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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 01.fev.2016. "Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão) Empresa consegue suspender cobrança de diferença de alíquota do ICMS 25 de janeiro de 2016 Uma empresa do segmento de confecções de Londrina inserida no Simples Nacional conseguiu, neste mês, uma decisão liminar que suspende a cobrança de diferença de alíquota do ICMS dos produtos importados em operações interestaduais, exigida pelo decreto estadual número 442/2015, que vigora há aproximadamente um ano. A decisão do juiz da 1ª vara da Fazenda Pública de Londrina determina que o Estado não exija mais da empresa o pagamento da diferença entre a alíquota interestadual de 4% fixada pelo Senado e o imposto interno de 18%, ou seja, um valor de 14% que deve ser recolhido antecipadamente, prejudicando principalmente as empresas de pequeno e médio porte. Antes do decreto, via de regra, uma resolução do Senado do ano de 2012 estabelecia o pagamento de um valor de 4% e não havia nenhuma diferença de ICMS que deveria ser antecipada quando a empresa importava produtos de outros estados. Os empresários paranaenses alegam que o Estado, passando por dificuldades financeiras, se utilizou da estratégia da criação deste decreto, ou seja, sem passar pela Assembleia Legislativa (AL) como acontece no caso de criação de lei, para acelerar o processo e captar maior volume de recursos. A Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) também entrou com uma ação coletiva contra o decreto estadual, bem como o movimento “Menos Impostos, Mais Respeito”, encabeçado pela regional de Londrina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). De acordo com o advogado tributarista Luís Eduardo Neto, do escritório Hasegawa e Neto Advogados Associados, responsável pela ação da empresa de confecção, esta é uma das primeiras liminares deferidas em favor de IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 01.fev.2016.

"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo

da luz." (Platão)

Empresa consegue suspender cobrança de diferença de alíquota do ICMS

25 de janeiro de 2016

Uma empresa do segmento de confecções de Londrina inserida no Simples Nacional conseguiu, neste mês, uma decisão liminar que suspende a cobrança de diferença de alíquota do ICMS dos produtos importados em operações interestaduais, exigida pelo decreto estadual número 442/2015, que vigora há aproximadamente um ano. A decisão do juiz da 1ª vara da Fazenda Pública de Londrina determina que o Estado não exija mais da empresa o pagamento da diferença entre a alíquota interestadual de 4% fixada pelo Senado e o imposto interno de 18%, ou seja, um valor de 14% que deve ser recolhido antecipadamente, prejudicando principalmente as empresas de pequeno e médio porte.

Antes do decreto, via de regra, uma resolução do Senado do ano de 2012 estabelecia o pagamento de um valor de 4% e não havia nenhuma diferença de ICMS que deveria ser antecipada quando a empresa importava produtos de outros estados. Os empresários paranaenses alegam que o Estado, passando por dificuldades financeiras, se utilizou da estratégia da criação deste decreto, ou seja, sem passar pela Assembleia Legislativa (AL) como acontece no caso de criação de lei, para acelerar o processo e captar maior volume de recursos. A Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) também entrou com uma ação coletiva contra o decreto estadual, bem como o movimento “Menos Impostos, Mais Respeito”, encabeçado pela regional de Londrina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

De acordo com o advogado tributarista Luís Eduardo Neto, do escritório Hasegawa e Neto Advogados Associados, responsável pela ação da empresa de confecção, esta é uma das primeiras liminares deferidas em favor de empresas contribuintes. “Eu tenho clientes que simplesmente deixaram de trabalhar com produtos importados de outros estados porque o aumento de custo tornou inviável a compra destes itens. Verificamos o formato que o Estado do Paraná adotou e encontramos alguns pontos bem questionáveis. Não tenho a menor dúvida que isso gerou um aumento de carga tributária”, explica o advogado.

Nesta decisão em específico, o juiz baseou-se que a cobrança desta diferença de alíquota só é aceita quando o recebedor é um consumidor final, o que não era o caso da empresa. “Outro ponto bem forte é que, em tese, só acontece um aumento de carga tributária ou criação de imposto por meio de lei específica, passando pela AL. O que aconteceu aqui foi um decreto feito diretamente do executivo”. Para o advogado tributarista, caso as derrotas do Estado forem se multiplicando em favor das empresas, o decreto estadual 442 pode ser “corrigido” futuramente.

O advogado da Acil responsável pela ação coletiva, Alziro da Motta Santos Filho, da Motta Santos & Vicentini, salienta que este posicionamento do juiz pode auxiliar na conquista de uma suspensão de cobrança também para os associados da entidade. “O posicionamento ajuda, pois demonstra uma

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tendência do judiciário em decidir desta forma. Isso cria um precedente, significa uma tendência neste tipo de decisão. No caso da Acil, a ação tem uma amplitude maior, porque pode favorecer todos os associados”.

Através de um texto, o diretor de coordenação de Receita do Estado, Gilberto Calixto, disse “que as regras do decreto 442/2015, já exigidas em outras 20 unidades federadas, têm como principais objetivos a equalização da carga tributária com aquela praticada internamente e a manutenção do status concorrencial das empresas paranaenses em relação às estabelecidas em outros Estados. A sua origem tem fundamento no princípio constitucional da isonomia, que no caso se observa pelo viés econômico. Não se trata de novo imposto, nem de aumento, mas de recomposição do ICMS cabível ao Paraná diante de operação iniciada em outro Estado, que deve ser cobrado de forma geral das empresas que são optantes pelo Simples Nacional ou do regime normal”. O texto completo está disponível no site www.fazenda.pr.gov.br.

‘É um desespero para arrecadar’

O presidente da Acil, Valter Orsi, viu a decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina como “oportuna e necessária”. Ele remete às leis federais que se baseiam em dois princípios para empresas de pequeno porte: menor carga tributária e simplificação da gestão como empresa. “Nós vemos esta decisão como uma vitória e este tipo de ação deve ser realizada por outras empresas que estão pagando essa diferença de alíquota. Agora, os associados da Acil também estão aguardando uma liminar favorável neste sentido.”

Outro ponto destacado por Orsi é que essa “carga tributária complementar” tem um aumento de custo para as empresas de, em média, 7% a 10%. “Esse ‘plus’ de alíquota pode fazer toda a diferença para uma pequena empresa, ampliando mais de 50% seus impostos e começando a trazer dificuldades. Esse desespero de arrecadação dos governos está inviabilizando as empresas de menor porte, pois elas perdem a competitividade e ampliam sua burocracia interna. Precisamos que essa vitória individual se alastre para o Brasil e se torne recorrente.” (V.L.)

Fonte: Sefaz PR

A sociedade unipessoal de advocacia não pode optar pelo Simples Nacional

25 de janeiro de 2016

Em função da criação de uma nova natureza jurídica, denominada “sociedade unipessoal de advocacia”, por meio da Lei nº 13.247, de 12/1/2016, que alterou a Lei nº 8.906, de 4/7/1994 – Estatuto da Advocacia, informamos que aquele que se inscrever nessa natureza jurídica não poderá optar pelo Simples Nacional, em virtude de não haver previsão legal no art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, o qual determina que serão consideradas microempresas ou empresas de pequeno porte “a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil)”.Sendo assim, para que o novo tipo societário possa optar pelo Simples Nacional faz-se necessária alteração na Lei Complementar nº 123/2006.

Fonte: Receita Federal do Brasil

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Dependentes maiores de 14 anos agora devem estar no IRPF Obrigatoriedade do CPF passa a ser válida a partir de mudanças publicadas nesta segunda-feira, 25; Veja o que foi alterado

Os contribuintes terão de incluir na Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) o número do CPF dos dependentes com idade a partir de 14 anos. A novidade está na Instrução Normativa 1610, publicada nesta segunda-feira, 25, no Diário Oficial da União.

Antes da mudança, a idade de obrigatoriedade do CPF na declaração do Imposto de Renda estava estabelecida em 16 anos ou mais. De acordo com a instrução normativa, a nova regra vale a partir de hoje , data da publicação do texto, e deve ser respeitada na declaração deste ano.

O período de entrega da declaração do IR deve ocorrer a partir de março, com o fim do prazo previsto para 29 de abril, mas o contribuinte pode começar a fazer o rascunho . De acordo com a Receita, a procura pelo rascunho da declaração quase triplicou em 2016 em relação ao ano passado.

A Receita informou que 174,8 mil contribuintes baixaram a ferramenta desde que ela foi lançada, há seis meses. O número representa um salto de 153% em relação aos 69 mil contribuintes que usaram o rascunho em 2015.

A redução da  idade obrigatória de inscrição no CPF para dependentes constantes da Declaração do Imposto de Renda Pessoas Física reduz  o  risco  de  fraudes  relacionadas  à inclusão de dependentes fictícios e também de um mesmo dependente em mais de uma declaração.

IRRF - Remessas ao exterior - Viagens de turismo, educação, despesas médicas e outros - DisposiçõesFoi publicada no DOU de hoje (26.1.2016) a Instrução Normativa RFB nº 1.611/2016 que dispôs sobre a incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos para o exterior.

O presente ato determina que desde 1º.1.2016, sujeitam-se à incidência do IRRF, à alíquota de:

a) 25%, os valores destinados ao pagamento de prestação de serviços decorrentes de viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais, e se aplica às despesas com serviços turísticos, tais como despesas com hotéis, transporte, hospedagem, cruzeiros marítimos e pacotes de viagens;

b) 15%, os rendimentos recebidos por companhias de navegação aérea e marítima, domiciliadas no exterior, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil. Destaca-se que não será exigido das companhias aéreas e marítimas domiciliadas em países que não tributam, em decorrência da

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legislação interna ou de acordos internacionais, os rendimentos auferidos por empresas brasileiras que exercem o mesmo tipo de atividade.

Citado ato tratou ainda sobre a não incidência do IRRF nas remessas:

a) para fins educacionais, científicos ou culturais, bem como as destinadas a pagamento de taxas escolares, taxas de inscrição em congressos, conclaves, seminários ou assemelhados e taxas de exames de proficiência. Tal determinação também se aplica às remessas para manutenção de dependentes no exterior, desde que não se trate de rendimentos auferidos pelos favorecidos;

b) para cobertura de despesas médico-hospitalares com tratamento de saúde, no exterior, do remetente ou de seus dependentes.

Foi revogada a Instrução Normativa RFB nº 1.214/2011 que tratava sobre a isenção do IRRF na cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais.

Tais disposições produzem efeitos desde 1º.1.2016.

Para mais informações, acesse a íntegra da Instrução Normativa RFB nº 1.611/2016.

Equipe Thomson Reuters – FISCOSOFT

Publicada a versão 2.2.1 do PVA da EFD ICMS IPI

28 de janeiro de 2016

Publicada a versão 2.2.1 do PVA da EFD ICMS IPI

A partir de 28/01/2016, somente essa versão deverá ser utilizada para transmissão e retificação de arquivos da EFD ICMS IPI.

Principais Alterações:– Erros relacionados à apuração de ICMS do registro E310.– Erros relacionados ao bloco K (COD_ITEM dos registros K230/K235, K250/K255, 0200/0210)– Erros de instalação.

Com relação ao bloco K, os contribuintes deverão abrir e fechar o bloco. Podem, ainda, enviar informações referentes a este bloco, caso optem por fazê-lo.

Fonte: Sítio do SPED

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Esclarecimento – PVA – EFD ICMS IPI 26 de janeiro de 2016

Fiscal (EFD ICMS/IPI / Livro P3/CIAP/Livro de inventário) 0 Comentários

As EFD ICMS IPI de dezembro de 2015 e meses anteriores poderão ser entregues na versão 2.1.5 do PVA.

Fonte: Sítio do SPED

IRPJ Lucro Presumido – Representação Comercial28/01/2016

Relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 26 de novembro de 2014, a sociedade empresária, prestadora de serviços de representação comercial autônoma, nos termos da Lei nº 4.886, de 1965, deve utilizar o percentual de 32% (trinta e dois por cento), a ser aplicado sobre a receita bruta, para fins de determinação da parcela da base de cálculo presumida do IRPJ, ainda que aufira receita bruta anual até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais).

Por outro lado, a prestadora de serviços de representação comercial autônoma, na forma da referida Lei nº 4.886, de 1965, revestida daquele mesmo tipo societário, cuja receita bruta anual não tenha excedido R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), podia empregar o coeficiente de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta, para efeito de apuração da parcela da base de cálculo presumida do IRPJ, relativamente aos fatos geradores ocorridos até o dia 25 de novembro de 2014.

Lembrando que, por força do § 5º do art. art. 4º da Instrução Normativa RFB 1.515/2014 as empresas de prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada foram excluídas do benefício de base de cálculo reduzida.

Base: Solução de Consulta Disit/SRRF 4.001/2016.

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MEI também tem obrigações fiscaisPara reduzir a inadimplência apresentada por esse grupo de empreendedores, já se fala em criar uma nova estratégia para ampliar a orientação sobre obrigações tributárias dos MEIs

BRASÍLIA - Deve ser acompanhado por um forte sistema de monitoramento e orientação o avanço do número de pessoas físicas que se cadastraram, desde julho de 2009, como Microempreendedor Individual (MEI). Elas somaram em janeiro 5,7 milhões, 20% a mais do que o contingente verificado há um ano.

A recomendação é de Valdir Pietrobon, diretor político e parlamentar da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon).

O dirigente vai defender a proposta nesta quinta-feira junto à Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) e demais entidades que acompanham a célere evolução do MEI, considerado um exemplo de inclusão produtiva por facilitar a formalização dos que faturam por ano até R$ 60 mil.

"Já passamos da fase de incentivar as pessoas a se cadastrarem como MEI porque muitos não estão cumprindo com suas obrigações e precisam ser mais bem orientados sobre seus deveres", disse o diretor ao DCI.

Pietrobon participa do Grupo de Trabalho do MEI criado na SMPE para debater melhorias para o segmento.

O especialista sustentou a necessidade de nova estratégia de atuação junto aos MEIs diante da alta inadimplência apresentada por esse grupo de empreendedores.

Para ampliar a orientação sobre as obrigações tributárias dos MEIs, uma parceria está sendo conduzida entre a Fenacon e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). "É preciso profissionalizar o MEI", defendeu.

O MEI também precisa enviar a Declaração Anual Simplificada (DASN), referente ao ano-calendário anterior. Nela é necessário declarar todos os itens de faturamento anual (receita bruta total), o valor das receitas referentes a comércio, indústria ou serviço intermunicipal e se houve contratação de funcionário. O prazo final para a entrega da DASN é 31 de maio. Quem não estiver em dia não poderá imprimir o boleto do MEI ao acessar o Portal do Empreendedor.

Os MEIs devem ficar atentos a duas novidades que já começaram a vigorar agora no início do ano: o reajuste no valor da contribuição mensal e a forma de pagamento do boleto, que não será mais enviado para a casa do empreendedor.

Com o novo valor do salário mínimo, a contribuição mensal do MEI sofreu um reajuste que já começa a valer agora em fevereiro. O Documento de Arrecadação Simplificada (DAS) teve reajuste nos valores, que agora passam ao fixo mensal de R$ 45,00 (no caso de comércio ou indústria), R$ 49,00 (prestação de serviços) ou R$ 50,00 (comércio e serviços).

Os valores do DAS correspondem a 5% do salário mínimo, acrescido de R$ 1,00 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e/ou mais R$ 5,00 de Imposto sobre Serviços (ISS).

Para ajudar o MEI a ficar em dia com suas obrigações, o Sebrae lançou o QIPU, um aplicativo gratuito que emite alertas para o pagamento.  

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Abnor Gondim

ATENÇÃO: PRODUTOS INCLUÍDOS NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA A PARTIR  01.02.2016

ITEM CEST NBM/SH DESCRIÇÃO MVA (%)

19.0 01.019.00 7311.00.00 Recipientes para gases comprimidos ou liquefeitos, de ferro fundido, ferro ou aço, exceto o descrito no item 18.0 71,78

58.0 01.058.00 8518.50.00 Aparelhos elétricos de amplificação de som para veículos automotores 71,78

61.0 01.061.00 8527.2Aparelhos receptores de radiodifusão que só funcionam com fonte externa de energia, exceto os classificados na posição 8527.21.90

71,78

62.0 01.062.00 8527.21.90

Aparelhos receptores de radiodifusão que só funcionam com fonte externa de energia, exceto os classificados na posição 8527.21.90Aparelhos receptores de radiodifusão que só funcionam com fonte externa de energia, exceto os classificados na posição 8527.21.90

71,78

128.0 01.128.00 7322.90.10

Geradores de ar quente a combustível líquido, com capacidade superior ou igual a 1.500 kcal/h, mas inferior ou igual a 10.400 kcal/h, do tipo dos utilizados em veículos automóveis

71,78

25.0 10.025.00 6901.00.00Tijolos, placas (lajes), ladrilhos e outras peças cerâmicas de farinhas siliciosas fósseis (“kieselghur”, tripolita, diatomita, por exemplo) ou de terras siliciosas semelhantes

75

29.0 10.029.00 6906.00.00 Tubos, calhas ou algerozes e acessórios para canalizações, de cerâmica 75

30.1 10.030.01 6907 Cubos, pastilhas e artigos semelhantes de cerâmica, mesmo com suporte 70

69.0 10.069.00 7608 Tubos de alumínio e suas ligas, para refrigeração e ar condicionado, para uso na construção 75

7.0 13.007.00 3006.30Preparações opacificantes (contrastantes) para exames radiográficos e reagentes de diagnóstico concebidos para serem administrados ao paciente - positiva

38,24

7.1 13.007.01 3006.30Preparações opacificantes (contrastantes) para exames radiográficos e reagentes de diagnóstico concebidos para serem administrados ao paciente - negativa

33

3.0 14.003.00 4813.10.00 Papel para cigarro 501.0 15.001.00 3919 Lonas plásticas, exceto as para uso na construção 28    3920        3921    

2.0 15.002.00 3924 Artefatos de higiene/toucador de plástico, exceto os para uso na construção 52

6.0 16.006.00 4012.1 Pneus recauchutados 3017.0 17.017.00 0401.40.10 Leite em recipiente de conteúdo inferior ou igual a 1 litro 15

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    0401.50.10    

17.1 17.017.01 0401.40.10 Leite em recipiente de conteúdo superior a 1 litro e inferior ou igual a 5 litros 15

    0401.50.10    

18.0 17.018.00 0401.10.90 Leite do tipo pasteurizado em recipiente de conteúdo inferior ou igual a 1 litro 15

    0401.20.90    

18.1 17.018.01 0401.10.90 Leite do tipo pasteurizado em recipiente de conteúdo superior a 1 litro e inferior ou igual a 5 litros 15

19.2 17.019.02 0401.10 Outros cremes de leite, em recipiente de conteúdo inferior ou igual a 1kg 30

    0401.20        0401.50        0402.10        0402.29.20    

27.1 17.027.01 1517.10.00 Margarina e creme vegetal, em recipiente de conteúdo de 1 kg 30

27.2 17.027.02 1517.90 Outras margarinas e cremes vegetais em recipiente  30

      de conteúdo inferior a 1 kg, exceto as embalagens individuais de conteúdo inferior ou igual a 10 g  

28.0 17.028.00 1516.20.00

Gorduras e óleos vegetais e respectivas frações, parcial ou totalmente hidrogenados, interesterificados, reesterificados ou elaidinizados, mesmo refinados, mas não preparados de outro modo, em recipiente de conteúdo inferior ou igual a 1 kg, exceto as embalagens individuais de conteúdo inferior ou igual a 10 g

27

28.1 17.028.01 1516.20.00

Gorduras e óleos vegetais e respectivas frações, parcial ou totalmente hidrogenados, interesterificados, reesterificados ou elaidinizados, mesmo refinados, mas não preparados de outro modo, em recipiente de conteúdo superior a 1 kg, exceto as embalagens individuais de conteúdo inferior ou igual a 10 g

27

67.1 17.067.01 1509 Azeites de oliva, em recipientes com capacidade superior a 2 litros e inferior ou igual a 5 litros 35

75.0 17.075.00 1511 Outros óleos vegetais comestíveis não especificados anteriormente 21

    1513        1514        1515      1516      1518    

85.0 17.085.00 02.04 Carnes de animais das espécies caprina, frescas, refrigeradas ou congeladas 15

86.0 17.086.00 0210.99.00Carnes e demais produtos comestíveis frescos, resfriados, congelados, salgados ou salmourados resultantes do abate de caprinos

15

    1502.10.19        1502.90.00    

96.0 17.096.00 09.01* Café torrado e moído, em embalagens de conteúdo inferior ou igual a 2 kg 26

96.1 17.096.01 09.01 Café torrado e moído, em embalagens de conteúdo superior a 2 kg 26

40.0 20.040.00 3924.90.00 Chupetas e bicos para mamadeiras e para chupetas, de silicone 73,69

    3926.90.40        3926.90.90    

60.0 21.060.00 8521.90.10Gravador-reprodutor e editor de imagem e som, em discos, por meio magnético, óptico ou optomagnético, exceto de uso automotivo

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73.0 21.073.00 8528.7 Outros aparelhos receptores de televisão não relacionados emoutros itens deste anexo 55

109.0 21.109.00 8540

Tubos e válvulas, eletrônicos, de cátodo quente, cátodo frio ou fotocátodo (por exemplo, tubos e válvulas, de vácuo, de vapor ou de gás, ampolas retificadoras de vapor de mercúrio, tubos catódicos, tubos e válvulas para câmeras de televisão)

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I - a partir do 1° dia do segundo mês subsequente ao da publicação:FEVEREIROb) relativamente à inclusão das mercadorias constantes dos seguintes itens dos respectivos capítulos da Parte 2 do Anexo XV no regime de substituição tributária, com âmbito de aplicação interno:1. 19.0, 58.0, 61.0, 62.0 e 128.0 ao capítulo 1;2. 25.0 a 29.0, 30.1 e 69.0 ao capítulo 10;3. 7.0 e 7.1 ao capítulo 13;4. 3.0 ao capítulo 14;5. 1.0 e 2.0 ao capítulo 15;6. 6.0 ao capítulo 16;7. 17.0 a 18.1, 19.2, 27.1 a 28.1, 67.1, 75.0, 85.0, 86.0, 96.0 e 96.1 ao capítulo 17;8. 40.0 ao capítulo 20;9. 60.0, 73.0 e 109.0 ao capítulo 21;

  OBSERVAÇOES

 Leite

Embora haja previsão de substituição tributária nas operações com leite, esse regime não se aplica nas operações com leite pasteurizado tipo “A”, “B” ou “C” ou  leiteUHT (UAT),  quando tais produtos forem industrializados em Minas Gerais tendo em vista a previsão de isenção do imposto para as operações subsequentes. Dessa forma, não há responsabilidade do remetente relativamente à substituição tributária, tampouco base de cálculo e destaque do ICMS/ST no documento fiscal que acobertar a operação.

Por outro lado, na operação interestadual, o adquirente de leite pasteurizado tipo “A”, “B” ou “C” ou leite UHT (UAT) produzidos fora do Estado deverá aplicar as regras relativas à substituição tributária, porque a isenção não alcança a saída de leite não industrializado neste Estado. Nessa hipótese, a redução da base de cálculo prevista no  item 19 da Parte 1 do Anexo IV também não poderá ser aplicada.

 Café

 O item 96.0 do Capitulo 17 do Anexo XV trazido pelo decreto 46.931/2015, incluiu no regime da ST, o Café torrado ou moído classificado na NCM  09.01, desta forma o contribuinte deve-se atentar na alteração do cadastro de tributação, pois o café não torrado (em   grãos)  classificado na NCM 0901.1 não esta abrangido pelo regime da ST a partir de 01.02.2016, visto que  a aplicabilidade da ST está embasada no enquadramento simultâneo da NCM e descrição das mercadorias elencadas pela Parte II do Anexo XV.

 Artefatos de higiene/ toucador de Plástico, Chupetas, Bicos e Outros.

 Pode-se observar que alguns produtos listados para inclusão no regime da ST a partir de  fevereiro de  2016, já estavam na ST até  dezembro 2015, porem foram excluídos desse regime pelo art. 15 do decreto 46.931/2015, e apesar de irracional,  foram incluídos novamente com  vigência partir de fevereiro, pelo art. 19 do mesmo decreto.

Acontece que devido ao atraso na divulgação das mudanças, alguns supermercados nem conseguiram alterar o cadastro de tributação em janeiro de "ST" para "tributado integralmente", e agora esses produtos foram re-enquadrados  na ST, portanto serão submetidos a todas as regras pertinentes a essa alteração, tais como envio e apuração do ICMS/ST incidente sobre os estoques destas mercadorias.

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 ST sobre os Estoques

 Por fim lembramos que deverá levantando o estoque desses produtos na data de 31/01/2016 e enviadas aos escritórios/departamentos de contabilidade para que seja apurado e declarado a ST sobre os estoques nos termos da legislação vigente.

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Aquisição de Bens para Revenda - Créditos de PIS e Cofins 28/01 - José Carlos Braga Monteiro* / Studio Fiscal

Além do custo da mercadoria, outros itens compõem o custo de bens adquiridos para revenda

A pessoa jurídica tributada pelas regras do Lucro Real com receitas sujeitas a não cumulatividade, poderá creditar-se de PIS (1,65%) e COFINS (7,6%) sobre bens adquiridos para revenda, conforme  prevê o inciso I do art. 3° das Leis n° 10.637/2002 e n° 10.833/2003. 

A composição do custo de aquisição desses bens é o valor da mercadoria, os “impostos não recuperáveis”, o ICMS (exceto quando cobrado pelo vendedor na condição de substituto tributário), o seguro e o frete, pagos na aquisição e suportados pelo comprador.

Salienta-se que apenas darão direito a crédito de PIS e COFINS os bens para revenda adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no país (Brasil) e que o momento de lançamento dos créditos é no mês de aquisição. Deve-se lembrar de que as aquisições de mercadorias sujeitas à alíquota zero e monofásicos não dão direito a crédito.

Cabe observar que  a pessoa jurídica que não tiver aproveitado o benefício descrito acima, ou seja, não tiver lançado os créditos no DACON e EFD-Contribuições no momento oportuno, pode verificar a sua existência através da análise e cruzamento de dessas declarações, bem como,  nos controles contábeis.  

Assim, depois de calculado o valor, deve ser feita a retificação do DACON e da EFD-Contribuições, conforme o caso, além da observância de outras obrigações acessórias que permitem a utilização desses créditos. Após a apuração, verifica-se a possibilidade de compensá-los ou restitui-los, seguindo procedimentos instituídos pela Lei n° 9.430/1996 nos seus artigos 73 e 74, e a Instrução Normativa da Receita Federal n° 1.300/2012. Observa-se que a compensação é automática assim que informado ao Fisco.

*José Carlos Braga Monteiro - CEO Studio Fiscal

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Ação no STF tentará barrar as novas regras do ICMS interestadual

28 de janeiro de 2016

A Ordem dos Advogados do Brasil e a Confederação Nacional do Comércio (CNC) ingressam, nesta sexta-feira, 29/01, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pedindo suspensão do artigo de uma decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) sobre comércio eletrônico.

A argumentação é que o artigo ignora a lei que estabelece que micro e pequenas empresas têm direito à cobrança de tributação unificada.

A informação é do presidente do Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos. O segmento representa 70% do volume e-commerce, embora no total financeiro movimentado corresponda a 20% do total.

As entidades do pequeno varejo reclamam que as empresas do Simples Nacional recolhem os impostos de forma unificada em uma única guia. São oito impostos em uma guia. Pelas novas determinações do Confaz essa unificação do regime tributário foi deixada de lado.

“Isso inviabiliza o negócio para os micro e pequenos porque eles teriam de pagar várias guias, inclusive nos Estados para onde vendem seus produtos, e eles não têm condições de fazer isso”, explicou Afif ao citar que os pequenos teriam de conhecer a legislação de 27 Estados e lidar com a burocracia de cada um deles.

Como está agora, comentou Afif, pequenos e grandes têm de cumprir exatamente os mesmos trâmites burocráticos, o que considera impossível. “O Confaz ignorou regras, não aplicou o princípio da diferenciação e submeteu as micro e pequenas empresas à tortura burocrática”, declarou o presidente do Sebrae, ao reclamar que, “em plena era digital, os secretários de Fazenda dos Estados criaram um sistema medieval”.

“Nada contra origem e destino. É só usar a nota fiscal eletrônica”, propôs, ao lembrar que com esta nota os participantes do Simples pagam todos os tributos. “É um sistema extremamente racional”, comentou. Afif disse ter alertado o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sobre o problema criado pelos Estados. Comentou que o ministro marcou uma reunião com os secretários de Fazenda e estes não acataram o pedido para cumprir a regra de diferenciação para as pequenas.

Para restabelecer a regra que acabou com o benefício, o presidente nacional do Sebrae optou pela ação de inconstitucionalidade que será apresentada na sexta-feira no STF. “A ação vai pedir a suspensão do artigo 9º do convênio do Confaz por desrespeitar a ordem constitucional no tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas”, contou. “É preciso dar um choque de modernidade no Confaz, fazendo com que implementem a nota fiscal eletrônica”, afirmou.

Ao defender as micro e pequenas empresas do pagamento de diferentes impostos em guias separadas, Afif informou que as grandes e médias, que representam 30% do segmento do e-commerce, por serem mais

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estruturadas e fortes, estão contratando escritórios nas diferentes cidades do País para facilitar as vendas de seus produtos.

Para Afif, em um momento de crise econômica e desemprego, esta medida poderá ser um tiro no pé, porque poderá inviabilizar o negócio de 70% de pequenas empresas, sem estrutura nem dinheiro para continuar vendendo fora de suas bases. Em 2014, o comércio eletrônico faturou R$ 35,8 bilhões. No primeiro semestre de 2015 houve crescimento de 16%, comparado ao primeiro semestre de 2014, somando R$ 18,6 bilhões em faturamento, segundo revelou a 32ª edição do WebShoppers.

CONFAZ REBATE

Os Estados saíram em defesa da regulamentação da cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o comércio eletrônico.

A coordenação dos secretários de Fazenda dos Estados no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou nota para defender as normas de implementação da medida, que estão sendo questionadas pela Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e pelo presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos.

Na nota, o Confaz afirma que a mudança é uma medida de redução de desigualdades e de desequilíbrio tributário entre os Estados, aguardada há mais de uma década pela maioria das unidades da federação.

Assinada pelo coordenador dos secretários de Fazenda, André Horta, do Rio Grande do Norte, a nota é uma resposta à decisão da OAB e da Confederação Nacional do Comércio (CNC) de ingressar, na próxima sexta-feira, 29, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) pedindo suspensão do artigo de uma decisão do Confaz que trata da regulamentação da medida para as empresas que pagam os impostos pelo Simples Nacional.

As mudanças na cobrança do ICMS nas operações feitas pela internet entraram em vigor em primeiro de janeiro deste ano. Pela novas regras, o ICMS passa a ser dividido entre os Estados vendedores e os de destino, onde efetivamente o produto é consumido. Até agora nada era recolhido ao Estado de destino.

O coordenador dos secretários na nota afirma que o Confaz editou e vem editando normas de implementação das mudanças que privilegiam uma “gradualidade” de transição baseada na desburocratização. Segundo o Confaz, as regras não permitem a excepcionalidade para as empresas do Simples.

Na Adin, a OAB a CNC alegam que a regulamentação ignora a lei que estabelece que as micro e pequenas empresas têm direito a cobrança de tributação unificada, em uma única guia. Os secretários alegam, no entanto, que têm o comprometimento de zelar pela emenda constitucional que promoveu a mudança nas regras do comércio eletrônico.

Fonte: Diário do Comércio

Remessas ao exterior

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Receita acaba com isenção a agências de turismo e fixa alíquota de 25%28 de janeiro de 2016, 18h56

Acabou a isenção tributária para remessas ao exterior referentes ao pagamento de serviços de turismo: a partir do dia 1º de janeiro, tais quantias passaram a sofrer a incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) a uma alíquota de 25%. A regra está na Instrução Normativa da Receita Federal 1.611/2016, publicada no Diário Oficial da União de terça-feira (26/1).

Na prática, o setor de turismo nunca foi tributado. A Lei 12.249/2010 oficializou a isenção de 1º de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2015. Perto do fim desse período, representantes de empresas do ramo combinaram com o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que a alíquota fosse estipulada em 6%. Contudo, com a saída dele do governo, o pacto foi por água abaixo, embora o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, tenha garantido a manutenção do acordo, conforme o jornal O Estado de S. Paulo.

Com a IN 1.611/2016, as agências de turismo terão que reter 25% na fonte para cada pagamento feito com hotéis, transporte, hospedagem, cruzeiros marítimos e pacotes de viagens. Se esse percentual não for abaixado, empresas do setor afirmam que terão que aumentar seus preços.

Uma forma de fugir desse tributo é fazer os pagamentos de serviços de viagem diretamente, via cartão de crédito ou dinheiro no local. Em ambos os casos, incidirá apenas a tarifa do IOF, de 6,38%.

Contudo, o tributarista Igor Mauler Santiago, sócio do Sacha Calmon – Misabel Derzi Consultores e Advogados e colunista da ConJur, afirma que a nova regra pode limitar o público que tem condições de viajar ao exterior. Isso porque as agências de turismo permitem que os custos sejam parcelados em diversas vezes, enquanto as alternativas requerem o pagamento à vista ou limite alto no cartão de crédito.

Santiago também considera inadequado tributar serviços prestados no exterior, uma vez que a fonte de produção de renda não está no Brasil.  

Além disso, a instrução normativa estabelece a aplicação de uma alíquota de 15% do IRRF para os rendimentos recebidos por companhias de navegação aérea e marítima, no exterior, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil. Porém, a norma isenta empresas protegidas por acordos de bitributação.

Educação e saúdeSegundo a regulamentação, as remessas destinadas ao exterior para fins educacionais, científicos ou culturais, bem como as destinadas a pagamento de taxas escolares, taxas de inscrição em congressos, conclaves, seminários ou assemelhados e taxas de exames de proficiência não se sujeitam à retenção do IRRF.

Além disso, informa o texto, estão livres as remessas para manutenção de dependentes no exterior, desde que não se trate de rendimentos obtidos pelos favorecidos. A isenção ocorre também para as remessas por pessoas físicas, residentes no Brasil, para cobertura de despesas médico-hospitalares com tratamento de saúde no exterior, do remetente ou de seus dependentes.

Mesmo assim, algumas empresas do setor de educação ficaram em dúvida e passaram a cobrar uma alíquota de 6,38% para pacotes de intercâmbio, segundo o Estadão. No entanto, a Receita reafirmou que essa área permanece isenta. A base disso é o artigo 690 do Regulamento do Imposto de Renda. Com informações da Agência Brasil.

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Clique aqui para ler a íntegra da IN 1.611/2016.

Revista Consultor Jurídico, 28 de janeiro de 2016, 18h56

SUPERMERCADOS COMERCIALIZAM PESCA - TAXA 2016 VENCIMENTO 31/01Por Solution Consultoria 

Matéria disponível: http://solutioncontabilidade.com/artigos_info.php?id=61

Registro de comerciante de produtos da pesca ObrigatoriedadeDecreto nº 43.713, de 14 de janeiro de 2004. Art. 20 - Obrigam-se ao registro no órgão competente: I - a pessoa física ou jurídica que exerça atividade de aqüicultura ou que explore, fabrique, comercialize ou industrialize produto de pesca ou animal aquático vivo, inclusive o ornamental de qualquer espécie e para qualquer fim, ou que desenvolva atividade de exploração direta ou indireta dos recursos pesqueiros, incluindo suas filiais, os depósitos fechados e as câmaras de resfriamento de pescado; REGISTRO: http://www.ief.mg.gov.br/programas-de-fomento/index.php?option=com_content&task=view&id=485&Itemid=220  Taxa Renovação de Registro - 2016Prezados Empreendedores, Já está disponível em sua página de registro junto ao Módulo REC, o DAE (Documento de Arrecadação Estadual) de Renovação de Registro do ano de 2016, referente às suas categorias registradas. Desde 2014  a SEMAD não enviao DAE através dos serviços de Correios. Para cada categoria registrada deverá ser impresso um DAE correspondente. O prazo de vencimento para pagamento do DAE é dia 31/01/2016. O Certificado de Registro do ano de 2016 só estará liberado no Módulo REC para impressão, após pagamento do DAE de renovação e na inexistência de débitos anteriores. 

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Fique atento ao prazo de pagamento!Atenciosamente,Equipe SEMADEMISSÃO: http://sisemanet.meioambiente.mg.gov.br/mbpo/login.do?evento=logoutPortal

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Subvenções para investimento podem deixar de ser computadas na determinação do lucro real.

25 de janeiro de 2016

    Solução de Consulta 8102 Disit/SRRF08

DOU de 25/01/2016

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ LUCRO REAL. SUBVENÇÃO CONCEDIDA POR PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. NÃO INCIDÊNCIA.

As subvenções para investimento podem, observadas as condições impostas por lei, deixar de ser computadas na determinação do lucro real. Tal beneficio se aplica às subvenções concedidas por pessoas jurídicas de direito público, atendidas as disposições da legislação de regência. SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 365, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014. Dispositivos Legais: Lei nº 4.506, de 1964, art. 44, inc. IV; Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 38, § 2º; Lei nº 12.973, de 2014, art. 30; Parecer Normativo CST nº 112, de 1978.

Fonte: Sistema Normas

CC-e: Impossibilidade de uso

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1) Pergunta:

Quais são os erros constatados na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) que não poderão ser sanado com a emissão de Carta de Correção Eletrônica (CC-e)?

2) Resposta:

Não poderão ser sanados através de Carta de Correção Eletrônica (CC-e) erros relacionados:

a. às variáveis consideradas no cálculo do valor do imposto, tais como: valor da operação ou da prestação, Base de Cálculo (BC) e alíquota;

b. a dados cadastrais que impliquem alteração na identidade ou no endereço do remetente ou do destinatário;

c. à data de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou à data de saída da mercadoria;d. ao número e série da NF-e.

Base Legal: Art. 19, § 1º da Portaria CAT nº 162/2008 (UC: 28/01/16). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 24/03/2014 e atualizado em 28/01/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. CC-e: Impossibilidade de uso (Area: Nota Fiscal Eletrônica - NF-e). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=638. - Acesso em: 31/01/2016.

Salário-família1) Pergunta:

Como deverá ser contabilizado o salário-família pago pelas empresas a seus empregados?

2) Resposta:

O salário-família é um benefício previdenciário pago pela Previdência Social aos trabalhadores, exceto os domésticos, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 (quatorze) anos incompletos ou inválidos de qualquer idade. Este benefício também abrange enteados e tutelados que não possuem bens suficientes para o próprio sustento.

Tem direito ao referido benefício, que será devido mensalmente:

a. o empregado e o trabalhador avulso que estejam em atividade;b. o empregado e o trabalhador avulso aposentados por invalidez, por idade ou em gozo de auxílio-

doença;c. o trabalhador rural (empregado rural ou trabalhador avulso) que tenha se aposentado por idade aos

60 (sessenta) anos, se do sexo masculino, ou 55 (cinquenta e cinco) anos, se do sexo feminino; eIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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d. os demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos, se do sexo feminino.

Lembramos que o valor da quota do salário-família pago por dependente é fixado periodicamente pela Previdência Social.

Além disso, no caso de empregado regido pela Consolidação das Leis dos Trabalho (CLT/1943) caberá ao próprio empregador (empresa) pagar o seu salário-família. Entretanto, como visto acima, o ônus final do benefício caberá à Previdência Social, desta forma, fica autorizado a empresa compensar o valor pago ao(s) empregado(s) com outras obrigações previdenciárias devidas sobre a folha de pagamento (INSS sobre folha de pagamento).

Sobre o valor do salário-família não incide nenhum desconto ou encargo. Contabilmente, seu valor deverá ser incluído na conta contábil "Salários a Pagar (PC)" e deduzido da conta "INSS a Recolher (PC)", da seguinte forma:

Pelo registro do salário-família a pagar, conforme folha de pagamento do mês XX/XXXX:D - INSS a Recolher (PC)C - Salários a Pagar (PC)

Legendas:PC: Passivo Circulante.

Notas Tax Contabilidade:

(1) Lembramos que, quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família. Portanto, o pai e a mãe podem receber o salário-família ao mesmo tempo!

(2) O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota.

Base Legal: Art. 7º, XII da CF/1988 (UC: 27/01/16); Arts. 2º a 4º do Decreto nº 53.153/1963 (UC: 27/01/16); Arts. 82, caput, §§ 2º a 4º e 92 do Decreto nº 3.048/1999 (UC: 27/01/16) e; Salário-família (UC: 23/07/15). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 03/09/2014 e atualizado em 27/01/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Salário-família (Area: Lançamentos Contábeis). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=966. - Acesso em: 31/01/2016.

Exaustão de Recursos florestais: Cálculo dos encargos

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1) Pergunta:

Como devem ser calculadas as quotas de exaustão de recursos florestais?

2) Resposta:

Preliminarmente, cabe deixar claro que o contribuinte poderá computar, como custo ou encargo, em cada período de apuração, a importância correspondente à diminuição do valor de recursos florestais, resultante de sua exploração. A quota de exaustão dos recursos florestais destinados a corte terá como Base de Cálculo (BC) o valor das florestas.

Para o cálculo do valor dessa quota de exaustão será observado o seguinte critério:

a. apurar-se-á, inicialmente, o percentual que o volume dos recursos florestais utilizados ou a quantidade de árvores extraídas durante o período de apuração representa em relação ao volume ou à quantidade de árvores que no início do período de apuração compunham a floresta;

b. o percentual encontrado será aplicado sobre o valor contábil da floresta, registrado no ativo, e o resultado será considerado como custo dos recursos florestais extraídos.

Nota Tax Contabilidade:

(1) Essa dedução também se aplica às florestas objeto de direitos contratuais de exploração por prazo indeterminado, devendo essas quotas de exaustão ser contabilizadas pelo adquirente desses direitos, que tomará como valor da floresta o do contrato.

Base Legal: Art. 334 do RIR/1999 (UC: 27/01/16). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 18/02/2014 e atualizado em 27/01/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Exaustão de Recursos florestais: Cálculo dos encargos (Area: IRPJ e CSLL). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=581. - Acesso em: 31/01/2016.

Dedutibilidade: Depreciação - Falta de segregação da edificação e terreno

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1) Pergunta:

Um imóvel cujo valor da edificação e do terreno não se encontra perfeitamente segregado poderá ter a despesa de depreciação deduzida na apuração do IRPJ e da CSLL?

2) Resposta:

Para podermos responder com perfeição essa questão convém analisar o que o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999) têm a nos dizer sobre a depreciação de bens imóveis:

Bens Depreciáveis

Art. 307. Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive:

I - edifícios e construções, observando-se que:

a) a quota de depreciação é dedutível a partir da época da conclusão e início da utilização;

b) o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial;

(...)

Parágrafo único. Não será admitida quota de depreciação referente a:

I - terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções;

(...) (Grifo nossos)

Como podemos verificar, ao contrário das edificações e construções, os terrenos não podem ser objeto de depreciação. Assim, para que o contribuinte faça jus às quotas de depreciação de uma edificação e/ou construção é de fundamental importância que o valor do terreno esteja perfeitamente segregado do valor da edificação e/ou construção nos Livros Contábeis e Fiscais.

Mas, e quando o contribuinte não segregar em seus registros contábeis e fiscais esses valores? ... Neste caso, o contribuinte deverá providenciar a respectiva segregação para que seja admitida a dedução das quotas de depreciação da construção ou edificação.

Para isso, o contribuinte deverá servir-se de Laudo Pericial (Laudo de Avaliação) para determinar que parcela do valor contabilizado corresponde ao valor do edifício ou construção, aplicando, sobre esta, a respectiva taxa de depreciação admitida para espécie de bem.

Porém, nem todas as empresas utilizam esse procedimento (Laudo de Avaliação), na prática, elas acabam simplesmente depreciando o valor total do imóvel (terreno mais edificação e/ou construção).

O problema é que numa eventual fiscalização por parte da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), esses valores serão, com certeza, "questionados" pelos Fiscais desse órgão:

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Temos informações extra-oficiais, inclusive, de quem em Autos de Infração os Fiscais da RFB tem sido excessivamente rigorosos, pois estão glosando a totalidade da quota de depreciação lançada como despesa no resultado da empresa, quando ela não efetuou a segregação do terreno e da edificação e/ou construção.

No entanto, esse procedimento da fiscalização tem sido rechaçado pelo Conselho de Contribuintes (CC), conforme podemos verificar na ementa dos seguintes Acórdãos (1):

Acórdão nº 103-22139/2005 da 5ª Turma:

Ementa: IRPJ - DEPRECIAÇÃO SOBRE BENS IMÓVEIS - Não havendo destaque do valor do terreno das respectivas edificações e não sendo apresentado laudo pericial ou outros documentos para essa segregação de valores, deve o fisco arbitrar o valor a ser depreciado, na forma do artigo 148 do CTN. A glosa do valor total da depreciação e a posterior apresentação de laudo de avaliação enseja o seu acolhimento ou de determinação de uma avaliação contraditória.

Acórdão nº 12-26638 da 9ª Turma:

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

EMENTA: GLOSA DE DESPESAS DE DEPRECIAÇÃO DE BENS IMÓVEIS. Não estando destacado o valor do terreno do valor da edificação, e não tendo sido apresentado laudo pericial, o Fisco deve arbitrar o valor a ser depreciado, na forma do artigo 148 do CTN (itens 2 e 3 do PN 14/1972). Neste sentido, não tendo o Fisco utilizado da prerrogativa do arbitramento, não cabe glosar por inteiro o valor correspondente à depreciação. POSTERGAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE RECEITAS FINANCEIRAS. LANÇAMENTO DE DIFERENÇA DE IMPOSTO. O lançamento de diferença de imposto com fundamento em inexatidão quanto ao período de apuração de competência de receitas, rendimentos ou deduções será feito pelo valor líquido, depois de compensada a diminuição do imposto lançado em outro período de apuração a que o contribuinte tiver direito em decorrência da aplicação do seguinte: os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para efeito de determinação do lucro real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração, ou dele excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele adicionados, respectivamente (Decreto-lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, §§ 6º e 4º).

Como podemos observar, o CC tem sido muito específico e direto quanto a questão ora analisada, inclusive invocando o artigo 148 do Código Tributário Nacional (CTN/1966), que possuí a seguinte redação:

Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. (Grifo nossos)

Portanto, com base no artigo 148 do CTN/1966 podemos concluir que não é procedimento correto a fiscalização glosar, simplesmente, o valor total da depreciação. Ela deve, na verdade, arbitrar o valor sujeito à depreciação.

Por fim, registramos que esse posicionamento é reforçado pela antiga manifestação da RFB exarada no Parecer Normativo CST nº 14/1972, que, à época, já invocava o artigo 148 do CTN/1966 para "recomendar" o arbitramento, pelo Fisco, do valor depreciável.

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Nota Tax Contabilidade:

(1) Esses Acórdãos são meramente exemplificativos, pois existem outros documentos emitidos pelo CC.

Base Legal: Art. 148 do CTN/1966 (UC: 27/01/16); Art. 307 do RIR/1999 (UC: 27/01/16) e; PN CST n° 14/1972 (UC: 27/01/16). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 21/04/2015 e atualizado em 27/01/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Dedutibilidade: Depreciação - Falta de segregação da edificação e terreno (Area: IRPJ e CSLL). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=1319. - Acesso em: 31/01/2016.

5 erros que um contador não pode cometer Postado por Jurânio Monteiro em 28 janeiro 2016 às 12:18

O papel da contabilidade é essencial para a saúde financeira de pessoas físicas e jurídicas. O contador tem diversas atribuições importantes e quando atua com maestria é extremamente útil nos mais variados aspectos.No entanto, o oposto também pode ocorrer. Existem algumas falhas que, quando cometidas, podem comprometer severamente não só as análises e a demonstração contábil, mas também as próprias decisões tomadas pela gestão.Quer descobrir os 5 erros fatais que um contador não pode cometer? Confira atentamente o post de hoje:

Lançar valores errados

A pressa em fazer a demonstração contábil pode ser determinante para que o contador lance valores erroneamente. Isso impacta, além da própria demonstração, em diversos processos e relatórios fundamentais para o funcionamento de qualquer empreendimento, como o demonstrativo de resultados e os balanços patrimoniais.A realização de conferências mensais, por exemplo, pode reduzir esse tipo de situação, mas é imprescindível que o profissional de contabilidade redobre a atenção na hora de fazer os lançamentos.

Desatualização do contador

A desatualização é outra questão que pode levar a erros do contador. Como sabemos, a legislação e o mercado são dinâmicos e estão em constante evolução. Muitos profissionais ficam limitados aos balanços, lançamentos e demonstrações, mas se esquecem de ficar de olho nas leis tributárias vigentes. É comum que empresas acabem perdendo isenções ou facilidades por causa desse tipo de desatenção. Ainda que o contador não vire um tributarista, é essencial ficar ligado em novas jurisprudências e aos regulamentos e normas do segmento no qual atua.

Lançamentos duplicados

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Os lançamentos duplicados são alguns dos mais tradicionais erros do contador. Pode parecer algo banal, mas o fato é que isso causa um impacto severo na saúde financeira da empresa. Verificar diariamente os lançamentos e confrontá-los com as contas do negócio é uma excelente maneira de evitar isso e pode ser feito, a título de conferência, por qualquer pessoa que acompanhe a contabilidade do empreendimento de perto.

Não estimular a reserva de capital

O papel do contador vai além da análise e gestão dos números. Ele precisa indicar caminhos mais seguros para a saúde financeira do empreendimento. É muito comum que as empresas se comprometam com o pagamento de suas obrigações, não se preocupando em poupar, mas o fato é que é muito importante que ela crie uma reserva de capital. Isso pode ser primordial para que a gestão não seja pega de surpresa com gastos extras, como processos judiciais ou pagamentos de FGTS em caso de demissões.

Errar o cálculo de impostos

O cálculo de impostos numa empresa é uma das áreas mais complexas da contabilidade e por isso mesmo é mais suscetível a erros do contador. Ele geralmente indica como preencher corretamente impostos como COFINS, ISS, PIS, entre outros. Errar nessas informações é um desastre: se for para mais, a corporação pode perder dinheiro, se for para menos, os gestores podem receber uma notificação do órgão responsável.Além disso, esse profissional precisa gerar as guias de pagamento e declarações periódicas. Se houver algum desacerto nos cálculos, a empresa pode ser prejudicada. Sistemas avançados automatizados de contabilidade podem contribuir para que isso não ocorra.

Fonte: Sage

Recof-Sped traz simplificação e mais benefícios a empresas exportadoras

Postado por José Adriano em 29 janeiro 2016 às 6:47

Um dos pilares do Plano Nacional de Exportações 2015-2018 é o aperfeiçoamento dos regimes e mecanismos tributários de apoio às exportações. Nesse contexto, a Secretaria da Receita Federal do Brasil iniciou um projeto para a ampliação do acesso ao Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (Recof).

Foi publicada no DOU de ontem a Instrução Normativa RFB nº 1612, que lança uma nova modalidade de entreposto industrial, o Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado do Sistema Público de Escrituração Digital (Recof-Sped), ampliando substancialmente o rol de empresas que podem se beneficiar do regime.

O novo modelo é uma evolução do Recof, implementado em 1997 pelo Decreto nº 2.412. Este regime permite que a empresa beneficiária importe ou adquira no mercado doméstico insumos para o seu processo produtivo, industrialize os seus produtos finais e os exporte, sem realizar o pagamento de tributos em quaisquer dessas etapas. Também é possível vender, sem a cobrança de multas ou juros, parte da produção ou mesmo parte dos insumos importados no mercado brasileiro, sendo necessário, neste caso,

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efetuar o recolhimento dos tributos devidos após a concretização das vendas. Isto propicia um significativo adiamento do pagamento dos tributos, o que alivia o fluxo de caixa das empresas.

O Recof-Sped oferece basicamente os mesmos benefícios do regime anterior. A sua principal vantagem está relacionada à simplificação de procedimentos e redução do custo de implementação e manutenção do regime. No primeiro, era necessário que a empresa adquirisse, instalasse e homologasse um sistema informatizado que efetuaria todo o controle do cumprimento do regime, incorrendo em custos elevados. Na nova modalidade, basta que a empresa realize os devidos registros nos seus livros contábeis digitais (Sistema Público de Escrituração Digital – Sped), o que não representa um custo adicional, visto que já faz parte das obrigações normais dessas empresas. Estimativas iniciais sugerem que até 1.000 empresas, responsáveis por exportações anuais da ordem de US$ 50 bilhões, podem aderir ao regime.

A primeira etapa deste projeto de evolução do Regime se consubstanciou com a publicação, em abril de 2015, da Instrução Normativa RFB nº 1.559/2015, que flexibilizou alguns critérios para adesão já existente, tais como, a redução do patrimônio líquido exigido, que passou de R$ 25 milhões para R$ 10 milhões, o fim da obrigatoriedade de habilitação prévia na Linha Azul (Despacho Aduaneiro Expresso) e a redução no volume mínimo anual de exportações exigido, que passou de US$ 10 milhões para US$ 5 milhões.

Dentre os critérios para habilitação e fruição do regime, destaca-se que a empresa interessada deve exportar pelo menos 80% do valor importado a cada ano, sendo no mínimo US$ 5 milhões em exportações anuais, industrializar pelo menos 80% os insumos importados ou adquiridos no mercado interno sob amparo do regime, e estar em dia com as obrigações da escrituração fiscal digital (EFD).

Para utilização do Recof-Sped, é preciso solicitar previamente uma habilitação à Receita Federal. Os formulários e procedimentos para habilitação serão divulgados em até 90 dias do lançamento do regime, com o objetivo de permitir que as empresas comecem rapidamente a se beneficiar do Recof-Sped. 

Acesse a norma aqui.

http://idg.receita.fazenda.gov.br/noticias/ascom/2016/janeiro/recof...

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e-Financeira - Orientações para realizações dos testes e-Financeira

Orientações para a Janela de Testes

Durante o mês de fevereiro, no período de 04 a 29/02, estará disponível um ambiente da e-Financeira para realização de testes pelas entidades declarantes que solicitaram o cadastramento dentro do prazo estipulado pela Receita Federal do Brasil.

Objetivo O objetivo da janela de testes é disponibilizar um ambiente para que as entidades declarantes possam realizar testes da integração dos seus sistemas com a e-Financeira, por meio do acionamento dos webservices disponibilizados. A janela de testes não deve ser utilizada para realização de testes de performance. Serão testados apenas itens como: estrutura do XML, assinatura dos eventos, transmissão dos dados, conteúdo dos arquivos, entre outros.

Como acessar O acesso aos webservices deverá ser realizado por meio dos endereços abaixo:

Para envio de arquivos ao ambiente de testes: https://preprod-efinanc.receita.fazenda.gov.br/WsE-Financeira/WsRec...

Para consulta aos arquivos enviados ao ambiente de testes: https://preprod-efinanc.receita.fazenda.gov.br/WsE-Financeira/WsCon...

Para acesso via web (que deverá ser utilizado pelos declarantes que não forem enviar arquivos via webservice): ·

Upload Manual de Arquivos https://preprod-efinanc.receita.fazenda.gov.br/EFinanceira/EnvioArq...

Consulta de Informações

Cadastrais do Declarante https://preprod-efinanc.receita.fazenda.gov.br/EFinanceira/Consulta... · 

1. Consulta Lista de e-Financeira https://preprod-efinanc.receita.fazenda.gov.br/EFinanceira/Consulta...· 

2. Consulta Informações de Cadastro de Intermediário https://preprod-efinanc.receita.fazenda.gov.br/EFinanceira/Consulta... · 

3. Consulta Informações de Cadastro do Patrocinado https://preprod-efinanc.receita.fazenda.gov.br/EFinanceira/Consulta... · 

4. Consulta Informações de Movimento de Operações Financeiras https://preprod-efinanc.receita.fazenda.gov.br/EFinanceira/Consulta...

Políticas de acesso Somente serão recepcionados os eventos das entidades declarantes que se habilitaram junto à Receita Federal para participação na janela de testes. Os eventos enviados devem estar assinados de acordo com as regras definidas na e-Financeira (conforme Manual de Preenchimento e leiautes publicados), utilizando o certificado e-CNPJ da própria entidade declarante, e-CPF do representante legal

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ou qualquer certificado que contenha procuração eletrônica para representar a entidade na e-Financeira (devem ser transmitidos utilizando um certificado válido).

A massa de dados a ser utilizada durante os testes deve ser gerada pela própria entidade declarante, com dados fictícios. Não devem ser enviados dados reais de produção.

De forma a evitar a sobrecarga do ambiente, serão recepcionados, no máximo, 500 eventos por dia para cada empresa declarante.

Validações Serão realizadas todas as validações previstas no Manual de Preenchimento (http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/e-Financeira/documentos... ), com exceção das validações do Número de Identificação (NI) do declarado com os sistemas CPF e CNPJ.

Contato Caso ocorra alguma dúvida ou dificuldade durante a realização dos testes, após a leitura do correspondente item no Manual de Preenchimento, o contato deve ser realizado apenas por meio do e-mail [email protected].

por Jorge Campos

Fonte: SPED Brasil

ICMS DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA

ANDRÉ RESENDE PASCOAL (ACADÊMICO) PROF.ª DENISE APARECIDA GOMES DOS SANTOS

UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍRESUMO

O presente artigo tem como objeto de estudo o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. Trata-se de um imposto de competência estadual cobrado sobre os fatos econômicos das operações que envolvem circulação de mercadorias, prestação de serviços de transporte de natureza interestadual ou intermunicipal e prestação de serviços de comunicação. Tem como objetivo discutir a legalidade da cobrança deste imposto a título de Diferencial de Alíquota cobrado nas aquisições de mercadorias para uso ou consumo, bens para integrar o ativo imobilizado e serviço de transporte não vinculado a operações ou prestações subsequentes, em Estado diferente da localidade do adquirente. Este estudo foi motivado pelo alto custo causado por este imposto às empresas no desempenho de suas atividades, uma vez que o mesmo existe sobre toda a cadeia de produção e, quando não recuperado, eleva os preços dos produtos. A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica por meio de livros de renomados autores e, consulta as legislações pertinentes ao Direito Tributário, além da jurisprudência a respeito do tema buscando preencher a Regra Matriz de Incidência Tributária, deste tributo. Devido ao princípio constitucional da legalidade, é necessário que todo tributo seja instituído por Lei, cumprindo as regras estabelecidas pela Constituição Federal. Neste sentido, por meio do trabalho percebemos que para a completa legalidade da cobrança deste imposto a título de Diferencial de Alíquota é necessário alterações na Lei Complementar que o regulamenta.

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Palavras-chave: Regra Matriz de Incidência Tributária. Legalidade. Diferencial de Alíquota.

INTRODUÇÃO

Cotejando-se a literatura, observa-se que é consenso entre os especialistas de Direito Tributário, que o ICMS, Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, objeto de estudo do presente trabalho, de fato, apresenta certa complexidade e polêmica em sua legislação que o transforma em um dos tributos mais difíceis de trabalhar no Brasil. Isso se dá devido, principalmente, a sua competência, que por ser dos Estados e Distrito Federal, faz com que tenhamos 27 legislações diferentes, invés de uma legislação unificada.

Embora seja apontada por especialistas como a principal alteração para uma simplificação do Sistema Tributário Nacional, o que se percebe é que dificilmente será alterada diante da relevância deste imposto para fazer face as contas públicas dos Estados, que com isso, acabam criando obstáculos, como a criação de um fundo de compensação para possíveis perdas na arrecadação.

Ademais, encontramos falhas em seu ordenamento jurídico, mais precisamente na Lei federal que regulamenta sua instituição, a Lei Complementar 87/1996 conhecida como Lei Kandir, que não contemplou tudo que a Constituição Federal previa para este imposto, deixando o contribuinte com ainda mais dificuldades para apurar e recolher este imposto, tendo muitas vezes, que acionar o Poder Judiciário para se precaver da voracidade dos Estados em arrecadar.

Neste contexto, o objetivo desta pesquisa é discutir a legalidade da cobrança do Diferencial de Alíquota, cobrado nas aquisições de mercadorias para uso ou consumo, bens para integrar o ativo imobilizado e de serviço de transporte não vinculado a operações ou prestações subsequentes em Estado diferente da localidade do adquirente, sem prévia previsão em Lei Complementar.

Buscando atingir este objetivo, a pergunta que norteou esta pesquisa foi: Com o atual ordenamento jurídico que norteia a cobrança do ICMS, a cobrança do Diferencial de Alíquota pode ser considerada legal?

E, para respondê-la, foi utilizada uma pesquisa bibliográfica por meio de livros de renomados autores como Pêgas (2012), Carvalho (2008), Carraza (2015) e, consulta as legislações pertinentes ao Direito Tributário, além da jurisprudência a respeito do tema buscando preencher a RMIT, Regra Matriz de Incidência Tributária, deste tributo, a fim de visualizar quais os fatos geradores previstos para este imposto.

A relevância desta pesquisa se pauta no impacto causado pelo ICMS nas atividades das empresas, por incidir sobre toda a cadeia de produção e, consequentemente, no comércio, elevando assim, os custos dos produtos. A discussão teórica está organizada em duas seções. Na primeira, buscou-se construir, com base na Lei Kandir, a RMIT, a fim de expor quais são as operações previstas para a incidência do ICMS, quando ela ocorre e como apurar o imposto devido para cada operação, além de definir quem deve recolher o imposto. Na segunda, a discussão a respeito da legalidade da cobrança do Diferencial de Alíquota e os resultados da pesquisa. Por fim, as considerações finais.

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2 REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA DO ICMS

A Constituição Federal concedeu a União, Municípios, Estados e Distrito Federal, o direito de elaborar leis que criem em abstracto, tributos; denominado Competência Tributária (CARRAZA, 2015).

No exercício deste direito, o legislador deverá definir, além do fato econômico de possível ocorrência no mundo real-social que dará ao ente federativo o direito de cobrar o tributo, outros elementos que possibilitam a correta aplicação no mundo realsocial, estes elementos são definidos na Regra Matriz de Incidência Tributária – RMIT.

A RMIT é um instrumento criado pelo Emérito Professor Paulo de Barros Carvalho que visa facilitar o entendimento das normas do direito tributário e, se divide em Hipótese Normativa e Consequente Normativo.

Que no presente trabalho, será elaborada com base na Lei Complementar 87/1996, a Lei Kandir, lei responsável por estabelecer as regras gerais para que os Estados e Distrito Federal possam instituir o Imposto Sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, que fora concedido a estes entes federativos pela Constituição Federal.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n°3, de 1993) I - (...) II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de

transporte interestadual intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela

Emenda Constitucional n°3, de 1993)

2.1 Hipótese Normativa

Esta primeira parte da RMIT, busca extrair da norma que regula determinado tributo, o fato econômico que condicionado por circunstâncias de espaço e tempo, de possível ocorrência no mundo real-social, que se ocorrido dará o direito ao Sujeito Ativo de cobrar tributo do Sujeito Passivo.

Assim, a Hipótese Normativa deve ser entendida por meio da análise de três critérios.

2.1.1 Critério Material

Representa a parte principal da hipótese normativa, “nele há referência a um comportamento de pessoas físicas ou jurídicas” (CARVALHO, 2008, p. 249), ou seja, nele encontramos a hipótese do fato econômico trazido pelo legislador, ao campo de incidência tributária. No caso do ICMS, são os seguintes:

Operações relativas a circulação de mercadorias; Prestações de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal;

Prestação onerosa de serviços de comunicação.

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2.1.2 Critério Espacial

Conforme indicado por (AMARO, p. 267, 2006) “inexistem fatos situados fora do espaço; assim também, o fato gerador do tributo é um acontecimento que ocorre em algum lugar”.

Neste sentido, este critério visa fazer referência ao exato local que o fato econômico deve acontecer para que haja incidência do tributo, no caso do ICMS o fato econômico deve acontecer no âmbito geográfico dos Estados e do Distrito Federal.

Com isso, e levando em consideração ainda, que o mesmo é cobrado tanto em operações internas envolvendo apenas um Estado, tanto em operações interestaduais que envolvem dois Estados, podemos ver o quão nacional é este imposto.

2.1.3 Critério Temporal

Encerrando a hipótese normativa da RMIT, temos o critério temporal, que nos dizeres de CARVALHO (2008, p. 149), “nos oferece elementos para saber, com exatidão, em que preciso instante ocorre o fato descrito”.

Em se tratando de ICMS, encontramos estes momentos no art. 12 da Lei Kandir.

Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de

qualquer natureza; VI - do ato final do transporte iniciado no exterior; VII - das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio,

inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;

VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios; b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de

incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei complementar aplicável;

IX - do desembaraço aduaneiro das mercadorias importadas do exterior; 1 IX – do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) X - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; XI - da aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do exterior apreendidas ou abandonadas; 2 XI – da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002)

1 O texto tachado se deve a cópia original da legislação. 2 O texto tachado se deve a cópia original da legislação.

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XII - da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização;3 XII – da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização; (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) XIII - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.

2.2 Consequente Normativo

Entende-se por Consequente Normativo, nos dizeres de CARVALHO (2008), a norma jurídica aplicável ao fato econômico ocorrido. Ela estabelece o vínculo obrigacional entre o Estado ou Distrito Federal, sujeito ativo, e àquele que praticou a situação anteriormente definida em Lei como hipótese de incidência, sujeito passivo, apontados no critério pessoal.

2.2.1 Critério Pessoal

No critério pessoal da RMIT, identificam-se os sujeitos da relação jurídica tributária, ou seja, quem deve pagar e a quem pagar. Portanto o mesmo se subdivide em duas partes: Sujeito Ativo e Sujeito Passivo.

Sujeito Ativo é o credor da Obrigação Tributária, aquele que detém o direito de receber a prestação pecuniária, que é definido pelo Código Tributário Nacional - CTN em seu art. 119 como sendo “a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento”, que no caso do ICMS serão os Estados e Distrito Federal.

Enquanto que o Sujeito Passivo é o devedor da Obrigação Tributária, aquele que tem a obrigação de pagar a prestação pecuniária, que conforme art. 121 do CTN poderá ser o contribuinte, quando o mesmo tiver relação pessoal e direta com o fato gerador da obrigação tributária, ou o responsável quando, embora não tenha esta relação, sua obrigação decorre de disposição expressa em lei.

A Lei Kandir contempla estes dois sujeitos passivos, o contribuinte. Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

Ou que mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, pratique os seguintes fatos:

• Importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; • Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; • Adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; • Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos

de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou industrialização.

E também o responsável, que deverá estar claramente descrito no ato normativo.

3 O texto tachado se deve a cópia original da legislação. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Art. 6o Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) § 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.

2.2.2 Critério Quantitativo

Identificados os sujeitos da obrigação tributária, resta saber o valor da obrigação a ser paga pelo sujeito passivo ao sujeito ativo, encontrado através do critério quantitativo da RMIT, que será obtida pela multiplicação dos dois termos encontrados neste critério, base de cálculo e alíquota.

A base de cálculo que busca apresentar a dimensão do fato econômico praticado pelo sujeito passivo no mundo real, será, conforme a Lei Kandir:

• O valor da operação, quando se tratar de circulação de mercadoria, nos momentos descritos nos incisos I,

III e IV do artigo 12.

• O valor da operação, compreendendo mercadoria e serviço, quando se tratar de circulação de mercadoria

no momento descrito no inciso II do artigo 12.

• O preço do serviço, quando se tratar de prestação de serviço de transporte ou comunicação.

• O valor da operação, quando se tratar do momento da alínea a do artigo 12.

• O preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada no momento da alínea b do artigo 12.

• No desembaraço aduaneiro, o valor da mercadoria acrescido do valor do Imposto Sobre Produtos

Industrializados – IPI, Imposto de Importação – II, Imposto sobre operações de câmbio e quaisquer outros

impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras.

• O valor da prestação do serviço acrescido de todos os encargos relacionados a sua a utilização, quando se

tratar do momento descrito no inciso X do artigo 12.

• O valor da operação acrescido do valor do II, do IPI e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao

adquirente no momento descrito no inciso XI do artigo 12.

• O valor da operação de que decorrer a entrada prevista no inciso XII do artigo 12.

• O valor da prestação no Estado de origem quando se tratar do momento previsto no inciso XIII do artigo

12.

Enquanto que a alíquota é um percentual definido em lei, para que, se aplicado sobre a base de cálculo resulte no valor do tributo a pagar.

A Constituição Federal definiu que caberia ao Senado, através de resolução, a definição da alíquota aplicável às operações e prestações interestaduais e importação, e que a alíquota nas operações e prestações internas não poderia ser inferior a estas, salvo deliberação dos Estados e Distrito Federal nos termos da Lei.

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Assim, o Senado Federal definiu em sua resolução n.º 22/89 que as alíquotas do ICMS nas operações e prestações interestaduais seriam de 12%, salvo nas operações e prestações iniciadas nas Regiões Sul e Sudeste com destino as Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo que será tributada a 7%.

Posteriormente no ano de 2012, através da resolução n.º 13, definiu que nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do Exterior, que após o processo aduaneiro não foram submetidas a processo de industrialização, ou que mesmo industrializada, ainda contenha 40% de conteúdo de importação, a alíquota será de 4%.

3 DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA

O ICMS, a título de Diferencial de Alíquota, embora seja cobrado normalmente, sem despertar a atenção a respeito da sua legalidade, se feito uma análise da RMIT do ICMS, é passível de se encontrar falhas ocorridas no processo de sua instituição que, se questionadas no Poder Judiciário podem ter parte de sua cobrança declarada inconstitucional.

A cobrança na entrada de mercadoria para uso ou consumo e bens para o ativo fixo pode ter sua legalidade negada, devido a não observância da hierarquia das normas jurídicas para instituição do ICMS, sendo legal apenas a cobrança na contratação de serviços de transporte iniciado em Estado diferente da localidade do tomador, como consumidor final.

Isso ocorre, porque a Constituição Federal ocupa o topo do ordenamento jurídico de nosso país, devendo ser observada na elaboração das demais normas. Assim, o legislador ao editar normas para instituição de tributo, deve seguir as orientações ali previstas, para que a cobrança do tributo por parte dos entes tributantes seja legal, o que acabou não acontecendo na elaboração das normas que regulam a cobrança do ICMS.

Isto, porque a Constituição Federal, entendendo que algumas matérias de especial importância deviam ser discutidas e aprovadas por um número maior de parlamentares, que outras, determinou que tais matérias deveriam ser reguladas somente via Lei Complementar, devido ao seu processo de aprovação, maioria absoluta, diferente das Leis Ordinária que são aprovadas por maioria simples.

Portanto, para definir os fatos geradores do ICMS, o legislador deveria utilizar de Lei Complementar, conforme art. 146, Inciso III, alínea a.

Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

Visto que a Constituição Federal não cria imposto, apenas delega competência para que o legislador crie. (PÊGAS, 2012).

Assim sendo, os Estados e Distrito Federal só podem cobrar o ICMS nas operações elencadas na Lei Kandir, pois é esta, a Lei Complementar responsável pela definição dos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes conforme determina a Constituição Federal.

O que significa que os Estados e Distrito Federal só poderiam cobrar diferencial de alíquota nas operações em que um contribuinte situado em seu território contrata um serviço de transporte que se inicie em outro Estado e não

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esteja vinculada a operação ou prestação subsequente, pois somente este fato gerador está previsto na Lei Kandir, em seu art. 12, inciso XIII.

Mas na prática, os Estados e Distrito Federal ao elaborarem suas leis ordinárias para instituir a cobrança do ICMS, preveem como fato gerador, a cobrança do diferencial de alíquota também nas operações em que um contribuinte situado em seu território adquire mercadoria para uso ou consumo, e bens para seu ativo fixo em Estado diferente de sua localidade.

Isto acaba ocorrendo, devido à previsão existente na Constituição Federal, mas somente isto não basta para que possa haver a cobrança, a cobrança só pode ser feita após previsão deste fato gerador na Lei Kandir.

Nesta esteira, temos a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que negou provimento no julgamento do Recurso Extraordinário n.º 580.903, interposto pelo Estado do Paraná, conforme voto do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso, relator do julgamento.

1. É certo que a Constituição Federal prevê a cobrança da diferença de alíquota em favor do Estado de destino nas operações interestaduais. Todavia, a existência de previsão constitucional não basta para que o legislador estadual possa fazer incidir o imposto nas aquisições de bens para o ativo fixo e material para uso e consumo do estabelecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se observar, ao longo do trabalho, o quão complexa é a estrutura do ICMS. Visto que se já não bastasse o fato do mesmo ser de competência Estadual, fazendo com tenhamos diversas legislações para tratar de um único imposto, sua materialidade faz com que o mesmo exista em praticamente todas as operações do cotidiano das pessoas e suas empresas. Sem contar que o legislador complementar, ao editar a lei que serviria de base aos Estados para instituição desta importante fonte de receita a eles, não a redigiu conforme previa a Constituição Federal.

Com isso, o ICMS além de trazer um custo tributário à sociedade por incidir toda a cadeia de produção de uma empresa, e em praticamente todos os produtos consumidos, por exemplo, energia, telefone, internet; ainda traz um custo enorme de mão de obra, devido à necessidade de se manter uma equipe altamente qualificada para trabalhar com uma legislação de tamanha complexidade, e também pode trazer custos judiciais, visto que em algumas vezes, somente o judiciário pode resolver os litígios entre os contribuintes e o Estado.

Devido a estes problemas trazidos pelo ICMS, que o presente trabalho buscou e, com o auxilio da importante ferramenta criada por Paulo de Barros Carvalho, a Regra Matriz de Incidência Tributária – RMIT, além da doutrina de outros autores, conseguiu trazer a solução para um custo extra às empresas, o qual somente o judiciário pôde resolver, inclusive neste caso, somente o órgão máximo do judiciário, o Supremo Tribunal Federal; a legalidade do Diferencial de Alíquota.

Esta modalidade de cobrança do ICMS tem sua defesa na importância desta para os Estados, que busca por meio desta cobrança nas compras de mercadorias para uso ou consumo, bens para ativo imobilizado ou contratação de serviço de transporte sem vinculação com operação ou prestação subsequente em outra unidade da federação, evitar que seus contribuintes movimentem a economia dos outros Estados, prejudicando assim a economia interna dos Estados de destino.

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Entretanto, embora seja considerável esta linha de defesa, os Estados não poderiam ultrapassar os limites da Constituição Federal para defesa de sua economia, o que, conforme visto no decorrer do trabalho acabou sendo feito por estes, quando da elaboração das legislações estaduais.

Isto acabou ocorrendo devido à inclusão da cobrança do diferencial de alíquota sobre a entrada de mercadoria para uso ou consumo e bens para o ativo imobilizado sem a prévia previsão em Lei Complementar, uma vez que esta previu somente a cobrança do diferencial de alíquota nas contratações de serviço de transporte iniciados em outra unidade da federação, sem vínculo com operação ou prestação subsequente, mesmo com a previsão em nossa Constituição Federal desta cobrança nas duas ocasiões.

Isto se dá, devido a regras estabelecidas pela carta maior distinguindo as matérias a serem tratadas pelas Leis Complementares e Ordinárias, onde, conforme visto, ficou definido que em matéria tributária caberia a Lei Complementar, entre outras regras, definir os contribuintes, fatos geradores e bases de cálculos dos impostos ali previstos.

Nesta mesma esteira, buscando a pacificação da questão em debate, apresentamos ainda a decisão da nossa suprema corte que entendeu que a simples previsão na Constituição Federal não dá o direito aos Estados de efetuar tal cobrança, haja vista que a Constituição não tem a prerrogativa de criar tributos, apenas delegar aos entes federativos a sua criação.

Nota-se então, que apesar de termos na Constituição Federal a previsão da cobrança do Diferencial de Alíquota nas duas ocasiões, para que o Estado possa exercer sua competência tributária dentro da legalidade, é necessário alterações na Lei Complementar 87/1996, para que a mesma inclua dentro da Regra Matriz de Incidência Tributária do ICMS, a cobrança do Diferencial de Alíquota nas duas ocasiões hoje cobradas pelos Estados e previstas na Constituição Federal.

REFERÊNCIAS

CARRAZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributário. 30 ed. São Paulo. Malheiros Editores. 2015

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 16 de ago. de 2015. CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário linguagem e método. 2 ed. São Paulo. Editora Noeses. 2008

AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro.12 ed. São Paulo. Editora Saraiva. 2006

______, Lei complementar n° 87, de 13 de setembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm. Acesso em: 16 de ago. de 2015.

______, Lei complementar n° 5.172, de 25 de outubro de 1966. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm. Acesso em: 16 de ago. de 2015. PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária. 7 ed. Rio de Janeiro. Freitas Bastos Editora. 2012

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