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LABORATÓRIO DA PAISAGEM RELATÓRIO: OFICINA-QUAPA-SEL BELÉM - PA OFICINA QUAPA SEL BELÉM SISTEMAS DE ESPAÇOS LIVRES URBANOS E A CONSTITUIÇÃO DA ESFERA PÚBLICA CONTEMPORÂNEA NO BRASIL: Oficina realizada em Belém, PA nos dias 24,25 e 26 de novembro de 2008 Participantes QUAPÁ-SEL São Paulo: Profª Drª Vanderli Custódio (coordenador) Prof. Dr. Helena Degreas Prof. Dr. Rogério Akamine Profª Drª Ana Cecília Arruda Campos Coordenador do núcleo SEL-Belém: Profª Drª Ézia do Socorro Neves da Silva (UFPA/ICA – QUAPÁ/SEL Belém) Eng. Reynaldo Luíz da Silva (colaboração do Engenheiro Florestal QUAPÁ/SEL Belém) 1

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LABORATÓRIO DA PAISAGEM

RELATÓRIO:OFICINA-QUAPA-SEL BELÉM - PA

OFICINA QUAPA SEL BELÉM

SISTEMAS DE ESPAÇOS LIVRES URBANOSE A CONSTITUIÇÃO DA ESFERA PÚBLICACONTEMPORÂNEA NO BRASIL:

Oficina realizada em Belém, PAnos dias 24,25 e 26 de novembro de 2008

Participantes QUAPÁ-SEL São Paulo:Profª Drª Vanderli Custódio (coordenador)Prof. Dr. Helena Degreas Prof. Dr. Rogério AkamineProfª Drª Ana Cecília Arruda Campos

Coordenador do núcleo SEL-Belém:Profª Drª Ézia do Socorro Neves da Silva (UFPA/ICA – QUAPÁ/SEL Belém) Eng. Reynaldo Luíz da Silva (colaboração do Engenheiro Florestal – QUAPÁ/SEL Belém)

Relatório desenvolvido porDrª Vanderli Custódio, Drª Helena Degreas e Dr. Rogério Akamine

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INTRODUÇÃO: OFICINA QUAPA – SEL BELÉM

CHEGADA:

A equipe do Núcleo São Paulo QUAPA – SEL embarcou no dia 22.11.2008 as 18h00min do aeroporto de Guarulhos, São Paulo rumo a Belém (PA) pelo vôo GOL 1997, fazendo escala no Rio de Janeiro, chegando ao seu destino as 22h00min

SAÍDA:

A equipe do Núcleo São Paulo QUAPA – SEL embarcou no dia 26.11.2008 as 1h:30min do aeroporto de Belém com destino ao aeroporto de Guarulhos (SP) pelo vôo TAM GRU JJ 3539, chegando as 05h55min.

INFRA-ESTRUTURA DO NÚCLEO SÃO PAULO

Dois Laptops, um moden Claro 3G, 5 máquinas fotográficas digitais, kit de imagens digitais e dados para uso durante a oficina.

VISITA TÉCNICA

DIA: 23.11.2008

Roteiro da visita terrestre Participantes: Prof. Vanderli Custódio; Prof. Dr. Helena Degreas; Profª Drª Ana Cecília Arruda Campos; Profª Drª Ézia do Socorro Neves da Silva; Eng. Reynaldo Luiz da Silva ; Prof. Rogério Akamine.

Roteiro da Visita aérea (11h30min – 12h30min)Participantes: Prof. Vanderli Custódio; Prof. Dr. Helena Degreas; Profª Drª Ana Cecília Arruda Campos; Profª Drª Ézia do Socorro Neves da Silva; Eng. Reynaldo Luiz da Silva

- Vôo até Icoaraci via orla de 500 pés com curva de 360 graus sobre Icoaraci e Outeiro;- Vôo sobre outeiro com volta d 360 graus;- Vôo sobre Mosqueiro indo pela orla e retomando por sobre a cidade;- Vôo sobre Ananindeua;- Vôo sobre Utinga;- Vôo sobre Ver o Peso;- Vôo sobre lateral direita do aeroporto;

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DIA: 24.11.2008

OFICINA BELÉM

Local: UNAMA (Universidade da Amazônia) – Auditório B-100. Inscritos (Manhã)

1. Alexandre M. Ferreira2. Aline Neves Gomes (UFAPA)3. Allan Mota de Almeida (UNAMA)4. Amaranta Amaral (UFPA)5. Ana Mara da R. Campos (UNAMA)6. Ana Paula Baia Oliveira (UNAMA)7. Angria de Paula Santos da Silva (UNAMA)8. Bruna Kimi (UNAMA)9. Bruno Alex Silva (UNAMA)10.Carla Alexandre da Costa (UFPA)11.Carla Gisele de Souza Martins (UNAMA)12.Cristina Costa (UNAMA)13.Daniel Cateten(UFP)14.Flávia Almeida de Oliveira (UNAMA)15.Helena Lúcia Zaguri Tourinho16.Helena Napoleon Degreas (FAUUSP)17.Jackeline Karla Rei dos Reis18.Jéssica Marinho Ferreira (UNAMA)19.Jhemilyn de leira Souza (UNAMA)20.Joseane Rodrigues (UNAMA)21.Juliana Queiroga (UNAMA)22.Kíssia Souzo (UNAMA)23.Larissa Telloso24.Livia O. Cavalhos (UNAMA)25.Luan Cavaleiro (UFPA)26.Luana Silva27.Lucas Celestino Azevedo Pereira (UFPA)28.Luiz Henrique Rabelo (UNAMA)29.MarceloMarcelle Dontage (UNAMA)30.Marcos Paulo Borges de Loureiro (UNAMA)31.Mayra Martins (UNAMA)32.Mirian Leal Maia33.Monique Brito (UFPA)34.Natália Sirly Valle Silva (UNAMA)35.Neire Maria Mendes Ferreira36.Nelson Lemo (IMAZON)37.Rebeca S. Nunes Lopes (UFPA)38.Renato Gomes Dias da A. Costa (UFPA)39.Rodrigo de Lima Rodrigues (UFPA)

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40.Saya de Oliveira (UNAMA)41.Tancredo Miranda da Silva (UFPA)42.Thaís Terumi Igauxi (UFPA)43.Vanderli Custódio (IEB USP)44.Vinícios Colares (UNAMA)45.Zildomar J. Monteiro Jr. (UNAMA)

Apresentações (MANHÃ):

Profa. Dra. Ézia Neves, do Núcleo de estudos do SEL de Belém, apresentou os membros da equipe do QUAPÁ/SEL de São Paulo, agradeceu o espaço cedido pela UNAMA (Universidade da Amazônia), Instituição de Ensino Superior de caráter privado, e realizou a abertura do evento.

1. PROF. DR. ROGÉRIO AKAMINE e PROFA. DRA. ANA CECÍLIA DE ARRUDA CAMPOS (QUAPA/SEL/NACIONAL) FAU/USP. (9h:35m.).

Apresentaram as concepções teórico-metodológicas do Projeto Nacional QUAPÁ/SEL coordenado pelo Prof. Dr. Sílvio Soares Macedo: áreas verdes, espaços verdes, sistema de espaços livres, categorias e tipologias. Complementou com a apresentação da organização dos trabalhos da pesquisa.

2. As Ações da SEMA e Sua Contribuição Para a Construção do Sistema de Áreas Verdes de Belém. Sra. JULIANNE MARTA (Engenheira Agrônoma na função de diretora de projetos e paisagismo - Secretaria Municipal do Meio Ambiente) (10h:20m)

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A Secretaria é o órgão de gestão das áreas verdes do Município de Belém – execução e manutenção. Sempre em coordenação com o sistema nacional, o Estatuto da Cidade e o Plano Diretor (PD). Numa apresentação de Belém, cabe dizer que a menor porção do Município está em terra, pois as águas constituem a maior parte do território. As áreas verdes: praças, calçadas, áreas naturais de preservação (Ilhas), áreas institucionais, Museu Emílio Goeldi, Bosque Rodrigues Alves, áreas verdes complementares etc. Temos ainda, o Parque da Ilha do Mosqueiro, APA do Combu, APA do Utinga (nela existe um parque de mesmo nome) e as APPS. Belém possui 230 praças, canteiros centrais, trevos (652 mil m2 de áreas verdes). Existe má distribuição de praças em Belém, pois estão concentradas na área central da cidade, por conta da ocupação irregular das áreas da periferia, a partir de anos 50 e 60 – elas ficaram sem praças. Temos áreas de interesse ambiental indicadas no novo PD. No que tange a caracterização da arborização, somente 11% é constituída por mangueiras, a maior parte é fícus, a idéia é suprimi-los nas áreas urbanas e substituir por mangueiras, pois constituem um aspecto cultural muito forte da cidade. Temos uma Granja Modelo, onde são produzidas as mudas que serão transplantadas na cidade, e são aceitas também doações. As ações da SEMA na cidade, por exemplo, é de recuperação de canteiros e arborização de vias (692 novas árvores foram plantadas nos três quilômetros da Av. Duque de Caxias). Na Marques de Erval estão em implantação uma ciclovia, calçamento e preservação da arborização existente com a abertura da via acompanhando a distribuição das árvores – é um parque linear de lazer e contemplação. Vimos realizando, desde 2005, várias áreas verdes na cidade tanto no centro como na periferia; criamos a Praça Benedito Monteiro, no Bairro de Pomar, que tinha apenas quatro praças, mas houve necessidade de desapropriação para sua implantação. As estratégias/ações/diretrizes para a garantia da biodiversidade são: zoneamento, estudo de impacto ambiental, mapeamento, licenciamento ambiental, sistema de cadastro, sistema municipal de unidades de conservação, pesquisa científica, implantação de sistema de florestas urbanas (canteiros centrais, praças, unidades de conservações, áreas protegidas etc.). A partir de 2006 conseguimos trabalhar melhor a questão das áreas verdes na cidade, porque a política municipal que foi criada em dezembro de 2005 é muito recente, mesmo porque a Secretaria foi criada somente no ano de 2003. A lei diz que 30% das áreas verdes urbanas devem ser preservadas em projetos de médio e grande porte, públicos e privados. É preciso licenciar tanto na Secretaria de Urbanismo como na de Secretaria do Meio Ambiente: este licenciamento é obrigatório em ambas. Se houver retirada maior, deve haver compensação ambiental com o plantio de mesmo número de espécie arbórea, na mesma área de retirada ou em outra área da cidade. Curiosidades: a sumaumeira, a mangueira e a castanheira são tombadas no Município. Temos o projeto Jovem Jardineiro, para trabalhar a educação ambiental e a preservação de áreas verdes. Em Icoaraci temos o exemplo de uma revitalização feita pela comunidade, na forma de mutirão – uma praça no bairro. Doamos mudas para os interessados em plantá-las. Encerramos agradecendo o convite e a participação de todos.

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(10h:40m) Debate

- De aluno não identificado para Julianne: Na Rua 25 de Março, vocês farão uma compensação? - Resposta: O Ministério Público permitiu a abertura da via, mas temos de manter a arborização. É muito difícil abrir vias sem retirar árvores. Em outras áreas nós fizemos isso, mas na Rua 25 ainda não temos uma definição do projeto, tudo está em discussão. São vários órgãos envolvidos.

- Profa. Helena Turim (da UNAMA) em que bases será realizada a revitalização da Rua 25? Do ponto de vista do transporte, a via desaguará no centro e cairá na Rua José Bonifácio, como ficará? Alguns espaços de vizinhança preservados serão muito

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abalados sob o discurso, que não se sustenta tecnicamente, de que o trânsito melhorará. Queria ouvir um argumento técnico e não político. - Resposta: Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para responder a questão. O Ministério Público decidiu abri-la porque houve uma demanda pública para isto. Nós fizemos um estudo florístico e só, e nosso parecer foi positivo, pois lá não havia árvores para tombamento.

Foto: sem foto, pois era a responsável pelas imagens do evento.- Helena Degreas: a compensação ambiental (arborização) obedece algum plano urbanístico geral?- O primeiro plano é compensar na própria área, quando não há possibilidade, compensamos, via cadastro de indicadores, nas áreas mais carentes de verde da cidade. Não está vinculada a um plano geral de arborização urbana.

- Rogério: há espécies de plantas de menor porte para as calçadas?- Resposta: temos sim, usamos espécies menores.

- Ana Paula (Arquitetura - UNAMA, 8º. Sem.): aprendemos que as mangueiras dão problemas, elas continuarão a ser utilizadas nas áreas urbanas? Dizem que há uma pesquisa sobre espécies nativas que poderiam substituí-las. - Resposta: a questão é polêmica, pois a mangueira não seria mesmo indicada para arborização urbana, mas ela foi implantada numa cidade que não temos mais hoje, há cem anos, mas foi implantada. É espécie exótica, mas culturalmente incorporada. Não se concebe Belém sem mangueiras. Onde já existem mangueiras elas serão replantadas quando morrerem, isso se houver possibilidade, mas onde não for possível, aguardaremos indicações das pesquisas do Museu Emílio Goeldi.

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- Daniel Veck (UFPA): sobre a poda das árvores. Quem as realiza? A SELPA (empresa de força e luz) ou a SEMA? A gestão da manutenção é da SEMA, mas parte da poda é realizada por nós e outra parte pela SELPA.

Foto: sem foto, pois era a responsável pelas imagens do evento.- Helena Degreas: por favor, fale dos indicadores que utilizam. - Resposta: na verdade são bioindicadores. Compreendem aspectos como ar, água, fauna e flora, por exemplo, a presença de uma garça em determinada área, é um indicador da qualidade ambiental.

(10h: 55m-11h: 10m) – Intervalo – “Coffee-break”

3. Considerações Sobre Áreas de Conservação e Preservação Ambiental Administrados pelo Estado na Região Metropolitana - SEMMA. Sr. CRISTINO REGO (Biólogo e Professor) e Sr. MAURÍCIO PASCOAL (SEMMA). (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) (11h:15m)

Trataremos da APA da Ilha do Combu pertencente ao Município de Belém e ao Patrimônio da União. Está localizada a meio quilômetro da Universidade Federal do Pará, do lado esquerdo do rio Gamá, ao sul da cidade e possui 15Km2 de área, com um sistema de várzea com peculiar período de enchentes, a partir do mês de dezembro. Está, também, ao lado da Ilha Murucutu, que não foi contemplada como APA estadual: uma falha! Em Combu temos quatro comunidades de populações ribeirinhas: 1) Santo Antônio (Piriquitaquara); 2) Moradores do Furo São Benedito a Preservar; 3) Comunidade do Combu. Estima-se que haja 1.200 habitantes, mas não podemos confirmar, a tendência é aumentar cada vez mais. A Prefeitura pensou em criar uma área extrativista, mas a APA já estava criada o que impossibilitou a implantação – a polêmica aumentou. A Ilha tem sido alvo de especulações de todo tipo: expandir para a Ilha as construções habitacionais de Belém, o que nos preocupa muito principalmente porque a APA permite isso. A APA foi criada por conta do desbaste intenso do açaí e palmito da Ilha. Seu manejo considera o SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação), marcado pelo conceito de desenvolvimento sustentável. No seu parágrafo 15 menciona o conselho gestor, mas depois de dez anos de criada a APA, é que estamos conseguindo criar o conselho e, agora, eleger o representante conjugando entidades, pessoas e interessados no desenvolvimento dos trabalhos na Ilha. O conselho gestor deliberativo da APA é formado por vinte participantes, são dez entidades públicas e dez de comunidades: SEMMA, SEMA, INCRA, SEBRAE, Polícia Civil, Museu Emílio Goedi, Paratur e outras, mais as quatro comunidades antes citadas, comunidade extrativista, sindicato dos trabalhadores rurais de Belém, cooperativa dos artesãos, cooperativa dos barqueiros, Conselho

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Nacional dos Seringueiros, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura etc. Desenvolvemos um conjunto de atividades: desde o reconhecimento da Ilha do Combu até a elaboração de uma publicação, programa de capacitação e realização de oficinas na buscar uma gestão bem participativa. O extrativismo principal é o do açaí e estamos incentivando a pesca artesanal e a confecção de biojóias. Nosso maior projeto é o incentivo ao turismo, sem supressão de vegetação; trata-se da construção de um campo de futebol, da sede da gerência e do centro gestor, um centro de visitação com oitenta lugares, passarela, mirante, píer, criação da Casa do Açaí, (recursos destinados para as comunidades), a Casa do Ribeirinho e quatro torres de observação com trinta metros de altura. Maurício Pascoal da SEMMA: Sobre o Parque Utinga, cabe dizer que é rodeado por cinco bairros bem populosos. Tem 1.308 hectares, hoje com 1.100, porque tem áreas já ocupadas. Foi criado com a intenção de preservar os dois lagos abastecedores de água para toda a cidade de Belém: o Bolonha e o Água Preta. Recentemente foi adequado ao SNUC e foi criada uma estação de tratamento de esgoto. O objetivo é assegurar a potabilidade da água. É uma unidade de proteção integral, só permitindo pesquisa, turismo, lazer, cultura e nenhuma atividade econômica. No parque foi criada a APA da Região Metropolitana de Belém, com a função de proteger de 7 a 9 hectares da área de mata da Universidade. Infelizmente há proposta da abertura de uma rodovia perto do parque, mas somos contra. A idéia é coligar o Parque de Utinga com a Ilha do Combu, para fins turísticos. Há um centro de visitação no parque, com dois trapiches, onde recebemos escolas para sessões de educação ambiental, realizadas por militares.

4. As Ações da SEURB e sua Contribuição para a Construção do Sistema de Espaços Livres: o Portal da Amazônia (SEURB). EDUARDO MELO (Engenheiro Civil) SÍLVIA NUNES (arquiteta - Secretaria Municipal de Urbanismo). (12h)

O Portal da Amazônia compreende duas obras no extremo sul da cidade: 1) Projeto de Drenagem da Bacia Bernardo Saião e 2) Via Orla. Sobre o Projeto de Drenagem, observamos que haverá: saneamento ambiental, em busca de sustentabilidade, realizado em quatro sub-bacias, atendendo de nove a dez bairros de Belém; serão construídas três bacias de detenção, doze estações elevatórias, vinte pontes, vinte e duas passarelas, três estações de tratamento de esgotos; serão implantados interceptores tronco, cinturão verde com desapropriações com áreas de realocação, independente da situação legal ou não da posse da terra, no esquema de Vila da Barca. A Prefeitura dará um auxílio-moradia de R$400,00 para o morador. Os recursos virão do BID, cujas normas teremos de nos adequar. Assinaremos o contrato agora no final de ano. Haverá áreas de influência direta e indireta do Projeto, a direta é a área da bacia e a indireta é o benefício para toda a cidade de Belém. Temos de trabalhar com o social também: capacitação e qualificação profissional (normas do BID). Na Via

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Orla temos: cerca de 800m executados, é uma obra arrojada! Uma via a 70m do continente, dotando Belém de uma orla urbanizada. É um aterro hidráulico, com construção de dique, avançando pelo continente, porque não conseguimos vencer o colchão de lama. Há monitoramento e consultoria de todas as obras da vizinhança. Retiramos 77 famílias de palafitas. Tudo perto do Mangal. É uma obra impressionante e as famílias já procuram aquilo para espaço de lazer, o que é muito gratificante para nós!Sílvia Nunes: trabalhamos em dois bairros muito densos, o Guamá e o Jurunas. A extensão da via ainda não está estipulada porque, em verdade, estamos executando um projeto piloto. Dependendo da demanda, avançaremos mais ou menos. Os equipamentos instalados são simples para a população: calçadão de cinco metros com piso intertravado, um guarda-corpo (área de lazer e passeio), guarita de vigilância, área de grama ou areia, ou seja, permeável; bancos de concreto, abrigo coberto para idosos, quiosques, sanitários públicos, mesas com toldos em lona, outras mesas, estacionamentos, play ground de areia, área de musculação, restaurantes, quadra de futebol society, quadras poliesportivas (de areia) e projeto paisagístico com profissional contratado.

Debate (Foto 7):

- Ézia Neves: qual é o projeto de segurança para a Orla? Já têm ambulantes lá. Quantas guaritas terão lá? Fomos assaltados lá perto, na Praça Princesa Isabel, ontem.- Resposta: segurança pública é questão do Estado. Trabalharemos com a guarda municipal. Talvez a cada 300m implantemos um quiosque com vigias.

Não há foto- Pessoa não identificada: haverá avaliação pós-ocupação? - Resposta: Estamos averiguando, por isso é um projeto piloto, num só trecho.

- Soares, mestrando, do Parque Goeldi: Sobre o parque Utinga: defecaram na nossa água porque o parque estava isolado. Assim, sou favorável à construção de uma avenida lá, porque todos vigiariam o Parque Utinga. Sobre o Portal da Amazônia, a

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nossa comunicação é feita por barco, as pessoas chegam por barco a Belém, com a construção da Via Orla, como fica isso? Como fica a comunicação com o rio? Como elaborar a contenção do dique? O relatório de avaliação ambiental foi feito em sete dias, que eu li! Os canais serão abertos ou fechados? Buscamos recursos do exterior para a drenagem e o nosso recurso, o de Belém, fica para a construção da via. O que é isso? Os estrangeiros terão de tirar nossas pessoas de dentro d’água? - Respostas da SEMA (Pascoal): somos contra a abertura da estrada perto do Parque Utinga porque na Amazônia as estradas criam problemas tanto à direita quanto à esquerda das pistas. Por que não abrimos uma avenida panorâmica? É preciso garantir essa orla verde para o presente e para o futuro. Por isso temos reservas na construção de uma estrada perto do parque. Há um termo de referência para a revisão do plano de manejo do parque que está muito antigo. - Respostas: O Portal é uma obra polêmica! O EIMA-RIMA não foi em sete dias não, foi em anos. Nenhum município tem condições de prover uma obra deste porte. A contrapartida para o BID é a construção da via. Quanto aos portos, serão construídos portos públicos e não privados.

Não há foto:- Reynaldo (QUAPÁ/SEL Belém): como será o tratamento das águas dos canais ou o lançamento dos dejetos será nos rios? - SEMA: todas as áreas terão tratamento de esgotos, serão construídas estações especificais. São em número de três.

- Pessoa não identificada: a Via passará pela frente do Mangal das Garças? Ligando na Avenida Tamandaré?- SEMA: há um estudo neste sentido, mas nada foi decidido. - Biólogo do Combu: haverá impactos e afetará a APA. Tanto que os recursos foram repassados, em termos de compensação ambiental. Já estamos utilizando os recursos, como os que recebemos do BNDES.

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- Aluna Rebeca (arquitetura UNAMA): são baixadas, com moradores de alta renda e haverá desvalorização do solo. O que acontecerá com os atuais moradores da região? - Reposta da Sílvia Nunes (SEMA): o nosso normativo é o Plano Diretor (PD). Haverá especulação, mas teremos de normatizar tudo.

- Profa. Helena Tourinho: vocês têm instrumentos de fixação da população de baixa renda na área? Como houve nas Docas e outros canais tratados? - Resposta: Eduardo Melo. A secretaria de habitação está pensando neles. - Profa. Helena: nossa questão diz respeito ao mecanismo de regularização fundiária. A outorga onerosa aqui é usada no coeficiente máximo! É um escândalo! As vias desencadearão adensamento complexo de trânsito na Primeira Leva Patrimonial. - Resposta de Sílvia: temos conhecimento de tudo, mas temos apenas o PD, e se há outros aspectos, não temos como informar. - Profa. Helena: preocupa aceitarmos tudo o que vem do BID. O que é bom para eles pode não ser bom para a cidade. - Resposta de Eduardo Melo: o PD foi revisto agora e publicado no final de julho/agosto. Apenas nos adequamos a algumas normas do BID e não aceitamos todas. O que temos é um cadastro da economia desses bairros. Nossa arma é o Plano Diretor.

A Profa. Ézia Neves agradece e marca o retorno das atividades para as 14h30m.

(10h: 40m-11h) – Intervalo para o Almoço

Apresentações (TARDE): Inscritos:

1. Alexandre M. Ferreira (UNAMA)2. Aline Neves Gomes (UFPA)3. Allan Mota de Almeida (UNAMA)

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4. Amaranta Amaral (UFPA)5. Ana Paula Baia Oliveira (UNAMA)6. Andreia Martins de Freitas (UFPA)7. Angria de Paula Santos da Silva (UNAMA)8. Bernardeth Bentes (UNAMA)9. Brenda LIMA (UNAMA)10. Bruna Kimi (UNAMA)11. Bruno Alex Silva (UNAMA)12. Carla Alexandre da Costa (UFPA - IMAZON)13. Carolina Henriques da Silva (UNAMA)14. Cristina Costa (UNAMA)15. Daniel Calebe (UFPA)16. Dieli Scaramung (UNAMA)17. Fernanda Gonzaga (UNAMA)18. Flávia Almeida de Oliveira (UNAMA)19. Gabriela A. Cunha (UNAMA)20. Helena Lúcia Zaguri Tourinho21. Helena Napoleon Degreas (FAUUSP)22. Jackeline Karla Rei dos Reis23. Jéssica Marinho Ferreira (UNAMA)24. Joseane Rodrigues (UNAMA)25. Juliana Queiroga (UNAMA)26. Kíssia Souza (UNAMA)27. Leila B. Sanos (UNAMA)28. Livia O. Cavalhos (UNAMA)29. Lorena de Queiroz Silva (UNAMA)30. Luana Silva (UNAMA)31. Lucas Celestino Azevedo Pereira (UFPA)32. Marcelle Pantoge (UNAMA)33. Marcello Dias (UNAMA)34. Marcos Paulo Borges de Loureiro (UNAMA)35. Marola Adriana S. Lima (UNAMA)36. Mayra Martins Silva (UNAMA)37. Milene Coutinho (SEGEP)38. Monique Bentes (UFPA)39. Natália Sirly Valle Silva (UNAMA)40. Neire Maria Mendes Ferreira (UNAMA)41. Patrícia de Souza Willis (UNAMA)42. Renato Gomes Dias da A. Gaspar (UFPA)43. Stephanie Abreu (UNAMA)44. Tais Morgado (UNAMA)45. Tamira de Santos Pantoja (UNAMA)46. Tancredo Miranda da Silva (UFPA)47. Thaís Terumi Igauxi (UFPA)48. Vanderli Custódio (IEB USP)49. Vinicius Colaress (UNAMA)50. Viviana Fonseca (UFPA)51. Zildomar J. Monteiro Jr. (UNAMA)

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5. JACI COLARES. Corretor de Imóveis. (15h)

A atividade de corretor de imóveis surgiu com a colonização, com o aluguel de pousadas para os colonizadores. Das capitanias hereditárias, sesmeiros e depois, latifundiários saíram os primeiros donos de terras. A regulamentação fundiária teve início depois do Governo Geral, 1549, com a implantação de povoações, vilas e cidades do/no Brasil. Do litoral para o interior as cidades foram tomando uma forma mais urbana, fazendo surgir, a partir dos comerciantes locais, os leiloeiros e os agentes imobiliários com suas ofertas nos jornais. O desenvolvimento das cidades fez com que a comercialização dos imóveis constasse dos jornais, fez com que os agentes imobiliários, os primeiros profissionais da intermediação imobiliária, se formassem na escola da vida. Na década de 1930, no Estado-Novo, as primeiras leis trabalhistas criaram os sindicatos. O primeiro a ser criado e reconhecido foi o do RJ, em 1937, o SINIMOVEIS. São 71 anos. A profissão de corretor é a única no país regulamentada por duas leis: 1) Federal - o nome correto é Técnico em Transações Imobiliárias; 2) com redes nacionais, na figura dos conselhos regionais, os CRECI. Há um curso profissionalizante com habilitação e só assim a atividade pode ser desenvolvida. Depois deste ponto de vista histórico, é evidente a estreita ligação entre construtora e corretor – uma dupla inseparável. A dupla é responsável pelo desenvolvimento do mercado de imóveis, e promove desenvolvimento urbano, realiza o sonho da casa própria. Os condomínios verticais e horizontais continuarão existindo porque as pessoas continuarão casando e se multiplicando. No Pará há um amplo mercado de imóveis no interior. Bom para todos! Somos testemunhas de que o mercado imobiliário no Pará, principalmente em Ananindeua, na Av. Montenegro, tem aumentado demais. Somos a cidade com o quarto metro quadrado mais caro do País, mas temos condomínios bem simples por aí, por R$400,00 reais por mês. Os condomínios de alto padrão têm igreja, supermercado, parques, tudo para prender o morador nas casas no final de semana. Paraupebas, Marabá, Santarém, Paragominas, Castanhal, ou seja, no interior do estado, o desenvolvimento do setor imobiliário tem aumentado demais mesmo. Estamos fazendo desenvolvimento. Agradeço e penso que tenha correspondido a expectativa de vocês com esta palestra. Muito obrigado.

6. O Plano Diretor do Municipal de Belém e o Sistema Municipal deÁreas Verdes. Sra. ALICE RODRIGUES (CESESP/UNAMA). (15h20m)

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A estrutura de Belém é marcada pela exuberância das águas, marcada pelo estuário do rio. É intensa a relação entre cidades e águas na Região Metropolitana de Belém: Marituba, Benevides, Ananindeua, Santa Bárbara. A proximidade com a Ilha de Marajó marca a nossa cidade como um entreposto comercial e de atividades portuárias. Temos uma integração viária precária, a BR é a única metropolitana. Temos uma grande área inundável na mancha urbana com ocupação espontânea de população carente em terras não consolidadas por aterros. São poucos os corredores nas áreas mais altas da cidade. As vias Arthur Bernardes e Almirante Augusto Montenegro marcam a cidade no sentido N-S, e são muito utilizadas, com pouca ou nenhuma possibilidade de interligação com as áreas inundáveis. Pior, a Augusto Montenegro tem uma área industrial com grande movimento de cargas, caminhões etc., portanto a população evita utilizá-la. Tenta-se preservar as áreas verdes no território da cidade. Até 1960, Belém estava confinada na primeira légua, a conurbação na RM começou na década de 1980 e se intensificou em 1990, fazendo a população de mais baixa renda migrar para as áreas mais distantes do centro. As centralidades que foram surgindo fizeram que com a valorização em torno dela aumentasse, expulsando a população para outros setores da cidade. Aumentou o setor terciário na cidade. O mapa revela a concentração de rendas no centro de Belém, diminuindo para os extremos. O estudo foi feito por vários professores da UNAMA, inclusive pela Profa. Helena Tourinho aqui presente. As áreas mais densas e pobres ficam sobre as áreas alagadas. O mapa de acesso nos mostra os portos e a interface intensa com o rio: as pessoas vêm do interior para se tratar, para o comércio, para o lazer, mas nossa orla é tomada por setores e indústrias privadas. Isso encarece muito porque há que se desapropriarem, a altos custos, essas áreas para chegarmos à orla fluvial. Não há interface entre as obras de engenharia e a melhoria da qualidade urbanística, pois se realizou um plano de bacia sem regularização do solo, resultando em novos alagamentos e ocupações; não se pensou em ciclovias, calçadas, uso e ocupação do solo, abertura de novas áreas públicas; foi só um plano de engenharia, de drenagem, de pouca duração: voltou a alagar tudo. Repensamos tudo isso na recente discussão sobre o Plano Diretor, na busca de uma visão integrada de toda a cidade. Como isso se refletiu no PD? Criamos duas macrozonas: 1) de ambiente urbano (três ilhas ocupadas); 2) de ambiente natural, águas e matas. Não marcamos uma área rural porque são mínimas. Essas duas macrozonas foram divididas em sete zonas menores. No PD cada uma delas tem diretrizes e objetivos específicos, casados com qualidade urbanística. Demarcamos algumas áreas de “Zoneamento Especial”, ou seja, intra-urbana, de preservação, sofrendo muita pressão de ocupação. Em Icoaraci, a retirada de argila para a cerâmica é uma atividade importante, mas está acabando, porque a população está comprometendo sua própria atividade econômica; outra área especial é a da Marambaia, que poderia ser um grande parque urbano, mas é da Marinha, que vem se desfazendo de suas terras porque não tem recursos para mais nada e está negociando suas propriedades com grandes construtoras de Belém, ou seja, essas terras estão sendo privatizadas. O Plano Diretor está solicitando o instrumento da “preempção”, ou seja, que a Marinha ofereça primeiro as áreas à Prefeitura de Belém. Detalhe: o adensamento provocará um uso intensivo de uma

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infra-estrutura que já é precária justamente por conta do saneamento (utilizaremos as operações urbanas, as operações consorciadas etc. que são mais vantajosas para o poder público e também para o setor imobiliário): a primeira operação urbana é a do Portal da Amazônia, na qual determinaremos as áreas livres, o tratamento urbanístico, as calçadas, etc. Nossa cidade ainda tem muito verde, e há zoneamento. Temos áreas especiais como as Ilha de Mosqueiro, Ilha de Cotijuba, Icoaraci (com qualidade urbanística muito boa na sua área central), Rua Augusto Montenegro, Centro de Belém, na área de Rua Batista Campos; Bairro do Marco, Área da Bacia do Una, área do entroncamento e entrada da cidade; Bosque Rodrigues Alves. O que tem de mais preservado na cidade são as áreas privadas (Exército, Marinha etc.), queremos que elas se tornem públicas, porque o Bairro do Guamá Terra Firme e do Curiotinga são muito adensados e inexistem espaços livres! Estão perto do parque Utinga, pressionando-o e lançando esgoto nos canais. No PD há regulamentos para as áreas verdes, como sendo componentes de um sistema de áreas verdes do município, sendo públicas ou privadas, áreas de preservação permanente, áreas em situação de degradação (compensação ambiental), áreas naturais preservadas... Foram todas consideradas. O PD está em implantação, precisando de muita conversa e parcerias.

Debate (15h50m):

- De Rogério (QUAPÁ/SEL/SP) para Senhor Jaci: como vocês vêem os vetores de expansão urbana? - Resposta, Senhor Jaci: eu vejo como crescimento da própria cidade, pois quanto mais desenvolvidas nossas atividades, melhor para todo mundo: a Prefeitura recebe mais IPTU, o comprador realiza o sonho da casa própria, há geração de empregos etc. - Rogério: em Belém, qual a área de maior interesse para o setor? - Resposta: Rua Augusto Montenegro, os municípios de Ananindeua, Palmarituba, Benevides, Santa Bárbara, Santa Isabel, essas são as nossas tendências. - Rogério: qual o produto de maior demanda na cidade, condomínios verticais ou horizontais? - Resposta: condomínios horizontais são o que mais temos oferecido na cidade.

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- Lindomar Baía (Jornalista) para a Sra. Alice: certas áreas que o Plano Diretor (PD) denomina de “verdes privadas” são comodato de uso da Marinha, portanto elas poderiam retornar ao patrimônio municipal. Por que a Prefeitura nunca reivindicou as áreas? Há outra área, onde funciona o “Parafolia”, de uso da Associação Agropecuária do Pará, que também é do município, é concessão apenas, por que ninguém faz isso, retoma as terras? Outra coisa: entre a Rua Oliveira Belo e a Rua Enrique Gurjão, por que não fazem interligações, são vias próximas? O Fórum Mundial daqui a alguns meses será um tiro no pé para sediar a Copa, pois mostrará as fragilidades da cidade. O que a Sra. diz das problemáticas entre os setores técnico e político de Belém? - Resposta da Sra. Alice: o técnico tem que sair da sua área e fazer um meio de campo com o quadro político, tem de provar que sua questão e ponto de vista são importantes. Sobre a área da Marinha, era a informação que se tinha, mas um almirante apresentou um decreto federal do Governo Figueiredo doando as áreas para a Marinha e que, portanto, não são mais do município! Muito difícil! O único instrumento que temos é o de comprar (preempção) uma área que já foi nossa. O PD prevê um plano de mobilidade e acessibilidade, então estamos pensando nessas ligações próximas que o Sr. falou, mas há apenas uma indicação no PD; há todo um trabalho de sensibilização junto ao prefeito para levarmos a questão adiante. Políticos só funcionam por pressão social, temos de mudar a inércia social. - Lindomar Baía: nenhum presidente poderia fazer isso. Permitiram que assim fosse.

- Pascoal (SEMMA): o poder público poderia fazer alguma coisa, tornar inválido este decreto, aliás, muitos decretos deste período militar foram absurdos. - Alice: estamos fazendo isso também. O processo está tramitando e durará anos. Nossa estratégia paralela é o instrumento de preempção. - Paschoal: a área já andou negociando parte de sua área, isso se consumou? - Alice: Sim. Todo o empreendimento está lá, instalado.

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- Prof. Akel, da UNAMA: o problema número 1 de Belém é a pobreza. Os demais problemas são decorrentes desse. O problema da urbanização é marcado pela circulação, por conta dos eixos que se abrem. Na década de 1970, houve um projeto para o que hoje se chama de João Paulo Segundo (COHAB?), outros projetos nos anos 80 e 90 e, o último é a Via Metrópole, de circulação rápida, que decorre de influência de todos os projetos de circulação anteriores. Sobre Belém, temos uma pequena área bem urbanizada e um entorno muito pobre e, não apenas de várzeas. Há um mercado imobiliário muito dinâmico na cidade, nos últimos 20 anos, o crescimento foi intenso. É espantoso o nível e requinte das ofertas para as classes médias e altas. O número de lançamentos por ano é incrível, qual é a origem do capital que compra estes imóveis, se a população é toda muito pobre; quem são essas pessoas? Belém é só comércio e poder público. Quem são essas pessoas? Fazendeiros, investidores internacionais do Centro-Oeste, qual é a origem desses recursos?

- Resposta do Sr. Jaci: o presidente da ADEMI, dos incorporadores, poderia nos dar as informações certas, pois nós também queríamos saber. Há muito investidores que são da cidade, os construtores são daqui e vendem muito bem. Quem são os compradores, não sabemos. O metro quadrado em Belém chega a até a R$4.000,00, o quarto mais caro do Brasil. O mercado está se expandindo até para a venda para as classes “D” e “E”, com financiamento da Caixa Econômica que está derramando dinheiro no mercado. Sinal que há venda. Se eu souber quem são os compradores dos grandes imóveis, eu fico com seu telefone e o aviso.

- Milene, estagiária de urbanismo, 9º. sem. de Arquitetura: fiz uma visita à ADEMI, pois sou moradora de um bairro nobre de Belém, o Umarizal, com calçamento precário, com condomínios de alto padrão e vejo que não há preocupação das construtoras com as vias onde elas estão implantando seus negócios, com as vias de circulação que ficam logo congestionadas. Não seria necessária uma parceria com o poder público? Fui visitar a ADEMI e perguntei num stand se há preocupação com a ilha de calor que será gerada? O vendedor disse que a tendência de toda grande cidade é a construção de torres. Como ficamos nós das casas térreas? Fomos procurados para vender a nossa casa, senão ficaríamos prensados entre dois blocos de edifícios, sem luminosidade.

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- Sr. Jaci: não conheço a política da ADEMI com profundidade, somente a da CRECI. Cabe ao poder público fiscalizar isso, porque o projeto é aprovado pela Prefeitura. Passo para a Sra. Alice.

- Lindomar Baía (jornalista): é justamente isso – a Prefeitura aprova – parece que os arquivos não são olhados. Olha que eu fui assessor de imprensa de várias gestões. Há sim, minha cara Milene, uma parceria do poder público e do privado, e é em função da situação que aí está. - Alice: o nível de adensamento de cada área é analisado e previsto pelo poder público, quando é ultrapassado temos problemas de todo tipo: refluxo de esgotos, trânsito, ilha de calor e o problema recai sobre o comprador/morador. Belém não possui instrumentos como a compensação do coeficiente construído para amenizar os problemas. Os instrumentos estão no PD de 2003, mas não estão regulamentados. O setor imobiliário não aceitou o instrumento, pois tudo é considerado da alçada do Poder Público que tem de resolver todas as questões. Essa visão tem de mudar, pois a função social da cidade que está no Estatuto da Cidade deve ser acionada por todos. O Poder Público deverá somente atuar como mediador de todos os atores. Espera-se deles consciência urbana mínima, ou seja, porque eu cumpro todos os meus deveres para com a cidade eu posso fazer o que quiser? Não é assim. Um instrumento que temos é o Estudo de Impacto de Vizinhança, mas temos em parte, porque não foi regulamentado. Acabamos de contratar um estudo para isso, para medir as conseqüências do adensamento em cada zona da cidade. A Prefeitura aprova e diz que pode construir porque não tem como proibir. O setor privado, o empreendedor, muda os índices e faz o que quer e depois sofre as conseqüências.

Intervalo – “Coffee-break” (16h: 45m)

7. Considerações Sobre o Sistema Viário, Suas Funções, e Seu Papel na Estrutura Urbana da Região Metropolitana de Belém. Prof. Paulo Ribeiro – UNAMA. (17h)

Agradeço o convite. Estruturei a apresentação tratando de alguns conceitos, principalmente porque temos alunos de vários anos de Arquitetura. As funções, a hierarquia viária, a importância da via e alguns usos inadequados dela. Mostrarei um painel da estruturação urbana da cidade, de povoado a região metropolitana; marquei três momentos: 1) Colonização; 2) Ciclo da borracha e a primeira expansão; 3) Após a criação do cinturão institucional. Farei, por fim, um diagnóstico atual e um prognóstico.

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Questão conceitual: um “sistema viário urbano” é o espaço onde se executa o deslocamento de pessoas, mercadorias e o convívio social dentro da cidade, com formas mais complexas, quanto maior a cidade. Nele se concentra todo tipo de rede: esgoto, águas, drenagem, telefonia, fibra óptica etc. Diante de tantas funções é preciso trabalhar da forma mais racional possível. Para pensarmos trouxe duas imagens bem radicais: 1) Limoeiro do Aguru (Pará), com sistema viário básico bem simples; 2) Cidade de São Paulo, mapa do Metrô de 1968, uma cidade radial concêntrica com intenso fluxo saturado. Diante da complexidade de um sistema viário é preciso estabelecer uma hierarquia viária funcional. Trouxe um exemplo de quatro categorias, da via expressa à via local, com duas variações: 1) condições de acessibilidade e 2) condições de mobilidade. Quanto maior sua hierarquia maior sua mobilidade (fluidez) e menor sua acessibilidade. São duas condições antagônicas. Nos locais onde você tem maior acessibilidade tem menor mobilidade (fluidez). Entendidos os conceitos, pensemos no uso inadequado das vias. O grande vilão é o automóvel, porque traz muitos malefícios para a cidade, mas pouco tem sido feito no sentido de evitar isso. Na cidade capitalista, as pessoas praticamente vestem o carro, não é apenas um meio de deslocamento e sim status social. Observem a imagem de Houston – Estados Unidos – (retirada do Google), é incrível a quantidade de áreas destinadas a estacionamento de carro! Num ônibus cabem 69 pessoas e se economiza espaço da via urbana; os carros são custos urbanos. Outros usos inadequados da via são: a venda ambulante, pois quando esse uso se intensifica, pode ocorrer ocupação total da via; mercadorias de lojas colocadas na via; grades de casas que avançam para a via; estacionar carros na calçada. Mas como isso ocorreu? Voltemos ao passado: 1) Colonização: Praça Frei Caetano Brandão e um caminho denominado de João Alfredo; séc. XVIII, uma malha mais consolidada na cidade velha e na Campina, condicionada pelos alagados da cidade (malha ortogonal com ruas estreitas; início do séc. XIX a cidade cresce na direção da Praça da República, para o norte, com crescimento pequeno, eram vias com menos de 6m de largura; 2) Ciclo da Borracha, é um mapa sobre o abastecimento de água, há outro padrão de vias, há estrada de ferro; elas se deparam com as terras baixas de outra largura, quadras bem maiores, adequação à questão da topografia, buscando as terras mais altas, com crescimento significativo. Nina Ribeiro traçou as linhas da primeira légua patrimonial da cidade, e Antônio Lemos, na seqüência, traçou ruas com mais de 44 m de largura, as que as corta tem 22 m, quadras maiores, ainda bem! 3) Após o Cinturão Institucional, ou seja, nos anos 1950, a malha se torna descontínua, desarticulada e canaliza tudo em dois grandes vetores, com áreas institucionais do exército e da marinha; em 1970, BR e a rodovia Montenegro. O município de Ananindeua tem seu crescimento nesta década, com conurbação com Belém. Na situação atual, temos um cinturão institucional, com aeroporto, áreas de proteção aos mananciais, os dois grandes eixos, e se evidencia uma desarticulação incrível da malha viária ao norte, na área de expansão da cidade. Há conjuntos próximos, mas com grandes dificuldades de articulação viária. Temos uma concentração de atividades e empregos na primeira légua patrimonial, gerando grande impacto na circulação da cidade, os fluxos são concentrados da periferia para o centro da cidade. Quando distribuímos o fluxo de tráfego de toda a cidade em todas as vias, o que temos de simulação para 2012, é uma situação de atulhamento que já estamos vivendo hoje, em 2008. Na légua patrimonial temos 100.000 veículos (1,2 pessoas por automóvel) circulando por dia, em 2001: a situação é grave! Com saturação dos estacionamentos há carros na calçada, em fila dupla etc. O que temos de proposta? Um Plano de Diretrizes de Ordenamento Territorial que indicamos na época do Plano Diretor, ou seja, propomos uma hierarquização das vias: expressa, arterial, coletora, ciclovias, estrutural, terminais de integração etc. Duas etapas: 1) um conjunto de vias será melhorado (até 2010) e depois nos deteremos nos 2) corredores de transporte coletivo com rede integrada de transporte multimodal (até 2013), priorizando o uso de ônibus em canaleta com ciclovia do lado de fora.

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Debate antecipado, porque o prof. precisará lecionar. (17h:50m)

Não há foto:- De Reynaldo (QUAPA/SEL Belém): cada novo empreendimento lança mais e mais vagas de garagem. Há como limitá-las por lei, no PD, por exemplo?- Prof. Paulo: limitar o número de vagas na construção de prédios resolve só o problema de guardar o carro e não o tráfego da cidade. A questão não está na limitação do número de vagas e sim, na diminuição do potencial construtivo, sem uma visão de futuro da cidade. Quando o Bairro do Umarizal estiver degradado, se passará para outro bairro e se fará a mesma coisa em outro bairro. O Poder Público tem de realmente limitar isso, o potencial construtivo. O mercado terá de se regular por uma regra para o bem de toda a cidade.

Não há foto:- Aluno que não se identificou: se ampliar o transporte coletivo também aumentará a cidade, e então? - Prof. Paulo: pois é, estamos aqui, nos países emergentes, correndo atrás do prejuízo, mas precisamos regular o uso de espaço urbano. Belém, pior que SP e RJ, não pode crescer 360 graus, só cresce em 90 graus com o vértice cercado de águas. É mais grave.

8. Espaços Livres Públicos na Região Metropolitana de Belém. Sr. NETUNO LEÃO e CARLA ALENCAR (pesquisadores do IMAZON (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). (18h)

O IMAZON possui 219 trabalhos técnicos e visa o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Só a partir de 2001 começamos a pensar na área urbana: as cidades justas e sustentáveis. A população urbana mundial está aumentando e com ela, a favelização. Toda essa urbanização tem um preço para a humanidade, todos nós contribuímos para isso. O Movimento Cidades Sustentáveis é um movimento que se consolida, começou em Seatle (Estados Unidos), e com a experiência deles, fez-se um modelo para aplicar em Belém, por isso nossa visão é sócio-ambiental. Em setembro foi fundada uma rede de cidades sustentáveis, com extensão recente para toda a América do Sul, com a criação e acompanhamento de indicadores. Temos no site do IMAZON um relatório para toda a Grande Belém. Os indicadores são: ocupação de áreas públicas, como as praças conforme suas finalidades; estado das praças, com ou sem equipamentos e áreas verdes mantidos/as ou não, distribuição delas com relação aos bairros próximos (temos um mapa de distribuição); lixo (acúmulo e excesso). Propostas: usar os espaços públicos. Outros indicadores:

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florestas urbanas, o desmatamento aumentou em toda a RM de Belém, inclusive nos parques e áreas preservadas (Utinga, APAs etc.). Propostas: criar novas áreas protegidas, novas parcerias, facilitar o acesso, informações sobre o parque, reflorestar adequadamente. Outros indicadores: água, drenagem, poluição sonora, do ar, etc. Propostas: despoluir.

Debate (18h:25m) (Foto 14):

- Pascoal da SEMMA: O Netuno é nosso parceiro, tem razão, somente agora estamos regularizando a situação do Parque Utinga, criado em 2003. Estamos iniciando tudo. Por exemplo, na nossa biblioteca não há nenhum trabalho de pesquisa sobre o Parque Utinga, embora eles existam em várias instituições. - Soares do Museu Goeldi: vocês discutem esses indicadores com outros órgãos? Ou é só aqui?- Netuno: Os outros parceiros não discutem o aspecto sócio-ambiental, se preocupam mais com os aspectos e indicadores sócio-econômicos. Eles nos procuram, por exemplo, de São Paulo, para buscar esses dados. A rede de cidades sustentáveis busca criar indicadores que possam ser incluídos nas atribuições dos prefeitos, que possam ser acompanhados pela população. São Paulo obteve isso, e assim o prefeito Kassab terá três meses para apresentar os indicadores, pois conseguimos colocar isso na pauta. É a busca de maior controle social na gestão pública. A questão comportamental também é importante e deve ser atacada. Não temos indicadores todos iguais para todas as cidades, eles são construídos conforme as diferentes cidades, senão teremos indicadores cegos.

Encerramento: (18h:40m) Profa. Ézia Neves agradece a todos e encerra as atividades do dia.

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Oficina : 25.11.2008

Inscritos: 39 participantes

1. Alice da Silva Rodrigues Rosa (SEGEP) 2. Aline Neres Gomes (UFPA) 3. Allan Mota de Almeida (UNAMA) 4. Amaranta Lígia da Silva Amaral (UFPA) 5. Ana Carolina C. Rodrigues (UNAMA)

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6. Ana Cecília Arruda de Campos (QUAPÁ/SEL – FAUUSP) 7. Ana Paula Baia Oliveira (UNAMA) 8. Angria de Paula Santos da Silva (UNAMA) 9. Antônio Carlos Lobo Soares (MPEG) 10. Bruno Alex Morais Silva (UNAMA) 11. Carla Alencar (IMAZON) 12. Daniel Calebe S. Rosário (UFPA) 13. Ézia do Socorro Neves da Silva (UFFA/ICA - QUAPÁ/SEL

Belém) 14. Gisele Braz (SEMMA) 15. Helena Degreas (QUAPÁ/SEL – FAUUSP)16. José Akel (UNAMA) 17. Julyana Amorim Queiroga (UNAMA) 18. Lamaratine Pinto Camilo (SEDURB) 19. Larissa Hanna Velloso da Silva (UNAMA) 20. Lorena de Queiroz (UNAMA) 21. Luan Rodrigo dos Santos Cavaleiro (UFPA) 22. Lucas Celestino Azevedo Pereira (UFPA) 23. Luiz Henrique Rabelo da Silva (UNAMA) 24. Marcelle Pantoja (UNAMA) 25. Marco Aurélio Arbage Lobo (UNAMA) 26. Marco Oliveira (SEMMA) 27. Marcos Paulo Borges de Loureiro (UNAMA) 28. Mayra Martins (UNAMA) 29. Miriam Leal Maia (UNAMA) 30. Monique Bentes (UFPA) 31. Neire Ferreira (UNAMA) 32. Renato Gomes dias de Azevedo Gaspar (UFPA) 33. Reynaldo Luíz da Silva (QUAPÁ/SEL Belém) ) 34. Roberta Andrade Cavalleiro de Macedo (SEDURB)35. Rogério Akamine (QUAPÁ/SEL – FAUUSP) 36. Simone Silene Dias Seabra (SEGEP) 37. Tancredo Miranda da Silva (UFPA) 38. Thais Terumi Igawa (UFPA)39. Vanderli Custódio (IEB/USP - QUAPÁ/SEL – FAUUSP)

MANHÃ

Início das atividades, com a distribuição dos inscritos em cinco equipes, conforme os seguintes temas (9h:30m):

1) Sistemas de Parques, Calçadões de Orlas e Praças;2) Áreas de Conservação e Preservação Ambiental;3) Sistemas de Espaços Livres privados e Tecidos Urbanos + Legislação,

Mercado Imobiliário;4) Investimentos Públicos, Turismo, Plano Diretor e Crescimento Urbano x

Metropolização;5) O Impacto do Complexo industrial na população e Tecidos Urbanos Locais +

Sistema de Transporte e Logística

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Integrantes das Equipes

1. Sistemas de Parques, Calçadões de Orlas e Praças: Gisele Braz (SEMMA) – [email protected] Mota de Almeida (UNAMA) – [email protected] Hanna Velloso da Silva (UNAMA) – [email protected] Henrique Rabelo da Silva (UNAMA) – [email protected] Oliveira (SEMMA) – [email protected] Gomes (UFPA) – [email protected] Miranda da Silva (UFPA) – [email protected] Terumi Igawa (UFPA) – [email protected]

2. Áreas de Conservação e Preservação Ambiental: Miriam Leal Maia (UNAMA) – [email protected] Amorim Queiroga (UNAMA) – [email protected] Martins (UNAMA) [email protected] Celestino Azevedo Pereira (UFPA) – [email protected] Calebe S. Rosário (UFPA) – [email protected] Carolina C. Rodrigues (UNAMA) – [email protected] Pinto Camilo (SEDURB) – [email protected]

3. Sistemas de Espaços Livres privados e Tecidos Urbanos + Legislação, Mercado Imobiliário:

Alice da Silva Rodrigues Rosa (SEGEP) – [email protected] Amaranta Lígia da Silva Amaral (UFPA) – [email protected] Rodrigo dos Santos Cavaleiro (UFPA) – [email protected] Alex Morais Silva (UNAMA) – [email protected] Roberta Andrade Cavalleiro de Macedo (SEDURB) – [email protected] Silene Dias Seabra (SEGEP) – [email protected]

4. Investimentos Públicos, Turismo, Plano Diretor e Crescimento Urbano x Metropolização:

Antônio Carlos Lobo Soares (MPEG) – [email protected]é Akel (UNAMA) – [email protected] Ferreira (UNAMA) – [email protected] Bentes (UFPA) – [email protected] de Queiroz (UNAMA) – [email protected] Pantoja (UNAMA) – [email protected]

5. O Impacto do Complexo industrial na população e Tecidos Urbanos Locais + Sistema de Transporte e Logística:

Marco Aurélio Arbage Lobo (UNAMA) – [email protected] Carla Alencar (IMAZON) – [email protected] Gomes dias de Azevedo Gaspar (UFPA) – [email protected]

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Angria de Paula Santos da Silva (UNAMA) – [email protected] Paulo Borges de Loureiro (UNAMA) – [email protected] Paula Baia Oliveira (UNAMA) – [email protected]

TARDE

52. (15h) Apresentações dos Trabalhos das Equipes:

EQUIPE 1 – Sistemas de Parques, Calçadões de Orlas e PraçasCARACTERÍSTICAS CONFLITOS POTENCIALIDADES

- Praças - Guamá sem praças;- área central: com muitas praças; - uso da rua e outros espaços como campos de futebol;- a busca de praças com áreas verdes: o clima equatorial

- muito utilizadas nos finais de semana;- o uso intenso da rua;- o porto da CDP: pouco uso em face das carências urbanas de recreação e lazer

------ implantação de áreas verdes ao longo das ruas - transformar o espaço do Porto da CDP em espaços verdes (?)

- Mangal - parque projetado - - - Ciclovias - Não levam a espaços

públicos significativos - corrigir o problema

- Portal da Amazônia Revitalização do centro histórico

- Vias Parques

- Orlas

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EQUIPE 2 Áreas de Conservação e Preservação Ambiental:

CARACTERÍSTICAS CONFLITOS POTENCIALIDADESParque do Utinga

- APA;- presença de vegetação densa;

- lixão do Aura- ocupação urbana irregular no limite do

- Educação Ambiental;- ecoturismo urbano;- pesquisas (meio ambiente)

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- presença de lagos parque;- institucional P. Belém x p. Ananindeua- usos (UFPA, EMBRAPA, UFRA, ELETRONORTE, MPEG, COSAMPA)

- construção da Avenida Liberdade- expansão da Avenida João Paulo;

Parque Médici e área da marinha

- administração Marinha;- presença de vegetação densa;- presença do canal

- institucional marinha x prefeitura de Belém x construtoras- ocupação urbana / fundiária

- parque urbano;- educação ambiental.- expansão da Av. Independência

Paracuri - zona de produção artesanal

- conflito fundiário - sustentabilidade social e econômica (artesanato)- turismo cultural;- portuária

Zona de ambiente urbano

- adensamento populacional;- concentração de serviços;- concentração de infra-estrutura;- presença de patrimônio histórico;- investimentos imobiliários;- sistema viário hierarquizado

- uso de solo urbano;- ausência de segregação de pedestres e veículos;- degradação do patrimônio histórico;- concentração de investimentos de alta e baixa renda;- capacidade viária esgotada;

- equilíbrio da ocupação do solo;- criação de novos sub-centros urbanos;-expansão da infra-estrutura;- educação patrimonial;- turismo;- descentralização dos investimentos;- criação de novas vias, racionalização do sistema de transporte;

Distrito industrial

- presença indústrias- presença de manancial hidromineral- presença de bioparque

- conflito fundiário- conflito de uso: parque industrial x indústria

- poluição industrial- produção industrial- educação ambiental

Ilha do Mosqueiro

- presença de núcleo urbano- área de vegetação densa

- fundiários - turístico: ecológico e cultural- educação ambiental- poluição ambiental

Arquipélago Oeste: Cotejuba / Paquetá / Jutubá Mirim / Jararaca / Jararaquinha

- núcleo urbano- extrativismo vegetal

- fundiários - turístico: ecológico e cultural- pesquisa ambiental- educação ambiental- econômica: produção

Arquipélago Sul: Combú / Murutucu / Grande/ Cintra

- presença de núcleo urbano- extrativismo vegetal

- fundiários - turístico: ecológico e cultural- pesquisa ambiental- educação ambiental- econômica: açaí

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EQUIPE 3 Sistemas de Espaços Livres privados e Tecidos Urbanos + Legislação, Mercado Imobiliário:

CARACTERÍSTICAS CONFLITOS POTENCIALIDADESConjuntos habitacionais mais antigos

- residências térreas e sobrados

- áreas livres não urbanizadas- espaços públicos privatizados;- o entorno é ocupado informalmente;- falta de conservação e segurança

- comércios locais caracterizados como sub-centros;Presença de espaços de lazer como praças públicas;

Conjuntos habitacionais mais recentes

- priorização por edifícios de pequeno porte (4 pavimentos)

- descaracterização da morfologia original da edificação

- preocupação com a criação com áreas livres de lazer e áreas verdes;

Condomínios horizontais

Loteamentos fechados - confinamento dos espaços públicos;Barreira o sistema de circulação

- externalizar os espaços públicos (praças);- atração de grandes equipamentos;

Condomínios verticais

- localizados nas áreas centros da cidade (de renda alta);- sobrecarga da infra-estrutura;- geração de espaços públicos;- geração de sombra na rua e na vizinhança;- alteração de tráfego;- expulsão da população.

- operações urbanas contemplando com as melhorias das praças, calçadas e vias;- sistema de compensação em abertura de melhoria dos espaços públicos.

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EQUIPE 4 Investimentos Públicos, Turismo, Plano Diretor e Crescimento Urbano x Metropolização:

CARACTERÍSTICAS CONFLITOS POTENCIALIDADESInvestimento público

- obras do PAC (Paracuri, Taboquinha, Tucunduba);- sistema viário (Arthur Bernardes, duplicação)Avenida da independênciaDuplicação da Perimetral;- binário: Av. Pedro Álvares Cabral, e Senador Lemos.- Avenida João Paulo II (continuação)- Portal da Amazônia (Orla e Bernardo Saião)

- porto Docas – assoreamento de cargas;- transporte de veículos pesados no centro

- trilhas- avenida independência;- melhoramento da área do saneamento e circulação- maior integração viária da RMB;-desenvolvimento da infra-estrutura turística;-surgimento de novas centralidades;

Turismo - Aeroporto / rodoviária;- centro de convenções; (hangar);- Outeiro (praias);- Orla Icoaraci;- estação das Docas;- Cotijuba;- Mosqueiro;- Mangal das garças;- mercado Ver o Peso;Feliz luzitânia;Crocodilo Sfari;Parque dos igarapés;

- - - parque estadual de Utinga;- uso das ilhas; Combu- - complexo Ver o Peso;- integração de praças; cidade velha (CHB);- ilha do Combu- Cotijuba;

Crescimento x metropolização

- Pressão sobre os mananciais da cidade com ocupação humana nas áreas de parque e leito das lagos;-Concentração e adensamento na área central de Belém devido melhor infra-estrutura;- expansão urbana através de processo de ocupação irregular;- ocupação de áreas de várzea.

- Augusto Montenegro;- saturação de via devido ao alto número de conjuntos habitacionais ao longo da via;- falta de vias para escoamento;Entroncamento-estreitamento de pista, conflito da rotatória e semáforos;- Shopping Castanheira.

- tratamento metropolitano do lixo;Viabilização de sub-centros desconcentrando empregos da área Central do município de Belém.

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EQUIPE 5 O Impacto do Complexo industrial na população e Tecidos Urbanos Locais + Sistema de Transporte e Logística:

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CARCATERÍSTICAS CONFLITOS POTENCIALIDADESÁrea central da cidade

- centralidade principal;- área de alta densidade;- área de tráfego intenso com grandes eixos de circulação;- concentração de atividades econômicas – comércio e serviços;- Atividades culturais e de lazer;- Melhor infraestrutura urbana;- centro histórico degradado;- melhor acessibilidade da RMB;

- uso do solo x tráfego de automóveis;- atividade portuária (carga e pessoas);Degradação da área do entorno;Comércio informal;

- habitação no centro histórico;- Incremento de atividades turísticas;- Porto de passageiros (sem cargas);- atividade comercial;

Icoaraci - Qualidade da infra-estrutura central;- orla parcialmente revitalizada;- atividade comercial;

- comércio informal x pedestres;- conflito de circulação de veículos x ciclistas;Ocupação ilegal – Baracuri

- atividade turística;- atividade comercial;- verticalização;

Entrocamento - concentração de comércio e serviços;- irregularidade fundiária;- malha viária irregular;- vazios urbanos subutilizados;

- tráfego veículos / pedestres;

- consolidação e crescimento da atividade comercial;-novo uso para vazios urbanos;

Cidade nova - uso do solo principal habitacional;- atividade comercial ao longo das vias;- acesso precário à transporte coletivo;

- circulação de pedestre veículos;-circulação de veículos / ciclistas;

- verticalização;Consolidação da atividade comercial;Variação do uso do solo;

Áreas industriais1ª – indústria linear – rio 1 b) comércio atacadista linear - rio

- proximidade ao rio; escoamento da produção / entrada insumos

- concorrência dos corredores de circulação pelo transporte de cargas e passageiros;- conflito com o uso do solo habitacional;- atividade portuária, comércio, atacadista / indústria x turismo;

Turismo / terminal de passageiros

Distritos industrais;2a) Icoaraci2b) Ananindeua3) Comércio atacadista linear – estrada.

- áreas planejadas surgidas nos anos 70.

- subutilização de terrenos vazios urbanos;- áreas ociosas – conflitos com financiamentos bancários.

- atração de indústrias de grande porte.

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Síntese do Grupo de São Paulo: Profs. Rogério, Ana Cecília, Helena e Vanderli.

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CARCATERÍSTICAS CONFLITOS POTENCIALIDADES- Fluxo do norte para o sul -Estrangulamento do espaço por conta da concentração de áreas institucionais -Os portos -Pontos estratégicos na/da urbanização para potencial de criação de SELs

- abertura e qualificação dos espaço livres- potencial de articulação das unidades dos espaços livres: por ciclovias, tratamento de calçadas e ruas, parques lineares

- tendência da abertura da orla - há recursos externos vindo para a urbanização (BID), que é uma chance para qualificar o espaço livres

Há demanda pro espaços livres qualificados em Belém Áreas de conservação e preservação

- criação de faixas de proteção, de amortecimento: reservatório de águas do Utinga- fiscalização dessas faixas

Gestão dos espaços livres

- aumento da cobrança junto ao Poder Público

Criar espaços livres sem

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“gentrificação”A venda da paisagem do rio pelo mercado imobiliário

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Comentário: Profa. Vanderli

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- Há PROJETO para Belém, há leitura do conjunto da Região Metropolitana;

- Há muitas POSSIBILIDADES / POTENCIALIDADES de implantação e qualificação de espaços livres em Belém:

a) Unidades de Conservação; b) Parques, praças e campos de futebol: cultura urbana de uso dos espaços

livres;c) Sub-centros comerciais: com projetos de espaços livres; d) Vias com implantação de espaços livres; e) Tecido urbano: com uma quantidade razoável de espaços livres;

- Fundamental considerar as particularidades ambientais: a IMPERMEABILIDADE das várzeas

Questões:. Os invasores não se preocupam com a questão ambiental. Será prioritária para quem está em busca da sobrevivência imediata? . Nenhuma proposta de uso do “espaço livre-água”?

. Há projetos de construções de bairros populares? Além do PAC, o que existe? (município e estado). Quais tipos de espaços livres seriam criados nos Novos bairros pobres? . Por quem seriam construídos, pelo setor privado, na forma de compensações? Outorga onerosa (com projetos de quem?) . A construção de condomínios com amplos espaços livres privados diminuiria a demanda por espaços livres públicos?

Discutir: . Ocupações e não invasões; ocupantes e não invasores – questão política das terminologias; . Cidade é um adensamento de população, em grande parte não agrícola, e de construções sobre uma base física restrita (em comparação com as áreas agrícolas do mundo), portanto, cidade é gente – gente não pode ser problema na/para a cidade e sim parte das soluções. É preciso mudar radicalmente os princípios das expressões/idéias em utilização; . Caos ou uma ordem ininteligível para nossos instrumentos e lógica-padrão? . Cidade: privatização dos prejuízos e socialização dos lucros – desvendar os mecanismos desses processos é sair da obviedade da paisagem-aparência; . O significado das formas: o que significam os grandes e novos parques qualificados, os centros de convenções, os grandes eventos (Fórum Mundial, Copa do Mundo...), pois há demandas urbanas ditadas pela ordem próxima e pela ordem distante; . “Controlar”? Que pretensão a nossa (da academia e dos técnicos)! Le Corbusier e o pastor para os rebanhos? Que tal “induzir” ou “direcionar”? Novamente a questão política do uso de certas terminologias.

(19h) Encerramento: A Profa. Ézia Neves agradece a todos e encerra as atividades da Oficina Belém.

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