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1. Enquadramento 3

2. Desafios do Ensino Superior 7

3. Missão, visão e valores 10

3.1. Missão 11 3.2. Visão 11 3.3. Valores 11

4. Objetivos Estratégicos 13

4.1. Diferenciação 14

4.1.1. Estudantes no epicentro da vida académica 16 4.1.2 Ensino e inovação pedagógica 18 4.1.3 Uma academia amiga e inclusiva 20

4.2 Notoriedade 21 4.2.1 Criar identidade – Estratégias de comunicação 21 4.2.2 Aumentar números de alunos e diversificar números 22 4.2.3 Internacionalização 24

4.3 Sustentabilidade 25

4.3.1 Liderança, governança e envolvimento 26 4.3.2 Gestão socialmente responsável das pessoas e das relações 28 4.3.3 Flexibilidade da organização e sustentabilidade financeira 29

4.4 Ambição 30

4.4.1 No centro de uma região de conhecimento 33 4.4.2 Co-criar conhecimento 34

Um compromisso com o IPVC 36

ÍNDICE

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1. ENQUADRAMENTO

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Os últimos séculos, as últimas décadas, têm sido tempos marcados por grandes mudanças. Estas mudanças em muito se devem à forma como a projeção do conhecimento se tem constituído como um vetor essencial para a alteração e progresso da sociedade.

A crise social, económica e financeira dos últimos anos e a complexidade da envolvente das instituições de ensino superior, têm conduzido a uma preocupante redução de financiamento público. É conhecido o quadro concorrencial pela atração de recursos humanos, financeiros e de estudantes, que segundo as projeções demográficas se irá acentuar num futuro próximo. Este cenário exige um posicionamento estratégico claro, que permita explorar alter-nativas de ação e de financiamento, criar sinergias decorrentes da centralidade do conhecimento, enquanto fator de desenvolvimento da sociedade moderna.

O Futuro das instituições exige um reforço da investigação, como fator estruturante do ensino e de interação com a sociedade, bem como dinâmicas de internacionalização e de interação com o tecido económico, social e cultural. Acrescem ainda as expetativas que recaem sobre as instituições politécnicas, atendendo ao seu papel na coesão e valorização do território.

A estes desafios acrescem questões societais à escala planetária, caso da sustentabilidade ambiental e da econo-mia circular, das alterações climáticas, das pandemias e da inovação social, entre outras. Mais recentemente, vive-mos a convergência das tecnologias digitais, físicas e biológicas, a quarta revolução industrial, onde a I(nteligência) A(artificial), a I(internet) o(f) T(hings), a transformação digital e a indústria 4.0, que condicionam a forma como percecionamos o futuro e encaramos os desafios, nomeadamente ao nível do trabalho e das novas profissões.Este cenário apela a um novo perfil de graduado, bem como à permanente procura de novas competências, à edu-cação ao longo da vida, no âmbito da qual ganham relevo novos formatos de formação contínua, entre as quais se destaca o ensino à distância, recorrendo a modernas plataformas e ferramentas tecnológicas.

Outra ambição que se coloca às instituições de Ensino Superior: ouvir, perceber, sentir e prever que os desafios societais têm óbvio e incontornável impacto no ensino de hoje e do futuro. Desde logo, a forma de transmissão de conhecimento para o novo perfil de diplomado passa pela crescente importância de novas competências e soft skills, consideradas por alguns autores como “essential skills”.

O Ensino Superior ganhou uma relevância nunca antes alcançada, sendo hoje o depositário de múltiplas e diversas expectativas individuais e coletivas. O conhecimento é, também, sinónimo de desenvolvimento e a expansão da escolarização de nível superior traduz-se, igualmente, em crescimento, distribuição de riqueza e mobilidade social.Esta foi, também, uma das maiores preocupações na criação do Ensino Superior Politécnico: trazer formação e desenvolvimento, de cariz diferenciado e diferenciador, a diversas regiões de Portugal; produzir riqueza e valor, progresso económico e cultural; fomentar coesão social e territorial; promover a inclusão e mobilidade social.Ambicionar um projeto mobilizador para os próximos quatro anos obriga, além de compreender estes desafios trans-versais e globais, a encarar a missão com determinação, empenho, intensidade e visão para imaginar um futuro, estimulante e complexo, vincado pelo acesso à informação, volatilidade do conhecimento e proximidade global.

Cientes do papel que o IPVC tem vindo a desempenhar ao longo do seu percurso histórico, é fundamental reforçar essa dinâmica, para contribuir para o desenvolvimento da região e do país

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MOTIVAÇÃO

As linhas orientadoras desta candidatura a Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), para o quadriénio 2019-2023, assentam em princípios de liderança participada e responsável, facilitadoras e acolhedoras da participação de todos e indutoras da concentração de esforços na dinamização de um projeto do coletivo.

O programa resulta do contributo de diversos membros da Academia IPVC e da envolvência externa, visando a construção de um projeto coletivo, motivador e estratégico, preocupado com a sustentabilidade e longevidade da instituição, ciente do seu papel dinamizador e participativo na comunidade envolvente, próprio de uma instituição conectada globalmente.

Resulta ainda de particular avaliação de um conjunto de documentos que apresentam orientações estratégicas para o ensino, a investigação e a interação com a sociedade, publicados por diversas instituições nacionais e internacio- nais, designadamente, da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), da Comissão Europeia (DG Education and Culture), da European University Associa-tion, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da Rede Europeia de Garantia da Qualidade (ENQA).

Revisita documentos estruturantes do IPVC, em particular, os seus Planos Estratégicos. Consideram-se, ainda, boas práticas em organizações e instituições de ensino superior nacionais e estrangeiras em matéria de Ensino, Investigação, Inovação, Tecnologia, Cooperação e Internacionalização, visando refletir e estruturar um caminho de Futuro, alinhado, também, com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).

A base da candidatura identifica caminhos para os desafios sociais complexos, em alinhamento com o ensino e a in-vestigação, eixos determinantes do IPVC enquanto instituição de Ensino Superior de referência, em articulação com os nossos parceiros: atuais e futuros, locais e globais. Esta candidatura, pretende ser integradora e motivadora, respeitando o Passado, mas olhando para o Futuro com espírito de mudança.

É uma candidatura que pretende mobilizar e acolher em permanência o contributo da academia, que ambiciona maior impacto do IPVC no panorama académico, regional e global, baseada em princípios e valores que incentivem a motivação, o envolvimento e a valorização das pessoas: o maior ativo de uma organização.

Uma candidatura vocacionada para o Futuro, com a firme convicção de que o Futuro é cada vez mais Presente

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ACOMPANHAR E VENCER O FUTURO!

Esta candidatura reconhece o papel fundamental que o IPVC deverá desempenhar, enquanto produtor de conheci-mento numa ótica de parceiro fundamental na competitividade regional, alinhado com a estratégia de especialização inteligente regional. Considera particularmente importante ser integradora da sua cultura organizacional, promotora de interações e de estratégias regionais, nacionais ou internacionais.

Promove uma agenda de inovação com preocupações sociais, ambientais, culturais e patrimoniais, num hub regional de conhecimento, baseado na formação e investigação e em parceria com a região. Ambiciona um IPVC aberto à região e ao mundo, sendo um parceiro confiável nos processos de inovação e de criação de valor.

Vamos Fazer, de forma Colaborativa, o Futuro

O Futuro no IPVC deverá assumir como, eixo estruturante, o Ensino, sendo os estudantes o centro das prioridades do presente e do futuro. O Futuro passa pela aposta na inovação pedagógica e das metodologias de ensino e aprendizagem, na qualidade e na comunicação visando dar notoriedade à oferta formativa. As questões da empre-gabilidade devem ganhar especial relevo, reforçando contextos de ensino que privilegiem a inserção no mercado de trabalho, numa dinâmica que envolva os antigos estudantes, empresas, instituições, comunidade académica e a sociedade em geral.

Participar na construção do Futuro implica um maior investimento na investigação e inovação, eixos decisivos do tempo presente. O IPVC, como um dos vértices do triângulo do conhecimento do território, deve focalizar as priori- dades de investigação e promover uma maior articulação territorial na valorização do conhecimento. Com efeito, deve orientar a investigação para criar inovação e valor, numa parceria estreita quer espacial, quer de recursos, com empresas, associações, organizações ou instituições, ou seja, os agentes da quádrupla hélix: administração, conhecimento, empresas e sociedade, promovendo a clusterização e a ecoinovação (quíntupla hélice).

A agenda de inovação do IPVC tem de ser participativa, colaborativa, aberta, tendo como suporte preocupações com impacto social, económico e a criação de valor. As prioridades da investigação, as repercussões no desen-volvimento curricular, os processos de aprendizagem e o equilíbrio entre todas as dimensões, internas e externas, exigem monitorização e acompanhamento permanente e flexível.

O Futuro passa por um maior compromisso do IPVC na coesão e valorização do território: o papel cada vez mais interventivo do conhecimento no desenvolvimento das regiões deverá ser estimulado. Esta centralidade exige a integração do IPVC em novas redes e maior interligação com parceiros, promoção de dinâmicas de inovação, de forma estrategicamente direcionada, flexível e responsiva, em simbiose de interesse e interdependência com a região, envolvendo parcerias nacionais e internacionais de valor. A coesão e valorização do território promovem positivamente os fatores endógenos como motor de desenvolvimento, de inovação e de crescimento económico, numa perspetiva que integra os aspetos sociais e culturais da região.

Criar Valor para o Futuro e intensificar a interação com os tecidos económico-produtivo, social e cultural. A intensi-ficação do relacionamento entre as empresas locais, o IPVC e os diversos parceiros deverão ser estimulados, medi-

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ante a criação de um hub de conhecimento e inovação. Assim, será possível desenvolver a criação colaborativa de serviços inovadores, adaptados às necessidades locais e estruturar soluções de cariz tecnológico, de consultadoria, que reforcem a competitividade das empresas.

Esta partilha de conhecimento destina-se aos diferentes protagonistas da região, no suporte às micro e PME lo-cais, através da transferência de conhecimento e formação de recursos, mas com intervenção nas áreas sociais e culturais, numa dimensão pública ou privada, nomeadamente pela promoção de inovação, partilha de recursos ou suporte à capacitação.

O Futuro não tem fronteiras e a internacionalização deve ser equacionada como um pilar estratégico no cresci-mento sustentado do IPVC, traduzindo a tradição de abertura de uma região que integra uma euro-região com dimensão atlântica. Neste domínio deverá privilegiar o reforço o seu posicionamento na euro-região do sudoeste europeu - rede RESOE -, que integra as regiões Centro e Norte de Portugal e as Regiões da Galiza, Castilla e León e das Astúrias.

A abertura ao mundo exige um IPVC que vive no quotidiano a multiculturalidade, a cooperação para o desenvolvi-mento e promove a mobilidade internacional de estudantes, professores, investigadores e de técnicos e administra-tivos.

Exige ambicionar a atração de estudantes e de todos os que integram a academia IPVC, empreendedores, num conceito mais amplo de partilha e cooperação internacional. Importa fomentar um papel central em estratégias de internacionalização, no domínio do ensino, da investigação, do tecido empresarial, das organizações e instituições locais e regionais, envolvendo todos os recursos na criação de um Alto Minho International Environment, cuja localização nos facilita.

Transformar o Futuro no Presente é, pois, a Ambição. O IPVC tem de se posicionar como um dos atores centrais da região, fonte vital de conhecimento e de formação de estudantes, capaz de contribuir para o engrandecimento da região e parceiro na construção de pontes entre organizações e instituições. O Futuro exige uma nova atitude colaborativa, mais forte nos desafios presentes e futuros com que a sociedade nos confronta. O IPVC constrói e transmite “capital cultural” no sentido de valores comuns e normas; “capital social” no sentido da qualidade das re-des que permitem que os recursos circulem e se acumulem.

Uma identidade institucional implica um questionar constante, uma motivação persistente, expectativas reconheci-das, um crescente e permanente desafio Um IPVC responsável e comprometido, adaptável a novas realidades, empenhado numa nova centralidade, desenvolvendo conhecimento com outros atores do conhecimento num ecossistema de eco inovação que

integre parcerias académicas e externas, locais, regionais, nacionais e internacionais

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2. DESAFIOS AO ENSINO SUPERIOR

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Espaço de conhecimento, liberdade e democracia, as instituições de Ensino Superior são centros de desenvolvi-mento pessoal, de transmissão de princípios e valores, que, para além da produção de conhecimento, “constroem” cidadãos e a sociedade do Futuro. A Educação é um bem público essencial, determinante para um Futuro partici- pado, estratégico, que implica um suporte financeiro que melhor garanta a permanente renovação e adaptação a novas realidades.

A recente crise social, económica e financeira mundial e que, muito em particular, se fez sentir no nosso país, com repercussão nas políticas de educação e ciência, traduzida numa acentuada diminuição de financiamento público. Este cenário traduziu-se ainda numa concorrência por recursos financeiros e humanos em contexto global.

A esta complexidade acresce a envolvente das instituições de ensino superior, a identidade e diversidade do siste-ma binário, uma maior concorrência entre as instituições de ensino superior na atração de estudantes, atendendo à previsível crise demográfica no futuro próximo e que se afirmam como fatores que influenciam a vida organizacional das instituições.

São vitais novas estratégias para a valorização do conhecimento, que identifiquem alternativas de ação e de finan-ciamento, valorizem sinergias que potenciem a centralidade das instituições, em parcerias que se traduzam em “open-innovation” e em desenvolvimento societal.

Esta evolução da sociedade contemporânea, com novas realidades, públicos e exigências implica uma atenção especial à necessidade de maior diversidade da oferta educativa, através da redução dos obstáculos nos sistemas de garantia de qualidade e financiamento, que condicionam a oferta de programas de ciclo curto, ensino a distância (e-learning), formações específicas “taylor-made” destinadas a profissionais. A esta realidade, acresce uma maior flexibilidade de curricula que promova a dimensão multidisciplinar da oferta educativa, envolvendo unidades cur-riculares de diferentes áreas e proporcione uma oferta adaptada a todos os estudantes, em particular aos adultos.

Este Futuro tão presente implica o reforço da investigação e desenvolvimento (I&D), fator estruturante do ensino e maior interação com a sociedade e proximidade com os tecidos económico-produtivo, social e cultural. O IPVC deverá, numa lógica de cumplicidade com a região e a sociedade, promover I&D em âmbito empresarial, particu-larmente em áreas específicas de diferenciação, promovendo inovação e contribuindo para a criação de emprego qualificado e valor para o território.

Os indicadores, as propostas e os desafios crescentes que as instituições devem considerar são diversas, designa- damente: diversificação do perfil dos estudantes do ensino superior, estimulada pela sua expansão; o número crescente de estudantes do ensino superior que não segue o caminho tradicional para o estudo em tempo integral, imediatamente após a conclusão do ensino médio; a menor probabilidade de jovens de famílias com baixos níveis de educação de participar no ensino superior; a crescente procura de oportunidades de graduação e de pós-gradua- ção, potenciadas pelo estatuto de Estudante Internacional.

É vital recentrar a missão do IPVC, garantir o seu alinhamento com as necessidades nacionais e regionais num modelo colaborativo promotor de parcerias, criar uma região de conhecimento e inovação conectada globalmente. Os desafios societais exigem um pensamento atento e aberto sobre o equilíbrio entre os domínios socioeconómicos

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e sua interação com a tecnologia e as políticas públicas, a necessidade de uma regulamentação inteligente e o forte compromisso de toda a comunidade. Estes desafios exigem uma maior proatividade do IPVC visando transformar o Futuro em Presente.

A enorme complexidade e especialização da ciência hoje exige atitude de abertura e de colaboração, en-quanto fator crítico para o sucesso. Investir nos principais pilares da inovação, educação e investigação,

promovendo a valorização e partilha de conhecimento são políticas de Futuro

2. DESAFIOS AO ENSINO SUPERIOR

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3. MISSÃO, VISÃO E VALORES

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3.1 MISSÃO

É missão do IPVC, numa perspetiva de Futuro, contribuir para uma sociedade que promova o potencial humano e o mérito através da procura e produção do conhecimento, de educação, formação e investigação nos mais altos níveis internacionais de excelência, conectando territorialmente e agindo globalmente.

3.2 VISÃO

O IPVC afirma-se como instituição de qualidade dos seus modelos organizacionais e de governança, inovadora e pró-ativa, empenhada na internacionalização. Uma comunidade dinâmica, centrada na promoção do potencial humano e que através de redes colaborativas, incentiva o empreendedorismo visando a empregabilidade dos seus diplomados.

No próximo ciclo, é vital um Instituto mais INTEGRADOR, IMPLICADO, INOVADOR, visão que traduz uma nova afirmação do IPVC de se renovar, de se motivar, de se envolver, de se diferenciar, de se capacitar e de se afirmar, como polo de conhecimento e cultura, integrando, criando valor e contribuindo para o desenvolvimento regional e coesão territorial;

Um Instituto INTEGRADOR que envolva as pessoas nas decisões, as motive, aproximando a liderança e as estru-turas intermédias de governação, que fomente estruturas e práticas organizativas flexíveis e transparentes, sus-tentável e responsável, que forme, capacite, desenvolva, implique e que a todos integre;

Um Instituto IMPLICADO que pretenda produzir, criar, interligar e difundir ensino, investigação, partilha de conheci- mento, parceiro indispensável numa organização colaborativa, - administração, conhecimento, empresas e socie-dade - que desenvolva políticas, partilhe estratégias, protagonista de mudança;

Um Instituto INOVADOR que assume um novo papel de centralidade, inextricavelmente entrelaçada com a sua função de produzir e dirigir redes de inovação e conhecimento, mobilizando distintos parceiros locais, regionais, nacionais e internacionais. Um Instituto INOVADOR que prepare os seus estudantes para os disruptivos futuros desafios sociais, tecnológicos e económicos.

Em 2023, seremos uma Instituição Superior, de cariz Politécnico, reconhecida pela produção científica, valorização e partilha de conhecimento ao serviço da sociedade, pela qualidade, notoriedade e empregabi-

lidade da formação, pelo papel ativo na criação de uma região de conhecimento e pela forte contribuição para a inovação, criação de valor e desenvolvimento sustentável de Portugal

3.3 VALORES

Em linha com a missão e visão, apresenta-se em seguida os principais valores que orientarão a ação do candidato a Presidente do IPVC no quadriénio 2019-2023.

3. MISSÃO, VISÃO E VALORES

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Autonomia Académica, que responsabiliza a Academia no seu próprio governo, na definição, gestão e programação de cursos e recursos, no seguimento da sua própria missão e de acordo com a legislação em vigor.

Liberdade Académica, conferindo aos membros da comunidade a liberdade de perseguir o seu desenvolvimento profissional e as suas funções, sem pressão, manipulação e censura, em conformidade com a legislação em vigor, os critérios científicos assumidos pelo IPVC e a responsabilidade pessoal.

Promoção dos valores humanísticos da integridade, honestidade, tolerância, respeito, verdade e abertura nas relações internas e externas da Academia.

Inovação, contribuindo para o conhecimento do indivíduo através da educação e da investigação, para o desen-volvimento da sociedade através da transferência de conhecimento e de tecnologia com impacto económico, social e territorial.

3. MISSÃO, VISÃO E VALORES

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4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

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Dentro da Visão estabelecida e em consonância com os Valores descritos, o programa “ESTRATÉGIA 2023 - Uma Estratégia de Futuro” assume, para o cumprimento da sua missão, quatro objetivos estratégicos principais:

i) afirmar a DIFERENCIAÇÃO numa perspetiva de Ensino e Inovação Pedagógica, na sua interdependência com a Investigação, numa Academia Amiga e Inclusiva, em que os estudantes se constituem como seu epicentro; ii) desenvolver e reconhecer NOTORIEDADE, trabalhando a comunicação interna e externa, promovendo a atratividade e a internacionalização; iii) direcionar no caminho da SUSTENTABILIDADE numa governança participativa e transparente, de uma Academia motivada e envolvida; iv) inovar em permanência com a AMBIÇÃO de sermos parceiros determinantes para a construção de um Alto Minho Região de Conhecimento. 4.1 DIFERENCIAÇÃO

Uma das marcas fundamentais das sociedades contemporâneas é a expansão da escolarização de nível superior e a sua relação com o conhecimento e a formação, que se traduziu numa expectável melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Este processo dinâmico é acompanhado por políticas de ensino, como o caso do Processo de Bolonha, prioridades e uma visão conjunta de um ambicioso espaço europeu que promova, a partir de 2020, uma abordagem inclusiva e inovadora vocacionada para a aprendizagem e o ensino; a cooperação transnacional, integrando o Ensino Superior, a investigação e a inovação e um futuro sustentável através do Ensino Superior.

Simultaneamente, desafios mais ambiciosos se colocam ao nosso país. Os cenários demográficos são preocu-pantes no que se refere aos jovens. Em Portugal, existiam em 1995 cerca de 400 mil jovens com idade de ingresso no ensino superior de 18 anos, em 2005 decresceu para cerca de 185 mil e em 2018 reduziu para 120 mil jovens. As previsões apontam para que, em 2033, sejam 85 mil jovens com 18 anos, o que se traduz numa diminuição de 35 mil jovens até esta data.

Os objetivos do país ambicionam 50% de diplomados na faixa etária dos 30 -34 anos em 2030, e de 60% de jovens com 20 anos a frequentar o ensino superior, sendo atualmente 35%.Estas metas exigem o alargamento da base social de apoio do ensino superior, a formação de adultos ao longo da vida, dinâmicas de internacionalização e especialização de estudos pós-graduados. Neste contexto, o alargamento da frequência no ensino superior passa por:

• Diversificação e especialização progressiva das instituições no contexto Europeu;• Novas formas de ensino-aprendizagem ao longo da vida;• Reforço da oferta de estudos pós-graduados de referência internacional, juntamente com um esforço adicional

de coesão territorial e social do país.

É necessário, ainda, pensar numa distribuição mais equitativa e distribuída das vagas de formação inicial pelas regiões, tendendo a que as instituições fora de Lisboa e do Porto representam apenas 54% dos colocados.

4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

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Implicam estes desafios, pois, redefinir políticas e estratégias em cada instituição de ensino superior, tendo em aten- ção um maior ajustamento do sistema binário de ensino no atendimento às necessidades atuais das Instituições, da evidenciação de perfis distintos, com foco em áreas de força do conhecimento, que respondam às necessidades regionais, ou seja, de maior diferenciação no Ensino, na Investigação e na Produção de Conhecimento.

Esta diferenciação fundamental implica pessoas mais qualificadas e elevadas competências, a produção e apli-cação de conhecimento relevante, a efetiva cooperação entre diferentes parceiros, integrados num “ecossistema inovativo”, fomentando, assim, a inclusão e produtividade.

OBJETIVOS E AÇÕES

A visão para o IPVC baseia-se numa educação que compreende distintas dimensões, naturalmente com ênfases dife- rentes: a dimensão do conhecimento técnico e da especialidade; a dimensão da criatividade e do espaço crítico; a dimensão da comunicação e da interação com a envolvente; a dimensão do desenvolvimento pessoal, da responsa-bilização e da ética. Tem como fim o reforço das competências e a preparação para a vida ativa dos cidadãos, numa lógica social, cultural e económica que promova o desenvolvimento das pessoas e da sociedade.

Os desafios de Futuro estão, hoje, bem presentes, preparando diplomados para realizarem ao longo da sua carreira ativa um conjunto de tarefas atualmente desconhecidas. Temos presente o recente relatório do Fórum Económico Mundial sobre as “Profissões do Futuro”, o qual estima que dentro de duas décadas mais de 50% das profissões sejam novas.

É necessário recentrar a academia para um ensino vocacionado para o desenvolvimento do estudante, muito para além das suas competências específicas. Um Ensino que promova a liberdade criativa de pensamento, a autonomia reflexiva e responsável, recetivo às mudanças tecnológicas e sociais, ágil e adaptado a ambientes de incerteza e de elevada complexidade. Em simultâneo, um estudante inovador, comunicador, crítico, curioso e ético, preparado para um Futuro colaborativo e multicultural.

Figura 1 – IPVC em números em 29.11.2018 (fonte: IPVC em números, 17.01.2019)

4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

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4.1.1 ESTUDANTES NO EPICENTRO DA VIDA ACADÉMICA

O IPVC é uma instituição com um grau de dispersão elevado no seu território de influência, dificultando, de algu-ma forma a criação de um forte espírito académico que seja percecionado no exterior. Permite, todavia, a criação de oportunidades de afirmação da comunidade académica e, muito em particular dos seus estudantes, na região através da criação de atividades unificadoras de vivência estudantil. Neste domínio, assumem particular relevância as Associações de Estudantes e a Federação Académica, que devem ser devidamente incentivadas e apoiadas na concretização dessas atividades.

A vida numa academia de ensino superior tem de ir muito para além da atividade pedagógica. A sociedade valoriza hoje a aquisição de um conjunto de competências e soft skills fundamentais, quer para o sucesso profissional dos alumni, quer para a sua vida pessoal.

O IPVC pode e deve contribuir para esta importante componente formativa, em particular apoiando as Associações de Estudantes na promoção e na realização de pequenos cursos, workshops, seminários, programas integrados de capacitação linguística e outras atividades, que dinamizem a academia e possam simultaneamente valorizar o curriculum dos estudantes, através da sua inserção no suplemento ao diploma.

Colocar os estudantes no centro da atenção da vida da Academia, parceiros ativos na própria educação, desde a sua integração até à inserção na vida ativa

• Estabelecer um conjunto de princípios, atividades e espaços como base para o trabalho, em parceria, entre estudantes e funcionários;

• Valorizar a participação dos estudantes na tomada de decisões sobre políticas e práticas de ensino e aprendizagem - definição da oferta educativa e no sistema de garantia de qualidade;

• Incentivar os estudantes a um maior envolvimento na sua formação de modo a desenvolver soft skills necessári-as para enfrentar os desafios do futuro;

• Criar um programa de integração dos estudantes do 1º ano de qualquer ciclo de estudos do IPVC, em particular nos CTeSP´s e Licenciaturas;

• Instituir o programa “NÃO DEIXAR NINGUÉM PARA TRÁS”, criando condições para a aprendizagem, monitori- zando o sucesso, envolvendo os estudantes em atividades extra-curriculares/co-curriculares;

• Promover a auscultação monitorizada dos estudantes sobre a avaliação do ensino e medidas corretivas. • Fomentar a ligação ao ensino secundário, responsabilizando estudantes, incluindo os de pós-graduação, em

ações de cultura científica a desenvolver nas escolas secundárias;• Integrar as atividades de investigação e desenvolvimento, promovendo a cultura científica e o relacionamento

com o mercado de trabalho;• Proporcionar oportunidades para os estudantes reforçarem os seus conhecimentos e competências transver-

sais, através de uma Academia de Desenvolvimento Pessoal do Estudante, que inclua a orientação profissional especializada e competências de empreendedorismo e empregabilidade;

• Promover a atividade física, exercício e desporto como elemento de coesão da Academia, estimulando a partici- pação do IPVC na Federação Académica de Desporto Universitário.

4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

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Desenvolver Academia e o espírito de coesão académico – Campi AltoMinhoIPVC

• Colaborar com a Federação Académica e com a Associação de Estudantes, e com outros parceiros da região, como os municípios, empresas, organizações e associações, na organização de atividades que promovam um ecossistema único de envolvência social, desportiva, artística e cultural;

• Apoiar e incentivar os alunos a envolverem-se plenamente na vida académica, reforçando a sua integração em residências estudantis, e a sua participação em associações, eventos académicos e sociais;

• Promover e apoiar atividades que reúnam diferentes grupos de estudantes, incluindo eventos que envolvam os diversos campi/unidades orgânicas (eventos “Six-Campus”);

• Sensibilizar e incentivar os estudantes para ações de voluntariado e cooperação, realcem e/ promovam a apre-sentação dos talentos dos estudantes e dos benefícios para a sociedade, criando um prémio para apoiar e reconhecer a aprendizagem e o desenvolvimento nesta componente cívica;

• Disponibilizar recursos - físicos e digitais - que apoiem os estudantes na mobilidade para participarem ativa-mente na vida académica, independentemente do campus.

Estimular a empregabilidade dos nossos estudantes e diplomados, fomentando a ligação ao tecido empre-sarial, aos empregadores e ao mercado de trabalho e a retenção de talentos na região

• Apostar na ligação entre as práticas pedagógicas e as práticas profissionais, estimulando o envolvimento dos empregadores no desenho, implementação e avaliação das estruturas de ensino e das bases de programas curriculares;

• Promover um plano de estágios ao longo do percurso académico e definir, junto com o ecossistema empre-gador, uma bolsa de estágios para recém-diplomados que alavanque a sua probabilidade em encontrar colo-cação profissional;

• Apostar na promoção de projetos/espaço/iniciativas conjuntas com as entidades empregadoras, a decorrer ao longo do percurso académico, que facilitem a aproximação dos estudantes aos contextos de prática profissional;

• Alavancar o Gabinete de Emprego - Gabinete Alumni, responsável por ações de inserção na vida ativa - ex-periência de trabalho, colocação e oportunidades de estágio, aumento de empregabilidade - fomentando a ligação às empresas e organizações e criando uma comunidade Alumni IPVC;

• Promover regularmente o testemunho dos diplomados e dos Alumni do IPVC como interlocutores privilegiados junto dos atuais estudantes para o incentivo e apoio na sua inserção profissional;

• Implementar um plano transversal de capacitação ao nível das competências que potenciam a empregabilidade e que se integrem em dois grupos: as específicas dentro de cada área profissional e as competências ditas transversais, que se enquadram nas áreas da comunicação, do espírito empreendedor, do trabalho em equipa, entre outras;

• Concretizar um plano de formação, atualização e reconversão para profissionais, disponibilizando mecanismos de apoio à aprendizagem ao longo da vida que mitigue constrangimentos de acesso ao mercado de trabalho e de progressão na carreira, valorizando a utilização das TIC e de contextos de aprendizagem não formal e informal;

4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

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• Promover uma avaliação institucional séria, focalizada e exata ao nível da empregabilidade dos seus diploma-dos, de forma a obter indicadores e dados de apoio à implementação de políticas e planos de promoção da empregabilidade (taxas de emprego ou período de procura de emprego) e, paralelamente, outros aspetos como a qualidade das condições de trabalho, a satisfação dos diplomados e a coerência entre as competências dos diplomados e os programas curriculares do IPVC.

Uma Política de Ação Social Inclusiva e de Qualidade

• Promover políticas que reflitam o acolhimento humanista da Academia, numa perspetiva social, cultural e iden-titária, de forma a que todos se sintam integrados, independentemente das suas opções, no respeito da diver-sidade;

• Reforço da disponibilização de residências para alojamento (e valorização das atuais), através de candidaturas a programas específicos e/ou protocolos com Municípios ou Associações;

• Capacitação e ampliação das estruturas de alimentação, de alojamento e de promoção da cultura, do desporto, da saúde e de estilos de vida saudáveis;

• Reforço do apoio aos estudantes, por meio do Fundo de Apoio Social e de programas específicos e dirigidos, recorrendo a bolsas de mérito sociais ou ao mecenato, nomeadamente para diminuir o abandono escolar.

4.1.2 ENSINO E INOVAÇÃO PEDAGÓGICA

A transformação recentemente observada em todas as instituições de ensino superior resultante do processo de Bolonha, em que o IPVC naturalmente se incluiu, não resultou numa alteração desejável do paradigma do ensino e da aprendizagem. Em maio de 2018, os governos europeus redefiniram as prioridades e anunciaram uma visão conjunta para um ambicioso espaço europeu, a partir de 2020, que promova:

• uma abordagem inclusiva e inovadora da aprendizagem e ensino;• cooperação transnacional, integrando o ensino superior, a investigação e a inovação;• um futuro sustentável através do ensino superior.

É, assim, vital partilhar os objetivos da União Europeia de evoluir para um espaço único europeu da educação. Este espaço passa pelo total reconhecimento de cursos e da intensificação da mobilidade para fins de aprendizagem, através de um programa Erasmus substancialmente reforçado, mais inclusivo e a criação de um “cartão europeu de estudante”.

Neste contexto, surge o conceito de “Universidades Europeias”, que combinam qualidade na educação com inves-tigação e inovação, visando impulsionar a aprendizagem de línguas, a promoção do reconhecimento automático de qualificações do ensino superior e do ensino secundário, bem como dos resultados de aprendizagem no estrangeiro.

A articulação ensino-investigação está na ordem do dia. Os ciclos de produção e o progresso tecnológico das em-presas são cada vez mais rápidos, pelo que, a necessidade de articular o ensino e a investigação com as empresas nunca foi tão sentida. Estima-se que a indústria pode mudar os seus ciclos produtivos ou requisitos tecnológicos em que se baseia em aproximadamente dois anos e acompanhar este ritmo das empresas exige instituições ágeis e

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prontas a reagir, em articulação estreita com o tecido produtivo. A este nível, pretende-se aproximar o IPVC daquilo a que hoje se designa de “Sistemas de Ensino de 4ª geração” que, além do tradicional papel do próprio ensino, incorpora adicionalmente uma componente de investigação, criando uma notória interligação entre estas duas com-ponentes que contribuem conjuntamente para a criação de valor, fomentando a criação de start-ups.

Para esta articulação ter sucesso, torna-se necessário um alinhamento com a oferta formativa. Desde cedo, os estudantes devem começar a ter contacto com atividades de investigação, adequadas ao seu nível de formação e, principalmente, ser chamados a desafiar o seu sentido crítico, criativo e de inovação, como parte integrante do seu percurso formativo, após uma revisão cirúrgica dos planos de curso com a adaptação necessária de algumas unidades curriculares. A atração de estudantes para mestrados deve ser feita desde o primeiro/segundo ano das licenciaturas, de forma a que a frequência do 2º ciclo se torne, cada vez mais, uma sequência natural, com evidente mais-valia para os estudantes.

Ajustar e reformar a oferta educativa, assegurar uma formação fundamental com rigor académico, fluência digital de elevada qualidade e fomentar práticas pedagógicas inovadoras.

• Adequar a oferta educativa às novas exigências do mercado de trabalho, incluindo a formação inicial e ao longo da vida, promovendo uma aprendizagem em ambiente colaborativo, interdisciplinar e multicultural, estimulando a comunicação e o pensamento crítico e estruturado;

• Fomentar a dinamização de atividades no curso e entre cursos, promovendo a articulação entre várias áreas de conhecimento e o desenvolvimento de competências imprescindíveis para os futuros profissionais;

• Criar um Centro de Formação Contínua do IPVC, transversal a todas as unidades orgânicas, que tenha um espaço físico e recursos humanos próprios, de modo a agilizar todas as fases de operacionalização dos cursos, desde o marketing, divulgação e apoio logístico e administrativo;

• Prospetivar percursos de ensino, envolvendo a revisão dos planos de estudos, a uniformização da tipologia das unidades curriculares, a articulação de conteúdos programáticos, flexibilidade curricular permitindo aos alunos percursos mais personalizados, a inserção de competências transversais e de projetos em contexto empresarial e social;

• Incluir nos curricula estratégias que promovam a aprendizagem ativa (problem base learning, project based learning, research based learning, blended learning, inverted classrooms, MOOCs) e de iniciativas de interveni- entes não exclusivamente académicos (centros de investigação, empresas, associações);

• Adaptar a aprendizagem a um mundo em constante mutação, onde predominam os contextos de imprevisibili-dade, incerteza e de indefinição de objetivos;

• Favorecer a formação pedagógica dos docentes, com recurso a metodologias e estratégias diferenciadoras e adequadas aos contextos de ensino e aprendizagem;

• Potenciar os prémios de mérito, promovidos por empresas e instituições, incluindo ao estudante com melhor média no 1º ano de curso. Desta forma, premeia-se o esforço no curso e não o trabalho desenvolvido antes da entrada no ensino superior;

• Promover um maior índice de sucesso escolar e diminuição do abandono escolar, mediante um Observatório Permanente do Abandono e Promoção do Sucesso Escolar e ao abrigo de um Programa de Tutoria.

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Articular o ensino com a investigação no processo formativo dos estudantes expondo-os a ambientes reais de trabalho e fornecendo-lhes competências na resolução de problemas reais

• Iniciar os estudantes em atividades de investigação e desenvolvimento, independentemente do grau de ensino, de forma a que consigam organizar um processo de investigação, selecionando métodos e técnicas e sua apli-cação em contextos reais;

• Incentivar a comunicação científica, promovendo a criação e participação dos estudantes e suas associações, em grupos de investigação utilizando os meios de comunicação e as redes sociais;

• Promover em contexto formativo a resolução de problemas concretos, em resposta a desafios lançados pelo tecido produtivo e social;

• Criar momentos durante o percurso formativo de interação entre estudantes e empresas ou organizações, em contexto experimental, de forma a encontrar soluções para problemas reais das organizações.

Requalificar as infraestruturas físicas e digitais de ensino e apostar na modernização académica

• Garantir uma adequação entre o modelo de ensino e os recursos humanos, as infraestruturas e a carga horária de alunos e docentes;

• Capacitar espaços letivos e laboratoriais e criar study spaces e learning comuns em cada Escola, potenciando os novos modelos de ensino no ensino superior;

• Reforço da conectividade digital nos campus.

4.1.3 UMA ACADEMIA AMIGA E INCLUSIVA

A responsabilidade para um futuro sustentável, onde o objetivo é atender às necessidades de hoje, sem comprome- ter a capacidade de atender às nossas necessidades no futuro, bem como criar oportunidades para o futuro, é de Todos e em particular, das Instituições de Ensino Superior, que devem ser espaços onde se cultive a liberdade, a criatividade, a sustentabilidade e se promova a cidadania.

A Responsabilidade Social exige que as instituições se comprometam a equilibrar e favorecer os impactos ambien-tais e sociais, sem prejudicar o seu contributo para o conhecimento e o bem-estar da sociedade.

A Responsabilidade Social como um compromisso de e para Todos

• Basear a governança na incorporação dos princípios e práticas de responsabilidade, transparência, comporta-mento ético, respeito pelos interesses das partes interessadas e pela legalidade na tomada de decisões e sua implementação;

• Respeito pelos direitos humanos, com um desejo intrínseco de liberdade, paz, saúde e felicidade;• Implementação de boas-práticas, na valorização do trabalho, no recrutamento, formação e promoção de colabo-

radores, no desenvolvimento de competências, na saúde, segurança e higiene, e em qualquer política ou prática que afete as condições de trabalho, em particular o tempo de trabalho e a remuneração;

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• Adotar uma abordagem integrada que leve em consideração as implicações económicas, sociais e de sustenta- bilidade ambiental, promovendo o uso eficiente dos recursos, segurança, gestão de resíduos e construção sus-tentável;

• Desenvolver uma política de conduta ética, nas relações entre organizações, instituições, associações, par-ceiros, fornecedores, contratados, concorrentes, nomeadamente no combate à corrupção e no envolvimento responsável no domínio público.

Intervir e reforçar o envolvimento e desenvolvimento na comunidade, refletindo e reforçando os valores democráticos e cívicos.

• Promover projetos solidários, nas diferentes áreas de formação, que envolvam a comunidade académica, par-ticularmente as Associações de Estudantes, e sejam valorizadas curricularmente;

• Intervir, em articulação com a região, no desenvolvimento cultural, artístico e desportivo, numa rede dinâmica, criativa e inclusiva;

• Incentivar programas de estilos de vida saudáveis, mediante programas de acompanhamento e desenvolvimen-to da educação para a saúde;

• Desenvolver uma maior componente de sustentabilidade ambiental, a nível da formação, investigação e da promoção de estratégias junto da comunidade;

• Fomentar a cooperação com outros países, culturas e realidades, numa participação ativa e contínua de toda a Academia e Região.

4.2 – NOTORIEDADE

À medida que as instituições de Ensino Superior encontram a necessidade de recorrer a uma base estudantil, cada vez mais crescente e diversificada, a marca e o marketing bem-sucedidos tornaram-se atividades cada vez mais importantes.

O planeamento estratégico efetivo e a gestão da marca exigem mais, hoje, do que o desenvolvimento tradicional de publicidade, marketing ou identidade e as instituições que produzam, apresentem e giram uma mensagem de marca unificada, experiência e ambiente, alcançam uma vantagem competitiva no recrutamento, retenção e construção de fidelidade entre seus alunos, pais, funcionários, docentes, Alumni e parceiros.

4.2.1 CRIAR IDENTIDADE – ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO

As instituições de ensino superior têm passado por grandes mudanças/transformações, incluindo o acréscimo de concorrentes, diversificação das ofertas de serviços/cursos e aumento na exigência dos estudantes. O IPVC neces-sita identificar claramente o público-alvo e formular estratégias de posicionamento, capazes de promover a distinção desejada em relação a outras instituições.

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Reforçar a Marca IPVC.

• Comunicar a marca IPVC num posicionamento diferenciado, distintivo, de excelência e de fácil reconhecimento, valorizando a formação, o conhecimento e a inovação;

• Comunicar mais e melhor, de forma coerente, coordenada, ativa, valorizando meios de comunicação próprios ou em parceria, como os audiovisuais (rádio, televisão regionais) de forma a que existam espaços próprios do IPVC e, em particular, dos seus estudantes;

• Comunicar a marca IPVC em toda a Região como parceiro ativo na promoção do Alto Minho Região do Conhe-cimento.

Reforçar a Comunicação Interna, no sentido da coesão e da motivação

• Reforçar a comunicação interna, através de um estruturado plano de comunicação consistente, identitário, es-tratégico, com objetividade, que atue de forma ágil, atrativa, acessível, onde toda a Academia se possa integrar e participar;

• Desenvolver um Plano de Comunicação direcionado à admissão de novos estudantes, avaliando estratégias e atividades diferenciadas em função da tipologia – internacional (países específicos) e nacional (ciclo formativo, classe etária, posicionamento no mercado de trabalho);

• Apoiar e valorizar as ações de comunicação dos estudantes, em particular as relacionadas com a comunidade e a empregabilidade, reconhecendo o importante papel no esforço de divulgação da marca IPVC.

Inovar em estratégias de marketing on-line e digital

• Desenvolver e utilizar as redes sociais e outras plataformas emergentes na estratégia de comunicação da marca IPVC, com a disponibilização de um sítio eficaz e intuitivo - considerado como o “ultimate brand statement” da instituição;

• Implementar a tecnologia móvel, a gestão de conteúdos e os sistemas tecnológicos de relacionamento com o estudante, importantes ferramentas de divulgação direcionada a potenciais estudantes;

• Promover e desenvolver um Web design responsivo, otimizar o Search Engine, o uso de Web Analytics e de redes sociais estratégicas;

• Tornar intuitiva e organizada a homepage do IPVC, centro da sua presença na Web, no desafio de alcançar um vasto e diversificado número de visitantes.

4.2.2 AUMENTAR NÚMEROS DE ALUNOS E DIVERSIFICAR PÚBLICOS

Nas últimas décadas, o défice de qualificações dos portugueses, em particular do ensino superior, conheceu uma relevante evolução, com 33,5% dos indivíduos com idade compreendida entre os 30 e os 34 anos, em 2017, pos-suidores de um diploma de ensino terciário. A meta da Estratégia Europa 2020 aponta para 40% de diplomados e os objetivos da Europa 2030 para 50% de indivíduos diplomados com idades mencionadas. Esta meta implica a reorientação das estratégias das instituições em atrair, em nome da sua sustentabilidade, e em diversificar públicos.

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Constata-se, hoje, a existência de uma elevada heterogeneidade dos percursos de ensino secundário realizados e do contexto socioeconómico de origem dos potenciais candidatos ao ensino superior. Com efeito, cerca de 48% dos estudantes inscritos no ensino secundário, em 2016/2017, frequentavam cursos profissionais, de aprendizagem e vocacionais, cursos de educação e formação (de jovens e adultos), mas também, o ensino recorrente, RVCC (Pro-cesso de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências) ou formações modulares.

Definir políticas e estratégias de incentivo da procura eficazes requer uma atitude ativa e um conhecimento deta- lhado da forma como os estudantes fazem as suas escolhas. Mesmo que perante um grupo maior de potenciais candidatos, apenas metade dos indivíduos com idade normal para frequentar o ensino superior estavam, em 2017, efetivamente a fazê-lo. Conhecer os fatores de decisão dos estudantes de continuar ou não a estudar, após a con-clusão do ensino secundário, o tipo de ensino, curso, instituição a frequentar, o contexto social e económico dos alunos, é obrigatório numa perspetiva proactiva de captação de alunos.

Captar mais e melhores estudantes como Processo de Sustentabilidade e Crescimento Institucional – Inter-face com o ensino secundário e profissional

• Promover eventos campus “open house”, dias abertos, fins de semana temáticos, cursos de verão, visitas guiadas a candidatos nacionais e internacionais, envolvendo toda a Academia, em particular estudantes de graduação;

• Intensificar um maior relacionamento com os estudantes e professores das escolas secundárias e profissionais, promovendo eventos, formação, investigação em articulação com estas instituições;

• Estimular o contacto direto com os potenciais estudantes (direct mail, e‐mail e SMS) dando a conhecer o IPVC, oferta educativa e vida académica;

• Criar um Centro de Interface com a Comunidade Educativa de Ensino Superior internacional (Países Lusófonos) e outros;

• Reforçar iniciativas de marketing nacional e internacional para a captação de estudantes com melhor desem-penho escolar e criar/reforçar programas de atração de estudantes estrangeiros;

• Identificar aspetos diferenciadores da oferta formativa, em articulação com as escolas, destacando os ciclos de estudo referência a nível nacional;

• Apostar em ofertas educativas diferenciadas que envolvam duplas titulações e parcerias com outras instituições, como estratégia de captação de estudantes nacionais e internacionais;

• Incrementar a modalidade de formatos de ensino a distância, e-learning e b-learning, potenciando dinâmicas de consórcio;

• Criar uma Unidade para Formação Contínua de Profissionais.

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Captar novos públicos – Interface com os profissionais e estudantes não tradicionais

• Promover e estimular a construção de programas com elevada flexibilidade, que sejam motivadores de profis-sionais exigentes, disponibilizando mais ofertas em programas part-time ou noturnos e implementando um maior número de cursos on-line;

• Reforçar o número de ofertas adaptadas (CTesP, Técnico Superior Profissional, por exemplo) e incentivar o in-gresso, via concurso para maiores de 23 anos, considerando que a oferta pode ser incentivada e mesmo minis- trada em ambiente de trabalho;

• Desenhar programas específicos e inovadores para estudantes (nomeadamente CTesP, não conferentes de grau, programas de certificação e diplomas nas mais variadas áreas de atividade) e considerar uma maior flexi- bilidade de transferência de créditos entre formações e ciclos.

Captar novos públicos – os estudantes internacionais

• Estruturar um plano de marketing e comunicação internacional que promova e identifique a marca IPVC, como forma de reconhecimento para os estudantes internacionais, em colaboração com outras instituições, organi- zações e associações;

• Desenvolver e promover ofertas formativas com dupla titulação, parcerias com outras instituições, em particular as que se definem como estratégicas, quer relativamente à sua localização, ao seu conteúdo e relacionamento institucional;

• Estabelecer parcerias internacionais e promover “summer schools”, dirigidas a estudantes internacionais, que permitam valorizar o IPVC e a região.

4.2.3 INTERNACIONALIZAÇÃO

A forma distintiva de como internacionalizar poderá ser uma das marcas diferenciadora do IPVC e da Região do Alto Minho, num friendly Alto Minho International Environment.

Uma sociedade aberta e atraente para o mundo, com forte cooperação social, económica, cultural e turística é fundamental, em parceria regional e de forma colaborativa, na atração de estudantes, docentes, investigadores reputados nos domínios científicos estrategicamente definidos, inovadores e empreendedores.

É, de igual modo, relevante a exposição de toda a nossa Academia, em particular dos estudantes, a formas trans-culturais de pensar e entender outras perspetivas, construir redes para toda a vida, que podem abranger o Mundo, promover uma mais ampla compreensão e coesão social. Importa potenciar, ainda, oportunidades de parceria e redes internacionais, que reforcem o Ensino, Investigação e, mesmo, a Empregabilidade dos estudantes.

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Oferecer oportunidades no currículo formal e numa experiência académica mais ampla

• Enquadrar os programas curriculares numa dimensão internacional;• Aumentar o número de estudantes internacionais e apoiá-los melhor, certificando-se que se tornem parte da

nossa Academia, compartilhando conhecimento, fornecendo as competências necessárias para a empregabili-dade, criando oportunidades de relacionamentos e redes ao longo da vida;

• Desenvolver o e-learning, na construção de comunidades internacionais de estudantes a níveis de graduação e pós-graduação.

Aumentar o alcance global e o impacto do IPVC, fortalecendo e aumentando o número de colaborações internacionais

• Colocar em prática uma estratégia centralizada e coordenada, que permita parcerias internacionais e estratégi-cas de longo prazo que suportem a investigação e inovação, num processo colaborativo de partilha de conheci- mento com as empresas e organizações;

• Incentivar e facilitar a Academia IPVC para o desenvolvimento de colaborações internacionais e industriais, visando apoiar a investigação, a criação de valor e a inovação, bem como a transferência de conhecimento;

• Disponibilizar oportunidades de curto prazo de estudo ou profissionais, aos estudantes, valorizando parcerias e relacionamentos organizacionais e institucionais.

Desenvolver uma agenda internacional, privilegiando parcerias com a região do Alto Minho – Alto Minho International Environment

• Incremento do programa de cooperação com impacto na construção da especialização inteligente da região;• Reforçar as condições de apoio à mobilidade de estudantes, de modo a criar um sentido de pertença à Europa,

enquanto zona territorial privilegiada;• Fomentar redes e parcerias regionais, nos seus diferentes graus de ensino, entidades públicas e privadas, que

permitam uma maior cooperação com os países de língua oficial portuguesa;• Aproximar a cooperação institucional do IPVC, no âmbito da internacionalização, com a estratégia de captação

de investimento, promovendo um clima favorável pela atratividade do conhecimento e inovação.

4.3 SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade de uma academia exige um alinhamento entre a estratégia e a execução. As instituições ne-cessitam de programas de transformação estratégica disruptivos, para atingir uma mudança radical na eficiência institucional. Estes programas devem responder às mudanças políticas e de financiamento do ensino superior, pos-sibilitando à academia responder de forma competitiva.

Os principais ingredientes para a implementação bem-sucedida de uma estratégia nas instituições de ensino su-perior incluem liderança institucional eficaz (governança e gestão), modelos operacionais e estruturas coerentes

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associados a uma cultura institucional de proximidade e de confiança. A liderança fornece orientação e define res- ponsabilidades com proximidade e transparência. Os modelos e estruturas operacionais fornecem uma plataforma institucional para as instituições alcançarem resultados eficazes e eficientes. Uma cultura institucional de proximi-dade e confiança alavanca os processos de mudança e promove o real trabalho colaborativo.

A envolvente das instituições está em constante mudança, devido à evolução dos modelos de financiamento, às expectativas dos estudantes, às novas oportunidades oferecidas pela tecnologia, ao aumento da competição entre instituições, além de formas novas e emergentes de colaboração. As instituições devem responder a estes de-safios e liderar a mudança, oferecendo novas definições de sucesso de ensino e investigação, fomentando novas ambições e nova relevância social, e proporcionando um novo impulso no desenvolvimento e sustentabilidade do próprio modelo de gestão.

As instituições precisam, portanto, de transformar os seus modelos operacionais, estruturas, processos, insta-lações, promovendo novas soluções tecnológicas, novos processos de gestão de pessoas, mantendo o seu foco na excelência académica.

4.3.1 LIDERANÇA, GOVERNANÇA E ENVOLVIMENTO

Os principais alvos da gestão da mudança no IPVC incluem a liderança (governança e gestão), modelos operacio-nais e estruturas e cultura institucional (envolvimento). Transformar e otimizar essas áreas permite gerar ganhos evidentes e que se traduzirão a longo prazo no alcance de financiamento sustentável para as próprias instituições

Os desafios passam por definir objetivos claros partilhados por todos os atores institucionais e a capacidade de alo-cação de recursos necessários, para a prossecução dos objetivos propostos. É necessário a sua priorização e um Plano Estratégico realista e transparente. O sucesso depende dos recursos financeiros e humanos disponíveis e o envolvimento da academia numa cultura de mudança alicerçada em colaboração.

O IPVC tem de abraçar o processo de mudança de forma suave e contínua, que garanta a eficiência e a sustenta-bilidade da instituição, através de uma governação transparente e democrática, baseada numa sólida prestação de contas e integrando princípios democráticos nas suas operações. Considera-se como funções de liderança todas as pessoas da organização com responsabilidade, desde a gestão de topo à gestão intermédia. Adicionalmente, cada colaborador tem em si mesmo um papel de embaixador e promotor de cultura que deve ser promovida e incentivada.

O IPVC tem de ser sentido por todos como uma instituição onde se sinta orgulho de trabalhar e estudar, onde ocorram reais oportunidades para o desenvolvimento profissional e pessoal. Um local de trabalho e de estudo onde a dedicação e empenho são compensados e reconhecidos. Uma instituição igualitária, onde não seja tolerada qualquer tipo de discriminação e onde se garantam igualdades de oportunidades.

Todos, no IPVC, devem sentir-se envolvidos e participantes. A criação de oportunidades, a promoção de incentivos e o reconhecimento pessoal são fundamentais para a motivação e envolvimento da academia. É crucial que exista um alinhamento dos incentivos com o reconhecimento, num quadro de afirmação e reputação institucional, com reflexo direto ou indireto na melhoria dos indicadores de avaliação da instituição.

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Liderança de proximidade e envolvimento

• Transformar a gestão na estrutura de liderança, governança e gestão do IPVC, fomentando e apoiando – “o querer fazer”, delegando responsabilidades;

• Promover uma reflexão estatutária que implique uma maior democraticidade e participação na escolha das lide- ranças (eg. eleição de todos cargos de gestão académicos e científicos);

• Promover uma reflexão sobre as áreas científicas/grupos disciplinares e alinhamento com os Centros de Inves-tigação;

• Implementar uma liderança democrática, transparente e responsável alinhada com o planeamento estratégico da instituição;

• Orientar as lideranças a ações concertadas e equitativas, clarificando objetivos e práticas e promovendo a trans-parência das decisões;

• Conciliar o alinhamento das equipas de liderança sénior com a visão de mudança, metas, objetivos e aborda- gem de implementação;

• Capacitar as lideranças para a gestão de mudança, no domínio da gestão de projetos, capacidade de desen-volvimento organizacional e de envolvimento dos colaboradores;

• Profissionalizar o processo de liderar e gerir as necessidades de mudança, sintonizadas com a cultura académi-ca e a natureza, propósito e missão do IPVC;

• Monitorizar e avaliar o processo de mudança, alimentado pelos laços de confiança promovidos e incentivados na comunidade académica.

Liderança motivadora e estimulante

• Estabelecer uma relação participativa com as diferentes partes interessadas prioritárias, internas e externas, com enfoque nos processos de comunicação transparentes;

• Melhorar e incentivar o relacionamento interpessoal entre pessoal docente, não docente e as lideranças;• Criar condições favoráveis para a implementação de mudanças contínuas e sustentáveis e garantir que os

benefícios prometidos sejam realmente entregues;• Abordar a comunicação e estratégia de envolvimento, planear desafios e fortalecer a capacidade de comuni-

cação de mudanças;• Aumentar e promover a comunicação entre os diversos agentes, melhorar o ambiente de trabalho e propiciar

melhores resultados, traduzindo-se numa instituição mais eficiente e feliz;• Criar e desenvolver Incentivos, aumentando a participação em ações, projetos e ideias, reforçando uma conec-

tividade no interior da instituição;• Aumentar o incentivo à criação de grupos autónomos e autodeterminados.

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4.3.2 - GESTÃO SOCIALMENTE RESPONSÁVEL DAS PESSOAS E DAS RELAÇÕES

As pessoas são o maior fator de competitividade do IPVC. Somente o seu comprometimento e determinação, como agentes de mudança é que garantem o sucesso. As pessoas têm de estar preparadas para intervir na sociedade, de forma cívica, numa sociedade aberta e sem fronteiras.

Isto requer, além dos benefícios transacionais de curto prazo, uma revisão das práticas organizacionais a todos os níveis: liderança com processos de comunicação bidirecional, para articular uma visão e criar estruturas e recursos adequados; feedback e iniciativas de baixo para cima; e estreita cooperação interdepartamental em toda a insti- tuição.

Também requer uma cultura de “poder fazer”, na qual os colaboradores são capazes e estão dispostos a se envol- ver-se com os cenários criativos e os desafios que surgem no desenho de programas colaborativos. Nesse sentido, é critico o alinhamento das organizações pela prossecução de objetivos estratégicos.

A gestão socialmente responsável das pessoas e das relações estabelecidas na organização, assente em sistemas justos, transparentes e participados, que promovam a aprendizagem ao longo da vida, a conciliação entre vida pessoal, familiar e profissional e sentimentos de pertença e satisfação por parte dos docentes, não docentes e in-vestigadores1.

As pessoas no centro do Campi Alto Minho

• Rejuvenescimento do corpo docente e não docente;• Reforçar corpo não docente para suprir as necessidades das diversas Unidades Orgânicas;• Apostar no emprego científico e na atribuição de bolsas de investigação;• Fomentar valorização profissional dos recursos humanos, em particular com competências digitais, de liderança

e de estratégia, na vertente pedagógica, científica, de gestão e de comunicação;• Promover um ambiente de trabalho potenciador do desenvolvimento pessoal e profissional e facilitador da

missão do IPVC e assegurar mecanismos de avaliação;• Adotar medidas específicas de responsabilidade social ao nível interno: conciliação trabalho-família do pessoal

docente e não docente do IPVC;• Aumentar e cimentar a estabilidade nas carreiras docentes e não docentes;• Promover uma cultura de meritocracia, independentemente de áreas científicas, grupos ou escolas, mas susten-

tada numa estratégia institucional global.

A avaliação dos recursos humanos como incentivo de mudança

• Alinhar a avaliação de desempenho dos colaboradores docentes e não docentes, com o plano estratégico do IPVC;

1Livro verde sobre Responsabilidade social e instituições de ensino superior, ORSIES (2018)

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• Aumentar a visibilidade da produção científica do IPVC;• Promover a participação em eventos científicos de âmbito nacional ou internacional, visando potenciar a ativi-

dade de investigação e inovação;• Valorizar o corpo docente e não docente, baseada em critérios de gestão segundo objetivos e necessidades

definidos no Plano Estratégico;

4.3.3 FLEXIBILIDADE DA ORGANIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA

A flexibilidade e qualidade da organização depende sempre da competência e motivação humana no processo. Adi-cionalmente, numa trajetória de mudança é necessário privilegiar uma maior flexibilidade na gestão e na estrutura organizacional, essencial para aumentar a eficiência e a eficácia do funcionamento da instituição. Neste sentido, é particularmente relevante a transformação digital, com um aumento dos serviços on-line, apostar na diminuição da desburocratização e a implementação de um workflow global de suporte à decisão e à gestão.

Flexibilidade da organização

• Flexibilizar a organização pensando o Campi Alto Minho à luz das novas tecnologias, reforçando a moderni- zação administrativa do IPVC no ensino, na investigação, na gestão e nas práticas do quotidiano;

• Ampliar a escala e intensidade de financiamento de I&D, assumindo papel privilegiado a OTIC, privilegiando cenários de match funding;

• Continuar programa de modernização e desmaterialização, capacitando o IPVC com tecnologias e infraestru-turas de virtualização para otimizar e simplificar a utilização de plataformas digitais de gestão corrente;

• Apostar num sistema de informação “amigo”, de suporte à decisão e à gestão responsivo e global que forneça informação de ensino e de gestão em tempo real, permitindo melhor decisão com transparência.

Sustentabilidade financeira

• Reforçar o apoio à prospeção e preparação de candidaturas a projetos, capacitando a estrutura atual e recor-rendo a empresas especializadas, nacionais e internacionais, com forte ligação em Bruxelas;

• Fomentar a participação em projetos interdisciplinares, recorrendo a fundos regionais e europeus, bem como a financiamento competitivo;

• Aumentar o financiamento de projetos em parceria com empresas e de interação com outras unidades de I&D do sistema científico nacional, caso dos Laboratórios Colaborativos já aprovados;

• Desenvolver ações de divulgação interna e externa do trabalho realizado por cada unidade de I&D e abordar as fontes de financiamento de forma concertada, promovendo-se uma maior partilha e otimização de recursos materiais e imateriais;

• Fomentar uma política de proteção da propriedade intelectual do IPVC, contribuindo para a valorização económi-ca dos resultados de I&D.

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Qualidade e Avaliação

• Manter a certificação do sistema interno de garantia de qualidade e do sistema de gestão de qualidade, apro-fundando práticas de avaliação e de benchmarking, assumindo um compromisso permanente com a qualidade;

• Criação de indicadores de acompanhamento e avaliação da atividade de I&D e dos serviços de apoio alinhados com o Plano Estratégico;

• Simplificar o sistema de gestão de qualidade;• Fomentar novos formatos de visibilidade do IPVC e criar mecanismos de transparência e de serviço público (eg.

participação em rankings internacionais);• Valorizar as dinâmicas do Observatório da oferta educativa em articulação com o futuro gabinete Alumni;• Apostar na acreditação e na certificação de unidades especializadas e do próprio campus, assente em padrões

internacionais, designadamente Campi Alto Minho e seu reconhecimento como campus sustentável e de res- ponsabilidade social;

• Extensão da acreditação de laboratórios e de unidades de prestação de serviços especializados;• Preparação dos processos de avaliação institucional, caso dos processos da FCT e A3ES.

4.4 AMBIÇÃO

As redes colaborativas regionais, nacionais e internacionais da quádrupla hélix, ao promoverem a clusterização e a ecoinovação (quíntupla hélice), proporcionam novas oportunidades de transformação para a inovação, excelência e diferenciação.

O IPVC deve ambicionar constituir-se um pilar do Alto Minho, enquanto região de conhecimento, quer no plano local, quer no global. Indubitavelmente, as instituições de ensino superior devem assumir um papel central no desenvolvi-mento das suas regiões, centrado na transferência de tecnologia e co-criação de conhecimento, bem como ao nível do desenvolvimento estratégico, em sintonia com as novas tendências em discussão na Europa dos Ecossistemas Regionais de Inovação.

O papel central na criação de conhecimento nas economias pós-industriais imprimiu às instituições de ensino su-perior um papel acrescido no desenvolvimento das regiões e na sociedade em geral. A procura regional de maior conectividade, que estimula as dinâmicas do conhecimento e da inovação, exige uma nova centralidade do IPVC, enquanto elemento crítico do território, visando construir pontes num contexto de ecossistemas de open innovation.

Dito isto, o IPVC deve assumir uma atitude responsiva, adaptável, estrategicamente dirigida, governada de forma autónoma e interligada com seus parceiros académicos e com a envolvente externa. Assim, torna-se um player fundamental para as empresas e organizações sociais, tendo como denominador comum a estratégia de especiali- zação inteligente (RIS3).

O Futuro apresenta-se desafiante quando se estima que, para 2030, Portugal deverá alocar 3% do seu PIB em I&D, sendo 1/3 da despesa pública e 2/3 da despesa privada, comparativamente com 1,3% do PIB em 2016. No próximo período de programação, ainda em discussão, estima-se que as estratégias RIS3 vão focalizar-se nos seguintes domínios: i) desenvolvimento de competências, transição industrial e empreendedorismo; ii) reforço das

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capacidades de investigação e inovação e a utilização de tecnologias avançadas; iii) acolhimento dos benefícios da digitalização para os cidadãos, empresas e entidades públicas; e iv) promoção do crescimento e da competitividade das PME2.

Financiamento

O potencial científico das instituições carateriza-se pela produtividade científica, quantificada pelo número de publi- cações em revistas internacionais, o seu impacto e citações, pelo número de projetos financiados em concursos internacionais e nacionais, e ainda, pelo impacto ao nível do número de patentes e do volume de negócios das empresas criadas.

A política de investigação do IPVC deve ter em atenção os seus condicionalismos e restrições, designadamente a dispersão de áreas de investigação, a (presente) ausência de centros de investigação avaliados pela FCT e a dis-persão dos docentes, com impacto negativo na massa crítica. A estas limitações acrescenta-se a ausência de uma cultura de mobilidade associada a uma reduzida interação com o exterior.

É vital definir as áreas estratégicas de investigação do IPVC, com base na sua dimensão e expressão, que mostrem possuir potencialidades em termos de recursos humanos, de infraestruturas e de ensino avançado, considerando os desafios científicos e tecnológicos do país. Este cenário não invalida a constituição de grupos em áreas emergentes, que possam mudar paradigmas, mas cuja relevância seja difícil de demonstrar.

As lições de experiência dos últimos concursos à FCT demonstram que as intervenções atomizadas tendem a pro-duzir resultados aquém dos desejáveis. Deste modo, o IPVC deverá atribuir forte relevância ao redimensionamento e reorganização do seu sistema científico e tecnológico, agregando massa crítica nas áreas estratégicas, em coope- ração com os centros de investigação e as escolas para gerar projetos competitivos, que captem financiamento nacional e internacional.

É fundamental promover uma nova cultura de parcerias que se traduza em sinergias entre os centros de investi-gação, visando construir propostas interdisciplinares de investigação colaborativa, direcionadas para as preocu-pações da região e do tecido produtivo.

Os indicadores disponibilizados pelas diferentes fontes de financiamento, caso da FCT, do Norte 2020 e ainda de fundos europeus, mostram que o IPVC tem um difícil e longo percurso a percorrer.

A informação disponibilizada pela Agência Nacional de Inovação (ANI) sobre o financiamento captado pelas Univer-sidades e Institutos Politécnicos no Horizonte 2020 (2014-2018)3 mostra o posicionamento débil do IPVC.

2 http://s3platform.jrc.ec.europa.eu/(acedido a 14/03/2019). 3 Fonte: Agência Nacional de Inovação (ANI), 2019

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Do Horizonte 2020 para o Horizonte Europa esta trajetória deve, obrigatoriamente, ser revertida. Assim, o IPVC tem de ambicionar um novo posicionamento, o que exige a participação em redes nacionais e internacionais, designada- mente na recentemente anunciada Europe Research and Innovation Network - PERIN.

Esta rede pretende alavancar novas iniciativas, abordagens e ações no próximo quadro comunitário, que permita a Portugal duplicar a atração de financiamento de um para dois mil milhões de euros do programa-quadro de I&D Horizonte Europa (2021-2027) e de outros programas setoriais de investigação e inovação.

Esta rede permitirá intensificar a presença de entidades nacionais nos programas europeus de investigação e ino- vação, quer alavancando quem já atualmente participa com sucesso, quer alargando o leque de entidades que con-sigam ter sucesso na participação, incluindo um envolvimento ativo em áreas onde até agora temos tido pequena

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tradição de participação2. De igual modo, prevê a criação de uma rede de delegados em todas as instituições, a trabalhar em estreita articulação com um gabinete em Bruxelas.

Mas, igualmente, é fundamental potenciar as oportunidades decorrentes de novos modelos de financiamento com-petitivo, centrados na procura de ciência pelo tecido produtivo e pela sociedade, sendo fundamental a gestão in-tegrada dos recursos, a consolidação de infraestruturas de apoio à atividade científica e de disseminação de conhe- cimento.

A título de exemplo, inclui-se a recente criação de Laboratórios Colaborativos, que irão no futuro permitir atrair novos projetos e a criação de emprego qualificado. Outra situação em que o IPVC deve corrigir a sua trajetória.

4.4.1 NO CENTRO DE UMA REGIÃO DE CONHECIMENTO

Alicerçado na criação recente de três centros de investigação no IPVC e nas parcerias existentes com outros cen-tros de investigação, o IPVC deve recentrar a relevância da investigação, do desenvolvimento e da inovação no seio da instituição, focando a sua atividade na criação de um Alto Minho: Região de Conhecimento.

O IPVC deve consolidar os centros de investigação e apostar na sua inserção em redes temáticas, nacionais e internacionais, em cenários de sustentabilidade associados a práticas de boa governação. O IPVC, enquanto pilar do Alto Minho, é fundamental para a sua visibilidade no panorama do ensino superior, através da criação de parce-rias e colaborações que se traduzam em projetos com impacto na região, na própria instituição, a nível nacional ou internacional.

As parcerias estratégicas com as empresas/indústria do território abrem perspetivas de natureza científica e tecno- lógica, face aos problemas e oportunidades, que podem exigir posicionamento antecipado, e ajuda as IES a fo-calizarem a sua investigação segundo os interesses dos stakeholders do território. De realçar ainda, que a possibili-dade futura de conferir o grau de doutor estará muito dependente do sucesso destas parcerias, tornando ainda mais relevante e fundamental o apoio ao seu funcionamento, para uma garantia de sucesso.

Focalização da investigação e inovação

• Definição de áreas estratégicas interdisciplinares e agregadoras de diferentes valências do IPVC;• Fomentar a focalização da investigação em áreas que contribuam para o desenvolvimento económico e social

do território envolvente, num ambiente globalmente competitivo;• Integração em redes temáticas, polos de competitividade e clusters, visando a dinamização de atividades que

visem a sustentabilidade económica, social e ambiental;• Consolidação dos centros de investigação e de polos integrados em centros de outras instituições universitária

e politécnicas;• Desenvolvimento de uma carteira de atividades de I&D orientadas para novos conceitos de collaborative re-

search, em sintonia com a estratégia da Comissão Europeia, estimulando o conceito “open science, open inno-vation, open to the world”.

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Conectividade interna e externa no domínio de I&D

• Ambicionar maior conetividade intrainstitucional e inter-institucional, entre centros de I&D e agentes territoriais;• Criação de uma carteira de unidades de prestação de serviços especializados, tendo como objetivo aumentar

as receitas próprias;• Criação de uma unidade de apoio à atração de financiamento e inovação, articulado com a estratégia da rede

PERIN;• •Aposta em programas mobilizadores, projetos demonstradores e em co-promoção com sistema empresarial;• Envolver o IPVC na rede de Laboratórios Colaborativos existente e/ou ser um membro ativo na criação de no-

vos COLABs, nas principais áreas de competência do IPVC.

4.4.2 CO-CRIAR CONHECIMENTO

Neste contexto, e no caso da investigação, as instituições de ensino superior oferecem um importante benefício para as empresas, enquanto parceiras para a inovação, com um horizonte de longo prazo, bem como solução de problemas a curto prazo. Por outro lado, as empresas oferecem insights, oportunidades, dados para investigação, o que permite aproximar a investigação das necessidades das empresas e aumentar o seu impacto. Através da valorização do conhecimento, as IES tornam-se parte de um sistema de inovação regional, que atua como fonte de inovação de última geração. Por outro lado, a cadeia de valor da indústria e a cooperação oferece possibilidades de melhoria ao nível da governança regional e institucional, com a partilha de instalações, de equipamentos e outros recursos, para alavancar melhor os ativos estratégicos.

A investigação e a inovação devem estar no ADN do IPVC, trabalhando em rede com o território para criar soluções, oportunidades e tendências da sociedade. O IPVC deverá focar-se na criação do hub de inovação onde os es-tudantes, investigadores e o tecido produtivo da região interatuem e criem soluções para problemas concretos.

Um ambiente de open innovation reforçará o papel dos ativos regionais em processos eficazes de inovação, nos quais o IPVC possui dois elementos críticos: talentos e investigação. Este hub de inovação e conhecimento pode assumir-se como terreno fértil para criação de start-ups e spin-offs, que facilmente interagem com as empresas es-tabelecidas. O IPVC deve facilitar proactivamente a co-criação de conhecimento entre parceiros através de serviços de interface, estruturas organizacionais conjuntas, acesso a recursos humanos e infraestruturas de investigação. Esta estrutura é vital para enfrentar os desafios de longo prazo, que são de interesse mútuo para a academia e a indústria, a suportar infraestruturas emergentes e, assim, aumentar a competitividade internacional e as alternativas de cofinanciamento (empresas fundos públicos) contribuindo para a diminuição da dependência de financiamento público.

Parque de Ciência e Tecnologia

• Aposta na criação de um Parque de Ciência e Tecnologia que englobe uma rede regional de incubadoras, caso da INCUBO;

• Integração do futuro PC&T em redes nacionais e internacionais, caso da rede de Parques de Ciência e Tecno-logia Portusparque;

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• Promover uma estratégia de valorização do conhecimento, assente em boas práticas de transferência de tecno- logia internacionalmente comprovadas.

• Promover a colaboração interinstitucional com instituições congéneres nacionais e internacionais;• Aumentar o número de projetos em co-promoção aproximando a academia das empresas, ajudando a com-

preensão mútua dos interesses e desafios de cada um;• Planeamento centrado na inovação, que permita fomentar a sensibilização/capacitação de investigadores para

a relação com as empresas, incluindo o apoio às fases iniciais de aceleração de resultados de I&D;• Criação de indicadores que, sendo decorrentes da atividade do IPVC, avaliem o impacto da inovação na região

e no país, através da valorização económica dos resultados da investigação e pela sua orientação para a reso- lução de problemas de grande relevância social;

• Promover a imersão, por períodos temporais, dos investigadores do IPVC nas empresas e dos colaborados das empresas no IPVC permitindo o conhecimento mútuo de necessidades e desafios, entendendo os métodos, conceitos e atitudes.

Cultura de empreendedorismo e inovação em articulação com o território

• Capacitação, no campus do IPVC, de uma pré-incubadora em áreas de negócios emergentes e apoio à insta-lação de start-ups;

• Apoiar um programa de empreendedorismo e estimular a criação de empresas de base tecnológica, recorren-do-se a parcerias estratégicas com as redes de capital de risco e outros facilitadores de empreendedorismo, tais como parques de ciência e tecnologia e incubadores de empresas;

• Promover o empreendedorismo, adotando a interdisciplinaridade e, mesmo, a transdisciplinaridade no ensino, e fomentar as competências transversais, em articulação com as Escolas;

• Ampliação do suporte ao empreendedorismo nas áreas criativas e de inovação social, apoiando a criação de um polo de indústrias criativas na ótica de valorização de recursos da região.

4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

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UM COMPROMISSOCOM O IPVC

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Nestes momentos particularmente difíceis que atravessamos, não podemos prescindir do Futuro. A construção de um projeto de futuro exige apostar no principal recurso do Instituto: as Pessoas. Importa acreditar e unir a academia em torno de um Projeto Coletivo e Sustentável para a instituição e a região. É necessária uma liderança determinada na definição de um rumo para o Instituto, com um maior envolvimento das pessoas nas decisões, que se traduza no seu compromisso efetivo e seja um forte agente motivador.

A responsabilidade para um Futuro sustentável, onde o objetivo é atender às necessidades de hoje, sem compro-meter a capacidade de atender às nossas necessidades no futuro, é de Todos e em particular das Instituições de Ensino Superior, espaço onde se cultiva a liberdade, a criatividade, a sustentabilidade e se promove a cidadania. No próximo ciclo, é vital um Instituto mais INTEGRADOR, IMPLICADO, INOVADOR, visão que traduz uma nova afirmação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) de se renovar, de se motivar, de se envolver, de se diferenciar, de se capacitar e de se afirmar, como polo de conhecimento e cultura, integrando, criando valor e con-tribuindo para o desenvolvimento regional e coesão territorial.

Um IPVC responsável e comprometido, adaptável a novas realidades, empenhado numa nova centralidade, desen-volvendo conhecimento com outros atores do conhecimento num ecossistema de eco inovação que integre parceri-as académicas e externos, locais, regionais, nacionais e internacionais.

É com um enorme espírito de Missão e exclusiva dedicação que sou candidato a Presidente do IPVC para o qua- driénio 2019-2023, do qual sou docente desde 1988 e pretendo contribuir para que o IPVC seja uma instituição forte, que amplie a sua intervenção no desenvolvimento social, cultural e económico da região e do país, através da formação de recursos humanos qualificados e da produção e transferência de conhecimento e tecnologia para a sociedade.

As linhas orientadoras desta candidatura a Presidente do (IPVC), para o quadriénio 2019-2023, assentam em princí-pios de liderança participada e responsável, facilitadoras e acolhedoras da participação de TODOS e indutoras da concentração de esforços na dinamização de um projeto do coletivo para GERAR MUDANÇA.

Num primeiro momento, urge lançar um programa estratégico, propondo tipologias de ação, metas e calendarização, com a coragem e perseverança quotidiana para o seu cumprimento. De igual modo, é fundamental a contextuali- zação do atual modelo de governação da IPVC num projeto global da instituição, exigindo uma maior responsabi-lização das escolas no cumprimento do seu plano estratégico.

A concretização da missão e da visão do Instituto pressupõe o respeito pelos valores e princípios que o identificam, privilegiando a ética profissional e institucional, caraterizando-se por uma cultura de transparência e de valorização do mérito. A afirmação do IPVC requer a implementação de uma política clara e consistente, através de ações que, partindo dos seus órgãos de topo, “contagiem” toda a academia. Por outro lado, exige a valorização de uma marca diferenciadora e com uma forte identidade, como orientação para alcançar bons níveis de desempenho e ganhar prestígio e reconhecimento nacional e internacional. Este desígnio estratégico tem de ser acompanhado de um plano de monitorização e de comunicação institucional para melhorar o acesso e a fluidez de informação entre os diversos níveis de governação e a comunicação com o exterior.

UM COMPROMISSO COM O IPVC

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As propostas apresentadas neste programa de ação serão o suporte do plano estratégico do Instituto, o qual terá de ser aprovado pelo Conselho Geral, sob proposta do Presidente, correspondendo à convergência entre as linhas e medidas de ação do Presidente e os principais desafios que se colocam à instituição.VAMOS FAZER DO FUTURO PRESENTE

Se for eleito presidente, o Plano Estratégico de médio prazo e o Plano de Ação para o quadriénio 2019-2023 pormenorizarão as orientações incluídas neste programa de candidatura, de acordo com os Estatutos do IPVC.

UM COMPROMISSO COM O IPVC

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