· usei qf para quantidade final e qi para quantidade inicial. a mesma coisa com os preços....

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Economia p/ IBGE Teoria e exercícios comentados Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 32 Prova Comentada - IBGE Fala minha gente! Desculpe a demora em ajudar vocês. Fiquei na correria aqui e tive que acordar bem cedo hoje pra conseguir comentar a prova de Economia para Tecnologista do IBGE. Bom, minha primeira constatação é que a prova não foi difícil. Tava num nível de mediano para fácil, com muitas questões conceituais, que você matava já na primeira tentativa. Das questões de cálculo, nós fizemos inúmeras durante o nosso curso e apenas uma exigia um pouco mais de "percepção": a questão do oligopólio de Cournot. Mas também não considerei a questão extremamente difícil, não. Aquela de teoria do consumidor que a gente fez no curso é bem mais casca-grossa. Como vocês sabem, fizemos o curso em parceria com o Prof. Mário Machado. Caíram duas questões da aula dele: as questões 68 e 69 (prova tipo 1). Das questões restantes de Economia (33), apenas 1 não estava EXPRESSA no nosso curso, que foi a questão de número 70. Esta questão versava sobre regime de metas para a inflação. Com os conhecimentos que adquirimos no curso, dava para matar essa questão também, mas preciso ser honesto com vocês de que essa questão não estava de forma expressa no curso. Seja como for 32 dividido por 33 nos dá um excelente retorno de 97% da prova contemplada no nosso curso, o que é excelente, mas, para mim, não é o suficiente. Afinal, excelente é diferente de perfeito. Farei algumas mudanças no curso, para deixá-lo 100%. Por fim, trago duas possibilidades de recurso. Uma na questão das PPP, pedindo pela anulação, porque a letra E também está correta.

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Prova Comentada - IBGE

Fala minha gente! Desculpe a demora em ajudar vocês. Fiquei na

correria aqui e tive que acordar bem cedo hoje pra conseguir comentar a

prova de Economia para Tecnologista do IBGE.

Bom, minha primeira constatação é que a prova não foi difícil. Tava

num nível de mediano para fácil, com muitas questões conceituais, que

você matava já na primeira tentativa.

Das questões de cálculo, nós fizemos inúmeras durante o nosso

curso e apenas uma exigia um pouco mais de "percepção": a questão do

oligopólio de Cournot. Mas também não considerei a questão

extremamente difícil, não. Aquela de teoria do consumidor que a gente

fez no curso é bem mais casca-grossa.

Como vocês sabem, fizemos o curso em parceria com o Prof. Mário

Machado. Caíram duas questões da aula dele: as questões 68 e 69 (prova

tipo 1).

Das questões restantes de Economia (33), apenas 1 não estava

EXPRESSA no nosso curso, que foi a questão de número 70. Esta questão

versava sobre regime de metas para a inflação.

Com os conhecimentos que adquirimos no curso, dava para matar

essa questão também, mas preciso ser honesto com vocês de que essa

questão não estava de forma expressa no curso.

Seja como for 32 dividido por 33 nos dá um excelente retorno de

97% da prova contemplada no nosso curso, o que é excelente, mas, para

mim, não é o suficiente.

Afinal, excelente é diferente de perfeito. Farei algumas mudanças

no curso, para deixá-lo 100%.

Por fim, trago duas possibilidades de recurso. Uma na questão das

PPP, pedindo pela anulação, porque a letra E também está correta.

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E outra na questão 67, porque acredito que a FGV se confundiu ou na

alternativa ou no enunciado.

Aos alunos que estudaram conosco, tenho certeza que fizeram uma

excelente prova e já são vencedores. O mérito é inteiramente de vocês.

Um grande abraço!

Jetro.

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36 - Com relação à teoria do consumidor, analise as afirmativas a seguir:

I - A teoria da utilidade cardinal parte do pressuposto de que o tamanho da diferença de utilidade entre duas cestas é

insignificante. II - Uma curva de indiferença de um consumidor representa várias

cestas de consumo diferentes que fornecem níveis diferentes de utilidade.

III - Uma função utilidade dada por u(x1 , x2 ) = ax1 + bx2 , onde a e b são constantes positivas, e x1 e x2 os dois bens

consumidos, representa uma função utilidade para complementares perfeitos.

IV - Quando o preço de um bem varia, há dois efeitos: o renda e o substituição. O efeito renda é dado pela variação na demanda

devido ao aumento do poder aquisitivo.

Sendo V para a(s) alternativa(s) verdadeira(s) e F para a falsa(s),

a sequência correta é: (A) V, V, F e F;

(B) V, F, F e F; (C) V, F, F e V;

(D) F, F, F e V; (E) F, F, V e V.

Comentários:

I – Incorreta. A teoria do consumidor possui duas teorias de utilidade: a ordinal e a cardinal.

A teoria ordinal se baseia na ideia de que a utilidade não pode ser

mensurada, apenas ordenada. Assim, não só conseguimos dizer que uma

cesta de bens é melhor que a outra. Mas não conseguimos dizer o quanto essa cesta é melhor que a outra.

Essa ideia tem impactos nas funções utilidades. Por exemplo, se a função

U = 2V, isso apenas significa que o consumidor prefere V a U. A função utilidade serve apenas para ordenar a diferença.

Já a teoria cardinal atribui valores para as cestas de bens. Esta teoria visa

não apenas ordenar as preferências como quantificá-las. De acordo com a teoria cardinal, a função U = 2V significa não apenas que o consumidor

prefere V a U, como este consumidor prefere 2 vezes V a U. A função utilidade serviria não só para ordenar as preferências, mas também para

estabelecer o tamanho da diferença entre elas.

Portanto, para a teoria cardinal, o tamanho da diferença de utilidade entre

duas cestas é, sim, relevante.

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Vimos esses conceitos na aula 02, a partir da página 31.

II – Incorreta. Um curva de indiferença apresenta várias cestas de bens que retornam a mesma utilidade. Aula 02,página 19.

III – Incorreta. Esta função utilidade seria de substitutos perfeitos. Para

que fosse uma função para complementares perfeitos, teria que seguir o formato: U = min{q1,q2}. Aula 02, página 34.

IV – Correta. Perfeita definição do efeito renda. Aula 02,página 47.

Gabarito: D

37 - Considere hipoteticamente que no ano de 2015 a população

da cidade do Rio de Janeiro tenha consumido 540 milhões de

garrafas d’água de 500 ml, cujo preço médio da unidade no varejo era de R$ 2. Estudos estatísticos mostraram que o valor absoluto

da elasticidade-preço da demanda era de 1/3. Considerando essas informações e que a demanda por garrafa d’água de 500 ml seja

linear, é possível identificar que a curva de demanda por garrafa d’água de 500 ml na cidade do Rio de Janeiro, expressa em

milhões de unidades, é dada por: (A) Q(P) = 600 – 30P;

(B) Q(P) = 640 – 50P; (C) Q(P) = 680 – 70P;

(D) Q(P) = 720 – 90P; (E) Q(P) = 800 – 110P.

Comentários:

Nessa questão não dá pra dar uma de malandro e sair substituindo P = 2

nas equações procurando a que retorna Q = 540. É que, com exceção da letra E, todas as outras retornam esse valor! A resposta vai ter que sair

na raça mesmo.

Uma curva de demanda linear tem o seguinte formato:

Q = a – b.P. (aula 00, páginas 06-07)

Precisamos achar a relação entre quantidade e preço. O enunciado já nos disse que quando o preço é 2, a quantidade é 540.

Os cálculos ficam simples porque a questão já nos deu a Epd. Apenas

preciso lembrar que o enunciado fez questão de ressaltar que 1/3 é o valor absoluto da Epd. Ou seja, precisaremos usar o valor negativo.

A fórmula da Epd é (aula 00, página 25):

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EPD = %𝛥𝑄

%𝛥𝑃=

𝛥𝑄

𝑄𝛥𝑃

𝑃

=

𝑄𝑓− 𝑄𝑖

𝑄𝑖𝑃𝑓− 𝑃𝑖

𝑃𝑖

Usei Qf para quantidade final e Qi para quantidade inicial. A mesma coisa

com os preços.

Substituindo os valores (considerei P = 2 e Q = 240 como preço inicial e

quantidade inicial, respectivamente):

−1

3=

𝑄𝑓 − 540540

𝑃𝑓 − 22

−1

3=

𝑄𝑓 − 540

540

2

𝑃𝑓 − 2

−1

3=

𝑄𝑓 − 540

270

1

𝑃𝑓 − 2

−1( 270. 𝑃𝑓 − 2)

3= 𝑄𝑓 − 540

−90𝑃𝑓 + 180 = 𝑄𝑓 − 540

−90𝑃𝑓 + 180 + 540 = 𝑄𝑓

𝑄 = 720 – 90P

Gabarito: D

38 - Anna é uma estudante do curso de Economia. No início do

semestre ela precisa comprar dois itens para acompanhar suas aulas: folhas de fichário, X, e canetas, Y. Os preços de uma

unidade desses bens são, respectivamente, pX = 5 e pY = 2. Se Anna tem renda de 60 unidades monetárias para cobrir os gastos

do semestre com esses itens escolares e se sua função utilidade por esses bens é dada por U(X,Y) = 50X1/2Y 1/2, a cesta ótima que

pode ser comprada por Anna que maximiza sua utilidade sujeita a sua restrição orçamentária é:

(A) X = 2 e Y = 25; (B) X = 4 e Y = 20;

(C) X = 6 e Y = 15;

(D) X = 8 e Y = 10; (E) X = 10 e Y = 5.

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Comentários: Reparem que a função Utilidade de Anna é uma função Cobb-Douglas. Por

isso, podemos usar o bizú que aprendemos em aula (aula 02, página 45):

𝑋 =𝑎

𝑎 + 𝑏.

𝑚

𝑃𝑥

𝑌 =𝑏

𝑎 + 𝑏.

𝑚

𝑃𝑦

Nesse bizú, “a” e “b” são os expoentes da função de utilidade Cobb-Douglas. M é a restrição orçamentária e P é o preço.

Substituindo:

𝑋 =0,5

0,5 + 0,5.60

5=

30

5= 6

𝑌 =0,5

0,5 + 0,5.60

2=

30

2= 15

Gabarito: C

39 - Considere uma função de produção F que conta com apenas dois insumos: capital, K, e trabalho, L, e apresenta a propriedade

de retornos decrescentes de escala. Essa função F(K,L) pode ser descrita por:

(A) F(K,L) = K0,6L 0,3 ; (B) F(K,L) = min{2K,L};

(C) F(K,L) = 5K + 4L; (D) F(K,L) = 0,7KL;

(E) F(K,L) = 20K0,5L 0,5 .

Comentários: Fácil, fácil

Vimos em aula (aula 03, página 08) que para funções Cobb-Douglas:

Se (α+β)=1, temos rendimentos constante de escala. Isto significa

que se aumentarmos K e L em determinada proporção, Q aumentará nesta mesma proporção.

Se (α+β)>1, temos rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala). Neste caso, aumentos de K e L em determinada

proporção provocam aumentos de Q numa proporção maior.

Se (α+β)<1, temos rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de escala). Aqui, aumentos de K e L em determinada

proporção provocam aumentos de Q numa proporção menor.

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Portanto, bastava achar uma função Cobb Douglas cuja soma dos

expoentes fosse menor do que 1.

Gabarito: A

40 - Seja KFGP uma firma que use apenas dois insumos na produção do seu produto: capital, K, e trabalho, L. Sua função de

produção é dada por f(K,L) = min {2K;L}. Se o orçamento da produção é limitado a 1000 unidades monetárias e o preço por

unidade de capital é r = 100 e por unidade de trabalho, w = 50, as escolhas dos insumos que maximizam o lucro dessa firma e

utilizam todo o orçamento disponível são dadas por: (A) K = 9 e L = 2;

(B) K = 8 e L = 4; (C) K = 7 e L = 6;

(D) K = 6 e L = 8;

(E) K = 5 e L = 10.

Comentários: A função de produção que o enunciado nos deu é uma função para bens

complementares. Esta função de produção é chamada de “função Leontief” (aula 03, página 28).

Além desta função, temos também a restrição:

1000 = 100.K + 50.L

Bem, o interessante da função dada no enunciado é que cada unidade do

produto descrito consome uma quantidade x de capital e o dobro (2x) de trabalho (não, não é o contrário).

Substituindo essa quantidade x na restrição, teremos:

1000 = 100.(x) + 50(2x)

Assim, x = 5.

Portanto:

x = K = 5

2x = L = 10

Gabarito: E

41 - Com relação à teoria da produção, analise as afirmativas a

seguir:

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I - A curva de custo médio de longo prazo mede o custo médio

para cada nível de produção quando todos os insumos considerados são variáveis.

II - Uma empresa apresenta retornos crescentes de escala ou economias de escala quando, para se dobrar a quantidade

produzida, é necessário mais do que dobrar o custo da produção. III - As curvas de isocusto descrevem possíveis combinações de

insumos de produção que custam o mesmo montante para a empresa.

Está correto o que se afirma em:

(A) somente I; (B) somente I e II;

(C) somente I e III; (D) somente II e III;

(E) I, II e III.

Comentários:

I – Correta. No longo prazo, todos os insumos são variáveis (aula 03, página 09) . Logo, a curva de custo médio de longo prazo vai medir os

custos médios dos insumos variáveis! kkkkk

II – Incorreta. Uma empresa apresenta retornos crescentes de escala quando, para se dobrar a quantidade produzida, é necessário MENOS que

dobrar o custo da produção. (aula 03, páginas 6-8)

III – Correta. Definição perfeita das curvas de isocusto. (aula 03, página 22)

Gabarito: C

42 Antônio é o dono de uma empresa que fabrica computadores e utiliza como insumos equipes de trabalhadores e máquinas de

montagem. A tecnologia utilizada pela empresa de Antônio é dada pela função de produção, Q = 2K1/2L 1/2, em que Q é o número de

computadores fabricados por semana, K é o número de máquinas utilizadas, e L o número de equipes de trabalho. Cada máquina é

alugada ao custo de r = R$ 10.000 por semana e cada equipe custa w = R$ 20.000 por semana. O custo dos computadores é

dado pelo custo das equipes e das máquinas, mais R$ 980.000 de custo fixo de aluguel do galpão. A fábrica de Antônio utiliza 100

máquinas de montagem e 81 equipes de trabalho. Dessa forma, pode-se identificar que o custo médio total de produção dessa

fábrica em uma semana é de: (A) CMeT = R$ 2.000;

(B) CMeT = R$ 20.000;

(C) CMeT = R$ 40.000;

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(D) CMeT = R$ 60.000;

(E) CMeT = R$ 200.000.

Comentários: Questão bem simples. Você só não podia se desesperar na hora da prova.

Vimos questões parecidas na aula 04, que tratou sobre custos.

CT = CF + CV

CT = 980.000 + r.K + w.L

CT = 980.000 + 10.000.100 + 20.000.81

CT = 3.600.000

Q = 2K1/2L ½ = 2. 1001/281 1/2 = 2.10.9 = 180

Cme = CT/Q = 3.600.000/180 = 20.000

Gabarito: B

43 Suponha que o mercado de alumínio no Brasil seja considerado

um mercado perfeitamente competitivo. Cada um dos 800 produtores apresenta função de custo total de longo prazo dada

por CT(Q) = 20Q3 - 400Q2 + 2500Q. Nesse cenário, o preço de equilíbrio de longo prazo nesse mercado é dado por:

(A) 10; (B) 150;

(C) 250; (D) 500;

(E) 1.000

Comentários:

Questão da nossa aula 04! O que dificulta os cálculos é que o CT é uma função de 3º grau. Se você for pelo caminho “normal” de igualar preço ao

custo marginal (condição da concorrência perfeita), vai se dar mal.

A grande sacada era lembrar que na concorrência perfeita, P = Cmg = Cme = Rme = Rmg. Assim:

CT = 20Q3 - 400Q2 + 2500Q

Cme = 20Q2 - 400Q + 2500

Derivando para encontrar o Cme mínimo:

40Q – 400 = 0.

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Assim, Q = 400/40 = 10.

Substituindo na função Cme:

Cme = 20(10)2 – 400 (10) + 2500 = 2.000 – 4000 + 2500

Cme = 500.

Como estamos num mercado competitivo, então P = Cme = Cmg = Rmg = Rme.

Portanto, P = Cme = 500

Gabarito: D

44 Na cidade de Ubiratana existe uma empresa monopolista cuja produção tem custo médio e marginal constantes dados por Cme

= CMg = 20. Essa mesma empresa defronta-se com uma curva de demanda do mercado dada por Q(P) = 45 – (P/4). Nesse

contexto, o lucro dessa empresa monopolista associado à sua escolha ótima de produção é:

(A) 800; (B) 1.000;

(C) 1.400; (D) 1.600;

(E) 1.800.

Comentários: Tratamos as estruturas de mercado, inclusive o monopólio, na aula 05.

Q(P) = 45 – (P/4)

- P = 4(Q – 45) = 4Q – 180

P = 180 – 4Q

Receita Total = P.Q

RT = (180 – 4Q).Q = 180Q – 4Q2

Derivando para encontrar a Rmg:

Rmg = 180 – 8Q

A condição de lucro máximo do monopolista é Cmg = Rmg. Então, vamos

igualar essas duas expressões:

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Rmg = Cmg

180 – 8Q = 20 Q = 20

Agora, substituiremos esse valor na função demanda, para achar o preço:

P = 180 – 4Q

P = 180 – 4(20) = 180 – 80 = 100.

Podemos, então, encontrar a Receita Total:

RT = P.Q = 100.20 = 2000.

Falta achar o Custo Total. A questão nos disse que o Cme é igual a 20. O Cme é o Custo total dividido pela quantidade. Ou seja, Cme = CT/Q.

Podemos reescrever a equação, assim: CT = Cme.Q

Já sabemos que Q = 20 e o enunciado nos disse que o Cme = 20.

Portanto, CT será 20.20 = 400.

Pronto! Agora já dá para encontrar o lucro:

Lucro = Receita Total – Custo Total

Lucro = 2000 – 400 = 1600

Gabarito: D

45 Considere o modelo de Stackelberg no qual duas firmas

produzem um mesmo produto. Suponha que as firmas sejam homogêneas, o que significa que as curvas de custo total de

ambas são expressas por Ci (qi ) = 25qi , para i = L,S. A curva de demanda inversa desse mercado todo é dada por P(Q) = 175 –

1,5Q, onde Q = qL+qS é a produção total no mercado. Em equilíbrio, o lucro da firma líder é dado por:

(A) 1.250; (B) 1.875;

(C) 2.000; (D) 2.225;

(E) 3.750.

Comentários:

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Essa questão é quase igual à questão de número 05 que fizemos na aula

05 do nosso curso.

Pra quem estudou com a gente, tava de graça!

Função demanda: P = 175 – 1,5(qL + qS)

Lucro da seguidora: L = RT – CT

L = (175qS – 1,5qL.qS – 1,5qS2) – (25qS)

Maximizando esta função e igualando a zero (fazendo a derivada):

0 = (175 – 1,5qL – 3qs – 25) 3qS = 150 – 1,5qL

Dividindo tudo por 1,5, teremos:

2qS = 100 – qL

qs = (𝟏𝟎𝟎−𝒒𝑳)

𝟐 (1)

Lucro da líder:

L = (175 – 1,5(qL + qS)).qL) – 25qL

L = (175 – 1,5qL2 + 1,5qS.qL – 25qL) (2)

Agora, vamos substituir o qS da equação (1) na equação (2):

L = 175qL – 1,5qL2 – 1,5qL(𝟏𝟎𝟎−𝒒𝑳)

𝟐– - 25qL

L = 150qL –1,5qL2 - 𝟏𝟓𝟎𝒒𝑳

𝟐 +

𝟏,𝟓𝒒𝑳𝟐

𝟐

L = – 0,75qL2 + 75qL

Maximizando e igualando a zero (fazendo a derivada):

0 = -1,5qL + 75

0 = -1,5qL + 75

qL = 50

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Agora que já sabemos quanto é qL, é só substituir no lucro da líder:

L = – 0,75(50)2 + 75.(50) = -1875 + 3750 = 1875.

Gabarito: B

46 Considere uma indústria com 25 firmas produtoras de sabão

em pó, na qual todas apresentam a mesma função custo dada por c(qi ) = 88qi , em que qi é a produção da firma i (1=1,...,25).

Defina a produção total como sendo o somatório da produção de cada uma dessas 25 firmas, ou seja, a produção total é dada por Q

= i=1 25 qi . A demanda de mercado é p(Q) = 400 – 3Q.

Supondo que as firmas se comportem como no modelo de Cournot

e dado que são idênticas, cada firma produzirá a mesma quantidade. Dessa forma, identifica-se que a produção total desse

mercado é de:

(A) 4 unidades; (B) 25 unidades;

(C) 50 unidades; (D) 70 unidades;

(E) 100 unidades

Comentários: O modelo de Cournot foi desenvolvido para duas empresas. Neste

modelo, a empresa A considera a produção da empresa B como fixa e maximiza seus lucros.

Só que para resolver essa questão, não vamos fazer 25 equações (uma

para cada firma). É mais fácil isolar uma firma e considerar as outras 24 como uma só. Chamarei de Q1 a quantidade produzida pela firma 1 e de

Qn a quantidade produzida pelas demais firmas (as outras 24).

Assim, considerando que P = 400 – 3Q, podemos substituir o “Q” por Q1

e Qn. Ficará assim:

P = 400 – 3Q1 – 3Qn

Mas como Qn representa 24 firmas, temos que multiplicar por 24. Assim:

P = 400 – 3Q1 – 72Qn

Substituindo essa função preço na função RT (RT = P.Q):

RT = (400 – 3Q1 – 72Qn).Q1 = 400Q1 – 3Q12 – 72.Q1.Qn

Para acharmos o Lucro, precisamos subtrair o custo total da receita total.

Assim:

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400Q1 – 3Q12 – 72.Q1.Qn – 88Q1

Derivando e igualando a 0:

0 = 400 – 6Q1 – 72Qn – 88

Q1 = 52 – 12Qn

Só que como os custos são os mesmos e as quantidades produzidas são iguais, Q1 = Qn. Assim:

Q1 = 52 – 12Q1

Q1 = 4

Essa é a quantidade produzida por uma firma no mercado. Como nós temos 25 firmas, 4.25 = 100.

Gabarito: E

47 Em 1968 a economia brasileira iniciou uma fase de crescimento

vigoroso. Em relação ao período do “Milagre econômico”, analise as afirmativas a seguir:

I - Nesse período adotou-se uma política de minidesvalorização cambial que contribuiu positivamente para o resultado da balança

comercial. II - Apesar de no período do “milagre” ter ocorrido um importante

crescimento econômico da economia brasileira, essa continuou a enfrentar o grave problema de altas taxas de inflação.

III - O crescimento econômico do período do “milagre” retomou o

processo iniciado no Plano de Metas, voltado para a difusão da produção e consumo de bens duráveis.

Sendo V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s)

falsa(s), a sequência correta é: (A) V, V e V;

(B) V, V e F; (C) V, F e V;

(D) F, V e V; (E) F, V e F.

Comentários:

I – Correta. No período do milagre, um dos pontos fortes foi o crescimento das exportações, que foi ocasionado pela expansão do

comércio mundial, originado pela política cambial (minidesvalorizações

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cambiais) e incentivos fiscais aos exportadores. (Aula 15, parte I, página

55)

II – Incorreta. Apesar da taxa de inflação cair de 25,5% para 15,6% no período do milagre (taxas altas, portanto), é consenso na literatura

econômica que o milagre ocorreu com relativa estabilidade de preços. Por isso, acho difícil tentar um recurso aqui, pois a inflação caiu, e muito, no

período. (Aula 15, parte I, página 54)

III – Correta. O período do milagre, nesses pontos citados, possui essa semelhança com o plano de metas. No milagre econômico, houve

retomada do investimento público em infraestrutura, aumento dos investimentos das empresas estatais, expansão do crédito do SFH, da

construção civil e também aumento da produção de bens duráveis. (Aula 15, parte I, página 54)

Gabarito: C

48 O II Plano Nacional de Desenvolvimento, se caracteriza por:

(A) ter contado apenas com financiamento privado; (B) não ter havido investimento em infraestrutura;

(C) ter enfrentado um cenário internacional bastante negativo; (D) ter se pautado no crescimento das importações;

(E) ter sido viabilizado por uma estratégia de endividamento externo.

Comentários: A) Incorreta. A estratégia do PND era fazer com que o crescimento da

Economia fosse baseado nos meios de produção: bens de capital e insumos básicos. Quem liderou esses investimentos em produção foram

as empresas estatais. (Aula 15, parte I, página 67)

B) Incorreta. Um lado positivo do II PNd foi a descentralização espacial

dos projetos de investimento, como a construção de siderúrgicas, petroquímicas e outras empresas de infraestrutura. (Aula 15, parte I,

página 67)

C) Incorreta. Pelo contrário! As empresas estatais tinham muita facilidade de obter recursos externos, principalmente pelas superávits dos países da

OPEP. (Aula 15, parte I, página 68)

D) Incorreta. O objetivo do II PND era alterar a estrutura produtiva brasileira para que a longo prazo a necessidade de importações

diminuísse. (Aula 15, parte I, página 66)

E) Correta. Uma das características do período é que o governo foi

aumentando seu passivo. Tanto foi assim que a partir de 1979 houve

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piora na situação das contas externas, o que ocasionou a crise de 1980.

(Aula 15, parte I, página 68)

Gabarito: E

49 O período da economia brasileira entre 1981 e 1984, caracteriza-se por:

(A) grande crescimento econômico pautado nos saldos positivos do balanço de pagamentos;

(B) fraco crescimento econômico, devido aos juros baixos adotados no período;

(C) controle da inflação devido à política de controle da demanda interna; (D) adoção de um modelo de ajuste explicitamente recessivo no qual a

política monetária tinha grande relevância; (E) política monetária expansionista com o objetivo de manter o

crescimento econômico do período anterior.

Comentários:

A) Incorreta. Esse período da Economia brasileira foi marcada pela crise da dívida externa. Houve choque nos preços do petróleo, os EUA

aumentaram a taxa de juros (o que prejudicou o Brasil). Juntando tudo, foi um período de inflação e piora nas relações de troca, o que prejudicou

a situação do balanço de pagamentos. (Aula 15, parte 2, página 02)

B) Incorreta. De fato houve fraco crescimento no período (e recessão entre 1981 e 1983), mas as taxas de juros estavam altas. (Aula 15, parte

2, página 02)

C) Incorreta. A inflação, que estava relativamente sob controle no período do milagre, voltou a crescer por conta de choques de oferta e de

deterioração financeira do Brasil no período. (Aula 15, parte 2, página 03)

D) Correta. Como a inflação aumentou muito no período, houveram

medidas de contenção da demanda agregada. Isso deu origem a diversos planos econômicos que visaram combater a inflação. Estes planos tinham

por base o diagnóstico da inflação inercial e preocupavam-se principalmente em utilizar o congelamento de preços e salários para

combater a inflação. (Aula 15, parte 2, página 03)

E) Incorreta. Houveram medidas para conter a demanda agregada. Portanto, o objetivo não era o de manter o crescimento econômico. (Aula

15, parte 2, página 02)

Gabarito: D

50 Diante de um cenário econômico no qual a inflação atingia

patamares extremamente elevados, o plano Cruzado foi adotado

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em 28 de fevereiro de 1986, durante o segundo ano do governo

Sarney. Sobre esse plano, é correto afirmar que: (A) foi criada uma política de “gatilho salarial” para evitar que os

trabalhadores acumulassem perdas, de forma a garantir correção imediata dos salários sempre que a inflação acumulasse 20%;

(B) as cadernetas de poupança passaram a ter rendimentos semestrais a fim de se evitar o fenômeno de ilusão monetária;

(C) foi revogada a política de congelamento de preços que havia sido adotada anteriormente;

(D) houve de imediato um grande fracasso, não sendo possível controlar a inflação por nenhum período logo após sua adoção;

(E) foi um plano de desindexação da economia baseado na introdução de uma moeda indexada que circularia paralelamente à moeda oficial.

Comentários:

A) Correta. O gatilho salaria (escala móvel) era disparado sempre que a

inflação atingisse 20%. Com esse instrumento, o governo obrigava os salários dos trabalhadores a serem reajustados pelas empresas. (Aula 15,

parte 2, página 03)

B) Incorreta. Esta não foi uma das características do período. (Aula 15, parte 2, páginas 03-04)

C) Incorreta. Pelo contrário! Em 28/02/1986, houve novo congelamento

de preços, com exceção da energia elétrica, que obteve aumento de 20%. (Aula 15, parte 2, página 03)

D) Incorreta. Inicialmente, o Plano Cruzado obtivera sucesso, com grande

queda na taxa de inflação e grande apoio popular. (Aula 15, parte 2, página 05)

E) Incorreta. Não houveram duas moedas paralelas. Houve a substituição do Cruzeiro pelo Cruzado. (Aula 15, parte 2, página 03)

Gabarito: A

51 Com relação aos planos de estabilização econômica adotados

na década de 80 e início da década de 90, analise as afirmativas a seguir:

I - O Plano Bresser diagnosticou a inflação como tendo um componente inercial e outro de demanda, e contou com políticas

fiscais e monetárias contracionistas. II - O Plano Verão representou a radicalização da desindexação da

economia, uma vez que foram extintos todos os mecanismos de indexação.

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III - No Plano Collor I não houve congelamento de preços dos

bens e serviços, mas houve um aumento da arrecadação devido à criação de novos tributos.

Está correto o que se afirma em: (A) somente I;

(B) somente I e II; (C) somente I e III;

(D) somente II e III; (E) I, II e III.

Comentários:

I – Correta. Por causa do diagnóstico da inflação inercial foi que o Plano Bresser visava, principalmente, combater a aceleração inflacionária, em

vez de buscar a inflação zero. As elevadas taxas de juros caracterizam política monetária restritiva no período, enquanto que a busca pela

redução do déficit público caracterizou uma política fiscal restritiva. (aula

15, parte 2, páginas 11 e 12).

II – Correta. Tanto é assim que um dos objetivos do Plano Verão era extinguir a URP e promover a livre negociação para desindexar a

economia. A livre negociação acabaria com os reajustes automáticos de salários e tenderia a reduzir a inércia inflacionária por meio da queda dos

salários reais e do arrocho da demanda. (aula 15, parte 2, página 14)

III – Incorreta. No plano Collor I, também chamado de Plano Brasil Novo, de fato houve aumento da arrecadação, pois houve ampliação da carga

tributária ( maior base tributária pela incorporação dos ganhos da agricultura, do IOF extraordinário, etc). Além disso, houve, sim,

congelamento de preços e também desindexação dos salários em relação à inflação passada.

O objetivo era acabar com a indexação e, por conseguinte, com a inflação inercial. (aula 15, parte 2, página 19).

Gabarito: B

52 Quando, em 1994, Fernando Henrique Cardoso (FHC) assumiu

a presidência da República era claro que havia sido eleito para vencer a inflação. Com relação ao Plano Real de estabilidade da

economia e a esse governo, é correto afirmar que: (A) um importante elemento desse plano foi a política de câmbio

apreciado que favorecia às exportações; (B) houve congelamento de preços e foi implantada a Unidade Real de

Valor (URV), que representava a unidade monetária para desindexar a economia;

(C) foi necessário paralisar a política iniciada no governo de Fernando

Collor de Melo de privatização de algumas empresas estatais;

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(D) o Plano Real teve como importante instrumento para seu sucesso a

política monetária que elevou fortemente os juros para conter a demanda;

(E) paralelamente ao êxito do controle da inflação do Plano Real, houve também sucesso na gestão macroeconômica quanto à política fiscal e nas

contas externas.

Comentários: A) Incorreta. No período pós-eleição de FHC, o Bacen adotou o câmbio

flutuante e houve valorização do real. Essa valorização ficou conhecida como âncora cambial, mas estimulava as importações – e não as

exportações como a questão afirmou. (aula 15, parte 2, página 33).

B) Incorreta. De fato houve a implementação da URV, mas esse período não ficou caracterizado pelo congelamento de preços. (aula 15, parte 2,

página 29).

C) Incorreta. Pelo contrário! O governo FHC intensificou as privatizações,

principalmente nas áreas de telecomunicações e energia. A ideia era reduzir e reordenar a posição do Estado na economia, transferir à

iniciativa privada atividades indevidas e insatisfatoriamente exploradas pelo setor público, contribuir para redução da dívida pública.

D) Correta. O governo anunciou, à época, políticas monetárias bastante

restritivas, com limitação das operações de crédito, depósitos compulsórios de 100%. As altas taxas de juros ajudavam a conter o

crescimento da demanda.

O lado interessante é que, apesar das restrições, houve crescimento da demanda e da atividade econômica, além de grande uso do crédito.

(aulas 15, parte 2, páginas 29-30).

E) Incorreta. Ploe contrário! Com a âncora cambial e a valorização do

real, apareceram déficits na balança comercial, pois houve aumento de importações e diminuição das exportações. Posteriormente, a crise dos

tigres asiáticos em 1997 e a crise russa em 198 fizeram com que o governo aumentasse o juros, o que acabou gerando pressões no lado

fiscal. O resultado foi que houve deterioração fiscal (um crescimento da dívida pública de 30% do PIB para 44%). (Aula 15, parte 2, páginas 29-

30).

Foi nesse cenário que houve o forte ajuste fiscal de 1999 e a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Gabarito: D

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53 Associe as funções do Estado a suas respectivas

características:

1. Alocativa 2. Estabilizadora

3. Distributiva

( ) A arrecadação de um tributo sobre movimentações financeiras pode ser destinada a melhorar os serviços públicos de saúde,

utilizados principalmente pelos mais pobres. ( ) A escolha pelo voto de um político pode ser entendido como

um mecanismo revelador das preferências verdadeiras do eleitorado.

( ) O abandono do regime de metas inflacionárias tende a abalar o nível de confiança do consumidor e das empresas.

A associação correta, de cima para baixo, é: (A) 1, 2 e 3;

(B) 1, 3 e 2; (C) 2, 1 e 3;

(D) 3, 2 e 1; (E) 3, 1 e 2

Comentários:

Questão muito fácil! Antes de responder a questão, vamos relembrar os conceitos:

A função alocativa objetiva promover ajustamentos na alocação de

recursos. Combate as falhas de mercado.

Jà a função distributiva tem por objetivo melhorar a distribuição de renda.

E pode utilizar tanto os tributos quanto as transferências para esse fim.

Por fim, a função estabilizadora visa manter a estabilidade econômica com alto nível de emprego, crescimento econômico e inflação sob

controle. Para isso, lança mão da política fiscal e da monetária.

Vale ressaltar que estudamos esses assuntos na aula 13. E até colocamos um resumo sobre esse tópico, mais do que suficiente para resolver a

questão (páginas 35 e 36)

A primeira alternativa só pode ser função distributiva. Já que o objetivo do tributo é melhorar os serviços de saúde usados principalmente pelos

mais pobres, tá na cara que é função distributiva.

A função alocativa tem o objetivo de alocar os recursos na economia.

Quando o cidadão escolhe um político, ele escolhe não apenas a pessoa,

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mas o programa de bens e serviços públicos que aquele candidato

considera como o mais importante para a nação. O voto, portanto, pode ser entendido como um mecanismo da função alocativa, pois o político

eleito irá ofertar bens e serviços públicos à sociedade, com base no seu programa de governo.

Por fim, a terceira afirmativa fala da política monetária (metas

inflacionárias) e só pode estar relacionada à política estabilizadora.

Assim, ordem correta: 3, 1,2

Gabarito: E

54 - Dentre as características de um sistema tributário ideal NÃO se encontra:

(A) a equidade na distribuição do ônus tributário;

(B) a progressividade dos tributos; (C) a neutralidade no impacto sobre as atividades econômicas;

(D) o máximo de empenho do governo na fiscalização; (E) a simplicidade na compreensão das leis tributárias.

Comentários:

Estudamos os assuntos de tributação na aula 14 e dissemos que um sistema tributário ideal deve obedecer ao seguinte (páginas 02 e 03):

Obtenção de receitas para financiar os gastos públicos

Os tributos seriam escolhidos de forma a minimizar sua interferência no sistema de mercado, a fim de não torná-lo (mais)

ineficiente (princípio da neutralidade); A distribuição do ônus tributário deve ser equitativa entre os

diversos indivíduos de uma sociedade (equidade);

Cada indivíduo deveria ser taxado de acordo com sua habilidade para pagar (equidade > capacidade de pagamento);

Os tributos deveriam ser universais, cobrados sem distinção para indivíduos em situações similares;

Portanto:

A) Correta. Buscar a equidade faz parte do sistema tributário ideal;

B) Correta. A progressividade dos tributos é uma das faces da capacidade de pagamento, pois quem recebe mais deve pagar mais. Estudamos a

progressividade na página 13. C) correta. A neutralidade deve ser buscada, pois ela impede que o

sistema tributário traga consigo um alto grau de ineficiência. A idéia da neutralidade é interferir o mínimo possível nos preços relativos.

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D) Incorreta. Do ponto de vista do governo, até faz sentido que ele se

empenhe para fiscalizar as empresas. Apesar de ser desejável, a literatura econômica não cita esta característica como de um sistema

tributário ideal.

E) Correta. De que adiantaria um sistema tributário que ninguém compreende? Quanto mais claro um sistema tributário for, menos custos

ele gera para a sociedade.

Gabarito: D (questão pede a incorreta).

55 Considerando as parcerias público-privadas, a participação do setor público no Brasil ocorre:

(A) na compra de produtos do setor privado, unicamente de forma direta, através de licitações;

(B) na contratação de terceiros com controle misto ou estatal para

execução de atividades não necessariamente típicas do setor público; (C) na transferência para o setor privado de uma atividade

economicamente viável e autossustentável, através de um project finance;

(D) na transferência para o setor privado de uma atividade, sem complementação de recursos, conforme a Lei nº 11.079 de 2004;

(E) na transferência de ativos ao setor privado via concessões temporárias.

Comentários:

Estudamos as PPP na página 70 da nossa aula 15, parte 2.

A) Incorreta. Esse tipo de compra continua regido pela Lei 8.666, como vimos na página 71.

B) Incorreta. Essa aqui é viagem. A idéia da PPP é justamente formar

uma parceria entre o setor público ou privado. Não há um controle misto nem estatal: o setor público ou faz um aporte financeiro ao setor privado

(PPP patrocinada) ou o setor público utiliza o serviço prestado pelo Parceiro privado (PPP administrativa).

C) Correta. Para que o setor privado fique interessado na parceria, é necessário que a atividade deve ser rentável para o setor privado e de

responsabilidade do poder público. Assim, o poder público pode fazer a parceria e todo mundo sai ganhando: o setor público, porque tem o

serviço prestado; e o setor privado, porque aufere lucros.

Para verificar se o investimento é rentável ou não, deve-se utilizar um Project finance, ou seja, técnicas que permitam avaliar o valor do

investimento. Uma das técnicas utilizadas é o Value For Money (página 72).

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D) Incorreta. Na modalidade PPP patrocinada, há complementação de

recursos.

E) Incorreta (mas pode ser correta). A Lei 11.079 deixa claro que as PPPs são concessões (art. 2º). E, por definição, as concessões são temporárias

(no caso das PPP, o art. 5º, inc. I, estabelece PPP deve ser realizada entre 5 e 35 anos).

O que deixa essa questão passível de recurso é que a Lei 11.079 prevê a

utilização de bens reversíveis. Ou seja, são bens (ativos) que o setor público repassar ao setor privado ou que o setor público paga para que o

setor privado adquira. Após o fim do contrato de PPP, esses bens voltam para a propriedade do poder público (por isso que eles são reversíveis).

O art. 5º, X, e o art. 6º, §§ 2º e 5º tratam dos bens reversíveis. Assim,

entendo que esta alternativa também está correta.

Gabarito: C (mas cabe recurso para anulação)

56 A renda total recebida pelos brasileiros, tanto no Brasil como

no exterior, mas excluindo a parcela ganha por estrangeiros residentes no Brasil, é definida como:

(A) Produto Interno Bruto; (B) Produto Nacional Bruto;

(C) Produto Interno Líquido; (D) Produto Nacional Líquido;

(E) Renda Nacional.

Comentários: Questão de graça!

Estudamos as contas nacionais na aula 06. Olhe só a definição de produto nacional que adotamos na aula:

“O produto nacional é uma medição do produto que leva em conta

aspectos nacionais, isto é, contabiliza tudo que é produzido por nacionais, não importando se estão dentro ou fora do país.”

Como o produto nacional é “nacional”, ele exclui os estrangeiros, mas

inclui os brasileiros (tanto os que moram aqui, como os que moram no exterior).

Vale ressaltar que, por convenção, utiliza-se o conceito bruto (página 27)

e, por isso, descartamos a letra D.

Gabarito: B

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57 Na análise de determinação da renda, uma redução da

poupança resulta em: (A) redução temporária dos juros, que elevam os investimentos;

(B) queda da taxa de investimentos, reduzindo os juros; (C) redução dos investimentos, elevando os juros;

(D) aumento do endividamento das famílias e do consumo; (E) aumento da renda e do crescimento no curto prazo.

Comentários:

Outra questão de graça.

Vimos, ainda na aula 06, página 23, que poupança é igual ao investimento. Ou seja, S = I.

Se há redução na poupança, haverá redução dos investimentos.

Gabarito: C

58 Um trabalhador ganha um salário mínimo e separa uma quantia para pagar as contas ao longo do mês. Esse ato destaca a

função de: (A) reserva de valor da moeda;

(B) padrão de valor da moeda; (C) unidade de conta da moeda;

(D) meio de troca da moeda; (E) poupança da moeda.

Comentários:

Assunto da nossa aula de moeda (aula 10). Na página 02, estudamos as funções da moeda, que são:

Meio de troca: ser intermediária das trocas é sem dúvida a principal

função da moeda e a que a distingue de outros ativos. Esta função da moeda é decorrência da aceitação geral da sociedade,

que realiza as transações econômicas utilizando este ativo como meio de troca.

Unidade de conta: a moeda fornece o referencial para que os valores

das demais mercadorias sejam cotados. Desta forma, os valores dos bens e serviços transacionados são expressos em quantidade de moeda, de tal

forma que ela seja o denominador comum de valor.

Reserva de valor: esta é função decorrente de sua primeira função – meio de troca. Só há sentido em utilizar a moeda como meio de troca se,

entre uma transação em determinado momento e outra transação em

momento posterior, ela mantiver durante certo intervalo de tempo o seu

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valor ou seu poder de compra. Moedas inseridas em economias altamente

inflacionárias têm a sua função de reserva de valor seriamente comprometida.

Tendo os conceitos em mente, já fica muito mais fácil responder a

questão.

Se o trabalhador está separando uma quantia para pagar as contas ao longo do mês, ele está confiando que, no fim do mês, essa moeda ainda

terá o valor para quitar suas contas.

Portanto, estamos nos referindo à reserva de valor da moeda.

Gabarito: A

59 Em relação ao modelo de insumo-produto, analise as

afirmativas a seguir: ( ) A relação entre os insumos consumidos em cada atividade e a

produção total dessa atividade é variável e medida pelo coeficiente técnico de produção.

( ) As colunas da matriz de coeficientes técnicos permitem identificar os insumos necessários à produção de uma unidade

monetária. ( ) Uma das hipóteses do modelo é que somente um tipo de

tecnologia é utilizado para se produzir um produto.

Sendo V para as(s) alternativas(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s), a sequência correta é:

(A) V – V – V; (B) V – F – V;

(C) F – V – V;

(D) F – F – V; (E) F – F – F.

Comentários:

Vimos a matriz insumo-produto como adendo à aula 06.

I – Incorreta. Peguinha!!! A definição de coeficiente técnico de produção está correta, mas o modelo de Leontief considera que os coeficientes

técnicos de produção não são variáveis (ou seja, eles não mudam ao longo do tempo).

II – Correta. Uai, é claro! Até demos um exemplo, na página 01:

No caso da farinha, com um coeficiente de 0,20, podemos dizer que, se houver expansão de R$ 60.000 na produção de farinha, é de se esperar

que esse setor demande mais R$ 12.000 de trigo (0,2 de 60.000)

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III – Correta. É assim em quase todos os modelos de Economia! Kkkkkkk

Gabarito: C

60 Em relação às Tabelas de Recursos e Usos (TRU), uma de suas

características é: (A) a vinculação a uma parcela das contas econômicas integradas, por

meio de oferta agregada vertical, quando em pleno emprego ou por meio de demanda agregada;

(B) o fato de que são igual a matriz insumo-produto; (C) a classificação das unidades produtivas segundo as atividades

econômicas, permitindo mensurar as relações de troca intra setorial; (D) a exclusão da administração pública do cálculo pela dificuldade de se

medir a renda gerada por esse setor; (E) a divisão em recursos de bens e serviços, a qual apresenta em uma

das partes a oferta total da economia.

Comentários:

Estudamos as TRU na aula 06, a partir da página 41.

Das alternativas apresentadas a única que se refere as TRU é a letra E, pois as TRU representam o equilíbrio entre oferta e demanda, assim como

as estruturas de custos das atividades econômicas detalhadas por produto.

Enquanto um dos quadrantes apresenta a oferta total, o outro mostra os

bens e serviços destinados à demanda final.

Gabarito: E

61 Considerando os componentes do balanço de pagamentos, a

estática comparativa correta é: (A) um aumento das receitas de exportação de construção eleva o saldo

da balança comercial; (B) uma redução das transferências unilaterais de renda piora o saldo da

balança comercial; (C) a compra de ações de empresas brasileiras por estrangeiros eleva o

saldo do componente de investimento direto da conta financeira; (D) um aumento da receita de seguros eleva o saldo da conta de

serviços; (E) a tomada de empréstimo de longo prazo junto ao Fundo Monetário

Internacional piora o saldo da conta capital.

Comentários: Balanço de pagamentos foi o tema da nossa aula 08.

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A) Incorreta. Se fosse o aumento das exportações como um todo, poderia

até ser. Mas como a questão se restringiu ás exportações de construção, pode ser que isso não verdade. Basta que as importações cresçam de tal

forma que superem o aumento das exportações de construção.(página 08)

B) Incorreta. Uma redução das TUC piora o saldo das Transações

Correntes. A balança comercial só é afetada pelas exportações e importações. (página 09)

C) Incorreta. Fizemos esse MESMO exemplo na página 18 da aula. A

compra de ações por um estrangeiro afeta os investimentos em carteira ( não os investimentos diretos).

D) Correta. Já que a Balança de Serviços compreende serviços de frete,

de seguros, gastos com viagen e serviços governamentais, etc. (página 8)

E) Incorreta. O empréstimo junto ao FMI afeta a conta financeira (não a

conta capital). (página 11)

Gabarito: D

62 Em geral existe na economia um tradeoff entre inflação e desemprego, ou seja, para um aumento da inflação, observa-se

uma redução da taxa de desemprego. Apenas em um cenário de pleno emprego é que elevações da inflação não incorrem em

redução do desemprego. A descrição no parágrafo acima é explicada pelo(a):

(A) Curva de Phillips; (B) Expectativa Racional sobre Inflação e Desemprego;

(C) Expectativa Adaptativa sobre Inflação e Desemprego;

(D) Teoria Keynesiana; (E) Modelo Neoclássico.

Comentários:

Questão de graça! Estudamos a relação entre inflação e desemprego na aula 12.

Na página 36, temos o conceito de curva de phillips. Olha só um trechinho

da aula: “A curva de Phillips mostra a relação entre o desemprego e a

inflação.”

Sem dúvidas do gabarito, portanto!

Gabarito: A

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63 De acordo com a teoria quantitativa da moeda, para um

aumento de 1% na taxa de expansão da moeda, deve-se observar um aumento de __ % na taxa de inflação. Por sua vez, de acordo

com o efeito Fisher, esse aumento na taxa de inflação, provoca um aumento de __% na taxa de juros nominal. As lacunas acima são

preenchidas, respectivamente, por: (A) 0 e 0; (B) 0 e 1;

(C) 1 e 0; (D) 1 e 1;

(E) 1 e 2

Comentários: Estudamos a TQM na aula 10, a partir da página 21.

De acordo com essa teoria, coeteris paribus, aumentos da oferta

monetária provocarão somente aumento dos preços. Assim, quando a

oferta monetária é aumentada, isto acabará provocando inflação.

A TQM é dada por:

MV = PT, onde M é a oferta de moeda; V é a velocidade de circulação; P é o nível de preços e T a quantidade de transações.

Se a oferta de moeda M aumentar em 1%, é necessário que o outro lado

da equação (P.T) também aumente em 1%, para manter a igualdade. Como T já está no seu máximo, é o nível de preços que aumentará em

1%. Portanto, já descartamos as alternativas A e B.

O efeito Fischer é que afirma que a taxa de juro snominal é a soma entre a taxa de juros real e a taxa de inflação. Assim:

N = r + i.

Se a inflação aumentou em 1%, n também aumentará em 1%, pois:

N = r + i

N + 1% = r + i + 1%.

Gabarito: D

64 O custo do menu é um tipo de custo associado ao aumento do

nível dos preços e pode ser descrito como: (A) uma distorção provocada pelo imposto inflacionário sobre a retenção

de moeda, o que faz as pessoas irem mais vezes ao banco para sacar

dinheiro;

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(B) o fato de as empresas terem que alterar suas listas de preços com

maior frequência, incorrendo em maiores custos; (C) o aumento da desigualdade, devido ao fato de os mais pobres terem

acesso a um “menu” mais restrito de instrumentos financeiros; (D) a diferente periodicidade com que as empresas alteram seus preços,

o que eleva a variabilidade da taxa inflacionária; (E) a falha das leis tributárias em considerar os efeitos da inflação sobre a

população.

Comentários: Estudamos os custos de menu na aula 12, página 12. Eles são uma das

razões para a rigidez de preço.

Trecho da aula: Outra razão que explica a rigidez de preços são os custos de

menu. Por vezes, ajustar os preços implica custos como, por exemplo, a

impressão e distribuição de catálogos, confecção de novas etiquetas de preços, impressão de novos cardápios (no caso de restaurantes),

atualização dos sistemas, atualização da contabilidade, etc. Esses custos de menu fazem com que as empresas ajustem seus preços de modo

intermitente (apenas de tempos em tempos), e não de modo contínuo.

Assim, fica claro que o gabarito é B

Gabarito: B

65 Considere a seguinte nomenclatura: RNB = Renda Nacional Bruta RPD = Renda Privada Disponível TUR = Transferências

Correntes Líquidas Recebidas C = Consumo Final (gastos correntes das famílias e administrações públicas) SD = total da

poupança doméstica RLG = Renda Líquida do Governo RLEE =

Renda Líquida Enviada ao Exterior A Renda Nacional Disponível Bruta (RDB) pode ser calculada como:

(A) C + SD + TUR; (B) RNB + RPD + TUR;

(C) RLG + RPD; (D) RLEE – TUR;

(E) RNB – RPD.

Comentários: Também vimos esse assunto na aula 06, página 32, onde vimos várias

formas de calcular a RNDB.

Mas acredito que o mais fácil é ir pelo conceito de RNDB.

A RNDB é a Renda Nacional Disponível Bruta. Como a é Renda Nacional,

ela exclui os estrangeiros.

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Nós temos três grandes setores na economia: público, privado e externo. Como o conceito Nacional exclui os estrangeiros, ficamos apenas com o

público e o privado. Assim, a renda nacional disponível será a soma das rendas destes dois setores.

A renda disponível do setor privado será a renda líquida de impostos (que

a questão chamou de RPD). Já a renda do setor público será a renda do governo excluídos os subsídios, transferências, etc. Ou seja, é a renda

líquida (RLG).

Somando as rendas desses dois setores: RLG + RPD, temos a RNDB. Vale ressaltar que como a questão não mencionou a depreciação,

consideramos ela igual a 0.

Gabarito: C

66 Uma elevação das reservas compulsórias exigidas e um

aumento da oferta de títulos públicos pelo Banco Central tende a: (A) elevar a taxa de juros e reduzir a circulação de moeda;

(B) ter efeito ambíguo sobre a taxa de juros e reduzir a oferta monetária; (C) diminuir a taxa de juros e reduzir a quantidade de moeda na

economia; (D) elevar a taxa de juros e a circulação de moeda;

(E) reduzir a taxa de juros e a circulação de moeda.

Comentários: Questão sobre política monetária e seus efeitos, estudados nas aulas 10 e

11.

Elevação das reservas compulsórias é política monetária contracionista.

Aumento na oferta de títulos públicos também é (aula 11, página 15).

Políticas monetárias contracionistas elevam a taxa de juros e reduzem o nível de produto. Elas também têm o condão de diminuir a quantidade de

moda na economia (liquidez) e, portanto, reduzir a circulação da moeda e baixar o multiplicador monetário (aula 11, página 23).

Pelo papinho que batemos até aqui, fica fácil perceber que a resposta

correta é letra A.

Gabarito: A

67 Dentre os possíveis motivos para o aumento do desemprego no ano de 2015, pode ser citado:

(A) o aumento da abertura comercial, que tem levado a uma competição

predatória, gerando destruição de postos de trabalho;

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(B) o progresso tecnológico, que tem gerado a chamada destruição

criativa de empregos; (C) a queda do salário real da economia, que impulsiona as demissões;

(D) a migração de trabalhadores do setor formal para o setor informal da economia, decorrente da elevada taxa de rotatividade do mercado de

trabalho; (E) o aumento da taxa de participação da força de trabalho, definida

como a razão entre as populações economicamente ativa e em idade ativa para trabalho.

Comentários:

A) Incorreta. Pelo contrário, no período 2011-hoje, houveram uma série de medidas protecionistas.

B) Incorreta. O progresso da tecnologia aumenta o emprego na

Economia.

C) Incorreta. A queda do salário real é uma das consequências do

desemprego, não é a causa.

D) Incorreta. Nos últimos anos, houve o contrário: migração do informal para o formal. Políticas como o SIMPLES nacional ajudaram muito nesse

sentido. (aula 16, página 31).

E) Correta. Cabe recurso!!! Estudamos esse conceito na aula 16, página 22. A taxa de participação na força de trabalho é também chamada de

taxa de atividade e ela mede a participação das pessoas economicamente ativas.

Mas acredito que a FGV se confundiu, pois um aumento na taxa de

participação é, de forma geral, positivo para o país. Acho que a FGV quis

se referir à taxa de inatividade e não à taxa de participação.

Essa alternativa me soou como um “copia e cola” da FGV.

Gabarito: E (mas deve ser anulada).

O assunto das questões 68 e 69 foram tratadas pelo Prof. Mário Machado.

70 A partir de 1999 foi adotado no Brasil o regime de metas de

inflação. Entre suas vantagens, é possível mencionar: (A) o elevado grau de previsibilidade da inflação e a utilização de um

câmbio flutuante exigida por esse regime; (B) maior accountability da política monetária e maior flexibilidade aos

policy makers;

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(C) o controle direto do BACEN sobre a base monetária e o maior

monitoramento por parte da população; (D) a inflação interna submetida à externa e melhor controle sobre os

bens tradables; (E) a precisão na definição da meta e as metas intermediárias serem de

uso restrito.

Comentários: Questão cheia de termos em inglês, para tentar assustar os candidatos.

Mas não tem nada de mais. A) Incorreta. O regime de metas de inflação é uma política monetária,

para controlar a inflação. Não tem a ver com política cambial.

B) Correta. Essa é um dos maiores ganhos do regime de metas, pois as metas fixadas para a inflação tem que ser divulgadas (accountability).

Essa divulgação faz com que haja um compromisso público do governo

em cumprir o prometido.

Caso não haja o comprimento, o mercado reage, punindo o governo.

Ao mesmo tempo, o regime dá flexibilidade a quem faz a política econômica do governo (policy makers), pois eles podem agir sobre vários

instrumentos, que vimos na aula 10, para conseguir atingir o objetivo.

C) Incorreta. Apesar da publicidade dada pelas metas, o regime, por si só, não garante o maior monitoramento da população. No Brasil, por

exemplo, só alguns poucos atores se interessam pelo tema (mídia especializada, bancos, academia, etc).

D) Incorreta. Viagem! Nunca que o objetivo do regime de metas vai ser

submeter a nossa inflação à inflação internacional.

E) Incorreta. Uso restrito nada. Como falamos anteriormente, deve ser

dada ampla publicidade.

Gabarito: B