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Jornal Realidade | 1 NOVEMBRO | 2017 Edição 233 Ano XX Novembro de 2017 Paróquia Sagrado Coração de Jesus PSCJ Formiga-MG Diocese de Luz Em novembro, celebramos o Dia de Ação de Graças 02 de novembro: Dia de Finados Dia de Todos os Santos: Por que é em 1 de novembro? Em novembro, cele- bramos o “Dia de Ação de Graças”. Podemos nos perguntar: Por que um dia de ação de graças, se devemos dar graças todos os dias? Render graças a Deus dos tempos mais re- motos. O salmista nos ensina: “Dai graças ao Senhor porque Ele é bom; pois eterno é o seu amor”. No ano de 1909, Joaquim Nabuco, embaixador do Brasil nos Es- tados Unidos, participando em Washington da celebração do “Dia Nacional de Ação de Graças”, profetizou: “Eu quisera que toda a hu- Podemos dizer que o dia de fi- nados tem duas portas. A mais conhecida é a que se fechou a vida terrestre para nossos mortos. Eles terminaram sua peregrinação aqui entre nós. Mas a mais importante e misteriosa é aquela que lhes abriu: Para onde? Ao fechar-se a primeira porta, ficaram-nos a dor, as saudades, a tristeza da ausência. A visita ao ce- mitério, no Dia de Finados, é um modo de responder a esses senti- mentos. A fé cristã aponta-nos horizontes mais esperançosos porque nos abre a perspectiva da Ressurreição. A comemoração de finados nos faz pensar em nossos mortos e encomendá-los a Deus, para que possam contemplar a primeira e maravilhosa paisagem do Paraíso! Que ela nos sirva de momento de parada para perguntar-nos em direção a que porta estamos dirigidos! A porta que se fecha é inexorável! A porta que se abre depende da graça de Deus e de nossa liberdade, escolha e realizações. Ainda que passemos por toda a vida celebrando o Dia de Todos os Santos, muitos desconhecem a origem desta festividade. Sua origem, como é óbvio, tem a ver com a Igreja Católica, e inicia- se há mais de 1280 anos. Na reali- dade, e ainda que seja uma forma pouco correta de dizer, é um “pa- cote” do Vaticano para conseguir que todos os santos fossem venera- dos pelo menos um dia por ano. Quem impulsionou essa medida foi o Papa Gregório III, que du- rante seu tempo de pontificado - anos 731 a 741 d.C. - consagrou uma capela na Basílica de São Pedro em honra de todos os santos, e fixou a data comemorativa para o 1 de novembro. As festividades ocorriam apenas nessa capela. Mais tarde, o Papa Gregório IV. - 827 a 844 d.C. - estendeu a cele- bração para todas as igrejas. É um dia festivo e em muitos países, um dia feriado. Segundo a Igreja, “é de preceito para os católicos”, o que quer dizer que todos eles devem participar da missa. Que o dia de Todos os Santos se situe justo antes do Dia dos Fieis Defuntos, que, tradicionalmente, é conhecido como Dia dos Mortos, tampouco é casual. No 2 de novembro é habitual irmos aos cemi- térios visitar nossos entes queridos mortos e “coroá-los” com flores. Ao celebrar o Dia de Todos os Santos, justo um dia antes, a igreja quis garantir dessa forma, que todos os fieis tivessem confessado e co- mungado, preparados para a visita a seus amigos e parentes falecidos (uma ideia de pureza da alma). manidade se unisse, num mesmo dia, para um universal agradeci- mento a Deus”. Porém foi no governo de Gaspar Dutra que, no dia 17 de agosto de 1949, instituiu-se o Dia Nacional de Ação de Graças. O Presidente Castelo Branco, em 1965, oficializou a 4ª quinta-feira do mês de novembro para a comemoração em todo território nacio- nal, coincidindo este dia com a celebração em outros países. Mas a origem de celebrar um dia de ação de graças existe há muitos anos, como nos tempos bíblicos, quando os povos antigos se reuniam para festejar a colheita de seus cereais. Todas as vitórias na nossa vida são concedidas pelo Senhor, e elas são reconhecidas na ação de graças de cada dia. Neste mês, remontamos nossa história, dando graças a Deus para que, no “Dia de Ação de Graças”, possamos oferecer um ramalhete de gratidão Àquele que faz bem todas as coisas. Este ano, o dia de Ação de Graças será em 23 de novembro. Na Paróquia Sagrado Coração haverá mis- sa no Dia de Finados: 07h00 no Cemitério do Santíssimo e às 19h00 na Igreja Matriz Sa- grado Coração.

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Jornal Realidade | 1NOVEMBRO | 2017

Edição 233 • Ano XX • Novembro de 2017 • Paróquia Sagrado Coração de Jesus • PSCJ • Formiga-MG • Diocese de Luz

Em novembro, celebramos o Dia de Ação de Graças

02 de novembro:Dia de Finados

Dia de Todos os Santos: Por que é em 1 de novembro?

Em novembro, cele-bramos o “Dia de Ação de Graças”. Podemos nos perguntar: Por que um dia de ação de graças, se devemos dar graças todos os dias? Render graças a Deus dos tempos mais re-motos. O salmista nos ensina: “Dai graças ao

Senhor porque Ele é bom; pois eterno é o seu amor”. No ano de 1909, Joaquim Nabuco, embaixador do Brasil nos Es-

tados Unidos, participando em Washington da celebração do “Dia Nacional de Ação de Graças”, profetizou: “Eu quisera que toda a hu-

Podemos dizer que o dia de fi-nados tem duas portas. A mais conhecida é a que se fechou a vida terrestre para nossos mortos. Eles terminaram

sua peregrinação aqui entre nós. Mas a mais importante e misteriosa é aquela que lhes abriu: Para onde? Ao fechar-se a primeira porta, ficaram-nos a dor, as saudades, a tristeza da ausência. A visita ao ce-mitério, no Dia de Finados, é um modo de responder a esses senti-mentos. A fé cristã aponta-nos horizontes mais esperançosos porque nos abre a perspectiva da Ressurreição.

A comemoração de finados nos faz pensar em nossos mortos e encomendá-los a Deus, para que possam contemplar a primeira e maravilhosa paisagem do Paraíso! Que ela nos sirva de momento de parada para perguntar-nos em direção a que porta estamos dirigidos! A porta que se fecha é inexorável! A porta que se abre depende da graça de Deus e de nossa liberdade, escolha e realizações.

Ainda que passemos por toda a vida celebrando o Dia de Todos os Santos, muitos desconhecem a origem desta festividade.

Sua origem, como é óbvio, tem a ver com a Igreja Católica, e inicia-se há mais de 1280 anos. Na reali-dade, e ainda que seja uma forma pouco correta de dizer, é um “pa-

cote” do Vaticano para conseguir que todos os santos fossem venera-dos pelo menos um dia por ano.

Quem impulsionou essa medida foi o Papa Gregório III, que du-rante seu tempo de pontificado - anos 731 a 741 d.C. - consagrou uma capela na Basílica de São Pedro em honra de todos os santos, e fixou a data comemorativa para o 1 de novembro. As festividades ocorriam apenas nessa capela.

Mais tarde, o Papa Gregório IV. - 827 a 844 d.C. - estendeu a cele-bração para todas as igrejas. É um dia festivo e em muitos países, um dia feriado. Segundo a Igreja, “é de preceito para os católicos”, o que quer dizer que todos eles devem participar da missa.

Que o dia de Todos os Santos se situe justo antes do Dia dos Fieis Defuntos, que, tradicionalmente, é conhecido como Dia dos Mortos, tampouco é casual. No 2 de novembro é habitual irmos aos cemi-térios visitar nossos entes queridos mortos e “coroá-los” com flores. Ao celebrar o Dia de Todos os Santos, justo um dia antes, a igreja quis garantir dessa forma, que todos os fieis tivessem confessado e co-mungado, preparados para a visita a seus amigos e parentes falecidos (uma ideia de pureza da alma).

manidade se unisse, num mesmo dia, para um universal agradeci-mento a Deus”. Porém foi no governo de Gaspar Dutra que, no dia 17 de agosto de 1949, instituiu-se o Dia Nacional de Ação de Graças.

O Presidente Castelo Branco, em 1965, oficializou a 4ª quinta-feira do mês de novembro para a comemoração em todo território nacio-nal, coincidindo este dia com a celebração em outros países. Mas a origem de celebrar um dia de ação de graças existe há muitos anos, como nos tempos bíblicos, quando os povos antigos se reuniam para festejar a colheita de seus cereais. Todas as vitórias na nossa vida são concedidas pelo Senhor, e elas são reconhecidas na ação de graças de cada dia.

Neste mês, remontamos nossa história, dando graças a Deus para que, no “Dia de Ação de Graças”, possamos oferecer um ramalhete de gratidão Àquele que faz bem todas as coisas. Este ano, o dia de Ação de Graças será em 23 de novembro.

Na Paróquia Sagrado Coração haverá mis-sa no Dia de Finados: 07h00 no Cemitério do Santíssimo e às 19h00 na Igreja Matriz Sa-grado Coração.

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2 | Jornal Realidade NOVEMBRO | 2017

EXPEDIENTE: Publicação externa, produzida pela Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Equipe de Redação Editorial Pe. Ígor Valadão e Sílvia Jussiara Pereira, Colabora-dores: Agentes das comunidades, Pastorais e Movimentos. E-mail: [email protected]. Telefone: (37) 3321-2955. Jornalista responsável: Bernadete Seixas – Reg. MT11.274/MG – [email protected]. Projeto Gráfico e Diagramação: Alexandre Martins (37) 99132-1141 – Fotografias: Bernadete Seixas, Arquivos da Paróquia SCJ. Correção Ortográfica: Aparecida Guerra - Impressão: Gráfic’s (37) 3351-2623. Tiragem: 2.000 exemplares.

Paróquia celebra os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida

Comunidade Santa Teresinha celebra dia da Padroeira

Estimados irmãos,Chegamos ao mês de Novembro e caminhamos a passos largos para o

final do ano. A cada dia, a Igreja nos lembra a necessidade de testemun-harmos nossa fé no Deus Vivo e da Vida. Agradecemos a Ele por tantas graças recebidas no mês de outubro. Inúmeras famílias receberam nos-sos missionários e, por meio deles, a bênção de Deus em suas casas e suas vidas.

Celebramos, no dia 02, o Dia de Finados. Cremos no Deus da Vida, ao qual testemunhamos nossa fé na Ressurreição. Neste dia, somos convidados a rezar por todas as pessoas que fizeram parte de nossa vida e que hoje estão no Reino de Deus com o coração esperançoso, pois a esperança é a força do Cristão. Pedimos que Deus olhe por cada um de nós que ainda sofremos com a perda de nossos entes queridos.

Que o Senhor abençoe a todos eles, dando-lhes o descanso e a luz eterna. Não há sofrimento nesta vida que passe por nós sem deixar al-gum ensinamento: que possamos sempre aprender que a dor da perda deve nos mostrar a alegria do recomeço.

Que nossa oração nos ajude a descobrir que Deus caminha conosco naqueles que, um dia, foram reflexo Dele aqui na terra, em especial, na sua vida. Deus abençoe sua vida

Padre Ígor ValadãoPároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus

Na comemoração dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do Rio Paraíba do Sul, e do Centenário das Aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos em Fátima, Portugal. Fieis das diversas paróquias do Brasil, da Diocese de Luz e da Paróquia Sagrado Coração de Jesus celebraram a Mãe de Deus.

Na paróquia, as comemorações pelo dia de Nossa Senhora Aparecida ini-ciaram-se ao meio-dia, com a celebração da santa missa. Às 15h00 houve outra celebração e consagração à Padroeira do Brasil.

Já na missa das 19h30, presidida pelo pároco padre Igor Valadão e con-celebrada pelo vigário padre Ildo Balduíno, durante a celebração, houve homenagens e consagração. Após, os fieis e devotos percorreram as ruas em torno à matriz com a procissão luminosa. A imagem foi sempre car-regada por quatro mulheres, que simbolizaram a força de Maria. Em cada parada, houve um momento de reflexão sobre os milagres e a aparição de Nossa Senhora. As encenações foram representadas por pessoas das comu-nidades.

Antes de encerrar a solenidade, a procissão retornou à igreja com mais homenagens. Desta vez, a coroação e a entrega de flores feitas pelos jovens da Paróquia. Após, os padres consagraram e deram a bênção final.

Primeiro de outubro é o dia de Santa Teresinha do Menino Jesus. Em Formiga, na Paróquia Sagrado Coração de Je-sus, uma comunidade leva o nome da santa. No domingo, que neste ano foi o primeiro de outubro, a comunidade realizou novena, missa em Ação de Graças e

festa em honra à padroeira. A novena foi realizada a cada dia na casa de uma pessoa, com a ima-

gem que percorreu toda a comunidade.No domingo, a missa foi celebrada pelo pároco padre Igor Valadão,

quando houve homenagens e, em especial, agradecimento a todas as pessoas que participaram de alguma forma na compra dos novos bancos da igreja. Ao todo, foram colocados 25 bancos.

Após a Missa de Santa Teresinha, houve barraquinhas e leilões.

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Jornal Realidade | 3NOVEMBRO | 2017

CurSo DE BATISMo PArA PAIS E PADrINhoSNeste mês, o curso de Batismo da paróquia SCJ será no dia 25 DE No-

VEMBro, sábado. O encontro ocorrerá das 17h00 às 21h00, no Salão Paroquial. As inscrições deverão ser feitas apenas pessoalmente, na Secre-taria Paroquial, de segunda a sexta-feira, no horário das 08h00 às 18h00. O valor da inscrição é de R$ 8,00 por pessoa.

BATIzADoO Batizado na Paróquia Sagrado Coração de Jesus será no domingo, 12

de NoVEMBro, às 10h00, na Igreja Matriz.

rETIro EACNo dia 26 de novembro, domingo, no período das 08h00 às 17h00, no

Salão Paroquial, os jovens do Encontro de Adolescentes com Cristo _ EAC _ estarão reunidos para mais um retiro espiritual.

ASSEMBLEIA PAroquIALOs representantes das comunidades, pastorais e movimentos estarão re-

unidos nos dias 09 e 30 de novembro, para participarem da Assembleia Pa-roquial. A reunião será dividia em duas etapas. No dia 09 o encontro será às 19h30 e com os membros do CPE (Conselho Paroquial de Evangelização); no dia 30 será também às 19h30. Ambas no salão paroquial.

ENCoNTro NoVA VIDA KIDSO encontro para as crianças será no dia 18 de novembro, das 08h00 às

17h00, no Salão Paroquial. Podem participar crianças na idade de 09 a 12 anos. As inscrições serão feitas na secretaria paroquial.

PrIMEIrA EuCArISTIANo domingo, 26 de novembro, às 10h00, na Igreja Matriz, haverá a Santa

Missa para as 50 crianças que irão receber a primeira eucaristia. Elas foram instruídas por 7 catequistas e coordenadas pela Margareth Lacerda.

NoVENA DE NATALNo domingo, 26 de novembro, a missa das 17h00 será celebrada com a

intenção e o envio da Novena do Natal. A imagem do Menino Jesus que percorrerá as casas será abençoada durante a celebração. Participem!

A Conferência Nacional dos Bispos – CNBB - já definiu o tema da Campanha da Fraternidade 2018. o tema será Fraternidade e superação da violência, tendo como lema: Em Cristo somos to-dos irmãos (Mt 23,8).

Com isso, a coordenação di-ocesana de Evangelização, pa-dre Patriky Samuel, já agendou o seminário de formação para a Campanha da Fraternidade 2018, com as lideranças, que será no dia 26 de novembro, a partir das 08h30, no Centro Co-munitário Casa de Betânia ( Rua Maranhão, 06 – Bairro: Santa

Eugênia), em Lagoa da Prata.A coordenação pede que a confirmação dos participantes deve ser feita

até o dia 23 de novembro por e-mail : [email protected] ou por telefone (37) 3421-9001_ falar com Aline Borges.

A escolha do temaDevido ao seu alto grau de complexidade, o tema violência foi discu-

tido, refletido e aprofundado em um seminário realizado em 2016 na sede da CNBB em Brasília. Estavam presentes no dia do seminário, assessores das Comissões Episcopais da Entidade e representantes de diversos seg-mentos da sociedade civil que trabalharam diretamente com a temática da violência. De acordo com o Bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, “Esse encontro deseja ser uma ajuda, mesmo porque a temática é exigente. Ela tem muitos aspectos, tem muitas nuances, tem abordagens que necessitamos fazer diante da amplitude do tema”. O tema da Campanha da Fraternidade 2018 também foi aprova-do na reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB, real-izado em setembro de 2016. O Bispo Dom Leonardo ressaltou que a vio-lência está presente em vários segmentos da sociedade. Seja na rua, dentro de casa, pela condição social, pelo gênero, nos meios de comunicação e até na intolerância das palavras. “Toda violência exclui, toda violência mata”.

O tema será Fraternidade e superação da violência, tendo como lema Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8).

O sacerdote Antônio Xavier Batista fez uma análise do que significa a violência e ainda refletiu a temática a partir do livro de Jonas. “Escolhi esse texto porque nele é possível encontrar vários elementos que ilustram os vários tipos de violência vividos pelo povo”, comentou o padre Antônio Xavier. Antônio também complementou sua fala dizendo que entende-se por violência qualquer ação contra a vida ou a sociedade, que possa causar-lhes prejuízo ou destruí-las por completo. A Escritura conhece duas formas de violência: uma injusta (fruto da injustiça dos homens) e outra “justa” utilizada por uma causa justa ou por fim nobre, como é o caso da legítima defesa.

Seminário Diocesano de Formação para Campanha da Fraternidade

2018 será em novembro

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4 | Jornal Realidade NOVEMBRO | 2017

Agenda do Mês de Novembro

Sabemos o quanto a tecnologia nos beneficia. Hoje, no entanto, preciso falar sobre questões alarmantes. O uso excessivo dos eletrônicos pode viciar as pes-soas, causando danos ao cérebro, similares aos de drogas como cocaína e álcool.

Se o seu filho prefere ficar no tablet em uma festa, reuniões com amigos ou fa-miliares, sinal vermelho! Uma das consequências da dependência é a diminuição ou piora do contato social com amigos e familiares. Costumam dizer que todos são chatos, ou melhor, que tudo é chato; mal cumprimentam as pessoas, demon-strando descaso, irritação e mau-humor.

Outro sintoma é a falta de interesse em outras atividades. Conheço um casal que levou os filhos para a Disney e só lá perceberam o quanto eles estavam viciados! Não havia neles alegria ou entusiasmo. Tudo, como eles diziam, era “normal”. E a ansiedade de voltarem para o hotel ficou evidente. Para quê? Para continu-arem jogando. Os jogos eletrônicos fazem uma “cócega” no cérebro, e nada, além disso, causa o mesmo prazer.

Quanto à manipulação, tenho o exemplo de uma mãe e seu filho de quatro anos, muito inteligente, sensível e amoroso: “Meu filho baixou um joguinho no celular e voltava da escola jogando. Percebi que bastaram 15 dias para ele estar viciado naquele jogo. Meu marido fez uma pequena viagem e levou com ele o celular. Ao entrar no carro, depois da escola, a primeira pergunta que ele fazia era: ‘Quando o papai vai voltar?’. Era uma ansiedade sem tamanho! Só quando o pai chegou, vi que o desespero era para pegar o celular dele, e o abraço foi apenas educado. Dando-me conta disto, proibi-o imediatamente de jogar. Dois dias se passaram e, enquanto voltávamos da escola, meu filho disse inusitadamente: ‘Mamãe, eu te amo tanto!’. Respondi, mas a intuição de mãe fez com que eu olhasse pelo retro-visor mais atentamente. Ele pegou o celular escondido de mim, e estava apenas tentando me enganar”.

Sabiamente, essa mãe percebeu o problema e cortou o mal pela raiz. Seu filho pode jogar de vez em quando, uma ou duas vezes na semana, por uns quarenta minutos apenas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta que o tempo máximo em eletrônicos deve ser de duas horas por dia. Eu, como psicóloga e mãe, oriento que as crianças não podem jogar todos os dias, mesmo que seja por meia hora. Radicalismo de minha parte? Ora, os estudos científicos constataram que o vício em eletrônicos é similar ao alcoolismo. Como você julgaria uma pessoa que, depois do trabalho, todos os dias, passasse no bar e ficasse bebendo por meia hora? Não diríamos que ele é alcoólatra? Entenderam a gravidade?

Algumas crianças e adolescentes têm usado os eletrônicos para fugir de prob-lemas (muitas vezes, familiares) ou aliviar sentimentos de culpa, impotência, de-pressão e ansiedade. O desempenho escolar também cai, mas não a ponto de reprovação na maioria dos casos, pois eles sabem que, se ficarem em recuperação ou forem reprovados, provavelmente, serão punidos com o risco de ficarem sem o eletrônico. Mentir fará parte do jogo, escondendo dos pais o tempo que ficam nos eletrônicos versus o tempo que ficam estudando.

Os pais são financiadores da dependência, com tablets, celulares e jogos de última geração. Há pais que usam a tecnologia como uma babá. Outro dia, nas férias, eu estava na sala de espera da pediatra de meu filho, onde havia um menino muito pequeno, acompanhado de sua mãe, totalmente vidrado no tablet. Sem me identificar como psicóloga, mas apenas como mãe, puxei assunto sobre o perigo desses jogos para os nossos filhos. Ela parecia estar muito atenta a tudo o que eu lhe dizia, parecendo estar conscientizando-se da gravidade, o que me deixou feliz. Mas, no final, vejam o que ela disse: “Se eu tirar os jogos, não sei o que vou fazer com ele nas férias”.

Infelizmente, ela não sabe ser mãe. Seu filho é dependente da “droga”, e eu ousaria dizer que a mãe é codependente. Essa mãe precisa ser ajudada da mesma forma que familiares de viciados em outras drogas. Mal sabe ela que esse vício está interferindo diretamente no desenvolvimento emocional, podendo causar sérios transtornos na fase adulta de seu filho.

Para mim, o maior prejuízo que a dependência de eletrônicos causa é o vazio da alma. Todos sentem, dentro de si, em algum momento, um vazio existencial. A princípio, esse vazio pode assustar, mas é nele que nos questionamos a respeito do sentido de tudo, e vemos que muitas “coisas” do mundo não têm grande sig-nificado. É nesse momento, onde parece faltar sentido, que se encontra o sentido maior, que transcende tudo.

Talvez seja mais simples do que você pensa. Os eletrônicos roubam de nossos filhos a sensibilidade, a empatia, a criatividade, a capacidade de amar, enfim, a alma. Precisamos resgatar tudo isso nas pequenas coisas. Computador não tem cheiro nem gosto, nem toque, não tem vida, não tem risada verdadeira, não tem afeto. Em resumo, é trocar o virtual pela realidade da vida. Boa troca, não é? É só viver.

CANTiNho DA FAmíliAO mal dos eletrônicos no

desenvolvimento dos filhos