agenda especialistas nikkeis apontam...2018/02/20  · cibele hasegawa, aline inokuchi e gilson...

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ANO 10 – Nº 2205 / 2095 – SÃO PAULO, 20 A 26 DE JANEIRO DE 2007 – R$ 2,00 AGENDA Especialistas nikkeis apontam falhas em projeto do metrô de SP MARCUS IIZUKA O CIATE (Centro de Infor- mação e Apoio ao Trabalha- dor no Exterior) informa seus próximos cursos preparatórios para quem pretende trabalhar no Japão. No dia 23 (terça-fei- ra), o tema será “Regras Bá- sicas para Estrangeiros e Leis Trabalhistas do Japão”, e no dia 26 (sexta-feira), “Seguro Contra Acidente de Trabalho no Japão”. Os cursos são gra- tuitos e acontecem sempre das 14 às 16h30. O Ciate fica na Rua São Joaquim, 381, 1º an- dar, sala 11 (prédio do Bun- kyo). Informações pelo telefo- ne: 11/3207-9014. O 29º CAMPEONATO SUDOESTE DE SUMÔ INFANTO-JUVENIL, mas- culino e feminino, acontece no dia 4 de fevereiro, na sede campestre (Rodovia Raposo Tavares, km 168) da Associa- ção Cultural e Esportiva de Itapetininga, responsável pela organização do evento. Infor- mações pelo tel.: 15/271-3748 O BUNKYO DE REGIS- TRO – Associação Cultural Nipo-Brasileira de Registro – realiza amanhã (21), às 13h (primeira chamada) e 14h (se- gunda chamada), a Assem- bléia Geral Ordinária. Em pau- ta, a apresentação do relatório de atividades realizadas em 2006; apresentação do Balan- ço Financeiro de 2006; pare- cer do Conselho Fiscal; apre- sentação do plano de ativida- des do ano 2007; apresentação do orçamento do ano 2007; homologação da Comissão de Centenário da Imigração Japo- nesa no Brasil e eleição da nova diretoria da entidade, que deve ser presidida por Rubens Takeshi Shimizu, atual segun- do vice-presidente. O PROJETO “SEMPRE CINEMA” da Fundação Ja- pão acontece no período de 30 de janeiro a 15 março, repetin- do o sucesso do primeiro ciclo, realizado entre outubro e de- zembro de 2006. A segunda etapa apresenta a diversidade do cinema japonês ao público brasileiro em eventos gratuitos, com horários alternativos e fil- mes legendados em português. O destaque da programação são filmes inéditos como o di- vertido Water Boys (2001) e Verão Negro (2000); e clássi- cos do suspense japonês em cópias novas, como Desejo Pro- fano (1964) e Castelo de Areia (1974). Local: Espaço Cultural – Fundação Japão em São Pau- lo (Av. Paulista, 37, 1º andar ). Entrada gratuita (não é neces- sário confirmar presença). In- formações pelo tel.: 11/ 3141- 0110 / [email protected] O desmoronamento de parte do túnel da Linha 4 do metrô, onde funcionará a estação Pinhei- ros, na semana passada, chocou a população de São Paulo. Ainda sem um motivo aparente para as causas do acidente, técnicos e profissionais estudam as falhas que levaram a um dos piores acidentes desde o começo das obras. Em entrevista ao Jornal Nikkei, um engenheiro do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) afirma que “não dá para se fazer qualquer tipo de prognóstico no momento”. Já os moradores nikkeis que viveram situação semelhante no final de 2005 – quando tiveram suas casas interditadas por conta de um desabamento de outro túnel do metrô – relembram com pavor dos momentos de agonia que viveram. ––—–––—––——–––—––——–––—–——–——–––—––——–––––——–– | pág 3 Bunkyo reduz preços de espaços para enfrentar concorrência DIVULGAÇÃO Preocupado com a concorrência, o Bunkyo (Sociedade Bra- sileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social) reduziu os preços de locação de seus espaços. Agora, sai mais barato alugar, por exemplo, o Grande Auditório e o Salão Nobre para eventos como formatura, palestras, shows e exposições. Em alguns casos, a “promoção” chega a 40% em relação ao ano anterior. ––—–––—––——–––—––——–––—––——–– | pág 4 Alfainter investe em atendimento diferenciado para nikkeis DIVULGAÇÃO AAlfainter completa 20 anos no mercado de turismo com novidades. Além da experiên- cia com o público de terceira idade, a agência investe em na oferta de pacotes com guias bilíngüe e busca novos rotei- ros internacionais. A estréia será com o cruzeiro no Hawaii, que acontece em maio. No Carnaval, o desti- no será o Rio de Janeiro, onde turistas japoneses apro- veitam para conhecer a mai- or festa brasileira. ––—–––—––——–––—––——––––—––——–– | pág 8 –—————————————————————————————–— | pág 11 São Paulo comemora, na pró- xima quinta-feira (25), 453 anos de história. E para ho- menagear a terra da garoa, personalidades da comunida- de nikkei apontam os prós e contras da cidade e revelam quais são seus lugares prefe- ridos nesta grande metrópo- le. Para uns, locais já bem conhecidos como Parque do Ibirapuera são símbolos da metrópole. Pelo lado negati- vo, trânsito, violência e vida corrida foram lembrados. Personalidades nikkeis apontam lugares favoritos em São Paulo, que completa 453 anos DIVULGAÇÃO Anime Dreams abre temporada de eventos temáticos O primeiro evento de animê e mangá vem para garantir a diversão nas férias de crian- ças e adolescentes. Do dia 25 ao dia 28 acontece o Anime Dreams, um evento que reú- ne diversas “tribos” num mun- do mágico dos sonhos, reple- to de atrações para fãs dos desenhos nipônicos. Campe- onatos de videogames e card games (jogos de RPG), es- paço para mostra de fanzines e vendas de produtos são al- guns dos destaques. —————–—— | pág 8 Em assembléia do colegiado, a Associação para Comemo- ração do Centenário da Imi- gração Japonesa no Brasil aprovou algumas mudanças para o ano de 2007. Segun- do os dirigentes, 2007 será o ano definitivo para o fecha- mento de projetos, além de ter praticamente todo o orça- mento fechado. Entre as no- vidades da primeira reunião do ano, estão a realização de um censo, bem como ao va- lor que seria viável arrecadar, —————–—— | pág 4 Centenário define metas para captação de recurso

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Page 1: AGENDA Especialistas nikkeis apontam...2018/02/20  · Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson Yoshioka Fotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka Publicidade: Tel. (11) 3208-3977 – Fax

A N O 10 – N º 2 205 / 2 0 95 – S Ã O PA U LO, 20 A 26 DE JANEIRO D E 2 0 0 7 – R $ 2 , 0 0

AGENDA

Especialistas nikkeis apontamfalhas em projeto do metrô de SP

MARCUS IIZUKA

O CIATE (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) informa seuspróximos cursos preparatóriospara quem pretende trabalharno Japão. No dia 23 (terça-fei-ra), o tema será “Regras Bá-sicas para Estrangeiros e LeisTrabalhistas do Japão”, e nodia 26 (sexta-feira), “SeguroContra Acidente de Trabalhono Japão”. Os cursos são gra-tuitos e acontecem sempre das14 às 16h30. O Ciate fica naRua São Joaquim, 381, 1º an-dar, sala 11 (prédio do Bun-kyo). Informações pelo telefo-ne: 11/3207-9014.

O 29º CAMPEONATOSUDOESTE DE SUMÔINFANTO-JUVENIL, mas-culino e feminino, acontece nodia 4 de fevereiro, na sedecampestre (Rodovia RaposoTavares, km 168) da Associa-ção Cultural e Esportiva deItapetininga, responsável pelaorganização do evento. Infor-mações pelo tel.: 15/271-3748

O BUNKYO DE REGIS-TRO – Associação CulturalNipo-Brasileira de Registro –realiza amanhã (21), às 13h(primeira chamada) e 14h (se-gunda chamada), a Assem-bléia Geral Ordinária. Em pau-ta, a apresentação do relatóriode atividades realizadas em2006; apresentação do Balan-ço Financeiro de 2006; pare-cer do Conselho Fiscal; apre-sentação do plano de ativida-des do ano 2007; apresentaçãodo orçamento do ano 2007;homologação da Comissão deCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil e eleição danova diretoria da entidade, quedeve ser presidida por RubensTakeshi Shimizu, atual segun-do vice-presidente.

O PROJETO “SEMPRECINEMA” da Fundação Ja-pão acontece no período de 30de janeiro a 15 março, repetin-do o sucesso do primeiro ciclo,realizado entre outubro e de-zembro de 2006. A segundaetapa apresenta a diversidadedo cinema japonês ao públicobrasileiro em eventos gratuitos,com horários alternativos e fil-mes legendados em português.O destaque da programaçãosão filmes inéditos como o di-vertido Water Boys (2001) eVerão Negro (2000); e clássi-cos do suspense japonês emcópias novas, como Desejo Pro-fano (1964) e Castelo de Areia(1974). Local: Espaço Cultural– Fundação Japão em São Pau-lo (Av. Paulista, 37, 1º andar ).Entrada gratuita (não é neces-sário confirmar presença). In-formações pelo tel.: 11/ 3141-0110 / [email protected]

O desmoronamento de parte do túnel da Linha 4 do metrô, onde funcionará a estação Pinhei-ros, na semana passada, chocou a população de São Paulo. Ainda sem um motivo aparentepara as causas do acidente, técnicos e profissionais estudam as falhas que levaram a um dospiores acidentes desde o começo das obras. Em entrevista ao Jornal Nikkei, um engenheirodo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) afirma que “não dá para se fazer qualquer tipode prognóstico no momento”. Já os moradores nikkeis que viveram situação semelhante nofinal de 2005 – quando tiveram suas casas interditadas por conta de um desabamento deoutro túnel do metrô – relembram com pavor dos momentos de agonia que viveram.––—–––—––——–––—––——–––—–——–——–––—––——–––––——–– | pág 3

Bunkyo reduz preços de espaçospara enfrentar concorrência

DIVULGAÇÃO

Preocupado com a concorrência, o Bunkyo (Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social) reduziu ospreços de locação de seus espaços. Agora, sai mais baratoalugar, por exemplo, o Grande Auditório e o Salão Nobrepara eventos como formatura, palestras, shows e exposições.Em alguns casos, a “promoção” chega a 40% em relação aoano anterior.

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Alfainter investe em atendimentodiferenciado para nikkeis

DIVULGAÇÃO

A Alfainter completa 20 anosno mercado de turismo comnovidades. Além da experiên-cia com o público de terceiraidade, a agência investe em naoferta de pacotes com guiasbilíngüe e busca novos rotei-ros internacionais. A estréiaserá com o cruzeiro noHawaii, que acontece emmaio. No Carnaval, o desti-no será o Rio de Janeiro,onde turistas japoneses apro-veitam para conhecer a mai-or festa brasileira.––—–––—––——–––—––——––––—––——–– | pág 8

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São Paulo comemora, na pró-xima quinta-feira (25), 453anos de história. E para ho-menagear a terra da garoa,personalidades da comunida-de nikkei apontam os prós econtras da cidade e revelamquais são seus lugares prefe-ridos nesta grande metrópo-le. Para uns, locais já bemconhecidos como Parque doIbirapuera são símbolos dametrópole. Pelo lado negati-vo, trânsito, violência e vidacorrida foram lembrados.

Personalidades nikkeis apontam lugaresfavoritos em São Paulo, que completa 453 anos

DIVULGAÇÃO

Anime Dreams abretemporada deeventos temáticosO primeiro evento de animêe mangá vem para garantir adiversão nas férias de crian-ças e adolescentes. Do dia 25ao dia 28 acontece o AnimeDreams, um evento que reú-ne diversas “tribos” num mun-do mágico dos sonhos, reple-to de atrações para fãs dosdesenhos nipônicos. Campe-onatos de videogames e cardgames (jogos de RPG), es-paço para mostra de fanzinese vendas de produtos são al-guns dos destaques.

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Em assembléia do colegiado,a Associação para Comemo-ração do Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasilaprovou algumas mudançaspara o ano de 2007. Segun-do os dirigentes, 2007 será oano definitivo para o fecha-mento de projetos, além de terpraticamente todo o orça-mento fechado. Entre as no-vidades da primeira reuniãodo ano, estão a realização deum censo, bem como ao va-lor que seria viável arrecadar,

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Centenário definemetas para captaçãode recurso

Page 2: AGENDA Especialistas nikkeis apontam...2018/02/20  · Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson Yoshioka Fotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka Publicidade: Tel. (11) 3208-3977 – Fax

2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 20 de janeiro de 2007

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 32085521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Luciana Kulba,

Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,00

[email protected] ou [email protected]

MARCUS IIZUKA

• A ONG Greenpeace lançaum concurso de idéias contraa caça de baleias no Japão.Dados segundo a entidade:– 77% da população japone-sa é contra a caça às baleiasna Antártica– 61% nunca comeram car-ne de baleia– Somente 1% come a carnedo mamífero mais de uma vezpor mês– O Japão tem um estoque demais de 4.800 toneladas decarne congelada

• Dia 16, a Reebok do Brasilapresentou os novos uniformesque o São Paulo Futebol Clu-be usará na temporada 2007na Feira Couromoda. Forammostradas também as camisasdesenvolvidas especialmentepara os jogos do tetracampeãobrasileiro no exterior.

• No próximo dia 28, das 9hàs 15h, acontece a 1ª Feira deMangá, com mais de 5 milexemplares. O evento é pro-movido pela Animemangá,Bunkyo Tosho Inkai e RevistaBumba. Os preços das revis-tas, em língua japonesa, vari-am de R$ 2,00 a R$ 10,00.Mais informações: 11-3141-3031.

• O desenhista Iwao Takamo-to, nipo-americano, morre aos81 anos com problemas cardí-acos nos Estados Unidos. Ta-kamoto criou os personagensScooby-Doo, Mutley da Cor-rida Maluca e também os OsFlinstons e os Os Jetsons.

Ooops!Cenas do grave acidente

nas obras do Metrô -

estação Pinheiros, ao lado

da Marginal Pinheiros.

Com mobilização da

imprensa, corpo de

bombeiros, defesa civil e

toda a equipe técnica

para salvamento.

Com a casa lotada, a Big Time Orchestra de Curitiba se apre-sentou no último dia 12, no Bourbon Street. A banda tocousucessos dos anos 40, 50 e 60, e fez todo mundo dançar.

Coreografia cheia de criatividade

Lílian Nakahodo, tecladista

Neusa Matsumoto, Hermes Matsumoto, Lílian Matsumoto e Dan Okawa

Danilo Ayabe, Cristina Ayabe e Carolina Ayabe

Claudio Ayabecomemorou o

lançamento de seuprimeiro livro,

Gambaru - O Poder doEsforço e da

Perseverança. Olançamento aconteceuna Livraria Laselva, norequintado espaço da

loja Daslu.

No último dia 7, os deputados da câmara nacional do Japão,Shinji Inoue e Daishiro Yamaguiwa, almoçaram com personali-dades no bairro da Aclimação. Entre os presentes estava o de-putado federal Walter Ihoshi.

Shinji Inoue, Walter Ihoshi e Daishiro Yamaguiwa

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BU

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Romeu Tuma participa da cerimônia xintoísta, realizada no dia31, durante o Motitsuki na Liberdade. Os convidados degustamo famoso Moti para terem boa sorte durante o ano.

Romeu Tuma

Público lota a sede da Acal

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Mitsuo Sambuichi

O issei MitsuoSambuichi, 81 anos,membro do Yama-guchi Kenjikai, exi-be o presente doa-do pelo deputadoTatsuo Tanaka (mi-nistro da educaçãona era Showa): umpresente do impe-rador para Yama-guchi Kenjinkai.

NIKKEY SHIMBUN

Dia 30, Motitsukiem Niigata ken-jinkai, 20 voluntári-os em revezamen-to “batem” o arrozde moti, 250 kgpara a confecçãodo moti.

Com omartelo de

madeira e amassa de

moti écolocado no

Pilão

NIKKEY SHIMBUN

ClaudioAyabe

Page 3: AGENDA Especialistas nikkeis apontam...2018/02/20  · Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson Yoshioka Fotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka Publicidade: Tel. (11) 3208-3977 – Fax

São Paulo, 20 de janeiro de 2007 JORNAL NIKKEI 3

Uma semana após o fa-tídico acidente que pa-ralisou São Paulo, en-

genheiros e corpo técnico ten-tam entender o que levou aodesmoronamento do solo naregião de Pinheiros, zona oes-te da capital paulista. Algumasautoridades confirmam quehouve falhas humanas no pro-jeto de engenharia. Outros ale-gam que as chuvas típicas des-sa época do ano foram asgrandes responsáveis pelo aci-dente. Pelo sim, pelo não, aúnica certeza é de que há setevítimas fatais.

A reportagem do JornalNikkei ouviu dois especialis-tas que mostram bem o pano-rama antagônico entre as opi-niões sobre as causas da aber-tura da cratera no local da fu-tura Estação Pinheiros do me-trô. Longe de se chegar a umconsenso geral, apenas umaconstatação pode ser feita: ade que as chuvas eram espe-radas, portanto, “não adiantaculpar fenômenos meteoroló-gicos pelo acidente”, como dis-se algumas autoridades.

Mesmo com os trabalhos

ACIDENTE NO METRÔ

Especialistas nikkeis opinam sobre causas doacidente; laudo final só sairá em alguns meses

Com o objetivo de prote-ger o consumidor, dispõe ain-da o Código de Defesa doConsumidor, em seus art. 49:

“Art. 49. O consumidorpode desistir do contrato, noprazo de 7 (sete) dias a con-tar de sua assinatura ou doato de recebimento do produ-to ou serviço, sempre que acontratação de fornecimentode produtos e serviços ocor-

rer fora do estabelecimentocomercial, especialmente portelefone ou a domicílio.

Parágrafo único. Se oconsumidor exercitar o direi-to de arrependimento previs-to neste artigo, os valoreseventualmente pagos, aqualquer título, durante oprazo de reflexão, serão de-volvidos, de imediato, mone-tariamente atualizados.”

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do Harada Advogados [email protected]

DA PROTEÇÃO CONTRATUAL DOCONSUMIDOR – Parte II

Sempre que a negociaçãoocorrer fora do estabelecimen-to comercial, por telefone ou adomicílio, o consumidor temdireito de desistir do contratono prazo de 7 dias a contar desua assinatura ou do ato derecebimento do produto ou ser-viço.

Em primeiro lugar, quantoa esse aspecto aconselho aspessoas a serem cautelosasquando receberem em casa:vendedores de imóveis, deaparelhos eletrodomésticos,de planos de saúde. O poderde persuasão desses vende-dores é desmedido. Eles con-seguem vender pedra no lu-gar de água.

Da mesma forma, as com-pras feitas por telefone, e hoje,também pela Internet, devemser efetuadas com muita cau-tela, principalmente porquenesses casos, passa-se dadosde conta bancária, de cartões

de crédito e dados pessoais.Em segundo lugar, exerci-

tado o direito de arrependi-mento, os valores pagos deve-rão ser devolvidos imediata-mente.

Eventual cláusula que dis-puser que o consumidor renun-cia ao direito de desistência,previsto no referido Art. 49 doCDC, é nula de pleno direito.

Ainda, são nulas de plenodireito as cláusulas que obri-guem o consumidor a arcarcom as despesas de cobrançade sua obrigação. Muito setem visto em contrato de finan-ciamento, cláusula que permi-te cobrar além da dívida, co-brar honorários advocatíciossem permissão de igual direitoao consumidor. São, na verda-de, cláusulas abusivas.

Também se caracterizacomo cláusula abusiva a quepermite modificação unilateraldo conteúdo ou da qualidade

do contrato. É muito comum,em planos de saúde, após aassinatura do contrato, o con-sumidor verificar que o planoescolhido disponibiliza serviçosou estabelecimentos hospitala-res inferiores ao previsto àépoca da contratação.

As cláusulas abusivas nãosão taxativas, mas, exemplifi-cativas, isto é, além das trazidaspelo art. 51 do Código de De-fesa do Consumidor, que opor-tunamente estudaremos, ou-tras podem ser consideradascomo tais enquanto incompa-tíveis com o sistema de prote-ção ao consumidor.

Por derradeiro, a garantiacontratual é complementar àlegal e deverá ser por termoescrito. Dele deve constar a

extensão da garantia, sua for-ma, prazo, lugar onde podeser exercida e os custos acargo do consumidor.

É de suma importânciaque o consumidor tome ati-tude. Não basta ele conhe-cer os seus direitos. É ne-cessário que ele busque a pro-teção dos seus direitos e, sóassim, ele exerce plenamen-te a sua cidadania.

Entrementes, volto às con-siderações anteriormente co-locadas. Todo e qualquer con-trato deve ser lido em suaintegralidade, seus termos su-ficientemente esclarecidos ecompreendidos pelos contra-tantes. Quando não restarqualquer dúvida poderá serassinado.

de busca pelas vítimas domicroônibus soterrado, o IPT(Instituto de Pesquisas Tecno-lógicas) traça algumas linhasde investigação para averiguaro que levou ao desmorona-mento. Com um corpo técnicoformado por profissionais de

diversas áreas, dentre as quaisengenharia e arquitetura, ostrabalhos devem perdurar al-guns meses, até a conclusãofinal.

Com dificuldades em lidarcom a imprensa e tambémcom os trabalhos começando,

diretores do IPT confirmaramque o levantamento de todosos detalhes serão feitos já napróxima semana. Em entrevis-ta à reportagem, um engenhei-ro nikkei que está presente aolocal – e que preferiu não seidentificar –, confirmou que os

Se há alguém pode ser con-siderado um dos que mais sedispuseram na busca dos cor-pos, este é o capitão MinoruTakara, do Corpo de Bombei-ros. Incansável, o militar dedi-cou quase 100% de seu tem-po nos trabalhos de resgatedos corpos dentro do mi-croônibus que fora sugado paradentro da cratera. Sempre co-ordenando as ações e lidando

com a imprensa, o nikkei mos-trou dedicação e superaçãopara dar conforto às famíliasdas vítimas.

Lotado no 4º Grupamentodo Corpo de Bombeiros, Ta-kara chegou a passar mais de37 horas no local do desaba-mento das obras do metrô. Eleé responsável por uma dasfrentes de busca que temacesso ao túnel pela rua Fer-

reira de Araújo. Logo depoisdo acidente, ele chegou a fi-car 27 horas trabalhando nolocal – das 15h05 de sexta-fei-ra (12) até as 18h de sábado(13). Depois disso, ele retornouàs 7 horas do domingo (14) enão saiu mais do local.

Apesar do desgaste físico,o capitão Minoru afirmou queas condições de trabalho fo-ram boas dentro do túnel. “Era

muito grande [o túnel]. Sãooito metros de diâmetro, comtotais condições de trabalho.Existe a drenagem da água,além dele ser ventilado, paraque o gás carbônico não fiquesaturado”, ressaltou. “Tam-bém contamos com os traba-lhos de dois cães farejadores[da raça Labrador]. Sem elesteríamos muito mais dificulda-des”, conclui.

Bombeiro nikkei é um dos ‘heróis’ na busca pelas vítimas do microônibus

Falhas no projeto e inspeção inadequada foram apontadas como causas do desmoronamento

MARCUS IIZUKA

Não é só no trânsito que oacidente no metrô causou trans-tornos. Para muitos nikkeis quefreqüentam o bairro de Pinheirosou trabalham nas ruas em tornoda cratera, o clima é “perturbador”.

Que o diga o entregador Os-car Sugueno, que passa pelobairro esporadicamente. Paraele, “não está fácil passar pelasruas. O movimento é intenso”,reclama.

Se para o entregador a loco-moção em torno das ruas próxi-mas a cratera tornou-se um su-plício, para os irmãos Auro eCelso Ito a reclamação é justa-mente sobre o barulho intensodos caminhões que passam atodo o momento em frente à ban-ca de jornal que ambos traba-lham. Localizada na rua Sumi-douro e próxima ao lugar ondeocorreu o desmoronamento, o

ponto fica na rua onde justamen-te passam os veículos utilizadosna reconstrução do túnel. “Aquiera tranqüilo. Depois que acon-teceu tudo isso só vemos cami-nhões passando e um trânsitogrande”, queixa-se Auro.

Já Celso tem uma outra re-clamação, esta mais pertinente:por ter nome e sobrenome igualao de uma das vítimas do aci-dente no final de 2005, a impren-sa e pessoas anônimas não pa-ram de “procurá-lo”. “Pensamque eu sou o Celso Ito da ruaAmaro Cavalheiro. As pessoasjá vêm perguntando como estouagora, se já recebi indenização.Virou uma confusão só”, comen-ta ele, para depois finalizar. “Euconheço o outro Celso Ito e atécomentei com ele. No final, da-mos risadas.”

(RM)

Comerciantes e freqüentadores dobairro demonstram insegurança

Os irmãos Auro e Celso Ito: barulho e problema por tersobrenome homônimo ao das vítimas de 2005

trabalhos do IPT “estão nocomeço”, portanto, detalhesainda não podem ser divulga-dos. “Estou participando deuma comissão técnica que for-mará o laudo da Defesa Ci-vil. Até o momento [a entre-vista foi feita na terça-feira,16], o que dá para se afirmarde forma contundente é quefalhas houveram sim. Restadescobrir agora os motivos.Trata-se de uma investigaçãomuito complexa e que deman-dará um certo tempo”, afir-mou.

Túneis - Acompanhando ocaso com perplexidade, o en-genheiro civil formado pelaUSP (Universidade de SãoPaulo) e ex-presidente do Co-mitê Brasileiro de Túneis(CBT), Akira Koshima, confir-ma que em algum momentohouve falha na estrutura eequívocos na construção dotúnel que dá acesso às obrasdo metrô, especialmente o can-teiro de obras, local onde ocor-reu o desabamento. “Como nãotenho acesso aos documentos,prefiro não tecer um comen-tário mais profundo. Pela mi-nha experiência, o que dá parase perceber é que falhas hou-veram com certeza. Isso é evi-dente. Não é comum, comoestão falando, acontecer fatosdeste tipo na construção detúneis”, diz ele.

Sobre o argumento de que

a culpa pode ser atribuída àsfortes chuvas que castigarama cidade há algumas semanas,o nikkei explica que os fenô-menos meteorológicos podemter contribuído, mas que nãopoderiam comprometer a re-alização das obras. “Se fosseassim, nó nunca teríamosconstruído túneis no Brasil.Para mim, trata-se mais deuma justificativa rápida paradar uma resposta à população.Quando construímos um túnel,levamos em consideraçãomuitos fatores, e as chuvas,bem como o estado do solo,são uma delas”, relataKoshima, citando que em 20anos de acompanhamento deconstrução de túnel, viu so-mente uma vez um caso pa-recido, na construção do tú-nel na avenida JuscelinoKubitscek até o Ibirapuera.

“Naquele ano, lembro queocorreu um incidente destetipo, sem vítimas e causadamais ou menos pela infiltraçãode água, pois era bem embai-xo do lago do parque do Ibira-puera. Nesses 20 anos queacompanho tais obras, é raroocorrer um acidente como o dasemana passada. Com certe-za daqui para frente tais pro-blemas não serão vistos, poisos estudos de incidentes nosmostram outros caminhos paraa realização de obras”, concluiKoshima.

(Rodrigo Meikaru)

Era dezembro de 2005 quan-do a casa do então comercianteCelso Ito ruiu devido às obrasdo metrô. Na época, relembra,teve de sair às pressas para sal-var sua família e escapar de umdesastre. Hoje não mais moran-do na rua Amaro Cavalheiro –localizada atrás da rua Capri,onde ocorreu o desmoronamen-to na sexta-feira passada (12) –,o nikkei afirma que acompanhade longe o desenrolar das cons-truções e vê com tristeza maisum acidente na região. Voltarpara Pinheiros? Segundo ele,não dá coragem, principalmentepor já estar acomodado em umoutro lugar.

Além dos Ito, quem tambémmostra-se assustado com o des-moronamento é o comercianteTomoo Sato, que teve de aban-donar a residência e sua marce-naria no final de 2005. Diferente-mente do ex-vizinho, ele confir-ma que ainda não recebeu auto-rização para a reconstrução desua casa. Enquanto espera poruma definição, trabalha em umaloja de ferragens própria. Já amarcenaria fora instalada em umgalpão em frente à sua ex-casa,com despesas pagas pela em-

‘Mais uma vez vivo a sensação do desespero e da tristeza’, afirma Tomoo Sato“É muito triste tudo isso. Vocênão pode nem mais estar em suacasa sossegado. Agora ainda épior, pois há vítimas fatais. Atéquando vamos agüentar tudoisso?”, diz.

Além dos Ito e dos Sato, asigrejas Perfect Liberty e Seicho-No-Ie (SNI) esperam pelo impas-se sobre a definição da indeni-zação. Ambas tiveram de mudarseus locais de cultos. A PL ain-da não entrou em acordo paraser indenizada e mudou-se paraa Rua Ferreira Araújo. Já aSeicho-No-Ie está na mesma si-tuação da PL: provisoriamentefunciona em uma sede alugadapelo consórcio.

Já Tomoo Sato confirma es-tar receoso na continuação dostrabalhos do metrô. Para ele, vá-rios fatores se mostraram con-fusos, caso da construção econcepção da obra. Questiona-do se utilizará o transporte cole-tivo quando os trabalhos foremconcluídos, o japonês nascidoem Hokkaido é enfático: “Nãovou andar de metrô. Nem seicomo se faz, pois nunca utilizei.E, muito provavelmente, nãovou nem conhecer essas novasestações.” (RM)

presa responsável. “A indeniza-ção já saiu por parte do metrô. Oque nos resta agora é sair umaautorização da Prefeitura de SãoPaulo para a reconstrução de suacasa no terreno. E isso é que temcausado dor de cabeça. Semprecolocam empecilhos, os enge-nheiros nunca entram em um con-senso”, desabafa Sato.

Sua única vontade neste mo-mento é voltar a morar no mesmolocal em que ocorreu o acidentedo ano retrasado, por isso cobramais agilidade nos processos bu-rocráticos. A questão, adianta ele,está na esfera judicial e pode de-

morar anos até sair uma decisão.A única saída é continuar moran-do de aluguel – pago em dia pelaconcessionária responsável pelasobras do metrô – em um aparta-mento no mesmo bairro.

Mostrando insegurança so-bre o futuro das construções daLinha-4, Sato confirma sentirmedo de morar e trabalhar na re-gião. Mas, como tem de sobrevi-ver, “não dá para sair daqui”. In-clusive, no dia em que houve odesmoronamento, viu a poeiravinda da rua Capri subir e logorecordou-se da fatídica madruga-da do dia 4 de dezembro de 2005.

Sato espera por autorização para voltar a morar na sua “casa”

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4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 20 de janeiro de 2007

lugam-se espa-ços para festas,exposições, fes-

tas de formaturas e casamen-tos. Preços acessíveis. Tratarno Bunkyo”. O anúncio é fic-tício, mas bem que poderia serreal. Preocupado com a con-corrência, o Bunkyo (Socieda-de Brasileira de Cultura Japo-nesa e de Assistência Social)decidiu reduzir a locação deseus espaços para a realizaçãode eventos. A novidade foianunciada no site da entidade.

Segundo o presidente daComissão Patrimonial do Bun-kyo, Eiji Denda, a decisão foitomada no final do ano passa-do, quando membros da Co-missão, a secretaria e a dire-toria do Bunkyo realizaram umamplo levantamento e reestu-dos das instalações e infra-es-trutura da entidade e tomarama decisão de reajustar os pre-ços cobrados para locação dassalas, salões e auditórios.

“Há uns dez anos que astabelas vinham sendo feitascom base na correção mone-tária, ou seja, sem recálculos decustos. Isso deturpava os pre-ços. Decidimos fazer um novorecálculo de quanto custa parao Bunkyo e chegamos a essasdiferenças”, explica Denda,acrescentando que a nova ta-bela praticada pela ComissãoPatrimonial apresenta uma re-dução sensível de preços. Emalguns itens, chega a 40% emrelação ao ano anterior.

Alugar o Grande Auditório,por exemplo, uma das instala-ções mais disputadas para arealização de eventos comoshows, karaokês, apresenta-ções de odori, balé e concer-tos musicais, custava cerca deR$ 5.000,00, de sexta-feira adomingo. Com o realinhamen-to, passa a custar entre R$2.800,00 (associados) e R$3.500,00 (não associados), nes-ses mesmos dias. Se o espaço

COMUNIDADE

Preocupado com a concorrência, Bunkyo reduzos preços de locação de seus espaços

for alugado de segunda a quin-ta-feira, o valor cai para R$2.240,00 e R$ 2.800,00, respec-tivamente.

Outros espaços bastanterequisitados, o Auditório Peque-no e o Salão Nobre também ti-veram os preços readequados.“Além disso, a locação de equi-pamentos e de acessórios ex-tras não sofreu reajuste”, con-ta Denda, justificando que aidéia é “intensificar a utilizaçãode nossos espaços pelos asso-ciados ou não do Bunkyo”.

“Queremos que os espaçossejam utilizados com mais fre-qüência. O objetivo é divulgarmais outras dependências,como o Ginásio de Esportes.

Até porque usando ou não oespaço vai se deteriorar equanto mais usar maior será ocuidado para sua manuten-ção”, revela Denda, que, embreve, espera assistir a umacena até então inusitada na his-tória da entidade.

Casamento – “Os nikkeispoderiam usar as instalaçõesdo Bunkyo para oficializaremsuas uniões. O Bunkyo é umadas poucas entidades em con-dições de oferecer instalaçõespara uma cerimônia à modajaponesa, com ambiente apro-priado”, arrisca Denda.

Segundo ele, a entidadeconta com diferentes espaços

tais como salas, salões e audi-tórios com dimensões e carac-terísticas para vários tipos deeventos. Além de acompanhara “tendência de mercado”,Denda admite que os preçospraticados até o ano passadoforam alvos de reclamações deassociados que costumam uti-lizar os espaços. “Temos queouvir as reclamações. Afinal,trata-se de uma fonte de re-ceitas interessante para o Bun-kyo”, observa Denda, lem-brando que os principais usuá-rios das instalações da entida-

de são a Associação Orquidó-fila de São Paulo (Aosp), quepromove duas grandes expo-sições durante o ano, escolas eassociações ligadas a karaokê.

Denda prefere não falar em“crise”, mas admite que algu-mas entidades que antes eramusuárias do Bunkyo no anopassado optaram por locar ou-tros espaços, alguns a poucosmetros da entidade. “Mas es-sas mesmas associações aca-baram retornando. Assimcomo o aluguel gera uma mar-gem de lucro para o Bunkyo,

outras entidades também es-tão buscando receitas locandoseus espaços”, argumentaDenda, acrescentando que“nossa localização é privilegi-ada, já que o Bunkyo está per-to do metrô São Joaquim”.

(Aldo Shiguti)

INTERESSADOS EM LOCAÇÕES E RESERVAS

DE ESPAÇOS DO BUNKYO DEVEM SE DIRIGIR

À SECRETARIA, NA RUA SÃO JOAQUIM, 381,TÉRREO, LIBERDADE (PRÓXIMO À ESTAÇÃO

SÃO JOAQUIM DO METRÔ) – TEL.:11/3208-1755 – FALAR COM WILSON.E-MAIL: [email protected]

A Sociedade Brasileira deCultura Japonesa – Bunkyo,dispõe uma série de instala-ções adequadas para a realiza-ção de eventos, tanto pelas co-missões da própria entidade,como pelo público externo.Localizado no tradicional bair-ro da Liberdade, na confluên-cia entre a rua São Joaquim e aGalvão Bueno, o prédio pos-sui estacionamento (terceiriza-do, com capacidade para maisde 110 veículos) e está próxi-mo da estação São Joaquim doMetrô e de principais vias deacesso.

Os Auditórios - No térreo, oAuditório Grande (AG) tem ca-pacidade de 1.145 pessoas (eo saguão para 600 pessoas) e

é um dos maiores da cidade deSão Paulo. Ideal para show,karaokê, concerto musical, for-matura, convenção, palestras,entre outras realizações.

No 3º andar do prédio anexo,tem o Auditório Pequeno (AP),com capacidade para 203 pesso-as, destinado para show,karaokê, balé, concerto musical,formatura, convenção, palestra.

O Salão Nobre - No 2º andar doEdifício Bunkyo está localizadoo Salão Nobre (SN) para 200 pes-soas (com ar condicionado), des-tinado para coquetel, exposição,concerto musical e reunião.

As Salas - No 1º andar do Edifí-cio Bunkyo estão as Salas deReunião (SR) - uma com capaci-

Conheça as instalações do Bunkyo

*Fonte: www.bunkyo.org.br

dade para 20 pessoas, outrapara 24 pessoas (e que podemser transformadas num espaçoúnico). Nesse mesmo andarestá a cozinha, com fogão degás encanado.

No prédio anexo, no 1º an-dar, localiza-se a Sala de Expo-sição (SE) com capacidade para200 pessoas, destinada paracoquetel, exposição, concertomusical e reunião.

Ginásio de Esportes - No pré-dio anexo, acima do estaciona-mento, está localizado o Giná-sio de Esportes, que pode serutilizado não somente paracampeonatos e prática de di-versas modalidades esportivase até para realização de even-tos festivos.

Grande Auditório: capacidade para 1.145 pessoas

“A

Idéia é arregimentar mais interessados no aluguel dos espaços

MARCUS IIZUKA

CENTENÁRIO 2

Equipe japonesa preparadocumentário sobre imigração

A FDP (Film DocumentaryProduction), sediada no Japãoe com agência no Brasil, en-viou o produtor Fumio Nozakie o câmera Kaichi Sato pararealizar um documentário so-bre os 100 anos da Imigração,focalizando principalmente ahistória do navio Kasato Maru.Eles estiveram nas cidadespaulistas de Promissão e emGuaimbê, no meado do mês,fazendo levantamento sobre ofundador Shuhei Uetsuka, e nahistórica Colônia Hirano.

Ao mesmo tempo, prepa-ram outro documentário sobrea estrada de ferro Noroeste, via

que abriu porta para odesbravamento. Para isso jáestiveram em diversas cidadesdo Mato Grosso do Sul. Essatevê foi a única emissora japo-nesa que esteve presente nofuneral do símbolo da imigra-ção, Tomi Nakagawa, falecidarecentemente em Londrina.Após o término das filmagensserão editados no Japão e exi-bidos na tevê naquele país. Asassociações do Brasil terãooportunidades de assistirem aosdocumentários, pois cópias de-verão ser remetidas, segundo oprodutor Fumio Nozaki.

(Shigueyuki Yoshikuni)

A partir da esquerda: Fumio Nozaki (produtor), Kaichi Sato (câmera) eos diretores do Bunkyo de Lins, Kazunori Yasunaga e Takashi Nakano

S. YOSHIKUNI

O ano “D”. Tal nomeaçãofoi a melhor definição dadapelos dirigentes da Associaçãopara Comemoração do Cente-nário da Imigração Japonesano Brasil, em assembléia docolegiado realizada no últimodia 13, em São Paulo. Para100% dos presentes, 2007 seráum período crítico, pois todasas atividades ligadas ao Cen-tenário dependerão das verbasque começam a ser captadasjá neste mês.

Entre as ações propostas,estão a de retomar, novamen-te, o Livro de Ouro da entida-de. Na visão dos diretores, éuma forma de arrecadar re-cursos junto a entidades e pes-soas interessadas em contri-buir de forma “oficial” com ascomemorações. Outro pontoque as lideranças chegaram aum consenso é a de maioraproximação na parte políticaentre Brasil e Japão, afinal,sem esse suporte será muitocomplicado receber qualquertipo de apoio dos japoneses.

Como adiantou o presiden-te do Comitê Executivo,Ossamu Matsuo, contas embancos devem ser abertas “as-sim que for possível” para co-meçar a receber as contribui-ções. Contudo, o trâmite sóserá viável após a transforma-ção da Associação em umaOscip (Organização da Socie-dade Civil de Interesse Públi-co), fato que depende da apro-vação de Brasília. “Logo apósisso, inicia-se, efetivamente, otrabalho de captação”, confir-mou.

Ainda de acordo comMatsuo, a revisão do orça-

CENTENÁRIO 1

Associação define metas para captar recursos; expectativa éarrecadar entre R$ 15 e 20 milhões

mento prevista para terminarno início de janeiro não foi pos-sível ser concluída. O motivoalegado é de que nem todos osprojetos previstos foram discu-tidos com suas respectivascomissões. Tal atraso podeatrapalhar na corrida contra otempo para arrumar recursos,especialmente os oriundos doJapão, pois o cônsul geral emSão Paulo, Masuo Nishibaya-shi, viaja no fim do mês para,entre outros assuntos, apre-sentar os projetos do Centená-rio para o governo japonês.

Atual coordenador da co-missão de Finanças, RenatoNakaya definiu também umvalor para arrecadação, destavez mais aceitável do que osanteriores. Nos cálculos, a di-retoria chegou a um valor en-tre R$ 15 e R$ 20 milhões paraas festividades. “Isso é o queachamos viável e que podere-mos captar. Claro que vamosbatalhar em todos os sentidos,seja com a iniciativa privada oumesmo com a comunidade. O

que não dá é para ficar para-do. 2007 tem de ser o ano emque vamos definir praticamen-te tudo”, afirma Matsuo.

Censo e projetos – Se naparte de revisão do orçamen-to a Associação estuda formasde “enxugar” os custos, nosprojetos as lideranças estãomais animadas. Apesar doreestudo de grande parte, maisoito foram aprovados duranteassembléia do colegiado. Sãoeles: “Caminhada do Centená-rio da Imigração”, da Liberda-de Aruko Tomonokai, “Or-questra com InstrumentosMusicais Japoneses”, de TameKitahara, “Edição Brasileira doLivro ‘Japaneses History inPicture”, da Unicamp, Docu-mentário ‘Bambu Rei’”, deRubens Junqueira Xavier Filho,“Livro ‘O Outro’ e Documen-tário ‘Dekassegui’”, ambos deMarta Midori Yoshijima e“Simpósio de Direito e Medi-cina”, do Instituo Brasil-Japãode Direito Comparado”. Todos

os projetos serão tocados pe-los próprios indicadores. AAssociação entra somentecomo apoio nos projetos.

Outro ponto que tambémestá bem encaminhado é a re-alização de um censo da co-munidade nipo-brasileira. Emfase inicial de preparação, apesquisa começaria já nesteano com ajuda de pesquisado-res do IBGE (Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatísti-ca) e recursos, possivelmente,vindos do Japão. “Afinal, o pró-prio governo japonês tem inte-resse em saber mais detalhesda comunidade nipo-brasilei-ra”, diz o coordenador da co-missão de Cultura, ReimeiYoshioka. O único empecilhopara a realização da pesquisaé o custo: cerca de US$ 4 mi-lhões. De onde virá esse di-nheiro também não está defi-nido, mas “já há estudos paraviabilizar. Vamos esperar umaposição do Japão”, afirmaMatsuo. É esperar para ver.

(Rodrigo Meikaru)

JORNAL NIKKEI

Assembléia Geral do colegiado aprovou mais alguns projetos e definiu metas para 2007

Ginásio serve para realização de competições

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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São Paulo, 20 de janeiro de 2007 JORNAL NIKKEI 5

onguri, koro koro,donguri, koro ko-ro...”, letra de

uma música infantil japonesaque significa “avelãs rolando,rolando...”, é também o nomeda exposição da artista plásti-ca Kimi Nii no Museu OscarNiemeyer, em Curitiba (PR).Inaugurada no último dia 17, amostra reúne 81 esculturasproduzidas nos dois últimosanos. “O formato irregular-mente cônico da casca da ave-lã é também o embrião das for-mas apresentadas por Kimi Niipara esta exposição, e a insta-bilidade delas, passível de semanifestar a partir da manipu-lação pelo público, um de seusaspectos essenciais”, diz o cu-rador Agnaldo Farias.

Consagrada por seu traba-lho em cerâmica de alta tem-peratura, Kimi Nii introduz nes-ta mostra uma novidade: amadeira. Donguri reúne 80 tra-balhos em cerâmica e umaversão em madeira – Girofor-ma, obra em grande formato,com 2,70m de altura e 2,70mde diâmetro. Farias lembraque a introdução da madeirana produção da artista incluiua realização de novos proce-dimentos.

“Enquanto a argila vem dochão e o trabalho se dá na di-mensão da mão, a madeiraexige também os braços, ocorpo, porque é matéria deexpansão vertical como as ár-vores”, afirma o crítico. A ex-posição conta ainda com ou-tra série –Diamantes–, cons-tituída de relevos de parede,feitos em cerâmica com for-mas pontiagudas, dispostos de

Museu Oscar Niemeyer recebeexposição de esculturas de Kimi Nii

maneira contínua em grandepainel, ou divididos em peque-nos grupos.

“Valendo-se delas (obras)a artista coloca em cena omodo peculiar com que en-frenta o dilema resultante en-tre a geometria e a organici-dade, a idéia e a matéria, opensamento e a ação. Simul-taneamente, jogando com avariação de escala, demonstracomo essa operação traz con-sigo relações entre a obra e ovisitante distintas entre si”, es-creve Agnaldo Farias.

Vocação – Kimi Nii nasceuem Hiroshima, no Japão, em1947, dois anos após o ataquecom a bomba atômica. A ar-tista chegou ao Brasil em 1957e ingressou na arte da cerâmi-

ca em 1979, fazendo objetosescultóricos que lhe renderamexposições em galerias de artea partir da década 80. A pri-meira foi na Mônica Filgueiras,em SãoPaulo, onde começoua conviver com muitos artis-tas. Depois, participou de co-letivas e realizou individuais emoutras galerias paulistanas,como Nara Roesler, RaquelArnaud e Deco, além de duasmostras individuais em Tóquio.Kimi Nii também é designer esempre está presente nas prin-cipais exposições nacionais eem eventos internacionais, re-presentando o Brasil.

“Mantendo a sua vocaçãogeométrica, Kimi volta-se ànatureza e afaga com o olhare com as mãos a aparência domundo natural, retendo a sua

lógica para materializá-la emesculturas de barro quevirtualizam a realidade orgâni-ca”, escreveu certa vez o pro-fessor Miguel Chaia, preconi-zando a essência do processoutilizado pela artista.

DONGURI - ESCULTURASDE KIMI NIIONDE: MUSEU OSCAR NIEMEYER (RUA

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CÍVICO – CURITIBA)QUANDO: ATÉ 27 DE MAIO. DE TERÇA ADOMINGO, DAS 10 ÀS 18 HORAS

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PÚBLICAS, DO ENSINO MÉDIO E FUNDA-MENTAL, AGENDADOS, NÃO PAGAM

INGRESSO)INFORMAÇÕES PELO TEL.: 41/3350-4400

Trabalhos em cerâmica de alta temperatura e madeira são caracterizados por formas diversas

DIVULGAÇÃO

CIDADES/CURITIBA

“D

O b r i g a d o ,arigatô, shiê shiê,gam sa ham nida.Saudações em portu-guês, japonês, chinêse coreano, respecti-vamente, agradecema presença de clien-tes e visitantes de umadas principais galeri-as da Liberdade. Embreve, os proprietári-os das lojas do bairrotalvez tenham que se-guir parcialmente oexemplo do estabele-cimento: uma liminarordena que anúnciosapenas usem estran-geirismos se a tradu-ção em português ti-ver o mesmo espaço.A decisão afeta des-de vitrines de lojas atémeios de comunica-ção, como TV, rádio,jornal e internet.

Apesar de palavras em in-glês, como “sale”, “off” e“summer” serem as mais usa-das, alguns comerciantes daLiberdade serão afetados por-que a medida vale para ter-mos em qualquer língua. Se-gundo a decisão, em caráterliminar, o governo federal de-verá aplicar as punições jáprevistas no artigo 56 do Có-

digo de Defesa do Consumi-dor, como multa, apreensão doproduto e cassação dos regis-tros. Se não cumprir a ordemjudicial, a União será multadaem R$ 5.000,00 por dia.

O governo federal tambémé obrigado, pela liminar, a avi-sar os órgãos de defesa doconsumidor que eles devem di-vulgar, a fornecedores e con-

sumidores, a necessi-dade da tradução emtodo o País.

Segundo o gerenteda joalheria Akashi,Sadao Onishi, a deci-são não deveria seraplicada ao bairro daLiberdade. “Estamosem um bairro oriental,com muitas pessoasque não conseguemler o português. Osanúncios são voltadosexclusivamente para opúblico japonês, e atradução do conteúdonão ficaria bem visu-almente”, explica.

Apesar de contarcom clientes nikkeis ede seu estabelecimen-to A Kenko Hiroseconter explicações deprodutos em portu-guês, Rosa Osaka temopinião semelhante.

“Os anúncios da minha vitrinenão interessam aos nikkeis, aocontrário das ofertas de den-tro da loja.”

Já o gerente do supermer-cado Marukai, Luiz CarlosZapalá, afirma que a decisãonão afetaria o estabelecimen-to pelo qual é responsável.“Não costumamos utilizaranúncios de nossos produtos,

ANÚNCIOS ESTRANGEIROS

Comércio da Liberdade pode ser afetado seliminar for confirmada

apenas colocamos cartazes emportuguês quando abrimos va-gas de emprego. Além disso,os produtos importados con-têm informações em portugu-ês, seguindo o Código de De-fesa do Consumidor”.

Em entrevista à Folha deSão Paulo, o procurador eautor da ação MatheusBaraldi Magnani, afirmouque a população tem “um di-reito básico de digestão visu-al das expressões” utilizadasnos anúncios. Ele acrescen-tou que “alguns fornecedoresusam propositalmente as ex-pressões estrangeiras paraevitar clientes” e que, emenquete do Ministério Públi-co Federal feita pela internetcom cerca de 300 pessoas, oíndice de apoio à decisão foiacima de 90%.

Na mesma reportagem, ojuiz responsável pela decisão,Antônio André Muniz Masca-renhas de Souza, afirmou quea informação em português“trata-se de um direito funda-mental de inserção da pessoahumana na sociedade: o direi-to à informação”.

A AGU (Advocacia Geralda União) estuda o teor dadecisão para analisar se irárecorrer.

(Gílson Yoshioka)

Lei pode mudar propagandas japonesas

JORNAL NIKKEI

A Aliança BeneficenteUniversitária de São Paulo(Abeuni), entidade filantrópi-ca formada por universitáriose graduados voluntários queatuam em comunidades ca-rentes, promove a “45ª Cara-vana da Saúde”, entre 21 e 27de janeiro, na cidade deAtibaia (SP). Realizado emparceria com a Prefeitura deAtibaia, o evento será um ver-dadeiro mutirão beneficenteque deve prestar serviços desaúde a aproximadamente 2mil pessoas.

Durante a “45ª Caravanada Saúde”, das 8 às 12h e das14 às 18h, a população deAtibaia terá à disposição: con-sultas com clínicos gerais edentistas; distribuição de remé-dios prescritos nas consultasrealizadas pelos médicos daABEUNI; coleta de papanico-lau; coleta de exame de fezespara crianças de 0 a 12 anos(é preciso que o responsávelleve o potinho com as fezes jáidentificado com o nome dacriança, às 8h ou 14h); apre-sentações teatrais e bate-pa-pos para esclarecer temas desaúde e prevenir doenças comentrega de brindes.

Para as crianças, o enfo-que das ações profiláticas se-rão os cuidados com a higie-ne pessoal, apresentados combrincadeiras. Adolescentespoderão participar de bate-pa-pos sobre sexualidade, en-quanto os adultos contarãocom ações voltadas para saú-de da mulher e aulas de culi-nária com receitas práticas enutritivas, que aproveitam ostalos, cascas e folhas de ali-mentos.

No dia 24 (quarta-feira), os

serviços da “45ª Caravana daSaúde” serão suspensos paraque haja reposição de estoquedos materiais utilizados duran-te o evento. Durante este edi-ção da caravana, a Abeunicontará com a ajuda de cercade 200 voluntários nos dias desemana e mais de 350 delesno fim de semana.

“A procura de jovens inte-ressados em participar dosnossos projetos cresce a cadaano. Hoje, as pessoas estãomais motivadas a ajudar o pró-ximo e ver outras pessoas en-volvidas nestes projetos só au-menta essa motivação. Nos-sas ações são bastante huma-nitárias porque, além de aten-dimentos na área de saúde, le-vamos a estas comunidadesatenção e carinho. Essa pos-tura faz a diferença na vidadestas pessoas e nas nossasvidas, pois desperta nosso es-pírito de solidariedade e faze-mos amigos para vida toda”,ressalta Patrícia Tiemi Kawa-hara, membro da ComissãoOrganizadora das Caravanasda Abeuni.

“45ª CARAVANA DA SAÚDE” -

ALIANÇA BENEFICENTE

UNIVERSITÁRIA DE SÃO

PAULO (ABEUNI)

ONDE: ESCOLA ESTADUAL PROFª. ZILAH

BARRETO PACITTI (RUA ANTONIO DA

CUNHA LEITE, N.º 3.100 – PORTÃO –

ATIBAIA (SP))

QUANDO: DIAS 21, 22, 23, 25, 26 E

27 DE JANEIRO DE 2007.

HORÁRIO DE ATENDIMENTO: DAS 8H ÀS

12H E DAS 14H ÀS 18H.

INFORMAÇÕES: WWW.ABEUNI.ORG.BR

INFORMAÇÕES SOBRE A ABEUNI (RUA

NILO, 149, ACLIMAÇÃO – SÃO PAULO)

TEL.: 11/3277-5809.

SITE: WWW.ABEUNI.ORG.BR

CIDADES/ATIBAIA

Abeuni promove mutirãobeneficente com a Prefeitura

O governadordo Paraná, Rober-to Requião, em umprocesso de reno-vação irá criar umasecretaria especialde assuntos relaci-onados à RegiãoM e t r o p o l i t a n a(RM), de Maringá,Londrina e Casca-vel. O governadorpediu aos três depu-tados maringaen-ses, OdílioBalbinotti (PMDB),Enio Verri (PT) eLuiz Nishimori(PSDB), para queindiquem o nome dapessoa que ficará afrente desta secre-taria especial.

Segundo o de-putado estadual Luiz Nishimo-ri, por enquanto, não tem umnome definido, mas que é fun-damental colocar um profissi-onal de alto gabarito, pois aRegião Metropolitana (RM) irátrazer benefícios para o Esta-do, principalmente no interiordo Paraná.

“Os projetos da RegiãoMetropolitana devem sair dopapel e colocados em prática,pois a região de Maringá, com576.581 habitantes, região deLondrina – 740.000 e região deCascavel, totalizando mais dedois milhões de habitantes,com adesão de mais dois mu-nicípios, com certeza, ajudarãonas conquistas e no faturamen-to da agricultura, confecção damoda, comunicação, transpor-te, entre outros”, ressaltou odeputado estadual Luiz Nishi-mori.

O deputado informou tam-bém que outros grandes pro-jetos estão sendo estudados,um deles é a volta do trans-porte de trem no trecho que ligaMaringá e Londrina, que abri-rá grandes oportunidades deestabelecimento de novos ne-gócios ao longo da linha ferro-viária.

Além desse projeto, exis-tem outros de grande impor-tância para o Paraná, entreeles, a revitalização da IgrejaCatedral de Maringá, conside-rado um dos símbolos do Es-tado.

“Na Região Metropolitana,existe uma lei que ainda nãosaiu do papel que é de funda-mental importância colocá-lasem prática, ajudando assim, noprogresso e desenvolvimentodo nosso Paraná”, finalizouNishimori.

PARANÁ

Projetos da Região Metropolitanadevem sair do papel, diz Nishimori

DIVULGAÇÃO

O deputado estadual Luiz Nishimori

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6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 20 de janeiro de 2007

Com mais de 50 apresen-tações em seu currículo, o Gru-po Ishin, formado por jovensde diversas entidades de SãoPaulo, tem como finalidade di-vulgar e compartilhar a arte ea cultura japonesa por meio doYosakoi Soran.

Iniciado em 2002 por contada parceria entre Higuma-Kaie do Seinen Bunkyo - que se-riam o departamento dos jo-vens da Associação HokkaidoCultural e a comissão de Jo-vens da Sociedade Brasileirade Cultura Japonesa -, o gru-po participou de todas as edi-ções do festival Yosakoi SoranBrasil.

Sempre valorizando a dan-ça tradicional, os jovens con-seguiram faturar o primeirolugar na categoria adulto e ain-da levaram para casa o prê-mio de três mil reais, na quar-ta edição do concurso, queaconteceu em julho do anopassado, na Via Funchal, emSão Paulo.

Com movimentos firmes,definidos e ritmos vibrantes, ogrupo já se apresentava antesdo festival em lugares comoHokkaido Matsuri e o PavilhãoJaponês.

Atualmente, o Ishin contatambém com a participação eo apoio da Abeuni (AliançaBeneficente Universitária),que se uniu a equipe no iníciode 2004, quando o grupo parti-cipou da segunda edição dofestival, realizado no Ginásiodo Ibirapuera.

Com 30 integrantes fixos,entre 15 e 30 anos, o grupo jácomeçou a pensar nas próxi-

mas apresentações e ensaiapara o festival deste ano. Ostreinos são realizados todas assextas-feiras, das 19h30 às21h30, na Associação Hokkai-do.

O diferencial deste ano ficapor conta da coreografia, queserá montada pelos própriosintegrantes do Ishin, sem con-tar com ajuda de um coreógra-fo profissional. “Nosso objeti-vo é passar a emoção da cul-tura japonesa, sempre tentan-do inovar, mas preservando atradição”, explica Kátia KaoriTanaka, líder do Ishin.

Toda a vestimenta que ogrupo utiliza nas apresentaçõesé definida pelos próprios inte-grantes. “Procuramos buscaruma base japonesa para depoismontarmos nosso próprio ves-tuário”, explica o participanteGustavo Ferreira, que não pos-sui descendência japonesa.

Ishin significa “um só co-ração” e resume o objetivo dogrupo: fortalecer os laços deamizade e aproximar os jo-vens, descendentes ou não dacomunidade japonesa. Porisso o espírito de amizade quetorna todos do grupo muito re-ceptivos, não apenas com osnikkeis, mas também comaqueles que se interessampela cultura e não possuem“olhos puxados”.

“Tomei conhecimento dadança em 2005, quando fui as-sistir um treino de uns amigosmeus. Se existe uma palavraque defini nosso grupo é aamizade. Fui muito bem rece-bido aqui”, explica GustavoFerreira.

Aos 5 anos de idade,Miriam Keiko Hoso-kawa descobriu uma

paixão: a música. A pequenacomeçou a cantar as cançõesdecoradas durante os ensaiosdo avô para as apresentaçõesem concursos de karaokê epassou a soltar a voz nas au-las do coral infantil, que fre-qüentou em Presidente Pru-dente, São Paulo.

Mais de 20 anos se passa-ram e agora a nikkei sobe aopalco como a mezzo-sopranointegrante do grupo Chorus.Ela foi convidada para fazerparte da equipe em 1993, quan-do tinha 15 anos. “Fiquei mui-to feliz na época porque euacompanhava os trabalhos dogrupo e era uma chance demostrar o meu trabalho. Maseu era novinha, mais aprendiaque cantava”, conta.

Pianista formada pelo Con-servatório Musical Santa Ce-cília, Miriam mostra mais quepotencial de voz nas apresen-tações com o Chorus. “É umtrabalho diferenciado, que in-clui jazz, sapateado, balé e te-atro musical”, explica a can-tora, que atualmente concilia amúsica com o trabalho de far-macêutica. “Gostaria de ser sócantora. Estou buscando minhaindependência musical, mas écomplicado”.

O grupo vocal, compostopor oito integrantes, sendoMiriam a única nikkei, foi for-mado em 1992. O repertório éeclético e mistura desde com-posições eruditas e sacras amúsicas nacionais e internaci-onais com arranjos inéditos.

Além das apresentaçõesdo espetáculo Tempos deAmor – que percorreu os es-tados de São Paulo, Paraná eSanta Catarina -, a nikkei sededica a outros quatro proje-tos em andamento, entre elesum trabalho voltado a crian-ças de baixa renda, de 7 a 14anos, e estudantes do sistema

de ensino público, que já foiaprovado pelo Ministério daCultura.

Miriam também não des-carta a possibilidade de atuarem alguma adaptação de es-petáculos da Broadway noBrasil. A nikkei já realizou qua-tro testes, sendo três para oFantasma da Ópera e umpara o Miss Saigon.

De São Paulo ao Paraná -Em 2000, Miriam venceu oConcurso Nacional de CantoLírico, realizado em Araçatu-ba, interior de São Paulo. Sur-presa com a premiação, anikkei, que nasceu e moravaem Presidente Prudente, resol-veu freqüentar aulas de cantopara aproveitar melhor seu po-tencial e a cada 15 dias viajavaa Londrina, Paraná. As cons-tantes idas a cidade paranaen-se acabaram há cinco anos,quando a cantora resolveu mu-dar-se para o Estado em buscade novas oportunidades.

Entre as recordações estáa vez em que cantou ao ladode Agnaldo Rayol. “Estavacantando num casamento e elefoi chamado para interpretarAve Maria e fazer o show nafesta. Só que ele gostou e mechamou para cantar uma mú-sica com ele na festa também.Ensaiamos na igreja mesmo amúsica tema da novela TerraNostra”, relembra.

Descendente de japonesese italianos, Miriam também es-tudou violão e agora freqüen-ta aulas de percussão. Apesardo gosto por instrumentos mu-sicais, o canto é a prioridade.“No conservatório as notas deavaliação vocal eram sempreas mais altas”, diz a mezzo-so-prano, que explica que a clas-sificação se refere ao timbreentre o soprano e contralto. “Osoprano é o timbre mais agu-do e o contralto, mais grave.O mezzo é o meio termo, emitaliano significa meio”.

LONDRINA

Mezzo-soprano, Miriam Hosokawabusca espaço para viver de música

Apresentações do grupo Chorus envolvem dança, música e teatro

Miriam: “Estou buscando minha independência musical”

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LINS – O deputado federal eleito Walter Ihoshi esteve emLins (SP) no último dia 14 para agradecer a votação recebi-da. Almoçou no Bunkyo local, no departamento de beisebol,e discursou para os integrantes do rojinkai. O secretário mu-nicipal de Esporte, Cultura e Turismo, Akio Matsuura e ou-tros políticos prestigiaram a visita. (Shigueyuki Yoshikuni)

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YOSAKOI SORAN

Grupo Ishin mostra inovação,preservando a tradição

Equipe já ensaia a apresentação para a próxima edição do festival

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Após o sucesso do primei-ro Aoba Matsuri, realizado emdezembro de 2006, a Associ-ação Miyagui Kenjinkai doBrasil pretende realizar oevento todos os terceiros sá-bados e domingos de todos osmeses.

Neste mês de janeiro, oevento foi programado paraos dias de hoje (20) e ama-nhã (21), na AssociaçãoMiyagui Kenjinkai, a partirdas 10 horas.

Com o apoio das Associa-ções das Províncias do Nortedo Japão, da Associação Cul-tural e Assistencial da Liber-dade (ACAL) e da Feira deArte, Artesanato e Cultura daLiberdade, a festa contarácom a participação do grupoADESC (Associação Dep.da Senhora de CooperativistaOrquidário Oriental), que ofe-recerá palestras sobre como

cuidar corretamente de orquí-deas e montará uma venda deprodutos caseiros.

Além da palestra de orquí-deas, acontece neste sábadouma confecção de cata-ven-to de Tanabata, às 10 horas ede origamis, às 14 horas. A

FIM DE SEMANA

2º Aoba Matsuri deve atrair mais de 3 mil pessoas

Evento será realizado hoje e amanhã, na Associação Miyagui Kenjinkai

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apresentação de SuzumeOdori também promete entre-ter os convidados.

Será instalado um espaçopara a venda de produtos donorte do Japão – Hokkaido(hotake, kombu, melão, kani,karei, entre outros) e haverá

também uma área gastronômi-ca, onde os visitantes poderãoapreciar tempurá especial,picão, confrui, mitsupa e shiso.

“Esperamos que essa se-gunda edição tenha o mesmosucesso que a primeira. Anopassado vieram cerca de 3 milpessoas, acho que esse anoserá o mesmo, ou até mais”,afirma Koichi Nakazawa, pre-sidente da AssociaçãoMiyagui Kenjinkai do Brasil.

Segundo o presidente, afesta será mensal, só apenasem fevereiro, por causa docarnaval, ela fugirá um poucodas datas, mas será realizadanos dias 24 e 25.

2º AOBA MATSURILOCAL: ASSOCIAÇÃO MIYAGUI

KENJINKAI DO BRASIL

DATA: 20 E 21 DE JANEIRO

HORÁRIO: DAS 10 ÀS 16 HORAS

ENTRADA: FRANCA

FALECIMENTO

Natsumi Akiba morre em SP aos 54 anosA produtora cultural

Natsumi Akiba foi encontradamorta na quinta-feira (18), emseu apartamento, na zona sulde São Paulo. Vizinhos recla-maram do mau cheiro e cha-maram o zelador do prédio. Ocorpo foi encontrado caído nasala de seu apartamento, narua Constantino de Souza, 923,no bairro de Campo Belo, semsinais de violência.

Testemunhas informaram

que jornais e correspondênciasnão eram recolhidos desde o dia12 de janeiro. Segundo amigospróximos, Natsumi aparente-mente estava bem de saúde.Natsumi, que também era in-térprete e tradutora, tinha 54anos (completaria 55 no dia 20de setembro) e era casada como fotógrafo Yuji Kusuno (queencontra-se no Japão), irmão doartista plástico plásticoTomoshigue Kusuno e do tam-

bém artista plástico e coreógra-fo Takao Kusuno (falecido em2001), responsável pela introdu-ção do butô no Brasil. Nascidano Japão, Natsumi veio ao Bra-sil pela primeira vez na décadade 80 e desde então viajavaconstantemente entre os doispaíses – mantinha também umapartamento em Tóquio.

Policiais do 27º DP (Cam-po Belo) investigam a causa damorte.

ARQUIVO/JN

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São Paulo, 20 de janeiro de 2007 JORNAL NIKKEI 7

Neste verão, além das al-tas temperaturas e da poluição,objetos aparentemente inofen-sivos à saúde, como a televi-são, o celular e o computador,podem estar roubando a ener-gia das pessoas. O cansaço, omau humor e a dificuldade deorganizar as idéias sentidos emcertos lugares e, às vezes, aténa própria casa, pode ser cau-sado por ondas eletromagnéti-cas de equipamentos, do am-biente ou da própria terra. Se-gundo o presidente da Funda-ção de Estudos e Pesquisas deRadiações Geopatogênicas eEletromagnéticas (Feperge),José Barbosa Marcondes, es-sas ondas podem causar des-de um súbito mal-estar até do-enças mais graves, como ocâncer.

Para ele, a exposição às ra-diações rouba parte da vitalida-de da pessoa, independente-mente de estar próxima ao soloou no último andar de um edifí-cio. “No verão, a influência dasradiações é maior, a energia vitaldas pessoas diminui mais aindapor conta do desgaste provo-cado pelo calor”, explica.

Nas residências, os lugaresprioritários a serem analisadossão aqueles onde se costumapassar a maior parte do tem-po. A cama, por exemplo, podeprejudicar o descanso por con-ta dessas emanações. O hábi-to de relaxar assistindo televi-são no sofá também pode seruma das causas das más con-dições físicas das pessoas.

Não só o ambiente, mastambém a localização do tra-balho pode interferir na saúde.Regiões com grande quantida-

RADIESTESIA

Ondas eletromagnéticas podem causar estresse e doenças no verão

de de antenas provocam vibra-ções que recomendam provi-dências, como a mudança delayout e o uso de aparelhosneutralizadores, segundoMarcondes.

Ele complementa que terre-nos com radiações podem pre-judicar qualquer tipo de ativida-de. “Um estábulo em um ter-reno com essas influências éfatal ao gado, e um milharal tam-bém não produzirá boas espi-gas se estiver sob essas influ-ências.”

A própria medicina conven-cional é considerada mais efe-tiva se médicos e pacienteslevarem em conta essas ener-gias prejudiciais. “Muitos do-

entes têm um bom acompa-nhamento médico no hospital,mas quando chegam em casa,pioram por conta das radiaçõesdo ambiente. É preciso cuidarnão somente dos sintomas daenfermidade, mas também dassuas origens”, explica a radies-tesista Luzia Massuco Inoue.

Já a radiestesista nikkeiElys Marcondes afirma que osjaponeses são um dos quemelhor recebem a técnica.“Eles acreditam na influênciadas energias do ambiente esabem que o desenvolvimentotecnológico pode trazer algunsprejuízos também”, conclui.

Prevenção - Existem algumas

formas de neutralizar as radi-ações, mas, o ideal, depois dedetectá-las, é evitar o lugaronde elas se manifestam. Emcasa, por exemplo, pode-semudar a cama ou outro móvelde lugar. Quando isso não forpossível, recomenda-se usardois copos com sal grosso eágua até a metade, colocadosum sobre o outro e separadospor um pires, no local afetado.

Aqueles que têm animais deestimações podem usá-loscomo parâmetro. Os gatos sen-tem-se bem junto às radiaçõese os cachorros, ao contrário,costumam fugir delas: uivam,choram e demonstram nervo-sismo quando expostos às ener-

gias. Outros indícios de radia-ção nas residências são as flo-res que murcham, as rachadu-ras e a umidade nas paredes.

A análise do ambiente éfeita por profissionais ou porconta própria por meio de umpêndulo, que pode ser compra-do ou fabricado em casa. Nes-te caso, utiliza-se um objetoqualquer preso à ponta de umfio ou barbante. Andando peloambiente, deve-se observarseu movimento: se girar nosentido horário, as radiaçõessão benéficas; no anti-horário,prejudiciais.

Marcondes conta, ainda,que o pêndulo pode até serusado nos tempos de guerra.“Agentes americanos conse-guiram localizar submarinossoviéticos espalhados pelomundo. Na Guerra do Vietnã,o pêndulo serviu para acharminas e armas enterradas pe-los vietcongues”, conclui.

Origem - A radiestesia é a ci-

ência que detecta e mede ener-gias sutis através dos instru-mentos radiestésicos. O nomefoi batizado pelo sacerdote ca-tólico Abe Bouly, em 1892. Otermo é uma combinação dolatim radius, que significa ra-diação, com o grego aisthesis,sensibilidade. Segundo estudos,a radiestesia é evidenciada des-de a pré-história, em pinturasnas paredes de cavernas daChina, do Egito e da RomaAntiga.

Há cerca de três mil anos,sábios egípcios teriam usado aradiestesia para localizar águae objetos perdidos. Indícios des-sa prática foram descobertos,recentemente, em escavaçõesfeitas nas tumbas do Vale dosReis, às margens do Rio Nilo.

Lá, foram encontradas va-retas de madeira em forma deforquilha e pequenos artefatosparecidos com pêndulos, quesão os instrumentos básicosdos radiestesistas.

(Gílson Yoshioka)

Radiestesista com o invento do pai (à esq.): o neutralizador paraindústrias

Elys Marcondes analisa o ambiente com varetas (dual roads)

JORNAL NIKKEI

PROJETO VERÃO

Dermatologista nikkei dá dicas de cuidados coma pele e cabelo na época mais quente do ano

Praia, sol e mar. Está aí acombinação perfeitapara esta estação. E com

as altas temperaturas, muitoscomeçam a acelerar na malha-ção para exibir um corpo per-feito. Mas somente estar em diacom a balança parece não sersuficiente nesta época do ano.A temporada exige tambémuma pele bronzeada. Irresistívelpara àqueles que aproveitam osdias ensolarados para pegaruma “corzinha” e entrar namoda do verão.

É nesse clima favorável quemuitas pessoas aproveitam aocasião para se estirar seminuà beira mar e tomar um banhode sol. Embora seja saudável,a exposição aos raios solaresde maneira excessiva e inade-quada pode trazer sérios da-nos à saúde. Do envelheci-mento precoce ao câncer depele, por isso é que a voz dosdermatologistas insiste em eco-ar no alerta aos cuidados como bem-estar.

“O protetor solar é indis-pensável, principalmente noverão. Deve-se passar sem-pre, independente de comoestiver o tempo. Além disso,mesmo na cidade o uso é ne-cessário” adverte o dermato-logista Marcelo Nakamura. Érecomendado também que o

o visual. Outro problema mui-to comum é a insolação, con-seqüência da exposição extre-ma ao sol, que pode levar afortes dores de cabeça, náu-seas e tontura.

Mas com tantas cautelas aserem seguidas, será que épreciso voltar com a pele bran-ca da praia ou de uma tardena piscina? Segundo Nakamu-ra, “esse seria o ideal”, mes-mo assim ele afirma que osbanhos solares são permitidos,mas deixa claro: “desde queseja com protetor, na medidaadequada e nos horários cer-tos. Evite tomar sol das 11h às17h, no horário de verão”.Depois disso, é importante pas-sar um hidratante.

Um alívio para os amantesda “cor do pecado” e para mui-tos não virarem motivo de pia-das ao descer a serra e retornarsem um bronze no corpo. Comoa estudante Melina Sakiyama,21, que gosta de estender umatoalha e ficar deitada na areia.“Voltar branca não dá, né?!”brinca, acrescentando que “usoprotetor solar o tempo todo e meloto de creme porque detestodescascar” conta.

Além desses cuidados cita-dos, Nakamura aconselha tam-bém o uso de hidratantes paranão ressecar a pele, mesmo

quem tem pele oleosa. No caso,a melhor solução é recorrer àsloções “oil-free” [sem óleo]tanto nos cremes quanto nosbloqueadores que possuem ver-são em spray ou em gel. E seabusar do sol, uma ducha mor-na e rápida, sabonetes neutrose uma boa hidratação podemsolucionar a questão, porémnunca se deve dispensar a aju-da de um profissional da área.

E para se proteger aindamais e de quebra dar umcharme no visual, opte porchapéu ou boné e óculos de solde boa procedência e que te-nha proteção ultravioleta. Novestuário, as roupas leves, decores claras e de algodão de-vem ser a melhor opção. Issoporque as cores claras refle-tem o sol e o algodão absorvemelhor a transpiração. Deacordo com Nakamura, é bomevitar perfumes e maquiagem,pois podem causar dermatite(inflamação da pele).

Cabelos - E como a onda ése cuidar, os cabelos tambémmerecem uma atenção paranão virarem “palha” durante atemporada. Para isso, muitoscostumam usar silicone. Toda-via, não é o mais recomendá-vel por ser um óleo. Ou seja,“frita” a cabeça, de acordo

com o cabeleireiro Robi Ku-nokawa. A solução é optarpelos condicionadores sem en-xágüe. “São diversos. O impor-tante é escolher aqueles quecontém filtro solar” aconselha.

Quem tem algum tipo dequímica como tintura, reflexo,escova progressiva ou perma-nente deve ter uma dedicaçãoespecial, pois as madeixas ten-dem a ressecar bem mais.Nesse caso, a dica são as am-polas de kerastase para hidra-tar os cabelos. “É um tratamen-to instantâneo super prático edeixa os cabelos macios. Pas-se e deixe alguns minutinhosna cabeça, depois enxágüebem” explica. A sugestão éválida a todos. Afinal, sol, clorode piscina e sal do mar danificaa cabeleira de qualquer um.

Á aqueles que curtem asreceitas caseiras, Kunokawaafirma que a única que dá cer-to é a do “abacate batido comleite”. “Esse funciona, já fiz emmim mesmo. Passe somentenas pontas e enxaguar bem”expõe. Já àqueles que queremclarear os fios sem usar tinta,vale a proposta: use xampu echá de camomila. “Esse pro-cesso não vai química mastambém resseca o cabelo”completa.

(Cibele Hasegawa)

fator de proteção solar (FPS)seja de no mínimo 20 e paraquem tem a pele bem clara éimportante usar fatores maisaltos. No entanto, não bastautilizar apenas uma vez ao diae achar que a proteção estágarantida, pois o produto “deveser reaplicado a cada duashoras”, ressalta Nakamura.

Segundo o médico, o filtrosolar nunca é desnecessário,seja debaixo de um guarda-sol,seja nos dias de mormaço. Emnenhuma das ocorrências apessoa está segura. Uma vezque a radiação é barrada porcima pelo guarda-sol, os raios

refletem na areia e se voltapara a pessoa, ou seja, ela sequeima do mesmo jeito. Já nocaso dos dias quentes e compouco sol, esses são os maistraiçoeiros, pois não é só como clima ardente que os chama-dos raios UVA (ultravioleta A)e UVB (ultravioleta B) agemsobre o organismo.

Toda essa preocupaçãodeve ser seguida à risca, poisé muito freqüente durante esteperíodo as queimaduras sola-res de 1º e 2º grau. Sem es-quecer, no caso, das reaçõesprovocadas como ardência,incomodo no sono e prejudicar

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Cuidados com a pele devem ser redobrados na praia

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8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 20 de janeiro de 2007

A Livraria Saraiva em par-ceria com a editora JBC –Japan Brazil Communicationapresenta durante o mês dejaneiro, na Saraiva Mega Storedo Morumbi Shopping, ummini-curso sobre cultura japo-nesa.

O mini-curso terá 4 aulas,em que profissionais especiali-zados ensinam dicas e técni-cas das artes orientais aos cli-entes como origami e culiná-ria. A programação teve iníciono último dia 15, com uma ofi-cina de origami. Todas as au-las são gratuitas e acontecemsempre às 19h30.

No dia 22 (segunda-feira),às 19h30, é a vez da oficina deikebana. No dia 29, um ilustra-

dor profissional estará na Sa-raiva para ensinar e dar dicassobre como desenhar mangáse caricaturas (indicado paramaiores de 10 anos). Encer-rando a programação, no dia30 (terça-feira), os visitantespoderão aprender a preparartemakis e desvendar segredosda culinária japonesa com umaequipe do restaurante Guendai.

Confirmações pelo e-mail:e v e n t o s m o r u m b i @livrariasaraiva.com.br

LIVRARIA SARAIVA –MORUMBISHOPPING

(AV. ROQUE PETRONI JR,1.089,MORUMBI – SÃO PAULO)INFORMAÇÕES PELO

TEL.: 11/5181-7574/7901

EM SHOPPING

Saraiva Mega Store promovemini-curso de cultura japonesa

Em 2007, a Aliança Cul-tural Brasil-Japão (ACJB)oferece diversos módulosdos cursos de língua japo-nesa. Atualmente, o estudodo idioma japonês é minis-trado em dois métodos: o Ali-ança e o Ezoe. O início dasaulas está marcado para odia 24 de fevereiro e as ma-triculas já estão abertas.

O exclusivo Método Ali-ança foi desenvolvido pelacoordenação da ACBJ emparceria com os professo-res, com base nas necessida-des diárias e nas característi-cas dos alunos que procurama instituição. Neste método, aexplicação das estruturas gra-maticais é feita em português,para reforçar a fixação dosconceitos.

O curso é dividido em trêsníveis: básico (6 semestres),intermediário (4 semestres) eavançado (4 semestres). O in-vestimento para o módulo bá-sico é de R$ 535 em parcelaúnica (todos os valores tam-bém podem ser parcelados ematé 4 vezes), e R$ 571 a partirde 11/02.

Os módulos intermediário eavançado custam R$ 834 emparcela única, e R$ 892 a par-tir de 11 de fevereiro. Ao finaldo curso, o aluno está apto aprestar o nível 1 do Exame deProficiência em Língua Japo-nesa (Noryoku Shiken), apren-dendo cerca de 1000 kanjis(ideogramas).

Já o Método Ezoe possuimaterial e metodologia similarà escola japonesa ShinjukuNihongo Gakko, de Tokyo, queé dedicada ao ensino do idio-ma japonês para estrangeiros.A filosofia da escola é propor-cionar um aprendizado dinâmi-co e prazeroso, dando ênfaseà conversação. O curso é di-vidido em 2 níveis: básico (5semestres) e pré-intermediário(2 semestres), ensinando cer-ca de 700 kanjis. O valor porsemestre é de R$ 638 em par-cela única, e R$ 683 a partirde 11 de fevereiro.

Conversação – Também sãodestaques os Cursos de Con-versação com textos transcri-tos em alfabeto romano, emduas modalidades: “NihongoJôzu” (4 semestres) e “Japo-nês do Dia-a-Dia” (1 semes-tre), com valor de R$ 535 emparcela única, e R$ 571 a par-tir do próximo mês. O Curso

LÍNGUA JAPONESA

Aliança Cultural Brasil-Japão abreinscrições para cursos de idioma

Juvenil, voltado para criançasde 9 a 14 anos, aposta na ca-pacidade do aprendizado deforma intuitiva, com ênfase nacultura. O valor é de R$ 355em parcela única, e R$ 380 emfevereiro.

O exclusivo curso de Intro-dução à Tradução tem o obje-tivo de formar tradutores delíngua japonesa, com duraçãode dois anos e disciplinas vol-tadas a aumentar o conheci-mento e o domínio da culturae dos idiomas japonês e portu-guês. As aulas começam nodia 26/ de fevereiro (segundase quartas), das 19h00 às21h00. O valor semestral é deR$ 834 em parcela única, e R$892 no próximo mês.

O Curso de Kanjis (ideo-gramas) inclui o estudo de 500caracteres básicos da línguajaponesa, apresentando a ori-gem de cada ideograma e exer-cícios de leitura, escrita e utili-zação dos caracteres. O valoré de R$ 667 em parcela única,e R$ 713 fevereiro. As aulasse iniciam no dia 3 de março.

Além de oferecer módulosde língua japonesa, a ACBJtambém mantém turmas vol-tadas aos estrangeiros, princi-palmente japoneses: no Cursode Língua Portuguesa, os alu-nos aprendem a gramática bá-sica do idioma português, alémde praticar a conversação e aleitura de textos. O curso cus-ta R$ 645 em parcela única, eR$ 689 a partir de fevereiro.O início das aulas está progra-mado para o dia 6 de março.

Mais informações podemser obtidas nas unidades daACBJ: Vergueiro (R. Verguei-ro, 727, 5º andar, Liberdade.Tels.: 11/3209-6630 ou fax:3277-1145); São Joaquim (RuaSão Joaquim, 381, 6º andar, Li-berdade. Tel.: 11/3209-9998) ePinheiros (Rua DeputadoLacerda Franco, 328, Pinhei-ros. Tel.: 11/3815-3446)

Curso é dividido em três níveis

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As paradisíacas praiasdo Hawaii foram es-colhidas para inaugurar

uma nova investida da agên-cia de turismo Alfainter, conhe-cida pela tradição em viagensao Japão e serviços de recep-ção a turistas nipônicos. Com20 anos de atuação, a empre-sa quer ampliar o atendimentoe buscar mercado além do paísoriental.

No próximo mês de maio,a agência abre o calendáriodos novos destinos internacio-nais com um cruzeiro maríti-mo pelas ilhas do Hawaii, nosEstados Unidos. Os passagei-ros passarão sete dias a bordoe terão como cenário para asfotos Hilo, Maui, Kona e Kaui.Em Honolulu o grupo perma-nece por quatro dias, antes deembarcar para o destino finaldo pacote: a charmosa cidadede São Francisco, naCalifórnia.

O objetivo da agência é ofe-recer mais que roteiros interes-santes, mas um serviço dife-renciado que poderá atenderàs necessidades da comunida-de nipo-brasileira. Além deknow-how com o público daterceira idade, a empresa in-veste na presença de guias bi-língües, que irão orientar osimigrantes e estrangeiros quenão dominam o português.

Confiante nos resultados, odiretor de operações daAlfainter, Ademar Nakamura,acredita que haverá uma boaprocura pelos programas. “Ointercâmbio entre Brasil e Ja-pão corresponde a cer-ca de 99% do volumede serviços prestadospela agência. Espera-mos que os demais des-tinos apresentem umcrescimento de 20% a30%”.

A programação de2007 prossegue com asviagens ao Leste Euro-peu, em agosto, e aPatagônia Argentina eChilena, entre os mesesde outubro e novembro.Quem quiser já pensarna próxima virada doano, a dica é o pacotede Reveillon para Du-bai, nos Emirados Ára-bes.

TURISMO

Alfainter investe em atendimentoa nikkeis e busca novos destinos

Carnaval - A folia do Car-naval também está garantida.Aos interessados em passaro feriado no Rio de Janeiro,a agência de turismo contacom dois grupos, de três diacada. O pacote, no valor deUS$ 1.500,00, para aparta-mento duplo, ou US$1.820,00, para apartamentode solteiro, inclui passagemaérea, hospedagem, refeiçãocompleta, ingresso para osdesfiles das Escolas de sam-ba no Sambódromo e algunspasseios determinados, comoPão-de-Açúcar. Haverá tam-bém roteiros opcionais, comovisita ao Corcovado e aoMaracanã. Os grupos serão

acompanhados por guiascom fluência em japonês.

Entre os participantes coma viagem confirmada estão tu-ristas que virão do Japão paraconhecer a festa que viroumarca registrada do Brasil noexterior. Alguns não se conten-tam apenas em conferir a ani-mação junto à platéia. “Temuns que irão desfilar na Man-gueira”, conta Nakamura.

Outra novidade comemora-tiva aos 20 anos é o site da agên-cia – www.alfainter.com.br -,que estará no até o final destemês de janeiro. Os internautaspoderão conferir online os pa-cotes turísticos oferecidos, ve-rificar o valor das tarifas aére-as, obter informações sobre oJapão, além de conferir a pre-visão do tempo e a cotação demoedas estrangeiras.

Os interessados em obtermais informações sobre os ser-viços da Alfainter poderão en-trar em contato com osatendentes da agência pelostelefones (11) 2187-8989 e(21) 2262-8172 ou pelo [email protected]. A ma-triz, em São Paulo, fica locali-zada na Rua Américo de cam-pos, 47, bloco A, Liberdade. Afilial no Rio de Janeiro atendena Rua Treze de Maio, 33, 6ºandar.

Guias bilingues também irão acompanhar turistas no Carnaval do Rio

Hawaii será o primeiro roteiro internacional da programação de 2007; pacote inclui cruzeiro marítimo

REPRODUÇÃO

Nakamura: confiante nos resultados

ANIME E MANGÁ

Primeiro evento de mangá de 2007 agita as férias em SP

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Neste período de férias, aanimação para a garotada ficapor conta do Anime Dreams.Uma ocasião temática paraaquele que curtem animês (de-senhos japoneses) e mangás(quadrinhos orientais) queacontece em quatro dias (25,26, 27, 28) deste mês. Nessemeio, não são apenas as cri-anças e adolescentes que fre-qüentam o ambiente. Muitosmarmanjos circulam por lá,seja apenas para acompanhar,seja pelo gosto por essa arte.

Criada há quatro anos, afeira já é o segundo maiorevento de animê e mangá daAmérica Latina. Um encontrode fãs dentro de um mundomágico criado a partir do tema“sonhos”. No ano passado, emtrês dias do mesmo mês, oevento recebeu mais de 23 milpessoas de todo o País. Mui-tas vieram a São Paulo paraaproveitar o descanso escolar,em caravanas das cinco regi-ões do Brasil. É uma reuniãode diversas “tribos” de jovens,onde convivem em paz e temo mesmo interesse em co-mum.

Já para este ano, os orga-nizadores aguardam um públi-co de 38 mil pessoas duranteos quatro dias, sendo no do-mingo o dia de maior movi-

mento, com cerca de 45% dovolume total. O perfil da faixaetária varia entre oito a 28 anos,além da participação de pais efamiliares que vem crescendocada vez mais.

E o que atrai tanta gentenum único lugar? São diversasatrações relacionadas a essaarte de HQ (histórias em qua-drinhos) nipônicos. Há concur-sos como o de cosplay (fanta-sias), pelo qual são escolhidasas melhores fantasias e apre-

sentações no palco. São váli-das as roupas de animações,seriados, filmes e quadrinhos.Outras competições serão oAnimekê - karaokê de músi-cas de animês -, e o concursode ilustração, em que os dese-nhistas enviam seus trabalhosno estilo mangá para profes-sores avaliarem.

Campeonatos de videoga-mes e card games (jogos deRPG - role playing games -baseados em cartas), espaçoonde os visitantes disputamentre si os seus jogos favori-tos. Existe ainda um espaçopara mostra de fanzines,vídeos em sala temáticas, e atépara a cultura tradicional japo-nesa, representada principal-mente pelo Festival dos So-nhos, atividade inspirada noFestival das Estrelas (Tana-bata).

Em meio a tudo isso, nãopodiam faltar os estandes devendas de produtos, tais comochaveiros, pôsteres, camisetas,DVD, ou divulgação de mar-cas. O Anime Dreams tam-bém abre as portas a bandasque tocam temas de animês,seriados e até pop-rock japo-nês. Essas atrações são ape-nas um pedacinho do que éessa convenção de pessoasunidas pela mesma paixão: os

animês e mangás.

ANIME DREAMS 2007DIAS: 25, 26, 27 E 28 DE JANEIRO

HORÁRIO: 10H ÀS 20H

PREÇOS: DIA 25 (R$ 8,00 ANTECIPADO,R$ 10,00 NA PORTA), DIA 26 (R$ 12,00ANTECIPADO, R$ 15,00 NA PORTA), DIA

27 (R$ 15,00 ANTECIPADO E NA PORTA),DIA 28 (R$ 15,00 ANTECIPADO E NA

PORTA) E R$ 35,00 (PACOTE PARA OS

QUATRO DIAS, EQUIVALENDO AO INGRESSO

DE DOMINGO GRÁTIS)SITE: WWW.ANIMEDREAMS.COM.BR

LOCAL: UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO

SUL - UNICSUL

(CAMPUS ANÁLIA FRANCO)AV. REGENTE FEIJÓ, 1295 - TATUAPÉ

- SÃO PAULO

(A FACULDADE FICA AO LADO DO SHOPPING

ANÁLIA FRANCO – ÔNIBUS FRETADOS

FARÃO GRATUITAMENTE O TRAJETO ENTRE

O METRÔ CARRÃO E O LOCAL DO EVENTO)

Concurso de cosplay é umadas atrações do evento

DIVULGAÇÃO

Page 9: AGENDA Especialistas nikkeis apontam...2018/02/20  · Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson Yoshioka Fotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka Publicidade: Tel. (11) 3208-3977 – Fax

São Paulo, 20 de janeiro de 2007 JORNAL NIKKEI 9

R E S T A U R A N T E S

JORNAL NIKKEI

Quando o engenheiro CesarHasky resolveu deixar de serempregado e partir para um ne-gócio próprio, não teve dúvidaem qual ramo investir. E a apos-ta foi certeira. Aberto há 12 anosno centro do Rio de Janeiro, oTen Kai está entre os mais ba-dalados e premiados restauran-tes japoneses da cidade.

A unidade da zona sul, emIpanema, mudou de endereçohá cerca de cinco meses eagora conta com um projetosofisticado, assinado pelo ar-quiteto Ivan Rezende. As lou-ças vieram de Mauá, uma li-nha exclusiva de cerâmica Ir-mãos Kojima. As lumináriasforam importadas de NovaYork, do museu de IsamuNoguchi. “Quando estava nafase final do projeto, fui a SãoPaulo e visitei 17 restaurantesjaponeses para pegar algumasidéias”, conta o proprietário.

O menu do Ten Kai seguea linha tradicional e conta com163 opções de pratos. “A ten-dência da gastronomia mundi-al é voltar para o tradicional.A culinária contemporâneaestá na moda, mas ela não criauma marca, um registro. De-pois de um mês, a pessoa nemvai se lembrar do que comeu”,afirma Hasky, que considera opúblico carioca menos ousadoque os paulistas.

Para garantir que os pratoscheguem o mais próximo pos-sível do que pode ser encon-trado na Terra do Sol Nascen-te, o empresário faz questão decontratar apenas chefs nipôni-cos. Entre eles está OsamiOyama, que desembarcou noBrasil em 1961 e acumula maisde 40 anos de experiência naárea gastronômica.

O issei já passou por res-taurantes no Paraná e SãoPaulo antes de se fixar no Riode Janeiro e quando questio-nado sobre quantas casas tra-balhou, ele pára, pensa e logodesiste, deixando como res-posta apenas o “ai, não sei,foram muitos”. Para prepararo sushi, seu prato favorito, osushiman diz que o mais im-portante é focar no corte e namontagem, para “deixar o pra-to bem colorido”.

Peixe por tonelada - A prin-cipal matéria-prima, o peixe,recebe cuidado especial nacasa. Quatro vezes por sema-na, Hasky e Oyama se reve-zam para ir ao Mercado dePeixe São Pedro, em Niterói,onde escolhem pessoalmenteas mercadorias que chegam àmesa dos clientes. “Não adi-anta ter o melhor sushiman domundo se o peixe não estiverbom”, justifica o proprietário.

E para garantir boas com-pras nada como chegar primei-ro. Como resolvi acompanharde perto a busca pelos precio-sos peixes, fui acordada porHasky às 5 da manhã, em ple-no sábado. A Cidade Maravi-lhosa ainda estava escura quan-do atravessávamos os 13 qui-lômetros de extensão da ponteRio-Niterói. Ao chegar no es-tacionamento, o simpático ca-rioca, de descendência egípcia,procurou pelos assessórios nocarro: luva cirúrgica para evi-tar que o cheiro impregne namão e bota de borracha.

Mais de uma década comofreqüentador assíduo do localresultou num relacionamentodiferenciado com os peixeiros.Hasky é chamado pelo nome,cumprimenta a todos e chegaaté a ser recebido com umamúsica, criada de improvisopor um dos barraqueiros. Além

Tradição e capricho fazem do Ten Kai umdos mais badalados restaurantes no Rio

de carismático, o carioca étambém um bom comprador.Ele garante que só de salmão– que é importado do Chile –são mais de 240 quilos por se-mana. No total, numa contarápida de cabeça, diz que com-pra cerca de duas toneladas depeixes por mês.

Ele afirma que um dos me-lhores lugares para apreciar aculinária japonesa é o Rio deJaneiro, onde pode se encon-trar peixes frescos. Apesar denão ter conhecimentos sufici-entes para concordar comHasky, tenho de confessar queexperimentei um dos sashimismais bonitos que já vi até hoje.“Você viu o brilho dos meuspeixes? Olha, coloca contra aluz. Eles chegam a ser trans-parentes!”, diz orgulhoso.

Além do controle de quali-dade na hora da compra, oengenheiro é meticuloso tam-bém no armazenamento. Ge-ladeira nem pensar! Os peixessão armazenados numa urnade aço inoxidado coberta de

gelo. Das inúmeras idas aomercado, Hasky recorda a re-ação dos trabalhadores quan-do comeu uma lula crua nafrente de todos. “Eles me per-guntavam como eu comia a lulae quando disse que era cruaeles não acreditaram. Aí eudisse que o dia que eles tives-sem uma lula bem fresca eucomeria na frente deles. As-sim que um deles trouxe a lulafresca eu limpei, cortei, fui nomercado vizinho comprarshoyo e comi. Eles não acre-ditavam que eu estava fazen-do aquilo”, recorda rindo.

Atrás da barraca - A primei-ra vez que Hasky entrou numrestaurante japonês foi por in-centivo de uma prima que ha-via voltado dos Estados Uni-dos e conhecido a culinária ni-pônica durante a viagem. “Elafalou que a coisa tinha a mi-nha cara”, relembra. Só que aindicação não foi aprovada decara pelo carioca.

Apesar de não ter gostado

do prato, o empresário resol-veu insistir e, hoje, ele só nãoé grande apreciador da sojafermentada. “Eu não tinha gos-tado da comida, mas saí coma intuição de que o prato tinhasido mal pedido. Como que eupoderia não ter gostado de umacoisa tão delicada e especial?”.

Desde que começou a fre-qüentar os restaurantes japo-neses, Hasky nunca se sentouà mesa. Sem ter lido um livroou feito curso de culinária, eleaprendeu os segredos da gas-tronomia oriental sentado nobalcão do sushibar, de ondeacompanhava cada movimen-to no preparo do prato. Outrainvestida foi experimentar detudo. “Eu nunca repetia umprato”, conta o carioca, quenão viaja a São Paulo sem pas-sar pelo bairro da Liberdade,onde diz que é até chamadopelo nome em algumas lojas emercearias.

“Não conheço lugar ne-nhum que tenha aquela codor-na na brasa da feira da Liber-dade. E a barraca de guioza?Que delícia! Quando vou lá, ar-rumo um caixote, sento atrásda barraca e fico me delician-do”, entrega Hasky, que já re-cebeu duas propostas paramontar uma filial do restauran-te em São Paulo. Mas não serádessa vez que os paulistas te-rão por perto o capricho do TenKai. “Recusei porque gosto deestar à frente do trabalho”.

(Luciana Kulba)

TEN KAIIPANEMA: RUA PRUDENTE DE MORAES,1.810 – (21) 2540-5100ABERTO DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 19H

A 1H; SÁBADO, DAS 13H À 1H EDOMINGOS E FERIADOS, DAS 13H À 0H

CENTRO: RUA SENADOR DANTAS, 75 –(21) 2240-5898ABERTO DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 11H

ÀS 16H

Ingredientes:• 1 polvo de aproximadamente

2 kg• 2 pimenta dedo de moça• 1 nabo japonês• gergelim torrado e moído• molho ponzú Preparo:Polvo: Limpe o polvo sepa-rando os tentáculos. Numapanela pré-aquecida, coloqueos tentáculos (um de cadavez), encostando no fundo dapanela e retirando até que sol-te a sua própria água e nãogrude no fundo da panela.Cozinhe por aproximadamen-te 6 minutos e deixe esfriar na-turalmente.

Tako UsuzukuriMomiji-oroshi: Limpe duas pi-mentas retirando o cabinho e assementes. Descasque o nabo cor-tando as extremidades e corte aomeio. Faça um furo bem no centrode cada uma das partes e coloquea pimenta dentro. Rale em raladorjaponês de modo que forme umamassa avermelhada.

Molho ponzú: Misture o shoyucom limão, vinagre de arroz e sucode laranja.

Montagem:Corte o polvo em laminas bem fi-nas e coloque num recipiente demaneira que fique em forma de flor.Adicione o molho e gergelim e,num canto do prato, coloque omomiji oroshi.

Tako Usuzukuri é uma das 163 opções que podem ser apreciadas

DIVULGAÇÃO

Hasky madruga duas vezes por semana para escolher os peixes

Os amantes da culinária ja-ponesa agora contam comuma opção rápida e barata paraapreciar a gastronomia nipôni-ca no Rio de Janeiro. A primei-ra temakeria da cidade, a KoniExpress, foi inaugurada no úl-timo mês de dezembro, no bair-ro nobre do Leblon, zona sul.

Os cones são preparadosna hora e na frente dos clien-tes, que contam com 20 opçõesde sabores, entre doces e sal-gados. Os valores variam deR$ 5,50 a R$ 8,50. Os maiscaros são os Roast Tunna(roast beef de atum crocantecom molho shoyu e mel) e EbiTempura (camarão empanadocom patê de ovas).

Para sobremesa, os clien-tes podem experimentar ascombinações oferecidas emcasca biscotti e com arrozdoce, como banana caramela-da e canela, morango comNutella e creme de goiabadacom queijo mascarpone.

A idéia de levar o conceitode temakeria para o Rio de Ja-neiro partiu de três amigos deinfância que quando saíam jun-tos para almoçar pensavam emcomo seria bom um espaçoonde pudessem comer umacomida japonesa de qualidademesmo estando molhados esujos de areia.

E parece que o objetivo foialcançado com sucesso. Noespaço convivem os perfismais diversos de público, comoas “madames do Leblon” quese misturam aos que voltam dapraia ou da academia no perí-odo da manhã. “A partir das

NOVIDADE

Koni Express leva conceito detemakeria ao público carioca

16 horas, as pessoas come-çam a sair do trabalho e a casavira um local de happy hour.À noite temos um público queprocura uma comida contem-porânea e rápida”, descreveum dos sócios da KoniExpress, Flavio Berman, queacrescenta que, em menos deum mês, a casa virou point namadrugada. “Aí tem de tudo:artistas, boêmios, estilistas,Otto, Baby do Brasil, DJMeme, o arquiteto CacoBorges, e por aí vai”.

Projeto tipo exportação -Foi durante o período em quemorou no exterior que o publi-citário Flavio Berman conhe-ceu o formato exportado deTókio que havia virado manianos principais centros urbanos,como Nova York e Londres.Quando retornou ao Brasil,Berman procurou os amigosMichel Jager e Ronnie Markuse sugeriu que montassem umasociedade para trazer a novi-dade aos cariocas.

Jager soube do projetopelo telefone. “Na verdade,eu já queria abrir um japonêsna zona sul do Rio, mas a pro-posta do Flávio acabou sen-do muito mais interessante doque minha idéia inicial. Hojetenho certeza que fiz a me-lhor escolha”.

KONI EXPRESSAVENIDA ATAULFO DE PAIVA, 1174 -LOJA E – LEBLON (21) 3502-3664ABERTO DE SEGUNDA A QUARTA, DAS 11H

ÀS 3H; QUINTA A SÁBADO, DAS 11H ÀS 5H

E DOMINGO, DAS 11H À 0H

DIVULGAÇÃO

Cones são preparados na hora e na frente dos clientes

Os sócios Flávio Berman, Michel Jager e Ronnie Markus (esq. p/ dir)

Oyama: 40 anos de experiência

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10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 20 de janeiro de 2007

A Sony Brasil traz mais umlançamento em sua linhaCyber-shot de câmeras foto-gráficas digitais, desta vezcom um recurso que facilita-rá a vida de qualquer consu-midor. O grande diferencial domodelo DSC-T50 é sua telaLCD de 3 polegadas sensívelao toque (touch panel). Ape-nas com um toque na tela dacâmera, é possível encontrarde forma mais rápida a fun-ção desejada e ajustar, assim,seu equipamento. Por ter umLCD de 3 polegadas, a Cyber-shot possui bom ângulo de vi-são, o que torna a visualiza-ção muito mais eficiente ecom mais qualidade na repro-dução das cores.

Além de contar com esseprático recurso, o novo mode-lo de Cyber-shot oferece afunção Paint, em que o consu-midor tem a possibilidade depersonalizar a fotografia comcriatividade. Algumas imagensou mensagens podem ser adi-cionadas à fotografia, o queproporciona um toque pessoalaos momentos registrados pelacâmera.

A nova T50 também contacom resolução de 7.2 megapixels, visor anti-reflexo e ossistemas Super Steady Shot,Alta Sensibilidade e SlideshowMusical.

O Super Steady Shot, umestabilizador de imagem daSony, minimiza o efeito tremi-do causado pelo movimentodas mãos durante a fotografia.Por menor que seja este tre-mor, ele pode resultar em fo-tos borradas estragando osmomentos inesquecíveis deuma viagem ou passeio. Mes-mo em condições mais difíceis(dentro do carro, em um bar-co ou mesmo em outros tiposde movimento), o consumidorpoderá tirar fotos de qualida-de, pois a T50 - através de umjogo de lentes - calibra o focoevitando o efeito tremido.

De acordo com o gerente

TECNOLOGIA

Nova Cyber-shot T50 trazdisplay sensível ao toque

da linha de câmeras digitais daSony Brasil, Fernando Salo-mão, este é o modelo ideal paraquem prima por excelentesfotos sem nenhuma complica-ção. “Acabamos com aquelescomentários de que para regis-trar ótimas imagens é precisoperder tempo com ajustescomplexos. Agora, com a T50,tudo fica muito fácil, sem falarem sua praticidade”, comple-menta Salomão. O preço su-gerido da T50 é de R$ 2,229mil, e possui memória internade 56 Mb, além de entradapara memory stick. Mais infor-mações pelo site www.sonystyle.com.br.

Câmera compacta traz inovação tecnológica até então inédita

DIVULGAÇÃO

VEÍCULOS/MOTOS

Honda apresenta crescimentonos três segmentos de atuação

Aparticipação da Hondano Brasil em 2006manteve a tendência

registrada em anos anteriorese alcançou resultados expres-sivos nos três segmentos deatuação. A Moto Honda daAmazônia obteve marca his-tórica de 9 milhões de unida-des produzidas e sustentou aliderança do setor. A HondaAutomóveis do Brasil conquis-tou recorde de vendas, en-quanto a área de Produtos deForça ampliou sua participaçãono mercado.

As várias metas superadasrefletem o foco da empresa eminvestir constantemente emprodutos da mais alta qualida-de, além do comprometimentocom os serviços de pós-ven-da, tendo como objetivo atingira satisfação plena de um públi-co cada vez mais exigente.

Moto – Exemplo disso é amanutenção da liderança en-tre as motocicletas, um seg-mento que registrou cresci-mento de 23,7% em compara-ção com 2005. A empresa en-cerrou 2006 sendo responsá-vel por 80,3% do número deunidades comercializadas noPaís, possuindo os três mode-los mais vendidos.

A CG 150 Titan se mante-ve na primeira colocação, com29,5% de share, sendo 374.434unidades vendidas, e terminouo ano com uma versão come-morativa aos 35 anos de atua-ção da Honda no Brasil.

Lançada há dois anos coma proposta de ampliar a basede mercado, a CG 125 Fanmanteve a segunda posição,aumentando ainda mais suaparticipação no setor. Encer-

rou o ano com 18,2% (230.228motocicletas), resultado bemsuperior aos 13,7% constata-dos em 2005.

A terceira posição é ocu-pada pela Biz 125, represen-tante autêntica da categoria“Family”, que teve 178.600unidades comercializadas em2006, significando 14,1% dototal de vendas do segmento.

O ano passado registrouduas conquistas históricas.Uma foi o recorde de 9 milhõesde motocicletas produzidas des-de o início das atividades emManaus (AM), em 1976, e aoutra foi a marca de mais de 1milhão de unidades fabricadasdurante o ano. Em 2006, foramproduzidos 1.132.500, ou seja,15,3% a mais do que em 2005.

Veículos – No segmento qua-tro rodas, foram 67.329 unida-des comercializadas no acumu-

lado de janeiro a dezembro, re-gistrando um aumento de 18%em relação a 2005, crescimen-to acima da média nacional, pordois anos consecutivos.

Um dos modelos de maiorsucesso no mercado, o NewCivic foi o grande destaque de2006. No total foram comer-cializadas, incluindo a sétimageração (produzida na fábricade Sumaré até abril de 2006),29.275 unidades ante as 20.675emplacadas em 2005. Isso cor-responde a um crescimento de42%.

A Honda Automóveis tam-bém obteve incremento de92% no segmento de importa-dos. Foram vendidos 2.905 ve-ículos, sendo 2.282 unidades doHonda Accord e 623 do HondaCR-V. Somente o HondaAccord registrou um incre-mento de 132% em relação aomesmo período de 2005.

Com o lançamento do New Civic, Honda obteve a marca histórica de 9 milhões de unidades produzidas

DIVULGAÇÃO

A Honda também ampliousua presença no segmento deprodutos de força. Foram comer-cializadas no ano passado34.100 unidades, representandocrescimento de 6% em relaçãoa 2005, quando vendeu aproxi-madamente 32 mil produtos.

A empresa está represen-tada no País por uma ampla ediversificada gama de produtos.Na fábrica localizada no PIM(Pólo Industrial de Manaus) sãoproduzidos motores estacioná-rios, enquanto motobombas,motor de popa, roçadeiras egeradores são importados. Osprodutos de força são destina-dos para diversos setores daeconomia brasileira, como agro-pecuária, construção civil elazer, e são reconhecidos pelosespecialistas do ramo pela suadurabilidade, resistência, econo-mia de combustível e pela suaalta performance.

Após atuar dois anos comogerente de produtos da SonyEricsson no Brasil, o brasileiroRenato Cechetti, 31 anos, éapontado para a função deProduct Planning da empresana Suécia. Em sua nova tarefaCechetti será responsável pelaconcepção e desenvolvimentode um dos celulares da SonyEricsson a serem lançados nomercado mundial em 2008.

A indicação reforça a polí-tica pluralista e pautada peladiversidade da Sony Ericsson.A companhia acredita que adiferentes visões de mundocontribuem decisivamentepara a apresentação de produ-tos inovadores no mercado.

“A equipe de ProductPlanning é extremamentemulticultural e rica em experi-ências diferentes de vida. Háprofissionais destacados daÍndia, da China, das Américas

e da Europa. Com isso conse-guimos desenvolver produtosque atendam aos mais varia-dos interesses dos consumido-res no mundo”, diz RicardoCambraia, diretor de RecursosHumanos para a América La-tina.

Nos próximos mesesCechetti desenvolverá um casode negócios e acompanharápesquisas com consumidoresde todo o mundo para chegaràs funcionalidades e ao designfinal do produto a ser desen-volvido. Para isso, terá supor-te de equipes designadas es-pecificamente para as áreastécnicas e de design. “Estoudeixando a missão de posicio-nar todos os aparelhos da com-panhia em um mercado, o bra-sileiro, para desenvolver umúnico produto que deverá che-gar a todos os mercados”, dizCechetti.

SONY ERICSSON

Executivo brasileiro assumefunção global na Suécia

No próximo dia 2 de feve-reiro (sexta-feira), das 9 às 16ho,o Hospital Santa Cruz promove-rá a sua 2ª Feira da Saúde. Oevento, com entrada franca,acontecerá na UniversidadeUniFAI (unidade Vila Mariana)e terá como tema “Sua Quali-dade de Vida depende de você).A 1ª Feira da Saúde aconteceuem 2005, ocasião em que foi lan-çada a Assistência DomiciliarSanta Cruz, o serviço de homecare do Hospital Santa Cruz.

Aberta ao público em ge-ral, a 2ª Feira da Saúde terápalestras sobre Qualidade deVida. Uma equipe do Hospital

Santa Cruz estará realizando,gratuitamente, a medição dapressão arterial e exame deglicemia (diabetes).

Além disso, haverá o sorteiode diversos brindes, cedidos pe-los patrocinadores do evento.

2ª FEIRA DA SAÚDE DOHOSPITAL SANTA CRUZQUANDO: 2 DE FEVEREIRO (SEXTA-FEIRA),DAS 9 ÀS 16H

LOCAL: UNIFAI (RUA AFONSO CELSO,711, VILA MARIANA – PRÓXIMO À

ESTAÇÃO SANTA CRUZ DO METRÔ)ENTRADA FRANCA

MAIS INFORMAÇÕES PELO TELEFONE:11/5080-2199

FEIRA DA SAÚDE

Hospital Santa Cruz promovesegunda edição da Feira

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São Paulo, 20 de janeiro de 2007 JORNAL NIKKEI 11

ão Paulo, metrópo-le gigante, fulguran-te, viva, em perma-

nente ebulição, cidade cresci-da e fortalecida pelas mãos deimigrantes, gente vinda de lon-ge de todos os estados do Bra-sil e de todos os continentes.Cidade que cresce sem freios,modernos edifícios que se aglo-meram mostrando-nos hoje umdos mais dinâmicos pólos eco-nômicos, cultural e científico domundo. Cultura e raças se mis-turam e amalgamadas formama cidade ativa e vibrante”. Taltrecho de Luz Sampaio defi-ne bem São Paulo, que, nestasemana, completa seus 453anos. Seja para os paulistanosnatos ou para aqueles que ado-taram-na como terra natal –caso dos imigrantes japoneses–, a cidade desperta sentimen-tos opostos, de amor e ódio.Mas não dá para ficar indife-rente. Personagens que fazemacontecer apontam os prós econtras de viver nessa metró-pole.

Destacando os pontos po-sitivos e negativos de vivernesta metrópole que maiscresce no mundo, persona-gens da comunidade nipo-bra-sileira falam ao JornalNikkei qual sua visão de SãoPaulo e o que mais caracteri-za essa cidade.

“Acredito que o centrovelho é a cara de São Paulopor apresentar a história atra-vés da arquitetura e espaço.Vemos a influência dos imi-grantes na arquitetura que foise modificando aos poucos.Outro ponto importante a sedestacar é o fato de que ocentro abrange região adja-centes que também são es-senciais para a cidade, comoa Liberdade e a Praça Muni-cipal”, revela Takashi Fuku-shima, arquiteto e artista plás-tico.

Segundo ele, a principalvantagem de viver em SãoPaulo é a possibilidade de con-vivência com diversas cultu-ras e a grande troca de infor-mações que realizamos aoconhecer diferentes visões demundo. “Vemos lá fora asguerras por fanatismos religi-osos, ninguém se mistura.Aqui em São Paulo, encontra-mos de tudo e o mais legal éque conseguimos convivercom isso”, explica.

Compartilha da mesma opi-nião o vereador UshitaroKamia (PFL), que acreditaque o que torna a cidade es-pecial é a diversidade cultu-ral. “Recebemos raças domundo todo”, define.

Já para os artistas, a ver-satilidade é uma das maiorescaracterísticas da cidade. Os

453 ANOS DE SÃO PAULO

Personalidades nikkeis apontamos prós e contras da cidade

MARCUS IIZUKA

Prédios na Praça da República, um dos cartões postais de São Paulo

cantores Haikaa Yamamoto eJoe Hirata e a bailarina EmilieSugai apontam a diversidadecultural e profissional comoatrativos. “Você encontra tudoa qualquer hora. Aqui vocêpossui um grande poder deescolha”, conta Emilie.

“A cidade possui várias op-ções para se divertir, de en-tretenimento e de serviços.São Paulo funciona 24 horas”,revela Joe Hirata. “Temosruas específicas aqui. Se vocêquer um instrumento musical,existe uma rua só disso. En-contramos de tudo”, explicaHaikaa.

Problemas - Mas nem tudosão flores. Devido ao fato decrescer cada vez mais, SãoPaulo apresenta graves pro-blemas como o trânsito, en-chentes, desigualdades sociaise, principalmente, a violência.

Para o vereador Kamia, acidade cresce num ritmo mui-to acelerado e desordenado.“Falta planejamento, uma or-ganização e principalmente a

colaboração do cidadão. Seninguém jogasse lixo noscórregos, não haveria enchen-tes. No caso da violência, apopulação pode ajudar denun-ciando, mas muitos se intimi-dam ou têm medo”, explica overeador.

Já para o arquiteto TakashiFukushima, o assunto violên-cia não é apenas uma ques-tão de policiamento, é neces-sário investir na base, que é aeducação. “Por exemplo, ocentro é muito bonito de sever, mas é perigoso de andar”,acrescenta.

Outro problema que a mai-oria dos entrevistados apon-tou foi o trânsito. “São Pau-lo é uma cidade muito estres-sante, tudo é muito corrido echeio. Todos são impacientese vivem numa pulsação muitoforte”, revela Haikaa.

Além do transito e violên-cia, as fortes chuvas no ve-rão preocupam bastante ospaulistanos e podem causarestragos permanentes. “Ado-ro São Paulo, em especial o

Parque do Ibirapuera, masfico entristecida de ver coisascomo o buraco em Pinheiros(cratera que se abriu no ulti-mo dia 12, num acidente dometrô). É horrível, um absur-do”, desabafa Tomie Ohtake,artista plástica.

Mas apesar dos pesares,muitos não trocariam SãoPaulo por nada. “Já morei emTóquio e Boston, grandes me-trópoles, mas senti falta deSão Paulo. Não troco a vidaque levo aqui, mas às vezespenso que eu poderia traba-lhar quatro dias na cidade eos outros três passar no cam-po. Aqui falta um contatomaior com a natureza, que éótimo para o nosso equilíbrio”,explica a cantora Haikaa, queaponta o Relógio do BancoItaú da Avenida Paulista comoa cara de São Paulo.

Emilie Sugai também achaque poderia haver mais verdee um contato maior com a na-tureza. “Faz falta, mas adoroSão Paulo”, conta.

A cidade das oportunida-des, da grande convivência eaprendizado comemora seu453º aniversário em grandeestilo, com festas espalhadaspor toda a cidade. O Vale doAnhangabaú servirá de palcopara apresentações de artis-tas como DJ Patife, Clube doBalanço e Záfrica Brasil. Afesta começa no dia 24 eprossegue até o feriado.

Muitos outros lugarescomo o Mercado Municipal,Museu do Ipiranga e Praça daRepública também comemo-rarão os 453 anos da terra dagaroa. “São Paulo merece”,afirma a cantora nikkei HaikaaYamamoto.

(Aline Inokuchi)

Pedestre caminha pelo Vale do Anhangabaú

“S

O Complexo Viário Ave-nida Paulista/Dr. Arnaldo/Rebouças (Túnel da Paulis-ta) vai ganhar um presente noaniversário da cidade de SãoPaulo. Suas paredes serãoilustradas por cerca de 140artistas urbanos, convidadospelo do Projeto Olhar Nas-cente, que promove eventosem comemoração ao Cente-nário da Imigração Japonesano Brasil, que acontece emjunho de 2008.

A obra será realizada nosdias 27 e 28 de janeiro, numgrande evento em que artis-tas executarão o painel comtemas da história e da Cultu-ra do Japão. A pintura já éconsiderada uma das maioresobras de arte graffiti temática

ao ar livre, com 430 metros li-neares e 2.200 metros quadra-dos trabalhados.

O projeto conta com a par-ceria entre a Comissão Oficialdo Centenário da Imigração Ja-ponesa no Brasil, a Prefeiturada Cidade de São Paulo – atra-vés da Secretaria de Participa-ção e Parceria, Secretaria deCoordenação das Subpre-feituras, Secretaria de Cultura– e conta com o apoio da As-sociação Paulista Viva, 3º Mun-do, Colorgin e da Coordenado-ria da Juventude Sr. GuilhermeAranha Coelho. A coordenaçãoartística do painel fica a cargodos artistas plásticos e designersZeila Trevisan e Binho Ribeiro.

A idealização e execução éda produtora cultural Celina

453 ANOS DE SP

140 artistas executam painel gigante degrafitti com temas japoneses

Yano, diretora do Yano’sQuality, que aproveitará oseventos para comemorartambém os 40 anos do GrupoYano. “É o encontro da cultu-ra milenar com a arte contem-porânea em pleno coração deSão Paulo. Uma homenagemaos que vieram do Japão parao Brasil com vontade de ven-cer e encontraram aqui a suaprópria história, como aconte-ceu com a minha família”,comenta Celina, bisneta deHikojiro Yano.

PROJETO OLHAR NASCENTEGRAFFITI NAS PAREDES DO TÚNEL DA

PAULISTA (453 ANOS DE SÃO PAULO E100 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA NO

BRASIL)QUANDO: 27 E 28 DE JANEIRO

TÊNIS DE MESA

Hugo Hoyama vence naseletiva e garante vaga no Pan

O mesatenista Hugo Hoya-ma, que já conquistou oito me-dalhas de ouro, uma de pratae duas de bronze em JogosPan-Americanos, garantiu asua vaga para a próxima edi-ção do evento, a ser realizadoem julho, no Rio de Janeiro.Hoyama, de 37 anos, ficou nafrente de Cazuo Matsumoto eGustavo Tsuboi no desempatedo terceiro dia da seletiva, dis-putada em Capivari, interior deSão Paulo.

Por causa do grande equi-líbrio da seletiva, a Confede-ração Brasileira de Tênis deMesa adiou para maio o anún-cio dos nomes dos atletas clas-sificados para o Pan, que ini-cialmente seriam divulgadosno dia 15.

A grande novidade na mu-dança de planos da Confede-ração é quanto a Thiago Mon-teiro, que havia sido anuncia-do classificado por critério téc-nico para o Pan.

Mas com a recente contu-são do mesatenista, que sofre

de uma tendinite no joelho es-querdo, e sua ausência tantona seletiva quanto na disputado Mundial da Croácia, a par-tir desta quinta-feira, os diri-gentes decidiram aguardar arecuperação de Thiago paracoroá-lo com a vaga.

Outros atletas como CazuoMatsumoto e Gustavo Tsuboi,no masculino, e Mariany No-naka, Carina Murashige eKarin Sako, no feminino, fica-rão sob oservação da Confe-deração.

Os atletas terão seu de-sempenho acompanhado emtreinamentos, nos eventos doCircuito Mundial e no Campe-onato Latino-Americano, queacontece em Guarulhos/SP, emabril.

A Confederação alegouainda, em comunicado, que umdos fatores para o adiamentoda seleção foi a mínima dife-rença de nível técnico verifi-cada entre os atletas nos últi-mos torneios, o que torna adefinição ainda mais acirrada.

DIVULGAÇÃO

Mesatenista já conquistou 11 medalhas em Jogos Pan-Americanos

O EstádioMunicipal de Bei-sebol Mie Nishiestá com inscri-ções abertaspara o curso “In-trodução ao Bei-sebol”. As aulassão voltadas a cri-anças e jovens de7 a 15 anos, queganharão todo omaterial necessá-rio para a práticado esporte. Ocurso começa na segundaquinzena de fevereiro e serárealizado as terças e quintas-feiras, sempre no período datarde.

Administrado pela Secreta-ria Municipal de Esportes, Lazere Recreação (Seme), o Está-dio Mie Nishi é o único espaçopúblico no Brasil que oferecebeisebol, gateball e sumô.

Como o local é referência,serão aceitas inscrições de to-das as regiões do município ouaté mesmo de municípios vi-

zinhos.O Mie Nishi fica na Aveni-

da Presidente Castelo Branco,5446, no bairro do Bom Reti-ro, com fácil acesso pela Mar-ginal Tietê.

Para a inscrição, é necessá-rio entregar um comprovante deresidência, uma foto 3x4 e umacópia de RG ou Certidão de Nas-cimento, na secretaria do Está-dio. O atendimento é de segun-da à sexta-feira, das 9h às 17h.Outras informações pelo telefo-ne: 11/3221-5105.

BEISEBOL

Estádio Mie Nishi vai ofereceraulas de introdução ao esporte

DIVULGAÇÃO

Curso é voltado a crianças e jovens de 7 a 15 anos

Page 12: AGENDA Especialistas nikkeis apontam...2018/02/20  · Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson Yoshioka Fotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka Publicidade: Tel. (11) 3208-3977 – Fax

12 JORNAL NIKKEI São Paulo, 20 de janeiro de 2007

PERFIL

Cartunista revela sua relaçãocom a comunidade nikkei

KARAOKÊ

Kodomo-No-Sono abreinscrições para taikai

JORNAL NIKKEI

Comissão Organizadora do Karaokê Beneficente

A Associação Pró-Excep-cionais Kodomo-No-Sonoabre 2007 de forma musical.A entidade já está aceitandoinscrições para o primeiroevento do ano, o “Concurso deKaraokê Beneficente”, queacontece no dia 4 de fevereirona sede social. Em sua oitavaedição, o evento promete reu-nir mais de 200 cantores, dis-postos a “soltar o gogó” e, dequebra, ajudar uma das princi-pais associações de cunho so-cial da comunidade.

Realizado todos os anos, otaikai do Kodomo chega emsua oitava edição com forçatotal. Com a participação nãosó de cantores prestigiadosnos concursos que ocorremdurante o ano, o evento conta-rá também com a participaçãode dezenas de voluntários devariadas regiões de São Pau-lo. Tudo em prol dos internosque hoje recebem tratamentose orientação.

“Será o primeiro grandeevento do ano, na qual preten-demos reunir pessoas de diver-sos lugares. Será um dia emque nossa intenção é aproxi-mar os internos da própria co-munidade, através da músicajaponesa”, explica o presiden-te da entidade, Luiz Okamoto.Já o público esperado, deacordo com cálculos da pró-pria organização, “é difícil deprever”. “Como é um públicomuito rotativo, não temos umamédia exata de visitantes.Mas, com certeza, passampelas dependências do Kodo-mo mais de 700 pessoas nodia”, complementa.

E não só de música serácomposto o taikai. Como emtodo grande evento musical dacomunidade, haverá venda decomida, artesanatos e peçasconfeccionadas pelos própriosinternos. Com preços acessí-veis, os produtos estarão ex-postos durante todo o dia paraos visitantes.

Aos cantores interessados,e contam aí aqueles que parti-cipam “vez ou outra” de taikais,a taxa de inscrição é de R$18,00 e R$ 15,00 para as cate-gorias Doyo, Tibiko e pessoasacima de 70 anos. Mais infor-mações pelo tel 11/ 3208-3949.

Perspectiva – No novo anoque se começa, a idéia dosprincipais diretores do Kodo-mo-No-Sono não é promovergrandes mudanças, com pro-jetos arrojados e idéias mira-bolantes. Longe disso. Paraeles, o primordial é se traba-lhar em pequenas ações queproporcionem mais qualidadede vida aos internos, que hojesomam 90.

Dentro desse conceito, es-tão o de introduzir aulas de ja-ponês dentro das atividadesdesenvolvidas. Através de pro-fessores especializados, os alu-nos terão acesso ao alfabetonipônico. “Mesmo que não sejamais aprofundado, acho muitoválido este tipo de ação. Aoalfabetizarmos os nossos inter-nos, será um grande passopara aumentarmos a auto-es-tima deles. Pelo que eu sei,seremos a primeira entidadede trabalho assistencial da co-munidade a inserir o japonêsno cotidiano”, explica LuizOkamoto.

Além do karaokê, outrasformas de arrecadação tam-bém estão previstas, dentre asquais o Boi no Rolete, em abril,e o Mega Bingo, ainda semuma data definida mas queserá no segundo semestre.“São eventos que nos trazemalgum recurso para manuten-ção do dia-a-dia. Nada de es-petacular. Hoje recebemosmuito apoio da própria comu-nidade nikkei, com doações evoluntariado. Em 2007, preten-demos continuar com tudo issoe, claro, pensando sempre nobem dos internos”, finaliza opresidente.

Entre sorrisos, “risinhos”e gargalhadas, JoséAlberto Lovetro dá ao

cotidiano das pessoas um pou-co mais de graça. Apesar detrabalhar com a comédia, nãose trata de um palhaço. Muitopelo contrário, sua desenvoltu-ra mistura arte e um humor in-teligente em duas profissões:cartunista e jornalista.

Conhecido como Jal, o pro-vocador do gracejo começousua carreira no jornal Folha deS. Paulo em 1973, onde criouo personagem Zélio. Daí en-tão, deu início ao seu extensocurrículo trabalhando em em-presas como o Pasquim, Jor-nal DCI e Shopping News, TheBrazilian, da colônia de brasi-leiros em Nova York, O Esta-do de São Paulo, nas TVs Cul-tura, Tupi, SBT, Globo, Record,Manchete, Bandeirantes, Ga-zeta e Senac.

Dentre tantas grandesmídias, o cartunista mostratambém sua relação com acomunidade japonesa. Seustrabalhos já foram publicadosnos veículos voltados aosnikkeis nos extintos: revistaArigatô, Jornal Paulista, JapãoAgora (semanário editado peloJornal Paulista), Diário Nippake Página 1 (quinzenal editadopelo Diário Nippak). “Gosteimuito de trabalhar na impren-sa japonesa. Trabalhei com oWilliam Kimura, ele foi umgrande mentor de toda a tur-ma” ressalta.

Para entrar nos meios decomunicação onde só haviamprofissionais de olhos puxados,Jal conta que foi convidado, em1977, para trabalhar naArigatô, editada pelo JornalPaulista. Lá, atuava tantocomo jornalista como char-gista. “Fiquei por dentro dacomunidade quando fiz um tra-balho de jornalismo investiga-tivo desde a imigração. Inclu-sive, a Tizuka Yamazaki [dire-tora do filme Gaijin] aprovei-tou nosso material”, conta.

Embora a publicação tenha

durado apenas 15 edições, ocartunista ainda continuou pe-las amizades feitas e pelos no-vos trabalhos que surgiram.Depois, prosseguiu para outroshorizontes. Editou diversas re-vistas de humor, dentre elas, osquadrinhos dos “Cassetas”[atualmente, integrantes doprograma Casseta e Planeta,exibido na Rede Globo], fun-dou a Associação de Cartunis-tas do Brasil, onde é diretor, eproduções marcantes como aabertura do programas: OsTrapalhões e Sossega Leão.

Em 1995, junto de seu ami-go Gual [Gualberto Costa] cri-aram uma revista jornalísticapara jovens e crianças, a qualabordava personagens de de-senho animado, chamada “He-róis do Futuro”. O diferencialera o contato direto com o Ja-pão, diferente das outras queescreviam intermediadas pelosEUA. “Foi a única revista aconseguir uma entrevista como criador dos Cavaleiros doZodíaco” orgulha-se.

Na TV Globo fazia asvinhetas da emissora. Já noprograma TV Mix da TV Ga-zeta, apresentado por SérginhoGroisman e Astrid, participa-va ao lado de Gual falando so-bre quadrinhos. A partir daí, foicriado o “oscar” dos quadri-nhos, o troféu HQMIX, quepremia autores de quadrinhos

publicados no Brasil. “O prê-mio ajuda as pessoas a reco-nhecerem os criadores dosquadrinhos” mostra.

Assim como ele defende oreconhecimento de desenhis-tas, Jal também já teve o seu.Foi premiado, no Japão, pelosjornais Yomiuri Shimbun eAsahi Shimbun. “Tive contatocom o humor japonês. É umacoisa bem sutil. Isso me aju-dou muito a trabalhar com ohumor sem palavras. Criei mi-nha base de trabalho” afirma.Além disso, ele completa di-zendo que com a ajuda domangá [desenho japonês], eleobteve mais força gestual emseus trabalhos por conta daexpressão e da animação queesses desenhos têm.

No Brasil, Jal ganhou o prê-mio Vladimir Herzog de Direi-tos Humanos por sua partici-pação na campanha das Dire-tas Já e também com o gibi dequadrinhos educativos, o SportGang, editado pelo Jornal Pau-lista e distribuído gratuitamen-te nas escolas.

Essa linha educativa o atraibastante por acreditar quequem pode mudar são os maisnovos. “O jovem precisa termais comunicação. Os quadri-nhos perderam espaço com aentrada dos games. É precisoinstigá-los”, analisa. Dessa for-ma, implantou um projeto na

Febem, da qual ele dava pa-lestras a professores para en-sinar os menores a desenhar.“Ensinar professores amplifi-ca o número de pessoas atin-gidas”, afirma.

Com tantos trabalhos noramo exclusivamente ligado àscharges e as ilustrações, o jor-nalismo parece ter ficado umpouco de lado. Atuou em al-guns veículos de comunicaçãocomo jornalista, no entanto, sãoos desenhos que o fascina.“Fiz jornalismo pensando nocartoon, para dar subsídio àsminhas charges. O jornalismodá a noção de mundo peloparâmetro que se adquire atra-vés do contato que vão de pes-soas simples ao presidente daRepública” revela. “Ascharges tem 100% de leitura,e nós da comunicação temosuma importância e uma res-ponsabilidade muito grandepara passar o senso crítico àspessoas” acrescenta.

Atualmente, está num pro-jeto chamado, no Brasil, de“Pequenos pecados”, e naHolanda de “Confessions”, umtrabalho que envolve pessoasde meia idade. Trabalha naLítera, com projetos especiaisenvolvendo texto e imagem ena empresa que abriu junto deseu amigo, a Jal & Gual Co-municação. E possui umfotoblog de charges, onde oautor joga um desenho e osinternautas completam. O di-ferencial de sua página nainternet é a sua interatividadecom as pessoas que acessam.

E para quem quer conhecerum pouco de sua arte, noShopping D, localizado na zonanorte de São Paulo, acontece aexposição intitulada de “Amore humor dá casamento”. São21 cartuns e quadrinhos, umaseleção dos mais recentes efamosas artes sobre relaçõesamorosas. A idéia é que as pes-soas saiam mais leves e enten-dam que a vida com mais hu-mor tem mais amor.

O cartunista Jal, que já teve trabalhos publicados na mídia nikkei

ARQUIVO PESSOAL