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  • 7/22/2019 00PPGCSO-MetodologiaPesquisaSocial-TurmaB-2012-3

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    Universidade Federal de Juiz de Fora

    Instituto de Cincias Humanas

    Programa de Ps-Graduao em Cincias Sociais

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    Metodologia em Pesquisa Social Turma B (Cdigos 216018 / 3009027)Pesquisa Qualitativa: Dilogos Antropolgicos (Cdigos216037 / 3009012)Horrio: Segunda-feira, 15:00 - 18:00 hs

    prof. Joo Dal Poz NetoSala

    ETNOGRAFIA: EXPERINCIA E COMPARAO EM ANTROPOLOGIA

    Ementa

    Fatos, valores e teorias em Cincia Social: Relativismo, empirismo e realismo crtico.Fundamentos lgicos e cientficos da pesquisa social. Integrao entre pesquisa e teoria:Relaes, causas e mecanismos sociais. Desenho da pesquisa e mtodos de coletas de dados.Base de dados: Conceito, estrutura e manipulao. Processamento e anlise de dados: Anliseunivarivel, bivarivel e multivarivel.

    Programa

    O curso prope uma reflexo sobre o mtodo etnogrfico e as prticas de campo, aos quais sejustapem os objetivos comparativos que caracterizam a Antropologia desde seus primrdios.De um lado, atravs de um inventrio preliminar de experincias de observao participante,alinhavado de modo a sugerir suas possibilidades de aplicao a outros contextos, bem comopara indicar as suas limitaes mais evidentes. De outro, enquanto um esforo deaprimoramento analtico dos instrumentos necessrios elaborao de projetos de pesquisaviveis, sejam eles fundados em investigaes empricas ou releituras bibliogrficas. As duasltimas sesses do curso sero dedicadas exposio e discusso dos projetos de pesquisa dosalunos. O trabalho final poder ser apresentado sob a forma de um projeto de pesquisa (de 10a 15 pginas), onde sobressaia a reflexo sobre metodologia a partir da bibliografia do curso.

    As aulas tero incio dia 20/agosto/2012 (segunda-feira). Os textos encontram-seno xerox do ICH Novo.

    BIBLIOGRAFIA

    Parte A: A OBSERVAO PARTICIPANTE

    1. LATOUR, Bruno, 2001. Referncia circulante: Amostragem do solo na floresta Amaznica,inA esperana de Pandora. Bauru: Edusc, p. 39-96.

    Aula I: Apresentao do Programa

    2. CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto, 1995. O lugar (e em lugar) do mtodo. Srie Antropologia,190. Braslia, 14 p.

    Aula II: Etnografia e mtodo

    3. HAMMERSLEY, Martyn & ATKISON, Paul, 1983. What is ethnography?, in Ethnography:principles in practice. London/ New York: Tavistock, p. 1-26.

    4. MALINOWSKI, Bronislaw, 1984. Argonautas do Pacfico Ocidental (1922) (Introduo eCaptulo IV). So Paulo: Abril Cultural, p. 17-34, 87-100.

    Aula III: Malinowski em campo

    5. DURHAM, Eunice Ribeiro, 1978. A reconstituio da realidade: um estudo sobre a obraetnogrfica de Bronislaw Malinowski(Captulos I e II). So Paulo, tica, p. 11-87.

    6. MAGNANI, Jos G. C., 1986. Discurso e representao, ou De como os baloma de Kiriwinapodem reencarnar-se nas atuais pesquisas, in R. CARDOSO (org.) A Aventuraantropolgica. Rio de janeiro: Paz e Terra, p.127-140.

    7. MAYBURY-LEWIS, David, 1990 O selvagem e o inocente (1965) (Uma loucura metdica,Nem aqui nem l e Doena e bruxaria). Campinas: Unicamp, p. 27-107.

    Aula IV: Entre aqui e l

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    Universidade Federal de Juiz de Fora

    Instituto de Cincias Humanas

    Programa de Ps-Graduao em Cincias Sociais

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    8. DA MATTA, Roberto, 1978. O ofcio do etnlogo, ou como ter anthropological blues, in E.O. NUNES (org.)A aventura sociolgica. Rio de Janeiro: Zahar, p. 23-35.

    9. VELHO, Gilberto, 1978. Observando o familiar, in E. O. NUNES (org.) A aventura

    sociolgica. Rio de Janeiro: Zahar, p. 36-46.

    10. FOOTE WHITE, William, 2005. Sobre a evoluo de Sociedade de Esquina Anexo A, inSociedade de Esquina. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. 283-363.

    Aula V: Aprendendo o ofcio

    11. VALADARES, Licia. 2007. Os dez mandamentos da observao participante (Resenha deFOOTE-WHYTE, William. Sociedade de Esquina: a estrutura social de uma rea urbanapobre e degradada). Revista Brasileira de Cincias Sociais, v. 22, n. 63: 153-155.

    Parte B: A DESCRIO ETNOGRFICA

    12. LVI-STRAUSS, Claude, 1957 (1955). O fim das viagens e Caderno de viagem, in Tristestrpicos. So Paulo: Anhembi, p. 7-67.

    Aula VI: Cadernos de campo

    13. MEAD, Margaret, 1971. O significado das perguntas que fazemos e Como escreve umantroplogo, in Macho e fmea. Petrpolis: Vozes, p. 21-53.14. LAPLANTINE, Franois, 2002. A descrio etnogrfica. So Paulo: Terceira Margem. 137 p.

    15. GOFFMAN, Erving, 1983.A representao do eu na vida cotidiana (Introduo e A artede manipular a impresso). Petrpolis: Vozes, p. 11-24, 191-217.

    Aula VII: Impresses e equvocos

    16. BOHANNAN, Laura, 2005. Shakespeare entre os Tiv. Mimeo. (traduzido de "Shakespearein the Bush". Natural History,75(7): 28-33, 1966).

    17. CARDOSO, Ruth, 1986. Aventuras de antroplogos ou como escapar das armadilhas domtodo, in R. Cardoso (org.).A aventura antropolgica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 95-105.

    18. BECKER, Howard S., 1994. Problemas de inferncia e prova na observao participante, inMtodos de pesquisa em Cincias Sociais. So Paulo: Hucitec, p. 47-64.

    19. GEERTZ, Clifford, 1978. Descrio densa: por uma teoria interpretativa das culturas, in Ainterpretao das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, p. 13-41.

    Aula VIII: Teias e significados

    20. GEERTZ, Clifford, 2004. Do ponto de vista dos nativos: a natureza do entendimentoantropolgico, in O saber local. Petrpolis: Vozes, p. 85-107.

    21. GEERTZ, Clifford, 2004.A luta pelo real, in Observando o Isl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,p. 98-124.

    22. MAGNANI, Jos Guilherme C. 2002. De perto e de dentro: notas para uma etnografiaurbana. Revista Brasileira de Cincias Sociais, vol. 17, n. 49: 11-29.

    23. CALDEIRA, Tereza Pires, 1988. A presena do autor e a ps-modernidade naantropologia. Novos Estudos CEBRAP, 21, p.133-157.

    Aula IX: Autores e autoridade

    24. CLIFFORD, James, 2002. Sobre autoridade etnogrfica, in A experincia etnogrfica:antropologia e literatura no sculo XX. Rio de Janeiro: UFRJ, p. 17-62.

    25. RABINOW, Paul, 2002. Representaes so fatos sociais: modernidade e ps-modernidadena antropologia, inAntropologia da razo.Rio de Janeiro: Relume/Dumar, p. 71-107.

    26. CRAPANZANO, Vicent, 2005. Horizontes imaginativos. Revista de Antropologia, 48 (1);363-384.

    Parte C: A COMPARAO ANTROPOLGICA

    27. RADCLIFFE-BROWN, A. R., 1979. O mtodo comparativo em Antropologia Social (1952),in MELATTI, Jlio C., org., Radcliffe-Brown. So Paulo: tica (coleo Grandes CientistasSociais), p. 43-58.

    Aula X: Os usos dos dados coletados

    28. BATESON, Gregory. 2006 (1958). Naven(captulos: Mtodo de apresentao, Eplogo de1936 e Eplogo 1958). So Paulo: Edusp, p. 69-72, 287-323.

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    29. EGGAN, Fred, 1975. Anthropology and the Method of Controlled Comparison (1954), inEssays in Social Anthropology and Ethnology. Chicago: University of Chicago, p. 191-217.

    30. BOTH, Elizabeth, 1976. Famlia e rede social (Introduo e Metodologia e tcnicas decampo) Rio de Janeiro: Francisco Alves, p. 27-69.

    Aula XI: Redes sociais

    31. BOISSEVANT, Jeremy. 1987. Apresentando Amigos de amigos: redes sociais,manipuladores e coalizes, in B. FELDMAN-BIANCO (org.). Antropologia das Sociedadescontemporneas. So Paulo: Global, 1987, p.195-223.

    32. BARNES, J. A., 1990. Models and interpretations(Introduction: social science in practice).Cambridge: Cambidge University Press, p. 1-25.

    33. CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1998. O trabalho do antroplogo: olhar, ouvir,escrever, in O trabalho do antroplogo. Braslia: Paralelo 15; So Paulo: Editora UNESP, p.17-35.

    Aula XII: Outros contextos

    34. BOHANNAN, Paul, 1973. Etnografia e comparao em Antropologia do Direito, in S. H.

    DAVIS (org.),Antropologia do Direito. Rio de Janeiro: Zahar, p. 101-123.35. DURHAM, Eunice R., 1978. A pesquisa antropolgica com populaes urbanas: problemase perspectivas, in R. CARDOSO (org.) A Aventura antropolgica. Rio de Janeiro: Paz eTerra, p.17-34.

    36. DURHAM, Eunice R., 1984. Cultura e ideologia. Dados, 27 (1): 71-89.

    37. LVI-STRAUSS, Claude, 1976. O campo da antropologia (1960), inAntropologia estruturaldois. Rio de Janeiro. Tempo Brasileiro, p. 11-40.

    Aula XIII: Alm do campo

    38. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo, 1992. O campo na selva, visto da praia. EstudosHistricos, vol. 5, n. 10, p. 170-190.

    39. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo, 2002. O nativo relativo. Mana, 8 (1): 113-148.40. HOLBRAAD, Martin, 2003. Estimando a necessidade: os orculos de If e a verdade em

    Havana. Mana, 9 (2): 39-77.

    Parte D: PROJETOS DE PESQUISA

    Exposio e discusso dos projetos de pesquisa dos alunos, utilizando o seguinte roteiro:Aulas XIV e XV: Projetos de pesquisa

    Faa uma descrio completa do seu projeto de pesquisa e especifique: (a) seus objetivos, (b)seus mtodos, (c) seu programa de pesquisa (etapas, cronograma e bibliografia), (d) osresultados esperados, e (e) a relevncia terica dos resultados a serem obtidos. Descreva a suaquesto, hiptese ou objetivo de pesquisa: Qual o foco de sua investigao? Como suapesquisa est alicerada nos conhecimentos acumulados pelas cincias sociais? Que dados vocprecisa coletar para responder questo de sua pesquisa? Qual a metodologia que pretendeutilizar para coletar e analisar esses dados?

    TEXTO DE APOIO:BEAUD, Stphane; WEBER, Florence. 2007. Guia para pesquisa de campo: produzir e analisardados etnogrficos. Petrpolis: Vozes.

    ATENO NA MATRCULA:As disciplinas Metodologia em Pesquisa Social Turma B (cdigos: 216018 / 3009027) e Pesquisa Qualitativa:Dilogos Antropolgicos (cdigos: 216037 / 3009012) sero ministradas simultaneamente, no horrio de segunda-feira, das 15 s 18 hs.Os alunos regulares de Mestrado ou Doutorado, que ainda no cursaram Metodologia em Pesquisa Social, devemmatricular-se normalmente nesta disciplina (cdigos: 216018 / 3009027). Apenas os alunos regulares que jcursaram Metodologia em Pesquisa Social e os alunos especiais podero matricular-se na disciplina PesquisaQualitativa: Dilogos Antropolgicos (cdigos: 216037 / 3009012), para curs-la como disciplina eletivaou

    disciplina isolada.