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1. ROTINA: ALVARÁ DE SOLTURA

1.1 PROBLEMÁTICA: Risco envolvido no processo de deslocamento dos

Oficiais de Justiça aos presídios e outros órgãos de segurança.

1.2 RELATOS: Oficiais da Justiça Federal do Estado do Maranhão:

“PRESÍDIO DE PEDRINHAS: O Complexo Penitenciário de Pedrinhas é

conhecido nacionalmente em razão de sua notória ausência de segurança,

com rotineiras ocorrências de motins, rebeliões e ataques com o fim de

facilitar a fuga em massa de detentos. Apesar de contrariar as normas de

segurança, Alvarás de Soltura são expedidos no período noturno e o

Oficial de Justiça tem orientação expressa do juiz criminal para dar

imediato cumprimento ao mesmo, a fim de resguardar o direito do preso.

Além dos Alvarás, em todas as demais ordens judiciais (citação, intimação,

etc.) o Oficial de Justiça tem que ir até a cela do encarcerado,

configurando situação de alta potencialidade de risco à integridade física

do Oficial. Nossa prática é exigir ao Diretor do presídio escolta armada de

2 ou 3 agentes para acompanhar o Oficial até a cela.”

Oficiais da Justiça Federal do Espírito Santo: “Um problema resolvido foi

em relação aos Alvarás de Soltura, antes, recebíamos os ditos alvarás no

final do plantão, tínhamos que nos deslocar primeiro à Polinter para

verificar se não existiam outras ordens de prisão exaradas em relação ao

preso, após isso, nos deslocávamos ao presídio, normalmente locais muito

distantes da sede da JF, e lá chegávamos, costumeiramente após o final do

expediente administrativo das unidades prisionais, éramos informados,

pela chefia da segurança da mesma, que não poderia ser liberado o preso,

pelo fato de não haver ninguém do administrativo, nem o diretor do

presídio. Com isso, retornávamos no início da manhã do dia seguinte e,

* documento anexado em formato digital.

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por vezes, só conseguíamos dar integral cumprimento após o início do

expediente na Vara Federal que exarou a ordem, pois, eles ligavam para a

mesma para confirmar a autenticidade do mandado, alegavam terem

ocorrido casos anteriores de falsificação de alvarás. Após vários problemas

relatados pelos Oficiais, chegando ao cúmulo de o Juiz plantonista nos

mandar buscar o diretor do presídio em sua casa para cumprimento

imediato do alvará, finalmente, a Direção do Foro se reuniu com o

Secretário de Justiça e foi criada pela SEJUS/ES a Central de Alvarás, que

recebe, por via eletrônica e em e mail institucional, cópia do alvará, logo

após o mesmo ser expedido, já realiza as consultas pertinentes e remete

ao presídio em que deverá ser cumprido, de forma que, quando o Oficial

de Justiça chega à unidade prisional a ordem para soltura já chegou e não

se perde mais a viagem, segue a portaria do dito convênio.

Oficiais da Justiça Federal do Rio de Janeiro: estes Oficiais de Justiça

experimentam situações semelhantes quando do cumprimento de alvarás

de soltura. Chegando a ordem geralmente no fim do expediente, torna-se

inviável do ponto de vista da segurança do Oficial o cumprimento

imediato, sendo corriqueiras as determinações de “sarqueamento” –

(verificação se o interno não tem outra ordem de prisão expedida em seu

desfavor) no mesmo dia à noite. Isso porque as dependências da Polícia

onde se procede a essa rotina estão localizadas em zona conflagrada,

sendo habituais os conflitos armados entre organizações criminosas e a

polícia e destas entre si, motivo pelo qual se pretende que esse

procedimento seja implementado pelo cartório, evitando a diligência na

área de risco.

1.3 SUGESTÃO: Adoção de “Alvará de Soltura Eletrônico”. Sugere-se a

adoção de processo semelhante ao hoje utilizado na Justiça Federal do

* documento anexado em formato digital.

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Espírito Santo, Tribunal de Justiça de Minas Gerais, entre outros, que

instituiu “alvará de soltura por meio eletrônico”. Esse procedimento

diminuiu a margem de falhas no cumprimento, proporcionou economia de

tempo e diminuição da exposição dos Oficiais de Justiça ao risco,

englobando o “sarqueamento” (verificação de existência ou não de outra

ordem de prisão vigente).

1.4 EXEMPLOS DE REGRAMENTO JÁ EXISTENTE:

- Tribunal Regional Federal da 2ª Região - Seção Judiciária do ES - Acordo

de Cooperação entre SJ/ES e SEJUS, de 06/03/2014.*

- Tribunal de Justiça de Minas Gerais - Portaria Conjunta nº 02/2008 do

Corregedor-Geral de Justiça do Estado de MG, Secretário de Estado de

Defesa Social e Chefe da Polícia Civil do Estado de MG.*

* documento anexado em formato digital.

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2. ROTINA: ACOMPANHAMENTO POLICIAL

2.1 PROBLEMÁTICA: Nos casos onde há necessidade de

acompanhamento policial, nem sempre as polícias estão disponíveis, e na

maioria das vezes, não garantem a integridade física dos agentes

envolvidos nessas diligências. A impossibilidade é a regra. A pressão pelo

cumprimento dos mandados nos prazos muitas vezes joga o Oficial na

aventura de dispensar o acompanhamento e tentar cumprir o mandado

de qualquer jeito, o que compromete a sua segurança. Outras vezes, a

falta de acompanhamento simplesmente impede o cumprimento do

mandado, quando, por exemplo, o oficial não é autorizado pelo(a)

destinatário(a) da ordem a entrar no local onde esta deve ser cumprida,

ou nos casos de penhora de renda de eventos (shows, jogos, etc).

2.2 RELATOS: Informe da Associação de Oficiais de Justiça Avaliadores

Federais do TRT2: “Há uma equipe de segurança que pode ser acionada

em casos em que já se sabe de conduta temerária anterior que possa

afetar a nossa segurança, ou em caso de resistência. Essa providência foi

disciplinada pelo Ato GP 17/2014, recentemente alterado pelo Ato GP

15/2016.

2.3 SUGESTÃO: Instituição de Grupos Especiais de Segurança, formados

por Agentes de Segurança do respectivo Tribunal, com a função de, entre

outras, acompanhar os Oficiais de Justiça no cumprimento de mandados

de potencial alto risco.

2.4 EXEMPLOS DE REGRAMENTO JÁ EXISTENTE:

- Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região(SP) – Ato GP/17 – Gabinete

da Presidência do TRT2 – 16/07/2014;*

* documento anexado em formato digital.

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- Tribunal Regional Federal da 2ª Região – Seção Judiciária de Minas

Gerais, PORTARIA DIREF Nº 42 DE 30 DE MARÇO DE 2016 Institui Grupo

Especial de Segurança – GES no âmbito da Seção Judiciária de Minas

Gerais;*

- Tribunal Regional Feral da 4ª Região (RS/SC/PR) – RESOLUÇÃO Nº 19, DE

12 DE MARÇO DE 2015. Institui o Grupo Especial de Segurança (GES) no

TRF da 4ª Região, e estabelece outras providências; *

- Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) - PORTARIA GP Nº

879, DE 2 DE AGOSTO DE 2012.*

- Outros exemplos de regramentos de Grupos Especiais de Segurança no

âmbito do Judiciário estão relacionados no site,

http://www.segurancajudiciaria.com.br/atos-normativos/, onde os atos

abaixo podem ser visualizados. A saber:

Grupos Especiais de Segurança (Equipes Táticas)

- Portaria nº 111/2005 (Regulamenta as atribuições, atividades e o porte

de arma de fogo do Grupo Especial de Segurança - GES da Justiça Federal

de 1ª Instância no Rio Grande do Sul).

- Portaria nº 1540/2009 (Regulamenta e disciplina as atribuições,

atividades e o porte de arma do Grupo Especial de Segurança - GES da

Justiça Federal de Primeira Instância - Seção Judiciária de Santa Catarina,

bem como o processo seletivo de inclusão de agentes neste Grupo).

- Portaria nº 402 - DF/SA/PR/2009 (Estabelece regras para a formação do

Grupo de Segurança da Seção Judiciária do Paraná e define as atribuições

e os critérios para o desenvolvimento dos trabalhos).

- Portaria DIREF nº 284/2008 (Cria, no âmbito da Seção Judiciária do

Distrito Federal, o Grupo Especial de Segurança - GES).

* documento anexado em formato digital.

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- Portaria DIREF nº 42/2016 (Institui Grupo Especial de Segurança - GES no

âmbito da Seção Judiciária de Minas Gerais).

- Portaria DIREF/BA nº 298/2008 (Institui, no âmbito da Segurança

Judiciária Institucional da Seção Judiciária do Estado da Bahia, o GRUPO

DE AÇÃO TÁTICA E OPERAÇÕES ESPECIAIS - GATAPE, regulamenta suas

atividades e dá outras providências).

- Resolução nº 412/2014 (Cria o Grupo Especial de Segurança do âmbito

da Justiça Federal da 3ª Região).

- Resolução nº 19/2015 (Institui o Grupo Especial de Segurança (GES) no

TRF da 4ª Região, e estabelece outras providências).

- Resolução nº 03/2016 (Institui o Grupamento de Segurança Operacional

- Gpt Se Op, destinado a garantir a segurança dos magistrados, servidores,

usuários e do patrimônio do Tribunal Regional Federal da 5ª Região e das

Seções Judiciárias vinculadas).

- Resolução Administrativa nº 29/2010 (Altera a estrutura organizacional

do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região).

- Ato TRT nº 89/2014 (Institui o Grupo Especial de Segurança, destinado a

garantir a segurança dos magistrados, servidores, usuários e do

patrimônio do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região).

- Portaria GP nº 879/2012 (Institui o Grupo Especial de Segurança - GES no

âmbito da Justiça do Trabalho da 8ª Região, vinculado à Seção de

Segurança e Transporte).

- Portaria da Presidência nº 20/2015 (Institui o Grupo Especial de

Segurança no TRT da 10ª Região, e estabelece outras providências).

- Portaria SGP.PR. nº 232/2015 (Alterar a composição do Grupo Especial

de Segurança no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região).

* documento anexado em formato digital.

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3. ROTINA: CONDUÇÃO COERCITIVA DE TESTEMUNHA.

3.1 PROBLEMÁTICA: Risco na condução da testemunha pelo oficial no

seu veículo próprio. Risco tanto para o oficial quanto para a testemunha.

3.2 RELATOS: Mesmo não sendo regra, há relatos de ordens para que

os Oficiais de Justiça transportem as testemunhas em seu veículo próprio.

Recentemente a Fenassojaf questionou* o TRT6 sobre denúncias

envolvendo a prática, onde os colegas preferiram não identificarem-se,

temendo represálias. Também por desconhecimento, e, em que pese as

orientações e campanhas informativas da Fenassojaf e das Associações

Estaduais, ainda há oficiais que fazem o transporte das testemunhas em

seu veículo próprio. Tal procedimento, além do risco de vida, do oficial e

da testemunha conduzida, envolvido no processo, também pode gerar

ônus para a administração pública, em razão da responsabilidade objetiva,

no caso de dano oriundo de um procedimento não amparado em lei, e da

inexistência de competência legal para o oficial de justiça conduzir

pessoas.

3.3 SUGESTÃO: Nos casos de necessidade de condução da testemunha,

que seja acionado o Grupo Especial de Segurança, e a testemunha

somente seja conduzida em carro oficiais, nunca no veículo particular do

oficial de justiça. No caso de recusa da testemunha, que seja acionada a

polícia, que é quem tem amparo legal para exercer a coerção e utilizar a

força.

3.4 EXEMPLOS DE REGRAMENTOS EXISTENTE:

- Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região(SP) – Ato GP/17 – Gabinete

da Presidência do TRT2 – 16/07/2014;*

* documento anexado em formato digital.

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- Tribunal Regional Federal da 2ª Região – Seção Judiciária de Minas

Gerais, PORTARIA DIREF Nº 42 DE 30 DE MARÇO DE 2016 Institui Grupo

Especial de Segurança – GES no âmbito da Seção Judiciária de Minas

Gerais;*

- Tribunal Regional Feral da 4ª Região (RS/SC/PR) – RESOLUÇÃO Nº 19, DE

12 DE MARÇO DE 2015. Institui o Grupo Especial de Segurança (GES) no

TRF da 4ª Região, e estabelece outras providências; *

- Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) - PORTARIA GP Nº

879, DE 2 DE AGOSTO DE 2012.*

- Outros exemplos de regramentos de Grupos Especiais de Segurança no

âmbito do Judiciário estão relacionados no site,

http://www.segurancajudiciaria.com.br/atos-normativos/, onde os atos

abaixo podem ser visualizados. A saber:

Grupos Especiais de Segurança (Equipes Táticas)

- Portaria nº 111/2005 (Regulamenta as atribuições, atividades e o porte

de arma de fogo do Grupo Especial de Segurança - GES da Justiça Federal

de 1ª Instância no Rio Grande do Sul).

- Portaria nº 1540/2009 (Regulamenta e disciplina as atribuições,

atividades e o porte de arma do Grupo Especial de Segurança - GES da

Justiça Federal de Primeira Instância - Seção Judiciária de Santa Catarina,

bem como o processo seletivo de inclusão de agentes neste Grupo).

- Portaria nº 402 - DF/SA/PR/2009 (Estabelece regras para a formação do

Grupo de Segurança da Seção Judiciária do Paraná e define as atribuições

e os critérios para o desenvolvimento dos trabalhos).

- Portaria DIREF nº 284/2008 (Cria, no âmbito da Seção Judiciária do

Distrito Federal, o Grupo Especial de Segurança - GES).

* documento anexado em formato digital.

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- Portaria DIREF nº 42/2016 (Institui Grupo Especial de Segurança - GES no

âmbito da Seção Judiciária de Minas Gerais).

- Portaria DIREF/BA nº 298/2008 (Institui, no âmbito da Segurança

Judiciária Institucional da Seção Judiciária do Estado da Bahia, o GRUPO

DE AÇÃO TÁTICA E OPERAÇÕES ESPECIAIS - GATAPE, regulamenta suas

atividades e dá outras providências).

- Resolução nº 412/2014 (Cria o Grupo Especial de Segurança do âmbito

da Justiça Federal da 3ª Região).

- Resolução nº 19/2015 (Institui o Grupo Especial de Segurança (GES) no

TRF da 4ª Região, e estabelece outras providências).

- Resolução nº 03/2016 (Institui o Grupamento de Segurança Operacional

- Gpt Se Op, destinado a garantir a segurança dos magistrados, servidores,

usuários e do patrimônio do Tribunal Regional Federal da 5ª Região e das

Seções Judiciárias vinculadas).

- Resolução Administrativa nº 29/2010 (Altera a estrutura organizacional

do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região).

- Ato TRT nº 89/2014 (Institui o Grupo Especial de Segurança, destinado a

garantir a segurança dos magistrados, servidores, usuários e do

patrimônio do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região).

- Portaria GP nº 879/2012 (Institui o Grupo Especial de Segurança - GES no

âmbito da Justiça do Trabalho da 8ª Região, vinculado à Seção de

Segurança e Transporte).

- Portaria da Presidência nº 20/2015 (Institui o Grupo Especial de

Segurança no TRT da 10ª Região, e estabelece outras providências).

- Portaria SGP.PR. nº 232/2015 (Alterar a composição do Grupo Especial

de Segurança no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região).

* documento anexado em formato digital.

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4. ROTINA: PENHORA E TRANSPORTE DE VALORES.

4.1 PROBLEMÁTICA: Alto risco no transporte de valores pelos Oficiais

de Justiça, sem proteção e sem veículo destinado a esse fim.

4.2 RELATOS: Ante a falta de uma regulamentação padronizada, a

penhora e transporte de valores, no âmbito dos vários tribunais do país é

feita de modos diversos, sendo comum, onde não há regramento

específico, o oficial de justiça conduzir valores sozinho, em seu carro

particular, até o banco destinado a receber o depósito judicial. Nesses

casos, muitas vezes a penhora se dá após o final do expediente bancário, o

que faz com que o oficial leve os valores para sua casa, somente

encaminhando o depósito no dia seguinte (isto quando não há feriado ou

final de semana entre o ato e o depósito), arcando com todos os riscos de

andar sozinho e desprotegido com os valores em mãos entre o local da

penhora e o destino final. Experiência positiva se deu no âmbito do

Tribuna Regional do Trabalho da 4ª Região, onde, após provocação da

Assojaf/RS(Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais no RS),

o TRT4 editou o PROVIMENTO Nº 240, DE 06 DE SETEMBRO DE 2012, que

“Dispõe sobre o procedimento a ser adotado pelos Juízes do Trabalho, por

ocasião da nomeação de depositário de dinheiro objeto de penhora, no

âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região.”, que preceitua, no

seu art. 1º, o seguinte: Art. 1º Quando a efetivação da penhora de

dinheiro couber ao Oficial de Justiça Avaliador Federal, a decisão que a

determinar também nomeará o respectivo depositário, preferencialmente

o próprio exequente ou seu procurador, que deverá ser intimado

previamente a acompanhar a(s) diligência(s).

4.3 SUGESTÃO: Adoção nacional do provimento do TRT4.

* documento anexado em formato digital.

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4.4 EXEMPLOS DE REGRAMENTOS EXISTENTE:

PROVIMENTO Nº 240, DE 06 DE SETEMBRO DE 2012, DO TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO.*

* documento anexado em formato digital.

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5. ROTINA: CUMPRIMENTO DE MANDADOS EM ÁREA DE RISCO.

5.1 PROBLEMÁTICA: Alto risco nos mandados cujo endereço de

cumprimento se localiza em áreas de risco, assim entendidas aquelas que

são, de conhecimento público, dominadas pela criminalidade, e/ou assim

consideradas pelas autoridades de segurança pública.

5.2 RELATOS: Núcleo dos Oficiais de Justiça do SISEJFE(Sindicato dos

Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro): No que

tange ao cumprimento de mandados em áreas de risco, pode-se tomar

como exemplo mais ostensivo o relato dos Oficiais de Justiça do Rio de

Janeiro, estado notabilizado pela proliferação de comunidades dominadas

por organizações criminosas voltadas ao tráfico de entorpecentes. Em

casos que tais, considera-se em relação a essas diligências: I)

demandariam operação policial especial para dominar a comunidade

previamente; II) em operações desse quilate, não é assegurado nenhum

equipamento de segurança, tal como colete balístico, e a autoridade

policial não pode garantir totalmente a segurança dos agentes envolvidos;

III) ainda que se pudesse teoricamente garantir sua segurança durante a

diligência, esse mesmo agente seguiria atuando na mesma área

cotidianamente sem contar com proteção policial, após tornar-se

conhecido na comunidade e ter sua imagem associada à da Polícia, alvo

fácil de possíveis retaliações; IV) o evidente risco para os moradores, não

somente aqueles presentes no local no momento de eventual abordagem,

mas especialmente aqueles que viriam a ser apontados como

responsáveis pela entrada de pessoa alheia à comunidade, que poderiam

igualmente vir a ser objeto de retaliações.

* documento anexado em formato digital.

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Atendendo a requerimento do sindicato dos servidores das justiças

federais atuante neste estado, a Direção do Foro da JF instituiu grupo de

trabalho com vistas a expedir regulamentação acerca da matéria, ainda

sem conclusão em julho de 2016. O pedido é no sentido de se estender a

todo o estado e a qualquer matéria de atuação normativo já em vigor,

cuja extensão hoje se aplica tão-somente às Varas Criminais da Capital,

com o seguinte teor:

“CONSIDERANDO a situação de insegurança permanente a que

determinadas áreas da cidade do Rio de Janeiro estão submetidas,

situação esta decorrente dos frequentes tiroteios e confrontos diretos

entre traficantes de drogas e policiais;

CONSIDERANDO os precedentes narrados de ameaças de morte sofridas

por Oficiais de Justiça lotados na SEMAN – Venezuela e a sua justa

preocupação quando encarregados de cumprimento de mandados em

favelas e/ou zonas de risco:

RESOLVEM:

Baixar a presente portaria conjunta, para orientação dos Srs. Oficiais de

Justiça designados para atuar junto às respectivas Varas:

1. O Oficial de Justiça, ao verificar tratar-se de área de diligencia de

favela e/ou zona de risco, deverá indagar no Batalhão da Polícia Militar da

área se há confrontos armados frequentes ou se há registro de ocorrência

recente desse tipo de confronto;

2. Caso a resposta fornecida seja negativa, deverá o oficial de justiça

proceder à diligencia, acompanhado da força policial, como faculta o

artigo 218 do CPC, aplicável por analogia;

* documento anexado em formato digital.

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3. Quando, a despeito da informação negativa prestada no BPM, o

oficial de justiça verificar objetivamente haver risco para sua segurança

pessoal, poderá interromper a diligência, procedendo na forma do item 4

abaixo;

4. Caso a resposta fornecida seja positiva, o oficial de justiça deverá

lavras certidão pormenorizada que indique a inacessibilidade do local da

diligência sem risco para sua segurança, de forma a ensejar a aplicação do

artigo 363, I do CPP.”

5.3 SUGESTÃO: Adoção do regramento da Portaria Conjunta nº 02, de

06/02/2002, das Varas Criminais do RJ, estendendo seus efeitos a todo o

âmbito do Judiciário Nacional, ancorado o item 4(atos de comunicação

por edital), na esfera penal, no atual 363, §1º do CPP, e na espera cível,

nos artigos de 256 À 259 do CPC.

5.4 EXEMPLOS DE REGRAMENTO EXISTENTE:

- Portaria Conjunta das Varas Criminiais Federais do RJ.*

* documento anexado em formato digital.

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6. ROTINA: Mandados que impliquem em aparado policial, como

desocupação de áreas ou imóveis, remoção de conjunto de bens, ou

operações conjuntas em que haja dificuldade de isolamento do público.

6.1 PROBLEMÁTICA: Proteção individual. Em que pesem as demais

medidas adotadas para a segurança no cumprimento e mandados, há

situações, como as exemplificadas acima, onde se faz necessária a adoção

de equipamentos individuais de proteção, a fim de minimizar os riscos

advindos de atos de difícil previsibilidade. Em operações dessa natureza,

usualmente os agentes do sistema de segurança pública, além de

devidamente armados, ainda utilizam equipamentos de proteção

individual, como capacetes e coletes à prova de balas. Em que pese os

Oficiais de Justiça não terem porte de arma legal, mesmo em vista do risco

potencial e constante de sua atividade, é fato que a autorização para tal

depende de alteração legislativa, fora da competência do Egrégio CNJ. No

entanto, o fornecimento de equipamentos individuais de proteção e

segurança está entre as medidas administrativas passíveis de serem

adotadas pelos tribunais, sem necessidade de autorização legislativa.

Evidente que há situações onde o uso de colete balístico pode ser chamar

mais atenção, e seu uso, ao invés de aumentar a segurança, aumentar o

risco. A análise depende da situação, e é muito individual, dependendo da

percepção do oficial de justiça. Dessa forma, entendemos que a melhor

conduta seria os tribunais adquirem coletes à prova de balas, em

percentual condizente com seu efetivo de oficiais, ficando a requisição e o

uso dos equipamentos sujeitos à avaliação do oficial.

6.2 SUGESTÃO: Aquisição de coletes à prova de balas pelos tribunais,

para disponibilização aos Oficiais de Justiça, no caso de necessidade.

* documento anexado em formato digital.

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7. ROTINA: FORMAÇÃO/QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL.

7.1 PROBLEMÁTICA: Mesmo a formação jurídica hoje exigida para

investidura no cargo de oficial de justiça federal, também exigida em

alguns tribunais estaduais, não fornece a experiência e a prática

necessárias para as atividades eminentemente externas exercidas pelo

profissional. Diferentemente dos servidores da área interna dos fóruns e

tribunais, que, no início da profissão, têm os colegas e chefias no mesmo

ambiente para esclarecer dúvidas e colaborar na execução das novas

tarefas, os Oficiais de Justiça, via de regra, ao assumirem a função têm um

acompanhamento de dois ou três dias, normalmente com o oficial que

estão substituindo, e depois são lançados ao serviço nas ruas sem a

necessária preparação. Tal situação compromete a segurança do oficial,

na medida em que a falta de experiência, mesmo teórica, em situações de

rua, pode levar a condutas arriscadas.

7.2 SUGESTÃO: Adoção de cursos prévios ao início do exercício efetivo

da função, voltados às áreas de mediação de conflitos; reciclagem em

direção defensiva; procedimentos de segurança pessoal; prevenção e

análise de riscos; reação a situações de tensão; ambientação sobre as

áreas classificadas como de maior risco; ou que sejam firmados convênios

com órgãos de segurança para que sejam ministrados esses cursos; e

também seja estudada e implantada uma tutoria para Oficiais de Justiça

recém-empossados com acompanhamento de, no mínimo, 3 meses com

oficial de justiça mais experiente, depois de ministrados os treinamentos

requeridos acima.

* documento anexado em formato digital.