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35 COMO ESTUDAR DIREITO PENAL. Seguem algumas “dicas” para o estudo do Direito Penal. Boa sorte. Vejamos o que diz o artigo 1º do Código Penal: Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Nesse artigo temos insculpidos alguns princípios fundamentais do Direito Penal. Alguns autores dizem que são dois princípios, alguns autores dizem que são três. Nas provas de concursos as bancas têm cobrado a segunda vertente, de três princípios, quais sejam: 1) Princípio da Anterioridade: De forma simples, o princípio da anterioridade versa no sentido de que para que um fato seja classificado como criminoso e punido como tal, há necessidade de haver determinação legal que assim o trate ANTES do cometimento do ato delitivo. Ou seja, se não há lei versando sobre a proibição de matar e na data de hoje entrar em vigor uma lei nesse sentido, todas as pessoas que realizaram o ato de matar antes da entrada em vigor da lei não terão cometido crime algum. 2) Princípio da Legalidade: O princípio de legalidade surge no Direito de várias formas. No Direito Penal tem referência a necessidade de que haja Lei para que o crime possa existir. A conduta típica deve estar descrita em édito legal, lei em sentido amplo. Segundo a linha de pensamento que é cobrada majoritariamente pelas bancas de concurso a legalidade seria um "princípio gênero" do qual seria espécie o princípio que se trata a seguir: 2.1) Princípio da Reserva Legal:

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COMO ESTUDAR DIREITO PENAL.

Seguem algumas “dicas” para o estudo do Direito Penal.

Boa sorte.

Vejamos o que diz o artigo 1º do Código Penal:

Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

Nesse artigo temos insculpidos alguns princípios fundamentais do Direito Penal. Alguns autores dizem que são dois princípios, alguns autores dizem que são três.

Nas provas de concursos as bancas têm cobrado a segunda vertente, de três princípios, quais sejam:

1) Princípio da Anterioridade:

De forma simples, o princípio da anterioridade versa no sentido de que para que um fato seja classificado como criminoso e punido como tal, há necessidade de haver determinação legal que assim o trate ANTES do cometimento do ato delitivo.

Ou seja, se não há lei versando sobre a proibição de matar e na data de hoje entrar em vigor uma lei nesse sentido, todas as pessoas que realizaram o ato de matar antes da entrada em vigor da lei não terão cometido crime algum.

2) Princípio da Legalidade:

O princípio de legalidade surge no Direito de várias formas. No Direito Penal tem referência a necessidade de que haja Lei para que o crime possa existir. A conduta típica deve estar descrita em édito legal, lei em sentido amplo.

Segundo a linha de pensamento que é cobrada majoritariamente pelas bancas de concurso a legalidade seria um "princípio gênero" do qual seria espécie o princípio que se trata a seguir:

2.1) Princípio da Reserva Legal:

Enquanto a legalidade trata apenas da necessidade de lei regulamentando o fato criminoso o princípio da reserva legal seria a especificidade de qual lei deve tratar de crimes.

Conforme entendimento, seria o caso de Lei Ordinária, passando por seus trâmites de aprovação, que deve tratar de matéria penal, sendo, por isso, vedado estabelecer crimes e penas por outro tipo de instrumento legal. Trata-se da denominada LEGALIDADE ESTRITA

OBSERVAÇÕES OPORTUNAS

Todavia, para eventual aprovação em provas e concursos, o conhecimento de apenas esses aspectos desse princípio é insuficiente.

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O candidato deve se aprofundar no estudo de cada instituto de Direito Penal, a fim de ter o completo domínio do que está sendo estudado.

Para isso deverá pesquisar mais de um autor a respeito do mesmo tema, sem prejuízo da consulta à jurisprudência dos Tribunais de Justiça, do STJ e do STF, inclusive verificando-se a existência de alguma Súmula (vinculante ou não) que disciplina a matéria.

Nesse sentido, no que concerne ao Princípio da Legalidade, o aluno cauteloso, se pesquisar mais a fundo a temática, irá verificar que existem outros aspectos em torno desse princípio.

Pesquisando a obra do Professor Fernando Capez, por exemplo, o candidato irá constatar que existem três aspectos que disciplinam o princípio da legalidade, quais, sejam:

a) Aspecto político – trata-se de garantia constitucional fundamental do homem. O princípio da legalidade, no campo penal, corresponde a uma aspiração básica e fundamental do homem, qual seja, a de ter uma proteção contra qualquer forma de tirania e arbítrio dos detentores do exercício do poder, capaz de lhe garantir a convivência em sociedade, sem o risco de ter a sua liberdade cerceada pelo Estado, a não ser nas hipóteses previamente estabelecidas em regras gerais, abstratas e impessoais.

b) Aspecto histórico – tal princípio foi traduzido na conhecida fórmula em latim NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE PRAEVIA LEGE por Paul Johann Anselm Von Feuerbach (1775-1833), considerado o pai do direito penal moderno. Originariamente, surgiu pela primeira vez na MAGNA CHARTA LIBERTATUM, documento de cunho libertário imposto pelos barões ingleses ao rei João Sem Terra, no ano de 1215. Seu artigo 39 previa que nenhum homem livre poderia ser submetido a pena não prevista em lei local. Constou também na Constituição da Carolina germânica de 1532. Entretanto, foi só no final do século SVIII, já sob influência do Iluminismo, que o princípio ganhou força e efetividade, passando a ser aplicado com o objetivo de garantir segurança jurídica e conter o arbítrio. Em 1762, com a Teoria do Contrato Social, de Rousseau, o princípio da legalidade teve um grande impulso: o cidadão só aceitaria sair de seu estado natural e celebrar um pacto para viver em sociedade, se tivesse garantias mínimas contra o arbítrio, dentre as quais a de não sofrer punição, salvo nas hipóteses previamente elencadas em regras gerais, objetivas e impressoais. Dois anos mais tarde, em 1764, o marquês de Beccaria, em sua consagrada obra DOS DELITOS E DAS PENAS, influenciado por Rousseau, escrevia: “só as leis podem decretar as penas dos delitos e esta autoridade deve residir no legislador, que representa toda a sociedade unida pelo contrato social”. Com a Revolução Francesa, acabou consagrado na DECLARAÇÃO DE DIREITOS DO HOMEM, de 26 de agosto de 1789, em seu artigo 8º, vindo também a constar da Constituição daquele país. A Teoria da separação dos Poderes, preconizada por Montesquieu, contribuiu decisivamente para impedir que o juiz, usurpando função própria do Legislativo, considerasse condutas assim não contempladas pelo legislador. A partir dessa idéia de proclamação das liberdades públicas, o princípio veio a ser consagrado nos mais importantes diplomas consagradores da igualdade entre os homens, tais como o BIIL OF RIGHTS, firmado na

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Filadélfia, em 1774; a DECLARAÇÃO DE DIREITOS DA VIRGINIA e a CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ambas de 1776; o primeiro Código Penal, que foi o austríaco, no ano de 1787; a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM, durante a Revolução Francesa, de 1789; e a CONSTITUIÇÃO FRANCESA de 1791. No Brasil, foi acolhido em todas as Cartas Constitucionais, a partir da Constituição Imperial de 1824.

c) Aspecto jurídico – somente haverá crime quando existir perfeita correspondência entre a conduta praticada e a previsão legal. Tal aspecto ganhou força com a teoria de Binding, segundo a qual as normas penais incriminadoras não são proibitivas, mas descritivas; portanto, quem pratica um crime não age contra a lei, mas de acordo com esta, pois os delitos encontram-se pormenorizadamente descritos em modelos legais, chamados de TIPOS. Cabe, portanto, à lei a tarefa de definir e não proibir o crime (“não há crime sem lei anterior que o DEFINA”), propiciando ao agente prévio e integral conhecimento das conseqüências penais da prática delituosa e evitando, assim, qualquer invasão arbitrária em seu direito de liberdade.

Se o candidato continuar pesquisando, irá constatar que alguns autores (Roxin, por exemplo) ainda acrescentam ao estudo do princípio da legalidade os seus desdobramentos.

DESDOBRAMENTO DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. O princípio em apreço desdobra-se nos seguintes enunciados:

1- lege praevia (anterioridade): a lei penal deve ser necessariamente anterior à conduta. Só se projeta a fatos futuros, a não ser que se mostre benéfica ao acusado.

2- Lege scripta (reserva legal): só a lei (direito positivo – ius positum) no sentido formal pode fundamentar ou agravar a punibilidade, sendo vedado ao direito consuetudinário (direito objetivo) fazê-lo. Os costumes representam, todavia, importante fonte formal (mediata) do direito penal.

3- Lege stricta (proibição da analogia em normas penais incriminadoras): não é possível o emprego da analogia para agravar ou fundamentar a punibilidade (analogia in malam partem). Admite-se, contudo, analogia in bonam partem.

4- Lege certa (taxatividade): a lei penal deve ser determinada em seu conteúdo, não se permitindo a construção de tipos penais excessivamente genéricos.

CONCLUSÃO: Diante do que foi exposto acima, a título de roteiro de estudo, o candidato facilmente irá verificar que foram citados autores e fatos históricos que devem ser estudados à parte (são os chamados “links” ou “janelas”).

No exemplo acima, recomenda-se uma breve pesquisa sobre as revoluções burguesas, o Iluminismo, a leitura das obras de Beccaria (Dos Delitos e das Penas), de Rousseau (Contrato Social) etc., sob pena do candidato não conseguir obter o completo entendimento e, sobretudo, o domínio da matéria estudada.

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ESSA MANEIRA DE ESTUDAR O DIREITO PODE (E DEVE) SER APLICADA A QUALQUER OUTRO RAMO DO CONHECIMENTO JURÍDICO (Constitucional, Civil etc).

Ou seja, jamais o candidato pode passar para o estudo do artigo seguinte sem antes pesquisar profundamente o instituto que estava estudando, sob pena de ser eliminado do certame por outro candidato mais preparado e que, com certeza, irá fazer essa pesquisa mais acentuada.

Continuando nosso roteiro de estudos, vejamos o que diz o artigo 4º do CP:

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

Agora vamos tratar da regra de tempo do crime. Essa regra pode ser bem estudada em conjunto com a regra de lugar do crime, versada no artigo 6º:

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

O artigo em questão trata do lugar do crime.

Pois bem, vejamos um processo mnemônico de concurso para decorar as regras de determinação de tempo e lugar do crime.

Para estudos utiliza-se a palavra “LUTA”, de onde podemos tirar as duas primeiras letras significando Lugar, Ubiquidade, a as duas últimas letras significando Tempo, Atividade.

L.U.T.A. (Lugar do crime = teoria da ubiquidade; Tempo do crime = teoria da atividade)

Ou seja, o lugar do crime será definido de acordo com a teoria da Ubiquidade, conforme o artigo sexto, devendo ser considerado Lugar do crime tanto o lugar em que ocorre a ação ou omissão bem como no local onde se produziu ou deveria produzir o resultado.

O Tempo do crime, por sua vez, é definido pela regra da Atividade. Ou seja, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, para tanto é irrelevante o local onde ocorra o resultado.

Por isso simples a memorização pelo processo mnemônico: LUTA. Lugar – Ubiquidade; Tempo – Atividade;

Ocorre que, para a maioria dos alunos, esse entendimento dos artigos citados é o suficiente.

Porém, justamente esse tipo de raciocínio é que está equivocado, uma vez que ambos os artigos comportam muitos (e complexos) entendimentos e desdobramentos.

O aluno que realmente deseja se aprofundar no estudo do Direito Penal jamais deve se contentar com tão singelas explicações e buscar, através de pesquisas, quais os eventuais desdobramentos de tais institutos de Direito Penal.

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Como pesquisar e, sobretudo, quais as fontes de pesquisas?

Esse, portanto, é o cerne da questão do complexo estudo não só do Direito Penal, mas também dos outros ramos do Direito.

Voltando aos artigos 4º e 6º já mencionados, o aluno jamais deve estudar e pesquisar um único autor ou uma única jurisprudência.

Dentro do possível, deve pesquisar a temática em face de pelo menos outros três autores, sem prejuízo da pesquisa jurisprudencial a ser realizada oportunamente.

Nesse sentido, vamos imaginar que a pesquisa inicial tenha sido realizada no manual do Professor Damásio.

Ao pesquisar pelo menos outros três autores sobre o mesmo tema (ao final segue sugestão de leitura de alguns autores), o aluno forçosamente irá observar que pelo menos um deles não só irá reafirmar o que já foi estudado, mas também acrescentará outras importantes observações acerca de ambos os artigos.

Nesse momento o aluno irá constatar que, muitas vezes, ao se analisar os dispositivos contidos em nossa legislação (sejam de direto material ou processual), verifica-se que há regras aparentemente distintas e contraditórias, o que fatalmente acarreta uma série de dúvidas aos operadores do Direito, sem falar ainda dos estudantes do bacharelado e dos concursos públicos.

Com efeito, dispõe o artigo 6º, do CP, que: considera-se praticado o crime no momento da ação, ou da omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Já o artigo 70, do CPP, diz que a competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

Pois bem, está caracterizada a aparente antinomia (uma contradição real ou aparente entre normas dentro de um sistema jurídico, dificultando-se assim sua interpretação e reduzindo a segurança jurídica) na área penal, em tema de lugar do crime. O CP diz que deve se considerar, como local onde praticada a infração penal, o lugar onde tenha o agente praticado o crime, bem como onde o resultado se produziu (consumação) ou deveria ter se produzido (tentativa). O CPP, por outro lado, diz que o local do crime será o da consumação, ou então, do último ato praticado quando tratar-se de crime tentado.

Denotada a aparente confusão, como proceder para encontrar o devido esclarecimento e, assim, identificar corretamente qual o local responsável pela apuração do delito?

Antes de tudo, torna-se fundamental o estudo de três teorias que regem a matéria em pauta, a saber:

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1) Teoria da Atividade (ou da Ação): lugar do crime é aquele em que foi praticada a conduta (ação ou omissão);

2) Teoria do Resultado (ou do Evento): para essa teoria não importa o local da prática da conduta, mas sim, o lugar onde se produziu ou deveria ter se produzido o resultado do crime (adotada pelo CPP);

3) Teoria da Ubiquidade (ou Mista): é a fusão das duas anteriores. Lugar do crime é tanto aquele em que se produziu (ou deveria ter se produzido) o resultado, bem como onde foi praticada a ação ou omissão.

Da leitura do citado artigo 6º, do CP, depreende-se que foi adotada a Teoria da Ubiquidade pelo nosso diploma penal.

Ainda assim há que se atentar para o fato de que essa teoria, trazida pelo CP, somente se aplica aos chamados crimes à distância ou de espaço máximo, isto é, aqueles em que a conduta criminosa é praticada em um país, e o resultado vêm a ser produzido em outro.

Cuidado: ao contrário do que enganosamente possa parecer, crimes à distancia não são os delitos que ocorrem em diversas comarcas. Exige-se, necessariamente, pluralidade de países.

Desta feita, a regra do artigo 6º, do CP, aplica-se a situações em que a prática do crime começa em um país e termina em outro. Vale dizer, pode a ação criminosa começar no Brasil e terminar em outro; ou começar em outro país e terminar no Brasil.

Conclui-se, portanto, que a regra contida no artigo 6º CP é disciplinada pelo chamado DIREITO PENAL INTERNACIONAL (haja vista que envolve países soberanos).

A título de exemplo, imagina-se a clássica hipótese em que o agente desfere dois tiros na vítima em solo brasileiro, sendo que esta atravessa a Ponte da Amizade e vem a falecer no Paraguai.

A adoção da Teoria da Ubiquidade implica o entendimento de que o lugar do crime tanto pode ser o Brasil, como o Paraguai.

Ressalte-se, aqui, que outro não poderia ser o entendimento possível, uma vez que a soberania dos países deve ser respeitada. No caso do Brasil, basta um único ato de execução ser praticado em nosso território, ou então, que o resultado venha aqui ocorrer (ou que deveria ocorrer, caso crime tentado). Vale, neste caso, ler com atenção os parágrafos 1º e 2 º do artigo 70, do CPP, que complementam essa situação.

Ainda em relação ao CP, torna-se mais clara a regra contida no artigo 8º: supõe-se que a vítima tenha sido alvejada com tiros no Paraguai e falece no Brasil. O Paraguai tem soberania para apurar o crime e condenar o réu. A pena eventualmente aplicada, ainda que com trânsito em julgado lá, não impede que o Brasil instaure o devido processo penal, inclusive condenando também o réu. Não obstante, o cumprimento da pena deverá ser comparado com o do estrangeiro e, assim, seguir-se-á a regra contida do referido artigo 8º, CP (atenuação ou cômputo).

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Volta-se agora a uma breve análise da disposição do CPP.

O artigo 70, do CPP, conforme visto, traz notadamente em seu bojo a Teoria do Resultado e, tal opção, em nada conflita com o CP.

Isso porque, como visto, o critério do CP é apenas residual, somente para os crimes à distância.

Nos demais, a regra geral é a de que o local do crime será onde ocorreu o resultado, ou onde deveria ter ocorrido.

Entretanto, como os professores e examinadores de concursos na área jurídica parecem se atentar mais às exceções do que às regras gerais, imperioso nesse ponto estudar as regras excepcionais em relação ao artigo 70, CPP.

REGRAS EXCEPCIONAIS EM RELAÇÃO AO ARTIGO 70, CPP:

Ou seja, aplica-se a Teoria do Resultado aos crimes em geral, salvo:

a) Crime de homicídio (doloso ou culposo): em que pese ser a regra geral o lugar do crime onde a vítima faleceu, tem-se que, nos crimes plurilocais (conduta em uma comarca e resultado na outra), o entendimento pacífico de nossa jurisprudência é o de que o juízo natural para analisar o caso será o local onde o crime de homicídio exteriorizou seus efeitos, vale dizer, onde provocou impacto na sociedade. Nesse caso, por força de construção jurisprudencial, prevalece a teoria da atividade ao invés da teoria do resultado, levando-se em conta o momento da ação ou da omissão e não o da consumação do delito. Para efeito de memorização poder-se-ia utilizar da palavra “HOMICIDA”, nos mesmos moldes do sistema utilizado com a expressão “LUTA”, em que a vogal irá designar a teoria adotada. No caso da expressão mnemônica HOMICIDA a vogal “a” designaria a teoria da atividade em detrimento da teoria do resultado.

HOMOCIDAb) Lei 11.101/05 (Lei de Falências): só há interesse do examinador quando forem praticados crimes falimentares em diversas comarcas e, então, o juízo natural será o do local onde o juiz cível decretar a falência ou homologar o plano de recuperação judicial ou extrajudicial, pouco importando onde tenham sido praticados os crimes – daí chamar-se de juízo universal, detentor da vis atractiva.

c) Lei 9.099/95 (JECRIM): lugar do crime será onde foi praticada a infração. Nesse caso, a teoria adotada é a da ATIVIDADE e para fins mnemônicos podemos imaginar a utilização da expressão “JECRIMA” (ou seja, Jecrim + a, onde a vogal “a” representa a teoria adotada, qual seja, a da atividade).

JECRIMA

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d) Estelionato mediante emissão de cheque sem suficiente provisão de fundos: só há interesse nas provas quando o cheque é emitido em uma cidade e sacado em outra. O lugar do crime será o do local do banco sacado.

e) Estelionato mediante cheque falsificado: como o cheque é falso, não há que se falar em agência. O local é onde se deu efetivamente o prejuízo (observação: caso o agente tenha hackeado o computador da vítima, será o local onde ela tem conta, e não da residência dela).

f) Crime formal: são compreendidos como sendo aqueles em que não se faz necessária a ocorrência de um resultado naturalístico para sua consumação, bastando a conduta do agente. Caso ocorra o resultado, tem-se o exaurimento do crime, mero indiferente penal. Assim, se o agente extorquir a vítima na cidade de São Paulo, combinar de receber o dinheiro no Rio de Janeiro, o lugar do crime será São Paulo, posto ali ter se consumado a infração.

g) Atos infracionais – para os crimes ou contravenções praticados por crianças e adolescentes, será competente a autoridade do lugar da ação ou da omissão (Lei 8069/90 – ECA, artigo 147, § 1º).

h) Nos crimes conexos – não se aplica a teoria da ubiqüidade, devendo cada crime ser julgado pelo país onde foi cometido, uma vez que não constituem propriamente uma unidade jurídica. Exemplo: furto cometido na Argentina e receptação praticada no Brasil. Aqui somente será julgada a receptação.

i) No crime complexo – tomado o delito como um todo, aplica-se a regra do artigo 6º, sem cindir-se a figura típica, mesmo que o resultado juridicamente relevante se verifique em outro lugar e o delito-meio no território nacional.

j) Na coautoria, participação ou ajuste – o crime dá-se tanto no lugar da instigação ou auxílio como no do resultado.

l) No delito permanente e no crime continuado - nas ações consideradas juridicamente como unidade, o crime tem-se por praticado no lugar em que se verifica um dos elementos do fato unitário.

m) Nos delitos habituais – o lugar do crime é o de qualquer dos fatos (singulares, análogos ou repetidos) que pertencem à figura delitiva, pois o tipo serve de elo entre os diversos atos.

Convém estudar, ainda, as regras especiais de competência (artigos 70 e seguintes do CPP), pois os assuntos se interagem.

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RESUMO DO PROCESSO MNEMÔNICO

L.U. – LUGAR DO CRIME> TEORIA DA

UBIQUIDADE (ARTIGO 6º, CP).

O artigo 6º, CP define os critérios para apuração dos crimes à distância ou de espaço máximo, envolvendo dois países soberanos.

No âmbito nacional, a questão do lugar do crime e sua efetiva apuração obedecem aos critérios do artigo 70, CPP (teoria do resultado).

Nesse caso, a teoria adotada é a do resultado e não o da ubiqüidade.

Para efeito mnemônico, podemos imaginar uma palavra que termine com a letra “R” (indicando a teoria a ser usada) e que facilite a memorização da teoria exigida.

Nesse caso, podemos usar a palavra BRASIR (indicando que queremos lembrar que, no Brasil, a questão do lugar do crime leva-se em conta a teoria do resultado).

BRASIR (TEORIA DO RESULTADO).

T.A. - TEMPO DO CRIME> TEORIA DA

ATIVIDADE (ARTIGO 4º, CP)

Exceções ao artigo 70, CPP: Exceções

HOMICIDA – teoria da atividade (homicídio

doloso ou culposo – leva-se em conta o momento da ação ou da omissão – teoria da atividade - e não o do resultado, em face do impacto social no local onde o crime foi praticado e as facilidades para sua apuração e julgamento na mesma Comarca).

JECRIMA – teoria da atividade (Lei dos

Juizados Especiais Criminais – local do crime é aquele no qual foi praticada a infração penal.

No que se refere à PRESCRIÇÃO o artigo 110 do CP adotou a teoria do RESULTADO. Ou seja, o prazo prescricional é contado a partir do momento da consumação do delito (resultado).

Usa-se, portanto, a teoria do resultado e não o da atividade.

Para efeito mnemônico, podemos usar a palavra CADUCAR para indicar que com relação à prescrição a teoria a ser observada

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é a do resultado e não o da atividade.

Lembre-se que o sinônimo de prescrever é caducar.

A última letra da palavra caducar (letra R) indicaria a teoria usada para a prescrição.

CADUCAR

Em apertada síntese, é o que se pode comparar entre os institutos analisados.

Percebe-se que a diferença é sutil e daí derivam inúmeras situações, tanto para o profissional do Direito como para os aprendizes que serão sabatinados e exigidos nas provas. Porém, tendo sempre como norte de direção de estudos a diferença do crime à distância para a regra comum, já se faz um grande avanço no entendimento da questão.

PESQUISA JURISPRUDENCIAL

O passo seguinte é efetuar pesquisa jurisprudencial acerca dos temas estudados a fim de se constatar como os tribunais estaduais e, sobretudo, os superiores, se posicionam em face de tais institutos, inclusive sobre a existência de súmulas disciplinadoras.

A título de exemplo, com relação às alíneas “d” e “e” supramencionadas, alusivas ao crime de estelionato, existem as seguintes súmulas a respeito da matéria:

SUMULA 521 STF - O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.

SUMULA 244 STJ - Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos.

SUMULA 48 STJ - Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque.

Com relação ao princípio da reserva legal ou da estrita legalidade, a jurisprudência rotineiramente tem se manifestado a respeito, conforme se pode verificar do seguinte julgado do STJ:

“O princípio da reserva legal atua como expressiva limitação constitucional ao aplicador judicial da lei, cuja competência jurisdicional, por tal razão, não se reveste de idoneidade suficiente para lhe permita a ordem jurídica ao ponto de conceder benefícios proibidos pela norma vigente, sob pena de incidir em domínio reservado ao âmbito de atuação do Poder Legislativo” (HC 92.010/ES, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 5ª Turma, j. 21.02.1008).

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RECOMENDAÇÃO FINAL

Recomenda-se, portanto, o sistema de estudo acima mencionado como uma das formas de adquirir os conhecimentos necessários para o correto estudo do Direito Penal.

O DIREITO PENAL E OS CONCURSOS PÚBLICOS.

Veja a seguir um roteiro simples para estudar Direito Penal para concursos públicos.

Normalmente os editais de concurso exigem o conhecimento dos Princípios do Direito Penal.

São muitos.

Mas você não precisa estudar todos.

Dê preferência para os princípios constitucionais implícitos e explícitos.

Dar uma especial atenção para dois princípios: LEGALIDADE, que se divide em reserva legal e anterioridade e o da DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.

Veja em seguida os demais institutos de Direito Penal que são exigidos normalmente nesses concursos e o que vale a pena estudar em cada um deles.

APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Nesse instituto interessante estudar:

Lei penal no tempo – artigos 2º, 3º e 4º (dar ênfase para o artigo 2º - abolitio criminis e novatio legis in mellius)

Lei penal no espaço – territorialidade da lei penal e extraterritorialidade

Lei penal em relação às pessoas – imunidades (diplomáticas e parlamentares).

TEORIA GERAL DO CRIME

Substratos do delito (fato típico, a ilicitude e a culpabilidade).

Fato típico – conduta, resultado, nexo e tipicidade.

Nexo de causalidade x imputação objetiva

Estudar as conseqüências do crime – punibilidade (causas extintivas da punibilidade – prescrição, por exemplo).

Consumação, tentativa, arrependimentos, crime impossível e concurso de pessoas.

TEORIA GERAL DA PENA

Na verdade, teoria geral da sanção penal

Pena + medida de segurança.

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Pena – critérios ou sistemas de aplicação da pena.

Medida de segurança – atentar para a discussão que existe sobre a constitucionalidade do prazo indeterminado das medidas de segurança.

PARTE ESPECIAL

Dar atenção para os crimes contra a pessoa (homicídio, infanticídio, aborto, lesão corporal, crimes contra a honra e violação de dispositivo informático).

Crimes contra o patrimônio - furto, roubo, extorsão, extorsão mediante seqüestro, apropriação indébita, estelionato, receptação e disposições finais.

Crimes contra a dignidade sexual (estupro, violação sexual mediante fraude, estupro de vulnerável e ação penal).

Crimes contra a paz pública (associação criminosa e grupo de extermínio).

Crimes contra fé pública (297, 298, 299, 304 e 311-A)

Crimes contra a administração pública (crimes funcionais – 312, 316, 317, 319, 319-A) – Resistência, desobediência, desacato e corrupção ativa.

Crimes contra a administração da Justiça (339, 340, 341, 342)

Se for concurso na área federal, estudar também os crimes da competência da justiça federal (apropriação indébita previdenciária, contrabando etc.)

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL

Leis mais recentes (organização criminosa, por exemplo)

Leis clássicas – crimes hediondos e equiparados, CTB, Armas, crimes ambientais, LEP, lavagem de dinheiro.

Às vezes o edital do concurso exige o conhecimento de algumas leis que raramente são depois cobradas no concurso, como, por exemplo, lei do parcelamento urbano, estatuto do índio etc.

Assim, fique com as leis clássicas.

COMO ESTUDAR O DIREITO PENAL

Use, de preferência, livro de doutrina + código penal comentado

Use autores diferentes (doutrina do Mirabete + código penal comentado do Delmanto, por exemplo). Com isso você vai perceber os detalhes entre as diferentes abordagens.

Sem prejuízo das orientações acima elencadas, seguem abaixo alguns links interessantes para o estudo e a pesquisa do Direito junto à Internet:

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http://professoreduardogalante.blogspot.com.br/2012/10/maneiras-simples-de-estudar-assuntos-de.html

http://jus.com.br/

http://www.conjur.com.br/

http://cursos.atualidadesdodireito.com.br/

http://www.lfg.com.br/conteudos/perguntas-respostas

http://www.jurisite.com.br/portal/

http://www.jurisway.org.br/

http://www.direitonet.com.br/

http://www.dizerodireito.com.br/

http://www.damasio.com.br/

http://www.lfg.com.br/

http://www.cursomarcato.com.br/index.php?un=1

http://www.cursodepol.com.br/

O aluno também poderá se inscrever junto ao site do STF para receber, gratuitamente, informações sobre as decisões da Corte Suprema (sistema PUSH-STF).

A OAB/SP também disponibilizada algumas informações gratuitas através do site:

http://www2.oabsp.org.br/asp/mailing_list/default.asp

SUGESTÃO DE AUTORES PARA PESQUISAS:

ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Manual de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. São Paulo: Saraiva.

CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. São Paulo: Saraiva.

DELMANTO, Celso et al. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva.

ESTEFAM, André. Direito penal. São Paulo: Saraiva,

FUHRER, Maximilianus Cláudio Américo. FUHRER, Maximiliano Roberto Ernesto. Resumo de direito Penal. Parte geral. São Paulo: Malheiros.

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GOMES, Luiz Flávio. Direito penal: parte geral, introdução, volume 1. São Paulo: RT e IELF. (Série

Manuais para Concursos e Graduação).

GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal, parte geral. São Paulo: Saraiva.

JESUS, Damásio E. Direito penal. São Paulo: Saraiva.

MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado. São Paulo: Método.

MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de direito penal. São Paulo: Atlas.

NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. São Paulo; RT.

Sugestão do Professor Joveli:

Resumir Direito Penal usando os autores DAMASIO, ESTEFAM E MASSON.

Segue abaixo interessante artigo sobre como estudar o Direito Penal e Processual Penal através de processos de memorização ( http://professoreduardogalante.blogspot.com.br/2012/10/maneiras- simples-de-estudar-assuntos-de.html )

Maneiras simples de estudar assuntos de Direito Penal e Direito Processual Penal

DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL

Fonte: http://www.fortium.edu.br/

MACETE: DECORE OS CRIMES HEDIONDOS

GENEPI ATESTOU QUE O HOLEX É FALSO

GEN - Genocídio

EPI - Epidemia com resultado morte

AT - Atentado violento ao pudor

EST - Estupro

HO - Homicídio (simples e Gp de extermi.)

L - Latrocínio

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EX - Extorsão (alguns casos)

FALSO - Falsificação de substância medicinal.

Quem nunca tomou cchoup na faculdade ?

A doutrina elenca alguns crimes que não admitem tentativa, ou seja, em tais infrações não é possível fracionar o iter criminis.

C ontravenções ( art. 4º da LCP)

C ulposos ( Imprudência, imper e neglig)

H abituais ( 229, 230, 284 )

O missivos próprios ( Art. 135 cp)

U nisubsistentes ( Injúria verbal )

P reterdolosos (dolo+culpa 129 3ºCP)

Obs.: Existem os crimes tentados ou de emprendimentos que são aqueles em que a tentativa já é punida como se fosse consumado o crime ( art. 352 e 358 do CP).

Provas Ilícitas x Provas Ilegítimas (Proc. Penal) 11/01/2006 10:14

Provas Ilícitas: são obtidas com violação ao Direito Material

Provas Ilegítimas: são aquelas que violam normas de Direito Processual

Macete:

Ilícitas ( 8 letras ) = Material ( 8 letras )

Ilegítimas ( 10 letras ) = Processual ( 10 letras )

Eu sempre usei a palavra TROCA para identificar os verbos reitores do núcleo do tipo do art. 180 do CP.

Transportar

Receber

Ocultar

Conduzir

Adquirir

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1.CONCEITOS:

CALÚNIA - falsa imputação de FATO CRIMINOSO a outrem.

DIFAMAÇÃO - imputação a alguém de FATO OFENSIVO a sua reputação.

INJÚRIA - ofensa à dignidade, decoro ou qualidade de outrem. Manifestação de desrespeito e desprezo.

2. MACETES:

"C" ALÚNIA - começa com "C" de CRIME

DI "FA" MAÇÃO - a segunda sílaba é "FA" de FATO

"IN" JÚRIA - essa eu não sei porque quem me ensinou é muito "IN"GUINORANTE. Pronto, sem querer eu injuriei o meu professor.

CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS 28/03/2006 10:37

Conflito aparente de normas se estabelece quando duas ou mais normas são, aparentemente, aplicáveis ao mesmo fato. A solução dá-se através de 4 princípios, chamados pela doutrina de " princípios que solucionam o conflito aparente de normas", a saber:

Macete: SECA

S ubsidiariedade

E specialidade

C onsunção

A lternatividade

Excludentes de Ilicitude.

Lembram-se da marca de jeans LEE???

L egítima defesa

E stado de necessidade

E xercício regular do direito

E strito cumprimento do dever legal

Peculato e sua família (art. 312 a 313-B do CP)

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É notória a existência de inúmeras modalidades do Crime de peculato e para facilitar o estudo, enumero alguns desses tipos:

Peculato-apropriação - Apropria-se de dinheiro, valor ou outro bem móvel

Peculato-desvio - desvia dinheiro, valor ou outro bem móvel

Peculato-furto - subtrai R$, valor ou bem

Peculato-culposo - Concorre culposamente para o crime de outrem

Peculato-estelionato - Apropria-se de dinheiro ou utilidade que recebeu de outrem

Peculato-pirataria de dados - altera dados visando vantagem indevida ou dano

Peculato-hacker - modifica sistem ou programa sem autorização ou solicitação

Peculato-equiparado - malversa ou dilapida o patrimônio de entidade sindical.

* No art. 522 da CLT tb existe um modalidade de peculato - São os atos que visem malversação ou dilapidação do patrimônio das associações ou entidades sindicais.

REQUISITOS PARA INDICIAMENTO e PP

Para indiciar ou pedir para o juiz prender preventivamente uma pessoa o delegado "PRECISA" de: Prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria:

PR - Prova

E - existência

C - crime

I - indícios

S - suficientes

A – autoria

Corrupção ativa de testemunha - Art 343

DAR, OFERECER E PROMETER

Corrupção passiva - Art. 317

SOLICITAR, RECEBER E ACEITAR

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Corrupção ativa - Art. 333

OFERECER E PROMETER

Obs. É de se chamar a atenção que o crime c. ativa não possuir o verbo dar ou solicitar.

Então, se a testemunha solicita o dinheiro e alguém paga, este responderá pelo crime na modalidade dar.

Para memorizar os REQUISITOS do REGISTRO de armas de fogo,

CARION 25 tá?

C = capacidade técnica

A = aptidão psicológica

R = residência fixa

I = idoneidade

O = ocupação lícita

N = necessidade

25 = ter 25 anos ou mais

T = taxa (R$ 300,00)

A = autorização do SINARM

Lembrem-se que esses são os requisitos, pois existem tb as características do registro que são outras, ok? Se alguém tiver interessado em saber eu posso colocar aqui tb.

E mais, PORTE é diferente de REGISTRO, isto é, o registro é pressuposto para se obter o porte.

ITER CRIMINIS

o iter tem um COPREXCO

OU SEJA CO= COGITAÇÃO

PRE=PREPARAÇÃO

EX= EXECUÇÃO

CO= CONSUMAÇÃO

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A tipicidade penal é formada pela conjugação da tipicidade formal (ou legal) com a tipicidade conglobante, ou seja,

TIPICIDADE PENAL = TIPICIDADE FORMAL + TIPICIDADE

CONGLOBANTE.

A Tipicidade Conglobante foi elaborado por Eugênio Zaffaroni.

Conglobar significa juntar tudo, unir tudo.

Para que se possa falar em tipicidade conglobante é preciso que a conduta do agente seja antinormativa, isto é, contrária à norma penal, e não imposta ou fomentada por ela, assim como ofensiva a bens de relevo para o Direito Penal (tipicidade material), ou seja,

TIPICIDADE CONGLOBANTE = CONDUTA ANTINORMATIVA +

TIPICIDADE MATERIAL.

Não é possível que no ordenamento jurídico, que se entende como perfeito, uma norma proíba aquilo que outra imponha ou fomente. Caso haja normas incompatíveis, tal antinomia deverá ser solucionada pelo próprio ordenamento jurídico.

Com esse conceito de antinormatividade, casos que hoje são tratados quando da verificação da sua ilicitude podem ser resolvidos já no estudo do primeiro dos elementos da infração penal – o fato típico.

Para a tipicidade material, excluem-se dos tipos penais aqueles fatos reconhecidos como de bagatela, nos quais têm aplicação o princípio da insignificância. Afere-se aqui a importância do bem no caso concreto.

Qualificadoras do Homicídio

PATO FU EMTRA NA CONEXÃO

PA = Paga ou promessa de recompensa

TO - Outro motivo TOrpe

FU = Motivo FUtil

EM = EMprego de fogo, veneno, explosivo..

TRA = TRAição, emboscada, dissimulação...

CONEXÃO = Para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime.

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RECEPTAÇÃO

- Praticar receptação é uma fria... daquelas lá dos "ARTCOS"

A = Adquirir

R = Receber

T = Transportar

C = Conduzir

O = Ocultar

ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO

O QUE PODE FAZER O ASS. ACUS. (271/CPP)

- Há Promotores que não gostam da presença do Assist. da Acusação. Estes Promotores preferem "jogar" sozinhos e para eles o Ass. da Acs. tá entrando PRA PARAR o jogo.

PRA PARAR

- P = Propor meios de prova

- R = Requerer perguntas às testemunhas

- A = Aditar o libelo e os articulados

- PAR = PARticipar dos debates orais

- AR = ARrazoar os recursos do MP/seus

PRINCÍPOS DO JEC: ART. 2º DA LEI 9.099

Como assim preceitua o art. 2º da lei 9.099/95 os processos nessa lei se orientam pelos seguintes princípios:

Lembrem-se do elemento químico CESIO

Celeridade

Economia processual

Simplicidade

Informalidade

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Oralidade

CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA

A doutrina elenca alguns crimes que não admitem tentativa, ou seja, em tais infrações não é possível fracionar o iter criminis.

C ontravenções ( art. 4º da LCP)

C ulposos ( Imprudência, imper e neglig)

H abituais ( 229, 230, 284 )

O missivos próprios ( Art. 135 cp)

U nisubsistentes ( Injúria verbal )

P reterdolosos (dolo+culpa 129 3ºCP)

Obs.: Existem os crimes tentados ou de empreendimentos que são aqueles em que a tentativa já é punida como se fosse consumado o crime ( art. 352 e 358 do CP).

CRIMES CONTRA A HONRA: ARTS. 138, 139 E 140 DO CP

Olá pessoal, estou eu aqui mais uma vez com minhas viagens, das quais espero contribuir pelo menos um pouquinho nos estudo de vocês.

Comecemos pelos conceitos depois os macetes:

1. CONCEITOS:

CALÚNIA - falsa imputação de FATO CRIMINOSO a outrem.

DIFAMAÇÃO - imputação a alguém de FATO OFENSIVO a sua reputação.

INJÚRIA - ofensa à dignidade, decoro ou qualidade de outrem. Manifestação de desrespeito e desprezo.

2. MACETES:

"C" ALÚNIA - começa com "C" de CRIME

DI "FA" MAÇÃO - a segunda sílaba é "FA" de FATO

"IN" JÚRIA - essa eu não sei porque quem me ensinou é muito "IN"GUINORANTE. Pronto, sem querer eu injuriei o meu professor.

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Meio fraquinhos mas tenho certeza que irão lembrar de mim na hora da prova, pois tenha certeza que é com os macetes mais "babacas" que aprendemos e guardamos para sempre.

DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE: DOUTRINA

Nas palavras de Muñoz Conde, "no dolo eventual, o sujeito não quer o resultado, mas conta com ele, admite sua produção, assume o risco, etc." Se este vier a acontecer, pouco importa.

Na culpa consciente, o agente, embora prevendo o resultado, acredita sinceramente na sua não ocorrência.

Resumindo:

Dolo eventual = foda-se!

Culpa consciente = fudeu!

CRIMES HEDIONDOS: ART. 1º DA LEI 8072/90

GENEPI ATESTOU QUE O HOLEX É FALSO

GEN - Genocídio

EPI - Epidemia com resultado morte

AT - Atentado violento ao pudor

EST - Estupro

HO - Homicídio (qualificado e Gp de extermi.)

L - Latrocínio

EX - Extorsão (alguns casos)

FALSO - Falsificação de substância medicinal.

CONCURSO MATERIAL E FORMAL: ARTS. 69 E 70 DO CP

CONCURSOS DE CRIMES (art. 69 e 70 do CP)

- Concurso material: mais de uma ação ou omissão

- Concurso formal: apenas uma ação ou omissão

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: ART. 12 DA LEI 8.429/9

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Improbidade Administrativa

Mais um que lembrei agora (Quem quiser me corrigir, fique à vontade. É que eu posto de cabeça e às vezes erro feio!)

O agente público que incorre em improbidade administrativa é SUPER IRRESponsável

Consequências constitucionais

SU - SUspensão dos direitos políticos

PER - PERda da função pública

I - Indisponibilidade dos bens

RES - RESsarcimento ao erário

RECEPTAÇÃO: ART. 180 DO CP

verbos do crime de receptação!

chamam o militar recruta de ''RECO''

la vai!

''TRANSADINHA CON O RECO''

1- (TRANS)TRANSPORTAR

2- (AD)ADQUIRIR

3- (CON)CONDUZIR

4- (RE)RECEBER

5- (O)OCULTAR

ESTELIONATO: ART. 171 DO CP

Macete para guardar os verbos do crime de estelionato, art. 171, CP:

OVILIME

Obter

Vantagem Ilícita

Induzindo

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Mantendo alguém em Erro

regra para infração penal de menor potencial ofensivo, que se aplicam para as contravenções penais e crimes apenados no máximo de até 2 anos:

I nfração

P enal

M enor

P otencial

O fensivo

requisitos do art. 59, CP

CAC Policia Militar 3x Civil:

CACPMCCC

C ulpabilidade

A ntecedentes

C onduta social

P ersonalidade do agente

M otivos

C ircunstância

C onsequência do crime

C omportamento da vítima

CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS: DOUTRINA

Conflito aparente de normas se estabelece quando duas ou mais normas são, aparentemente, aplicáveis ao mesmo fato. A solução dá-se através de 4 princípios, chamados pela doutrina de " princípios que solucionam o conflito aparente de normas", a saber:

Macete: SECA

S ubsidiariedade

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E specialidade

C onsunção

A lternatividade

LATROCÍNIO: ART. 157, §3º

ROUBO TENTADO X HOMICIDIO CONSUMADO

ROUBO CONSUMADO X HOMICIDIO CONSUMADO

ROUBO TENTADO X HOMICIDIO TENTADO

ROUBO CONSUMADO X HOMICIDIO TENTADO

TODAS AS VEZES QUE O HOM.FOR CONSUMADO O LATROCINIO É CONSUMADO, AINDA QUE A COISA NAO SEJA SUBTRAIDA.

CRIMES PROGRESSIVOS E PROGRESSÃO CRIMINOSA: DOUT.

No crime progressivo o agente para alcançar um resultado passa necessariamente por uma conduta inicial que produz evento menos grave. ( Princípio da subsidiariedade )

Ex. lesão corporal até chegar no Homicídio, ou seja, para matar tem que lesionar primeiro.

Na progressão criminosa existe uma pluralidade de fatos de forma continuada,

( Princípio da consunção), mas como se fosse um único comportamento. Logo, é possível surgir as figuras do antefactum impunível (irrelevante penal)que se dá quando a conduta anterior é insignificante. Ex. Para furtar um TV no interior da casa tem que violar o domicílio necessariamente. Daí o art. 150 do CP fica absorvido pelo art. 155 (furto) do mesmo diploma legal.

E também a figura do pósfactum impunível - Seria o caso do agente subtrair um relógio e depois quebrá-lo, logo, aquele só responderia pelo furto e não pelo dano.

Obs. Entre Homicídio e ocultação de cadáver não há absorção e sim concurso material.

LESÕES CONTUNDENTES: MEDICINA LEGAL

Em Medicina Legal os tipos de lesões contundentes são:

RESEQ HBOSSA FLUFLEX

Rubefação

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Escoriação

EQuimose

Hematoma

BOSSA sero-sangüínea

Fratura

LUxação (ou entorse)

Ferida contuza

Lesão visceral

Explosões

Espero ter contribuído para um assunto "chato".

PRAZO PENAL E PRAZO PROCESSUAL

Ao contrário dos PRAZOS PROCESSUAIS em que não se inclui o dia do começo, no DIREITO PENAL inclui-se o dia do começo e são improrrogáveis mesmo que termine em domingo ou feriado. Não interessa o horário.

Diferença entre prazo penal e prazo processual: todo prazo cujo decurso leve a extinção do direito de punir é considerado penal. Assim o prazo decadencial de 6 meses para apresentação de queixa crime, embora seja prazo para realização de ato processual, seu fluxo leva a extinção de punibilidade. Outro exemplo é o prazo de 30 dias para o querelante dar andamento à ação exclusivamente privada ou à personalíssima, sob pena de extinção da punibilidade pela perempção. O prazo tem relação com o processo, mas afeta o jus puniendi e deve ser contado de acordo com o art. 10 do CP.

crimes inafiançáveis insuscetíveis graça e anistia

TRATOR ESMAGOU O TERROR HEDIONDO! Onde TRA-tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins; TOR- prática de tortura; TERROR-terrorismo; HEDIONDO-crimes hediondos

CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA

A doutrina elenca alguns crimes que não admitem tentativa, ou seja, em tais infrações não é possível fracionar o iter criminis.

C ontravenções ( art. 4º da LCP)

C ulposos ( Imprudência, imper e neglig)

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H abituais ( 229, 230, 284 )

O missivos próprios ( Art. 135 cp)

U nisubsistentes ( Injúria verbal )

P reterdolosos (dolo+culpa 129 3ºCP)

Obs.: Existem os crimes tentados ou de emprendimentos que são aqueles em que a tentativa já é punida como se fosse consumado o crime ( art. 352 e 358 do CP).

Qualificadoras do Homicídio

Basta lembrar que uma musica da banda pato fu, ta sendo baixada na net!!

PATO FU EMTRA NA CONEXÃO

PA = Paga ou promessa de recompensa

TO - Outro motivo TOrpe

FU = Motivo FUtil

EM = EMprego de fogo, veneno, explosivo..

TRA = TRAição, emboscada, dissimulação...

CONEXÃO = Para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime.

ITER CRIMINIS

Não é COPREXCO entender o iter criminis

ou seja,

CO= COGITAÇÃO

PRE=PREPARAÇÃO

EX= EXECUÇÃO

CO= CONSUMAÇÃO

FIXAÇÃO DA PENA: ART. 59 DO CP

'Primeiramente quero me desculpar com os colegas que fazem parte da corporação polícia militar, mas é necessário sacanear a corporação para lembrar do macete.

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Vamos lá: vamos aproveitar a aliteração (repetição de som consonantal) em PENA para pegar o gancho...fixação de pena em direito penal...lembra PM...

Fixação de Pena:PM tem CACO de COCO no CU.

PM - Personalidade e Motivo

CACO - Circunstâncias, Antecedentes e Conduta

COCO - Consequências e Comportamento da vítma

CU - Culpabilidade

EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE: ART. 107 DO CP

'Para lembrar do artigo comece pelo "0"...lembrar de zerar, extinguir, acabar...o "1" e o "7" juntos parecem um "P" no estilo gótico...que lembra punibilidade.

Então, você deve ler assim "0" (zera, extingue) o "17" ("P"...de punibilidade)

Agora vamos tentar lembrar de algo que induza a memorização das causas....

"Puni 3 representantes per magia"

Lembrar que com o fim da inquisição niguém mais é punido por praticar magia...Então extinguiu a punibilidade.

PUNI - lembrar de punibilidade

3 RE - renúncia, retratação e retroatividade de lei benéfica

PRE - prescrição, decadência e perempção

PER - (aqui devia ser usado "por", mas o macete é com PER) - perdão judicial

MAGI - morte, anistia, graça e indulto

EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE: ART. 107 DO CP

Para lembrar do artigo comece pelo "0"...lembrar de zerar, extinguir, acabar...o "1" e o "7" juntos parecem um "P" no estilo gótico...que lembra punibilidade.

Então, você deve ler assim "0" (zera, extingue) o "17" ("P"...de punibilidade)

Agora vamos tentar lembrar de algo que induza a memorização das causas....

"Puni 3 representantes per magia"

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Lembrar que com o fim da inquisição niguém mais é punido por praticar magia...Então extinguiu a punibilidade.

PUNI - lembrar de punibilidade

3 RE - renúncia, retratação e retroatividade de lei benéfica

PRE - prescrição, decadência e perempção

PER - (aqui devia ser usado "por", mas o macete é com PER) - perdão judicial

MAGI - morte, anistia, graça e indulto

Fases do "Inter Criminis"

Lembrei disso na prova com facilidade, foi assim:

Coprexco -

Co-cogitação

Pr-preparação

Ex-execução

Co-consumação

Sendo os dois primeiros impuniveis e os dois seguintes puniveis.

FIXAÇÃO DA PENA: ART. 59 DO CP

Primeiramente quero me desculpar com os colegas que fazem parte da corporação polícia militar, mas é necessário sacanear a corporação para lembrar do macete.

Vamos lá: vamos aproveitar a aliteração (repetição de som consonantal) em PENA para pegar o gancho...fixação de pena em direito penal...lembra PM...

Fixação de Pena:PM tem CACO de COCO no CU.

PM - Personalidade e Motivo

CACO - Circunstâncias, Antecedentes e Conduta

COCO - Consequências e Comportamento da vítma

CU – Culpabilidade

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ITER CRIMINIS

Não é COPREXCO entender o iter criminis

ou seja,

CO= COGITAÇÃO

PRE=PREPARAÇÃO

EX= EXECUÇÃO

CO= CONSUMAÇÃO

ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO

O QUE PODE FAZER O ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO (271/CPP)

Há Promotores que não gostam da presença do Assistente da Acusação. Estes Promotores preferem "jogar" sozinhos e para eles o Assistente da Acusação tá entrando PRA PARAR o jogo.

PRA PARAR

- P = Propor meios de prova

- R = Requerer perguntas às testemunhas

- A = Aditar o libelo e os articulados

- PAR = PARticipar dos debates orais

- AR = ARrazoar os recursos do MP/seus

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

ÚLTIMAS OBSERVAÇÕES:

1) O conhecimento é o produto do entendimento e da memorização, segundo a fórmula “CEM”:

C = E.M (conhecimento é igual o produto do entendimento e da memorização).

De fato, não basta entender determinado instituto de Direito Penal sem conseguir reter essa informação.

A recíproca é verdadeira: existem pessoas que possuem uma memória fantástica e muitas vezes

conseguem memorizar vários artigos do Código Penal, todavia encontram dificuldades no momento de

explicar determinado instituto que decorou.

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Ou seja, além do estudo da Lei em vigor (Direito Positivo), o candidato deve entender cada instituto de

Direito Penal preconizado no diploma legal, conforme as orientações acima elencadas.

2) Material de apoio – de nada adianta, porém, ter o conhecimento e a memorização necessária mas não

conseguir traduzir tudo isso numa linguagem objetiva e coerente e, sobretudo, observando-se as regras

gramaticais. De fato a ferramenta do trabalho do operador do Direito, além obviamente dos diplomas

legais e suas interpretações, é, sem dúvida alguma, o vernáculo e sua correta aplicação.

Nesse sentido, o candidato deve possuir uma gramática de boa qualidade, bem como um dicionário

jurídico e de latim.

Sugestões:

1- NOVISSIMA GRAMATICA DA LINGUA PORTUGUESA - NOVO ACORDO ORTOGRAFICO

Autor: CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Editora: EDITORA NACIONAL

2- VOCABULÁRIO JURÍDICO

Autor: DE PLÁCIDO E SILVA

Editora: FORENSE.

3 – LATIM NO DIREITO

Autor: Ronaldo Caldeira Xavier

Editora: FORENSE.

A IMPORTÂNCIA DO MATERIAL DE APOIO:

I – DICIONÁRIO OU VOCABULÁRIO JURÍDICO:

O dicionário ou vocabulário jurídico é imprescindível para o estudante do Direito, pois lhe dará

os conceitos e outras informações importantes acerca dos diversos institutos que irão ser

estudados em qualquer ramo do Direito, em especial do Direito Penal.

Nesse sentido infere-se que o candidato, além de conhecer, por exemplo, os princípios

constitucionais que norteiam o Direito Penal, deve, ainda e, sobretudo, ter a noção exata do

que se entende pela expressão PRINCÍPIO.

Pesquisando-se tal verbete em um bom dicionário ou vocabulário jurídico, certamente o

candidato irá constatar que os princípios são os valores fundamentais que inspiram a criação e

a manutenção do sistema jurídico. No Direito Penal, os princípios têm a função de ORIENTAR O

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LEGISLADOR ORDINÁRIO, no intuito de limitar o poder punitivo estatal mediante a imposição

de garantias aos cidadãos.

Com esse conhecimento, obviamente que fica muito mais fácil o estudo dos diversos princípios

em se fundamenta o Direito Penal.

II – DICIONÁRIO DE LATIM

O dicionário de latim também será uma ferramenta importante para a pesquisa e o estudo do

Direito Penal.

A título de exemplo podemos citar o brocardo jurídico NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE

PRAEVIA LEGE, que é citado quando do estudo do Princípio da Legalidade.

Ao consultar um bom dicionário de latim o candidato terá a tradução e, muitas vezes, a

explicação da origem das diversas frases latinas e que são rotineiramente utilizadas pelos

operadores do Direito Penal.

No exemplo citado a expressão traduzida como NÃO HÁ CRIME, NÃO HÁ PENA SEM LEI

PRÉVIA, significa o cerne do Princípio da Legalidade e que tem sua origem nos antecedentes

históricos do referido princípio, de autoria de Paul Johann Anselm Von Feuerbach (1775-1833).

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Por derradeiro, oportuno salientar que após o estudo de cada instituto de Direito Penal torna-se imprescindível para o aluno/candidato verificar se houve de fato real apreensão do material estudado.

Para tanto, existem ferramentas na Internet que podem ajudá-lo nesse desiderato.

Cite-se, como exemplo, os simulados propostos pelo site DIREITO NET (http://www.direitonet.com.br/testes/exibir/551/Simulado-para-concursos-Principios-do-Direito-Penal).

Assim, após o estudo dos princípios norteadores do Direito Penal, o site proporciona um simulado especifico para a matéria estudada, com o respectivo gabarito.

Exemplo:

Simulado para concursos - Princípios do Direito Penal

02/set/2014

Conceito e fundamento dos Princípios do Direito Penal.

1 - Qual das afirmações abaixo define corretamente o conceito do princípio da reserva legal?

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a) Não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal.

b) A pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico.

c) A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico.

d) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado.

e) A pena deve estar proporcionada ou adequada à magnitude da lesão ao bem jurídico representado pelo delito e a medida de segurança à periculosidade criminal do agente.

2 - O princípio da proporcionalidade:

a) proíbe a adequação típica por semelhança entre fatos.

b) determina que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados.

c) determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do fato.

d) determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

e) determina que todos são iguais perante a lei penal.

3 - Com relação ao princípio da anterioridade da lei, marque a alternativa correta.

a) O direito penal intervém somente nos casos de maior gravidade, protegendo uma parte dos interesses jurídicos.

b) Para que haja crime e seja imposta pena é preciso que o fato tenha sido cometido depois de a lei entrar em vigor.

c) A lei posterior mais severa tem efeito "ex nunc".

d) Apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.

e) O direito penal só deve ser aplicado quando a conduta defende um bem jurídico, não sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.

Vamos imaginar que o aluno faça as seguintes opções em face do simulado proposto:

1- A

2 – B

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3 – B

Consultando-se o gabarito ofertado pelo site, o aluno obterá as seguintes informações:

Confira abaixo o gabarito e as respostas comentadas:

Questão 1 -

Você acertou

Parabéns! A resposta certa é a letra A. De acordo com o art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal e art. 1º, do Código Penal, "não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal". Assim, a alternativa correta é a letra "A".

A letra "B" traz a definição do princípio da culpabilidade, a letra "C" traz a definição do princípio da intervenção mínima, a letra "D" traz a definição do princípio da pessoalidade, e a letra "E" traz a definição do princípio da individualização da pena.

Questão 2

Você errou

Sua resposta foi a letra B, mas a resposta certa é a letra C. "Chamado também 'princípio da proibição de excesso', determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do fato. Significa que a pena deve ser medida pela culpabilidade do autor. Daí dizer-se que a culpabilidade é a medida da pena" - JESUS, Damásio E. Direito Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 11. Desta forma, a alternativa correta é a letra "C".

A letra "A" traz a definição do princípio da proibição da analogia "in malam partem", a letra "B" traz a definição do princípio da humanidade, a letra "D" traz a definição do princípio da presunção da inocência, e a letra "E" traz a definição do princípio da igualdade.

Questão 3

Você acertou

Parabéns! A resposta certa é a letra B. De acordo com o art. 5º, XXXIX, da CF, e art. 1º, do CP, bem como as lições do ilustre doutrinador Damásio E. de Jesus em seu livro Direito Penal - Parte Geral, 26ª ed., v. I, p. 9, "não há crime sem lei anterior que o define; não há pena sem prévia cominação legal. Para que haja crime e seja também imposta a pena é preciso que o fato tenha

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sido cometido depois de a lei entrar em vigor". Assim, a alternativa correta é a letra "B".

A letra "A" traz a definição do princípio da fragmentariedade, a letra "C" traz a definição do princípio da irretroatividade da lei, a letra "D" traz a definição do princípio da adequação social, e a letra "E" traz a definição do princípio da ofensividade.

Nesse simulado o aluno facilmente irá constatar que precisa estudar um pouco mais o princípio da proporcionalidade, que foi a única questão que ele errou.

Ou seja, o simulado serve de termômetro para que o aluno constate se os estudos que está fazendo de Direito Penal está correto ou se precisa de algum ajuste quanto às fontes de pesquisas, intensidade do estudo etc.

O PRESENTE MANUAL FOI ELABORADO PELO PROFESSOR DE DIREITO PENAL DA UNIMEP JOSÉ LUIZ JOVELI.

Qualquer dúvida ou reclamação, favor entrar em contato com o email: [email protected]

Dormientibus non succurrit jus (O Direito não socorre aos que dormem)