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APOSTILA SEGURANÇA DO TRABALHO EM RADIOLOGIA NR7 – PCMSO NR15 – INSALUBRIDADE NR32 – SERVIÇOS DE SAÚDE 7.2 DAS DIRETRIZES (PCMSO) 7.2.1 O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR. 7.2.2 O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho. 7.2.3 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao

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APOSTILA SEGURANÇA DO TRABALHO EM RADIOLOGIA

NR7 – PCMSO

NR15 – INSALUBRIDADE

NR32 – SERVIÇOS DE SAÚDE

7.2 DAS DIRETRIZES (PCMSO)

7.2.1 O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR.7.2.2 O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho.7.2.3 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.7.2.4 O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.

7.3 DAS RESPONSABILIDADES7.3.1 Compete ao empregador:a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; (Alterada pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO;e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. 7.3.1.1 Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 25 (vinte e cinto) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 10 (dez) empregados. (Alterado pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)7.3.1.1.1 As empresas com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e até 50 (cinqüenta) empregados, enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva. (Alterado pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)7.3.1.1.2 As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados, enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. (Alterado pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)7.3.1.1.3 Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas previstas no item 7.3.1.1 e subitens anteriores poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores. (Alterado pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)7.3.2 Compete ao médico coordenador:a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; b) encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta NR profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados.

7.4. Do desenvolvimento do PCMSO 7.4.1. O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:a) admissional;b) periódico;c) de retorno ao trabalho;d) de mudança de função;e) demissional.7.4.2. Os exames de que trata o item 7.4.1 compreendem:a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental;b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos nesta NR e seus anexos.

7.4.2.1. Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II desta NR, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho.7.4.2.2. Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não constantes dos Quadros I e II, outros indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores.7.4.2.3. Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho.7.4.3. A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea "a", com parte integrante dos exames médicos constantes no item 7.4.1, deverá obedecer aos prazos e à periodicidade conforme previstos nos subitens abaixo relacionados:7.4.3.1. no exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas atividades;7.4.3.2. no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados:a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos:a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho;a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas;b) para os demais trabalhadores:b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade.7.4.3.3. No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser realizada obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.7.4.3.4. No exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes da data da mudança.7.4.3.4.1. Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador à risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.7.4.3.5. No exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de:

135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR 4;

90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR 4.7.4.3.5.1. As empresas enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR 4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 135 (cento e trinta e cinco) dias, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho.7.4.3.5.2. As empresas enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I da NR 4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 90 (noventa) dias, em decorrência de negociação coletiva assistida por profissional indicado de

comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho.7.4.3.5.3. Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional independentemente da época de realização de qualquer outro exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores.7.4.4. Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias.7.4.4.1. A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.7.4.4.2. A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.7.4.4.3. O ASO deverá conter no mínimo:a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função;b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho-SSST;c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu;f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina.7.4.5. Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO.

ANEXO II do QUADRO II

(Incluído pela Portaria SIT n.º 223, de 06 de maio de 2011)DIRETRIZES E CONDIÇÕES MÍNIMAS PARA REALIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE RADIOGRAFIAS DE TÓRAX

1. ObjetivoEstabelecer as condições técnicas e parâmetros mínimos para a realização de Radiografias de Tórax para contribuir no diagnóstico de pneumoconioses por meio de exames de qualidade que facilitem a leitura radiológica adequada, de acordo com os critérios da Organização Internacional do Trabalho - OIT.

2. Profissionais envolvidos na realização de radiografias de tórax2.1. Supervisor Técnico. Profissional detentor de Titulo de Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Colégio Brasileiro de Radiologia/Associação Médica Brasileira.2.2. Profissionais Envolvidos na Realização do exame radiológico:a) a) Um (ou mais) Médico Radiologista com Titulo de Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem;b) Técnicos em Radiologia registrados no Conselho Nacional de Técnicos de Radiologia.

3. Exigências Legais para funcionamento do Serviço de RadiologiaPara o funcionamento do serviço de Radiologia deverão ser observadas as seguintes exigências legais, estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA: a) Alvará da Vigilância Sanitária especifico para a Radiologia;b) Relatório de Testes de Constância;c) Medidas Radiométricas do Equipamento e da Sala de Exame;d) Medidas de Radiações de Fuga;e) Dosímetros Individuais;f) Registro no Conselho Regional de Medicina especifico para Radiologia;g) Registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES.

4. Condições ambientais dos serviços de radiologiaO serviço de radiologia deve possuir sala com, no mínimo, 25 m², com paredes baritadas ou com revestimento de chumbo, com portas blindadas com chumbo, com avisos de funcionamento e luz vermelha para aviso de disparo de Raios-X e demais condições previstas no item 32.4 da Norma Regulamentadora n.º 32.4.1 No caso de utilização de Equipamentos Transportáveis para Radiografias de Tórax deverão ser cumpridas, além do exigido no item 3 deste anexo, as seguintes exigências: (Incluído pela Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013)a) Alvará específico para funcionamento da unidade transportável de Raios X. (Incluída pela Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013)b) ser realizado por profissional legalmente habilitado e sob a supervisão de responsável técnico nos termos da Portaria SVS/MS n.º 453, de 1 de junho de 98. (Incluída pela Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013)c) Laudo Técnico emitido por profissional legalmente habilitado, comprovando que os equipamentos utilizados atendem ao exigido no item 5 deste anexo. (Incluída pela Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013)

5. Equipamentos Os equipamentos utilizados para realização das Radiografias de Tórax devem possuir as seguintes características mínimas:

a) Gerador monofásico de alta freqüência de preferência e/ou trifásico de 6 a 12 pulsos, no mínimo de 500 mA;b) Tubo de Raios X - 30/50;c) Filtro de Alumínio de 3 a 5 mm;d) Grade Fixa com distância focal de 1,50 m; e) Razão da grade 10:1 com mais de100 colunas; f) Razão da grade 12:1 com 100 colunas.6. Técnica RadiológicaA técnica radiológica deverá observar os seguintes padrões:a) Foco fino (0,6 a 1,2 mm) - 100 mA ou 200 mA (Tubo de alta rotação);b) Tempo 0,01 a 0,02 ou 0,03 segundos;c) Constante- 40 ou 50 Kv.

7. Processamento dos Filmes (Radiologia Convencional)O processamento dos filmes deve ser realizado por Processadora Automática com um sistema de depuração de resíduos que atenda às exigências dos órgãos ambientais responsáveis.

8. Identificação dos Filmes (Radiologia Convencional)Nos filmes deve constar no canto superior direito a data da realização do exame, número de ordem do serviço ou do prontuário do paciente, nome completo do paciente ou as iniciais do nome completo.

9. Leitura Radiológica de acordo com os critérios da Organização Internacional do Trabalho – OIT. (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013) 9.1 A leitura radiológica é descritiva. (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013)9.1.1 O diagnóstico de pneumoconiose envolve a integração do histórico clínico/ocupacional associado à radiografia do tórax. (Inserido pela Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de 2011)9.1.2 Em casos selecionados, a critério clínico, pode ser realizada a Tomografia Computadorizada de Alta Resolução de Tórax. (Inserido pela Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de 2011)9.2 Para a interpretação e emissão dos laudos dos exames radiológicos que atendam ao disposto na NR-7 devem ser utilizados, obrigatoriamente, os critérios da OIT na sua revisão mais recente, a coleção de radiografias-padrão e um formulário específico para a emissão do laudo. (Alterado pela Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de 2011)9.3 O laudo do exame deve ser assinado por um (ou mais de um, em caso de múltiplas leituras) dos seguintes profissionais: (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013) a) Médico Radiologista com Titulo de Especialista ou registro de especialidade no Conselho Regional de Medicina e com qualificação e/ou certificação na Classificação Radiológica da OIT;b) Médicos de outras especialidades, que possuam título ou registro de especialidade no Conselho Regional de Medicina em Pneumologia, Medicina do Trabalho ou Clínica Médica (ou uma das suas subespecialidades) e que possuam qualificação e/ou certificação na Classificação Radiológica da OIT9.3.1 A denominação “Qualificado” se refere ao Médico que realizou o treinamento em Leitura Radiológica por meio de curso/módulo específico. (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013)9.3.2 A denominação “Certificado” se refere ao Médico treinado e aprovado em exame de proficiência em Leitura Radiológica. (Inserido pela Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de 2011)9.3.3 Caso a certificação seja concedida pelo exame do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH),

também poderá ser denominado de “Leitor B”. (Inserido pela Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de 2011)

10. Utilização de Radiografias Digitais10.1 Sistemas de radiologia digital do tipo CR ou DR podem ser utilizados para a obtenção de imagens radiológicas do tórax para fins de interpretação radiológica da OIT.10.2 Os parâmetros físicos para obtenção de radiografias de tórax de qualidade técnica adequada, utilizando-se equipamentos de radiologia digital, devem ser similares aos da radiologia convencional.10.3 A identificação dos filmes deve conter, no mínimo, a data da realização do exame, número de ordem do serviço ou do prontuário do paciente, nome completo do paciente ou as iniciais do nome completo.11. Interpretação Radiológica de acordo com os critérios da OIT utilizando-se Radiografias Digitais11.1 Imagens geradas em sistemas de radiologia digital (CR ou DR) e transferidas para monitores só podem ser interpretadas com as radiografias-padrão em monitor anexo.11.2 Os monitores utilizados para exibição da radiografia a ser interpretada e das radiografias-padrão devem ser de qualidade diagnóstica, possuir resolução mínima de 3 megapixels e 21” (54 cm) de exibição diagonal por imagem.11.3 Imagens digitais impressas em filmes radiológicos devem ser interpretadas com as radiografias-padrão em formato impresso, em negatoscópios.11.4 Não é permitida a interpretação de radiografias digitais, para fins de classificação radiológica da OIT, nas seguintes condições:a) interpretar radiografias em monitores comparando-as às radiografias-padrão em negatoscópio, ou o inverso;b) interpretar radiografias digitais impressas em filmes radiológicos com reduções menores do que 2/3 do tamanho original;c) interpretar radiografias digitais impressas em papel fotográfico;d) interpretar imagens originadas no sistema de radiografias convencionais e que foram digitalizadas por scanner e, posteriormente, impressas ou exibidas em tela.12. Ética e Segurança no armazenamento de imagens digitais

12.1 Os serviços que ofertam radiologia digital devem assegurar a confidencialidade dos arquivos eletrônicos e de dados dos trabalhadores submetidos a radiografias de tórax admissionais, periódicas e demissionais, para fins da classificação radiológica da OIT, através da implementação de medidas e procedimentos técnicos e administrativos adequados.12.2 As imagens digitais devem ser armazenadas no formato DICOM.12.3 O tempo de guarda dos exames radiológicos deve obedecer ao texto da NR-7.12.4 Não é permitido guardar/arquivar filmes obtidos pelo método de radiologia convencional na forma de imagens escaneadas.

2 – INSALUBRIDADE NR15

15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12; 15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751/1990). 15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14; 15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10. 15.1.5  Entende-se  por  "Limite  de  Tolerância",  para  os  fins  desta  Norma,  a concentração  ou  intensidade  máxima  ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que nãocausará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. 15.2 O exercício de  trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do  item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região,equivalente a: 15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo; 

15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. 15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo. 15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: a)   com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; b)   com a utilização de equipamento de proteção individual.

RADIAÇÕES IONIZANTES: APLICAÇÕES E CUIDADOS1. CONCEITOS1.1. RadiaçõesSão ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com alta velocidade e portando energia, eventualmente carga elétrica e magnética, e que, ao interagir podem produzir variados efeitos sobre a matéria. Elas podem ser geradas por fontes naturais ou por dispositivos construidos pelo homem. Possuem energia variavel desde valores pequenos até muito elevados.

As radiações eletromagnéticas mais conhecidas são: luz, microndas, ondas de rádio AM e FM, radar, laser, raios X e radiação gama. As radiações sob a forma de partículas, com massa, carga elétrica, carga magnética mais comuns são, feixes de elétrons, feixes de prótons, radiação beta, radiação alfa. Das radiações particuladas sem carga elétrica, a mais conhecida é o nêutron.

1.2. Radiações ionizantesAo interagir com a matéria, os diferentes tipos de radiação podem produzir variados efeitos que, podem ser simplesmente a sensação de cor, a percepção de uma mensagem codificada e manipulada em áudio e vídeo numa televisão, a sensação de calor provocada por feixes de lasers, o aquecimento de alimentos num fôrno de microndas, uma imagem obtida numa chapa radiográfica ou então, a produção de íons e elétrons livres devido à ionização. As radiações são denominadas de ionizantes quando produzem íons,radicais e elétrons livres na matéria que sofreu a interação. A ionização se deve ao fato das radiações possuírem energia alta, o suficiente para quebrar as ligações químicas ou expulsar elétrons dos átomos após colisões.1.3. Propriedades das radiações ionizantesSob o ponto de vista dos sentidos humanos, as radiações ionizantes são: invisíveis, inodoras, inaudíveis, insípidas e indolores. Para se ter uma idéia da velocidade delas.

Além da capacidade de ionização, as radiações ionizantes são bastante penetrantes, quando comparadas com os demais tipos.As radiações eletromagnéticas do tipo X e gama, são as mais penetrantes e, dependendo de sua energia, podem atravessar vários centímetros do tecido humano até metros de blindagem de concreto. Por isso são muito utilizadas para a obtenção de radiografias e para controlarníveis de material contidos em silos de paredes espessas.As radiações beta são pouco penetrantes, em relação às anteriores.Dependendo de sua energia, podem atravessar milímetros e até centímetros de tecido humano. Já as partículas alfa possuem um poder de penetração muito pequeno. Mesmo radiações com 5 MeV, não conseguem atravessar a espessura de uma folha de papel. Entretanto, o seu poder deionização é muito grande.

1.4. Origem das radiações ionizantes1.4.1. Raios XOs raios X utilizados nas aplicações técnicas são produzidos por dispositivos denominados de tubos de raios X, que consistem, basicamente, em um filamento que produz elétrons por emissão termoiônica (catodo), que são acelerados fortemente por uma diferença de potencial elétrica (kilovoltagem) até um alvo metálico (anodo), onde colidem. A maioria doselétrons acelerados são absorvidos ou espalhados, produzindo aquecimento no alvo. Cerca de 5% dos elétrons sofrem reduções bruscas de velocidade, e a energia dissipada se converte em ondas eletromagnéticas, denominadas de raios X. Os eletrodos estão contidosnuma ampôla de vidro onde se fez vácuo, para evitar a sua oxidação.Devido ao processo como são produzidos, são também denominados de radiação de freamento (bremsstrahlung)

É bom observar que, ao se desligar uma máquina de raios X, ela não produz mais radiação e, portanto, não constitui um equipamento radioativo, mas um gerador de radiação. Qualquer material irradiado por raios X, para as aplicações mais conhecidas, não fica e nem pode ficar radioativo. Muito menos os locais onde são implementadas, como consultórios dentários,salas de radiodiagnóstico ou radioterapia.Raios X de alta energia podem ser obtidos por freamento de feixes de elétrons de alta energia, produzidos por aceleradores de partícula, aocolidirem com alvos metálicos. Para radiações acima de 10 MeV, efeitos de ativação de materiais podem ocorrer, devido a ocorrência de reações nucleares. Neste caso, a instalação deve ser bem blindada e os cuidados com a radioproteção mais intensificados.1.4.2. Raios X característicosSão radiações eletromagnéticas de alta energia originadas em transições eletrônicas do átomo que sofreu excitação ou ionização, após interação. Elétrons das camadas externas fazem transições para ocupar lacunas produzidas pelas radiações nas camadas internas, próximas donúcleo, emitindo o excesso de energia sob a forma de raios X. Como asenergias das transições são típicas da estrutura de cada átomo, elas podem ser utilizadas para a sua identificação, numa técnica de análise de materiais denominada de fluorescência de raios X.1.4.3. Radiação gama (γ)É uma radiação emitida pelo núcleo atômico com excesso de energia (no estado excitado) após transição de próton ou nêutron para nível de energia com valor menor, gerando uma estrutura mais estável. Por depender da estrutura nuclear, a intensidade e a energia com que é emitidapermite caracterizar o radioisótopo. É uma radiação bastante penetrante e, conforme sua energia, é capaz de atravessar grandes espessuras. Por isso, é bastante utilizada emaplicações médicas de radioterapia e aplicações industriais, como medidores de nível e gamagrafia.A unidade utilizada para expressar a atividade de uma fonte é oBecquerel (Bq). Ele é definido como uma transformação nuclear por segundo. Existe uma unidade antiga de atividade, que ainda é muito usada, denominada Curie (Ci) = 3,7 . 1010 Bq.1.4.4. Radiação beta (β)Consiste de um elétron negativo (β-) ou positivo (β+) emitido pelo núcleo na busca de sua estabilidade, quando um nêutron se transforma em próton ou um próton se transforma em nêutron, respectivamente, acompanhado de uma partícula neutra de massa desprezível, denominada de neutrino. Por compartilhar, aleatoriamente, a energia da transição como neutrino, sua energia é variável, apresentando um espectro contínuo até um valor máximo.Seu poder de penetração é pequeno e depende de sua energia. Para o tecido humano, consegue atravessar espessura de alguns milímetros.Esta propriedade, permite aplicações médicas em superfícies da pele ou na aceleração da cicatrização de cirurgias plásticas ou do globo ocular.1.4.4. Radiação alfa (α)É uma radiação constituida de dois prótons e dois nêutrons, carga 2+ e com bastante energia cinética, emitida por núcleos instáveis de elevada massa atômica. As intensidades e as energias das radiações alfa emitidas por um nuclídeo, servem para identificá-lo numa amostra. Muitosradionuclídeos naturais como, urânio, tório, bismuto, radônio emitem váriasradiações alfa, em suas transições nucleares.As radiações alfa tem um poder de penetração muito reduzido e uma alta taxa de ionização. Para exposições externas, são inofensivas pois, não conseguem atravessar as primeiras camadas epiteliais. Porém, quando os radionuclídeos são ingeridos ou inalados, por mecanismos decontaminação natural ou acidental, as radiações alfa, quando em grande quantidade podem causar danos significativos na mucosa que protege ossistemas respiratório e gastroentestinal e nas células dos tecidosadjacentes.1.4.5. Nêutrons (n)Os nêutrons podem ser produzidos por varios dispositivos como, reatores nucleares, aceleradores de partículas providos de alvos especiais e por fontes de nêutrons. Neles são induzidas reações nucleares por meio

de feixes de radiação [ reações (γ ,n), (p,n), (α,n)] , por radioisótopos [reações (α ,n) ] ou por fissão.Os nêutrons são muito penetrantes devido sua grande massa e ausência de carga elétrica . Podem, inclusive, ser capturados por núcleos do material alvo, tornando-os radioativos.

Tratamento Químico e Reciclagem deChapas de Raio-XResumoOs setores hospitalar e de saúde são enormes produtores de resíduos sólidos e dentre eles encontram-se as chapas de raio-X. Se descartadas no lixo comum, as chapas de raio-X podem contaminar o solo e os lençóis freáticos, já que contém prata, um metal pesado. Dessa forma, é necessário buscar alternativas para o reaproveitamento da prata e do plástico das chapas de raio-X. O presente trabalho ilustra o tratamento químico das chapas de raio-X, isolamento da prata metálica e reciclagem do plástico. Palavras-chave: chapas de raio-X, prata, resíduos sólidos.

1. IntroduçãoA geração de resíduos sólidos é uma forte preocupação ao meio ambiente.A demanda de geração de resíduos aumenta diariamente e, dentre os resíduos produzidos, estão os resíduos sólidos gerados no âmbito da saúde. Dentre essesresíduos, podemos destacar os químicos, que são fortemente prejudiciais ao meio ambiente. Observa-se que há uma preocupação, por parte da sociedade, relacionada às disposições inadequadas de resíduos oriundos de chapas radiográficas em aterros sanitários, pois estes têm ocasionado a contaminação de solos e lençóis freáticos, o esgotamento dos aterros, dentre outros fatores.A prata é um elemento traço de ocorrência natural, que é muito empregado em indústrias de fotografia e imagem, bem como em eletro-eletrônicos de um modo geral. Essa acentuada utilização implica na descarga desse metal para o ambiente, o que representa risco para organismos aquáticos e terrestres. Essa preocupação se justifica pelo seu reconhecido potencial tóxico quando despejada sem critérios no ambiente .Metais pesados, como é o caso da prata, possuem efeito acumulativo no organismo e causam problemas renais, motores e neurológicos. As bases das chapas radiográficas são feitas de acetato, um plástico derivado do petróleo e que demora mais de cem anos para ser degradado em aterros sanitários comuns.O processo de confecção de chapas radiográficas envolve uma série de etapas e a utilização de diversos elementos tóxicos. A base da chapa, feita de acetato, é recoberta por uma fina camada de grãos de prata sensíveis à luz. Ao expor a camada de grãos de prata à luz, ocorre a reflexão da luz e cada grão de prata comporta-se de uma maneira diferente, ou seja, acontecem diferentesgraus de exposição. Após o processo de exposição à luz, a chapa precisa ser revelada, pois a imagem ainda não é visível. Os reveladores mais comuns são o metol e a hidroquinona. Na fase seguinte, ocorre a eliminação da prata que não foi sensibilizada pela ação da luz e estabilização da imagem revelada. O fixador mais utilizado é o tiossulfato de sódio.Sendo a prata um metal pesado e altamente poluidor, a sua liberação no ambiente é proibida por normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).As Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) 306/04, da Anvisa, e Resolução no358/05, do Conama, dispõem sobre o gerenciamento dos resíduos.

A Tabela 1 apresenta as concentrações limites para a presença de metais pesados no meio ambiente de acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

Tabela 1 Concentrações limites de alguns metais pesados em água.

2. Materiais e MétodosAs chapas radiográficas são colocadas em uma cuba plástica, imersasem solução de hidróxido de sódio por alguns dias.Anais - 4o Simpósio de Tecnologia em Meio Ambiente e Recursos Hídricos – FATEC - JahuApós a completa eliminação da prata presente na base de acetato, lavam- se as placas de plástico e coloca-se na estufa, em baixa temperatura, para secagem.

Figura 1 Chapas de raios-X mergulhadas em solução de hidróxido de sódio.

Em seguida, utilizando-se um funil de placa porosa filtrou-se a solução a vácuo contendo o precipitado de óxido de prata e separou-se o sobrenadantedo precipitado. Corrigiu-se o pH do sobrenadante para pH 6 e em seguida tratou-se com cloreto férrico até completa precipitação do acetato, filtrou-se a solução em um funil.Após análise do filtrado, descartou-se de acordo com as normas do CONAMA e descartou-se o precipitado em aterro industrial.Colocou-se o óxido de prata retido durante a filtração em um cadinho. O

cadinho foi colocado na mufla e atingiu-se o ponto de fusão da prata (962 oC), até total transformação em prata metálica.

3. Resultados e DiscussõesInicialmente, têm-se as chapas de raios-X com a fina película de grãos de prata aderidas ao acetato.

Figura 2 Chapa de raios-X antes do tratamento químico e após tratamento químico.

4. ConclusõesAo final do tratamento das chapas radiográficas, a prata metálica pode ser destinada na confecção de joias, semi joias e bijuterias. A placa de plástico limpa pode ser destinada a reciclagem comum ou na confecção de embalagens.O ato de reciclar um material que poderia ir para o lixo significa muito mais do que apenas gerar outro material, é colaborar para manter a perfeita sintonia entre o homem e o meio ambiente. A geração de lixo e resíduos pelo homem é inerente à condição de ser humano, porém minimizar os efeitos negativos do lixo no meio ambiente é fundamental. O trabalho em questão certamente colabora com a redução de descarte de materiais contendo metais pesados, além da reciclagem e reutilização do plástico.

3 – NR32 - SERVIÇOS DE SAÚDE

Tabela de riscos ambientais no ambiente de trabalho

PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA  - PPR

O setor que manipula radiações ionizantes nos estabelecimentos de serviços de saúde deve manter o Programa de Proteção Radiológica, conforme determina a NR 32.

32.4.1 O atendimento das exigências desta NR, com relação às radiações ionizantes, não desobriga o empregador de observar as disposições estabelecidas pelas normas específicas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, do Ministério da Saúde.

32.4.2 É obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção do trabalho o Plano de Proteção Radiológica - PPR, aprovado pela CNEN, e para os serviços de radiodiagnóstico aprovado pela Vigilância Sanitária.

32.4.2.1 O Plano de Proteção Radiológica deve:a) estar dentro do prazo de vigência;b) identificar o profissional responsável e seu substituto eventual como membros efetivos da equipe de trabalho do serviço;c) fazer parte do PPRA do estabelecimento;d) ser considerado na elaboração e implementação do PCMSO;e) ser apresentado na CIPA, quando existente na empresa, sendo sua cópia anexada às atas desta comissão. ...32.4.5.6 Deve ser elaborado e implementado um programa de monitoração periódica de áreas, constante do Plano de Proteção Radiológica, para todas as áreas da instalação radiativa.

O que é o plano de proteção radiológica? Vejamos o que diz a legislação do CNEN  – Comissão Nacional de Energia Nuclear -  e da Vigilância Sanitária, que normatizam essa matéria.

Determina a CNEN-NN-3.01 – “DIRETRIZES BÁSICAS DE PROTEÇÃO”, que foi concebida através das seguintes normatizações:  Resolução CNEN/ CD Nº 27, de 17/12/2004 (Aprovação da Norma);  Resolução CNEN Nº 12/1988; Resolução CNEN/ CD Nº 27, de 17/12/2004;  Resolução CNEN/ CD Nº 48, de 09/09/2005; ) Portaria CNEN Nº 60, de 18/11/2005;  Portaria CNEN Nº 07, de 17/01/2006; Portaria CNEN Nº 4, de 15/02/2006:

5.3.8 O titular deve submeter à aprovação da CNEN um Plano de Proteção Radiológica, contendo, no mínimo, as seguintes informações: a) identificação da instalação e da sua estrutura organizacional, com uma definição clara das linhas de responsabilidade e respectivos responsáveis; b) objetivo da instalação e descrição da prática; c) função, classificação e descrição das áreas da instalação; d) descrição da equipe, instalações e equipamentos que compõem a estrutura do serviço de proteção radiológica; e) descrição das fontes de radiação e dos correspondentes sistemas de controle e segurança, com detalhamento das atividades envolvendo essas fontes; f) demonstração da otimização da proteção radiológica, ou de sua dispensa; g) função, qualificação e jornada de trabalho dos IOE; h)  estimativa das doses anuais para os IOE e indivíduos do público, em condições de exposição normal; i) descrição dos programas e procedimentos relativos a monitoração individual, monitoração de área, monitoração de efluentes e monitoração do meio ambiente; j) descrição do sistema de gerência de rejeitos radioativos; k) descrição do sistema de liberação de efluentes radioativos; l) descrição do controle médico de IOE, incluindo planejamento médico em caso de acidentes; m) programas de treinamento específicos para IOE e demais funcionários, eventualmente; n) níveis operacionais e demais restrições adotados; o) descrição dos tipos de acidentes previsíveis, incluindo o sistema de detecção dos mesmos, destacando os mais prováveis e os de maior porte; p) planejamento de resposta em situações de emergência, até o completo restabelecimento da situação normal; q) regulamento interno e instruções gerais a serem fornecidas por escrito aos IOE e demais trabalhadores, visando a execução segura de suas atividades; e r) Programa de Garantia da Qualidade aplicável ao sistema de proteção radiológica.

RESIDUOS

Dentro do grupo dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), são encontrados os resíduos oriundos de hospitais (lixo hospitalar), drogarias, consultórios médicos e odontológicos, laboratórios de análises clínicas, dentre outros estabelecimentos que prestam serviços semelhantes a estes.As pessoas que manipulam os RSS têm sua saúde exposta a riscos, sendo que o manejo de forma incorreta destas, pode levar a um aumento do número de casos de infecções hospitalares. Já em relação à questão ambiental, os RSS quando presentes nos lixões poluem lençóis freáticos e corpos hídricos devido ao chorume formado pelo acumulo do lixo.

ClassificaçãoNo Brasil, há alguns anos atrás, os RSS eram manejados da mesma forma que os resíduos domiciliares e públicos, ou seja, sua coleta, transporte, tratamento e local de despejo em ambos as situações eram iguais. Mas no dia 7 de setembro de 2004 entrou em vigor a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA, n° 306, onde estão definidas as classificações dos RSS e qual o devido gerenciamento a ser dado para cada grupo.

Grupo A: dentro deste grupo são encontrados resíduos que possivelmente possuem agentes biológicos, desta maneira, apresentando riscos de causar infecções. Divide-se em 5 subgrupos (A1,A2,A3,A4 e A5), baseado nas diferenças entre os tipos de RSS que possuem estes agentes.

Grupo B: nestes resíduos estão presentes substâncias químicas que, possivelmente, conferem risco à saúde públicaou ao meio ambiente.

Grupo C: englobam materiais oriundos de atividades humanas que possuem radionuclídeos em quantidades acima dos limites aceitáveis segundos as normas do CNEN.

Grupo D: neste grupo estão presentes os resíduos que não apresentam risco químico, biológico e nem radioativo para a saúde dos seres vivos, muito menos ao meio ambiente, como por exemplo, papel de uso sanitário, fraldas, restos alimentares de paciente, entre outros.

Grupo E: grupo onde estão os materiais perfurocortantes ou escarificantes.

Etapas do recolhimentoA realização de um devido gerenciamento dos RSS é de extrema importância na neutralização dos possíveis riscos à saúde dos seres humanos e também ao meio ambiente. Este gerenciamento é feito através de um conjunto de ações que tem seu início no manejo interno, onde é realizada uma segregação adequada dentro das unidades de serviços de saúde, visando à redução do volume de resíduos infectantes. Dentro deste manejo existem etapas:

Segregação: é feita através da separação dos resíduos no instante e local de sua geração.

Acondicionamento: embalar em sacos impermeáveis e resistentes, de maneira adequada, todos os resíduos que foram segregados, segundo suas características físicas, químicas e biológicas.

Identificação: esta medida indica os resíduos presentes nos recipientes de acondicionamento.

Armazenamento temporário: acondiciona temporariamente os recipientes onde estão contidos os resíduos, próximo ao ponto em que eles foram gerados. Esta medida visa agilizar o recolhimento dentro do estabelecimento.

Armazenamento externo: refere-se à guarda dos recipientes no qual estão contidos os resíduos, até que seja realizada a coleta externa.

Coleta e transporte externos: refere-se ao recolhimento dos RSS do armazenamento externo, sendo encaminhado para uma unidade de tratamento e destinação final.

Tratamentos dos Resíduos de Serviços de SaúdeO tratamento dos RSS é de extrema importância, pois consiste na descontaminação dos resíduos, através de meios químicos ou físicos que devem ser feitos em locais seguros. Esta etapa pode ser realizada através de diversas maneiras:

Processos térmicos: através da realização da autoclavagem, incineração, pirólise, ou até mesmo uso de aparelhos de microondas.

Processos químicos: previamente os matérias à passarem por este processo devem ser triturados para que haja um aumento na eficiência deste. Em seguida à trituração os RSS são imersos em desinfetantes por alguns minutos.

Irradiação: neste caso, há uma excitação da camada externa dos elétrons das moléculas, devido á radiação ionizante, deixando-as carregadas, sendo assim haverá um rompimento do material genético (DNA ou RNA) dos microrganismos, resultando na morte dos mesmos.

Por fim, após todos estes processos, o material resultante é encaminhado para um aterro sanitário que possua licenciamento ambiental. Nos casos de municípios que não possuem esta opção, vem sendo muito utilizada a implementação de valas sépticas, onde os RSS são depositados nestas valas escavada no solo, que em seguida é revestida por uma manta plástica impermeável, protegendo assim contra possíveis contaminações ao meio ambiente.

Todo o recolhimento de lixo hospitalar deve, obrigatoriamente, obedecer à norma 307, de 24 de dezembro de 2004, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).Segundo especifica a norma, todo o material proveniente destacado como lixo hospitalar deve ser classificado e colocado em embalagens diferentes e específicas e sua destinação deve respeitar as especificações da norma.

Os resíduos hospitalares podem ser identificados e classificados da seguinte forma:

A) Resíduos infecciosos: São os materiais provenientes de isolamentos, contendo sangue humano, material patológico, materiais perfurantes e cortantes, resíduos de diagnósticos, de biopsias e de amputações, assim como resíduos de tratamentos como gazes, sondas e drenos, dentre outros.B) Resíduos especiais: Compreendido por materiais radioativos, farmacêuticos e químicos.C) Resíduos comuns ou gerais: São os materiais provenientes de áreas administrativas e áreas externas, como sucatas, embalagens reaproveitáveis, resíduos alimentares, etc.O acondicionamento e a destinação dos resíduos hospitalares deve proceder da seguinte forma:

Grupo 1 - materiais perfurocortantes em caixas de papelão específicas para esta finalidade. Os demais resíduos devem ser alocados em sacos plásticos brancos, sempre identificados

com o símbolo de material infectante. Destino: incineração ou aterro sanitário através de sistema de coleta especial;Grupo 2 - materiais radioativos dispõem de uma legislação própria do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e devem proceder de acordo com essa especificação, sendo os hospitais os responsáveis por sua destinação final. Os materiais farmacêuticos são devolvidos aos fabricantes, sendo esses os responsáveis por sua destinação.Grupo 3 - papel, papelão, vidros, plásticos, metais e demais materiais recicláveis recebem embalagens próprias de acordo com o tipo de material, e sua destinação é a reciclagem interna ou a entrega, ou mesmo venda, como sucata.