1. ficha de identificaÇÃo da produÇÃo didÁtico · e da evolução da concepção do ser humano...
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1. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
Título: Uma proposta para o ensino de Ótica usando a Astronomia como fator motivador de Aprendizagem
Autor Maria Francisca Millan
Disciplina/Área
Física
Escola de Implementação do projeto e sua localização
Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental e Médio
Município da escola
Ubiratã - PR
Núcleo Regional de Educação
Goioerê
Professor Orientador
MSc. Ricardo Francisco Pereira
Instituição de Ensino Superior
UEM – Campus de Maringá
Relação Interdisciplinar
Resumo
Esta unidade pedagógica objetiva através da abordagem de conteúdo de Astronomia buscar maior interesse dos alunos no estudo da Física, principalmente de Ótica. Abordaremos a Ótica como instrumento essencial ao desenvolvimento dos instrumentos de observações astronômicas e a construção de instrumentos astronômicos antigos de fácil confecção, incluindo uma luneta. Dentro da Ótica daremos maior ênfase a lentes, preparando para a construção e entendimento do funcionamento de equipamentos astronômicos. As metodologias serão através de estudo de espelhos planos esféricos e lentes, vídeo sobre telescópio, montagem de luneta, oficinas de Astronomia Básica, montagem de instrumentos astronômicos antigos, observação do céu, jogo de tabuleiro de Astronomia.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)
Ótica; Astronomia; lentes; Física, Universo
Formato do Material Didático Unidade didática
Público Alvo
Alunos do segundo ano do Ensino Médio
2. APRESENTAÇÃO
Esta unidade pedagógica objetiva através da abordagem de conteúdo de
Astronomia buscar maior interesse dos alunos no estudo da Física, principalmente de
Ótica.
Abordaremos a Ótica como instrumento essencial ao desenvolvimento dos
instrumentos de observações astronômicas e a construção de instrumentos
astronômicos antigos de fácil confecção e também de uma luneta. Daremos maior
ênfase às lentes, preparando para a construção e entendimento do funcionamento de
equipamentos astronômicos.
A Física como Ciência de construção humana, ajuda nossos alunos a
compreenderem o seu meio e seu desenvolvimento ajuda no aperfeiçoamento ou no
surgimento de novas tecnologias que já fazem ou que farão parte de suas vidas.
Após reflexões de nossa experiência em sala de aula questionamos porque
apresenta-se a situação de que a Astronomia praticamente não é abordada nas aulas
de Física do Ensino Médio e quando é abordada, é somente de forma superficial. Isso
nos intriga devido não somente a importância da Astronomia para toda a Ciência, mas
também por ela ser uma ciência transdisciplinar, seu estudo pode ajudar a desenvolver
capacidades que ajudariam os alunos em diversas outras disciplinas, tais como:
Matemática, Química, Biologia, História, Língua Portuguesa, Geografia, Artes, Filosofia
e Sociologia.
Segundo FARIA (2005), o ser humano necessita de conhecimento astronômico
e da evolução da concepção do ser humano acerca do Universo para entender e
compreender melhor a si próprio no processo dinâmico de percepção e de
transformação da realidade objetiva e subjetiva em está imerso.
Apesar de a Astronomia ser bem conhecida nos meios de comunicação por
causa de notícias envolvendo aparelhos e instrumentos caríssimos, tais como:
supertelescópios, telescópios espaciais, robôs na superfície de outros corpos celestes,
estação espacial etc, podemos trabalhar com muitos conceitos de Astronomia e de
Física com muito poucos recursos e de baixo custo, tais como construção de lunetas e
de instrumentos astronômicos antigos, tais como relógios de sol, relógio lunar, relógio
estelar e planisférios.
A origem desse projeto é como tentar resgatar o interesse dos alunos pelas
aulas de Física usando a Astronomia como fator gerador de interesse e motivação pelo
conteúdo de Ótica.
Módulo nº 01: Noções básicas de Astronomia
Objetivo: Aproveitar os aspectos históricos, evolução e noções básicas de Astronomia
para maior interesse na aprendizagem de Física.
Sugestão de organização do tempo: 04 aulas
Orientações Metodológica:
Iniciaremos o módulo com a apresentação do vídeo -
O Universo – O Limite do Espaço – Parte 01 duração 14:42 min
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=19238
acessado em 11/11/12 às 19:24h, visando despertar a curiosidade dos alunos para
conhecer um pouco do universo em que vivemos.
Através de apresentação de slides da História da Astronomia (arquivo: história
da astronomia) estaremos iniciando o estudo de noções básicas.
Após os comentários dos slides, será feita aula no laboratório de informática
onde os alunos estarão fazendo pesquisa sobre Astronomia, com a finalidade de
estarem conhecendo um pouco mais sobre o nosso Universo.
Itens a serem pesquisados: O Sistema Solar e seus Planetas: distância ao Sol;
período de rotação, período de translação, diâmetro e massa e também trabalharemos
com o software stellarium para que possam conhecer um pouco do nosso céu.
Avaliação: A avaliação será através de observação da participação dos alunos
durante a realização das atividades e o processo todo.
Módulo nº 02: Montagem de instrumentos antigos
Objetivo: Montar instrumentos astronômicos antigos a serem utilizados em
observação do céu a olho nu.
Sugestão de organização do tempo: 04 aulas
Orientações Metodológica:
A Astronomia propicia a oportunidade de conhecer os instrumentos utilizados
hoje com toda tecnologia, mas também o conhecimento dos instrumentos usados na
antiguidade, são simples mas eficientes para a abordagem dos conceitos básicos.
Para inicio, como curiosidade, apresentaremos uma tabela de comparação de
tamanho entre itens variados para que o aluno perceba a necessidade de apoio de
instrumentos para melhor observação do Universo e o quanto ainda não conhecemos.
O muito pequeno
Tamanho do Quark (uma das partículas
fundamentais da natureza)
Menor que 10-18 metros
Tamanho do elétron Menor que 10-18 metros
Tamanho do Próton 10-15 metros
Tamanho do núcleo do átomo 10-14 metros
Tamanho do átomo de Hidrogênio 10-10 metros
Tamanho da molécula de Hidrogênio 10-9 metros
Tamanho dos vírus Entre 10-7 e 10-8 metros
Tamanho da molécula de DNA 10-7 metros
Tamanho da célula 10-4 metros
Tamanho de uma pulga 10-3 metros
Fonte: Reflexões sobre o Ensino de Física no Ensino Médio: O Universo sem Fronteiras -p.38
O muito grande
Diâmetro da Terra 12,736x106 metros
Diâmetro do Sol 14x108 metros
Diâmetro do Sistema Solar 1011 metros
Diâmetro da nossa Galáxia ~1021 metros
Diâmetro do Grupo Local de Galáxias ~1022 metros
Diâmetro do Superaglomerado de Virgo ~1023 metros
Diâmetro do Universo Visível Maior que 1025 metros
Fonte: Reflexões sobre o Ensino de Física no Ensino Médio: O Universo sem Fronteiras -p.39
Tamanhos no Sistema Solar
Corpo Celeste Raio Equatorial (Km)
Sol 696.000
Júpiter 71.492
Saturno 60.268
Urano 25.559
Netuno 24.766
Terra 6.378
Vênus 6.051
Marte 3.398
Ganimedes (satélite de Júpiter) 2.631
Titan (Satélite de Saturno) 2.575
Mercúrio 2.439
Calisto (satélite de Júpiter) 2.400
Io (satélite de Júpiter) 1.815
Tritão (satélite de Netuno) 1.750
Lua 1.738
Europa (satélite de Júpiter) 1.569
Plutão (*) 1.137
Note na tabela acima que vários satélites são maiores do que alguns planetas do Sistema Solar!
(*) Lembrando que Plutão não é mais considerado Planeta.
Fonte: Reflexões sobre o Ensino de Física no Ensino Médio: O Universo sem Fronteiras -p.38-39
Instrumentos antigos de Astronomia:
Relógio Lunar Relógio Solar e Relógio Estelar
Relógio Lunar
“Relógio” construído baseado na observação da Lua, seu ciclo de
movimentação é de Lua Nova a Lua Nova.
A lunação dura 27,33 dias em relação às estrelas fixas, paralelamente o
sistema Terra-Lua sofre 1/12 de deslocamento devido a movimentação anual ao redor
do Sol. Ou seja o período de lunação totaliza em 29,5 dias (cerca de um mês).
Sugerimos a construção desse relógio seguindo o modelo desenhado pelos
prof. MSc. Ricardo Francisco Pereira e Prof. Drª Polônia Altoé Fusinato:
Consiste num grande círculo e nas bordas estão dispostos números de 1 a 24,
correspondendo às horas do dia. No seu interior ainda estão desenhados 29 menores
círculos, em cores diferentes (mais claras - iluminadas e mais escura – não iluminadas)
correspondendo às diferentes e sucessivas posições da Lua, disco interno.
Para servir de máscara e mostrar uma Lua de cada vez foi feito o desenho de
outro círculo de mesmo tamanho, com uma fenda, disco intermediário.
Construção de novo círculo, batizado de disco do horizonte, o mais externo.
Montar um círculo sobre o outro e fixar no centro com um colchete e o relógio
esta pronto para uso. Voltando-se para o norte do local de observação e posicionando-
o paralelo ao que é visto no céu ou localizando a idade da Lua, veremos no orifício ou
fenda a hora local aproximada.
Figura nº 01
Fonte: Reflexões sobre o Ensino de Física no Ensino Médio: O Universo sem Fronteiras -p.40
Figura nº 02 Figura nº 03
Fonte: Reflexões sobre o Ensino de Física no Ensino Médio: O Universo sem Fronteiras -p.41
Relógio Solar
Alguns dizem que a sua origem seria ha 4000 na Mesopotâmia, Babilônia,
Caldéia. Porém há indícios de que já existia, na China, a 23 a.C., mas o mais antigo
HORAS
FASES
DIA DA LUA
relógio solar conhecido, data de 1500 a.C, no Egito. O que se sabe é que durante a
história da humanidade foram criados vários tipos de relógio solar dentre eles o de
anel, o horizontal, o vertical, o cilíndrico, o egípcio, o inclinante esférico auto-orientado
e o inclinante ou equatorial,
O relógio equatorial consiste em um marcador solar reprodutor dos elementos
da esfera celeste. Possui um eixo orientado no sentido Sul-Norte (indicando o polo sul)
elevado, inclinado no ângulo da latitude local. Perpendicular a este eixo (que
representa o eixo da Terra) está disposto o marcador com semicírculos desenhados na
sua frente e às suas costas, divididos de 15 em 15 graus (15º corresponde a uma hora
em graus). O mostrador da frente, ou mostrador austral, pela sombra, indicará as horas
durante as estações da primavera e do verão. O mostrador traseiro, ou mostrador
boreal, indicará as horas nas estações outono e inverno. Ao ser utilizado ele deve ser
posicionado na direção Sul e com o ângulo da latitude local.
Figura nº 04
Fonte: Reflexões sobre o Ensino de Física no Ensino Médio: O Universo sem Fronteiras -p.42
Relógio Estelar
Foi desenvolvido pelos árabes há mais de 500 anos, os Egípcios foram os
primeiros a observar as estrelas para contagem do tempo associando os movimentos
dos corpos celestes ao domínio do tempo. Relógio estelar é também chamado de
relógio noturno. Talvez seja um dos mais simples marcadores de tempo, baseia-se na
observação da “rotação” das estrelas ao redor de nosso horizonte geocêntrico.
Sua montagem consiste do disco do relógio – um circulo com três
circunferência inscritas, determinando três faixas: a interior dividida em 12 partes,
correspondendo aos meses do ano; na intermediária, cada parte do mês da anterior
será dividida em 04 partes, correspondendo às fases da Lua e a última faixa dividida
em 24 (correspondendo às horas do dia) – e de dois braços, sendo um escrito
Achernar e o outro Cruzeiro do Sul.
A montagem consiste em fixar os dois braços formando um ângulo de 180º
entre eles.
Figura nº 05 Figura nº 06
Fonte: Reflexões sobre o Ensino de Física no Ensino Médio: O Universo sem Fronteiras -p.44-45
Avaliação: A avaliação será através de observação da participação do alunos
durante a realização das atividades e o processo todo.
Módulo nº 03: Telescópio
Objetivo: Observar a importância dos instrumentos óticos em nossa vida conhecendo
a sua história e sua montagem.
Sugestão de organização do tempo: 02 aulas
Orientações Metodológica:
- Apresentação de vídeo sobre o telescópio: De olho no Céu – Parte 01, duração
6:07min
http://www.youtube.com/watch?v=WoHzqedkmYc, acessado em 15/11/12 às 22:10h.
- Comentário sobre o vídeo assistido, analisando os elementos constitutivos do
telescópio;
- Desenho do esquema de construção do telescópio;
- Pesquisa sobre os tipos de telescópio e sua utilização.
Avaliação: A avaliação será através de observação da participação do alunos
durante a realização das atividades e o processo todo.
Módulo nº 04: Conceitos básicos de Ótica
Objetivo: Introduzir conceitos de Ótica para que os alunos compreendam a Física
como parte integrante de nossa cultura e identifiquem sua presença nos diversos
setores e âmbitos.
Sugestão de organização do tempo: 08 aulas
Orientações Metodológica:
O homem desde os primórdios sempre sentiu curiosidade e buscou conhecer
os fenômenos que ocorrem na natureza e a luz talvez seja o fenômeno físico, mais
remoto do cosmo o que o desafiou: fenômenos como arco-íris, o relâmpago, as
estrelas o Sol e muito mais.
Utilizando o livro didático teórico adotado pelo Colégio Estadual Olavo Bilac –
Ubiratã (PR) Coleção Física em Contextos – volume 2 de Maurício Pietrocola,
Alexander Pogibin, Renata de Andrade e Talita Raquel Romero – Física Ensino Médio
da Editora FTD, para suporte à parte teórica de Ótica, conteúdo parte integrante do
conteúdo estruturante Eletromagnetismo na grade curricular do Ensino Médio.
Iniciando com abordagem histórica para que os alunos percebam a evolução
do conhecimento desde os primórdios da vida. Com a observação do meio, introduzir
os conceitos de luz, formação de imagens, câmara escura, trajetória da luz, raios e
feixes de luz, reflexão, refração, espelhos planos, espelhos esféricos, lentes
convergente e divergente.
Leucipo de Mileto, grego, acreditava que enxergávamos por causa de
pequenas partículas, que ele chamou de eidola que eram emitidas pelos objetos que
atingiam nossos olhos. Empédocles (493a.C. - 430a.C.), acreditava que feixes de luz
emitidos pelos olhos, interagiam com os objetos colhendo informações dos mesmos,
assim a visão era propriedade dos olhos e não dos objetos
Euclides afirmava no século III a.C. “o olho emite raios visuais que se
propagam em linha reta e com velocidade” e que “um objeto só pode ser visto depois
de varrido pelos olhos”.
Ptolomeu, no século II d.C., ampliou a teoria de Euclides admitindo que os “
raios visuais” atingiam os objetos próximos mais rapidamente, iniciou também o estudo
da reflexão, refração da luz.
Os registro históricos creditam a Alhazen (965-1040) a criação da câmera
escura que usava para acompanhar eclipses solares.
Leonardo da Vinci (1452-1519) estudou o funcionamento do corpo humano e
criou uma câmera escura e traça comparação de seu funcionamento com o do olho
humano.
O microscópio com espelho côncavo foi construído no inicio do século XVI. A
primeira luneta com lente ocular convergente surge em 1590 e é aperfeiçoada em 1604
na Holanda.
Um grande salto no estudo da Ótica ocorreu no início do século XVII com a
construção de lentes, microscópios e luneta astronômica. O cientista holandês Anton
van Leeuwenhoek (1632-1723), no século XVII, com um microscópio com lente
convergente, que aumentava até 100 vezes, conseguiu observar pela primeira vez
organismos invisíveis a olho nu. Hoje os microscópios são composto de duas lentes
convergentes (um chamada de lente e outra chamada de objetiva).
Em 1610 Galileu Galilei (1564-1642) construiu uma luneta astronômica com a
qual observou Júpiter.
Foram inventados outros instrumentos óticos que propiciaram ampliação da
visão humana tais como lunetas, telescópios que continuam recebendo
aperfeiçoamento, sempre com melhor tecnologia.
As lentes usadas para correção de defeitos de visão surge no século XVIII.
Tudo isso foi possível e continua sendo possível, graças ao estudo da Luz.
Considera-se que ela tem duas naturezas: ondulatória e corpuscular. Conforme o
fenômeno, a luz se comporta como uma onda ou como propagação de partículas. A
teoria ondulatória considera a luz como forma de radiação eletromagnética, ou de calor
irradiado, ou de raios X e de ondas de rádio. Essa teoria permite explicar fenômenos
com o de propagação, reflexão e refração da luz, sendo utilizada no estudo das cores.
Quando há interação da luz com a matéria, como por exemplo, no caso de
incidência de luz sobre elétrons, a luz se comporta como partícula. Para Max Planck e
Albert Einstein a luz, que comumente se propaga em ondas, algumas vezes se
comporta como se fosse feita por uma “corrente” de fótons. Com a interação da luz
com elétrons.
A velocidade de propagação da luz no vácuo é de 299.000 km/s. No ar é
próxima de 299.000km/s. De 256.000 km/s na água e de 200.000km/s no vidro.
A refração da luz ocorre, por exemplo, quando um feixe de luz passa de um
meio mais denso, como a água, cuja velocidade de propagação é menor, para o meio
ar, cuja velocidade da luz é maior que a do meio água.
Avaliação: A avaliação será através de observação da participação do alunos
durante a realização das atividades e o processo todo.
Módulo nº 05: Construção da luneta
Objetivo: Montar uma luneta com material de baixo custo aplicando os conhecimentos
de Ótica adquiridos nesta unidade didática.
Sugestão de organização do tempo: 04 aulas
Orientações Metodológica:
Trabalharemos em grupo de até 04 alunos.
Construção de luneta utilizando de lentes de óculos e monóculo.
Utilizaremos lentes de 1 grau positivo, 4 graus positivo e 5 graus positivo, que,
além de fazer parte do kit da luneta, também será utilizado para analisarmos a
diferença das lentes com graus diferentes. Os alunos estarão analisando o que ocorre
na observação com as lentes da luneta com características diferentes.
Os recursos para a compra dos materiais a serem utilizados serão
provenientes de colaboração do professor e dos alunos que queiram ajudar.
Montagem da Luneta Astronômica
Materiais necessários: (custo aproximado) R$)
70 cm de tubo branco de esgoto de 2” (50mm)..........................................................3,09
70 cm de tubo branco de esgoto de 1 1/2” (40mm)....................................................1,55
01 luva simples branca de esgoto de 2” (50mm)........................................................2,58
01 luva simples branca de esgoto de 1 1/2” (40mm)..................................................2,58
01 bucha de redução curta marrom de 40x 32 mm....................................................2,08
01 plug branco de esgoto de 2” (50mm).....................................................................2,60
01 lata de tinta spray preto fosco.......................................(para várias lunetas)......10,54
01 lata pequena de vaselina em pasta..............................(para várias lunetas).........1,88
01 rolo de esparadrapo de aproximadamente
12mm de largura e 4,5m de comprimento........................................................2,50
01 caixa de massa de modelar ou durepoxi......................(para várias lunetas).........4,85
01 folha ou pedaço de papel cartolina ou camurça preto
(circulo de 50mm)..................................................................................0,70
01 lente incolor de óculos de 1 grau positivo..............................................................2,00
01 monóculo de fotografia.........................................................................................34,00
Preparo das Lentes:
Lente objetiva: É a lente que fica na frente pode ser adquirida em Óticas – é lente
convergente.
Compramos lente de 1º+, 4º+ e 5º+, feitas sob encomenda, cortada no diâmetro
do tubo de 50mm.
Cortar na cartolina preta, circulo de 50mm de diâmetro e fazer furo central de
20mm de diâmetro;
Colocar a lente na luva de 50mm com o lado convexo voltado para fora e
internamente o círculo de cartolina virada a parte preta para a face da lente, com
a finalidade de diminuir a aberração cromática (é a dispersão da luz branca,
separação de todas as cores);
Obs.: Distância focal na lente de 1º+ será de 1m; na lente de 4º+ será de 0,25m
e na lente de 5º+ será de 0,20m.
Lente ocular: Construir utilizando monóculo de fotografia adquirido através de compra
na internet – lente de 11mm de diâmetro, distância focal de 40mm - 4cm -lente
convergente – biconvexa ou plano convexa;
Cortar as abas e alça do monóculo, pode até ser com uma faca de serra;
Encaixar o monóculo na bucha de redução marrom de 40 para 32mm e
preencher o espaço lateral com massa de modelar ou similares;
Preparo dos tubos
Colar fita esparadrapo ou similar nas extremidades externas dos tubos de 50mm
e de 40mm;
Pintar internamente com tinta spray preto fosco evitando a reflexão da luz na
parede interna;
Retirar as fitas;
Colar anel feito de fita de esparadrapo- fita sobre fita – até atingir a altura do
espaço entre aos tubos (de maneira que deslizem suavemente um dentro do
outro):
- um anel externamente em uma das extremidades do tubo de 40mm ;
- outro anel internamente em uma das extremidades do tubo de 50mm;
Montar um tubo dentro do outro de maneira que os anéis colados no item
anterior fiquem em extremidades opostas.
Montagem final:
Encaixar no tubo de 50mm, na extremidade que não foi colado o anel de fitas, a
luva de 50mm, já montada com a lente objetiva;
Encaixar no tubo de 40mm, na extremidade que não foi colado o anel de fitas, a
luva de 40mm encaixada na bucha já montada com a lente ocular (monóculo de
fotografia);
A função do plug será proteger a lente ocular quando na luneta não estiver em
uso;
Instrumento pronto para uso.
Obs.: Para ficar fácil a montagem e desmontagem pode-se usa vaselina para
lubrificação dos encaixes.
Informações úteis:
A imagem obtida pela luneta astronômica será invertida
A aproximação (ou aumento) desta luneta é igual a razão entre a distância focal
da lente objetiva pela distância focal da lente ocular: 1000mm / 40mm = 25
Se quiser dobrar o aumento encaixe um monóculo dentro do outro e forre o
segundo monóculo com papel camurça.
Figura nº 07 - Tubo interno da Luneta (PVC de 40mm)
Figura nº 08 – Tubo externo da Luneta (PVC de 50mm)
Figura nº 09 – Luneta montada
Figura nº 10 – Luneta montada
Figura nº 11 – Luneta montada
Proceder a montagem das outras lunetas utilizando as lentes de 4graus positivo
e 5 graus positivo, fazendo os mesmo passos de montagem que acabamos de
descrever.
Avaliação: A avaliação será através de observação da participação do alunos
durante a realização das atividades e o processo todo.
Módulo nº 06: Observação do céu e uso dos materiais produzidos
Objetivo: Utilizar todo o material produzido e o conhecimento adquirido durante o
curso para fazer observações no céu.
Sugestão de organização do tempo: 06 aulas
Orientações Metodológica:
Organização de aula no período noturno, em espaço apropriado, para
observação do céu com lunetas construídas pelos próprios alunos.
A principio, deixando livre a focalização com a finalidade de que aprendam a
manusear o equipamento.
Como o material foi produzido em grupo de até 04 pessoas as atividades serão
desenvolvidas, também em grupo.
Utilização das lunetas com as lentes diferentes buscando perceber o efeito das
diferentes características das lentes na imagem formada na luneta.
Posteriormente, direcionar a observação para pontos previamente
determinados.
Avaliação: A avaliação será através de observação da participação do alunos
durante a realização das atividades e o processo todo.
Módulo nº 07: Jogo de tabuleiro de Astronomia
Objetivo: Aprimorar conhecimentos de Astronomia através de atividade lúdica.
Sugestão de organização do tempo: 04 aulas
Orientações Metodológica:
Sugerimos a utilização do Jogo de tabuleiro de Astronomia que consta do livro -
Divulgando a Ciência: de brinquedo, jogos e do voo humano – Organizadores:
Marcos Cesar Danhoni Neves e Ricardo Francisco Pereira, Editora Massoni, p.127-160
– sobre o título – Jogo de Astronomia: Desbravando o Sistema Solar seu objetivo é o
jogador coletar o maior número possível de informações sobre as características
básicas dos oito planetas, mais o Sol e inclusive ainda com Plutão no jogo.
Em nosso trabalho, o jogo, além de coleta de informações ele tem como
finalidade o fechamento desta Unidade Didática.
Avaliação: A avaliação será através de observação da participação do alunos
durante a realização das atividades e o processo todo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CANALLE, J. B. G. Oficina de Astronomia. Observatórios Virtuais (João Canalle).
Instituto de Física UERJ. Disponível em:
http://www.nre.seed.pr.gov.br/nre/umuarama/arquivos/File/oficina_astronomia(1).pdf
Acesso em 26 de nov.de 2012 às 1:51h
CANIATO, R. O céu, Campinas, Editora Átomo, 2011
CRUZ, D. Óptica - Investigando a Física. São Paulo, Editora Ática, 1ª edição, 2004.
NEVES, M.C.D.. Astronomia do Fazer: Alguns Instrumentos Úteis para a Compreensão
dos Fenômenos do Céu e da História da Astronomia. Arquivos Apadec, Campo
Mourão, v.3, n. 2, p. 43 -54, 1999.
NEVES, M. C. D.; PEREIRA, R. F.,organizadores. Divulgando a Ciência: de brinquedo,
jogos e do voo humano, Maringá, Editora Massoni, 2006.
NEVES, M. C. D.; SILVA, J. A. P. da; e outros. Reflexões sobre o Ensino de Física no
Ensino Médio: Um Universo sem Fronteiras, Maringá, Editora Massoni,- LVC Edições,
2009
NEVES, M. C .D., SILVA, J. A. P. Da,, PEREIRA, R. F., FUSINATO, Polônia Altoé,
organizadores. Um Universo sem fronteiras. Maringá, Editora Massoni, 2009.
PEREIRA, R. F.; FUSINATO, P. A. A montagem e o suo de instrumentos astronômicos
antigos no ensino de Astronomia. XVIII Simpósio Nacional de Física, Formação
Continuada de Professores em Serviço: Educação de Qualidade para uma Sociedade
da Aprendizagem, www.snef2009.org, UFES, Vitória, 26 a 30 de janeiro de 2009.
PIETROCOLA, M. POGIBIN, A. e outros. Coleção Física em Contextos Pessoal Social
Histórico – volume 2 – Física Ensino Médio. São Paulo. Editora FTD, 1ª edição, 2010.
Vários autores. Livro Didático Público - Física - Ensino Médio, Curitiba: SEED-PR,
2006, 2ª edição
SEED – PR. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008
SEED – PR. Portal da Educação. Site:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=19238
Acesso em 11de nov de 2012 às 19:24h
http://www.youtube.com/watch?v=WoHzqedkmYc
Acesso em 15 de nov de 2012 às 22:10h.