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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 07.julh0.2014. "A melhor maneira de ser feliz é gostar de seus problemas." (Woody Allen) Especialistas chamam atenção para parcelamento de dívidas 7 de julho de 2014 08:12 Fernanda Bompan O segundo semestre começa com oportunidades para os pequenos empresários resolverem suas pendências tributárias. Especialistas chamam atenção para que esses executivos façam já um planejamento a fim de aproveitar os parcelamentos e também acompanhem as mudanças nas regras, principalmente com o Simples Nacional, o que pode vir, inclusive, como Instrução Normativa. Profissionais das áreas de direito tributário e contadores entrevistados pelo DCI disseram que, neste momento, a principal oportunidade é a reabertura, por meio da Lei 12.996 de 2014, do prazo de adesão ao chamado Refis da Crise, apelidado de Refis da Copa. Eles alertam, porém, para que não se perca o prazo que vai até 29 de agosto. “É claro que a reabertura do Refis foi feita para elevar a arrecadação de impostos para a Receita Federal, mas é um benefício para quitar a dívida com desconto de juros ou redução de multa”, afirma o coordenador da área de regularização da Prolink Contábil, Aristeu Tolentino. Os débitos administrados pela Receita Federal pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que poderão ser incluídos no parcelamento são aqueles vencidos até 31 de dezembro de 2013. O pagamento poderá ser à vista – o que neste caso, a multa de mora e de ofício pode ser excluída, por exemplo – ou até em 180 meses. Por outro lado, Tolentino, além de chamar a atenção para o final do prazo de adesão, afirma que o planejamento é importante porque se não houver o pagamento por três vezes, a dívida volta ao patamar anterior. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 07.julh0.2014.

"A melhor maneira de ser feliz é gostar de seus problemas." (Woody Allen)

Especialistas chamam atenção para parcelamento de dívidas 7 de julho de 2014 08:12

Fernanda Bompan

O segundo semestre começa com oportunidades para os pequenos empresários resolverem suas pendências tributárias. Especialistas chamam atenção para que esses executivos façam já um planejamento a fim de aproveitar os parcelamentos e também acompanhem as mudanças nas regras, principalmente com o Simples Nacional, o que pode vir, inclusive, como Instrução Normativa.

Profissionais das áreas de direito tributário e contadores entrevistados pelo DCI disseram que, neste momento, a principal oportunidade é a reabertura, por meio da Lei 12.996 de 2014, do prazo de adesão ao chamado Refis da Crise, apelidado de Refis da Copa. Eles alertam, porém, para que não se perca o prazo que vai até 29 de agosto.

“É claro que a reabertura do Refis foi feita para elevar a arrecadação de impostos para a Receita Federal, mas é um benefício para quitar a dívida com desconto de juros ou redução de multa”, afirma o coordenador da área de regularização da Prolink Contábil, Aristeu Tolentino.

Os débitos administrados pela Receita Federal pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que poderão ser incluídos no parcelamento são aqueles vencidos até 31 de dezembro de 2013. O pagamento poderá ser à vista – o que neste caso, a multa de mora e de ofício pode ser excluída, por exemplo – ou até em 180 meses.

Por outro lado, Tolentino, além de chamar a atenção para o final do prazo de adesão, afirma que o planejamento é importante porque se não houver o pagamento por três vezes, a dívida volta ao patamar anterior.

Questionado se essas medidas podem favorecer uma inadimplência “programada”, o tributarista Bruno Zanim, do Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida, Esteves Advogados não descarta essa possibilidade. Mas afirma que a maioria prefere pagar os impostos em dia.

“No caso do Refis, a parcela pode chegar até a R$ 100 por mês. Além disso, as empresas optam por se regularizar porque, desta forma, podem concorrer em licitações. Se o empresário se programar para não pagar imposto e investir, vai ter prejuízo de qualquer forma, porque os juros da dívida são a Selic [taxa básica]“, explica Bruno Zanim. Hoje, a taxa Selic está em 11% ao ano.

O tributarista Geraldo Wetzel Neto, do Bornholdt Advogados, entende que a sucessão de aberturas de parcelamentos tanto do governo federal quanto dos estados podem até gerar essa inadimplência “planejada”. “Mas os empresários inclusive os pequenos estão ciente de que não dá para ter certeza

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quando o governo irá abrir um novo Refis. Já aconteceu de ficarem três anos sem um”, acrescenta o advogado.

No entanto, Wetzel Neto comenta que a situação econômica atual do País somada à insegurança do consumidor pode levar a ter um aumento na inadimplência. “Tenho clientes que já afirmam que a produção está 20% menor do que em 2013. E tenho ouvido do mercado que a situação é ruim em geral. Quando isso acontece, as empresas optam por não pagar impostos. Ao mesmo tempo, com a pressão inflacionária, o preço final ao consumidor sobe, o que pode até aumentar o faturamento onde o imposto para quem está no Simples é recolhido. Por não uma alta por demanda, pode gerar mais inadimplência.”

Simples Nacional

Todos os especialistas alertam ainda para que os empresários fiquem atentos às mudanças na regra do Simples Nacional. A alteração da Lei Complementar 123 de 2006, conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, está em fase final de tramitação no Senado, como projeto de lei da câmara (PLC) 60 de 2014.

“Os empresários precisam verificar desde já se será melhor optar ou não pelo Simples. Acredito que 80% vai escolher esse regime”, sugere Tolentino. O PLC possibilitará a inclusão de cerca de 140 setores, com impacto em 500 mil empresas em todo o País.

Por outro lado, Zanim lembra que mudanças no regime simplificado podem vir apenas por meio de Instrução Normativa da Receita, que serve como uma norma complementar administrativa ou uma orientação.

“A atualização da lei certamente é um avanço, pois as micro e pequenas empresas precisam de tratamento diferenciado e da tão almejada simplificação”, diz o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (SesconSP), Sérgio Approbato Machado Júnior. Entretanto, ele destaca que a mobilização ainda deve continuar para a finalização positiva da tramitação, a fim de cobrar do governo a promessa de revisão das alíquotas das tabelas do sistema simplificado e também pela extinção definitiva da substituição tributária.

viaEspecialistas chamam atenção para parcelamento de dívidas.

Mais informações:

Aberta temporada para refinanciar débitosDívidas fiscais e previdenciárias vencidas até 2008 têm prazo de adesão até dia 29 de julho; entre 2009 e 2013 até 29 de agostoMarco AurélioJornal de Roraima

Empresas que pretendem parcelar débitos tributários com a Receita Federal têm prazo de adesão ao chamado “REFIS DA CRISE (Lei 11.941)”, apelidado de “REFIS DA COPA (12.973/14)”. O delegado da Receita Federal em Roraima, Omar Rubim, disse que os contribuintes, pessoas físicas e pessoas jurídicas, com dívidas vencidas até dezembro de 2013, podem aderir ao programa de parcelamento até 29 de agosto de 2014.

Omar afirmou que essa adesão é extremamente vantajosa, porque é uma oportunidade oferecida pela legislação. Esses dois projetos de Lei objetivam dar um fôlego para as empresas que estão em dívida com

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a Receita Federal. “Em Roraima, estamos fazendo um apanhado dos maiores devedores, tanto pessoa física quanto jurídica, para fazer um trabalho forte de divulgação das facilidades e dos ganhos em termos de redução das dívidas para quem aderir a essa nova oportunidade. Há casos em que a redução da multa chega a 100%”, comentou.

O contribuinte com dívidas vencidas entre 2009 a 2013, o chamado Refis da Copa, tem prazo até 29 de agosto, com adiantamento de 10% do valor total referente à entrada do refinanciamento da dívida. Já em relação aos débitos vencidos até dezembro de 2008, o contribuinte fugirá desse adiantamento, e a adesão pode ser feita até 29 de julho, dentro do prazo do Refis da Crise. A lei que possibilita o parcelamento de débitos tributários teve prazo reaberto e posteriormente alongado. São dívidas vencidas, débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e débitos para com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que têm diversos benefícios especiais.

Conforme a legislação, se a dívida for paga à vista ou pelo parcelamento tradicional do Fisco (até 60 meses), haverá redução de até 100% das multas e de 45% dos juros. Se o contribuinte desejar parcelar o débito em até 180 meses, a redução será menor: até 60% da multa e 30% nos juros. “Quanto menor o prazo para o pagamento, maior a redução, que leva em consideração o valor, o período do Refis da Crise e o período do Refis da Copa até 2013, de dívidas vencidas até o ano passado”, informou.

O contribuinte pode requerer o parcelamento da dívida pela internet, nos sítios da Receita Federal até 29 de agosto de 2014, com utilização de Código de Acesso ou Certificado Digital. A Receita Federal só disponibilizou o sistema para adesões de débitos vencidos até 30/11/2008. “Esse processo será feito pela internet, mas o dispositivo ainda não foi liberado pela Receita. A regulamentação e a normatização de como fazer ainda não está disponível, e a Receita Federal em Roraima está aguardando uma definição do órgão central para definir a data a partir da qual pode-se viabilizar a opção”, comentou o delegado da Receita Federal em Roraima, Omar Rubim.

Mais informações:

Regularização Fiscal: Refis da Crise e Refis da CopaContribuintes dispõem de duas oportunidades para regularização das dívidas junto ao Fisco federal, devendo atentar para os prazos.

postado 30/06/2014 14:38 - 4869 acessos

Enquanto os olhos do mundo estão voltados ao Brasil para acompanhar os jogos da Copa do Mundo, o Governo Federal trabalha na busca de alternativas para a recomposição das receitas públicas comprometidas com os altos investimentos para a realização do evento.

A primeira dessas soluções, que visa o reabastecimento dos cofres públicos federais, foi regulamentada pela Portaria Conjunta nº 9 elaborada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e pela Receita Federal do Brasil.

Essa Portaria objetiva normatizar os procedimentos para que os cidadãos ou empresas que tenham débitos federais possam regularizar sua situação fiscal. Embora seja uma oportunidade para regularização do passivo tributário federal, os contribuintes devem estar atentos de que não se trata de um novo programa de parcelamento especial, mas, sim, de reabertura do prazo para adesão ao chamado “Refis da Crise de 2008”, o que implica no fato de somente serem parceláveis os débitos federais vencidos até 30 de novembro de 2008.

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Por outro lado, a segunda alternativa, apresentada em 18 de junho de 2014, com a publicação da Lei nº 12.996/2014, vem sendo chamada de “Refis da Copa”, e, embora autorize a inclusão no parcelamento, dos débitos tributários vencidos até 31/12/2013, impõe condições mais severas para a adesão a esse programa, já que para as dívidas parceladas de até R$ 1.000.000,00 o contribuinte deverá antecipar o correspondente a 10% do valor do débito. Já para os débitos superiores a esse valor, a antecipação deverá corresponder a 20% do montante da dívida objeto do parcelamento. Em ambos os casos, a antecipação poderá ser dividida em até cinco parcelas iguais e sucessivas.

O prazo para a adesão ao Refis da Crise vai até 31 de julho de 2014, tanto para o pagamento à vista quanto para o parcelamento, já para a adesão ao Refis da Copa o prazo vence no dia 29 de agosto de 2014.Ambos os parcelamentos poderão ser feitos em até 180 meses, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a R$ 50,00 em se tratando de débitos de pessoas físicas, ou de R$ 100,00 caso o débito parcelado seja de pessoa jurídica, e poderão ser quitados à vista ou parcelados em 30, 60, 120 ou até 180 meses, observando-se que quanto maior o prazo de pagamento, menores serão os benefícios com as reduções das multas e dos juros, além do que o saldo devedor será atualizado mensalmente pela Taxa Selic.

O pedido de adesão deve ser feito exclusivamente pela internet, nos seguintes sites: www.receita.fazenda.gov.br ou www.pgfn.fazenda.gov.br.

Com a adesão ao Refis, o contribuinte regularizará sua situação fiscal, reestabelecendo seu direito de participar de licitações e de contratar com órgãos públicos. Além disso, o contribuinte poderá ter acesso a linhas de crédito e a financiamentos com recursos públicos.

Destacamos que a legislação tributária estabelece o prazo decadencial de cinco anos para a extinção do crédito tributário. Ou seja: como o Refis da Crise trata de reabertura de parcelamento de débitos já antigos (anteriores a 30 de novembro de 2008), o contribuinte deverá se atentar para não incluir nesse parcelamento especial débitos que não mais poderão ser cobrados pelo fisco.

Por Rodrigo de Castro Luca

Fonte: O Debate - MG

Parcelamentos REFIS: Cuidado com os Débitos Prescritos!30/06/2014 Deixe um comentário

As “facilidades” do “REFIS/2014″ (reaberto para adesão até 29.08.2014) podem esconder várias armadilhas para os contribuintes. Uma delas é a questão da prescrição tributária.

Como claro e notório, a prescrição tributária (ou seja, quando um débito tributário deixa de ser exigível) é de 5 anos, a partir do fato gerador ou lançamento do imposto, de acordo com o Código Tributário Nacional.

Os prazos de prescrição e decadência das contribuições previdenciárias foram fixadas em 5 anos pelo Supremo Tribunal Federal. O STF decidiu pela inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei 8.212/1991, que previa decadência de tais contribuições em 10 anos.

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Visando consolidar esta decisão, o STF aprovou a Súmula Vinculante 8. Tal súmula sujeita todos os órgãos do Judiciário e da Receita Federal do Brasil a decidirem conforme seu preceito.

Ocorre que, no afã de “aproveitar-se” dos supostos benefícios advindos pela reabertura do REFIS, nem sempre estas questões são observadas, e os contribuintes acabam pagando (leia-se parcelando) débitos já prescritos. Teoricamente, a Receita Federal do Brasil deveria excluir tais débitos, mas isto, na prática, não ocorre.

Vale a pena fazer a revisão dos débitos tributários, visando excluir do parcelamento aqueles que foram alcançados pela prescrição tributária.

Atenção: OBRIGATORIEDADE DE COLOCAR NCM COMPLETO NAS NF-e!!O Ajuste SINIEF 22/13, publicado em 06/12/2013, estabelece que a partir de 1º de julho de 2014, para o modelo 55, e a partir de 1º de janeiro de 2015, para o modelo 65, a identificação das mercadorias na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) deverá conter o seu correspondente código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) completo, não sendo mais aceita a possibilidade de informar apenas o capítulo (dois dígitos).

Conforme Nota Técnica 2014/004 do ENCAT (NT 2014.004 - NCM, País, Fuso Evento, Consulta):

"Serão implementadas regras de validação para exigir, em um primeiro momento, o preenchimento de oito dígitos no campo relativo ao código NCM (regra GI05). Em futuro próximo será implementada a validação GI05.1, e somente serão aceitos valores de NCM que existam na tabela correspondente, publicada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC.

Caso o item da nota se refira a um serviço tributado pelo ISS, ou a nota seja de ajuste, deverá ser informado o código “00” neste campo. Em caso de nota complementar que se refira a um destes dois casos, também poderá ser informado o código “00” neste campo."

CT-e - NT 2014.001 - Divulga alterações nas regras de validação e layout

Postado por José Adriano em 2 julho 2014 às 9:00 Exibir blog

Download em http://www.cte.fazenda.gov.br/exibirArquivo.aspx?conteudo=0G59cddNsu8=

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NF-e - Denegação Postado por José Adriano em 2 julho 2014 às 13:00 Exibir blog

AC, AM, BA, DF, ES, MA, MG, MS, PA, PB, PE, PI, RN, RS, SC, SE, SP

Fonte: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.aspx em 02/07/2014 as 13 hs.

Receita Federal traz esclarecimentos acerca da aplicação do limite mínimo de retenção do Imposto de Renda na fonte 3 de julho de 2014 09:19

Imprimir

A norma em referência esclareceu que a dispensa de retenção do Imposto de Renda na fonte de valor igual ou inferior a R$ 10,00, prevista no art. 67 da Lei nº 9.430/1996, aplica-se a cada pagamento ou crédito realizado pela pessoa jurídica a outra pessoa jurídica, levando-se em consideração o total pago ou creditado nessa ocasião, ainda que se refira a mais de um documento fiscal.

(Solução de Consulta Cosit nº 161/2014 – DOU 1 de 03.07.2014) via:: NETIOB ::.

Contadores: Quantos somos? Postado por José Adriano em 2 julho 2014 às 9:30 Exibir blog

Dados Estatísticos

Veja quantos profissionais e escritórios registrados e ativos existem no território nacional.

Profissionais e Escritórios Ativos Contabilistas Ativos por Gênero e Região Contabilistas Ativos por Categoria e Região

Evolução Anual

Comparativo 2004 - 2011

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População Brasileira versus Contabilistas

Outubro 2010

http://www.cfc.org.br/conteudo.aspx?codMenu=64

Barbas de molho:

NFC-e - Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí e Alagoas aderem à NFCe

Postado por José Adriano em 30 junho 2014 às 12:30 Exibir blog

O 52º Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat) reuniu, em maio último, cerca de 190 servidores fazendários da União, Estados e municípios paraenses. Os temas discutidos na plenária foram o projeto de mineração de dados, Brasil ID, de rastreamento de mercadorias com chip, Nota Fiscal Eletrônica e modernização da fiscalização.

Na avaliação do coordenador geral do Encat, Eudaldo Almeida de Jesus, o encontro do Pará termina com resultado positivo, pois mostra avanços nos projetos nacionais, como a Nota Fiscal Eletrônica e Nota de Consumidor Eletrônica (NFCe). “Mais quatro Estados aderiram ao projeto NFCe: Piauí,Alagoas, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, somando 25 Estados no total”, informou. Na avaliação do coordenador, os projetos da NFCe e do Brasil ID, para rastreamento de mercadorias, terão grande destaque e vão crescer nos próximos anos. Ele apontou ainda uma tendência no uso de ferramentas tecnológicas para fazer a chamada mineração de dados, ou seja, tratar e cruzar informações recebidas dos contribuintes. O Encat discutiu ações integradas para modernização dos fiscos estaduais. A próxima reunião será em agosto, na cidade de São Paulo.

Supermercados – A implantação da Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFCe) no Pará foi tema de uma palestra ministrada pela Secretaria da Fazenda do Pará (Sefa) na Associação Paraense de Supermercados (Aspas), na última quinta-feira (22). No encontro foi apresentado o projeto NFC-e e os beneficios do novo sistema.

A NFC-e é um projeto nacional desenvolvido no âmbito do Encat, criando um novo modelo de emissão de notas fiscais para o consumidor final que elimina a impressão em papel. A Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica simplifica o processo de venda, facilita a guarda de arquivos para o consumidor, elimina equipamentos para o comerciante e, para o Fisco, permite ter acesso em tempo real às informações.A apresentação ficou a cargo do auditor de receitas estaduais José Guilherme Koury, líder estadual do projeto, e do auditor fiscal de São Paulo, Newton Oller de Melo, que lidera o projeto nacional da NFC-e. Oller informou que o projeto da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica começou em novembro de 2011. A primeira emissão do documento ocorreu em maio de 2013, no Amazonas. Atualmente, estão emitindo

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NFCe 32 empresas em sete Estados: Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rio Grande do Norte,Rio Grande do Sul e Sergipe.

Já foram emitidas mais de cinco milhões de NFCe com validade jurídica no Brasil. Quatro Estados regulamentaram a obrigatoriedade de uso da NFCe: Acre, Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. O projeto piloto do Pará terá sete empresas regionais testando o sistema, com emissões de documentos previstas em Belém, Marabá e Tucuruí. “A obrigatoriedade de emissão só começará em 2015, e será definida por segmentos econômicos, em cronograma a ser divulgado pela Sefa”, explicou Koury.Até o momento duas empresas já emitiram mais de 300 documentos no ambiente de testes. A primeira emissão foi no dia 07/05. As emissões com validade jurídica devem começar em junho deste ano.Fonte: SEFA/PA editado por Roberto Dias Duarte via http://tadeucardoso.blogspot.com.br/2014/06/nfce-minas-gerais-mato-...

Ilegalidade cometida pelo CRC-RS (só lá no sul??...)

A anuidade dos escritórios de contabilidadeO Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS), em resposta à classe contábil, sobre a decisão da Justiça Federal que suspendeu a cobrança da contribuição profissional dos escritórios individuais

Salézio Dagostim

O Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS), em resposta à classe contábil, sobre a decisão da Justiça Federal que suspendeu a cobrança da contribuição profissional dos escritórios individuais (ação promovida pela Associação de Proteção aos Profissionais Contábeis do Rio Grande do Sul – Aprocon Contábil-RS), disse que a decisão é justa e que somente vinha cobrando esta anuidade por imposição legal.

Em função desta afirmativa, procuramos interpretar o que o CRC-RS quis dizer por “imposição legal”, uma vez que o art. 76 da Lei nº 12.249, de 11/6/2010, que acrescentou o § 3º ao art. 21 do Decreto-Lei 9.295/46, estabelece que quem deve pagar anuidades para o conselho de Contabilidade são as pessoas físicas e as pessoas jurídicas.

Averiguamos, então, na lei, quais são as organizações contábeis consideradas pessoas jurídicas.

O art. 44 do Código Civil Brasileiro estabelece as pessoas jurídicas de direito privado. São elas: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações; IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos e as VI - empresas individuais de responsabilidade limitada (incluído pela Lei nº 12.441, de 11/7/2011).

Portanto, não sendo classificados, nos termos da lei, como pessoas jurídicas os escritórios individuais, as microempresas individuais (MEI) e os empresários individuais de responsabilidade ilimitada, o Conselho de Contabilidade não poderia cobrar a contribuição profissional (anuidade) destes escritórios contábeis, mesmo que eles tivessem CNPJ, porque são os titulares destes escritórios que assumem, com os seus bens pessoais, a responsabilidade pelos negócios.

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Então, por que o CRC-RS cobra destes escritórios a contribuição profissional? A resposta é que o Conselho Regional seguiu a Resolução nº 1.390/2012 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o qual, por sua vez, na ânsia de arrecadar cada vez mais, considerou pessoas jurídicas aquelas organizações, sem observar o conceito legal de “pessoa jurídica”. Assim, o CRC-RS cumpriu à risca a referida resolução sem antes questionar a sua legalidade, cometendo uma injustiça com aqueles profissionais contábeis.

Chegamos, então, à conclusão de que o Conselho de Contabilidade não estava, conforme disse, cobrando estas anuidades por “imposição legal”, mas, sim, porque os seus conselheiros não questionaram a legalidade da Resolução CFC nº 1.390/2012. Ora, já está mais do que na hora de nossos conselheiros regionais assumirem o seu verdadeiro papel de conselheiros da profissão, questionando, antes de implementar, não somente esta como todas as resoluções do Conselho Federal, já que os conselhos regionais não são filiais do Federal, e, sim, órgãos independentes, compostos por conselheiros eleitos pelos profissionais, diferentemente dos conselheiros do CFC, que não são eleitos pelos profissionais de cada Estado, e, que, portanto, não possuem legitimidade para representar os conselhos estaduais.

Neste caso, em decorrência da ilegalidade desta resolução, o CRC-RS deve suspender, imediatamente, a cobrança das anuidades destes escritórios e não se abster de restituir as anuidades pagas indevidamente, solicitadas mediante requerimento pelos interessados. Se assim não for feito, a Aprocon Contábil-RS, em seu direito de defender os profissionais contábeis, tomará as devidas providências.

Link: http://www.dm.com.br/texto/182345

SPED Contábil - ECD - Registro J930 - Preenchimento dos campos 10 (NUM_SEQ_CRC) e 11 (DT_CRC)

Postado por José Adriano em 30 junho 2014 às 11:30 Exibir blog

Como deverá ser preenchido o registro "J930-Identificação dos Signatários da Escrituração" em relação aos campos 10 (NUM_SEQ_CRC) e 11 (DT_CRC)?Esses campos ainda não foram regulamentados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Portanto, não há um padrão de preenchimento.Fonte: Perguntas e Respostas - Sped Contábil via http://tadeucardoso.blogspot.com.br/2014/06/ecd-registro-j930-preen...

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A inteligência do Setor Fiscal Postado por José Adriano em 2 julho 2014 às 11:30 Exibir blog

Por Sandro Airton dos Santos

Da época em que o departamento fiscal apenas fazia as notas fiscais a caneta, para em seguida escriturar também manualmente no livro registro de entradas e saídas, de fazer aquelas duas sominhas conciliatórias na calculadora para se certificar o valor total do faturamento dos clientes, para enfim datilografar a guia de pagamento, hoje comparo um profissional que atua neste mesmo departamento fiscal, tendo que se atualizar diariamente devido a enxurrada de normas legislativas que tratam dos procedimentos do seu setor, da instituição do Decreto 6.022 de 22/01/2007 que criou o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) , fazendo com que este profissional começasse a adentrar a um mundo totalmente novo da era digital, dos primeiros arquivos com 1000 (mil) erros, logo as instituições de outras obrigações acessórias, como o EFD Contribuições e SPED Contábil, levando a esta profissional a um nível de aperfeiçoamento e acompanhamento do sistema tributário nacional, que faz com que este colaborador consiga desenvolver e interpretar situações de extremas pressões, mas este trabalho nunca foi e nem será em vão, o Analista Fiscal hoje em dia é um integrante dentro das empresas que está gabaritado, para atuar e auxiliar os procedimentos e rotinas das empresas, ajudando tecnicamente os setores de faturamento, financeiro e comercial, aos clientes e fornecedores, ao setor de almoxarifado e estoques e aquele membro indispensável para a contabilidade quando o quesito é conciliar os saldos a pagar ou os saldos a crédito. Tenho muita honra e orgulho de trabalhar no Fiscal, pois assim como eu, há uma grande quantidade de talentos se desenvolvendo, se qualificando e se aprimorando dentro das empresas que estão preparados sim para um futuro promissor, futuro este que vislumbro com a reforma tributária e a diminuição de tanto retrabalho efetuado apenas para atender a voracidade informativa e arrecadatória do governo, quando chegar a este tempo, o profissional fiscal estará apto em usar a sua Inteligência Fiscal a favor da empresa, trabalhará para a sua gestão, para a melhoria contínua da qualidade, sobrevivência e desenvolvimento em ambientes de extremas concorrências.

Fico triste é de ver alguns empregadores ainda com uma mentalidade antiga de exploração e de não reconhecimento destes profissionais, o cenário estará mudando, e também irá exigir destes seres proprietários de negócios reformularem seus conceitos e começarem a visualizar a equipe da contabilidade com um investimento de diferenciação e evolução, criando uma habilidade que será muito valiosa no futuro, que será a habilidade da inteligência e dos destemidos que enxergam os obstáculos e desafios impostos como grandes oportunidades de crescimento.

http://www.contabeis.com.br/artigos/1844/a-inteligencia-do-fiscal-c...

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Sped contábil no México:

Contabilidade Digital do México - Comienza en SAT contabilidad digital

Postado por José Adriano em 2 julho 2014 às 12:00 Exibir blog

Guadalajara, México (30 junio 2014).- Basta de papelitos. A partir de este 1 de julio los contribuyentes deben presentar su contabilidad digital a través del portal del Servicio de Administración Tributaria (SAT). Además de las personas morales, abogados, ingenieros, contadores, médicos y demás personas físicas con actividad empresarial en el País, tendrán que mostrar sus cuentas en línea. De acuerdo con Mario Nuño Benavides, vicepresidente del Colegio de Contadores Públicos de Guadalajara, prácticamente todos los contribuyentes están obligados, a reserva de quien obtiene ingresos por dividendos o intereses. "Todos los contribuyentes debemos presentar en línea a la autoridad fiscal, nuestros estados financieros y balanzas, a través del portal del SAT, aunque aún no está habilitada la función", advirtió. Entre la información que deben subir los contribuyentes está el catálogo de cuentas de la contabilidad, la balanza de comprobación y cualquier información que forme parte de la contabilidad a solicitud expresa de la autoridad. "Pueden ser las pólizas contables y alguna partida del registro contable del contribuyente, en donde se puedan identificar movimientos o comprobantes que amparen las operaciones", explicó. El primer detalle de la contabilidad o los registros contables deben presentarse dentro de los primeros cinco días al mes posterior al que correspondan, por ejemplo, si es de julio se debe subir al portal a más tardar el 5 de agosto. Nuño Benavides señaló que es posible que entre en vigor una prórroga para la presentación de este primer detalle, pero eso no se ha hecho oficial, por lo cual están en espera de algún pronunciamiento de las autoridades hacendarias. Por su parte, Mariano Corona Vera, titular de la Procuraduría de la Defensa del Contribuyente (Prodecon) Occidente, dijo que las personas pueden acudir a ellos si consideran una violación a sus derechos. "Si la ley establece que deben llevar una contabilidad en línea, pero el proceso se retrasa por fallas en el portal del SAT, el contribuyente puede presentar su queja para ser evaluada", destacó Corona Valle. El representante de la Prodecon en Occidente dijo que desconoce aún si habrá una prórroga para el cumplimiento de esta nueva obligación fiscal. Fonte: http://www.negociosreforma.com via Carlos Sandoval Estrada via http://blogdosped.blogspot.com.br/

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SISCOSERV – E se a Solução de Consulta não agradar?

Postado por José Adriano em 3 julho 2014 às 11:30 Exibir blog

Por Rogério Zarattini Chebabi

O SISCOSERV é tema novo, recentíssimo, amplamente controverso.

Os contribuintes, empresas de consultoria e afins só possuem seus raciocínios lógicos para poderem interpretar ambos os manuais publicados pelo MDIC e as normas que tratam da nova obrigação assessória.

Praticamente não existe jurisprudência administrativa nem judicial que fale do tema e suas variantes.

Quando temos uma dúvida, além de lermos e tentarmos interpretar se devemos ou não registrar algo, em qual módulo, modo, nbs, etc., temos que apelar para outras fontes do Direito. É uma mescla de normas, doutrinas, etc. para se chegar a uma conclusão quase que inconclusiva.

Mas a única ferramenta que assegura e "vincula" aquele contribuinte consulente é o "Pedido de Consulta de Interpretação de Legislação Tributária", que no caso do SISCOSERV é tratado pela Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013.

Por mais que tenhamos uma certeza da adequação de um caso às situações específicas dentro do SISCOSERV, a maior cautela é o pedido de consulta. Quem não o faz é um aventureiro; isso eu digo sempre. Para não falar "inconsequente".

Digo isso e repito, porque a solução de consulta -- que é a decisão exarada pela Receita Federal do Brasil (e não pelo MDIC) por competência legal – é que vincula o contribuinte. A Solução de Consulta é a palavra final. Ela "salva" quando confirma que as práticas do contribuinte estão corretas, e dá uma chance de se corrigir as práticas tida como equivocadas em 30 dias sem ser punido, quando a RFB decide contra aquilo que o contribuinte consulente achava ser o correto.

Mas note-se que a chance de o contribuinte corrigir seu passado sem ser punido, só alberga o prazo de registros feitos ou deixados de serem feitos desde o protocolo da consulta até 30 dias da decisão. O passado não registrado ou registrado erroneamente é um fardo a ser carregado e que só pode ser corrigido com uma denúncia espontânea formal anexando-se detalhados registros (planilhados) que serão feitos extemporaneamente.

No entanto, nem todo contribuinte pode aceitar a decisão da RFB como válida, nos casos de consulta. Nem sempre a RFB pode acertar mas decisões. Exemplificadamente, a RFB pode entender que determinado contribuinte deva registrar algo que este último entende jamais ser obrigado a fazê-lo.

E como refutar uma Solução de Consulta que não aceitamos?

Como a consulta será solucionada em instância única, não cabendo recurso nem pedido de reconsideração da Solução de Consulta ou do Despacho Decisório que declarar sua ineficácia, a não ser no caso de divergência de conclusões entre Soluções de Consulta relativas à mesma matéria, fundadas em idêntica

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norma jurídica, caberá recurso especial, sem efeito suspensivo, para a Cosit. Mas esta modalidade de recurso será raríssima de acontecer, porque só existe um órgão julgador do tema no Brasil. Certamente as decisões serão padronizadas, evitando as divergências; portanto, evitando a possibilidade de se apelar para os recursos administrativos.

Então, voltando à celeuma da não aceitação do teor da Solução de Consulta, como brigar pelo que achamos o correto então?

Eu não vejo, de supetão (sim, é supetão que se escreve), senão apelar para a via judicial, através de uma ação ordinária que declare o que se pretendia saber quando se formulou a consulta, como por exemplo se o contribuinte está obrigado a registrar uma operação no módulo de venda e em qual NBS.

Somente através da via judicial, um magistrado poderá dirimir este conflito, por sentença, entre o entendimento emanado pela RFB e o do contribuinte consulente.

Portanto, não se aflijam se a Receita Federal porventura entender, por exemplo, que os agentes de cargas tem que registrar todos os fretes internacionais, em todas as modalidades de incoterms, etc.

Teses bem fundamentadas para atacar uma decisão administrativa dessas, na via judicial, existem aos montes. Basta querer lutar pelo que é certo.

O Judiciário, por mais desconhecedor do tema que é, vai entender claramente teses bem escritas e bem elaboradas e aplicadas de forma correta aos casos concretos; basta os contribuintes deixarem de ser pacíficos e lutarem por seus direitos.

Fonte: Revista SEM FRONTEIRAS - junho 2014

Supremo pode retomar análise de recurso sobre cálculo de ICMS 7 de julho de 2014 08:30

Por Juliano Basile e Bárbara Mengardo

As empresas ganharam uma nova esperança no caso tributário mais conturbado em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF): a exclusão do ICMS da base de cálculo da Cofins. Trata-se de uma disputa entre o Fisco e as empresas estimada em R$ 90 bilhões, que aguarda uma decisão da Corte desde 2006, quando começou a ser julgada.

O alento às empresas está em um despacho do ministro Celso de Mello, o decano do Supremo. No documento, o magistrado aceitou um pedido da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) para determinar o retorno do julgamento de um recurso extraordinário no qual a empresa Auto Americano já tem maioria de votos – seis a favor dentre 11 possíveis.

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O despacho é importante porque, após um pedido de vista no recurso da empresa, os ministros concluíram que o tema deveria ser decidido em outro processo – uma ação declaratória de constitucionalidade (ADC) ajuizada, em outubro de 2007, pela Advocacia-Geral da União (AGU). A questão, portanto, voltaria a ser discutida do zero.

Apesar da prioridade sobre o RE, a ADC nº 18 não começou a ser julgada. Como alguns ministros que votaram o caso em 2006 se aposentaram, o risco de a Corte decidir a questão na ADC de forma contrária às empresas é maior. Já no recurso, elas venceriam por seis votos a um. Falta colher apenas os votos que restam e declarar a vitória das companhias sobre o Fisco.

No despacho, o ministro Celso de Mello, que é relator da ADC, determinou que o recurso de 2006 seja enviado ao presidente do STF e retorne à pauta. Advogados devem esperar que o autal presidente, Joaquim Barbosa, deixe a Corte (ele já anunciou sua aposentadoria) para renovar esse pedido ao futuro presidente, Ricardo Lewandowski.

“Cumpre ressaltar, por relevante, que a existência de ADCs não impede que se julguem recursos extraordinários ou outras causas em cujo âmbito tenha sido instaurado idêntico litígio constitucional”, afirmou o ministro. A diferença é que nas ADCs, a decisão do Supremo vale para todos os contribuintes, enquanto que, nos recursos extraordinários, a Corte julga o pedido de uma empresa específica e, depois, decide se amplia esse entendimento aos processos que questionam o mesmo fato.

“Tenho para mim que o pleito formulado pela CNT haverá de ser por ela dirigido, diretamente, ao excelentíssimo senhor ministro presidente do STF, a quem incumbe compor a pauta do plenário desta Corte e apregoar os processos cujo julgamento deva prosseguir”, disse o ministro Celso de Mello.

O recurso extraordinário da Auto Americano, uma distribuidora de autopeças, que deve ser retomado chegou ao STF em 1998, mas começou a ser votado apenas oito anos mais tarde. O ministro relator Marco Aurélio Mello, Lewandowski, Cármen Lúcia e os hoje aposentados Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Sepúlveda Pertence foram favoráveis ao contribuinte.

Os seis ministros seguiram a tese das empresas de que o ICMS não faz parte do faturamento das companhias e, portanto, não poderia ser incluído na base da Cofins. Apenas o ministro Eros Grau (hoje aposentado) foi a favor do Fisco. Gilmar Mendes pediu vista, adiando a proclamação da decisão. Além dele, faltam os votos de Joaquim Barbosa, Celso de Mello e de Rosa Weber.

Em 2007, a estratégia da AGU de ajuizar a ADC e tentar “anular” o julgamento do recurso extraordinário provocou revolta entre contribuintes e tributaristas que acompanham o Supremo, pois saíram de uma causa ganha para um cenário de incerteza absoluta.

A aposentadoria de Barbosa, que já foi anunciada pelo ministro e aguarda apenas a publicação no Diário Oficial, deve levar muitos tributaristas a fazerem novos pedidos ao Supremo para que seja retomada a análise da disputa a partir de recurso extraordinário. Como Barbosa dialoga pouco com os tributaristas, esses devem aguardar a posse de Lewandowski para pedir a inclusão do processo da Auto Americano na pauta a partir de agosto.

Um dos advogados da CNT, Fábio Andrade, do Andrade Advogados Associados afirma que está finalizando uma petição sobre o tema para ser enviada ao presidente do Supremo. O requerimento, entretanto, só deve ser analisado em agosto após o fim do recesso do Judiciário.

Andrade defende a tese de que o Supremo decida a questão pelo recurso extraordinário, que já começou a ser julgado pela Corte. “Ultimamente temos visto uma tendência do tribunal de privilegiar o julgamento da questão, pouco importando o instrumento processual”, afirma.

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A inversão da ordem de julgamento foi pedida também pela advogada da Auto Americano, Cristiane Romano, do escritório Machado Meyer Sendacz e Opice Advogados. Em junho, a representante da companhia requereu ao relator do recurso extraordinário, ministro Marco Aurélio, que o processo fosse retomado. No dia 13 de junho, o pedido foi reencaminhado ao gabinete do ministro Gilmar Mendes, mas não houve qualquer despacho em relação ao pedido.

Cristiane vê na publicação do ministro Celso de Mello a possibilidade de finalizar o caso no qual atua desde 1998. “Nada mais sensato do que continuar o julgamento em que já há sete votos dados”, afirma.

Procurada pelo Valor, a AGU informou que ainda não foi notificada sobre o despacho.

Apesar de a discussão no Judiciário não ter se encerrado, a Receita Federal abriu, em outubro do ano passado, um parcelamento especial destinado aos débitos relacionados à discussão sobre a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins. A Lei nº 12.865 autorizou a redução de até 100% das multas e juros para os contribuintes que pagarem os débitos à vista. Para o parcelamento em até 60 prestações a redução das multas é de 80% e dos juros de 40%.

Contexto

A ADC nº 18 foi proposta pela União em 2007 como estratégia para tentar reverter a derrota iminente do Fisco na discussão bilionária sobre a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. A ação foi proposta na época em que Dias Toffoli estava no cargo de advogado-geral da União, Atualmente no Supremo, Toffoli ocupa a cadeira que pertenceu a Sepúlveda Pertence e, portanto, estaria impedido de votar no recurso da Auto Americano. Se o caso for retomado em agosto, a partir da ADC, três ministros que foram a favor da tese das empresas – Ayres Britto, Celso Peluso e Pertence – não participarão por já estarem aposentados. Por outro lado, Eros Grau, que votou a favor do Fisco, também já não está na Corte. Com isso, na ADC, um suposto placar inicial seria de três votos (Marco Aurélio, Lewandowski e Cármen). Se o caso for retomado a partir do recurso extraordinário, os votos dos ministros que já se manifestaram continuam valendo.

viaSupremo pode retomar análise de recurso sobre cálculo de ICMS | Valor Econômico.

Bloco K - Segredos industriais em risco Postado por José Adriano em 4 julho 2014 às 12:00 Exibir blog

por Márcio Massao Shimomoto

A exemplo do que ocorreu há pouco tempo com a Escrituração Fiscal Digital (EFD-Contribuições), entregue em branco ou incompleta pela maioria das empresas brasileiras, o envio do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (Bloco K) do Sped Fiscal poderá sofrer o mesmo percalço. O Bloco K tem o objetivo de prestar informações da produção e do estoque dos estabelecimentos industriais, ou a eles equiparados pela legislação federal e pelos atacadistas, podendo, a critério do fisco, ser exigido de outros setores.

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A recente prorrogação do prazo de envio desta obrigação evidencia a sua complexidade. No Estado de São Paulo será publicada, em breve, uma lista com algumas empresas, provavelmente as maiores, que terão de entregá-la a partir de janeiro de 2015, enquanto as demais, somente em janeiro de 2016.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, menos de 10% das empresas obrigadas a preencher e entregar o Bloco K investiram em um ERP, solução de TI que integra todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. Sem algo desta natureza, dificilmente será possível controlar os detalhes das fases de produção de uma indústria.

As indústrias terão de detalhar as informações sobre seus estoques e até a composição de seus produtos acabados. É imperativo promover uma profunda simplificação do leiaute do Bloco K, ou em torno de 98% das indústrias não terão condições de atendê-lo. A apresentação incorreta das informações ou a ausência das mesmas sujeitará as empresas a multas que podem ir de R$ 500,00 a 3% do faturamento bruto. O fisco poderá, inclusive, aplicar multas já no mês subsequente ao fato gerador. A expectativa do mercado é que haja a diminuição do nível de detalhes exigidos para o Bloco K, como a colocação apenas de quantidades totais sem o detalhamento da composição do produto acabado.

Este desejo é compreensível, pois além da dificuldade de controlar e detalhar todas as fases da produção não se descarta a possibilidade de vazamento de informações estratégicas, como fórmulas e receitas secretas. A autoridade tributária, entretanto, assegura a confidencialidade dos dados, embora não raramente surjam notícias da venda clandestina de dados de contribuintes na internet ou em conhecidas praças do País. Sinal de que até mesmo o mais seguro dos sistemas pode ser burlado.

Fonte: http://www.dci.com.br/ via http://www.robertodiasduarte.com.br/index.php/segredos-industriais-...

O polêmico Bloco K do SPED fiscal: O que fazer? Postado por José Adriano em 30 junho 2014 às 11:00 Exibir blog

Por Luiz Carlos Gewehr

Muito me assusta quando uma nova obrigação se faz necessária e muitos profissionais preferem cegamente a revolta ao estudo e ao planejamento. A bola da vez é o Bloco K da EFD ICMS/IPI, com obrigatoriedade a partir de 2015.

Quando embasada, a crítica é legítima, por isso, alerto para o fato que a crítica e o planejamento não podem de maneira alguma ser excludentes, mas sim complementares e sinérgicos. Sem uma boa análise do projeto, não há como fazer nenhum tipo de crítica fundamentada.

Sem este trabalho de pesquisa, nem mesmo é possível o cumprimento da missão dos profissionais dos setores impactados pelo SPED que é garantir a segurança fiscal e operacional da organização.

O Bloco K nada mais é do que a digitalização do livro de controle da produção e estoque, através do qual organizações industriais e atacadistas deverão apresentar seus estoques e sua produção no SPED Fiscal.

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Dito isso, vamos então ao núcleo da revolta sobre o Bloco K: algumas empresas acreditam não ter estrutura para gerar tais informações, outras empresas acreditam que as informações prestadas podem “abrir” os segredos de produção da organização.

Com toda certeza, as empresas que acreditem ser alvo de obrigações ou prazos abusivos devem procurar seus direitos democráticos, individualmente ou através de entidades representativas.

Todavia, antes disso e enquanto estiver na busca de seus direitos, devem buscar informação, estudar, entender o que é solicitado, de onde e como serão captadas as informações necessárias ao cumprimento dessa nova obrigação.

A escolha de estudar e entender a obrigação e suas consequências no ambiente da empresa, além de diminuir o risco fiscal, ainda tornam a reclamação mais legítima e embasada tecnicamente.

Sempre seguindo a máxima de que cada caso é um caso, vamos analisar o exemplo de uma indústria de grande porte que estará obrigada ao Bloco K, por exemplo. É legítima sua preocupação com a não divulgação do seu método produtivo, afinal os mercados estão cada vez mais competitivos e dinâmicos.

Entretanto para esta “ficha” ou controle de produção não é novidade, certo? O que quero ressaltar é: o dado/registro/a linha/a row já existe no ERP, basta demonstrar no modelo do SPED. Este controle tanto não é novidade, como faço a referencia aos módulos de MRP (Manufacturing Resource Planning) que muitos ERPs de mercado já oferecem com excelência.

Citei apenas um dos inúmeros tipos e tamanhos de empresas, mas o que gostaria de deixar claro é que sem conhecimento sobre a obrigação não há como se cumpri-la com segurança fiscal, muito menos protestar legitimamente contra ela.

Por isso, gostaria de fomentá-los para que estudem, pesquisem, contextualizem o projeto nas suas empresas, só assim se garantirá, ao mesmo tempo, a saúde fiscal nas organizações e solicitações legitimas para que tenhamos obrigações justas.

Fonte: Decision IT

http://www.mauronegruni.com.br/2014/06/26/o-polemico-bloco-k-do-spe...

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Novo Guia Prático EFD-Contribuições – Versão 1.16 Atualização: 25/06/2014

Publicado por MAXUEL SANTANA em 6 julho 2014 às 19:52 em EFD CONTRIBUIÇÕES Exibir tópicos

Boa noite,

Acabei de acessar a área de download do portal sped e identifiquei que foi publicado um novo guia pratico.

Linkhttp://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/downl...

Principais Alterações do Guia Prático – versão 1.16 – junho de 2014

1. Atualização da Tabela “4.3.8 – Tabela Código de Ajustes de Contribuição ou Créditos”: Inclusão dos códigos de Ajustes da CPRB, conforme art. 9º, § 12, da Lei nº 12.546/2011.

2. Registro 0111 – Tabela de receita Bruta Mensal para Fins de Rateio de Créditos Comuns: Esclarecimentos quanto à composição da receita bruta, para fins de rateio, pelas pessoas jurídicas que optarem pela aplicação das alterações da Lei nº 12.973/2014, para o ano-calendário de 2014.

3. Registro C175 - Registro Analítico do Documento (NFC-e, código 65): Instruções gerais de escrituração no registro C175, a ser disponibilizado na versão 2.09 do PVA, em agosto de 2014.

4. Registro C180 - Consolidação de Notas Fiscais Eletrônicas Emitidas pela Pessoa Jurídica (Código 55) –

Operações de Vendas: Instruções gerais de preenchimento do registro, para a escrituração das receitas auferidas por NFC-e, enquanto não disponibilizada na versão 2.09 do PVA, em agosto de 2014.

5. Registro D100 - Aquisição de Serviços de Transportes (Códigos 07, 08, 8B, 09, 10, 11, 26, 27 e 57): Complemento das instruções de preenchimento do Campo 17.

6. Registro P210 – Ajuste da Contribuição Previdenciária Apurada: Complemento das instruções de preenchimento do Campo 04 (Código de Ajustes), decorrente das disposições contidas no art. 9º da Lei nº 12.546/2011.

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Isenção do IRPJ/CSL alcança atividades de livraria e gráfica no caso de organizações religiosas sem fins lucrativos 6 de julho de 2014 21:42 Para fins da isenção do IRPJ e da CSL, outorgada às organizações religiosas de caráter educativo, cultural e de assistência social, constituídas na forma de associação sem fins lucrativos, são admissíveis as atividades de livraria e de gráfica, desde que, sem prejuízo dos demais requisitos legais, se identifiquem com aquelas atividades para as quais foi criada a entidade, e que os resultados obtidos se apliquem integralmente aos fins institucionais.

(Solução de Consulta Cosit nº 159/2014 – DOU 1 de 04.07.2014)via:: NETIOB ::.

Prestação de serviços de bombeamento de concreto deve ser tributada pelo Simples Nacional na forma do Anexo III 6 de julho de 2014 21:44

ImprimirA norma em referência esclareceu que, desde que não haja nenhuma vedação à opção pelo Simples Nacional, a prestação de serviços de bombeamento de concreto deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006, com base no § 2º do art. 17, combinado com o § 5º-F do art. 18 da mesma Lei Complementar.

(Solução de Consulta Cosit nº 177/2014 – DOU 1 de 04.07.2014)

via:: NETIOB ::.

Mudanças de regras penalizam empresasGoverno de Minas Gerais já publicou 21 novas normas referentes à substituição tributária neste ano

Minas Gerais é o Estado que mais altera a legislação referente à substituição tributária no país. Somente neste ano já foram 21 novas normas publicadas. O elevado número de mudanças penaliza as empresas que, em alguns casos, não conseguem se adequar às regras e acabam multadas.

No regime de substituição tributária, o Estado transfere para um determinado contribuinte a responsabilidade pelo recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) que incidiria em uma etapa posterior. Dessa forma, há uma antecipação da arrecadação do tributo estadual.

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De acordo com levantamento feito pela IOB, empresa do Grupo Sage, aponta que no ano passado foram publicados 99 atos legais referentes à substituição tributária. O número representa incremento de 17,3% na comparação com 2012, quando atingiu 84 mudanças.

O Estado apresenta o maior número de modificações na legislação. De acordo com o levantamento, no ano passado foram publicados no país 998 atos legais. O número é 20% superior ao verificado no mesmo intervalo do exercício anterior, quando foram 818 novas normas. Neste ano, já foram realizadas no Brasil 246 modificações.

Conforme a IOB, entre as principais mudanças nas normas do regime estão as alterações de margem de valor agregado, inclusão e exclusão de produtos sujeitos à substituição tributária, novos acordos firmados entre estados, adesões, exclusões e mudanças de vigência nos acordos em andamento.

"Os contribuintes deverão estar constantemente atualizados sobre a legislação interna do Estado de destino das mercadorias, local onde ocorrerão as saídas subseqüentes, o que demanda preparo técnico e uma estrutura apropriada nas empresas", explica, em nota, o gerente editorial da IOB, Cléber Busch. A empresa desenvolveu um software que permiti identificar os produtos sujeitos ao regime.

O advogado tributarista João Sabino de Freitas Neto, da Sabino Neto & Advogados Associados, afirma que, com o elevando número de mudanças nas regras, é comum empresas serem multadas por não conhecerem a legislação.

Além disso, na avaliação do especialista, a prática de substituição tributária pode ser considerada inconstitucional e tira a liberdade de empreender dos empresários brasileiros. Conforme ele, há ações judiciais que questionam o regime.

Já o advogado tributarista Janir Adir Moreira, do escritório Janir Adir Moreira & Advogados Associados, avalia que o regime é constitucional. Porém, conforme ele, a prática acaba por asfixiar as empresas que são obrigadas a recolher o imposto antes do fato gerador, afetando o caixa destes estabelecimentos.

De acordo com Moreira, o elevado número de atos legais demonstra a eficiência do Estado em sua produção legislativa, aumentando a eficácia na arrecadação de tributos.

Simples - Quanto menor a empresa, maior é o efeito do regime de substituição tributária, aponta o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Noboru Takarabe. Ele afirma que empresa incluídas no Simples Nacional, por exemplo, acabam tributadas duas vezes em função deste regime.

Estudo feito pela entidade aponta que uma empresa enquadrada no Simples com faturamento mensal de até R$ 15.000,00, inserida na alíquota de 1,25%, recolhe R$ 187,50 de ICMS. Contudo, se o produto estiver enquadrado no regime de substituição tributária, com Margem de Valor Agregado (MVA) de 50,0%, por exemplo, a empresa pagará, antecipadamente, no momento da compra, R$ 900,00 de ICMS.

E, se o empresário não tiver condições de excluir a coluna referente ao ICMS (1,25%), corre o risco de pagar, no momento da venda, mais R$ 187,50, referente ao ICMS, ou seja, em duplicidade. Uma empresa que recolheria somente 1,25% de alíquota do Simples passa a ser taxada em 18% de MVA, acrescido de 1,25% sobre o faturamento.

Link: http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?tit=mudancas_de_regras_penalizam_empresas&id=137380 Fonte: Diário do Comércio

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PER/DCOMP: Recurso no caso de indeferimento ou não homologação

1) Pergunta:

O contribuinte que tiver seu pedido de restituição, ressarcimento ou reembolso indeferido ou seu pedido de compensação não homologado poderá recorrer da decisão?

2) Resposta:

Sim. De acordo com o artigo 77 da Instrução Normativa nº 1.300/2012, é facultado ao sujeito passivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência da decisão que indeferiu seu pedido de restituição, ressarcimento ou reembolso ou, ainda, da data da ciência do despacho que não homologou a compensação por ele efetuada, apresentar manifestação de inconformidade contra o indeferimento do pedido ou a não homologação da compensação.

A competência para julgar manifestação de inconformidade é da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) (1), observada a competência material em razão da natureza do direito creditório em litígio. Caso a DRJ julgue improcedente a manifestação de inconformidade, caberá, ainda, recurso ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).

Nota Tax Contabilidade:

(1) A autoridade administrativa competente para decidir sobre o pedido de restituição, de ressarcimento, de reembolso ou a compensação deverá se pronunciar quanto ao atendimento dos requisitos de admissibilidade da manifestação de inconformidade nos termos do artigo 16 do Decreto nº 70.235/1972.

Base Legal: Art. 77, caput e §§ 1º a 3º da IN nº 1.300/2012 (UC: 01/07/14).

Este material foi escrito no dia 02/07/2014 e atualizado em 02/07/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Estorno de Crédito: Revenda de insumos (Area: IPI). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=839. - Acesso em: 07/07/2014.

Estorno de Crédito: Revenda de insumos

1) Pergunta:

O estabelecimento industrial que revender insumos a usuários finais não contribuintes do IPI deverão estornar o crédito fiscal realizado por ocasião da entrada dos referidos insumos?

2) Resposta:

Sim. O estabelecimento industrial que revender insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens) a usuários finais não contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados

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(IPI), ou seja, a pessoas que não sejam industriais ou revendedores, deverá anular, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do imposto escriturado por ocasião da entrada dos referidos insumos em seu estabelecimento.

Havendo mais de uma aquisição do mesmo insumo e não sendo possível determinar a Nota Fiscal (NF) a que corresponde o estorno do imposto, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

Base Legal: Art. 254, caput, I, "f", § 1º do RIPI/2010 (UC: 02/07/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 02/07/2014 e atualizado em 02/07/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Estorno de Crédito: Revenda de insumos (Area: IPI). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=839. - Acesso em: 07/07/2014.

SPED - Investimentos Públicos no Desenvolvimento do SPED, segundo a RFB

Postado por José Adriano em 4 julho 2014 às 10:30 Exibir blog

Resposta prestada pela RFB a Edson Lima disponível em http://pt.slideshare.net/EdsonLima38/1-000041-edson-sampaio-de-lima

As curvas do novo simplesPublicado em 30 de junho de 2014 por Gabriel Peixoto

Por Sérgio Approbato Machado Júnior (*)

A Câmara dos Deputados aprovou em maio, por unanimidade, um texto-base do projeto de revisão do Simples Nacional, universalizando o benefício com a entrada de outras 140 atividades econômicas e reduzindo, em alguns casos, a substituição tributária, uma velha prática dos Estados para antecipar receita. Com os controles eletrônicos de hoje, essa substituição perdeu o sentido e poderia simplesmente ser eliminada.

De todo modo, o novo Simples traz avanços, o que representa uma vitória da Secretaria da Micro e da Pequena Empresa e das entidades representativas dos empreendedores, ao abrir mais espaço para os menores no cenário da economia nacional. Afinal, essas empresas representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, são responsáveis por 60% dos 94 milhões de empregos no país e constituem 99% dos seis milhões de estabelecimentos formais existentes no País, segundo dados recentes do IBGE.

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Mas apenas a Secretaria da Micro e da Pequena Empresa parece ter consciência dessa importância na Esplanada dos Ministérios. Pois a equipe econômica do governo impediu que a revisão do Simples tivesse amplitude maior, ao impor ali uma nova tabela (a sexta), que varia de 16,93% a 22,45%.

Note-se: com a universalização e as novas atividades, quase 500 mil empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões poderiam se beneficiar do Simples. Entre essas atividades enquadram-se profissionais liberais, como advogados, médicos, publicitários e jornalistas.

Mas agora, diante da inflexibilidade do governo, a conversa é outra. É preciso fazer e refazer contas, pois aderir ao Simples pode virar um mau negócio com a imposição da nova tabela. Em alguns casos, é preferível pagar oito tributos a um só, se essa guia única de recolhimento aumenta o valor total. Não tem a menor lógica. Para a Receita Federal, vale outra lógica: quanto maior a arrecadação, melhor.

Enfim, simplificar o Simples com essas imposições não significa que o Brasil de repente ficou assim mais rico, mais feliz e muito mais justo pela bondade governamental. Pelo contrário: algum tempo depois de desonerar a folha de pagamentos de diversos setores, o governo acaba por restringir os benefícios do Simples para micros e pequenas empresas, as que menos têm meios de se proteger das oscilações da economia ou de se manter atuantes no mercado. Como se sabe, o índice de mortalidade das menores empresas é muito alto no Brasil.

É por isso que a bondade governamental não é tão bondosa como querem fazer crer. Há outras curvas neste caminho: a tabela seis toma por base a lógica de lucro presumido. Então o governo presume que indústria e comércio lucram 4% e o setor de serviços 32%. Que estranha presunção é essa?

Os profissionais contábeis sabem bem como são complexos os cálculos dos vários segmentos de serviços levando-se em conta a substituição tributária, que não serão extintos, mas um pouco mais civilizados numa lista menor de produtos, segundo promessas dos secretários de Fazenda estaduais reunidos no Confaz.

Ainda no campo das promessas, o governo ficou de enviar ao Congresso, em 90 dias, propostas de revisão das tabelas de tributação e a regulamentação da transição para fora do Simples.

O Palácio do Planalto já informou o que não muda: o limite para enquadramento no Simples continuará em R$ 360 mil para microempresas e R$ 3,6 milhões para pequenas. Mas pergunta-se se a ampliação desse limite não aumentaria a base e, portanto, a arrecadação do governo, ao tirar milhares de empresas menores da informalidade, desde que lhes dê um tratamento tributário justo.

Sabemos que o caminho é longo e árduo para atender ao clamor de micros e pequenos empresários. Embora a nova tabela não seja favorável, não vamos esmorecer em nossa luta. Uma vitória a ressaltar é a iniciativa para criar mecanismos facilitadores para abertura e fechamento de micros e pequenas empresas. Menos burocracia é sempre bem-vindo.

Mas é pouco, repetimos: o que importa é criar um ambiente de negócios em que micros e pequenas empresas possam sobreviver sem sobressaltos, crescer, produzir e criar mais empregos. Afinal, quem gera receita e emprego é o empreendedor; o governo deveria ser seu parceiro, mas tem andado na contramão da lógica.

É uma pena: em véspera de eleição o governo entrega um pacote muito bonito aos micros e pequenos empresários. Ao abrir, descobre-se a pobreza do conteúdo. Mais ou menos como dizer ao País que um reajuste de apenas 4,5% na tabela do Imposto de Renda é um bom negócio para o contribuinte.

E, assim, continuamos a andar de lado.IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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(*) Sérgio Approbato Machado Júnior é presidente do SESCON–SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo)

Fonte: Diário do Aço

O perverso abismo tributário Postado por José Adriano em 2 julho 2014 às 12:30 Exibir blog

Por Edgar Madruga

De acordo com o Coeficiente Gini, cuja escala de 0 a 1 mede o grau de concentração de renda com base na diferença existente entre os rendimentos dos mais pobres e mais ricos mundo afora, o Brasil ainda exibe um índice nada edificante: 0,498. Isso significa uma defasagem em torno de 15 vezes entre a renda verificada na base e a que desfrutam os ocupantes do chamado topo da pirâmide social.

A estreita relação entre esse quadro e a nossa realidade tributária é flagrante, segundo revelam estudos como oThe effects of Brazil's high taxation and social spending on the distribution of household income, ou "Os efeitos da alta tributação e do gasto social sobre a distribuição da renda familiar no Brasil".

Realizada por Sean Higgins e Claudiney Pereira, a pesquisa revela que os impostos indiretos - incidentes sobre o consumo - jogam para cima o índice de Gini no Brasil, tornando o país ainda mais desigual. Os pesquisadores da Universidade de Tulane ressaltam também que, enquanto os impostos diretos - incidentes sobre renda e patrimônio - correspondem a 45% da arrecadação, os outros 55% decorrem de impostos indiretos, como ICMS e ISS, ambos representando aproximadamente um quarto da receita total.

Contudo, para uma nação cujas riquezas em sentido mais amplo incluem sua habilidade natural de criar e empreender, o caminho mais rápido para se iniciar a reversão deste quadro certamente passaria por algo bem diferente da gigantesca burocracia com a qual todos convivemos, além de uma carga tributária já estimada em 36% do Produto Interno Bruto.

Esses aspectos, aliás, enfatizam a necessidade urgente de se colocar em prática na gestão atual um conceito tão multidisciplinar quanto essencial: o Empreendedorismo Tributário.

A universalização do Simples Nacional, da qual atualmente tanto se fala, somada à extensão do teto de faturamento do Lucro Presumido, eliminando subtetos inibitórios do crescimento do faturamento das empresas, seria, sem dúvida, um alento importante para milhares de pequenos negócios, embora bem aquém do efeito que outras ações mais abrangentes já poderiam ter causado de forma generalizada.

Com a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) a partir de 2007, por exemplo, esperava-se que a carga tributária iniciasse uma tendência natural de queda, na esteira de igual diminuição presumível para os índices de informalidade, e que as reformas tributárias tão sonhadas fossem viabilizadas pela mensuração real e identificação das leis tributárias absurdas e surreais em vigor em nosso País.

Ao invés disso, o que se vê hoje em dia é a enorme movimentação de todos que geram emprego neste país para entender e acompanhar mudanças sem precedentes na forma de reunir e apresentar ao fisco informações relacionadas aos campos trabalhista e previdenciário, que atende pelo nome de eSocial, sem discutir e estabelecer as tão necessárias mudanças nas leis que as exigem.

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Todas as informações trabalhistas e previdenciárias deverão ser conferidas e analisadas em cima de um novo risco fiscal, provocado pelo grau de rastreabilidade que este projeto impõe aos empregadores. A despeito de termos desafios que não precisavam existir, como a falta de regras claras definidas, tampouco um leiaute definitivo, o maior desafio é cultural, de alteração de processos internos e das pessoas envolvidas, da qual sequer empregadores domésticos serão poupados.

Certo mesmo até aqui é que a quantidade de tributos pagos pelos brasileiros está intimamente ligada às despesas de seus governos. Se as contas da administração pública aumentam, o mesmo ocorre com os impostos e os controles eletrônicos para evitar sua evasão.

É neste contexto que surge um verdadeiro tiroteio fiscal de todos os lados. Convivemos diariamente com "reformas tributárias unilaterais" com o único objetivo de aumento disfarçado de impostos, sem entrar no cerne tão ansiado das mesmas. Aumentos do PIS e da COFINS sobre as importações, Substituição Tributária e elevação do IPTU, muitas vezes por meio de fórmulas mirabolantes e inconsistentes, são exemplos recentes desta realidade.

Reduzir despesas e gastar o dinheiro público de forma planejada e direcionada, buscando incrementar ferramentas contra a sonegação, a racionalização e a simplificação tributária certamente contribuiriam não apenas para o desenvolvimento do país, mas também ajudaria a baixar a própria carga tributária em todos os níveis da arrecadação.

Na ausência de providências assim, este pesado fardo tem criado um abismo tão profundo entre a esperança de milhares de empreendedores e a dura realidade cotidiana por eles vivida, quanto o que ainda se verifica - de uma forma geral - separando ricos e pobres em nosso país.

Leia mais:http://www.mundocontabil.com.br/conteudo.php?id=812&dados%5baca...

Declaração eletrônica simplifica regularização de obra junto à Receita FederalPublicado em 3 de julho de 2014 por Marina Freitas

Nova sistemática da Declaração e Informações sobre Obra – Diso prevê que responsável pela obra envie a declaração pela Internet. Prazo para cálculo do tributo será reduzido e passará a ser instantâneo em alguns casos. A simplificação também reduziu número de documentos que o contribuinte deve apresentar ao órgão.

A partir do dia 4 de julho, as pessoas físicas e jurídicas que precisam regularizar suas obras junto à Receita Federal poderão entregar a Declaração e Informações sobre Obra (Diso) por meio da Internet, com redução significativa dos documentos a serem apresentados ao órgão. A regularização das obras de construção civil é imprescindível para que seja realizada a averbação do imóvel e para que o imóvel possa ser utilizado como garantia em financiamentos, por exemplo.

A regularização junto à Receita Federal é necessária para que seja expedida a Certidão Negativa de Débito (CND) relativa à obra, o que permite a averbação junto aos cartórios de registros de imóveis. Tal regularização pode ser feita de duas formas: por meio da declaração de contabilidade regular, no caso de empresas que mantém a escrituração contábil, ou pela aferição, que consiste em uma estimativa do custo da mão de obra baseada em uma série de variáveis tais como tipo da obra, metragem e padrão da construção, dentre outros. Nos dois casos, exigia-se do responsável pela obra a entrega de uma série de documentos para serem analisados pela Receita Federal, tais como plantas da obra, notas fiscais e

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contratos com prestadores de serviço. A análise e tramitação dos documentos acarretava em um tempo médio de espera que podia chegar a 60 dias, podendo ser ainda maior caso fossem constatadas irregularidades nos documentos.

Com a nova Diso, que substitui a versão em papel e será processada exclusivamente por meio da Internet, a Receita racionalizou os procedimentos, reduzindo significativamente a quantidade de documentos que o responsável pela obra precisará entregar ao Fisco. Em uma sistemática semelhante a do Imposto de Renda, o contribuinte irá declarar todas as características da obra por meio da Internet, sendo que, em alguns casos, até mesmo o documento com o valor da contribuição a ser recolhida será emitido na Internet.

Após o recolhimento da contribuição, quando for o caso, ou para a continuação do processo de regularização, o interessado necessitará apenas levar à Receita Federal um documento oficial da Prefeitura (geralmente o Alvará ou Habite-se), que comprove as características básicas da obra tais como, a destinação (residencial ou comercial por exemplo) e área construída. Sendo assim, o contribuinte deve apenas agendar uma data para a entrega do documento da Prefeitura, e caso não haja problemas, terá acesso à Certidão Negativa de Débito ou ao documento com valores a serem recolhidos. Estima-se que com a nova sistemática o tempo médio de tramitação de documentos para a regularização da obra caia para cerca de cinco dias úteis caso não haja problemas com a documentação.

Entretanto, é importante destacar que caso sejam constatadas irregularidades na declaração, a Receita pode efetuar uma auditoria sobre a obra, caso em que serão aplicadas multas. Se for constatada fraude na declaração, o responsável pode responder criminalmente por suas ações.

Mais informações sobre a Diso Internet e os procedimentos necessários para a regularização de obra podem ser obtidos na página da Receita Federal

www.receita.fazenda.gov.br, na guia “Declarações e Demonstrativos – DISO (Declaração e Informações sobre Obra).

Fonte: Receita Federal do Brasil

Presidente do Conselho de Contabilidade fala sobre novas atribuições da categoriaAdilson Cordeiro diz que dia a dia do profissional vem sendo "bombardeado por imposições" da lei

Adilson Cordeiro

"Desde 2008, o dia a dia do profissional da contabilidade vem sendo bombardeado por imposições nas legislações. Isso acarreta aumento do nível de trabalho e da responsabilidade. Iniciou-se com o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), onde o governo e as fiscalizações aboliram o uso do papel e utilizam a força digital, cruzando vários níveis de informações em vários demonstrativos. Obrigações essas chamadas de acessórias que demandam muito tempo de trabalho, hoje estimado em 70% de consumo do tempo dos profissionais.

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Em paralelo com a regulamentação da Lei 11.638/2007, o país abriu as suas portas para a contabilidade internacional. Até o momento, estimo que mais de quatro mil páginas de legislações foram criadas, representando uma nova era na vida profissional. Aliado a tudo isso, o profissional investe diariamente na formação da equipe, o que representa aumento significativo de custos.

Recentemente foi editada a Lei 12.973/2014 oriunda da MP 627, que com 117 artigos altera o regulamento do Imposto de Renda das empresas, criando, por exemplo, multas para essas que podem chegar a R$ 5 milhões. Isso sem contar na Lei da Lavagem do Dinheiro, do e-Social, da alteração sobre as admissões nas empresas, da obrigatoriedade para as entidades imunes e isentas a terem a contabilidade digital etc.

O contrato de serviços é obrigatório e um importante instrumento de defesa tanto para o empresário quanto para o profissional da contabilidade. Os honorários contábeis devem ser formulados baseados na extensão dos serviços, sua complexidade e automaticamente em toda a responsabilidade. A grande valorização profissional se demonstra por aí, ou seja, deve-se demonstrar ao empresário a responsabilidade de ambos no processo, do investimento do profissional e principalmente por tudo isso representar multas exorbitantes."

Link: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/diario-da-redacao/noticia/2014/06/presidente-do-conselho-de-contabilidade-fala-sobre-novas-

atribuicoes-da-categoria-4539609.html Fonte: Diário Catarinense

SuperSimples não beneficia MPE sem empregadoProjeto de lei em votação no Senado frustra expectativa dos prestadores de serviço 30/06/2014

A “universalização” do Simples Nacional (SN), com a inclusão de 140 novas atividades do setor de serviços no regime, poderá não trazer nenhum benefício tributário para as micro e pequenas empresas (MPEs) sem funcionários, caso persistam as alíquotas previstas no projeto de lei 221/2012, em final de tramitação no Senado Federal.

É o que alerta o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) aos senadores e demais conselhos de categorias que terão frustradas a expectativa de um incentivo tributário para aderirem ao chamado “Supersimples”, a partir de 1º de janeiro de 2015. Além dos arquitetos que trabalham individualmente como PJs, o problema afeta outras profissões regulamentadas, como engenheiros, médicos, publicitários, jornalistas, dentistas, veterinários, psicólogos e economistas.

A empresa que não tem funcionários, com receita bruta anual de até R$ 180 mil, por exemplo, pagará uma alíquota total de 16,93% (14,93% referente ao Imposto de Renda - IR, PIS/Pasep, Contribuição Social sobre Lucro Líquido - CSLL, Cofins e Contribuição Patronal Previdenciária – CPP; e 2% de ISS – Imposto sobre Serviço). Ou seja, maior que o regime do Lucro Presumido (LP), cuja soma das alíquotas corresponde a 16,33% do faturamento.

Simulações feitas a pedido do CAU/BR indicam que o quadro se agrava nas quatro faixas de receita

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seguintes até R$ 900 mil por ano, o que abrange a quase totalidade das MPEs. Para a empresa com receita anual de até R$ 360 mil, a diferença é de 16,33% (LP) para 17,72% (SN). Quem fatura até R$ 540 mil por ano, continuará na alíquota de 16,33% no LP, contra 18,43% no SN. Na faixa de faturamento anual até R$ 720 mil, as alíquotas são de 16,33% no LP e 18,77% no SN. E finalmente para a empresa que fatura até R$ 900 mil por ano, a diferença é de 16,33% no LP versus 19,04 no SN.

Caso, entretanto, a empresa tenha folha de pagamento, o regime do Simples Nacional trará vantagens, pois os tributos do Lucro Presumido representarão um percentual maior nas cinco faixas iniciais.

Há muito aguardado, a Câmara dos Deputados só conseguiu aprovar o projeto, em 3 de junho, após ceder a pressões do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que teme a perda de arrecadação e impôs as alíquotas a serem cobradas. A Secretaria da Micro e Pequena Empresa, no entanto, defende o argumento de que quanto mais empresas pagam, mais o governo recolhe.

O CAU/BR defende a revisão imediata das alíquotas previstas, pois “sua manutenção emascula o propósito do PL 221/2012, de fomento dos pequenos empreendedores, que no caso dos arquitetos correspondem a mais de 90% do total dos escritórios existentes”, conforme manifestado pelo Conselho aos senadores.

A responsabilidade do contabilista no registro público dos livros contábeis

Postado por José Adriano em 1 julho 2014 às 9:30 Exibir blog

Por Jose Ernane Santos

O Código Civil de 2002 brindou os profissionais da contabilidade com a possibilidade de responsabilização solidária com a empresa cliente em relação aos atos de má-fé que venham a praticar no exercício do seu trabalho.

De fato, o parágrafo único do art. 1.177 estabelece que os prepostos – no caso específico que aqui tratamos, os contabilistas -, são pessoalmente responsáveis perante os seus clientes pelos atos culposos e solidariamente com o cliente perante terceiros pelos atos dolosos.

Significa que se o contabilista agir de má-fé, ou seja, alterar deliberadamente a realidade para causar vantagem a alguém ou prejuízo a outrem, responderá com seu patrimônio pessoal perante o cliente, se este restou prejudicado e não tinha conhecimento dos atos dolosos do profissional, e perante terceiros prejudicados por tais ações.

Doutra sorte, se a situação decorre de ação culposa do contabilista, caracterizada por negligência, imprudência ou imperícia, ele responde tão somente perante o cliente pelo dano que este tenha sofrido, descartada a possibilidade de terceiros virem a obter indenização do profissional.

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E é justamente no campo da responsabilização perante o cliente que se insere o assunto que objetivamos tratar aqui.

É que a ainda nova Lei Adjetiva Civil, no capítulo que trata da escrituração, determina que os livros obrigatórios e as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis (art. 1.181). Ora, não dispondo a lei a quem cabe a responsabilidade de levar os livros a registro, infere-se que compete à empresa fazê-lo, após estarem os termos de abertura e de encerramento devidamente assinados pelo titular ou representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no respectivo Conselho Regional.

Visando eliminar dúvidas que pudessem surgir a respeito da competência para os registros dos livros, o Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução CFC nº 1.330/2011, aprovou a ITG 200, cuja cláusula 19 está assim: 19. A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão competente e por averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de contabilidade a comunicação formal dessas exigências à entidade. (grifei)

Foi atribuída, assim, ao contabilista, uma obrigação a mais dentre as tantas que já possui, a de informar ao cliente a obrigatoriedade do registro dos seus livros contábeis no Registro Público de Empresas Mercantis.

Acrescente-se que, por estar prevista em norma profissional do CFC, a comunicação formal é dever e não faculdade do contabilista, de modo que, se descumprida, poderá acarretar punição ética, além do pagamento de multa.

A fim de evitar as sanções, recomenda-se que o contabilista entregue a comunicação formal ao cliente e obtenha recibo para apresentar à fiscalização do CRC quando solicitado.

http://www.crc-ce.org.br/ via http://taniagurgel.com.br/?p=14975

Sua Empresa está Inativa? Veja os Procedimentos Necessários no Registro do ComércioO empresário individual, a empresa individual de responsabilidade Ltda – Eireli, a Sociedade Empresária e a cooperativa, que não procederem a qualquer arquivamento no período de 10 anos, contados da data do último arquivamento, deverão comunicar à Junta Comercial que desejam manter-se em funcionamento, sob pena de serem considerados inativos, promovendo o cancelamento do registro, com a perda automática da proteção do seu nome empresarial.

O cancelamento das empresas consideradas inativas não promove a extinção das mesmas.

Não havendo modificação do ato constitutivo no período, a comunicação será efetuada através do modelo “Comunicação de Funcionamento”, assinada, conforme o caso, pelo titular, sócios ou representante legal.

Na hipótese de paralisação temporária de suas atividades, o empresário individual, empresa individual de responsabilidade Ltda – Eireli, sociedade empresária e cooperativa, deverão arquivar “Comunicação de Paralisação Temporária de Atividades”, não promovendo o cancelamento de seus registros ou perda da proteção ao nome empresarial.

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Base: IN DREI 05/2013.

ADE Nº19/2014 - Novo Código de Receita - SISCOSERVInstituído novo Código de Receita para “Multa por atraso/erro/omissão – Siscoserv”

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postado 03/07/2014 10:03 - 707 acessos

SUBSECRETARIA DE ARRECADAÇÃO E ATENDIMENTO COORDENAÇÃO-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 19, DE 1º DE JULHO DE 2014Dispõe sobre a instituição de código de receita para o caso que especifica.O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 312 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, nos arts. 24 a 27 da Lei nº 12.546 de 14 de dezembro de 2011, e naInstrução Normativa RFB nº 1.277, de 28 de junho de 2012, declara:Art. 1º Fica instituído o código de receita 3864 - Multa por Atraso/Erro/Omissão - Siscoserv, para ser utilizado no preenchimento de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) .Art. 2º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.JOÃO PAULO R. F. MARTINS DA SILVA

Fonte: Diário Oficial da União

Receita terá que atender pessoalmente pedidos de compensação 6 de julho de 2014 21:03

Receita terá que atender pessoalmente pedidos de compensação em Porto Alegre

A Receita Federal terá que prestar atendimento presencial em Porto Alegre para contribuintes que tenham dificuldade em utilizar um programa eletrônico do órgão para a devolução de tributos pagos indevidamente pelo contribuinte. A sentença é do juiz federal Alexandre Rossato da Silva Avila, da Subseção Judiciária de Porto Alegre.

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A decisão antecipatória da tutela havia garantido atendimento presencial a todos os residentes no território nacional. Mas a medida foi reformada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Agravo de Instrumento.

O caso começou com uma Ação Civil Pública proposta em abril de 2013 pela Defensoria Pública da União. A decisão ratificou parcialmente a antecipação da tutela e julgou parcialmente procedente o pedido, restringindo os efeitos à jurisdição de Porto Alegre e reduzindo a multa de descumprimento para R$ 10 mil diários.

A ação, de autoria da defensora Fernanda Hahn, foi motivada pelos diversos casos de pessoas que chegaram à Defensoria alegando terem dificuldades em utilizar o programa virtual (PER/DCOMP), obrigatório para elaborar o pedido de repetição de indébito.

Entre as dificuldades estavam a necessidade de acesso à internet para fazer o download do programa PER/DCOMP e para efetuar a declaração; conhecimento de informática para instalar e atualizar o programa; nível mínimo de instrução para o preenchimento da declaração; e download de programas como o Receitanet, a fim de transmitir a declaração. A ação pedia a modificação e adaptação do procedimento, mediante a disponibilização de atendimento presencial nas agências da Receita Federal aos contribuintes que dele necessitassem.

De acordo com a sentença, a Receita Federal terá de disponibilizar agendamento por meio telefônico ou eletrônico para que o usuário receba atendimento presencial em qualquer unidade do órgão dentro do limite territorial estabelecido. Com informações da Assessoria de Imprensa da DPU.

viaConJur – Receita terá que atender pessoalmente pedidos de compensação.

Carga tributária aumentou 10 pontos percentuais após criação do realA estabilidade da moeda trouxe custos para o contribuinte. Necessário para derrubar a inflação, o ajuste fiscal resultou em aumento de impostos

Daniel Lima e Wellton Máximo

A estabilidade da moeda trouxe custos para o contribuinte. Necessário para derrubar a inflação, o ajuste fiscal resultou em aumento de impostos. De acordo com a Receita Federal, a carga tributária – peso dos tributos sobre a economia – saltou mais de dez pontos percentuais depois do Plano Real. De 25,72% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1993, ano anterior ao plano, o indicador subiu para 35,85% em 2012, dado mais recente.

Para equilibrar as contas públicas, o governo federal criou e aumentou tributos nos anos seguintes à criação do real. O destaque foram as contribuições sociais, cujas receitas ficam todas com a União. As principais são a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Cofins), o PIS, o Pasep e a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que taxou as transações financeiras até 2007. A

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voracidade sobre os contribuintes, no entanto, destacam especialistas, puniu as camadas mais pobres da população e não resultou em melhoria de serviços públicos.

Presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike diz que o real acentuou uma tendência iniciada com a Constituição de 1988, que permitiu aos governos (federal, estadual e municipal) obter cada vez mais recursos por meio do aumento de tributos. Para ele, o maior problema é que a tributação, no Brasil, concentra-se no consumo e nos salários.

Com caráter regressivo, a tributação sobre o consumo pune os mais pobres porque as alíquotas incidem sobre o preço final dos produtos. Para uma mercadoria que custa R$ 5 e tem alíquota de 20%, o consumidor pagará R$ 1 de tributo, independentemente da classe social. Proporcionalmente, a quantia pesa mais no bolso dos mais pobres. Com desconto direto na folha de pagamento, a tributação sobre os salários taxa os trabalhadores, não os empresários.

“Hoje, no Brasil, não temos uma política tributária para que haja uma arrecadação de acordo com a capacidade contributiva de cada cidadão. Existe, sim, uma política de arrecadação tributária. Aquela do quanto mais eu arrecadar, melhor”, critica Olenike. Ele defende uma reforma tributária executada em etapas que mude o foco da tributação para o lucro e o patrimônio, que têm maior impacto sobre as parcelas mais ricas da população. “Hoje não existe interesse em fazer reforma tributária. Se cada vez se arrecada mais, por que fazer reforma tributária?”, questiona.

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Em 2012, os tributos sobre o consumo e os salários corresponderam a 76,26% da arrecadação, segundo a Receita Federal. Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que reúne nações desenvolvidas, a média correspondia a 58,35% em 2011. A tributação sobre a renda e o patrimônio somava 21,69% da arrecadação no Brasil, contra 38,27% da OCDE.

Para Cláudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), as distorções no sistema tributário brasileiro persistem porque, até hoje, o grande capital define os rumos da política tributária. “Temos uma carga de primeiro mundo e retorno de terceiro mundo nos serviços que o governo acaba oferecendo à população. Desde a criação do real, pouco mudou”, comenta.

Damasceno cita a defasagem de 61% na correção da tabela do Imposto de Renda e a isenção na distribuição de lucros e dividendos para sócios e acionistas como medidas que pioraram o sistema tributário brasileiro para a população de menor renda nos últimos 20 anos. “Nos países desenvolvidos, a tributação sobre o patrimônio é muito maior. Essa discrepância tem raízes profundas”, diz.

Apesar do aumento da carga tributária nas últimas duas décadas, a Receita Federal não considera o peso dos impostos sobre a economia alto em relação a outros países. Segundo o órgão, o Brasil está numa posição intermediária na comparação com os 27 países da OCDE. Além disso, a Receita informa que alguns países como o Chile, cuja carga tributária soma 21,8% do PIB, não tem Previdência Social.

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda alega que a carga tributária líquida, que desconta dos tributos arrecadados o retorno à sociedade por meio de subsídios e das transferências de renda, ficou praticamente estável nos últimos anos, passando de 18,39% em 2002 (dado mais antigo disponível) para 19,82% em 2012. Segundo a secretaria, a carga tributária líquida é mais importante que a carga bruta porque considera as devoluções do governo, que aumentam a renda disponível do setor privado e o bem-estar das famílias.

Link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-07/carga-tributaria-aumentou-dez-pontos-percentuais-apos-criacao-do-real Fonte: Agência Brasil

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Não há obrigação no pagamento de IPI na aquisição de importados Segundo o acordão pouco importa se o importador é pessoa física ou pessoa jurídica prestadora de serviços, mas sim que sejam contribuintes habituais do imposto. Publicado por Studio Fiscal - 3 dias atrás

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, do Distrito Federal, julgou que não há obrigação do pagamento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no arrendamento mercantil de importados. De acordo com o desembargador Novély Vilanova, a dispensa de pagamento do imposto independe se for pessoa física ou jurídica, ambas estão desobrigadas. Essa foi a interpretação do magistrado ao basear-se no principio constitucional da não cumulatividade dos tributos.

Segundo o acordão pouco importa se o importador é pessoa física ou pessoa jurídica prestadora de serviços, mas sim que sejam contribuintes habituais do imposto.

"A base econômica do IPI é única, devendo ser analisada à luz do artigo 153, inciso IV e parágrafo 3º, inciso II, da Constituição Federal. A incidência do tributo ocorre sobre operações com produtos industrializados, ou seja, sobre negócios jurídicos que tenham por objeto bem submetido a processo de industrialização por um dos contratantes", enfatiza o desembargador.

Entretanto, a questão ainda está distante de ser pacificada. Outra decisão publicada no dia 27, pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, São Paulo, negou por unanimidade o pedido do dono de um veiculo importado que tentava afastar a incidência do IPI.

O desembargador federal Miran Maia, relator do processo, afirmou que há a cumulatividade de uma única vez. Por isso, o proprietário do automóvel apreendido deverá recolher o tributo enquanto destinatário final do bem. Além disso, a sentença desse processo, na primeira instância ainda afirmou que o sujeito, dono do veículo, também deverá pagar o ICMS.

Fonte: Blog Studio Fiscal

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Responsabilidade Civil do administrador em Sociedades Conflito aparente de normas: artigo 159 e §§ e artigo 134, §3º da Lei de S.A. Publicado por Rafhael Camargo - 2 dias atrás

Assim dispõe o artigo 159 da Lei 6.404/76:

Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembléia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.

Já o artigo 134, § 3º da mesma Lei, diz que:

Art. 134. Instalada a assembléia-geral, proceder-se-á, se requerida por qualquer acionista, à leitura dos documentos referidos no artigo 133 e do parecer do conselho fiscal, se houver, os quais serão submetidos pela mesa à discussão e votação.

§ 3º A aprovação, sem reserva, das demonstrações financeiras e das contas, exonera de responsabilidade os administradores e fiscais, salvo erro, dolo, fraude ou simulação (artigo 286).

Pela análise dos dois dispositivos acima, contidos no mesmo diploma legal, percebemos que o artigo 159 possibilita a ação de responsabilidade civil contra o administrador, contudo, pode ser eximida, acaso a assembleia geral aprove as demonstrações financeiras e contas apresentadas por este.

Na jurisprudência temos a melhor distinção dos artigos, senão vejamos o brilhante voto do Ministro Antônio de Pádua Ribeiro, no RESP 256.596:

No panorama descrito, para não se negar vigência ao art. 134, § 3º, outra solução não resta senão distinguir dois termos iniciais da ação de responsabilidade civil: um, para ação visando a reparação decorrente de atos da assembléia geral, ir- regularmente convocada ou instalada, violadoras da lei ou do estatuto; e outra, decorrente da procedência de ação anulatória dos atos da assembléia geral eivados de erro, dolo, fraude ou simulação.

Esse é, a meu ver, o único entendimento que permite compatibilizar os textos legais de regência com princípios fundamentais relativos ao cômputo do prazo prescricional, entre eles o da "actio nata", ou seja, não é possível uma ação prescrever antes do seu nascimento. Intentá-la.

No presente caso, o balanço e as contas apresentadas pelo administrador foram aprovados pela assembléia geral, sem reservas. Por esse motivo, fica ele exonerado de responsabilidade, consoante disposição do art. 134, § 3º, o qual faz a ressalva a respeito da ocorrência de erro, dolo, fraude ou simulação - os mesmos vícios que inquinam os atos jurídicos em geral - e reporta-se ao art. 286.

Quer isso dizer que o administrador não se isenta de responsabilidade se o beneplácito da assembléia resultar de erro, dolo, fraude ou simulação, os quais devem ser demonstrados na ação apropriada para promovera anulação do ato de aprovação das contas. Esta é prevista no art. 286, devendo ser ajuizada no prazo de dois anos, contados a partir da deliberação tida por viciada. Isso porque, como lembra Rubens Requião, "à assembléia geral ordinária, com efeito, não tem condições de, desde logo, descobrir os atos

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ilícitos praticados pelos administradores e fiscais, motivo por que a aprovação das contas não os exonera de responsabilidade se, dentro de dois anos, forem eles descobertos, ensejando as ações competentes" (Curso de Direito Comercial, Editora Saraiva, 20ªedição, 1995, pág, 176).

Pelo exposto, podemos concluir que se as contas e demonstrações financeiras apresentadas pelo administrador forem aprovadas em assembleia, fica ele isento de responsabilização em eventual ação judicial, salvo se for comprovado erro, dolo, fraude ou simulação contida na ata de assembleia (artigo 134, § 3º), hipótese em que o artigo 159 prevaleceria.

Site quer facilitar operações de comércio exteriorIntenção é integrar em apenas um lugar todos os dados sobre exportações e importações

postado 03/07/2014 09:27 - 569 acessos

Brasília - O governo brasileiro lançou ontem o site Brasil Export, com a intenção de integrar em apenas um lugar todos os dados sobre exportações e importações, hoje espalhados pelos ministérios das Relações Exteriores, Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Agricultura. Em três línguas - português, inglês e espanhol - o site tem a ambição de facilitar o acesso a informações necessárias para o empresário brasileiro vender para o exterior e também para que os estrangeiros possam investir no Brasil.

O novo site tem dois focos. O primeiro é o empresário brasileiro, que poderá encontrar no mesmo lugar informações sobre oportunidade de negócios, feiras, normas técnicas, logística para exportação, financiamento disponível e também estatísticas do País sobre comércio exterior.

"É uma plataforma extremamente relevante porque cria uma coordenação do conjunto de informações que já eram produzidas pelo governo mas eram específicas de cada ministério. Agora podemos compartilhar no mesmo sítio todas as informações relevantes para o comercio e investimento", afirmou o ministro Mauro Borges, do MDIC. "Muitas vezes estrangeiros deixam de fazer negócios por falta de informações ou informações desencontradas. Haverá simetria nas informações, o que é um elemento extremamente positivo para o incremento do comércio e do investimento recíproco, do Brasil para o exterior e do exterior para o Brasil".

Na versão em inglês, o site tem menos informações, mais voltadas para atrair investidores ao País. Há um guia oficial do governo brasileiro de oportunidades de investimentos, focado em investimentos, obras públicas e logística. Também há uma seção voltada para empresários que queiram importar produtos brasileiros e outro para aqueles que planejam investir no Brasil. Em outra seção, os interessados podem descobrir onde estão as seções comerciais das embaixadas brasileiras. Há ainda uma seção, tanto para brasileiros como para estrangeiros, para esclarecer dúvidas.

O governo brasileiro analisou sites sobre exportação de investimento de vários países, entre eles Estados Unidos e Chile, para preparar o sítio brasileiro. "Nossa escala de comércio merece instrumentos compatíveis com os dias de hoje. É inconcebível pensar em comércio desta dimensão sem instrumentos capazes de dar respostas muito rápidas e efetivas para as necessidades dos atores do comércio exterior", disse Borges, lembrando que a corrente comercial brasileira chegou a US$ 500 milhões. O site já está no ar, no endereço www.brasilexport.gov.br.

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Fonte: Agência Estado

Profissionais contábeis devem ficar atentos às contas eleitoraisContadores passam a se dedicar à execução e análise dos eventos relacionados aos gastos de campanha

Roberta Mello

Com a Copa do Mundo entrando na reta final, é chegada a hora de começar a se preparar para o próximo grande evento a tomar conta da agenda do País: as eleições 2014. Faltando pouco mais de três meses para a realização do primeiro turno da votação, marcada para o dia 5 de outubro, o profissional contábil começa a elaborar a prestação de contas eleitorais.

Como já é de praxe, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou uma medida com adequações às normas dos anos anteriores, disponível no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) do dia 5 de março. A Resolução 23.406/2014 – que dispõe sobre a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos, candidatos e comitês financeiros - sofreu algumas alterações importantes neste ano.

A principal delas é que o profissional de contabilidade responsável e o candidato deverão assinar a prestação de contas, sendo obrigatória, ainda, a constituição de advogado. Os partidos e comitês também devem se preocupar, ao repassarem as informações ao TSE, em identificar com clareza a origem dos valores. Tudo para garantir processos eleitorais mais transparentes.

Segundo o técnico em contabilidade e consultor em assuntos contábeis, Carlos Souto Júnior, essa novidade aumenta o peso da responsabilidade sobre os ombros do contador. Contudo, a nova resolução não deixa de ser um reconhecimento à importância da categoria para o amadurecimento do processo eleitoral brasileiro.

Se antes os documentos eram enviados sem grande cuidado e tinham chances de receber sanções da Justiça Eleitoral, agora o processo está mais rigoroso e a cobrança pode recair sobre o profissional contábil, pois o TSE está ainda mais atento. Até abril de 2014, cerca de 10 mil casos estavam sendo analisadas criteriosamente.

Mesmo que o Código de Ética da profissão não trate especificamente das contas eleitorais, deve-se respeitar a legislação da categoria e seguir todos os preceitos gerais das Ciências Contábeis. “Não é por que está fazendo a contabilidade de um candidato político que o contador vai se tornar flexível. É como estar fazendo a contabilidade de uma empresa”, defende o contador José João Appel Mattos.

Todos os balancetes são enviados e padronizados por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE). Ao fim do fornecimento de dados, todos os documentos são publicados no site do TSE. Àqueles candidatos que tiverem comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais, será negado o diploma ou cassado caso já tenha sido outorgado.

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Resolução não acaba com a concentração de recursos nas mãos de poucos

As regras em torno da arrecadação eleitoral ajudam a dinamizar a disputa por cargos públicos no País. No entanto, a concentração de verbas nas mãos de alguns poucos candidatos e os gastos exorbitantes com as campanhas ainda precisam ser enfrentados.

Segundo a professora doutora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Ufrgs Silvana Krause, as normas em torno do financiamento de campanha não atacam um problema nevrálgico. Elas estabelecem percentuais para a doação e não valores. “O fato de o País ter alta concentração de renda gera uma distorção essencial”, sintetiza Silvana.

Existem certas diferenças na regulamentação do modelo de custeio de contas eleitorais e do financiamento partidário. A primeira delas é a efemeridade do regime em torno do financiamento de campanha, que muda a cada processo eleitoral, enquanto o regime de suporte financeiro partidário tem regras melhor definidas. Porém, os modelos são bem semelhantes no que diz respeito ao protagonismo dos montantes oriundos das grandes corporações.

Em sua pesquisa sobre financiamento partidário, a professora se deu conta, ainda, que o investimento de grupos de interesse aumenta consideravelmente em ano eleitoral. Na contramão, a figura do militante partidário no apoio e financiamento se torna mais fraca. Para piorar, as verbas para campanha normalmente estão centralizadas nas mãos de um número muito pequeno de candidatos.

O pleito deste ano vai eleger o presidente e vice-presidente da República, deputados federais, senadores, governadores e vice-governadores, deputados estaduais, incluindo o Distrito Federal. Estimativas apontam que entre 70 e 80 mil candidatos irão disputar os cargos. Segundo os especialistas, a prestação de contas pode não garantir um panorama político totalmente seguro e transparente nos próximos anos, mas aumenta a lisura na prática eleitoral.

Elaboração dos documentos deverá ser acompanhada desde o início do processo

A concepção de uma conta eleitoral, dedicada apenas à movimentação financeira durante a campanha, é uma exigência antiga, implantada em 1997. Neste ano, o prazo para a sua criação é até esta sexta-feira, 5 de julho de 2014, data limite também para os registros dos candidatos.

A partir do momento em que o profissional contábil passa a se envolver com todo o processo, a tendência é que o candidato disponibilize informações mais completas à Justiça Eleitoral e que o contador esteja seguro na hora de assinar os documentos. “Não é que o profissional contábil passe a ser totalmente responsável pelo conteúdo, mas pode ajudar mais”, esclarece o técnico em contabilidade Carlos Souto Júnior.

“A obrigatoriedade de que cada prestação de contas seja firmada pelo contador é uma reivindicação antiga da nossa classe”, lembra o contador José João Appel Mattos, autor do livro Partidas Dobradas - Eleições 2014 - Contabilidade Necessária. Em sua terceira edição (a obra já foi editada nos pleitos de 2010 e 2012), a publicação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma forma de acompanhar as mudanças promovidas pelo TSE de dois em dois anos e de informar os contadores. A obra pode ser comprada ou acessada gratuitamente no site da entidade.

Ainda dá tempo de requisitar a abertura da conta eleitoral. Basta acessar o site do TSE e solicitar a emissão do Requerimento de Abertura de Conta Bancária Eleitoral (Race) a partidos, candidatos e comitês financeiros.

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Os candidatos devem ficar atentos ao armazenamento dos dados completos dos doadores para se proteger. Todos os recursos devem ser lastreados nos recibos eleitorais gerados pelo Sistema de Recibos Eleitorais (SRE). Desde janeiro, os diretórios partidários já podem requisitar e emitir recibos eleitorais.

Os recursos oriundos do próprio candidato estão limitados a 50% do patrimônio informado na Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (Dirpf). Os donativos realizados por pessoas físicas não podem ultrapassar 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano-calendário anterior à eleição, excetuando-se aos que são estimáveis em dinheiro relativos à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador. O mesmo se aplica à prestação de serviços próprios, desde que não ultrapasse R$ 50 mil, apurados conforme o valor de mercado.

Já as pessoas jurídicas podem realizar doação de no máximo 2% do faturamento bruto auferido por pessoa jurídica, no ano-calendário anterior à eleição. Sendo assim, aqueles que não tiverem declarado sua renda no ano anterior não podem colaborar financeiramente com as campanhas eleitorais.

Link: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=165943

Direito de retirada do sócio na sociedade limitadaA retirada do sócio na sociedade limitada, como sabido, implica em severas alterações não só em seu quadro societário

postado 03/07/2014 09:28 - 811 acessos

O direito de retirada ou recesso, em sentido estrito, é o direito que tem o sócio de desligar-se da sociedade quando for dissidente da alteração contratual perpetrada pela vontade da maioria e, ainda, quando manifesta for a sua vontade de não mais pertencer ao quadro social do empreendimento contratado.

No tocante às sociedades limitadas, tipo societário adotado por mais de 90% das sociedades empresárias constituídas no Brasil, o direito de retirada está previsto na norma do artigo 1077 do Código Civil, sendo que a previsão elencada no artigo 1029 do mesmo diploma serve à regência das sociedades simples, quais sejam aquelas organizações sociais não empresárias e que, a despeito de realizarem atividade econômica, não estão submetidas ao regime jurídico mercantil.

A retirada do sócio na sociedade limitada, como sabido, implica em severas alterações não só em seu quadro societário, mas ainda e principalmente, reflexos de ordem econômica e política, já que, a saída do sócio pressupõe o pagamento em seu favor dos respectivos haveres, ou a aquisição de suas quotas por quem já seja sócio ou até por pessoas estranhas à estrutura societária, o que pode gerar reflexos de natureza política na condução e gestão dos negócios.

Com efeito, em quaisquer das situações a retirada do sócio promove alterações, sejam econômicas, sejam políticas, no ambiente interno da sociedade, o que, por si só, revela a importância de um melhor e mais seguro entendimento a respeito do assunto, em especial porque o exercício deste direito, quando desmedido pode culminar até mesmo na extinção da sociedade, seja pela dissolução consensual, seja até mesmo pela falência.

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Em que pese a previsão normativa constante do Código Civil a respeito do tema, a doutrina e a própria jurisprudência dos tribunais soam entendimentos divididos no tocante ao assunto, tal como será visto adiante.

No que toca às sociedades limitadas, como anunciado, inicialmente há que ser entendido que o direito de retirada do sócio está insculpido no artigo 1077 do Código Civil, que proclama o direito de retirada apenas "quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela por outra", circunstâncias em que terá o sócio dissidente da deliberação o direito de retirar-se da sociedade nos trinta dias subseqüentes à assembleia ou reunião respectiva.

A questão ganha vigoroso debate a partir daquilo que revelam o teor da redação do artigo 1053 do Código Civil e, obviamente, do artigo 1029, constante também do mesmo diploma legal. Neste sentido, proclama o artigo 1053 que a sociedade limitada será regida pelas normas da sociedade simples quando houver omissão no capítulo normativo destinado às limitadas.

Pois bem, o inicial ponto em que se inaugura o afirmado debate consiste em aferir se há ou não omissão no capítulo normativo da sociedade limitada quando da previsão do direito de recesso/retirada do sócio.

Para a linha interpretativa que defende a inexistência de omissão no capítulo normativo que rege as sociedades limitadas no Código Civil, a retirada do sócio está regulada inteiramente pela regência do artigo 1077 do código, portanto, independentemente do prazo de vigência do contrato social, se determinado ou indeterminado, a retirada do sócio apenas dar-se-á de forma motivada e os motivos que servem como alicerce ao exercício daquele direito são aqueles proclamados no artigo 1077 (alteração contratual; fusão; incorporação e transformação).

Já o artigo 1029 do Código Civil, norma que regula a retirada do sócio na sociedade simples, prevê o direito de retirada do sócio na sociedade com prazo determinado quando houver justa causa para tanto, esta, provada judicialmente. Já nas sociedades simples com prazo indeterminado, o sócio pode dela se retirar sem a necessidade de invocar qualquer motivo, bastando que notifique os demais sócios sobre sua intenção no prazo mínimo de 60 dias de antecedência. Assim, para a linha interpretativa que vê omissão no direito de retirada regulado no capítulo da sociedade limitada, em especial porque naquele capítulo não há a previsão de retirada imotivada do sócio na sociedade limitada com prazo indeterminado, a solução proclamada é a aplicação da regência prevista no artigo 1029 (retirada na sociedade simples) para a sociedade empresária limitada, tudo conforme previsto no disposto do artigo 1053 do Código Civil.

Como dito, os intérpretes da norma dividem as opiniões a respeito de tão importante instituto do direito empresarial, o que revela grave insegurança jurídica ao ambiente econômico/societário regido pelos contratos sociais celebrados para a constituição das sociedades limitadas.

Por tais motivos, o direito de recesso merece uma melhor atenção por parte dos intérpretes do direito e até mesmo dos sócios, de modo a prestigiá-lo em conjunto e em boa harmonia com o princípio da preservação da empresa e os interesses sociais que a envolvem.

Por último, existem alternativas hábeis para tamanha insegurança e risco à atividade e até mesmo existência da empresa, dentre as quais destaca-se a profissionalização das relações societárias, incentivando-se a redação de contratos sociais mais sólidos e responsáveis, com previsão satisfatória das hipóteses e procedimentos para o exercício da retirada e, ainda, a celebração de acordos de quotistas que visem à garantia de manutenção de investimentos e de capitais empregados por todos aqueles que tencionam o exercício da atividade empresarial.

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Por Sérgio Marcos Pereira Mendes

Fonte: Diário do Comércio – MG

Reconhecida repercussão de disputa sobre PIS/Cofins na importação de autopeças03/07 - FT/AD / STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a repercussão geral de disputa relativa a alíquotas diferenciadas de tributação para a importação de autopeças. No Recurso Extraordinário (RE) 633345, uma empresa questiona os valores recolhidos ao Programa de Integração Social (PIS) e a título de Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) menores para fabricantes de máquinas e veículos, e maiores para distribuidores.

Segundo a Lei 10.865/2004, na importação de autopeças os valores das contribuições é de 2,3% para o PIS e 10,8% para a Cofins, exceto no caso de a empresa ser fabricante de máquinas ou equipamentos, quando aplicam-se as alíquotas gerais, de 1,65% de PIS e 7,6% de Cofins. Para a recorrente, há no caso uma inconstitucionalidade, por transgressão aos princípios da isonomia tributária, da capacidade contributiva e da livre concorrência, uma vez que as montadoras de veículos também atuam no mercado interno de reposição de autopeças.

Finalidade extrafiscal

O Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, em apelação, entendeu ser constitucional a tributação, em razão da finalidade extrafiscal das contribuições, voltadas ao fomento da indústria automobilística nacional. A diferenciação de alíquotas revela, nesse caso, o papel normativo e regulador da atividade econômica pelo Estado.

Nesse ponto, o contribuinte alega que a interpretação do TRF foi incorreta, uma vez que as contribuições foram criadas com o propósito específico de financiar a Seguridade Social, possuindo caráter tipicamente fiscal. Os tributos extrafiscais, alega, seriam apenas os impostos de responsabilidade da União elencados no artigo 153, parágrafo 1º, da Constituição Federal.

Por maioria, o Plenário Virtual do STF reconheceu a repercussão geral do tema, acompanhando a manifestação do relator do processo, ministro Marco Aurélio. “O tema reclama o crivo do Supremo, presente a adoção de alíquotas diferenciadas, considerada a indústria automobilística nacional, em detrimento de contribuintes que importam peças para a fabricação de máquinas”, afirmou o relator.

Processos relacionadosRE 633345

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Seletividade do ICMSO princípio da seletividade é cumprido ao comparar-se mercadorias ou serviços, sendo menos onerados os de primeira necessidade e mais onerados os supérfluos ou suntuários

postado 02/07/2014 08:45 - 342 acessos

Segundo o disposto no art. 155, § 2º, inciso III, da Constituição Federal, o ICMS – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. A Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1966, que estabelece normas gerais a respeito daquele imposto não faz qualquer alusão sobre esta seletividade, restando à doutrina fazê-lo no sentido de que se o antigo ICM – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias era uniforme, isto é, tinha as mesmas alíquotas para todas as mercadorias, o mesmo não ocorre com o ICMS.

A este a doutrina atribui instrumento de extrafiscalidade, em razão do disposto constitucionalmente, podendo e devendo ser utilizado ao ordenamento político-econômico, estimulando a prática de operações ou prestações havidas por úteis ou convenientes para o País e, pelo contrário, onerando outras que não atendam tão de perto ao interesse nacional. Por isso é que, em algumas operações com produtos supérfluos, a alíquota aplicada é de 25 por cento, enquanto outras com produtos essenciais, as alíquotas baixam para 18, 17, 12 e até 9 por cento. Assim, o princípio da seletividade é cumprido ao comparar-se mercadorias ou serviços, sendo menos onerados os de primeira necessidade e mais onerados os supérfluos ou suntuários.

Por trás desta idéia está presente, em última análise, o princípio da capacidade econômica, pelo qual quem tem mais em termos econônicos há de ser mais onerado do que quem tem menos, segundo o previsto no § 1º do art. 145 da Constituição Federal. Ainda segundo a doutrina o princípio da seletividade tem por escopo favorecer os consumidores finais, não sendo por outra razão que quem adquire bem ou serviço luxuoso revela possuir grande capacidade econômica, devendo ser mais tributado por meio do ICMS do que quem compra um bem imprescindível à sua vida ou frui de um serviço essencial. Pois neste caso não há liberdade de consumo mas apenas necessidade, já que ninguém pode prescindir de pão, de transporte coletivo, de energia elétrica, por exemplo.

Entretanto, a tributação da energia elétrica e de telecomunicações está entre as mais elevadas, parecendo não haver por parte do poder público o reconhecimento de sua essencialidade. E, como se não bastasse, entre eles há diferentes alíquotas, a tal ponto que o Egrégio Supremo Tribunal Federal está em vias de decidir se legislação estadual estabelecendo alíquotas maiores de ICMS para o fornecimento de energia elétrica e serviços de telecomunicações fere os princípios da isonomia tributária e da seletividade previstos na Constituição Federal. A discussão, em repercussão geral, será feita por meio de recursos interposto contra lei do Estado de Santa Catarina que estabeleceu alíquotas para esses serviços em patamar superior a 17 por cento aplicável à maioria das operações.

O recorrente questiona acórdão do Tribunal de Justiça daquele Estado que confirmou decisão de primeira instância pela constitucionalidade da alíquota de 25 por cento do ICMS prevista em lei estadual para o fornecimento de energia elétrica e os serviços de telecomunicação. Segundo o recurso, a lei ofende aos princípios da isonomia tributária e da seletividade do imposto estadual, em função da essencialidade dos bens e dos serviços tributados, pois o constituinte teria estabelecido uma determinação e não mera recomendação ao legislador estadual quanto à seletividade. O tema é palpitante e não deveria se esgotar aí, pois a seletividade deveria implicar em alíquotas progressivas em razão do consumo daqueles serviços, observado o princípio da capacidade contributiva.

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Por Alcimar de Almeida Silva

Fonte: Tribuna do Norte - RN

A responsabilização dos sócios nas autuações e a jurisprudência administrativaDívidas fiscais

postado 01/07/2014 13:28 - 287 acessos

Na prática, nas autuações fiscais, quando o auditor fiscal almeja a responsabilização de terceiros pelos créditos tributários das pessoas jurídicas autuadas, lavra os denominados “Termos de Sujeição Passiva Solidária”, notificando os sócios das empresas. Em alguns casos, o termo simplesmente arrola o nome do sócio ou administrador e o cientificava da exigência tributária lançada contra a empresa, “para fins do disposto no art. 135 do CTN”. A justificativa comumente apresentada é a de que, como o auto de infração foi lavrado com multa qualificada, isto é, quando a fiscalização entendeu que houve fraude, são formalizados, também, os termos de sujeição passiva solidária em face dos sócios responsáveis pela administração da empresa. Ocorre que, nos termos do artigo 135, inciso III, do CTN, para que a cobrança do crédito tributário da pessoa jurídica seja redirecionada para a pessoa de seus diretores, gerentes ou representantes legais, obrigatoriamente, há de serem obervados seus pressupostos legais, quais sejam: que haja excesso de poder ou infração à lei, nos atos praticados. Tais termos de sujeição passiva têm sido lavrados em desfavor dos sócios sem a comprovação da sua atuação com excesso de poderes ou infração à lei, contrato social ou estatutos. Essa arbitrariedade na lavratura de tais atos administrativos acaba por mitigar o direito de defesa das referidas pessoas, como tem se manifestado o Superior Tribunal de Justiça.[1] Ressalte-se que, interpretando a expressão “infração de lei, contrato social ou estatutos”, expressa no mencionado artigo 135 do CTN, é pacífico que não é sempre que a pessoa física pode ser responsabilizada por débitos contraídos pela pessoa jurídica. A mera ausência do pagamento de tributos não pode ser caracterizada como infração à lei, contrato social ou estatutos.[2] Torna-se necessária a prova de que o administrador da pessoa jurídica tenha se beneficiado pessoalmente com a inadimplência ou tenha dissolvido irregularmente a sociedade, para haver eventual caracterização de sua responsabilidade tributária. Diante da análise individualizada dos requisitos indispensáveis para que o responsável tributário seja executado, evidencia-se a necessidade de demonstração da prática dos atos infracionais, cabendo a produção da prova de tal situação exclusivamente à Fazenda Pública. É de toda ordem repugnável a tentativa de migração da responsabilidade da pessoa jurídica para um suposto responsável tributário sem a preexistência de uma regular investigação procedida pela autoridade administrativa competente acerca da ocorrência das situações que autorizam essa substituição. Noutros termos, a mera afirmação unilateral do Fisco efetuada após a constituição de seus créditos tributários sobre a existência de responsáveis tributários para fins de responsabilização passiva é atitude que não tem amparo no Direito positivo, porquanto acaba por menoscabar a própria garantia constitucional da ampla defesa. Ora, autorizado pelo princípio do inquisitivo, promove o Fisco uma constante busca pela verdade material, com o desiderato de lavrar o auto de infração e demonstrar a prática de atos infracionais, podendo-se utilizar de todos os meios de prova para tal fim. Não se pode perder de vista que é dever inarredável do Fisco motivar, a contento, todos os atos administrativos postos a seu encargo pelo ordenamento jurídico. Cuida-se de um dever jurídico da Fazenda Pública, cuja vinculação origina-se do mais elevado patamar normativo, o da Constituição da República Federativa do Brasil, como corolário dos magnos princípios da legalidade e da

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tipicidade. Dever jurídico emergente da própria Carta Política — conforme artigo 5º, incisos II e XXXIX; artigo 37, caput, e artigo 93, inciso X — e não mero ônus processual, enquanto parte num determinado contencioso. Ora, o dever de motivar quaisquer atos administrativos — bem o definiu a melhor doutrina — antecede mesmo a própria existência do eventual litígio na esfera administrativa. De fato, o descumprimento do dever jurídico de motivar o ato administrativo, ou seja, a tentativa de responsabilização de terceiros sem prova contundente e cabal importa na declaração de nulidade do referido termo. Por oportuno, vale lembrar a diferença entre o motivo e a motivação do ato administrativo de lançamento. O motivo (ou “causa” do lançamento) será sempre único, qual seja, a ocorrência do fato imponível da obrigação ou a prática da infração tributária. Deve, pois, a Administração declarar a ocorrência desse fato. A seu turno, a motivação é o discurso justificador do ato administrativo. Contém a enunciação dos motivos e demais pressupostos exigidos legalmente para a prática do ato. Isto é, enquanto o motivo se insere na órbita da própria estrutura do ato administrativo, a motivação diz respeito à sua validade. Todo lançamento de ofício ou auto de infração contém motivo: a ocorrência do fato imponível (artigo 114 do CTN). E deve conter, necessariamente, a motivação: o discurso justificador, isto é: a demonstração da ocorrência desse fato. Por isso, a motivação somente alcança seus fins por intermédio da prova, não havendo campo para presunção. É na motivação que se cuida de demonstrar a efetiva existência do motivo. O administrador tem a obrigação de provar o motivo. Nas hipóteses de meras lavraturas de termos de sujeição passiva solidária em desfavor do sócio-administrador, sem que o fiscal autuante se preocupe em provar a infração, carece de suporte fático a autuação, por carência de motivação. Sem provas de que o gestor agiu com dolo, fraude ou simulação, em afronta à lei ou ao contrato social, sem diligências visando a constatar a gestão fraudulenta da sociedade, não se pode pretender a sua responsabilização. Ressalte-se: a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica de determinada sociedade é um ato grave e com inúmeros desdobramentos, que repercutem, sobretudo, na estabilidade dos setores econômico e financeiro de nosso país. Muito embora ainda persistam alguns julgados e entendimentos desfavoráveis, que reafirmam os equívocos laborados pela Fiscalização, felizmente, temos conhecimento de vários acórdãos do Carf — aliás, a maioria — inadmitindo a responsabilização dos sócios-administradores, sem que, dos autos do processo administrativo, possa se extrair meios comprobatórios para tal redirecionamento. O fundamento é de que é inaplicável a responsabilização tributária de terceira pessoa, com fundamento no artigo 128 do CTN, se não ficou demonstrada a sua vinculação com o fato gerador da obrigação tributária. Além disso, não se aplica o artigo 135, inciso III, do CTN se não for claramente comprovado pelo Fisco que a obrigação tributária é resultante de atos praticados pelos sócios com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. Já tivemos a oportunidade de analisar a referida questão e entendemos por afastar a imputação da responsabilidade tributária aos sócios-administradores, nos seguintes termos: No que tange à imputação de responsabilidade solidária aos administradores [...], cumpre reconhecer que não existe na legislação tributária hipótese de atribuição direta de responsabilidade solidária aos sócios administradores das pessoas jurídicas. Nos termos da legislação em vigor, tanto nos casos do art. 124, como dos arts. 135 e 137, todos do CTN, há necessidade de comprovação de fato jurídico tributário, distinto da ocorrência do fato gerador, capaz de permitir a inclusão dos sócios e/ou administradores no pólo passivo da relação jurídica tributária. Dessa forma, deveria a fiscalização ter constituído o fato jurídico tributário relativo ao interesse comum entre a pessoa jurídica e seus sócios-administradores, ou ter indicado a previsão legal específica em que os administradores, simplesmente pelo fato de serem administradores, poderiam responder pelo crédito tributário devido pela pessoa jurídica. Acrescente-se que, em se tratando de atribuição de responsabilidade tributária solidária com base no interesse comum, deveria a fiscalização ter constituído tal fato jurídico, mediante a competente descrição dos fatos, corroborada pelas provas cabíveis. A ementa restou assim redigida: [...] RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA . SÓCIOS-ADMINISTRADORES. Não existe na legislação tributária hipótese de atribuição direta de responsabilidade solidária aos sócios administradores das pessoas jurídicas. Nos termos da legislação em vigor, tanto nos casos do art. 124, como dos arts. 135 e 137, todos do CTN, há necessidade de comprovação de fato jurídico tributário, distinto da ocorrência do fato gerador, capaz de permitir a inclusão dos sócios e/ou administradores no pólo passivo da relação jurídica tributaria. No caso do art. 124 do CTN, é necessária a identificação da hipótese normativa aplicável ao caso concreto: (i) o interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação

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principal as pessoas que tenham; ou (ii) a expressa previsão na legislação ordinária. Verificada a ocorrência de interesse comum, para fundamentar a atribuição de responsabilidade solidária aos administradores, deve a fiscalização constituir tal fato jurídico no lançamento, mediante a competente descrição dos fatos, corroborada pelas provas cabíveis [...]. (Processo nº 10882.003318/2007-01, 4ª Câmara, 1ª Turma Ordinária, Primeira Seção, Rel. Conselheiro Maurício Pereira Faro, sessão de 26 de janeiro de 2011). É importante deixar claro que a Fiscalização não pode fundamentar a suposta responsabilidade do administrador indistintamente no artigo 124 ou no artigo 135, ambos do CTN, eis que tais dispositivos partem de pressupostos totalmente diferentes. Realmente, o primeiro versa sobre a sujeição passiva simultânea e o segundo sobre a transferência da responsabilidade do contribuinte para terceiro. A pretensão de aplicação simultânea de ambos os dispositivos, sem qualquer comprovação do atendimento dos requisitos exigidos para um ou outro, já demonstra, por si só, o constante equívoco que tem ocorrido com as lavraturas de certos termos de sujeição passiva. Ademais, o artigo 135 do CTN trata de responsabilidade pessoal e exclusiva, de modo que, ao ser invocado para justificar a exigência do crédito tributário perante o terceiro, não mais poderia subsistir a exigência fiscal em face do contribuinte. É dizer, não há como se exigir a satisfação do crédito tributário perante a empresa e ao mesmo tempo de seu administrador invocando o artigo 135, inciso III, do CTN. Esse dispositivo tem aplicação nos casos em que o dirigente atua em benefício próprio, contra os interesses da pessoa jurídica que representa. [1] “[...] Na execução fiscal, contra sociedade por cotas de responsabilidade limitada, incidência de penhora no patrimônio de sócio-gerente, pressupõe a verificação de que a pessoa jurídica não dispõe de bens suficientes para garantir a execução. De qualquer modo, o sócio-gerente deve ser citado em nome próprio e sua responsabilidade pela dívida da pessoa jurídica há que ser demonstrada em arrazoado claro, de modo a propiciar ampla defesa”. (REsp 141516/SC, Rel. Ministro Humberto Gomes de Barros, Primeira Turma, julgado em 17/09/1998, DJ 30/11/1998, p. 55). “Tenho que a dívida fiscal é da sociedade. O sócio-gerente só responde por ela se ficar provado que agiu com excesso de mandato ou infringência à lei ou ao contrato social. Essa prova há de ser feita pelo Fisco” (Trecho do voto do Relator José Delgado, EREsp 100.739, DJ de 28/02/00). [2] Esse entendimento já é, inclusive, sumulado: “o inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente” (Súmula nº 430 do STJ, DJe 13/05/2010). Maurício Pereira Faro é advogado, sócio do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados, conselheiro do Carf, mestre em Direito pela Universidade Gama Filho e professor da pós-graduação em Direito Tributário da PUC-RJ e da Fundação Getúlio Vargas. Bernardo Motta Moreira é advogado em Belo Horizonte; conselheiro titular da 3ª Seção de Julgamento do Carf; consultor efetivo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais; mestre em Direito pela UFMG; professor da Pós-Graduação da PUC-Minas e do bacharelado em Direito do Centro Universitário UNA. Revista Consultor Jurídico,

Fonte: conjur

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SPED - Pesquisa sobre redução nos custos de conformidade tributária e os investimentos no SPED no Brasil

Postado por José Adriano em 3 julho 2014 às 10:30 Exibir blog

Por Edson Lima

O Sistema Público de Escrituração Digital – SPED foi desenvolvido com a intenção de maior integração entre as próprias administrações tributárias, depois entre elas e os contribuintes, através do uso de tecnologia e, consequentemente, de dados socioeconômicos padronizados, num único ambiente, elevando a eficiência arrecadatória e reduzindo os custos de administração e de conformidade. Este artigo intenciona analisar se os investimentos públicos direcionados ao estabelecimento e manutenção do projeto, efetivamente resultaram em redução nos custos de conformidade tributária, temporários e permanentes. O método Survey não aleatório foi utilizado como mecanismo de levantamento de dados, com um questionário desenvolvido contendo 22 questões com base no modelo de previsão de impacto regulatório desenvolvido e aplicado pela Australian Taxation Office – ATO em seu país, adaptado para identificar a redução nos custos de conformidade relacionados às três vertentes organizacionais específicas: Pessoas, Tecnologia e Contratação de Serviços de Consultoria. O questionário foi enviado por email a 20 pessoas com cargo de direção ou gerência, envolvidos diretamente no projeto SPED em empresas de tamanho e segmento distintos. Responderam à pesquisa 18 das 20 empresas. Os resultados obtidos indicam que o SPED provocou aumento dos custos de conformidade temporários e permanentes, sobretudo, devido à estratégia de implementação definida e aplicada unicamente pela administração pública. A análise também evidenciou que os investimentos públicos direcionados à implantação e manutenção do SPED são comparativamente semelhantes aos investimentos privados direcionados para o mesmo fim, o que demonstrou tendência de transferência dos custos de administração para os custos de conformidade dos contribuintes.

Íntegra disponível em http://pt.slideshare.net/EdsonLima38/artigo-edson-sampaio-de-lima-f...

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