1-_apostila_de_calor_-_modificado

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CALOR CALOR

PRÁTI CA DE AVALI AÇÃO AMB IENTAL DE

NHO 06 e NR 15

Prof. Uanderson Rebula



HIGIENE DO TRABALHO HIGIENE DO TRABALHO

Diversos são os ramos industriais e as atividades profissionais que colocam os

trabalhadores frente a frente com o calor.

De siderúrgicas e metalúrgicas, passando por empresas de papel e celulose,

fundições, vidros, alumínio, cerâmica, química e petroquímica, em rotinas

que exigem a operação de equipamentos como caldeiras e fornos.

Em processos que envolvem aplicação de calor sensível para

transformação de produtos, como o gusa em aço, no caso das

siderúrgicas, em metalúrgicas de forjarias, secagem industrial ou mesmo

caldeiras de produção de vapor, Nos processos de fabricação de lajotas, pelo uso dos fornos com queima de lenha, etc

CALOR É UM AGENTE PERIGOSO E QUE

PODE CAUSAR DANOS DIVERSOS À SAÚDEMEDIDAS DE CONTROLE:• Ou adote medidas para reduzí-lo OU ELIMINÁ-LO; e• Ou limite o tempo de exposição do trabalhador; e

• Ou utilize EPI.• Controle médico

INTRODUÇÃO




37°

55°

SUORÉ uma forma de resfriar o organismo, pois retira

o calor do corpo através do líquido.

• Há perda de líquido no organismo;

• Junto com o líquido há também perda de sais minerais, como o ferro, cálcio, etc.• Pode haver desidratação, se não houver reposição de água o suficiente com controle médico, nutricionista, etc.

• Pode ocorrer a litíase (pedra nos rins)

A desidratação ocorre quando o corpo humano não

tem água suficiente para realizar suas funções

normais. Ela pode ser leve e causar sintomas como

fraqueza, tontura, dor de cabeça, fadiga, podendolevar à morte. Indivíduos desidratados apresentam

um volume de sangue menor que o normal, o que

força o coração a aumentar o ritmo de seus

batimentos, quadro chamado pelos médicos de

taquicardia.

Fontede calor

CONSEQUÊNCIASTEMPERATURA

NORMAL




37°

55°

Fontede calor

CONSEQUÊNCIASTEMPERATURA

NORMAL

EXAUSTÃO DO CALOROs vasos sangüíneos se dilatam para permitir asudorese (suor), resultando em baixa pressão arterial

A causa mais simples da queda de pressão é a

desidratação, provocada pela perda de água

através do suor, causada pelo calor

A pessoa pode apresentar alguns sintomas,

como tontura, mal-estar, palidez, sensação decansaço, podendo até desmaiar.

A redução do fluxo sangüíneo nas artérias leva

à deficiência de sangue no cérebro e à queda da

pressão.

CHOQUE TÉRMICOOcorre quando a temperatura do corpo atinge

determinado nível, colocando em risco algum tecido

vital que permanece em contínuo movimento



HIGIENE DO TRABALHO HIGIENE DO TRABALHO NHO 06 e NR 15

NHO 06:NHO 06:PROCEDIMENTO TÉCNICO PARA AVALIAÇÃODA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO CALOR

NHO 15:NHO 15:

ANEXO 3 - CALOR

Tem por objetivo estabelecer critTem por objetivo estabelecer critéérios e procedimentos pararios e procedimentos paraavaliaavaliaçção da exposião da exposiçção ocupacional ao calorão ocupacional ao calor




Medidor de Stress

térmico

Para se avaliar calor utiliza-seum equipamento denominado:

O objetivo é AVALIAR O CALOR aque o trabalhador está exposto

De posse do valor, compará-lo com umatabela do anexo 3 da NR15 paradeterminar o regime de trabalho

Regime de trabalho:Tempo de trabalho x Tempo de descanso




Termômetro de bulbo seco (Tbs)

Termômetro de globo (Tg)

Termômetro de bulbo úmido natural (Tbn)

PRÁTICA DO MEDIDOR CALOR

Tg = Indica a temperatura média da radiação doambiente (calor radiante que o trabalhador estárecebendo da própria fonte).

Tbn = Indica os efeitos da umidade sobre otrabalhador.

Tbs = Indica a temperatura do ar ambiente sema presença do calor radiante (utilizado quando

há carga solar)

O IBUTG é uma média ponderada dos três sensores detemperatura. De acordo com a NR 15, a exposição ao calor deveser avaliada através do “IBUTG” - índice de bulbo úmidotermômetro de globo

IBUTG




Antes de ligar o aparelho, coloque águano termômetro de búlbo úmido natural

(Tbn).

PRÁTICA DO MEDIDOR CALOR

O fabricante recomenda que o reservatório de bulbo úmido deve estar cheio de água.

O pavio deste termômetro deve ser

mantido em água destilada por no mínimo 30 minutos antes de se fazer a leit ura da t emperatura.




MEDINDO CALOR EXEMPLO PRÁTICO

Objetivo da medição:

Dimensionar a exposição do trabalhadorDeterminar o regime de trabalho:(ou seja, o tempo de Trabalho e tempo de descanso)




De acordo com o anexo 3 da NR15, i t em 3, as medições devem ser efetuadas no local onde permanece o t rabalhador , à alt ura da região do corpo mais at ingida

ATIVIDADE: CARREGAR E DESCARREGAR FORNO1° passo - medir

Resultado 28,5 IBUTG

Resultado 28,5 IBUTG




MEDINDO CALOR

Função: Forneiro Atividade: Carregar e descarregar o forno

Ferramentas/materiais: Madeira (carregar) e pá (descarregar)

Tempo que leva para carregar o forno: 15 minutos

Tempo que descansa ou fica afastado da fonte de calor: 30 minutosTempo de que leva para descarregar o forno: 15 minutos

2° passo

Verificar o quadro 3 do anexo 3 da NR15 e caracterizar a atividade emleve, moderada ou pesada

QUADRO 3

3° passo

COLETAR OS SEGUINTES DADOS:




Relembrando...O Valor do IBUTG foi: 28,5Tipo de atividade: Pesada

QUADRO 1do anexo 3

da NR15

Sendo assim, o regime de trabalho para não ser insalubre será de:• 15 minutos de Trabalho• 45 minutos de descanso

...E o forneiro trabalha:• 30 minutos de trabalho (ultrapassou 15 minutos do limite)• 30 minutos de descanso.

Logo sua atividade será caracterizada insalubre.




PARA DESCARACTERIZAR A INSALUBRIDADE, OEMPREGADOR DEVERÁ:

1. OU CUMPRIR O REGIME DE TRABAHO (NESTE CASO TERÁ QUE

CONTRATAR MAIS EMPREGADOS OU ALTERAR PROCESSO DETRABALHO)

2. OU ADOTAR MEDIDAS PARA ELIMINAR, REDUZIR OU CONTROLAR AFONTE DE CALOR

A INSALUBRIDADE SÓ PODE SERDESCARACTERIZADA EM UM DOS

DOIS CASOS ACIMA.

NÃO HÁ COMPROVAÇÃO CIENTÍFICADE QUE O EPI ATENUE O CALOR.

PORTANTO, PARA CALOR, O USO DEEPI NUNCA DESCARACTERIZÁ A

INSALUBRIDADE.




MEDINDO CALOR

MAIS EXEMPLOS

PRÁTICOS



HIGIENE DO TRABALHO HIGIENE DO TRABALHO MESMO CASO ANTERIOR, PORÉM IBUTG: 28,5

atividade: MODERADA

QUADRO 1do anexo 3

da NR15

Sendo assim, o regime de trabalho para não ser insalubre será de:• 30 minutos de Trabalho• 30 minutos de descanso

...E o forneiro trabalha:• 30 minutos de trabalho (NÃO ultrapassou)• 30 minutos de descanso.

Logo sua atividade será NÃO SERÁ caracterizada insalubre.




TÉCNICAS AVANÇADAS DE AVALIAÇÃO DE ACORDO COM A NR 15 E NHO 06




Exemplo 1Descanso no PRÓPRIO LOCAL de t rabalho

Um operador gasta 3 minutos para carregar (com auxílio de pá) um forno e aguarda 4minutos para a carga atingir a temperatura esperada, sem, no entanto, sair do local detrabalho. Em seguida gasta outros 3 minutos para descarregar o forno.

Este ciclo de trabalho é continuamente repetido durante toda a jornada de trabalho emrecinto fechado sem carga solar.

Dados:IBUTG = 28°Tipo de atividade: Pesada

Tempo de trabalho = 6 min x 6 = 36 minTempo de descanso = 4 min x 6 = 24 min

Cálculo do tempo de trabalho e descanso:

O quadro nos mostra que, para atividadepesada, o IBUTG de 28°, o tempomáximo de trabalho seria 15 min por 45

de descanso .Neste caso está ultrapassando o limitede tolerância.

Quadro 1




Exemplo 1Descanso no PRÓPRIO LOCAL de t rabalho

Um operador gasta 15 minutos para carregar (com auxílio de pá) um forno e aguarda 30minutos para a carga atingir a temperatura, sem sair do local de trabalho (descansando). Emseguida gasta outros 15 minutos para descarregar o forno.

Este ciclo de trabalho é continuamente repetido durante toda a jornada de trabalho emrecinto fechado sem carga solar.

Dados:IBUTG = 28°Tipo de atividade: Pesada

Tempo de trabalho = 15 + 15 = 30 minTempo de descanso = 30 min


O quadro nos mostra que, para atividadepesada, o IBUTG de 28°, o tempomáximo de trabalho seria 15 min por 45

de descanso .Neste caso está ultrapassando o limitede tolerância.

Quadro 1




Exemplo 2 Descanso FORA DO LOCAL de t rabalho

No caso do exemplo 1, par a descaract eri zar a insalubri dade, ou cumpre o li mi t e do quadro 1,ou adot e a 2°opção, que é determinar o per íodo de descanso FORA DO LOCAL de t rabalho.Neste caso, deve-se avaliar o IBUTG do local de descanso e também utilizar o quadro 2, bem comosuas fórmulas:

Dados:

IBUTG = 28°IBUTG descanso = 21°Tipo de atividade: Pesada - 440 kcal Tipo de atividade: descanso - 100 kcal

Tempo de trabalho = 6 min x 6 = 36 minTempo de descanso = 4 min x 6 = 24 min


QUADRO 2

28 x 36 + 21 x 24 = 25,2

60

IBUTG médio =

440 x 36 + 100 x 24 = 304,0 60

M médio =

Conclusão: Como no quadro 2 não existe a taxa de metabolismo de 304,0,então arredonda-se para 350. Neste caso, o máximo IBUTG permissível é de26,5. O resultado do cálculo é de 25,2, estando abaixo do limite. Logo o limitede tolerância não foi ultrapassado.



MEDIDAS DEMEDIDAS DE

CONTROLECONTROLE




Atrav Atravéés de microaspersores, as de microaspersores, a áágua filtradagua filtrada

pressurizadapressurizada éé distribudistribuí í da no ambiente emda no ambiente em

microgotmicrogotí í culas. Em contato com o ar,culas. Em contato com o ar,evaporam rapidamente, sem molhar,evaporam rapidamente, sem molhar,

reduzindo a temperatura local.reduzindo a temperatura local.

SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO

Benef Benef í í cios:cios: ReduReduçção de temperatura ambienteão de temperatura ambiente

Aumento do conforto t Aumento do conforto téérmicormico

SISTEMA DESISTEMA DE




Ventilador Ventilador climatizadorclimatizador individualindividual

ee independente, que usa a evaporaindependente, que usa a evaporaççãoão

dada áágua para poder resfriargua para poder resfriar ááreasreasabertas ou fechadas.abertas ou fechadas.

SISTEMA DE SISTEMA DE CLIMATIZA CLIMATIZA Ç Ç ÃO ÃO

SISTEMA DESISTEMA DE




SISTEMA DE SISTEMA DE CLIMATIZA CLIMATIZA Ç Ç ÃO ÃO

Climatizador Centrifugo SpinflashClimatizador Centrifugo Spinflash

2222” ” , unidade m, unidade móóvelvel




PlanejaPlaneja--se a posise a posiçção de cadaão de cadaventilador a fim de criar fluxoventilador a fim de criar fluxo

contcontí í nuo que possibilite a trocanuo que possibilite a trocaeficaz do ar.eficaz do ar.


SISTEMA DE





SISTEMA DE




Mesmo situaMesmo situaçções deões detemperatura extrematemperatura extrema

podem se beneficiar dapodem se beneficiar daaplicaaplicaçção do sistema.ão do sistema.




HIGIENE DO TRABALHO HIGIENE DO TRABALHO PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Onde encontrar: http://www.jgb.com.br




APARELHO DE MEDI APARELHO DE MEDI ÇÇ ÃO ÃODE CALOR DE CALOR

Termômetro de bulbo seco

AVALIA AVALIA Ç Ç ÃO AMBIENTAL ÃO AMBIENTAL

De acordo com a NR 15, a exposiçãoao calor deve ser avaliada através do"Índice de Bulbo Úmido Termômetro

de Globo" - IBUTG

Termômetro de globo

Termômetro de bulbo úmido

ÃÃ




REGIME DE TRABALHO

LIMITA LIMITA Ç Ç ÃO DO TEMPO ÃO DO TEMPO DE EXPOSI DE EXPOSI Ç Ç ÃO ÃO

LIMITALIMITAÇÇÃO DO TEMPOÃO DO TEMPO




Revezamento de pessoalReestudo dos procedimentos

LIMITA LIMITA Ç Ç ÃO DO TEMPO ÃO DO TEMPO DE EXPOSI DE EXPOSI Ç Ç ÃO ÃO

Limitar a exigência física do trabalho, programando as tarefasmais pesadas para os períodos mais frios do turno de trabalho

AUTOMATIZAÇÃO




AUTOMATIZAÇÃO DO PROCESSO

ANTEPAROS OU




ANTEPAROS OU PAINÉIS ISOLANTES



HIGIENE DO TRABALHO HIGIENE DO TRABALHO EXAUSTORES

AR CONDICIONADO




AR CONDICIONADO INDUSTRIAL

Neste exemplo, é a solução ideal nassituações onde não possam serinstaladas máquinas fixa.

Possui um tanque de água comcapacidade de 100 litros, podendotambém utilizar-se o enchimentoautomático.

Com rodas, é fácil de movimentar eproduz grandes quantidades de ar frescoe limpo.

AR CONDICIONADO





São máquinas que se adaptam perfeitamente à estrutura

do edifício-telhado, fachadas laterais ou ao nível do solo.

AR CONDICIONADO





Portáteis

REPOSIÇÃO LÍQUIDA



HIGIENE DO TRABALHO HIGIENE DO TRABALHO REPOSIÇÃO LÍQUIDA

ReposiReposiçção deão deáágua sobgua sob

controle mcontrole méédicodico




ACLIMATAÇÃO

Consiste em expor o trabalhador ao calor aos poucospara que seu organismo se adapte ao ambiente. Deveser através de acompanhamento médico.

CONTROLE MÉDICO As pessoas que trabalham expostas ao calor devem ter

um acompanhamento médico e de um nutricionista




Manual Prático de Avaliação eControle de CALOR - PPRAAutor:Tuffi Mesias SalibaEditora LTR

2ª edição - 200480 págs. preço: R$ 28,00

Nesta 2ª edição foi feita a complementação de alguns tópicos,especialmente no item de avaliação ocupacional. Nainsalubridade e aposentadoria especial foram analisadas as

normas e jurisprudência pertinentes a esse agente. Demaneira geral todos os textos foram revistos e melhorados deacordo com as sugestões de nossos leitores, bem como asnormas técnicas atuais. No item de Instrumentos de Mediçãoforam acrescentadas ilustrações dos equipamentos de formaa facilitar aos leitores a compreensão da forma correta deavaliação de calor.

Finalmente, registramos a grande aceitação desse manualpelos leitores como ocorre também nos demais manuais. Isso,além do incentivo e motivação, aumenta a responsabilidadede aperfeiçoamento contínuo de todas edições.

Onde comprar: http://www.ltr.com.br

Livro sugerido pelo professor




NORMA DE AVALIAÇÃO DECALOR DA FUNDACENTRO

DISPONÍVEL NO SITE

www.fundacentro.gov.br




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