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Infraestrutura Econômica no BrasilInfraestrutura Econômica no Brasil
-- Rodovias Brasileiras: Gargalos, Rodovias Brasileiras: Gargalos, Investimentos, Concessões e Investimentos, Concessões e PreocupaPreocupaçções com o Futuroões com o Futuro
Ricardo Pereira [email protected]
Carlos Campos [email protected]
Iansã Melo [email protected]
Alfredo Eric [email protected]
Brasília, 24 de maio de 2010
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SumSumááriorio
• Diagnóstico– Contextualização– Gargalos e demandas
• Interface com políticas públicas– Financiamento e investimento
• Concessões rodoviárias federais– Situação atual – Características dos contratos– Perspectivas e sugestões
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ObjetivoObjetivo• Apresentar as principais questões
econômicas e institucionais que têm envolvido o setor rodoviário brasileiro nos últimos anos, observando demanda reprimida, investimentos e concessões realizadas, além da apresentação de projeções e cenários para os próximos anos.
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JustificativaJustificativa• De acordo com a CNT, 61% das cargas
transportadas nacionalmente são deslocadas através das rodovias.
• O Brasil possui mais de 1,7 milhão de quilômetros de rodovias, das quais apenas 12% são pavimentadas.
• Capacidade operacional das rodovias concedidas ficam “congeladas” pelo prazo do contrato (25 anos)
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ContextualizaContextualizaççãoão• Em 1950, apenas 38% do transporte de cargas nacionais era
realizado por meio de rodovias. Em 1960, o modal já respondia por 60% da matriz nacional (BNDES, 2008)
• Entre 1960 e 1980, a malha rodoviária federal pavimentada passou de 8.675 km para 47.487 km. A partir de então cresceu lentamente, alcançando 56.097 km em 2000 (DNER, 2001). Atualmente são 61 mil km.
• Em 1974, parte dos recursos direcionados ao setor começou a contemplar outras prioridades. Com a Constituição Federal de 1988, foi proibida a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas predeterminadas. Desde então, a infraestrutura rodoviária depende quase exclusivamente de recursos ordinários da União.
• Em 1995, com a Lei das Concessões (Lei nº 8.987/1995), a captação de recursos da iniciativa privada para manter rodovias federais passa a ganhar importância e factibilidade.
• Em 2004, dá-se a promulgação da Lei nº 11.079/2004 (Lei das Parcerias Público-privadas)
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Mapeamento IPEA Mapeamento IPEA dede Obras RodoviObras Rodoviááriasrias
• R$ 183,5 bilhões• 3 categorias de gargalos
– Recuperação, Adequação e Duplicação– Construção e Pavimentação– Obras de Arte
• Além de R$ 5,75 bilhões em Manutenção de trechos (PPA) e R$ 14,65 bilhões em rodovias estaduais.
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Rodovias do Brasil Rodovias do Brasil –– gargalos e demandas 2008gargalos e demandas 2008
Fonte: Mapeamento Ipea de obras rodoviárias (2009). Elaboração: Ipea.
144,18
38,49
0,830,00
50,00
100,00
150,00
Recuperação,Adequação eDuplicação
Construção ePavimentação
Obras de Arte
R$
bilh
ões
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Custos da Precariedade na Infraestrutura Custos da Precariedade na Infraestrutura RodoviRodoviááriaria
• De acordo com a Pesquisa Rodoviária 2009 (CNT, 2009), o custo do transporte de carga por rodovias, no Brasil, é, em média, 28% mais caro do que seria caso as estradas apresentassem condições ideais de pavimento.
• Neste ranking a região mais prejudicada é a Norte –com aumento de 40,6% nos custos de frete –, seguida pela região Nordeste (33,1%), enquanto a menos afetada é a região Sul, que alcança o patamar de 19,3% de aumento nos custos de frete.
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• As concessões permitiram a entrada do setor privado no processo de investimento em infraestrutura rodoviária, permitindo o surgimento de linhas de financiamento privadas.
• Cide-Combustíveis (Emenda Constitucional n°33, Lei n° 10.336/01): tem sido utilizada para amortizar dívidas, pagar funcionários e custear a administração federal.
Financiamento e InvestimentosFinanciamento e Investimentos
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Fonte: Receita Federal, 2009 . Elaboração: Ipea.
ArrecadaArrecadaçção ão CIDECIDE--CombustCombustííveisveis
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
R$
milh
ões
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Fonte: Siga Brasil (Senado Federal, 1999-2008); BNDES (2009); e ANTT (2002-2008). Elaboração: Ipea.
ParticipaParticipaçção no PIB dos investimentos em ão no PIB dos investimentos em transportes e rodoviastransportes e rodovias
R$ 1,7 biR$ 1,8 bi
R$ 2,6 biR$ 5,1 bi R$ 5,3 bi
R$ 8,2 bi
R$ 13,2 bi R$ 15,1bi
R$ 24,7 bi
R$ 33,3 bi
R$ 1,1 bi R$ 1,1 bi R$ 1,5 bi
R$ 3,2 biR$ 3,1 bi
R$ 5,4 bi
R$ 9,0 bi
R$ 11,7 bi
R$ 19,5 bi
R$ 26,6 bi
0,0
0,3
0,6
0,9
1,2
1,5
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Perc
entu
al n
o PI
B
Transportes
Rodoviário
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EvoluEvoluçção do investimento rodovião do investimento rodoviáário prio púúblico e blico e privadoprivado
Fonte: Siga Brasil (Senado Federal, 1999-2008); BNDES (2009); e ANTT (2002-2008). Elaboração: Ipea.
0,00
4,00
8,00
12,00
16,00
20,00
24,00
28,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
R$
bilh
ões
Público Privado Total
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SituaSituaçção das rodovias pavimentadas ão das rodovias pavimentadas (Pesquisa CNT)(Pesquisa CNT)
24,045,031,089.5522009
33,140,826,187.5922007
40,231,828,081.9442005
Ruim/Péssimo(%)
Regular(%)
Ótimo/Bom(%)
KM AvaliadosAno
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Demandas identificadas Versus Investimentos Demandas identificadas Versus Investimentos do PACdo PAC
Fonte: Mapeamento Ipea de obras rodoviárias (2009); e PAC (2009). Elaboração: Ipea.
144,18
38,49
0,839,75 13,02
0,510,00
50,00
100,00
150,00
Recuperação, Adequaçãoe Duplicação
Construção ePavimentação
Obras de Arte
R$
bilh
ões
Demandas
Investimentos PAC
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Malha federal, demandas e os investimentos Malha federal, demandas e os investimentos do PAC do PAC -- por regiãopor região
Fonte: Mapeamento Ipea de Obras Rodoviárias; e Guia do Transportador Rodoviário de Cargas, 2000. Elaboração: Ipea.
44,76
36,45
45,27
19,6322,93
4,462,28
18,09
9,555,99
13,7210,58
4,164,327,86
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
Sudeste Sul Nordeste Norte Centro-Oeste
Demandas (R$ bilhão)
Extensão da malha federal (mil km)
Investimentos PAC (R$ bilhão)
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Programa de Concessões RodoviPrograma de Concessões Rodoviáárias no rias no BrasilBrasil
• O Brasil possui 9% de suas rodovias pavimentadas nas mãos da iniciativa privada, um percentual bem superior a média mundial que é de 2% (NTC, 2003).
• A Lei de Concessões brasileira não estabelece a obrigatoriedade do poder público (concedente) em manter trajetos ou vias alternativas livres de pedágio como condição prévia para a outorga de concessões.
• Ganha o direito de operar a rodovia quem oferecer a menor tarifa de pedágio. O contrato vale por 25 anos:– Primeiros seis meses: obras emergenciais e de recuperação da
via previstas no edital e construção das praças de pedágios. – Cumprida estas obrigações, elas passam a cobrar tarifas de
pedágio e executar as ações previstas no Programa de Exploração da Rodovia (PER)
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Contratos de ConcessãoContratos de Concessão
• Objetivos: recuperação, melhoramento, manutenção, conservação, operação e exploração da rodovia. (ampliação)
• Trabalhos iniciais (até o 6° mês);
• Recuperação (do 6° mês até o 5° ano); e
• Manutenção (até o final da concessão)
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Contratos de ConcessãoContratos de Concessão
• Determinação da tarifa inicial: Volume de investimento, grau de aversão a risco, fluxo de veículos, taxa real de juros e taxa de retorno.
• Reajuste e revisão.• Prazo dos contratos.
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SituaSituaçção atual: Concessão de rodovias ão atual: Concessão de rodovias federais e estaduais para a iniciativa privadafederais e estaduais para a iniciativa privada
Fonte: ABCR (2008), ANTT (2010), Concessionárias de rodovias (2010). Elaboração: IpeaNotas: 1) Inclui o polo rodoviário de Pelotas (623,4 km), que foi concedido à iniciativa privada pelo Rio Grande do Sul e alguns anos depois transferido para o governo federal.2) Inclui os estados do Espírito Santo, da Bahia e de Pernambuco.
Concedente Concessões Pista Simples (km)
Pista Dupla (km) Total (km)
Governo Federal* 13 2.686,6 2.076,4 4.763,0São Paulo 17 1.332,0 3.597,0 4.929,0Paraná 6 1.915,1 628,6 2.543,7Rio Grande do Sul 8 1.711,3 17,6 1.728,9Rio de Janeiro 3 140,3 85,0 225,3Minas Gerais 1 371,4 0,0 398,4Outros ** 3 188,4 103,3 291,7TOTAL 51 8.345,1 6.507,9 14.853,0
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Demandas e InvestimentosDemandas e Investimentos
• Mapeamento Ipea de Obras Rodoviárias: Necessidade de mais de R$ 180 bilhões em obras de Recuperação, adequação e duplicação (R$ 144,18 bilhões); Construção e pavimentação (R$ 38,49 bilhões); e Obras de arte (R$ 830 milhões).
• O PAC cobre aproximadamente 13% das demandas identificadas, e apenas 7% no que se refere à recuperação, adequação e duplicação das vias.
• Depois do abandono sofrido com o fim das fontes de recursos na década de 1980, e com o início das concessões, em meados dos anos 1990, voltaram a fluir recursos, tanto privados quanto públicos, para atender às necessidades rodoviárias.
• Houve um crescimento dos investimentos públicos federais, que subiram 290% entre 1999 e 2008, com um pico de 530% de aumento em 2007.
• Apesar de seu crescimento, os investimentos em 2008 mal chegaram a 1% do PIB
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Previsões de InvestimentoPrevisões de Investimento
Valor(R$ bilhões)
PAC 1 23,3 2007-2010PAC 2 50,4 2011-2014PNLT 2009 69,7 2009-2023Mapeamento BNDES 33 2010-2013Mapemaneto Ipea 183,5 Demandas atuais
Discriminação Período previsto
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Concessões RodoviConcessões Rodoviáárias no Brasil rias no Brasil
• A experiência brasileira difere da internacional por ser um programa de transferência de ativos do setor público para o privado, não de criação de ativos.
• No curto prazo, o programa de concessão brasileiro deve apresentar uma resposta positiva, na medida em que a rodovia em bom estado operacional atenderá à demanda de transporte.
• Uma vez concedida, a rodovia recuperará sua condição operacional, mas a sua estrutura em termos de capacidade, basicamente, não se alterará pelo prazo da concessão (em geral 25 anos).
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Concessões RodoviConcessões Rodoviáárias no Brasilrias no Brasil
Problemas contratuais identificados (regulação):
• Mantém inalterada a estrutura das rodovias concedidas;
• Excede nas garantias ao concessionário;• Eleva a tarifa inicial de pedágio.
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Concessões RodoviConcessões Rodoviáárias no Brasilrias no Brasil
• Dado o crescimento econômico faz-se necessária a realização de ampliações e duplicações das estradas.
• É preciso aperfeiçoar o modelo de concessão de rodovias adotado pelo governo federal para atender ao aumento da demanda.
• Sugestão: alteração do critério de escolha do vencedor da licitação, substituindo-o pelo do menor valor presente das receitas (modelo chileno). Ganha a licitação o proponente que oferta o menor valor financeiro para cumprir todas as obrigações contratuais previstas no edital.
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Concessões RodoviConcessões Rodoviáárias no Brasilrias no Brasil
Vantagens do modelo proposto:• Crescimento da demanda é captado por
meio do crescimento da receita tarifária;• Elimina o risco de demanda que
atualmente é assumido pela concessionária;
• Simplifica a administração dos contratos e diminui questionamentos.