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www.cers.com.br OAB XV EXAME DE ORDEM 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça QUEIXA-CRIME 1. INTRODUÇÃO O presente assunto é de certa importância para a 2ª fase da OAB de Direito Penal, tendo em vista a sua possibilidade de incidência tanto na questão prático-profissional, quanto em questões dissertativas. Por conta disso, preferimos abordar inicialmente o assunto ação penal de forma ampla, adotando a classificação das ações penais quanto à titularidade do direito de ação. Assim, inicialmente falaremos das ações penais públicas para depois abordar a ação penal privada e então adentrar no tema queixa-crime. 2. AÇÃO PENAL PÚBLICA 2.1. Ação penal pública incondicionada A ação penal é o meio pelo qual se provoca o ente estatal através do exercício da jurisdição para solucionar uma lide composta por um conflito de interesses. Ou seja, o Estado NÃO vai atrás das lides, sendo a jurisdição penal inerte por natureza. A ação penal pública incondicionada é aquela em que o Ministério Público é o titular do direito de ação e não necessita da manifestação de vontade de quem quer que seja para oferecer a denúncia, bastando, no caso concreto, a existência da justa causa, ou seja, prova da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria ou participação, e das demais condições da ação. As provas nos dão certeza de que um fato ocorreu, já os indícios são indicativos acerca dos fatos. A regra geral é a de que os crimes sejam motivadores de ação penal pública incondicionada, e quando a lei silenciar sobre o tipo de ação penal que o crime motiva a ação penal será pública incondicionada. Já para o crime ser motivador de ação penal pública condicionada ou ação penal privada deve haver expressa disposição legal, como bem elucida o art. 100 do Código Penal. A denúncia é a peça inicial da ação penal pública incondicionada, procedida pelo MP, na regra geral (art. 46 do CPP), no prazo de 5 dias estando o réu preso e 15 dias estando o réu solto, porém o prazo é impróprio, não existindo preclusão para o oferecimento da denúncia. Da mesma forma, o MP NÃO sofre decadência do direito de ação. Ex: Imagine um homicídio simples, no qual o MP tem prazo de 5 dias ou 15 dias para oferecer denúncia e não a oferece no prazo legal, mesmo após o prazo, ainda que 10 anos depois (desde que o

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    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    QUEIXA-CRIME

    1. INTRODUO

    O presente assunto de certa importncia para a 2 fase da OAB de Direito Penal, tendo em

    vista a sua possibilidade de incidncia tanto na questo prtico-profissional, quanto em questes

    dissertativas. Por conta disso, preferimos abordar inicialmente o assunto ao penal de forma ampla,

    adotando a classificao das aes penais quanto titularidade do direito de ao.

    Assim, inicialmente falaremos das aes penais pblicas para depois abordar a ao penal

    privada e ento adentrar no tema queixa-crime.

    2. AO PENAL PBLICA

    2.1. Ao penal pblica incondicionada

    A ao penal o meio pelo qual se provoca o ente estatal atravs do exerccio da jurisdio para

    solucionar uma lide composta por um conflito de interesses. Ou seja, o Estado NO vai atrs das

    lides, sendo a jurisdio penal inerte por natureza.

    A ao penal pblica incondicionada aquela em que o Ministrio Pblico o titular do direito

    de ao e no necessita da manifestao de vontade de quem quer que seja para oferecer a denncia,

    bastando, no caso concreto, a existncia da justa causa, ou seja, prova da materialidade do crime e

    indcios suficientes de autoria ou participao, e das demais condies da ao.

    As provas nos do certeza de que um fato ocorreu, j os indcios so indicativos acerca dos

    fatos.

    A regra geral a de que os crimes sejam motivadores de ao penal pblica incondicionada, e

    quando a lei silenciar sobre o tipo de ao penal que o crime motiva a ao penal ser pblica

    incondicionada. J para o crime ser motivador de ao penal pblica condicionada ou ao penal

    privada deve haver expressa disposio legal, como bem elucida o art. 100 do Cdigo Penal.

    A denncia a pea inicial da ao penal pblica incondicionada, procedida pelo MP, na regra

    geral (art. 46 do CPP), no prazo de 5 dias estando o ru preso e 15 dias estando o ru solto, porm o

    prazo imprprio, no existindo precluso para o oferecimento da denncia. Da mesma forma, o MP

    NO sofre decadncia do direito de ao.

    Ex: Imagine um homicdio simples, no qual o MP tem prazo de 5 dias ou 15 dias para oferecer

    denncia e no a oferece no prazo legal, mesmo aps o prazo, ainda que 10 anos depois (desde que o

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    crime no esteja prescrito), poder ainda o MP oferecer a denncia, pois o prazo no preclui e o MP

    no sofre decadncia.

    OBS.: Juiz no pode iniciar um processo de OFCIO, valendo salientar que o processo

    criminal instaura-se com o RECEBIMENTO da denncia. Assim, no o simples

    oferecimento da pea acusatria que faz surgir o processo, pois o juiz pode rejeitar a

    denncia ou queixa ou receb-la.

    DICA MUITO IMPORTANTE: O entendimento dominante estabelece que no mais

    existe a obrigao do Ministrio Pblico em denunciar, mas sim em manifestar-se.

    Traduzindo: ao ser comunicado formalmente da ocorrncia de um delito, como por

    exemplo, pelo recebimento dos autos do inqurito policial, o Ministrio Pblico dever

    manifestar-se, formando o que chamamos de opinio delicti.

    Assim, recebidos os autos de inqurito ou outras peas de informao o MP DEVER

    oferecer denncia OU devolver os autos delegacia para a continuidade das investigaes OU

    requerer o arquivamento.

    2.2. Ao penal pblica condicionada

    A ao penal pblica ser condicionada nas hipteses expressamente previstas em lei,

    existindo duas modalidades, quais sejam, ao penal condicionada requisio do Ministro da

    Justia ou representao do ofendido. Elas sero devidamente analisadas a seguir.

    a) Ao penal pblica condicionada requisio do Ministro da Justia.

    Hoje as hipteses desta ao so muito poucas e se restringem s seguintes situaes:

    Crimes praticados contra a honra do Presidente da Repblica ou Chefe de Governo Estrangeiro

    (art. 141, I, c/c, art. 145, pargrafo nico, CP)

    Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. (art. 7, 3, b, CP)

    OBS.: Se o crime for de ao penal condicionada requisio do Ministro da Justia, sem o

    requerimento desta autoridade no existe ao, sendo tal requerimento uma condio

    especfica de procedibilidade. Porm, vale lembrar que o requerimento no obriga a

    propositura da ao penal. Alm disso, tal requerimento irretratvel, ou seja, o Ministro

    da Justia no obrigado a oferecer o requerimento, mas oferecendo no caber retratao.

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    Vale ressaltar, tambm, que no existe prazo para o Ministro ingressar com o requerimento,

    ele pode ingressar a qualquer tempo desde que no tenha ocorrido a prescrio criminal.

    b) Ao penal pblica condicionada representao do ofendido.

    Neste tipo de ao penal o promotor de justia s poder oferecer denncia se houver a

    representao do ofendido, funcionando esta, tambm, como uma condio especfica de

    procedibilidade. Esta representao, vale lembrar, uma manifestao de vontade do ofendido ou de

    seu representante legal, no sentido de que seja o fato objeto de processo.

    A representao despida de maiores rigores formais, podendo ser feita oralmente ou por

    escrito perante a autoridade policial, o rgo do Ministrio Pblico ou o juiz, nos termos do art. 39

    do CPP.

    Porm, uma vez feita a representao o Ministrio Pblico no est obrigado a oferecer denncia,

    pois devem estar presentes as demais condies e requisitos para a propositura da ao penal, dentre

    os quais a justa causa. O que obriga o MP ao oferecimento da denncia a presena de todas as

    condies da ao.

    Alm disso, o ofendido no est obrigado a representar, porm se ele for representar deve

    faz-lo no prazo decadencial de 6 meses contados do conhecimento da autoria do delito, nos termos

    do art. 38 do Cdigo de Processo Penal. Ou seja, a representao dever ser procedida no prazo de

    seis meses a contar do momento em que o querelante souber quem foi o autor da prtica

    delitiva. No sendo oferecida a representao dentro do prazo de seis meses contados da data em que

    se soube quem era o autor do fato (regra geral), a decadncia implicar na extino da punibilidade

    em favor do agente, na forma do art. 107, IV do Cdigo Penal.

    ATENO! Se a vtima for menor de idade, e o seu representante legal no oferecer a

    queixa crime ou a representao, quando a vtima completar os 18 anos ela ter seis meses,

    a partir daquela data (dos seus 18 anos) para exercer o direito. O mesmo ocorre quando os

    interesses do representado so conflitantes com os interesses do representante, abrindo o

    prazo de 6 meses para o curador especial a partir da data de sua nomeao (art. 33 do CPP).

    OBS.: Lembre-se que o prazo decadencial considerado pela doutrina como um prazo

    prprio, sendo de grande importncia a diferenciao entre prazo prprio e prazo

    imprprio:

    Prazo Prprio so os que sofrem precluso, como os decadenciais.

    Ex. exerccio do direito de representao.

    Prazo Imprprio so aqueles que no sofrem precluso.

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    Ex. prazo para oferecer a denncia pelo MP.

    DICA! Deve-se estar atento anlise sobre se o prazo PROCESSUAL PENAL ou

    PENAL, uma vez que a contagem dos mesmos se d de forma distinta.

    Contagem de prazos PROCESSUAIS PENAIS, aos quais se aplica o art. 798 do CPP:

    Art. 798. Todos os prazos correro em cartrio e sero contnuos e peremptrios, no se

    interrompendo por ferias, domingo ou dia feriado.

    1o No se computara no prazo o dia do comeo, incluindo-se, porem, o do vencimento.

    2o A terminao dos prazos ser certificada nos autos pelo escrivo; sera, porem,

    considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia

    em que comeou a correr.

    3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-a prorrogado ate o

    dia til imediato.

    4o No correro os prazos, se houver impedimento do juiz, forca maior, ou obstculo

    judicial oposto pela parte contraria.

    5o Salvo os casos expressos, os prazos correro:

    a) da intimao;

    b) da audincia ou sesso em que for proferida a deciso, se a ela

    estiver presente a parte;

    c) do dia em que a parte manifestar nos autos cincia inequvoca da

    sentena ou despacho.

    Contagem de prazos PENAIS, com aplicao do art. 10 do CP:

    Art. 10. O dia do comeo inclui-se no computo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os

    anos pelo calendrio comum.

    OBS.: A contagem dos prazos de PRESCRIO, DECADNCIA, PRISO E

    CUMPRIMENTO DE PENA feita na forma do art. 10 do CP, so, portanto, prazos

    penais! E devemos incluir o dia do incio e excluir o dia do final. Da mesma forma, no

    importa se o primeiro e o ltimo dia ou no til, isso no faz diferena.

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    Exemplo: Imagine que em um crime de ao penal privada, a vtima tenha tomado conhecimento da

    autoria do fato no dia 24 de dezembro de 2012, portanto, um feriado forense. O fato se ser feriado

    no importa, pois como o prazo decadencial um prazo penal, o dia do incio includo e no

    importa se til ou no. Assim, o primeiro dia o prprio dia 24/12/2012. A queixa tem que ser

    oferecida dentro do prazo decadencial de seis meses (art. 38 do CPP).

    Contando-se 6 meses a partir de 24/12/2012 observamos o seguinte:

    janeiro = 1 ms

    fevereiro = 2 meses

    maro = 3 meses

    abril = 4 meses

    maio = 5 meses

    junho = 6 meses

    Ou seja, o prazo decadencial vencer em junho de 2013. Como a vtima conheceu da autoria

    em 24/12/2012, completam-se 6 meses em 23/06/2013 (porque devemos contar os seis meses e

    excluir o dia do final). O problema que dia 23/06/2013 cai em um domingo, e o prazo decadencial

    no se prorroga, assim, a queixa ter que ser oferecida at a sexta-feira anterior, dia 21, pois se for

    oferecida na segunda j ter ocorrido a decadncia do direito de queixa.

    DICA! Natureza jurdica da representao e da requisio nos crimes de ao penal pblica

    condicionada:

    Nas infraes de ao penal pblica condicionada, o Ministrio Pblico somente poder

    oferecer a denncia se presente, alm das condies genricas para o exerccio do direito de ao,

    mais um requisito, consistente na representao do ofendido (ao penal pblica condicionada

    representao) ou na requisio do Ministro da Justia (ao penal pblica condicionada

    requisio).

    Assim, representao do ofendido e requisio do Ministro da Justia so condies

    especficas de procedibilidade. A representao do ofendido nada mais que uma manifestao

    inequvoca de vontade, que independe de maiores formalidades, podendo ser extrada, por exemplo

    de um simples depoimento da vtima em sede policial.

    A representao, da mesma forma que a queixa crime nas infraes de ao penal privada,

    sujeita-se ao prazo decadencial de 6 meses previsto no art. 38 do CPP, que deve ser contado a partir

    da data em que a vtima vem a saber quem foi o autor do fato.

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    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    A representao retratvel at o oferecimento da denncia, sendo ainda possvel a

    retratao da retratao, desde que dentro do prazo decadencial de 6 meses, ressalvadas as hipteses

    de infraes de menor potencial ofensivo.

    A requisio do Ministro da Justia, no entanto, irretratvel e no se sujeita a prazo

    decadencial, conforme entendimento doutrinrio dominante. Outrossim, devemos lembrar que nem a

    representao, nem a requisio do Ministro da Justia, vinculam o Ministrio Pblico, que formar

    a opinio delicti em razo da presena ou ausncia das condies da ao.

    Outra caracterstica da representao a de que ela retratvel, ou seja, a pessoa pode

    representar e depois voltar atrs. A retratao da representao, na regra geral, no carece de

    fundamentao, inclusive, possvel a retratao da retratao. Entretanto, como bem elucida o art.

    25 do CPP, pode haver a retratao at o oferecimento da denncia. Logo, a representao do

    ofendido irretratvel depois do oferecimento da denncia.

    Por fim, ainda em relao ao tema representao, vale elucidar que esta somente poder ser

    oferecida pelo:

    Ofendido

    Representante legal age em nome da vtima que viva, porm incapaz.

    Sucessor processual se o ofendido for falecido ou declarado ausente por deciso judicial, a

    substituio ou sucesso processual segue a regra do CADI (Cnjuge, Ascendente, Descendente e

    Irmo, nesta ordem).

    Depois de oferecida a representao deve haver justa causa para que o MP possa oferecer a

    denncia, ou seja, deve haver prova da materialidade do crime e indcios suficientes de autoria ou

    participao para que, aps a representao, o MP possa oferecer a denncia. Justa Causa a

    existncia de lastro ou suporte probatrio mnimo (prova da existncia do crime e indcios

    suficientes de autoria) extrado de peas de informao, de forma a se evitar uma acusao

    temerria. Sobre a justa causa:

    No nos parece correta a afirmao de que para a sua admissibilidade

    basta que a denncia esteja lastreada em prova da autoria e

    materialidade. Se examinarmos tais elementos ao nvel da dogmtica

    Penal, vamos constatar que autoria e materialidade no chegam sequer

    a configurar um juzo de tipicidade, na medida em que as normas Penais

    incriminadoras tem outros elementos essenciais, quer subjetivos,

    descritivos ou normativos.

    () No basta que, formalmente, a denncia () impute ao ru uma

    conduta tpica, ilcita e culpvel. Isto satisfaz o aspecto formal da pea

    acusatria, mas para o regular exerccio da ao pblica se exige que os

    fatos ali narrados tenham alguma ressonncia na prova do inqurito ou

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    constante das peas de informao. Em outras palavras, a acusao no

    pode resultar de um ato de f ou de adivinhao do autor da ao penal.

    Tudo que de essencial ele descrever na denncia deve estar respaldado

    na prova do inqurito, ainda que de forma frgil ou incompleta.

    3. AO PENAL PRIVADA

    3.1. Queixa-crime

    Em certos casos previstos em lei, a publicidade inerente aos atos processuais de alguns

    crimes seria mais prejudicial do que o prprio fato ou ainda que a prpria impunidade do agressor,

    por esta razo, por critrios de poltica criminal, existe a ao penal privada, tendo como titular o

    particular ofendido.

    A queixa-crime a pea inicial da ao penal privada, promovida pelo ofendido ou por

    quem tenha qualidade para represent-lo. Caso o ofendido venha a falecer, ou seja declarado ausente

    por deciso judicial, o direito de queixa ser transmitido a seus sucessores processuais, seguindo a

    sequncia do CADI (cnjuge, ascendente, descendente e irmo), nos termos do art. 31 do Cdigo de

    Processo Penal.

    Por se tratar de uma petio inicial em matria criminal, deve conter todos os requisitos do

    art. 41 do Cdigo de Processo Penal, tambm exigidos no oferecimento da denncia, ou seja,

    imputao do crime, pedido de condenao, qualificao do acusado e, quando necessrio, rol de

    testemunhas.

    No que se refere ao prazo da queixa-crime, salvo expressa previso legal em contrrio, a

    queixa dever ser oferecida no prazo de seis meses a contar do momento que o ofendido tomou

    cincia da autoria do delito, sob pena de decadncia (art. 38 do CPP). Ou seja, a queixa-crime possui

    prazo prprio para ser oferecida, existindo o prazo decadencial de 6 meses a contar do momento

    em que a vtima toma cincia da autoria do delito.

    Os crimes que preveem ao penal privada esto expressamente previstos em lei. Quando o

    Cdigo for silente, o crime ser de ao penal pblica incondicionada.

    A queixa-crime pea privativa de advogado e tem 2 caractersticas elementares:

    No obrigatoriedade ou discricionariedade a vtima move a queixa crime se quiser, pode haver,

    inclusive, a renncia ao direito de queixa de forma expressa ou tcita contra todos os ofensores. A

    isto se d o nome de oportunidade ou convenincia, princpio regente da ao penal privada.

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    Indivisibilidade a queixa indivisvel, ou seja, a queixa contra qualquer um dos autores do crime

    obrigar o processo contra todos. Caso exista renncia ao direito de queixa em relao a um dos

    autores do delito, esta renncia se estender a todos (arts. 48 e 49 do CPP).

    OBS.: A ao penal privada discricionria na propositura e tambm discricionria durante

    o processo. Por isso, aps oferecida a queixa-crime, a vtima poder desistir da pretenso

    deduzida, ou seja, poder desistir do processo, e poder faz-lo atravs do perdo ou atravs

    da perempo.

    importante lembrar que o perdo do ofendido tambm goza de indivisibilidade, pois o perdo

    oferecido a um dos autores do delito, a todos se estender. Todavia o perdo configura-se como ato

    bilateral, pois o acusado deve aceit-lo. Existindo uma pluralidade de acusados, caso um ou alguns

    deles no aceitem o perdo ofertado, o processo seguir contra estes, mas ser extinto em favor dos

    que acataram o perdo. O perdo do ofendido, da mesma forma que a perempo, funciona como

    causa extintiva de punibilidade.

    3.2. Modalidades de ao penal privada

    Existem as seguintes modalidades de ao penal privada:

    a) Propriamente dita ou exclusiva aquela que, desde o incio, o crime procede-se mediante

    queixa e est previsto expressamente no tipo penal. Este tipo de ao penal privada pode ser

    proposta pela vtima, representante legal ou sucessor processual.

    b) Personalssima aquela que no admite representao legal, nem substituio processual. S

    quem pode mover a ao privada a vtima. S existe um crime motivador de ao penal

    personalssima que o induzimento a erro essencial ou ocultao de impedimento para o casamento

    (art. 236 do Cdigo Penal). Este crime ocorre nos casos em que um dos cnjuges casa com outrem

    sem prestar uma informao essencial, havendo o induzimento a um erro essencial. Nestes casos

    SOMENTE o cnjuge que tenha sido ofendido que pode propor a ao. Para esta ao penal, h

    uma condio especfica, a anulao do referido casamento.

    c) Alternativa ou Secundria manifesta-se nos crimes contra a honra de servidor pblico em

    razo das funes que estes exercem. Nestes crimes existem duas aes penais possveis, ao penal

    pblica condicionada representao ou ao penal privada.

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    OBS.: A ao penal alternativa ou secundria possui, inclusive, expresso na jurisprudncia

    do STF, haja vista a Smula 714 que prev a legitimidade concorrente do ofendido,

    mediante queixa, e do Ministrio Pblico, condicionada representao do ofendido, para a

    ao penal por crime contra a honra de servidor pblico em razo do exerccio de suas

    funes.

    d) Privada subsidiria da pblica inicialmente deve-se estar diante de uma hiptese em que

    originalmente o crime era de ao penal pblica, podendo ser incondicionada ou condicionada, no

    qual o Ministrio Pblico nada fez, quedou-se inerte. Sabemos que o MP regido pelo princpio da

    obrigatoriedade, o que significa que dever, recebendo os autos de inqurito ou outras peas de

    informao, manifestar-se, formando a opinio delicti, decidindo pelo oferecimento da denncia,

    devoluo dos autos delegacia ou requerer o arquivamento. A inrcia do MP no compatvel com

    o princpio da obrigatoriedade que rege a ao penal pblica e, por isso, ficando ele inerte, ou seja,

    quando no apresenta nenhum tipo de manifestao no prazo legal (art. 46 do CPP), ser possvel o

    oferecimento, por parte da vtima, da queixa subsidiria.

    LEMBRE-SE: no ser cabvel a ao penal privada subsidiria da pblica caso o MP se

    manifeste, assim, se o MP oferecer denncia, requerer o arquivamento ou devolver os autos

    do inqurito para a delegacia no ser possvel o oferecimento da queixa subsidiria.

    A queixa subsidiria pode ser intentada por representante legal (no caso de vtima menor ou

    incapaz a qualquer ttulo) ou pelo sucessor processual (em caso de morte da vtima), valendo

    ressaltar que a figura do sucessor deve respeitar a ordem prevista no art. 31 do CPP (CADI: cnjuge,

    ascendente, descendente, irmo).

    OBS.: Na ao penal privada subsidiria da pblica, o MP intervir em todos os termos do

    processo, podendo ainda, na forma do art. 29 do CPP, propor prova, recorrer de decises

    interlocutrias, repudiar a queixa e oferecer denncia substitutiva, aditar a queixa (hiptese

    na qual se formar um litisconsrcio ativo, no qual o MP atuar como assistente

    litisconsorcial), ou ainda, em caso de negligncia do ofendido, retomar a ao como parte

    principal. Mas o que seria a negligncia que autorizaria o MP a retomar a ao? Em

    crimes de ao penal pblica no existe possibilidade de perdo ou de perempo, portanto,

    negligncia seria tentar dar margem a qualquer um destes institutos, incompatveis com

    crimes de ao penal pblica. Nestes casos, o MP reassume o polo ativo da ao e a vtima

    excluda da relao processual.

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    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    DICAS!!! Vale ressaltar que no existe perempo nas aes penais privadas subsidirias

    da pblica, j que esta hiptese de causa extintiva de punibilidade exclusiva para as aes

    penais que so essencialmente privadas. A queixa subsidiria possui prazo de 6 meses a

    partir do momento que findar o prazo de manifestao do Ministrio Pblico e houver

    inrcia deste. Oferecida a queixa subsidiria, o Ministrio Pblico poder aditar a queixa,

    repudi-la e oferecer denncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo fornecer

    elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligncia do querelante,

    retomar a ao como parte principal, tudo em conformidade com o art. 29 do Cdigo de

    Processo Penal.

    OBS: Cuidado com o instituto do perdo do ofendido, o mesmo acarreta extino da

    punibilidade, mas no gera responsabilidade penal do agente. uma deciso de mrito,

    mas no com mrito. Como assim? Significa dizer que a deciso, embora faa coisa

    julgada material, no reconhece a responsabilidade penal do indivduo, o juiz no o est

    condenando nem absolvendo. O juiz no chegou a apreciar o pedido. O processo apenas

    extinto e tambm extinta a punibilidade, na forma do art. 107, V, CP.

    Em relao ao perdo, lembre-se:

    No cabe perdo na ao penal privada subsidiria da pblica.

    O perdo indivisvel o perdo oferecido para um estende-se aos demais, com fundamento no

    art. 51 do Cdigo de Processo Penal.

    ato bilateral o perdo s vai existir se houver anuncia do querelado, portanto, ele tem que

    ser aceito. Por isso, quando o perdo oferecido a um dos querelados, a oferta se estender a todos,

    mas somente produzir efeitos em relao aos que o aceitarem.

    Havendo pluralidade de querelados e um deles no aceitar o perdo, o processo se extingue para

    aqueles que o aceitaram, mas continuar para os demais, com fundamento no art. 51 do Cdigo de

    Processo Penal.

    OBS.: Perempo. O art. 60 do CPP um artigo importantssimo no assunto relacionado

    ao penal privada, e traz as hipteses de perempo (que tambm acarreta a extino do

    processo e da punibilidade sem que se caracterize qualquer anlise da responsabilidade do

    agente). Da mesma forma que no caso do perdo, no cabe perempo em hiptese de ao

    penal privada subsidiria da pblica, tendo em vista que o crime de ao penal pblica.

    Na ao penal privada o querelante que tem que adotar as diligncias para o andamento processual,

    caso no adote, pode haver a perempo.

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    Vale salientar que a perempo deve ser decretada pelo juiz, e pode ocorrer nas seguintes

    hipteses, todas trazidas pelo art. 60 do CPP:

    1) Se o querelante deixar de dar andamento aos atos processuais por 30 dias seguidos.

    2) Se o querelante morrer e no aparecer quem tenha qualidade para suced-lo em 60 dias.

    3) Se o querelante deixar de comparecer sem justificativa aos atos processuais.

    4) Se o querelante deixar de formular pedido de condenao nas alegaes finais ou

    memoriais.

    5) Em sendo o querelante pessoa jurdica esta se extinguir sem deixar sucessores.

    4. ROL DE CRIMES DE AO PENAL PRIVADA E AO PENAL PBLICA

    CONDICIONADA

    4.1. Crimes de ao penal privada no Cdigo Penal

    4.1.1. Crimes contra a honra

    Calnia (Art. 138)

    Difamao (Art. 139)

    Injria (Art. 140)

    ATENO:

    Injria real crime de ao penal pblica (havendo discusso acerca da necessidade ou no de

    representao) (art. 145, caput, do CP)

    Injria contra o Presidente da Repblica crime de ao penal pblica condicionada requisio

    do Ministro da Justia (art. 145, pargrafo nico, do CP)

    Crime contra a honra de servidor pblico no exerccio das funes crime de ao penal pblica

    condicionada representao, devendo ser observada a smula 714 do STF (art. 145, pargrafo

    nico, do CP)

    4.1.2. Usurpao de propriedade particular (observar o 3 do art. 161)

    Alterao de limites (Art. 161 caput)

    Usurpao de guas (Art. 161 inc. I)

    Esbulho possessrio (Art. 161 inc. II)

    4.1.3. Crimes contra o patrimnio

    a) Do Dano

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    Dano (Art. 163) (na modalidade simples Art. 163, caput)

    Dano qualificado por motivo egostico ou com prejuzo considervel para a vtima (Art. 163, IV)

    Introduo ou abandono de animais em propriedade alheia (Art. 164)

    b) Fraude Execuo (Art. 179)

    4.1.4. Dos crimes contra a propriedade imaterial

    Violao de direito autoral (Art. 184 caput)

    ATENO: Os 1 e 2 do art. 184 so crimes de ao penal pblica incondicionada e o

    3 de ao penal pblica condicionada representao.

    4.1.5. Dos crimes contra o casamento

    Induzimento a erro essencial e ocultao de impedimento (Art. 236)

    ATENO: o nico crime de ao penal privada personalssima (que no admite

    representante legal ou sucessor processual)

    4.1.6. DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO DA JUSTIA

    Exerccio arbitrrio das prprias razes (Art. 345) (salvo se h emprego de violncia)

    4.2. CRIMES DE AO PENAL PRIVADA NA LEGISLAO EXTRAVAGANTE

    4.2.1. Lei n 9.279, de 14 de maio de 1996. (Regula direitos e obrigaes relativos propriedade

    industrial).

    ATENO: Os crimes contra a propriedade industrial So de ao penal privada, salvo na

    hiptese do art. 191 da Lei n 9.279/96, em que a ao penal ser pblica.

    Art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa induzir em erro ou

    confuso, armas, brasoes ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros

    ou internacionais, sem a necessria autorizao, no todo ou em parte,

    em marca, ttulo de estabelecimento, nome comercial, insgnia ou sinal

    de propaganda, ou usar essas reprodues ou imitaes com fins

    econmicos.

    4.3. CRIMES DE AO PENAL PBLICA CONDICIONADA NO CDIGO

    PENAL

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    4.3.1. Dos crimes contra a pessoa

    Leso corporal leve e culposa (Art. 129, caput, por fora do disposto no art. 88 da Lei n 9.099/95)

    ATENO: Exceo: Leso corporal em violncia domstica e familiar contra a mulher

    crime de ao penal pblica incondicionada. Deciso proferida pelo STF no julgamento da

    ADC 19 e ADI 4424.

    Perigo de contgio venreo (Art. 130)

    4.3.2. Crimes contra a honra

    Calnia (Art. 138 somente quando praticado contra servidor pblico no exerccio de suas

    funes, por fora do pargrafo nico do art. 145)

    Difamao (Art. 139 somente quando praticado contra servidor pblico no exerccio de suas

    funes, por fora do pargrafo nico do art. 145)

    Injria (Art. 140 somente quando praticado contra servidor pblico no exerccio de suas funes,

    por fora do pargrafo nico do art. 145)

    ATENO: Em regra esses crimes so de ao penal privada. Injria contra o Presidente

    da Repblica crime de ao penal pblica condicionada requisio do Ministro da

    Justia.

    4.3.3. Crimes contra a liberdade pessoal

    Ameaa (Art. 147)

    4.3.4. DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDNCIA

    Violao de correspondncia (Art. 151 em regra so crimes de ao penal condicionada a

    representao, com exceo de quem instala ou utiliza estao ou aparelho radioeltrico, sem

    disposio de disposio legal, bem como se o agente comete o crime, com abuso de funo em

    servio postal, telegrfico, radieltrico ou telefnico, de acordo com o 4 do art. 151)

    Correspondncia comercial (Art. 152)

    4.3.5. Dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos

    Divulgao de segredo (Art. 153 em regra somente se procede mediante representao, salvo

    quando resultar prejuzo para a Administrao Pblica, neste caso a ao penal ser incondicionada

    de acordo com o 2 do art. 153).

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    Violao do segredo profissional (Art. 154)

    4.3.6. DOS CRIMES CONTRA O PATRIMNIO

    A) Furto de coisa comum (Art. 156)

    ATENO: No punvel a subtrao de coisa comum fungvel, cujo valor no excede a

    quota a que tem direito o agente, de acordo com o 2 do art. 156.

    B) Do estelionato e outras fraudes

    Outras fraudes (Art. 176 Somente se procede mediante representao, e o juiz pode, conforme as

    circunstncias, deixar de aplicar a pena, de acordo com o pargrafo nico).

    C) Da receptao

    Receptao (Art. 180) quando em prejuzo do CADI, veja nota a seguir.

    ATENO: Nos crimes contra o patrimnio, previstos no Ttulo II, somente se procede

    mediante representao, se o crime previsto neste ttulo cometido em prejuzo: do cnjuge

    desquitado ou judicialmente separado; de irmo, legtimo ou ilegtimo; de tio ou sobrinho,

    com quem o agente coabita, de acordo com o art. 172, salvo se o crime de roubo ou de

    extorso, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaa ou violncia pessoa, bem

    como no se aplica ao estranho que participa do crime e se o crime praticado contra

    pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, de acordo com o art. 183, I, II e III.

    4.3.7. DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL

    Violao de direito autoral quando praticada atravs de cabo, fibra tica, satlite, ondas etc, o

    crime ser de ao penal pblica condicionada representao (Art. 184, 3, c/c art. 186, IV, do

    CP)

    ATENO: Quando a violao for de fonograma ou videograma (art. 184, 1 e 2), o

    crime de ao pblica incondicionada (art. 186, II, do CP).

    4.3.8. DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

    Estupro (Art. 213)

    Violao sexual mediante fraude (Art. 215)

    Assdio sexual (Art. 216-A)

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    ATENO:

    Estupro praticado contra menor de 18 anos ou vulnervel de ao pblica incondicionada (art.

    225, pargrafo nico, do CP)

    Estupro praticado mediante violncia real crime de ao pblica incondicionada (Smula 608 do

    STF)

    5. OBSERVAES IMPORTANTES PARA O OFERECIMENTO DA QUEIXA CRIME

    No que se refere ao prazo da queixa-crime, salvo expressa previso legal em contrrio, a

    queixa dever ser oferecida no prazo de seis meses a contar do momento que o ofendido tomou

    cincia da autoria do delito, sob pena de decadncia (art. 38 do CPP). Ou seja, a queixa-crime possui

    prazo prprio para ser oferecida, existindo o prazo decadencial de 6 meses a contar do momento em

    que a vtima toma cincia da autoria do delito.

    O oferecimento de queixa crime depender da observncia de uma srie de requisitos:

    5.1. A competncia para o processo e julgamento

    Os crimes de ao penal privada tm foro de eleio, o que significa dizer que a competncia

    territorial de escolha do ofendido quando do oferecimento da queixa. A vtima/ofendido poder

    escolher entre oferecer a queixa no lugar da infrao ou no domiclio do ru (art. 73 do CPP).

    Quanto competncia em razo da natureza da infrao, os crimes de ao penal privada so

    hoje, em maioria, infraes com pena mxima de at dois anos, portanto, muito provvel a

    competncia dos Juizados Especiais Criminais.

    Mas CUIDADO! Provvel no significa necessrio! Para o oferecimento da queixa crime, ser

    necessrio verificarmos a pena mxima do crime praticado, e do qual ser acusado o querelado, e,

    em sendo esta de at dois anos (inclusive) a competncia ser do juizado especial criminal do local

    em que foi praticada a infrao (art. 63 da Lei n 9.099/95).

    Mas se a infrao tiver pena mxima superior a dois anos, ou se forem dois ou mais crimes

    cujas penas somadas ultrapassem o patamar de dois anos, a competncia ser de uma das Varas

    Criminais da Comarca em que se consumou a infrao (art. 70 do CPP) ou do domiclio do ru, que,

    como dito, foro de eleio na ao penal privada (art. 73 do CPP).

    Lembre-se ainda que pode ocorrer um crime de ao penal privada no mbito da violncia

    domstica e familiar contra a mulher, e, neste caso, a competncia ser dos Juizados de Violncia

    Domstica e Familiar contra a Mulher. Da definio da competncia depender o endereamento de

    sua queixa.

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    5.2. A legitimidade para o exerccio do direito de queixa

    Reparem que o legitimado para o exerccio do direito de queixa a vtima, que pode ou no

    ser plenamente capaz. Para o oferecimento da queixa preciso que a vtima possua 18 (dezoito)

    anos, pois o CPP trabalha com idade cronolgica. Se a vtima for menor de 18 ou incapaz, a queixa

    dever ser oferecida atravs do seu representante legal. Da mesma forma, possvel que a vtima

    tenha falecido. Neste caso, o direito de queixa passar a um dos sucessores.

    Ao elaborar a queixa devemos tambm estar atentos legitimidade ad causam e ad

    processum, bem como possibilidade da sucesso processual do art. 31 do CPP.

    Assim:

    Caso seja a prpria vtima a oferecer a queixa:

    NOME DA VTIMA, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n_____, inscrito no CPF sob o n_____, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo

    assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o artigo 44

    do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia oferecer

    Em caso de vtima menor ou por outro motivo incapaz:

    NOME DA VTIMA, menor (ou incapaz), neste ato representada por NOME DO

    REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n_____, inscrito no CPF sob o n_____, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo

    assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o artigo 44

    do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia oferecer

    Caso seja um dos sucessores (CADI) a oferecer a queixa:

    NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n____, inscrito no CPF sob o n___, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo

    assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o artigo 44

    do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma do art. 31 do Cdigo de Processo

    Penal, oferecer

    ou

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    NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n____, inscrito no CPF sob o n___, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo

    assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o artigo 44

    do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia oferecer

    (NESTE CASO, ANTES DOS FATOS INCLUIR UMA PRELIMINAR EXPLICANDO QUE A

    VITIMA MORREU E QUE O QUERELANTE OFERECE A QUEIXA NA FORMA DO ART. 31 DO

    CPP.)

    6. ESTRUTURA DA QUEIXA-CRIME

    Endereamento:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _______________________ (Regra Geral)

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO ESPECIAL

    CRIMINAL DA COMARCA DE _____________________

    (Crimes tutelados pela Lei n 9099\95 crimes de pequeno poder ofensivo)

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO DE

    VIOLNCIA DOMSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE

    _______________________ (Crimes e Violncia Domstica e Familiar contra a Mulher)

    Identificao do Querelante e do Querelado

    (Fazer pargrafo regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da

    Cdula de Identidade nmero _______________, expedida pela ________________ inscrito no

    Cadastro de Pessoa Fsica do Ministrio da Fazenda sob o nmero ___________________,

    residncia e domiclio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procurao anexa a este

    instrumento, vem oferecer

    QUEIXA-CRIME

    com base nos artigos 30, 41 e 44 do Cdigo de Processo Penal, bem como no art. 100, 2 do

    Cdigo Penal, contra NOME, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da Cdula de

    Identidade nmero _______________,expedida pela _______________ inscrito no Cadastro de

    Pessoa Fsica do Ministrio da Fazenda sob o nmero ____________________, residncia

    e domiclio, pelas razes de fato e de direito a seguir expostas:

    1. Dos Fatos

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    2. Mrito

    Demonstrar o animus do agente (a inteno); Indicar que a conduta do querelado configura

    o crime de ao penal privada, mencionando o crime nominalmente, o artigo de lei e

    eventuais agravantes, qualificadoras ou demais causas de aumento de pena, caso existam;

    Demonstrar que a conduta do agente adequa-se inequivocamente a tipificao feita;

    3. Do Pedido

    (Fazer pargrafo regra dos dois dedos) Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelncia que seja

    recebida a presente queixa-crime contra ___________________ (indicar querelado ou querelados),

    incurso nas penas do artigo ________________________ (indicar artigo tipificado e suas possveis

    combinaes), a fim de que seja instaurada contra ele a competente ao penal privada, requerendo

    desde j a sua citao e que sejam oportunamente intimadas e inquiridas as testemunhas do rol

    abaixo, para que ao final o Querelado possa ser condenado.

    (Fazer pargrafo regra dos dois dedos) Termos em que, ouvido o ilustre representante do

    Ministrio Pblico, pede deferimento.

    Comarca, Data

    Advogado

    Rol de testemunhas:

    1

    2

    3

    NOVAMENTE! DICAS MUITO IMPORTANTES

    Em se tratando de ao penal privada subsidiria da pblica deve-se fundamentar a apresentao da

    queixa-crime com base nos art. 29, 41 e 44 do CPP;

    Existindo mais de um querelado, deve-se fazer a identificao de todos;

    Quando se tratar da elaborao de uma queixa-crime, devemos estar atentos a peculiaridades nos

    procedimentos dos crimes contra honra e dos juizados especiais criminais. Portanto, devemos

    tambm verificar se a hiptese seria da competncia da vara criminal ou do juizado especial

    criminal.

    ASSIM, para o endereamento devemos verificar se o crime infrao de menor potencial

    ofensivo:

    Em caso positivo, enderear ao EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO

    ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA __________________

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    Em caso negativo, enderear ao EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO

    DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____________

    Em caso de concurso material de duas ou mais infraes de menor potencial ofensivo, verificar o

    somatrio das penas mximas dos crimes e, caso o total ultrapasse DOIS anos, a competncia ser da

    Vara Criminal.

    IMPORTANTES OBSERVAES QUANTO AO PEDIDO:

    Se a queixa foi oferecida perante o JECrim, o procedimento ser o da Lei n 9.099/95.

    Consequentemente, deve ser observado se j ocorreu a audincia preliminar ou no. Caso

    a audincia preliminar j tenha ocorrido, e no tenha havido conciliao, o pedido a ser

    formulado o tradicional, ou seja:

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para

    responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o

    querelado como incurso nas penas do art.

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    ATENO: ESTE MESMO PEDIDO ACIMA (QUE CHAMAMOS DE TRADICIONAL)

    DEVER SER UTILIZADO NO CASO DE UMA QUEIXA CRIME OFERECIDA

    PERANTE A VARA CRIMINAL, EM CRIME DIVERSO DO CRIME CONTRA A HONRA.

    Para crimes contra a honra h um pedido especfico, que ser visto mais a frente.

    Caso a audincia preliminar ainda no tenha ocorrido:

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia preliminar, na forma

    do artigo 72 da Lei n 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja recebida a

    presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente

    o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art.

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    TRATANDO-SE DE CRIME CONTRA A HONRA, a queixa poder ser oferecida tanto no

    JECrim como na Vara Criminal, dependendo da pena da conduta imputada.

    Contudo, crimes contra a honra dependem sempre de uma audincia de conciliao prvia,

    prevista no art. 520 do CPP.

    Como nos Juizados o prprio procedimento contempla um momento para conciliao, esta

    necessidade j , de certa forma, suprida.

    Mas, se a queixa est sendo oferecida perante uma Vara Criminal, onde ser adotado o rito

    sumrio, deve-se formular o pedido da seguinte forma:

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    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia de conciliao, na

    forma do artigo 520 do Cdigo de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliao,

    requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao

    final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art.

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    OBSERVAES:

    A oitiva do MP no precisaria ser requerida, mas pode ser includa.

    tambm possvel o requerimento de fixao do valor mnimo de indenizao pelo juiz

    sentenciante, na forma do art. 387, IV, do CPP.

    tambm possvel o pedido de condenao dos querelados nas custas e demais despesas do

    processo.

    7. MODELOS DE QUEIXA-CRIME

    QUEIXA OFERECIDA PELA PRPRIA VTIMA PERANTE OS JUIZADOS

    ESPECIAIS CRIMINAIS, APS A AUDINCIA PRELIMINAR:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL

    CRIMINAL DA COMARCA ___________

    NOME DA VTIMA, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n _______________, inscrito no CPF sob o n ________________, residncia e

    domiclio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em

    anexo, em conformidade com o art. 44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na

    forma artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de ______________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero

    ___________, inscrito no CPF sob o n_______________, residncia e domiclio, pelos fatos e

    fundamentos jurdicos a seguir expostos.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado

    para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o

    querelado como incurso nas penas do art. . Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

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    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

    QUEIXA OFERECIDA PELA VTIMA INCAPAZ, ATRAVS DE SEU REPRESENTANTE

    LEGAL, PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, APS A AUDINCIA

    PRELIMINAR:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL

    CRIMINAL DA COMARCA _______________

    NOME DA VTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO

    REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n ____________, inscrito no CPF sob o n ___________, residncia e domiclio, por seu

    advogado abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade

    com o art. 44 do Cdigo de Processo Penal, vem a

    Vossa Excelncia, na forma artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do Cdigo

    Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de _______________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero

    ___________, inscrito no CPF sob o n ___________, residncia e domiclio, pelos fatos e

    fundamentos jurdicos a seguir expostos.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Dos Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Dos Pedidos DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado

    para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o

    querelado como incurso nas penas do art. . Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

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    QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VTIMA FALECIDA, PERANTE OS

    JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, APS A AUDINCIA PRELIMINAR:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL

    CRIMINAL DA COMARCA _______________

    NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade n

    ___________, inscrito no CPF sob o n ___________, residncia e domiclio, por seu advogado

    abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art.

    44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma do art. 31 do Cdigo de

    Processo Penal, na forma dos artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do

    Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de _____________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero ___________,

    inscrito no CPF sob o n _________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    Preliminarmente

    Cabe ressaltar que, em verdade a vtima dos fatos objeto da presente, NOME DA VTIMA, faleceu

    na data ___________, no havendo tempo hbil para o exerccio do seu direito de queixa, motivo

    pelo qual o querelante, _______________ (indicar se cnjuge ou companheiro, ascendente,

    descendente ou irmo) oferece a queixa na forma do art. 31 do Cdigo de Processo Penal.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para

    responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o

    querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    QUEIXA OFERECIDA PELA PRPRIA VTIMA PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS

    CRIMINAIS, ANTES DA AUDINCIA PRELIMINAR:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL

    CRIMINAL DA COMARCA _______________

    NOME DA VTIMA, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de identidade n

    _______________, inscrito no CPF sob o n _______________, residncia e domiclio, por seu

    advogado abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade

    com o art. 44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma artigos 30 e 41 do

    Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de ________________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero

    ________________, inscrito no CPF sob o n ______________, residncia e domiclio, pelos fatos e

    fundamentos jurdicos a seguir expostos.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia preliminar, na forma do

    artigo 72 da Lei 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja recebida a

    presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente

    o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

    QUEIXA OFERECIDA PELA VTIMA INCAPAZ, ATRAVS DE SEU REPRESENTANTE

    LEGAL, PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, ANTES DA AUDINCIA

    PRELIMINAR:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL

    CRIMINAL DA COMARCA _______________

    NOME DA VTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO REPRESENTANTE

    LEGAL, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de identidade n ___________,

    inscrito no CPF sob o n ___________, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo assinado,

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Cdigo

    de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo Penal,

    e art. 100, 2 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de ________________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero

    _____________, inscrito no CPF sob o n _____________, residncia e domiclio, pelos fatos e

    fundamentos jurdicos a seguir expostos.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia preliminar, na forma do

    artigo 72 da Lei 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja recebida a

    presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente

    o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. . Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

    QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VTIMA FALECIDA, PERANTE OS JUIZADOS

    ESPECIAIS CRIMINAIS, ANTES DA AUDINCIA PRELIMINAR:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____JUIZADO ESPECIAL

    CRIMINAL DA COMARCA _______________

    NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade n

    ___________, inscrito no CPF sob o n ___________, residncia e domiclio, por seu advogado

    abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art.

    44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma do art. 31 do Cdigo de

    Processo Penal, na forma dos artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do

    Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de _________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero ___________,

    inscrito no CPF sob o n ___________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    Preliminarmente

    Cabe ressaltar que, em verdade a vtima dos fatos objeto da presente, NOME DA VTIMA, faleceu

    na data ___________, no havendo tempo hbil para o exerccio do seu direito de queixa, motivo

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    pelo qual o querelante, _______________ (indicar se cnjuge ou companheiro, ascendente,

    descendente ou irmo) oferece a queixa na forma do art. 31 do Cdigo de Processo Penal.

    Dos Fatos Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia preliminar, na forma do

    artigo 72 da Lei 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja recebida a

    presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente

    o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

    MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PERANTE A VARA CRIMINAL

    (o mesmo modelo ser utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de Violncia

    Domstica e Familiar contra a Mulher, hiptese na qual dever ser alterado o endereamento)

    QUEIXA OFERECIDA PELA PRPRIA VTIMA:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _____________

    NOME DA VTIMA, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de identidade n

    _________, inscrito no CPF sob o n _________, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo

    assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do

    Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo

    Penal, e art. 100, 2 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de ______, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero ___, inscrito no CPF

    sob o n__, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a seguir expostos.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para

    responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o

    querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

    QUEIXA OFERECIDA PELA VTIMA INCAPAZ, ATRAVS DE SEU REPRESENTANTE

    LEGAL:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _____________

    NOME DA VTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO REPRESENTANTE

    LEGAL, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de identidade n ____________,

    inscrito no CPF sob o n ____________, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo assinado,

    conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Cdigo

    de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo Penal,

    e art. 100, 2 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de __________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero __________,

    inscrito no CPF sob o n __________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para

    responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o

    querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

    QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VTIMA FALECIDA:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _____________

    NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade n

    _______, inscrito no CPF sob o n _______, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo

    assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do

    Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma do art. 31 do Cdigo de Processo

    Penal, na forma dos artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do Cdigo Penal,

    oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de _________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero _________,

    inscrito no CPF sob o n __________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    Preliminarmente

    Cabe ressaltar que, em verdade a vtima dos fatos objeto da presente, NOME DA VTIMA, faleceu

    na data ________, no havendo tempo hbil para o exerccio do seu direito de queixa, motivo pelo

    qual o querelante, _________ (indicar se cnjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou

    irmo) oferece a queixa na forma do art. 31 do Cdigo de Processo Penal.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para

    responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o

    querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    1)

    2)

    3)

    MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PERANTE A VARA CRIMINAL EM CASO DE

    CRIMES CONTRA A HONRA

    (o mesmo modelo ser utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de Violncia

    Domstica e Familiar contra a Mulher, hiptese na qual dever ser alterado o endereamento)

    QUEIXA OFERECIDA PELA PRPRIA VTIMA:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _____________

    NOME DA VTIMA, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n ___________, inscrito no CPF sob o n __________, residncia e domiclio, por seu

    advogado abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade

    com o art. 44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma artigos 30 e 41 do

    Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de ___________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero _________,

    inscrito no CPF sob o n _________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia de conciliao, na forma do

    artigo 520 do Cdigo de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja

    recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado

    procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    QUEIXA OFERECIDA PELA VTIMA INCAPAZ, ATRAVS DE SEU REPRESENTANTE

    LEGAL:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _____________

    NOME DA VTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO

    REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n _________, inscrito no CPF sob o n __________, residncia e domiclio, por seu

    advogado abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade

    com o art. 44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma artigos 30 e 41 do

    Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de _______, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero ______, inscrito no

    CPF sob o n ________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a seguir

    expostos.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia de conciliao, na forma do

    artigo 520 do Cdigo de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja

    recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado

    procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

    AO PENAL PRIVADA SUBSIDIRIA DA PBLICA

    Lembre-se que, neste caso, estamos diante de um crime de ao penal pblica no qual o

    Ministrio Pblico descumpriu o prazo do art. 46 do CPP, permanecendo inerte. Assim, surge para a

    vtima a oportunidade de oferecer a queixa-crime subsidiria.

    Referida queixa-crime subsidiria poder ser oferecida perante a Vara Criminal, o Tribunal

    do Jri, os Juizados Especiais Criminais, ou mesmo o Juizado de Violncia Domstica e Familiar

    contra a Mulher, dependendo do crime praticado e da competncia para o seu processo e julgamento.

    Assim, voc deve estar atento possvel diferena no endereamento.

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    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    Os exemplos abaixo referem-se a uma queixa-crime subsidiria oferecida perante a Vara

    Criminal.

    QUEIXA-CRIME SUBSIDIRIA OFERECIDA PELA PRPRIA VTIMA:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _____________

    NOME DA VTIMA, nacionalidade, estado civil, profisso, portador da carteira de

    identidade n ___________, inscrito no CPF sob o n __________, residncia e domiclio, por seu

    advogado abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade

    com o art. 44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma artigos 29 e 41 do

    Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 3 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA-CRIME SUBSIDIRIA

    em face de ___________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero _________,

    inscrito no CPF sob o n _________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    Preliminarmente

    Embora a conduta ora imputada ao querelante se caracterize como infrao de ao penal

    pblica verifica-se que o Ministrio Pblico recebeu as peas de informao em ___/___/_____,

    sendo certo que permanece inerte at a presente data. Assim, possui o ora querelante legitimidade

    para o oferecimento da presente queixa subsidiria, conforme arts. 5, LIX, da Constituio Federal,

    100, 3, do Cdigo Penal e 29, do Cdigo de Processo Penal.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia de conciliao, na forma do

    artigo 520 do Cdigo de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja

    recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado

    procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. . Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    QUEIXA-CRIME SUBSIDIRIA OFERECIDA PELA VTIMA INCAPAZ, ATRAVS DE

    SEU REPRESENTANTE LEGAL:

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _____________

    NOME DA VTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO REPRESENTANTE

    LEGAL, nacionalidade, estado civil, pro fisso, portador da carteira de identidade n ______,

    inscrito no CPF sob o n _________, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo assinado,

    conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Cdigo

    de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma artigos 29 e 41 do Cdigo de Processo Penal,

    e art. 100, 3 do Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA-CRIME SUBSIDIRIA

    em face de ___________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero _________,

    inscrito no CPF sob o n __________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    Preliminarmente

    Embora a conduta ora imputada ao querelante se caracterize como infrao de ao penal pblica

    verifica-se que o Ministrio Pblico recebeu as peas de informao em ___/___/_____, sendo certo

    que permanece inerte at a presente data. Assim, possui o ora querelante legitimidade para o

    oferecimento da presente queixa subsidiria, conforme arts. 5, LIX, da Constituio Federal, 100,

    3, do Cdigo Penal e 29, do Cdigo de Processo Penal.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia de conciliao, na forma do

    artigo 520 do Cdigo de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja

    recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado

    procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

    QUEIXA-CRIME SUBSIDIRIA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VTIMA

    FALECIDA:

  • www.cers.com.br

    OAB XV EXAME DE ORDEM 2 FASE Direito Penal

    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE _____________

    NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade n

    ___________, inscrito no CPF sob o n ___________, residncia e domiclio, por seu advogado

    abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art.

    44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia, na forma do art. 31 do Cdigo de

    Processo Penal, na forma dos artigos 29 e 41 do Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 3 do

    Cdigo Penal, oferecer

    QUEIXA-CRIME SUBSIDIRIA

    em face de ___________, nacionalidade, estado civil, profisso, identidade nmero _________,

    inscrito no CPF sob o n _________, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    Preliminarmente

    Embora a conduta ora imputada ao querelante se caracterize como infrao de ao penal pblica

    verifica-se que o Ministrio Pblico recebeu as peas de informao em ___/___/_____, sendo certo

    que permanece inerte at a presente data. Assim, possui o ora querelante legitimidade para o

    oferecimento da presente queixa subsidiria, conforme arts. 5, LIX, da Constituio Federal, 100,

    3, do Cdigo Penal e 29, do Cdigo de Processo Penal.

    Ainda cabe ressaltar que, em verdade a vtima dos fatos objeto da presente, NOME DA VTIMA,

    faleceu na data ________, no havendo tempo hbil para o exerccio do seu direito de queixa,

    motivo pelo qual o querelante, _____________ (indicar se cnjuge ou companheiro, ascendente,

    descendente ou irmo) oferece a queixa-crime subsidiria na forma do art. 31 do Cdigo de Processo

    Penal.

    Dos Fatos

    Apresentar os fatos indicados no enunciado da questo, motivadores da ao penal privada.

    Do Direito

    Indicar as razes jurdicas que justificam a tipificao da conduta.

    Do Pedido

    DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audincia de conciliao, na forma do

    artigo 520 do Cdigo de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja

    recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado

    procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. .

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos,

    Espera deferimento.

    Comarca, data.

    Advogado, OAB.

    Rol de testemunhas:

    1)

    2)

    3)

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    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    8. CASOS PRTICOS

    Caso prtico resolvido 1

    Mvio, brasileiro, solteiro e desempregado, adquiriu, no dia 10.11.2011, uma televiso

    no valor de R$ 1.000,00 (mil) reais de Caio, brasileiro, casado e empresrio, ficando acordado

    que Mvio iria depositar o valor da comprado bem na conta deste ltimo 30 dias aps a venda.

    Ocorreu que se passaram mais de 30 dias e Mvio no depositou o valor referido na conta de

    Caio.

    Caio resolveu ento ligar para Mvio e solicitar que depositasse a quantia referente

    venda do bem o mais rpido possvel, foi quando ento Mvio disse que iria depositar o valor

    no dia 20.12.2011. Entretanto, mais uma vez, Mvio no procedeu ao combinado. Caio ainda

    ligou para Mvio mais trs vezes solicitando que fosse pago o valor acordado, entretanto, no

    obteve sucesso. Indignado com a situao, Caio no resolveu procurar as vias judiciais e no

    intuito de satisfazer o seu direito pessoalmente, objetivando recuperar o objeto, entrou na

    residncia de Mvio e pegou a televiso que tinha entregue a ele, fato este que foi presenciado

    pelos vizinhos do ru.

    Ao saber da atitude de Caio, Mvio resolveu procurar um advogado para tomar as

    medidas judiciais cabveis.

    Em face dessa situao hipottica, na condio de advogado (a) contratado (a) por

    Mvio, redija a pea processual que atenda aos interesses de seu cliente, considerando recebida

    a pasta de atendimento do cliente devidamente instruda com procurao com poderes

    especiais e testemunhas.

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DO

    JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA _____

    MVIO, brasileiro, solteiro, desempregado, portador da carteira de identidade n _____,

    inscrito no CPF sob o n _____, residncia e domiclio, por seu advogado abaixo assinado, conforme

    procurao anexa a este instrumento, vem oferecer

    QUEIXA-CRIME

    com fundamento nos artigos 30, 41 e 44 do Cdigo de Processo Penal, bem como no art. 100, 2

    do Cdigo penal, contra CAIO, brasileiro, casado e empresrio, portador da carteira de identidade

    n____, inscrita no CPF sob o n____, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a

    seguir expostos.

    1. Dos Fatos

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    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    O querelante adquiriu, no dia 10.11.2011, uma televiso no valor de R$ 1.000,00 (mil) reais do

    querelado, ficando acordado que o querelante iria depositar o valor da compra do bem n a conta

    deste ltimo 30 dias aps a venda.

    Ocorreu que se passaram mais de 30 dias e o querelante no teve condies de depositar o

    valor referido na conta do querelado.

    Indignado com a situao, Caio no resolveu procurar as vias judiciais e no intuito de

    satisfazer o seu direito pessoalmente, objetivando recuperar o objeto, entrou na residncia de Mvio

    e pegou a televiso que tinha entregue a ele, fato este que foi presenciado pelos vizinhos do ru.

    2. Do Mrito

    Ora, douto julgador, da narrao dos fatos acima elencados, percebe-se que o querelado,

    resolveu satisfazer com as prprias mos uma pretenso que, embora fosse legtima, no foi

    solucionada pela via adequada, tendo em vista que o querelado no procurou as vias judiciais e

    pegou a televiso que tinha vendido.

    Ocorre que a conduta do querelado configura o crime exerccio arbitrrio das prprias razes,

    previsto no art. 345, caput, do Cdigo Penal. Percebe-se que a ao do querelado foi a de fazer

    justia pelas prprias mos (o sujeito age por si mesmo, de acordo com a sua vontade, NO

    solicitando a interveno do Estado, que o verdadeiro responsvel pela aplicao da Justia no caso

    concreto), para satisfazer pretenso (o sujeito tem um direito que deveria ter sido exercido atravs do

    Poder Judicirio), embora legtima (o direito do sujeito est pautada n a lei).

    No caso concreto, deveria o querelado ter procurado as vias judiciais para solucionar a sua

    pretenso, qual seja, receber a quantia de R$ 1.000,00 (mil) reais referente compra de uma

    televiso realizada pelo querelante, no estando autorizado, entretanto, a ingressar no domiclio

    objetivando pegar a referida televiso

    Desta forma, resta configurado, no caso concreto, todos os elementos do crime de exerccio

    arbitrrio das prprias razes.

    3. Dos Pedidos

    Diante do exposto, requer o querelante seja designada audincia preliminar, na forma do

    artigo 72 da Lei 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliao, requer seja recebida a

    presente, citado o querelado para responder aos termos da ao penal e, ao final, julgado procedente

    o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. 345 do Cdigo Penal.

    Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

    Nestes termos pede deferimento.

    Comarca, Data

    Advogado

    Rol de testemunhas:

    1

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    Geovane Moraes e Ana Cristina Mendona

    2

    3

    Caso Prtico resolvido 2

    Em 25/1/2013, Marlia de Souza, brasileira, divorciada, com 52 anos de idade, mdica,

    residente e domiciliada no municpio de Macei AL, contratou seus servios advocatcios

    para que adotasse as providncias judiciais em face de conhecido jornalista local, Joo

    Futriqueiro, brasileiro, casado, com 43 anos de idade, que, a pretexto de macular a imagem

    profissional de Marlia, publicou, em matrias jornalsticas de sua autoria, ser ela a

    responsvel pela morte de determinada paciente, de nome Luzia D., por negligncia e

    impercia, durante o parto, no Hospital Municipal de Macei.

    De fato, Luzia D. deu entrada no referido nosocmio, em trabalho de parto, j com

    avanada presso arterial e caso evidente e irreversvel de eclampsia, durante horrio em que

    Marlia de Souza era um dos vrios mdicos em planto, no tendo sido por ela atendida, uma

    vez que Marlia j se encontrava na sala de parto, realizando cesariana em outra paciente

    parturiente.

    Alm disso, ficou amplamente comprovado no ter ocorrido, no caso de Luzia D.,

    qualquer negligncia ou impercia mdica, tratando-se, por certo, de uma fatalidade, o que foi,

    inclusive, constatado pelo Conselho Regional de Medicina.

    Entretanto, ainda assim, insistiu o referido jornalista em atacar Marlia de Souza,

    divulgando alm da matria original, da qual foi extrajudicialmente interpelado por Marlia,

    bem como pelo Hospital Municipal de Macei, atravs de sua Direo Geral, mais duas

    matrias, nas duas semanas subsequentes, insistindo em responsabilizar Marlia

    criminalmente pela morte de Luzia D., com o intuito de ofender objetiva e subjetivamente sua

    honra, bem como sua imagem profissional perante a populao local.

    Nas referidas matrias, mesmo sabendo no serem verdadeiras as afirmaes, afirmou

    Joo Futriqueiro que era claro o verdadeiro assassinato praticado no Hospital de Macei,

    pelas mos da sempre negligente Dr. Marlia de Souza. E continuou afirmando A Dra.

    Marlia, se que pode ser chamada assim, deveria ser caada pelo CRM, j que no possui

    condies de exercer o sagrado ofcio da medicina. Como se no bastasse, Joo Futriqueiro

    prosseguiu com os ataques e ofensas impressas, ao escrever e publicar que a suposta mdica

    Marlia matou Luzia D. e no se sabe quantos mais, sendo esta ltima publicao veiculada

    na edio de 23/01/2013.

    Entre os documentos coletados pela cliente e pelo escritrio encontram-se as edies

    impressas do jornal, com as matrias em referncia, todos os laudos mdico-hospitalares a

    demonstrar que no houve negligncia ou impercia mdica, os documentos do Conselho

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    Regional de Medicina no mesmo sentido, e os documentos comprobatrios de que Marlia se

    encontrava em procedimento cirrgico quando do atendimento de Luzia D. no hospital.

    Em face dessa situao hipottica, na condio de advogado(a) contratado(a) por

    Marlia de Souza, redija a pea processual que atenda aos interesses de sua cliente,

    considerando recebida a pasta de atendimento da cliente devidamente instruda, com todos os

    documentos pertinentes, suficientes e necessrios, procurao com poderes especiais e rol de

    testemunhas.

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA

    COMARCA DE MACEI ALAGOAS

    MARLIA DE SOUZA, brasileira, divorciada, portadora da carteira de identidade n _____,

    inscrita no CPF sob o n _____, residente e domiciliada no endereo _______, municpio de Macei

    Alagoas, por seu advogado abaixo assinado, conforme procurao com poderes especiais em

    anexo, em conformidade com o artigo 44 do Cdigo de Processo Penal, vem a Vossa Excelncia,

    com fundamento nos artigos 30 e 41 do Cdigo de Processo Penal, e art. 100, 2 do Cdigo Penal,

    oferecer

    QUEIXA CRIME

    em face de JOO FUTRIQUEIRO, brasileiro, casado, jornalista, identidade nmero _______,

    inscrito no CPF sob o n ____, residncia e domiclio, pelos fatos e fundamentos jurdicos a seguir

    expostos.

    1. Dos fatos

    A querelante, mdica, exercendo sua profisso, foi surpreendida nas ltimas semanas com trs

    matrias jornalsticas informando ter sido a mesma a responsvel pela morte de Luzia D., paciente

    que deu entrada no hospital Municipal de Macei, Alagoas, em trabalho de parto, na data ____,

    tendo a mdica, ora querelante, segundo a referida matria, sido negligente e imperita, sendo matria

    veiculada de autoria do jornalista Joo Futriqueiro.

    Na divulgao da matria original, o ora querelado afirmou, mesmo sabendo que eram

    inverdicas as informaes, ter a mdica praticado um assassinato no hospital de Macei, sendo

    negligente na realizao do parto de Luzia D., fato que ofendeu a honra objetiva e subjetiva da

    querelante, bem como sua imagem profissional perante a populao local.

    Alm disso, na ltima matria veiculada na edio do dia 23/1/2013, foi divulgado pelo

    querelado que a Dra. Marlia de Souza no poderia ser chamada de mdica, dizendo o jornalista que:

    era claro o verdadeiro assassinato praticado no Hospital de Macei, pelas mos da sempre

    negligente Dr. Marlia de Souza, afirmando ainda A Dra. Marlia, se que pode ser chamada

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    assim, deveria ser caada pelo CRM, j que no possui condies de exercer o sagrado ofcio da

    medicina.

    Por fim, ainda informou que a suposta mdica Marlia matou Luzia D. e no se sabe quantos

    mais. importante ressaltar que todos os laudos mdico-hospitalares demonstram a inocorrncia de

    negligncia ou impercia por parte da mdica, bem como os documentos do Conselho Regional de

    Medicina, afirmando no mesmo sentido, j que a ora querelante se encontrava em procedimento

    cirrgico quando do atendimento de Luzia D. no hospital.

    2. Do direito

    evidente que a ora querelante foi, atravs das absurdas alegaes do querelado em suas

    publicaes atravs da imprensa escrita, alvo de ofensas caluniosas e difamatrias, sendo evidente

    ter o querelado agido com a vontade de caluniar e difamar a querelante, ofendendo sua reputao

    pessoal e profissional.

    As matrias publicadas foram, toda evidncia, divulgadas de maneira irresponsvel e

    leviana, sem o necessrio cunho informativo como aduzia o seu ttulo. Trata-se, na verdade, de

    artigo ou matria no apenas opinativa, mas sim ofensiva, induzindo a sociedade a um julgamento

    totalmente avesso realidade.

    Pior, foi endereada populao na qual a querelante atua, em um combate dirio pela

    sade da populao. Tal matria, leviana, falsa e irresponsvel, no s atingiu a honra da querelante,

    como tambm abalou, de forma considervel, o apreo que goza a mesmo junto ao meio social.

    Ressalte-se que, ao contrrio do que afirma o querelado, a querelante sequer se encontrava

    responsvel pela paciente em questo, e, ainda que estivesse, todos os documentos comprovam que

    no houve qualquer negligncia ou impercia mdica que desse causa a sua morte, conforme

    demonstram os documentos anexos.

    At a vil publicao, gozava a querelante do apreo da sociedade, apreo este conquistado

    com muito trabalho, dedicao, respeito e acima de tudo com o profissionalismo e a

    responsabilidade com que sempre exerceu sua profisso.

    Torna-se, assim, ntida a configurao dos crimes de CALNIA e DIFAMAO por parte

    do querelado, sem perder de vista que o fato tornou- se efetiva a absurda publicidade da matria

    caluniosa e difamatria publicada, uma vez que a mesma foi divulgada atravs da via jornalstica.

    Assim, encontra-se o querelado incurso nas penas dos artigos 138 e 139 do Cdigo Penal,

    ambos com o aumento de pena previsto no artigo 141, inciso II