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PROGRAMA III ENCONTRO OLA

A OLA - Orquestra Juvenil Luso-Alemã é um projecto internacional com organização em Portugal da Associação Artística Portus Cale e na Alemanha, da Orchester-Akademie Dorfen, com a produção da Questão Essencial. É um projecto anual, entre os dois países: Agosto 2016 em Portugal, Agosto de 2017 na Alemanha e este ano novamente em Portugal. Pretende-se promover e incentivar a cooperação e intercâmbio musical, cultural e linguístico potenciando as competências artísticas dos seus participantes. Neste sentido, o contacto com a natureza, o bem-estar, equilíbrio, e lazer associadas à troca de experiências culturais e à promoção e qualificação de jovens músicos, coloca-os em contacto privilegiado com formadores, jovens e entidades de outros países. O III Encontro da OLA tem por objetivo sensibilizar e familiarizar os participantes para os diversos estilos musicais, optimizar o trabalho em grupo, a inter-ajuda e o respeito pelo próximo, tendo os participantes a oportunidade de trabalhar durante dez dias, o repertório de orquestra, com a orientação de coordenadores de naipe internacionais sob a direção de um maestro convidado.O culminar destes 10 dias de estágio dá origem a este concerto. Stefan Unterhuber Natural de Eggenfelden na baixa Baviera (Alemanha), Stefan Unterhuber tirou o curso de licenciatura em música na Escola Superior de Música de Munique. Depois de licenciado, seguiu o curso superior em piano com especialização em pedagogia na Universidade Mozarteum em Salzburgo (Aústria) com o Prof. Catedrático Klaus Kaufmann. Foi diplomado com a condecoração “Master of Arts”. Atuou como solista em piano durante muitos anos e leccionou no Conservatório Municipal de Eggenfelden. Muitos dos seus alunos receberam prémios em concursos. Fez parte do júri de concursos de música. Desde 2013 é também professor e rege a Orquestra no liceu Ignaz-Günther em Rosenheim (Baviera/Alemanha). Como sucessor do maestro Klaus Kaufmann, assumiu a direcção artística como maestro da Orquestra de Câmara de Wasserburg (Baviera/Alemanha). Víctor Arriola Violinista espanhol de origem peruana, começou os seus estudos de violino sob a direcção de seu pai, ingressando, posteriormente, no Conservatório Nacional de Lima. Em 1978, mudou-se para o México para estudar com Don. Enrique EspínYépez. Em 1982, viaja para Espanha, onde estuda com Víctor Bercovich. Desde 1994 que vai alargando os seus conhecimentos com Ruggiero Ricci, en Salzburg. Participou em várias master-classes, nomeadamente com os Solistas da Filarmónica de Berlim; Vladimir Ovcharek, Decano do Conservatório de San Petersburgo, em Portugal e Ruggiero Ricci. Fez parte da Orquesta de Cámara Amigos de la Música, Lima (1975-78); Orquesta Filarmónica de las Américas, México D.F. (1978); Orquesta Sinfónica del Estado de Méjico, Toluca (1978-82); Orquesta Mejicana de la Juventud, México D.F. (como concertino convidado, 1980-81); Orquesta Sinfónica de Madrid (1982-1998). A sua actividade musical, no âmbito da música de câmara, é muito vasta. Colaborou com a Orquesta de Cámara Reina Sofía, sob a direcção de Nicolás Chumachenco. Tocou como solista no Perú, Argentina, México e Espanha, sob a direcção de maestros como Jean-Jacques Kantorow, Carlos Kalmar, Hans Jörg Schellenberger, Leo Brouwer, Humberto Carfi, etc. Colaborou na estreia da ópera “De Amore", de Mauricio Sotelo, no Teatro de la Zarzuela de Madrid (1999). Em 2006, participou na gravação da música de câmara de Rodolfo Halffter para a produtora Naxos. Gravou o “Capricho” para solo de violino e a “Pastoral”, com o pianista José Segovia. Em Maio de 2015 colaborou com a Orquesta Sinfónica de Navarra, sob a direcção do maestro Cristóbal Soler, na produção do Teatro de La Zarzuela, "El Dominó Azúl”, de Arrieta. Desde 1998, é concertino por oposición da Orquesta de la Comunidad de Madrid, (ORCAM).

Bruno Vidal Moreno Fez os seus estudos de violino com Brunilda Gianneo e Víctor Martín obtendo o título de Professor Superior de Violino no Conservatório Real de Música de Madri. Realizou estudos intensivos na Madison-Wisconsin University, com o professor Vartan Manoogian. Mais tarde, continuou os seus estudos com Peter Winogrand e Mittchell Stern na Manhattan School of Music, em Nova York, obtendo o Master of Music. Mais tarde, completou os seus estudos de violinista com Mari Tampere-Bezrodny. Foi premiado com uma bolsa de estudos pela Comissão Fullbright e pelo Ministério da Educação e Cultura. Atuou como solista na Orquesta de Chamartín, Orquestra de Câmara de L'Ampurdan, Orquestra de Câmara Villa de Madrid, Orquestra Filarmónica, etc.Tem sido "concertino" com a Orquestra de Câmara de Madrid Villa, Santa Cecilia, Orquestra Clássica de Madrid, Orquestra de Câmara de Madison-Wisconsin University, Manhattan, Escola Symphony Orchestra, Orquestra Sinfônica de Chamartin, etc. Foi um dos membros fundadores do quarteto de cordas "Dubhe", com o qual ele realizou a integral dos quartetos de Beethoven. Marjorie Danzer Nasceu em 1962 em São Paulo, Brasil. Iniciou os seus estudos de violino aos 7 anos com Altea Alimonda, passando depois a ser aluna de Charlotte Pfister-Benda. A sua atividade como professora começou aos 15 anos de idade, com crianças. Foi chefe de Naipe e Concertino substituto em diversas orquestras em São Paulo, como a Orquestra Sinfónica Jovem da cidade de São Paulo, a Orquestra Sinfónica Juvenil do Estado de São Paulo e a Orquestra de Câmara de São Paulo. Recebeu o 2° prémio de Música de Câmara no Concurso Internacional de Brasília, Brasil (quarteto de cordas) Estudou ainda em nível superior de violino e viola, em São Paulo, com Prof. Uwe Kleber e passou a viver em Lisboa em 1988.Frequentou o curso com Anatolij Bazenov e ganhou 1° prémio no concurso da Juventude Musical Portuguesa, em Lisboa (também quarteto de cordas). Participou ainda em diversas atividades musicais, como concertos e apresentações em escolas no concelho de Loures e, em 1993, passou a ser membro da Orquestra Sinfónica Portuguesa no naipe das violas.Em 1995 mudou-se para Dorfen, uma pequena cidade nos arredores de Munique, onde trabalha como freelancer em diversas orquestras, como a Orquestra da Rádio de Munique, a Orquestra Sinfónica de Munique, Johann-Strauss-Ensemble, entre outra. Foi fundadora da Associação “Orchester-Akademie Dorfen”, em 2015, e da Orquestra juvenil desta associação desde 2001. Atualmente, continua a exercer a sua actividade na “Orchester-Akademie Dorfen” como professora de violino e viola e enquanto Maestrina da Orquestra de Crianças e Jovens. Monica Mühleise Nascida em São Paulo, Brasil, em 1954, iniciou o estudo de violoncelo com Calixto Corazza, em 1963. Tocou em diversos grupos de música de câmara e em orquestras de jovens, tendo conquistado o 1° Prémio em violoncelo solo no concurso do Estado de São Paulo, em Piracicaba, no ano de 1971. Dois anos depois, voltaria a conquistar o 1º Prémio em violoncelo solo no concurso brasileiro, em Piracicaba.Entre 1973 e 1976 foi membro fixo da Orquestra Sinfónica do estado de São Paulo e frequentou a Escola Superior de Música em Detmold, Alemanha, sendo aluna de I. Güdel e Márcio Carneiro, concluindo para professora de música em conservatório, como também para professora independente (bacharelato)Entre 1997 e 1999 frequentou o Mestrado em violoncelo em Münster, Alemanha, como aluna de F. Lenz. Em 2001 concluiu o curso para ensino de instrumentos de arco em grupo (método Rolland), para ensino em classes de aula na escola.Desde 1981 é professora de violoncelo em diferentes conservatórios (Herford, Detmold, Lage, Pyrmont/Alemanha) e leciona violoncelo individualmente e em grupos, tanto crianças e jovens a partir dos 5 anos, como também adultos.Além do ensino, toca em diversas formações de música de Câmara, trio e quarteto até Orquestra Sinfónica, como também a solo.Participa como formadora no projeto anual da Academia de Orquestra de Crianças e Jovens de Dorfen (OAD Orchester-Akademie Dorfen).

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Programa

1ª Parte: A.Vivaldi :Concerto para orquestra de cordas “alla rustica” RV 151 A.Vivaldi : Concerto grosso op 3 nr 11 J.Brahms : Ung.Tanz nr 5 L.Boccherini : Minueto E.Nazareth : Brejeiro – Maxixe (Tango brasileiro) Intervalo 2ª Parte: Elvira Archer : 150 Anos do Aniversário de Vianna da Motta Vianna da Motta : Improviso número 2 dos 3 improvisos H.Purcell : Excertos das Suite “The Fairy Queen” (n°s 1, 2, 3 e 4) P.Warlock : Capriol Suite para cordas Gardel : Por una cabeza - Tango K.Jenkins : Concerto Grosso 1°andamento - Palladio

JOSÉ VIANNA DA MOTTA, um detentor ilustre da cultura europeia de espírito universalista, um dos músicos internacionais mais conceituados do seu tempo, um pianista virtuose português genial, senão o mais genial, e o nome português mais europeu durante algumas décadas, nasceu na ex-colónia portuguesa de São Tomé e Príncipe no dia 22 de Abril de 1868. Comemora-se este ano uma dupla efeméride: os 150 anos do seu nascimento e os 70 da sua morte a 1 de Junho de 1948. Trazido por seus pais com ca. de 18 meses para Colares , concelho de Sintra, deu aqui os primeiros sinais do seu talento musical. Apresentado com seis anos ao rei alemão D. Fernando II e a sua segunda esposa, a Condessa de Edla, conseguiu destes mecenas o apoio financeiro para logo ingressar no Conservatório Real de Lisboa e, com catorze anos, ir frequentar o Conservatório Scharwenka em Berlim, onde viveu ca. de 32. Foi admitido no curso de piano de verão dado por Liszt em 1885 e em 1887 tornou-se aluno dileto de Hans von Bülow no curso de Maio, em Frankfurt am Main. Relacionou-se e actuou com altas personalidades artísticas de grande renome como Ferruccio Busoni, de quem foi amigo e colaborador. Frequentador de Bayreuth, era convidado de Cosima Wagner e escrevia sobre os Festivais para a revista Bayreuther Blätter. Este pianista português que também foi compositor, maestro, pedagogo e musicógrafo, foi, a partir de 1919, o grande reformador dos métodos de ensino do Conservatório de Lisboa e o importador da cultura musical alemã, fomentando a prática de obras de compositores considerados universais, como Bach, Beethoven e Liszt em que era mestre. No âmbito da música de concerto, José Vianna da Motta teve o objectivo bem definido e bem consciente de criar no seu país música culta de carácter nacional, pelo que ficou classificado de pioneiro nesse sector. Refira-se a sua Sinfonia À Pátria, as suas peças para piano, o seu Quarteto de cordas em sol maior e as suas seis primeiras Canções Portuguesas, elevadas ao nível da canção culta de câmara do centro da Europa ou ele não tivesse musicado poemas de poetas de língua alemã, como demonstram os seus 25 Lieder. Sobretudo nestas composições é patente o interessante fenómeno de uma síntese latino-germânica, a simbiose que ele protagoniza e lhe abre as portas ao mundo.

Elvira Archer P.S. -Segundo informação directa da família, Vianna da Motta fazia questão de conservar ortograficamente os seus apelidos com os dois n e os dois t de Vianna e de Motta.

150 ANOS DO NASCIMENTO DE JOSÉ VIANNA DA MOTTA

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Duncan Fox Duncan Fox começou a estudar piano aos 8 anos e aos 11 iniciou-se no contrabaixo, graças ao desafio lançado por um professor de música que na altura procurava um contrabaixista para a orquestra da sua escola. Foi o início de um fascínio pelo instrumento que o levaria a estudar, primeiramente, na Junior School da Royal Academy of Music de Londres com Emanuel Schulman e, mais tarde, na Royal Northern College of Music com Duncan McTier. O piano acompanhou-o ao longo de todo o seu percurso académico e nos seus anos em Manchester estudou ainda viola da gamba com Richard Boothby. Foi durante este período que lhe foi atribuído o prémio de contrabaixo Eugene Cruft. Também aqui participou em várias masterclasses com Todor Tochev e Frantisek Posta e iniciou a sua colaboração com algumas orquestras locais, como a Manchester Camerata e o Goldberg Ensemble.Em 1993, pouco depois de ter terminado os seus estudos, veio para Portugal para integrar a então recém-formada Orquestra Sinfónica Portuguesa.Para além do trabalho em orquestra, toca regularmente com vários agrupamentos de câmara, conseguindo abranger uma diversidade de estilos musicais que vão desde a música Renascentista tocada em instrumentos da época até à interpretação de arranjos de sua própria autoria de música ligeira. Encomendou e interpretou várias obras para contrabaixo solo de compositores contemporâneos, incluindo o Concerto para Contrabaixo e Orquestra "The Morning Star", de Ivan Moody, que apresentou em Maio de 2009 com a Orquestra Sinfónica Portuguesa. É membro da Contr'Orquestra, Concerto Atlântico, De Profundis, Ensemble D. João V, O Trio Pedro Caldeira Cabral, Sete Lágrimas e Concerto Campestre, tendo com os mesmos participado em várias gravações discográficas, transmissões radiofónicas e actuações por toda a Europa, além de locais mais distantes como Japão, Rússia e África de Norte. Elvira Archer Elvira Archer, cantora internacional natural do Porto, tirou os cursos de canto e de piano nos Conservatórios de Música do Porto e Nacional de Lisboa e diplomou-se em canto na Escola Superior de Música e Arte Dramática de Viena d’Áustria como bolseira do Ministério da Educação e Cultura de Portugal. A sua carreira levou-a a diversos continentes, quer como cantora de ópera e de opereta em palcos líricos de norte a sul da Alemanha e, em Portugal, no Teatro Nacional de São Carlos. No âmbito da música de concerto, a sua versatilidade proporcionou-lhe cantar um leque de diversos estilos e épocas, da Música Medieval à Contemporânea. Nos seus recitais pela Europa, África e Brasil teve sempre a preocupação de divulgar nos seus programas a Canção Culta de Câmara de compositores portugueses. Leccionou canto na Universidade de Augsburg, na Alemanha. A ela se deve o ressurgimento da obra de Lied de JOSÉ VIANNA DA MOTTA que difundiu em Portugal e no estrangeiro, quer em concerto, quer em gravações na Rádio, Televisão e em CD.É autora da primeira edição completa das Canções para voz e piano de José Vianna da Motta, traduziu para a Editorial Caminho o livro “Vianna da Motta – Ferruccio Busoni – Correspondência” e para a Biblioteca Nacional de Portugal “José Vianna da Motta – Diários”. Tem escrito para programas musicais e publicado diversos artigos em revistas e jornais nacionais, como no JL (Jornal de letras, artes e ideias), e feito diversas conferências em universidades e conservatórios do país para a divulgação actual deste compositor. De há anos que se dedica à procura das suas obras modernamente ignoradas, tendo conseguido resgatar número significativo. É curadora da secção musical da FME, Fundação Marion Ehrhardt, sediada em Coimbra, a qual aqui hoje também representa.

Maestro – Stefan Unterhuber

Primeiros Violinos Segundos Violinos Anna Kellner Daniel Barros Joana Vidal David Lima Johanna Barmetler Emilia Lier Laura-Sophie Reitberger Gabriela Correia Pedro Mesquita Greta Bagusch Victor Arriola Johanna Bertold José Manuel de Sousa Leopold Bauer Rona Schüler Bruno Vidal Violas de arco Ester Lopes Violoncelos Amélie Weigt Elisabeth Scheffler Maximilian Barmetler Marjorie Danzer Jana Schüler Hannah Huge Contrabaixo Josephine Schertler André Barros Carlos Barreto Monica Mühleise Duncan Fox