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1 Calculo e Instrumentos Financeiros Parte 2 Faculdade de Economia da Universidade do Porto 2013/2014

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Page 1: 1 Calculo e Instrumentos Financeiros Parte 2 Faculdade de Economia da Universidade do Porto 2013/2014

1

Calculo e Instrumentos Financeiros

Parte 2

Faculdade de Economia da

Universidade do Porto

2013/2014

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1ª Aula

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Risco e sua diversificação

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Introdução

• Quando alguém empresta um capital, tem como objectivo receber mais tarde esse capital que emprestou acrescido dos juros

• Mas existe sempre uma probabilidade de não receber nem uma coisa nem outra (no todo ou em parte).

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Introdução

• Na análise de um investimento, porque é baseada em previsões quanto ao desempenho futuro do negócio– preços dos inputs, preços e quantidades dos

outputs, depreciação do capital, falhas e descobertas tecnológicas

• A medida calculada a priori na avaliação pode, a posteriori, vir a concretizar-se de forma menos favorável.

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Introdução

• No sentido de compreendermos o risco, controlá-lo e utilizá-lo na tomada de decisão, vamos neste capítulo apresentar a modelização estatística do risco.

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Introdução

• Já consideramos um modelo de riscop => Prob. de não receber nada

(1-p) => Prob. de receber capital e juros

V.(1+r) = 0 x p + V.(1+i).(1-p)

i = (1+r) / (1-p) -1

r => taxa de juro sem risco

i => taxa de juro com risco

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Seguro de vida

• Ex.2.1- Num seguro de vida em que é paga a indemnização na data da morte.

• A seguradora capitaliza os prémios pagos pelo segurado de forma a ter reservas para pagar a indemnização.

• A seguradora tem uma margem de 10%

• Qual o prémio anual por cada 1000€ de indemnização?

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Seguro de vida

• Se a seguradora soubesse a priori quantos anos faltavam para o segurado morrer e a taxa de juro, calculava facilmente o prémio do seguro que lhe permitiria capitalizar a indemnização e ter algum lucro

• Mas na data de assinatura do contrato essas grandezas não são conhecidas

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Seguro de vida

• Se a duração fosse N e a taxa de juro r tínhamos

• Valor actual da indemnização

• Valor actual da soma de todos os prémios (prestações) pagos pelo segurado (antec.)

NrI )1(

)1()1(1 rrr

P N

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Seguro de vida

• Igualando obtemos o prémio que a seguradora precisa cobrar (sem margem)

1)1()1(1

)1()1(1)1(

NN

NN

rr

rIP

rrr

PrI

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Exemplo: seguro de vida

• Se N=40 e r = 2% resultava:– Paga 40 anualidades

• Mais os 10%, seriam 17.854€/ano/1000€

= 1.7854%/ano

€23.1602.102.11

02.0100014040

P

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Exemplo: seguro de vida

• O seguro tem risco porque a seguradora não conhece N nem r=>O risco pode resultar de um fenómeno

aleatório, e.g., o euromilhões.

=> Mas o mais normal é resultar de uma concretização futura, e.g., a ocorrência de uma inovação tecnológica

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Exemplo: seguro de vida

• Sem conhecermos N nem r o melhor que pode ser feito é a construção de alguns cenários

• Dividimos cada variável em cenáriosComo exemplo, consideramos os cenários

Adverso, Médio, favorável

M.Mau, Mau, Médio, Bom, M.Bom

M.Mau, Mau, Médio- , Médio+, Bom, M.Bom

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Exemplo: seguro de vida

• Cada cenário é uma combinação de valores possíveis para as variáveis relevantes desconhecidas

• No caso de variáveis contínuas, esse valor é o representante de um intervalo, e.g., o valor do meio.

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Seguro de vida

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Exemplo: seguro de vida

• Seguradora cobrar 17.856€/ano por cada seguro de 1000€, terá prejuizo nos cenários Mau e Mmau e uma margem maior que 10% nos cenários Bom e Mbom.

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Exemplo: seguro de vida

• Também podemos usar uma combinação de cenários individuais.

• Se temos 5 cenários para a taxa de juro e 6 para a longevidade, da combinação resultam 30 cenários

• Cobrando um prémio anual de 17.86€, podemos identificar os cenários em que a seguradora tem prejuizo e lucro

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Exemplo: seguro de vida

F5: =$C$1*$E6/((1-(1+$E6)^-F$5)*(1+$E6)^(F$5+1))*(1+$C$2)

Área F6:K10 com formatação condicionada (se <17.854)

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Introdução

• Os cenários conseguem dar uma ideia dos potenciais perdas e ganhos mas não nos ajudam quantitativamente na decisão

• Vamos necessitar de alguns conceitos estatísticos que permitam agregar a informação.

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Conceitos estatísticos básicos

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Conceitos estatísticos básicos

• A Estatística descreve, organiza e relaciona objectos e fenómenos demasiado difíceis de apreender com as ferramentas conceptuais da matemática clássica (i.e., funções reais de variáveis reais).

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Conceitos estatísticos básicos

• A estatística reduz a dimensão do fenómeno considerando

• Poucas variáveis (as mais relevantes) e

• Conhecimento parcial dessas variáveis

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Conceitos estatísticos básicos

• Por exemplo, quando se constrói um avião, é necessário colocar bancos adequados para acomodar Pessoas com Necessidades Especiais (PNE). – Cada lugar implica um custo– Mas deixar passageiros em terra tem uma

penalização

• Eu não sei quantas pessoas aparecem em cada voo.

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Conceitos estatísticos básicos

• Dados passado:• Olhando para as pessoas que viajaram no

passado, 3.0% são PNE.

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Conceitos estatísticos básicos

• Partindo desta informação pouco pormenorizada– Calculada com os passageiros do passado

• podemos calcular, com a ajuda da estatística, estimativas para as necessidades das viagens futuras– Supomos a estabilidade das características

da população

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Conceitos estatísticos básicos

Sabendo-se que 3% dos indivíduos são PNE, em x% das viagens futuras (com 200 passageiros) haverá necessidade de N lugares –

Função distribuição de Poisson

0%

5%

10%

15%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15PNE

Probabilidade

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Conceitos estatísticos básicos

• Agora, podemos optimizar uma função objectivo.

• H1) cada lugar especial dá 50€ de prejuizo

• H2) Deixar um PNE em terra tem 1000€ de penalização

• Podemos minimizar o prejuizo esperado

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Conceitos estatísticos básicos

• A variável de decisão é N.

x é o número de PNE que aparecem num voo qualquer

n é o número de cadeiras especiais do avião

nxsenx

nxsenxnf

)(1000

050),(

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Conceitos estatísticos básicos

-7000 €

-6000 €

-5000 €

-4000 €

-3000 €

-2000 €

-1000 €

0 €

0 5 10 15 20 25 30

Prejuizo esperado

Número de cadeiras especiais

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Conceitos estatísticos básicos

• Para já não interessa saber como a figura anterior foi calculada.

• Com os 3% de PNE, foi possível construir um modelo de apoio à decisão.O valor óptimo depende da percentagem de

PNE (estimativa)

2.0% => 11 lugares

3.0% => 14 lugares

4.0% => 17 lugares

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Noção de variável estatística

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Noção de variável estatística

• Na primeira parte da disciplina aprendemos modelos que nos permitem quantificar o impacto da nossa decisão em função das variáveis relevantes (e.g., taxa de juro, taxa de crescimento as vendas)

• O risco resulta de não conhecermos os valores concretos que as variáveis vão assumir no futuro.

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Noção de variável estatística

• Por exemplo, na construção de um automóvel não sei a altura nem o peso do futuro condutor.– Será um valor “sorteado” da população

• Vou ultrapassar a falta de informação assumindo que será um valor retirado aleatoriamente da população da qual conheço estatísticas – e.g., o valor médio e a dispersão

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Noção de variável estatística

• Numa extracção aleatória os indivíduos são obtidos sem ter em atenção nenhuma das suas características– e.g., a extracção de uma bola no Euromilhões

não tem em atenção o número.

• Depois, agrego a população numa função objectivo a optimizar– Valor esperado do lucro ponderado pelo risco

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Probabilidade

• A cada um dos valores possíveis (i.e., cada cenário) é atribuído uma probabilidade-> Atirando uma moeda ao ar, a probabilidade

de sair cara é 50%.

-> Retirar o número 33 de um saco com os números 1 a 50 é 1/50.

-> A probabilidade de nascer uma rapariga é 49.03% (INE, Jan2013:Jul2013).

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Interpretações de probabilidade

• Probabilidade de se concretizar o valor x• Clássica: é a proporção de vezes em que

observo o valor x se repetir a experiência de forma independente e muitas vezes

• Bayesiana: é uma conjectura construída por peritos sobre o fenómeno ainda desconhecido se concretizar com o valor x

• Em termos práticos, a perspectiva bayesiana é mais flexível mas não tem tanto suporte teórico

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Probabilidade

• A probabilidade não garante qual o valor que se vai obter no concreto e.g., sabe-se que a probabilidade de numa

viagem haver 6 PNE é de 16% não diz que vão aparecer 6 pessoas

• mas contém um certo grau de informação que ajuda a avaliar a importância relativa dos cenários construídos

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Probabilidade

• Opinião de peritos:

• Ex.2.4. Foram identificados 8 cenários possíveis quanto ao comportamento do preço do Brent em dólares daqui a 10 anos e inquirida a opinião de 100 peritos sobre a probabilidade de se concretizarem (proporcional à escala de 0 a 10).

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Probabilidade

• Com base na soma dos pontos atribuídos por todas as pessoas, determine a probabilidade assumida para que cada um dos cenários possa vir a acontecer.

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B5: =B4/$J4 J4: =Soma(B4:I4)

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2ª Aula

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• Concluindo,

• 1 - Eu tenho um modelo de cálculo das implicações financeiras da minha decisão onde me falta a informação sobre o cenário concreto que se vai realizar

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Tenho o modelo que funciona bem quando conheço os valores

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• 2 – Quando não tenho os valores, o melhor que posso fazer é substituir o valor desconhecido por uma variável aleatória de que eu tenho informação quanto à probabilidade de cada cenário se vir a concretizar.

• Por exemplo, não conheço a duração

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Substituo o valor desconhecido por uma variável aleatória

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• Uso uma variável aleatória como modelo do risco

• Esta substituição (do cenário futuro desconhecido pela variável aleatória) implica que tenha como resultado não um valor mas também uma variável aleatória (como se fosse toda uma população de resultados).

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Exemplo

• Ex.2.5. Conhecida a probabilidade de o individuo durar determinados anos e a taxa de juro ser determinada

• retome o Ex.2.1 e calcule a probabilidade da seguradora ter uma margem das vendas abaixo dos 10% pretendidos

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Caracterização da v.e.

• População dividida em cenários– Intervalos

• Pego nos indivíduos todos da população e calculo a proporção que cai dentro de cada classe

• e.g., divido a longevidade de uma pessoa nos intervalos [0, 30]; ]30,60]; ]60,90] e ]90, 120]

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Caracterização da v.e.

• Não podendo medir toda a população, utilizo uma amostra no cálculo da probabilidade

• Quando (parte) da população está no futuro, tenho que considerar o presente como uma amostra dessa população do futuro

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Exemplo

• a probabilidade de cada cenário é determinada com informação passada e pela opinião de um painel de peritos

• Vamos supor a seguinte informação quanto à probabildaide de ocorrencia de cada cenário:

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Exemplo

• R. Agora que tenho informação quanto à probabilidade de cada um dos cenários poder ocorrer, olhando para o resultado de cada cenário (apresentado no Ex. 2.1) somo a probabilidade dos cenários em que o prémio deveria ser maior que o adoptado (1.785%/ano)– São os cenários a vermelho

• A probabilidade da margem das vendas ficar abaixo dos 10% pretendidos é 57.78%.

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Exemplo: seguro de vida

F5: =$C$1*$E6/((1-(1+$E6)^-F$5)*(1+$E6)^(F$5+1))*(1+$C$2)

Área F6:K10 com formatação condicionada (se <17.854)

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Tabelas de sobrevivência

• As seguradoras têm tabelas que dão a probabilidade de uma pessoa estar viva decorridos x anos desde que nasceu.

• Quantificado em partes por 100000

• Por exemplo, o INE estima que a probabilidade de um individuo nascido em 2007 estar vivo em 2040 é 98439/100000

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Tabela de sobrevivência

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Tabelas de sobrevivência

• A probabilidade de uma pessoa de 20 anos durar apenas 10 anos é de

(99267-98685)/99267 = 0.586%

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Exercício

• Ex.2.6. Uma empresa contrata um financiamento de 10M€ com 3 anos de diferimento e amortizado nos restantes 7 anos, pagamentos trimestrais postecipados.

• TAE é a EURIBOR mais 2.5 p.p.

• Usando um quadro de probabilidades conhecido, determine P(prest>500k€)

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D6: =(A6+B6)/2; E6: =D6+E$1; F6: =(1+E6)^(1/4)-1

G6: =B$3*F6/(1-(1+F6)^-E$2); E3=Soma(C12:C18)

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Exercício

• Ex.2.7. Uma família adquire um imóvel a crédito– > 150k€ a 40 anos– > Prestação mensal iguais em termos reais– > Antecipada

• Quero saber o esforço financeiro– > Prestação/Rendimento

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Exercício• Vamos fazer a análise a preços

constantes e calcular a prestação anual paga no meio do ano da renda cujo valor actual é 150k€:– que evita saber a taxa de inflação

5.040

5.040

)1()1(1

150000

)1()1(1150000

rr

rP

rrr

P

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Exercício

• Podíamos fazer mensal

• Mas a ideia é visualizar a simplificação de considerar o pagamento a meio do período.

)1()1(1

150000

1)12/1()^1(

480 rmrm

rmPm

rrm

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Exercício

• Eu não sei qual vai ser a taxa de juro real nem o rendimento futuros.

• Vou assumir cenários e probabildiades para cada cenário.

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Dados

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J5: =$B$1*$D5/(1-(1+$D5)^-$B$2)/(1+$D5)^0,5/E$4

O5: =IF(J5>$P$2;E5;0) P3: =SUM(O5:S9)

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Valor médio

• Na tomada de decisão é conveniente agregar todos os cenários em apenas algumas medidas.

• Em termos económicos, o valor esperado (médio) é a medida que contém mais informação

• é a “componente sem risco” do fenómeno que estamos a analisar.

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Valor médio

• Havendo n cenários caracterizado cada um por xn, com determinada probabilidade de ocorrência, pn, o valor médio será

– Porque as probabilidades somam 1

nn

n

nn

pxpxpx

ppp

pxpxpx

......

...

......

2211

21

2211

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Valor médio

• O valor médio já nos permite um critério quantitativo que nos ajuda a decidir numa situação com risco.

• Mas é muito limitado porque não tem em atenção o risco (a variabilidade)

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69

• Ex.2.8. Um empresa fornece refeições a aviões.

• Que confecciona durante a noite para responder às solicitações do dia seguinte que são incertas.

• Por cada refeição que fornecer recebe 15€ (com um custo de produção de 5€) e tem uma penalização de 15€ por cada refeição que seja pedida e não possa ser fornecida.

• As refeições que sobram são destruídas no fim do dia.

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70

• i) Determine, em média, a rentabilidade do fornecimento em função do número de refeições confeccionadas.

• ii) Determine o número de refeições que maximiza a rentabilidade média.

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71

• A empresa constrói cenários em que a variável desconhecida é o número de refeições encomendadas

• Calcula, para cada dia e com base na sua experiência, a probabilidade de cada um dos cenários se verificar.

• Com essas probabilidades, a empresa determina o resultado médio do dia em função do número de refeições confeccionadas (que é a variável de decisão).

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E6: =MÍNIMO(C6;$D$1) F6: =C6-E6G6: =E6*E$4-D$1*D$2+F6*F$4H6: =D6*G6 H15: =SOMA(H6:H14)

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• Alterando o valor da variável de decisão, D1, determino qual o número de refeições que maximiza o resultado médio, H15

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Optimização

• O Excel tem a ferramenta Solver que permite maximizar ou minimizar o resultado de um modelo. No Excel 2007:

• Office Button+ Excel Options + Add-ins category +no Manage clickar em Go…,

• +Solver Add In

• Depois, aparece no Analysis

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3ª Aula

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Desvio padrão

• Ao agregarmos os cenários no valor médio ficamos sem uma medida de risco

• o desvio padrão, , é uma boa medida do risco de assumirmos o valor médio dos cenários possíveis como o valor do cenário que vai acontecer (e que é desconhecido)

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Desvio padrão

• Algebricamente é a raiz quadrada da

• Média dos desvios ao quadrado

N

Nn

PP

PxPx

....

.....

1

21

21

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Desvio padrão

• Como a soma de todas as probabilidades dá 1

Nn PxPx ..... 21

21

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79

Desvio padrão

• O desvio padrão é uma expressão derivável e que tem interpretação geométrica.– Se, e.g., uma população se agrega no

valor médio 25€/dia e desvio padrão 5€/dia, é equivalente a ter metade dos indivíduos em 20€/dia e outra metade em 30€/dia.

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80

Desvio padrão

• Ex.2.9 - Uma empresa pretende internacionalizar-se e traçou vários cenários possíveis

• Determine o valor médio e o desvio padrão do resultado financeiro que resulta da internacionalização.

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81

D2: =$B2*C2 D10: =SUM(D2:D9)E2: =(C2-$D$10)^2 F2: =$B2*E2F10: =SUM(D2:D9) F11: =F10^0,5

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82

Desvio padrão

• Podemos ler este resultado como:

• Em média o resultado será 28.3k€ mas

• em metade dos casos o resultado será

4.3k€ = 28.3 – 24.06

• e na outra metade será

52.3k€ = 28.3 + 24.06

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83

• Ex.2.10. Supondo que nos baralhos de 52 cartas uma figura vale 10 pontos.

• Determine o valor médio e o desvio padrão dos pontos de uma carta retirada aleatoriamente.

• Nesta população teórica eu posso calcular os valores da população

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84

• 4 cartas valem 1 ponto,

• 4 cartas valem 2 pontos

• ….

• 4 cartas valem 9 pontos

• 16 cartas valem 10 pontos

538.613

85

13

1049...21134

104494...2414

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85

• O desvio padrão será

153.313

)538.610(4...)538.61(

134

)538.610(44...)538.61(4

22

22

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86

• Ex.2.11. Relativamente ao Ex. 2.8, determine o desvio padrão dos resultados.

• Determine o número de refeições que maximiza o valor médio do resultado menos o seu desvio padrão.– As pessoas preferem não infrentar risco pelo

que, quando ele existe, é preciso retirar alguma coisa ao valor médio

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87

I6: =(G6-$H$15)^2 J6: =I6*D6

J15: =SOMA(J6:J14) J16: =J15^0,5

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88

Função de distribuição

• Quando a variável é contínua podemos partir o domínio em intervalos, cenários, e apontar uma probabilidade de o acontecimento vir a pertencer a cada um dos cenários.

• Em cada cenário adoptamos como valor representativo o meio do intervalo

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89

Função de distribuição

• Apesar de atribuirmos uma probabildaide a cada cenário– Se temos 30 cenários, precisamos de 29

números

• Mas não existe informação para ter rigor nesses números.

• Temos informação para 1 ou 2 números

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90

Função de distribuição

• É aceitável pensar que os cenários vizinhos têm associadas probabilidade semelhantes.

• A Estatística propõe o uso de uma função F(x) que quantifica a probabilidade de ser observado um valor menor que ou igual a dado valor x.

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91

Função de distribuição

• A função de distribuição é caracterizada por alguns parâmetros

• No ex.2.1 usei a Função Distribuição de Poisson que se caracteriza por 1 parâmetro (os 3%)Valor médio = Desvio Padrão

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92

Distribuição Normal

• É caracterizada por dois parâmetros– O valor médio– O desvio padrão (ou a variância)

• Variância = desvio padrão ao quadrado

• É importante porque é a “distribuição limite” da soma de acontecimentos estatisticamente pouco dependentes

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93

Distribuição Normal

• A probabilidade de acontecer o cenário

] –; + ] é de 68.3% 2/3;

] – 2; +2] é de 95.5% 19/20

] – 3; +3] é de 99.7% 997/1000.

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94

Distribuição Normal

Ex. o QI -coeficiente de inteligência é uma variável aleatória com distribuição normal com média 100 e desvio padrão 15

A probabilidade de encontrar aleatoriamente um indivíduo com QI > 145 é 0.13% (i.e., uma em cada 740 pessoas)

=1-DIST.NORM(145;100;15;VERDADEIRO)

Inglês: NORMDIST

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95

Distribuição NormalA Distribuição Normal concentra a maior

probabilidade nos cenários em torno do valor médio

0%

5%

10%

15%

20%

-3 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

P(x = k )

k

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96

Exercício

• Ex.2.12. Comprei obrigações a 25 anos à taxa de juro nominal fixa de 3%/ano, sem possibilidade de mobilização antecipada.

• A taxa de inflação média prevê-se seguir distribuição N(0.02, 0.01)/ano

• Determine o valor real a receber no fim do prazo de aplicar 10000€ e a probabilidade de esse valor ser menor que a quantia aplicada.

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97

Exercício

• 1) Vou dividir o domínio da taxa de inflação em cenários e calcular o valor capitalizado para cada cenário

• 2) Calculo o valor médio e o desvio padrão do V.F. em termos reais e a probabilidade de vir a ser recebido uma quantia menor que a aplicada.

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98

Exercício

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99

A7: =G1-4,25*G2 B7: =A7+$G$2/2 A8: =B7D7: =(A7+B7)/2C7: =DIST.NORM(B7;G$1;G$2;true)-DIST.NORM(A7;G$1;G$2;true)E7: =(1+C$1)/(1+D7)-1 F7: =C$2*(1+E7)^C$3

G7: =F7*C7 H7: =(F7-G$25)I7: =H7^2*C7 C24: =SOMA(C7:C23) G25: =SOMA(G7:G22)/C24I24: =SOMA(I7:I22)/C24I25: =I24^0,5I26: =DIST.NORM(C2;G25;I25;true)

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100

4ª Aula

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101

Distribuição Uniforme

• Na F.D. Uniforme os valores no domínio são todos igualmente prováveis.

• Pode se caracterizada pelos extremos– valores mínimo e máximo

• Pelo valor médio e amplitude

• Pelo valor médio e desvio padrão

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102

Distribuição Uniforme

• Sendo dados

= valor médio

= desvio padrão

O Valor mínimo = - 1.732 O Valor máximo = + 1.732

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103

Distribuição Uniforme

• Sendo dados

Mx = valor máximo

Mn = valor mínimo

Valor médio = (Mn + Mx)/2

Desv. padrão = 0.2887(Mx - Mn)

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104

Distribuição Uniforme

• A probabilidade de um cenário é a sua proporção no domínio possível.

• Ex., com a distribuição uniforme

U(Min,Mx) = U(5; 10)

A probabilidade do cenário [5;6] é 1/5

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105

Escolha da F.Distribuição

• A função distribuição não é conhecida sendo uma proposta da Teoria.

• No entanto, em termos de decisão económica, a função distribuição não é um factor crítico (ver ex.2.13).

• e.g., considerar uma função distribuição normal é idêntico a considerar uma função de distribuição uniforme.

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106

Distribuição não simétrica

• No entanto, quando o fenómeno é caracterizado por uma função muito assimétrica,– Existe uma probabilidade mais elevada de alguns

acontecimentos catastróficos– Mede-se com

– m é zero nas F.D. simétricas

• não posso utilizar uma função simétrica

3 3 ii xPm

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107

Distribuição não simétrica

• Exemplo de uma distribuição assimétrica é o caudal de um rio

• É normal ter– m / > 5– 80% dos dias um caudal ao valor médio– 1 dia em cada 100 anos haver um caudal 30

vezes superior ao caudal médio

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108

Distribuição não simétrica

• Os caudais muito elevados (e.g., que ocorrem com a probabilidade de 1 dia em 100 anos) têm muito poder destrutivo

• Os seguros contra danos de cheias têm que quantificar com rigor a probabilidade destes acontecimentos extremos– As barragens e pontes têm que ser feitos de

forma a resistir a estes caudais extremos.

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109

Distribuição não simétrica

• O caudal médio do rio Douro no Porto é 714m3/s

• A ponte de Entre-os-Rios caiu com o caudal no Porto de ~13500m3/s– A maior cheia conhecida no Porto ocorreu em

23 de Dezembro de 1909 (e 6 Dez. de 1739) com >20000m3/s

– A barragem de Lever-Crestuma está dimensionada para 26000m3/shttp://www.wikienergia.pt/~edp/index.php?title=Central_de_Crestuma_-_Lever

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110

Ribeira, 1962/01/03 10:00, ~17000m3/s, 1909 foi > em 68cm

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111

Operações algébricas com uma variável aleatória

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112

Operações algébricas simples

• Se somarmos uma constante a uma variável aleatória– O valor médio vem aumentado– O desvio padrão mantêm-se

)()(

)()(

XXa

XaXa

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113

Operações algébricas simples

Ex. A altura das pessoas é N(1.75, 0.15)

Supondo-as em cima de uma cadeira com 0.5m, a altura total será N(2.25, 0.15)

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114

Operações algébricas simples

)(

)()()(

11

11

Xaxpap

xpapxapXa

n

iii

n

ii

n

iiii

n

iii

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115

Operações algébricas simples

)()(

))(()()(

1

2

1

2

xXxp

XaxapXa

n

iii

n

iii

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116

Operações algébricas simples

• Se multiplicarmos uma constante por uma variável aleatória– O valor médio vem multiplicado– O desvio padrão vem multiplicado pelo valor absoluto

da constante

)()(

)()(

XaXa

XaXa

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117

Operações algébricas simples

)(

)()()(

1

11

Xaxpa

xapxapXa

n

iii

n

iii

n

iii

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118

Operações algébricas simples

)()(

))(()()(

1

22

1

2

xaXxpa

XaxapXa

n

iii

n

iii

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119

Operações algébricas simples

• Ex.2.14. Um marceneiro tem 1000€/mês de despesas fixas e tem de margem das vendas, em média, 15€ por cada móvel que produz. Supondo que projecta produzir este mês 100 móveis, qual será a sua remuneração em termos médios?

• R. Atendendo às propriedades, teremos

100 – 1000 = 100 15 – 1000 = 500€

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120

Ex.2.15

• Um empresário está a avaliar o aluguer de um barco de pesca pelo qual paga 3mil€/dia.

• Demora um dia de viagem para cada lado e pesca, durante 5 dias, 2500kg/dia

• O preço de venda segue distribuição N(2,1)€/kg

• Quanto será o lucro? • Qual a probabilidade de ter prejuízo?

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121

Ex.2.15

• O lucro será 52500N(2; 1) – 30007 =12500N(2; 1) – 21000 = N(25000; 12500) – 21000 = N(4000; 12500)• Em média 4mil€ com desvio padrão de 12.5mil€

• A probabilidade de ter prejuízo será 37.45%, =NORMDIST(0;4000;12500;TRUE).

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122

Exercício

• Compro os legumes a 0.50€/kg, pago 75€ pelo transporte e o preço de venda é desconhecido tendo distribuição N(0.60; 0.15)€/kg.

• i) Determine qual vai ser o meu lucro de intermediar 1000kg de legumes.

• ii) Determine a probabilidade de eu ter prejuízo.

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123

Exercício

i) Lucro = V.(Pvenda – Pcompra) – Ctransporte

= 1000[N(0.60, 0.15) – 0.50] – 75

Lucro = N(600, 0.15x1000) – 575 = N(25, 150)

ii) No Excel teríamos

A1: =Dist.Norm(0; 25; 150; Verdadeiro) 43.38%

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124

Exercício

• Ex.2.16. O empresário A fez uma descoberta que lhe permite desenvolver um negócio cujo q de Tobin é N(1.5, 0.25) e onde é necessário investir 1M€.

• Sendo que o empresário A vendeu ao empresário B metade do negócio por 625k€,

• qual será o q de Tobin de A e de B?

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Exercício

• R. A investe 375k€ que terá

• B investe 625k€ que terá

)333.0,2()25.0,5.1(375.0

5.0

.

.NN

INVEST

RECEBq

)2.0,2.1()25.0,5.1(625.0

5.0NNq

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126

Acções - obrigações

• O Ex.2.16 ilustra porque é vantajoso o empreendedor emitir acções da sua empresa.

• Uma acção é uma parte do capital próprio da empresa tendo, em termos contabilísticos, um certo valor nominal, normalmente 1€.

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127

5ª Aula

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128

Acções - obrigações

• Por exemplo, uma empresa com um capital social de 10M€ divide-se em 10M de acções com valor nominal de 1€ cada.

• A acção dá direitos de voto na condução dos destinos da empresa e é remunerada com uma parte dos lucros, o dividendo, que é incerto.

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129

Acções - obrigações

• As acções têm maior risco que as obrigações porque, em caso de insolvência, os activos da empresa pagam primeiro as obrigações e apenas o que sobrar (i.e., nada) é que é dividido pelas acções.

• Além disso, no contrato de emissão o resultado das obrigações é conhecido (o cupão e o valor de remissão) enquanto que o lucro da empresa é variável.

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130

Acções - obrigações

• Interessa ao empresário dispersar o capital da empresa porque, normalmente, a empresa emite as acções, numa operação denominada por OPV (mercado primário), a um preço superior ao valor contabilístico.

• As acções são depois transaccionadas entre investidores (mercado secundário) sendo o seu preço, denominado por cotação, determinado pela expectativa que os agentes económicos têm da evolução futura do negócio (i.e., dos dividendos e da cotação).

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131

Operações algébricas não simples

• Se quisermos calcular um prémio de um seguro de vida em que a duração do individuo é uma variável aleatória, as operações algébrica não são simples:

)1)()1(1()1( rrr

PrV LL

1)1)()1(1(

LL rr

rVP

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132

Operações algébricas não simples

• Cálculo expedito. Sendo que temos y = g(x), obtemos um valor aproximado da distribuição usando os dois pontos notáveis

x1 = - e x2 = +

• Calculamos y1 = g(-) e y2 = g(+)

• Valor médio = (y1 + y2)/2

• Desv. padrão = |y2 - y1|/2

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133

Operações algébricas não simples

• Nas distribuições simétrica é indiferente usar• Valor médio = (g(-) + g(+))/2 g()

• Nas distribuições assimétricas é melhor usar• Valor médio = (g(-) + g(+))/2

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134

Exercício

• Ex.2.17. O prémio de um seguro de vida com r = 2%/ano, L ~ N(50, 10)

• i) Determine qual devem ser as reservas Y/1000€ de forma a ter Y = (P) + (P).

• ii) Se a seguradora propõe um prémio antecipado de 15€/ano por 1000€ seguros, qual será o seu lucro?

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135

Exercício

• P(40) = 16.23€/ano; P(60) = 8.60€/ano.• a seguradora precisará reservas com média

(16.23+8.60)/2 = 12.42€/ano e desvio padrão (16.23-8.60)/2 = 3.82€/ano aconselhando a prudência a que as reservas sejam 12.42+3.82 = 16.23€/ano.

1)1)()1(1(

)1(

rr

riVP

L

L

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136

Exercício

• P(40) = 16.23€/ano; P(60) = 8.60€/ano.• Lucro(40) = 15–16.23 = –1.23€/ano; • Lucro (60) = 15–8.60 = 6.40€/ano. • Para uma longevidade genérica, o lucro do

seguro terá • valor médio = (–1.23 + 6.40)/2 = 2.59€/ano• desvio padrão = (6.40+1.23)/2 = 3.82€/ano.

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137

Operações algébricas não simples

• Divisão em cenários. Já utilizamos esta abordagem (ex.2.8 + ex.2.11).

• Divide-se o domínio da variável em cenários sendo conveniente utilizar a folha de cálculo.

• Ao considerarmos intervalos mais pequenos, estamos a diminuir o “erro de cálculo”.

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138

Operações algébricas não simples

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139

Operações algébricas não simples

• C7: =NORMDIST(B7;C$2;C$3;TRUE)- NORMDIST(A7;C$2;C$3;TRUE)

• D7: =(A7+B7)/2+0,5• E7: =F$1-H$1*F$2/(1-(1+F$2)^-D7)/(1+F$2)^(D7+1)• F7: =C7*E7• G7: =E7-F$40• H7: =G7^2*C7• C39: =SUM(C7:C38)• F40: =SUM(F7:F38)/$C39• H39: =SUM(H7:H38)/$C39• H40: =H39^0,5

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140

Método de Monte Carlo

• Método de Monte Carlo. • 1) Sorteamos vários valores para a variável de

acordo com a sua função distribuição.• 2) Aplica-se o modelo aos “dados” e determina-

se uma população de resultados possíveis.• Calcula-se o valor médio, o desvio padrão, faz-

se um histograma, etc., dos resultados.Tools + Data Analyses + Random Number

Generation **

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141

Método de Monte Carlo

**Excel 2007Instalamos o Data AnalysesOffice Button + Excel Options + Add Ins + Excel Add Ins Go…

Depois, aparece em Data o Data Analysis

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142

Método de Monte Carlo

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143

Método de Monte Carlo

2.69

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144

Método de Monte Carlo

• Quando derem o R, verão que o Método de Monte Carlo é de simples implementação

• É muito flexível e poderoso

• Permite determinar o “erro de cálculo”

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145

Comparação dos métodos

• O método expedito, por usar apenas dois pontos notáveis, será o de menor grau de confiança

• A divisão em cenários está dependente do detalhe dos cenários

• O método de monte carlo está dependente do número de elementos extraídos

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146

Comparação dos métodos

• No caso do Ex.2.17

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147

Diversificação do risco

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Diversificação do risco

• O modelo estatístico ajuda a decidir num problema com risco

• Podemos diminuir o risco juntando actividades – diversificando

• Em termos estatísticos, são operações de soma de variáveis aleatórias.

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Diversificação do risco

• Em termos económicos trata-se de construir uma carteira de activos

• “Não pôr os ovos todos no mesmo cesto”

• Uma concretização negativa de um activo será estatisticamente compensada por uma concretização positiva de outro activo

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Diversificação do risco

• Por exemplo, na praia podemos vender gelados e gabardines.

• Quando faz calor, a venda de gabardines dá prejuízo e a de gelados dá lucro

• Quando chove, a venda de gabardines dá lucro e a de gelados dá prejuízo

• Vender de ambos diminui o risco

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Diversificação do risco

Faz Calor Chove

Gelados +200 -100

Gabardines -100 +200

Total do negócio

+100 +100

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Duas variáveis

• Divisão das variáveis em cenários– Probabilidades cruzadas

• Já utilizamos no ex.2.5

• O método é semelhante à situação em que temos uma variável estatística, mas agora serão cenários que envolvem a concretização de vários contingências.

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Exercício

• Ex.2.18. Um pescador precisa decidir se vai pescar ou não.

• Não sabe a quantidade que vai pescar nem o preço a que vai vender.

• A intuição permite-lhe construir cenários e atribuir-lhes probabilidades.

• De, em simultâneo, se verificar uma quantidade pescada (em kg) e um preço (em €/kg).

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Exercício

Pesca \ preço [1; 2]€/k ]2; 3]€/k ]3; 4]€/k

[0; 100]kg 0% 4% 10%

[100; 250]kg 1% 35% 15%

]250; 400]kg 5% 10% 10%

]400; 500]kg 9% 1% 0%

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155

Exercício

• O pescador pode agora calcular a receita (em termos médios e desvio padrão) multiplicando a quantidade (do meio do intervalo) pelo preço (do meio do intervalo) e decidir ir pescar se, e.g., a receita média menos o desvio padrão for maior que os custos fixos

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156

Exercício

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Exercício

• B8: =$A2*B$1

• F2: =B8*B2

• H6: =SUM(F2:H5)

• F8: =(B8-$H$6)^2*B2

• H12: =SUM(F8:H11)

• H13: =H12^0,5

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Decisão

• Depende agora dos custos fixos necessários para poder pescar. Se fossem, por exemplo, 500€ ficaria

• Lucro médio = 61,50€

• Des.Pa.lucro = 270,76€

• Se a função objectivo fosse LM-DP = 61.50-270.76, não ia pescar por ser <0.

158

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6ª Aula

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Exercício

• Ex.2.19. Uma empresa com 1000 trabalhadores pretende contratar um seguro de trabalho que dura 5 anos

• O seguro, em caso de morte, paga 60 meses de salário à viúva.

• Quanto deve ser o prémio mensal, antecipado?

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161

Exercício

• R. Temos 3 variáveis desconhecidas,

• a taxa de juro, a longevidade e o salário

• Vamos supor que a seguradora assumiu 45 cenários, calculou as probabilidades de cada um e construiu um modelo no Excel.

• Assume-se que a probabilidade de nos 5 anos o trabalhador morrer é 0,140%

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162

Exercício

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163

Exercício

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164

Exercício

• K3: =I3*$O$2*H3/(1-(1+H3)^-G3)/(1+H3)

• L3: =K3*J3

• M3: =(K3-$L$52)^2*J3

• L51: =SOMA(L3:L49)

• M50: =SOMA(M3:M49)

• M51: =M50^0,5

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Exercício

• As reservas médias são de 4.91€ pelo que a seguradora tem lucro médio positivo com um prémio baixo, 6€/mês

• Mas, este negócio tem um risco tão elevado (d.p.=166.85€/mês) para a seguradora que é inviável.

• Apenas será possível se a seguradora conseguir diversificar este seguro.– Segurar os 1000 trabalhadores?

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166

Associação entre variáveis - FD

• No caso de termos duas variáveis aleatórias, além da F. Distribuição e dos parâmetros (valor médio e desvio padrão) que caracterizam cada uma das variáveis,

• haverá um parâmetro para quantificar o grau de associação estatística entre as variáveis.

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Associação entre variáveis - FD

• Por exemplo, nas calças são importantes a largura da cintura e a altura de perna do cliente que, na hora de fabrico, são desconhecidas.

• Mas, num cliente aleatório, em média, quanto maior for a sua cintura, maior será a sua altura de perna.

As calças de número maior são mais compridas

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168

Associação entre variáveis -FD

• Covariância: é um parâmetro que condensa a associação entre duas variáveis estatísticas.

N

yxyx

N

iyixi

1),(

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169

Associação entre variáveis

• t1A covariância pode ser negativa, zero ou positiva.

• É crescente com os desvios padrão das variáveis

• A variância é um caso particular da covariância

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Associação entre variáveis

• Coeficiente de correlação linear de Pearson, (x, y)

• Retira à covariância o efeito dos desvios padrão

)()(),(),(

)()(

),(),(

yxyxyx

yx

yxyx

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171

Associação entre variáveis

• Coeficiente de correlação linear está no intervalo [–1; 1]

• Se for zero, as variáveis não estão associadas (linearmente).

• Se for –1 ou 1, estão perfeitamente associados em sentido contrário ou no mesmo sentido, respectivamente.

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172

Associação entre variáveis

• Propriedades da covariância e do coeficiente de correlação linear

i) A covariância (e o coeficiente de correlação linear) entre duas constantes ou entre uma variável e uma constante é zero

(a, b) = 0; (a,X) = 0

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173

Associação entre variáveis

ii) Somando uma constante a uma das variáveis, a covariância e o coeficiente de correlação linear mantêm-se:

(a+X,Y) = (X,Y);

(a+X,Y) = (X,Y)

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Associação entre variáveis

iii) Multiplicando uma das variáveis por uma constante, a covariância vem multiplicada e o coeficiente de correlação linear mantém-se (a menos do sinal e de ser zero):

(a.X,Y) = a.(X,Y);

(a.X,Y) = sig(a). (X,Y)

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Associação entre variáveis

iv) A covariância e o coeficiente de correlação são comutativos:

(X,Y) = (Y,X);

(X,Y) = (Y,X)

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Exercício

X~N(10;5), Y~N(-1;3), (X; Y) = 0.7

Determine

a) (3X; 2Y) e (3X;2Y)

b) (-X; 2Y) e (-X;2Y)

c) (5-5X;-2-Y) e (5-5X;-2-Y)

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177

Exercício

(X; Y) = 0.7*5*3 = 10.5

a) (3X; 2Y)=3*2*10.5 = 63, (3X;2Y)=0.7

b) (-X; 2Y)= -1*2*10.5 = -21, (-X;2Y)=-0.7

c)(5-5X;-2-Y) = -5*-1*10.5 = 52.5, (5-5X;-2-Y) = -1*-1*0.7=0.7

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178

Soma de variáveis estatísticasdiversificação do risco

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Soma de variáveis estatísticas

• Até agora apenas somamos constantes com variáveis

• É muito relevante no contexto da M.F. porque modeliza o comportamento estatístico das carteiras de activos partindo-se das propriedades individuais dos activos que a constituem.

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Soma de variáveis estatísticas

• Distribuição da soma de duas V.A. • Se as variáveis tiverem distribuição normal, então a

soma também terá distribuição normal. • Se não tiverem, a soma será mais próxima da

distribuição normal que as distribuições das parcelas.• A soma de + 30 variáveis aleatórias com distribuição

desconhecida que sejam pouco correlacionadas, pode assumir-se que tem distribuição normal.

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181

Soma de variáveis estatísticas

• Média da soma.

• Sendo que existem duas variáveis, X e Y,

• a soma Z = X + Y terá como valor médio a soma dos valores médios de cada variável estatística.

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Soma de variáveis estatísticas

• Variância e desvio padrão da soma.

• Sendo que existem duas variáveis, X e Y,

• a soma Z = X + Y terá como variância a soma das variâncias de cada variável mais duas vezes a covariância.

)(),(2)()( 222 yyxxz

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183

Exercício

• t2 Ex.2.22. Um intermediário de legumes, quando encomenda desconhece o preço de aquisição e de venda dos legumes PC ~ N(0.50€/kg, 0.10€/kg).

• PV ~ N(0.60€/kg, 0.15€/kg).• Tem que pagar 75€ pelo transporte. • A correlação linear entre o preço de compra e de

venda é de 0.5• i) Determine qual vai ser o lucro de intermediar

1000kg de legumes. • ii) Determine a probabilidade de ter prejuízo.

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184

Exercício

• Trata-se de operações algébricas com variáveis aleatórias.

• Lucro = 1000(PV – PC) –75.

PV – PC = N(0.60, 0.15) – N(0.50, 0.10)

= N(0.10, (0.152+2(– 0.5)0.150.10+0.102))

= N(0.10, 0.1323)Troca o sinal da correlação porque está a subtrair = *(-1)

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185

Exercício

• 1000 N(0.10, 0.132) = N(100, 132.3)

N(100, 132.3) –75 = N(25, 132.3)

No Excel, =NORMDIST(0; 25; 132.3;TRUE)

Tem 42.5% de probabilidade de ter prejuízo

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186

Exercício

• Ex.2.23. Duas acções, com rentabilidades X ~ N(5%; 5%)/ano e Y ~ N(10%, 7%)/ano e com correlação linear de 0.25.

• Determine a rentabilidade de uma carteira com a proporção 0.5 de X e 0.5 de Y.

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187

Exercício

• Z = 0.5X+0.5Y

(Z) = (0.5X)+ (0.5Y)

= 0.5(X)+ 0.5(Y)

= 0.5x5%+ 0.5x10%

= 7.5%/ano

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188

Exercício

• Z = 0.5X + 0.5Y2(Z) = 2(0.5X) + 2 (0.5X, 0.5Y) + 2(0.5Y) = (0.5x5%)2

+ 2x0.25x(0.5x5%)x(0.5x7%) + (0.5x7%)2

=0,0022875 (Z) = 4.78%

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189

7ª Aula

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Extensão à soma de N variáveis

• Se eu somar três variáveis, posso fazer

• X+(Y+Z)

• E retiro que2(X+Y+Z) =

= 2(X)+ 2(Y)+ 2(Z)

+ 2(X,Y)+2(X,Z) +2(Y,Z)

Facilmente estendo para N

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191

Extensão à soma de N variáveis

• Ex.2.24. Uma empresa pretende lançar o seu produto em novos mercados.

• Moscovo tem custo Cm N(3, 0.5) e resultado actualizado das vendas Vm N(7, 1)

• São Petersburgo tem custo Csp N(2, 0.6) e resultado actualizado das vendas Vsp N(6, 2).

• O lucro resulta de subtrair os custos ao resultado actualizado das vendas,

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Extensão à soma de N variáveis

• Os coeficiente de correlação linear são

Cm Csp Vm Vsp

Cm 1 0 0.5 0

Csp 0 1 0 0.5

Vm 0.5 0 1 0.7

Vsp 0 0.5 0.7 1

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Extensão à soma de N variáveis

• i) Determine o lucro da representação de Moscovo e de São Petersburgo (separadas).

• ii) Determine o lucro de abertura das duas representações (em conjunto).

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Extensão à soma de N variáveis

• i) Lucro da representação (separadas).

Lm = Vm – Cm = N(7; 1) – N(3; 0.5)

= N(4, (12 +210.5(-0.5) + 0.52))

= N(4, 0.866)

Lsp = Vsp–Csp = N(6; 2) – N(2; 0.6)

= N(4, (22 +220.6(-0.5) + 0.62))

= N(4, 1.778)

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195

Extensão à soma de N variáveis

• i) Lucro das representações juntas.

Lm = Vm – Cm + Vsp–Csp

= N(7; 1) – N(3; 0.5) + N(6; 2) – N(2; 0.6)

= N(8, (12 + 0.52 + 22 + 0.62 + 210.5-0.5+ 220.6-0.5 + 21

20.7))

= N(8, 2.59)Para simplificar, só tenho 3 correlações diferentes de zero.

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196

Exercício

• Ex.2.25. Um seguro de trabalho cobra um prémio de 6€/ano e obriga a seguradora a constituir como reservas F(4.91; 166.65)€/ano.

• i) Supondo que os acidentes não estão correlacionados, determine o lucro por trabalhador de segurar 1, 100 trabalhadores e 1000trabalhadores.

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197

Exercício

• L1 = P-R = 6- F(4.91; 166.65) = F(1.09; 166.65)€/ano• L100 /100 = (L1 +L1 + … + L1)/100 = = N(109; (100*166.652))/100 = N(1.09;16,67) €/ano• L1000 /100 = (L1 +L1 + … + L1)/1000 = = N(1090; (1000*166.652))/1000 = N(1.09;5,27) €/ano

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198

Exercício

• ii) Supondo que quando há um acidente é provável que morra mais que um trabalhador. Assim, recalcule o lucro por trabalhador com a correlação entre as fatalidades assumida como 0.1

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199

Exercício

74.16;09.1

1000/65,166*1,0*999*100065.1661000;1090

02.55;09.1

100/65.16665.1661.02

99100265.166100;109

100/)65.166;09.1(...)65.166;09.1(

221000

2

100

N

NL

N

N

FFL

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200

Exercício

• Quanto menos correlacionados estiverem os acontecimentos e maior número de acontecimentos misturarmos,

• maior será a diminuição do risco e

• mais a função distribuição resultante se aproxima da função distribuição normal.

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201

Exercício

• Ex.2.26. O “Seguro de Invalidez”, ex.2.21, obriga a F(7.27, 351.65)€/mês de reservas por cada 500€/mês de indemnização. O prémio será o valor médio das reservas mais o desvio padrão.

• Supondo que a invalidez dos trabalhadores não está correlacionada, determine o prémio em função do tamanho da carteira de seguros.

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202

Exercício

n = 100 P = 42.44€/mês; n = 1000 P = 18.39€/mês; n = 10000 P = 10.79€/mês.

nP

nN

nnnF

/65.35127.7

)/65.351;27.7(

/)65.351;27.7(Re 2

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203

Diversificação do risco e avaliação de projectos

• A diversificação do risco pode tornar aceitáveis investimentos que avaliados de forma independente não seriam rentáveis (e.g., terem um VAL negativo).

• Isso acontece quando o investimento tem uma correlação negativa com outros investimentos o que permite diminuir o risco do conjunto dos investimentos.

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204

Diversificação do risco e avaliação de projectos

• Ex.2.27. Uma investidora tem a possibilidade de adquirir uma participação

1. C. de golfe com q =N(1.2; 0.2)

2. Emp. agrícola com q = N(0.9; 0.45).Dá prejuízo

• A correlação entre os negócios é de –0.9

• Qual a proporção do investimento que minimiza a probabilidade de ter prejuízo.

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205

Exercício

• D2: =DIST.NORM(1; B2; C2; VERDADEIRO)• E3: =1-E2• C5: =(E2*C2)^2+2*C2*E2*C3*E3*C4+(C3*E3)^2• B6: =E2*B2+E3*B3 C6: =C5^0,5

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206

Diversificação do risco e avaliação de projectos

• Fiz um modelo no Excel e utilizei o solver para minimizar o risco.

• Contra a lógica da análise individual, aplicando 27% do investimento na empresa não rentável e com risco elevado o meu risco de ter prejuízo diminui de 18.87% para 3.22%.

• Reparar nas duas restrições do solver.

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207

Alavancagem

• Em termos patrimoniais, uma empresa pode ser dividida num

• conjunto de destinos financeiros (os activos da empresa que têm determinada rentabilidade e podem ser recuperados) e

• um conjugo de origens financeiras (os passivos da empresa que têm que ser remunerados e devolvidos).

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208

Alavancagem

• Em termos contabilísticos, o valor de cada unidade de participação (i.e., cada acção ou cota) será a soma dos activos menos a soma dos passivos alheios (o capital alheio) a dividir pelo número de acções ou cotas que representam a empresa.

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209

Alavancagem

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210

Alavancagem

• A diversificação do risco trata da gestão do risco na parte do activo (e.g., das aplicações financeiras)

• A alavancagem trata da gestão do risco na parte do passivo (i.e., das origens dos recursos financeiros).– A proporção entre capitais próprios e alheios.

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Alavancagem• Os capitais próprios têm voto na condução da

empresa enquanto que os capitais alheios não.

• Em tese, as obrigações não têm risco porque, na liquidação, são pagas antes dos capitais próprios

• Se a proporção de capitais próprios for pequena, as obrigações vêm o risco aumentado, exigindo o “mercado” uma taxa de juro maior.

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Exercício• Um projecto de investimento a 10 anos necessita

de 10M€ de financiamento num projecto com uma rentabilidade R ~ N(15%, 15%)/ano.

• Para uma relação de alavancagem de 4 para 1 (i.e., detém 2.5M€ de acções e emite 7.5M€ de obrigações a uma taxa de juro fixa de 10%/ano)

• Determine o efeito da alavancagem na rentabilidade e risco dos capitais próprios.

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Exercício

A rentabilidade média e o risco dos capitais próprios aumentam.

)0%,10(3%)15%,15(4

34

105.75.2

NN

CACCP

CCACP

%)60%,30(NRCP