0 resuh) - searchentmme.yang.art.brsearchentmme.yang.art.br/download/1982/volume_1/161 - carlos...

14
* 1\ Girnt.m/ \(,:AC Ol H\. Sl\ DE I NOS m: CJIJN/\0 Carlos Perez I.Jcrgm: mn, Ja in -e /\. So la r i <- ' J on Jc' o RESUH) O tr < .IL.:r ; .. ·n to de f inos d e c ;u ·vix ; c ho j e urnz1 nc ccssü 1u.dc i mpe riosa por razões Ll .. cu cc. :o nômicu.s con"<J e c\. 'l .l éx; icc1s. O prc·seJ1te traba lho es tuda em esc<1 l a de l.:liJOElt Ôr io o bc nc fic i il - me nt o de f i no s de carviic de Lcilo (R S) pc·lo proce s so de i.! <J l omer,1ç::Ío olc c1 1\vu li aram -se os par:'ure tr os si cn -q miccs de proces so c COITlJXln;u- - se o t i po de pr cxJ u tc olJti do can os ;tq lon-craclos do c, <rw-Io nl.'ta l C trqi co de ll nis s, < J1ga (SC ) . Os rcsu l tados for; un d is cu tidos cm te rnos eles fc nÔn K '- nos si co-qu í mi cos e nvo l vi dos n<l i n lc' rfi tcc carviio/Ól cc /s o l uçCio. ()utrc ss im, iXopÕe - sc lU!I Í ndi ce de ef ic iênc i a p<I r< t a <1Wlli aç.'io do re ndimen to do proces so par a di fcrc ntes qranul. o n·e tri u.s l1e alime nt. a çiio. OTL /\CCLCM: :rU\' 1'10N 01-' CON, FINJ<S N J..S'l' W\C I' 'lhe t re u.tmenl of ooct l f ine s i s no wad<1ys zm unJ c nt ncccl cluc to lJo t h, c conomic ctnd eco l oqicreason s. 'TI1i s work prescn ls studi cs at luLorato ry sca l c o n thc b ene ficiu- tion of coal f ines from Leão (RS) by thc o il acJq lorrcr u tion pr occss . Phys icctl anel physi coche mi czll parancte rs ·,. ;erc rrc .:1s ur cd and t:hc p roouct o bt;üned wi t:h t:he coa l f i nes from I. e.Jo wa s comp.:rrecl wi th t:hc U rus s ancJ<l (SC ) rrct a ll urgical coa l a gq lo nx: rat cs. Thc res ul ts 'M2 r e d iscus sed in tem :! ,,f phenorrcna oc cur in g at t:he coal /oil/so luti on se . In a ddition, an eff ic ien cy ind ex is p roposcd t o c va luut the rx• r- fon na nce of t:he o il agg la ncr, ILion pr o ccss for f('Cds o f var i ous dis tributions . ·- - ---- --- --------- s i zc * Traba lh o rea li zado no I abor utó ri o de Tecnolog i a Minc r c:1 l clé1 r::sco lil ele Er,ge nhar i a da UFRGS . Os au to res s ão prof essor es dos Dc pZJr t <mentos de Mi nas e de Meta lurg iu . 70

Upload: dangtuyen

Post on 08-Apr-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

* 1\Girnt.m/\(,:AC OlH\.Sl\ DE l· I NOS m: CJIJN/\0

Carlos Perez I.Jcrgm:mn, Jain-e /\ . So lar i <-' J o n Jc' ャ セ オ「 ゥ@ o

RESUH)

O tr<.IL.:r; .. ·n to de f inos de c ;u ·vix ; c ho j e urnz1 ncccssü 1u.dc i mperiosa

por razões Ll . . cu cc.:o nômicu.s con"<J e c\.'l .l éx; icc1s.

O pr c·seJ1te traba lho es tuda em esc<1 l a de l.:liJOElt Ôr io o bc nc fic i il ­

me nto de f i no s de carviic de Lcilo (RS) pc·lo proces so de i.! <J l omer,1ç::Ío olcc1

ウNZセ N@ 1\vu lia r am-se os par:'uret r os fí si cn - químic c s de processo c COITlJXln;u-

- se o t i po de pr cxJu tc olJtido can os ;tq lon-craclos do c,<rw-Io nl.'ta l Ctrq i co

de llniss,<J1ga (SC ) . Os rcsul tados fo r ;un d iscut i do s c m ternos eles fc nÔnK' ­

no s fÍ sico-quí mi cos e nvo l vidos n<l i n lc' rfi tcc carviio/Ól cc /so l uçCio.

()utrc ssim, iXopÕe - sc lU!I Í ndi ce de efi c iênc i a p<Ir<t a <1Wlliaç.'io do

r e ndiment o do processo par a di fcrcntes qranul.on·e tri u.s l1e alime nt.açiio.

OTL /\CCLCM::rU\'1'10N 01-' CON, FINJ<S

N J..S'l'W\C I'

'lhe t reu.tmenl o f ooct l f ines i s nowad<1ys zm unJc nt ncccl cluc t o

lJo th, c conomic ctnd ecol oqiccü reasons .

'TI1is work prescnls studic s at luLora t o ry sca l c o n thc benef i c i u­

t i o n of c oal f ine s from Leão (RS) by t hc o il acJq lorrcrution p r occss .

Phys icctl anel physicochemiczll parancters ·,.;erc rrc.:1surcd and t:hc p roouc t

obt;üned wi t:h t:he coa l f i nes from I.e.Jo wa s comp.:rrecl wi th t:hc Uruss ancJ<l

(SC ) rrct a llurgica l coa l agq l onx:ratcs. Thc resu l ts 'M2r e d iscus sed in tem :!

,,f jセQケウ ゥエZッ 」 ィ」 ュ ゥ 」NjNャ@ phenorrcna o ccuring a t t:he c oa l /oil/soluti on ゥ ョエ」 イヲN Zセᆳ

s e .

In addition, an effi c iency index is proposcd t o c va luutc· t he rx• r -

fonna nce of t:he o il agg la ncr,ILion proccss fo r f ('Cds o f vari ous

distributions .

·- - ------- ---------

s i zc

*Trabalho realizado no Iaborut ório de Tecnologi a Minc r c:1 l clé1 r::scolil ele Er,genhari a da UFRGS . Os aut o res s ão p r o f esso r es dos Dc pZJr t <mentos de Minas e de Metalurgiu .

70

Os processos gravimétri=s =nvcncionais de beneficiarrento de car

vao (jiga<JE".lll, rreios densos) têm limi.te de eficiência em torno de 600 pm.

l\s frações granulorrétricas セッイ・ウ@ silo, assim, rejeitadas nestes ーイッ」・セ@

sos, =nstituindo-se, via de regra, o efluente das plantas de ャNj・ョ・ヲゥ」ゥセ@

mento de carvão (1). Estes rejeitas, que no Brasil são ]ョウゥ、・イ£カ・ゥウLイセ@

presentam além da perda de material =nbustível, um problema arrbiental

de significativa proporçao.

O processo de aglomeração oleosa tem sido estudado extensivarrente

no beneficiamento de finos de carvão por possuir vantagens sobre os ーイセ@

cessas =nvencionais (2) (3). O processo está baseado na adsorção seleti

va de um Óleo nas partículas carbonosas, agregando-se sob agitação =n­

veniente da polpa e deixando as partículas minerais inorgânicas disper­

sas na suspensao . Entre os parâmetros que i nfluenci.:m. a aglorreração das

partículas carbonosas en=ntram-sc o tipJ e =ncentração de Óleo, 、・ョウセ@

dade de polpa, pH, hidrodinâmica do s istema e distribuição de tamanho

da alirrentação.

Informações obtidas da literatura mostram que aparentemente qual­

quer carvão pode ser aglorrerado =m alta rejeição de materia inorgânica.

independentemente das suas características superficiais. Assim, en=n -

trou-se interessante testi"lr a viabilidade deste processo para o benefi -

ciamento dos finos de carvão produzidos no Rio Grande do Sul, caracteri

zados pelo s eu baixo "rank" e alto teor de cinzas.

Este trabalho tem como objetivo a apresentação de resultados abti

dos em testes des=ntinuos de aglorreração oleosa de finos de carvão da

Mina de Leão (RS) sendo CCl!Tpéll"ados =n os obtidos com finos de carvao

rretalúrgi= de Urussanga (SC). Para tanto, estes resultados sao analisa

dos em função dos diversos fenômenos superficiais que de=rrem da inte­

ração Óleo/carvão/ solução.

EXPERIMINI'AL

Materiais. O carvão não rretalúrgi= utilizado nos testes foi a

fração menor que 250 vm do efluente final do lavador da mina de Leão I,

71

RS. Esta fração consli. t t.ü 92% em peso dos sólidos do efluente c u:ia con­

centração tot.:ü de solidos é de 2, 5%. A análise granulorrétrica da [Zオイッ ウセ@

tra seguiu tuna distril.Juiç<io do tipo !bsin-Ranmler (n=l,2; セセQSP@ セュ I@ su__1

do que 38% em peso encontrava-se abaixo de 74 .,m. A análise do cont e údo

de matéria inorgânica na anostra apn•.:,entou uma rrédia de 47 ,6% de c in-

zas em base c;eca .

Uma arr:ost ra de carvão rretalúrgico (Cia. Cartonífera Urussanga I,

SC) foi classificada à 100 lliD e separada em duas frações granulcnétri -

cas: 100 x 44 .,m e 44 セュ@ x O. O conteÚdo de cinzas foi de 12,8% e 13,3%,

resçectivamente.

Os Óleos utilizados foram de pureza COI!l2rcial sem serem purifica­

dos. Os testes de agl omeração foram realizados com água de torneira e

como reguladores de pll do rreio empregou-se HCl e NaOH p.a.

O aparelho uti lizado nos testes de aglomeração oleosa constou ba­

sicamente de um cilindro de vidro de 95 mm de diârretro e 200 mm de =n­

prilrento, can 4 'baffles ' laterais de l30 ror;, de .. セ ッイイーイゥュ・ョエッ@ e 20 mm de

largura. As dimensÕes do tub:J e dos 'ba ffles' foram cal culados objeti -

vando a obtenção de um regirre hidrodinâmico conheci do ( 4) •

r.€todos. O p=cedin-ento experirrenta.l consistiu em condic i onar a

polpa durante 2 minutos a 1 . 000 rpn. IDgo após o condicionarrento foi adi

cionado o Óleo, e durante 2 minutos manteve-se a agitação em l. SOO q:ro.

cau o objetivo de diminuir o tamanho das tolhas fornooas "in situ" relo

regime turbulento, adicionou-se áloool etílico de pureza comercial (8.4

xl0-2M; 0 . 5% v/v), elevando-se a agitação durante 1 minuto a 3 .000 rpn.

Logo após um período de repouso de 15 minutos, o produto aglomerado foi

separado por sifonagem ou por reneiramento (veja adiante).

RESULTAOOS E DISCUSSÃO

Efeito da concentração de Óleo diesel. Testes preliminares de

agl0l!l2ração oleosa o:::rn o carvão de Leão mostraram que após o período de

repouso da polpa os aglomerados formados encontravam-se divididos entre

o produto decantado no fundo do tuto e na surerfície do líquido (flota­

do). A flotaçãc dos aglomerados deu-se devido a adesão destes às tolhas

de ar geradas no tarque pelo regime turbulento a que era subnetida a po1 pa.

72

Assim, apresentou-se duas alternativa:-. para a obtenção dos 。ァャセ@

rados em uma única fase. A primeira seria 2 separação por peneira, uti­

lizando urro malha de tamanho igual à gr:anulometria má:ürna de alimenta -

çãc. A se<.yunda opção seria tentar a flotaçãc total dos aglOJrerados can

o emprego de um agente que favorecesse a formação de bolhas e sua homo­

geneidade. A avaliação destas alternativas de separação indicou que os

nelhores resultados foram obtidos utilizando a si.fonagem do produto flo

tado <Xli1'0 método de separaçao já que a baixa r esistência dos aglanera­

dos formados conduzia à p::>uca reprodutibil.id:lde da separação p::>r penei­

rarrento.

A figura 1 apresenta o efeito da concE'ntração de óleo diesel so­

bno, a recuperação de carvão e o conteúdo de cinzas dos aglanerados em

presença de 8 , 4 x 10-2M de álccol etílico . o「 ウ ・イ ᄋ カ ᄋcセ Mウ ・@ que a recuperaçao

de rratéria carbonosa foi máxima ( 80'1;) para O, 6% e diminui para ooncen -

trações maiores de Óleo. Por outro l ado , o teor de cinzas dos aglonera­

dos decresceu suavemente =n a concentr ação de Óleo , atingindo 22% de

cinzas a 20-30% de Óleo.

Segundo Finkelst ein (5) os proces ses de beneficiamento de carvao

que utilizam Óleo são classificados de acordo com a concentraçãode Óleo

em:

a) fl otaçãc (0.005-0.05 % em peso de óleo/ carvão)

b) flotação aglomerante (0.2 - 5% Óleo)

c) aglomeração esférica Hセ@ 5% Óleo)

d) extração por fase oleosa (:>5% Óleo)

Assim, a baixas concentrações de Óleo, os resultados se 。ウウ・イイ・セ@

ram aos obtidos na flotação convencional, sob condições ・クー・イゥュ・ョエ。ゥウウセ@

milares (1). A recuperaçáo máxima de matéria carbonosa ooorreu a concen

trações de óleo tipicas da flotação aglomerante. Nestas condições ocor­

re a aglomeração dos f inos sob a forma de flocos que possuem uma grande

area superficial hidrófoba otimizando assim a separaçao p::>r flotação. A

evidência experimental indicou que o declínio observado na recuperaçao

deve-se ao aumento de tamanho e densidade aparente dos flocos para アオセ@

tidades crescentes de óleo.

Os aglanerados permanecendo sob a forma de flocos de baixa consis

73

10 0 r----- ·----- - ·- - - - ·- ----,

I I i

Oc z NO coNCENTRADO

80 J !

i I I I

6 0

"1 "lo I

40 J

I 2 0

l 0,0 5 0,1 0,5 lO 2 0 セッ@

0/o Ó LEO DIESEL

Figura 1: Efe ito da concentração de óleo no processo de aglomeração oleosa (C'..a.rvão de Leão)

tência e resistência ao cizalhamento levou a super duas hipóteses sobre

a não-formação de aglomerados esféricos com os finos de Leão I: (a) uma

baixa hidrofobicidade decorrente das características de rank deste car­

vao e (b) presença de mistos (matéria orgânica e inorgânica intimarrente

associada na rresma partícula) no ca.rvão.

Para o estudo dessas hipóteses realizou-se três tipos de testes.

o prirreiro consistiu de testes oamparativos entre o ca.rvão de Leão I e

da mina de Urussanga (SC) , de rank superior conhecido. As condições ex­

perirrentais foram idênticas e as granulametrias de alirrentação foram 100

x 44 セ ュ@ e 44 セ ュ@ x O.

O ca.rvão metalúrgico de Urussanga aglomerou sob forma esférica em

74

ambas grar.ul on'eLr i a.s , a dosagens de ôleo lh ordem de 35%. Entretanto, o

carvão de Leão I, rrcsrrc Cl dosagens i,, óleo 」 セLM⦅L@ 65%, não apresentou a fo!::

mação de a 'jlomeradc"' e sf&ricos em üiÜX ts granulometrias de alimentação.

O segundo tipo de tes t e consistiu na r ealização de experimentos de

aglomeração com anDstl:as de m2n0r teor de mistos, isto e, concentrado de

flotação de carvão de Leão finamente cominuído a menos de 37 )JITl (teor

de cinzas 27,6% e menos de 10% de mistos).

Os resultados indicaram que não obt eve-se a formação de aglomera­

dos esféricos. Porém, os flocos obtidos apn ,:;cntaram wna J:.oa resistêocia

na separaçao por peneiras e um baixo teor de cinzas de 19,5%.

o terceiro tipo de teste comparou qualitativanente as caracterís­

ticas de hidrofobicidade de aml:os carvões . C teste consiste em avaliar

a natureza de uma emulsão preparada com volunes iguais de óleo e água

destilada na presença de carvão finam2nte dividido (6). O tipo de emul­

são resultante dependerá da hidrofobicidade das partículas. Ass:ilr., par­

tículas hidrofóbicas favorecem a formação de uma emulsão de água em óleo

enquanto na presença de partículas hidrofílicas a emulsão resultante ウセ@

rá de Óleo em água. As características de uma ou outra emulsão aproxi -

lllcl!11-se às de sua fase contínua, e portanto, através da medida de sua re

sistência elétrica, por exerrplo, poder-se-ã detenninar o tipo de emul -

são formada, e em conseqüência, a natureza hidrofóbica/hidrofílica do

carvão. Os resultados obtidos, descritos em detalhes por Bergmann (7) ,

evidenciaram a baixa hidrofobicidade do caxvão de Leão =rparada com o

carvão catarinense.

Os três tipos de testes realizados permitiram concluir que a nao

aglon'eração esférica do carvão de Leão decorre fundamentalmente de suas

características de baixa hidrofobicidade, além de que, a granulometrias

maiores, as ー。イエ■セQャ。ウ@ sofrem ainda o efeito da presença de matériaino!

gânica hidrofílica na sua superfície mineral. Isto concorre para que セ@

ja constante pr esença de água no floco que se forma, não permitindo que

este atinja o estado capilar necessário à obtenção da forma de 。ァャッュ・イセ@

do esférico.

o proüesso de deslocamento da f ase aquosa da superfície carbonosa

hidrofóbica é ilustrado na figura 2. No caso de Leão, suas caracteristi

75

cas de baixa hidrofobicidade nac permitem a adsor çãc em multicamc<das do

óleo na superfície, fazendo cem que este pennaneça no ・ウエ\Zセ、ッ@ pendular o

que jus tifica a baixa consist ência dos flocos formados.

-ADSORCÃO DO ÓLEO NA "'ARTJCULA DE CARVÃO

A)ANTES CONTATO BIESPALHAMENTO NO EQUILÍBRIO

-COLISÃO DA PARTÍCULA DE CARVÃO C/ O ÓLEO ADERENTE

C IANTES DO CONTATO DI ESTADO PENDULAR DO ÓLEO

E I ESTAD O C APILAR

Fi gura 2: Deslocamento da fase aquosa pelo Óleo no processo de aglome­ração esférica .

Efeito da densidade 、。セᄋ@ A recuperação de matéria carbonosa

e o teor de cinzas no ooncentrado são funções da densidade de sólidos m

suBpensao, oono se pode apreciar na figura 3 para urna ooncentração fixa

de Óleo (0,6% em peso de carvão). A セ。@ recuperação ooorreu no inter

76

カセャャ ッ@ S- 20'(, de sôU kx,, enquanto o t:ceor de cü1zas no concentrado aurrentou

l ineanren te com a d•;nsidadc de polp:" . Estes resultados mostram que a

e fic iênc i.a dei flotaç.'lc .:qlorrerant e é menos susceptí vel ao conteúdo de

sólülc:s L cl rolpa elo qcte a f lotaçõ.o convencional de carvões, a qua l tem

wn i nté' rv.üo ótino bem ョ セ ッN ゥ ウ@ r estrito (10-12%). Es te f a t o pode ser ェ オウ エセ@

fi cado pdas vari açc.)es em densidades <l}arente que as unidades 「」ャィ。M。ァ ャ セ ᆳ

IR'rudo cxpcrinentam em f unção da concentr.1çao de só lidos. Assim, a den­

sid.:tdc dos aglorrerados flotados a \.ll!Enta a:m1 a concentração de sólidos

para LIITU dosagem de Óleo constante . Porém , c uso de bol has de tamanho

peqneno na flotação dos fl=os .:tumenta a 2uc·, int er facial s ó lido/ar , 、セ@

mimündo granderrente o valor da densidade do conjunto bol has- f l oco. Is­

t o fX.'ruti te a flot ação em um arrplo intervalo de concentrações de sólidos

até· <ltingir-se um valor rnS.xino que no caso fica em torno de 20%.

10 0 T. ····-··-··- ---- ---·-----···-- ----·-··

' • RM C

I O c z. NO CO NCENTRA DO

I

80 セ@ __. ____ •• • セ M MMMMMMMMMMM M

• • I •

"1.

60 I I r

40 i o

I o--- ----

"I J ___ , .. ----------.- -,---

2,5 lO 15 20 セッ@ 50

•to DE SÓLIDO S NA POLP A

Figura 3 : Efeito da densi dilde de po l pa no processo de agl orrer ação oleosa .

77

Efeito do ]2f_l. O efeito do pll no processo ele uq1omcr<1<;_' ilo olcx:lsa ('

apresentado na figura 4. Neta- se que c valor náxim:.1 dé' イッ」オセク G イ ゥ ャᅦjo@ de·

carvão foi obtido ao pH na tura l da polpa, \ャー イ ッZ、 ョセ」 、 NZ オ ョ ・ョエHGHL L s L 」@ que o

teor de cinzas aumentou l evement e para valores maiores do que pi! lO.

A influência do pH do nY.:io na n otação aglorrcrunte de finos de car

vac é bastar''·" ccrnplexa e de difícil interpretação devido 3. inte rferê'D­

cia deste fai:or nos diversos processos interfaciaü' simultuneamente ーイセ@

sentes e devido ã natureza heterogénea do sólido. セュ@ particular, quatro

processos são altamente dependentes do pll de meio, a saber: (a) a carga

superfic ial e os potenciais eletrocinéticcs e superficial do carvão ; (b)

as propriedades físico-quimicas do óleo; (r) a adesão bolha-partícula c

(d) a solubilidade da matéria inorgânica presente.

.,.

100

80

60

40

20

0·-'--- --.---- --r· 4

o

-· T -

e

· -----· ,_,, __ _ ., .RMC

0 C Z NO CONCENTRADO

10

,-. ll

ーセ@

Figura 4: Efeito do pH no processo de aglomeração o l eosa (carvão de Leão)

Segundo alguns autores (8) (9), a máxilra recuperaçao da matéria car

l:onosa na flotação convenciona l ocorrerá quundo a carga superficial no

carvao for nula, já que sob esta condição a adsorção do Óleo seria favo

78

recicle< e, r:orL:mto, o carvao atingiria オイイセ」|@ :•:aior hidrofobicidade, Os

íons 1t e OII s;}o CXJnsiclcT,1dos os T:.:ms deter:rJ.nantes do potencial do car

vão (lO) (ll), e logc1, o ronto de cargCJ zero (p.c.z.) poderá ser deterrni

nado Tred i llClo-se as .1clsorç·ócs relativas llesses íons na interface carvão/

solução aquosé!, sob concliçocs constantes do rreio.

O ponto de carga zero do carvão de Leão de granulometria 250 )Jm

x O ocorreu a pi I 6, O sendo determinado r-ela mudança rápida do pH de so­

luções ii.s quais eram adicionadas tuna quantidade fixa de carvão finamen­

te dividido (2).

l\ energia livre de z:tdsorção do Óleo na interface carvão/solução

provavelmente envolve componentes de natureza eletrostãtica e hidrofóbi

ca somados a aqueles que surcrem de efeitos de solvatação da superfície.

D?ste nn:lo, quando o vulor do pfl diverge do p.c z., a carga superficial

cJUe se estabelece na superfície do sólido, estrutura as moléculas de

água fazendo a superfície ITk>is hidrofílica e debilitando as forças de

atração existentes e_ntre Óleo c carvão. Assim, no caso de Leão, a máxi­

ma recuperação de rratéria carbonosa ocurre, no p.c.z., provavelmente por

tratar-se do pll de máxiiTa hidro[obicidade do sélido. A diminuição da イセ@

cuperaçao da fik<téria carbonosa e ainda, da seletividade do processo pa­

ra outros valores de pi!, seriam decorrentes da diminuição da adsorção do

Óleo diesel na interface carvão/solução.

Efeito セ@ tamanho de セエ■」オャ。N@ Testes de flotação aglomerante de

carvão de Leão foram realizados para várias frações granulcmétricas eos

resultados apresentados na figura 5 são plotados em função do diâmetro

médio aritmético da fração. Na mesma figura, também são apresentados os

teores de cinzas iniciais para cada fração granulamétrica,

Os resultados indicaram que a máxima recuperação em matéria carbo

nosa oom o mínimo teor de cinzas ocorreu para a maior fração granulomé­

trica testada (250 x 150 )lm) . Nota-se na figura que uma diminuição no

tamanho da partícula resultou em menores níveis de recuperação da maté­

ria carbonosa e teores mais altos de cinzas no =ncentrado, Urna 」」ュー。イセ@

çao entre as curvas dos teores de cinza na alimentação e cinza no oon -

centrado sugere que a eficiência do processo de flotação aglomerante 、セ@

pende do conteúdo de cinzas na alimentaçao e, portanto, os melhores ren

79

'" l e o

60 0/ o

セ ッ@

20

P セ MMMMMMMMNM MMMM セMM MM Mイ@

20 0 QセP@

• RM C

0 CZ NO CONCENTR

® CZ AliMEN

--® ---------®

100

74 100 160

FRAÇAO GRANULOMÉTRICA

60 ,1!'

2 セ ッ@ )U11

fゥ セᄋ。@ 5: Efeito do tamanho de particula na alimentação no processo de aglomeração oleosa (Carvão de Leão)

100 - ------ -----

6 0

6 0

•f.

4 0

20

o

• ESTE TRABALHO

0 TSIPEROVICH 6 EUTUSCHENKO

_Q(NICOL

- ------ ., セT@ 74

1

100 150

200

150

Ef

100

5 0

., RセP@

GRANULOMETRIA ()lftl I

Figura 6 : Valores dos difer entes indices de efici ênci a para as frações ァイ。ョオャッ ョ セエ イ ゥ 」。 ウ@ processadas por aglomeração oleosa .

80

cli.Jrentos obtidos nas granulometrias mais 'J , :.údas decorreriêrn do reu me­

nor teor inici_al de cinzas .

I : o , há necessidade de introduzir-se um parânetro que permita <X:!!

parar a eficiência a dis tintas granulc::rre :rias e que seja independente de_

qualidade do produto a ser processado. Tecnologicamente, o produto ideal

de um processo de beneficiamento de carvão deve ter o máximo da matéria

carbonosa (RMC) alimentada ao processo com um teor mínimo de cinzas. Por

tanto, interessa rraximizar a eficiência dada por:

(max)Eficiência = (máx)RMC x (rráx)rejeição de cinzas

Sendo que a rejeição de cinzas é igual a:

CZR massa rejeito CZA x Mュ。ウセMBウMGM。M。GャャjtieュBヲMN@ -'---ta:---ç_a_o __

_ CZR -CZA

X (1 - RB)

Com FB igual a recuperaçao em massa bruta. A eficiência do ーイ・」・セ@

so seria então:

Ef = RMC x (l - RB) X CZR. CZA

Rste pnrânetro variará entre O e 100% e está plotado em função da

granulometria na figura 6 para as mesmas frações anteriores. Pode-se ッセ@

servar que a eficiência do processo de flotação aglomerante aumenta pa­

ra os tamanhos de partículas menores devido, provavelmente, à maior li­

beração de particulas que oontêrn matéria carbonosa. Este resultado é

muito importante pois demonstra que o processo de flotação aglomerante

aumenta seu rendimento para tamanhos de partículas em que os outros ーイセ@

cessas de beneficiamento se tornam ineficientes.

セ@ interessante comparar o índice de eficiência definido neste tra

balho oom aqueles utilizados por outros autores. Na mesma figura 6 fo­

ram plotados os índices de eficiência propostos por outros pesquisado -

res (13) (14). Estes Índices são definidos por:

Ef RMC x CZR (Niool e oolaboradores) czc

Ef RB x CZR ('I'siperovich e Evtuschenko) CZR

A figura indica que a distintas definições do índice correspondem

efeitos diferentes do tamanho de partícula sobre a eficiência do ーイ・」・セ@

so. Porém, esta divergência justifica-se porque os Índices dos autores

mencionados não levam em oonsideração o fato de estar-se processandouma

81

alimentação cujo teor de cinzas está variando (e awnentando) para as

frações rrenores .

OJNCLUSÕES

Oom base nos resultados experimentais obtidos na aglorreração oleo

sa de finos 、 [ セ@ carvao de Leão (RS) e Urussanga (SC) são passiveis as se

guintes condusões:

1. O processo de aglomeração oleosa apresentou-se eficiente no be

neficiarrento da fração 250 J.lffi x O do efluente final do Lavador de Leão

sorrente sob condições de flotação aglomerante. Foi possivel obter lUll ーイセ@

duto oom um teor médio de cinzas de 30% com alta recuperação da matéria

carbonosa (aproximadanente 80%). Este rendirrento pêrle ser rrelhorado オエセ@

lizando-se um circuito de aglorreração com várias etapas de processarren­

to (7).

2. O tipo de produto obtido na aglorreração oleosa depende das ca­

racterlsticas de 'rank' de carbonificação e da disseminação da matér1a

inorgânica de cada carvão. Estes fatores incidem na hidrofobicidade do

SÓlido e conseqüentemente na intensidade carvão/óleo. Assim, o carvao

mais hidrofllico (Leão) aglomerou sob a forma de flocos e sua separação

só foi possivel por flotação na presença de álcool etilico (flotação a­

glomerante). Entretanto, oom o carvão rretalúrgico de Urussanga obteve -

-se um produto final esférico, de boa consisténcia e separável por pe­

neiramento.

3. No estudo das variáveis do processo, obteve-se os seguintes ni

veis ótim:::>s: densidade de polpa entre 5% a 20% de sólidos, concentração

de Óleo diesel de 0,6%, pH entre 6 e 7 (pH natural da r-olpa), adição de

álcool de 8,4 x l0-2

M, tempo de aglomeração entre 1 e 2 minutos sememul

sificação do óleo e um regirre hidrodinâmico da polpa bastante intenso

(2.000 rpu).

4. Estudos fisico-quimicos superficiais realizados indicaram que

a recuperação da matéria carbonosa foi máxima no pH natural da polpa, 、セ@

v ido à correspondência deste pH oom o ponto àe carga zero (p. c. z. ) su­

perficial do carvão.

5. Propõe-se um indice baseado na recuperação da matéria carbono­

sa e na rejeição de cinzas para a avaliação da eficiência do processo.

cálculos oom o indice proposto indicaram que a eficiência do processo

82

aurrentou can o grau de Liberação das part: I.c u l = na a limentação .

BIBLIOGRAFIA

1. \1DDI'KE . R.P ., TEDiliiRA, E.C., SOIARI, J.A. E RUBIO, J. Flotação 、・セ N@

nos de Carvão de Leão , VIII Enoontro Nacional de Tratamento de Mi­

nérios e Hidrorretalurgia, Rubio, J. e Solari, J .A. (editores L Po!:

to Alegre, p. 93-122.

2 . CAPES, C.E., "Agglorreration", Coal セ。エゥッョL@ Leonard, J.W., (ed)

AIME, New York, p. 10-105, (1979).

3 . NICOL, S.K. e SWANSCN, A. R., Selective aqg lorreration in the treatnent

of fine ooal refuse , Aust. セゥョァL@ 69, p. 42 (1977).

4. KEYS, R.O., e ocx:;c;, R., Mixing Prob1ems in Po1ymer F1occu1ation,Al01E.

Symposium Series - Water 1978 , 75, 190 (1979).

5. FINKELSTEIN, N. P. , Oil F1otation-Discussion, Beneficiation Qf i'tineral

Fines, Sanasundaran, P. e Arbiter , N. (editores), Society of Mi­

ning Engineers, New York, p. 331-340 (1979).

6. ADAMS-VIOLA, M., BOrSARIS, G.D., e glaセL@ Y.M., An Investigation

of the Hydrophilic/Oleophilic Nature of Various Coal, Colloids and

Surfaces, 3, p. 159-171 (1981).

7. BERGMANN, C.P., Beneficiamento de Finos de Carvão por Aglorreração o­leosa, Tese de セウエイ。、ッL@ Universidade Federal do Rio Grande do SUl

(1982).

8. MISHRA, S.K., The Slirre Problem in Australian Coal F1otation, Austra -

lian Inst. Min. セエ。QQNL@ XXX, p. 159 (1978).

9 . M)ZA, A.K., KINI, K. A. , e SARKAR, G.G. Basic Studies in the .Mechaüsn

of Oil-Agglomeration, 7th International Coal Preparation cッョァイ・ウセ@

Sydney (1976).

10. SUN, S. C., e ZIMMER.MAN, R.E., 'lhe セ」ィ。ョゥウュ@ of Coarse Coal and Mine­

r a l Froth Flotation,Trans.AIME, 187, p. 616-622 (1964).

ll. WEN, W. W. , Electrokinetic behavior and flotation of oxidized ooa1s

Tese de Doutorado, The Pennsylvania State University (1980).

12. MJIAR, A. e OOBERI'S, R. , A sirrplif ied method to determine isoe1ec­

tric point of oxides, Can. Min. Bull. 1 69, p. 438 U966L

83