06/09/2014 - jornal semanario - edição 3.060

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BENTO GONÇALVES sábado 6 DE SETEMBRO DE 2014 ANO 47 N°3060 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Página 29 Operação Retomada BM questiona o prende e solta Página 14 Em menos de 20 dias, Brigada Militar deteve 48 pessoas, porém 21 dos detidos já estão nas ruas de novo AUGUSTO VEBER, ARQUIVO Semana da Pátria Dez mil desfilam na Osvaldo Aranha Momento cívico acontece amanhã e reúne Exército, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, escolas e universidades

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06/09/2014 - Jornal Semanario - Edição 3.060 - Bento Gonçalves/RS

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BENTO GONÇALVESsábado6 DE SETEMBRO DE 2014ANO 47 N°3060 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Página 29

Operação Retomada

BM questiona o prende e solta

Página 14

Em menos de 20 dias, Brigada Militar deteve 48 pessoas, porém 21 dos detidos já estão nas ruas de novo

AUG

USTO

VEBER, ARQ

UIVO

Semana da Pátria

Dez mil desfilam na Osvaldo Aranha

Momento cívico acontece amanhã e reúne Exército, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, escolas e universidades

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Semanário na Internet

A nostalgia das profissõesEditorial

Em uma época na qual as novas tecnologias dominam quase que todas as profissões e impõem cada vez mais pressão em busca da agilidade na produção, algumas fun-ções que exigem um trabalho detalhista e que dispensam essas inovações ainda sobrevivem a era marcada pela modernidade. Entre eles estão os relojoeiros, sapateiros e chaveiros. São pessoas que desempenham trabalhos essenciais no nosso dia a dia e que, muitas vezes, passam despercebidas devido à correria do cotidiano.

Atuar nestas atividades representa mui-to mais do que a necessidade de simples-mente trabalhar, mostra a paixão de um profissional por aquilo que faz. Se formos analisar friamente, a maioria destas pes-soas já está aposentada mas, mesmo as-sim, segue trabalhando. E o que os move a continuar labutando, se não o amor por prestar um serviço e auxiliar as pessoas.

Alguns profissionais realizam verda-deiras obras de arte com as mãos. Afinal, alfaiates, por exemplo, são mestres em deixar as pessoas elegantes e bem vesti-das. Apesar da modernidade e do avan-ço tecnológico, muitos clientes não abrem mão da roupa sob medida, feita com o olhar clínico de quem passou a vida inteira vestindo os outros. O mesmo pode-se dizer do sapateiro, capaz de garantir uma sobrevida para sapa-tos masculinos e femininos, além das bolsas e acessórios em geral.

Temos um sentimento e um carinho imenso por estes profissionais e por que falamos, então, que estas profis-sões estão em extinção? Simples assim, não há reposição

Nas décadas de 70 e 80, ainda tínha-mos crianças que iam até o local de trabalho destes

profissionais para ficar assistindo eles

trabalharem

entre sapateiros, alfaiates, consertadores de guarda-chu-va, etc... Em sua maioria, quem trabalha com estas ati-vidades são senhores que possuem uma idade avançada. Graças à dedicação do seu trabalho, constituíram famí-lia, criaram e formaram seus filhos e, mesmo depois de todos estes anos, contniuam firmes fazendo aquilo que mais gostam.

O problema é que a juventude não sonha em ser sapatei-ro ou alfaiate. A chamada Geração Y está conectada nas re-

des sociais e vive num mundo tecnológico avançado, muito longe, até mesmo, de sua vida real. Nas décadas de 70 e 80, ainda tínhamos crianças que iam até o local de trabalho destes profissionais para ficar as-sistindo eles trabalharem. Para os garotos daquela época era gratificante alcançar uma tesoura para o corte do tecido, ajudar a colar um sapato, entre outras coisas. Era ali, naquele momento, que surgiram os úl-timos sucessores daquela geração. Depois disso, mais ninguém quis aprender este trabalho tão nobre.

Talvez, destas profissões que estão prestes a se extinguir, a de chaveiro seja uma que ainda vai se sustentar por um bom tempo. Além de rentável, ela consegue fazer com que a tradição seja mantida em família, em que o pai passa seus conhecimentos aos fi-lhos. Provavelmente, uma dose de nostalgia para quem sabe que o tempo está se esgotando para a maioria des-tes profissionais de idade avançada. Eles vão passar, com certeza, mas seu trabalho competente e a dedicação como o faziam sempre será lembrada.

Sábado, 6 de setembro de 20142 Opinião

Fomos nas despedidas a Luciano Massoco e Iraida Lahude, dois educadores nos deixaram. Havia um cír-culo em torno deles, de dependência emocional liga-da à gratidão, amizade e ao reconhecimento pela obra que levaram a efeito no campo pessoal e profissional, mostrando caminho e tornando as pessoas melhores culturamente. Vão fazer muita falta, assim como fará muita falta ao Tacchini, em torno de quem exercia re-conhecida e importante ação benemérita, o Engº João Carlos Pompermayer. Todos nós morreremos um dia, porém, na despedida dessas pessoas especiais para a comunidade a gente não fica questionando a morte? Não é difícil de aceitar?

Foram três debates. Logo após o terceiro, Dilma já admitiu que vai trocar a equipe econômica e que vai criar (já deveria tê-lo feito) o Conselho Econômico para poder saber melhor o que fazer com a nossa economia que está em rescessão técnica no caminho do caos. Aécio, no último debate, parou um pouco de rir mas ficou um pouco perdido, fez um excelente governo em Minas mas a cada pesquisa perde pontos. Marina é centrada, sabe o que dizer e o que quer, ninguém a pega no contrapé, a última pesquisa sinali-zou empate técnico entre ela e Dilma a tendência é segundo turno com as duas, e a pesquisa apontou vitória de Marina na margem de sete pontos percentuais. Com a mudança de discurso de Dil-ma, que pensou e adotou algumas proposições de Aécio e Marina, esse panorama pode mudar. Quem está ganhando é a democracia e o povo brasileiro. Há candidatos, e bons, para todos os gostos. O que se quer é um Brasil melhor, do jeito que vai, vamos todos pro saco, literalmente, Dilma diz que não se pode governar sem o Congresso, mas, com todo respeito, Presidente “antes só do que mal acompanhado”. O povo brasileiro está em plena tomada de consciência, na expectativa do próximo debate e da próxima pes-quisa. Não é hora de alienação, o Brasil está doente.

[email protected]

Despedida difícil

EstudosSegundo os pesquisadores e de acordo com as últi-

mas divulgações, “o vinho só faz bem se acompanhado de exercícios físicos e o cigarro é mais nocivo que a cocaína”. Pasmem!

Debates e pesquisa

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Sábado, 6 de setembro de 2014 3

Painel

História do CIC em exposição itineranteA história do município e do

Centro da Indústria, Comér-cio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves vai ser levada para diferentes regiões do Estado através de uma exposição iti-nerante em comemoração ao centenário da entidade. A par-tir da próxima quinta-feira, 8 de setembro, os 10 banners serão expostos na Fiergs, em Porto Alegre, onde permane-cem até o dia 19 deste mês.

Entre os dias 22 de setembro e três de outubro, a exposição itinerante será realizada na Federasul. Já a partir de outu-bro, a mesma volta para Bento Gonçalves, após ter sido apre-sentada, inicialmente na sede do CIC no município.

De seis a 16 de outubro os visitantes podem saber mais sobre a história da entidade no

Salão Nobre da Prefeitura e no dia 17 do mesmo mês, os ban-ners ficarão expostos no Clube Ipiranga. Já o Campus Univer-sitário da Região dos Vinhe-dos, a UCS Carvi, será sede da exposição de 20 a 31 do próxi-

JEFERSON

SOLD

I, DIVU

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ÇÃO

Por que a Festa de São Roque deste ano foi realizada em São Valentim? O que justifica fazer a festa fora da comunidade? Moradores do São Roque gostariam de uma justificativa por parte dos organizadores do evento.

Envie sua sugestão de pergunta pelo e-mail [email protected]

A pergunta que não quer calar

Visita ao Sistema S de ComunicaçãoO candidato ao Senado La-

sier Martins (PDT) esteve vi-sitando o Sistema S de Comu-nicação na segunda-feira, 1º de setembro. A visita foi acom-panhada pelo presidente do partido em Bento Gonçalves, Evandro Speranza (à direita na foto) e do presidente do Sindi-cato das Indústrias Metalúrgi-cas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simmme), Juarez José Piva ( à esquerda). Ele foi recebido pelo diretor do Siste-ma S de Comunicação, Henri-que Alfredo Caprara.

Na oportunidade, o can-didato destacou o potencial econômico e turístico de Ben-to Gonçalves, lembrando que esta era a terceira vez que vi-nha ao município, somente este ano. O ex-apresentador de televisão lembrou ainda dos tempos de comentarista

MA

RCELO M

ACIEL

mo mês.No mês de novembro, o tra-

balho será apresentado em escolas de Bento Gonçalves. Em dezembro, as empresas pa-trocinadoras do Livro dos 100 anos recebem a exposição.

de rádio e fazia os jogos do Esportivo contra a dupla Gre--Nal. Ele também destacou que torce para que a Fenavi-nho seja retomada nos próxi-mos anos, pois trata-se de um evento que faz parte da histó-

ria da cidade. Em determina-do momento da visita, chegou o candidato a governador Car-los Eduardo Vieira da Cunha. Na ocasião, a comitiva do PDT assistiu parte do debate com os presidênciáveis.

HUMOR Moacir Arlan

Conscientização ambiental

Farroupilha Bem GaúchaComeça hoje e segue até o

dia 21 de setembro, o evento Farroupilha Bem Gaúcha. Ao homenagear o artista Gildo de Freitas, música, cinema e shows gauchescos estão en-tre as atividades que serão realizadas no Largo Carlos Fetter, onde está programa-da para o meio-dia de hoje a

chegada da Chama Crioula. A cerimônia de abertu-

ra ocorre às 19h e, após, às 20h, haverá show com Mano Lima. Já para às 21h30min está programado um fandan-go com o Grupo Chasque.

O Festival de Cinema Gaú-cho também faz parte da programação.

Ao integrar a 6ª edição do Projeto Viva a Natureza, da Fundação Proamb, alunos da Escola Municipal Infan-til Doce Infância, de Bento Gonçalves, apresentaram a peça teatral “O Encanto da Cascata”, na terça-feira, 2 de setembro, na Via del Vino.

A comunidade do município pôde ver, no centro da cidade, atividades que tiveram como temática a água. Uma inicia-

tiva que buscou criar refle-xões sobre a necessidade dos cuidados e da preservação do meio ambiente. Para isso foi utilizado como metodologia a ludicidade.

Durante a atividade, os alu-nos apresentaram uma re-leitura da obra de Caroline Roberta Todeschini e de Si-mone Dalla Costa Lemos, que contém ilustrações de Anelise Zimmermann.

DIVU

LGA

ÇÃO

A palestra “Reforma Po-lítica e outras questões controvertidas de Direito Eleitoral” será realizada pela Comissão Especial do Jovem Advogado da Ordem dos Advogados do Brasil, da Subseção de Bento Gon-çalves. A atividade ocorre na sede da OAB do município, localizada na avenida Presi-dente Costa e Silva, 484, na terça-feira, 9 de setembro, às 18h30min.

De acordo com a organi-zação, o evento terá como palestrante a advogada

Francieli Campos, que é pós-graduada pela Escola Superior da Magistratura e coordenadora do Grupo de Estudos de Direito Eleitoral da Escola Superior da Advo-cacia (ESA).

Os interessados em parti-cipar da palestra podem ob-ter mais informações pelo e--mail [email protected] ou atravé do telefone da entidade, (54) 3454.4422.

Os interessados precisam entrar em contato através destes meios para confirmar presença no evento.

Palestra na OAB

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Sábado, 6 de setembro de 20144 Opinião

[email protected]

Que leis são essas?Esta semana, em Piraquara, cidade satélite de Curitiba, Paraná,

um adolescente esfaqueou a professora em sala de aula. Foram de-zesseis estocadas em várias partes do corpo, sendo que a primeira perfurou seu pulmão. Estamos vivendo todos os reflexos de uma legislação pífia, nojenta, escabrosa, que está acabando com todas as basilares estruturas de uma sociedade civilizada que se preze. E, insisto, tudo graças a uma constituiçãozinha vagabunda, elabo-rada por políticos dentre os quais havia centenas que tinham um único objetivo em mente: impedir que voltássemos ao domínio de governo militares. Em 1988, o temor disso era latente. E a maioria dos constituintes pensou tão somente em si, não no Brasil e no seu povo. O resultado foi essa colcha de retalhos que aí está. Dela bro-taram verdadeiras excrescências como o Estatuto da Criança e do Adolescente – o famigerado ECA -, cujas consequências são essas que se veem nas escolas. E que leis são essas?

O que virá, agora?Professores espancados, agredidos em salas de aula já se

tornaram rotina. Danos aos carros e ao patrimônio das es-colas são uma constante. E o que se vê? Que punição recebem esses verdadeiros bandidos juvenis? Não raramente recebem o apoio dos pais e, até mesmo, de algumas autoridades. Temos novelas em horários impróprios que estão destroçando o pou-co que restou das estruturas familiares. Sim, a família, que era conhecida como “A CÉLULA MATER DA SOCIEDADE” está dando seus últimos suspiros. As minorias estão impondo suas “verdades” de tal maneira que, brevemente, será difícil distin-guir o que é certo e o que é errado no convívio social. Traições, patifarias, enganações, tudo está inserido nessas novelas que são assistidas por crianças e adolescentes, sob o olhar coniven-te de pais, cujo cômodo pensamento é: “os tempos mudaram”. O que virá agora? É absolutamente imprevisível. Mas, previsí-vel é pensar-se que coisa boa não será.

Operação saúdeQuem já não ouviu dizer ou comentou o “caos da saúde no Bra-

sil”? É diuturna essa conversa. Poucos, porém, procuram saber se é, realmente, de total responsabilidade de prefeitos, governadores e da presidência isso tudo. Asseguro que jamais, em tempo algum, a União, o Estado e os municípios (esses, com exceções) investiram tanto em saúde como nos últimos anos. São bilhões de reais desti-nados à saúde. Mas, a gestão da saúde está a cargo dos municípios. Pois a polícia federal começou, há três anos, aproximadamente, uma ação que foi denominada “Operação Saúde”. Mais de 300 municípios foram flagrados em falcatruas com medicamentos, sendo 119 (é cento e dezenove, mesmo, ou seja, quase 24% do total do RS) só no Rio Grande do Sul. O governo federal destina verbas

AntônioFrizzo

ÚLTIMASPrimeira: Torcedores

do Flamengo entupiram as redes sociais de ame-aças aos torcedores do Grêmio. Chegaram até a hostilizar gremistas nas ruas do Rio de Janeiro;

Segunda: Obviamen-te, qualquer imbecil ou idiota sabe que foi uma minoria de maus torce-dores que proferiram in-júrias racistas, mas, até mesmo a imbecilidade não tem limites no Brasil;

Terceira: Resta saber o que acontecerá a partir de agora com gremistas que nada têm a ver com isso, nos estádios e nas ruas. Deve haver muitos estúpidos satisfeitos com o que conseguiram fazer;

Quarta: Num jogo en-tre Santa Cruz e Paraná, vasos sanitários foram lançados sobre torcedo-res, deixando três feridos e UM MORTO. A impren-sa comentou levemente o caso;

Quinta: No estádio do Morumbi, um torcedor foi morto a pauladas; no Beira-Rio torcedores bri-garam com facas; torce-dor do Corinthians matou com um sinalizador um torcedor. E quais foram as atitudes contra esses fatos escabrosos?

Sexta: A torcida des-ses clubes sofreu algu-ma represália como a do Grêmio, pelas injúrias racistas? Penalizaram os clubes nas mesmas pro-porções? O que virá, ago-ra, no futebol brasileiro? É esperar para ver;

Sétima: Mas, hoje, no Maracanã, é bom que as “autoridades competen-tes” estejam alertas dian-te das ameaças proferidas por torcedores flamen-guistas.

para os remédios e cabe aos municípios adquiri-los através de concor-rências públicas. Como sempre, a patifaria campeia solta nesse país.

Operação saúde IIEsses corruptos que serão indiciados – mais de mil, sendo duzentos

responsabilizados por vários crimes -, fraudavam licitações de todas as formas possíveis e impossíveis. A PF apontou que boa parte das com-pras de remédios DISTRIBUIDOS GRATUITAMENTE PELO GOVER-NO FEDERAL eram fraudadas. O conluio envolvia DISTRIBUIDORAS de medicamentos e FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS. A PF examinou duas mil e trezentas licitações em todo o Brasil, sendo a maioria no Rio Gran-de do Sul. Auditorias da Controladoria Geral e Tribunal de Contas da União e estaduais serviram de base para a Operação Saúde. A combina-ção entre distribuidoras e funcionários públicos era a prática, além de superfaturamento e não entrega dos remédios comprados pelas prefei-turas com o dinheiro recebido do governo federal. Até mesmo remédios prestes a ter sua validade vencida eram vendidos e recebidos nas prefei-turas. Há suspeitos indiciados mais de 50 vezes – acredite! – por crimes diversos. Só imagino quanto mais, além disso, é desviado, roubado da SAÚDE dos brasileiros. E só culpam os políticos! Pobre Brasil!

Entrevistas fantásticas!Emissoras de televisão estão promovendo entrevistas com candidatos

à presidência da república. Muitos acham que o candidato pelo qual nu-trem simpatia “se saiu muito bem” e “os outros só enrolaram”. Normal! É próprio da política partidária. Mas, quem assistiu a essas entrevistas SEM envolvimento partidário deve ter notado que nenhum deles as-sume compromissos diretamente. Criticam e apontam problemas que até os urubus dos lixões irregulares espalhados pelo Brasil afora sabem de sua existência. Só não dizem é COMO, QUANDO e COM QUE DI-NHEIRO os resolverão. Sobre a economia brasileira, então, os papos ultrapassam qualquer noção do ridículo, do bom senso e dos fatos con-cretos. Confesso que acho muito divertidos os programas eleitorais e as entrevistas. A caradura de muitos candidatos aos diversos cargos é impressionante.

O que é pior? Sim, sei que depois de proceder a uma redução considerável nos

preços da energia elétrica em janeiro de 2013, houve, agora, aumento também considerável. Mas, por que tal aumento foi aplicado? Sim-ples: o custo da energia gerada pelas termelétricas é alto, bem maior do que o das hidrelétricas (“gigoleada” nos rios para beneficiar gran-des empresários). Só que a estiagem que assola toda a região sudeste e boa parte do restante do país, onde estão localizadas as principais usinas hidrelétricas provocou significativa redução na geração, obri-gando a acionar, com toda a força, as termelétricas. A pergunta é, por-tanto: O QUE É PIOR? FICAR SEM ENERGIA ou PAGÁ-LA MAIS CARO? Tivemos muitos apagões a lamentar. A resposta está com cada brasileiro. É só avaliar.

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Sábado, 6 de setembro de 20146 Geral

A Associação Médico-Espíri-ta da Serra Gaúcha (AME-SG), juntamente com o Centro Es-pírita Allan Kardec, de Bento Gonçalves, promovem mais uma vez a Feira do Livro Es-pírita. O evento será entre os dias 10 e 14, no Shopping Ben-to Gonçalves, das 9h às 22h. O encontro terá a abertura oficial na quarta-feira, 10, às 15h, com a presença de diversas pessoas ligadas ao movimento espí-rita. Em sua quinta edição, a feira tem como objetivo divul-gar os ensinamentos da Dou-trina Espírita através de livros, revistas, jornais, CDs e DVDs, levando à população, em ge-ral, excelentes obras com pre-ços reduzidos.

De acordo com a coorde-nadora da feira, Samira José Turconi, para este ano o evento terá muitos lançamentos. “O mercado editorial espírita é

Espiritismo

Feira do Livro Espírita acontece na quarta-feira

muito grande, contemplando a todos os gostos literários, como romances, poesias, científicos, de autoajuda, infantis, etc”. E ela complementa, “para esta feira, selecionamos mais de quatro mil títulos, entre temas adultos e infantis, com aborda-gens atuais e muito instrutivas, sejam na forma de livros dou-trinários ou romances”. Além da grande variedade, ela garan-te que haverá descontos de 25 a 50%, para que todos possam adquirir boas obras com preços excelentes.

Samira finaliza convidando a todos para participarem desta comemoração entre os livros, que, segundo ela, instruem, trazem emoções e qualificam a nossa vida. “Nesta edição vamos transformar a praça de eventos do Shopping Bento em uma grande feira de livros espí-ritas”, destaca a coordenadora.

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Sábado, 6 de setembro de 20148 Geral

Como funciona:Orientação aos advogados:Aos advogados, há uma orientação específica com relação ao uso do sistema PJe-JT para processos

que devam tramitar no Posto de Nova Prata, vinculado ao Foro Trabalhista de Bento Gonçalves. Nes-ses casos, no ato do cadastro da ação, deve ser selecionada a jurisdição de Bento Gonçalves. As Va-ras do Trabalho desta cidade receberão os processos e, quando for o caso, efetuarão sua redistribui-ção para o Posto de Nova Prata.

Certificado Digital:Para trabalhar no PJe-JT, os advogados devem possuir, obrigatoriamente, certificação digital. O cer-

tificado deve ser adquirido pelo site www.acoab.com.br e sua validação pode ser feita na OAB Servi-ços, na Rua Vicente de Paula Dutra, nº 236, em Porto Alegre (telefone (51) 3284.6410), ou nos outros postos de atendimento, em várias cidades.

As orientações sobre o cadastro no sistema e a configuração correta do computador podem ser en-contradas na seção “Advogado” da Página do PJe-JT, no site do TRT-RS.

Justiça do Trabalho

Sistema eletrônico é implantadoNovo programa instalado no Foro Trabalhista de Bento Gonçalves vai agilizar em até 50% a tramitação dos processos

Desde a tarde de ontem, as Varas do Trabalho de Bento

Gonçalves e Farroupilha contam com um novo sistema chama-do Processo Judicial Eletrônico (PJe-JT). A partir de agora, as unidades judiciárias locais passa-rão a receber novas ações exclu-sivamente via esse sistema, o que agiliza em até 50% o tempo de tramitação dos processos. A so-lenidade que marcou a implanta-ção do sistema teve a presença da presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região, desembargadora Cleusa Regi-na Halfen e do desembargador Claudio Antônio Cassou Barbo-sa, coordenador do projeto.

Barbosa explica que, dessa for-ma, o uso do papel não é mais necessário e a ação passa de uma fase para outra de forma mais rápida, já que todas as partes en-volvidas podem visualizar o pro-cesso ao mesmo tempo e 24h por dia. “Temos uma redução de até 50% no tempo entre o início do processo até a data que vai para a sentença, em comparação com o meio físico. Já tivemos resul-tados concretos nas cidades que possuem o sistema e, em Bento Gonçalves, acredito que não será diferente”, opina.

A Justiça Federal iniciou o processo eletrônico em 2001, de acordo com Barbosa, ao ressaltar também que o mesmo precisa ser implementado gradativa-mente. “Como é uma mudança

Silvia [email protected]

muito grande na forma de tra-balhar, precisamos ter cautela e capacitar juízes e advogados aos poucos para não causar mais dificuldades. E nosso serviço de internet no país não é dos melho-res, também é preciso analisar essa questão”, diz.

Segundo o desembargador, as maiores vantagens dessa mu-dança é por ser o mesmo siste-ma para todo Brasil e pelo fato dos prazos não encerrarem no

Ações poderão ser visualizadas por todas as partes envolvidas, simultaneamente e durante 24h por dia

final de cada expediente. “Já te-mos instalado em 75% das varas da Justiça do Trabalho do Bra-sil, então, se um ato precisa ser praticado em outro estado, vai economizar tempo. Além disso, o processo pode ser visualizado a qualquer hora do dia”, ressalta.

Alteração na legislação

Para o advogado trabalhis-ta Ricardo Abel Guarnieri, o

programa traz muitos bene-fícios, mas ele ressalta que a questão da uniformização das regras deve ser analisa-da. “O que vem acontecendo é que cada região está criando novas normas para esse pro-cesso. Isso é complicado, pois traz insegurança para os ad-vgodados e para os clientes. O TJE deve uniformizar isso em todo Brasil, como sempre foi feito”, opina.

Ele também ressalta a ques-tão da capacitação dos advo-gados e juízes. “Não podemos ignorar que existem advoga-dos de todas as faixas etárias e muitos terão dificuldades. Alguns podem até ficar fora do mercado. A conexão no Brasil também não muito boa, então se o sistema demorar, cair e precisarmos começar tudo de novo, vai acarretar problemas. Mas é necessária essa mudan-ça, pois traz muitos benefícios, só é preciso nos adequarmos”, comenta.

Número de processos é alto

O diretor de secretaria da 2ª Vara do Trabalho de Bento, João Francisco Gonsales Gal-vão, afirma que, atualmente, há em torno de quatro mil pro-cessos ativos nas duas varas do município. Segundo ele, esse é um número elevado. “É um dos maiores índices do Estado e, proporcionalmente, maior que o de Porto Alegre. Só em 2013, tivemos 2 mil processos novos em cada uma das varas de Ben-to”, comenta.

Galvão acredita que a mudan-ça trará uma aceleração na ativi-dade burocrática. “Nas audiên-cias temos a limitação física, por causa do juiz, mas os demais trâmites terão mais celeridade. Hoje em dia, um processo que corre sem incidentes demora aproximadamente um ano para ser executado”, estima.

CRISTIAN

O M

IGO

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Sábado, 6 de setembro de 201410 Geral

Economia

Cesta básica está mais barataDe acordo com pesquisa do Procon, em Bento, a maioria dos itens apresentou um recuo entre os meses de julho e agosto

Depois da alta dos preços em junho, a cesta básica

dos bento-gonçalvenses apre-senta um recuo no valor dos itens pelo segundo mês conse-cutivo. De acordo com a pes-quisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Consumidor (Pro-con) em 18 supermercados do município, o valor total dos produtos diminuiu 0,88% de julho para agosto.

Os alimentos que tiveram a maior queda no valor foram o óleo de soja (5,50%), a dúzia de ovos (4,48%) e a farinha de trigo (4,05%). Já o sal e a chuleta foram os que mais aumentaram (7,27% e 4,16%, respectivamente).

A economista Mônica Mattia comenta que três comportamen-tos explicam a redução de pre-ços: as safras (elevação nas quan-

Silvia [email protected]

Nilce Navroski e a mãe Dalila optam pelas marcas mais baratas para economizar no rancho do mês

Preços

Óleo de soja 900 ml

Extrato de tomate 350g

Vinagre 750ml

Massa com ovos 500g

Açúcar 5kg

Arroz tipo 1 5kg

Feijão preto 1kg

Farinha de trigo 5kg

Sal 1kg

Café em pó 500gr

Ovos vermelhos 1 dúzia

Leite saquinho tipo C

Chuleta kg

Agosto

R$ 2,75

R$ 2,24

R$ 2,22

R$ 2,01

R$ 8,09

R$ 7,93

R$ 3,77

R$ 9,23

R$ 1,02

R$ 6,31

R$ 4,48

R$ 2,03

R$ 16,54

Julho

R$ 2,91

R$ 2,25

R$ 2,25

R$ 1,97

R$ 8,36

R$ 7,81

R$ 3,82

R$ 9,62

R$ 1,10

R$ 6,55

R$ 4,69

R$ 2,02

R$ 15,88

Variação

- 5,50%

- 0,44%

-1,33%

2,03%

- 3,22%

1,54%

-1,31%

- 4,05%

7,27%

-3,66%

- 4,48%

0,49%

4,16%

Planejamento visando a economiaA economista Mônica Mat-

tia orienta os consumidores a se organizarem melhor antes de ir às compras para assim ec0nomizar mais no rancho mensal. Segundo ela, um pla-nejamento dos gastos é funda-mental. “É preciso saber o que realmente precisa ser compra-do. Orienta-se para que nunca se vá às compras sem ter uma lista dos produtos a serem ad-quiridos e o mais importante é não sair desta lista”, diz.

Ela também deixa como dica ir aos supermercados o mínimo de vezes possível. “Quanto maior o número de idas ao supermercado maio-res serão os gastos, pois é di-fícil não se deixar levar por sofisticadas ações de marke-ting que estimulam os con-sumidores a adquirirem pro-

Rafaela procura variar de mercado para aproveitar as promoções

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dutos que nem sempre são necessários”, opina.

Se ater apenas aos itens necessários foi a solução que o auxiliar de produção Mai-kon Bublitz encontrou para economizar nas contas do lar. “Bolachas e biscoitos já deixei de comprar há tempo, porque se não sobe muito o valor. E sempre vou uma vez só ao mercado para aprovei-tar as promoções”, diz ele.

Rafaela Kaczala também procura comprar apenas os itens básicos e reclama do preço da carne. “Foi o que

mais aumentou no nosso or-çamento, a solução é variar de mercado e fruteiras para po-der aproveitar as promoções”, opina a comerciante.

Nilce Navroski opta pelas marcas mais baratas. “Se gos-to de um tipo de bolacha, pro-curo pela mais barata e o óleo de soja só compro quando está em promoção”, diz. Na-tural de Casca, a comercian-te considera o custo de vida muito alto em Bento Gonçal-ves. “Mas não troco por nada, pois a qualidade de vida daqui é ótima”, opina.

tidades produzidas determinarão preços menores), a desoneração de impostos pelo Governo e pre-ços altos que reduzem o consumo (o que força a redução dos pre-ços). “Os produtos derivados da soja estão apresentando queda nos preços, pois os Estados Uni-dos terão uma de suas maiores safras de soja de todos os tempos, o que forçou os preços da soja para baixo, influenciando os pre-ços no Brasil”, comenta.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta bási-ca diminuiu em 18 capitais pes-quisadas entre julho e agosto. A capital onde a cesta básica é mais cara, segundo a pesqui-sa, é Florianópolis. Já o menor preço é o de Aracaju, seguido de Salvador. Ainda segundo o Dieese, Porto Alegre teve um decréscimo de 1,53% no valor de julho para agosto.

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Sábado, 6 de setembro de 201412 Geral

Gás de cozinha deve subir 7%

O gás de cozinha deve ficar mais caro nos próximos dias.

O reajuste deve ficar em torno de 7%, porém ainda não há uma data definida para o novo valor ser aplicado pelas revendedoras. Em Bento Gonçalves, o preço do botijão de 13 quilos varia entre R$ 45 e R$ 49 atualmente, po-dendo ficar entre R$ 48 e R$ 52.

De acordo com o presiden-te do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializa-doras e Revendedoras de Gases no Rio Grande do Sul (Singa-sul), Ronaldo Tonet, a data-ba-se do reajuste salarial da cate-

Reajuste

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Reajuste no valor do botijão de gás vai depender das distribuidoras

Marcelo [email protected]

Dicas para economizarTele-entrega encareceO serviço de tele-entrega encarece o preço do gás. Este facili-

tador pode aumentar entre R$ 2 e R$ 5 o preço do botijão de 13 quilos. A compra direta na revendedora pode gerar uma econo-mia interessante ao consumidor.

Pesquisar é precisoA pesquisa antes da compra é a sugestão mais indicada pelo

presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comer-cializadoras e Revendedoras de Gases no Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet. Ele garante que dá um pouco mais de trabalho, mas é a forma que o consumidor tem de exercer seus direitos.

Verifique o botijão e tome banhos mais rápidosTonet destaca ainda que o

consumidor deve verificar a si-tuação do botijão de gás e sem-pre exigir nota fiscal. Para quem possui chuveiro a gás, o presi-dente do Singasul recomen-da que os banhos sejam mais rápidos.

Cuidado com os quei-madores

As chamas do gás de-vem apresentar coloração azulada. Tonalidades ama-reladas, que sujam o fun-do da panela, são um sinal de que os queimadores es-tão sujos ou desregulados, o que aumenta o consumo de gás. Mantenha os queimadores limpos, lavando-os com água e detergente.

goria de revendas é o dia 1º de setembro, porém, não foi esti-pulado o percentual oficial de reajuste e nem a data em que isso deve acontecer. Por conta do aumento de despesas que as revendedoras estão tendo com os trabalhadores, o pre-ço do gás também sofreu uma variação, que, dependendo da empresa, pode chegar a R$ 3.

Como o preço do gás de co-zinha não é tabelado, os au-mentos devem ocorrer grada-tivamente. As revendedoras de Bento Gonçalves aguardam o repasse dos novos valores por parte das distribuidoras para então encaminhá-los aos con-sumidores.

O Sindicato Nacional de Em-presas Distribuidoras de Gás Li-quefato de Petróleo (Sindigás), contudo, nega que o aumento tenha ocorrido de forma genera-lizada. Em nota, a entidade afir-ma que “os preços do Gás LP são livres em todos os elos da cadeia. Não há tabelamento e, por isso, os preços sofrem variações para cima e para baixo de maneira não uniforme. As distribuido-ras associadas não reportam ao sindicato qualquer aumento ou baixa de preço. Como o mercado tem autonomia para fixar seus preços, cabe ao consumidor pes-quisar aquele revendedor que tem condições comerciais mais vantajosas”.

Preço em Bento Gonçalves pode chegar a até R$ 52, dependendo da revendedora, mas ainda não tem data para aumentar

FONTE: SINGASUL

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Sábado, 6 de setembro de 201414 Geral

Ordem do desfileBrigadas (BPAT / Rodoviária / Bombeiros)EscoteirosEEEM Mestre Santa BárbaraEMEM Alfredo Aveline Rua 10 de NovembroEMEF Santa HelenaEMEF Professora Liette Tesser PozzaIEE Cecília MeirelesEEEM Imaculada ConceiçãoEMEF Professor Ulysses Leonel de GasperiEMEF Senador Salgado FilhoEMEF Ernesto DornelesColégio Estadual Visconde de Bom RetiroColégio Estadual Landell de MouraEEEF Comendador Carlos Dreher NetoColégio Scalabriniano Nossa Senhora MedianeiraEMEF Professora Maria Margarida Zambon BeniniEEEF Anselmo Luigi PiccoliEMEF Professora Maria Borges FrotaEMEF Doutor Tancredo de Almeida NevesEMEF Professora Vânia Medeiros MincaroneComplexo de Ensino Cenecista de Bento GonçalvesColégio Sagrado Coração de JesusEMEF Lóris Antônio Pasquali Reali6º Batalhão de Comunicações - BCOM

7 de Setembro

Desfile terá 10 mil participantesDemonstrações de amor e respeito à Pátria acontecem na avenida Osvaldo Aranha no Dia da Independência do Brasil

Escolas, grupo de escoteiros e o batalhão da Brigada Mili-

tar irão tomar a avenida Osvaldo Aranha na manhã de domingo, 7 de setembro, em Bento Gon-çalves. Na data, cerca de 10 mil pessoas, divididas em 24 grupos, farão demonstrações de amor e respeito à Patria, para celebrar o Dia da Independência do Brasil. O desfile cívico começa às 9h, en-cerrando por volta do meio-dia, porém, em caso de chuva, será cancelado. O evento é promovido pela Secretaria de Educação.

Neste ano, os temas nacio-nal, estadual e municipal são, respectivamente,“Amazônia, Patrimônio Brasileiro”, “Meu Jeito de Ser Brasileiro: Lupicinio Rodrigues - 100 Anos de Dores e Amores”, “Cidadania, Com-promisso e Atitude”. Em 2013, o formato do desfile foi modificado para que apenas participassem instituições de ensino, escoteiros, brigadas e batalhão.

A Semana da Pátria começou no dia 1º de setembro, com a chegada do Fogo Simbólico, e durante duas semanas foram

Silvia [email protected]

Insituições de ensino, escoteiros e Brigada Militar irão marchar pela cidade para comemorar a data

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VEBER, ARQ

UIVO

realizadas sessões cívicas diá-rias, com hasteamento e arria-mento das bandeiras, além de apresentações das escolas. O desfile cívico encerra a progra-mação de celebração da Inde-pendência do Brasil.

A secretária de Educação, Iraci Luchese Vasques, elogia a par-ticipação da comunidade nos eventos. “A participação da co-munidade está surpreendendo, diariamente, nas sessões cívicas, defronte à Prefeitura, as escolas

a alma e o espírito cívico dos ben-to-gonçalvenses”, afirma.

As escolas se prepararam du-rante todo mês de agosto para a atividade e os alunos receberam um treinamento do 6º Batalhão de Comunicações (BCOM), para aprenderem a forma cor-reta de marchar.

Pelo Cenecista, 2,5 mil irão desfilar

Integrando a escola e a facul-dade, 2,5 mil pessoas da rede Cenecista passarão pela Aveni-da Osvaldo Aranha na manhã do dia 7 de Setembro, sendo o grupo com o maior número de participantes. A instituição será o 19º grupo a desfilar e terá também a participação da sua banda marcial.

O objetivo, segundo o diretor Vercino Franzoloso, é mostrar o potencial da instituição. “Tere-mos alunos de todos os cursos, com jalecos e camisetas espe-cíficas de cada um. É uma ins-tituição de ensino muito maior do que a comunidade imagina e queremos passar essa dimensão. Será uma hora de desfile só com o Cenecista”, estima o diretor.

estão participando com a pre-sença de alunos e familiares, to-dos demonstrando o civismo e o amor à Pátria. E, temos a certeza de que o povo de Bento Gonçal-ves prestigiará o desfile, que será o destaque do evento, mostrando

Ruas interrompidasA Secretaria de Gestão Integra-

da e Mobilidade Urbana comunica que em virtude do Desfile Cívico o trânsito na Avenida Osvaldo Ara-nha será interrompido das 6h às 13h30min (veja no mapa ao lado).

O bloqueio iniciará no acesso à rua Antônio Guindani (Estação Ro-doviária), até o cruzamento com a rua Silva Paes (acesso Sul-Pipa Pórtico). Todas as vias de acesso à Avenida Osvaldo Aranha, que compreendem a área de desfile, também estarão bloqueadas. Ha-verá sinalização de bloqueio e mo-nitoramento de agentes de trânsi-to. O acesso aos bairros deverá ser feito via centro ou pelas rodovias estaduais.

A secretaria solicita aos morado-res e usuários da avenida que evi-tem deixar os veículos estaciona-dos na via a partir das 3h do dia 7 de setembro, devido ao início das atividades de demarcação e isola-mento da área.

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Crea-RS faz fiscalização em Bento

As obras em andamento em Bento Gonçalves foram

fiscalizadas nesta semana. De segunda, 1º de setembro, a sexta-feira, 5 de setembro, os fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea--RS) realizaram o Progra-ma Intensivo de Fiscalização (PIF), com o objetivo de ava-liar mais de 200 obras e apon-tar as unidades que não estão regulamentadas.

Além das construções ci-vis, também foi fiscalizada a área industrial, a segurança dos trabalhadores e inspeções prediais foram feitas. A meta estabelecida pelo Crea, foi de visitar 220 empreendimen-tos de obra civil, 70 na área industrial e 50 inspeções pre-diais. Também estavam pre-

Segurança do trabalho

Nesta semana, o órgão estadual esteve no município para realizar inspeções prediais e relatórios especiais de obras civisCRISTIA

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Vitória [email protected]

Após constatar que obras estão regulamentadas, fiscais sinalizam as construções com um selo da entidade

Sábado, 6 de setembro de 2014 15Geral

vistos 70 Relatórios Especiais de Fiscalização de Engenha-ria de Segurança do Trabalho (Refest) e outros 60 Refest na área civil.

Segundo a supervisora de

fiscalização, Alessandra Bor-ges, o clima chuvoso do início da semana não foi favorável ao trabalho e, dificilmente, a meta estipulada será atingida. “Quando chove as obras pa-

ram, então também não temos como fazer o trabalho. Isso di-minuiu nosso tempo e a difi-culdade de atingir os números é bem maior”, explica. Contu-do, o clima não interferiu nas

visitas às indústrias que não dependiam de tempo bom.

Alessandra explica que o ob-jetivo, antes mesmo da avalia-ção documental, é preservar a segurança dos trabalhadores. “Nós trabalhamos com as vis-torias tradicionais, mas uma vez a cada ano, realizamos esses intensivos para tornar as fiscalizações mais rígidas e sustentar o pensamento de que a segurança no trabalho é de extrema importância e deve ser lembrada diariamen-te”, aponta.

Ela coloca que as empre-sas que receberem os autos de infração têm até dez dias para atender às solicitações propostas. O programa, além de Bento, também passou por outras cidades da região: Garibaldi, Carlos Barbosa, Guaporé, Veranópolis, Nova Bassano e Nova Prata foram fiscalizadas.

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Sábado, 6 de setembro de 201416 Geral

Seis cães envenenados em um mês

Acontece hoje a primeira Feirinha de adoção realizada pela Agropet Buckel em parce-ria com a ONG Sou Um Grãozi-nho de Areia. O evento aconte-cerá pela manhã, das 8h30min às 12h na Agropet, localizada no bairro Cidade Alta.

Na ocasião também será efe-tuado o cadastro de proprietá-rio que queira realizar a cas-tração em seu animal. Estarão disponíveis para adoção oito cães de diversas raças e dois gatos já em fase adulta.

O evento é uma iniciativa de Marcia Helena Lorenzini Ma-nuel, coordenadora do grupo. “A propósta do projéto é incen-tivar o povo bento-gonçalvense a adotar cães e gatos abando-nados. Alem disto, precisa-mos concientizar os donos dos

benefícios que a castração dos animais podem trazer. É muito comum o uso de vacinas anti cio, porém, a longo prazo elas podem levar o cão a desenvol-ver tumores e deonças renais”, explica.

O grupo conta com seis membro ativos, além de diver-sos voluntário. Os interessados em adotar precisam ser maio-res de 18 anos, apresentar CPF, Carteira de Identidade e com-provante de residência.

Antes da adoção ser efetua-da, a ONG realiza uma visita à casa do candidato para se certificar de que o local tenha estrutura para atender as ne-cessidades do pet. O candidato assinará um termo de compro-misso se responsabilizando pelo animal que adotará.

desabrigados que perambula-vam pelos arredores do Cemi-tério Municipal. “Era um gesto de amor, não era raro se deparar com potes cheios de comida nas calçadas, acredito que o crimi-noso tenha se aproveitado deste

fato e misturado estricnina, pes-ticida muito usado para matar ratos, junto à ração”, explica.

A triste realidade também assolou o lar da dona de casa Josiane Nunes. Na noite de 15 de agosto, por volta das três

horas da manhã, Josiane per-cebeu que havia algo de errado com seu pet. “Eu e meu mari-do acordamos por causa dos gemidos de dor que ouvimos. Corremos até a sala e nos de-paramos com o animal em ago-

Um ato de pura covardia. Es-tas são as palavras que os

moradores do bairro São Fran-cisco utilizam para descrever a situação que estão presencian-do. Segundo relatos, somente no mês de agosto, mais de seis cães foram envenenados e vie-ram a óbito entre as ruas José Alberice e Joarez Postal. A mo-tivação para tamanha cruelda-de é um mistério.

De acordo com o vigia Domin-gos Gonçalves, que teve seu cão envenenado na noite de segun-da-feira, 1º de setembro, após largar o pet para seu habitual passeio noturno, haviam mais de 10 cães que perambulavam pelas ruas do bairro, todos fo-ram mortos nos últimos dois meses. “Ninguém da comunida-de teve ou tem problemas com os cachorros, nem por barulho, nem por bagunça. Isso é pura maldade de alguém sem amor no coração”, protesta.

Segundo Gonçalves, é costu-meiro os moradores deixarem potes com ração para os cães

nia. Tentamos induzir o vômi-to, mas não adiantou. Naquela noite perdemos um amigo de nove anos”, lamenta. Para a dona de casa, este tipo de cri-me só vai ter fim quando as leis que tutelam os animais forem mais rígidas. “Enquanto quem faz este tipo de barbaridade ficar impune, não me sentirei segura”, lamenta.

Para a veterinária Maria Cris-tina Zatt, a cena bento-gon-çalvense de agressão contra os animais é parte de uma cultura retrógrada que precisa ter fim. “A cidade vem com esta cultura antiga e rude de que o animal deve submeter-se a qualquer trato que o dono lhe ofereça. Infelizmente isto está profunda-mente enraizado na sociedade e cabe a nós, cidadãos de bem policiar e denunciar este tipo de atitude”, diz.

Segundo dados da ONG Patas Focinhos, instituição criada para ajudar animais abandonados e que sofrem maus tratos, em Bento Gonçalves existem cerca de 100 cães soltos pelas ruas. A cidade não disponibiliza de um canil público para o abrigo dos animais.

Maus-tratos Feirinha de adoção

Ato de covardia

Animais estariam sendo mortos ao comerem ração misturada com estricnina nos arredores do Cemitério Municipal

Pets poderão ser adotadoshoje no bairro Cidade Alta

Abandono vira rotina em Bento

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Encontrado na rua beirando a morte, Murilo agora recebe tratamento

Domingos Gonçalves e sua filha Gisele lamentam a perda de seu cão, assassinado na última semana

Cristiano [email protected]

Dizem que o cão é o melhor amigo do homem, mas a frase não é conivente com a realidade presenciada nas clínicas veteri-nárias da cidade. Diariamente são registrados casos de agres-são, ferimentos de arma de fogo, atropelamentos e abando-no de animais.

A amplitude do descaso em Bento Gonçalves impressiona a veterinária Natalia Vanoni Piva. “Passei um tempo fora me formando e fiquei estarrecida ao abrir meu consultório com a quantidade de animais maltra-tados que recebemos”, comenta.

Segundo ela, é comum o aban-dono de animais perto de rodo-vias. Natalia defende a instala-ção de chips de identificação em todos os animais, para facilitar o rastreamento e intensificar a fiscalização contra o abandono.

De acordo com a veterinária, os maus-tratos são tão absurdos que já a obrigaram a alegar que

o pet de um proprietário havia falecido para proteger o animal. “Tivemos o caso de um filhote de cachorro com apenas 30 dias de vida que nos foi trazida com um ferimento na cabeça. O ra-paz alegou que o animal havia sido atropelado, porém, aquele tipo de lesão era típico de agres-são com um objeto contunden-

te. Sabíamos que se deixásse-mos o animal voltar ao dono a agressão voltaria a acontecer e decidimos por fim informá--lo de que o cão havia falecido. Após o tratamento o animal foi encaminhado para adoção. Hoje ele recebe atenção diária de seus donos e não poderia estar mais bem cuidado”, explica.

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Campus sai do papel só em 2016 Ufrgs na Serra

Vice-reitor da universidade Rui Oppermann voltou a afirmar que a prioridade este ano é o campus de TramandaíM

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Sábado, 6 de setembro de 201418 Geral

O projeto de um campus da Universidade Federal do

Rio Grande do Sul (Ufrgs) na Serra Gaúcha deve sair do papel somente em 2016. A informação foi ratificada pelo vice-reitor da instituição, Rui Vicente Opper-mann, em reunião realizada na quarta-feira, 3 de setembro, na sede da universidade, em Porto Alegre. O encontro reuniu prefei-tos da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordes-te (Amesne), com o objetivo de conferir o andamento da implan-tação de uma unidade na região.

O vice-reitor da universidade reafirmou a intenção de cons-truir o Campus Serra. “É inques-tionável que a Ufrgs quer estar na Serra. É uma política de ex-pansão já consolidada. A insta-lação no Litoral nos mostrou que construir um Campus dá muito mais trabalho do que prevíamos.

Vamos começar a operar com al-gum atraso, mas iniciaremos as atividades ainda em setembro,

oportunidade em que fazemos questão que a Amesne partici-pe, uma vez que o Ministro da

Presidente da Amesne, Aícaro Umberto Ferrari, ouve as explicações do vice-reitor da Ufrgs, Rui Oppermann

Educação, Henrique Pain, estará presente e poderemos afirmar diante dele que estamos unidos

na instalação do Campus Serra, o que certamente o deixará muito satisfeito”, ressaltou.

Durante o encontro, o prefeito Guilherme Pasin ofereceu uma área de 22 hectares no Vale dos Vinhedos, pertencente à Empre-sa Brasileira de Pesquisa Agrope-cuária (Embrapa), que doaria o terreno para a universidade. O prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves ofertou uma área de 25 hectares na Linha Palmeiro, nos Caminhos da Religiosidade. Porém, o vice-reitor garantiu que nenhuma das ofertas seria analisada neste momento, mas sim futuramente. Oppermann garantiu que após a inauguração do Campus Litoral deverá existir um período de cerca de seis a oito meses para sua consolidação, a partir daí o Campus Serra pas-sará a ser uma prioridade para a direção da universidade.

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Sábado, 6 de setembro de 201420 Geral

Contra o tempo e a tecnologia

Eles têm rotina. E mui-tas coisas em comum.

São preocupados com cada detalhe, aliás, o detalhe é o trabalho deles. Em todas as oficinas, o rádio tocava e os pontos de luz eram direcio-nados para onde a atenção estava. Na maioria das vezes tiveram que ser interrompi-dos e olharam com desdém. Porém, não hesitaram em fa-lar com alegria sobre aquela que move a sua vida, sobre a profissão tão orgulhada.

Nem todas as profissões, hoje, são movidas e sobrevi-vem das tecnologias. É ver-dade que a globalização e os avanços tecnológicos torna-ram a vida de muito profissio-nais mais fácil, contudo, eles não ficaram reféns de veloci-dade de rede, de complexas programações ou até mesmo da conexão com a internet. Eles dependem apenas da procura dos clientes, algumas ferramentas e eletricidade.

Quantos alfaiates se pode encontrar em Bento Gonçal-ves? E quantos relojoeiros, sapateiros ou chaveiros? Pou-

Profissões em extinção

Sem usar internet ou computador, ainda existem profissionais que vivem do trabalho artesanal, detalhista e paciente

A tradição do corte e da costura de ternos desde 1950

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Vitória [email protected]

O sapateiro Tumelero diz que a busca por conserto de sapatos ainda é constante e a oficina está sempre cheia

Apesar dos mais de 60 anos de profissão, João Baccega lembra que ainda aprende a cada peça que costura

cos. A resposta dificilmente passará de dois ou três. As profissiões que estão se extin-guindo com o tempo, ainda arrumam um lugarzinho na

Os pedidos já não são tão fre-quentes como antes, mas o al-faiate João Baccega afirma que dificilmente fica sem trabalho. Ele, na profissão há mais de 64 anos, diz ter visto de perto mui-tos momentos da história de Bento Gonçalves e do Brasil e, nas roupas, cada uma das épo-cas estampadas. “Antigamente as pessoas tinham o hábito de se vestir bem, de se preocupar com a aparência, mas isso, ao longo dos anos foi mudando. Começa-ram a vender ternos prontos em lojas e, mais tarde, teve a chega-da das calças de brim, o que di-minuiu a procura”, lembra.

Durante as mais de seis déca-das, ele não trabalhou sozinho: enquanto marcava as medidas dos clientes e fazia os cortes de tecido, sua esposa Ester Baccega, sentada à máquina de costura, finalizava as calças dos ternos.

cidade, seja no andar debaixo de casa, ou em uma oficina, para que seu trabalho deta-lhista seja feito com sossego e muita paciência.

Em comum, estes profis-sionais também têm a orga-nização e, em cada pequeno espaço, as ferramentas são guardadas metodicamente:

por tamanho, cores ou fun-ção. Para eles, a organização, ao contrário da tecnologia, facilita muito o trabalho. No atelier do seu João Baccega os tecidos em metro são or-ganizados por cores e textu-ras, enquanto na sapataria de Ciro Tumelero, os pregos minúsculos são separados em caixinhas por tamanho.

O chaveiro Paulo Dupont diz que a tecnologia chegou até os chaveiros e hoje, chaves biométricas podem ser encon-tradas, mas a chave da porta de casa, aquela que todos usa-mos, ainda é moldada na má-quina e entregue ao cliente, ainda quente, alguns minutos depois. O relojoeiro Airton Milesi diz que tem medo que a profissão acabe, que não co-nhece relojoeiros mais novos e que, ultimamente, de fato, só tem se trocado pilhas.

Apesar das diferenças das profissões e dos trajetos de vida que foram percorridos pelos profissionais, eles têm inúme-ras semelhanças. E eles sobre-vivem. E vivem. E trabalham na ânsia por alguém que os suceda para que a profissão não deixe de existir, quando eles já estive-rem cansados demais.

Seu Baccega conta que juntos, e com a renda da alfaiataria, eles construíram família. “No domin-go, era uma tradição que os pais de família vestissem seus paletós para virem à missa. Eles vinham de carroça e deixavam seus cava-los amarrados na frente de casa. Antes de voltar, eles aproveita-vam para encomendar um novo terno”, relembra.

Da primeira escolha de tecido até o momento de amarrar os bo-tões, ele é detalhista e presta mui-ta atenção em cada costura. Mas a idade já exige um pouco mais de tempo para que uma peça fique pronta. “Eu fazia um ter-no completo em um dia e meio, mas hoje preciso de um pouco mais, vou fazendo devagarzinho, mas com a mesma qualidade de sempre”, garante. Os principais clientes dele, hoje, são homens que estão prestes a casar.

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O rádio antigo sintoniza-do em algum rock combinava perfeitamente com a pequena oficina cheia de ferramentas tão antigas quanto o aparelho. Organizadas metodicamente, elas também combinavam com centenas de chaves que esta-vam expostas atrás do balcão. Paulo César Dupont é chaveiro há 24 anos e garante que faz mais de 100 chaves por dia. Ele diz ser apaixonado pela profis-são e que não se imagina traba-lhando em outro lugar.

“Eu gosto de receber os clien-tes e, rapidamente, atender aos seus pedidos. Não é uma função que demanda muito

Há 48 anos, Ciro Tumelero conserta calçados, bolsas e ar-tefatos em couro. Entre cola de sapateiro e pequenos pregos, o sapateiro diz ter visto a moder-nização passar bem perto de sua oficina. Ele, cansado de sair no final do dia cheio de tinta, inventou a sua própria forma de pintar. “Eu estava cansado de como tinha que pintar os sapatos, era muito trabalhoso e sujo, então eu inventei uma pistola que pinta com mais agilidade. Além disso, também coloquei um sugador na parede que faz com que a tinta restan-te da pintura seja sugada e não suje nada”, explica.

O trabalho artesanal mudou

Airton Milesi aprendeu a ser relojoeiro com seu pai que, por sua vez, aprendeu do avô de Airton. A tradição da famí-lia Milesi é consertar relógios, mas não estes digitais, que sur-giram há pouco tempo, e sim aqueles antigos que têm uma engenharia que poucos con-seguem decifrar. Modelos de pêndulo ou de cuco ainda exis-tem e, as poucas famílias que os têm na região, mandam-nos para que Airton aponte qual é o problema.

“Eu não vejo a chegada de novos relojoeiros e isso me preocupa, a nossa geração vai acabar em alguns anos e não restarão pessoas capacitadas.

Em menos de um minuto, a dedicação de 24 anos

Tumelero inventou a sua própria tecnologia

Trabalho paciente para que tudo esteja na hora certa

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Não há engenharia de relógio que o relojoeiro Airton Milesi não conheça e não saiba como consertar

Ciro Tumelero inventou o seu próprio mecanismo de pintar sapatos para tornar o dia a dia mais prático

Com prática e habilidade, o chaveiro Paulo Dupont garante rapidamente uma cópia da chave de casa

Sábado, 6 de setembro de 2014 21Geral

tempo, em menos de um mi-nuto eu entrego as chaves so-licitadas, ainda quentes, recém saídas da máquina”, afirma. A máquina utilizada é a mesma desde que ele começou a tra-balhar e, mesmo com o avanço das tecnologias, sempre será necessário moldar aquela cha-ve que foi perdida.

“Não dá pra dizer que a tec-nologia não chegou para os chaveiros, ela até existe, mas ainda é muito distante”, apon-ta. O que não vai se perder nunca, segundo ele, é a boa e velha chave da porta de casa, que ainda não inventaram ou-tra forma de ser feita.

com o tempo e, segundo ele, a forma de fazer calçados hoje facilita muito o seu trabalho. “Uma vez tudo era costurado e colado, portanto o conserto era mais trabalhoso. Depois que passaram a fazer os calçados injetados, a minha vida ficou muito mais fácil”, retoma.

O volume de pedidos, mes-mo que tenha diminuído com o tempo, ainda é muito grande, fazendo com que o aviso de fé-rias já precise estar colado na parede. “Eu tenho estado can-sado e não sei ainda por quanto tempo vou continuar, mas sou muito feliz fazendo o que faço. Tenho paz e sossego para reali-zar meu trabalho”, finaliza.

Ainda existem muitas relojoa-rias, mas com a modernização dos aparelhos, o que mais se faz, é a troca de pilhas usadas”, afirma. A preocupação é devido ao amor que ele tem pela pro-fissão, já que também diz não querer trabalhar em outra fun-ção. Segundo ele, o aparelho, que antigamente era um artefa-to necessário, hoje é apenas um acessório dispensável, já que os celulares tomaram muito o lu-gar dos modelos de pulso.

Na próxima semana, a Re-lojoaria Milesi será homena-geada como o estabelecimento mais antigo do ramo na cidade, pela Câmara de Dirigentes Lo-jistas Jovem (CDL Jovem).

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Sábado, 6 de setembro de 201422 Geral

Estabilidade na venda dos novos

A compra de um carro re-quer tempo, pesquisa

de preços e muitas visitas às concessionárias. Contudo, na hora da compra, sempre surge a dúvida: será que agora é um bom momento para comprar? Os preços devem baixar? As respostas dificilmente são en-contradas e, na maioria das vezes, o fato não interfere na hora de assinar os contratos. Segundo a Federação Nacio-nal da Distribuição de Veícu-los Automotores (Fenabrave) a comercialização de veículos ficou estável nos últimos me-ses, com gradativas oscilações.

A Fenabre aponta que a que-da de julho para agosto foi em torno de 7% nas concessio-nárias, enquanto que desde o início do ano, não tem che-gado aos 10%. A diminuição mais significativa foi com re-lação a agosto do ano passado, representando mais de 17% de diferença para menos nas vendas. As quedas sucedem o ano de 2013, que teve índices altíssimos de vendas. A mar-ca mais procurada, segundo a entidade, é a Fiat, que ocupa a posição há 13 anos.

O economista Jacir Tasca

Automóveis

A comercialização de veículos zero quilômetro aponta estabilidade em comparação a julho, mas queda desde o início do ano

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Vitória [email protected]

Pesquisa de preço

Tasca alerta para os momentos julgados bons ou ruins para a compra de um veículo. Ele diz, que independente de épo-ca ou situação econômica, o que se deve levar em conta é a situação pessoal de quem vai comprar, a pesquisa de preços e possibilidade e quais são as opções oferecidas pelas conces-sionárias. “Em qualquer compra a palavra mágica é pesqui-sar. Se você não é amigo da calculadora, peça que lhe forne-çam a quantidade e o valor das prestações. Com estes dados vá ao concorrente e peça para ele convencê-lo de que tem uma proposta melhor. No livre mercado a concorrência favorece o comprador”, aponta.

Outra dica que o economista deixa para quem quer com-prar um carro é o pensamento racional. “Nunca, jamais, se apaixone pelo produto, não compre por impulso, considere o momento da compra e da pesquisa um passatempo, não seja apressado. O bem não irá fugir e, se for vendido, outro tomará seu lugar para que você o adquira”, indica.

Carro não é investimento

Ele destaca que a compra de um veículo não é, necessaria-mente, um investimento.“Apesar da imensa maioria das pes-soas considerarem a compra de carros um investimento, faço uma pequena ressalva: investimento é tudo o que se compra abaixo do preço normal ou aquilo que se compra por um pre-ço e se vende por outro maior”, explica. Segundo Tasca, a ex-ceção ocorre para pessoas que usarão o carro comprado na obtenção de sua renda. Para os demais, ele aponta que é um gasto ou, como se diz no jargão popular “é uma família” devi-do aos gastos manutenção e seguros.

Financiamentos

O economista aponta que o consumidor deve ter cautela quando o assunto é financiamento. “Não sou contra financia-mentos, mas fico surpreso quando algumas pessoas somam as prestações e dizem que pagaram um alto valor a mais. Des-sa forma, cada pessoa deve verificar se para seu orçamento o melhor é economizar, guardar o valor necessário e só após comprar, ou financiar”, comenta. . Ele sugere que a situação seja avaliada pelo comprador, em que ele deve pensar se o prazer da compra será maior do que o investimento que pre-cisará ser pago mais tarde.

Na busca pelo melhor preço, consumidores devem investir na pesquisa de valores e visitar várias concessionárias

explica que os profissionais da área utilizam o setor auto-mobilístico e a construção ci-vil como parâmetros. Com os índices da construção sabe--se o aumento real da renda, enquanto os índices de ven-das de automóveis apontam informações sobre a sobra destas rendas, destinadas a conforto e comodidade. “O aumento das vendas verifica-do em 2013 de carros novos foi precedido de um acrés-cimo nas vendas de imóveis e, quando essas tiveram um pequeno declínio, passou-se a ter um aumento do núme-ro de veículos vendidos. Mas, lembremo-nos de que nos últimos anos, os correntistas vêm sendo assediados pelos bancos que lhes oferecem a possibilidade de antecipar o sonho a juros módicos. Des-sa maneira uma boa parcela das vendas não foi feita com a sobra da renda, mas com o auxílio do banco, em um fi-nanciamento”, explica.

Liberações de créditos

Tasca explica que os bancos continuam a oferecer finan-ciamentos para a compra de carros, não existe uma osci-

lação por parte das agências, mas sim no índice de endi-vidamento das pessoas. “Se num primeiro momento tí-nhamos grande oferta de cré-dito e grande procura, agora temos uma igualmente gran-de oferta de crédito, porém, o endividamento médio cresceu devido aos financiamentos fei-tos anteriormente e, portanto, a capacidade de levantar no-vos empréstimos diminuiu. Em resumo, tem-se que pagar os financiamentos já incorri-dos para ter-se mais crédito”, coloca.

O alto número de créditos li-berados para os consumidores fez com que a alta das vendas ocorressem em 2013, mas o economista garante que o au-mento do índice não é recor-rente ao aumento da renda. “Se observarmos o consumo nos últimos cinco anos, vere-mos que hoje ele é maior. O excesso de endividamento que motivou o aumento das ven-das, hoje trava novas vendas. Em outras palavras, conforme as dívidas forem sendo salda-das, novas vendas serão feitas, porém com menos avidez, pois o brasileiro médio está apren-dendo a ser mais comedido em seus gastos com dinheiro de terceiros”, comenta.

Ofertas para atrair compradores são cada vez mais frequentes

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Para driblar as dificuldades de 2014, as concessionárias buscaram diferentes formas de atrair clientes para as lojas. En-tre facilidades de pagamentos e investimento em atendimen-to personalizado, as empresas afirmam até ceder descontos maiores do que os da concor-rência, na tentativa de alcançar números positivos.

O gerente comercial da Gambato Sul, Rogério Pulga, diz que a revendedora está atenta aos índices de Bento Gonçalves e, com isso, estra-tégias são montadas para ven-der mais. “Em Bento, o mês de agosto fechou praticamen-te estável quando comparado ao mês de julho, com 273 au-tomóveis novos emplacados. Mas, no acumulado do ano, as vendas recuaram 13,5%, com 2,1 mil unidades empla-cadas”, estima. Ele diz que as estratégias utilizadas são boas avaliações de veículos trocados em permuta e ofere-cimento de negociações com descontos direto de fábrica, como a compra por talão do

Para driblar as dificuldades, a busca de novos clientes

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Uma das alternativas é o investimento em novos modelos de carros para a atração de consumidores

Sábado, 6 de setembro de 2014 23Geral

produtor ou comprovação de pessoa jurídica.

O gerente da DR Sul de Bento Gonçalves, Marcos Rai-mundi, afirma que, aos pou-cos, o mercado está voltan-do ao normal. Ele revela um

grande número de vendas em 2013, enquanto que em 2014 a queda foi entre 16 e 17% no primeiro semestre. “A queda se deve a retração de créditos devido ao endividamento das pessoas com financiamentos

antigos, o que faz com que te-nhamos que atraí-los”, colo-ca. Ele diz que hoje há muita oferta e pouca procura, e que é um bom momento para o cliente ir até as lojas e pedir descontos.

Apesar da baixa, sucesso de vendas

A Terrasol veículos também investe para atrair mais clien-tes, mas ao contrário do que as estimativas apontam, as vendas têm sido melhores do que o es-perado. O consultor Anderson Giuriatti afirma que o momen-to é excelente para a revende-dora devido ao novo modelo de carro, que tem vendido mais do que os estoques permitiam. “Existe este modelo que é de muita qualidade e se assemelha aos preços de carros populares. O que fez com que as pessoas que querem carros populares também procurassem a nossa agência”, explica.

A empresa, segundo Giu-riatti, atendia os comprado-res de classe alta, que buscam carros com mais conforto, mas que depois do lançamento do novo modelo, o local está rece-bendo todos os tipos de clien-tes. “Eu vendia, em média 12 carros por mês. Em julho, por exemplo, cheguei a vender 23”, coloca.

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Sábado, 6 de setembro de 201424 Geral

Carlos Barbosa

Município comemora 55 anosCidade emancipou-se de Garibaldi em 1959 e hoje é destaque em diversos índices de qualidade de vida e desenvolvimento

Berço de empresas centená-rias e destaque em diversos

indicadores econômicos e de desenvolvimento humano, Car-los Barbosa completa 55 anos no dia 25 de setembro. Atual-mente, com 26.976 habitantes e conhecida nacionalmente pelas indústrias e pelo futsal, a cidade emancipou-se de Garibaldi em 1959, mas sua história começou muito antes disso.

Por volta de 1870, os primei-ros imigrantes alemães chega-ram à região (na época, cha-mada de colônia Conde D’Eu, que abrangia as áreas onde hoje estão os municípios de Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gon-çalves). Além dos alemães, ins-talaram-se em Carlos Barbosa imigrantes suíços, poloneses e franceses, porém, a colonização mais significativa foi a italiana.

Na época do trem a vapor, Barbosa era o principal ponto de baldeação no trajeto de Mon-tenegro a Caxias do Sul, dando destaque a pequena vila. A cons-trução dos 116,5 quilômetros da estrada de ferro, inaugurada em 1909, representou um novo ciclo de desenvolvimento. A comuni-dade, acostumada com as mes-mas pessoas, de repente passou a ver diferentes rostos circulan-do diariamente pelo Centro.

Em 1900 aconteceu a eman-cipação de Garibaldi e as ter-ras barbosenses pertencentes a Bento Gonçalves passaram a fazer parte do novo município. Em 1959, com apoio do recém- eleito governador do Estado, Leonel de Moura Brizola, a pe-quena vila emancipou-se.

A economia da cidade está baseada na indústria, com empresas centenárias como a Cooperativa Santa Clara e a Tramontina, e na agricultura familiar. Em abril, Barbosa fi-cou com a melhor classificação dentre as cidades do RS, segun-do o estudo que mede o Índice de Desenvolvimento Socioeco-nômico (Idese), divulgado pela Fundação de Economia e Esta-tística (FEE).

A preocupação em resgatar a cultura dos imigrantes é cons-tante hoje e alguns costumes ainda são mantidos, como por exemplo, os pratos típicos, as festas (os filós) e a música.

Silvia [email protected]

Atualmente, Barbosa tem 26.976 habitantes e sua economia está baseada na indústria e na agricultura

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Eventos para celebrara data

A prefeitura, em parceria com diversas entidades do município, promove uma ex-tensa programação de eventos durante todo mês de setembro para homenagear a cidade.

A festa principal aconte-ce no dia 25, no Parque da Estação, no Centro, e diver-sos shows alegram a tarde. A atração do dia é o conjun-to tradicionalista Garotos de Ouro, que sobem ao palco por volta das 17h. O grupo traz seu repertório de sucessos, como “Vuco Vuco”, “No Baru-lho do meu Relho” e “Barbari-dade Tchê”.

A tarde também terá apre-sentação da banda bento-gon-çalvense Sextaneja, tocando os clássicos do sertanejo uni-versitário, e da banda pop Re-trato Falado.

A programação encerra no dia 30, com o concerto da Or-questra Municipal de Carlos Barbosa. No evento, que acon-tece no Salão Paroquial, os músicos interpretam um re-pertório de clássicos do rock.

“Barbosa tem uma característi-ca própria que é o equilibrio nas atividades do cotidiano. Somos uma cidade com uma excelente média em todas as áreas, tendo assim um desenvolvimento har-mônico, que apoia diversas ativi-dades culturais. Temos empresas consolidadas e centenas das de pequeno porte surgindo, em todas as áreas. O povo daqui sabe que sem trabalho, não existe desenvol-vimento. Não temos famílias sem moradia e a comunidade enaltece nossos valores. Mas ainda preci-samos avançar na educação e na consciência ambiental.”

Fernando Xavier da Silva, prefeito

“É uma cidade em constan-te desenvolvimento, com uma economia pujante e um nível cultural com boas alternativas. A comunidade é organizada e aqui temos bons índices de saú-de, educação e segurança. O que ainda acho que precisamos mu-dar é a questão da mobilidade urbana. A cidade não foi bem planejada, o comércio está con-centrado no Centro e isso acar-reta uma série de dificuldades. Precisamos asfaltar mais vias alternativas e incentivar o trans-porte público, que ainda não é costume no município.”

Luciano Baroni, presidente da Câmara de Vereadores

“É uma cidade empreende-dora, que aposta na iniciativa empresarial. É um celeiro de novas empresas, pois, de acor-do com o Sebrae, temos 3,5 mil empreendimentos na cidade, e o povo é fomentador desse cresci-mento. Aqui temos altos índices de desenvolvimento humano e empresas que auxiliam em vá-rios setores da sociedade. O que ainda falta no município são cursos técnicos e uma faculdade, além de investimentos na saúde, através da iniciativa privada e do Poder Público.”

Fabiano Ferrari, presidente da Associação da Indústria, Comércio e Serviços (ACI)

ProgramaçãoDia 14, às 14h: Show

com César Oliveira e Rogé-rio Melo.

Local: Acampamento Far-roupilha

Dia 25, às 10h: Missa de Ação de Graças pelos 55 anos de Emancipação Polí-tico-administrativa do Mu-nicípio de Carlos Barbosa.

Local: Igreja Matriz Nos-sa Senhora Mãe de Deus

Dia 25, às 15h: Festa de Aniversário de 55 anos de Carlos Barbosa.

Local: Parque da EstaçãoShows:- Banda Sextaneja

(15h30min)- Garotos de Ouro (17h)- Retrato Falado:

(18h45min)Dia 30, às 20h30min:

Concerto de Rock. Local: Salão Paroquial

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Sábado, 6 de setembro de 2014 25Geral

André Cavalini - Documentário - R$ 28.580

Dalva Audibert Carvalho - Edição de Livro - R$ 27 mil

Deise Daiane Chagas da Silva - Documentário - R$ 29.328,55

Ederson Luis R. da Silva - Teatro e Arte Urbana - R$ 23.329,90

Fabio Soares de Jesus- Exposição Fotográfica- R$ 29.485,20

José Osvaldo Correa - Gravação de CD - R$ 18.060

Josiane Maria Pezzini - Arte em Ônibus - R$ 11.875,50

Maiane Mozzi - Danças Folclóricas - R$ 17.330,00

Marcelo Valduga - Gravação de CD - R$ 27.314

Mauri Valdir Menegotto - Exposição de Esculturas - R$ 4.545

Micael Biasin - Exposição de Desenho Artístico - R$ 8.420,05

Raquel de Marco - Edição de Livro - R$ 16.473

Rodrigo Terra de Souza - Gravação de CD - R$ 18.350

Projetos aprovados:

Arte da nossa gente

Recursos para a cultura localConselho aprovou 13 projetos para receberem auxílios financeiros do Fundo Municipal e irá lançar um novo edital

Leonardo [email protected]

Oleque de ofertas culturais dos artistas bento-gonçal-

venses foi exaltado durante a solenidade de assinatura dos auxílios financeiros para pro-jetos aprovados pelo Conselho Municipal de Políticas Cultu-rais, na manhã de quinta-feira, 4 de setembro. Dos 21 projetos inscritos, 13 foram aprovados para receber o benefício. São livros, documentários, exposi-ções, teatro, música e até arte em ônibus que receberam re-cursos públicos.

O edital disponibilizava uma verba de R$ 605 mil, porém apenas R$ 260.091,20 foram necessários. O total restante (R$ 344.908,80) será investi-do em um segundo edital com o mesmo fim. Os recursos do

fundo são geridos pelo conselho, que é responsável pela avaliação das propostas inscritas e distri-buição dos recursos. O prefeito Guilherme Pasin e o secretário municipal de Cultura, Jovino Nolasco, participaram da sole-nidade. “O que estamos vendo

Prefeito Pasin comemora a “democratização da cultura” na cidade

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aqui hoje é cultura pura. Pro-duzida, analisada e aprovada pelos próprios agentes culturais integrantes do Conselho de Cul-tura. É importante que os artis-tas entendam que é por meio de projetos que se busca recursos”, destacou o prefeito.

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Sábado, 6 de setembro de 201426 ObituárioFaleceram em Bento

ORTENILLA LEHUGEUR, no dia 27 de Agosto de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Oswaldo Lehugeur e Marculinna Lehugeur e tinha 89 anos.

LUIZ ADELAR MENDES, no dia 27 de Agosto de 2014. Natural de Lagoa Vermelha, RS, era filho de Romalino Mendes e Clelia Piva e tinha 62 anos.

ANTÔNIO DALL’OSBEL, no dia 29 de Agosto de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de João Santo Dall’Osbel e Marcília de Paris Dall’Osbel e tinha 77 anos.

HILDA WIEBUSCH, no dia 29 de Agosto de 2014. Natural de Estrela, RS, era filha de Frederico Aschebrock e Alvina B. Aschebrok e tinha 84 anos.

ALCIR RIBEIRO TRINDADE, no dia 29 de Agosto de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Atanagildo Peres Trindade e Eva Rosalinda Ribeiro Trindade e tinha 63 anos.

LUIZ DE COSTA, no dia 29 de Agosto de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Dionisio de Costa e Maria Todeschini de Costa e tinha 71 anos.

JEAN CLAUDE CASTOR, no dia 29 de Agosto de 2014. Natural de República do Haiti RS, era filho de Jean Simene Michaud e Hypollite Castor e tinha 44 anos.

MARIA LUIZA CARVALHO, no dia 29 de Agosto de 2014. Natural de Itaiópolis, SC, era filha de Getulio Rodrigues Carvalho e Maria Magdalena Lisboa e tinha 86 anos.

JOSE AURÉLIO RODRIGUES DOS SANTOS, no dia 30 de Agosto de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Geraldo Fredo dos Santos e Assunção Rodrigues dos Santos e tinha 52 anos.

ENOÉ CESCA PERIOLO, no dia 31 de Agosto de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de João Cesca e Amalia Galon e tinha 82 anos.

LUÍS CARLOS FERREIRA BORGES, no dia 31 de Agosto de 2014. Natural de Nova Prata, RS, era filho de Lourival Ferreira Borges e Maria Angélica da Silva Borges e tinha 50 anos.

NILCE MARIA ZORZO SEGALIN, no dia 02 de Setembro de 2014. Natural de Serafina Corrêa, RS, era filha de Pedro Zorzo e Lídia Castelli Zorzo e tinha 64 anos

ORLANDO ZANON, no dia 02 de Setembro de 2014. Natural de Carlos Barbosa, RS, era filho de Ruggero Zanon e Orsola Zilio Zanon e tinha 72 dias.

OSCAR CASARIN, no dia 03 de Setembro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Azir Casarin e Norma Gasperin Casarin e tinha 67 anos.

DARCI LUIZ GAVA, no dia 02 de Setembro de 2014. Natural de garibaldi, RS, era filho de Artemio Nilo Gava e Assumpta Mathilde Mazziero Gava e tinha 61 anos.

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Sábado, 6 de setembro de 2014 27Publicações Legais

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Sábado, 6 de setembro de 201428 Segurança

Presídio

Visitantes não têm reclamações sobre procedimentos em Bento Gonçalves

Leonardo [email protected]

Em resolução publicada no dia 2 de setembro no Diá-

rio Oficial da União, o Con-selho Nacional de Política Criminal e Penitenciária reco-mendou o fim da revista íntima nos presídios brasileiros, con-siderada uma prática “vexató-ria, desumana ou degradante”. O conselho pede o fim do des-nudamento (parcial ou total), da introdução de objetos nas pessoas revistadas, dos aga-chamentos ou saltos e do uso de cães ou animais farejadores durante o procedimento.

No texto, o conselho ligado ao Ministério da Justiça orien-ta que a revista pessoal seja fei-ta com o uso de equipamentos eletrônicos como detectores de metais, aparelhos de raio--X e scanner corporal. A revis-ta manual também poderá ser feita apenas em casos excep-cionais, quando a tecnologia não for suficiente para identifi-car armas, explosivos, drogas e outros objetos ilícitos.

A resolução não tem força de lei, porém deverá orientar as autoridades penitenciárias estaduais a acabar com os pro-cedimentos de revista vedados pelo conselho. Questionado so-bre o assunto, o administrador prisional do Presídio Estadual de Bento Gonçalves, Edson

Revistas são realizadas com apoio de aparelhos detectores de metais

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Righi, relatou que ainda não existem novas determinações. “Quando há uma mudança é feito um estudo pela assesso-ria jurídica e então é remetida uma ordem de serviço para nós. Eu soube destes aponta-mentos, mas por enquanto não nos chegou nada”, afimou.

No Rio Grande do Sul, a Su-perintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) re-gula o trabalho nas casas de detenção. “Atualmente, a re-vista corporal é feita com apa-relhos e bancos detectores de metais. Se há uma detecção, denúncias ou suspeitas, é fei-ta uma revista mais detalhada dentro dos padrões que estão

Conselho recomenda fim de revista íntima

estabelecidos pela Susepe”, explica Righi.

Questionadas, as familiares de detentos preferiram não se identificar. Porém não denun-ciaram nenhum abuso durante os procedimentos. “Venho há quatro anos visitar o meu ma-rido e nunca deu nada. Acho que tem que ser feita a revista mesmo, pois se não acaba en-trando de tudo”, relata uma esposa de 42 anos. A única re-clamação é que algumas agen-te seriam mais severas ou mais complicadas que outras.

Desde abril, as agentes peni-tenciárias flagraram dois casos de visitantes tentando entrar com ilícitos na penitenciária.

Eucaliptos

Homem é preso portando 100 pedras de crack

Em mais uma ação da Ope-ração Retomada, que conta com um reforço do Pelotão de Operações Especiais (POE) de Caxias do Sul, policiais milita-res prenderam um homem de 41 anos com aproximadamente 100 pedras de crack na tarde de sexta-feira, 5 de setembro.

O flagrante ocorreu por volta

das 17h, na rua Ari da Silva, no bairro Eucaliptos. O acusado foi conduzido para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendi-mento (DPPA) para o registro da ocorrência.

Pelo menos 754 pedras de crack foram apreendidas pela BM nos últimos 20 dias em Bento Gonçalves.

Pelo menos 754 pedras de crack foram apreendidas nos últimos 20 dias

Quando abria o portão de sua residência, por volta das 11h40min de quinta-feira, 4 de setembro, uma moradora do Santa Marta foi surpreendida por um bandido portando uma faca. O fato ocorreu na rua Do-mênico Zanetti e o ladrão fugiu com o veículo C3 da vítima.

Instantes depois o automóvel foi localizado capotado no bairro Fátima, na Antiga Rua da Em-presa Atômica. A suspeita é que o delinquente tenha perdido o con-trole do veículo em uma curva. Policiais realizaram buscas, mas ninguém foi preso.

Roubo

Ladrão capota carro no Fátima

Testemunhas relataram que o indivíduo teria se ferido no acidente

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Armas são apreendidas em São Valentim

Um homem foi detido por posse ilegal de arma de fogo durante o cumprimento de mandados solicitado pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) em São Valentim. Um revólver e uma espingarda foram apreendidas durante a ação policial realizada no final da manhã da sexta-feira, 5 de setembro. Os mandados de bus-ca e apreensão teriam relação com crimes ambientais praticados na localidade.

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Sábado, 6 de setembro de 2014 29Segurança

“Será que não é hora de mudar a legislação?”

Major José Paulo Marinho, comandante do 3º BPAT

Operação Retomada

BM prende 39, mas 12 estão soltosEfetividade da ação de resposta à criminalidade da Brigada Militar é questionada diante de uma legislação considerada branda

Leonardo [email protected]

Diante do aumento dos índi-ces de roubos e homicídios

em Bento Gonçalves, a comu-nidade clamou por uma provi-dência da Brigada Militar (BM). A Operação Retomada, com re-forços do Pelotão de Operações Especiais (POE) e do setor de inteligência de Caxias do Sul, foi a resposta para esta situação “de luz vermelha acesa”. Po-rém, após quase 20 dias de po-liciamento ostensivo, será que a ação foi realmente efetiva?

O questionamento é levan-tado pelo próprio comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT), major José Paulo Marinho, diante de um número que preo-cupa. Das 48 pessoas detidas em flagrante delito pela Brigada Militar, 44% estão em liberda-de. Apenas 27 dos conduzidos pelos policiais militares para a delegacia nos últimos 20 dias continuam recolhidos.

Dos indíviduos que já estão em liberdade, nove foram deti-dos por posse de entorpecente. Nestes casos, o procedimento normal é a assinatura de um termo circunstanciado por

Convidado para fazer um balanço destes 20 dias da Operação Retomada, inicia-da em 18 de agosto, o major Marinho demonstrou sua in-satisfação com a famigerada situação do prende e solta que ocorre na segurança pú-blica brasileira. Confira abai-xo, na íntegra, a resposta do comandante do 3º BPAT.

“Nós já cansamos de falar sobre o retrabalho da Bri-gada Militar. Que a BM está enxugando gelo. Quando ocorrem situações de inse-gurança na comunidade, a quem é recorrido primeiro? A Brigada Militar. É a BM quem precisa resolver, tra-tar do assunto e solucionar a questão. Mas, como eu sem-pre disse, nós somos apenas uma peça do mecanismo. A Operação Retomada efe-tuou estas 48 prisões, de in-divíduos com mandado de prisão, por posse de entor-pecentes, por tráfico... pes-soas em flagrante delito que foram encaminhados para a delegacia. A Polícia Civil fez o seu papel. O Ministério Pú-blico e o Judiciário também. Eu acredito que seja um pro-blema de legislação.

Não adianta a comuni-dade vir nos cobrar provi-dências, nós as adotarmos e esta providência não ser eficaz. A metodologia em-pregada para a resolução de

problemas de crime da nos-sa sociedade, que a Brigada adotou, foi eficiente. Mas foi realmente eficaz? Eficaz seria se os presos que fos-sem conduzidos ao presídio permanecessem presos. E a comunidade precisa saber disso. Houve uma cobrança muito forte sobre as institui-ções de segurança para ten-tar resolver este problema. Nós devolvemos a sensação de segurança à sociedade. Em 18 dias de Operação Re-tomada foram 48 prisões, quase 700 pedras de crack apreendidas e oito pontos de tráfico desbaratados.

Mas quanto tempo estes indivíduos que estavam pra-ticando delitos vão ficar pre-sos? Não sei, não temos essa informação. Vão reincidir no crime? É possível. E daí? No-vamente a sociedade vai cla-mar para que as nossas insti-tuições de segurança tomem providências? Não podemos esquecer que segurança pú-blica é cara e quem está pa-gando tudo isso é o cidadão por meio dos seus impostos.

Cabe a sociedade organi-zada como um todo se ques-tionar: será que não é hora de mudar esta legislação permissiva que faz com que estes indivíduos, utilizando de meios legais, possa re-tornar ao convívio da nossa sociedade?”

posse de entorpecente, o regis-tro da ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendi-mento (DPPA) e o usuário é li-berado no mesmo dia. Porém, entre os 12 outros detidos, há acusados por tráfico de entor-pecentes, por furto qualificado e indivíduos com mandado de prisão expedido.

Titular da 1ª Delegacia de Polícia (1ºDP), especializada no combate ao tráfico de en-torpecentes, a delegada Maria Isabel Zerman acredita que o número é expressivo justa-mente pela quantidade de pri-sões efetuadas em um curto espaço de tempo em virtude da operação da Brigada Militar. “Todos que foram apresenta-dos na DPPA foram conduzi-dos ao presídio porque, a prin-cipio, o tráfico é um crime que o delegado não pode arbitrar fiança. Após, o juiz de plantão analisa o flagrante e, para al-guns, foram decretadas a pri-são preventiva e, para outros, foi entendido que não havia a necessidade de continuarem presas. Ou porque não pos-suíam antecedentes criminais, ou porque achavam que ter uma residência fixa e trabalho eram suficientes para manter a pessoa em liberdade. É um entendimento do juiz que acre-dita não existiam os requisitos

Números da operação

Das 48 detenções:

Prisões em flagrante

Capturas de foragidos: 13 Detidos em flagrante: 48Apreensão de menor in-frator: 6Pessoas abordadas: 5.910Veículos fiscalizados: 3.537Drogas Apreendidas: Crack: 654 pedrasCocaína: 3,50 gramasMaconha: 103,62 gramas

27 estão presos21 estão em liberdade

* NÚMEROS DE 18/8 ATÉ 3/9

21 acusados por tráfico13 foragidos9 por posse de entorpecente2 por roubo2 por furto1 por receptação

Combate aos roubosDe 1º/8 até 18/8

121170

De 19/8 até 31/83531FONTE: 3º BPAT

Roubo a pedestre Roubo a Est. ComercialRoubo a veículo Roubo a residência

para a prisão. Mas não tem ne-nhum acusado, até a data de hoje, que tenha sido liberado por uma eventual ilegalidade na prisão ou na ação da Briga-da Militar”, explicou.

A delegada ressalta que, ape-sar de estarem em liberdade, estes detidos irão responder por seus crimes, especialmente nos casos de prisão por tráfico. “Todos que foram flagrados pelos policiais militares estão sendo indiciados por tráfico de entorpecentes. O auto de prisão em flagrante vem para a 1ª Delegacia e é instaurado o inquérito. Há um prazo de 90 dias para realização do in-quérito nos casos de acusados que respondem em liberdade. Para os que estão recolhidos o processo é mais célere. A pena mínima por tráfico de entor-pecentes é de cinco anos de reclusão”, informou a delegada Maria Isabel.

Apesar do atual número de detidos em liberdade, o major Marinho exalta o trabalho. “A nossa avaliação da Operação é extremamente positiva. Inclu-sive, a intenção é ampliar este trabalho. Estamos conversan-do com o comando de Caxias do Sul para realizar este tipo de ação por toda a Serra. De forma regionalizada iremos combater a migração do crime”, finalizou.

Presença policial ostensiva na rua diminuiu as ocorrências de roubos

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Sábado, 6 de setembro de 201430

[email protected]@flavioluisferrarini.com.br

DenisedaRéFlávioFerrarini

Comédia da vida na privada

O sujeito andava caidaço. Largado, desem-pregado e com as finanças em estado pré--falimentar. Para piorar ainda mais as coisas, estava com algumas pendengas na Justiça, movida pela ex, que pretendia depená-lo com-pletamente.

-Titica de galinha! – xingou, já acomodado no VC, enquanto retirava um encarte do jornal de domingo.

Abriu os classificados, mais por hábito do que por expectativa. Sabia que, daquele mato, não sairia cachorro. Correu os olhos para ver por quanto andavam a oferta e a procura. Blá--Blá-Blá e... “Ricardão peludo, bem dotado, com mãos divinas, totalmente liberal, discre-to, alto padrão, boa performance, para aten-dimento em domicílio. Valores a combinar. Tratar pelo fone...”

“O-lha-íííí...”, pensou com seus... com seu umbigo. E se ele optasse por um serviço al-ternativo? Podia não ser um Ricardão, mas Ricardinhos também tinham um nicho de mercado, embora menor. A questão era só es-colher as estratégias de marketing.

O cara olhou para baixo sugando o abdô-men, para conferir a comissão de frente. O ânimo murchou. Decididamente, não se encaixava nas exigências mercadológicas atuais. Tinha o trivial, normalmente desi-dratado, abstêmio que de vez em quando se inflamava, desde que bem motivado. Só que faltavam motivos nos últimos tempos, e a previsão era desanimadora: estava a cami-nho de pendurar as chuteiras.

Tentou descobrir alguma vantagem no em torno, mas nada! Pelos ralos e descontínuos – uma muda nas costas, duas carreirinhas verti-cais no peito e um jardinzinho no...., - enfim, estava mais para Moby Dick do que para Tony Ramos. As pernas, cheias de machucados ga-nhos nos campinhos de futebol. Ainda por cima, uma calvície precoce. “Coisa de genéti-ca”, afirmara-lhe o médico. Mas ele sabia que essa genética já vestira saia em outros tempos.

“Se mulher incomoda muita gente, ex inco-moda incomoda muito mais”, cantarolou. De repente... ô ô! Sua visão de raio X localizou o volume do Novo Código Civil Brasileiro... E se ele virasse o jogo? Se mudassem os pa-péis? Aquilo não cheirava bem. Deu a des-carga. No entanto, o que teria a perder? E a coisa ganhou corpo, alma e palavras, rabisca-das num catálogo:

“Com a máxima vênia, senhor Juiz, venho requerer ação indenizatória por perdas e da-nos morais, conforme ... Título IX, Capítulo I, Artigo 927, Parágrafo Único, considerando-se que a atividade desenvolvida pela autora do dano implica, por sua natureza, um desgaste da minha honra, reduzindo-me à condição de... (teve que engolir um sapo antes de vomi-tar a palavra) ...corno”.

O homem colocou o manual embaixo do braço, sentindo que estava prestes a sair do buraco. Antes de puxar o zíper, ainda deu uma palmadinha no “proscrito” num gesto solidá-rio de macho.

A marcha da verdadeNinguém pode conter a marcha da verdade. Assim, como a grande maioria de brasileiros,

marcho pelo Brasil de verdade. Marcho com todo meu patriotismo de cidadão

brasileiro pelo Brasil da verdade.Marcho pelo Brasil da total transparência das

administrações públicas.Marcho pelo Brasil com fome de justiça. Marcho pelo Brasil com fome de bola, mas

também com fome de paz que faz crescer, como disse Saústio, as coisas pequenas, enquanto a discórdia destrói as grandes.

Marcho pelo Brasil sem violência social que coloca cada um de nós, brasileiros, na marca do pênalti.

Marcho pelo Brasil que luta para virar o placar contra a miséria.

Marcho pelo Brasil da polícia competente para reprimir baderneiros, mas garante as manifesta-ções públicas.

Marcho pelo Brasil que dá olé em matéria de saúde pública com filas imensas e demoradas, ausência de aparelhos e medicamentos, pequeno número de médicos e funcionários.

Marcho pelo Brasil que voa alto como as águias e não o que fica no chão ciscando feito as gali-nhas.

Marcho pelo Brasil que tem coragem de atacar os seus problemas de infraestrutura precária, ul-trapassada e deficiente.

Marcho pelo Brasil que defende os que mais precisam do Brasil.

Marcho pelo Brasil que joga com uma vontade enérgica que é a melhor forma de concretizar as esperanças. Somente quando nos empenhamos de verdade passamos a ser senhores da nossa própria sorte.

Marcho pelo Brasil que não leva chapéu dos sanguessugas, salafrários e espertalhões de todo calibre, como alguns parlamentares que criam leis para tornar suas vidas mais tranquilas.

Marcho pelo Brasil. Sim, eu torço com ganas pelo Brasil que joga a favor da educação que é capaz de criar oportunidades para todos indis-tintamente.

Marcho pelo Brasil justo do hoje que vale por muitos amanhãs.

Marcho pelo Brasil que ataca os partidos polí-ticos da velha política que não tem pouca ou ne-nhuma representação social.

Marcho pelo Brasil da bola no pé e ideias bri-lhantes na cabeça.

Marcho pelo Brasil que dá um chutão no tra-seiro dos corruptos, dos mensaleiros, dos opor-tunistas de plantão.

Marcho pelo Brasil consciente de que as derro-tas de ontem servem de estímulo para as vitórias de amanhã.

Marcho pelo Brasil campeão em moralidade pública.

Marcho (com entusiasmo desmedido) pelo Brasil dos governos que prometem pouco e re-alizam muito.

Marcho para que o Brasil perca o título da im-punidade.

Marcho (como ninguém) pelo Brasil que pre-serva o verde e partilha o amarelo das riquezas.

Marcho pelo Brasil idolatrado, pátria amada, salve salve.

Marcho pelo Brasil que bate um bolão pelas crianças, não pisa na bola com os jovens e dá bola para os idosos.

Marcho (mais até do que isso, sonho) pelo Bra-sil sair da linha de impedimento das desigualda-des sociais e vencer em todos os campos.

Independência do BrasilA independência das colônias latino-americanas

deve ser vista no quadro das revoluções atlânticas ou ocidentais. Quando atingiu as colônias portugue-sas e espanholas da América, elas se libertaram das suas metrópoles, tornando-se países soberanos.

A política colonial de Portugal e da Espanha, base-ada no mercantilismo, procurava obter o desenvolvi-mento comercial e industrial das metrópoles à custa da matéria-prima fornecida pelas colônias e só per-mitia a produção colonial que não concorresse com a europeia.

As reformas administrativas, políticas e econômicas feitas por Dom João VI no Brasil não só acentuaram o desenvolvimento de nosso país, como tornaram possível a sua independência por meios pacíficos, em 1822. Além disso, a presença da monarquia no Brasil manteve a unidade territorial da imensa colônia, evi-tando que os movimentos de emancipação a dividis-sem em várias nações independentes.

O Brasil, como colônia de Portugal, estava subor-dinado às condições impostas pela política econômi-ca mercantilista. O monopólio exercido por Portu-gal abrangia muitas áreas. Era permitido apenas o comércio com Portugal e, mesmo assim, a atividade somente podia ser exercida com autorização. Só se autorizava a instalação de industrias que conviessem aos interesses portugueses. Era permitido plantar em grande escala somente aquilo que pudesse ser expor-tado, através de Portugal, para roda a Europa.

A decadência econômica de Portugal foi cada vez maior, era uma colônia americana que sustentava cada vez mais, a economia da metrópole.

A ideia da independência apareceu claramente em fins do século 18, com a Inconfidência Mineira.

A Inglaterra estava em plena Revolução Industrial, produzindo mais e mais e necessitando, cada vez mais, de novos mercados para seus produtos. Quan-do se tratou de decidir a posição do Brasil, os portu-gueses queriam que o Brasil voltasse a ser Colônia, fornecendo seus interesses. Porém os brasileiros de-fendiam os seus interesses e não queriam voltar à an-tiga condição. Queriam liberdade para comercializar e para governar. Dom Pedro ligou-se ao partido dos que queriam a separação, proclamou a Independên-cia a assumiu o poder como o primeiro monarca do Brasil. “Que todos nos ao comemorarmos mais uma vez o dia da Independência, faça parte das novas de-cisões do destino do BRASIL...”

Parabenizo os organizadores da semana da Pátria em Bento Gonçalves, que nos fizeram refletir sobre os temas: nacional, estadual e municipal. Que cada um de nós exerça a cidadania com atitudes concretas, ob-servando valores, que tenhamos orgulho do que so-mos: Um povo de muitos valores. O maior louvor que podemos dar a nossa Pátria é saber que vivemos num Município que se destaca nacionalmente na CULTU-RA, na HISTÓRIA, no TURISMO, na QUALIDADE DE VIDA. E... juntos, com TODAS AS PESSOAS DE VALOR possamos construir uma grande nação e um mundo melhor.

AssuntaDeParis

Das ATITUDES, do COMPROMISSO e da RESPONSABILIDADE de cada pessoa devemos nos perguntar: O que tenho feito para construir uma cultura de PAZ?

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Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.940

Tacchini – 90 anosE a direção do Hospital Tacchini de Ben-

to Gonçalves dentro das comemorações de seus 90 anos de profícua existência em nosso meio e dedicadas á área da saúde homenageou em bela solenidade em 27 de agosto 2014, às 18h em seu Auditório, pessoas da sociedade local e região identi-ficadas parceiras e colaboradoras no cres-cimento e desenvolvimento da Instituição hospitalar. A solenidade prestigiada por autoridades e convidados foi marcante e ao mesmo tempo cercada por emoções compartilhada pelos próprios homenage-ados gratificados pela lembrança do mo-mento e reconhecimento. Nas palavras do presidente do Conselho de Administração Antonio Stringhini, do vice presidente do Conselho Antonio Miolo e do Superin-tendente Geral Armando Piletti, a sensi-bilidade do reconhecimento e gratidão a todos os homenageados com a Medalha – Tacchini 90 anos. Muito aplaudida a bela apresentação do Coral Tacchini sob a re-gência do Maestro Geraldo Farina. Valeu!

Mais homenagens NA data de 9 de setembro 2014, terça-

-feira - às 19h e convite do presidente vereador Valdecir Rubbo a Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves em Ses-são Solene vai homenagear o Hospital Tacchini com a Outorga de Portaria de Louvor e Agradecimento. O Diploma a ser conferido ao Hospital Tacchini é pela passagem de seus 90 anos de fundação em reconhecimento aos trabalhos e re-

levantes serviços prestados por todos aqueles que formam a Família Tacchini. Fica o registro e convite também do pre-sidente do Conselho de Administração Antonio Stringhini. Será uma homena-gem histórica!

Confraternização histórica

DENTRO das comemorações alusivas aos 90 anos de atividades dedicados à saúde, no dia 16 de setembro 2014, às 20h no Dall’Onder Vittoria Hotel em Jantar de Confraternização a noite será especial uma vez que na ocasião serão homenageadas pelo Tacchini – Troféu 90 Anos - entidades e instituições que ao longo dos anos contribuíram para a evo-lução da Instituição hospitalar, fundada em 20 de setembro de 1924. Um gesto de reconhecimento aos homenageados e merecido segundo o presidente do Con-selho de Administração, empresário An-tonio Stringhini! Saúde gente amiga!

Jantar da enchova...E o Lions Clube Bento Gonçalves In-

dustrial convidando a sociedade para o grande Jantar da ENCHOVA, a ter lugar no dia 27 de setembro 2014, às 20h30 no CTG Laço Velho com show e animação musical de Gilmar Dias. O cardápio além da Enchova acompanham risoto de fran-go, saladas, pão, refrigerantes e vinhos Varietais Aurora incluso no ingresso à R$ 70,00 por pessoa. O evento social do

Lions Industrial que tem na presidência o CL Grimar de Jesus Freitas e DM Taís Cordeiro é beneficente e desta vez a en-tidade a ser contemplada será o LAR DO ANCIÃO. Um gesto de amor! Informe-se 3452.3586! Prestigie!

CDL-BG – convenção exitosa

CUMPRIMENTAR os dirigentes e cola-boradores da CDL - Câmara dos Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves na pessoa de seu presidente Marcos Carbone e presiden-te da FCDL-RS Vitor Augusto Koch pela or-ganização e sucesso alcançados por ocasião da realização da 45ª Convenção Estadual Lojista e 45 anos de existência da entida-de bento-gonçalvense, NOS dias 14 e 15 de agosto de 2014 na Fundaparque o cenário foi de motivação onde mais de 2.300 parti-cipantes além de autoridades, convidados e destacados palestrantes estiveram em sintonia na busca de novas metodologias de negócios, técnicas de relacionamento com investimentos na qualificação do pes-soal. Para o presidente da CDL-BG Marcos Carbone o Varejo Gaúcho está de parabéns, pois o encontro de múltiplas oportunida-des alcançou os objetivos almejados, em-balados ao som do Conjunto Ragazzi Dei Monti. Valeu gente amiga!

AKEO - mais uma vez...

COM a apresentação de padrões alto nível e já na linha de comercialização a

empresa AKEO de Bento Gonçalves aca-ba de conquistar pela 6ª vez o Prêmio Top Móbile. NA Formóbile - Feira Inter-nacional de Fornecedores da Indústria Madeira - Móveis realizada em São Pau-lo, um dos maiores eventos e a grande vitrine para empresas do segmento mo-veleiro expor seus produtos a AKEO che-ga mais uma vez ao topo como a marca mais lembrada na Categoria Puxadores para móveis. A conquista é o reconhe-cimento do trabalho, avanços da tecno-logia e do design apurado motivos para que a empresa continue no caminho de premiações e do crescimento gerando emprego, fonte de renda e economia. NA pessoa de seus diretores Antonio Masig-nan, Ivanio Angelo Arioli, Ari Luis Bian-chi e equipe parabéns pela conquista e sucesso!

Almoço do AbraçoPROMOVIDA pela direção da ABRA-

ÇAÍ liderada pelo presidente Jovino Demari acontece no dia 21 de setem-bro 2014, às 12h, no Ginásio da Asso-ciação Santa Helena o 5º ALMOÇO DO ABRAÇO - Costelão -. O evento social é beneficente e visa buscar recursos para a manutenção da Instituição e forma-ção educacional hoje com 210 alunos – crianças e adolescentes. Informe-se 3453.3355! Prestigie!

IGVariedades

A FRASEO PENSAMENTO é a grandeza

do homem! (Pascal)

Sábado, 6 de setembro de 2014

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Simmme

Obras seguem em ritmo acelerado

Empresas&Empresários

Expoagas 2015

Feira foi lançada na noite de quinta-feira

Empresas & Empresários

Vinícola Miolo

Contratação de Alem Guerra é anunciada

Empresas & Empresários

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVES

Sábado6 DE SETEMBRO DE 2014ANO 47 N°3060R$ 3,00

64 páginas

Primeiro caderno .................. 32 páginasEsportes ................................. 4 páginasEmpresas & Empresários ......... 8 páginasSaúde & Beleza ....................... 8 páginasCaderno S ............................ 12 páginas

CRISTIAN

O M

IGO

N

Profissões

Páginas 20 e 21

Com um trabalho artesanal, sem uso de avançadas tecnologias, profissionais como sapateiros, alfaiates e relojoeiros ainda são requisitados pela comunidade

Resistindo à modernidade