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SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE CAMPINAS E REGIÃO - www.bancarioscampinas.org.br - 23/10/2013 - N º 1393 FEDERAÇÃO Bancários SP e MS Sindicato assina acordo com Fenaban O O Sindicato assinou no último dia 18 a Convenção Coletiva de Tra- balho (CCT) 2013-2014, negociada com a Fenaban no dia 10 deste mês, 22º dia da greve nacional, e aprova- da pela categoria em assembleia rea- lizada no dia seguinte, 11. A soleni- dade aconteceu no Hotel Interconti- nental, em São Paulo. Com a CCT assinada, os Bancos têm prazo de até 10 dias para credi- tar a antecipação da PLR (Participa- ção nos Lucros e Resultados), regra básica e parcela adicional; ou seja, até o dia 28 (leia na página 3 nota de es- clarecimento sobre a tributação da PLR). Quanto às diferenças de salários e tíquetes, o crédito será feito até o dia 30 de novembro próximo, segundo esclareceu a Fenaban. Cinco Bancos já anunciaram as datas de pagamen- to da PLR, salários e diferenças. BB: diferença salarial de setembro, salá- rio de outubro reajustado e PLR, pa- gos no último dia 20; diferenças de tí- quetes no dia 1º de novembro. Cai- xa Federal: diferença salarial e salá- rio de outubro reajustado foram pa- gos também no dia 20; PLR até dia 25, sexta-feira. Itaú: dia 25 paga salário de outubro reajustado, PLR e PCR. Bradesco: dia 23, PLR; dia 30, dife- rença salarial de setembro e salário de outubro reajustado. Santander: dia 25, PLR; diferença salarial em no- vembro. A CCT é o resultado concreto da greve de 23 dias (19 de setembro a 11 de outubro), que rompeu com a in- transigência da Fenaban, rasgou e jo- gou na lata de lixo o discurso propa- gado na segunda semana da mobili- zação nacional pelo diretor de Rela- ções Sindicais da citada federação, Magnus Apóstolico, que, em entre- vista ao Jornal Folha de S. Paulo (edição de 27 de setembro), negou au- mento real porque os lucros dos Bancos no primeiro semestre deste ano foram menores que os obtidos em 2012. A força da greve, a disposição de luta dos bancários, garantiu aumen- to real não apenas sobre o salário (8%), mas também sobre o piso (8,5%) e 10% sobre a parcela fixa da regra básica e teto da parcela adicio- nal da PLR. E mais: elevou de 2% para 2,2% o percentual do lucro lí- quido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR; proibiu os bancos de enviarem torpedo no ce- lular pessoal dos bancários cobrando resultados; garantiu abono-assidui- dade de um dia por ano; adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês; criação de grupo de trabalho para discutir as causas de afastamentos do trabalho (adoecidos); redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias apresentadas pelo Sin- dicato (programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, conquistado em 2010); debate sobre novo modelo de PLR antes da Cam- panha de 2014; e os dias parados se- rão compensados até o dia 15 de de- zembro em até uma hora por dia. Luta continua Para o presidente do Sindicato, Je- ferson Boava, que assinou a CCT, ven- cida a batalha da Campanha 2013, o passo seguinte é fiscalizar a aplicação dos direitos conquistados e debater os pontos que necessitam serem fecha- dos, como é o caso do grupo de tra- balho de adoecidos, o novo modelo de PLR para 2014 e o seminário sobre tecnologia. “A Campanha deste ano terminou; mas a luta continua”, fri- sou Jeferson. Presidente do Sindicato, Jeferson Boava, assina Convenção Coletiva de Tra- balho (CCT) com Fenaban Carlos Augusto Silva (Pipoca), diretor do Sindicato, assina aditivo da Caixa Federal à CCT Júlio César Costa Assinados também aditivos com BB e Caixa Federal O O Sindicato assinou também no úl- timo dia 18 os aditivos à CCT com o Banco do Brasil e com a Cai- xa Federal. O BB pagou o salário rea- justado e a diferença de setembro, bem como a PLR, no último dia 20. Quanto às diferenças de tíquetes, se- rão creditadas no dia 1º de novembro. E nesta semana o BB reclassifica as faltas, conforme compromisso assu- mido. Quer dizer, a falta da greve con- tra o plano de funções, em abril, será reembolsada, assim como os tíquetes não pagos em decorrência da greve de 23 dias (setembro/outubro) serão dis- ponibilizados. A Caixa Federal pagou o salário reajustado e a diferença de setembro no último dia 20; a PLR, até sexta-feira, dia 25. Greve garante avanços Os aditivos com BB e Caixa Fede- ral trazem avanços conquistados com a greve de 23 dias. No BB, os dias des- contados em função de protesto e gre- ves contra o plano de funções serão reembolsados; a pontuação de méri- to dos caixas passou de 0,5 a 1 pon- to por dia, retroativos a 2006; a trava de remoção dos escriturários reduziu de 24 para 18 meses; proibido o en- vio de torpedo para celular pessoal, cobrando metas de funcionários, fora da jornada de trabalho; e os dias pa- rados na greve serão compensados em até uma hora por dia até o dia 15 de dezembro próximo. Na Caixa Federal, a greve garan- tiu o pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 15 empregados, a partir de janeiro de 2014; e manutenção da PLR Adicional Caixa, a chamada PLR Social, equi- valente a 4% do lucro líquido distri- buído de forma linear.

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Page 1: º Sindicato assina acordo com Fenabansindicatocp.org.br/uploads/media/edi1393_23-10.pdf · 2013-10-23 · Sindicato assina acordo com Fenaban OOSindicato assinou no último dia 18

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE CAMPINAS E REGIÃO - www.bancarioscampinas.org.br - 23/10/2013 - Nº 1 3 9 3

FEDERAÇÃOBancários SP e MS

Sindicato assina acordo com Fenaban

OOSindicato assinou no último dia18 a Convenção Coletiva de Tra-

balho (CCT) 2013-2014, negociadacom a Fenaban no dia 10 deste mês,22º dia da greve nacional, e aprova-da pela categoria em assembleia rea-lizada no dia seguinte, 11. A soleni-dade aconteceu no Hotel Interconti-nental, em São Paulo.

Com a CCT assinada, os Bancostêm prazo de até 10 dias para credi-tar a antecipação da PLR (Participa-ção nos Lucros e Resultados), regrabásica e parcela adicional; ou seja, atéo dia 28 (leia na página 3 nota de es-clarecimento sobre a tributação daPLR). Quanto às diferenças de saláriose tíquetes, o crédito será feito até o dia30 de novembro próximo, segundoesclareceu a Fenaban. Cinco Bancosjá anunciaram as datas de pagamen-to da PLR, salários e diferenças. BB:diferença salarial de setembro, salá-

rio de outubro reajustado e PLR, pa-gos no último dia 20; diferenças de tí-quetes no dia 1º de novembro. Cai-xa Federal: diferença salarial e salá-rio de outubro reajustado foram pa-gos também no dia 20; PLR até dia 25,sexta-feira. Itaú: dia 25 paga saláriode outubro reajustado, PLR e PCR.Bradesco: dia 23, PLR; dia 30, dife-rença salarial de setembro e salário deoutubro reajustado. Santander: dia25, PLR; diferença salarial em no-vembro.

A CCT é o resultado concreto dagreve de 23 dias (19 de setembro a 11de outubro), que rompeu com a in-transigência da Fenaban, rasgou e jo-gou na lata de lixo o discurso propa-gado na segunda semana da mobili-zação nacional pelo diretor de Rela-ções Sindicais da citada federação,Magnus Apóstolico, que, em entre-vista ao Jornal Folha de S. Paulo

(edição de 27 de setembro), negou au-mento real porque os lucros dosBancos no primeiro semestre desteano foram menores que os obtidos em2012.

A força da greve, a disposição deluta dos bancários, garantiu aumen-to real não apenas sobre o salário(8%), mas também sobre o piso(8,5%) e 10% sobre a parcela fixa daregra básica e teto da parcela adicio-nal da PLR. E mais: elevou de 2%para 2,2% o percentual do lucro lí-quido a ser distribuído linearmentena parcela adicional da PLR; proibiuos bancos de enviarem torpedo no ce-lular pessoal dos bancários cobrandoresultados; garantiu abono-assidui-dade de um dia por ano; adesão aoprograma de vale-cultura do governo,no valor de R$ 50,00 por mês; criaçãode grupo de trabalho para discutir ascausas de afastamentos do trabalho

(adoecidos); redução do prazo de 60para 45 dias para resposta dos bancosàs denúncias apresentadas pelo Sin-dicato (programa de Prevenção deConflitos no Ambiente de Trabalho,conquistado em 2010); debate sobrenovo modelo de PLR antes da Cam-panha de 2014; e os dias parados se-rão compensados até o dia 15 de de-zembro em até uma hora por dia.

Luta continuaPara o presidente do Sindicato, Je-

ferson Boava, que assinou a CCT, ven-cida a batalha da Campanha 2013, opasso seguinte é fiscalizar a aplicaçãodos direitos conquistados e debater ospontos que necessitam serem fecha-dos, como é o caso do grupo de tra-balho de adoecidos, o novo modelode PLR para 2014 e o seminário sobretecnologia. “A Campanha deste anoterminou; mas a luta continua”, fri-sou Jeferson.

Presidente do Sindicato, Jeferson Boava, assina Convenção Coletiva de Tra-balho (CCT) com Fenaban

Carlos Augusto Silva (Pipoca), diretor do Sindicato, assina aditivo da CaixaFederal à CCT

Júlio César Costa

Assinados também aditivos com BB e Caixa Federal

OO Sindicato assinou também no úl-timo dia 18 os aditivos à CCT

com o Banco do Brasil e com a Cai-xa Federal. O BB pagou o salário rea-justado e a diferença de setembro,bem como a PLR, no último dia 20.Quanto às diferenças de tíquetes, se-rão creditadas no dia 1º de novembro.E nesta semana o BB reclassifica asfaltas, conforme compromisso assu-mido. Quer dizer, a falta da greve con-

tra o plano de funções, em abril, seráreembolsada, assim como os tíquetesnão pagos em decorrência da greve de23 dias (setembro/outubro) serão dis-ponibilizados. A Caixa Federal pagouo salário reajustado e a diferença desetembro no último dia 20; a PLR, atésexta-feira, dia 25.

Greve garante avançosOs aditivos com BB e Caixa Fede-

ral trazem avanços conquistados com

a greve de 23 dias. No BB, os dias des-contados em função de protesto e gre-ves contra o plano de funções serãoreembolsados; a pontuação de méri-to dos caixas passou de 0,5 a 1 pon-to por dia, retroativos a 2006; a travade remoção dos escriturários reduziude 24 para 18 meses; proibido o en-vio de torpedo para celular pessoal,cobrando metas de funcionários, forada jornada de trabalho; e os dias pa-

rados na greve serão compensados ematé uma hora por dia até o dia 15 dedezembro próximo.

Na Caixa Federal, a greve garan-tiu o pagamento de 100% das horasextras realizadas em agências com até15 empregados, a partir de janeiro de2014; e manutenção da PLR AdicionalCaixa, a chamada PLR Social, equi-valente a 4% do lucro líquido distri-buído de forma linear.

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EXPE DI EN TE - O BAN CÁR IO - PUB LI CAÇÃO DO SIN- DI CA TO DOS BANCÁR I OS DE CAM PI NAS E RE GI ÃOPRES I DENTE: JEFERSON RUBENS BOAVAJORNALISTA RESPONSÁVEL: JAI RO GI MEN EZ(MTB 13.683)DIR E TO RA DE IM PREN SA: MA RIA APARECIDADA SIL VAIM PRESS ÃO: GRÁ FI CA SANTA EDWIGESSEDE: RUA FER REI RA PEN TEA DO, 460, CENTRO.FONE.: (19) 3731-2688 - FAX: (19) 3234-5602CLUBE: (19) 3251-3718SUB SE DES: AMER I CANA: (19) 3406-7869

AM PARO: (19) 3807-6164MO GI GUA ÇU: (19) 3841-3993 SJB VIS TA: (19) 3622-3514

IN TER NET: WWW.BANCARIOSCAMPINAS.ORG.BRE-MAIL: [email protected] RA GEM: 11.000 EX EM PLA RESFILIADO À FEEB SP-MS E CONTRAF-CUT

2 O BANCÁRIO EDIÇÃO Nº 1393

CC A M P A N H AA M P A N H A

EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIAO Sindicato dos Empregados em Estabeleci-mentos Bancários de Campinas e Região, inscri-to no CNPJ/MF sob o nº 46.106.480/0001-70, por seupresidente abaixo assinado, convoca todos os em-pregados de Financeiras da base territorial deste sin-dicato, nos municípios de Aguaí, Águas de Lindóia,Águas da Prata, Americana, Amparo, Artur Noguei-ra, Cabreúva, Campinas, Cosmópolis, Elias Fausto,Engenheiro Coelho, Espírito Santo do Pinhal, Esti-va Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itapi-ra, Itatiba, Jaguariúna, Lindóia, Louveira, Mogi Gua-çu, Mogi Mirim, Morungaba, Monte Mor, Monte Ale-gre do Sul, Nova Odessa, Pedreira, Paulínia, SantoAntonio do Jardim, Santo Antonio de Posse, São Joãoda Boa Vista, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Valinhose Vinhedo, para a assembleia geral extraordinária quese realizará no dia 28 de outubro de 2013, às 18:00h,em primeira convocação, e às 18:30h, em segundaconvocação, com qualquer número de presentes, noendereço da sede à Rua Ferreira Penteado, nº 460,Centro, nesta cidade, para discussão e deliberaçãoacerca da seguinte ordem do dia: 1. Apreciação e de-liberação sobre a proposta apresentada para cele-bração da Convenção Coletiva de Trabalho dos Fi-nanciários 2013/2014 e Convenção Coletiva dePLR com vigência para o período 01.06.2013 a31.05.2014; 2. Deliberação/ratificação sobre descontoa ser feito nos salários dos empregados em razão dacontratação a ser realizada.

Campinas, 23 de outubro de 2013.Jeferson Rubens Boava

Presidente

Edital publicado no jornal Correio Popular,edição do dia 23/10/2013

Financeiras propõem acordo similar ao daFenaban. Assembleia dia 28, no Sindicato

EEm negociação com os sindicatosno último dia 22 a Federação

Nacional de Instituições de Crédito,Financiamento e Investimentos (Fe-nacrefi) apresentou proposta deConvenção Coletiva de Trabalho si-milar à firmada com a Fenaban. Anova proposta prevê aumento real de1,82% nos salários, ganho real de2,29% nos pisos e de 3,71% acima dainflação para os valores fixos da PLR.Diante desse quadro, o Sindicatorealiza assembleia no próximo dia 28

(segunda-feira), às 18h30, na sede. Apauta, vale lembrar, foi entregue nodia 16 de julho último (a data-basedos financiários é 1º de junho).

Proposta de acordoReajuste - 8,9%. Descontada a infla-ção de 6,95% do período, o aumen-to real foi de 1,82%.Pisos - 9,4%. Ganho real de 2,29%.PLR - 90% sobre todas as verbas + va-lor fixo de 1.760, x 10,92% (ganhoreal de 3,71%) = 1.952,19. Teto de8.555,19 x 8,90% = 9.316,60.

Antecipação da PLR Serão pagos em até 10 dias após as-sinatura da Convenção Coletiva: 60%dos valores fixos = 1.171,31. A se-gunda parcela (90% de todas as ver-bas + 40% dos valores fixos) será de-positada até 28 de fevereiro de 2014.Vale-culturaR$ 50,00 mensais para quem ganhaaté cinco salários mínimos, conformeLei 12.761/2012.Prevenção de conflitos no ambientede trabalho

Redução do prazo de 60 para 45dias para resposta das empresas às de-núncias encaminhadas pelos sindi-catos, além de reunião específicacom a Fenacrefi para discutir apri-moramento do programa.Compromisso - Em março de 2014será instalado grupo de trabalho bi-partite para discutir novo modelo dePLR.

Os valores retroativos a 1º de ju-nho serão depositados na folha de pa-gamento de novembro.

DD I R E I T OI R E I T O

Bancários do Itaú conquistam PCR de R$ 1.950

AA antecipação da PCR (Participa-ção Complementar nos Resulta-

dos) do Itaú, neste ano, será equiva-lente a R$ 1.950,00, conforme foi es-tabelecido em negociação entre os sin-dicatos e o Banco, no último dia 17.O pagamento será efetuado nestasexta-feira, dia 25, junto com a ante-cipação da PLR.

Em 2012, o valor da PCR, que épaga de forma linear para todos osfuncionários e não pode ser descon-tada dos programas próprios de re-muneração e nem da PLR, foi de R$1.800,00. “O valor total da PCR vai de-pender do retorno sobre o patrimônio

líquido (ROE), a ser apresentado nobalanço de 2013, e pode chegar a R$2.100,00. A possível diferença oucomplemento será pago junto com asegunda e última parcela da PLR; ouseja, até março de 2014. Cabe desta-car que o único desconto previsto é odo imposto de renda”, esclarece ovice-presidente do Sindicato e inte-grante da COE (Comissão de Orga-nização dos Empregados), Mauri Sér-gio. Segundo ele, com base nos mes-mos parâmetros negociados nesteano, em 2014 a PCR mínima será deR$ 2.080,00 e a máxima de R$2.100,00.

Bolsa de estudo: Durante a negocia-ção da PCR, os sindicatos garantiramextensão do auxílio-educação (bolsade estudo) para a segunda graduaçãoe pós-graduação (cursos presenciaise reconhecidos pelos MEC).

Serão distribuídas 5.500 bolsas(cinco mil para funcionários do Ban-co, sendo mil preferencialmente paraportadores de deficiências especiais;e 500 para os trabalhadores das de-mais empresas da holding). A bolsacorresponde até 70% do valor damensalidade, limitado ao máximode R$ 320,00. Os bancários contem-plados receberão 11 parcelas.

BB A N C OA N C O D OD O BB R A S I LR A S I L

TRT mantém liminar que proíbe reduçãode salário do FG. Sindicato vai cobrar multa

OOTribunal Regional do Trabalhode Campinas (15ª Região) negou

ao Banco do Brasil no último dia 27de setembro, por unanimidade, sus-pender a liminar concedida pela 1ªVara do Trabalho de Campinas aoSindicato, que proíbe redução desalário do FG (Função Gratificada) mi-grado para o novo Plano de Funçõesde Confiança e de Funções Gratifi-cadas, ao julgar mandado de segu-rança ingressado pelo banco público.Em seu despacho, o desembarga-dor/relator Nildemar da Silva Ra-mos, conclui que “o plano de cargose salários, na forma como apresen-tado...não pode ser posto em práticaporque admite a redução de salárioou acréscimo de jornada, sem o cor-respondente acréscimo remunerató-rio...”. O BB, não satisfeito, recorreuao Tribunal Superior do Trabalho

(TST). Para seguir à corte superior, noentanto, o novo recurso do BB passapelo TRT que, a exemplo da decisãodo dia 27 de setembro, não concedeuefeito suspensivo no último dia 17; ouseja, a liminar obtida pelo Sindicatopermanece em vigor. E até o momentoo TST não se manifestou.

Diante dessas decisões favorá-veis ao FG migrado, além de estarproibido de reduzir salário, o BBtem que respeitar a jornada de tra-balho de 6h, conforme determinou ajuíza Sofia Lima Dutra, da 1ª Vara doTrabalho, no dia 3 de abril último,após julgar ação ingressada pelo Sin-dicato em março deste ano. Porém,como o BB não respeitou as referidasdecisões, o Sindicato vai cobrar ju-dicialmente a multa de R$ 50 mil porempregado, conforme estabeleceu ajuíza da 1ª Vara do Trabalho.

Terceira vitóriaA decisão do TRT é a terceira vi-

tória do Sindicato na luta contra onovo Plano de Funções de Confiançae de Funções Gratificadas, implanta-do unilateralmente no dia 28 de ja-neiro último. O novo plano, valedestacar, impõe perda salarial de16% ao chamado público-alvo daFunção Gratificada (FG). Inclusivepara ‘amenizar’ a redução salarial, oBB autorizou o pessoal FG a realizarhoras extras pelo período de umano. A segunda vitória foi a citada li-minar concedida pela 1ª Vara e a pri-meira aconteceu no dia 31 de janei-ro passado, quando a juíza Ana Lú-cia Cogo Casari Castanho Ferreira, da7ª Vara, concedeu liminar prorro-gando para o dia 6 de março o prazode adesão, estabelecido pelo BB parao dia 4 de fevereiro.

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EE S C L A R E C I M E N T OS C L A R E C I M E N T O

BB R A D E S C OR A D E S C O

ED I ÇÃO Nº 1393 O BAN CÁR IO 3

Antecipação da PLR: isenção de imposto de renda

CCom a assinatura da ConvençãoColetiva de Trabalho (CCT), no

último dia 18, entre os sindicatos e aFenaban, os Bancos têm prazo de até10 dias para pagar a antecipação daParticipação nos Lucros e Resultados(PLR), regra básica e parcela adicio-nal. Vale lembrar que, quem receberPLR de até R$ 6 mil, não vai pagar Im-posto de Renda; acima desse valorserá aplicada uma tabela progressiva.E mais: “para efeitos desta tributaçãosão somados os valores pagos a títu-lo de PLR dentro do ano-calendário(independentemente de uma parce-la referir-se à PLR de 2012 e outra àPLR de 2013)”.

A seguir, leia uma nota de escla-recimento elaborada pelo Departa-mento Jurídico do Sindicato. Antes,cabe registrar, a isenção é resultadoda luta deflagrada no final de 2011pelos sindicatos de bancários, meta-lúrgicos, químicos, petroleiros, ele-tricitários e urbanitários. No dia 1º dedezembro de 2011, os sindicatos en-tregaram ao então presidente da Câ-mara Federal, deputado Marco Maia(PT-RS), documento com 220 milassinaturas pela alteração da Lei nº10.101. Do total de adesões, 158 milassinaturas são de bancários de todoBrasil, incluindo as 3.349 coletadaspelo Sindicato.

Tributação da PLRA Constituição Federal, em seu art. 7º,

XI, elenca como direito dos trabalhadoresa participação nos lucros ou resultados,conforme previsão legal. Este direito se tor-na exigível apenas na hipótese de ser rea-lizado acordo ou convenção coletiva.Sem formalização em acordo, o direito nãoexiste.

A Lei que trata do assunto é a de nº10.101/2000, que estabelece procedi-mentos específicos para a fixação dos di-reitos. A Lei estabelece que a PLR nãotem natureza remuneratória, logo, nãoconstituindo base de incidência de qual-quer encargo trabalhista. Estipula a pe-riodicidade da participação, que não podeser inferior a um semestre civil, ou supe-rior a duas vezes no mesmo ano civil.

Esse esclarecimento trata tambémda possibilidade de compensação dos pa-gamentos efetuados em decorrência deplanos espontâneos da empresa com asobrigações decorrentes de norma coleti-va.

Até a Medida Provisória de nº597/2012, a regra era que as participaçõesseriam tributadas na fonte, em separadodos demais rendimentos recebidos nomês. Após, a tributação passou a ser ex-clusiva na fonte, ainda em separado dosdemais rendimentos, com base em tabe-la progressiva e não integrando a base decálculo do imposto devido na Declaraçãode Ajuste anual.

A tabela progressiva garante a isençãodos valores anuais até R$ 6.000,00 (seismil reais), o que constitui uma grande van-tagem conquistada pelos trabalhadores.

Para efeitos desta tributação são so-mados os valores pagos a título de PLR

dentro do ano-calendário (independente-mente de uma parcela referir-se à PLR de2012 e outra à PLR de 2013).

Principais dúvidas

Como fica a situação daqueles traba-lhadores que tem PLR paga em parce-las? E se as parcelas forem pagas emanos diferentes?

O Imposto de Renda opera em regimede caixa. Os valores são tributados quan-do da sua disponibilidade. Assim, valor re-cebido em 2013 é tributado em 2013; va-lor recebido em 2014 é tributado em2014 e assim por diante. Ainda que a PLRse refira a um ano anterior, a tributação éno ano do pagamento.

Caso a primeira parcela paga dentrodo ano tenha valor inferior ao limite deisenção, ela não sofrerá retenção na fon-te. Com o pagamento da segunda parceladentro do ano, caso o valor combinado su-pere o limite de isenção, haverá a reten-ção na fonte.

Caso a primeira parcela já supere o li-mite, haverá retenção imediata. Quandodo pagamento da segunda parcela den-tro do ano, haverá uma nova retenção e,dependendo do valor, poderá haver alte-ração de faixa da tabela, fazendo-seajuste com relação ao valor pago na pri-

meira parcela.Qual o momento da tributação?A tributação ocorre no momento da

disponibilidade do valor. Caso a primeiraparcela seja inferior ao limite de isenção,ainda que o empregador “saiba” que o pró-ximo pagamento superará a faixa deisenção, não deverá haver retenção nafonte nesse momento, mas apenas no mo-mento do pagamento da segunda parce-la do ano.

O que pode ser deduzidono momento da tributação?

Apenas a dedução do valor de pensãoalimentícia descontada sobre estes valo-res. Por exemplo, se a PLR total de um tra-balhador for de R$ 7.000,00 (logo acimado limite de isenção), mas R$ 1.400,00(20%, por hipótese) forem descontadoscomo pensão alimentícia, o valor que elereceberá será de apenas R$ 5.600,00,abaixo do limite e isento. Não haverá re-tenção de imposto de renda.

Despesas médicas, de educaçãoe outras podem ser deduzidas?Não, pois estas despesas são acer-

tadas na declaração de ajuste anual e osvalores de PLR (apesar de serem infor-mados na declaração de ajuste, em cam-po próprio) não fazem parte da base decálculo do imposto de renda anual.

Tabela de Tributação Exclusiva na Fonte

Valor da PLR anual ( em R$) Alíquota Parcela a deduzir do IR (em R$)

de 0,00 a 6.000,00 0,0% -

de 6.000,01 a 9.000,00 7,5% 450,00

de 9.000,01 a 12.000,00 15% 1.125,00

de 12.000,01 a 15.000,00 22,5% 2.025,00

acima de 15.000,00 27,5% 2.775,00

Sindicato garante transporte gratuito paratransferido da Plataforma Operacional

AAdiretora de Relações Sindicais doBradesco, Eduara Cavalheiro,

garantiu transporte gratuito para to-dos os funcionários da PlataformaOperacional (desativada no últimodia 18, em Campinas) transferidospara Osasco. A garantia da diretora doBradesco, informada no último dia16, atende reivindicação do Sindicatoapresentada em reunião realizadano dia 6 de setembro passado, nasede. A parte da Plataforma transfe-rida entrou em operação na segunda-feira, dia 21, conforme a diretoraEduara havia informado na citadareunião. Naquele encontro ficou de-finido ainda que os funcionários quepermanecerem em Campinas serãorealocados em agências/unidades omais próximo de suas residências.

A reunião realizada no dia 6 de se-tembro aconteceu depois que os fun-

cionários da Plataforma Operacional,instalada no prédio da agência Cen-

tro em Campinas, paralisaram osserviços no dia 4 daquele mês, no pe-ríodo das 7h às 11h, para cobrar de-finição sobre o processo de desati-vação do setor. A paralisação, que se-ria de 24h, foi suspensa às 11h da-quele dia mediante compromisso dadiretora do Bradesco em discutir oproblema com o Sindicato.

AvaliaçãoPara o diretor do Sindicato, Lou-

rival Rodrigues, a mobilização dosfuncionários e a negociação com oBradesco evitou o fechamento depostos de trabalho. “Quem ficou serárealocado, quem aceitou a transfe-rência terá transporte gratuito. Em re-sumo, mantivemos abertos os postosde trabalho. O que é uma verdadei-ra conquista”.

Diretores do Sindicato em reunião com diretora de Relações Sindicais do Bra-desco, na sede, no dia 6 de setembro

Júlio César Costa

Page 4: º Sindicato assina acordo com Fenabansindicatocp.org.br/uploads/media/edi1393_23-10.pdf · 2013-10-23 · Sindicato assina acordo com Fenaban OOSindicato assinou no último dia 18

Ato público abre Semana de Conscientização sobreassédio moral no setor bancário, organizada pelo MPT

OOMinistério Público do Trabalho(15ª Região) e a Coordigualdade

(Coordenadoria Nacional de Promo-ção de Igualdade de Oportunidadese Eliminação da Discriminação noTrabalho) abriu a Semana de Cons-cientização sobre Assédio Moral noTrabalho, durante ato público reali-zado no Salão Vermelho da prefeitu-ra de Campinas, no último dia 21.Neste ano, a Semana de Conscienti-zação, que é um evento nacional,aborda o assédio moral no setor ban-cário. O ato em Campinas reuniu,dentre outros, representantes do Mi-nistério do Trabalho e Emprego(MTE), do Tribunal Regional do Tra-balho (TRT), da prefeitura, da CâmaraMunicipal, Febraban/Fenaban, dosBancos (BB, Caixa Federal, Santandere HSBC) e diretores do Sindicato.

A titular da Coordigualdade emCampinas, procuradora do TrabalhoRenata Coelho Vieira, durante a aber-tura do ato, apresentou a cartilha edi-tada pelo MPT, intitulada “Assédiomoral em estabelecimentos bancá-rios”, e citou pesquisa da Universi-dade de Brasília (UnB) que revela:diariamente um bancário tenta sui-cídio e, a cada 20 dias, um deles aca-ba por consumar o ato. O que dá di-mensão do que é o assédio moral den-tro das instituições financeiras. Emsua fala, o assessor de Relações Tra-balhistas da Febraban e integrante daComissão de Negociação da Fenaban,Nicolino Eugênio dos Santos Junior,tentou minimizar o resultado da pes-quisa da UnB ao dizer que a taxa está

dentro da estatística nacional de ca-sos de suicídios. Mas, o assessor daFebraban não apenas relativizou ograve problema apontado pela pes-quisa (19 suicídios por ano). Segun-do ele, a Febraban “estranhou” o fatodo MPT lançar uma cartilha sobre as-sédio moral no setor bancário sem“conversar” com o órgão institucionaldos Bancos. A procuradora RenataCoelho rebateu dizendo que o MPTpode editar a cartilha sem, necessa-riamente, consultar a Febraban e o ór-gão público assume toda a respon-sabilidade pelo conteúdo do citadodocumento.

Antes de tecer seus dois infelizescomentários, o assessor da Febrabanapresentou dados do programa dePrevenção de Conflitos no Ambien-te de Trabalho, conquista da catego-ria bancária na Campanha de 2010.Segundo ele, em 2011 foram apre-sentadas 137 denúncias de assédiomoral, seja em canais internos dosBancos ou pelos sindicatos via o ci-tado programa de Prevenção. Em2012, foram apresentadas 268 de-núncias. Apesar de apontar, de umano para o outro, que as denúnciasaumentaram 95%, o assessor Nicoli-no Eugênio frisou que não aconteceuo anunciado ‘boom’. Ainda segundoo assessor da Febraban, em 2012, 30%das denúncias foram consideras “pro-cedentes”.

Assédio moral adoece bancário,destaca Sindicato

O diretor de Saúde do Sindicato,Gustavo Frias, destacou em sua fala

que o assédio moral adoece o bancá-rio. De acordo com dados do INSS(Instituto Nacional do Seguro Social),em 2011 foram afastados do trabalho20.714 bancários; 26% por transtor-nos mentais. Em 2012, esse númerosaltou para 21.144 bancários; 25,7%por transtornos mentais. E, nos trêsprimeiros meses deste ano, foramafastados 4.387 bancários; 25,7% portranstornos mentais. “O mal psíqui-co é uma consequência direta dapressão, da cobrança por metas, in-variavelmente, abusivas”. Gustavofrisou que o assédio moral atinge cadavez mais os bancários e citou dadosde pesquisas elaboradas pela Contraf-CUT. Em 2004, 40% da categoriahavia vivenciado situação de assédiomoral; em 2011, o problema já atin-gia 66% dos bancários.

Quanto ao programa de Prevençãode Conflitos no Ambiente de Traba-lho, o diretor Gustavo informou que,desde a sua criação em 2010, o Sin-dicato apresentou seis denúncias deassédio moral (quatro mulheres edois homens). Todas foram conside-radas improcedentes pelos Bancos;quatro denúncias foram apresentadasapós demissões. “O programa é umaconquista e a cada ano, com luta, a ca-tegoria agrega mais uma cláusula decombate ao assédio moral. Em 2011,foi a proibição dos Bancos divulgaremrankings individuais de performancede desempenho. E, neste ano, a proi-bição de cobrança de cumprimentode resultados via torpedo, pelo gestor,no telefone particular do bancário; e

a redução do prazo para os Bancosapurar as denúncias encaminhadaspelos sindicatos através do programade Prevenção, que passou de 60 para45 dias”. Gustavo destacou aindaque o combate ao assédio avança acada Campanha. “Porém, é precisomais. É fundamental um instrumen-to que regule as metas, como o Pro-tocolo de Combate proposto peloSindicato durante a 15ª ConferênciaNacional dos Bancários”. O diretor deSaúde do Sindicato ressaltou queoutro avanço conquistado na Cam-panha deste ano foi a criação do gru-po de trabalho sobre adoecidos, quevai analisar as causas dos afasta-mentos do trabalho.

Estrutura organizacionaldo trabalho gera violência

Para o presidente do Sindicato,que participou da mesa de aberturado ato, o evento patrocinado peloMPT é muito importante, mostra en-gajamento de setores públicos naluta contra o assédio moral no tra-balho. “O nefasto assédio moral é umaconsequência da estrutura organiza-cional do trabalho. Nos setores com-petitivos, como é o bancário, a co-brança de metas é feito sob o impé-rio da ameaça; no limite, com aameaça de demissão. Como, então,enfrentar o problema? Que mecanis-mos têm o trabalhador? Para coibiressa violência no trabalho é neces-sária uma legislação que dê garantiade emprego ao trabalhador. Com a ga-rantia de emprego, a equação é pas-sível de ser solucionada”.

Presidente do Sindicato fala na abertura do ato no Salão Vermelho Diretor de Saúde do Sindicato aborda assédio moral nos Bancos

Piscina aberta até às 19hEm função do horário de Verão, a piscina do

Clube ficará aberta até às 19h, de terça-fei-ra a domingo; abre às 8h.

Clube Fechado: O Clube estará fechado noferiado de Finados, 2 de novembro.

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