, decepções, esperanças e dúvidas. É um relato bem-

humorado, com alguns toques de ironia, mas cheio de prazer pela vida, curiosidade pelas

novas descobertas e alegria pela primeira conquista amorosa.

3º LIVRO:

Livro: O mistério do jogador de futebol seqüestrado Autor: Jordi Sierra I Fabra Editora: FTD Páginas : 191

16

Sinopse do livro:

Amadeu Bola, detetive de uma importante companhia de seguros, terá que

enfrentar um caso de seqüestro. O famoso astro do futebol, Gustavinho, desapareceu

sem deixar pistas além de um pedido de resgate ameaçador. Só faltam vinte e quatro

horas para a grande final e sua equipe parece perdida sem ele. A pressão que sofre

nosso astuto detetive será brutal: todos são fãs do jogador, desde seu chefe até suas

duas vizinhas. Será que a perspicácia de Amadeu vai conseguir resolver esse difícil

mistério? A história ainda apresenta cinco finais para você escolher.

4º LIVRO:

Livro: Alguns Medos e seus segredos

Autor: Ana Maria Machado

Editora: Nova Fronteira

Páginas: 32

Sinopse do livro:

Todo mundo teme alguma coisa. Este livro apresenta três histórias em que

até os adultos confessam ter medo... mesmo que seja de uma simples lagartixa. Livro

premiado como "Altamente recomendável" pela FNLIJ, selecionado para o programa

Salas de Leitura da FNDE e Cantinho de Leitura, da SEE/MG.

5º LIVRO:

Livro: A arca de Noé

Autor: Vinicius de Moraes

Editora: Companhia das Letrinhas

Páginas: 85

17

Sinopse do livro:

Livro de poemas, quase todos falando de bichos. Vinícius de Moraes dá

preferência aos pequenos e estranhos animais, como a pulga sempre pulando na perna

do "freguês", as abelhas no zune-que-zune, a coruja encolhidinha, a foca desengonçada

subindo e descendo escada, o gato mudando de opinião. Uma curiosidade: Vinícius de

Moraes, anos antes de escrever A Arca de Noé, traduziu o livro Orações na Arca, da

religiosa francesa Carmen Bernos de Gastold.

Dicas:

a) A utilização de um marcador de livros é um dos aspectos que podemos

mencionar quando estivermos discutindo como se pode resolver um dos

principais problemas colocados pela fragmentação da leitura: a

localização do ponto em que ela foi interrompida. (O marcador de

páginas poderá ser confeccionado com o apoio do professor de arte).

b) A primeira etapa da seqüência consiste na leitura, pelo professor. O livro

é organizado em capítulos e, dependendo das condições existentes,

pode-se ler um a cada dia. O professor pode convidar alguns alunos a

participarem da leitura em voz alta, para que leiam os diálogos, por

exemplo. Com isso, a cada dia, algumas crianças terão a oportunidade

de ter o livro em mãos, manuseá-lo, apreciar melhor e acompanhar, no

próprio texto, a leitura feita pelo professor, sendo capaz de dar

continuidade a essa leitura quando for convidado a fazê-la.

c) Final: Como atividade de pós-leitura, pode-se propor aos alunos

trabalhos em grupo de dramatização da obra lida ou então de recontar a

história da obra em outro veículo, ou seja, eles teriam que adaptar a

história a outro gênero textual como curta-metragem, novela, telejornal,

etc. São atividades de grande riqueza para os alunos, devido à

exploração de suas habilidades e que ainda os motivaria a seguir lendo

outros clássicos. Pensamos que com esse tipo de abordagem, os alunos,

por fim, desmitificariam as aulas de literatura e não as achariam tão

chatas.

18

JOGO DO RESPONDE OU PASSA

Elabore vinte perguntas sobre o enredo do livro de literatura e outras cinco

sobre a bibliografia do autor. Após explicar as regras.

1- Dividir a turma em duas equipes.

2- Os alunos devem ficar sentados de frente uma equipe para a outra.

3- O professor deve ficar numa das pontas.

4- Cada equipe indica dois alunos, sendo que apenas estes deverão responder ao

professor, podendo antes consultar os demais da sua equipe respeitando o tempo.

5- Sortear a equipe que iniciará.

6- Na 1ª vez a pergunta vale 10 pontos se a resposta estiver correta. Se a equipe errar,

passa os 10 pontos para a outra equipe.

7- Caso a equipe esteja em dúvida com a reposta poderá optar em escolher a pergunta

sobre o autor ou repassar a pergunta, valerá 05 pontos.

8- Se a outra equipe responder corretamente ganha 05 pontos, porém se estiver errada,

passa os 05 pontos para a 1ª equipe.

9- Ganha quem tiver a maior pontuação.

4. CONTEÚDOS DE ESTUDOS Em nossa busca para tornar o aluno um leitor proficiente vimos que técnicas

de motivação não seriam suficientes para despertar o gosto pela leitura. O primeiro passo

para essa busca era entender como se processa a leitura, como diz Silva (2002), um

significado mais profundo e profícuo para a leitura. O que é ler? Então, iniciamos a nossa

busca em fundamentos psicológicos e filosóficos mais coerentes para a orientação da

leitura que nos fizessem compreender os processos mentais subjancentes à leitura. Os

especialistas tentam identificar a natureza desses processos mentais, seu funcionamento

e os fatores que influenciam seu desenvolvimento. É evidente, portanto, para os

pesquisadores em leitura, que o processo se dá a partir de frases para as palavras e

finalmente para as letras. Outros pesquisadores indicam que lemos pela forma da palavra

e os seus característicos diferenciadores.

Silva (2002, p. 15) ressalta que: “As pesquisas indicam quatro passos ou

estágios no reconhecimento de palavras: 1. Contorno vagamente percebido; 2. Partes

específicas ou dominantes; 3. Imagem auditiva estimuladora ou imagem kinestésica e 4.

19

Surgimento do significado”.

Esses estágios estão presentes em qualquer situação normal de leitura. À

medida que nos familiarizamos com as palavras diminuímos a nossa atenção aos

contornos das palavras. Um leitor de baixo nível dirige sua atenção para os significados

superficiais comprometendo assim a sua compreensão, pois não se atém ao implícito

nem mesmo faz uma leitura crítica do texto. A amplitude do significado do vocabulário de

um leitor depende da natureza e qualidade de suas experiências. E para chegar ao

significado é preciso a presença de um tipo de pensamento mais complexo exigindo uma

concentração do aluno. Porém os pesquisadores observaram que se os alunos entendem

a sentença e são capazes de atribuir significado as palavras desconhecidas pela estrutura

estável e articulada.

Exemplo disso é esse tipo de texto que circula na internet e mesmo havendo

a substituição de letras por números, ainda assim é possível lê-lo.

35T3 P3QU3N0 T3XT0 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R C0M0 N0554 C4B3Ç4 C0NS3GU3 F4Z3R C01545 1MPR35510N4ANT35! R3P4R3 N155O! N0 C0M3Ç0 35T4V4 M310 C0MPL1C4D0, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO 0 C0D1GO QU453 4UT0M4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1T0, C3RT0? P0D3 F1C4R B3M 0RGULH050 D1550! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3 P4R4B3NS.

Em Fulgêncio (2003 p. 21), as pesquisas psicolinguísticas mostram que

leitores eficientes conseguem ler mais do que 240 palavras por minuto, isto é conseguem

interpretar uma quantidade maior de material do que a capacidade máxima de

interpretação a partir da visão. É possível explicar esse aparente paradoxo se aceitarmos

que, para ler, o cérebro não precisa ver tudo o que está impresso no papel: ele pode

prever parte da informação.

Gray (1960 apud Silva, 2002, p.51) perceber a palavra, compreender aquilo

que é lido, reagir às idéias apresentadas pelo autor e assimilar o texto. São habilidades do

ato de ler, mesmo que estudadas e apresentadas separadamente Gray deixa explícito

que a leitura é um ato unitário, isto é, que as quatro habilidades operam simultaneamente.

Estudos feitos por Ângela Kleiman esclarecem essa relação da seguinte

forma:

“(...) A ativação do conhecimento prévio é, então, essencial à compreensão, pois é o conhecimento que o leitor tem sobre o assunto que lhe permite fazer inferências necessárias para relacionar diferentes partes discretas do texto num todo coerente. Este tipo de inferência, que se dá como decorrência do conhecimento de mundo e que é motivado pelos itens lexicais no texto é um processo inconsciente do leitor proficiente.” (Kleiman, 1997, p. 25)

20

Isso significa que a familiaridade do leitor com vários tipos de textos, bem

como suas vivências alheias a textos escritos, interferem de uma maneira significativa na

compreensão no ato da leitura. É o que possibilita a um leitor experiente, por vezes, julgar

banal num texto aquilo que a um outro leitor comum causaria surpresa.

O leitor terá dificuldade na compreensão de um texto quando a assimetria

entre ele e o autor for muito marcante, como por exemplo, quando a linguagem deste é

voltada a textos dos quais o leitor não tem conhecimento. Nesse caso, mesmo que tente

fazer inferências, certamente ficará comprometida a interpretação. É o que nos revela

(Vigner, 1997, p.35): “(...) Um texto será então, legível por um lado, porque funciona

segundo leis, esquemas, de que já dispõe o leitor (...) e, por outro lado, porque se dá

como reescritura de outros textos, levando assim em conta a experiência anterior do

leitor”. Para o autor, um texto será sempre dependente de outros textos, fazendo

referências mútuas, a fim de explicitar melhor o conteúdo para informar e formar o leitor

no processo da leitura, assim é possível dizer que os textos dialogam entre si.

O texto escrito é por sua natureza econômico. Algumas informações não são

dadas de maneira explícita, pois isso o tornaria exageradamente extenso. Essas

informações que ficam subentendidas já fazem parte de uma determinada cultura,

tornando-se desnecessário explicitá-las ou representam as intenções autorais, ficando,

portanto, a critério do leitor percebê-las por meio dos aspectos formais do texto. Dessa

forma, a postura ocupada pelo leitor, face ao texto escrito, pode ser uma postura passiva,

de alguém que se limita a decodificar o que está dito a nível textual, ou pode ser a de um

leitor que, lançando mão de seu conhecimento prévio, ou seja, de sua bagagem de

experiências, consiga cooperar com o texto, atribuindo significado àquilo que não está dito

claramente, mas sugerido.

É bem verdade que todo texto é, conforme afirma Umberto Eco, “(...) um

artifício sintático-semântico-pragmático cuja interpretação previsível faz parte do próprio

projeto generativo.” (Eco, 1979, p. 71). Entretanto, cabe destacar desta afirmação, que a

interpretação de um texto é apenas previsível, pois não se pode determinar com exatidão

o que pretendia o autor ao escrevê-lo, assim como o autor não pode prever as

interpretações que os leitores farão. Inúmeras interpretações podem ser cabíveis, uma

vez que a relação entre autor e leitor difere consideravelmente da relação face a face, na

qual os interlocutores podem mutuamente se questionar, de forma, a saber, se a

mensagem foi compreendida como se pretendia. O autor do texto escrito, ao publicá-lo,

entrega-o a muitas formas de compreensão que podem ser ou não aceitáveis, tomando

por base os elementos presentes no texto.

21

E a leitura é produzida uma vez que o leitor interage com o autor do texto. Segundo ORLANDI (1987, p.180):

O texto não é uma unidade completa, pois sua natureza é intervalar. Sua unidade não se faz nem pela soma de interlocutores nem pela soma de frases. O sentido do texto não está em nenhum dos interlocutores especificamente, está no espaço discursivo dos interlocutores; também não está em um ou outro segmento isolado em que se pode dividir o texto, mas sim na unidade a partir da qual eles se organizam. Daí haver uma característica indefinível no texto que só pode ser apreendida se levarmos em conta sua totalidade.

Por o texto não ser uma unidade completa é que se faz necessário tornar o

aluno um leitor ativo. Na definição de (Solé, p. 40) leitor ativo é aquele que processa e

atribui significado aquilo que está escrito em uma página. Realizando essa atribuição a

partir dos conhecimentos prévios (bagagem experiencial). Imaginemos que diferentes

leitores leiam esse texto, com a mesma motivação, expectativas e conhecimentos com

relação ao tema deste projeto. O que não podemos esperar é que todos tenham a

mesma interpretação, pois a compreensão que cada um realiza depende do seu

conhecimento prévio. Durante toda a sua vida o leitor vai construindo representações da

realidade, dos elementos constitutivos da nossa cultura, entendida em sentido amplo:

valores, sistemas conceituais, ideologia, sistemas de comunicação, procedimentos etc. O

que Coll (1993) “chama de esquema de conhecimento.”

Pois, segundo Solé (1998), para uma pessoa se envolver em qualquer

atividade de leitura, é necessário que ela sinta que é capaz de ler, de compreender o

texto, tanto de forma autônoma, como apoiada em leitores mais experientes.

De acordo com Diretrizes Curriculares Estaduais, (2009, p.57)

Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem. [...] Esse processo implica uma resposta do leitor ao que lê, é dialógico, acontece num tempo e num espaço. No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.

Para Smith (1999) os professores devem saber muito mais sobre o processo

que envolve a leitura do que propriamente o seu fazer.

Koch e Elias (2006) apontam que diante de uma atividade de leitura várias

estratégias são acionadas pelo leitor proficiente: “seleção, antecipação, inferência e

verificação”. Esses procedimentos possibilitam ao leitor o controle da leitura permitindo

tomar decisões diante das dificuldades e confirmar suas hipóteses no texto.

A aprendizagem da leitura para Kleiman (1997, p. 61) é um empreendimento

de risco, se não estiver fundamentado numa concepção teórica firme sobre os aspectos

cognitivos envolvidos na compreensão do texto. Tal aprendizagem pode, facilmente,

22

desembocar na exigência de mera reprodução das vozes de outros leitores, mais

experientes ou mais poderosos do que o aluno.

Portanto, quando pensamos na leitura com finalidade pedagógica, só

podemos dizer que ela foi eficiente se resultar em aprendizagem significativa.

5. ORIENTAÇÕES/ RECOMENDAÇÕES (do uso do PDP aos professores)

Inicialmente serão lidos e resenhados os autores anteriormente citados,

entre outros, conforme indicações do orientador e com o intuito de aprofundar o

conhecimento nos processos e estratégias que envolvem a leitura. Pois, as DCEs (2008,

p. 71) nos orientam que somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de

enxergar os implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz.

“Desenvolver estratégias de leitura que possibilitem ao aluno percepção e

reconhecimento – mesmo que inconscientemente – dos elementos de linguagem que o

texto manipula (Lajolo, 2001, p.45)”. Tornando-o um leitor proficiente.

Em nossa busca por estratégias de leitura tivemos muito cuidado em

primeiramente identificar esse leitor aprendiz, pois não basta encontrar uma estratégia é

preciso encontrar um ponto em comum com a maioria dos alunos leitores. Pesquisamos

as características desse leitor. Trata-se de aluno da 5ª série (5ª série/6º ano) cuja idade

varia de 10 a 12 anos.

Piaget subdivide o desenvolvimento intelectual em quatro estágios: os

nossos alunos estão oscilando entre o “Estágio das Operações Concretas” (dos 7 aos

11/12 anos) e o “Estágio das Operações Formais” (dos 11/12 anos aos 15/16 anos). A

sucessão é fixa, mas nela intervêm fatores diversos, tais como a hereditariedade, a

experiência, a cultura e a educação. O conhecimento é um processo presente na

capacidade humana de reagir e interagir com o seu meio. Mesmo as operações mais

abstratas e formais do pensamento, resultam de uma capacidade de auto-organização

progressiva do psiquismo humano que evolui do simples para o complexo: para uma

criança, certas operações lógicas dos adultos não são evidentes. O conhecimento é uma

construção progressiva. O desenvolvimento cognitivo constroi-se através de um processo

de adaptação ao meio, resultante da interação entre sujeito e meio.

Para Freud, o desenvolvimento humano e a constituição da mente explicam-

se pela evolução da psicossexualidade. Um dos conceitos mais importantes da teoria

23

psicanalítica sobre o desenvolvimento é a existência de uma sexualidade infantil. Então,

define em cinco estágios do desenvolvimento psicossexual: localizamos o nosso aluno

entre o “Estágio de Latência (5/6 anos - puberdade)” e o “Estágio Genital (depois da

puberdade)”.

Na Teoria Psicossocial do Desenvolvimento Erikson propõe oito estágios de

desenvolvimento tendo em conta aspectos biológicos, individuais e sociais. Cada estágio

é atravessado por uma crise psicossocial: 4ª idade – “Indústria/Mestria versus

Inferioridade (6 - 12 anos)” e a 5ª idade – “Identidade versus Difusão/Confusão (12 -

18/20 anos)”. Cada estágio contribui para a formação da personalidade total (princípio

epigenético), sendo por isso todos importantes. Cada criança tem um ritmo cronológico

específico, não se deve atribuir uma duração exata a cada estágio. (Calvin S. Hall;

Lindzey Gardner; John B. Campbell, 2000: p.168).

Fizemos essas colocações apenas para ressaltar quanto o professor dessa

série deve ter uma preocupação a mais, além de preocupar-se com estratégias de leitura

deverá também atentar-se por identificar seu aluno observando seu estágio cognitivo de

desenvolvimento. Pelos estudos acima relatados podemos concluir que nosso público

leitor esta numa faixa etária transitória ora ainda encontra-se completamente dominado

pela fantasia, ora encontra-se no estágio das operações formais.

Segundo Bettelheim, (1980, p.77) “A fantasia preenche as enormes lacunas

na compreensão de uma criança que são devidas à imaturidade de seu pensamento e a

sua falta de informação pertinente.”

Bettelheim, (1980, p.77)

O conto de fadas, a partir de seu começo mundano e simples, arremessa-se em situações fantásticas. Mas por maiores que sejam os desvios – à diferença da mente não instituída da criança, ou de um sonho, - o processo da história não se perde. Tendo levado a criança numa viagem a um mundo fabuloso, no final o conto devolve à criança a realidade, da forma mais reasseguradora possível. Isto lhe ensina o que mais necessita saber neste estágio de desenvolvimento: que não é prejudicial permitir que a fantasia nos domine um pouco, desde que não permaneçamos presos a ela permanentemente. No final da história o herói retorna a realidade – uma realidade feliz, mas destituída de mágica.

Após toda essa investigação decidimos por apresentar aos alunos a série

“Os Karas” de Pedro Bandeira, como já mencionamos em outros momentos. E sem

dúvidas acreditamos que esse material poderá oferecer ao aluno certos desafios

estimulantes, levando-se em conta o conhecimento prévio com relação à literatura em

questão e de ofertar a ajuda necessária para que se sinta envolvido e que sua atuação

será eficaz para ir elaborando sua própria interpretação do texto. As situações de leitura

mais motivadoras, segundo Solé (1998, p.91), “são as mais reias: isto é, aquelas em que

24

a criança lê para se libertar, para sentir prazer de ler. [...] aquelas com um objetivo claro:

resolver uma dúvida e ou adquirir uma informação”.

O livro será mostrado com dimensão do prazer e da alegria, para que o

aluno perceba que ler é uma viagem maravilhosa e não apenas mais uma das atividades

da escola.

No primeiro momento, explorar na leitura os conhecimentos prévios que o

aluno já possui e que costumam envolver o reconhecimento global.

Depois, aumentar seus conhecimentos, para que possam utilizar o contexto

e aventurar-se no significado de palavras desconhecidas; realizar inferências para

interpretar o texto; identificar o que não entendeu e esclarecê-las. Utilizar integrada e

simultaneamente todas essas estratégias em atividades que tenham sentido.

Realizar com os alunos uma reflexão sobre a própria leitura. Questioná-los,

por exemplo: Qual o título do texto que estão lendo? O que imaginaram que seria o

assunto a ser tratado, quando o leram? Por que levantaram tais hipóteses? A leitura até

esse ponto tem confirmado suas hipóteses iniciais ou não? Quais as palavras-chave até

esse ponto da leitura? Compreendem perfeitamente o sentido delas? Que marcadores

foram usados de modo a orientar a leitura (como subtítulos, negrito, itálico, etc.)?

Ao se buscar estratégias eficientes pra ensinar o aluno a ler o professor

deve tomar cuidado de transmitir o gosto pela leitura. (Solé p.19)

Durante a leitura de um dos livros da série “Os Karas” de Pedro Bandeira o

aluno será orientado a produzir um portfólio. Dessa forma, ele o desenvolverá segundo

suas capacidades e assim terá a oportunidade de refletir sobre suas experiências, seus

êxitos.

Segundo Villas Boas (2008, p. 46) A avaliação com o portfólio funciona como

um aliado, pois promove a aprendizagem.

[...] O portfólio serve para vincular a avaliação ao trabalho pedagógico em que o aluno participa da tomada de deciões, de modo que ele formule suas proprias ideias, faça escolhas e não apenas cumpra preescrições do professor e da escola. Nesse contexto, a avaliação se compromete com a aprendizagem de cada aluno e deixa de ser classificatória e unilateral. O portfólio é uma das possibilidades de criação da prática avaliativa comprometida com a formação do cidadão capaz de pensar e de tomar decisões. [...]

A relevância da utilização do portfólio na finalização desse projeto está no

fato de que o aluno poderá demonstrar sua aprendizagem de diversas formas de

linguagens: escrita, oral, gráfica, estética, corporal e outras.

25

6. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

Considerando que a avaliação escolar necessita ser repensada e refletida,

pelo fato de os valores sociais e os saberes disciplinares estarem mudando, a educação

atual necessita respeitar as inteligências múltiplas dos seus alunos. Assim, para ser

coerente com tudo o que estudamos sobre estratégias de leitura, não encontramos uma

avaliação mais criativa e completa como o portfólio, advinda do campo da arte, o portfólio

desponta como uma proposta que procura atender à necessidade de aprofundar o

conhecimento sobre a relação ensino-aprendizagem, assegurando aos alunos e

professores uma compreensão maior do que foi ensinado.

Os portfólios (dossiês de aprendizagem para alguns autores) representam

uma maneira de se refletir sobre a aprendizagem. Não é apenas um "lugar" para se

colocar tudo o que se fez durante o processo de aprendizagem como se fosse um

repositório, mas seu objetivo é organizar o que se aprendeu e dar conta de como se

aprendeu de uma forma prazerosa e criativa. É necessário o registro da trajetória de uma

aprendizagem para que se perceba a construção do conhecimento.

26

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1989.

BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fada. 8ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: Teoria – Análise – Didática. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1991.

FIORIN, José Luiz. Contexto e compreensão: o leitor e o texto. In: MEURER, José

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 10 ed. São Paulo: Autores Associados Cortez, 1985.

FULGÊNCIO, Lúcia; LIBERATO, Yara. Como facilitar a leitura. São Paulo: Contexto, 2003.

FURTADO, O.; BOCK,A.M.B; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 1999

HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor. Aspectos Cognitivos da Leitura. 4.ed., Campinas: Pontes, 1995.

KOCH, Ingedore Villaça. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.

. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2001.

KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2006.

LAJOLO, Marisa. Leitura em crise na escola, Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.

. Literatura: Leitores & Leitura. São Paulo: Moderna, 2001.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares de Ensino de Língua Portuguesa, 2009.

RANGEL, Mary. Dinâmica de leitura para sala de aula. 4ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1990.

ROCCO, Maria T.F. Viagens de Leitura - Brasília, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação à Distância, (1996). (Cadernos da TV Escola)

SILVA, Ezequiel T. Leitura na escola e na biblioteca. Papirus, 1986.

SILVA, Ezequiel T. Elementos de pedagogia da leitura, São Paulo: Martins Fontes, 1993.

SILVA, Ezequiel T. O Ato de Ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. 9ª ed., São Paulo: Cortez, 2002.

SMITH, Frank. Leitura Significativa. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.

SMITH, Frank. Compreendendo a leitura: uma análise psicolinguística da leitura e do aprender a ler. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica. 1ª ed., São Paulo: Perspectiva,

27

1975.

VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. 5 ª ed. Campinas,SP: Papirus, 2004

ZILBERMAN, Regina. Estética da Recepção e História da Literatura. São Paulo: Ática, 1989. Sites consultados

http://www.inep.gov.br/basica/saeb/default.asp: acesso em 20/03/2011

http://afilosofia.no.sapo.pt/11.piagetconhecimento.htm: acesso em 20/04/2011

http://www.infoescola.com/biografias/pedro-bandeira/, acesso dia 08/08/2011.

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola: acesso em 14/07/2011

http://teoriaspersonalidade.no.sapo.pt/indice1.htm: acesso em 20/04/2011