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Material Digital do Professor Ciências – 6º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da metodologia adotada. 1. Objetos de conhecimento e habilidades No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados em cada capítulo indicado para o estudo do 1º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades da BNCC, habilidades complementares e habilidades complementares que foram contempladas no Livro do Estudante. As habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a continuidade das aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres. Referência no material didático Objetos de conhecimento Habilidades Capítulo 1 Um olhar para o universo Forma, estrutura e movimentos da Terra (EF06CI14) Inferir que as mudanças na sombra de uma vara (gnômon) ao longo do dia em diferentes períodos do ano são uma evidência dos movimentos relativos entre a Terra e o Sol, que podem ser explicados por meio dos movimentos de rotação e translação da Terra e da inclinação de seu eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol. Conceituar e diferenciar alguns dos principais corpos celestes que compõem o Universo. Localizar a Terra no Universo usando outros corpos celestes como referencial. Relacionar fatos e fenômenos terrestres periódicos com a posição das constelações no céu noturno. Compreender como podemos nos orientar com base na observação da posição das estrelas. Diferenciar astros luminosos de astros iluminados e exemplificá-los. Compreender e aplicar o conceito de ano-luz. Entender o que são hemisférios terrestres e saber localizá-los em um mapa-múndi. Capítulo 2 A forma da Terra Forma, estrutura e movimentos da Terra (EF06CI13) Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade da Terra. Compreender o desenvolvimento científico associado à evidência da esfericidade da Terra. Capítulo 3 A estrutura da Terra Forma, estrutura e movimentos da Terra. (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características. Destacar evidências que possam indicar algumas características do interior do planeta. Compreender o conceito de modelo científico.

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Material Digital do Professor

Ciências – 6º ano

1º bimestre – Plano de desenvolvimento

O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os

objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro

do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da

metodologia adotada.

1. Objetos de conhecimento e habilidades

No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados em

cada capítulo indicado para o estudo do 1º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades

da BNCC, habilidades complementares e habilidades complementares que foram contempladas no

Livro do Estudante. As habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a

continuidade das aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres.

Referência no material didático

Objetos de conhecimento Habilidades

Capítulo 1 Um olhar para o universo

Forma, estrutura e movimentos da Terra

(EF06CI14) Inferir que as mudanças na sombra de uma vara (gnômon) ao longo do dia em diferentes períodos do ano são uma evidência dos movimentos relativos entre a Terra e o Sol, que podem ser explicados por meio dos movimentos de rotação e translação da Terra e da inclinação de seu eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol.

Conceituar e diferenciar alguns dos principais corpos celestes que compõem o Universo.

Localizar a Terra no Universo usando outros corpos celestes como referencial.

Relacionar fatos e fenômenos terrestres periódicos com a posição das constelações no céu noturno.

Compreender como podemos nos orientar com base na observação da posição das estrelas.

Diferenciar astros luminosos de astros iluminados e exemplificá-los.

Compreender e aplicar o conceito de ano-luz.

Entender o que são hemisférios terrestres e saber localizá-los em um mapa-múndi.

Capítulo 2 A forma da Terra

Forma, estrutura e movimentos da Terra

(EF06CI13) Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade da Terra.

Compreender o desenvolvimento científico associado à evidência da esfericidade da Terra.

Capítulo 3 A estrutura da Terra

Forma, estrutura e movimentos da Terra.

(EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características.

Destacar evidências que possam indicar algumas características do interior do planeta.

Compreender o conceito de modelo científico.

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Ciências – 6º ano

1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Referência no material didático

Objetos de conhecimento Habilidades

Capítulo 4 A crosta terrestre: rochas e minerais

Forma, estrutura e movimentos da Terra.

(EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos.

Conhecer os conceitos de rocha, mineral e minério e suas relações. Compreender o conceito de intemperismo e sua relação com a formação das rochas sedimentares.

Identificar as rochas e classificá-las em magmáticas, sedimentares e metamórficas.

Conhecer a origem e as principais características das rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas.

Conhecer como o ser humano utiliza as rochas no seu cotidiano.

Perceber que a exploração das rochas pode trazer impactos para o meio ambiente.

Compreender o significado de fóssil e o processo de fossilização.

2. Atividades recorrentes na sala de aula

A sala de aula é o local por excelência onde o professor deve propor atividades ou

procedimentos didáticos que intencionalmente tenham como objetivo o desenvolvimento das

habilidades e competências previstas para cada bimestre. Essas atividades precisam ser

complementadas por outras, fora do espaço da sala de aula e mesmo por algumas fora da própria

escola, sempre com a participação do professor como orientador e mediador do processo.

Acreditamos que, para o desenvolvimento das competências e habilidades previstas, os estudantes

devem participar de forma ativa no processo de construção do conhecimento, sempre cientes dos

objetivos a serem alcançados e das escolhas feitas para alcançá-los.

Sugerimos nesta obra um conjunto de atividades que deverão ser realizadas de maneira

recorrente em cada bimestre, embora em contextos e condições diversas, sempre alinhadas com a

nossa proposta metodológica.

Neste bimestre, o primeiro do 6º ano, o professor terá contato pela primeira vez com um grupo

de estudantes oriundos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com características diferentes dos

Anos Finais. Também poderá se deparar com o fato de os estudantes não estarem habituados a ter

uma postura de participação mais ativa nas aulas. Dessa forma, é necessário que o professor

compartilhe com os estudantes suas intenções em cada atividade proposta: quais são os objetivos ao

propô-las e como pretende avaliar se esses objetivos estão sendo atingidos.

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Problematização e levantamento de conhecimentos prévios

Propomos em cada um dos capítulos um conjunto de questões-problema para nortear o início

do que chamamos de problematização. Outras questões poderão ser formuladas pelo professor nesta

etapa inicial, assim como durante todo o percurso realizado no bimestre. É com base nas respostas

dadas pelos estudantes às questões trazidas pelo professor, bem como às questões formuladas pelos

próprios estudantes, que o professor pode conhecer as concepções e conhecimentos prévios da classe,

tomando-os como ponto de partida para o processo de construção do conhecimento ao longo do

tempo.

A etapa de problematização e levantamento de conhecimentos prévios pode se dar a partir de

diversas dinâmicas, como a participação da classe de maneira coletiva (roda de conversa) ou discussão

de questões iniciais em duplas ou pequenos grupos. O professor poderá utilizar imagens, vídeos ou

textos de diferentes gêneros para sensibilizar e motivar os estudantes para discussão inicial das

questões de cada capítulo. Qualquer que seja a dinâmica adotada pelo professor, é necessário garantir

nesta etapa, além da discussão, o registro das respostas do grupo para que sejam resgatadas ao longo

do bimestre.

Filmes e vídeos

Neste bimestre, propomos a utilização de dois documentários de curta duração para

introdução dos temas que serão abordados. Essa atividade deverá ser recorrente ao longo da obra,

sempre com indicações claras do contexto e da pertinência da sua utilização. É importante que o

professor assista aos títulos indicados e avalie a melhor maneira de discutir e sistematizar o que foi

abordado no filme. O trabalho de produção de texto, na forma de resumo ou comentário crítico, é

uma boa oportunidade de o professor de Ciências fazer interface com o compoente curricular de

Língua Portuguesa. Neste momento do curso, é recomendável que o professor utilize alguns textos

como modelo e, havendo disponibilidade de tempo, desenvolva a atividade na própria sala de aula.

Leitura e compreensão de texto

Esta atividade é proposta em todos os capítulos da coleção, na medida em que os estudantes

farão uso de textos contidos no Livro do Estudante em diversos momentos, com a finalidade de

introduzir determinados assuntos, sistematizar a discussão realizada, complementar ou resolver

exercícios de retomada, desafio ou síntese.

Neste primeiro bimestre, considerando o fato de o professor ainda não conhecer a

competência de leitura dos estudantes, sugerimos alguns momentos de leitura em voz alta, pelos

estudantes e pelo professor, com discussão e compreensão dos temas com a classe no formato de

roda de conversa. Isso ajudará o professor a localizar estudantes com possíveis defasagens de leitura

e compreensão de texto a fim de propor intervenções, quando necessário, para auxiliar o

desenvolvimento deles.

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Discussão e correção das questões propostas no Livro do Estudante

Considerando que este bimestre marca o início de uma nova etapa de escolaridade para os

estudantes, é necessário que o professor fique atento ao processo de correção das questões

propostas, garantindo que todos os estudantes tenham a oportunidade de fazer a autocorreção,

verificando suas respostas e propondo, em caso de necessidade, as modificações necessárias. Vale

lembrar que as respostas dos estudantes vão subsidiar o estudo para provas e, portanto, é de extrema

importância que todos façam a autocorreção. Uma estratégia que ajuda a mobilizar a classe para esta

atividade é o professor pedir para alguns estudantes colocarem suas respostas no quadro e envolver

a classe na correção, com sugestões para alterar ou complementar as respostas dos colegas.

Mapas conceituais

A confecção de mapas conceituais é um procedimento didático bastante eficiente para

apresentação ou sistematização de um assunto e pode também ser utilizado para o levantamento dos

conhecimentos prévios dos estudantes. No Manual do Professor discutimos com mais detalhes como

é possível utilizá-los. Neste bimestre, propomos o emprego dos mapas conceituais nos capítulos 3 e 4,

com o objetivo de ajudar a sistematização de assuntos que envolvem alguns conceitos e suas relações.

Nesse caso, a proposta é o professor montar os mapas no quadro com a participação da classe.

Gradativamente o professor poderá ensinar os estudantes a produzir mapas conceituais de maneira

autônoma na classe ou em casa.

Para mais informações a respeito de mapas conceituais, acesse:

• <www.lucidchart.com/pages/pt/o-que-e-um-mapa-conceitual>;

• <www.lucidchart.com/pages/pt/como-fazer-um-mapa-conceitual>.

Acesso em: 1o out. 2018.

Atividades práticas

Neste bimestre, propomos atividades práticas em todos os capítulos por considerarmos este

um procedimento didático fundamental para o desenvolvimento das principais habilidades e

competências previstas para o ensino de Ciências. Todavia, em cada capítulo, as atividades práticas

possuem características e objetivos diferentes.

• Capítulo 1 – A proposta é a observação e a identificação de astros por meio da utilização de um mapa celeste, atividade complementar e individual para ser realizada fora da escola.

• Capítulo 2 – A atividade prática, realizada em grupos, na sala de aula, tem como proposta a construção do conceito de modelo nas ciências, utilizando uma situação na qual os estudantes são desafiados a descrever um objeto que está no interior de uma caixa, sem abri-la − desafio que geralmente provoca bastante envolvimento e discussão de ideias nos grupos de estudantes. Uma vez trabalhado o conceito de modelo nas ciências, na segunda

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proposta de atividade, os estudantes têm a oportunidade de construir modelos de Terra plana e redonda para observar sombras projetadas e relacionar com o formato do planeta.

• Capítulo 3 – A atividade proposta utiliza conceitos e procedimentos matemáticos para que os estudantes consigam visualizar as camadas da Terra em determinada escala. É uma boa oportunidade para que se observe como os vários compontes curriculares interagem para resolver determinados problemas. Sugerimos que essa atividade seja desenvolvida em grupos na sala de aula.

• Capítulo 4 – A proposta de atividade prática é uma simulação do processo de formação de fósseis. É importante que os estudantes percebam a importância das simulações para a compreensão e previsão de determinados fenômenos naturais. Nas situações propostas neste capítulo, os fenômenos simulados não poderiam ser observados em tempo real pois ocorrem na natureza ao longo de milhares a milhões de anos.

3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o

desenvolvimento de habilidades

As propostas presentes nas várias unidades desta obra foram organizadas com o objetivo de

promover o desenvolvimento das competências gerais e específicas encontradas na BNCC, das

habilidades relacionadas aos objetos de conhecimento ali presentes e de outras complementares. Para

auxiliar o trabalho do professor, apresentamos orientações gerais para cada capítulo. Essas

orientações, presentes no Manual do Professor e nos demais materiais que compõem o Material

Digital do Professor, poderão ser utilizadas para auxiliar na atividade docente. Sugerimos que utilize

essas orientações adequando-as como achar mais conveniente para seu contexto, em função de

diversos fatores, como disponibilidade de tempo, recursos materiais disponíveis e outras variáveis

inerentes a sua prática pedagógica.

Todas as orientações presentes no Manual do Professor e no Material Digital do Professor

estão articuladas com as premissas que sustentam a linha metodológica adotada pelos autores em

toda a coleção. A principal delas é a de que o processo de aprendizagem ocorre de maneira

colaborativa com base em relações interpessoais, em vez de ocorrer individual e isoladamente. Os

estudantes precisam interagir com os colegas, professores e outros atores sociais, expondo seus

pontos de vista, formulando e ouvindo hipóteses e narrativas sobre diferentes perspectivas, a fim de

conseguirem, em um processo dialógico, construir seus conhecimentos, habilidades, valores e

desenvolver as competências necessárias para intervir na sociedade. Todavia, é necessário que os

estudantes tenham o livro didático como um referencial de conhecimentos atualizados e confiáveis,

que possa ser o fio condutor do seu processo de aprendizagem, sem, contudo, engessá-lo.

Em cada um dos capítulos desta unidade existem propostas de atividades nas quais os

estudantes são convidados a participar de dinâmicas de grupo que estimulam a troca de ideias e

desafiam os estudantes a resolver as questões e os problemas propostos. Nas orientações didáticas

do Manual do Professor de cada capítulo, indicamos algumas questões que consideramos centrais para

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

a etapa de problematização e aproximação do assunto principal do capítulo, e que podem provocar a

formulação de outras questões por parte dos estudantes. A análise das questões formuladas pelos

estudantes ajudará o professor a mapear os conhecimentos e convicções sobre os assuntos que os

estudantes construíram até aquele momento e a planejar as intervenções necessárias para dar

continuidade ao processo de ensino e aprendizagem.

Organizamos a narrativa da unidade 1, Terra e Universo, partindo do estudo do Universo

observável, seus componentes e a relação da humanidade com os principais fenômenos celestes, os

quais permitiram, devido a sua regularidade, marcar o tempo, organizando e prevendo eventos, bem

como orientar-se espacialmente.

O estudo dos planetas e outros corpos celestes geralmente provoca fascínio nos estudantes,

que, movidos pela curiosidade, costumam fazer muitas perguntas que extrapolam as questões centrais

previstas para a unidade. Cabe ao professor responder pontualmente algumas questões ou estimular

a pesquisa ativa pelas suas respostas, sabendo distinguir as questões que se configuram como

curiosidades daquelas que serão essenciais para o desenvolvimento das habilidades previstas para o

capítulo 1. Um dos aspectos importantes da narrativa construída é a percepção de que diferentes

culturas propuseram diversas explicações para fenômenos naturais com base na observação do céu

estrelado.

Acreditamos que no 6º ano é necessário ter o modelo geocêntrico como referencial inicial para

estudarmos alguns fenômenos observáveis, como os movimentos do Sol e a compreensão de como a

regularidade desses movimentos permitiu o estabelecimento de intervalos de tempo e a determinação

das estações do ano. Ainda neste ano, iniciamos a transição para o modelo heliocêntrico, que será

aprofundado, assim como outros modelos, no decorrer dos anos posteriores, mostrando que, na

história da ciência, modelos explicativos sobre fenômenos observáveis podem ser substituídos por

outros, não se constituindo como verdades absolutas ou definitivas.

Dando continuidade à narrativa da unidade, uma vez que os estudantes ampliaram seus

conhecimentos sobre o Universo e exploraram alguns fenômenos observáveis, no capítulo 2, fazemos

um zoom em direção ao planeta Terra, com foco nas evidências indiretas construídas ao longo da

história da humanidade sobre seu formato.

Seguindo a linha metodológica adotada na coleção, são propostas atividades que envolvem

desafio, reflexão e construção de conhecimentos relacionados às questões e problemas, sempre

estimulando a troca e a construção coletiva de novas ideias e paradigmas. A atividade A caixa

misteriosa permite a construção do conceito de modelo, basilar para o desenvolvimento de uma

postura científica, além de várias habilidades e competências relacionadas, como as relacionadas à

interação em grupos. É importante salientar que o professor tem um papel fundamental como

mediador do processo de ensino e aprendizagem, fazendo a gestão das atividades individuais e em

grupos para que elas possam se desenvolver no tempo e espaço planejados e garantir a participação

e engajamento de todos os estudantes. Outra atividade proposta no capítulo 2, Terra plana ou

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redonda, permite a construção de uma das evidências do formato do planeta Terra com base na

utilização de modelos de Terra plana e redonda com a observação de sombras projetadas.

No capítulo 3, exploramos ainda mais o nosso planeta, agora explorando sua organização

interna em camadas. A superfície da Terra compreende a região de ação do ser humano. A observação

de fenômenos, como terremotos, vulcanismo e tsunamis, entre outros, associada ao desenvolvimento

científico, permitiram que fosse criado um modelo da estrutura da Terra abrangendo as regiões onde

o ser humano ainda não tem alcance físico. Esses fenômenos serão objeto de estudo mais aprofundado

no 7º ano. Neste capítulo, trabalhamos o conceito de escala, aplicando-o na construção de um modelo

de planeta Terra para que os estudantes possam visualizar de maneira concreta suas camadas e

começar a compreender seus impactos sobre a dinâmica geral do planeta (vulcanismo, tsunami,

formação de relevo, etc.) e em especial sobre nossas vidas. Vale destacar que a interface com outros

componentes curriculares, como Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática, é parte

fundamental da linha metodológica desta coleção. Ao longo das narrativas construídas nas unidades

temáticas, focamos a construção do conhecimento científico por meio de atividades interdisciplinares,

com propostas que exploram as competências de leitura, escrita e uso da Matemática como

ferramenta importante e necessária para a construção do conhecimento científico. Nesta unidade,

encontramos um diálogo constante com o componente curricular de Geografia, não apenas para os

conceitos desenvolvidos, mas também no que toca às propostas sugeridas para o desenvolvimento

das habilidades previstas.

Finalizando a narrativa desta primeira unidade, aprofundamos no capítulo 4 o estudo de uma

das camadas do nosso planeta, a crosta terrestre, abordando sua constituição e alguns fenômenos

considerados essenciais para a construção da narrativa da obra: o processo de fossilização e a

formação dos solos. Esses assuntos serão resgatados nos anos seguintes em contextos diferentes,

quando discutiremos a teoria da deriva continental, as teorias evolucionistas e os impactos causados

pela exploração dos recursos naturais. Na etapa de problematização e levantamento dos

conhecimentos prévios dos estudantes, é provável que o professor perceba que alguns conceitos e

relações sobre solos foram construídos no Ensino Fundamental I e, dessa maneira, é importante

organizar alguma dinâmica que permita resgatar os conhecimentos estudados pelos estudantes como

ponto de partida para o aprofundamento do tema que ocorrerá neste capítulo.

4. Gestão da sala de aula

Gestão de conflitos (relações interpessoais)

A sala de aula é um dos locais onde ocorre com maior intensidade a interação dos estudantes

na escola. Essas interações ocorrerão com ou sem a mediação do professor, podendo gerar situações

de conflito que precisam ser entendidas como parte importante e necessária para o crescimento do

grupo nos seus vários âmbitos (social, emocional e intelectual). Muitas vezes reprimimos as situações

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de conflito que consideramos inadequadas em vez de utilizá-las como oportunidade para o

desenvolvimento de habilidades e competências. Nesse sentido, abaixo reproduzimos três

competências gerais da Educação Básica presentes na BNCC:

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,

compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos

outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,

fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com

acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus

saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer

natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,

flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios

éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Essas competências podem ser trabalhadas no cotidiano da sala de aula baseadas em

interações que ocorrem de maneira espontânea ou intencional, por meio de propostas sugeridas nas

orientações didáticas de cada capítulo.

O desenvolvimento das competências acima só é possível com a mediação do professor, que

deve observar e intervir de maneira diretiva em várias situações de interação entre os estudantes que

ocorrem na escola. Por exemplo, durante uma atividade em dupla, grupo ou roda de conversa, o

professor pode trazer para discussão em classe questões que auxiliem os estudantes a identificar e

refletir sobre os aspectos positivos das interações que estão ocorrendo e os conflitos e os sentimentos

que aparecem nesse processo. Agindo de maneira intencional e fazendo as intervenções necessárias,

o professor estará contribuindo para o desenvolvimento das competências socioemocionais listadas

acima.

Neste primeiro bimestre apresentamos algumas situações que envolvem diferentes tipos de

interações que poderão ser utilizadas pelo professor como estratégia para o desenvolvimento das

competências socioemocionais e habilidades específicas de Ciências. Sugerimos que o professor, antes

de iniciar uma atividade de dupla, grupo ou roda de conversa, retome com a classe a importância de

cada procedimento para o desenvolvimento individual e coletivo e proponha uma autoavaliação ao

fim de cada atividade, de modo que os estudantes possam identificar os aspectos positivos e negativos

da atividade, bem como as fragilidades que precisam trabalhar para se desenvolverem.

A atividade A caixa misteriosa, proposta no capítulo 2, por ser desafiadora, costuma provocar

bastante discussão no grupo, sendo uma ótima oportunidade para o professor identificar como está a

participação de cada estudante: se emitem opiniões e conseguem fundamentá-las, se respeitam a

opinião uns dos outros e se todos estão envolvidos de maneira adequada com a atividade. Esses

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aspectos, juntamente com outros levantados pelos estudantes, poderão estar entre os critérios que

serão utilizados para compor a autoavaliação após o fim da atividade.

É muito importante que, durante as atividades realizadas em duplas e em grupos, o professor

circule pela classe, observando e coordenando os trabalhos e, quando necessário, ajudando os grupos

nas dificuldades enfrentadas, sejam elas diretamente relacionadas às habilidades do componente

curricular, às competências da Educação Básica ou às questões socioemocionais.

Ao final de cada bimestre, o professor poderá organizar uma roda de conversa para, com os

estudantes, analisarem o desenvolvimento que apresentaram como grupo em relação às interações

interpessoais que estabeleceram nos grupos de trabalho, registrando-as para compará-las no fim do

ano letivo.

Gestão do tempo

Outro aspecto que deve ser considerado na gestão da sala de aula é o tempo disponibilizado

para as diversas atividades planejadas pelo professor e pelos estudantes. É importante que o professor

dimensione o tempo necessário para cada atividade de uma sequência didática e compartilhe com os

estudantes esse planejamento.

Uma estratégia para que os estudantes desenvolvam a autonomia no processo de gestão do

tempo é propor atividades de grupo com etapas bem definidas e deixar que os grupos distribuam essas

etapas no tempo determinado para realização das mesmas. No final da atividade, o professor pode

pedir que o grupo faça uma avaliação do planejamento realizado e socialize com a classe os critérios

utilizados para esse planejamento, bem como os problemas enfrentados. É importante chamar

atenção para o fato de que, ao proceder dessa maneira, o professor estará utilizando as atividades em

grupo não apenas como procedimento didático para o desenvolvimento de habilidades e

competências do componente curricular, mas também aquelas de caráter geral.

Neste primeiro bimestre, a atividade prática A Terra em escala, proposta no capítulo 3, pode

ser utilizada para que os estudantes se planejem de modo a viabilizar a conclusão da atividade no

tempo previsto. Uma sugestão é dividir cada etapa de desenvolvimento da atividade em intervalos de

tempo específicos que os estudantes consigam acompanhar com um relógio. Ao fim de cada intervalo,

os estudantes devem parar o que estão fazendo e levantar o que conseguiram realizar e o que faltou

desenvolver nesse tempo. O professor pode auxiliá-los a se organizarem para realizar os

procedimentos destinados para cada fase no tempo previsto. No final, é possível fazer uma discussão

entre eles para verificar os aspectos positivos e negativos dessa dinâmica, bem como o que

aprenderam com relação à organização de uma atividade em intervalos de tempo específicos.

Gestão do espaço

Para a realização de atividades diversificadas na sala de aula é importante que o espaço

permita as adequações necessárias. Dessa maneira, o professor deve propor diferentes formas de

organização das carteiras a fim de facilitar a interação dos estudantes e obter melhores resultados.

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Sugerimos que o professor faça experiências com relação a organização do espaço da sala, dispondo

as carteiras da maneira mais adequada para o desenvolvimento da atividade planejada, e que avalie

com a classe os resultados obtidos. Para atividades em pequenos grupos, é necessário estudar

previamente a distribuição das carteiras na classe, a fim de permitir ao professor circular com

facilidade entre os grupos. Uma vez identificado o melhor posicionamento, o professor poderá fazer

um mapa dessa distribuição e fixá-lo no mural até que os estudantes consigam arrumar as carteiras na

posição correta.

Existem vários modelos de distribuição das carteiras – em “U”, em semicírculo, em círculo, em

grupos, etc. – que podem favorecer a interação dos estudantes durante as atividades.

A sala de aula pode ser também um espaço para realização de atividades práticas em pequenos

grupos ou demonstrações conduzidas pelo professor com a participação de toda a classe, como uma

alternativa ao uso do laboratório, quando este não estiver disponível, ou quando o professor

considerar mais adequado realizá-las na própria sala de aula em função da dinâmica escolhida. Um

exemplo é a atividade de simulação do processo de fossilização, proposta no capítulo 4, que poderá

ser desenvolvida com os estudantes dispostos em círculos, com a mesa do professor no centro. Nesse

caso, o professor poderá solicitar a ajuda de alguns estudantes e conduzir a atividade em etapas, a fim

de que todos tenham oportunidade de fazer os registros necessários, formular questões e tirar suas

dúvidas.

Outros espaços, tais como laboratório de informática, jardim, pátio, etc., poderão ser

utilizados, se disponíveis na escola, em diversas atividades que propomos nos capítulos desta coleção,

ampliando as interações dos estudantes com outras pessoas e espaços do ambiente escolar.

Se houver disponibilidade, sugerimos também explorar espaços não formais de educação,

como museus de ciências, institutos de estudo e pesquisa, jardins botânicos, zoológicos, aquários,

parques estaduais, planetários, entre outros.

5. Acompanhamento da aprendizagem dos estudantes

Para acompanhar a aprendizagem dos estudantes, sugerimos utilizar a Ficha de

acompanhamento da aprendizagem, as Avaliações bimestrais e as aferições de aprendizagem

indicadas nas Sequências didáticas. Esses instrumentos auxiliam o acompanhamento, a análise e a

aferição do desenvolvimento dos estudantes nas habilidades indicadas para o bimestre, bem como

nas competências e nos aspectos socioemocionais.

Disponibilizamos uma Ficha de acompanhamento da aprendizagem para cada bimestre. Em

“Expectativa de aprendizagem” inserimos habilidades da BNCC, habilidades complementares e

competências. Instigamos os professores a utilizarem essa sugestão de ficha como um modelo e a

modificá-la quando considerar necessário, inclusive inserindo outras expectativas de aprendizagem

que desejam acompanhar durante o desenvolvimento dos estudantes.

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

A concepção de avaliação desta obra é coerente com a concepção de ensino-aprendizagem

assumida pelos autores e materializada na linha metodológica proposta para o desenvolvimento das

competências e habilidades previstas na BNCC e outras complementares. Acreditamos que a

construção do conhecimento se dá na interação com os outros e o papel da escola não deve se

restringir a transmissão de conteúdos conceituais, mas sim desenvolver um conjunto de competências

e habilidades que permitam a formação de cidadãos com condições de fazer uma leitura crítica da

realidade e nela intervir. Dessa maneira, precisamos ampliar nosso olhar sobre o significado do

conceito avaliação, procurando utilizar instrumentos que possam avaliar ao longo do tempo se as

atividades que realizamos com os estudantes atingem os objetivos propostos e não constituem um

mecanismo que se restringe a “mensurar” informações adquiridas.

Nessa perspectiva, acreditamos que a avaliação deve ser contínua e processual e que busque

diagnosticar avanços e fragilidades em nossa prática pedagógica, com base na observação do

desempenho dos estudantes. A avaliação deve auxiliar o professor a delinear estratégias para o

desenvolvimento de seus estudantes a fim de redefinir caminhos, práticas e estratégias que ajudem

no deslocamento de todo o grupo e não apenas dos que apresentam mais facilidade para apreender

determinados conhecimentos em um momento específico do período letivo.

O primeiro bimestre do 6º ano é um bimestre de transição no Ensino Fundamental entre os

Anos Iniciais e os Anos Finais. É muito importante que nesse período o professor desenvolva atividades

que possam ajudá-lo a conhecer a classe como um todo e as particularidades de cada estudante. As

questões e respostas formuladas pelos estudantes e a maneira como interagem e se organizam

fornecerão subsídios importantes para o professor afinar seu planejamento, fazendo as intervenções

necessárias para o deslocamento de todos os estudantes.

Ao longo do ano, mas principalmente no começo, o professor deve procurar avaliar (avaliação

diagnóstica) a situação da classe com relação às competências, habilidades e conhecimentos

conceituais adquiridos em anos anteriores (Ensino Fundamental – Anos Iniciais). No Manual do

Professor, apresentamos sugestões de atividades que permitirão ao professor fazer essa avaliação

diagnóstica.

É importante que, para cada um dos procedimentos didáticos adotados pelo professor, haja

um momento de conversa com a classe sobre os objetivos da atividade, a postura esperada dos

estudantes, os procedimentos que serão realizados e os instrumentos de avaliação que serão

utilizados. Também acreditamos ser necessário que o professor apresente seu plano de avaliação

bimestral, deixando claro quais serão os instrumentos e critérios de avaliação adotados. Se possível,

sugerimos que o professor apresente uma maneira simples de os estudantes organizarem, registrarem

e avaliarem seu desempenho ao longo do bimestre.

A seguir propomos algumas formas de avaliação para este bimestre, em função das

competências e habilidades previstas e dos procedimentos didáticos adotados.

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Ciências – 6º ano

1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Produção de texto

Relatórios para as atividades propostas nos capítulos 2 e 4: Terra plana ou redonda? e

Simulação do processo de fossilização, respectivamente. As produções poderão ser feitas

individualmente na residência dos estudantes ou em duplas na própria classe. Este é um bom

momento para o professor observar as dificuldades de escrita dos seus estudantes e propor, com a

participação de professores de outros componentes curriculares, em especial de Língua Portuguesa,

atividades que possam ajudar o desenvolvimento dos estudantes, principalmente se constatarem

neles algumas dificuldades para esse desenvolvimento.

Pesquisa em diversas fontes

Uma atividade de pesquisa proposta para este bimestre é sobre as rochas utilizadas pela

humanidade. O trabalho deve ser precedido de orientações claras do professor com relação a seleção

de fontes confiáveis e registro e síntese das informações coletadas, além das possibilidades de

socialização e organização dos dados pesquisados. Uma boa seleção de sites confiáveis, bem como a

discussão dos critérios necessários para seleção de informações pertinentes à pesquisa, ajudará

bastante os estudantes na realização da atividade. A socialização dos resultados poderá ser feita de

diferentes maneiras em função dos recursos e do tempo disponibilizados pelo professor. É importante

que o professor procure estabelecer, com a classe, critérios de avaliação para o trabalho, procurando

observar o processo de execução da pesquisa e não apenas o resultado final. Sugerimos uma

autoavaliação contemplando o desempenho e as dificuldades que os estudantes tiveram na realização

da atividade.

Resolução de questões na classe e na residência do estudante

As questões resolvidas na classe permitem ao professor um acompanhamento mais próximo

dos estudantes, podendo fazer intervenções pontuais e no grupo durante o processo de resolução.

Para as questões a serem resolvidas na residência do estudante, é importante que o professor utilize

dinâmicas que permitam aos estudantes expor o raciocínio usado para a resolução das questões, bem

como as dúvidas que surgiram. É de extrema importância que o professor acompanhe o processo de

autocorreção feito pelos estudantes, garantindo o registro adequado no caderno. A qualidade do

registro das aulas pelos estudantes auxiliará no estudo do conteúdo em momentos posteriores e no

desenvolvimento de habilidades de organização e comunicação, além de fornecer subsídios para uma

eventual ajuda externa.

Provas

As provas devem ser utilizadas como instrumentos de avaliação ao longo do bimestre,

podendo o professor organizar provas curtas, contendo poucas questões, que auxiliam a verificar as

dificuldades que estão surgindo ao longo do processo de ensino e aprendizagem e possibilitam

intervenções rápidas e pontuais. Por outro lado, as provas mensais ou bimestrais estimulam os

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

estudantes a fazer uma revisão do conteúdo trabalhado no período e são mais um instrumento que

ajuda o professor a verificar o desenvolvimento e as dificuldades dos seus estudantes.

Observações de classe

As observações feitas pelo professor no dia a dia letivo devem ajudar a compor o plano de

avaliação a partir de critérios bem definidos. Assiduidade nas aulas, realização de tarefas, postura

adequada nas atividades realizadas na sala de aula (individual, duplas, grupos), participação nas

discussões realizadas e interação com os colegas e o professor são alguns dados que podem compor

um plano de avaliação. Vale destacar que esses comportamentos, envolvendo não só aspectos

cognitivos mas também socioemocionais, precisam ser estabelecidos como avaliativos em estratégias

claras de acompanhamento e intervenção, em vez de utilizá-los apenas como instrumentos de controle

e avaliação final.

6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para

apresentar aos estudantes

Há diversas fontes de pesquisa confiáveis que podem ser utilizadas para trabalhar conteúdos

de Ciências com os estudantes de Ensino Fundamental – Anos Finais. Veja a seguir algumas indicações.

• Centro de Divulgação Científica e Cultural (CCDC): <www.cdcc.usp.br/> (acesso em: 2 out. 2018).

O site do CCDC oferece conteúdos envolvendo temas diversos relacionados à Astronomia,

além de divulgar cursos e eventos sobre a temática. Há conteúdos voltados tanto para o professor

quanto para o estudante. O CCDC possui um observatório e algumas exposições de Ciências que são

abertos à visitação.

• Ciência Hoje das Crianças: <http://chc.org.br/> (acesso em: 20 set. 2018).

Este site apresenta inúmeras matérias relacionadas ao tema Ciências em linguagem apropriada

para crianças. Indicado para produzir atividades de investigação, leitura e pesquisa.

• IBciência – Canal de Divulgação Científica da Biblioteca do Instituto de Biociências da USP: http://www.sibi.usp.br/noticias/ibciencia-canal-divulgacao-cientifica-biblioteca-ibusp/> (acesso em: 20 set. 2018).

O site traz diversos vídeos para divulgar atividades científicas e acadêmicas do Instituto de

Biociências da Universidade de São Paulo (USP).

• Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG – USP): <www.iag.usp.br/materiais-did%C3%A1ticos> (acesso em: 2 out. 2018).

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Ciências – 6º ano

1º bimestre – Plano de desenvolvimento

O site do IAG-USP apresenta materiais didáticos gratuitos sobre temas relacionados à

Astonomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas. Recomendado para atualização de professores e

profissionais que atuam na Educação Básica.

• Observatório Juventude C&T: <www.juventudect.fiocruz.br/carreiras-cientificas/ciencias-exatas-e-da-terra> (acesso em: 2 out. 2018).

O site do Observartório Juventude C&T disponibiliza informações que procuram aproximar a

juventude de temáticas sobre ciência e tecnologia.

• Planetários do Brasil: <http://planetarios.org.br/o-que-e-um-planetario/planetarios/> (acesso em: 2 out. 2018).

O site permite encontrar o planetário mais próximo de acordo com a localização desejada.

7. Projeto integrador

Conhecendo o planeta Terra

Tema As camadas do planeta Terra.

Problema central enfrentado Como podemos representar as diferentes camadas que constituem o planeta Terra.

Produto final Montagem de um modelo tridimensional da Terra e de painéis e maquetes representativos de elementos naturais da paisagem do Brasil.

Justificativa

O conhecimento de que o nosso planeta é formado por camadas com características distintas

é de fundamental importância para a compreensão de diversos fenômenos naturais como o

vulcanismo, os terremotos, os tsunamis que impactam de maneira significativa a vida na Terra. Os

modelos muitas vezes nos ajudam a visualizar estruturas, fenômenos ou objetos que não podem ser

observados de maneira direta. É o caso das camadas da Terra, cuja representação (modelo) foi

construída com base em evidências indiretas. Convém ressaltar que os modelos têm limitações e são

aperfeiçoados de acordo com o avanço do conhecimento que permitiu sua elaboração.

Competências gerais desenvolvidas

• 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

• 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Objetivos

• Identificar as diferentes camadas que constituem o planeta Terra e representá-las por meio de modelos tridimensionais.

• Pesquisar em diversas fontes informações sobre temas relacionados às camadas da Terra e a alguns elementos da paisagem natural do Brasil.

• Construir painéis, com textos e imagens, e maquetes de alguns elementos da paisagem natural brasileira.

Habilidades em foco

Componentecurricular Objeto de

conhecimento Habilidade

Ciências Forma, estrutura e movimentos da Terra

(EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características.

Geografia Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras

(EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre.

Língua Portuguesa Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição

(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.

Duração

Cerca de dois meses, dependendo do tempo de preparação e desenvolvimento das atividades

no decorrer das semanas.

Material necessário

• Bola de isopor maciça com 20 cm de diâmetro

• Caneta marca-texto ou pincel atômico

• Pincel chato escolar pequeno

• Pincel de ponta fina

• Tintas de 4 ou 5 cores diferentes

• Pedaço de barbante com 10 cm

• Cartolinas de cores variadas

• Canetas e/ou lápis de cores diferentes

• Jornais e revistas

• Materiais de pesquisa bibliográficos e/ou digitais

• Massa para modelar, papel machê ou outro material para montagem de maquete

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Perfil do professor coordenador do projeto

Todas as atividades deverão ser coordenadas pelo professor de Ciências e acompanhadas, em

momentos combinados previamente, pelos professores dos componentes curriculares relacionadas

aos objetos de conhecimento e às habilidades previstas no projeto, no caso, os professores de

Geografia e de Língua Portuguesa.

Nos dias que antecedem a apresentação final dos trabalhos, o professor de Arte poderá ser

convidado para opinar e orientar os estudantes quanto a forma e distribuição espacial dos modelos,

painéis e maquetes no espaço escolar indicado para a apresentação do projeto.

O professor coordenador é o responsável por planejar e organizar o cronograma envolvendo

todas as etapas da execução do projeto. Ele deve prever possíveis encontros dos estudantes dos

diversos grupos para que troquem informações e programem a sequência dos trabalhos,

disponibilizando para isso um tempo de suas aulas e solicitando que os outros professores envolvidos

no projeto façam o mesmo. Além disso, o coordenador deve organizar e promover encontros com os

outros professores envolvidos, para que possam integrar-se efetivamente ao projeto, ajudando a

coordenar as atividades realizadas dentro e fora da sala de aula.

Desenvolvimento

Etapa 1 – Apresentação do projeto e delimitação do problema

O projeto integrador deve ser iniciado com a preparação dos estudantes, o que pode incluir a

proposição de questões disparadoras que permitam ao professor identificar o conhecimento prévio

dos estudantes sobre o tema da atividade, bem como estimular o envolvimento deles no projeto.

Algumas perguntas que podem ser feitas são: “Cientistas e profissionais ligados ao estudo do planeta

Terra afirmam que ele é formado por camadas. Quais seriam essas camadas?; Essas camadas são todas

sólidas, como a parte externa da Terra?; Todas essas camadas apresentam espessura e composição

idênticas?; De qual camada vem o material expelido pelos vulcões?; Nós vivemos em que camada da

Terra?; É possível representar em escala as camadas em um modelo tridimensional?; Quais são os

principais elementos da paisagem natural (acidentes geográficos) que podemos observar na crosta

terrestre?; Qual é a relação entre as camadas da Terra e a formação desses elementos da paisagem?”.

As respostas e os debates são estimulantes para a reflexão sobre o desenvolvimento do

projeto. Informe que esse projeto terá a participação e a orientação também de outros professores e

deverá ser desenvolvido e apresentado por grupos com cinco componentes. Em cada etapa, os grupos

formados receberão informações e orientações sobre o desenvolvimento e a montagem do projeto.

O projeto será desenvolvido com a construção de um modelo tridimensional da Terra sobre as

camadas do planeta, sob orientação do professor de Ciências. O professor de Geografia vai orientar o

estudo dos elementos da paisagem natural brasileira encontrados sobre a litosfera para a construção

dos painéis e maquetes. Caberá ao professor de Língua Portuguesa a revisão e a estruturação dos

textos informativos desenvolvidos pelos estudantes.

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

O professor coordenador, após uma explicação geral de como o projeto será desenvolvido,

deverá dividir a sala em grupos com cinco estudantes cada um e organizar sua participação,

estabelecendo um cronograma de trabalho para o desenvolvimento do projeto.

Ao longo do projeto, os professores envolvidos devem acompanhar regularmente o

desenvolvimento dos trabalhos nos grupos, orientando, propondo sugestões, corrigindo rotas,

fornecendo apoio e materiais, se necessário. É importante o controle do tempo para execução de cada

etapa, para que no prazo estipulado (dois meses) o projeto esteja finalizado e pronto para a exposição

e demonstração pelos grupos responsáveis pelo desenvolvimento dos materiais (modelos e painéis).

Etapa 2 – Pesquisa individual e trabalho de grupo

Nesta etapa, os estudantes realizarão uma pesquisa individual sobre as camadas da Terra e

alguns elementos da paisagem natural do Brasil (indicamos alguns exemplos a seguir) em diversas

fontes bibliográficas ou digitais, dependendo do acesso a esses recursos.

O professor deve indicar, para a pesquisa, livros, revistas especializadas e sites que apresentem

conteúdo confiável, como páginas de instituições de ensino. Esclareça que, apesar de a pesquisa ser

individual, com posterior discussão e organização da atividade em grupo, cada estudante deve

produzir seu próprio registro escrito. Oriente que as dúvidas que surgirem nessa fase inicial devem ser

elucidadas durante as reuniões nos grupos e/ou podem ser encaminhadas ao professor coordenador

da proposta.

Em um segundo momento, os estudantes deverão se reunir nos grupos de trabalho e,

utilizando as pesquisas produzidas individualmente, elaborar uma síntese que contemple os aspectos

indicados a seguir.

• Identificação das camadas da Terra.

• Descrição das principais características de cada camada – principais elementos constituintes, estado físico dos materiais constituintes, espessura das camadas, etc.

Ainda neste encontro os estudantes deverão discutir algumas possibilidades para:

• a construção de um modelo tridimensional do planeta Terra que represente suas camadas, do núcleo até a litosfera, para que se possa começar a selecionar materiais para a produção do modelo e a criação dos painéis com os infográficos;

• a criação de painéis, com textos e imagens, e maquetes de alguns elementos da paisagem natural brasileira.

O grupo deverá consultar o professor de Geografia para escolher alguns elementos da

paisagem brasileira. A seguir, há algumas sugestões.

• O rio Amazonas, o segundo rio mais extenso do planeta, nos 3 165 quilômetros que percorre em território brasileiro, possui uma grande quantidade de afluentes, destacando-se entre eles os rios Javari, Juruá, Purus, Madeira, Tapajós, Xingu, Içá, Japurá, Negro, Trombetas, Paru e Jari.

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

• O pico mais alto do Brasil, pico da Neblina – 2 993,8 metros de altitude. Está localizado na serra do Imeri, no planalto das Guianas, estado do Amazonas, na fronteira entre Brasil e Venezuela.

• O segundo pico mais alto, pico 31 de Março – 2 972,7 metros de altitude. Está localizado também na serra do Imeri, entre Brasil (estado do Amazonas) e Venezuela.

• O terceiro pico mais alto, pico da Bandeira – 2 892 metros de altitude. É o maior pico de toda a região Sudeste do Brasil e está localizado na serra do Caparaó, entre Minas Gerais e Espírito Santo.

Cada grupo de estudantes deverá escolher para a pesquisa um elemento da paisagem

brasileira.

Etapa 3 – Construção dos modelos tridimensionais

Nesta etapa, deverão ser construídos os modelos tridimensionais, os painéis e as maquetes,

sob a supervisão dos professores envolvidos no projeto.

O modelo tridimensional das camadas da Terra poderá ser feito com uma bola de isopor

maciça de 20 cm de diâmetro que deverá ser divida em quatro partes iguais. Para isso, utilize um

barbante cujo comprimento seja exatamente igual ao diâmetro da bola. Passe o barbante sobre o

“equador” (volta central horizontal completa) da bola e corte-o nesse comprimento. Com o barbante

em volta da bola, faça um traçado pontilhado usando a caneta marca texto. Dobre o barbante

exatamente na metade, unindo as duas pontas. Com esse comprimento, coloque uma extremidade

sobre qualquer ponto da circunferência central (sinalize esse ponto) e marque na outra ponta do

barbante, na parte superior da bola, o “polo norte”, e na inferior, o “polo sul”. Com o barbante aberto

colocado sobre os três pontos marcados, trace uma circunferência completa do polo norte ao polo sul

da bola. Você terá a bola dividida em quatro partes. Uma delas será cortada com cuidado por um

adulto, usando um estilete ou uma faca.

Também é possível representar as camadas da Terra em escala cortando a bola em duas partes

iguais, proporcionando outra perspectiva de visão (superior).

Para a representação das camadas da Terra no modelo, será necessário que os estudantes

determinem, sob a orientação do professor de Ciências, uma escala apropriada. As dimensões das

camadas podem ser aproximadas.

A seguir, indicamos uma sugestão para montar a escala usando uma bola com 20 cm de

diâmetro.

Cálculo dos raios dos círculos para uma esfera de diâmetro d:

• Círculo do núcleo interno:

raio núcleo interno 1 250 km

6 400 → 2

d

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

1 250 → r núcleo interno

6 400 r núcleo interno = 1 250 2

d

r núcleo interno = 625

6400

d

r núcleo interno 0,1 d

• Círculo do núcleo externo:

raio núcleo externo (1 250 + 2 250) km 3 500 km

6 400 → 2

d

3 500 → r núcleo externo

6 400 r núcleo externo = 3 5002

d

r núcleo externo = 1750

6400

d

r núcleo externo 0,27d

3165

6400

d

• Círculo do manto:

raio rmanto (3 500 + 2 830) km 6 330 km

6 400 → 2

d

3 500 → rmanto

6 400 rmanto = 6 3302

d

rmanto = 3165

6400

d

rmanto 0,49d

Obs.: foi considerado que a crosta terrestre apresenta uma profundidade de 70 km,

aproximadamente.

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De posse do diâmetro d da esfera, com o auxílio de um compasso, desenhe em uma folha de

sulfite um círculo com o mesmo diâmetro da esfera.

Banco de imagens/Arquivo da editora

Mantendo a ponta seca do compasso no centro do círculo, desenhe mais três círculos com

raios respectivamente iguais a 0,1d, 0,27d e 0,49d.

Considerando uma esfera de diâmetro igual a 20 cm, o raio do círculo central (núcleo interno)

será de 2 cm (0,1d), o raio do segundo círculo será de 5,4 cm (0,27d) e o círculo seguinte terá raio de

9,8 cm (0,49d). Em seguida, os círculos deverão ser pintados conforme a ilustração a seguir:

Banco de imagens/Arquivo da editora

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A camada da crosta terrestre (em preto na ilustração) pode ser feita com uma caneta hidrocor

grossa.

Em seguida, recorte a ilustração, dobre-a ao meio e cole-a na esfera.

O grupo deverá colocar etiquetas ou utilizar alfinetes coloridos para indicar as camadas da

Terra. No caso de utilização de alfinetes, deverá ser feita uma legenda.

O grupo também deverá organizar um painel com fotos ilustrativas e pequenos textos

descritivos sobre o processo de construção do modelo.

Atenção: o uso do compasso e dos alfinetes pode causar risco de ferimento aos estudantes.

Considerando o perfil de sua turma, verifique a melhor maneira de realizar esses procedimentos, em

classe ou extraclasse, e saliente as orientações de segurança que julgar necessárias. Se for o caso, diga

que é preferível solicitar que um adulto responsável realize esses procedimentos para eles.

Etapa 4 – Elaboração de painéis e maquetes sobre alguns elementos da paisagem natural brasileira

Nesta etapa, os estudantes organizarão painéis contendo as informações e imagens

(fotografias ou ilustrações) sobre os elementos da paisagem brasileira pesquisados com a orientação

do professor de Geografia. Cada painel deve conter o título (paisagem escolhida), uma síntese com as

principais informações sobre a paisagem, fotos ou ilustrações, uma breve explicação da relação entre

as camadas da Terra e a formação de elementos naturais da paisagem, nome dos elementos do grupo

e fontes utilizadas para a pesquisa.

Sugerimos enriquecer os painéis com textos produzidos pelos estudantes (revisados pelo

professor de Língua Portuguesa) e outros materiais que, combinados, possam qualificar e ter um apelo

estético para os painéis na apresentação final.

Em seguida, os estudantes montarão uma maquete da paisagem natural representada no

painel. Para essa produção, pode-se utilizar massa para modelar, papel machê ou outro material que

permita a modelagem pelos estudantes. Essas maquetes servem como um modelo que complementa

os painéis.

Etapa 5 – Apresentação dos trabalhos realizados

É importante na apresentação final mostrar as etapas desenvolvidas ao longo do projeto.

Sugere-se o uso de tablets e/ou celulares para gravar/filmar os procedimentos realizados ao longo das

etapas que demonstrem/fundamentem o envolvimento dos estudantes na execução do projeto.

O professor coordenador pode reservar alguma área da escola para montagem de uma

exposição do trabalho, preferencialmente em um local onde toda a comunidade escolar poderá

observá-los. Além disso, pode-se marcar uma data para a apresentação dos projetos elaborados pelos

estudantes para a comunidade externa à escola, que deverão estar preparados para explicar o

processo de construção dos modelos, as características das camadas da Terra e os elementos da

paisagem brasileira pesquisados.

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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Proposta de avaliação das aprendizagens

A avaliação deve ter caráter formativo e ser realizada ao longo do projeto, considerando cada

estudante individualmente dentro do seu próprio processo de aprendizagem.

Para aferir a participação dos estudantes, os professores responsáveis pelo projeto deverão

observar e registrar periodicamente o empenho de cada estudante durante as etapas do trabalho.

Com relação à construção dos painéis e das maquetes, os professores poderão utilizar as sínteses das

pesquisas desenvolvidas por cada estudante. Também o grupo poderá ser avaliado durante as

apresentações do produto final. De forma complementar, o professor ainda pode solicitar que cada

grupo faça uma autoavaliação escrita, com cada componente considerando seu empenho,

envolvimento, interesse e compreensão sobre os temas trabalhados.

Para saber mais – aprofundamento para o professor

GROTZINGER, J. Para entender a Terra. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.

TEIXEIRA, W. (Org.) et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional,

2008.

TOLEDO, M. C. M. de. A Terra: um planeta heterogêneo e dinâmico. Instituto de

Geociências da Universidade de São Paulo (IGC-USP). Disponível em:

<www.igc.usp.br/index.php?id=165> (acesso em: 23 set. 2018).

TORRES, E. C. Geomorfologia e maquetes. Revista Geográfica de América Central.

Número Especial EGAL, 2011 - Costa Rica, II Semestre 2011, p. 1-10. Disponível em:

<www.redalyc.org/pdf/4517/451744820138.pdf> (acesso em: 23 set. 2018).