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Análise de vibração em máquinas de baixa velocidade

Análise de vibração aplicada em máquinas rotativas de baixa velocidade.

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Análise de vibração em máquinas de baixa velocidade

Autores:Edgar A. Estupiñan ([email protected])Professor Dpto. de Engenharia MecânicaUniversidade de TarapacáCasilla 6-D – Arica (Chile)

Pedro N. Saavedra ([email protected])Professor Dpto. de Engenharia MecânicaUniversidade de ConcepciónCasilla 160-C – Concepción (Chile)

Tradução: Mundo Mecânico -2011

RESUMOPrevendo a presença de defeitos nos rolamentos de máquinas que operam em baixa velocidade, usar a análise espectral das vibrações é uma tarefa difícil. As vibrações geradas por estas máquinas são de baixa amplitude e o nível de ruído em muito dos casos pode ser o suficiente para não ser capaz de identificar as vibrações geradas pela presença de defeitos.Este Trabalho ilustra tanto os testes de laboratório como os casos históricos e reais da industria de celulose e papel. Com uma análise integrada do espectro e de forma de onda é possível detectar defeitos em mancais de máquinas de baixa velocidade. Também é ilustrado com a análise de um caso, a utilidade da técnica PeakVue de análise de vibrações de alta freqüência.

INTRODUÇÃOHoje as indústrias mais modernas, dentro de seus programas de manutenção preditiva, utilizam o monitoramento da análise de vibração, a fim de estabelecer o que o estado de saúde mecânica do equipamento e, em particular seus elementos mais críticos, tais como rolamentos, mancais, engrenagens, e desta forma prevenir falhas catastróficas.Sem dúvida, quando as máquinas giram a baixa velocidade, a análise é complicada, principalmente porque a magnitude das forças dinâmicas que geram as vibrações diminui com a velocidade de rotação. Por exemplo, o desbalanceamento gera uma força centrifuga proporcional ao quadrado da velocidade.Alem disso, máquinas de baixa velocidade normalmente são maiores em tamanho e peso, portanto o sinal de vibração medido nos mancais é frequentemente de baixíssima amplitude e baixa relação sinal-ruído.Para analisar as vibrações provenientes de máquinas de baixa velocidade exige-se uma seleção adequada e uso de componentes que formam a cadeia de medição, a fim de obter a melhor razão possível do sinal-ruído, Robinson(1995).Neste artigo, o termo “máquina de baixa velocidade” refere-se a máquinas que operam entre 6 e 300 cpm (ciclos por minuto). Os rolamentos são componentes mais críticos de máquinas e que falham com mais freqüência. O estudo realizado neste trabalho tem se concentrado principalmente no diagnóstico de defeitos de rolamentos de baixa velocidade, utilizando diversas técnicas de análise de vibração.EXATIDÃO NO DIAGNÓSTICO DE FALHAS DE ROLAMENTOS

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Os rolamentos atuam como uma fonte de ruído e vibração devido tanto a variação de medida como a presença de defeitos neles, mesmo que geometricamente perfeitos, Tandon (1992 e 1999).Defeitos em rolamentos podem ser classificados e distribuídos (rugosidade da superfície, ondulações nas pistas e elementos rolantes desiguais) e localizados (trincas, mordeduras, ressaltos, corrosão e fragmentação). Esta seção descreve algumas das técnicas de análise de vibração que podem ser usadas para identificar defeitos típicos que se encontram nos rolamentos.Dependendo da localização do defeito no rolamento, gera-se vibrações de diferentes freqüências. Quando uma área defeituosa faz contato com a sua superfície, produz-se pulsos periódicos de curta duração. Os períodos com que se produzem tais pulsos é em função da geometria do rolamento, da velocidade de rotação e da localização do defeito, Harris (1966), Berry (1991).Suas freqüências são comumente associadas como BPFO, BPFI, BSF e FTF e pode ser calculada analiticamente ou usando algum software comercial.

BPFO (Ball pass frequency of the outer race) é a frequência de passagem dos elementos rolantes por um defeito na pista externa.BPFI (Ball pass frequency of the inner race) é a frequência de passagem dos elementos rolantes por um defeito na pista externa.BSF (Ball spin frequency) é a freqüência de giro dos elementos rolantes FTF (Fundamental train frequency) é a frequência de giro da gaiola

ANÁLISE ESPECTRAL, MÉDIAS E RESOLUÇÃO DE FREQUÊNCIAA análise de frequência (ou espectral) é a técnica mais comumente utilizada para diagnóstico de falhas através da análise de vibração. Você pode identificar falhas típicas como rotor desbalanceado, desalinhamento, frouxidão e defeitos mecânicos em rolamentos. A idéia básica da análise de frequência é encontrar a relação existente entre a frequência discreta dos componentes presentes no espectro e a frequência de forças dinâmicas que geram as vibrações.A figura 1 mostra o espectro de aceleração vibracional do rolamento do rolo superior lado livre, da quarta prensa de uma máquina de papel, que gira em 31 rpm.

O rolamento é SKF-23276 e o BPFO é 7.77 x RPM. Para verificação periódica na maioria das máquinas, é comum o uso de um espectro com 400 linhas, obtido de quatro médias, como mostrado na figura 1. No entanto, quando os níveis de vibração são baixos, o ruído eletrônico e do ambiente podem mascarar os componentes espectrais devido a vibração e fazer que a análise espectral seja difícil. Faz-se necessário então, obter medições com uma melhor razão sinal-ruído (SNR*2) e durante a fase de coleta de dados de vibração é possível melhorar a SNR incrementando o número de médias e melhorando a resolução da frequência (utilizando mais linhas de espectro). Adicionalmente requer-se o uso de sensores com baixo ruído elétrico (inerente) e alta sensibilidade.

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Fig. 1. Espectro de aceleração vibratória (4 médias e 400 linhas de resolução) Por meio da média espectral se reduz a variação das amplitudes espectrais do ruído aleatório em proporção direta a raiz quadrada do número de médias, Robinson et.AL(1992).O espectro da figura 2(a) foi obtido com um maior número de médias(100) e pode-se observar que o espectro é mais suave que o mostrado na figura 1.No entanto, mesmo com este espectro não é possível distinguir os componentes da vibração real, devido a baixa SNR. Agora se você tomar a medição com maior número de linhas (3200), a energia é distribuída entre maior número de pontos discretos, diminuindo assim a amplitude espectral dos componentes aleatórios produzidas pelo ruído como se pode observar na figura 2(b).Neste espectro, que possui uma melhor SNR é possível identificar as componentes devido a vibração, as quais correspondam a múltiplos BPFO do rolamento, indicando assim a presença de um defeito na pista externa.*2 SNR : Razão sinal-ruído, proveniente da terminologia inglesa: Signal to Noise Ratio

(a) Espectro adquirido com 400 linhas e 100 médias

(b) Espectro adquirido com 3200 linhas e 100 médiasFig. 2. Espectros de rolamento com um defeito na pista externa. (rotação = 31cpm)

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ANÁLISE DA FORMA DE ONDAA análise da forma de onda da vibração é um tempo de domínio de técnicas mais úteis para a detecção de defeitos em rolamentos. Por exemplo, a análise da forma de onda da aceleração vibratória para identificar os impactos da passagem dos elementos rodantes de um defeito localizado, e por meio de sua periodicidade e sua relação com a frequência de falha em identificar a localização do defeito (pista interna, externa ou gaiola)A figura 3 mostra o espectro de frequência em forma de onda da vibração gerado por um rolamento com defeito na pista externa. O rolamento pertence a um pequeno agitador, cuja velocidade nominal é de 60 cpm. Analisando o espectro não é possível determinar se o rolamento tem uma falha. O espectro não tem nenhum componente espectral discreto com uma frequência claramente definida, devido ao agitador mudar ligeiramente a velocidade durante a tomada de dados, causando uma dispersão dos componentes espectrais. Entretanto a análise do sinal de vibração no domínio do tempo permitiu a identificação de um defeito no rolamento, mesmo quando aconteceu a mudança de velocidade da máquina durante a tomada de dados. Na figura 3(abaixo) pode-se identificar claramente os picos que se produzem cada vez que um elemento rolante passa sobre o defeito. O tempo que ocorre entre um pico e outro corresponde aproximadamente ao inverso do BPFO, confirmando a existência de um defeito na pista externa. A frequência tem algumas pequenas mudanças, que naturalmente são relacionadas à variação de velocidade do agitador.

Fig. 3. Espectro e forma de onda de rolamento com pista externa defeituosa e velocidade variável

Para realizar a análise espectral em máquinas que variam sua velocidade utilizando a técnica de análise de Ordens (Order Tracking Analysis), com a qual o analisador de FFT usa uma frequência de amostra que está diretamente relacionada à velocidade de rotação do eixo, Harris (1988).Para Ao utilizar as técnicas de análise de Ordens, no caso do agitador, obtemos o espectro da Figura 4, onde, pode-se identificar claramente os componentes harmônicos da BPFO, ao contrário do espectro obtido com a análise normal.

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Fig. 4. Espectro obtido com a análise de Ordens

ANÁLISES DE CASOS HISTÓRICOS DA INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPELNeste caso analisamos o rolamento frontal do motor superior da terceira prensa de secagem, cuja velocidade de rotação é de 31 cpm. A Figura 5 mostra o espectro e forma de onda da vibração axial coletada com o acelerômetro de 500mV/g, e uma frequência máxima de 200 hz. Na forma de onda pode-se identificar impactos repetitivos com uma periodicidade equivalente ao inverso do BPFI do rolamento SKF 23276. Também pode-se notar que para cada revolução do eixo, quando o defeito passa na zona de carga do rolamento, produz-se os impactos de maior magnitude. No espectro da Figura 5, o cursor marca o BPFI e suas harmônicas (letra D) e ao redor deles identificam-se bandas laterais separadas pela frequência de rotação. As linhas pontilhadas na figura indicam os valores teóricos da BPFI e seus harmônicos, os quais, como se pode observar diferem ligeiramente dos reais, devido às variações na carga axial e a um deslizamento entre os elementos rolantes e as pistas.

Fig. 5. Espectro e forma de onda da vibração axial. (Rolamento da terceira prensa)

Com as informações obtidas a partir das vibrações geradas pelo rolamento, o pessoal de manutenção decidiu programar a troca. A Figura 6 mostra a fotografia do rolamento com defeito e observar-se claramente os defeitos localizados na pista

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interna, sendo consistente com o esperado de acordo com as análises de vibração realizadas anteriormente.

Fig. 6. Rolamento da terceira prensa com defeitos na pista interna.

A Figura 7 mostra o espectro e a forma de onda da vibração, obtidos, após a troca do rolamento defeituoso. Você pode notar a grande diferença entre este espectro e o obtido antes da substituição do rolamento. O novo espectro é útil como referência para identificar a ocorrência de defeitos no futuro.

Fig. 7. Espectro e forma de onda adquiridos depois da troca do rolamento.

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Fig. 8. Evolução do espectro da vibração axial do rolamento do motor da segunda prensaROLAMENTO COM UM DEFEITO LOCALIZADO NA PISTA INTERNA E UM DESLIZAMENTO NO EIXO Neste caso, analisa-se o rolamento do lado motriz de um dos rolos da segunda prensa de secagem, que gira a uma velocidade de 43,5 cpm. As Figuras 8 e 9 mostram os espectros e formas de onda da vibração axial e sua evolução a partir de 09 de outubro (quando foi detectada uma mudança significativa na vibração) até 02 de Novembro de 1999. O rolamento é um SKF 23184 e a BPFI é de 11.7 x RPM. As linhas tracejadas no gráfico designadas pela letra “G” indicam a localização noi espectro da BPFI e suas hamônicas.Conforme mostrado na Figura 8, nas fases iniciais da falha, a análise espectral não fornece informações claras sobre a origem do problema. Entretanto, ao analisar a forma de onda (Figura 9) podemos identificar os impactos repetitivos que ocorrem desde o início do defeito. Podemos ver também que a frequência desses impactos variou ao longo do tempo, o que é considerado como um sintoma estranho, considerando que a velocidade de rotação permaneceu constante (43,5 cpm).Na Figura 9, podemos identificar duas periodicidades: A periodicidade dos ciclos de impacto, correspondente ao tempo que transcorre entre os impactos de maior amplitude e a periodicidade entre impactos, a qual corresponde ao tempo entre um impacto e o seguinte. Na Figura 9 pode-se notar que ocorrem dois ou três impactos por cada ciclo de período dos impactos.

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Fig. 9. Evolução da forma de onda da vibração axial do Rolamento motriz da segunda prensaA chave para diagnosticar que o rolamento tinha uma pista interna defeituosa, foi que em todos os casos, os intervalos entre um e outro impacto variou na mesma proporção que o fez na periodicidade de cada ciclo de geração de impactos. Também se deve ter em conta que o defeito está na pista interna. Os impactos de grande escala ocorrem sempre que o defeito passa pela zona de carga e isso se produz uma vez por cada revolução do eixo. Embora a velocidade de rotação sempre fosse a mesma, a periodicidade do ciclo de impactos mudou com o tempo, provavelmente devido a um ajuste insuficiente entre a pista interna do rolamento e eixo, permitindo deslizamentos ocasionais.Segundo a análise realizada, foi diagnosticado que o rolamento provavelmente tinha um defeito na pista interna e também estava deslizando sobre o seu eixo, portanto, a equipe de manutenção programou a troca do rolamento para 02 de Novembro. A Figura 10 mostra (esquerda) mostra o defeito encontrado na pista interna e a Figura 10 (direita) mostra a superfície do eixo em que o rolamento é suportado e pode-se ver nelas marcas causadas pelo deslizamento entre o anel interno do rolamento e eixo, confirmando assim o diagnostico feito anteriormente.

Fig. 10. Defeito localizado na pista interna (esquerda), e superfície do eixo sobre o qual apóia o rolamento (direita).

Um Após o rolamento ter sido trocado, o espectro e a forma de onda da vibração axial do rolamento são mostrados na Figura 11. Observa-se a ausência de impacto na forma de onda e de componentes espectrais significativos. Analisando este caso, pode-se ilustrar a utilidade da análise da forma de onda para diagnosticar um problema que apresentou sintomas atípicos e onde as técnicas tradicionais de diagnóstico não foram eficazes.

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Fig. 11. Espectro e forma de onda da vibração, depois que o rolamento foi substituído

DETECÇÃO DE TRINCAS EM POLÍN(*) E ROLAMENTOS COM DEFEITO NA PISTA INTERNA

(*) O tradutor não conseguiu uma correspondência para polín. Provavelmente os autores falam da do tambor da prensa (polia). Também define-se polin como estrutura (viga “C”). Polines = vigas U, C, T em aço

Imagem ilustrativa

Neste caso, realizou-se a análise de vibração e ruído proveniente dos tambores superior e inferior da terceira prensa de secagem, os quais giram a uma velocidade de 56,3 cpm. Um dos operadores de máquinas notou um barulho estranho vindo do tambor superior, portanto, o objetivo inicial da análise foi para determinar a fonte do ruído e portanto tomar medidas corretivas.

A Figura 12 mostra os espectros da aceleração da vibração dos rolamentos lado livre e lado acoplamento, adquiridos com um acelerômetro de 100mV/gv e com uma frequência máxima de analise de de 200 kcpm. Analisando os espectros , pode-se identificar componentes harmônicas de duas vezes a frequência da linha elétrica (6000 cpm) e componentes discretas a 28.2 kcpm e 130 kcpm.

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Fig. 12. Espectro dos rolamentos lado motriz (interno) e lado livre (externo) (Fmáx = 200kcpm).

A causa mais provável da vibração a 130.57 com é que corresponde a excitação de uma frequência natural. Utilizou-se a técnica de análise de Peakvue3 para identificar que os componentes de baixa frequência são os que produzem as ondas de esforço que produzem tal excitação. Canadá et AL (1998). Para a análise com Peakvue, requer-se um filtro que corte os componentes de baixa frequência, para isto, utilizou-se um filtro passa alta com frequência de corte de 500 Hz

A Figura 13 mostra os espectros obtidos com a análise do Peakvue e pode-se identificar freqüências harmônicas de 12.7 x RPM, correspondentes ao BPFI do rolamento lado motriz do rolo inferior (SKF-23160). No entanto, também são notórias freqüências harmônicas de BPFI/2, a qual corresponde tipicamente a um comportamento não linear da estrutura. A resposta estacionária de sistema não lineares devido a uma excitação periódica, em este caso é a BPFI, que é caracterizada por harmônicas e sub-harmônicas da frequência de excitação, dependendo da classe de não linearidade, Harris(1988). Uma das causas mais prováveis do comportamento não linear para este caso, seria a presença de trincas no tambor.

Peakvue Analysis : É uma técnica de análises patenteada por Computational System Incorporated (CSI).

Considerando ainda que nos espectros de Peakvue dos mancais, aparecem componentes a 1xRpm, 2xRpm e 3xRpm, o pessoal de manutenção, solicitou uma análise de ultrasom, a qual confirmou a presença de trincas no tambor e este foi trocado, evitando assim possível falha catastrófica na máquina.

O fato de que as componentes espectrais do BPFI não apreçam na zona de baixa frequência significa que o defeito na pista interna ainda encontra-se em fase inicial da falha. Recomenda-se, portanto, para este caso monitorar a evolução do defeito e considerar o momento mais oportuno para a troca. Com a análise deste caso histórico, ilustra-se a utilidade de técnicas pouco tradicionais como a do peakvue para detectar falhas incipientes em rolamentos.

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Fig. 13. Espectros de Peakvue dos rolamentos lado motriz (interno) e lado livre (externo) do tambor inferior

Fig. 14. Espectro normal (acima) e do Peakvue (abaixo) do rolamento lado motriz do tambor superior

A Figura 14 (superior e inferior) mostra o espectro obtido a partir de uma análise normal e o espectro da análise Peakvue da vibração do “mancal” (descanso) motriz do tambor superior. Se compararmos apenas espectros da vibração dos tambores superior e inferior, não é possível determinar qual deles esta com defeito, devido aos espectros terem uma aparência similar, No entanto analisando os espectros de peavue Figura 13 (inferior) e figura 14 (inferior), observa-se claramente a diferença entre eles e pode-se afirmar que o tambor inferior é a fonte do problema, apesar de que aparentemente para o operador da máquina, o ruído provinha do tambor superior.

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CONCLUSÕES

Por meio deste trabalho, se pode demonstrar que o uso da análise de vibração é viável para monitorar e diagnosticar o estado da condição mecânica de máquinas de baixa velocidade e em particular de seus rolamentos considerados como elementos fundamentais para seu bom desempenho. Para se chegar a um diagnóstico preciso é necessário realizar estudos de suas vibrações, utilizando de forma integrada várias técnicas disponíveis hoje em dia nos vários equipamentos de análise de vibração modernos. Para a análise de vibrações de frequências mais baixas, deve-se fazer uma seleção adequada e uso de componentes que compõem a cadeia de medição, de modo que seus componentes não sejam filtrados ou atenuados. Na etapa de medição da vibração, deve-se realizar grandes esforços para a melhoria da relação sinal-ruído, a fim de obter informações mais confiáveis para a análise e para alcançar cada vez diagnósticos mais precisos.

Alguns tipos de filtros:

Passa-altas: remove freqüências baixasPassa-baixas: remove freqüências altasPassa-banda (ou passa-faixa): permite a passagem apenas de uma faixa de freqüênciasRejeita-banda (ou rejeita-faixa): bloqueia freqüências dentro de uma faixaPassa-tudo: mantém intactas as amplitudes de todas as freqüências, mas altera suas fases

BIBLIOGRAFIARobinson, J. C., P/PM Technology, Vol. 8, 1995, N°6, pp. 47-50.Tandon, N. Nakra, B. C. The Shock and Vibration Digest, Vol. 24,1992, N°3, pp. 3-10.Tandon, N. Choudhury, A. Tribology International, Vol. 32, 1999,pp. 469-480.Harris, T. A. Rolling Bearing Analysis. John Wiley & Sons, Inc.,N.Y., 1966.Berry, E. B. Sound and Vibration, Vol. 25, 1991, N°11, pp. 24-27.Robinson, J. LeVert F.E, Mott. Sound and Vibration, Vol. 26, 1992,N°5, p. 22-30.Harris, C. M. Shock and vibration handbook. McGraw Hill, N.Y.,(1988).Canada, R., Piety, K and Robinson, J. Application Paper CSI., (1998).

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