01 ana paula - apostila de lingua portuguesa

104
PERÍODO SIMPLES PARTE GERAL ORAÇÃO A oração é toda e qualquer expressão, de sentido completo ou incompleto, que envolva verbo. Observe os exemplos: “O funcionário saiu do local.” “Ele estuda Direito; eu, Português.” No primeiro exemplo, temos uma única oração de sentido completo; no segundo, temos duas orações, sendo que a Segunda oração apresenta uma elipse, ou seja, o verbo está implícito. Elipse - é a omissão de termos que se podem facilmente subentender. Comentário: Há casos em que o número formal de verbos é superior ao número real de orações: I – quando dois ou mais verbos estão formando locução verbal; “Os meninos podiam ter ficado doentes.”, aqui há uma oração, cujo verbo é ficar, no infinitivo composto (Ter ficado), auxiliado pelo verbo poder. II – quando o verbo SER é expletivo; “Eles é que trouxeram a novidade.”, há uma só oração, cujo verbo é trazer. Observe que a expressão é que pode ser dispensada sem que se prejudique a estrutura sintática. A expressão expletiva “é que” é fixa, invariável, quando fica entre o sujeito e o verbo da oração; pode ocorrer, porém, que o sujeito da oração fique entre o verbo ser expletivo e a partícula que. Nesse caso, por causa de um processo eufônico, o verbo ser concorda atrativamente com o sujeito, observando a correlação temporal. Exemplos: “Eu é que trouxe o recado.” “Fui eu que trouxe o recado “Nós é que trazemos as notícias.” “Somos nós que trazemos as notícias.” Ainda assim, a expressão continua sendo expletiva e, por isso, não constitui oração. Outro aspecto importante que deve ser analisado é a morfossintaxe. Modernamente, recomenda-se que a morfologia e a sintaxe devem ser estudadas

Upload: sirrafael

Post on 31-Jul-2015

282 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

PERÍODO SIMPLESPARTE GERAL

ORAÇÃOA oração é toda e qualquer expressão, de sentido completo ou incompleto, que

envolva verbo.

Observe os exemplos: “O funcionário saiu do local.” “Ele estuda Direito; eu, Português.”

No primeiro exemplo, temos uma única oração de sentido completo; no segundo, temos duas orações, sendo que a Segunda oração apresenta uma elipse, ou seja, o verbo está implícito.

Elipse - é a omissão de termos que se podem facilmente subentender.

Comentário:

Há casos em que o número formal de verbos é superior ao número real de orações:

I – quando dois ou mais verbos estão formando locução verbal;“Os meninos podiam ter ficado doentes.”, aqui há uma oração, cujo verbo é ficar, no

infinitivo composto (Ter ficado), auxiliado pelo verbo poder.

II – quando o verbo SER é expletivo; “Eles é que trouxeram a novidade.”, há uma só oração, cujo verbo é trazer. Observe

que a expressão é que pode ser dispensada sem que se prejudique a estrutura sintática.

A expressão expletiva “é que” é fixa, invariável, quando fica entre o sujeito e o verbo da oração; pode ocorrer, porém, que o sujeito da oração fique entre o verbo ser expletivo e a partícula que. Nesse caso, por causa de um processo eufônico, o verbo ser concorda atrativamente com o sujeito, observando a correlação temporal.

Exemplos:“Eu é que trouxe o recado.”“Fui eu que trouxe o recado“Nós é que trazemos as notícias.”“Somos nós que trazemos as notícias.”

Ainda assim, a expressão continua sendo expletiva e, por isso, não constitui oração.Outro aspecto importante que deve ser analisado é a morfossintaxe. Modernamente,

recomenda-se que a morfologia e a sintaxe devem ser estudadas como partes do mesmo processo. Não podem, de fato, ser entendidas com assuntos separados, uma vez que a realização morfológica só se efetiva dentro de determinado desempenho sintático.

Não se pode afirmar, por exemplo, que a palavra gata é sempre um substantivo. Pode não ser, pois, a classificação morfológica, embora com uma freqüência menor, também depende da posição do termo no período.Por exemplo:

“O gato virou a gata.”, aqui o vocábulo gata está substantivado pelo artigo, logo, é em substantivo. Porém, se o artigo definido feminino for retirado do período, teremos “O gato virou gata.”, aí, então, o vocábulo gata será classificado como um adjetivo e o sentido semântico do contexto será alterado.

A Língua Portuguesa é dividida em dois grandes grupos que formam sua estrutura e significado. Assim temos:

Page 2: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Termos estruturais : substantivo e verbo Termos relacionais : preposição e conjunção

Passaremos agora ao estudo das classificações das funções sintáticas exercidas pelos termos existentes nas classes de palavras, que são o substantivo, o adjetivo, o verbo, o numeral, o pronome... É muito importante que elementos como os apresentados até agora sejam percebidos pelo aluno em cada exercício feito, pois isso fará com que sua capacidade para encontrar o significado em cada período analisado seja cada vez maior e mais rápida. Esse desenvolvimento da capacidade de percepção ocorrerá com a leitura e a prática de exercícios.

SUJEITOA função de sujeito é desempenhada por um substantivo ou por um pronome substantivo, e desde já é necessário que fique claro que todas as funções importantes no período são desempenhadas por um substantivo.O sujeito pode ser classificado como simples (se apresentar um só núcleo); composto (se apresentar dois núcleos ou mais); desinencial (se for representado pela desinência verbal); indeterminado (pelo verbo na terceira pessoa do plural ou pelo índice de indeterminação do sujeito) ou inexistente.

SIMPLES – apresenta um só núcleo. “O aluno comprou o livro.”, perguntamos : quem é que comprou?, teremos como resposta: o aluno.

Para que possamos prosseguir com o estudo proposto, é necessário sabermos a definição de núcleo de uma função.“Núcleo é a palavra fundamental da função, é o seu cerne, a palavra que não se pode retirar.”

No período “O melhor aluno do curso foi reprovado.”, o sujeito é composto por seis elementos. A declaração, porém, não se refere a todas as palavras, mas àquela que designa, no caso, a pessoa a quem a declaração alcança (aluno), que é o núcleo do sujeito. Percebe-se, então, que o núcleo poderá estar, como no exemplo, acompanhado de termos complementares ou acessórios que o qualifiquem ou especifiquem melhor.

ATENÇÃO: o número de palavras que constituem o sujeito de uma oração não é necessariamente igual ao número de núcleos.

Em alguns casos, duas ou mais palavras podem representar um só núcleo e, para que tal fato ocorra, é necessário que as palavras entre si estejam coordenadas e se refiram ao mesmo ser, a mesma coisa.

Exemplos:O seu filho e sucessor subiu ao trono.”, o sujeito desta oração é o seu filho e

sucessor, que só tem um núcleo, representado pelas palavras filho e sucessor. É que as duas palavras designam aspectos diferentes da uma só pessoa.

“O meu amigo e o professor chegaram agora.”“O meu amigo e professor chegou agora.”

Page 3: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

No primeiro período, o predicado se refere a duas pessoas; no segundo, o predicado se refere a uma só pessoa, que tem no contexto duas características.

COMPOSTO – apresenta dois núcleos ou mais.

“Pai e filho chegaram.”

A atenção que se deve Ter aqui é com o paralelismo sintático, observe que os núcleos desse sujeito estão ligados por uma conjunção coordenativa. Todos os termos que são ligados por tais conjunções recebem a classificação de termos coordenados, paralelos ou equivalentes, e dizemos tratar-se de paralelismo sintático.

É possível um período apresentar paralelismo sintático, mas não apresentar paralelismo semântico, observe:

“Fiz duas cirurgias: uma no ouvido e a outra em São Paulo.”, aqui temos um aposto que apresenta dois núcleos coordenados entre si. Percebemos, então, que há paralelismo sintático, mas a semântica deste período está comprometida, uma vez que ouvido e São Paulo não são do mesmo campo semântico. Conclui-se, então, que na frase analisada existe paralelismo sintático, mas não existe paralelismo semântico.

INDETERMINADO – é aquele que existe e não se quer determinar.

O sujeito indeterminado pode ser representado de duas formas:

I – verbo na terceira pessoa do plural, sem que o sujeito tenha sido mencionado em qualquer lugar do período; “Roubaram meu carro.”

II – quando o verbo vem acompanhado do pronome “se” na função de índice de indeterminação do sujeito, caso que obriga o verbo a ficar na terceira pessoa do singular;

“necessita-se de estudo.”

É importante ressaltar que o pronome “se” será classificado como índice de indeterminação do sujeito quando estiver acompanhando verbo:

Intransitivo : “Dorme-se muito aqui.”transitivo indireto: “Necessita-se de funcionários.”transitivo direto (desde que acompanhado de objeto direto preposicionado) : “Comeu-se do bolo.”

de ligação : “Permanece-se feliz.”

Outro fator importante a ser colocado é que quando o pronome “se” estiver acompanhando verbo transitivo direto que não apresentar objeto direto preposicionado, estaremos diante de voz passiva sintética, e nesse caso o pronome “se” será classificado como partícula apassivadora.

Antes de prosseguirmos, vamos recordar VOZES VERBAIS;Dizemos que a voz é ativa quando o sujeito pratica a ação verbal :

“Ele comprou o material.”

A voz passiva, que pode ser representada de duas maneiras, ocorre quando o sujeito recebe a ação verbal.

“O material foi comprado.” (voz passiva analítica ou verbal)

“Comprou-se o material.” (voz passiva sintética ou pronominal)

Page 4: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Temos nos dois exemplos o sujeito simples “o material”, o verbo deverá concordar

com o sujeito e fica claro que voz passiva não tem objeto direto, pois, o que seria objeto direto virou sujeito.

Temos, então, que quando o pronome “se” for índice de indeterminação do sujeito, o verbo deverá estar na terceira pessoa do singular; no entanto, se o pronome citado for partícula apassivadora, o verbo deverá concordar com o sujeito ao qual se refere.

A voz reflexiva é aquela que indica uma ação reflexa do sujeito e é representada pelo pronome reflexivo “se”.

Exemplo : “Ele feriu-se.” (pronome reflexivo) “Os jogadores abraçaram-se.” (pronome reflexivo recíproco)

ORAÇÃO SEM SUJEITO - VERBOS IMPESSOAIS

A oração sem sujeito é assim classificada quando apresenta um verbo impessoal, o que faz com que o mesmo seja usado na terceira pessoa do singular.São classificados como verbos impessoais:

I – O verbo “HAVER” quando empregado no sentido de:

a) existir - “Há alunos desatentos.”b) Ocorrer – “Houve vários incidentes.”c) Acontecer – “Ali sempre havia desastres.”d) tempo passado – “Não o vejo há anos.”

Comentário:Os verbos citados acima ( existir, ocorrer, acontecer), apesar de indicarem a

impessoalidade do verbo “haver”, apresentam sujeito, isto é, são pessoais.

II – Os verbos “FAZER” e “ESTAR” quando indicarem:

a) tempo - “Faz três anos que não o vejo.”b) Clima - “Faz frio.” / “Está frio.”

III – O verbo “SER” quando indicar data, hora, distância, tempo, clima

Comentário: O verbo “ser” será impessoal, não possuirá sujeito, quando indicar data, hora,

distância, tempo, clima, mas poderá concordar com o numeral que o seguir.

“Era uma vez...” “São oito horas.” “Já é noite.” “Aqui é muito quente.”

IV – Os verbos que indicam fenômenos da natureza, chover, ventar, nevar, etc, quando usados no sentido denotativo;

“Choveu muito hoje.” Comentário:

Se esses verbos forem usados no sentido conotativo, apresentaram sujeito e com ele deverão concordar.

“Choveram canivetes.”

Page 5: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Passaremos agora ao estudo da predicação verbal, analisaremos os termos ligados ao verbo, os efeitos que os complementos geram nos períodos, e é importante saber que a predicação de um determinado verbo pode ser alterada de acordo com o restante do período. O que7 significa que um verbo pode ser de ligação em um período e intransitivo em outro, e assim por diante. Deve-se Ter muita atenção com o conteúdo que será agora trabalhado, pois essas alterações são muito exploradas em questões de prova.

VI - Bastar, chegar + de ( nas idéias de suficiência )

“ Basta de histórias.” “ Chega de enganos.”

VII - Ir acompanhado das preposições “em” ou “para” exprimindo o tempo em que algo acontece ou aconteceu.

“ Vai em cinco anos ou mais.”

VIII - Vir, andar acompanhados das preposições “por” ou “a” exprimindo o tempo em que algo acontece.

“ Nesse mesmo dia, quando veio pela noite.” “ Andava por uma semana que não estudava.”

IX - Passar acompanhado da preposição “de” exprimindo tempo.

“ Já passava de três horas.”

X - Tratar-se acompanhado da preposição “de” em construções do tipo:

“ Trata-se de documentos secretos.”

PREDICAÇÃO VERBAL

Predicação Verbal é a maneira de o verbo se relacionar com seus complementos, se houver.

Observe os exemplos:

Ele morreu.Ele comprou ( ? )Ele precisou ( ? )

Percebe-se que das três orações a primeira tem sentido completo. Já a Segunda e a terceira orações apresentam sentido incompleto. O que ocorre é que o verbo “morrer” traz toda a carga semântica necessária para transmitir seu significado, é, pois, um verbo intransitivo. Já os verbos “comprar” e “precisar” não carregam essa semântica necessária para o entendimento do período, são, pois, verbos transitivos, necessitam de um termo que lhes complete o sentido.

Quanto à predicação, os verbos podem ser classificados como:

I - INTRANSITIVOS : são aqueles que não pedem complemento;

“O candidato estuda.”

II – TRANSITIVOS: são aqueles que precisam de complemento que pode ser:

Page 6: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

direto: “Ele comprou livros.”, complemento sem preposição

indireto: “Necessito de estudo.”, complemento com preposição

III – DE LIGAÇÃO: ligam sempre o sujeito ao predicativo;

“Esta doença é incurável.” “Sua grande paixão é o mar.”

Outro aspecto muito importante é o fato de que os verbos que habitualmente são de ligação, podem deixar da sê-lo, e que os verbos que não são de ligação podem apresentar esta característica. São aquelas variações citadas anteriormente.

Por exemplo: “Eu ando muito.” (ação) “Eu ando muito triste.” (estado)

Deve-se observar também que certos verbos, se empregados reflexivamente, podem passar a verbos de ligação.Exemplo:

“Ela se acha linda.”, aqui entende-se que ela se julga linda. Nesta hipótese o verbo não é de ligação. É um verbo transitivo, cujo objeto direto (REFLEXIVO) é o pronome “se”.

“A casa se acha vazia.”, aqui não é lógico entender que a casa se julga vazia. Neste caso, o verbo “achar” e o pronome “se” formam, associados, um todo semântico equivalente ao verbo “estar”. Nesta frase o verbo não denota nenhuma ação, serve apenas para indicar o estado em que se encontra o sujeito, é, pois, um verbo de ligação.

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADOSabe-se que o objeto direto é o complemento que não vem precedido de preposição.

Entretanto, há casos em que a preposição se faz necessária em função da carga semântica que precisa ser transmitida. São as exceções .Um objeto direto será preposicionado para:

I – Deixar nítida a idéia de parte: “Vendi do material.”

II – Desfazer ambiguidade : “O homem feriu ao amigo.”

III – Tornar possível o uso de pronome pessoal do caso reto como complemento verbal : “Convidei a ele para a festa.”

IV - Quando o verbo indica sentimento:.......... “ Amar a Deus sobre todas as coisas.”

V - Quando é representado pela expressão de reciprocidade “um ao outro” : “ Conhecem-se um ao outro.”

OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO

Trata-se de um recurso estilístico usado para dar ênfase a algo que foi citado.

“O material, comprei-o hoje.”

OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO

Page 7: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Tem a mesma classificação acima.

“A ele, perdoei-lhe a ofensa.”

Depois de termos estudado os termos ligados ao verbo, estudaremos agora os elementos ligados ao nome, ou seja, ao substantivo. É preciso ter cuidado, pois a carga semântica desses termos é muito maior do que a dos anteriormente estudados. São responsáveis pela significação do substantivo o ADJUNTO ADNOMINAL, o PREDICATIVO e o COMPLEMENTO NOMINAL.

I – ADJUNTO ADNOMINAL

O adjunto adnominal é o termo que qualifica ou especifica o substantivo. Não o substitui, apenas denota uma particularidade do ser ao qual se refere para torná-lo mais claro. Logo, entende-se que os adjuntos são termos modificadores, não são complementares. Percebe-se, também, que os adjuntos adnominais indicam alterações semânticas, como se mostra a seguir. “O policial civil saiu da delegacia.” (qualifica) “O aluno da Unb foi aprovado.” (especifica) “Quebrei-lhe a cabeça.” (indica posse)

“Comi do bolo de chocolate.” (indica parte da matéria)Os adjuntos adnominais podem ser representados por pronomes, artigos, numerais,

adjetivos ou locuções, e estarão sempre ligados de forma direta ao substantivo ao qual se referem.

II – PREDICATIVO

Predicativo é o termo que se refere ao substantivo, ao pronome substantivo ou a equivalentes, quando estão na função de sujeito ou de objeto, para indicar qualidade, estado ou certas características do ser ao qual está se referindo.

Por exemplo : “Ele é bom.” (qualidade)

“O homem está machucado.” (estado) “Considerei o carro quebrado.” (estado)

DISTINÇÃO ENTRE PREDICATIVO E ADJUNTO ADNOMINAL

Um adjetivo pode sintaticamente desempenhar uma de suas funções : predicativo ou adjunto adnominal.

A grande diferença é que o adjunto adnominal traduz uma atribuição inerente ao substantivo, desprovida de qualquer relação com a idéia de tempo. O adjetivo predicativo, porém, sempre marca uma relação temporal entre o substantivo e a idéia expressa no adjetivo.

Observe os exemplos : “Os alunos calmos fizeram a prova.”

“Os alunos fizeram a prova calmos.”

No primeiro exemplo, a qualidade de calmos é inerente ao substantivo. O que aí se entende é que os alunos são calmos. Já no segundo exemplo, é nítido que a qualidade de

Page 8: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

atentos é eventual. O que se entende agora é que estavam calmos no momento em que fizeram a prova. Desta diferença, pode-se concluir, também, que o adjetivo adjunto é proferido junto ao substantivo, sem pausa que os separe. Com o adjetivo predicativo ocorre o contrário, há uma nítida pausa que o separa do substantivo.

III – COMPLEMENTO NOMINAL

O complemento nominal é o termo que completa um nome que precisa de um elemento que lhe complete o sentido. Será sempre preposicionado e só completará substantivo abstrato.

Exemplos : “Tenho necessidade de estudo.”“O receio da reprovação é grande.”

É importante perceber que todo nome concreto já tem em si mesmo significação completa, não carecendo de complementação. Só os nomes abstratos são suscetíveis de ter o sentido incompleto, requerendo um complemento nominal.

A diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal é que o primeiro deverá estar, obrigatoriamente, preposicionado e que só completa substantivo abstrato; enquanto que o segundo, poderá estar preposicionado e estará junto de substantivo concreto ou abstrato.

Exemplos: “O medo do escuro é grande.” (complemento nominal) “A arma do policial está descarregada.” (adjunto adnominal)

APOSTOAposto é a função sintática privativa de substantivo ou equivalente, e que se destina

a explicar, ampliar, resumir ou particularizar o sentido de outro substantivo ou equivalente. O que diferencia o aposto do adjunto adnominal é que aquele pode substituir o substantivo, este não.

Exemplos:“O oficial de justiça foi atacado.” (adjunto adnominal)“O policial José saiu da delegacia.” (aposto)

O que vale definir também é que o aposto tem a função de explicar o substantivo, mas pode também expressar outros significados, alterando assim a semântica do período usado no texto.

Exemplos:“O meu amigo, pai de Maria, está doente.” (explica)“O meu amigo João da Silva vive em Minas Gerais.” (especifica)“Mesas, cadeiras, quadros, nada ficou no lugar.” (resume)“Nada ficou no lugar: mesas, cadeiras, quadros.” (enumera)

VOCATIVOVocativo é um termo desvinculado do processo sintático, através do qual se chama a

atenção do ouvinte. Por isso, o vocativo sempre se refere à Segunda pessoa gramatical, a pessoa com quem falamos. Observe, contudo, que a forma verbal pode estar na terceira pessoa gramatical.

Exemplos:“Criança, não verás nenhum país como este.”“Deus, ó Deus, onde estás?”

Page 9: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Terminamos aqui o estudo de período simples/parte geral. Contudo, quero esclarecer

que, havendo necessidade, farei o possível para abordar algum aspecto que por ventura seja de difícil assimilação para o aluno.

A partir deste ponto, os conteúdos são construídos sobre a base que, para nós, é o período simples. Fica claro, então, que é extremamente necessário que se tenha um conhecimento amplo do que foi exposto até agora. Torna-se necessário a prática de alguns exercícios e provas para que possamos explorar o período composto, assunto tão rico em informações e, por isso, tão importante para a construção dos textos, que são elementos indispensáveis para a elaboração das provas.

PERÍODO COMPOSTOPARTE GERAL

ESTRUTURA DO PERÍODOCLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES

Chamamos de período composto aquele que apresenta mais de um verbo, ou seja, mais de uma oração, fator que é constante na formação de um texto.Classificar orações é dar-lhes nomes de acordo com as relações que entre elas se estabeleçam no período e, é importante aqui se observar, o papel desempenhado pelos conectivos, uma vez que estabelecem a semântica tão necessária para o entendimento do significado do período.Classificam-se como coordenadas, se forem independentes, também chamadas de paralelas ou equivalentes; ou subordinadas, se tiverem uma relação de dependência, se uma completar a outra.É importante enfatizar também que a sintaxe analisada no período simples será de grande valia para o estudo do período composto, pois as orações receberam as mesmas classificações.

Observe os exemplos:

I - Na oração “Ele disse isto a alguém.”, temos: sujeito – Ele ; objeto direto – isto ; objeto indireto - a alguém.

Ao examinarmos um período, o raciocínio, com relação às orações, deve ser o mesmo.

II – No período “Quem chegou agora disse que ficaria a quem o recebeu.”, temos : sujeito – Quem chegou agora ; objeto direto – que ficaria ; objeto indireto – a quem o recebeu.

Percebemos, então, que à oração que desempenha a função de sujeito dar-se o nome de subjetiva; à que desempenha a função de objeto direto, oração objetiva direta, e oração objetiva indireta à que desempenha a função de objeto indireto.

Acrescente-se que essas orações variam de natureza, tal como as funções que desempenham. Por isso, no exemplo que se discutiu acima (Quem chegou agora disse que ficaria a quem o recebeu), as orações subordinadas que desempenham a função de sujeito, objeto direto e objeto indireto (respectivamente, Quem chegou agora disse que ficaria a quem o recebeu) têm natureza substantiva, pois que essas funções são privativas de substantivo ou equivalentes. Diz-se, então: ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA, ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA, ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA.

Assim sendo, as orações subordinadas, além de substantivas, podem ser chamadas de adjetivas ou adverbiais, já que poderão desempenhar funções de natureza adjetiva ou adverbial.Exemplo:

Page 10: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

“O aluno estudioso passa.” (adjetivo)

“O aluno que estuda passa.” (oração adjetiva)

O adjunto adnominal estudioso é uma função sintática de natureza adjetiva; por isso, a oração que estuda é uma oração subordinada adjetiva, já que tem a mesma natureza do adjunto adnominal, ou seja, a de modificador do substantivo.

Exemplo:

“Sairemos cedo.” (advérbio)

“Sairemos quando amanhecer.” (oração adverbial)

O adjunto adverbial de tempo cedo é uma função sintática de natureza adverbial; por isso, quando amanhecer é uma oração subordinada adverbial, pois tem a mesma natureza do adjunto adverbial, isto é, modificam ambos o verbo.

Vimos que subordinada é a oração que desempenha uma função sintática; ao contrário, a oração que tem qualquer de suas funções desempenhada por uma oração subordinada se diz PRINCIPAL.

Pode-se, então, estabelecer que:

ORAÇÃO PRINCIPAL - é a que tem uma (ou mais de uma) de suas funções sintáticas exercidas por outra oração, que se diz subordinada.

ORAÇÃO SUBORDINADA – é a que desempenha uma das funções sintáticas de outra oração, que se diz principal.

Já nas orações coordenadas não há essa relação de dependência; elas se relacionam entre si, mas uma não completa a outra, apenas acrescenta algo, alterna, explica, etc

Exemplo:

“Cheguei, vi e venci.”

Nesse período as orações são independentes, uma não depende da outra para ter seu sentido completo , cada oração esgota em si mesma todas as funções sintáticas, o que quer dizer que não há no período orações subordinadas, não havendo, consequentemente, oração principal. Trata-se, portanto, de período em que as orações são independentes, isto é, são orações coordenadas.

Pode-se, então, determinar que “ORAÇÕES COORDENADAS SÃO AS QUE ESTÃO RELACIONADAS ENTRE SI, SEM QUE UMA DESEMPENHE NA OUTRA QUALQUER FUNÇÃO SINTÁTICA.”

Analisando assim a questão, resta examinar os aspectos do período, lembrando que o caráter doutrinário é o que se infere da NGB.

O período, que normalmente se encerra por ponto (às vezes, por ponto de interrogação, ponto de exclamação ou reticências), é a expressão total de um pensamento, e poderá ser simples ou composto, segundo seja constituído de uma oração (período simples) ou de mais de uma oração (período composto).

Exemplos:

Page 11: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

“Ao longe, soava a música.” , período simples (uma só oração)

“Mudo, ouvia o murmúrio da água que rolava da ponte.”, período composto (mais de uma oração)

Como já foi analisado anteriormente, a oração que interessa à análise sintática é a que se constrói em torno de verbo. Por isso, se não houver verbos explícitos ou implícitos, não se deve falar em período.

Os períodos compostos podem ser constituídos só de orações coordenadas, só de orações subordinadas, além da principal, ou podem ainda associar os dois processos: a coordenação e a subordinação.

Exemplos:

I – “coordenação entre as independentes propriamente ditas “Cheguei, vi e venci.”

II – “coordenação entre orações principais “Pediu-me que o ouvisse e sugeriu que fosse em silêncio.”, há nesse período quatro orações:

pediu-me

que o ouvisse

e sugeriu

que fosse em silêncio

Pediu-me e e sugeriu são orações principais, uma vez que têm uma de suas funções desempenhada por oração subordinada: que o ouvisse e que fosse em silêncio são, respectivamente, objeto direto de pediu-me e sugeriu. Observa-se, porém, que embora sejam principais (ambas dispõem de oração subordinada), as orações pediu-me e sugeriu são entre si coordenadas, estando inclusive ligadas pela conjunção e.

III – coordenação entre orações subordinadas “Eu lhe disse que viria e que ficaria.”

As orações que viria e que ficaria são ambas subordinadas substantivas objetivas diretas de “Eu lhe disse”, e são coordenadas entre si, pois estão ligadas pela conjunção “e”.

Quando uma oração tem esse duplo aspecto, isto é, é a um só tempo principal ou subordinada e coordenada, recomenda-se que o aluno, ao classificá-la, observe a dupla condição.

Resta acrescentar que a coordenação pode ser sindética ou assindética, segundo as orações ligadas por meio de conjunção (COORDENADA SINDÉTICA), ou ausência de conjunção (COORDENADA ASSINDÉTICA).

ORAÇÕES COORDENADAS

COORDENADAS

São as orações que num período se relacionam, sem que mantenham uma relação de dependência.

COORDENADAS ASSINDÉTICAS

São as que se relacionam sem que haja um nexo gramatical (conjunção) materializando tal relação.

Page 12: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Exemplo:

“Os candidatos chegaram, a prova começou.”

Há, nesse caso, duas orações independentes entre si (nenhuma é função sintática da outra), relacionadas em razão do contexto, sem que haja conjunção a vinculá-las uma à outra. O relacionamento entre elas é puramente lógico, estando delimitadas por pausa mais ou menos acentuada, que na linguagem escrita é representada por vírgula. São, portanto, orações coordenadas assindéticas.

COORDENADAS SINDÉTICAS

São orações independentes ligadas por meio de uma conjunção.

Podem ser classificadas como: aditivas, adversativas, alternativas, explicativas ou conclusivas.

I – coordenadas sindéticas aditivas

Ordenam-se pensamentos da mesma natureza.

Exemplo:

“Ele trabalha e estuda.”

“Fiz a prova e fui aprovado.”

As conjunções que caracterizam as orações coordenadas sindéticas aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda.

II – coordenadas sindéticas adversativas

Ordenam-se pensamentos adversos, opostos.

Exemplo:

“Ele é fraco, mas vence a todos.”

“Éramos só cinco; podíamos, todavia, opor séria resistência ao inimigo.”

As conjunções que caracterizam as orações coordenadas sindéticas adversativas são : mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

III – coordenadas sindéticas alternativas

Indicam idéia de alternância.

Exemplo;

“Ou estuda, ou trabalha.”

As conjunções que caracterizam as orações coordenadas sindéticas alternativas são: ou...ou, ora...ora, quer...quer, etc

IV – coordenadas sindéticas explicativas

Page 13: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

São aquelas que transmitem uma idéia de explicação.

Exemplo:

“Piorou, pois não tomou os remédios.”

Na oração acima, a conjunção pois está localizada antes do verbo e pode ser substituída por porque. Quando isso ocorre, é classificada como explicativa; porém, se estiver localizada depois do verbo, será classificada como conclusiva.

As conjunções que caracterizam as orações coordenadas explicativas são: que, pois (antes do verbo).

V – coordenadas sindéticas conclusivas

Ordenam-se pensamentos em que o segundo é a conclusão que se tem do que está contido no primeiro.

Exemplo:

“Penso; logo, existo.”

“Estudou muito, pois, será aprovado.”

As conjunções que caracterizam as orações coordenadas sindéticas conclusivas são: logo, portanto, pois (depois do verbo).

Considerações finais sobre orações coordenadas sindéticas

I - Segundo recomendam os gramáticos, deve-se evitar o emprego da conjunção E que liga orações negativas. Empregue-se em seu lugar a conjunção NEM, que é, tanto quanto o E, uma conjunção coordenativa aditiva.

II – A conjunção pois só terá valor conclusivo se for pospositiva, isto é, se estiver no meio ou no fim da oração. Caso contrário será conjunção explicativa.

III – Em algumas circunstâncias o valor semântico das conjunções é alterado em função do período no qual se encontram.

Exemplo:

“Não estudei e fui aprovado.”, a conjunção e aqui tem valor adversativo.

ORAÇÕES SUBORDINADAS

As orações subordinadas são aquelas que completam a oração principal, ou seja, desempenham alguma função sintática na oração posposta ou anteposta. Classificam-se em subordinadas substantivas, adjetivas ou adverbiais.

I – subordinadas substantivas

São assim determinadas porque exercem função exclusiva de substantivo; logo, são classificadas como:

Subordinada substantiva subjetiva................................................sujeito

Page 14: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Subordinada substantiva objetiva direta........................................objeto direto

Subordinada substantiva objetiva indireta.....................................objeto indireto

Subordinada substantiva completiva nominal...............................complemento nominal

Subordinada substantiva predicativa..............................................predicativo

Subordinada substantiva apositiva.................................................aposto

- subordinadas substantivas subjetivas

Desempenham a função de sujeito

Exemplo:

“É bom que faça sol.”

“Convém que cheguemos cedo.”

Toda oração subjetiva pede o verbo da oração principal na terceira pessoa do singular.

- subordinadas substantivas objetivas diretas

Receberão esta classificação sempre que a oração principal apresentar um verbo transitivo direto que reclame um complemento.

Exemplo:

“Ela disse que sabia a lição.”

- subordinadas substantivas objetivas indiretas

É a classificação da oração subordinada que completa verbo transitivo indireto da oração principal.

Exemplo:

“Não revelarei o segredo a quem esteve na reunião.”

- subordinadas substantivas completivas nominais

Desempenham a função de complemento nominal.

Exemplo:

“Tinha necessidade de que o ajudassem.”

- subordinadas substantivas predicativas

Desempenham a função de predicativo.

Exemplo:

“Tu não és quem eu pensava.”

“O caso é que os seus frutos podem ser tardios.”

- subordinadas substantivas apositivas

Page 15: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Desempenham a função de aposto de um dos termos que lhe é principal.

Exemplo:

“Só lhe peço um favor: não falte às aulas.

“COMENTÁRIOS SOBRE AS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS”

- As orações subordinadas substantivas são iniciadas por conjunção integrante ( que / se ), por pronome interrogativo ( que / quem / qual / quais/ quanto ), ou por advérbios ( como / quanto / quando / onde / por que).

- Há seis verbos que são considerados muito especiais dentro deste contexto porque não formam nunca locução verbal. É que eles não servem como auxiliares, embora nada impeça que sejam auxiliados. Por exemplo, se digo: MANDEI BUSCAR, são duas orações, pois o verbo mandar não forma, nunca, locução verbal. Porém, se digo: POSSO MANDAR, não são duas orações. Agora tenho apenas uma oração, porque os verbos poder e mandar estão formando uma locução verbal, já que o verbo mandar, embora não auxilie, não impede que outro o auxilie.

Esses seis verbos (MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, OUVIR, SENTIR), que não formam nunca locução verbal, são seguidos de ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA, que poderá ser SUBJETIVA OU OBJETIVA DIRETA.

EXEMPLOS:

“Não se deixou que ficassem mais tempo à janela.” (subjetiva)

“Sentiu-se que a prova seria adiada.” (subjetiva)

“Mandou que todos saíssem.” (objetiva direta)

“Deixei que me fizessem perguntas.” (objetiva direta)

As orações estudadas acima estão na forma desenvolvida, ou seja, apresentam o verbo em uma forma finita.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS REDUZIDAS

São aquelas que apresentam o verbo em uma forma nominal : infinitivo, gerúndio, particípio.

“Convém saíres.”

Em princípio, as orações subordinadas substantivas reduzidas são todas subordinadas substantivas reduzidas de infinitivo.

Os mesmos critérios que se adotam para classificar as orações subordinadas substantivas desenvolvidas são utilizados na classificação das reduzidas, pois que ser desenvolvida ou reduzida é mera questão de forma, nada tendo com a função sintática que a oração subordinada desempenha.

Exemplos:

“Convinha que o aluno fosse avisado da alteração.”

“Convém ser feita uma averiguação profunda.”

Page 16: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

“Resolver a contenda era a única saída.”

“Urge marcar a data da prova.”

“Teve receio de ser pego em flagrante.”

“É inalienável o direito de reconstruírem a vida.”

II – subordinadas adjetivas

São as que modificam o substantivo (ou pronome), fazendo, por isso, as vezes do adjetivo que funciona como adjunto adnominal.

Exemplo:

“O aluno estudioso passa.”

Estudioso é adjetivo porque está modificando o substantivo aluno. De fato, de acordo com o significado da frase, não é qualquer aluno que passa, mas aquele que é estudioso. Por isso, estudioso é um adjetivo (modifica o substantivo).

Poderia, entretanto, o substantivo aluno estar modificado não por um adjetivo mas por toda uma oração, que seria classificada como subordinada adjetiva.

Exemplo:

“O aluno que estuda passa.”

No período acima, temos uma oração que estuda modificando a oração principal o aluno passa, e cabe observar também que o pronome que é, neste caso, classificado com pronome relativo porque tem antecedente, ou seja, refere-se a algo da oração anterior. Assim temos:

As orações subordinadas adjetivas são iniciadas por pronome relativo que, para receberem tal classificação, deverão ter antecedente. São eles:

Que, quem, cujo, onde, como, quanto, e as variações o qual, a qual, os quais, as quais.

Os pronomes relativos citados desempenham funções sintáticas no período, pois representam seus antecedentes.

As orações Adjetivas se classificam em EXPLICATIVAS OU RESTRITIVAS. As EXPLICATIVAS funcionam no período como um mero esclarecimento, e que, uma vez dispensada, não alteraria a inteligência do texto.

Exemplo:

“O Brasil, que é um país rico em minério, está pobre.”

A oração grifada, então, é classificada como subordinada adjetiva explicativa e o uso das vírgulas, nesse caso, é obrigatório.

Já as RESTRITIVAS são as que distinguem uma entre várias coisas, e que, por isso mesmo, é indispensável à inteligência da frase.

Exemplo:

Page 17: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

“A voz de quem está ao microfone é meiga e suave.

A oração grifada é classificada como subordinada adjetiva restritiva e, nesse caso, não poderá haver vírgulas.

Orações subordinadas adjetivas reduzidas

São aquelas que apresentam o verbo na forma nominal que poderá estar no infinitivo ou no gerúndio.

Reduzidas de infinitivo

São regidas pela preposição A, DE ou PARA

Exemplos:

“Ele foi o único a conhecer o resultado.”

“Ele não é homem de se meter em encrencas.”

Reduzidas de gerúndio

Toda oração reduzida de gerúndio, posposta a um substantivo e que a ele se refira, é subordinada adjetiva, ainda que possa incluir noção de causa.

Exemplo:

“Ganhei um álbum contendo gravuras do Rio antigo.”

“Uma corrente prendendo-o pelo pé, pendia da parede.”

III – subordinadas adverbiais

As orações subordinadas adverbiais exercem na oração principal a função de adjunto adverbial e receberão a classificação de acordo com a carga semântica que a conjunção subordinativa indicar.

Exemplo:

“Só voltaram muito tarde.” (uma oração)

“Só voltaram quando eu cheguei.” (duas orações)

Observe que no segundo período, a oração grifada indica tempo porque a conjunção que a inicia exprime essa idéia. Concluímos, então, que as orações subordinadas adverbiais são iniciadas por conjunção subordinativa (temporal, causal, concessiva, condicional, etc)

As orações subordinadas adverbiais classificam-se em

I – causais

Funcionam como adjunto adverbial de causa.

“Como lhe faltassem recursos, não pode estudar.”

Page 18: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

No período acima, temos:

Idéia fundamental: por causa disso

Conjunção modelo: porque

Comentário: a conjunção como só pode ser causal se a oração subordinada anteceder a principal.

II – condicionais

Funcionam como adjunto adverbial de condição.

“Se apresentar todos os documentos, poderá matricular-se.”

Conjunção modelo: se

Comentário: toda condição é futura e incerta. Assim, não haverá oração subordinada adverbial condicional em que o fato expresso seja passado ou certo.

III – concessivas

Funcionam como adjunto adverbial de concessão.

“Embora esteja escuro, haverá aula.”

Conjunções e locuções conjuntivas mais comuns: embora, conquanto, ainda que, se bem que, mesmo que, apesar de que, ainda quando, etc.

IV – comparativas

São, em geral, correlativas e presumem um adjetivo ou um advérbio em grau comparativo (de superioridade, de igualdade ou de inferioridade). Apresentam, também, na maioria das ocorrências, verbo implícito.

Exemplos:

“Ele estuda mais do que eu.”(estudo)

“Ele estuda tanto quanto eu.”(estudo)

“Ele estuda menos do que eu.”(estudo)

V – consecutivas

Traduzem uma conseqüência do fato mencionado na oração principal.

Exemplo:

“Choveu tanto, que as ruas estão molhadas.”

VI – conformativas

Page 19: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Indicam a idéia de conformidade.

Exemplo:

“Conforme preceitua o Código Penal, é crime matar alguém.”

Conjunções : conforme, segundo, consoante, como.

VII – finais

Indicam com que finalidade, para que fim se faz determinada coisa.

Exemplo:

“Para que o ouvissem, ligou o microfone.”

Conjunções e locuções conjuntivas: a fim de, para que , que, etc.

VIII – proporcionais

Estabelecem uma proporção, direta ou inversa, no aumento ou na diminuição de duas idéias.

Exemplo:

“Enriqueço, à proporção que empobrece.”

“À medida que subiam a serra, aumentava o frio.”

Conjunção e locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que, ao passo que, segundo.

IX – temporais

Funcionam como adjunto adverbial de tempo da oração principal. Estabelecem noção de simultaneidade, anteriormente ou posteriormente entre o fato nelas expresso na oração principal.

Exemplo:

“Quando eu cheguei, você saiu.” (simultaneidade)

“Antes que eu chegasse, você saiu.” (anterioridade)

“Depois que eu cheguei, você saiu.” (posterioridade)

Conjunções e locuções conjuntivas: quando, antes que, sempre que, desde que, primeiro que, enquanto, mal, apenas, etc.

X – locativas

Desempenham a função de adjunto adverbial de lugar.

Exemplo:

“Os cadernos, deixei-os onde se guardam os livros.”

XI – companhia

Desempenham a função de adjunto adverbial de companhia.

Page 20: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Exemplo:

“Sempre saio com quem me é agradável.”

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS REDUZIDAS

Podem ser reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio.

Exemplos:

“Aprovado no concurso, não conseguiu matricular-se.”

(concessiva/particípio)

“Sem saber os resultados, não poderei requerer matrícula.”

(condicional/infinitivo)

“Sendo tarde, não pudemos sair.”

(causal/gerúndio)

EXERCÍCIOS PERÍODO COMPOSTO

PARTE GERAL

Leia o texto I e responda à questão abaixo.

Liberdade! entre tantos que te trazem na boca sem te sentirem no coração, eu posso dar testemunho da tua identidade, definir a expressão do teu nome, vingar a pureza do teu evangelho; porque no fundo de minha consciência eu te vejo incessantemente como estrela no fundo obscuro do espaço. Nunca te desconheci, nem te trairei nunca, porque a natureza impregnou dos teus elementos a substância do meu ser.

(Rui Barbosa. Conferência na Bahia, em 1897)

01.No primeiro período, há seis orações: duas subordinadas e quatro coordenadas. Abaixo, estão transcritas as coordenadas. Classifique-as.

a) Liberdade! entre tantos, eu posso dar testemunho da tua identidade.

b) Definir a expressão do teu nome.

c) Vingar a pureza do teu evangelho.

d) Porque no fundo de minha consciência eu te vejo incessantemente como estrela no fundo obscuro do espaço.

02.Marque a alternativa em que a substituição proposta não altera o sentido da expressão “sem te sentirem no coração”.

a) porque não te sentem no coração.

Page 21: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

b) Quando não te sentem no coração.

c) Ao te sentirem no coração.

d) Embora não te sintam no coração.

e) Se não te sentirem no coração.

03.A palavra que (linha 1) poderia ser substituída por:

a) qual

b) aqueles

c) quem

d) quais

e) os quais

04.Assinale a alternativa em que a função sintática não foi corretamente identificada.

a) LIBERDADE (linha 1) – vocativo

b) QUE (linha 1) – sujeito

c) DA TUA IDENTIDADE (linha 2) – complemento nominal

d) TE (linha 3) – objeto direto

e) NUNCA (linha 4) – adjunto adverbial de negação

05.Duas orações do segundo período estão transcritas a seguir. Classifique-as.

a) Nunca te desconheci.

b) ...nem te trairei nunca.

Leia o texto II para responder às questões 07 e 08.

Confrontava o que acabava de ver com os fatos anteriores, de todos os dias, isto é, a frieza, a indiferença, a estrita polidez dos dois, e mal podia combinar uma e outra coisa; mas ao mesmo tempo advertia que nem sempre estava presente quando Jorge ali ia, ou fugia-lhe muita vez, e podia ser que a indiferença não passasse de uma máscara. Demis a comoção da madrasta era significativa. Estendeu o espírito pelo tempo atrás, até o dia da primeira vista de Jorge, e lembrou-se que ele estremecera ouvindo a voz de Estela, circunstância que lhe pareceu então indiferente. Agora via que não.

(Machado de Assis. Iaiá Garcia)

06.Assinale a alternativa em que se classifica corretamente o verbo CONFRONTAR, quanto à predicação.

a) intransitivo

Page 22: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

b) transitivo direto

c) transitivo indireto

d) transitivo direto e indireto

e) ligação

Leia o texto abaixo para responder às questões.

Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade São Bernardo, onde trabalhei no eito com salário de cinco tostões.

Meu antigo patrão, Salutiano Padilha , que tinha levado uma vida de economias indecentes para fazer o filho doutor, acabara morrendo do estômago e de fome sem ver na família o título que ambicionava. Como quem não quer nada, procurei avistar-me com Padilha moço (Luís). Encontrei-o no bilhar, jogando bacará, completamente bêbado. Está claro que o jogo é uma profissão, embora censurável, mas o homem que bebe jogando não tem juízo. Aperuei meia hora e percebi que o rapaz era pixote e estava sendo roubado descaradamente.

(Graciliano Ramos. São Bernardo)

07.No período ...O homem que bebe jogando não tem juízo., a oração subordinada jogando se caracteriza por indicar:

a) causa

b) modo

c) simultaneidade

d) condição

e) comparação

08.Marque a opção em que a classificação gramatical é incorreta.

a) ONDE (linha 2) – advérbio de lugar

b) ANTIGO (linha 4) – adjetivo

c) QUE (linha 4) – pronome relativo

d) QUE (linha 8) – conjunção integrante

e) EMBORA (linha 8 ) – conjunção concessiva

09.Marque a alternativa em que a preposição de está empregada com valor igual ao que tem na expressão de fome.

a) De manhã fomos à praia.

b) De amor também se morre.

c) A estrada era feita de seixos brancos.

Page 23: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

d) Mulher danada! Tem um gênio de cobra.

e) Comprei por vinte um livro de cinquenta cruzeiros.

10.Marque a alternativa que indica condição.

a) embora

b) se

c) como

d) contudo

e) que

PONTUAÇÃO

O sistema de pontuação de que dispõe o idioma é imprescindível para a organização e correção dos períodos e, apesar de alguns serem indispensáveis para a estruturação correta dos períodos como já foi dito, pode-se dizer que alguns têm a finalidade precípua de caracterizar a entonação. Ficam, pois, distribuídos em dois grupos:

a) os que fundamentalmente representam as pausas:

- vírgula- ponto e vírgula- ponto.

b) os que fundamentalmente representam a entonação:

- ponto de interrogação - ponto de exclamação- dois pontos- reticências

EMPREGO DA VÍRGULA

a) para separar, dentro da oração, elementos que exerçam a mesma função sintática, coordenados assindeticamente.

“Amei as flores, a brisa amena da manhã, o orvalho debruçado na pétala, teus grandes olhos serenos.”

Comentário: os termos coordenados pelas conjunções “E, NEM e OU” dispensam a vírgula, salvo se tais conjunções vêm repetidas.

“Nem gestos, nem rogos, nem gritos, nada lhe abalou a determinação.”

b) para isolar termos explicativos.

“O tecido, leve e suave, flutuava sobre as formas delgadas.”c) para isolar os adjuntos adverbiais, quando deslocados.

Page 24: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

“No começo, era o caos.”

d) para isolar o vocativo.

“Não, meu filho, saia desse lugar.”

e) para indicar a supressão do verbo.

“Ela voltava triste; eu, entediado.”

f) para separar orações coordenadas sindéticas e assindéticas.

“Ou estuda, ou trabalha.”“Os candidatos chegaram, a prova começou.”

Obs. Nas orações coordenadas iniciadas pela conjunção “e”, não se usa vírgula quando o sujeito é comum aos dois verbos.

“Parei e olhei para todos.”

g) para separar orações subordinadas adverbiais antepostas à principal.

“Quando o sol apontou, partimos.”

h) para isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

“O Brasil, que é um país rico em minério, está pobre.”

i) para isolar orações intercaladas.

“O caso é, disse-me Paulo, que as aparências enganam.”

Obs. Não há pausa entre os termos essenciais e os integrantes. Assim, não são separados por vírgula o sujeito do verbo nem o verbo de seus complementos. Do mesmo modo, não se separam as orações subordinadas substantivas das respectivas principais.

EMPREGO DO PONTO-E-VÍRGULA

a) para separar orações coordenadas adversativas e conclusivas, se a conjunção estiver posposta ao verbo.

“A confusão era geral; ouvia-se, porém, a voz estridente da mulher magra.” “O dinheiro acabara; não podiam, portanto, seguir viagem.”

b) para separar orações, se qualquer delas já está subdividida por vírgula.

“Ouvi missa; ao levantar a Deus, agradeci a vida e saúde de minha mãe; depois pedi perdão do pecado e revelação da dívida, e recebi.”

c) para separar termos coordenados entre si.

“Tudo faz parte da vida: alegria e tristeza; amor e ódio, vida e morte.”

EMPREGO DO PONTOEmprega-se o ponto final para marcar a pausa máxima após um enunciado

declarativo de final nitidamente descendente.

Page 25: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

EMPREGO DOS DOIS PONTOS

a) para anunciar uma enumeração.

“Comprou tudo: terno, gravata, sapatos e, principalmente, a liberdade.”

b) para anunciar uma citação.

“Disse o examinador: a prova será adiada.”

c) para anunciar uma conseqüência, explicação ou conclusão.

“Penso: logo, existo.”“Estava doente: há um mês faltava às aulas.”

EMPREGO DO PONTO DE INTERROGAÇÃO

Emprega-se o ponto de interrogação exclusivamente nas orações diretas.

“Como você chegou?”

EMPREGO DO PONTO DE EXCLAMAÇÃO

a) depois de qualquer enunciado de entonação exclamativa.

“Que surpresa!”

b) depois de interjeições, salvo a de vocativo (Ó grafado sem H)

“Oh! quanta lágrima inútil.”

EMPREGO DAS RETICÊNCIAS

Empregam-se as reticências principalmente para:

a) indicar o corte de uma fala pela interferência da fala de outro.

“- A moléstia não é leve decerto, disse este; mas não se segue daí que se deva...

- Tudo se deve prever, tornou Estela.” b) indicar interrupções decorrentes da hesitação ou surpresa.

“ – Que é, perguntou Virgília. - Um... Adivinha!”

EXERCÍCIOS PONTUAÇÃOPARTE ESPECÍFICA

Pontue convenientemente o trecho que se segue e, a seguir, aponte a resposta correta nos exercícios 01, 02, 03 e 04.

“Ó de casa gritei silêncio três vezes repeti o apelo por fim surgiu dos fundos uma sombra acurvada e trêmula bom dia nhá Joaquina está seu Zé não me reconheceu a velhinha Zé fora à vila vender a sitioca para mudar de terra fez-me entrar logo que me dei

Page 26: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

a conhecer pedindo escusas da má vista tem coragem de estar aqui sozinha eu sozinha estou em toda parte morreu-me tudo a filha a neta.” (Monteiro Lobato. Urupês.)

01.Depois de quais palavras há vírgulas?

a) dia – entrar – conhecer – tudob) apelo – sombra – terra – escusasc) velhinha – terra – vista – sozinhad) repeti – trêmula – reconheceu – escusas

02.Depois de quais palavras há pontos finais?

a) gritei – silêncio – sombra – vilab) apelo – trêmula – velhinha – vistac) vila – vista – parte – tudod) trêmula – Joaquina – entrar – má

03.Depois de quais palavras há pontos de interrogação?

a) casa – gritei – Zéb) Zé – terra – vistac) Zé – sozinha – eud) trêmula – velhinha – sitioca

04.Há ponto de exclamação depois da palavra:

a) griteib) velhinhac) vistad) casa

05.Assinale, nos exercícios 05 e 06 a alternativa que contém período de pontuação correta.

a) Afirmam, insistentes; era a volta da criança, que queriam, e não dinheiro.b) Afirmavam insistentes: era a volta da criança, que queriam, e não, dinheiro.c) Afirmavam, insistentes: era a volta da criança que queriam, e não dinheiro,d) Afirmavam insistentes, era a volta da criança que queriam e, não dinheiro.e) Afirmavam, insistentes, era a volta, da criança que queriam e não dinheiro.

06.

a) Não, o homem que achei não é nada disso.b) Não, o homem, que achei, não é nada disso.c) Não o homem, que achei, não é nada disso.d) Não, o homem que, achei, não é, nada disso.e) Não o homem, que, achei não, é nada disso.

07.Cada um dos períodos abaixo, nos exercícios de 07 a 09, foi pontuado de cinco formas diferentes. Leia-os atentamente e assinale a alternativa que corresponde ao período de pontuação correta.

a) Eu, posto que creia no bem, não sou daqueles que negam o mal.b) Eu posto que creia no bem, não sou daqueles, que negam o mal.c) Eu, posto que creia, no bem, não sou daqueles, que negam o mal.d) Eu, posto que creia no bem não sou daqueles, que negam o mal.e) Eu, posto que creia, no bem, não sou daqueles que negam, o mal.

Page 27: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

08.

a) Para mim ser é admirar-me de estar sendo.b) Para mim, ser é admirar-me de estar sendo.c) Para mim ser, é admirar-me de estar sendo.d) Para mim, ser, é admirar-me de estar sendo.e) Para mim ser, é admirar-me de estar, sendo.

09.

a) A muito custo atenderam, isto é confessaram, que não podiam atender, por causa do jogo, com a Bulgária.

b) A muito custo, atenderam: isto é, confessaram, que não podiam atender por causa do jogo, com a Bulgária.

c) A muito custo atenderam, isto é, confessaram que, não podiam atender, por causa do jogo com a Bulgária.

d) A muito custo, atenderam; isto é, confessaram que não podiam atender , por causa do jogo, com a Bulgária.

e) A muito custo atenderam. Isto é confessaram, que não podiam atender, por causa do jogo, com a Bulgária.

10. Escolha o período cuja pontuação está correta.

a) Nas cidades anônimas ou nas limitadas, existem problemas: nestas, porque a incidência de impostos é maior; naquelas, porque a incidência de responsabilidades são gerais.

b) Nas sociedades anônimas, ou nas limitadas, existem problemas; nestas, porque a incidência de impostos é maior: naquelas, porque as responsabilidades são gerais.

c) Nas sociedades anônimas, ou nas limitadas, existem problemas, nestas, porque a incidência de impostos é maior, naquelas, porque as responsabilidades são gerais.

d) Nas sociedades, anônimas ou limitadas, existem problemas; nestas, porque a incidências de impostos é maior; naquelas, porque as responsabilidades são gerais.

e) Nas sociedades anônimas ou, nas limitadas, existem problemas: nestas, porque a incidência de impostos é maior, naquelas, porque as responsabilidades são gerais.

11. Assinale o texto da pontuação correta.

a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, de minha avó.b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocaria risos, muxoxos,

palavrões.c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles ou outros, sem que este

riso os impeça de conservar as roupas e o seu calçado.d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil, muito leve, como os

pedaços da carta de A B C, triturados soltos no ar.e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, numa

sala pequena.

12. Assinale o item cujos números indicam o uso correto da vírgula.

I - Os jornais(1) estão(2) desse modo(3) ressaltando tal relação. Está(4) pois(5) presente uma função.II - Os resultados são iguais(6) e as figuras obtidas demonstram a igualdade.III - Esse ponto(7) esclarece-o(8) o autor em três partes(9) do livro.

a) 1, 3 , 4 , 5 , 7 , 8b) 2, 3 , 4 , 5 , 6 , 7c) 1, 3 , 5 , 7 , 8 , 9d) 2, 3 , 4 , 5 , 6 , 8

Page 28: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

e) 3, 4 , 5 , 6 , 7 , 8

13. Assinale a alternativa em que o texto está corretamente pontuado.a) Era tão vaidoso; estava tão certo, de seu imenso saber, que os realmente informados

não tinham dúvida: era um tolo perfeito.b) Era tão vaidoso; estava tão certo de seu imenso saber; que os realmente informados

não tinham dúvida. Era um tolo perfeito.c) Era tão vaidoso. Estava tão certo de seu imenso saber, que, os realmente informados

não tinham dúvida. Era um tolo perfeito.d) Era tão vaidoso, estava tão certo de seu imenso saber, que os realmente informados

não tinham dúvida: era um tolo perfeito.e) Era tão vaidoso, estava tão certo, de seu imenso saber, que os, realmente, informados

não tinham dúvida: era um tolo perfeito.

14. Assinale a alternativa em que o texto está corretamente pontuado.

a) Eram frustradas, insatisfeitas; além disso, seus conhecimentos eram duvidosos.b) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso seus conhecimentos eram duvidosos.c) Eram frustradas; insatisfeitas: além disso, seus conhecimentos eram duvidosos.d) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso, seus conhecimentos eram duvidosos.e) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso, seus conhecimentos eram duvudosos.

15. Assinale a alternativa em que o texto está corretamente pontuado.

a) Bem te dizia eu, que não iriam a bons resultados as tuas paixões simuladas.b) Bem te dizia eu que, não iriam a bons resultados as tuas paixões simuladas.c) Bem te dizia eu que não iriam a bons resultados, as tuas paixões.d) Bem te dizia eu que não iriam, a bons resultados, as tuas paixões.e) Bem te dizia eu que não iriam, a bons resultados as tuas paixões.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

01.a02.b03.c04.d05.c06.a07.a08.b

09.d10.a11.c12.b13.d14.a15.d

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINALPARTE ESPECÍFICA

CONCORDÂNCIA VERBAL

REGRA GERAL: o verbo concordará com o sujeito ao qual se refere.

Concordância do verbo “HAVER”

Vimos no período simples que o verbo haver será impessoal, não possuirá sujeito e deverá estar na terceira pessoa do singular quando for sinônimo de existir, ocorrer,

Page 29: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

acontecer e quando empregado com a idéia de tempo passado. Agora observamos que o mesmo verbo (haver) será pessoal, possuirá sujeito e com ele deverá concordar quando sinônimo de TER, POSSUIR, OBTER, JULGAR, PORTAR-SE, CONDUZIR-SE, ENTENDER-SE.Exemplos:

“Os funcionários houveram o pagamento.”“Os juízes houveram o processo.”

“Os candidatos houveram-se bem nas provas.” “Aqueles moleques se haverão comigo.”

Concordância do verbo “SER”Vimos também que o verbo ser será impessoal, não possuirá sujeito, mas poderá

concordar com o numeral que o seguir quando indicar data, hora ou distância. Em todos os outros casos, o verbo ser será pessoal, mas há alguns casos que convém destacar. São eles:

I – Quando o sujeito de uma oração for um pronome indefinido no singular e o predicativo um substantivo no plural, o verbo ser concordará com qual se queira destacar.

Exemplo:“Tudo são flores.” (destacando “flores”)É (destacando “tudo”)

II – Quando o sujeito de uma oração for um pronome interrogativo e o predicativo um substantivo no plural, o verbo “ser” concordará com o predicativo.

Exemplo: “Quem eram os vencedores.”

III – Quando o sujeito de uma oração for um substantivo no plural e o predicativo um pronome pessoal do caso reto, o verbo concordará com o pronome pessoal do caso reto.

Exemplo: “Os vencedores seremos nós.”

Concordância com o sujeito simplesSe o sujeito for simples, o verbo concorda com o único núcleo, em número e pessoa.

Exemplo: “Teu irmão concordou comigo.”

Concordância com o sujeito compostoEm se tratando de sujeito composto, o verbo vai para o plural se estiver posposto; se

estiver anteposto, concordará com os dois ou com o mais próximo.Exemplos:

“Pai e filho chegaram.” (concordância lógica)“Chegaram pai e filho.” (concordância lógica ou atrativa)Chegou

Casos particulares- Com as expressões avaliativas MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE, COISA DE, CERCA DE,

etc., o verbo concorda com o núcleo do sujeito.

Exemplo: “Mais de cem alunos fizeram a prova.”“Menos de uma centena não basta.”“Cerca de mil pessoas estiveram presentes.”

Obs. Se o núcleo é um numeral seguido de complemento no plural, o verbo fica no plural. “Mais de um milhão foi gasto.”

Page 30: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

“Mais de um milhão de cruzeiros foram gastos.

Obs. Com a expressão MAIS DE UM (UMA), o substantivo ficará no singular.“Mais de um aluno passou.” “Mais de uma pessoa me falou a respeito do fato.”

Obs. Se a expressão MAIS DE UM estiver repetida, ou se sugerir reciprocidade, o verbo ficará no plural.

“Mais de um aluno, mais de um professor intervieram nos debates.”“Mais de um deputado se descompuseram em plenário.”

- Com a expressão UM DOS QUE (UMA DAS QUE), acompanhada ou não de substantivo, a concordância é facultativa: singular ou plural.

Exemplos: “Eu sou um dos que batalhei por esta causa.”“Eu sou um dos que batalharam por esta causa.”

- Com os COLETIVOS PARTITIVOS ( A MAIORIA DE, A MAIOR PARTE DE, GRANDE NÚMERO DE,etc.), se seguidos de complemento no plural, a concordância é facultativa: singular ou plural.

Exemplos: “A maior parte dos homens morre ou morrem cedo.”

Morrem

- Se o sujeito é expresso por nome próprio de lugar ou título de obra, a concordância é feita com o número do artigo indefinido.

Exemplo: “O Amazonas é o maior Estado da Federação.”“Os Estados Unidos participaram de várias guerras.”“Os Lisíadas foram publicados em 1572.”

Obs. Se não houver artigo, o verbo fica no singular.“Minas Gerais é um Estado rico.”

- Com pronomes indefinidos ou interrogativos (QUAL, QUAIS, QUANTOS, ALGUM, NENHUM, etc.) seguidos de ( DE NÓS, DE VÓS, DE VOCÊS, DELES), observa-se:

a) se o indefinido ou o interrogativo é do singular, o verbo fica no singular. “Nenhum de nós poderá vir à festa.” “Qual de vós poderá dizer a verdade?”

b) se o indefinido ou o interrogativo é do plural, o verbo concorda com o pronome reto.“Quais de nós poderemos saber a verdade?”“Alguns de vós podereis estar presentes à festa?”

c) com o interrogativo QUEM, o verbo fica na terceira pessoa do singular, embora haja exemplos de concordância com o pronome reto.

“Quem de nós poderá dizer isto?”

- Com expressões do tipo SOU EU QUE, SOU EU QUEM, observa-se:

a) quando a estrutura é construída com o que, a concordância se faz com o pronome pessoal do caso reto.

“Sou eu que faço o trabalho.” “Foste tu que fizeste o trabalho.”

b) quando a estrutura é construída com o quem, ou o verbo fica na terceira pessoa do singular, ou concorda com o pronome reto.

Page 31: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

“Sou eu quem faço os trabalhos.”“Sou eu quem faz os trabalhos.”

- Se o sujeito é expressão que significa fração ou porcentagem, o verbo concorda com o numerador da fração ou com o número da porcentagem.

“Um quinto dos presentes não votou.”“Dez por cento da herança foram gastos com o inventário.”

- Com o verbo DAR (BATER, SOAR, TOCAR, BADALAR), referindo a horas, observa-se: “Bateu duas horas o relógio da catedral.” “Bateram duas horas no relógio da catedral.”

- Quando os pronomes indefinidos estiverem na função sintática de aposto resumitivo, o verbo concorda com o aposto resumitivo.

“Livros, cadernos, jornais, tudo estava perdido.”

- Sujeito formado com a preposição “com”:

a) se a preposição sugerir adição, será classificada como conjunção coordenativa aditiva e o verbo ficará no plural.

“Ele com dois auxiliares invadiram a sala.” Eb) se a preposição com iniciar locução adverbial de companhia, o verbo ficará no singular.

“Ele, com dois auxiliares, invadiram a sala.”

- Se o sujeito é formado por verbos no infinitivo, o verbo fica no singular.“Mergulhas e apanhar peixes era algo que me entediava.”

Obs. Se os verbos que formam o sujeito no infinitivo forem antônimos ou estiverem precedidos de artigo definido, o verbo do período deverá estar no plural.

“Viver ou morrer eram alternativas reais.”“O correr e o caminhar fazem parte da vida.”

- Se os núcleos do sujeito composto são relacionados por OU / NEM, pode-se estabelecer que a concordância é facultativa: singular ou plural.

“Nem uma casa nem uma chácara lhe agradará.” Agradarão

Obs. Se for muito nítida a idéia de exclusão, o verbo deverá ser usado no singular. “João ou Carlos ganharia a vaga.”

- Com as expressões UM E OUTRO,NEM UM NEM OUTRO a concordância é facultativa. “Um e outro foi aprovado no concurso.”

Foram aprovados - Com a expressão, UM OU OUTRO, o verbo deverá ficar no singular.

“Um ou outro candidato seria aprovado no concurso.”

- A concordância com “HAJA VISTA” ocorre mais frequentemente com o valor de “veja’e trz o verbo invariável, qualquer que seja o substantivo seguinte:

“ Haja vista os exemplos disso nos processos.”

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Page 32: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Neste capítulo, o interesse maior está voltado para a concordância do adjetivo, pois é o elemento que apresenta maior problemática quanto sua concordância. O pronome, o artigo e demais termos da classe gramatical que se referem ao substantivo, não apresentam maiores problemas.

CONCORDÂNCIA DO ADJETIVO COM O SUBSTANTIVO

- Adjetivo referido a um só substantivo

Se o adjetivo se refere a um só substantivo, a regra geral é ele concordar em gênero e número com o termo ao qual se refere.Exemplos: Aluno nervoso / Aluna nervosa

- Adjetivo referido a mais de um substantivo

Se o adjetivo se refere a mais de um substantivo, leva-se em conta a posição e a função.

a) se o adjetivo estiver depois dos substantivos a que ele se refere, a concordância será facultativamente LÓGICA ( o adjetivo concorda com todos os substantivos) ou ATRATIVA ( o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo), qualquer que seja a função sintática.

Exemplos: Livro e caderno rasgados.Livro e caderno rasgado.

b) se o adjetivo estiver antes dos substantivos, observar-se-á o seguinte:

b.1 - se o adjetivo desempenhar a função sintática de adjunto adnominal, deverá concordar com o mais próximo.

“Comprei novo caderno e livro.”

b.2 - se o adjetivo desempenhar a função sintática de predicativo, deverá concordar com todos substantivos aos quais se refere.

“Considerei reprovados o aluno e a aluna.”

CASOS PARTICULARES

- a palavra ALERTA é advérbio e, por isso mesmo, invariável.

“O guarda ficou alerta.” “Os alunos estavam alerta.”

- a palavra MEIO pode ser numeral ou advérbio.

a) se numeral, é variável, concordando com o substantivo: “Já era meio-dia e meia.”b) Se advérbio, é invariável: “O quarto estava meio escuro.”

- a palavra QUITE é adjetivo, e concorda com o substantivo ou pronome ao qual se refere.

“Estou quite com você.”“Estamos quites.”

Page 33: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

- a palavra LESO é adjetivo, concordando, portanto, com o substantiva ao qual se refere.“Praticou um crime de lesa-pátria.”“Praticou um crime de leso-patrimônio.”

- as palavras ANEXO, INCLUSO E SEPARADO, são adjetivos, devendo, pois, concordar com o nome a que se referem.

“Remetem-se anexos os documentos exigidos.”“Remetemos separadas as cartas do diretor.”“Seguem inclusos os documentos.”

Obs. Deve-se observar, porém, que se as palavras ANEXO e SEPARADO estiverem precedidas da preposição EM, permanecerão invariáveis.

“Remetemos em anexo os documentos exigidos.”“Remetemos em separado as cartas do diretor.”

- os pronomes adjetivos TODO, PRÓPRIO, MESMO,etc., concordam com o substantivo ou pronome a que se referem.

“Todo aluno deve estudar.”“Eles próprios fizeram a defesa do réu.”

- o pronome indefinido MENOS é invariável.“Menos pessoas e menos palavras é melhor.”

- as palavras MUITO e BASTANTE podem ser adjetivo ou advérbios.“Conseguimos bastantes recursos. (adjetivo)

muitos“Ele se esforçou bastante.” (advérbio de intensidade)

muito

- CARO e BARATO podem ser adjetivos ou advérbios.“Este livro está caro.” (adjetivo)

“Estes livros estão caros.” (adjetivo)“As travessuras me custaram caro.” (advérbio)“Não paguei barato pela tua vaidade.” (advérbio)

- a palavra OBRIGADO concorda em gênero e número com a pessoa a que se refere.“Ela disse muito obrigada.”“Ele disse muito obrigado.”

- quando o sujeito é substantivo tomado em sentido geral (sem artigo ou pronome demonstrativo), o adjetivo predicativo fica invariável.

“Maçã é bom para o sono.”“É proibido entrada.”“É necessário cautela.”

Obs. Estando, porém, determinado o substantivo, com ele concordará o substantivo. “Esta maçã é boa para o doce.” “É proibida a entrada para menores de dezoito anos.”

- a palavra MONSTRO empregada como adjetivo, fica invariável.“Assisti a um comício monstro.”“Fiz uma prova monstro.”

- o adjetivo GRÃO (forma abreviada de grande) só varia em gênero; em número é invariável.

“O grão-mestre / A grã-duquesa

Page 34: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

- com os nomes de cores, observa-se:a) se são originariamente adjetivos, concordam com o substantivo em gênero e número.

“Sapatos pretos”“Casas brancas”

b) se o nome da cor é um substantivo que pode ser precedido da expressão cor de, fica invariável.

“Camisas cor de rosa.” / “Camisas rosa”

- se ao substantivo que designa cor se acrescenta um adjetivo, o composto fica invariável.

“Vestido rosa-escuro”“Calças cinza-escuro”

- se ao adjetivo que designa cor se acrescenta um substantivo, o composto fica invariável.

“Tecido verde-garrafa” / “Tecidos verde-garrafa”“Gravata vermelho-sangue” / “Gravatas vermelho-sangue”

- são invariáveis: infravermelho, ultravioleta, azul-marinho e azul-celeste

- se o nome da cor é composto de adjetivos, observa-se a regra comum : nos compostos de adjetivos, só varia o último elemento.

“Camisas rubro-negras”“Olhos verde-claros”

- com o adjetivo POSSÍVEL, observa-se:

a) modificando imediatamente ao substantivo, com ele concordará.“Uma possível recusa foi citada.”“Adotaram-se as medidas possíveis.”

b) precedido de MAIS, MENOS, MAIOR, MENOR, MELHOR, PIOR, concordará com o número do artigo que se anteponha a essas palavras.

“Páginas o mais possível belas.”“Páginas as mais belas possíveis.”

c) precedido de QUANTO ou O QUANTO, POSSÍVEL é invariável.“Ruas quanto possível limpas.”

- o pronome NENHUM é variável em gênero e número, concordando com o substantivo ao qual se refere.

“Nenhum aluno foi reprovado.”“Nenhuma aluna foi reprovada.”“Não vi revistas nenhumas.”

- o pronome indefinido QUALQUER é variável em número, concordando com o substantivo ao qual se refere.

“Qualquer pessoa” / “Quaisquer pessoas”

- a palavra SÓ é advérbio quando indica apenas, somente, caso em que deverá ficar invariável. Quando significar sozinho é adjetivo e será variável.

“Ele só pensava em fugir.” (advérbio)“Eles estavam sós.” (adjetivo)

Page 35: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

EXERCÍCIOSCONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

PARTE ESPECÍFICACONCODÂNCIA VERBAL01.Assinale a frase em que a concordância verbal adotada não está correta de acordo com

a norma culta.

1. ( ) Nesse caso, tu e mais todos eles sereis salvos.2. ( ) Juro que tu e tua filha me pagam.3. ( ) Desejo que tu e quantos me ouvem se tornem tais qual eu sou.4. ( ) Estais tu e teu irmão resolvidos a procurar Marcos Freire?5. ( ) Estás tu e teu irmão resolvidos a procurar Marcos Freire?6. ( ) Estão tu e teus irmãos resolvidos a procurar Marcos Freire?7. ( ) Somos testemunhas ocultas tu, teu filho e eu.8. ( ) Que me importava Carlota, o lar, a sociedade e seus códigos?9. ( ) O salão onde se achavam o Dr. Azevedo e Glória...

02.Assinale nos parênteses as frases que admitem as duas concordâncias indicadas.

1. ( ) Uma e outra coisa lhe desagrada / desagradam.2. ( ) De repente, um e outro desapareceu / desapareceram.3. ( ) Afirma-se que nem um nem outro falou / falaram a verdade.4. ( ) Nem uma nem outra diligência se pôde / puderam fazer.5. ( ) Um ou outro vaga-lume tornava / tornavam mais vasta a escuridão.6. ( ) Nem um nem outro havia / haviam idealizado esse encontro.7. ( ) Esta cidade foi uma das que mais se corrompeu / corromperam da heresia.8. ( ) Patrocínio foi um dos brasileiros que mais trabalhou / trabalharam em prol da paz.

03.Assinale as freses em que a concordância verbal proposta é inadmissível.

1. ( ) Mais de um jornal fez alusão ao Brasil.2. ( ) Mais de um oficial, mais de um general, foram mortos nesta batalha.3. ( ) Mais de um político de princípios adversos deram-se as mãos naquela crise.4. ( ) Mais de um candidato obtiveram êxito.

04.Marque as frases em que a concordância adotada está errada.

1. ( ) As cidades, os campos, os vales, tudo era mar.2. ( ) Eram todo memórias de alegria.3. ( ) O Nilo ou o Tejo não devem as suas correntes às terras por onde passam.4. ( ) O Nilo ou o Tejo não deve as suas correntes às terras por onde passam.5. ( ) Nem a vista, nem o ouvido, nem o gosto pode discernir entre cor, som e sabor.6. ( ) Nem Pedro nem Paulo foram eleitos presidente.7. ( ) Eu com o abade entramos corajosamente num coelho guisado.8. ( ) A milanesa com seu filho partiram para a Itália.9. ( ) Assim o rei como toda a corte se converteram com tão extraordinária penitência.05.Assinale as frases em que a dupla concordância é inadmissível.

1. ( ) Nem a natureza, nem o demônio deixou / deixaram a sua antiga posse.2. ( ) Nem a lisonja, nem a razão, nem o exemplo, nem a esperança bastava / bastavam.3. ( ) Nem meu primo, nem eu frequentamos / frequentam tal sociedade.4. ( ) Nem nós, nem eles nos esqueceremos / se esquecerão disso.5. ( ) Isto é / são tolices.6. ( ) Tudo é / são flores. 7. ( ) Cerca de cinquenta pessoas esteve / estiveram presentes.

Page 36: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

8. ( ) Coisa de uma centena foi / foram aplicada (aplicadas) nas reformas.9. ( ) Somos nós que fazemos / fazem a seleção.

06.De acordo com a norma culta, assinale a concordância dos verbos haver e fazer que estiver correta.

1. ( ) Três anos devem estar fazendo agora que eu recebi sua carta.2. ( ) Sem dúvida haveria algumas noites para o amor.3. ( ) Se não houvessem ingratidões, como haveriam finezas.4. ( ) Não se animou a viajar porque lá fazem invernos rigorosos.5. ( ) Vão fazer cinco anos que se doutorou.6. ( ) Costuma nisto haver perigos.7. ( ) Então, convosco também, senhores meus pode haver pactos? 8. ( ) Dois anos devem estar fazendo os meninos de meu irmão.9. ( ) De onde houveram tantas informações?

07.Levando em consideração a concordância do verbo acompanhado do pronome “se”, marque as alternativas corretas.

1. ( ) As notícias que se davam não eram boas.2. ( ) São de má qualidade os filmes a que se assistiu.3. ( ) Não se deve comentar os resultados.4. ( ) Querem-se construir novos muros.5. ( ) Podem-se admitir outras hipóteses.6. ( ) Pode-se admitir outras hiipóteses.7. ( ) Costuma-se reclamar dos resultados que nos são desfavoráveis.8. ( ) Não se consegue informações mais nítidas.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOSCONCORDÂNCIA VERBAL

01. todas estão corretas02. 1, 2 , 7 , 803. 4 / Mais de um candidato obteve êxito.04. 6 / Nem Pedro nem Paulo obteve êxito.05. 3, 4 , 7 , 8 , 906. 2, 6 , 7 , 8 , 907. 4, 8

CONCORDÂNCIA NOMINAL01.Complete as lacunas com o termo indicado entre parênteses, adotando a concordância

conveniente. Caso o padrão culto da língua admita mais de uma concordância, registre as hipóteses cabíveis.

1. Foram esses os melhores resultados _______________________. (possível)2. Estas páginas são o mais _____________________ belas. (possível)3. Praticou-se um crime de ____________ ideal e um crime de ___________ pátria. (leso)4. São sem dúvida um jovem e uma jovem __________________. (garboso)5. Ganhei um anel e uma pulseira ____________________. (gabo)6. Não paguei __________________ pelas tuas travessuras. (barato)7. Considerei _________________ o aluno e a aluna. (reprovado)8. Ganhei _________________ cravos e rosas. (perfumado)9. Ganhei _________________ rosas e cravos. (perfumado)10.Chegamos aqui à meia-noite e ___________, e só saímos ao meio-dia e ___________. (meio)11.A menina estava ____________ aborrecida. (meio)12.Remeti _________________ a carta e o relatório. (separado)13.Remeti em __________________ a carta e o relatório. (separado)14.Estou lhe enviando em ______________ o ofício e o relatório. (anexo)

Page 37: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

15.Recebemos ________________ o ofício e o relatório. (anexo)16.Nós ________________, disseram elas, fomos obrigadas a sair. (próprias)17._________________ elas não foram convidadas. (mesmo)18.Elas _____________ não foram convidadas. (mesmo)19.Recebemos, ontem, o primeiro e o segundo _______________ da coleção. (volume)20.Ficamos __________________ com o resultado, confessou o orador. (satisfeito)21.Maçã é ____________ para o sono. Esta maçã é ____________ para a saúde. (bom)22.Muito ______________ ,Senhor, exclamavam as fiéis. (obrigado)23.Muito ______________, Senhor, exclamavam eles. (obrigado)24.Participei de uma reunião ___________, na sede do clube. (monstro)25.Os corações ____________, doutrinava o pregador, alcançarão a eternidade. (conforme)26.As cópias estavam ________________ com os originais. (conforme)27._________________ os resultados, poderemos reformular nosso pensamento. (conforme)28.Só deixei ____________ janelas abertas. (meio)29.A capa do livro ficou _______________ salpicada de lama. (todo)30.Aquela mulher era a ______________ poderosa dona da fazenda. (todo)31.Ela tem pouco de ______________. (bonito)32.Que tristeza! Nem um nem outro livro ________________. (recuperado)33.Os vigias estavam _________________ por causa dos balões. (alerta)34.Já estou ____________ das minhas obrigações militares, disse ele. (quite)35.Alguém de nós ficou _________________?, perguntou ela às colegas.36.Conseguimos _________________ informações sobre o assunto. (bastante)37.Estes foram resultados ____________________ bons. (bastante)38.Os _________ duques e as _________ duquesas assinaram o manifesto. (grão)39.Só usava vestidos __________.(rosa)40.As gravatas ______________ são as suas preferidas. (cinza)

Questões avulsas01.Dentre as frases abaixo, há uma errada no que se refere à concordância de anexo,

assinale-a:a) Vai anexa a declaração solicitada.b) A certidão e o recibo seguem anexos.c) Anexos vão a certidão e o recibo.d) Anexo vai a certidão e o recibo.e) Anexo vai o recibo e a certidão.

02.Assinale o item que não corresponde ao tipo de concordância mencionado.

a) concordância nominal por atração – “Estudarei língua e literatura francesa.”b) Silepse de número – “Todos fizemos bem a prova de Latim.c) “Silepse de gênero – “Vossa Senhoria é muito cônscio neste trabalho.”d) Concordância verbal por atração – “Irei eu e meus pais, se tudo correr bem.”e) Concordância afetiva – “Ó meu caro Antônio, como vamos de saúde?”

03.Assinale a frase que apresenta erro de concordância nominal.

a) Ela comprou dois vestidos cinza.b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas.c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos.d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos.e) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vida.

04.Assinale, na série abaixo, a frase que contém erro no emprego do plural.

a) Andam longes terras em busca de cultura.b) Foram poucas as emendas ou nenhumas.c) Já fiz tudo, de maneiras que espero confiante o resultado.d) Quaisquer motivos não justificam tal proceder.

Page 38: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

e) Eles mesmos são os responsáveis.

05.Nas frases abaixo, a palavra objetiva grifada está empregada sempre em referência ao complemento do verbo. Assinale o exemplo em que há erro na concordância desse objetivo.

a) O Supremo Tribunal qualificou de ilegal aquelas nomeações.b) Peço-lhe que torne pública a minha reclamação.c) Pretendo pagar-lhe amanhã a importância que lhe pedi emprestada.d) Aceitei como verdadeiras as declarações do aluno.e) Remeto-lhe inclusas as faturas relativas à sua compra.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOSCONCORDÂNCIA NOMINAL

1. possíveis2. possível3. leso-ideal / lesa-pátria4. garbosos ou garbosa5. caros ou cara6. barato7. reprovados ou reprovado8. perfumados ou perfumada9. perfumadas10.meia / meia11.meio ou meia12.separados ou separada13.em separado14.em anexo15.anexos ou anexo16.próprias17.mesmo18.mesmas19.volume ou volumes20.satisfeito ou satisfeitos21.bom; boa22.abrigadas23.abrigados24.monstro

25.conformes26.conforme com27.conforme28.meias29.toda30.todo-poderosa31.de bonito ou de bonita32.recuperado33.alerta34.quite35.aborrecida36.bastantes37.bastante38.grão-duques / grã-duquesas39.rosa40.cinzaquestões avulsas01.d / anexa vai a certidão e o recibo02.b / silepse de pessoa03.e / estavam abandonados a casa, o

templo e a vila04.c / ...de maneira que...05.a/ ...de ilegais...

REGÊNCIA VERBAL

A regência verbal é o estudo da predicação do verbo e, apesar de a maioria dos verbos apresentarem uma regência definida, salvo alterações impostas pelos períodos, há alguns verbos que apresentam mais de uma regência devido à alteração semântica que sofrem. Apresentamos a seguir os verbos que têm mais de uma regência e que, em função disso, são mais usados nas questões de provas.

I – ABDICAR

a) intransitivo“Muito custa ao coração abdicar.”

b) transitivo direto“D. Pedro abdicou da coroa.”

Page 39: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

c) transitivo indiretoCom preposição “de”/ “ D. Pedro abdicou do trono.”Com preposição “em” / “D. Pedro abdicaria no filho.”

d) transitivo direto e indireto“Este direito não abdicarei de mim.”

II – ANUUIR

É sempre transitivo indireto, construindo-se com preposição “A” ou, mais raramente, com “EM”. “Anuí de boa vontade ao pedido.” “Todos anuíram àquela proposta.” Comentário: o verbo “anuir” repele o pronome “lhe”.

III – ASPIRAR

a) transitivo direto ( significando “respirar” , “sorver”) “Aspirava o pó do caminho.”

b) transitivo indireto ( significando “almejar”, “desejar”) “Sempre aspirou a um cargo público.”

III – ASSISTIR

a) transitivo indireto “As cenas a que assistimos foram deprimentes.” “Assiste ao aluno o direito de crítica.”

b) transitivo direto ou indireto “O médico assistiu o enfermo.” “O médico assistiu ao enfermo.”

c) Intransitivo “O Imperador assistia em Petrópolis.”

Comentário: quando o verbo assistir for usado no sentido de presenciar, não poderá ser usado o pronome “LHE”.

IV – AVISAR / INFORMAR São transitivos diretos e indiretos “ Informei o amigo do fato.” “ Informei ao amigo o fato.”

V – CHAMAR

a) transitivo direto “Chamar o filho.” “Chamou-o pelo nome.”

Page 40: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Comentário: embora menos comum, usa-se também com preposição “por”.

b) transitivo direto ou indireto e predicativo com ou sem preposição “Chamei-o de covarde.” “Chamei-o covarde.” “Chamei-lhe de covarde.” “Chamei-lhe covarde.”

VI – CONSISTIR

a) transitivo indireto “A amabilidade de João consistiria no amor.”

VII – CONSTARa) intransitivo “Consta que Cristo fez maravilhosos milagres.”

b) transitivo indireto “Constou-lhe que seriam convocados.”

VIII – CHEGAR / IR / ESTAR

São intransitivos, mas em alguns casos pedem adjunto adverbial de lugar.

“Cheguei em casa às onze horas.” “Estou na rua.” “Irei ao local do crime.”

IX – CUSTAR

a) intransitivo ( custo, valor, preço) “Os livros custam caro.”

b) transitivo indireto ( ser custoso, ser difícil) “Custou-me crer no que dizias.”

X – LEMBRAR / ESQUECER

a) transitivo direto “Esqueceu os livros.”

b) transitivo indireto “Esqueceu-se dos livros.”

c) transitivo direto e indireto “Lembrei o fato ao colega.”

d) transitivo indireto (construção rara) “Esqueceu-me o documento.”

XI - OBEDECER / DESOBEDECER

São transitivos indiretos “Obedeço às leis.”

Page 41: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

“Obedeço aos pais.”

XII – PAGAR / PERDOAR

São bitransitivos e só se constróem com objeto direto de coisa e indireto de pessoa.

“Pagar as dívidas aos credores.”

XIII - PREFERIR

É transitivo direto e indireto, ou simplesmente direto, sua construção só poderá ser feita com a preposição “A” e não aceita termo que indique intensidade.

“Prefiro livros a revistas.”

XIV – QUERER

a) transitivo direto “Os livros, quero-os todos sobre a mesa.”

b) transitivo indireto “A meus filhos, quero-lhes muito.”

XV – VISAR

a) transitivo direto “O caçador visou o alvo.” “O gerente visou o documento.”

b) transitivo indireto “Viso ao cargo.”

REGÊNCIA NOMINAL

A regência nominal estuda a relação do adjetivo com o substantivo e, pelo fato de alguns substantivos exigirem complementos preposicionados, faz-se necessária a exposição dos substantivos mais usados nas provas e a preposição que os acompanha.

AAbalado A,COM,DE, PORAbalável EMAbatido A,DE,EM,PORAbatimento DE, EMAbdicação DEAborrecido A,COM,DE,PORAbrigo A,CONTRA DE PARAAbundância DE,EMAfável COM, PARA COMAlheio AAmigo DEAnsioso DE, PARAApto A, PARAAssistido DE, PORAtento A, EM, PARAAusência A, DEÁvido DE

Page 42: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

BBarreira A, CONTRABenigno COM, PARABenefício A, PARABom A, COM, DE, EM, PARA

CCapaz DE, PARACandidato aCandidatura aCarência deCarinho com, para, para com,porCaro aCasado a, com Causa a, de, paraCalculado em por, sobreCerteza de, emCego a, deCobiçoso deCoerente a, com, emComparecimento a, emCompassivo com, paraComum a deConforme a, comCondigno a, deCurioso deCulpa de, emCrente de, em

DDatado de, emDébil deDebruçado a, em sobreDedicação a, porDeferência a, para comDefesa a, contra, deDelicadeza com, para, para comDesejoso deDesfavorável aDentro de, emDependurado de, em entreDerradeiro a, emDesapego a, de, porDesconhecido a, de, para, porDireito a, de, em sobreDócil a

EÉbrio com, deEivado deEquivalente aEconômico de, emEficaz contra, em paraEssencial a, paraEstranho a, deEmpecilho a, paraEmpenho de, em por

Page 43: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Emigrado a, paraEntusiasta de, porEnvolto de, em, porEquiparação a, comEspecialista de, emEspeculação com, deEsperança de, emEstima a, de porExperiência de, em FFácil a, de em paraFacilidade de, em paraFadado a, paraFalta deFalho de, emFamoso em, porFaminto deFanático de, porFarto de, emFascinado com, deFecundo de, emFértil de, emFiel a, para comForte de, emFraco de, emFurioso com, contra

GGasto com, de, porGeneroso com, para, para comGentileza a, com, para comGrato aGuerra a, contra

HHábil emHabilitação a, paraHabituado a, com, emHorror a, de, porHostil a, contra, para comHostilidade a, contra

IIda a, paraIdentificação a, comIdêntico aImitação a, deImigração emImediato aImpedido deImpiedoso com, para comImplicado com, em Impressionado com, deImpróprio a, de, paraImune a, deInacessível aInábil para

Page 44: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Inapto a, paraInato a, emIndigno de

JJunto a, com, deJusto com, para com

LLançado a, emLeal a, com, para comLivre deLícito aLiberto deLicença de

MMágoa de, porMaior deManco deMau com, para, para comMedo a, deMestria de, em

NNatural a, de, emNecessário aNefasto aNegligente emNocivo a

OObediente aÓbice aObrigado a, emObservância a, deObstinação emOcupado a, com, emÓdio a, contra, para comOrgulhoso com, de, em por

PParecido a, com, emPassível dePendente dePendurado a, de, em por

QQualificado como, deQuerido a, de, porQuite de, com

RRaiva a, de, porRazão de, em, paraRecusa a, deRico de, em

Page 45: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

SSatisfeito com, deSaturação porSaudade de, porSolícito com, para comSensível aSimpatia com

TTédio deTemeroso a, de, emTemível a

UUngido com, de, em porÚtil a, em, para

V

Vantajoso a, paraVariedade de, em

ZZeloso de, em, por

EXERCÍCIOSREGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

PARTE ESPECÍFICADe acordo com a regência verbal, julgue os itens abaixo.

1. ( ) Não o vejo há muito.2. ( ) Não lhe vejo há muito.3. ( ) Há muito que não lhe vejo a cara.4. ( ) O jogo foi assistido por cerca de mil pessoas.5. ( ) Cerca de mil pessoas assistiram o jogo.6. ( ) As cenas a que presenciamos foram admiráveis.7. ( ) As cenas que assistimos foram admiráveis.8. ( ) Não são poucas as pessoas que visitastes.9. ( ) Esta foi a questão que esqueceste.10. ( ) Ligue o rádio para ouvir as canções que gosta.11. ( ) Os nomes de que me lembrei não estavam na lista.12. ( ) Isto foi dito para mim.13. ( ) A mim me parece que algo vai mal.14. ( ) Para eu dizer estas coisas não devia haver motivos.15. ( ) Isso é tarefa para mim fazer.16. ( ) Eu parece-me que algo vai mal.17. ( ) Queria perdoar-lhe o rei, mas os ministros a isso se opuseram.18. ( ) É rico e poderoso, mas não lhe invejo.19. ( ) É rico e poderoso, mas não lhe invejo a sorte.20. ( ) Louvemos-lhe porque ele o merece.21. ( ) De Renato só lhe conhecia a fama.22. ( ) Todas as recomendações foram cumpridas à risca.23. ( ) Cumpriu-se todas as recomendações, à risca.24. ( ) Não lhe agrada semelhante providência.25. ( ) A resposta do professor não o satisfez.

Page 46: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

26. ( ) Ajudá-lo-ei a preparar a aula.27. ( ) Queria ajudar-lhe a reparar o carro.28. ( ) O amigo assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação.29. ( ) Vou visitar-lhe na próxima semana.30. ( ) Este autor tem idéias com que todos simpatizamos.31. ( ) Eu não me simpatizava com eles.32. ( ) Eis a ordem de que nos insurgimos.33. ( ) Aludiram à crise de que já ninguém se lembrava.34. ( ) Qual o cargo que aspiras na direção da empresa?35. ( ) Nas noites do sertão, aspirava ao perfume da relva úmida.36. ( ) Amar Deus sobre todas as coisas.37. ( ) Para os simples a felicidade consiste de pequenas coisas.38. ( ) Um fraco amor os fortes enfraquece.39. ( ) Sempre de esforçou para fugir ao vulgar.40. ( ) Lembra-vos ainda a minha teoria das edições humanas? 41. ( ) Deves lembrar-te que foi assim mesmo.42. ( ) Prefiro sofrer injustiças do que praticá-las.43. ( ) O príncipe sucedeu ao tio.44. ( ) O soldado visava ao alvo quando a arma disparou acidentalmente.45. ( ) A meus pais, quero-os, estimo-os e admiro-os.46. ( ) Desobedece-se às leis por questão de educação.47. ( ) As leis são obedecidas por questão de educação.48. ( ) Procedeu-se a leitura da sentença.49. ( ) A cólera se segue a aflição, que nos traz arrependimento.50. ( ) Evitemos à virtude a desgraça de dar à razão o apoio dos vícios.51. ( ) Por que já não lhe cumprimentam os vizinhos?52. ( ) Cumprir com os deveres é virtude cívica.53. ( ) Cumprir os deveres é virtude cívica.54. ( ) Arrependida por ter-lhe ofendido, Isaura resolveu desculpar-se.55. ( ) Eles custaram a ver a verdade das coisas.56. ( ) Custava-me acreditar no que via.57. ( ) Custava-me a acreditar no que via.58. ( ) As suas promessas visavam uma recompensa dos ingênuos.59. ( ) Não me respondeu a carta, mas me telefonou apresentando escusas.60. ( ) D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho.61. ( ) Quando os fregueses chegavam, ia atender-lhes com um sorriso.62. ( ) Ensinei-lhe a ler e a contar, o resto ele fez sozinho.63. ( ) Ensinei-o a ler e a escrever, o resto ele fez sozinho.64. ( ) Não se esqueça que amanhã é domingo.65. ( ) Lembre-se de que amanhã é Domingo.66. ( ) Lembre-se que amanhã é Domingo.67. ( ) Sempre me esforcei para saber as lições dos mestres.68. ( ) Sempre me esforcei por saber as lições dos mestres.69. ( ) A sala era ampla. Vários retratos pendurados nas paredes e um quadro sem moldura.70. ( ) Eles se ombreavam comigo em valentia e ódio.71. ( ) Papai me pediu para apanhar uma ferramenta no quarto dos fundos.72. ( ) Chegamos na estação antes da hora combinada.73. ( ) Os vossos súditos aguardam, da bondade de Vossa Majestade, uma palavra de perdão.74. ( ) Opinamos por que sejam concedidas as licenças solicitadas.75. ( ) Esperamos que V. Sa se digne mandar reexaminar a questão.76. ( ) Os admiradores de Vossa Alteza pedem-lhe para que aceitem as expressões do seu respeito.77. ( ) Não avalia o valor moral daquele para quem apelava.78. ( ) O diretor anuirá de boa vontade esse pedido.79. ( ) Debalde, apelaram eles daquela injusta decisão.80. ( ) O Sr. Embaixador aquiesceu de deixar o Brasil.

Page 47: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

REGÊNCIA VERBAL

Page 48: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

1. C 2. E3. C4. E5. E6. E7. E8. C9. C10. E11. C12. C13. C14. C15. E16. C17. C18. E19. C20. E21. C22. C23. E24. C25. C26. C27. C28. C29. E30. C31. E32. E33. C34. E35. E36. E37. E38. C39. C40. C

41. C42. E43. C44. E45. E46. C47. C48. E49. E50. C51. E52. C53. C54. E55. E56. C57. C58. E59. E60. C61. E62. C63. C64. C65. C66. C67. C68. C69. C70. E71. E72. E73. E74. C75. C76. E77. C78. E79. C80. E

81.

De acordo com a regência nominal, julgue os itens abaixo.

1. ( ) Nunca fui abalável a meus propósitos.2. ( ) A alma abalada a sentimentos e lágrimas.3. ( ) ...os olhos abalados da luz.4. ( ) ...do sucessor do grande rei, abandonado com este, a um sêquito de pajens.5. ( ) Abandonado da tropa, teve de fugir.6. ( ) ...os dois fidalgos seus conterrâneos abatidos a tamanha miséria.7. ( ) Abatido com um dia inteiro de viagem, o expedicionário...8. ( ) Este penedo nos dá abrigo do sol.9. ( ) Este penedo nos dá abrigo do sol.10. ( ) ...servir de abrigo a modestos escritores.

Page 49: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

11. ( ) ...servir de abrigo para modestos escritores.12. ( ) Sua ausência na reunião prejudicou os trabalhos.13. ( ) Sua ausência à reunião prejudicou os trabalhos.14. ( ) Sua ausência da reunião prejudicou os trabalhos.15. ( ) ...inexpurgável barreira à violência e à cobiça.16. ( ) ...inexpurgável barreira contra a violência.17. ( ) As imagens eram calculadas no seus efeitos.18. ( ) ...direitos aduaneiros calculados sobre os preços correntes dos gêneros.19. ( ) ...direitos aduaneiros calculados pelos preços correntes dos gêneros.20. ( ) Sua candidatura para a Presidência da República.21. ( ) Assegura-lhe, com a escolha do lugar, a certeza pelo triunfo.22. ( ) Assegura-lhe, com a escolha, a certeza no triunfo.23. ( ) Assegura-lhe, com a escolha, a certeza do triunfo.24. ( ) Ele, debruçado à janela de um vagão...25.( ) Ele, debruçado na janela de um vagão.26.( ) ...para que não resfriem a minha coragem, nem a minha dedicação à pátria.27.( ) ...para que não resfriem a minha coragem, nem a minha dedicação pela pátria.28.( ) ...para que não resfriem a minha coragem, nem a minha dedicação com a pátria.29.( ) Os pais têm direito sobre os filhos; os Senhores, nos escravos.30.( ) ...tem direito a não ver humilhada a madureza dos seus anos.31. ( ) ...tem direito de não ver humilhada a madureza dos seus anos.32. ( ) Mestres desta ordem têm sempre uma vida eivada por amarguras.33. ( ) Mas o especialista das ladainhas teve de interromper o seu entusiasmo.34. ( ) Mas o especialista das ladainhas teve de interromper o seu entusiasmo.35. ( ) Tem facilidade em crer nas histórias.36. ( ) Tem facilidade de crer nas histórias.37. ( ) Tem facilidade para crer nas histórias.38. ( ) Estava faminto em novidades.39. ( ) Estava faminto de novidades.40. ( ) Multiplicavam-se em gentilezas a cada um.41. ( ) Multiplicavam-se em gentilezas com todos.42. ( ) Multiplicavam-se em gentilezas para com todos.43. ( ) Exprimira a sua hostilidade ao nome do atual diretor.44. ( ) Exprimira a sua hostilidade contra o nome do atual diretor.45. ( ) Os portugueses imigrados no Brasil...46. ( ) Os portugueses imigrados para o Brasil...47. ( ) Não tenha inveja aos ricos, pois que eles não possuirão o reino dos céus.48. ( ) Não tenho inveja dos ricos, pois que eles não possuirão o reino dos céus.49. ( ) Ele ficará manco num pé.50. ( ) Teve mais medo à lama que às balas.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOSREGÊNCIA NOMINAL

1. E2. C3. C4. C5. C6. C7. E8. C9. C10.C11.C

12.E13.C14.C15.C16.C17.C18.C19.C20.E21.E22.C

23.C24.C25.C26.C27.C28.E29.C30.C31.C32.E33.C

Page 50: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

34.C35.C36.C37.C38.E39.C

40.C41.C42.C43.C44.C45.C

46.E47.C48.C49.E50.C

CRASE

Crase é a fusão de duas vogais idênticas. É, portanto, um fenômeno fônico; não é um fenômeno gráfico, mas por extensão chama-se crase ao acento grave ( ` ) com que se indica a contração de dois aa intervocabulares.Aqui, estudaremos a fusão do a “preposição” com o a “artigo definido feminino, e o a “ preposição” com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo.Assim, na frase “Fui à praia.”, será empregado o sinal indicativo de crase porque o verbo IR exige preposição a, e o substantivo praia, determinado que está, é precedido do artigo definido a (fui a + a praia).

Já nas frases “Fui a Paris.” , e “A praia está deserta.” , não se empregará evidentemente o acento indicativo da crase, porque, no primeiro caso, a palavra Paris não admite artigo, e, no segundo, a palavra praia, que é sujeito, não pode estar precedido da preposição a . Em qualquer caso, o mecanismo exposto é que nos levará a empregar, ou não, o acento indicativo de crase e deve-se observar também os casos específicos.

CASOS PROIBITIVOSNão pode ocorrer crase

a) antes de palavras masculinas “Não me dirigi a João.” Comentário: haverá acento indicativo de crase em locuções masculinas quando ficar subentendida a expressão “à moda”. “Calçava um sapato à Luis XV.”

b) antes de verbo “Encontrei-o a ler o jornal.”

c) antes de pronomes: pessoais, indefinidos, de tratamento e dos demonstrativos esta(s) e essa(s)

“Não fiz alusão a essa proposta.” “Não me refiro a ela.”

Comentários: pode haver crase antes dos pronomes de tratamento “Senhora e Senhorita”.

Antes do pronome de tratamento “Dona”, só se estiver determinado. “Entreguei o documento a dona.” “Entreguei o documento à dona Maria.”

Com os pronomes demonstrativos “A (as), AQUELE, AQUELA, AQUILO (e variações) pode ocorrer crase. “Não me referi àquele aluno.”

Page 51: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

d) entre expressões femininas repetidas

“O líquido caía gota a gota.”

e) antes da palavra terra que signifique antônimo de bordo “Os marinheiros não estavam a bordo.”

f) quando o “a” no singular anteceda palavra no plural “Fiz alusão a alunas da turma.”

g) Antes da palavra “casa” quando usada no sentido de lar, residência, moradia “Fui a casa.”Obs: quando a palavra “casa” estiver determinada, será precedida de crase. “Fui à casa de meus pais.”

h) antes da palavra distância quando não estiver determinada “O navio ficou a distância.”Porém, se a palavra “distância” estiver determinada, a crase será obrigatória; “O navio ficou à distância de dois metros.” CASOS OBRIGATÓRIOS

Haverá crase:

a) nas locuções que tenham como núcleo palavras femininas “ Saiu às tontas.” “Vestia-se às avessas.” “À força de tais argumentos, não resistiu.” “À medida que envelhece, fica mais suave.”

b) na expressão à uma, quando significar “de uma só vez”, “ao mesmo tempo”. “Todos saíram à uma.”

c) antes da palavra hora (expressa ou determinada), quando significar um momento determinado

“Às duas horas em ponto estaremos lá.”

CASOS FACULTATIVOS

a) depois da preposição até “Iremos até à escada.” aobs: se “até” for palavra denotativa de inclusão, não haverá crase. “Todos estudaram, até a funcionária.”

b) antes de pronomes femininos no singular “Falei à sua secretária sobre o assunto. A sua c) antes de nomes próprios personativos, femininos “ Em sua carta, você se referiu à Helena com certa simpatia.” ad) locuções adverbiais

Em certas locuções adverbiais, sobretudo as de instrumento ou meio, o uso tem sido arbitrário e até polêmico, admitindo, talvez, dizer que nesses casos seria facultativo

Page 52: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

o emprego do acento indicativo de crase. Contudo, a tendência moderna é não crasear. Assim, se o examinador não deixar claro sua opinião, o candidato deve preferir não empregar a crase.

“Escrever a máquina.” “Escrever a tinta.” “Duelo a espada.” “Cortado a tesoura.”

EXERCÍCIOSCRASE

PARTE ESPECÍFICA

Julgue os itens abaixo quanto ao sinal indicativo de crase e, se necessário, corrija-os.

1. ( ) A São Francisco Xavier, falava Vieira aos peixes e as aves.2. ( ) A pequena distância ficava a casa de meus sonhos.3. ( ) Não é esta a revista a que me referi.4. ( ) Esperá-lo-ei junto a estátua de Floriano.5. ( ) Ela mesma lhe ensinou a ler mal, como ela sabia, e a coser e bordar.6. ( ) ...os principais de Olinda, que lograram fugir a tempo.7. ( ) ...não saberemos dizer se pertencem a Gonzaga, a Cláudio Manoel da Costa ou a Silva Alvarenga.8. ( ) Você vem e encontra a inglesa com mais temperamento, mais preguiçosa, mais horror a banho frio.9. ( ) Às vezes vestia-se a porguence, de saia preta e mantilha, como as melhores damas da cidade.10. ( ) ...achei excelente e repeti abundantemente, misturando com ervas a mineira e farinha de milho.11. ( ) Diremos só que a raça dos bois era apurada, e que os touros se corriam desembolados, a espanhola.12. ( ) Quando o gama com os seus determinava vir por água a terra apercebido.13. ( ) Brasil, um sonho intenso, um ravio vívido de amor e de esperança.14. ( ) Ouviram do Ipiranga as margens plácidas.15. ( ) O alvo está no céu, e a seta vai a terra, e daí para o inferno.16. ( ) Ei-lo que volta a terra natal.17. ( ) Só confiarei a notícia a você.18. ( ) ...se se quisesse aplicar exclusivamente a ela.19. ( ) No meio desta enseada, com igual distância de ponta a ponta, está situada a cidade.20. ( ) Porque a mão te beijei, a minha palma olho, analiso, linha a linha, a ver...21. ( ) Camilo inclinou-se para beber uma a uma as palavras.22. ( ) As enfermeiras, a uma, deixaram o hospital.23. ( ) A quem me queixarei do Príncipe D. Pedro, meu senhor, senão a V. M.?24. ( ) ...porque Fidélia destina a obra a Dona Carmo.25. ( ) ...entrou por cima das vidraças um olhar significativo a Dona Lourença.26. ( ) Mil afetuosas saudações a prima Matilde, a boa Dona Ana, ao João.27. ( ) Dirigiu-se a dona da pensão, solicitando-lhe uma vaga.28. ( ) Não me referi a senhorita Camila, nem a senhora Condessa.29. ( ) Uma boa gramática é um alto serviço a uma língua e a um país.30. ( ) Daí a uma hora parara a porta de Luis Garcia.31. ( ) Não virei a uma, mas as duas horas.32. ( ) ...dizem todos, a uma, certas inexatidões e falsidades que evidenciam...33. ( ) Mas já é tempo de pôr termo a esta defesa.34. ( ) Antes de palavras que se referem a mesma pessoa.

Page 53: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

35. ( ) O cavaleiro morto tinha um irmão, que lhe queria mais de que a própria vida.36. ( ) São mil e vinte metros a expropriar... a oitenta réis... oitenta e um mil e seiscentos.37. ( ) Ele falava de uma regata a que assistira na baía de Botafogo.38. ( ) O índio, a cuja perspicácia nada escapava...39. ( ) Esta é obra muitíssimo superior a que nos deixou Marco Polo.40. ( ) ...juntando essas notas soltas as que daremos quando falarmos da prefixação.41. ( ) Quanto a formas verbais, desconhecidas ao latim clássico, citarei somente...42. ( ) Estava entregue a preocupações artísticas e religiosas.43. ( ) Estes casos não obedecem a lei alguma.44. ( ) Nunca fui a festa tão animada.45. ( ) Falei a poucas pessoas, que se encontravam no auditório.46. ( ) Falei as poucas pessoas que se encontravam no auditório.47. ( ) Passeia, como impaciente, de uma extrema a outra.48. ( ) Por isso, a classe subjugada habituou-se a chamar aos objetos e a tudo que se referia a guerra.49. ( ) Examinava-as com tal afinco que era preciso arrancá-lo de uma roseira e levá-lo a outra.50. ( ) Carlos dobrou a rua dos ourives e dirigiu-se a casa.51. ( ) Quando a noite caía de todo e a cidade abria os seus olhos de gás, recolhiam-se eles a casa, a passo lento...52. ( ) Pensava eu, quando, de volta a casa, vi um grupo na calçada.53. ( ) Valério passou então a casa do padrinho.54. ( ) Pela estrada, abeirada a casa, passavam mulheres e meninos.55. ( ) Hora a hora, Deus melhora.56. ( ) Ele não se referia a minha técnica, mas a sua.57. ( ) Dirigi uma prece a Nossa Senhora e fiz uma promessa a Santa Terezinha.58. ( ) Confio-me a Virgem Santíssima neste doloroso transe.59. ( ) A água lhe chegava até a cintura.60. ( ) Fiz indagações a Helena, para saber de sua saúde.61. ( ) ...a cada qual tem no seio dela direito a idéia, a palavra a associação.62. ( ) teve mais medo a lama que as balas.63. ( ) Gomes saiu sem falar as senhoras.64. ( ) Estivera contando a Luísa a sua viagem.65. ( ) Houve gargalhada geral. A custa do pobre incrédulo.66. ( ) A proporção que passavam as horas, foi-se tornando mais rigorosa a guarda.67. ( ) Esta contraste impõe-se a mais leve observação.68. ( ) Saiu as pressas, como um louco.69. ( ) Abandonou-o a mercê de sua sorte...70. ( ) O Arcebispo de Évora era vindo a Lisboa.71. ( ) Fui a Tijuca, a Cascadura, a Ipanema e a Ilha do Governador.72. ( ) Daqui a uma hora partiremos. Dormia doze horas consecutivas, durante o dia, quer dizer das seis da manhã as seis da tarde. Almoçava as sete e jantava as duas da madrugada.73. ( ) Todos, até a irmã, reclamaram de sua impaciência.74. ( ) Nem podia saber o motivo por que El-Rei me mandou naquela ocasião a França.75. ( ) E obrigaram-no quase a força que visitasse a sepultura do Santo.76. ( ) Os próprios versos que só fazem por medida, parecerem errados, quando feitos a mão.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOSCRASE

1. À – ÀS2. A-A

3. A-A4. À

Page 54: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

5. A-A6. A7. A-A-A8. A-A9. ÀS-À-AS10.À11.A-À12.A13.À14.AS (ou ÀS): depende da interpretação15.A-À16.À17.A-À18.A19.A-A20.A-A-A-A21.A-AS22.AS-À23.A-A24.A-A25.A26.À-À27.À28.À-À29.A-A30.A-À31.À-ÀS32.À33.A34.À35.À36.A-A37.A38.A39.À40.ÀS41.A42.A43.A44.A45.A46.ÀS47.A48.A-A-A-À49.A50.A-A51.A-A-A-A52.A53.A (ou À)54.À55.A56.A (ou À)57.A-A58.À59.A-A (ou À)60.A (ou À)

61.À-À-À62.À-ÀS63.ÀS64.A (ou À) – A65.À66.À-AS-A67.À68.ÀS69.À70.A71.À-A-A-À72.A-ÀS-ÀS-ÀS73.A74.A (ou À)75.À-A76.A

Page 55: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS

Os pronomes átonos ocupam determinadas posições com relação ao verbo. Receberá o nome de pronome proclítico aquele que for usado antes do verbo; enclítico aquele que estiver depois do verbo e mesoclítico aquele que for encontrado no meio do verbo.

REGRA GERAL: NÃO SE INICIA PERÍODO COM PRONOME ÁTONO. “Pediu-me licença, sentou-se e desabafou.”

DESDE QUE NÃO INICIE ORAÇÃO, O PRONOME ÁTONO ANTES DO VERBO ESTARÁ SEMPRE CERTO. “Ele me confessou a verdade.”

EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA, O PRONOME ÁTONO ESTARÁ CERTO DEPOIS DE VERBO NO INFINITIVO NÃO FLEXIONADO. “Minha intenção é não recebê-lo hoje.” CASOS OBRIGATÓRIOS DE PRÓCLISEa) com o gerúndio precedido da preposição “em” “Em se plantando, tudo dá.”

b) quando o período apresentar conjunções “É melhor que lhe façam a vontade.”Obs. Ainda que oculta, a conjunção integrante “que” exige a próclise. “Convém se façam os exercícios.”

c) quando o período apresentar palavra negativa “Não se soube a hora da briga.” “Nada lhe disse sobre a prisão.”

d) nas orações iniciadas por advérbios, pronomes indefinidos e pronomes interrogativos

“Aqui se canta, ali se dança.” “Todos o esperavam de pé.”

e) nas orações optativas “Bons ventos o levem.”

PRONOMES ÁTONOS NAS LOCUÇÕES VERBAISa) com o verbo no gerúdio “Trata-se de um caso excepcional.”

Obs. Se o verbo no gerúndio estiver precedido da preposição “em”, usa-se ênclise. “Em se tratando de citação, os prazos devem ser respeitados.”

b) com o verbo no particípioNÃO SE USA ÊNCLISE COM O VERBO NO PARTICÍPIO “Ele me tinha pedido ajuda.” “Ele tinha-me pedido ajuda.”c) com o verbo no infinitivo “Quero-lhe pedir ajuda.” “Quero pedir-lhe ajuda.” “Não lhe quero pedir ajuda.”

Page 56: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

EXERCÍCIOS

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOSPARTE ESPECÍFICA

1. Em uma das frases abaixo, a colocação do pronome pessoal átono não obedece às normas vigentes.

a) Ter-lhe-iam falado a meu respeito?b) Tenho prevenido-o várias vezes.c) Quem nos dará as razões.d) Nunca nos diriam inverdades.e) Haviam-no procurado por toda a parte.

2. Assinale a frase em que há pronome enclítico.a) Far-me-ás um favor?b) Nada te direi a respeito.c) Convido-te para a festa.d) Não me fales mais disso.e) Dir-se-ia uma incoerência.

3. Indique a colocação incorreta do pronome átono.a) Ao ver-nos, cumprimentou-nos...b) Se me não falha a memória...c) Se a memória não me falha...d) Chegou-se a mim, me perguntando por você.e) O livro está com você, entregue-mo.

4. O pronome pessoal oblíquo está bem colocado em um só dos períodos. Qual?a) Me causava admiração ver aquela turma se dedicando com tanto afinco aos

estudos, enquanto os outros não esforçavam-se nada.b) Apesar de contrariarem-se, não farão me mudar de resolução.c) Já percebeu que não é este o lugar onde deve-se colocar os livros?d) Ninguém falou-nos, outrora, com tanta propriedade e delicadeza.e) Não se vá tão cedo; custa-lhe ficar mais?

5. O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos. Qual?a) Isto me não diz respeito!, respondeu-me ele, afetadamente.b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora

conveniente.c) Me entenda! Lhe não disse isto!d) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde.e) Amanhã contar-lhe-ei porque peripécias consegui não envolver-me.

Escolha, entre as alternativas indicadas, a que lhe parecer correta.6. No caso de não _____________ as condições do tratado, _____________ as relações diplomáticas entre os países.a) se satisfizerem / romper-se-ãob) se satisfazerem / romper-se-ác) se satisfazerem / romper-se-ãod) se satisfizer / se romperãoe) se satisfizerem / se romperá

7. Só não _______________louco, porque __________ muito bem.a) o chamei / lhe querob) o chamei de / o queroc) chamei-o / quero-lhe

Page 57: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

d) lhe chamei / quero-oe) lhe chamei de / o quero

8. Se poucas coisas _______________, _____________ diante de pessoas.a) lhe espantavam / se amedrontavab) espantavam-lhe / amedrontava-sec) o espantavam / amedrontava-sed) espantavam-no / amedrontava-see) lhe espantavam / amedrontava-se

9. Se ninguém ______________ a verdade, e se precisei lutar para _____________ nada _____________ a respeito.

a) disse-me / a encontrar / se faloub) disse-me / encontrá-la / se falouc) me disse / a encontrar / falou-sed) disse-me / encontrá-la / falou-see) me disse / encontrá-la / se falou

10. Se ______________ de leis, naquele que lhes der forma ____________ de juntar aos dotes do escritor os do jurista, rara vez aliados na mesma pessoa.

a) se trata / se hãob) se tratam / se hãoc) trata-se / se hãod) se tratam / se háe) se trata / se há

11. Assinale a alternativa correta.a) A solução lhe agradou.b) Eles diriam-se injuriados.c) Ninguém conhece-me bem.d) Darei-te o que quiseres.e) Quem contou-te isso?

12. Assinale a alternativa em que todos os pronomes pessoais estão colocados corretamente, segundo o uso clássico da língua portuguesa.

a) Eu o vi, não lhe falei, darei-te o livrob) Eu o vi, falei-lhe, nada lhe direi.c) Nada dir-lhe-ei, não o estimo, Deus, ajude-nos!d) Deus nos ajude! Não quero te ofender, mas diga-me a verdade.e) Me dá o livro, que eu te devolvo assim que o ler.

13.Assinale a oração em que a colocação do pronome pessoal átono está incorreta, segundo o padrão da norma culta.

a) Não lhe quero mostrar o livro.b) Quero-lhe mostrar o livro.c) Não quero mostrar o livro.d) Não quero mostrar-lhe o livro.e) Todas estão corretas.

14. A colocação do pronome oblíquo está incorreta em:a) Para não aborrecê-lo, tive de sair.b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda.c) Não me submeterei aos teus caprichos.d) Ele me olhou algum tempo comovido.e) Não a vi quando entrou.

Page 58: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

15. Indique a estrutura verbal que contraria a norma culta.a) Ter-me-ão elogiado.b) Tinha-me lembrado.c) Teria-me lembrado.d) Temo-nos esquecido.e) Tenho-me alegrado.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

1. B2. C3. D4. E5. A6. C7. B8. C

9. E10.A11.A12.B13.E14.B15.C

ORTOGRAFIAACENTUAÇÃO GRÁFICA

As palavras são classificadas, para que se possa fazer a acentuação gráfica, em MONOSSÍLABOS ( uma só sílaba), OXÍTONAS (mais de uma sílaba, com acentuação tônica na última), PAROXÍTONAS ( mais de uma sílaba com acentuação tônica na penúltima), PROPAROXÍTONAS ( mais de uma sílaba, com acentuação tônica na antepenúltima).

ACENTUAM-SE:a) monossílabos tônicos terminados em “A, E, O(S) “pá, vá, pás, vás, cá, pé, pés, sós, só, ré”

b) oxítonos terminados em “A,E,O(S), EM, ENS “gambá, café, vintém, ninguém, além

c) paroxítonos terminados em “R, X, N, L, PS, I, Ã, ÃO, UM, UNS, DITONGO CRESCENTE

“clímax, bônus, córtex, sótão, revólver, ímã, jóquei

obs. As palavras RÉPTIL e PROJÉTIL admitem dupla prosódia: “réptil ( paroxítona) / reptil (oxítona) projétil ( paroxítona) / projetil (oxítona)

d) todos os proparoxítonos são acentuados “límpido, código, apático, público, comprássemos, tímido, crisântemo”

obs. Há algumas palavras latinas que estão incorporadas ao léxico português, mas que guardam as peculiaridades gráficas do latim. Não serão portanto, acentuadas, mesmo as proparoxítonas.São elas: “Álibi ( proparoxítona )” “Déficit ( proparoxítona)” “Habitat ( proparoxítona)” “Incontinenti ( paroxítona)”

Page 59: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

CASOS PARTICULARESa) ao s ditongos ÉI, ÓI, ÉU com timbre aberto são sempre acentuados céu / pastéis / apóio

obs. Os ditongos citados acima deixam de receber acento gráfico se não estiverem na sílaba tônica álcool / álcoois, sem acento na última sílaba, embora o ditongo OI tenha som aberto. b) hiatos formados com I e U

Só se acentuam o I e o U, Segunda vogal de hiato, quando sozinhos na sílaba ou seguidos de S. Acompanhados de qualquer outra letra na mesma sílaba não são acentuados, embora perdure o hiato. Também não se acentua o I seguido de nh.

“baú, saí, aí, ciúme, país, faísca” ; porém, sem acento “ruim, ruir, saindo, rainha, moinho” c) acento circunflexo dos hiatos ÔO e ÊE

Marca-se com acento circunflexo o primeiro O ou E dos hiatos ÔO e ÊE, quando estiverem na sílaba tônica. “vôo, abençôo, enjôo, perdôo, vêem, crêem, lêem, dêem”

d) prefixos paraxítonosNão se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em R

“super-homem, inter-helênico”

e) acento diferencialOcorre acento diferencial para mostrar a diferença das classes de palavras e o

singular do plural em alguns verbos. “pára ( verbo ) , para ( preposição ), nós ( pronome pessoal do caso reto ), nos ( pronome pessoal do caso oblíquo), pôr ( verbo no infinitivo ), por ( preposição ), pêlo ( substantivo ), pelo ( preposição), pélo ( verbo ), têm ( plural ), tem ( singular ), vêm ( plural ), vem ( singular ), contém ( singular ), contêm ( plural)...

Page 60: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

EXERCÍCIOSACENTUAÇÃO GRÁFICA

1. Assinale as séries em que o acento gráfico é diferencial nos três casos.( ) dê / tê / ás( ) acróbata / hieróglifo/ crisântemo( ) pôde / pôr / pôs( ) pó / só / ré( ) quê / porquê / você( ) pára / quasímodo / míope ( ) pêlo / pélo / pêra( ) pôr / pára / vêem( ) côa / côas / vôo( ) pôlo / pólo / pélo( ) vêm / têm / contém( ) ínterim / fâmulo / azáfama( ) pô-la / pô-lo / pólo( ) ás / às / pas

2. Assinale a palavra acentuada corretamente.a) possuíab) hífensc) cajúd) caírdese) desagrádo-lhe

3. Qual dos itens abaixo é inteiramente constituído de vocábulos que devem ser acentuados graficamente?

a) refem – sutil – haremb) aziago – policromo – zefiroc) embolo – aloes – pudicod) eolo – inclito – sinonimiae) item – idem – interim

4. Assinale o vocábulo corretamente acentuado.a) Ítemb) Hífenc) Ítensd) Hífense) Rítmo

5. Acentue, na série abaixo, a única palavra que o exigir.a) nuvensb) pessoac) jurid) exigi-loe) hifens

6. Acentue, se for obrigatório.a) heroib) misantropoc) remoinhard) saudadee) pegada

Page 61: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

7. Todos os itens apresentam vocábulos que devem ser acentuados graficamente, exceto:

a) egoista / alcool / giriab) ritmo / gratuito / arcaicoc) zenite / estrategia / levedod) arquetipo / bavaro/ orgãoe) jesuita / carnauba / omega

8. Em um dos grupos abaixo, há um vocábulo cuja grafia não obedeceu às regras de acentuação. Indique-o .

a) fiéis / refénsb) táxi / ínterimc) arcaico / continued) tupi / andaraíe) gratuito / moinho

9. Só em uma série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente, assinale-a .

a) rápido / séde / côrteb) satanás / ínterim / espécimec) corôa / vatapá / automóveld) cometí / pêssegozinho / viúvoe) lápis / raínha / côr

10.Assinale a única série em que pelo menos um vocábulo apresenta erro no que diz respeito à acentuação gráfica.

a) urubú / bainha / raizb) grajaú / automóvel / retémc) pôde / vôos / revêemd) colibri / raízes / balaústree) amá-la / colher / álbum

RESPOSTAS EXERCÍCIOSACENTUAÇÃO GRÁFICA

1 . PÊLO / PÉLO / PÊRA PÔLO / PÓLO/ PÊLO PÔLA/ PÔLO/ PÓLO2. A3. D4. B5. C6. A7. B8. E9. B10.A

EXERCÍCIOS

Instruções :

Page 62: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

1 . nas questões de 01 a 05 marque “V” para verdadeiro e “F” para falso, nas demais observe o comando. 2 . use caneta esferográfica azul ou preta. 3 . não rasure.Leia o texto abaixo para responder as questões 01 e 02.

Viola enluarada

1 A mão que toca um violão se for preciso faz a guerra, mata o mundo, fere a terra. 4 A voz que canta uma canção se for preciso canta um hino: louva a morte. 7 Viola em noite enluarada no sertão é como espada: esperança de vingança. 10 O mesmo pé que dança um samba se for preciso vai à luta capoeira.

13 Quem tem de noite a companheira sabe que a paz é passageira pra defendê-la se levanta 16 e grita: eu vou! Mão, violão, canção, espada E viola enluarada 19 pelo campo e cidade... porta-bandeira, capoeira, desfilando, vão cantando: liberdade, liberdade...

( Marcos valle e Paulo Sérgio valle / saudade seresteira )

Questão 01 De acordo com o texto, julgue os itens abaixo. ( 1 ) Em cada um dos quatro períodos da primeira estrofe, há uma oração que exprime condição. ( 2 ) Pela leitura do verso 10, infere-se que o vocábulo mesma pode estar implícito nos versos 1 e 4. ( 3 ) Os termos “Quem” (v.13) e “Eu” (v.16) têm o mesmo referente semântico. ( 4 ) O objeto direto do verbo defender (v.15) é um pronome que se refere exclusivamente a “companheira” (v.13), estando, portanto, correta a concordância do período.

Questão 02Considerando a leitura compreensiva da letra da canção de Marcos Valle e

Paulo Sérgio Valle, julgue os itens a seguir. ( 1 )O texto aborda diferentes possibilidades de relação política do músico com o mundo. ( 2 )No final da primeira estrofe, a capoeira pode ser vista sob duas maneiras distintas: uma forma de bailado, portanto destacando-se o lado plástico da dança, e um jogo de poder, reforçando-se o componente bélico dos movimentos.

Page 63: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

( 3 ) “Liberdade”, palavra repetida no encerramento, em combinação com o título do poema, surge como obje- tivo do trabalho do violeiro. ( 4 ) Nos versos 7 e 8, há uma referência ao luar.

Questão 03Observe os itens abaixo. I - Espero que seja você o escolhido. II - Se quiser, acredite no que te contei. III - Foste o aprovado no teste. IV - Sê bondoso e auxilia-o.Levando-se em consideração a concordância verbal, julgue os itens. ( a ) I e II estão corretos. ( b ) II e IV estão corretos. ( c ) II está incorreto. ( d ) todos estão corretos.

Leia, com atenção, o texto abaixo SALTO NAS ALTURAS Bungee Jump no Rio e em São Paulo atrai aqueles que buscam um pouco mais de adernalina

Para quem gosta de emoções fortes de sentir o prazer do medo e da explosão de adrenalina por todo o corpo, um novo brinquedo está se tornando obrigatório : saltar de 40 metros de altura amarrado apenas por um cabo elástico e experimentar a sensação onírica de enfrentar a gravidade por alguns segundos. Todos os dias, faça sol ou chuva, centenas de pessoas se acotovelam em um pátio da zona sul de São Paulo ou nas areias de Copacabana para participar do bungee jump ou do high jump (uma versão mais light). A procura pela diversão é surpreendente.(...) Medo? Faz parte do jogo. Aliás, é esse sentimento que dá a pitada de excitação da brincadeira. “Todos que vêm até aqui querem sentir medo”, assegura Joaquim de Almeida, coordenador da Radical Jump.(...) Os organizadores da brincadeira asseguram, é claro, que não há risco no salto. E de fato, até a semana passada, nunca houve um acidente. Mas o brinquedo chegou a ser interditado pela prefeitura por algumas horas, no início do mês. Os técnicos municipais exigiam a presença de uma equipe médica para prevenir cardíacos e selecionar os saltadores. No Rio, uma novidade pode ser do tamanho certo para os mais preocupados. Desde março, a cidade conta com três high jump, um brinquedo que consiste em duas estruturas metálicas de 11 metros de altura nas quais os aventureiros podem se pendurar e balançar no ar. Não é como o bungee jump, mas também serve para quem gosta de adrenalina. (Istoé / 97)

Questão 04De acordo com o texto, julgue os itens.

( 1 ) Em nenhuma parte do texto está expressa a idéia de que as pessoas que buscam o salto nas alturas estão testando uma lei da física.

Page 64: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

( 2 ) O texto afirma o modismo, que caracteriza a maioria das novidades experimentadas por jovens e adultos.

( 3 ) A linguagem do texto é basicamente informativa ( 4 ) Há, no texto, incidência de informação crítica.

Questão 05Julgue os itens abaixo quanto à gramática normativa.

( 1 ) No período “ Foi aí que todos entramos.”, embora não seja concordância lógica, há uma silepse de pessoa, amplamente abonada pelo uso literário. ( 2 )Em “Eles parece estarem.”, a concordância verbal está correta. ( 3 ) No período “Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila.”, há erro de concordância. ( 4 ) “Foi eu que contou.”, o período está correto.

GABARITO

01 – F V V F

02 –V F V V

03 – b - quiseres tu/ te contei. 04 – V V V F

05 – V V V F

Instruções : 1 . nas questões de 01 a 05 marque “V” para verdadeiro e “F” para falso, nas demais observe o comando. 2 . use caneta esferográfica azul ou preta. 3 . não rasure.

Leia o texto abaixo para responder as questões que se seguirem.

Enfim, um indivíduo de idéias abertas

A coceira no ouvido atormentava. Pegou o molho de chaves, enfiou a mais fininha na cavidade. Coçou de leve o pavilhão, depois afundou no orifício encerado. E rodou, virou a pontinha da chave em beatitude, à procura daquele ponto exato em que cessaria a coceira. Até que , traque , ouviu o leve estalo e, a chave enfim no seu encaixe, percebeu que a cabeça lentamente se abria.

( Marina Colasanti )

Page 65: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Questão 01De acordo com a interpretação do texto, e levando-se em consideração a

subjetividade expressa pela autora e a percepção dos elementos mais importantes dos períodos, julgue os itens abaixo com relação ao sentido denotativo das idéias contidas no texto. ( 1 ) “ A coceira no ouvido atormentava.” significa que algo do mundo externo incomodava. ( 2 ) “... depois enfiou no orifício encerado.” , quer dizer que saiu do estado de superficialidade. ( 3 ) Em “... à procura daquele ponto exato em que cessaria a coceira.”, há uma locução prepositiva e a expressão “em que” poderia ser substituída por “onde” sem que houvesse alteração semântica no período. ( 4 ) No período “... a cabeça lentamente se abria”, o termo grifado caracteriza voz passiva sintética.

Questão 02De acordo com o texto, julgue os itens abaixo.

( 1 ) Em “ ... enfiou a mais fininha na cavidade.”, o complemento verbal é classificado como objeto direto. ( 2 ) Há uma incidência grande do uso da pontuação, o que caracteriza esse tipo de texto por ser um recurso uti- lizado pelo autor para enfatizar a linguagem. ( 3 ) No primeiro parágrafo, há uma ocorrência de vários verbos transitivos diretos e os objetos dos respectivos dos respectivos verbos estão implícitos. ( 4 ) O sujeito dos períodos está elíptico, o que pode também ser classificado como simples.

Questão 03Ainda com relação ao texto, julgue os itens.

( 1 ) o poema opõe-se a necessidade de fazer à constatação do que se deixa de fazer. ( 2 ) o parágrafo final acrescenta a idéia de que pouco foi feito, o desconhecimento da própria essência e do sentido desta. ( 3 ) o parágrafo final apenas repete idéias já lançadas anteriormente. ( 4 ) o parágrafo final do poema apresenta a fatalidade do destino humano.

Questão 04Considere as seguintes afirmações sobre o uso das reticências em “ cidadãos

assinando papéis, papéis, papéis...”

I - Foram utilizadas como corte de uma frase para nela ser intercalada uma outra. II - Foram elas utilizadas como recurso de expressão.

III - Foram elas utilizadas para intensificar a reiteração do termo “papéis”.

Assinale a alternativa correta :a) apenas as afirmações I e II estão corretas.b) apenas as afirmações I e III estão corretas.c) apenas as afirmações II e III estão corretas.d) apenas a afirmação I está correta.e) apenas a afirmação II está correta.

Questão 05

Page 66: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Julgue os itens abaixo quanto à gramática normativa. ( 1 ) No período “Haviam, naquela noite, trezentas pessoas no salão.”, o termo grifado é sujeito. ( 2 ) Em “ Faz dias que não o vejo.”, o sujeito do verbo fazer está indeterminado. ( 3 ) Em “Ama-se aos filhos mais do que se ama aos pais.”, os verbos grifados são transitivos diretos preposicionados. ( 4 ) “ Tornaram inúteis os meus esforços.”, o verbo caracteriza sujeito indeterminado.

Page 67: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

GABARITO

01 – F V V F

02 – V V V V

03 – F F F F

04 - C

05 – F F F V

Instruções -*Nas questões que se seguirem, marque “V “ para verdadeiro e “F” para falso.*Não rasure.

TEXTO I Palavras e idéias Othon Moacir Garcia

Há alguns anos, o Dr. Johnson O”Connor, do laboratório de Engenharia Humana, de Boston, e do Instituto de Tecnologia, de Hoboken, Nova Jersey, submeteu a um teste de vocabulário cem alunos de um curso de formação de dirigentes de empresas industriais (industrial executives), os executivos. Cinco anos mais tarde, verificou que dez por cento que haviam revelado maior conhecimento ocupavam cargos de direção, ao passo que dos vinte e cinco por cento mais fracos nenhum alcançara igual posição. Isso não prova, entretanto, que, para vencer na vida, basta Ter um bom vocabulário; outras qualidades se fazem, evidentemente, necessárias. Mas parece não restar dúvida de que, dispondo de palavras suficientes e adequadas à expressão do pensamento de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições de assimilar conceitos, de refletir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo léxico seja insuficiente ou medíocre para tarefa vital da comunicação. Pensamento e expressão são interdependentes, tanto é certo que as palavras são o revestimento das idéias e que, sem elas, é praticamente impossível pensar. Como pensar que “amanhã tenho uma aula às oito horas”, se não prefiguro mentalmente essa atividade por meio dessas ou de outras palavras equivalentes? Não se pensa in vácuo. A própria clareza das idéias ( se é que as temos sem palavras) está intimamente relacionada com a clareza e a precisão das expressões que as traduzem. As próprias impressões colhidas em contato com o mundo físico, através da experiência sensível, são tanto mais vivas quanto mais capazes de serem traduzidas em palavras – e sem impressões vivas não haverá expressão eficaz. É um circulo vicioso, sem dúvida : “... nossos hábitos linguísticos afetam e são igualmente afetados pelo nosso comportamento, pelos nossos hábitos físicos e mentais normais, tais como a observação, a percepção, os sentimentos, emoção, a imaginação”. De forma que um vocabulário escasso e inadequado, incapaz veicular impressões e concepções, mina o próprio desenvolvimento mental, tolhe a imaginação e o poder criador, limitando a capacidade de observar, compreender e até mesmo de sentir. “Não se diz nenhuma novidade ao afirmar que as palavras, ao mesmo tempo que veiculam o pensamento, lhe condicionam a formação. Há século e meio, Herder já proclamava que um povo não podia ter uma idéia sem que para ela possuísse uma palavra”, testemunha Paulo Rónai em artigo publicado no Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, e mais tarde transcrito na Segunda edição de Enriqueça o Seu Vocabulário, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.

Page 68: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Portanto, quanto mais variado e ativo é o vocabulário disponível, tanto mais claro, tanto mais profundo e acurado é o processo mental da reflexão. Reciprocamente, quanto mais escasso e impreciso, tanto mais dependentes estamos do grunhido, do grito ou do gesto, formas rudimentares de comunicação capazes de traduzir apenas expansões instintivas dos primitivos, dos infantes e ..., dos irracionais.

De acordo com a leitura do texto, julgue os itens das questões de 01 a 03.

QUESTÃO 01

( 1 ) “... os dez por cento que havia revelado maior conhecimento” e “... os dez por cento que haviam revelado maior conhecimento” estão corretas segundo as normas de concordância verbal. ( 2 ) A palavra medíocre, na linha 19 significa médio.( 3 ) O que, na linha 14, classifica-se como pronome relativo.( 4 ) “Pensamento e expressão são interdependentes”, está incorreta a concordância verbal uma vez que o verbo deveria estar no singular já que os núcleos são sinônimos.

QUESTÃO 02( 1 ) A aquisição de um bom vocabulário é uma espécie de curriculum vitae de dispõe a pessoa.( 2 ) Podemos resumir o texto I com o seguinte dizer: “Dize-me o que falas e te direi quem és”.( 3 ) Dentro desta mudança as palavras alteram o seu campo semântico.( 4 ) A língua é viva e, assim como a norma, ela muda diariamente de acordo com o cotidiano das pessoas.

QUESTÃO 03( 1 ) A leitura diária não interfere nas idéias, já que elas não dependem de maior ou menor vocabulário, uma vez que as palavras e idéias são independentes.

( 2 ) “... as palavras, ao mesmo tempo que veiculam o pensamento , lhe condicionam formação”, há erro de colocação pronominal na frase destacada. ( 3 ) As reticências usadas no texto mostram a citação ( fala ) de opiniões a respeito do assunto em questão.( 4 ) Em “ Isso não prova, entretanto, que, para vencer... “ , o termo grifado foi usado de forma correta.

Leia o texto abaixo.

Texto II O leitor ideal Mário Quintana

O leitor ideal para o cronista seria aquele a quem bastasse uma frase. Uma frase ? Que digo ? Uma palavra ! O cronista escolheria a palavra do dia : “árvore” por exemplo, ou “menina”. Escreveria essa palavra bem no meio da página, com espaço em branco para todos os lados, como um campo aberto aos devaneios do leitor. Imaginem só uma meninazinha solta no meio da página. Sem mais nada. Até sem nome. Sem cor de vestido nem de olhos. Sem saber para onde ia ...

Page 69: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Que o mundo de sugestões e de poesia para o leitor ! E que cúmulo de arte a crônica ! Pois bem sabeis que arte é sujestão... E se o leitor nada conseguisse tirar dessa obra-prima, poderia o autor alegar, cavilosamente, que a culpa não era do cronista. Mas nem tudo estaria perdido para esse hipotético leitor fracassado, porque ele teria sempre à sua disposição, na página, um considerável espaço em branco para tomar seus apontamentos, fazer os seus cálculos ou a sua fezinha... Em todo caso, eu lhe dou de presente, hoje, a apalavra “ventania”. Serve ?

De acordo com o texto, julgue os itens da questão 04 .

QUESTÃO 04( 1 ) O fundamento do texto reside na idéia de que a palavra principia o imaginário.( 2 ) O autor sugere que a arte transcende os limites do proposto pelo artista.( 3 ) A palavra “quem”, na frase inicial do texto, é um pronome relativo, que tem como referente “ leitor ideal”. ( 4 ) “Sem mais nada. Até sem nome. Sem cor de vestido nem olhos. Sem se saber para onde se ia...” , acrescentam circunstâncias de modo à oração “ Imaginem só uma meninazinha solta no meio da página.”

QUESTÃO 05( 1 ) Em “ E se o leitor nada conseguisse tirar dessa obra-prima” , a palavra grifada exerce a função de adjunto adverbial de negação.( 2 ) No penúltimo parágrafo do texto, “para esse hipotético leitor fracassado” é objeto indireto, como também “para o cronista” no parágrafo inicial.( 3 ) O tipo de texto caracteriza a pontuação usada pelo autor.( 4 ) O autor, no fim do texto, convida o leitor para que o mesmo continue o texto.

Page 70: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Leia o texto abaixo.Texto III Então o olhar... mas eu não vou desviar do tema... eu imagino o olhar. Se eu não olhasse, se eu não tivesse do mundo a apreensão pelo olhar, só aprendesse pelo tato, pelos ouvidos, pelo olfato, pelo gosto, se eu só aprendesse assim, que noção eu teria por exemplo da manhã ? O que seria a manhã, o amanhecer, o dia, e e o entardecer, a noite ? Que visão eu teria dessa realidade, se eu não apreendesse o mundo pelo olhar ? A textura, a corporeidade das coisas, dos objetos, é diferente se eu apenas os tocar com os dedos. Mas quando eu olho, a riqueza que a minha percepção recebe do olhar é uma coisa incomparável com relação à que os outros sentidos me permitem apreender. Então me parece que a construção do mundo humano deve muito ao fato de que o homem vê a realidade, de que ele apreende a realidade inclusive e principalmente pelo olhar. Ele é quase a base do conhecimento, não é verdade ? Mas se o olhar tem essa importância, é verdade também que eu apreendo pelo olhar elementos que pertencem a outros sentidos, e outros sentidos apreendem coisas que pertencem ao campo do olhar (...) Então, por exemplo, quando é de noite, uma noite escura e espessa, eu não tenho a noção dos planos. É uma realidade sem objetos, sem coisas, e isso nos faz ver o quanto a vista é significativa. Na medida em que a luz se acende, então, o mundo parace surgir para nós, revelado. Ferreira Gular. Barroco: olhar e vertigemDe acordo com o texto, julgue os itens da questão 06.

QUESTÃO 06( 1 ) Segundo o autor, o homem seria um ser funda mentalmente visual.( 2 ) No que diz respeito à apreensão da realidade, o autor é igual a São Tomé : precisa ver para crer.( 3 ) O autor lança mão de recursos retóricos em um texto predominantemente argumentativo.( 4 ) Em “ o mundo parece surgir para nós, revelado no fim do texto, ocorre uma estrutura de predicado verbo-nominal.

GABARITO 1 - V F F F2 – F V V V3 - V V V V4 – V V V V5 – F F V V 6 – V F V V

Instruções – - Nas questões que se seguirem, marque “v” para verdadeiro e “F” para falso.- Não rasure.

Texto I

O Gigolô das palavras

Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Forroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português : saber se eu considerava o estudo da gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas

Page 71: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão ! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente. Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo : dizer “escrever claro” não é certo mas é claro, certo ? O importante é comunicar. ( E quando possível surpreender, iluminar, divertir, comover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que agente nota nas fotografias em grupo dos Membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em gramática pura. Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas – isto eu disse - vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um Gigolô das palavras. Vivi às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito. Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa ! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.

De acordo com o texto, julgue os itens das questões de 01 a 03.

QUESTÃO 01( 1 ) A função da gramática seria estabelecer as regras para o bom uso da língua.( 2 ) O texto sustenta uma visão estática da comunicação escrita.( 3 ) O autor do texto coloca-se em posição antagônica à estrutura da língua.( 4 ) “ A gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.” , significa dizerque a gramática deve subordinar-se ao cotidiano.

QUESTÃO 02( 1 ) Nas frases “Vivo às suas custas” e “ vivo à mercê de suas custas’ , o uso da crase se just fica pelo mesmo motivo.

Page 72: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

( 2 ) Na frase “As múmias conversam entre si em gramática pura.” , a expressão sublinhada exerce a função de adjunto adverbial de companhia.( 3 ) Ainda analisando a frase acima, a expressão “... em gramática pura” é classificada como adjunto adverbial de modo.( 4 ) Após a leitura do texto, verifica-se o emprego da palavra gramática com inicial maiúscula devido ao efeito de personificação da mesma.

QUESTÃO 03( 1 ) A frase “”Eles mesmos tinham escolhido os nomes” estaria contrariando a forma culta da língua, se a expressão destacada fosse substituída por “os mesmos”.( 2 ) Identifica-se no texto as funções da linguagem emotiva, conativa e referencial.( 3 ) O texto apresenta forte argumentação contra o culto à gramática, caracterizando uma dissertação. ( 4 ) O autor diz , no segundo parágrafo, que a gramática só predomina nas línguas mortas. O verbo predominar poderia ser substituído pelo verbo sobressair sem prejuízo de sentido.

QUESTÃO 04Observe a afirmativa abaixo.

Na época da seca, o Governo do Distrito Federal fez uma campanha contra as queimadas, utilizando, entre outros recursos, um cartaz com os seguintes dizeres :

FUMANTESEGURE AS PONTAS !

A partir da leitura dessa frase, julgue os itens :( 1 ) A palavra “FUMANTE” desempenha função sintática de sujeito da oração.( 2 ) O verbo da oração está empregado de modo a exercer apelo, conselho, ordem ao destinatário da mensagem.( 3 ) A mensagem sugere várias interpretações, entre elas : o fumante deve segurar as pontas do cigarro, não as atirando no cerrado e o fumante deve se controlar para fumar menos.( 4 ) A função da linguagem predominante na frase é a fática.

QUESTÃO 05O texto publicitário, além de se caracterizar por um forte apelo ao público leitor,

também se apóia nos valores culturais de seu tempo. Leia o seguinte anúncio de assinatura de TV a cabo .

“ Até que enfim uma vantagem para quem já assina a CABLETEV : 50% de desconto para assinar a NOTAV.”

Julgue os itens a seguir.( 1 ) A “vantagem” anunciada é o desconto de 50% na assinatura da NOTAV.( 2 ) O texto sugere que as pessoas que assinam a CABLETEV têm muitas vantagens.( 3 ) O texto é uma propaganda da NOTAV.( 4 ) No texto, o emprego de dois pontos induz uma enumeração.

QUESTÃO 06Leia o texto que se segue.

Poema tirado de uma notícia de jornal.

“João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro.Bebeu.

Page 73: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Cantou.Dançou.Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. (Manuel Bandeira)Julgue os itens.( 1 ) Há, no poema, três apostos indicadores de especificação.( 2 ) Em “carregador” (linha 01) , identifica-se sufixo indicador de agente da ação de carregar.( 3 ) A função sintática de “feira-livre” (linha 01) é complemento nominal.( 4 ) Há infração da norma culta no emprego da preposição em , no texto.

GABARITO 1 – V V F V2 - V F V V 3 - V V V V 4 - F V V V5 – V.F.F. F6 – V V F V

INSTRUÇÕES1. Esta prova é composta de 03 questões, distribuída em 40 itens, devendo ser marcado “V” para verdadeiro e “F” para falso.2. Use caneta esferográfica azul ou preta.3. Não rasure.

TEXTO 01

“ SER RESPONSÁVEL” é responder pelos próprios atos, é corresponder. No Jardim do Éden, foi um Adão imaturo que, ao descobrir que comera o fruto proibido, colocou a responsabilidade em Eva. E foi uma Eva imatura que, por sua vez, colocou-a na tentação da serpente. Aristóteles foi um dos primeiros a observar que nos tornamos as pessoas que somos devido às nossas próprias decisões. A filósofa Inglesa Mary Midgley diz que o ponto central, de verdadeira excelência do existencialismo é a aceitação da responsabilidade de ser como nos fizemos, a recusa a dar falsas desculpas. Soren Kierkgaard, um dos pioneiros do existencialismo do século XIX, deplorava os efeitos nocivos dos grupos e das multidões em nosso senso de responsabilidade. Ele diz “Uma multidão em seu próprio conceito é o falso, pelo fato de deixar o indivíduo completamente impune e irresponsável ou, no mínimo, enfraquecer seu senso de responsabilidade, reduzindo-o a uma fração”. Nas confissões, Santo Agostinho usou esse senso de responsabilidade enfraquecido pela pressão dos pares como traço central da meditação sobre o vandalismo de sua juventude “porque temos vergonha de recuar quando os outros dizem “vamos”!. E insistiu tanto quanto Aristóteles e os existencialistas no reconhecimento da responsabilidade pessoal pelo que fazemos. Um senso de responsabilidade enfraquecido não enfraquece o fato da responsabilidade.

O livro das Virtudes - William J. Bennet. Ed. Nova Fronteira

QUESTÃO 01

Page 74: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

De acordo com a análise do texto, julgue os itens abaixo.

( 1 ) O período “... ao descobrir que comera o fruto proibido.” , (linhas 03 e 04 ) encerra uma relação de proporcionalidade.( 2 ) Há no comportamento entre Adão e Eva uma relação de cumplicidade.( 3 ) No trecho “... é a aceitação da responsabilidade de ser como nos fizemos” (linhas 12 e 13 ) a conjunção grifada pode ser substituída, sem alteração do sentido por enquanto.( 4 ) No trecho “... um dos pioneiros do Existencialismo do século XIX,... (linhas 14 e 15) a palavra grifada tem como sinônimo antagonistas.

QUESTÃO 02Faça como na questão anterior.( 1 ) Segundo se depreende do texto, há uma diferença de comportamento entre o individual e o coletivo porque o individual absorve o coletivo.( 2 ) Do comportamento de Adão e Eva tiramos a seguinte lição : as pessoas sempre buscam um culpado para se eximirem de suas próprias responsabilidades.( 3 ) Traduzindo o pensamento da filósofa Mary Midgley se chega à conclusão de que a desculpa mascara a responsabilidade.( 4 ) Do pensamento do grande Aristóteles, infere-se que quanto mais indeciso mais animalesco se torna o homem.

QUESTÃO 03Ainda com relação ao texto, julgue os itens.( 1 ) Podemos dizer, segundo Aristóteles, que é atributo do ser humano a segurança.( 2 ) Santo Agostinho dizia que temos vergonha de recuar quando os outros dizem “vamos!” . Está implícita em “vamos!” uma idéia de companheirismo. ( 3 ) O sinônimo de deplorava (linha 15) é abominava. ( 4 ) Resumindo o texto, em termos de ação, chega-se à conclusão de que a grande responsável na história de Adão e Eva é a serpente.

INSTRUÇÕES : 1. nas questões de 01 a 05 marque “V” para verdadeiro e “F” para falso,

nas demais observe o comando.2. Use caneta esferográfica azul ou preta.3. não rasure.

“ Com a linguagem nos é permitido somar e multiplicar a força do pensamento...” ( Lima Barreto ) . Leia os textos a seguir para responder as questões de 01 a 07.

TEXTO 01 TEXTO 02

A NOITE DISSOLVE OS HOMENS AGOSTO 1964

A noite desceu. Que noite!Já não enxergo meus irmãos.E nem tampouco os rumores

Que outrora me perturbavam.A noite desceu. Nas casas,nas ruas onde se combate,nos campos desfalecidos,a noite espalhou o medo

Entre lojas de flores e de sapatos, bares,

mercados , butiques, viajonum ônibus Estrada de ferro – Leblon.

Volto ao trabalho, a noite em meio,

fatigado de mentiras.O ônibus sacoleja. Adeus Rimbaud,

Page 75: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

sacoleja. Adeus Rimbaud,e a total incompreensão.

concretismo,A noite caiu. Tremenda,

juventude, adeus,sem esperança...os suspirosacusam a presença negra

donos do mundo.que paralisa os guerreiros.

sufoca,E o amor não abre caminho

militar.na noite. A noite é mortal,completa, sem reticências,a noite dissolve as pátrias,

à vida,apagou os almirantes

e meu reino.cintilantes! nas suas fardas.

A noite anoiteceu tudo...O mundo não tem remédio.

tortura,Os suicidas tinham razão.

Aurora,entretanto eu te diviso, ainda tímida,

inexperiente das luzes que vais acendere dos bens que repartirás com todos os

homens. Ferreira gullar.

Sob o úmido véu de raivas, queixas e humilhações,

advinho-te que sobes, vapor róseo, expulsando a treva noturna.

O triste mundo facista se decompõe ao contato de teus dedos,

teus dedos frios, que ainda se não modelaram

mas que avançam na escuridão como um sinal verde e peremptório.

Minha fadiga encontrará em ti o seu termo,

minha carne estremece na certeza de tua vinda.

O suor é um óleo suave, as mãos dos sobreviventes se enlaçam,

os corpos hirtos adquirem uma fluidez,uma inocência, um perdão simples e

macio...Havemos de amanhecer. O mundo

se tinge com as tintas da antemanhãe o sangue que escorre é doce, de tão

necessáriopara colorir tuas pálidas faces, aurora.

Carlos Drummond de Andrade.

relógio de lilases, concretismo,neoconcretismo, ficções da juventude,

adeus,que a vida eu a compro á vista aos donos

do mundo.poesia agora responde a inquérito policial-

militar.Digo adeus à ilusão

mas não ao mundo. Mas não à vida,meu reduto e meu reino.

Do salário injusto,da punição injusta,

da humilhação, da tortura, do terror,Retiramos algo e com eleconstruímos um artefato,

um poema,uma bandeira.

Page 76: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Questão 01Após a leitura comparativa dos textos 01 e 02, julgue os itens abaixo.

( 1 ) Predomina, nos dois textos, a linguagem conotativa e por conseguinte, a função conotativa da linguagem. ( 2 ) É quase imperceptível nos textos lidos a relação dos mesmos ao seu momento histórico. ( 3 ) É válido afirmar que nos dois poemas evidenciam-se sentimentos de desilusão e esperança, de destruição e vida. ( 4 ) O primeiro poema se sustenta em imagens metafóricas para que seja justificado o sentimento do eu expresso no texto em relação ao momento histórico vivido por ele.

Questão 02Baseando-se na leitura dos textos, julgue os itens.

( 1 ) A noite representa, no texto 01, a dissolução de todos os valores, e frente à desesperança trazida por ela, surgem sentimentos como a indiferença , a resignação e o desespero. ( 2 ) Baseando-se na leitura do texto 02, é perceptível a incorporação de aspectos urbanos evidenciada nas duas primeiras estrofes. ( 3 ) Fica evidente no texto 02 que o eu-lírico já tinha sido um sonhador, amante das artes e desiludido do momento histórico em que vive, contrário ao regime instaurado, apesar de sucumbir tacitamente ao mesmo. ( 4 ) Seria correto afirmar, de acordo com o texto 02, que o eu-lírico acena a chegada da maturidade ( Segunda estrofe) como causa de sua visão política bastante engajada, ou mesmo, crítica.

Questão 03

“ Num texto, o sentido de cada parte é definido pela relação que mantém com as demais constituintes do todo; o sentido do todo não é mera soma das partes, mas é dado pelas múltiplas relações que se estabelecem entre elas.” Com base nas relações entre as palavras, ou mesmo orações, nos textos lidos, julgue os itens abaixo. ( 1 ) Em “Digo adeus à ilusão mas não ao mundo” (texto 02, v. 14 e 15 ), temos o mesmo número de orações que “ já não enxergo meus irmãos”. (texto 01, v.02 ). ( 2 ) Em “... como um sinal verde e peremptório”(texto 01, v. 33 ), temos uma oração subordinada. ( 3 ) Temos em “meu reduto e meu reino” (texto 02, v.16 ) um vocativo. ( 4 ) No período “... entretanto eu te diviso...” (texto 01, v.26 ) o termo entretanto é uma conjunção coordenativa adversativa. Questão 04

( 1 ) Em “ O mundo se tinge com as tintas da antemanhã e o sangue que escorre é doce...” (texto 01, v. 39, 40, 41) temos uma oração coordenada assindética e outra sindética aditiva. ( 2 ) No período “ Entre lojas de flores e de sapatos” (texto 02, v.01) os termos “de flores e de sapatos” qualificam o termo lojas. ( 3 ) Em “Já não enxergo meus irmãos. E nem tampouco os rumores...” (texto 01, v.02 e 03) temos uma oração coordenada sindética aditiva, expressa pela conjunção “nem”. ( 4 ) Predomina, no texto 01, o uso de período composto por coordenação.

Page 77: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Questão 05Observando as normas gramaticais que unem os períodos compostos, e

levando-se em conta as orações subordinadas substantivas, analise os períodos abaixo.

1 – Estamos procurando quem possa ajudar as criancinhas.

2 - Tenho a impressão de que será uma prova difícil para mim.

3 – A verdade foi que os preços sempre aumentaram.

4 - O sucesso depende de que confies em ti mesmo.

Questão 06Faça como na questão anterior.

1 – Convinha a todos que você partisse.

2 – O problema foi que chegaste tarde.

3 – Disse-me algo terrível : que ia casar...

4 – Este livro foi escrito por quem nada entende de literatura.

GABARITO 1 – F F V V 2 – V V V F3 – F V V V 4 – V V V V 5 – O. DIRETA C. NOMINAL PREDICATIVA O . INDIRETA6 – SUBJETIVA PREDICATIVA APOSITIVA AGENTE DA PASSIVA.

INSTRUÇÕES

1. Esta prova é composta de 07 questões, distribuída em 40 itens, devendo ser marcado “V” para verdadeiro e “F” para falso.2. Use caneta esferográfica azul ou preta.4. Não rasure.

TEXTO 01

CÍRCULO VICIOSO Machado da Assis

Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume :- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,

Page 78: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme :

- Pudesse eu copiar o transparente lume,Que , da grega coluna à gótica janela,

Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !Mas a lua, fitando o sol, com azedume :

- Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquelaClaridade imortal, que toda luz resume !

Mas o sol, inclinando a rútila capela :

- Pesa-me esta brilhante auréola de nume...Enfara-me esta luz e desmedida umbela...Por que não nasci eu simples vaga-lume ?

QUESTÃO 01De acordo com o texto, julgue os itens abaixo.( 1 ) A frase que traduz bem o sentido do texto é “O sofrimento universal é inevitável”.( 2 ) O adjetivo empregado em sentido figurado na primeira estrofe é inquieto.( 3 ) A palavra “lume” , no quinto verso, pode ser substituída, sem prejuízo de sentido por “luz”. ( 4 ) A palavra “azedume” no oitavo verso tem como sinônimo “ inveja”.

QUESTÃO 02 Faça como na questão anterior.( 1 ) O verbo que aparece elíptico três vezes no texto é “dizer” .( 2 ) O autor usou o adjetivo “inquieto” na primeira estrofe motivado pela luminosidade mágica e ofuscante da loura e distante estrela.( 3 ) No texto, quem apresenta uma claridade imortal é a estrela.( 4 ) O verso ‘ Porque não nasci eu um simples vagalume”. , traduz inveja.

QUESTÃO 03Quanto à morfossintaxe, julgue os itens abaixo.( 1 ) No período “... e ele não pesa mais que a mão de uma criança. , a locução grifada é prepositiva.( 2 ) Em “ Tempo em que não se diz mais : meu amor a classificação das palavras grifadas é, respectivamente, preposição / pronome / adjetivo.( 3 ) No período “ Uma multidão em seu próprio conceito é o que é falso, pelo fato de deixar o inivíduo completamente impune e irresponsável ou, no mínimo, enfraquecer seu senso de responsabilidade, reduzindo-o a uma fração.” – a classificação do o grifado é, respectivamente : pronome demonstrativo / pronome oblíquo / artigo.( 4 ) Em “ Faze o que puderes agora com o que dispões.” , o termo grifado exerce a função sintática de adjunto adverbial.

QUESTÃO 04Faça como na questão anterior.( 1 ) No período “ Pedra que rola não cria limo.”, o termo grifado é pronome relativo.( 2 ) Em “ Dia de muito, véspera de pouco.”, observa-se uma oposição.( 3 ) No trecho “Antes que todos chegassem, os presentes foram abertos.” , o uso da vírgula é obrigatório pelo fato de tratar-se de aposto.

Page 79: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

( 4 ) Nos períodos “A casa de palha fica logo ali.” ,“ Amor de mãe é necessário.” e “Estava à procura de paz. , os termos grifados são, respectivamente : locução adjetiva / locução adjetiva /locução prepositiva.

QUESTÃO 05Observe o fragmento abaixo :“ Já não serei tão só, nem irás tão sozinha : Há de ficar comigo uma saudade tua... Hás de levar contigo uma saudade minha...”

De acordo com o fragmento, julgue os itens.( 1 ) Repare que, no fragmento, as frases estão construídas de forma idêntica. É o que se chama de paralelismo sintático. Essa construção, reforçada pelas reticências, reforça a idéia de “separação”.( 2 ) Os possessivos tua e minha funcionam semanticamente como verdadeiros complementos nominais de saudade .( 3 ) No período “ No meio do caminho tinha uma pedra / Tinha uma pedra no meio do caminho.” Pode-se afirmar que houve uma inversão sintática do segundo para o primeiro.( 4 ) O sentido do possessivo ‘MINHA” em “Minha alcova” e “ Saudade minha” é o mesmo.

GABARITO 1 – V F V V 2 - V F F V3 – F F F V4 – V V F V5 – V V V F

INSTRUÇÕES

1. Esta prova é composta de 07 questões, distribuída em 40 itens, devendo ser marcado “V” para verdadeiro e “F” para falso.2. Use caneta esferográfica azul ou preta.5. Não rasure.

TEXTO 01

A Borboleta preta

No dia seguinte, como se eu tivesse a preparar-me para descer, entrou no meu quarto uma borboleta, tão negra como a outra, e muito maior do que ela. Lembrou-me o caso da véspera, e ri-me ; entrei logo a pensar na filha de D. Eusébia, no susto que tivera, e na dignidade que, apesar dele, soube conservar. A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me na testa. Sacudi-a, e ela foi pousar na vidraça; e, porque eu a acudisse de novo, saiu dali e veio parar em cima de um velho retrato de meu pai. Dei de ombros, saí do quarto; mas tornando lá, minutos depois, e achando-a ainda no mesmo lugar, senti um repelão dos nervos, lancei mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu.

Não caiu morta; ainda torcia o corpo e movia as farpinhas da cabeça. Apiedei-me; tomei-a na palma da mão e fui pô-la no peitoril da janela. Era tarde; a infeliz expirou dentro de alguns segundos. Fiquei um pouco aborrecido, incomodado.-__Também por que diabo não era ela azul ? disse comigo.(...)

Page 80: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

Pois um golpe de toalha rematou a aventura. Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores, nem a pompa das folhas verdes, contra uma toalha de rosto, dois palmos de linho cru. Vejam como é bom ser superior às borboletas! Porque, é justo dizê-lo, se ela fosse azul, ou cor de laranja, não teria mais segura a vida; não era impossível que eu a atravessasse com um alfinete para recreio dos olhos. Não era.

QUESTÃO 01De acordo com o texto, julgue os itens abaixo.( 1 ) O conformismo no texto chega quase ao cinismo pois o autor aceita e racionaliza a superioridade de um ser sobre o outro. ( 2 ) O terceiro parágrafo, introduzido por um travessão, reproduz um diálogo interior.( 3 ) A crueza e a força das idéias, simbolizadas em “dois palmos de linho cru” - no último parágrafo – deixa claro que não há nenhuma ilusão do autor.( 4 ) O início do texto é marcado por um adjunto adverbial de tempo, o que caracteriza o tipo de texto narrativo.

QUESTÃO 02 Julgue os itens de acordo com a sintaxe do texto.( 1 ) No período “... como eu estivesse a preparar-me para descer...” , - linha 01 – há uma supressão do termo sintático “se” .( 2 ) Em “ A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me na testa.”, o período grifado é classificado como oração subordinada adverbial temporal e pode-se afirmar também que é iniciado por uma conjunção integrante. ( 3 ) As reticências usadas entre o terceiro e o quarto parágrafo denotam supressão do pensamento.( 4 ) Em “ Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores, nem a pompa das folhas verdes ,...“ , temos quatro orações coordenadas sindéticas aditivas. QUESTÃO 03

Quanto à sintaxe do texto, julgue os itens abaixo.

( 1 ) Em “... tão negra como a outra, e muito maior do que ela.” , - linhas 1 e 2 - há ocorrência de duas comparações.( 2 ) No período “ Pois um golpe de toalha rematou a aventura.” – linnhas 23 e 24 – o termo grifado é preposição na função sintática de adjunto adnominal porque está indicando posse.( 3 ) O autor quis, como prova o excessivo uso de conjunções comparativas em todo o texto, mostrar que a morte seria a libertação do sistema opressivo que vive o homem, uma vez que borboleta e homem são os temas centrais dessa comparação.( 4 ) No último parágrafo o autor utiliza adjetivos na função de adjunto adnominal para mostrar que as características da borboleta não interfeririam em seu destino.

QUESTÃO 04Julgue os itens de acordo com a concordância verbal.

( 1 ) Em “ Houve ocasiões em que se fizeram levantamentos; praticamente não havia dados atualizados.” , há erro de concordância . ( 2 ) No período “Perante mim ninguém falou.” , o termo grifado foi usado corretamente.( 3 ) “Ao meu ver, só existe duas coisas para ela; estudar e piano. “ , o período apresenta erro de concordância.( 4 ) Em “ No futuro poderão desaparecer certos direitos de que hoje todos os indivíduos compartilham. “ , o verbo também poderia ser usado no singular “ poderá “.

Page 81: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

TEXTO IIA cidadania brasileira é analisada pelo jornalista Gilberto Dimenstein em seu

livro O Cidadão de Papel, ao qual pertence o fragmento que se segue:Durante muito tempo, o Brasi foi procurado por pessoas do mundo inteiro. Eram

italianos, espanhóis, portugueses, japoneses e alemães atrás de melhores chances. Viviam dizendo: “ O Brasil é um país do futuro! “ Mas o fluxo sofreu uma mudança brusca. Sem emprego, milhares de brasileiros estão se mudando para os Estados Unidos ou o Japão. Calcula-se que existam no exterior pelo menos quatrocentos mil brasileiros. Muitos deles vivem ilegalmente.

QUESTÃO 05Em relação ao texto, julgue os itens.

( 1 ) O sujeito eles, subentendido em “Viviam dizendo” ( l.4), refere-se tanto a “pessoas do mundo inteiro” (l.2) como a “italianos, espanhóis, portugueses, japoneses e alemães” (l. 2 e 3).( 2 ) O emprego da palavra “fluxo”(l. 6 ) mostra que os mesmos imigrantes que vieram legalmente para o Brasil estão agora saindo ilegalmente.

( 3 ) Se a oração absoluta “ Sem emprego, milhares de brasileiros estão se mudando para os Estados Unidos ou o Japão. “ (l. 6, 7 e 8 ) for interpretada no plano da significação, como uma relação de causa e conseqüência, poderá ser explicitada pelo período composto: Milhares de brasileiros estão se mudando para os Estados Unidos ou o Japão porque estão sem emprego.( 4 ) Na linha 4, o modo subjuntivo em que está empregado o verbo existir reforça a idéia de verdade científica introduzida por “calcula-se” .

TEXTO III

Certificado de garantia

Este certificado é uma vantagem adicional oferecida ao consumidor, porém, é imprescindível que além dele seja apresentada a correspondente nota fiscal de compra do aparelho, sem a qual este certificado não terá validade. É importante que seja lido atentamente o Manual de Instruções de uso do aparelho, impresso no verso da embalagem. Constatado eventual defeito de fabricação, o consumidor deverá entrar em contato com o assistente técnico credenciado mais próximo, pois somente esse está autorizado a examinar e reparar o aparelho no prazo de garantia.

QUESTÃO 06A respeito das estruturas sintáticas do texto, julgue os itens.

( 1 ) A oração subordinada adverbial “ Sem a qual este certificado não terá validade” (l. 4 e 5 ) expressa uma circunstância de proporcionalidade.( 2 ) O predicado nominal “É importante” (l. 6) tem como sujeito a oração que segue.( 3 ) A oração “Constatado eventual defeito de fabricação” ( l . ) é, sintaticamente, uma reduzida de particípio com valor de condicional.( 4 ) Em “... pois somente esse está autorizado...” ( L.13 ) o termo grifado é uma conjunção explicativa.

Page 82: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

GABARITO 1 – V V V V 2 - V F F F 3 – V F V V4 – F V V F5 – F F V V 6.– F V V V

Instruções : 1 . nas questões de 01 a 05 marque “V” para verdadeiro e “F” para falso, nas demais observe o comando. 2 . use caneta esferográfica azul ou preta. 3 . não rasure.Leia o texto abaixo para responder as questões que se seguirem.

HUMILDADE

Tanto que fazer !Livros que não se lêem, cartas que não se escrevem,línguas que não se apreendem,amor que não se dá, tudo quanto se esquece.Amigos entre adeuses, crianças chorando na tempestade,cidadãos assinando papéis, papéis, papéis...até o fim do mundo assinando papéis.E os pássaros detrás de grades de chuva,os mortos em redomas de cânfora.( e uma canção tão bela )Tanto que fazer !E fizemos apenas isto,e nunca soubemos quem éramosnem pra quê.

(Cecília Meireles)

QUESTÃO 01De acordo com a interpretação do texto, e levando-se em consideração a

capacidade de síntese quando se observaOs elementos mais importantes dos períodos, julgue os itens abaixo com relação ao par ou pares de idéias que permite, ou permitem, sintetizar o sentido da primeira estrofe. ( 1 ) ação / inércia ( 2 ) amor / ódio ( 3 ) cultura / natureza ( 4 ) recordar / esquecer

QUESTÃO 02De acordo com o texto, julgue os itens abaixo.( 1 ) no contexto do poema, os versos “ E os pássaros detrás de grades de

chuva, / e os mortos em redoma de cânfora” , podem ser interpretados como o aprisionamento e a inércia do homem. ( 2 ) nos versos “ tanto que fazer ! e “ E fizemos apenas isto.”, da última estrofe, podemos afirmar que o segundo verso se coloca em oposição ao primeiro e que essa oposição se explicita através do uso dos termos “tanto” e “apenas”. ( 3 ) aquele que fala no poema já passou por um modo de existência que ele próprio lamenta.

Page 83: 01 Ana Paula - Apostila de Lingua Portuguesa

( 4 ) o poema resume-se no elogio do trabalho, condição para a dignidade humana.

QUESTÃO 03Ainda com relação ao texto, julgue os itens.

( 1 ) o poema opõe a necessidade de fazer à constatação do que se deixa de fazer. ( 2 ) a estrofe final acrescenta a idéia de que pouco foi feito, o desconhecimento da própria essência e do sentido desta. ( 3 ) a estrofe final apenas repete idéias já lançadas anteriormente. ( 4 ) a estrofe final do poema apresenta a fatalidade do destino humano.

QUESTÃO 04Considere as seguintes afirmações sobre o uso das reticências em “ cidadãos

assinando papéis, papéis, papéis...” I - Foram utilizadas como corte de uma frase para nela ser intercalada uma outra. II - Foram elas utilizadas como recurso de expressão.

III - F oram elas utilizadas para intensificar a reiteração do termo “papéis”.Assinale a alternativa correta :

a)apenas as afirmações I e II estão corretas.b)apenas as afirmações I e III estão corretas.c)apenas as afirmações II e III estão corretas.d)apenas a afirmação I está correta.e)apenas a afirmação II está correta.

QUESTÃO 05Nas orações abaixo, identifique as classes gramaticais.

a) Com exceção dos secretários, todos infringiram as ordens do diretor.

b) A pobre mulher estava inconsolável : mês passado a apendicite deixara-lhe o marido na mesa de cirurgia, agora vinha o tal de diabete manifestar-se no filho.

c) Estávamos à distância de dois metros.

d) Cantastes lindas músicas.

e) Mostrara todas as regalias que desfrutava.

GABARITO 01 – V F F F 02 – V V V F03 – V V F F 04 - C