01 - entendimento abnt 14787 2º semestre 2005

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1 ESPAÇOS CONFINADOS Paula Scardino: Coordenadora Nacional da Norma ABNT NBR 14787, publicada em Dez/2001 ZELL AMBIENTAL LTDA. Av. Senador Casemiro da Rocha, 609 - Cjtos. 54 e 55 04047-001 - São Paulo - SP Tel.: (11) 5078-9835 - Fax: (11) 5078-9641 Cel: (11) 9198-3764 email: [email protected] / site: www.zell.com.br

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Page 1: 01 - Entendimento ABNT 14787 2º Semestre 2005

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ESPAÇOS CONFINADOS

Paula Scardino: Coordenadora Nacional da Norma ABNT

NBR 14787, publicada em Dez/2001

ZELL AMBIENTAL LTDA.

Av. Senador Casemiro da Rocha, 609 - Cjtos. 54 e 55

04047-001 - São Paulo - SP

Tel.: (11) 5078-9835 - Fax: (11) 5078-9641

Cel: (11) 9198-3764

email: [email protected] / site: www.zell.com.br

ESPAÇOS CONFINADOS

Paula Scardino: Coordenadora Nacional da Norma ABNT

NBR 14787, publicada em Dez/2001

ZELL AMBIENTAL LTDA.

Av. Senador Casemiro da Rocha, 609 - Cjtos. 54 e 55

04047-001 - São Paulo - SP

Tel.: (11) 5078-9835 - Fax: (11) 5078-9641

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ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas CB-09 Gases Combustíveis

ESPAÇO CONFINADO - Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção

Os requerimentos desta norma são destinados à proteção dos trabalhadores e do local contra os riscos de entrada e trabalhos em espaços confinados.

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Espaço Confinado - Definição:

Qualquer área não projetada para ocupação contínua*, a qual tem meios limitados de entrada e saída*, e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/ enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolverem.

*: condições não obrigatórias – atenção.

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Abertura de Linha:

Alívio intencional de um tubo, linha ou duto que esteja transportando ou tenha transportado substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, um gás inerte ou qualquer fluído num volume, pressão ou temperatura capaz de causar lesão.

Identificação

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Aprisionamento:

Condição de retenção do trabalhador no interior do espaço confinado que impeça sua saída do local pelos meios normais de escape ou que possa proporcionar lesões ou a morte do trabalhador.

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Área Classificada:

Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é provável sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de equipamento elétrico.

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Atmosfera de risco:

Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto–resgate, lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:

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Atmosfera de risco:

Gás/Vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu Limite Inferior de Explosividade LIE ou Lower Explosive Limit LEL;

Poeira combustível viável em uma concentração que se encontre ou exceda o Limite Inferior de Explosividade LIE ou Lower Explosive Limit LEL);

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NOTA 1 – misturas de pós combustíveis com ar somente podem sofrer ignição dentro de suas faixas explosivas as quais são definidas pelo limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de explosividade(LSE).

O LIE está geralmente situado entre 20 e 60 g/m3, (em condições ambientais de pressão e temperatura) ao passo que o LSE situa-se entre 2 e 6 kg/ m3 (nas mesmas condições ambientais de pressão e temperatura) se as concentrações de pó podem ser mantidas fora dos seus limites de explosividade, as explosões de pó serão evitadas".

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NOTA 2 -•as camadas de poeiras, diferentemente dos gases e vapores, não são diluídas por ventilação ou difusão após o vazamento ter cessado; •a ventilação pode aumentar o risco, criando nuvens de poeira, resultando num aumento da extensão; •as camadas de poeira depositadas podem criar um risco cumulativo, enquanto gases ou vapores não; •camadas de poeira podem ser objeto de turbulência inadvertida e se espalhar, pelo movimento de veículos, pessoas, etc.

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Variação de temperatura

% Vol

MISTURA EXPLOSIVA

LIE

LSE

0

100

MISTURA RICA

MISTURA POBRE

Curva de Explosividade

Faixa de leitura dos explosímetros

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Quando na atmosfera se encontrar a presença de mais de um gás inflamável.

LIE = P1 + P2 + P3 (% Vol)P1 + P2 + P3LIE1 LIE2 LIE3

LSE = P1 + P2 + P3 (% Vol) Sendo:P1 + P2 + P3 Pn a fração LSE1 LSE2 LSE3 de uma mistura

Lei de Le Chatelier(Identificação Atmosfera Inflamável)

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Exemplo:Caso você obtenha de uma análise por cromatografia os valores de:1) Hexano 60%, LIE = 1,2 Vol2) Propano 20%, LIE = 2,0 Vol3) Butano 20%, LIE = 1,5 VolEntão, aplicando-se a fórmula, teremos o novo LIE na atmosfera acima:LIE = 60 + 20 + 20 = 1,36 % Vol

60/1,2 + 20/2,0 + 20/1,5

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Curva de Correlação degases inflamáveis

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

MetanoAcetilenoHidrogenion-Hexano

LIE

LIE

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∗ Detector de gás: quantifica uma atmosfera inflamável.

∗ Cromatógrafo: qualifica qual gás inflamável está presente.

∗ Cada substância inflamável possui um Limite Inferior de Inflamabilidade em % de Volume.

∗ O detector de gás inflamável deve ser calibrado com um gáspadrão, que será a referência do mesmo em % de volume;

∗ Quando um detector for calibrado com gás metano, LIE = 5,0% VOL (por ex.), e, encontrar com uma atmosfera com gásHexano, LIE = 1,2% VOL, a leitura de 40% do LIE será, naverdade, de 109% do LIE;

Identificação inflamáveis para medidas corretas – cuidado!!!

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Devido à densidade dos gases.

CH4 = 0,55

CO = 0,97

Ar = 1,00

H2S = 1,19

Gasolina = 3,40

Medição em diferentes níveis de altura

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Ex: Interferência para sensor de monóxido de carbono(cada fabricante deverá fornecer estes dados)

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∗Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5 % ou acima de 23 % em volume; IPVS = < 12,5% Volume ao nível do mar.

Teores abaixo de 19,5% podem causar:

∗Alteração da respiração e estado emocional, fadiga anormal em qualquer atividade (12 a 16%), ∗Aumento da respiração e pulsação, coordenação motora prejudicada, euforia e possível dor de cabeça (10 a 11%), ∗Náusea e vômitos, incapacidade de realizar movimentos, possível inconsciência, possível colapso enquanto consciente mas sem socorro (6 a 10%), ∗Respiração ofegante; paradas respiratórias seguidas de parada cardíaca; morte em minutos (< 6%).

Atmosfera Deficiente de Oxigênio

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∗Causas da deficiência de oxigênio (1):

Consumo: ocorre tanto na combustão, quando o O2 do arreage com o material combustível (incêndios, por ex.), comona oxidação de metais (nas superfícies internas de reservatórios, em equipamentos de processo de aço-carbonosem pintura e fechados, e que sofreram jateamento recente, ou tratamento equivalente: paredes metálicas polidas podemoxidar por meio de consumo de oxigênio presente e atingircondições IPVS)

Atmosfera Deficiente de Oxigênio

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∗Causas da deficiência de oxigênio (2):

Diluição: dá-se a diluição quando gases inertes são utilizados nainertização de tanques ou de equipamentos que vão sofrermanutenção.

Inertização: Procedimento de segurança num espaço confinado que visa evitar uma atmosfera potencialmente explosiva através do deslocamento da mesma por um fluído inerte. Este procedimento produz uma atmosfera IPVS deficiente de oxigênio.

Atmosfera Deficiente de Oxigênio

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Purgar quer dizer tornar puro, purificar limpar, expelir, limpar por ventilação ou lavagem com água ou vapor tornando a atmosfera interna pura e limpa.

Inertizar é tornar inerte uma atmosfera.O ar interior do espaço confinado está contaminado por combustível e é necessário executar uma operação a quente como solda.O processo de inertização ocorre geralmente pelo deslocamento do ar interior pelo nitrogênio.Este deslocamento de ar pela ocupação do nitrogênio é uma inertizaçãoque impede a explosão.Portanto a inertização não purga porque desloca a atmosfera inflamável /explosiva mas substitui por uma atmosfera asfixiante simples de nitrogênio puro.A inertização gera atmosfera IPVS

Purgar x Inertizar ....

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∗Causas da deficiência de oxigênio (3):

Adsorção: pode ocorrer em leitos de carvão ativo no interior de reatores ou câmaras, tornando perigosas as operações de inspeção, recarga ou manutenção.

ADSORÇÃO: Apresamento e acumulação de gases, vapores ou matérias em solução na superfície de corpos sólidos com os quais entram em contato, por adesão molecular. Cf absorção.

ABSORÇÃO: Ato de impregnar-se de um líquido, gás etc., por ação capilar, osmótica, química ou solvente: Absorção de água pela madeira. 3 Fisiol Penetração de uma substância através das mucosas ou da pele ou da membrana celular para o meio interno ou para o protoplasma. 4 Quím Ato pelo qual um gás ou um vapor penetra intimamente em uma substância inorgânica.

Atmosfera Deficiente de Oxigênio

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Enriquecimento / Excesso de Oxigênio

• O respirar excesso de oxigênio se chama Hiperoxia

Efeitos:

• 1; vaso dilatação cerebral (risco de edema)

• 2; riscos no pulmão: bronco displasia (inflamação e espessamento)

• 3; aumento de radicais livres de oxigênio no sangue, e como conseqüência: lesão no Sistema Nervoso Central, o que por sua vez pode piorar o descrito no item 1.

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∗A concentração atmosférica de qualquer substância cujo Limite de Tolerância seja publicado na NR-15 do MTE ou em recomendação mais restritiva (ACGIH) e que possa resultar na exposição do trabalhador acima desse Limite de Tolerância;

Comparar LT’s da NR-15 e ACGIH e adotar o mais restritivo)

ACGIH: American Conference of Governmental Industrial Hygienists

Atmosfera Tóxica e IPVS

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Qualquer condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que possa causar efeitos adversos irreversíveis à saúde (instantanea ou retardada, ou exposições agudas aos olhos que impeçam a fuga daatmosfera perigosa) ou que interfira com a habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado sem ajuda.

A concentração IPVS é o nível máximo de exposição, durante 30 minutos, na qual um trabalhador pode escapar na eventualidade de o respiradorfalhar, sem perda de vida ou a ocorrência do efeito irreversível à saúde, imediato ou retardado

IPVS = IDLH – Immediately Dangerous to Health and Life

Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde (1) (Atmosfera IPVS):

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NOTA: Algumas substâncias podem produzir efeitos transientes imediatos que, apesar de severos, possam passar sem atenção médica, mas são seguidos de repentina possibilidade de colapso fatal após 12 – 72 horas de exposição. A vítima pode não apresentar sintomas de mal-estar durante a recuperação de efeitos transientes, porém está sujeita a sofrer um colapso. Tais substâncias em concentrações perigosas são consideradas como sendo “imediatamente” perigosas à vida ou à saúde.

Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde (2)

(Atmosfera IPVS):

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Agente Químico: poderá ser introduzido no organismo através de uma ou mais vias:Respiratória: inalação (gases, vapores ou aerossóis) – principal via de penetração de sustâncias tóxicas no organismo Cutânea: os agentes tóxicos podem atuar na pele por reação direta ou penetrando-aGastrointestinal: ingestão, absorção (quando o trabalhador fuma ou come no ambiente de trabalho)

Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde (3)

(Formas de Exposição):

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EFEITOS DA ASFIXIA BIOQUÍMICA PELO:

MONÓXIDO DE CARBONO (CO)(LT=39ppm; TLV= 25ppm; IPVS 1200 ppm):

Por não possuir odor e cor este gás pode permanecer em ambientesconfinados sem que tomemos providências de ventilar o local.

Ligeira dor de cabeça, desconforto (200 ppm x 3 horas);

Dor de cabeça, desconforto (600 ppm x 1 hora);

Confusão, dor de cabeça (1000 a 2000 ppm x 2 horas);

Tendência a cambalear (1000 a 2000 ppm x 1,5 hora);

Palpitação leve (1000 a 2000 ppm x 30 minutos);

Inconsciência (2000 a 5000 ppm);

Fatal (10000 ppm).

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MONÓXIDO DE CARBONO (CO)

Não confundir com CO2 que é asfixiante simples !!!

Não pode ser medido com oxímetro – atenção !

E.C. com 20,9% VOL de Oxigênio; Recebe 1% de VOL de CO;

E.C. ficará com 19,9% de VOL e com presença de 10.000 ppmde CO, concentração esta, fatal para o ser humano;

O Oxímetro alarma com 19,5% de VOL para baixaconcentração.

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EFEITOS DA ASFIXIA BIOQUÍMICA PELO:

GÁS SULFÍDRICO (H2S ou Sulfeto de Hidrogênio)(LT = 8ppm; TLV= 10ppm; IPVS 100 ppm):

Considerado um dos piores agentes ambientais agressivos ao ser humano. Em concentrações médias, inibe o olfato.

Nenhum (8 ppm x 8 horas);

Irritação moderada nos olhos e garganta (50 a 100 ppm x 1 hora);

Forte irritação (200 a 300 ppm x 1 hora);

Inconsciência e morte por paralisia respiratória (500 a 700 ppm x 1,5 hora);

Inconsciência e morte por paralisia respiratória (Acima de 1000 ppm x minutos);

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Capacidade, desenvolvida pelo trabalhador através de treinamento, que possibilita seu escape com segurança, de ambiente confinado em que entrou em IPVS.

Auto-Resgate

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Processo de análise onde os riscos aos quais os trabalhadores possam estar expostos num espaço confinado são identificados e quantificados. A avaliação inclui a especificação dos testes que devem ser realizados e os critérios que devem ser utilizados.

NOTA: Os testes permitem aos responsáveis planejar e implementar medidas de controle adequadas para proteção dos trabalhadores autorizados e para garantir que as condições de entrada estão aceitáveis e poderão ser mantidas durante a execução do serviço.

Avaliação de Local

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Condições ambientais que devem permitir a entrada em um espaço confinado onde haja critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e/ou mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores.

Condição de Entrada

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Os ambientes quentes representam um dos pontos mais importantes da patologia ocupacional devido a:

Alta fadiga física ocasionada por ambientes quentes;Perda de produtividade, motivação, velocidade, precisão,

continuidade e aumento da incidência de acidentes causados pelo desconforto térmico em ambientes quentes.

Atmosfera Aquecida

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Controle de Riscos Sistemas de trava e bloqueio

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Controle de Riscos Sistemas de trava e bloqueio

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Riscos Biológicos

Bactérias, fungos, esgoto, tratamento de efluentes, processos de limpeza pela ação de solventes ou produzidos pela reação químicaentre estes e outros materiais utilizados nalimpeza.

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Qualquer condição de risco que não permita a entrada em um espaço confinado.

Condição Proibitiva de Entrada:

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Qualquer interferência (incluindo qualquer falha nos equipamentos de controle e monitoração de riscos) ou evento interno ou externo, no espaço confinado, que possa causar perigo aos trabalhadores.

Observar: CALIBRAÇÃO e VERIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS para detectores de gás x riscos atmosféricos

Emergência:

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•Utilizar apenas explosímetro em áreas inflamáveis onde possam ocorrer vazamentos que provoquem atmosfera saturada..... Deve-se utilizar oxi-explosímetro.•Fazer medição de gases tóxicos (por ex. CO -monóxido de carbono) com explosímetro, com alegação de que o CO é inflamável. Antes de haver o risco de inflamabilidade, o risco é de gás tóxico.

..... Erros Comuns:

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•Tentar fazer a medição de, por exemplo CO, com a utilização de oxímetro, com alegação de que o CO desloca o oxigênio. •Não saber se o equipamento está funcionando corretamente efetuando o teste de verificação com gás. Não confundir com calibração.

..... Erros Comuns:

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Condição em que uma substância sólida ou líquida, finamente dividida e flutuante na atmosfera, possa envolver uma pessoa e no processo de inalação, possa causar inconsciência ou morte por asfixia.

Engolfamento/

Envolvimento:

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Ação pela qual as pessoas ingressam através de uma abertura para o interior de um espaço confinado. Essa ação passa a ser considerada como tendo ocorrido logo que alguma parte do corpo do trabalhador ultrapasse o plano de uma abertura no espaço confinado.

Entrada:

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Materiais necessários para a equipe de resgate utilizar nas operações de salvamento em espaços confinados.

Equipamentos de Resgate:

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Um equipamento é intrinsecamente seguro quando não é capaz de liberar energia elétrica (faísca) ou térmica suficiente para, em condições normais (isto é, abrindo ou fechando o circuito) ou anormais (por exemplo, curto-circuito ou falta à terra), causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.

Equipamento Intrinsecamente Seguro (Ex-i):

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Equipamento à Prova de Explosão (Ex d):

• É todo equipamento que está encerrado em um invólucro capaz de suportar a pressão de explosão interna e não permitir que essa explosão se propague para o meio externo.

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Pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar os trabalhadores dos espaços confinados em situação de emergência e prestar-lhes os primeiros socorros.

Equipe de resgate:

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É um espaço confinado representativo em tamanho de abertura, configuração e meios de acesso para o treinamento do trabalhador que não apresente riscos.

Espaço confinado simulado:

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Separação física de uma área ou espaço considerado próprio e permitido ao adentramento, de uma área ou espaço considerado impróprio (perigoso) e não preparado ao adentramento.

Isolamento:

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Autorização escrita que é fornecida pelo empregador, ou seu representante com habilitação legal, para permitir e controlar aentrada em um espaço confinado.

Observar riscos do trabalho à quente: autorização escrita do empregador, ou seu representante com habilitação legal, para permitir operações capazes de fornecer uma fonte de ignição

Modelo de caráter informativo no Anexo I da NBR 14787

Permissão de Entrada:

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A permissão de entrada que documenta a conformidade das condições locais e autoriza a entrada em cada espaço confinado, conforme apresentado no anexo A, deve identificar:a)espaço confinado a ser adentrado;b)objetivo da entrada;c)data e duração da autorização da permissão de entrada;d)trabalhadores autorizados a entrar num espaço confinado, que devem ser relacionados e identificados pelo nome e pela função que irão desempenhar;

Permissão de entrada

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e) assinatura e identificação do supervisor que autorizou a entrada;f)riscos do espaço confinado a ser adentrado;g)medidas usadas para isolar o espaço confinado e para eliminar ou controlar os riscos do espaço confinado antes da entrada.

NOTA - A permissão de entrada é válida somente para uma entrada.

Permissão de entrada

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Documento escrito do empregador ou seu representante com habilitação legal, para a preparação e emissão da permissão de entrada. Assegura também, a continuidade do serviço no espaço confinado permitido, até sua conclusão.

Procedimento de permissão:

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Pessoa com capacitação e responsabilidade pela determinação se as condições de entrada são aceitáveis e estão presentes numa permissão de entrada, como determina esta Norma.

Supervisor de Entrada:

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Profissional com capacitação que recebe autorização do empregador, ou seu representante com habilitação legal, para entrar em um espaço confinado permitido.

Trabalhador autorizado:

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Trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado e monitora os trabalhadores autorizados, realizando todos os deveres definidos no programa para entrada em espaços confinados.

Vigia:

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Todo espaço confinado deve ser adequadamente sinalizado, identificado e isolado para evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais.

Se o empregador, ou seu representante com habilitação legal, decidir que os trabalhadores contratados e sub-contratados não devem entrar no espaço confinado, o mesmo deverá tomar todas as medidas efetivas para evitar que estes trabalhadores entrem no espaço confinado

Requisitos:

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Se o empregador, ou seu representante com habilitação legal, decidir que os trabalhadores podem entrar no espaço confinado, o empregador deverá ter desenvolvido e implantado um programa escrito de espaços confinados com permissão de entrada.

Requisitos:

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Antes de um trabalhador entrar num espaço confinado, a atmosfera interna deverá ser testada por trabalhador autorizado e treinado, com um instrumento de leitura direta, calibrado e testado antes do uso, aprovado e certificado por um Organismo de Certificação (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas potencialmente explosivas, intrinsecamente seguro, protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofrequências,calibrado e testado antes da utilização para as seguintes condições:•Concentração de oxigênio•Gases e vapores inflamáveis•Contaminantes do ar potencialmente tóxicos

Requisitos:

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O registro de dados deve ser documentado pelo empregador e estar disponível para os trabalhadores que entrem no espaço confinado.

A coleta de dados de monitoração e inspeção darão suporte na identificação de espaços confinados.

Requisitos:

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As seguintes condições se aplicam a espaços confinados:

Deverão ser eliminadas quaisquer condições que os tornem inseguros no momento anterior à remoção de um vêdo, tampa ou tampão de entrada.

Requisitos:

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Em casos de trabalho em atmosfera IPVS ou potencialmente capaz de atingir níveis de atmosfera IPVS, os trabalhadores deverão estar treinados e utilizar EPI’s (equipamentos de proteção individual) que garantam sua saúde e integridade física.

Requisitos:

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Se uma atmosfera perigosa for detectada durante a entrada:

•O espaço deverá ser analisado para determinar como a atmosfera perigosa se desenvolveu.

•O empregador, ou seu representante legal, deverá verificar se o espaço confinado está seguro para entrada e que as medidas que antecedem a entrada tenham sido tomadas através de permissão de entrada por escrito.

Requisitos:

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•Manter, por escrito, os deveres dos supervisores de entrada, dos vigias e dos trabalhadores autorizados com seus nomes e assinaturas.•Implantar o serviço de emergências e resgate mantendo os membros sempre à disposição, treinados e com equipamentos em perfeitas condições de uso.•Providenciar exames médicos admissionais, periódicos e demissionais. Abordar exames complementares, requisitados pelo médico do trabalho, de acordo com a avaliação do tipo de espaço confinado.

Programa de entrada em espaço confinado:

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a)equipamento de sondagem inicial e monitorização contínua da atmosfera, calibrado e testado antes do uso, aprovado e certificado por um Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas potencialmente explosivas. Os equipamentos que forem utilizados no interior dos espaços confinados com risco de explosão deverão ser instrinsecamente seguros (Ex i) e protegidos contra interferência eletromagnética e radiofreqüência, assim como os equipamentos posicionados na parte externa dos espaços confinados que possam estar em áreas classificadas;

Equipamentos

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b)equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de entrada aceitáveis, através de insuflamento e/ou exaustão de ar. Os ventiladores que forem instalados no interior do espaço confinado com risco de explosão deverão ser aprovados e certificados por Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em atmosfera potencialmente explosivas, assim como os ventiladores posicionados na parte externa dos espaços confinados que possam estar em áreas potencialmente explosivas; c)equipamento de comunicação, aprovados e certificados por um Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas potencialmente explosivas; d)equipamentos de proteção individual e movimentadores de pessoas adequados ao uso em áreas potencialmente explosivas;

Equipamentos

Page 74: 01 - Entendimento ABNT 14787 2º Semestre 2005

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e) equipamentos para atendimento pré-hospitalar;f) equipamento de iluminação, aprovados e certificados por um Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas potencialmente explosivas.

Equipamentos

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O empregador, ou seu representante com habilitação legal, deve certificar que o treinamento requerido tenha sido realizado. O conteúdo mínimo programático requerido de treinamento é:•definição de espaço confinado;•riscos de espaço confinado;•identificação de espaço confinado;•avaliação de riscos;•controle de riscos;•calibração e/ou teste de resposta de instrumentos utilizados;•certificado do uso correto de equipamentos utilizados;•simulação;•resgate;•primeiros-socorros;•ficha de permissão.

Treinamento –

definir público alvo !!

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Atividades agravantes: OS TRABALHOS DE SOLDA, CORTES A QUENTE, TRATAMENTO TÉRMICO, FUNCIONAMENTO DE MOTORES A COMBUSTÃO NO INTERIOR DE ESPAÇOS CONFINADOS, PODE CRIAR ATMOSFERAS DE ALTO RISCO OU PERIGOSAS. A DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO É CAUSADA PELO SEU CONSUMO, NAS REAÇÕES DE COMBUSTÃO OU NOS PROCESSOS DE OXIDAÇÃO, OU AINDA DESLOCADO PELOS PRODUTOS DE COMBUSTÃO. OS GASES TÓXICOS, COMO O CO, SÃO PRODUZIDOS PELA INCOMPLETA COMBUSTÃO. OUTROS GASES PODEM SER PRODUZIDOS PELO MATERIAL AQUECIDO; CÁDMIO, POR EXEMPLO, VAPORES DE MERCÚRIO, CHUMBO E OUTROS METAIS PESADOS.

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O REINÍCIO DOS TRABALHOS, APÓS UMA PARALISAÇÃO, EM FUNÇÃO DE ANORMALIDADES QUE COLOQUEM EM RISCO A SEGURANÇA DO TRABALHO, DEVERÁ SER PRECEDIDO DE UMA REAVALIAÇÃO GERAL POR TODOS OS ENVOLVIDOS, DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE FORMA A GARANTIR A SEGURANÇA DAS ATIVIDADES E DOS SEUS EXECUTANTES.

Reinício dos trabalhos/Pausa:

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A saída de um espaço confinado deve ser processada imediatamente se:•o vigia e/ou o supervisor de entrada ordenarem abandono;•o trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposição a uma situação perigosa;•um alarme de abandono for ativado.

Abandono do Local

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Bibliografia• NBR 14787 da ABNT• Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas,

Petroquímicas e de Petróleo - Atmosferas Explosivas Autor: Engº Dácio de Miranda Jordão - 3ª EdiçãoEditora Qualitymark - Tel.: 21-3860- 8422www.qualitymark.com.br

• Manual de Proteção RespiratóriaAutores: Maurício Torloni e Antonio Vladimir Vieira site: www.abho.com.br

• TLV´s e BEIs – Limites de Exposição para substâncias químicas, agentes físicos – site: www.abho.com.br

• Limites de tolerância atualizados, fichas técnicas de substâncias: www.cetesb.sp.gov.br – emergências químicas – manual de produtos químicos perigosos.

• Cf: Rene Mendes em "Patologia do Trabalho 1995