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Í N D I C E PÁGINA

1. Relatório de Gestão ……………….…………………………………….……..... 32. Relatório de Risco ………………….....……………………………………….... 303. Demonstrações Financeiras e Notas Anexas …...……………………………….. 454. Certificação Legal de Contas …...……………………………………………..... 161

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- Tradução do Alemão -

RELATÓRIO DE GESTÃOACTIVIDADE ECONÓMICA GERAL E ESTRATÉGIA

AMBIENTE DE MERCADO

No decorrer do ano de 2010, a economia mundial recuperou de uma recessão, em alguns casos bastante severa. O desenvolvimento económico apresentou uma dinâmica muito diversa de país para país, tendo sido acompanhado de consideráveis incertezas.

Na Europa, a Alemanha assumiu o papel de motor de crescimento em 2010, tendo surpreendido os mercados com uma recuperação extraordinariamente dinâmica, impulsionada por investimentos e pelas exportações, sobretudo para o Extremo Oriente. As elevadas quotas de crescimento foram responsáveis por uma evolução comparativamente favorável no mercado de trabalho – entretanto, o emprego até já ultrapassou o nível anterior à crise.

A tendência de evolução foi consideravelmente mais fraca no resto da Europa, sobretudo nos Estados periféricos especialmente acometidos pela crise da dívida, onde a correcção nos mercados de habitação, a incerteza nas famílias e os efeitos dos pacotes de redução de custos – que sucederam às medidas de apoio introduzidas durante a recessão – influenciam negativamente o consumo e o crescimento económico em geral. Daí que não seja ainda visível uma recuperação clara nos mercados de trabalho desses países.

Após um arranque em força para o ano de 2010, as preocupações quanto ao crescimento e também os receios de voltar a entrar em recessão aumentaram durante o ano nos EUA. O crescimento manteve-se intacto, ainda que a um nível baixo, devendo acelerar no corrente ano com o apoio de programas estatais, o que irá contribuir para uma viragem da tendência no mercado de trabalho. Contudo, o processo de recuperação irá arrastar-se por muito tempo.

A par das preocupações de crescimento gerais, a crise da dívida Euro constituiu igualmente uma forte preocupação dos mercados financeiros, tendo feito despoletar diversas ondas de grande incerteza e exigido uma intervenção activa do governo. Neste ambiente, os bancos centrais prosseguiram com a sua política de expansão e apoio. Com uma inflação comparativamente muito baixa, o juro básico manteve-se estável a um nível extremamente baixo, garantindo condições de juro favoráveis, que apoiaram os mercados imobiliários.

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COMMERCIAL REAL ESTATE

Apesar da recuperação e da economia a nível geral, a maior parte dos mercados imobiliários atingiu os níveis mais baixos em 2010. Entre os nossos mercados estratégicos, os EUA e a Espanha seguem o ciclo – ambos os países sofrem de forma muito marcada os exageros económicos do passado recente, vendo-se ainda confrontados com preços de imobiliário regressivos.

Ao longo do ano, as actividades nos mercados de investimento apresentaram uma tendência crescente, ainda que se mantenha a um nível baixo. O aumento nas vendas é atribuído à elevada procura de imóveis de topo – os chamados »Core-Assets« – nos mercados com liquidez Commercial Real Estate (CRE). Esta classe de imóveis apresentou uma subida dos preços e, por conseguinte, uma regressão nos rendimentos. Fora do segmento de topo pode, contudo, observar-se uma estabilização da situação de mercado, em especial devido ao facto de o capital externo continuar a ser um bem escasso.

Nos mercados de escritórios, a procura ganhou vida, ainda que timidamente. Tratando-se, essencialmente, de arrendamentos de substituição, consolidação das superfícies e mudança para edifícios de qualidade superior, a absorção das superfícies é, até à data, demasiadamente fraca para reduzir materialmente os espaços devolutos. A actividade da construção de novos edifícios – em regressão na sequência da crise financeira – limitou a oferta de superfícies de topo adicionais, favorecendo assim a subida das rendas de topo em alguns locais, tais como Londres ou Moscovo.

O comércio a retalho beneficiou da recuperação da economia global. A maior parte dos mercados estratégicos do Eurohypo apresentaram vendas a retalho crescentes ou, no mínimo, estáveis. Todavia, ainda se reflectem os efeitos positivos dos programas conjunturais decididos durante a recessão. Quanto maior for o efeito exercido pelos pacotes de poupança daí decorrente, maior será o efeito também sobre o consumo e o mercado a retalho. É provável que os países com medidas de austeridade rígidas as sintam como obstáculo a uma recuperação no mercado imobiliário.

PUBLIC FINANCE

No financiamento ao sector público (Public Finance), o ano de 2010 voltou a ser um desafio. Ainda que a conjuntura económica na Alemanha e, por conseguinte, o orçamento público superasse positivamente os resultados esperados, esta foi a excepção na Europa. Nos países de maior significado na UE, o impacto da crise financeira nas políticas orçamentais ainda não está completamente visível. A solvabilidade de muitos países continua a ser alvo de observação. Perante este panorama, o programa de compra de dívida iniciado pelo Banco Central Europeu e a European Financial Stability Facility (EFSF) trouxeram uma acalmia temporária da situação nos mercados. Todavia, é evidente que as medidas de auxílio não constituem, por si só, uma solução para os problemas existentes. Também nos EUA o panorama é misto, apresentando-se,

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como anteriormente, em depressão, pelo que deve contar-se com uma volatilidade elevada dos mercados monetários e de capitais nos próximos tempos.

FUNDING

O programa de aquisição por parte do Banco Central Europeu (BCE), com um volume visado de cerca de 60 milhares de milhão de € e um prazo de um ano, cujo vencimento já no final de Junho de 2010 animou e apoiou consideravelmente o mercado das cédulas hipotecárias numa fase difícil de mercado. No ano em apreciação, o volume de novas emissões de cédulas hipotecárias Jumbo apresentou uma subida de 9%, para cerca de 26 milhares de milhão de €. Com um volume de circulação de 639,8 milhares de milhão de €, a cédula hipotecária continua a ter um papel importante no mercado Covered Bond. As dívidas elevadas do sector público de alguns países periféricos do Euro dificultaram, contudo, as condições de mercado, tendo sido responsáveis por incertezas no mercado de capitais. No ano de 2010, o volume de emissões dos emitentes alemães de cédulas hipotecárias situou-se, com 87,0 milhares de milhão de € (110,4 milhares de milhão de €) cerca de 21% abaixo do nível do ano anterior.

EXIT MANAGEMENT

Após uma ligeira recuperação no primeiro trimestre de 2010, também influenciado positivamente pela realização de transacções do ano anterior, investidores apresentaram um comportamento reservado no resto do ano relativamente a transacções de grande volume. À semelhança do ano anterior, a maioria do escasso número de transacções foi realizada no âmbito de Club-Deals e de Arrangements. Devido à ainda reduzida liquidez no mercado de sindicação, as colocações processaram-se de forma oportunista. Tal como anteriormente, muitos bancos estavam preocupados com a definição da estratégia, bem como com a organização estrutural, faltando assim consistência no mercado de sindicação.

Não obstante os primeiros indícios de uma recuperação no mercado europeu de securitização ABS e algumas primeiras transacções CMBS nos EUA, não se verificaram, à excepção de poucas transacções Credit-Tenant-Lease, quaisquer colocações iniciais de transacções CMBS na Europa. Diversas medidas para o apoio de titularizações de um modo geral, mas também CMBS em particular – p. ex. a retenção do emitente ou a fixação de características de qualidade –, carecem ainda de tempo para desenvolver os seus efeitos junto dos investidores.

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ESTRATÉGIA COMERCIAL

O Eurohypo é um dos financiadores de maior importância no mercado imobiliário na Alemanha, bem como em mercados estratégicos internacionais, gerindo ainda uma extensa carteira Public Finance, constituindo parte da sua estratégia a redução da carteira em função do risco, tentando manter o seu valor.

A remodelação do nosso modelo de negócio concretizou-se no ano anterior: num curto espaço de tempo, o Eurohypo centrou-se em soluções individuais a nível do financiamento imobiliário comercial em dez mercados estratégicos. A concentração nestes países veio reforçar ainda mais a nossa posição de mercado. Esta tendência é confirmada pela renovada atribuição da distinção da Euromoney como »Best Global Commercial Bank in Real Estate«, baseada na avaliação dos clientes inquiridos. O título »Europe Debt Provider of the Year«, conferido ao Eurohypo no âmbito do »Global Pere Awards 2010«, sublinha também a nossa reputação no seio do mercado imobiliário.

Com a continuação da redução da carteira e do aumento da eficácia dos nossos processos comerciais, diminuímos o teor de risco e a complexidade do nosso modelo de negócio. O nosso objectivo supremo é conseguir que o Banco volte a ter uma rentabilidade sustentável, reforçando de forma igualmente sustentável as suas capacidades no mercado de capitais. As instruções da Comissão da UE ao Commerzbank, no sentido da venda do Eurohypo até ao final do ano de 2014, dão ao Eurohypo espaço de manobra suficiente para a concretização de objectivos estratégicos.

NOVOS CAMINHOS NO FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO COMERCIAL

No financiamento imobiliário de activos comerciais (CRE), mantemos a presença em mercados nos quais, a longo prazo, conseguimos obter receitas adequadas ao risco. Os nossos dez mercados visados são Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Polónia, Portugal, Rússia, Espanha, Turquia e EUA. Trata-se de mercados bem estabelecidos e de grande dimensão, nos quais o Eurohypo está activo há já longos anos, ou de mercados em expansão, que oferecem ao Banco possibilidades de negócio atractivas a longo prazo.

No difícil meio dos mercados imobiliários e financeiros, o Eurohypo foi um participante activo, que conseguiu aumentar consideravelmente o seu volume de novas operações em 5 milhares de milhão de € face ao ano anterior, tendo simultaneamente obtido boas margens. As transacções dividiram-se igualmente entre o país e o estrangeiro. As novas operações na Grã-Bretanha desenvolveram-se de forma gratificante, recaindo sobre o Reino Unido quase metade das operações no estrangeiro. O Banco prolongou ainda créditos em curso, no montante de 6,3 milhares de milhão de €, tendo disponibilizado, no total, cerca de 12 milhares de milhão de € para o sector imobiliário. O objectivo para o ano de 2011 é continuar a tirar partido da sua boa posição de mercado nos mercados núcleo estratégicos, para aí efectuar um volume de novas

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operações comparável ao do ano anterior. Além do mais, o portfolio apresenta oportunidades para a obtenção de rendimentos atractivos nas operações de prolongação.

Em contrapartida, e já nos últimos dois anos, o Eurohypo retirou-se de 15 mercados de reestruturação no estrangeiro, em parte com rapidez superior ao planeado. Desta forma, o Banco encontra-se mais perto do seu objectivo de se retirar de cerca de 20 mercados em todo o mundo, até ao final de 2014. O Banco continua também a reduzir a sua carteira de acordo com o planeado – o volume de portfolios baixou no ano em apreciação em mais 3,2 milhares de milhão de €, para 72,1 milhares de milhão de €. O objectivo é reduzir a carteira CRE para menos de 60 milhares de milhão de € até ao final do ano de 2012.

Com uma maior eficácia na prestação de serviços e na sua organização, bem como com a reorganização dos seus processos, o Eurohypo orientou o seu modelo de negócio para uma rentabilidade sustentável. Nas novas operações, concentramo-nos em empréstimos capazes de servir de montante de cobertura, enquanto na redução do portfolio nos concentramos na redução desproporcionada das partes de carteira sem cobertura. O escalão inferior para financiamentos em novas operações com novos clientes na Alemanha situa-se nos 10 milhões de €, no estrangeiro em 20 milhões de €. O banco introduziu também limites mais conservadores para as suas operações de financiamento imobiliário, no intuito de minimizar os riscos. Porém, na sequência de exaustivos exames sobre a sua solvabilidade e sobre a adequação das respectivas garantias, o Eurohypo disponibiliza underwritings mais extensos na ordem mais elevada de dois e três dígitos de milhão de Euros.

No ano de 2010, continuámos a adaptar a estrutura organizacional do Banco e da sua gestão ao modelo de negócios já em vigor. Neste contexto e de acordo com o planeado, prosseguimos com a redução de pessoal no país e no estrangeiro.

EXIT MANAGEMENT

Num conjuntura de desafios permanentes, o Eurohypo conseguiu reforçar a sua boa posição no mercado das sindicações mediante colocações selectivas. Neste ponto, o Banco concentrou-se na angariação de novas operações, bem como na gestão dos financiamentos sindicados existentes. No ano de 2010, o Banco colocou no mercado, com êxito, sindicações no montante de 891 milhões de €. Uma vez que o banco pretende continuar a estabilizar a sua situação de liquidez e de funding, os instrumentos de sindicação têm um papel importante no futuro. No mercado da securitização, o ponto de focagem do Eurohypo situou-se na gestão das transacções existentes.

NOVAS ORIENTAÇÕES NA ÁREA PUBLIC FINANCE

O Eurohypo progrediu favoravelmente no cumprimento das imposições da Comissão Europeia (EU) no sentido da redução da carteira no financiamento ao sector público no Grupo

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Commerzbank, para menos de 100 milhares de milhão de € até ao final de 2012. Em 31 de Dezembro de 2010, o volume da carteira era de 110,6 milhares de milhão de €, após 129,1 milhares de milhão de € no ano anterior.

Contudo, os custos de capitais próprios e os custos de funding significativamente mais elevados – e, sobretudo, a limitada liquidez disponível no mercado para títulos bancários sem garantia e sem cobertura – alteraram profundamente o conceito deste negócio. A crise da dívida de alguns Estados europeus, os mercados financeiros voláteis e as elevadas exigências reguladoras que se previam quanto aos capitais próprios (p. ex. Basileia III) dificultam também as actividades neste sector, o que significa que no sector Public Finance já não estamos activos em novas operações, salvo naquelas para gestão do montante de cobertura ou com base em obrigações contratuais.

Não foi apenas devido a estas novas condições que a continuação do financiamento activo ao sector público se tornou quase impossível. Com base numa grande quota de operações on-balance-sheet, não conseguimos gerar o Return on Equity requerido para um modelo de negócio sustentável, sendo ainda que, no actual panorama de mercado, o elevado volume da carteira do Eurohypo torna mais difícil o cumprimento do estipulado pela Comissão da EU, para que o Grupo Commerzbank venda o Eurohypo. Por estas razões e no ano em apreciação, o Eurohypo decidiu não prosseguir com as operações de financiamento ao sector público.

No centro das novas orientações do sector Public Finance, encontra-se uma estratégia de escoamento passivo, orientado em função do risco, da nossa carteira de financiamento ao sector público ao longo de todo o seu prazo, o que engloba igualmente as actividades da nossa filiada luxemburguesa EUROHYPO Europäische Hypothekenbank S.A.. Em algumas fases, o financiamento Repo terá um papel mais importante no funding dos portfolios Public Finance, o que irá influenciar negativamente a emissão de cédulas hipotecárias do sector público. De um modo geral, iremos manter e gerir todas as posições até à data de vencimento. Manter-nos-emos fiéis à nossa estratégia de uma redução estritamente orientada em função do risco e tentando manter o seu valor, em que se incluem vendas selectivas, o que significa, sobretudo, proceder a mais uma redução do portfolio acima do objectivo já estabelecido de 100 milhares de milhão de €.

SISTEMA DE GESTÃO DO EUROHYPO

O sistema de gestão interno do Banco tem por objectivo a obtenção a longo prazo de receitas estáveis com risco reduzido e simultaneamente a optimização do capital requerido para esse propósito. A rentabilidade de qualquer compromisso individual é examinada rigorosamente com ferramentas de análise adequadas, pelo que a distribuição de capital se orienta pela avaliação do perfil de risco. São sobretudo utilizados derivados para limitar os riscos de alteração do juro, riscos de câmbio e riscos de liquidez.A gestão do risco está estabelecida de forma rígida como instrumento de gestão da totalidade do Banco a todos os níveis organizacionais e processuais. Todas as carteiras não estratégicas no

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financiamento imobiliário comercial estão agora sujeitas a uma monitorização e gestão uniforme, encontrando-se agrupadas num sector da responsabilidade de um membro do Conselho de Administração. Equipas de profissionais competentes trabalham aqui na redução coerente dos Assets.

DOTAÇÃO DE CAPITAL SATISFATÓRIA

Com um racio de capital principal regulamentar de 10,4% e um racio de capital total de 14,1%, o Eurohypo está suficientemente capitalizado. A continuação da redução dos activos com valor ajustado ao risco no âmbito da redução do portfolio irá dar continuidade ao fortalecimento dos racios de capital.

O Eurohypo é o maior emissor de cédulas hipotecárias e um emissor líder de Jumbo Covered Bonds. Como a cédula hipotecária continua a ser um elemento-chave da estratégia de funding do Eurohypo, o Banco pode recorrer a um instrumento de funding tradicional menos vulnerável aos efeitos da crise financeira e da crise da dívida do sector público. No ano de 2010, foi também possível colocar Covered Bonds no valor total de 7,8 milhares de milhão de € (13,0 milhares de milhão de €). Para além disso, como filiada do Commerzbank a cem por cento, o Eurohypo está ainda englobado na sua estrutura de funding.

CONCEITO DE FUNDING NO GRUPOAs condições para o funding no sector sem garantias tornaram-se mais difíceis, em parte devido à crise da dívida do sector público. No final do ano de 2010, o Conselho de Administração do Eurohypo deliberou a alteração do conceito de funding para um Stand-alone Funding a longo prazo no Grupo. Não obstante causar um aumento dos encargos sobre as receitas, este constitui um passo importante no sentido de um Funding independente estável, apoiando o Eurohypo no estabelecimento das suas capacidades de mercado de capitais a médio prazo.

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EVOLUÇÃO DO NEGÓCIO NOS SEGMENTOS

CRE BANKING ALEMANHA CORE

A forte recuperação económica na Alemanha começa agora a fazer-se sentir nos mercados imobiliários. Não obstante a procura de superfícies para escritório ter ainda pouca expressão e ser dominada por arrendamentos de substituição, a fase do aumento das taxas de desocupação, bem como da descida no valor das rendas, está a aproximar-se do fim. O mercado de investimentos volta mesmo a apresentar uma actividade notoriamente em ascensão. O interesse dos investidores na Alemanha e no estrangeiro é ainda comparativamente selectivo. As propriedades de topo, com rendimentos garantidos – os chamados imóveis Core – são as que mais atraem o interesse dos investidores. Nesta parte de segmento e no ano de 2010, observaram-se descidas moderadas dos lucros, o que significa o aumento dos preços. São sobretudo os imóveis de topo para o comércio a retalho que correspondem a estes critérios, aumentando a sua quota no volume total de transacções em comparação com a média a longo prazo. O comércio a retalho pôde tirar partido de um consumo comparativamente sólido, mesmo durante a crise. O baixo nível de desemprego e os aumentos salariais esperados a médio prazo trazem boas perspectivas para o mercado de arrendamento e, por conseguinte, também para os investimentos em imóveis de topo para o comércio a retalho.

As novas operações no segmento CRE Banking Alemanha Core demonstraram uma dinâmica cada vez mais elevada no decurso do ano. No ano de 2010, o Banco concluiu um total de 2,8 milhares de milhão de € em novas operações, o que representa um aumento de aproximadamente 1,5 milhares de milhão de € em relação ao ano anterior. Do ponto de vista regional, a região Centro atinge o maior crescimento; as novas operações quase quadruplicaram face ao valor do ano anterior, passando de 256 milhões de €, para 1.007 milhões de €, seguindo-se a região Oeste, que apresenta um acréscimo de 119%, para 708 milhões de €. Segue-se a região Norte, com um aumento das novas operações em 79%, para 776 milhões de €. Contrariamente e com um resultado de 322 milhões de €, a região Sul apresentou apenas uma subida moderada de 6%. A região Centro contribuiu, assim, com 37% para as novas operações na Alemanha, seguida pela região Norte (27%), a região Oeste (25%) e a região Sul (11%). Nas operações de prolongação, em 2010, o segmento prorrogou um volume de crédito de cerca de 3,4 milhares de milhão de €, após 3,6 milhares de milhão de € no ano anterior. As medidas para a melhoria da qualidade da carteira e da margem ajustada ao risco conduziram a uma ligeira regressão da quota de prolongações, de cerca de 64% no ano anterior para os actuais cerca de 62%.

De acordo com o planeado, a carteira de crédito do segmento regrediu em 1,8 milhares de milhão de €, para 28,4 milhares de milhão de €, explorando vencimentos e reembolsos previstos. Os activos com valor ajustado ao risco (RWA) regrediram para 16,1 milhares de milhão de €, após 17,0 milhares de milhão de € no ano anterior.

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Com 332 milhões de €, os proveitos líquidos dos juros do segmento situaram-se 5% abaixo do nível do ano anterior, de 350 milhões de €, o que se deve, essencialmente, à reduzida carteira de créditos concedidos. Os proveitos de comissões do segmento CRE Banking Alemanha Core lucrou com o aumento do volume de novas operações, subindo 13% no ano de 2010, para 45 milhões de €. Comparativamente ao ano anterior, a provisão de riscos de perdas foi aumentada em 61 milhões de €, para 154 milhões de €, devendo-se a provisões específicas. No resultado comercial, os encargos decorrentes da avaliação dos derivados de hedging de taxa de juro com clientes resultaram no montante de -14 milhões de € (1 milhão de €). Registou-se um aumento das despesas operacionais, sobretudo devido a ajustes internos mais elevados no Grupo e a um aumento de outras despesas, na sequência do alargamento das novas operações, de 97 milhões de € no ano de 2009 para 107 milhões de € em 2010. O resultado anterior a impostos do segmento CRE Banking Alemanha Core registou assim uma redução para 107 milhões de €, após os 185 milhões de € no ano anterior. O RoE anterior a impostos desceu para 9,4%, após os 15,4% do ano transacto. O Cost Income Ratio aumentou para 29,2% (24,5%).

PERSPECTIVAS

É de esperar que o volume de novas operações no ano de 2011 se situe ligeiramente abaixo do nível de 2010. A evolução será diferente de região para região, uma vez que o mercado alemão é descentralizado e caracterizado pela evolução individual nas diferentes áreas metropolitanas, que dependem, por seu turno, de diferentes sectores. O portfolio continuará a diminuir com medidas activas para a melhoria da qualidade do portfolio e com a renúncia intencional de prolongações com margens baixas. Com base no esperado volume de novas operações em ligeira regressão, também os proveitos líquidos de comissão irão registar um decréscimo, comparativamente ao valor do ano anterior. Partindo do pressuposto de que os mercados imobiliários continuarão a manter-se estáveis – apoiados em perspectivas económicas positivas –, a provisão de risco irá registar uma marcada redução no ano seguinte, devido às consistentes optimizações de carteira.

CRE BANKING ALEMANHA NON-CORE

No segmento CRE Banking Alemanha Non-Core, estão agrupados os portfolios de empréstimos classificados como não estratégicos ou que, no que se refere ao seu perfil de risk-return, não correspondem à política comercial do Eurohypo. Neste segmento, estão também englobados incumprimentos do serviço de dívida. A carteira deste segmento foi criada em 31 de Dezembro de 2006, não tendo sido aumentada com mais empréstimos desde então, à excepção de uma pequena carteira decorrente da aquisição do Hypothekenbank in Essen AG. Estes activos provêm quase em exclusivo de instituições anteriores ao Eurohypo (»legacy portfolio«). O

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objectivo do Banco consiste na redução contínua desta carteira, com os menores efeitos sobre as receitas.

No ano de 2010, foi possível reduzir as carteiras de empréstimos em 1,0 milhares de milhão de €, para 3,3 milhares de milhão de €. Apesar de o portfolio poder ter sido reduzido em 23%, em 2010 o proveito líquido dos juros regrediu apenas 19%, para 58 milhões de € (71 milhões de €), devido a melhores margens e volumes inferiores de aplicações sem juro. O especial teor de risco dos activos do segmento evidencia-se através de uma provisão de risco aumentada em 54 milhões de €, para 220 milhões de €. O resultado de imóveis mantidos como investimento imobiliário baixou consideravelmente para -48 milhões de € (-8 milhões de €), devido a custos mais elevados de sociedades de exploração. As despesas operacionais baixaram de 22 milhões de € para 16 milhões de €, devido a menores custos internos para serviços prestados dentro do Grupo. O restante resultado do exercício melhorou significativamente para -1 milhão de € (-52 milhões de €). O valor de 2009 englobava custos decorrentes de serviços internos, que deixaram de existir no ano de 2010. Não obstante este efeito positivo, o resultado do segmento anterior a impostos no ano de 2010 registou uma redução para -227 milhões de €, após -177 milhões de € no ano anterior. Condicionado pela estrutura especial da carteira de reduções, o RoE sofreu uma descida para -117,9%, após -62,5% no ano anterior. O Cost Income Ratio situou-se nos 177,5% (ano anterior 202,2%).

PERSPECTIVAS

Nos próximos anos, iremos prosseguir com a redução da carteira Non-Core. Para o ano de 2011, está planeada uma redução dos portfolios, que deverá ser, no mínimo, igual à redução verificada no ano anterior. As medidas de reestruturação serão outra opção no sentido de optimizar os créditos que se espera manter em carteira por mais tempo.

CRE BANKING INTERNACIONAL MERCADOS ESTRATÉGICOS

O segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos engloba as actividades do Eurohypo em França, Grã-Bretanha, Itália, Polónia, Portugal, Rússia, Espanha, Turquia e EUA.

A evolução do negócio nos mercados estratégicos internacionais decorreu de forma diferente no ano de 2010. Seguindo a tendência económica geral, a maior parte dos mercados imobiliários atingiu a depressão, sendo que em alguns países foi já iniciado o processo de recuperação. Todavia, a dinâmica nos mercados de investimentos CRE manteve-se muito reservada. O centro da procura manteve-se em imóveis Core. A continuada baixa disposição para o risco nos mercados financeiros e a subsequente disponibilidade limitada de capital externo travaram a evolução nos mercados de investimento CRE.

No decurso do ano de 2010, os preços para imóveis comerciais começaram a criar uma base em todos os mercados relevantes para o Eurohypo. Os activos de topo com Cash Flow

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garantido voltaram a observar aumentos de preços, embora se verificasse uma regressão nos rendimentos. A par da Grã-Bretanha, a França faz parte dos mercados imobiliários europeus com maior liquidez. Ambos os mercados estão na mira dos investidores internacionais, sendo os activos imobiliários de topo em Paris ou em Londres considerados como sendo de relativo baixo risco. Como consequência, foram estes os mercados que, até à data, registaram a recuperação mais significativa do colapso no mercado de investimentos.

Todavia, falta um extenso apoio por parte dos mercados de arrendamento. Até à data, os aumentos de renda no sector de escritórios verificam-se apenas em poucos mercados, limitando-se aí a activos imobiliários de topo seleccionados. O crescimento económico – na maioria das vezes escasso – e a viragem ainda pendente nos mercados de trabalho opõem-se aqui a uma extensa recuperação.

CONJUNTURA DOS NEGÓCIOS NOS MERCADOS ESTRATÉGICOS

Em França e no ano de 2010, o volume de transacções do mercado de investimentos atingiu cerca de 12,0 milhares de milhão de €, o que corresponde a uma subida de cerca de 40% comparativamente ao ano anterior; o volume situa-se, contudo, ainda muito abaixo do registado no período de 2006 a 2008. A maioria das transacções registou volumes inferiores a cerca de 40 milhões de €. No total, em 2010 o Eurohypo conseguiu gerar novas operações no valor de aproximadamente 500 milhões de €, através da sua filial em Paris.

O mercado imobiliário na Grã-Bretanha prosseguiu com a sua recuperação, em especial no segundo semestre de 2010. A procura foi suportada essencialmente pela evolução favorável da cotação de câmbio da libra britânica. Em simultâneo, investidores institucionais aproveitaram a oportunidade de níveis de preços historicamente baixos para efectuarem investimentos. A procura incidiu sobretudo sobre activos com Cash Flows estáveis, com base em arrendamentos a longo prazo garantidos. Neste ambiente de intensa competição, com um volume de 1,5 milhares de milhão de €, o Eurohypo conseguiu aumentar as suas novas operações na Grã-Bretanha em cerca de metade face ao ano anterior, tendo ainda garantido prolongações acima de 0,7 milhares de milhão de € nas operações existentes.

A recuperação económica nos EUA manteve-se intacta, ainda que a um nível de crescimento mais baixo comparativamente com ciclos anteriores. Neste sentido, também este mercado imobiliário nacional – o maior a nível mundial em termos de volume de mercado – parece estar a criar uma base. O Eurohypo está a reestruturar a sua carteira com sucesso, tendo conseguido efectuar novas operações no montante de 518 milhões de €, dos quais uma parte pôde ser colocada no mercado. No ano de 2010, o Eurohypo surgiu ainda como Arranger para várias transacções.

Em 2010, o ambiente macroeconómico continuou a sobrecarregar os mercados imobiliários em Espanha. Perante o panorama da difícil evolução económica global, também o campo de manobra financeira dos investidores se tornou mais limitado. O centro das actividades de mercado situou-se nos investimentos financiados por capitais próprios. Neste meio, o

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Eurohypo pôde efectuar novas operações com um volume de 15 milhões de € em condições atractivas. Em Portugal, tanto os mercados de arrendamento como os mercados de investimento apresentaram-se acentuadamente fracos. Nos mercados de investimento, são efectuadas apenas transacções esporádicas, tendo os preços dos imóveis comerciais voltado a ceder em 2010. A situação em Itália mostra-se actualmente um pouco mais sólida; porém, também aqui as perspectivas de crescimento se mantêm muito reservadas.

A Turquia e a Rússia apresentam uma recuperação notável da forte quebra na economia, o que terá sucessivamente um efeito positivo, também sobre os mercados imobiliários. A par do enorme potencial de crescimento destes mercados, é também vantajosa a volatilidade de mercado consideravelmente mais elevada. O mesmo se aplica à Polónia, que resistiu à crise internacional sem entrar em recessão, com base no elevado peso da sua economia interna. No ano de 2010, o Eurohypo não efectuou novas operações na Turquia nem na Rússia, tendo concedido créditos na Polónia, no montante de 81 milhões de €.

EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS FUNDAMENTAIS

No segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos, o Eurohypo conseguiu aumentar as suas novas operações em aproximadamente 1,4 milhares de milhão de €, para cerca de 2,9 milhares de milhão de €, tendo ainda prolongado, neste segmento, créditos no montante de cerca de 1,5 milhares de milhão de € e obtido uma quota de prolongações de 63%. Com 32,4 milhares de milhão de €, o volume da totalidade da carteira de crédito situou-se ao nível do ano anterior (32,5 milhares de milhão de €); as novas operações e as oscilações de câmbio no dólar dos EUA e na libra britânica compensaram aqui a redução do portfolio. O volume do portfolio dos activos ajustados ao risco (RWA) baixou 4,7 milhares de milhão de € ou 15%, para 27,5 milhares de milhão de €. Os proveitos líquidos dos juros do segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos melhorou no ano de 2010, essencialmente através de alargamentos das margens em 12%, para 537 milhões de €, após 478 milhões de € no ano anterior. Devido a correcções de valores isolados no segundo semestre de 2010 – em especial nos EUA e em Espanha –, a provisão de risco foi aumentada em escassos 2%, para 775 milhões de € (760 milhões de €). O proveitos de comissões tirou partido do crescente volume de novas operações e de reestruturações bem sucedidas, embora também de receitas mais elevadas da gestão do juro e da gestão do câmbio. No período em apreciação, a subida registada foi de 42%, para 136 milhões de € (96 milhões de €). No resultado comercial – que se movimentou com -46 milhões de € (-48 milhões de €) ao nível do ano anterior –, reflectem-se as alterações negativas de valores de mercado dos empréstimos CMBS nos EUA, bem como os custos da avaliação de derivados de taxa de juro com clientes. No resultado das aplicações financeiras, verificou-se uma redução do prejuízo para praticamente metade, para -102 milhões de € (-200 milhões de €). O valor do ano anterior englobava perdas na carteira de aplicações EUA baseada em créditos hipotecários subprime face a clientes privados, que foram totalmente alienadas em 2009. A causa para o prejuízo no resultado das aplicações financeiras foi sobretudo a necessidade de

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desvalorização numa participada, que o Eurohypo havia recebido através de um Debt-to-Equity Swap no âmbito de uma reestruturação. Por outro lado, o resultado corrente de quotas em empresas avaliadas at-equity apresentou uma descida de 17 milhões de €, para -21 milhões de €. Com 120 milhões de €, as despesas operacionais situaram-se 7% abaixo do valor do ano anterior. No total, o resultado do segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos anterior a impostos situou-se no ano de 2010 em -383 milhões de € (-643 milhões de €). No ano anterior, os números incluíam despesas extraordinárias da amortização do goodwill, no montante de 70 milhões de €, bem como despesas de reestruturação num volume de 17 milhões de €. O RoE situou-se em -19,9%, após -28,0% no ano anterior. O Cost Income Ratio apresentou uma subida para 23,4% no ano de 2010, após 38,5% no ano anterior.

PERSPECTIVA

Também no ano de 2011, a evolução económica global ocorrerá de forma diferenciada nos nossos mercados estratégicos internacionais, sendo o estímulo para cada um dos mercados imobiliários consequentemente diferente. Os EUA, tal como os nossos mercados estratégicos da Europa de Leste, irão provavelmente beneficiar da estabilização da tendência de crescimento. Perante este panorama, partimos do pressuposto de que os mercados de arrendamento alcançaram aqui os seus mínimos cíclicos, ou que já os deixaram para trás. Todavia, os excedentes de oferta criados durante a recessão irão ainda continuar a refrear a dinâmica de mercado. Na Polónia, a tendência de mercado positiva será suportada por uma evolução satisfatória do mercado de investimentos, acompanhada por uma disponibilidade limitada de activos de investimento e por uma actividade crescente no desenvolvimento de projectos no sector dos imóveis para o comércio a retalho. Em França, esperamos que a tendência favorável moderada do ano de 2010 prossiga também no ano de 2011. O risco de uma recaída da economia britânica na recessão diminuiu, embora a velocidade da recuperação económica seja consideravelmente travada pela redução de despesas públicas pelo aumento de impostos na sequência da necessidade de consolidação das finanças públicas. Para o mercado imobiliário, contamos com uma procura estável ou ligeiramente crescente de activos de topo, enquanto o mercado para activos menos desejáveis se manterá vulnerável a reduções das rendas e a desvalorizações. Para o mercado italiano, as perspectivas de crescimento no ano de 2011 são bastante reservadas, podendo aguardar-se a manutenção da tendência de 2010. Nos mercados estratégicos da Europa do Sul – Portugal e Espanha, especialmente afectados pela crise da dívida –, não se espera uma mudança generalizada da tendência nos mercados imobiliários. Em Portugal, o mercado será previsivelmente um pouco refreado no ano de 2011 devido aos programas de redução de despesas estatais para a consolidação das finanças públicas. No meio concorrencial existente, o Eurohypo conseguirá, contudo, continuar a financiar transacções de valor elevado em condições muito atractivas. Também para Espanha a perspectiva é extremamente reservada para o ano de 2011. É improvável uma viragem da tendência, principalmente nos imóveis para o comércio a retalho, devido aos programas de poupança

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estatais, ao aumento do desemprego e à diminuição dos rendimentos reais. Uma vez que muitos bancos no mercado espanhol apresentam forte relutância quanto à concessão de novos financiamentos, o Eurohypo disporá de possibilidades selectivas para a conclusão de novas operações com condições atractivas. No ano de 2011, o Eurohypo continuará com a optimização do seu portfolio nos mercados estratégicos internacionais, com o objectivo de continuar a melhorar a qualidade do portfolio. Desta forma, os activos dos segmentos serão reduzidos de acordo com o planeado. Se o rendimento do juro se mantiver estável, os proveitos líquidos dos juros diminuirão com base no reduzido volume de negócio e simultaneamente em despesas de funding mais elevadas. Esperamos uma redução da provisão de risco do segmento face ao ano anterior, devido às medidas já tomadas no que respeita à gestão da carteira e ao desanuviamento em alguns mercados estratégicos. É provável a evolução estável dos proveitos de comissões em novas operações. Porém, comparativamente ao ano de 2010, deverá contar-se com receitas de comissões de projectos de reestruturação mais baixas, situando-se os proveitos de comissões abaixo do nível do ano anterior. No total, esperamos uma melhoria dos resultados no segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos.

CRE BANKING INTERNACIONALREESTRUTURAÇÃO GLOBAL

No segmento CRE Banking Internacional Reestruturação Global, as actividades concentram-se nos mercados internacionais, dos quais o Banco está a retirar-se de acordo com as decisões tomadas para mercados estratégicos seleccionados, na Europa e na América do Norte. Tal como anteriormente, a tarefa principal do segmento consiste na redução sistemática dos portfolios de empréstimos, que no exercício de 2010 foram reduzidas em mais 0,4 milhares de milhão de €, para 7,9 milhares de milhão de € (8,3 milhares de milhão de €). A redução através de reembolsos planeados e antecipados, bem como através de alienações, foi confrontada com aumentos devidos a alterações de cotações de câmbio – em especial do Yen japonês – e a aumentos de crédito, no âmbito de reestruturações.

No exercício de 2010, o encerramento dos nossos estabelecimentos foi parcialmente mais rápido do que o planeado e desistimos das nossas filiais ou representações em Amesterdão, Bruxelas, Dubai, Helsínquia, Copenhaga e Estocolmo. O acompanhamento de clientes e o processamento de crédito foram ainda centralizados em Eschborn. A concentração dos colaboradores em Eschborn e a introdução de um novo modelo de processamento tornam possível o acompanhamento da complexa carteira de crédito com um número de colaboradores significativamente inferior, o que permitiu uma considerável redução de custos.

No Japão, no México e na Roménia, os mercados colocaram-nos perante enormes desafios. A constante queda dos preços e dos valores nestes mercados obrigou em muitos casos a reestruturações ambiciosas. Na maioria dos casos, as nossas equipas conseguiram estabilizar a situação, de forma a podermos reduzir os compromissos num futuro próximo.

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No exercício de 2010, os proveitos líquidos dos juros situaram-se, com 103 milhões de €, quase ao nível do ano anterior (107 milhões de €). Verificou-se a necessidade de aumento da provisão de risco para 173 milhões de € (39 milhões de €), em especial devido a alguns compromissos de grande envergadura na Hungria e nos Países Baixos. Os proveitos de comissões continuou a regredir para 9 milhões de € (17 milhões de €), uma vez que o sector pôs termo às suas novas operações. Sobretudo devido a encargos decorrentes da avaliação de derivados de taxa de juro com clientes, o resultado comercial registou um prejuízo no montante de -17 milhões de € (0 milhões de €). Em particular devido à redução das despesas com pessoal e outras despesas – em consequência do encerramento de mais estabelecimentos –, as despesas operacionais registaram um decréscimo da ordem dos 20%, para 28 milhões de € (35 milhões de €). No total, no resultado do segmento anterior a impostos registou-se uma redução de 39 milhões de €, para -104 milhões de €, o que resulta num RoE anterior a impostos de -21,9%, após 7,6% no ano anterior. Com 28,7%, o Cost Income Ratio manteve-se quase ao nível do ano anterior – de 28,1% –, embora com base num volume de negócio significativamente inferior.

PERSPECTIVA

Iremos continuar a reduzir a carteira do segmento. Por um lado, os efeitos do ajustamento do risco das condições de juro irão ter um impacto positivo sobre os proveitos líquidos dos juros, sendo que, por outro, este irá sofrer uma regressão, devido à continuação da redução da carteira. Após o encerramento de grande parte dos estabelecimentos, no ano de 2011 as despesas operacionais manter-se-ão ao nível do ano em apreciação. Com a recuperação em alguns dos mercados importantes para o Banco, esperamos que a necessária provisão de risco venha a ser reduzida gradualmente, a médio prazo. Para 2011, é de esperar que a provisão de risco se mantenha a um nível elevado.

PUBLIC FINANCE / TREASURY

No grupo Eurohypo, são englobadas no segmento Public Finance / Treasury as áreas de negócio Public Finance e Treasury. Este segmento engloba as actividades do Eurohypo AG, incluindo as da sua filial EUROHYPO Europäische Hypothekenbank S.A., no Luxemburgo.

No ano de 2010, a evolução de mercado nas operações Public Finance – que o Eurohypo deixou entretanto de exercer activamente – foi fortemente marcada pelas consequências da crise financeira e da crise da dívida de alguns países europeus. A avaliação do risco do mercado para países e emitentes do sector público alterou-se consideravelmente no ano anterior, tendo sido responsável por uma volatilidade elevada. Em foco estavam essencialmente os países do Sul da Europa e a Irlanda, cujo aumento do risco se alargou de forma considerável. Também outros países sofreram, em parte, um alargamento dos spreads, embora numa escala inferior.

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A actividade do segmento Public Finance / Treasury continuou centrada na redução dos Assets de Public Finance, minimizando os efeitos sobre os rendimentos. Não obstante o difícil ambiente de mercado condicionado pela crise, o principal objectivo era reduzir o portfolio através da exploração de oportunidades de mercado para vendas. As novas operações e os prolongações limitaram-se exclusivamente à gestão do montante de cobertura ou ao cumprimento de obrigações contratuais.

Em 31 de Dezembro 2010, o portfolio de activos do segmento Public Finance / Treasury estabelecidas no Balanço foi reduzido em cerca de 19,4 milhares de milhão de €, para 124,9 milhares de milhão de €, face à mesma data do ano anterior. Para além de um elevado volume de financiamentos vencidos, as alienações propositadas no montante de 3,4 milhares de milhão de € contribuíram para a redução dos portfolios. No final do ano de 2010, o volume da carteira no sector Public Finance situou-se em 110,6 milhares de milhão de €. No âmbito da redução, o Eurohypo reduziu a sua exposição nos países do Sul da Europa. Em 31 de Dezembro de 2010, o valor nominal do portfolio de títulos e promissórias em Portugal, Espanha, Itália, Irlanda e Grécia situava-se ainda nos 22,9 milhares de milhão de €, o que corresponde a uma redução de 3,2 milhares de milhão de € comparativamente ao final de 2009. No ano de 2010, da redução do portfolio no montante total de 3,4 milhares de milhão de € nominais recaíram cerca de 1,2 milhares de milhão de € sobre Portugal e Espanha, entre outros, sendo que no final de 2010 existiam ainda garantias sobre Credit Default Swaps, num total nominal de 0,7 milhares de milhão de €.

Apesar da redução do portfolio e de custos de liquidez mais elevados, os proveitos líquidos dos juros no segmento Public Finance / Treasury teve uma melhoria de 27%, para 121 milhões de € (95 milhões de €). As alienações afectaram o resultado em -228 milhões de € (-23 milhões de €), por via de aplicações financeiras do segmento Public Finance / Treasury, que perfizeram um total de -230 milhões de €. Na nossa carteira de títulos do sector público não se verificaram faltas de pagamento no ano de 2010. O resultado comercial do segmento situa-se em -43 milhões de €, após -6 milhões de € no ano anterior, incluindo um saldo positivo de 7 milhões de € do resultado comercial de Public Finance, essencialmente resultante do pagamento de responsabilidades, com um volume nominal de cerca de 150 milhões de €. No resultado comercial da área Treasury, no valor de –50 milhões de €, está reflectido o resultado das operações de derivados de garantia de juro no âmbito da gestão da carteira de juros, que não são apresentadas no Hedge-Accounting. O resultado é também afectado pelas condições cada vez mais difíceis de funding no mercado monetário, em especial em divisa estrangeira. O resultado PFT de Hedge Accounting, em que é demonstrado o resultado de avaliação de acordo com o IAS 39, situou-se em 14 milhões de € (98 milhões de €), dos quais cerca de 2 milhões de € recaem sobre o sector Public Finance e 12 milhões de € sobre o sector Treasury. No ano de 2010, o resultado anterior a impostos do segmento Public Finance / Treasury situou-se em -204 milhões de € (107 milhões de €). O Return on Equity (RoE) diminuiu significativamente no ano em apreciação, para -24,1% (14,0%); o Cost Income Ratio (CIR) situou-se em -41,6% (38,3%).O financiamento garantido das actividades Public Finance ocorre através da emissão de títulos de dívida pública e Lettres de Gage Publiques, sendo que também as operações Repo

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desempenham um papel importante. Os fundings não garantidos são oferecidos através do Treasury do Commerzbank. A maioria das emissões planeadas para o ano de 2010 teve lugar logo no primeiro semestre.

PERSPECTIVAS

Para o ano de 2011, esperamos uma conjuntura de mercado ainda volátil, devido à persistente crise da dívida dos países europeus e à grande necessidade de funding do sector público daí decorrente. Não obstante um longo período de implementação, as inovações previstas na regulamentação dos bancos terão repercussões consideráveis sobre as possibilidades de negócio nas operações de financiamento ao sector público, pelo que serão já incluídas no planeamento a médio prazo, desde que se encontrem suficientemente definidas. Pretendemos dar continuidade ao nosso processo de redução da carteira planeado, focando-nos em tirar partido das oportunidades de mercado e na optimização do portfolio, o que continuará a ter efeitos negativos sobre o resultado, estando estes já considerados no plano. O Conselho de Administração do Eurohypo decidiu ainda a alteração do conceito de funding do Banco para um Stand-Alone Funding a longo prazo no Grupo.

FUNDING

O Eurohypo é o emissor de cédulas hipotecárias dentro do Grupo Commerzbank. A par do funding do próprio negócio imobiliário, também é responsável por parte do funding do negócio do financiamento à construção privada de topo do Commerzbank. Uma secção Treasury central planeia e executa o funding para todo o Grupo. Para fundings sem garantia, o Eurohypo dispõe essencialmente dos recursos do Commerzbank.

Apesar das medidas de estabilização por parte dos países da zona Euro e do programa de aquisição do BCE de dívida pública, o exercício de 2010 continuou marcado pela crise dos países periféricos do Euro. A cédula hipotecária alemã demonstrou uma vez mais ser um instrumento de funding de confiança. No ano de 2010, o Eurohypo voltou a ter uma boa performance no mercado de capitais. O volume total dos meios de funding recolhidos no mercado de capitais ascendeu aos 8,0 milhares de milhão de €.

Devido à redução da carteira em cada um dos segmentos, o volume foi significativamente inferior ao valor do ano anterior, pelo que, em meados do ano, se verificou uma redução do volume de funding inicialmente planeado. No campo das garantias, as cédulas hipotecárias perfizeram a principal percentagem das emissões com 4,0 milhares de milhão de €. O volume de emissão das cédulas hipotecárias do sector público situou-se em 3,0 milhares de milhão de €. O Eurohypo S.A. Luxembourg tinha ainda emitido Lettres de Gage Publiques – um Covered Bond segundo o Direito luxemburguês – com um volume de 750 milhões de €. O

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Eurohypo recorreu a fundings não garantidos, no total de 0,2 milhares de milhão de €, junto do mercado de capitais.

No ano em apreciação, emitimos com sucesso duas novas cédulas hipotecárias Jumbo. Em Fevereiro, foi emitido uma cédula hipotecária do sector público a três anos, com um volume de 1,5 milhares de milhão de €, cujo livro de subscrições pôde ser fechado em poucas horas, tendo sido subscrito acima de 100%. Em Junho, seguiu-se a colocação de uma cédula hipotecária a cinco anos, com um volume de 1,0 milhares de milhão de €. No decurso do ano, aumentámos ainda quatro cédulas hipotecárias Jumbo em 975 milhões de €. As emissões efectuadas registaram forte aceitação por parte do mercado, tal como o demonstram a rápida colocação, a elevada procura e as condições atractivas. Foi ainda sindicada uma maior colocação de cédulas hipotecárias com um volume de 500 milhões de €, com especial ênfase sobre o mercado alemão. O Eurohypo esteve também activo em todas as classes do mercado da colocação privada. As colocações privadas menores foram regularmente colocadas junto dos investidores, ao longo de todo o ano.

No sector do funding sem garantias, o Eurohypo recorreu a 1,4 milhares de milhão de € do Grupo, através do Commerzbank. Os spreads de funding no mercado de capitais mostraram-se amplamente estáveis durante o ano.

PERSPECTIVAS

Também no futuro, o funding através de cédulas hipotecárias constituirá uma parte importante das medidas de financiamento planeadas do Eurohypo. No ano de 2011, o plano de funding para o Eurohypo prevê emissões de cédulas hipotecárias no mercado de capitais, no montante de 6 milhares de milhão de €, onde se incluem não apenas colocações privadas, como também cédulas hipotecárias benchmark. O funding sem garantia no mercado de capitais continuará a ser efectuado essencialmente através do Commerzbank. Partimos do pressuposto de que o ambiente de mercado se manterá difícil.

RETAIL BANKING

Os serviços e a área comercial do segmento Retail Banking do Eurohypo foram transferidos para o Commerzbank, no ano de 2007. Desde então, o Eurohypo já só acompanha a carteira de crédito existente, com o objectivo de uma diminuição contínua dos portfolios no âmbito das amortizações planeadas e outros reembolsos. No ano de 2010, a carteira de empréstimos no montante de 20,6 milhares de milhão de € foi reduzida em 2,8 milhares de milhão de € ou 14%, para 17,8 milhares de milhão de €. O volume de prolongações situou-se nos 979 milhões de €, o que corresponde a 48% dos empréstimos qualificados para prolongação. Os proveitos líquidos dos juros regrediram 8%, para 144 milhões de € (158 milhões de €) e, por conseguinte, desproporcionalmente à diminuição dos portfolios, uma vez que nas prolongações foi possível

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obter uma margem mais elevada, através de uma gestão melhorada. A provisão de risco regrediu em 18 milhões de €, para 88 milhões de € (106 milhões de €). Também foi possível uma poupança nas despesas operacionais, em especial no que respeita aos custos de bens, pelo que, no ano de 2010 e com 58 milhões de €, as despesas operacionais se situaram 12% abaixo do valor do ano anterior (66 milhões de €). O resultado anterior a impostos do segmento situou-se nos -23 milhões de € (-35 milhões de €). O Return on Equity (RoE) teve uma ligeira melhoria, continuando, todavia, negativo com -10,4% (-13,0%). O CIR situou-se em 46,9% (48,3%).

PERSPECTIVA

A redução planeada da carteira conduzirá necessariamente a mais uma regressão das receitas absolutas no segmento Retail Banking. O objectivo é levar a cabo este processo com o menor efeito possível sobre os rendimentos. Mediante a gestão de prolongações melhorada, pretendemos continuar a optimizar as margens e a estrutura retorno-risco das operações de prolonga. Mantendo uma gestão de custos rigorosa e explorando sinergias no Grupo, seremos capazes de minimizar os efeitos de escala negativos, decorrentes da redução da carteira. Com base na evolução conjuntural favorável, cremos que a provisão de risco irá estabilizar.

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EVOLUÇÃO DAS RECEITAS E DA POSIÇÃO FINANCEIRA

RECEITAS

No exercício de 2010, o Eurohypo continuou a apresentar efeitos positivos da sua reestruturação e focagem em mercados estratégicos claramente definidos. Aumentou-se assim os proveitos líquidos dos juros no Grupo em 50 milhões de €, ou cerca de 4%, para 1,3 milhares de milhão de €, apesar de o Banco continuar a reduzir os seus Assets em 25 milhares de milhão de €, para 215,4 milhares de milhão de €, conforme planeado. Da redução do portfolio recaíram essencialmente 18,5 milhares de milhão de € sobre a carteira de financiamento ao sector público, 3,2 milhares de milhão de € sobre a carteira CRE, e 2,8 milhares de milhão de € sobre o segmento Retail Banking.

Na sequência da melhoria das novas operações, das receitas de reestruturações no estrangeiro e das entradas da gestão de juro e gestão de câmbio, os proveitos de comissões evoluíram igualmente de forma positiva, tendo aumentado 24%, ou 36 milhões de €, para 185 milhões de €. No total, o Eurohypo aumentou os seus novos compromissos em Commercial Real Estate em mais de 5 milhares de milhão de €, o que representa um aumento de cerca de dois terços. O Banco prolongou ainda créditos em curso, no montante total de 6,3 milhares de milhão de €. Nas novas operações e nas operações de prolongação, o Eurohypo conseguiu de novo uma relação adequada entre risco e receitas.

Porém, os ainda elevadas encargos decorrentes do Asset Pool criado nos anos anteriores continuam a influenciar a demonstração de resultados de 2010, tendo repercussões sobre a provisão de risco e sobre o resultado de aplicações financeiras. Com o sector imobiliário ciclicamente atrás da evolução conjuntural geral, o Banco procedeu a correcções de valor específicas mais elevadas, em especial em Espanha e na Alemanha. Mas também nas carteiras não estratégicas na Alemanha e no estrangeiro são visíveis as correcções de valores na provisão de risco: no segmento CRE Banking Alemanha non-core registou-se uma subida de 166 milhões de € para 220 milhões de €, tendo-se verificado um aumento de 39 milhões de € para 173 milhões de € no segmento CRE Banking Internacional Global Restructuring.

No total, o Eurohypo aumentou a sua provisão de risco em 233 milhões de €, para 1,4 milhares de milhão de € no ano de 2010.

No exercício de 2010, permaneceram os efeitos resultantes da crise financeira, bem como a incerteza dos mercados devido ao elevado endividamento de alguns países do Euro, o que fez com que a volatilidade nos mercados se mantivesse elevada. Daí que o Eurohypo só tenha conseguido realizar com prejuízos as suas alienações de títulos no âmbito da optimização da carteira no sector Public Finance. Estes prejuízos, no montante de -228 milhões de €, são demonstrados no resultado de aplicações financeiras. Os resultados foram também afectados negativamente por um Impairment no valor contabilístico de uma participada na Europa avaliada at-Equity. No total, o resultado de aplicações financeiras decaiu, assim, 87 milhões de €, para -335 milhões de €. No ano de 2009, esta posição foi afectada por prejuízos resultantes da

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carteira de aplicações EUA, sujeita a hipotecas Subprime concedidas a clientes privados, que entretanto foi totalmente alienada.

Após o resultado de 98 milhões de € no ano anterior, o resultado de Hedge Accounting regrediu no exercício de 2010, para 14 milhões de €. A queda teve a ver com alterações de valores de mercado que impactaram o volume do Hedge Accounting.

O resultado comercial regrediu de -53 milhões de € para -120 milhões de €, devido essencialmente aos efeitos da avaliação dos derivados não designados para o Hedge Accounting. As alterações negativas de valores de mercado dos empréstimos CMBS nos EUA tiveram também repercussões sobre esta posição. Todavia, no valor do ano anterior estão englobadas receitas extraordinárias do encerramento de posições Total-Return-Swaps.

A situação negativa das receitas nas empresas participadas avaliadas at-Equity resultou numa diminuição de 18 milhões de € na verba »Resultado corrente de empresas avaliadas at-Equity«, passando esta para -21 milhões de € (-3 milhões de €).

Com -46 milhões de € 39 milhões de €, o resultado de imóveis mantidos como investimento imobiliário situou-se abaixo do valor do ano anterior. No caso dos imóveis englobados nesta posição, trata-se de activos por nós adquiridos no âmbito da valorização de garantias. O declínio desta posição baseia-se maioritariamente em ajustamentos de valor destes imóveis avaliados pelo Fair-Value.

O Eurohypo conseguiu efectuou progressos na gestão de custos, tendo-se registado uma regressão nas despesas operacionais no exercício de 2010, o que face ao ano anterior se traduz em 29 milhões de € ou 7%, para 405 milhões de €. Este valor engloba a redução de custos efectuada ao longo do ano devido ao encerramento de estabelecimentos no ano de 2009, bem como a redução de despesas pro rata para os outros estabelecimentos estrangeiros encerrados no ano de 2010. A despesa com pessoal diminuiu em consequência da redução do número de colaboradores, em especial no estrangeiro, tendo a regressão das remunerações variáveis influenciado também positivamente a evolução das despesas operacionais.

Para o ano de 2010, o Grupo Eurohypo apresenta um resultado anterior a impostos na ordem dos -785 milhões de €. As despesas de imposto situaram-se nos 72 milhões de € (387 milhões de €), baseando-se, entre outros, em impostos sobre os rendimentos, que recaíram sobre algumas unidades consolidadas estrangeiras. No total e para o ano de 2010, o Grupo Eurohypo apresenta um resultado após impostos de -857 milhões de €, após -902 milhões de € no ano anterior. A elevada despesa de imposto no ano de 2009 resultou essencialmente do impairment de impostos diferidos.

No ano em apreciação, o RoE anterior a impostos manteve o seu resultado negativo, com -14,9% (-9,0%), tendo-se situado o Cost Income Ratio em 39,4%, após 35,1% no ano de 2009.

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SITUAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL

A situação financeira e dos activos líquidos foi influenciada pela nova orientação estratégica no financiamento imobiliário comercial e pela redução planeada do volume de negócio. No que se refere ao volume de investimentos de 463 milhões de €, remetemos para o quadro de investimentos nas Notas. Não estão previstos investimentos significativos no exercício em curso. A liquidez esteve sempre garantida no ano de 2010. As obrigações de reservas mínimas perante o Bundesbank foram respeitadas pelo Eurohypo no exercício, o mesmo se verificando com o exigido pela Autoridade de Supervisão Financeira Alemã no que se refere a liquidez e a capitais próprios.

REDUÇÃO DO TOTAL DO BALANÇO

Comparativamente a 31 de Dezembro de 2009, o total do Balanço do Eurohypo caiu 27,1 milhares de milhão de € (10,6%), para 229,0 milhares de milhão de €.

A carteira Commercial Real Estate foi reduzida em 3,2 milhares de milhão de €, para 72,1 milhares de milhão de € (75,3 milhares de milhão de €), com base na redução do portfolio activo e na consequente estratégia relativa a novas operações. A quota de negócio no estrangeiro registou uma ligeira subida, de 54% (40,8 milhares de milhão de €) para 56% (40,4 milhares de milhão de €). As nossas actividades financeiras fora da Alemanha concentraram-se nos mercados estratégicos do nosso novo modelo comercial Commercial Real Estate, com 32,4 milhares de milhão de € ou 80%, recaindo sobre a Alemanha 31,7 milhares de milhão de € ou 44% (34,5 milhares de milhão de € ou 46%).

Cessámos a actividade comercial no portfolio de retail em 2007, que diminuiu no ano em apreciação 2,8 milhares de milhão de €, devido a amortizações planeadas e demais reembolsos, passando para 17,8 milhares de milhão de €. A quota desta carteira 100% alemã na totalidade do volume de financiamento imobiliário sofreu uma ligeira descida, para os 20% (21%).

O volume do negócio do financiamento ao sector público apresentou também uma considerável descida, na sequência da redução planeada da carteira. O volume registou uma diminuição de 18,5 milhares de milhão de € (14%), para 110,6 milhares de milhão de €, em especial devido a reembolsos planeados e na sequência das operações efectuadas apenas no âmbito da gestão do montante de cobertura.

Também nas operações de financiamento ao sector público o Eurohypo possui uma vasta diversificação geográfica, situando-se a quota nacional nos 42% (47%). A existência de títulos da carteira Public Finance, com um volume total de 71,1 milhares de milhão de € (80,4 milhares de milhão de €), está classificada na categoria IAS 39 »Loans & Receivables« (LaR) com um volume de 66,3 milhares de milhão de € (74,3 milhares de milhão de €). O restante volume de 4,8 milhares de milhão de € (6,1 milhares de milhão de €) foi classificado na categoria IAS 39 »Available for Sale« (AfS).

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Do lado do passivo, também o volume de fundings registou uma descida em resultado do exposto. Nas obrigações garantidas por títulos, verificou-se uma diminuição de 22,8 milhares de milhão de €, para 80,0 milhares de milhão de €. Nas cédulas hipotecárias, assistiu-se a uma baixa de 5,1 milhares de milhão de € para 28,9 milhares de milhão de €, as cédulas hipotecárias do Sector Público apresentaram uma quebra de 3 milhares de milhão de € para 46,3 milhares de milhão de €, tendo as demais obrigações registado uma diminuição de 2,3 milhares de milhão para 4,8 milhares de milhão de €. Em 31 de Dezembro de 2010, as obrigações perante instituições de crédito e clientes baixaram 3,1 milhares de milhão de €, para 117,2 milhares de milhão de €. As obrigações decorrentes de operações repo, demonstradas em obrigações perante instituições de crédito, regrediram ligeiramente com 35,1 milhares de milhão de €, face aos 37,0 milhares de milhão de € no ano anterior. A regressão de 45 milhões de € no capital subordinado resulta, por um lado, de vencimentos, e por outro, da avaliação mais baixa do capital de usufruto, no montante de 6 milhões de €.

CAPITAIS PRÓPRIOS

Em 31 de Dezembro de 2010, os fundos próprios de acordo com o SolvV (Basileia II) importaram em 8,8 milhares de milhão de € (9,2 milhares de milhão de €), compondo-se por um capital principal no montante de 6,5 milhares de milhão de € (6,3 milhares de milhão de €), bem como por um capital adicional de 2,3 milhares de milhão de € (2,9 milhares de milhão de €). O capital principal incluiu capital híbrido, com um volume inalterado de 0,9 milhares de milhão de €.

Comparativamente ao ano anterior, os activos com valor ajustado ao risco registaram uma descida de 10,4 milhares de milhão de €, para 62,3 milhares de milhão de €.

Em 31 de Dezembro de 2010, o resultado apresentou então uma melhoria no rácio de capital principal, de acordo com o SolvV, de 1,8% para 10,4% (ano anterior 8,6%), bem como um aumento de 1,5% do rácio de capital total, para 14,1% (12,6%). Tendo em vista as actuais exigências de capital, dispomos assim de uma base de capitais próprios satisfatória.

O capital próprio estabelecido no Balanço importa em 3,5 milhares de milhão de € (4,0 milhares de milhão de €). A reserva de lucros diminuiu 0,2 milhares de milhão de € para 0,3 milhares de milhão de €, tendo a reserva para reavaliações constituída, sem qualquer impacto sobre as receitas, apresentado uma quebra de 0,3 milhares de milhão de € para -1,6 milhares de milhão de €. A reserva para reavaliações refere-se a alterações de valor dos nossos títulos Public Finance relativamente ao portfolio Available-for-Sale, dos quais -1,0 milhares de milhão de € recaem sobre títulos que, na falta de um mercado activo, foram reclassificados na categoria »Loans & Receivables.

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RELATÓRIO SUPLEMENTAR E PERSPECTIVA

RELATÓRIO SUPLEMENTAROCORRÊNCIAS APÓS 31 DE DEZEMBRO DE 2010

A 15 de Fevereiro de 2011, o Tribunal Regional de Frankfurt decidiu uma acção contra o Eurohypo AG para pagamento de juro sobre determinadas acções de fruição do anterior Hypothekenbank in Essen AG relativas ao ano de 2009, bem como um pedido no sentido de os direitos de reembolso decorrentes destas acções de fruição não poderem ser reduzidos por prejuízos. O Eurohypo pretende recorrer da sentença e prevê boas possibilidades para uma alteração da mesma, não havendo a registar quaisquer ocorrências de especial significado, no período de 1 de Janeiro até 3 de Março de 2011.

PERSPECTIVASNOTAS RELATIVAS A PREVISÕES

O Relatório de Perspectivas, bem como outras partes do Relatório e Contas, incluem expectativas e prognósticos. Estas afirmações referentes ao futuro baseiam-se em pressupostos de planeamento e em estimativas, com base em todas as informações de que dispomos à data da aprovação do Balanço anual para o ano de 2010. Não assumimos qualquer obrigação de actualização destas afirmações em consequência de novas informações ou de acontecimentos futuros. As afirmações referentes ao futuro implicam sempre riscos e incertezas.

Daí que os resultados e evoluções reais possam divergir consideravelmente dos agora previstos. Tais variações podem resultar, sobretudo, de alterações da situação económica geral e da situação concorrencial, bem como da evolução dos mercados imobiliários e dos mercados de capitais internacionais. O resultado do Banco é também influenciado por possíveis quebras de tomadores de crédito ou de contraentes de operações comerciais, por alterações legislativas nacionais e internacionais – em particular no que respeita à regulamentação fiscal –, bem como por outros riscos.

CONDIÇÕES BÁSICAS

A recuperação económica prosseguirá em 2011, todavia com uma dinâmica diferente e uma evolução volátil dependendo das regiões. Os riscos macroeconómicos são ainda consideráveis. As dificuldades actuais, tais como a crise da dívida pública, as correcções nos mercados de habitação e a consolidação do sector bancário, estender-se-ão também até aos próximos anos, e não terão repercussões na esperada recuperação dos mercados imobiliários. A tendência é, com efeito, predominantemente positiva, mantendo-se a dinâmica, todavia, muito reservada e diversificada. Neste sentido, a Alemanha encontra-se numa posição bastante sólida, uma vez

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que não são necessárias medidas para contrariar os excessos dos gastos no sector público ou do sector privado. Não está, porém, totalmente posta de parte a possibilidade de a crise de a dívida do Euro se evidenciar, também aqui, de forma negativa.

A maioria dos mercados imobiliários atingiu o seu fundo. A velocidade das recuperações esperadas é, todavia, influenciada de forma determinante pela conjuntura económica, sendo por isso diferente consoante a situação de mercado. Em mercados isolados, como Espanha e Portugal, as correcções em cada um dos segmentos de mercado prosseguirão ainda no ano de 2011. A crise da dívida europeia e os pacotes de redução de custos daí resultantes, juntamente com a crise dos mercados financeiros ainda em curso e a consolidação dos orçamentos familiares muito endividados, constituem riscos consideráveis para a performance futura.

PERSPECTIVAS PARA O GRUPO EUROHYPO

EVOLUÇÃO DO EUROHYPO E DAS SUAS ÁREAS DE NEGÓCIO

No ano de 2010, os resultados foram fortemente afectados, sobretudo por efeito de alienações com prejuízo de partes da carteira Public Finance, bem como pelas provisões dos riscos mais alta do que o esperado em muitos mercados CRE. Foram factores determinantes também a conjuntura, as enormes discrepâncias dentro do próprio mercado imobiliário, o elevado endividamento público de alguns países periféricos da zona Euro e as sequelas deixadas pela crise financeira. Por estas razões, o nosso resultado consolidado não evoluiu conforme o previsto no ano anterior.

Não podendo excluir eventuais riscos resultantes da conjuntura de mercado, tomámos medidas de precaução adequadas nos nossos planos. Assim, ajustámos os planos a curto prazo para a evolução do Grupo Eurohypo no exercício em curso, de forma a reflectir as condições actuais. Desta forma, é provável que em 2011 o Grupo Eurohypo obtenha um resultado negativo, embora perceptivelmente melhor, regressando à zona do lucro apenas em 2012.

Na área de negócio Commercial Real Estate e com base na nova orientação, contamos com a diminuições significativas de encargos nos resultados do exercício em curso. Prosseguimos com o redimensionamento da carteira de crédito em Commercial Real Estate. No final de 2012, o volume da carteira visado será inferior a 60 milhares de milhão de €. Os rácios de capital do Eurohypo – que melhoraram consideravelmente em 2010 devido à forte diminuição dos activos com risco ajustado – e a sua boa posição de mercado são a base para a aquisição de novas operações nos mercados estratégicos, que satisfaçam os critérios impostos para os rendimentos ajustados ao risco. Em 2011, o volume visado nas novas operações CRE deverá situar-se ao nível do ano anterior. Adicionalmente, pretendemos atingir uma melhoria das margens nas operações de prolongações. Graças à sua reputação de parceiro de confiança e com experiência, o Eurohypo continua a gozar de uma vantagem concorrencial face à concorrência, no campo do financiamento imobiliário comercial.

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No financiamento do sector público, o aumento dos custos de capitais próprios e dos custos de funding limitou fortemente as actividades comerciais. Esperamos igualmente novas directivas mais restritivas relativamente à dotação de capitais próprios no âmbito de Basileia III, que irão impedir-nos de conseguir obter rendimentos de capitais próprios adequados a médio e a longo prazo. Por estas razões e perante o panorama da alienação planeada do Eurohypo – que sairá do Grupo Commerzbank – não iremos efectuar futuramente novas operações Public Finance, salvo para a gestão do nosso montante de cobertura. Já no final de 2011, a redução da carteira de financiamento ao sector público orientada em função do risco e predominantemente passiva excederá o volume nominal já conhecido, de 100 milhares de milhão de €.

Com as medidas para a estabilização do financiamento imobiliário comercial como actividade comercial central e a redução essencialmente passiva dos portfolios do financiamento ao sector público, o Eurohypo deu um passo importante no que respeita à alienação planeada. De acordo com as exigências da UE ao Commerzbank, esta deverá estar concluída até ao final de 2014. Outro passo importante para a autonomia constitui a reorganização do conceito de funding para um Stand-Alone-Funding no Grupo com um prazo mais alargado.

EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS FUNDAMENTAIS

Mediante a alteração do conceito de funding, irão deixar de existir benefícios do Grupo, o que irá sobrecarregar os proveitos líquidos dos juros no exercício em curso e no futuro. A redução contínua do portfolio reduzirá ainda as receitas. Daí que, apesar da boa evolução das margens de juro, estejamos a contar com uma regressão ligeira mas contínua dos proveitos líquidos dos juros a curto e a médio prazo.

Os proveitos das comissões, que até à data – à excepção das novas operações – retiravam fortes benefícios de reestruturações e de receitas decorrentes da gestão do juro e da gestão do câmbio, apresentam igualmente uma tendência regressiva. Por um lado, esta deve-se aos Assets em regressão, sendo, por outro, influenciada pelo número mais reduzido de reestruturações na sequência da optimização bem sucedida da carteira. No decurso do ano, esperamos assim uma regressão significativa dos proveitos das comissões, que no ano de 2012 prosseguirão a um nível mais baixo.

Após em 2010 termos revisto o nosso plano para a provisão de risco e de termos de proceder a correcções de valor adicionais, para o ano de 2011 contamos com uma redução notável dos encargos, tendência que prosseguirá no exercício de 2012. A condição para a evolução positiva desta posição é a continuação da consolidação nos mercados imobiliários a nível mundial.

Dado a redução da nossa carteira se manter no centro das nossas actividades, não são de excluir prejuízos no resultado das aplicações financeiras mediante a alienação de títulos Public Finance no meio actualmente volátil dos mercados de capitais. Na sequência do prosseguimento da redução da carteira – inclusive da redução passiva e planeada do negócio de financiamento

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ao sector público –, previmos uma redução dos encargos no exercício em curso e para o futuro, partindo do princípio da estabilização das finanças do sector público europeu.

Nos últimos dois anos, as nossas despesas operacionais registaram uma já considerável quebra, mediante a nova orientação do nosso modelo de negócio e do daí decorrente encerramento de 15 estabelecimentos internacionais. Mediante uma gestão de custos eficiente e o encerramento planeado de mais cinco estabelecimentos no estrangeiro, as despesas operacionais irão situar-se num nível comparativamente mais baixo, a longo prazo.

Os nossos rácios de capital, que apresentaram uma considerável melhoria no ano em apreciação, irão também estabilizar-se nos anos que se seguem, devido à diminuição esperada dos activos com valor ajustado ao risco. Estamos, assim, bem posicionados no que se refere às exigências reguladoras esperadas, p. ex. segundo »Basileia III«.

A alteração das condições básicas e os encargos na sequência da optimização contínua da carteira irão influenciar negativamente o resultado do Eurohypo no exercício em curso. Todavia, iremos reduzir significativamente o nosso prejuízo comparativamente ao ano em apreciação. Com a nova orientação do seu modelo de negócio, o Banco criou a base para uma rentabilidade sustentável no sector Commercial Real Estate, voltando a obter um resultado positivo a partir do ano de 2012.

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RELATÓRIO DE RISCO

GESTÃO DO BANCO A NÍVEL GLOBAL ORIENTADA EM FUNÇÃO DO RISCO

ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO DO RISCO

Por risco, o Eurohypo designa o perigo de possíveis prejuízos ou lucros não obtidos, devido a factores internos ou externos. A gestão do risco distingue basicamente entre tipos de risco quantificáveis – aqueles que normalmente podem ser avaliados no fecho do exercício ou em exigências regulamentares de capital – e não quantificáveis, tais como, por exemplo, riscos de reputação e de compliance.

As actividades de gestão do risco estão atribuídas a uma unidade de back-office da gestão do risco Corporate Center, reportando directamente ao membro do Conselho de Administração competente, o Chief Risk Officer (CRO). O CRO é responsável por todos os riscos quantificáveis, bem como pela aplicação das directrizes políticas de risco, fixadas pelo Conselho de Administração. O CRO presta regularmente contas de toda a situação de risco do Banco ao Conselho de Administração e ao Comité de Risco do Comité de Supervisão. Para a execução operacional da gestão do risco, foram nomeados comités específicos (Credit Committees, Risk Management Committee, Asset Liability Committee, entre outros), que actuam no âmbito das competências que lhes foram atribuídas e que apoiam o Conselho de Administração na tomada de decisões quanto a questões relevantes relacionadas com o risco.

INTEGRAÇÃO NO GRUPO

Em termos de método e de organização, a gestão do risco do Eurohypo está integrada no Grupo Commerzbank. Membros do Conselho de Administração e quadros do Eurohypo fazem parte dos comités a nível do Grupo.

Com a integração no Grupo Commerzbank, a responsabilidade pela metodologia e pelo procedimento, bem como a validação e o back-testing, foram transferidos para a empresa-mãe. As exigências reguladoras de uma gestão do risco ao nível do Grupo e a continuação da evolução de um modo de procedimento uniforme são garantidos pela empresa-mãe do Grupo.

Para uma melhor integração das filiais na gestão do risco ao nível da totalidade do Grupo, bem como para a garantia de uma gestão do risco consistente requerida pelas autoridades de supervisão, foram definidos funções, responsabilidades e processos para todas as áreas da gestão do risco a nível do Grupo. Isto significa, de facto, direitos de influência e de aprovação para as filiadas, tendo em conta a relevância do risco, a eficiência e as características específicas de cada filiada. As filiadas actuam como centros de competência dentro do Grupo, no que se refere aos aspectos específicos em que cada uma se destaca.

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CAPACIDADE DE SUPORTE DO RISCO E ESTRATÉGIA DE RISCO

No âmbito do controlo da capacidade de suporte do risco, a necessidade de capital agregada do Eurohypo é confrontada com o capital principal disponível. Para além do cálculo da necessidade de capital – estipulado em termos regulatórios – sob a forma de activos cujo valor foi ajustado ao risco (RWA), foram determinados RWAs económicos, utilizando modelos de risco internos com um nível de confiança de 99,95% e um período de detenção de um ano, que são utilizados para dar forma a cenários de stress. Num primeiro passo, é assumido um cenário em que todos os prejuízos ocorrem simultaneamente, significando que é assumida uma correlação completa entre os tipos de risco. Em seguida, são quantificados os efeitos através do aumento dos parâmetros de base como, por exemplo, a probabilidade de quebra esperada (PD), correlações de Assets e curvas de juro, bem como rácios de prejuízo e montantes de prejuízo.

Desta forma, a capacidade de suporte do risco é medida a partir da comparação entre capital principal regulamentar e a necessidade económica de capital – representada como »equivalentes RWA«. Através da conversão da necessidade económica de capital em equivalentes RWA, as formas de observação reguladoras e económicas tornam a abordagem reguladora e económica directamente comparável.

A garantia da capacidade de suporte do risco processa-se através da fixação de um requisito mínimo específico, baseado em capital principal disponível. No âmbito da estratégia de risco, estes valores foram fixados em 8% para a quota de capital principal económico e em 6% para a quota de capital principal económico num cenário de stress.

A consideração de maiores volatilidades e o ajuste metodológico no stress do risco de mercado reflectem-se no rácio de capital principal económico no cenário de stress, o qual é inferior ao do ano anterior. No período em apreciação, o Eurohypo cumpriu sempre os mínimos requeridos.

A estratégia de risco define as directrizes da política de risco no âmbito da estratégia comercial. É complementada por sub-estratégias, nas quais são formulados os requisitos para os principais tipos de risco (aqui: risco de liquidez, risco de mercado, riscos operacionais, riscos de reputação e riscos jurídicos).

No ano de 2010, o cálculo da capacidade de suporte do risco foi totalmente centralizado no Grupo Commerzbank como parte do Internal Capital Adequacy Assessment Process (ICAAP). Como sociedade substancial do Grupo, o Eurohypo tem o seu próprio processo ICAAP. A harmonização com o modelo de capacidade de suporte do risco do Commerzbank, já iniciada no ano de 2010, prosseguirá no ano de 2011. Esperamos que tal exerça pressão sobre os rácios de capital, sobretudo nos cenários de stress.

De acordo com a estratégia de risco, são definidos dimensões de risco e limites para a tomada de posições de risco. Os riscos não quantificáveis estão sujeitos a um controlo qualitativo rígido dentro do Grupo, em concordância com o mínimo requerido à gestão do risco (MaRisk). A estratégia de risco é revista anualmente, adoptada pelo Conselho de Administração e aprovada pelo Comité de Supervisão. A par da estratégia de risco, as políticas de risco fixam a conversão contínua das exigências legais e internas do Banco.

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RISCOS DE INCUMPRIMENTO DO DEVEDOR

Os riscos de incumprimento do devedor englobam o risco de potenciais prejuízos ou de lucros perdidos – devido a faltas por parte de parceiros comerciais –, bem como alterações destes riscos. Riscos de país, riscos de emissores e riscos de contraentes decorrentes de operações comerciais são também classificados como riscos de incumprimento do devedor.

SISTEMAS DE RATING

Para a avaliação dos riscos de incumprimento do devedor e no âmbito da avaliação de solvabilidade a efectuar, o Banco emite um rating para cada tomador de crédito. É ainda calculada uma quota de prejuízo (Loss Given Default, LGD), utilizando, entre outros, valores de empréstimo e de mercado, quota de receita e prazo de utilização.

Devido à integração no sistema de limite e de gestão para a totalidade do Grupo, a metodologia do rating, a evolução futura, a validação e o controlo são da responsabilidade do Commerzbank. No Retail Banking, o ponto central reside num processo de scoring, o chamado processo »CORES«. No CRE Banking, a avaliação processa-se através de processos de rating para o financiamento imobiliário comercial, o que se estende essencialmente às três categorias seguintes: risco de clientes, de propriedade e de exposição.

Na área de negócio Public Finance é aplicado o processo de rating interno do Commerzbank para países e para bancos. Tomadores de crédito do sector público atribuídos à classe de Assets IRBA são classificados pelo processo de rating para governos centrais.

GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO

O Eurohypo e o Commerzbank dispõem de um conceito uniforme de gestão do banco. A definição da base de capital e o cumprimento de objectivos económicos e regulamentares processam-se a nível do Grupo. A base de capital da gestão da área de negócio interna a nível de carteira é o »Economic Capital«, utilizado para o cálculo de limites de capital e rendimentos mínimos a nível das áreas de negócio, para todo o grupo. A sua medição é baseada nos parâmetros de risco de crédito da probabilidade de perda (PD), rácio de prejuízo (LGD) e Exposure at Default (EaD), assumindo um nível de confiança de 99,95%; o horizonte temporal é de um ano. O capital económico e a configuração de cenários de stress são calculados, no mínimo, a um ritmo trimestral, com base no modelo da carteira de crédito (CVaR).

Para a gestão operacional e limitação dos riscos de incumprimento do devedor, usamos os indicadores de risco EaD, Expected Loss (EL), Unexpected Loss (UL) e consumo de capital económico, bem como os de densidade de risco (EL/EaD).

Enquanto as análises de capacidade de suporte do risco baseadas no UL determinam a direcção estratégica da carteira, servindo também para limitar os riscos de concentração (»limite

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de aglomeração«), a gestão do risco continua a ser implementada operacionalmente com base em limites EL. A limitação de concentrações de risco (»aglomerações«) em países, grupos estratégicos e produtos é garantida pela gestão com base no conceito de capital económico. Por risco de aglomeração são definidas unidades de tomadores de crédito com um consumo de capital económico de, no mínimo, 5 milhões de €. São sucessivamente reduzidas as unidades de tomadores de crédito, cujo consumo de capital económico é superior a 40 milhões de €. De acordo com o consumo de capital económico, são necessárias autorizações adicionais, que poderão estender-se até ao Conselho de Administração do Eurohypo ou ao Conselho de Administração do Grupo Commerzbank.

O EaD para a totalidade da carteira do Eurohypo importa em 193 milhares de milhão de €, após 222 milhares de milhão de € no ano anterior. Seguindo a tendência de recuperação de toda a economia, a maioria dos mercados imobiliários transitou para uma fase de estabilidade em 2010. Todavia, a evolução de mercado cada vez mais positiva antecipa-se à estrutura de rating de crédito da nossa carteira. Daí que a nossa representação muito conservadora do risco resulte numa distribuição de rating geralmente inferior à do ano anterior, tendo a densidade de risco na totalidade da carteira subido moderadamente de 19 para 23 bp. Para a redução do risco de crédito, o Eurohypo detém, sobretudo, garantias sob a forma de imóveis, garantias, avales e seguros de vida.

COMMERCIAL REAL ESTATE

Na sequência da redução estratégica da carteira no white book, o Banco continuou a reduzir a sua exposição total (EaD) na área CRE para 68 milhares de milhão de € (74 milhares de milhão de €). As partes principais da exposição são as subcarteiras Escritório (27 milhares de milhão de €), Comércio (20 milhares de milhão de €) e imóveis para habitação (9 milhares de milhão de €).

O decréscimo perceptível no decurso do ano, no montante de 6 milhares de milhão de € – dos quais 5 milhares de milhão de € recaem sobre a carteira não estratégica – resulta, sobretudo, de retornos, oscilações de câmbio e transferências condicionadas pelo mercado na carteira Default.

As actividades para a redução da carteira acima referidas estão também relacionadas com a decisão da Comissão Europeia de Maio de 2009, que faz depender o apoio estatal concedido ao Commerzbank AG de várias medidas, entre as quais a alienação do Eurohypo AG até ao final de 2014. Com base nesta decisão, o Banco deu início a um projecto de estratégia, que contempla essencialmente a redução significativa dos Assets. O projecto prevê uma redução da carteira na área CRE para um valor inferior a 60 milhares de milhão de € até ao final do ano de 2012.

Devido às condições económicas de base, os intervenientes nos mercados imobiliários internacionais continuam a agir de forma cautelosa. Comparativamente aos anos anteriores, o volume de transacções continua a movimentar-se num nível baixo, todavia com uma tendência

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ligeiramente ascendente, seguindo a recuperação económica, sobretudo nos mercados estabelecidos.

Em 2010, o Eurohypo esteve no mercado com novos compromissos (excluindo prolongações) no montante de 5 milhares de milhão de €, em transacções seleccionadas. Tal como anteriormente, os investidores concentram-se em activos de elevado valor qualitativo (os chamados »Core-Assets«) com Cash Flow garantido a longo prazo.

Com correcções de mercado gradualmente diminuídas, os financiamentos garantidos por dívidas hipotecárias na nossa carteira continuam a apresentar rácios Loan to Value (LtV) que cobrem largamente os nossos requisitos, facto que levou a uma determinada estabilização dos nossos LtVs no último trimestre, ainda que, tal como anteriormente, a um nível mais elevado.

Apesar da melhoria da totalidade das condições básicas, a situação económica continua a manter-se tensa em alguns mercados. A evolução dos mercados imobiliários nos EUA, por exemplo, continua a não apresentar uma viragem positiva sustentável. Todavia e comparativamente ao ano anterior, a densidade de risco para o sub-mercado EUA foi inferior, o que constitui o primeiro indicador de uma avaliação do risco mais optimista de uma forma geral. Espanha é vista de forma igualmente crítica, não sendo visíveis, até à data, quaisquer tendências de recuperação. O aumento da densidade de risco da totalidade da carteira à data da elaboração do presente relatório exprime a nossa avaliação conservadora e reservada do risco. A evolução do mercado na Alemanha e nos principais mercados europeus – como a Grã-Bretanha e a França – pode ser avaliada como cautelosamente optimista, principalmente no caso de imóveis de qualidade elevada.

Os LtVs nestes mercados e em Espanha situam-se predominantemente numa extensão de 60% a 80%. O volume dos Corporate Loans no sector CRE – um ramo de negócio em que o Eurohypo já não se encontra activo – era de 2 milhares de milhão de € (ano anterior 3 milhares de milhão de €) à data de referência.

PUBLIC FINANCE / TREASURY

Em 2010, o EaD total para Public Finance/Treasury e com uma densidade de risco (6 bp) praticamente inalterada decaiu 20 milhares de milhão de €, para 108 milhares de milhão de €.

A carteira Public Finance do Eurohypo é composta por créditos e por títulos de dívida com prazos longos, que na sua grande parte estão atribuídos à categoria Loans and Receivables (LaR).

Com 67 milhares de milhão de €, as operações de financiamento ao sector público centram-se em governos nacionais, estados federados, regiões, municípios e freguesias, bem como instituições supranacionais. O centro da exposição situa-se na Alemanha e na Europa Ocidental. A participação da América do Norte (EUA/Canadá) é de aproximadamente 16%.

Do EaD para governos nacionais e instituições sub-governamentais recaem cerca de 16 milhares de milhão de € sobre a Grécia (2,9 milhares de milhão de €, ano anterior 3,1 milhares

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de milhão de €), Itália (9,0 milhares de milhão de €, ano anterior 9,7 milhares de milhão de €), Portugal (0,9 milhares de milhão de €, ano anterior 1,7 milhares de milhão de €) e Espanha (2,8 milhares de milhão de €, ano anterior 3,7 milhares de milhão de €).

O restante da carteira consiste em 41 milhares de milhão de € em Financial Institutions (FI), essencialmente domiciliadas na Alemanha e na Europa Ocidental (93%). A maior parte da carteira FI consiste em títulos de dívida e empréstimos, muitos deles com fianças e obrigações de garantia ou outras declarações de responsabilidade do sector público, e tendo outros sido emitidos sob a forma de Covered Bonds.

Até ao final de 2011, é nossa intenção reduzir a totalidade da carteira Public Finance (incluindo FIs) para menos de 100 milhares de milhão de €, mediante a exploração dos vencimentos. De acordo com a estratégia, continuamos a não efectuar novas operações neste segmento de negócio (novas operações somente em casos isolados e para gestão do montante de cobertura).

As operações do livro de caixa foram efectuadas no ano de 2010 apenas sob a forma de operações a prazo com divisas, não sendo de registar outras actividades do livro de caixa.

RETAIL BANKING

Desde a transferência das actividades das novas operações no segmento Retail Banking para o Commerzbank, no ano de 2007, que o Eurohypo acompanha apenas o livro de crédito existente. As actividades das novas operações neste segmento de negócio não estão incluídas na estratégia, sendo dada importância preponderante à redução da carteira e à protecção dos rendimentos. No decurso de 2010, o EaD registou uma descida de 2,6 milhares de milhão de € para 16,7 milhares de milhão de €, mantendo-se os pontos principais nas áreas de habitações próprias (10,4 milhares de milhão de €) e fracções habitacionais privadas (3,4 milhares de milhão de €). Graças aos reduzidos LTVs devido aos prazos residuais e predominantemente às garantias de primeira ordem, o risco nesta carteira é considerado estável – também face à melhoria do panorama económico na Alemanha.

ENCARGOS SOBRE AS RECEITAS

A situação ainda tensa nos mercados financeiros provocou encargos sobre as receitas, também em 2010. A subida da provisão de risco nas operações de crédito baseia-se essencialmente em maiores impairments específicos nos sectores CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos e CRE Banking Internacional Global Restructuring, bem como em impairments na carteira Non-Core na Alemanha. Tal como se vê na tabela que se segue, os encargos sobre as receitas totalizaram 1,5 milhares de milhão de €, tendo a reserva para reavaliações sofrido encargos adicionais de 262 milhões de €. No âmbito da redução do risco, verificaram-se ainda prejuízos de alienação no montante de 228 milhões de €.

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ENCARGOS SOBRE AS RECEITAS

em milhões de € 31.12.2010 31.12.2009Provisão de risco crédito LaR 1.407 1.174

Retail Banking 88 106Commercial Real Estate 1.322 1.058Public Finance -3 10

Provisão de risco aplicações financeiras LaR (GLLP) 2 25Impairments aplicações financeiras AfS 1 122Impairments sobre participadas 105 5Encargos sobre as receitas total 1.515 1.326Reserva para reavaliações (líquido) 262 -676Encargos relacionados com risco sobre capital total 1.777 650

Provisão de risco Loans and Receivables

Dos 1,3 milhares de milhão de € registados no período em apreciação para o financiamento imobiliário comercial (CRE), recaem 374 milhões de € sobre compromissos na Alemanha e 948 milhões de € sobre compromissos internacionais.

A provisão de risco para a carteira CRE situa-se significativamente acima do nível do ano anterior e acima dos valores orçamentados. As correcções de valor para CRE, com um volume de aproximadamente 495 milhões de €, devem-se a correcções de valor específicas em Espanha e nos EUA. Partimos do pressuposto de que a provisão de risco continuará a ser responsável por encargos sobre as receitas no corrente ano, embora a um nível inferior. Para os EUA e a Espanha, esperamos também uma provisão de risco em regressão, baseada numa ligeira recuperação dos mercados nos EUA, o que porém não representa o fim da crise. Fizemos ainda provisões no montante de 220 milhões de € para a nossa carteira Non-Core alemã. As perspectivas de mercado e as tendências evolutivas são consideradas no nosso cenário de stress, sendo um elemento importante da nossa gestão do risco.

A par dos encargos sobre as receitas decorrentes de provisões para perdas de receitas específicas, os impairments em participações e aplicações financeiras (106 milhões de €) representaram também um acréscimo de custos no resultado.

No segmento Retail Banking, a provisão de risco situou-se nos 88 milhões de € e, assim, abaixo do valor do ano anterior. Neste ponto, a evolução positiva da economia na Alemanha foi responsável pela continuação da estabilização no corrente ano, subsistindo contudo riscos decorrentes da evolução conjuntural dos parceiros económicos europeus e globais. Na sequência da recuperação da economia na sua totalidade, a maioria dos mercados imobiliários estabilizou no ano de 2010.

Os nossos mercados estratégicos EUA e Espanha não conseguem ainda acompanhar esta evolução, uma vez que estão ainda a ser afectados pelo impacto dos exageros económicos do

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último ciclo, e por em alguns casos continuarem a apresentar preços de imobiliário ainda em regressão. É provável que as correcções se mantenham ainda em 2011, em alguns sectores. A crise da dívida europeia e o processo de consolidação dos consumidores, em parte altamente endividados, acarretam ainda riscos consideráveis para a continuação da evolução nos mercados imobiliários.

Carteira Default

Em 31.12.2010, a carteira Default do Banco situava-se nos 8,5 milhares de milhão de €, resultando as garantias e a provisão de risco num Coverage Ratio de 97,7%. Para a subida do volume de Default, foi determinante a evolução do mercado imobiliário no financiamento imobiliário comercial internacional. Nas áreas de negócio CRE e Retail Banking, os valores de garantia recaem quase totalmente sobre dívidas hipotecárias de terrenos e edifícios utilizados para habitação e comércio.

Em 31.12.2010, registam-se créditos a cobrar, segundo Basileia II, mas ainda não »em incumprimento« decorrentes de juros e de amortizações, numa ordem de grandeza de 477 milhões de €. Cerca de 85% do volume vencido nas áreas de negócio CRE e Retail Banking dispõem de garantias sob a forma de dívidas hipotecárias/hipotecas. A fim de evitar montantes vencidos e impairments, o Banco renegociou empréstimos de reestruturação, no montante de 2,3 milhares de milhão de €.

Para a redução de outros riscos, alguns imóveis são tomados em mão por sociedades de exploração. No exercício em apreciação, não adquirimos quaisquer propriedades (ano anterior 95 milhões de €) que sejam classificadas no Balanço de acordo com a categoria IAS 40 »imóveis mantidos como investimento imobiliário«. Adquirimos ainda propriedades no montante de 78 milhões de € (ano anterior: -), para os quais está prevista a alienação no prazo de um ano, e que de acordo com o IFRS 5 são incluídas no Balanço como »Valores patrimoniais mantidos para alienação«. No âmbito de reestruturações, mantivemos rácios em sociedades imobiliárias no montante de 378 milhões de € (26 milhões de €), que foram demonstradas como »Rácios em empresas avaliadas at-Equity«. Juntam-se ainda títulos no montante de 22 milhões de € (129 milhões de €), demonstrados como aplicações financeiras.

Procedeu-se a impairments sobre imóveis avaliados segundo o IAS 40, no montante de 54 milhões de €, bem como a impairments sobre imóveis IFRS 5, no montante de 4 milhões de €, enquanto no que respeita às quotas em sociedades classificadas no Balanço at-Equity se procedeu a um impairment de 125 milhões de €. As alienações efectuadas obtiveram um lucro de 9 milhões de €.

A maioria das propriedades é acompanhada e gerida por sociedades, nas quais o Eurohypo detém participações maioritárias através de filiais. Trata-se habitualmente da EH Estate Management GmbH. O objectivo é aumentar o valor e a performance da carteira imobiliária predominantemente comercial através do know-how imobiliário de EH Estate, de forma a poder voltar a colocar propriedades no mercado, a curto e a médio prazos.

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MONTANTES VENCIDOS A 31.12.2010

em milhões de € > 0 ≤ 30 dias > 30 ≤ 60 dias > 60 ≤ 90 dias SomaRetail Banking 27 32 3 63Commercial Real Estate 364 48 2 414Public Finance 0 0 0 0Soma 392 80 5 477

CARTEIRAS ESPECIAISASSET BACKED SECURITIES (ABS)

No Eurohypo, as principais formas do negócio estruturado são investimentos em carteiras ABS e outros produtos de crédito estruturados individualmente. Para os »Student Loans« por nós mantidos, uma carteira com um volume de 4 milhares de milhão de €, existe um mecanismo de garantia institucional que se estende até ao governo dos EUA. O Eurohypo possui garantias do sector público para outra parte da carteira, no montante de 1,3 milhares de milhão de €. Continua a não se verificar a necessidade de impairments para estes títulos. As alterações de exposição devem-se exclusivamente a alterações de valores de mercado e a vencimentos. Não foram efectuadas novas operações em títulos ou créditos.

Derivados de crédito

Em 31.12.2010, o Banco estava ainda na posse de 32 Credit Default Swaps (CDS) com um volume nominal de 0,7 milhares de milhão de € (ano anterior 0,3 milhares de milhão de €), dos quais 29 CDS (0,6 milhares de milhão de €) se destinam a garantir posições de risco. Os restantes três CDS representam uma posição na sua maior parte encerrada.

CARTEIRA DE COBERTURA

O Eurohypo é um dos mais importantes emitentes de empréstimos e líder de mercado no mercado das cédulas hipotecárias (n.º 2 no mercado de cédulas hipotecárias ao sector público).

Os financiamentos imobiliários e as operações de crédito ao sector público são a base do montante de cobertura das cédulas hipotecárias aos sectores público e privado emitidas.

O Eurohypo dispõe de um sistema de gestão do risco, que corresponde às exigências do § 27 PfandBG [lei alemã relativa às cartas de penhor e obrigações semelhantes emitidas pelas instituições de crédito públicas]. Tanto as operações com cédulas hipotecárias ao sector privado como também com as emitidas ao sector público estão totalmente integradas no sistema de gestão do risco do Eurohypo, sendo regularmente submetidas a uma extensa auditoria externa e interna.

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MONTANTE DE COBERTURA EUROHYPO AG A 31.12.2010

|CÉDULAS HIPOTECÁRIAS SECTOR PRIVADO CÉDULAS HIPOTECÁRIAS SECTOR PÚBLICOCobertura de capital nominal milhares de milhão de € Cobertura de capital nominal milhares de milhão de €- Activos de hipoteca 50,9 - Activos sector público 51,2- Cédulas hipotecárias em circulação 38,4 - Cédulas hipotecárias em circulação 47,9- Excesso de cobertura 12,5 - Excesso de cobertura 3,3Valor líquido Valor líquido- Valor líquido Activos de hipoteca 54,1 - Valor líquido Activos sector público 56,7- Valor líquido cédulas hipotecárias - Valor líquido cédulas hipotecárias em circulação 40,8 em circulação 50,9- Excesso de cobertura 13,2 - Excesso de cobertura 5,8- Excesso de cobertura em % 32,4% - Excesso de cobertura em % 11,5%Sensitividade* Sensitividade+ Curva de juro shift upwards em % 32,9% + Curva de juro shift upwards em % 10,4%- Curva de juro shift downwards em % 28,4% - Curva de juro shift downwards em % 11,6%Outros valores de cobertura 0,9 Outros valores de cobertura 3,0

* o cálculo é efectuado através de simulação dinâmica segundo § 5 (1), 2 PfandBarwert V

As exigências decorrentes da emenda das cédulas hipotecárias de 2010 foram por nós implementadas na sua totalidade e atempadamente. Actualmente, todas as nossas cédulas hipotecárias têm um rating »AAA«.

Informações detalhadas relativamente às carteiras de cobertura do Eurohypo podem ser consultadas nas indicações sobre regulamentos de transparência de acordo com o disposto no § 28 PfandBG, publicados nas páginas da Internet do Eurohypo e do “Verband der Deutschen Pfandbriefbanken” [associação dos bancos alemães emitentes de cédulas hipotecárias].

RISCOS DE MERCADO E DE LIQUIDEZ

RISCO DE MERCADO

Os riscos de preço de mercado englobam o perigo de prejuízos devido à alteração dos preços de mercado (juros, spreads, câmbio de divisas, cotação de acções) ou parâmetros influenciados pelo preço (volatilidade, correlações). A gestão e o controlo estão estabelecidos a nível do Grupo. O Grupo utiliza um extenso instrumental de sensibilidades, números Value-at-Risk, testes de stress e análises sensoriais. O cálculo dos testes de stress baseia-se numa combinação de simulações históricas e sintéticas para juros, spreads de crédito e câmbios, o que inclui tanto alterações hipotéticas dos parâmetros de risco como também situações históricas Worst-case.

O risco de mercado é determinado diariamente, sendo controlada a utilização dos limites.

Os limites são ajustados às realidades actuais.

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Ao longo do ano de 2010, alguns limites foram temporariamente ultrapassados devido a turbulências de mercado, requerendo um ajustamento do limite num pico de 130 milhões de €. Verificamos uma tendência menos volátil desde Setembro de 2010. Actualmente, o nosso limite VaR situa-se nos 110 milhões de €, o que resulta, entre outros, de um ajustamento da metodologia (inclusão de investimentos equity). O limite de utilização anual médio foi de 57%.

Observamos também o risco de liquidez de mercado, que considera o período em que posições de risco podem ser encerradas ou garantidas na extensão desejada.

A exposição na área do risco de mercado é determinada essencialmente pelos Banking Books na carteira de investimentos do Eurohypo. Os principais condutores são as posições na área do financiamento ao sector público (Public Finance). O VaR (97,5%, 1 dia) era em 31.12.2010 de 74 milhões de €, comparado com os 22 milhões de € no final do ano de 2009. O aumento deve-se essencialmente a uma forte subida da volatilidade do mercado condicionada pela crise no período de referência do cálculo VaR. Paralelamente, são medidos e limitados os riscos de spread de crédito, através de análises de sensibilidade (Downshift 1 bp). No final do ano apresentamos uma sensibilidade Credit Spread de -58,9 milhões de € para posições LaR e -4,8 milhões de € para posições Public Finance na categoria »Available for Sale«.

RISCO DE LIQUIDEZ

No sentido mais restrito, risco de liquidez pode significar o risco de o Banco não conseguir cumprir totalmente as suas obrigações de pagamento actuais ou futuras, ou não conseguir fazê-lo dentro do prazo. Num sentido mais lato, engloba o risco de em caso de crise de liquidez só poderem ser aceites meios de funding a taxas de mercado mais elevadas (risco de funding), ou só ser possível a liquidação dos activos com reduções das taxas de mercado (risco de liquidez de mercado), bem como o risco da disponibilidade limitada de fontes de funding, tais como o mercado de capitais, o mercado monetário e depósitos.

A liquidez do Eurohypo está integrada na gestão de liquidez do Grupo Commerzbank. O Eurohypo dispõe de uma linha de mercado monetário no montante de 7 milhares de milhão de €, que foi reduzida em 6,5 milhares de milhão de € comparativamente ao ano anterior.

A garantia da capacidade de pagamento é quantificada e controlada com base em dois conceitos interligados:

• Prazo até um ano – conceito Available Net Liquidity (ANL) • Prazo superior a um ano – conceito Stable Funding.

O modelo de risco de liquidez interno do Commerzbank é a base da gestão da liquidez. Este processo de medição do risco de liquidez calcula a liquidez líquida disponível (ANL) para os próximos 12 meses com base em Cash Flows contratuais e económicos, bem como os valores patrimoniais líquidos. Um componente importante é o stress testing, que apresenta as consequências de efeitos não planeados sobre a situação de liquidez, o que permite um

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planeamento de emergência sustentável. Foram sempre respeitadas as provisões regulamentares de acordo com a regulamentação da liquidez. A solvência do Eurohypo foi sempre respeitada no período em apreciação, mesmo sob o pressuposto de um cenário de stress.

O Banco está activamente envolvido nos preparativos do Grupo para a introdução dos rácios de riscos de liquidez definidos em Basileia III.

RISCOS OPERACIONAIS E OUTROS

RISCOS OPERACIONAIS

De acordo com o regulamento sobre solvabilidade, o risco operacional é definido como o risco de perdas decorrente de irregularidades ou erros internos de processos, sistemas e pessoas, ou decorrente de acontecimentos externos. Esta definição engloba riscos jurídicos, mas não abarca riscos estratégicos ou riscos de reputação.

O Eurohypo delegou no Commerzbank as tarefas na área »Riscos Operacionais«, de forma a cumprir as exigências do Grupo e as exigências legais relacionadas com a supervisão do Banco. O Grupo tornou-se uma instituição qualificada para o modelo de medição de capitais próprios (Advanced Measurement Approach). Foram implementadas todas as exigências quantitativas e qualitativas para a gestão do risco operacional, incluindo os respectivos mecanismos de gestão. O cálculo do capital regulamentar e económico, bem como a configuração de cenários de teste para riscos operacionais são efectuados pelo Commerzbank. No decurso do ano de 2010, verificaram-se perdas OpRisk abaixo dos 20,2 milhões de €, essencialmente provenientes de operações de funding e de riscos jurídicos. Em 31.12.2010, a obrigação regulamentar de capitais próprios de riscos operacionais situou-se em 80,3 milhões de €, com base no Advanced Measurement Approach (AMA).

Outsourcing

Os riscos de Outsourcing são parte dos riscos operacionais. A quantificação destes riscos processa-se – desde que possível e economicamente sensato – no âmbito dos métodos e processos aí aplicados.

BUSINESS RISK

Por Business Risk entende-se um prejuízo potencial, que resulta de diferenças das receitas reais (diferenças negativas) e de custos (diferenças positivas) dos números planeados. Este prejuízo é determinado essencialmente pela estratégia comercial e pelo planeamento do orçamento interno,

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AVAILABLE NET LIQUIDITYA 31.12.2010, EM MILHÕES DE €

Eurohypo Limite

bem como por condições globais em mutação, verificadas em volumes de negócio, em processos técnicos e na situação concorrencial do Banco e dos seus concorrentes por clientes.

A gestão do Business Risk processa-se através de objectivos claros para áreas de negócio específicas, tendo em vista o rendimento e a relação despesa/receita.

OUTROS RISCOS

Para cumprimento do 2.º Pilar de Basileia, os requisitos mínimos para a gestão do risco (MaRisk) exigem uma observação abrangente do risco e, por conseguinte, também a consideração de tipos de risco não quantificáveis, sujeitos a um processo de gestão e de controlo a nível de todo o Grupo.

Riscos com pessoal

O Grupo Commerzbank define os riscos com pessoal em quatro categorias:Risco de aptidão: no âmbito das suas funções, competências e responsabilidades, os

colaboradores, têm de possuir os conhecimentos e a experiência necessários. Através de

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formação contínua adequada, deverá garantir-se que o respectivo nível de qualidade dos colaboradores corresponda ao nível de desenvolvimento actual.

Risco de motivação: o sistema de remunerações e incentivos deve ser concebido de forma a não provocar conflitos de interesses ou incentivos desadequados, em especial no referente aos quadros.

Risco de saída: deverá garantir-se que a ausência ou a saída de colaboradores não terá como resultado perturbações duradouras no funcionamento empresarial. Deverão definir-se os critérios de colocação, em especial no referente aos quadros.

Risco de preenchimento: o recrutamento quantitativo e qualitativo dos recursos humanos da instituição de crédito deve orientar-se sobretudo pelas necessidades internas, pelas actividades de negócio, pela estratégia e pela situação do risco.

Riscos de estratégia

Estes riscos são definidos como o perigo de influências negativas para o cumprimento dos objectivos estratégicos do Eurohypo, resultando de alterações no panorama do mercado e da concorrência, das exigências do mercado de capitais, da regulamentação/política dos bancos, bem como da implementação inadequada da estratégia do Grupo ou da evolução inconsistente das áreas de negócio. A responsabilidade pela gestão empresarial estratégica recai sobre o Conselho de Administração, sendo fixada em concordância com a estratégia do Grupo. Com base na observação permanente do panorama de mercado e da concorrência alemã e internacional, bem como nas exigências do regulador e dos mercados de capitais, procede-se a uma análise contínua das principais alterações e evoluções, sendo daí deduzidas as medidas necessárias para a garantia do sucesso empresarial a longo prazo.

Risco de reputação

O risco de deterioração da reputação junto dos accionistas, clientes, colaboradores, parceiros comerciais e junto da opinião pública é por nós designado por risco de reputação. Em regra, os riscos de reputação ocorrem como consequência de outros tipos de risco, p. ex. riscos de compliance. O objectivo da gestão é o reconhecimento atempado e a monitorização, bem como a sensibilização para estes riscos juntos dos colaboradores. A gestão destes riscos recai sobre o serviço de Relações Públicas. As principais funções são a análise dos riscos de reputação, em caso de crise a coordenação dos trabalhos com as relações públicas e externas, e a gestão operativa nas operações diárias. O gestor de reputação informa regularmente o Conselho de Administração e o Comité de Supervisão sobre os actuais riscos de reputação.

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Riscos de Compliance

O sucesso do Eurohypo depende fundamentalmente da confiança dos nossos clientes, dos nossos investidores em créditos hipotecários, dos nossos colaboradores e da opinião pública, no que respeita à capacidade e, em especial, à integridade do nosso Banco e da totalidade do Grupo Commerzbank. Esta confiança baseia-se sobretudo no cumprimento dos respectivos regulamentos legais, reguladores e internos, bem como na observação dos níveis de mercado habituais e das regras de comportamento (Compliance) no âmbito das actividades comerciais gerais. A responsabilidade recai aqui, em primeira instância, sobre o Conselho de Administração, que no ano de 2010 delegou o cumprimento desta tarefa no Management Group Compliance do Commerzbank. O objectivo é identificar atempadamente os riscos de compliance que possam colocar em risco a integridade e o sucesso do Banco, evitando-os, gerindo-os, ou solucionando-os, tanto quanto possível, no interesse das partes envolvidas.

RESUMO

Relatámos os riscos importantes para a avaliação global do Grupo Eurohypo. Não são perceptíveis outros critérios de risco ou circunstâncias de risco. Do ponto de vista actual, também para o futuro não se vislumbram outros riscos que ameacem a continuidade do Banco. No exercício de 2010, a totalidade do risco do Eurohypo esteve de acordo com a capacidade de risco existente.

Para riscos identificáveis e sempre que necessário, existem precauções adequadas através de amortizações ou reservas no âmbito do Balanço anual.

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO GRUPO EUROHYPOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

Procedemos ao fecho do exercício do Grupo, com base nos International Accounting Standards (IAS) e nos International Financial Reporting Standards (IFRS) e respectivas disposições, através do Standing Interpretations Committee e do International Financial Reporting Interpretation Committee. São considerados todos os standards e interpretações de aplicação obrigatória na UE para o exercício de 2010.

ÍNDICE49 Demonstração de resultados51 Lucro do Grupo52 Balanço53 Conta de alteração de capital próprio55 Conta de Cash Flow

57 Anexo (Notas)57 Princípios básicos de prestação de contas do Grupo58 Métodos de estabelecimento do Balanço e métodos de avaliação

58 (1) Princípios básicos59 (2) Adaptação dos métodos de estabelecimento do Balanço e dos

métodos de avaliação60 (3) Círculo e métodos de consolidação63 (4) Instrumentos financeiros: avaliação e valorização (IAS 39)71 (5) Conversão monetária72 (6) Reserva líquida72 (7) Documentos representativos de crédito72 (8) Provisão de risco nas operações de crédito73 (9) Operações efectivas de recompra e transacções de empréstimo

de títulos74 (10) Valores de mercado positivos de instrumentos de garantia

derivativos74 (11) Activos comerciais75 (12) Aplicações financeiras77 (13) Quotas em empresas avaliadas at-Equity77 (14) Imóveis mantidos como investimento imobiliário77 (15) Valores patrimoniais mantidos para alienação78 (16) Valores patrimoniais imateriais79 (17) Imobilizações corpóreas

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79 (18) Operações de leasing80 (19) Impostos sobre os rendimentos81 (20) Obrigações face a instituições de crédito e clientes, bem como

obrigações garantidas por títulos81 (21) Valores de mercado negativos e instrumentos de garantia

derivativos82 (22) Passivos comerciais82 (23) Reservas83 (24) Reservas para pensões e obrigações semelhantes85 (25) Planos de remunerações de colaboradores87 (26) Capital subordinado e capital híbrido87 (27) Capitais próprios e quotas em poder de terceiros88 (28) Operações fiduciárias88 (29) Obrigações eventuais e concessão de créditos irrevogáveis

89 Notas explicativas à demonstração de resultados89 (30) Proveitos líquidos dos juros90 (31) Provisão para riscos em operações de crédito90 (32) Proveitos de comissões91 (33) Resultado de Hedge Accounting91 (34) Resultado comercial92 (35) Resultado de aplicações financeiras92 (36) Resultado corrente de quotas em empresas avaliadas at-Equity93 (37) Resultado de imóveis mantidos como investimento imobiliário93 (38) Despesas operacionais95 (39) Outro resultado da exploração95 (40) Impairments de Goodwill95 (41) Despesas de reestruturação96 (42) Impostos sobre receitas e rendimentos98 (43) Resultado líquido99 (44) Resultados trimestrais101 (45) Apresentação de relatório por segmentos

108 Notas ao Balanço – Activo108 (46) Reserva líquida108 (47) Créditos sobre instituições de crédito108 (48) Créditos sobre clientes109 (49) Provisão para risco nas operações de crédito110 (50) Valores de mercado positivos de instrumentos de garantia

derivativos

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110 (51) Activos comerciais111 (52) Aplicações financeiras112 (53) Quotas em empresas avaliadas at-Equity113 (54) Imóveis mantidos como investimento imobiliário114 (55) Valores patrimoniais mantidos para alienação114 (56) Valores patrimoniais não materiais115 (57) Imobilizações corpóreas116 (58) Mapa de investimentos119 (59) Direitos sobre os rendimentos121 (60) Outros activos

122 Notas ao Balanço – Passivo122 (61) Obrigações com instituições de crédito122 (62) Obrigações com clientes123 (63) Obrigações garantidas por títulos123 (64) Valores de mercado negativos de instrumentos de garantia

derivativos 123 (65) Passivos comerciais124 (66) Provisões127 (67) Dívidas de imposto sobre os rendimentos128 (68) Outros passivos128 (69) Capital sem precedência131 (70) Capital híbrido131 (71) Notas ao capital próprio134 (72) Volume de moeda estrangeira

134 Notas a instrumentos financeiros e gestão do risco134 (73) Operações derivativas138 (74) Aplicação dos instrumentos financeiros derivativos138 (75) Cash Flow Hedges139 (76) Riscos de preço de mercado139 (77) Riscos de juro139 (78) Riscos de Credit-Spread140 (79) Riscos de câmbio140 (80) Relatório de risco140 (81) Activos avaliados de risco e quotas de capital142 (82) Valor de mercado (Fair Value) de instrumentos financeiros148 (83) Valores patrimoniais transferidos como garantia148 (84) Risco de incumprimento máximo149 (85) Classificação dos prazos de vencimento residuais

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150 Outros esclarecimentos150 (86) Operações efectivas de recompra e transacções de empréstimo

de títulos (operações Repo e operações Reverse-Repo) e Cash Collaterals

151 (87) Operações de empréstimo de títulos151 (88) Valores patrimoniais sem precedência152 (89) Obrigações não incluídas no Balanço152 (90) Operações fiduciárias152 (91) Empregados (média)153 (92) Indicações sobre operações importantes com empresas e

pessoas próximas157 (93) Planos de retribuição baseados em acções158 (94) Garantia (Securitisation) de créditos158 (95) Outras obrigações159 (96) Data da aprovação para publicação159 (97) Compromisso da empresa-mãe perante as suas filiais159 (98) Participações em filiais e outras empresas

161 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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GRUPO EUROHYPO

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

CONTA DE RECEITAS

1.1.-31.12.2010 1.1.-31.12.2009 VariaçãoNotas milhões de € milhões de € milhões de € %

Receitas de juro 7.263 9.146 -1.883 -20,6Despesas de juro 5.925 7.858 -1.933 -24,6Proveitos líquidos dos juros 30 1.338 1.288 50 3,9Provisão para risco emoperações de crédito 31 -1.407 -1.174 233 19,8Proveitos líquidos dos juros apósprovisão para risco -69 114 -183 >-100,0Receitas de comissões 213 180 33 18,3Despesas de comissões 28 31 -3 -9,7Proveitos de comissões 32 185 149 36 24,2Hedge Accounting 33 14 98 -84 -85,7Resultado comercial 34 -120 -53 -67 >-100,0Resultado de aplicações financeiras 35 -335 -248 -87 -35,1Resultado corrente de quotas emempresas avaliadas at-Equity 36 -21 -3 -18 >-100,0Resultado de imóveis mantidos como investimento financeiro 37 -46 -7 -39 >-100,0Despesas operacionais 38 405 434 -29 -6,7Outros resultados da exploração 39 12 12 0 -Impairments sobre valores denegócio ou empresariais 40 - 70 -70 -100,0Despesas de reestruturação 41 - 73 -73 -100,0Resultado anterior a impostos -785 -515 -270 -52,4Impostos sobre rendimento e receitas 42 -72 -387 315 81,4Resultado do Grupo -857 -902 45 5,0Resultado do Grupo atribuído às quotas minoritárias 0 0 0 -Resultado do Grupo atribuído aos accionistas do Eurohypo -857 -902 45 5,0

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ABREVIADA

1.1.-31.12.2010 1.1.-31.12.2009 VariaçãoNotas milhões de € milhões de € milhões de € %

Resultado do Grupo -857 -902 45 5,0Variação da reserva para reavaliações 71 -262 676 -938 >-100,0Ajustes de reclassificação da conta de receitas 76 147 -71 -48,3Alterações de avaliação -338 529 -867 >-100,0Variação da reserva de Cash Flow Hedges 71 5 7 -2 -28,6Ajustes de reclassificação da conta de receitas 5 7 -2 -28,6Alterações de avaliação - - - -Variação da reserva do câmbio de divisas 71 5 -2 7 >100,0Ajustes de reclassificação da conta de receitas - - - -Alterações de avaliação 5 -2 7 >100,0

Quota no restante resultado de empresas avaliadas at-Equity - - - -Outro resultado no período -252 681 -933 >-100,0Resultado total -1.109 -221 -888 >-100,0Resultado total atribuível às quotas minoritárias 0 0 0 0Resultado total atribuível aos accionistas do Eurohypo

-1.109 -221 -888 >-100,0

OUTRO RESULTADO NO PERÍODO

1.1.-31.12.2010 1.1.-31.12.2009

em milhões de €anterior a

imposto impostoapós

impostoanterior a

imposto impostoapós

imposto

Variação da reserva para reavaliações -382 120 -262 988 -312 676Variação da reserva de Cash Flow Hedges 7 -2 5 10 -3 7Variação da reserva do câmbio de divisas 5 - 5 -2 - -2Variação no restante resultado do período de empresas avaliadas at-Equity - - - - - -Outro resultado no período -370 118 -252 996 -315 681

outro resultado no período atribuível às quotas minoritárias 0 0 0 0 0 0outro resultado no período atribuível aos accionistas do Eurohypo -370 118 -252 996 -315 681

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LUCRO DO GRUPO

em milhões de € 2010 2009Resultado do Grupo atribuído aos accionistas do Eurohypo -857 -902Transferência de lucros + / Aceitação de prejuízos - -672 -151Incorporação em reservas de lucros +/Desafectação das reservas de lucros - -185 -751Lucro do Grupo - -

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BALANÇOACTIVO

31.12.2010 31.12.20091) Variação 01.01.20092)

Notasmilhões

de €milhões

de €milhões

de € %milhões

de €Reserva líquida 6, 46 30 36 -6 -16,7 19Créditos sobre instituições de crédito 7, 8, 47, 49 23.980 26.872 -2.892 -10,8 31.248

dos quais transferidos como garantia 9.791 8.435 1.356 16,1 9.235Créditos sobre clientes 7, 8, 48, 49 116.299 129.695 -13.396 -10,3 150.263Valores de mercado positivos de instrumentos de garantia derivativos 10, 50 5.105 5.430 -325 -6,0 5.096Activos comerciais 11, 51 10.112 11.275 -1.163 -10,3 12.618Aplicações financeiras 12, 52 71.427 80.856 -9.429 -11,7 89.729Quotas em empresas avaliadas at-Equity 13, 53 276 24 252 >100,0 0Imóveis mantidos como investimento financeiro 14, 54 175 272 -97 -35,7 198Bens patrimoniais mantidos para alienação 15, 55 74 - 74 100,0 -Bens materiais incorpóreos 16, 56 73 80 -7 -8,8 153Imobilizações corpóreas 17, 57 148 167 -19 -11,4 177Direitos reais decorrentes de imposto sobre os rendimentos 19, 59 39 32 7 21,9 59Direitos a imposto diferido 19, 59 883 906 -23 -2,5 1.524Outros activos 60 389 416 -27 -6,5 516Total 229.010 256.061 -27.051 -10,6 291.600

PASSIVO31.12.2010 31.12.20091) Variação 01.01.20092)

Notasmilhões

de €milhões

de €milhões

de € %milhões

de €Obrigações com instituições de crédito 20, 61 84.907 85.681 -774 -0,9 85.408Obrigações com clientes 20, 62 32.287 34.630 -2.343 -6,8 36.867Obrigações garantidas por títulos 20, 63 80.031 102.788 -22.757 -22,1 133.285Valores de mercado negativos deinstrumentos de garantia derivativos 21, 64 12.171 11.391 780 6,8 13.991Passivos comerciais 22, 65 11.321 12.664 -1.343 -10,6 12.807Reservas 23, 24, 66 264 310 -46 -14,8 296Obrigações reais decorrentes de imposto sobre os rendimentos 19, 67 118 117 1 0,9 120Dívidas de impostos diferidos 19, 67 33 88 -55 -62,5 51Outros passivos 68 129 161 -32 -19,9 243Capital subordinado 26, 69 3.334 3.379 -45 -1,3 3.610Capital híbrido 26, 70 900 900 - - 900Capital próprio 27, 71 3.515 3.952 -437 -11,1 4.022

Capital subscrito 71 914 914 - - 914Reserva líquida 71 3.992 3.992 - - 3.992Reservas de lucros 71 258 443 -185 -41,8 1.194Reserva de reavaliação 71 -1.622 -1.360 -262 -19,3 -2.036Reserva de Cash Flow Hedges 71 -35 -40 5 12,5 -47Reserva do câmbio de divisas 71 7 2 5 >100,0 4Lucro do Grupo - - - - -Total anterior a participações minoritárias 3.514 3.951 -383 -9,8 4.021Participações minoritárias 1 1 0 - 1

Total 229.010 256.061 -27.051 -10,6 291.600

1) As indicações relativas a 31.12.2009 foram ajustadas à alteração da estrutura do Balanço (vide Nota (2)). 2) As indicações relativas a 1.1.2009 correspondem às indicações em 31.12.2008.

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CONTA DE ALTERAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO

NotasCapital

subscritoReservaslíquidas

Reservasde lucros

Portfolio em 1.1.2009 71 914 3.992 1.194Resultado total

Resultado do Grupo Variação da reserva de reavaliaçãoVariação da reserva de Cash Flow Hedges Variação da reserva para câmbio de divisas

Variação no restante resultado do período de empresas avaliadas at-Equity Incorporação nas reservas de lucros + / Desafectação das reservas de lucros - 71 -751Transferência de lucros + / aceitação de prejuízos -Alterações no accionariadoOutras alteraçõesPortfolio em 31.12.2009 71 914 3.992 443

NotasCapital

subscritoReservaslíquidas

Reservasde lucros

Portfolio em 1.1.2010 71 914 3.992 443Resultado total

Resultado do GrupoVariação da reserva de reavaliaçãoVariação da reserva de Cash Flow HedgesVariação da reserva para câmbio de divisasVariação no restante resultado do período de empresas avaliadas at-Equity

Incorporação nas reservas de lucros + / Desafectação das reservas de lucros - 71 -185Transferência de lucros + / aceitação de prejuízos -Alterações no accionariadoOutras alteraçõesPortfolio em 31.12.2010 71 914 3.992 258

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Reserva para

novas avaliações

Reserva deCash Flow

Hedges

Reserva paracâmbio de

divisasResultado do

Grupo

Total anteriora quotas

minoritáriasQuotas

minoritárias

Reserva parareavaliação

de quotasminoritárias Total

-2.036 -47 4 0 4.021 1 0 4.022676 7 -2 -902 -221 -221

-902 -902 -902676 676 676

7 7 7-2 -2 -2

751 0 0151 151 151

-1.360 -40 2 0 3.951 1 0 3.952

Reserva paranovas

avaliações

Reserva deCash Flow

Hedges

Reserva paracâmbio de

divisasResultado do

Grupo

Totalanteriora quotas

minoritáriasQuotas

minoritárias

Reserva parareavaliação

de quotasminoritárias Total

-1.360 -40 2 0 3.951 1 0 3.952-262 5 5 -857 -1.109 -1.109

-857 -857 -857-262 -262 -262

5 5 55 5 5

185 0 0672 672 672

-1.622 -35 7 0 3.514 1 0 3.515

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CONTA DE CASH FLOW

INDICAÇÕES QUANTO À CONTA DE CASH FLOWA demonstração da conta de Cash Flow é efectuada de acordo com IAS 7, demonstrando a composição e as variações do portfolio de meios de pagamento do exercício. Está dividida nas posições actividade comercial operativa, actividade de investimento e actividade de financiamento.

Como Cash Flow da actividade comercial operativa, são demonstrados os pagamentos (entradas e saídas) decorrentes de créditos sobre instituições de crédito e sobre clientes, bem como títulos da carteira comercial e outros activos. As entradas e saídas decorrentes de obrigações face a instituições de crédito e clientes, decorrentes de obrigações garantidas por títulos e outros passivos, fazem igualmente parte da actividade comercial operativa. Também os pagamentos de juro e os pagamentos de dividendos resultantes da actividade operativa estão reflectidos na conta de Cash Flow.

As variações do Cash Flow da actividade comercial operativa resultam, entre outros, da alienação de sociedades consolidadas.

O Cash Flow decorrente da actividade de investimento mostra pagamentos para as aplicações financeiras, para os valores patrimoniais não materiais e para imobilizações corpóreas. Aqui são também demonstrados os Cash Flows relacionados com a aquisição ou a alienação de filiais. O Cash Flow da actividade de financiamento engloba entradas de pagamentos decorrentes de aumentos de capital e entradas e saídas de pagamentos relacionados com o capital subordinado e com o capital híbrido. Demonstramos aqui também o pagamento de dividendos.

O portfolio de meios de pagamentos englobam os meios de pagamento e os equivalentes de meios de pagamento, que podem ser imediatamente convertidos em meios líquidos, e que estão apenas sujeitos a um risco insignificante de alteração de valor. Englobamos aqui a posição reserva de capitais, composta pelo saldo em caixa e pelo crédito em bancos centrais de emissão (vide Nota 46). Não estão englobados créditos com vencimento diário em instituições de crédito. Para a determinação do Cash Flow, alterámos a base de cálculo para o exercício em apreciação e procedemos aos respectivos ajustamentos de acordo com as informações do ano anterior.

Para o Grupo Eurohypo, a capacidade declarativa da conta de Cash Flow deve ser encarada como reduzida. Para nós, a conta de Cash Flow não substitui o plano de liquidez e o plano financeiro, nem é utilizada como instrumento de gestão.

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CONTA DE CASH FLOW

em milhões de € Notas 2010 2009

Resultado do Grupo -857 -902Verbas non-cash contidas nos proveitos do Grupo e transferência para o Cash Flow da actividade operativaAmortizações, correcções de valor e aumentos de valor contabilístico em imobilizações corpóreas e bens patrimoniais, alterações das reservas, bem como alterações de avaliação do Hedge Accounting 38, 39, 40 702 948Alteração de outras verbas non-cash -570 -43Prejuízo/lucro da alienação de aplicações de bens patrimoniais 227 96Resultado da alienação de imobilizações corpóreas 35, 39 0 0Outros ajustamentos (proveitos líquidos dos juros) -1.338 -1.288Soma intermédia -1.836 -1.189Alteração de bens patrimoniais e obrigações da actividadecomercial operativa após correcção de processos non-cashCréditos - sobre instituições de crédito 47 3.085 4.217 - sobre clientes 48 14.282 18.192Títulos do portfolio mantido para fins comerciais - -Outros activos decorrentes da actividade comercial 157 -429Obrigações - face a instituições de crédito 61 -1.816 709 - face a clientes 62 -2.753 -2.089Obrigações garantidas por títulos 63 -23.451 -29.465Outros passivos de actividade comercial operativa 62 1.349Juros recebidos 30 7.678 10.052Dividendos recebidos 30 12 14Juros pagos 30 -6.337 -9.080Pagamento de impostos sobre os rendimentos 42 10 -28Cash Flow de actividade comercial operativa -10.907 -7.747Entrada de pagamentos decorrentes da alienação de - aplicações financeiras e quotas em empresas avaliadas at-Equity 11.255 7.297 - bens de aplicações corpóreas 43 7Saída de pagamentos para a aquisição de - aplicações financeiras e quotas em empresas avaliadas at-Equity -406 -190 - bens de aplicações corpóreas -10 -98Efeitos decorrentes da alteração do círculo de consolidação

- Cash Flow decorrente da aquisição menos meios de pagamento adquiridos -97 -70- Cash Flow decorrente da alienação menos meios de pagamento alienados - -

Cash Flow de actividade de investimento 10.785 6.946Entrada de pagamentos decorrentes de aumentos de capital 71 - -Pagamento de dividendos 71 - -Alteração de meios resultantes de

- entrada de pagamentos decorrentes da aceitação de prejuízos 71 151 1.055- entrada ou saída de pagamentos decorrentes de capital sem precedência 69 -35 -237

Cash Flow de actividade de financiamento 116 818Portfolio de meios de pagamento no final do período prévio 36 19 +/- Cash Flow da actividade comercial operativa -10.907 -7.747 +/- Cash Flow da actividade de investimento 10.785 6.946 +/- Cash Flow da actividade de financiamento 116 818 +/- Alterações do portfolio de meios de pagamento condicionadas pelo câmbio de divisa 0 0Portfolio de meios de pagamento em 31.12. 30 36das quais:

saldo em caixa 46 0 0crédito em bancos centrais de emissão 46 30 36letras 46 - -

ANEXO (NOTAS)

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DO GRUPOO Eurohypo AG é uma instituição de crédito com sede em Eschborn, Alemanha. O nosso fecho do exercício do Grupo em 31 de Dezembro de 2010 foi estabelecido de acordo com o § 315a alínea 1 HGB e com a Directiva (CE) N.º 1606/2002 (Directiva IAS) do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, bem como de acordo com outros regulamentos para a adopção de determinados standards internacionais de prestação de contas com base nos International Accounting Standards (IAS) e nos International Financial Reporting Standards (IFRS) e respectivas disposições, através do Standing Interpretations Committee (SIC) e do International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC), aprovados e publicados pelo International Accounting Standards Board (IASB). Estão considerados todos os standards e interpretações de aplicação obrigatória na UE para o exercício de 2010.

Prescindimos da aplicação dos standards e interpretações a aplicar somente a partir do exercício de 2011 ou mais tarde (IFRS 9, IAS 24 actualizado, bem como IFRIC 14 e 19 actualizados; alterações do processo de melhoria anual do IASB).

A adopção do IFRS 9, publicado pelo IAS apenas parcialmente e ainda não aprovado pela UE, poderia ter efeitos significativos sobre os princípios contabilísticos e sobre os métodos de avaliação do Grupo. Devido ao facto de não terem sido ainda aprovadas partes importantes do standard, bem como ao facto de o standard não ter sido ainda adoptado pela UE, não é possível uma quantificação segura dos efeitos. Contudo, não esperamos efeitos significativos de níveis e de interpretações diferentes sobre o fecho do exercício do Grupo.

Os standards e interpretações actualizados (IFRS 1, 2, 3 e IAS 27, 32, 39, bem como IFRIC 12, 15, 16, 17 e 18; alterações do processo de melhoria anual do IASB) a aplicar pela primeira vez no exercício de 2010 não tiveram quaisquer efeitos sobre o fecho do exercício do Grupo.

A par da conta de resultado total e do Balanço, o fecho do exercício do Grupo engloba ainda, como restantes componentes, a conta de alteração de capital próprio, uma conta de Cash Flow e o Anexo (Notas). O relatório dos segmentos pode ser consultado no Anexo (Nota 45).

De acordo com o disposto no § 315 HGB, o relatório do Grupo – incluindo o relatório separado sobre as possibilidades e os riscos da evolução futura (Relatório de Risco) – está reproduzido no nosso Balanço anual.

Todos os valores do fecho do exercício do Grupo são dados em Euro. Excepto em caso de referência contrária, todas as importâncias são apresentadas em milhões de €.

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MÉTODOS DE ESTABELECIMENTO DO BALANÇO E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO(1) PRINCÍPIOS BÁSICOSO fecho do exercício do Grupo baseia-se no princípio básico da prossecução da empresa (Going Concern). A valorização dos valores patrimoniais é feita pelos custos de aquisição, de onde se excluem determinados instrumentos financeiros e imóveis mantidos como investimento imobiliário e bens patrimoniais mantidos para alienação. As receitas e despesas são tratadas numa base de acréscimo e reconhecidas através de lucro ou prejuízo no período a que se referem financeiramente. O juro, incluindo todos os acordos contratuais relacionados com valores patrimoniais financeiros e obrigações, é demonstrado no proveito líquido dos juros pelo período a que se aplica, ou, no caso de resultar de operações comerciais, no resultado comercial. Receitas de dividendos só são reconhecidas se existir o respectivo direito legal. A inclusão de receitas e despesas de comissões processa-se, por um lado, de acordo com os métodos de estabelecimento do Balanço para os respectivos instrumentos financeiros, e, por outro, de acordo com a natureza da actividade. As comissões para serviços prestados por um determinado período de tempo são incluídas pelo período em que a prestação de serviços se verifica. Honorários relacionados com a execução total de uma determinada prestação de serviços são incluídos à data da conclusão da prestação dos serviços. As comissões dependentes de prestações são consideradas quando se encontram cumpridos os critérios de prestação. As comissões de operações comerciais são registadas no resultado comercial.

Valores patrimoniais financeiros e obrigações face ao mesmo parceiro comercial são compensados entre si e demonstrados no Balanço respectivamente saldados, desde que se verifique um direito exigível para a compensação das importâncias, e as transacções sejam efectuadas numa base líquida ou a realização do valor patrimonial ocorra em simultâneo com a regularização da obrigação. A par da compensação de valores de mercado positivos e negativos decorrentes de derivativos, o mesmo se aplica ainda à compensação de créditos e obrigações de transacções Reverse Repos e Repos (operações de recompra de títulos).

A prestação de contas no Grupo Eurohypo processa-se de acordo com métodos de estabelecimento do Balanço e métodos de avaliação, uniformes para todo o Grupo.

Para o total da consolidação, bem como para a avaliação at-Equity no fecho do exercício do Grupo, utilizamos essencialmente os fechos dos exercícios efectuados em 31 de Dezembro de 2010.

No Grupo Eurohypo, a indicação sobre prazos de vencimento residuais é fornecida por princípio para todos os instrumentos financeiros, para os quais existem vencimentos contratuais (vide Notas 73 e 85). Definimos o prazo de vencimento residual como de curto prazo, quando o período entre a data do Balanço e a data de vencimento é inferior a um ano. Na Nota 66 fazemos uma diferenciação entre os principais tipos de reservas. Os instrumentos financeiros nos activos e nos passivos comerciais sem vencimento contratual, a posição reserva líquida e os valores

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patrimoniais e as dívidas, mantidos para alienação, são classificados como a curto prazo. As posições do Balanço valores imobilizados imateriais, imobilizações corpóreas e valores patrimoniais mantidos como investimento financeiro são, por seu turno, classificados como a longo prazo.

O fecho do exercício do Grupo contém valores que foram determinados com legitimidade por apreciações e suposições. As apreciações e suposições utilizadas baseiam-se em experiências históricas e outros factores, tais como planeamentos, expectativas prováveis e perspectivas referentes a acontecimentos futuros. As estimativas e as avaliações, bem como os factores de avaliação implícitos, são controlados regularmente e liquidados com os acontecimentos efectivamente ocorridos. Na nossa opinião, os parâmetros utilizados são apropriados e aceitáveis. As incertezas de avaliação surgem aquando da determinação das obrigações de pensão e do valor de negócio ou empresarial. A valorização das obrigações de pensão baseia-se no processo de valorização em moeda corrente de direitos para planos de pensão de reforma em função das prestações. No cálculo destas obrigações deverão sobretudo ser feitas suposições sobre a tendência a longo prazo de ordenados e reformas, bem como a esperança média de vida. As alterações, de ano para ano, das suposições para avaliação e as divergências quanto aos efeitos anuais reais estão representadas nos lucros/prejuízos actuariais (quanto aos efeitos de alterações de parâmetro, vide Nota 66 "Reservas"). O teste de impairment anual para o Goodwill a efectuar anualmente baseia-se no método Cash Flow, sendo tidos como base os superavits futuros do plano de gestão mais recente a esperar. Uma análise das incertezas de estimativa na determinação do Goodwill e do Fair Value de instrumentos financeiros encontra-se nas Notas 16 e 82. Para incertezas relacionadas com a avaliação dos valores de mercado de imóveis mantidos como investimento financeiro, a Nota 54 contém análises com base em parâmetros de juro de imóveis e de valor do terreno. Verificam-se ainda incertezas de estimativa em impostos diferidos activos, em provisão para risco nas operações de crédito e na determinação do Fair Value baseada em modelos de avaliação, e na avaliação de instrumentos financeiros. Para a área provisão para risco remetemos para o Relatório de Risco, no Relatório do Grupo.

(2) ADAPTAÇÃO DOS MÉTODOS DE ESTABELECIMENTO DO BALANÇO E DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Comparativamente ao fecho do exercício do Grupo de 31 de Dezembro de 2009, mantivemos basicamente os métodos de estabelecimento do Balanço e os métodos de avaliação.

Procedemos a um ajustamento da estrutura do Balanço de acordo com o IAS 1.54. As posições

• Direitos e obrigações reais a imposto sobre rendimentos• Direitos e obrigações a imposto diferido sobre o rendimento

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são agora demonstradas separadamente no Balanço. Foi ainda aumentado o grau de detalhe da demonstração de outras despesas operacionais na Nota 38. Procedemos ao respectivo ajustamento dos valores do ano anterior.

Harmonizámos ainda a apresentação dos prazos de vencimento residuais, passando a demonstrar os valores nominais das operações derivativas do exercício em curso na Nota 73, com os seguintes prazos de vencimento residuais:

• com vencimento diário• até três meses• três meses a um ano• um a cinco anos• superior a cinco anos

(3) CÍRCULOS E MÉTODOS DE CONSOLIDAÇÃOCírculo de consolidação

No nosso fecho do exercício do Grupo estão incluídas todas as filiais importantes, nas quais o Grupo Eurohypo detém directa ou indirectamente mais de 50% dos direitos de voto, ou nas quais exerce uma influência dominante de qualquer outra forma, incluindo também veículos especiais importantes e fundos dominados no sentido do SIC 12. As empresas associadas e Joint Ventures importantes são avaliadas pelo método at-Equity. Filiadas, empresas associadas e Joint Ventures de menor importância para a visão da situação patrimonial, da situação financeira e das receitas do Grupo não foram totalmente consolidadas ou não foram avaliadas at-Equity, mas antes incluídas no Balanço em aplicações financeiras, como quotas em filiais não consolidadas ou participadas. No que se refere ao total do Balanço do Grupo, as filiais menos importantes perfazem, tal como no ano anterior, menos de 0,1%. Na Nota 98, pode ser consultada uma lista completa das quotas detidas pelo Grupo Eurohypo.

As seguintes filiais importantes foram consolidadas pela primeira vez em 2010:

A EHNY Montelucia IV LLC, Dover, Delaware, EUA foi constituída no primeiro semestre de 2010. Detemos 100% das quotas de capital e dos direitos de voto. Os valores patrimoniais no montante de 26,5 milhões de € e as dívidas no montante de 15,5 milhões de € foram totalmente incluídos no fecho do exercício do Grupo.

O Banco constituiu a Property Invest Italy, S.R.L., Milão, Itália, por 60,3 milhões de €, no âmbito de aquisições para recuperações de crédito. Detemos 100% das quotas de capital e dos direitos de voto. Os valores patrimoniais no montante de 75,2 milhões de € e as dívidas no montante de 49,2 milhões de € foram totalmente incluídos no fecho do exercício do Grupo.

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Da consolidação inicial não resultam diferenças que requeiram Goodwill para serem capitalizadas.

A Eurohypo Representações Ltda., São Paulo, Brasil abandonou a sua actividade comercial activa em 2009. Como resultado da sua situação irrelevante daí resultante, foi retirada do perímetro de consolidação e incluída no círculo das filiadas não incluídas no fecho do exercício do Grupo.

Alterações significativas no círculo das empresas avaliadas at-Equity resultaram da mudança de títulos de dívida em ligação com a reestruturação dos compromissos de crédito da Inmobiliaria Colonial S.A., Barcelona, Espanha. Neste contexto, o Banco recebeu acções da mutuária. A mudança ocorreu em duas fases. No âmbito da primeira fase, o empréstimo convertível foi transformado em capital próprio, tendo sido transformados créditos em capital próprio no âmbito da segunda fase. O Banco detém, assim, aproximadamente 20% das quotas da sociedade.

Ao círculo das sociedades não incluídas no fecho do exercício do Grupo juntaram-se, no exercício de 2010, as filiais

• Eurohypo Representações Ltda., São Paulo, Brasil• EH Montelucia Manager LLC, Dover, Delaware, EUA• Number X Real Estate GmbH, Eschborn• Compostela s.r.o., Praga, República Checa

Métodos de consolidaçãoAs filiais são sociedades nas quais o Eurohypo Aktiengesellschaft detém directa ou indirectamente a maioria dos direitos de voto, ou nas quais tem poderes para determinar a política financeira e empresarial, exercendo assim uma influência dominante, de forma a tirar proveito das suas actividades. A consolidação ocorre a partir do momento em que o Grupo obtém a maioria dos direitos de voto ou uma influência dominante.

No âmbito da consolidação do capital, fazemos uma avaliação totalmente nova dos valores patrimoniais e das obrigações de filiais, independentemente da quota de participação à data da aquisição. Os valores patrimoniais e as dívidas avaliados são aceites considerando os impostos diferidos no Balanço do Grupo. Reservas escondidas e encargos nos períodos seguintes são tratados de acordo com os níveis aplicados. Caso permaneça uma diferença positiva após a reavaliação, esta é apresentada como Goodwill.

Empresas associadas são sociedades nas quais o Commerzbank Aktiengesellschaft tem directa ou indirectamente uma influência determinante. Calcula-se uma influência determinante com

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base em direitos de voto entre 20% e 50%. Outros critérios são, por exemplo, transacções comerciais consideráveis com a empresa participada, a qualidade de membro de um grémio de gestão ou de supervisão, ou a participação na política comercial da empresa participada. Joint Ventures são sociedades nas quais dispomos do controlo conjunto com outras empresas. O controlo conjunto pode resultar da igualdade dos direitos de voto ou de acordos contratuais.

As empresas associadas e as Joint Ventures são avaliadas pelo método Equity e demonstradas no Balanço como quotas em empresas avaliadas at-Equity. Os custos de aquisição destas participações e os valores de negócio ou empresariais inclusos são determinados pela data da primeira incorporação no fecho do exercício do Grupo. São aqui aplicadas as regras válidas para as empresas filiadas. Para as empresas associadas importantes e para Joint Ventures reconhecemos o valor contabilístico Equity.

As filiais deixam de ser consolidadas a partir do momento em que o Banco perde a influência dominante. As empresas associadas e as Joint Ventures deixam de ser avaliadas de acordo com o método Equity, a partir do momento em que a quota dos direitos a voto for inferior a 20%, ou em que as restantes possibilidades de influência sobre a empresa associada deixem de existir. A avaliação at-Equity das Joint Ventures termina com o fim da gestão conjunta.

As quotas em empresas filiadas – não consolidadas devido à sua importância secundária – e em participadas e Joint Ventures são demonstradas nas aplicações financeiras pelo Fair Value ou, caso este não possa ser determinado com segurança, nas aplicações financeiras pelos custos de aquisição.

A obrigação de consolidar veículos especiais (Special Purpose Entities) em determinadas circunstâncias resulta da interpretação do SIC 12. Segundo o mesmo, é necessária uma consolidação, se

• a actividade comercial do veículo especial conduzir as suas actividades de forma a ir ao encontro das necessidades especiais da empresa, ou se for gerida segundo as suas ordens, de forma a que a empresa possa tirar proveitos da actividade comercial do veículo especial;

• a empresa tiver poder de decisão sobre a utilização da maioria dos proveitos da actividade comercial do veículo especial, ou se delegar este seu poder de decisão através da criação de um denominado autopiloto;

• a empresa tiver o direito de obter a maioria dos proveitos da actividade comercial do veículo especial, expondo-se assim a riscos relacionados com a actividade comercial do veículo especial;

• a empresa mantiver a maioria dos riscos residuais e de propriedade relacionados com o veículo especial, de forma a obter proveitos da actividade comercial do veículo especial.

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No Grupo Eurohypo, a obrigatoriedade de consolidação de veículos especiais é revista no âmbito de um processo que envolve tanto transacções nas quais é criado por nós um veículo especial com ou sem a participação de terceiros, como transacções nas quais temos uma relação contratual com um veículo especial já existente, com ou sem a participação de terceiros. As decisões de implementação de consolidação estão sujeitas a uma análise feita com regularidade. Na Nota 98, é apresentada uma listagem de todos os veículos especiais consolidados.

Não existem restrições quanto à capacidade de veículos especiais para a transferência de meios financeiros, como por exemplo dividendos em dinheiro de instrumentos de capitais próprios, ou para pagamento de juros e pagamentos de amortizações decorrentes de instrumentos de capital externo ao Grupo Eurohypo, o que se aplica, por um lado, aos veículos especiais, nos quais o Grupo Eurohypo detém quotas com direitos de voto com base no direito das sociedades, que lhe permitem um controlo de todas as decisões operacionais, incluindo a transferência de meios financeiros. Por outro lado, não existem também restrições quanto aos veículos especiais, em que o Grupo Eurohypo, não detendo quotas com base no direito das sociedades, tem porém o direito à transferência de meios financeiros com base em correspondentes contratos obrigacionais com os veículos especiais.

Os créditos e as obrigações, bem como despesas e receitas decorrentes de transacções de empresas dentro do Grupo, são eliminados no âmbito da consolidação das dívidas e da consolidação das despesas e das receitas. São deduzidos os resultados provisórios que recaiam sobre o Grupo, excepto se forem de importância minoritária.

(4) INSTRUMENTOS FINANCEIROS: AVALIAÇÃO E VALORIZAÇÃO (IAS 39)De acordo com o IAS 39, todos os valores patrimoniais financeiros e obrigações – de que fazem igualmente parte os instrumentos financeiros derivativos – devem ser incluídos no Balanço. Um instrumento financeiro é um contrato que, em simultâneo, cria um valor patrimonial financeiro para uma empresa e uma obrigação financeira ou um instrumento de capital próprio para a outra empresa. Na sua primeira inserção no Balanço, os instrumentos financeiros devem ser avaliados pelo Fair Value, o que corresponde aos custos de aquisição à data da mesma. O Fair Value é a importância pela qual, à data do Balanço, um valor patrimonial pode ser transaccionado entre parceiros comerciais agindo com conhecimento de causa, em plena liberdade e independência, ou uma dívida pode ser paga. O Fair Value é determinado pelo preço do instrumento financeiro observado num mercado activo (mark-to-market). Caso não existam preços de mercado disponíveis, são utilizados modelos de avaliação para a determinação do Fair Value (mark-to-model) que, sempre que possível, utilizam dados de mercado como parâmetros. Na avaliação em seguida, os instrumentos financeiros são inseridos no Balanço em função da respectiva categoria e pelos custos de aquisição (amortizados) ou pelo Fair Value.

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As explicações que se seguem dão uma visão sobre a forma como os regulamentos do IAS 39, na versão actualmente em vigor, foram aplicados no nosso Grupo:

a) Entrada e saída de instrumentos financeiros:

Dá-se a inclusão no Balanço de um valor patrimonial financeiro ou de uma obrigação financeira, se o Grupo for parte contratante nos regulamentos contratuais do instrumento financeiro. Em compras ou vendas de caixa decorrentes de valores patrimoniais financeiros, a data do negócio e a data do cumprimento são geralmente diferentes. Para as compras ou vendas de caixa correntes existe um direito de opção para a inclusão no Balanço – pela data do negócio (Trade Date Accounting) ou pela data do cumprimento (Settlement Date Accounting). No Grupo Eurohypo, no caso de entradas e saídas para as categorias »Loans and Receivables (LaR)« a inclusão no Balanço é feita pelo Settlement Date Accounting, e para as categorias »Available for Sale (AfS)« bem como »Valores patrimoniais financeiros ou obrigações avaliadas pelo Fair Value (Financial Assets or Financial Liabilities at Fair Value through Profit or Loss)« a inclusão no Balanço processa-se pelo Trade Date Accounting. As regras de alienação do IAS 39 regem-se tanto pelo conceito das hipóteses e dos riscos, como também pelo poder de disponibilidade, sendo que na verificação dos processos de amortização é dada precedência à avaliação das hipóteses e dos riscos de um património sobre a avaliação da transferência do poder de disponibilidade. Numa transferência apenas parcial de hipóteses e de riscos e na retenção do poder de disponibilidade é aplicado o princípio do Continuing Involvement. Assim, determina-se o valor patrimonial financeiro, considerando determinados métodos de estabelecimento do balanço e métodos de avaliação, para reflectir a extensão do seu envolvimento contínuo (Continuing Involvement). A dimensão do Continuing Involvement é determinada pela extensão em que o Grupo continua a suportar o risco de alterações de valor do valor patrimonial transferido. Uma obrigação financeira (ou uma parte de uma obrigação financeira) é retirada do Balanço quando está extinta, i.e. quando as obrigações mencionadas no contrato estão satisfeitas, resolvidas ou expiradas. Também o resgate de títulos de dívida próprios surge sob o cancelamento no Balanço de obrigações financeiras. As diferenças existentes no resgate entre o valor contabilizado da obrigação (incluindo ágios e diságios) e o preço de compra são inseridas no resultado comercial, no caso de títulos ao portador, e no restante resultado, quando se trata de outras obrigações; aquando da revenda numa data posterior, verifica-se uma nova obrigação financeira, cujos custos de aquisição correspondem ao lucro da alienação. As diferenças de valor entre estes novos custos de aquisição e a importância do reembolso são distribuídas pelo prazo de vencimento residual do título de dívida, de acordo com o método do juro efectivo.

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b) Categorização de valores patrimoniais financeiros e obrigações e sua valorizaçãoCréditos e documentos representativos de crédito (Loans and Receivables):

A esta categoria são atribuídos instrumentos financeiros não derivativos com direitos de pagamento fixos ou determináveis, para os quais não existe um mercado activo, o que se aplica tanto aos instrumentos financeiros originários do Banco, como aos adquiridos no mercado secundário. Um mercado activo existe, quando preços cotados são regularmente disponibilizados – por exemplo por uma bolsa de valores ou por um broker – e quando esses preços são representativos para transacções actuais entre terceiros desconhecidos. A valorização é feita pelos custos de aquisição amortizados, que devem ser ajustados, pelo lucro ou prejuízo, em caso de existência de um Impairment. Os ágios ou diságios são distribuídos pelo seu prazo e incluídos no resultado dos juros.

Valores patrimoniais financeiros a manter até ao final do seu vencimento (Held to Maturity):

A esta categoria podem ser atribuídos valores patrimoniais financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e com vencimento fixo, se existir a intenção e a capacidade de os manter até ao final do seu vencimento. A valorização é feita pelos custos de aquisição amortizados, que devem ser ajustados, pelo lucro ou prejuízo, no caso de existência de um Impairment. Os ágios ou diságios são distribuídos pelo seu prazo e incluídos no resultado dos juros. Também no exercício de 2010, o Grupo Eurohypo não utiliza a categoria »Valores patrimoniais financeiros a manter até ao final do seu vencimento«.

Valores patrimoniais financeiros ou obrigações valorizados pelo Fair Value através do lucro ou prejuízo (Financial Assets or Financial Liabilities at Fair Value through Profit or Loss):Esta categoria engloba duas subcategorias:

Valores patrimoniais financeiros ou obrigações mantidos para fins comerciais (Held for Trading):

Esta categoria engloba os valores patrimoniais financeiros e as obrigações financeiras, mantidos para fins comerciais (activos comerciais e passivos comerciais) e derivativos que não sejam instrumentos de garantia. Dos activos comerciais fazem parte instrumentos financeiros originários do Banco (em especial títulos a juro, acções e empréstimos sobre reconhecimentos de dívidas), metais preciosos e instrumentos financeiros derivativos com um Fair Value positivo. Os passivos comerciais englobam instrumentos financeiros derivativos com um Fair Value negativo.

Os instrumentos financeiros derivativos, que são aplicados como instrumento de garantia, só são incluídos nos activos comerciais e nos passivos comerciais, se os mesmos não

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satisfizerem a condição para a aplicação do Hedge Accounting. Caso contrário, são demonstrados como »Valor de mercado de instrumentos de garantia derivativos«.

Os activos comerciais e os passivos comerciais são incluídos no Balanço pelo Fair Value à data fixada para o Balanço. Os resultados da avaliação e os resultados de realizações são incluídos no resultado comercial da Demonstração de Resultados.

Se foram efectuadas transacções em que o Fair Value foi determinado por um método de avaliação segundo o qual nem todos os parâmetros input a considerar se baseiam em parâmetros de mercado a observar, essas transacções são incluídas no Balanço pelo preço de transacção. A diferença entre o preço de transacção e o Fair Value do modelo de valorização é designada como »Day-One Profit or Loss«. O »Day-One Profit or Loss« não é incluído imediatamente na Demonstração de Resultados, mas antes ao longo do período de transacção. Caso para a transacção não seja possível determinar um preço de referência num mercado activo, ou se os parâmetros input essenciais se basearem nos dados de mercado observáveis, o »Day-One Profit or Loss« é incluído directamente na Demonstração de Resultados.

Instrumentos financeiros designados pelo Fair Value(Designated at Fair Value through Profit or Loss):

De acordo com a chamada Fair Value Option, é permitido valorizar livremente todos os instrumentos financeiros pelo Fair Value e registar o seu resultado na Demonstração de Resultados. A decisão sobre a utilização da Value Option para um instrumento financeiro é tomada de forma irrevogável, à data da sua entrada.

Condição para a aplicação da Fair Value Option para um instrumento financeiro é que• uma incongruência de avaliação ou de valorização (Accounting Mismatch) seja evitada

ou consideravelmente reduzida, ou

• a gestão e a medição da performance de uma carteira de instrumentos financeiros seja efectuada pela Fair Value Basis, ou

• o instrumento financeiro contenha um ou mais derivados de separação obrigatória.

Os instrumentos financeiros, para os quais é aplicado o Fair Value, mantêm-se nas suas respectivas verbas do Balanço. Os resultados da valorização são englobados na verba Resultado Comercial, na Demonstração de Resultados. As receitas e despesas de juro são demonstradas na verba Proveitos Líquidos dos Juros.

O Grupo Eurohypo não utiliza a subcategoria »Fair Value Option«.

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Quanto à alienação de valores patrimoniais financeiros disponíveis (Available for Sale):Esta categoria engloba todos os valores patrimoniais financeiros não derivativos, que não hajam sido atribuídos a nenhuma das categorias atrás referidas, ou que tenham sido designados Available for Sale. Trata-se, em especial, de títulos a juro, acções e participações. A avaliação é efectuada pelo Fair Value. Caso, excepcionalmente, não seja possível determinar com segurança o Fair Value em instrumentos de capital próprio, a avaliação é feita pelos custos de aquisição. O resultado da avaliação é demonstrado numa verba separada do capital próprio (reserva para reavaliações), pelos lucros e prejuízos, e tendo em conta os impostos diferidos. Os ágios e diságios são incluídos no resultado de juro, pelos lucros e pela sua validade. No caso de uma alienação do bem patrimonial financeiro, o resultado da avaliação acumulado na reserva para reavaliações, incluído no Balanço, é liquidado e incluído na Demonstração de Resultados. No caso de uma desvalorização, deverá proceder-se ao ajustamento da reserva para reavaliações pela importância da desvalorização, considerando a importância na Demonstração de Resultados. Numa revalorização das posições do Balanço, distinguimos entre instrumentos de capitais próprios e instrumentos de capitais externos. Enquanto as revalorizações de posições do Balanço para instrumentos de capitais próprios só podem ser incluídas directamente em equidade e depois de eliminada a razão do impairment, as revalorizações das posições do Balanço para instrumentos de capitais externos são incluídas, no máximo, até ao valor dos custos de amortização.

Outras obrigações financeirasTodas as obrigações não categorizadas como Held for Trading e para as quais não foi aplicada a opção Fair Value recaem sobre a categoria Outras obrigações financeiras. Desta categoria fazem parte obrigações perante instituições de crédito e clientes, bem como obrigações garantidas por títulos. A avaliação processa-se pelos custos de aquisição amortizados. Os ágios ou diságios são distribuídos pelo seu prazo e incluídos no resultado dos juros.

Os resultados líquidos englobam avaliações Fair Value, impairments, aumentos do valor contabilístico, resultados de saídas realizados e posteriores entradas decorrentes de instrumentos financeiros amortizados da respectiva categoria IAS 39. Os componentes são apresentados nas notas Proveitos líquidos dos juros, Provisão para risco nas operações de crédito, Resultado comercial de aplicações financeiras para cada categoria IAS 39.

c) Garantias financeiras (Financial Guarantee Contracts)

De acordo com o IAS 39, uma garantia financeira é um contrato, através do qual o prestador da garantia está obrigado à prestação de determinados pagamentos, que indemnizam o tomador da

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garantia por um prejuízo que lhe seja causado devido a incumprimento, por parte de determinado devedor, das suas obrigações de pagamento de um instrumento de dívida, dentro do prazo e de acordo com as condições iniciais ou alteradas. Caso o Grupo Eurohypo seja tomador de garantia, essa garantia financeira não é incluída no Balanço, sendo considerada somente no caso do cálculo da desvalorização de um bem patrimonial garantido. Na qualidade de prestador de garantia, o Grupo Eurohypo inclui a obrigação decorrente de uma garantia financeira à data da celebração do contrato. A avaliação inicial é efectuada pelo Fair Value à data da inclusão. O Fair Value de uma garantia financeira é zero à data da celebração do contrato, dado que para contratos de acordo com o mercado, o valor do prémio acordado corresponde ao valor total da obrigação. No âmbito da consequente avaliação, verificar-se-á se é necessária uma provisão para riscos.

Caso uma garantia financeira seja parte integrante de uma promessa de financiamento, para a qual existe um propósito comercial, essa garantia financeira deve ser também classificada como Held for Trading. O tratamento destas garantias financeiras ocorre então de forma divergente do descrito anteriormente, de acordo com as imposições da categoria Held for Trading (vide Nota 4b).

d) Derivativos incorporados (Embedded Derivatives)

O IAS 39 regula também o tratamento de inclusão no Balanço de derivativos incorporados nos instrumentos financeiros originais (Embedded Derivatives). Estes instrumentos financeiros são também designados por instrumentos financeiros híbridos. Trata-se aqui, por exemplo, de empréstimos de acções (empréstimos com direito a reembolso em acções) ou empréstimos com taxa de juro indexada. De acordo com o IAS 39, o derivativo incorporado deve ser, em certas condições, incluído no Balanço como um derivativo isolado, separadamente do instrumento financeiro originário.

Verifica-se esta obrigatoriedade de separação a nível do Balanço, se estiverem preenchidas as seguintes condições:

• as características e os riscos do derivativo incorporado não estão intrinsecamente ligados aos do instrumento originário;

• o derivativo autónomo preenche as condições de um derivativo incorporado de acordo com o IAS 39, e

• o instrumento financeiro original não é avaliado pelo Fair Value através dos seus lucros e prejuízos.

Neste caso, o derivativo incorporado a separar deve ser visto como parte do portfolio mantido para fins comerciais e incluído no Balanço pelo Fair Value. As alterações de avaliação devem

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ser incluídas na Demonstração de Resultados, pelos lucros e prejuízos. A inclusão no Balanço e a avaliação do contrato de base processam-se de acordo com o estipulado na respectiva categoria do instrumento financeiro.

Se não estiverem preenchidas as três condições acima definidas, o derivativo incorporado não é incluído no Balanço separadamente e o instrumento financeiro híbrido (produto estruturado) é avaliado de acordo com as regras gerais da categoria a que o instrumento financeiro foi atribuído.

e) Inclusão no Balanço de operações de cobertura de risco (Hedge Accounting)

O IAS 39 contém uma regulamentação extensa para a inclusão no Balanço de operações de cobertura de risco, i.e. a inclusão no Balanço de instrumentos de garantia (especialmente derivados) e das operações garantidas por esses mesmos instrumentos.

De acordo com as regras gerais, os derivativos são classificados como operações comerciais (activos comerciais ou passivos comerciais) e avaliados pelo Fair Value. O resultado da avaliação é demonstrado no resultado comercial.

Caso sejam aplicados derivativos comprovadamente como garantia de riscos decorrentes de operações não comerciais, o IAS 39 permite, em certas condições, a aplicação do Hedge Accounting (inclusão no Balanço de operações de cobertura de risco). De acordo com o IAS 39, o Hedge Accounting pode utilizar o Fair Value Hedge Accounting ou o Cash Flow Hedge Accounting:

Fair Value Hedge AccountingO IAS 39 prevê a aplicação do Hedge Accounting para derivados que se destinem à atribuição de garantia a valores patrimoniais ou obrigações incluídos no Balanço pelo Fair Value. A um risco de valor de mercado deste tipo estão sujeitas, em especial, as operações de emissão e de crédito do Grupo e as carteiras de títulos da gestão de liquidez, desde que se trate de títulos a juro fixo. Para garantia destes riscos, são utilizados sobretudo Swaps de juro e Swaps de câmbio de juro.

De acordo com os regulamentos do Fair Value Hedge Accounting, os instrumentos financeiros derivativos aplicados para garantia pelo Fair Value são incluídos no Balanço como »Valores de Mercado de instrumentos de garantia derivativos«. As alterações de avaliação são incluídas no Balanço, na Demonstração de Resultados, pelos lucros e prejuízos, como »Resultado de operações de cobertura de risco (Hedge Accounting)«. Para o bem patrimonial garantido, ou para a obrigação garantida, as alterações Fair Value

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contrárias resultantes do risco garantido devem ser incluídas no Balanço e, igualmente pelos lucros e prejuízos, na Demonstração de Resultados, como »Resultado de operações de cobertura de risco«.

O Fair Value Hedge Accounting pode ser organizado como Micro Fair Value ou como carteira Fair Value Hedge para riscos de juro:

No Micro Fair Value Hedge Accounting, a operação de base é ligada a uma ou mais operações de garantia, criando uma relação de garantia. Os valores contabilizados de cada uma das operações de base e das operações de garantia são ajustados de forma a reflectir todas as alterações no valor contabilizado. Na carteira Fair Value Hedge Accounting, a cobertura dos riscos de juro é representada ao nível da carteira. São garantidas não as operações individuais ou grupos de operações com estrutura de risco semelhante, mas antes um montante de operações de base com juro fixo classificado numa carteira por prazos de vencimento. As carteiras podem conter somente activos, somente passivos, ou ambos. Na representação do Hedge Accounting no Balanço, as alterações de valor das operações de base e das operações de garantia são incluídas no Balanço como posições de Activo e posições de Passivo separadas.

No Grupo Eurohypo é utilizado o Micro Fair Value Hedge Accounting.

Cash Flow Hedge AccountingO IAS 39 prevê a aplicação do Cash Flow Hedge Accounting para derivativos que se destinem à garantia do risco de uma alteração futura nos fluxos de pagamento (Cash Flow). A este tipo de risco de Cash Flow estão sujeitos sobretudo créditos a juro variável, títulos e obrigações, bem como transacções esperadas (por exemplo entradas monetárias ou aplicações monetárias esperadas). A garantia dos riscos de juro decorrentes da gestão do Activo e do Passivo é efectuada no Grupo Eurohypo maioritariamente por Cash Flow Hedges. Para garantia, são utilizados principalmente Swaps de juro e Swaps de câmbio de juro.

Os instrumentos financeiros derivativos utilizados no âmbito do Cash Flow Hedge Accounting são incluídos no Balanço pelo Fair Value, como »valores de mercado de instrumentos de garantia derivativos«. O resultado da avaliação é dividido numa parte efectiva e numa parte não efectiva. As partes efectivas da operação de garantia são incluídas na reserva de Cash Flow Hedges, considerando os impostos diferidos, dentro dos capitais próprios. Por seu turno, as partes não efectivas do resultado da avaliação são apresentadas na Demonstração de Resultados, como »Resultado de Hedge Accounting«. Em contrapartida, as alterações de valor contrárias das operações garantidas não são incluídas no Balanço. As alterações de valor das operações de base garantidas são incluídas quando o Cash Flow das

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operações de base influencia o resultado do período. Em simultâneo, as alterações de valor das operações de garantia incluídas na reserva para Cash Flow Hedges são liquidadas e incluídas no resultado do período.

A aplicação das regras do Hedge Accounting está ligada a uma série de condições, referentes sobretudo à documentação da operação de cobertura de risco e à eficácia da medida de garantia.

A relação de garantia tem de estar documentada à data da sua criação. A documentação engloba sobretudo a identificação do instrumento de garantia e da operação de base garantida, bem como a caracterização do risco garantido e da metodologia para a determinação da efectividade da operação de cobertura de risco.

A par da documentação e para aplicação das regras do Hedge Accounting, o IAS 39 exige o comprovativo de uma operação de cobertura de risco efectiva. Neste contexto, compreende-se por efectividade a relação entre a alteração do Fair Value ou Cash Flow decorrente da operação de base garantida e a alteração do Fair Value ou Cash Flow decorrente da operação de garantia. Estamos perante uma elevada efectividade, quando estas duas alterações se compensam na sua quase totalidade. Por um lado, o comprovativo de efectividade exige que para a sua relação de garantia possa ser esperada uma efectividade elevada (efectividade prospectiva). Por outro lado, durante a vigência da relação de garantia, há que fazer regularmente prova de que esta foi efectivamente elevada (efectividade retrospectiva) durante o período em apreciação. Verifica-se uma efectividade retrospectiva elevada, quando a relação das alterações Fair Value ou do Cash Flow se situa entre 0,8 e 1,25. No Grupo Eurohypo, a medição da efectividade prospectiva processa-se mediante um cenário Shift (método Dollar-Off-Set), enquanto a medição da efectividade retrospectiva se efectua utilizando o método da análise da regressão.

(5) CONVERSÃO MONETÁRIAOs valores patrimoniais monetários e obrigações em moeda estrangeira e as operações de caixa pendentes em moeda estrangeira são convertidos pela cotação média de caixa à data do Balanço, e as operações a prazo com câmbios pela cotação efectiva à data do Balanço. Em regra, as despesas e as receitas são convertidas pela cotação do câmbio à data da operação. Para a conversão de despesas e receitas podem ser também utilizadas cotações médias, desde que as mesmas não apresentem variações significativas. As despesas e receitas hedged de valores monetários são convertidas pela taxa de hedging. Em regra, as despesas e receitas resultantes da conversão de posições do Balanço são incluídas no resultado comercial pelo seu lucro e prejuízo.

Posições não monetárias, por exemplo participações, são basicamente convertidas por câmbios históricos quando são avaliadas pelos custos de aquisição amortizados. Contudo, se forem avaliadas pelo Fair Value, utilizamos para a conversão a cotação efectiva à data do Balanço. De

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acordo com a demonstração de lucros e prejuízos, os resultados da conversão de lucros e prejuízos de posições não monetárias são inseridos ou directamente no capital próprio, ou na demonstração de resultados pelo seu lucro e prejuízo.

No caso de receitas e despesas, a conversão dos fechos dos exercícios de filiadas consolidadas e de empresas avaliadas at-Equity estabelecidos em moeda estrangeira é feita por princípio pela cotação em vigor à data da transição. Para simplificar, na conversão pode utilizar-se também uma cotação de conversão aproximada para a cotação de conversão à data da transacção, por exemplo a cotação média de um período. Todas as diferenças resultantes da conversão têm de ser inseridas directamente na reserva decorrente do câmbio de divisas como componente separado do capital próprio. Os lucros e prejuízos de conversão decorrentes da consolidação de capital são também demonstrados directamente em equidade na reserva decorrente do câmbio de divisas no capital próprio. As diferenças de conversão destes valores patrimoniais são incluídas no resultado de aplicações financeiras pelo seu lucro e prejuízo, à data da alienação.

(6) RESERVA LÍQUIDAA reserva líquida do Grupo Eurohypo engloba o saldo em caixa e o activo com bancos centrais de emissão, ambos demonstrados pelo valor nominal.

(7) DOCUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CRÉDITOOs documentos representativos de crédito sobre instituições de crédito e clientes do Grupo Eurohypo – que não sejam mantidos por motivos comerciais e que não tenham cotação num mercado activo – são incluídos no Balanço com o valor de aquisição amortizado. Ágios ou diságios são distribuídos pelo seu prazo e incluídos no resultado dos juros. Os valores contabilizados de documentos representativos de crédito aplicados no Micro Fair Value Hedge Accounting são ajustados pela alteração Fair Value do risco garantido. Os derivativos incorporados em documentos representativos de crédito (Embedded Derivatives) de separação obrigatória são separados, avaliados pelo Fair Value, e demonstrados em activos e passivos comerciais.

(8) PROVISÃO PARA RISCOS NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITOOs riscos especiais de incumprimento da parte contrária na área do crédito são totalmente cobrados através de rectificações de valor isoladas e rectificações de valor da carteira.

Para os riscos e solvência existentes para os créditos de clientes e de bancos, foram criadas rectificações de valor isoladas, de acordo com os critérios do Grupo. É necessária a rectificação de valor de um crédito se, com base nos critérios observáveis, se tornar provável a impossibilidade de satisfação de todas as obrigações de juro e de amortização contratualmente

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estabelecidas. O montante da rectificação de valor corresponde ao valor contabilizado do crédito após deduzido o valor líquido do refluxo esperado.

São ainda considerados os riscos de crédito na forma de rectificações de valor da carteira. O montante das rectificações de valor da carteira a criar é determinado segundo o processo resultante do sistema de Basileia II.

Desde que referente a créditos incluídos no Balanço, a importância total da provisão para risco é directamente deduzida dos créditos sobre instituições de crédito e clientes. A provisão para riscos para operações não incluídas no Balanço (avales, obrigações de endosso, linhas de crédito) é, contudo, demonstrada como reserva para riscos das operações de crédito.

São amortizados directamente os créditos irrecuperáveis, para os quais não existiu uma correcção de valor isolada. Os montantes cobrados de créditos abatidos à contabilidade são incluídos no Balanço. Créditos cujo valor foi reduzido são amortizados total ou parcialmente, mediante a utilização de todas as correcções de valor existentes, caso se verifique a impossibilidade total ou parcial de recuperação do crédito. No caso de não recuperação, são também directamente amortizadas as partes de crédito referentes a créditos cujo valor foi reduzido e que excedam a provisão para riscos existente.

(9) OPERAÇÕES EFECTIVAS DE RECOMPRA E TRANSACÇÕES DE EMPRÉSTIMO DE TÍTULOS

Operações Repo são combinações de compras ou vendas de caixa de títulos com venda ou recompra simultânea pelo mesmo contraente. Os títulos vendidos sob acordo de recompra nas operações Repo (venda de caixa) continuam a ser avaliados e incluídos no Balanço do Grupo como portfolio de títulos. O fluxo de entrada de liquidez das operações Repo é demonstrado no Balanço como obrigação perante instituições de crédito ou como obrigação perante clientes, consoante a parte contrária. Os pagamentos de juros acordados são incluídos no resultado comercial como despesas de juro, de acordo com o seu prazo de vencimento. Os pagamentos de juro acordados são incluídos no resultado comercial como despesas de juro de acordo com o seu prazo de vencimento e demonstrados nos proveitos líquidos dos juros, desde que não resultem de operações comerciais.

Os fluxos de saída de liquidez decorrentes de Reverse-Repos são incluídos no Balanço como créditos sobre instituições de crédito ou sobre clientes, e respectivamente avaliados. Os títulos comprados sob acordo de recompra e que estão na base de operações monetárias (compra de caixa) não são demonstrados no Balanço, nem são avaliados. Os juros acordados de Reverse-Repos são incluídos no vencimento como receitas de juros.

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As operações de empréstimo de títulos são demonstradas no Balanço de forma análoga à de títulos de verdadeiros acordos de recompensa. Os títulos emprestados continuam a manter-se na nossa carteira de títulos, sendo avaliados de acordo com as regras do IAS 39. Os títulos tomados de empréstimo não são inseridos no Balanço, nem avaliados. As nossas garantias de base para operações de títulos são demonstradas como direitos, e as garantias obtidas são demonstradas como créditos.

Valores patrimoniais financeiros já transferidos mas cujos registos não foram anulados estão sujeitos aos mesmos riscos e oportunidades que os valores patrimoniais não transferidos, os quais são descritos na Nota 4.

(10) VALORES DE MERCADO POSITIVOS DE INSTRUMENTOS DE GARANTIA DERIVATIVOS

São demonstrados nesta verba do Balanço os instrumentos financeiros derivativos utilizados como garantia, qualificados para o Micro Fair Value Hedge Accounting e apresentando igualmente um valor de mercado positivo. A avaliação dos instrumentos de garantia é feita pelo Fair Value.

Os instrumentos de garantia com cotação na bolsa são avaliados com as cotações da bolsa; no caso dos instrumentos de garantia sem cotação na bolsa, a avaliação é feita com base em preços comparativos e processos de avaliação internos (modelos de valor líquido ou modelos de preços optativos). Os resultados de avaliação determinados no âmbito do Hedge Accounting para Fair Value Hedges são incluídos na Demonstração de Resultados, no resultado de relações de garantia (Hedge Accounting). Partes efectivas das alterações de valor de Cash Flow Hedges são, em contrapartida, demonstradas no capital próprio, na reserva de Cash Flow Hedges. As partes ineficazes das alterações de valor de Cash Flow Hedges são demonstradas na Demonstração de Resultados, como »Resultado de Hedge Accounting«.

(11) ACTIVOS COMERCIAISOs activos comerciais englobam documentos representativos de crédito isolados, se mantidos para fins comerciais. São avaliados no Balanço pelo Fair Value no dia fixado para o Balanço. Igualmente aqui demonstrados pelo Fair Value, são todos os instrumentos financeiros derivativos não incluídos como instrumentos de garantia no âmbito do Hedge Accounting e que apresentem um Fair Value positivo. No caso de produtos cotados na bolsa, são utilizadas cotações da bolsa; para produtos não cotados na bolsa, são utilizados preços comparativos, preços indicativos de agências de preços ou de outras instituições de crédito (Lead Manager) ou processos de valorização internos (modelos de valor líquido ou modelos de opção de preço). Todos os lucros e prejuízos realizados, bem como os resultados de avaliação não realizados, são parte do resultado comercial na Demonstração de Resultados. Igualmente demonstradas no

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Balanço são as receitas de juro e de dividendos provenientes da carteira comercial, bem como as respectivas despesas de funding.

(12) APLICAÇÕES FINANCEIRASAs aplicações financeiras englobam instrumentos financeiros, que não são atribuídos a nenhuma outra verba do Balanço. Como aplicações financeiras demonstramos todas as obrigações e outros títulos relacionados com juro, acções e outros títulos relacionados com Equity, bem como quotas em filiais não consolidadas, salvo se mantidas para alienação no sentido do IFRS 5. Quotas em empresas associadas ou em Joint Ventures, que por razões substanciais não foram avaliadas pelo método Equity, são demonstradas em aplicações financeiras como participações.

Os instrumentos financeiros da categoria Loans and Receivables incluídos nesta verba do Balanço são avaliados pelos custos amortizados.

O Fair Value à data da reclassificação é incluído como novo valor contabilizado do portfolio de títulos. A Reserva para reavaliações, após impostos diferidos, existente à data mantém-se na respectiva posição em capitais próprios, sendo liquidada ao longo da validade residual dos títulos reclassificados.

Os investimentos financeiros atribuídos à categoria Valores patrimoniais financeiros disponíveis para alienação (Available for Sale) são incluídos no Balanço e avaliados pelo Fair Value. Na impossibilidade de obtenção do Fair Value de um mercado activo, a avaliação processa-se com base em preços comparativos, preços indicativos de agências de preços ou de outras instituições de crédito (Lead Manager), ou ainda com base em processos de avaliação internos (modelos de valor líquido ou modelos de preço opcional). Se o Fair Value para instrumentos de capital próprio não puder ser excepcionalmente determinado com segurança, a sua inclusão no Balanço é feita pelo custo de aquisição deduzido dos necessários impairments.

Os resultados de avaliação do portfolio da categoria Valores patrimoniais financeiros disponíveis para alienação (Available for Sale) são inseridos – após considerados os impostos diferidos – em capital próprio, na reserva para reavaliações. Uma realização de lucros e prejuízos só é reconhecida no resultado de aplicações financeiras aquando da venda dos assets ou no caso de um impairment.

Os ágios e diságios são incluídos no resultado de juro, pelos lucros e pela sua validade. Também no resultado de juro são demonstrados receitas de juro resultantes de obrigações, pagamentos de dividendos resultantes de acções e de quotas em empresas ligadas não consolidadas, e ainda resultados de participações.

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Se no caso dos instrumentos financeiros aqui incluídos no Balanço existir uma relação de garantia efectiva com um instrumento financeiro derivativo, a parte da alteração do Fair Value que recai sobre o risco seguro é demonstrada no resultado do Hedge Accounting.

Para os instrumentos financeiros demonstrados em aplicações financeiras, há que verificar se existem indicações objectivas, de acordo com o IAS 39.59 (por exemplo violação de contrato, sinistro, maior probabilidade para processos de saneamento ou insolvência), de um prejuízo ocorrido após a data de entrada, que levem a uma redução do Cash Flow esperado. Verifica-se um impairment quando o valor líquido do Cash Flow esperado é inferior ao valor contabilístico do referido instrumento de financiamento. No caso de um impairment, o resultado da avaliação já não deve ser incluído at Equity no capital próprio como reserva de reavaliação, mas antes como impairment na Demonstração de Resultados, em resultado de aplicações financeiras.

Em instrumentos de capital próprio, verifica-se um impairment caso, entre outras circunstâncias, o Fair Value se situe – de forma significativa ou persistente – abaixo dos custos de aquisição.

No Grupo Eurohypo, os instrumentos de capital próprio do portfolio AfS são amortizados caso o Fair Value se situe – de forma significativa (> 20%) ou persistente (mínimo 9 meses) – abaixo dos custos de aquisição. Para além destas indicações quantitativas (Trigger Events), para efeitos de verificação recorre-se também a Trigger Events qualitativos do IAS 39.59.

As recuperações de valor em instrumentos de capital próprio da categoria Available for Sale não podem ser incluídas através de lucro ou prejuízo; devem, antes, ser contabilizadas directamente em equidade nas reservas de reavaliação. Neste sentido, o único impacto sobre os lucros ou prejuízos para estes instrumentos é o impairment ou a alienação. No caso de instrumentos de capital próprio não cotados, para os quais não é possível determinar regularmente um Fair Value seguro – sendo assim avaliados pelos custos de aquisição deduzidos dos necessários impairments –, não é possível proceder-se a uma recuperação de valor.

Em caso de Trigger Events qualitativos (IAS 39.59), os instrumentos de capitais externos do portfolio AfS são analisados em função de uma necessidade de impairment e corrigidos se for esse o caso. Para a implementação operacional dos Trigger Events qualitativos, são criados no Grupo Eurohypo indicadores adicionais para uma amortização. Assim, devem ser amortizados p. ex. os instrumentos de dívida do portfolio AfS caso o Rating do devedor apresente »CCC« ou pior, e o Fair Value se situe abaixo dos custos de aquisição amortizados.

Em caso de inexistência de razões para um impairment de instrumentos de capitais externos da categoria Available for Sale, deverá proceder-se a uma recuperação do valor até, no máximo, ao valor do impairment efectuado. A importância que excede os custos de aquisição deve ser incluída na reserva de reavaliação.

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Para instrumentos financeiros da categoria Loans and Receivables é criado um impairment segundo critérios análogos às operações de crédito (descrito na Nota 4). Os impairments são incluídos no resultado das aplicações financeiras. Caso os indicadores para um impairment de títulos isolados já não existam ou não apontem já para um impairment, estes podem ser incluídos até ao montante dos custos de aquisição. De igual forma, um ambiente de risco melhorado pode conduzir à anulação de um impairment criado a nível da carteira.

(13) QUOTAS EM EMPRESAS AVALIADAS AT-EQUITYAs quotas em empresas associadas e em empresas comuns são demonstradas mediante o método at-Equity na carteira »Available for Sale«. As Joint Ventures são igualmente demonstradas pelo método Equity. Os resultados provisórios não realizados de transacções com Joint Ventures são eliminados proporcionalmente no âmbito da consolidação, desde que as circunstâncias de base sejam relevantes.

(14) IMÓVEIS MANTIDOS COMO INVESTIMENTO FINANCEIROPor imóveis mantidos como investimento financeiro (Investment Properties) entendem-se os terrenos e edifícios mantidos para a obtenção de receitas provenientes de rendas ou por razões de um aumento de valor esperado. Nos imóveis mantidos como investimento financeiro, o Grupo Eurohypo demonstra essencialmente os imóveis adquiridos no âmbito da valorização de garantias.

A avaliação das Investment Properties ocorre à data da entrada, de acordo com o IAS 40, com os custos de aquisição ou produção, considerando os custos de transacção directamente imputáveis. Para a avaliação sucessiva dos imóveis mantidos como investimentos financeiros, é aplicado o modelo do Fair Value. A determinação do Fair Value baseia-se em avaliações actualizadas anualmente por peritos internos, bem como nos preços de mercado alcançáveis na situação de mercado actual. Em regra, a avaliação de activos imobiliários de utilização comercial processa-se em função das receitas, sendo as construções para habitação individual normalmente avaliadas em função do activo imobiliário ou de uma comparação. Um lucro ou prejuízo resultante da alteração do Fair Value é considerado no resultado do período, pelo lucro e prejuízo.

(15) VALORES PATRIMONIAIS MANTIDOS PARA ALIENAÇÃOOs valores patrimoniais e os grupos de alienação, que possam ser vendidos no estado actual e cuja alienação é altamente provável, devem ser classificados como destinados à alienação. Os respectivos valores patrimoniais devem ser inseridos pelo seu Fair Value deduzido dos custos de alienação, desde que o mesmo seja inferior ao valor contabilizado. No caso de impairments daí decorrentes, para os grupos de alienação estes devem ser registados no Resultado de aplicações

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financeiras pelo seu lucro e prejuízo, e para valores patrimoniais devem ser registados em Outro resultado. Qualquer aumento do valor contabilístico posterior está restringido à soma dos impairments anteriormente reconhecidos.

(16) VALORES PATRIMONIAIS IMATERIAISEntre os valores patrimoniais imateriais, incluímos no Balanço o software e os valores de negócio ou empresariais. A inclusão no balanço é feita pelos custos de aquisição amortizados. O Software é amortizado linearmente durante o tempo de utilização útil. Para os valores de negócio ou empresariais são efectuados anualmente testes de impairment.

As amortizações de valores de negócios ou empresariais são demonstradas numa verba separada da Demonstração de Resultados. As amortizações de Software, outros valores imobilizados imateriais, terrenos e edifícios, bem como equipamento empresarial e comercial são demonstrados na verba Amortizações, sendo as correcções de valor em valores patrimoniais imateriais e as imobilizações corpóreas demonstradas em Despesas operacionais.

Método do teste de impairmentTodos os valores de negócio ou empresariais são verificados, no mínimo anualmente, nos dias fixados para o Balanço – ou no caso de um Trigger Event –, quanto à sua utilidade económica futura, com base em unidades geradoras de meios de pagamento (Cash Generating Units). É então comparado o valor contabilizado dos capitais próprios de um segmento, enquanto Cash Generating Unit (incluindo valores de negócio ou empresariais atribuídos), com a importância atingível (valor de utilização) desta unidade. A importância a obter é determinada com base no valor de utilização (value in use). Este baseia-se nos resultados esperados da respectiva unidade, bem como nos efeitos do capital de acordo com o plano a médio prazo aprovado pelo Conselho de Administração para cada um dos segmentos descritos, definidos segundo o IFRS 8 como Cash Generating Units e descritos na Nota 45. Quando o valor de utilização for inferior ao valor contabilizado, é determinado adicionalmente o valor de alienação líquido (Fair Value less cost to sell). É incluído o valor mais elevado.

Caso deixe de verificar-se a razão de um impairment efectuado em anos anteriores, são imputados os valores patrimoniais, no máximo até aos custos de aquisição ou de produção. Para valores de negócio ou empresariais não são permitidos aumentos do valor contabilístico.

Para a verba Software, é feita uma amortização linear durante o tempo de utilização útil previsível de 2 a 10 anos, a debitar em Despesas operacionais. Como Software, é inserido no Balanço tanto o Software adquirido como o de criação própria.

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(17) IMOBILIZAÇÕES CORPÓREASAs imobilizações corpóreas são incluídas pelos custos de aquisição ou de produção, deduzidos de amortizações planeadas lineares – caso se trate de valores patrimoniais sujeitos a desgaste –, de acordo com o tempo de utilização esperado. As imobilizações corpóreas são amortizadas de forma linear, de acordo com a utilização económica previsível, ao longo dos períodos de tempo que se seguem:

TEMPO DE UTILIZAÇÃOAnos

Edifícios de escritórios 40Edifícios utilizados economicamente para habitação até 50Equipamento empresarial e comercial 2 a 23

As imobilizações corpóreas são sujeitas a um teste de impairment, se os resultados ou a alteração das circunstâncias deixar prever que poderia ter ocorrido um impairment. Nesse caso, o teste de impairment é efectuado de acordo com os princípios fixados no IAS 36 para os valores patrimoniais imateriais.

As amortizações não planeadas são efectuadas no caso de desvalorização previsivelmente duradoura. Em caso de inexistência de razões para a amortização não planeada, são efectuados aumentos do valor contabilístico, no máximo até ao montante dos custos de aquisição ou de produção amortizados.

Por princípio, a aquisição de imobilizações corpóreas de pequeno valor no exercício são incluídas no período, directamente como despesa. Os juros de capitais de terceiros decorrentes do financiamento de imobilizações corpóreas não são incluídos no Activo. As medidas para a manutenção de imobilizações corpóreas são incluídas como despesas operacionais no exercício em que ocorreram.

As amortizações são demonstradas em Despesas operacionais. Os lucros e prejuízos decorrentes da alienação de imobilizações corpóreas são demonstrados em Outros resultados da exploração.

(18) OPERAÇÕES DE LEASINGDe acordo com o IAS 17, uma operação de leasing é classificada como Operating Leasing quando não transfere para o locatário do leasing todas as hipóteses e riscos ligados ao património. Em contrapartida, são leasings financeiros as relações contratuais em que o locatário do leasing suporta todas as hipóteses e riscos. Determinante para a classificação das hipóteses e riscos é basicamente o valor líquido dos fluxos de pagamento ligados aos contratos de leasing. Quando o valor líquido corresponde, no mínimo, à soma do investimento do activo imobiliário de leasing, é feita uma classificação como leasing financeiro. Dos activos imobiliários de leasing fazem parte, sobretudo, imóveis e veículos automóveis.

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Contanto que as hipóteses e riscos do activo imobiliário de leasing permaneçam no locador de leasing (Operating Leasing), este continua a ser inserido no Balanço. Os activos imobiliários de leasing são demonstrados no Balanço do Grupo em Outros Activos. A inclusão dos activos imobiliários de leasing no Balanço é feita pelos custos de aquisição ou pelos custos de produção deduzidos de impairments ou das amortizações planeadas decorrentes do tempo de utilização útil económico. As receitas de leasing são inseridas linearmente ao longo do prazo contratual e demonstradas em Outros Resultados, sempre que o caso em particular não ofereça uma outra distribuição.

No Grupo Eurohypo não existem operações de leasing financeiro, sendo as obrigações decorrentes de relações de Operating Leasing comentadas na Nota 95.

(19) IMPOSTOS SOBRE OS RENDIMENTOSOs direitos e obrigações reais a imposto sobre os rendimentos efectivamente em curso foram calculados com as taxas de imposto actualmente em vigor, em cujo montante é feito o reembolso pelas respectivas autoridades fiscais, ou o pagamento às mesmas.

A avaliação dos impostos diferidos é feita pela forma de consideração económica. Segundo esta, os efeitos fiscais diferidos são atribuídos à unidade económica, que os resgata através da sua actividade comercial, independentemente da dívida fiscal concreta.

Como consequência, na qualidade de sociedade integrada indirecta do Commerzbank AG, o Eurohypo AG demonstra impostos diferidos para a Alemanha, sem ser ele próprio sujeito de imposto.

São criados direitos e obrigações a imposto diferido sobre o rendimento para diferenças entre os valores contabilísticos IFRS dos valores patrimoniais ou dívidas e seus valores fiscais, desde que daí resultem previsivelmente futuros efeitos de encargos e reduções de imposto sobre os rendimentos (diferenças temporárias). São também criados impostos diferidos activos para saldos devedores fiscais, bem como para créditos fiscais ainda não utilizados. Para a avaliação de impostos diferidos, são determinantes as taxas fiscais já estabelecidas em 31 de Dezembro de 2010 e aplicáveis na realização de diferenças. Os impostos diferidos activos, entre outros sobre o transporte dos saldos devedores fiscais ainda não utilizados, só são incluídos no Balanço, se for provável que os lucros tributáveis venham a recair na mesma unidade de imposto. Em função do procedimento perante a situação de base, uma determinação dos direitos e obrigações a receitas após a dedução dos juros processa-se ou pelo lucro e prejuízo – nos impostos sobre rendimentos e receitas –, ou em equidade – na respectiva verba de capital próprio.

As despesas ou receitas com o imposto sobre os rendimentos estão demonstradas na Demonstração de Resultados do Grupo como Impostos sobre rendimentos e receitas, e

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separadas nas explicações por Direitos e obrigações a impostos reais e diferidos do exercício. Os restantes impostos, não dependentes das receitas, são demonstrados em Outro resultado. No Balanço, os direitos ou obrigações a impostos correntes e diferidos são demonstrados separadamente como verbas do Activo ou do Passivo.

Foram saldados direitos e obrigações a imposto diferido sobre o rendimento, quando existe um direito à compensação de impostos reais sobre o rendimento, e os impostos diferidos activos e passivos se referem a imposto sobre os rendimentos cobrado pela mesma repartição de finanças, para o mesmo sujeito fiscal.

As diferenças temporárias relacionadas com quotas em sociedades do Grupo Eurohypo tributáveis importam em menos de 1 milhão de € (ano anterior abaixo de 1 milhão de €). As obrigações a imposto diferido sobre o rendimento não foram aqui tratadas como diferidas, uma vez que as diferenças não se irão inverter num futuro próximo.

Nas Notas 59 e 67 encontra-se uma diferenciação entre direitos a impostos reais e diferidos, bem como entre obrigações a imposto sobre os rendimentos real e diferido.

(20) OBRIGAÇÕES FACE A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E CLIENTES, BEM COMO OBRIGAÇÕES GARANTIDAS POR TÍTULOS

As obrigações financeiras são incluídas no Balanço com custos de aquisição amortizados. Nos casos de separação obrigatória, os derivativos incorporados em obrigações (Embedded Derivatives) foram separados e avaliados pelo Fair Value, nos Activos ou Passivos comerciais. No âmbito do Micro Fair Value Hedge Accounting, as obrigações garantidas foram ajustadas pelas alterações Fair Value a atribuir ao risco garantido.

(21) VALORES DE MERCADO NEGATIVOS DE INSTRUMENTOS DE GARANTIA DERIVATIVOS

Nesta verba são demonstrados instrumentos financeiros derivativos aplicados como garantia e que se classificam para o Micro Fair Value Hedge Accounting desde que possuam um valor de mercado negativo. A determinação do valor dos instrumentos de garantia é feita pelo Fair Value. O valor dos instrumentos de garantia cotados na bolsa é determinado em função da cotação da bolsa; nos instrumentos de garantia sem cotação na bolsa, a avaliação baseia-se em processos comparativos e processos de avaliação internos (modelos de valor líquido ou modelos de preços optativos). No âmbito dos Fair Value Hedges, as alterações do Fair Value dos instrumentos de garantia são demonstradas na Demonstração de Resultados, no Resultado de Hedge Accounting. Por seu turno, partes efectivas das alterações de valor de Cash Flow Hedges são demonstradas no capital próprio, no Resultado de avaliação de Cash Flow Hedges. As partes

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não efectivas das alterações de valor de Cash Flow Hedges são demonstradas como »Resultado de Hedge Accounting«, na Demonstração de Resultados.

(22) PASSIVOS COMERCIAISInstrumentos financeiros derivativos não incluídos como instrumentos de garantia no âmbito do Hedge Accounting e que possuam um valor de mercado negativo são demonstrados como passivos comerciais. A avaliação dos passivos comerciais é feita pelo Fair Value mediante os ganhos e perdas. Em instrumentos financeiros cotados em bolsa, são utilizadas cotações da bolsa; para os produtos sem cotação na bolsa, são utilizados processos comparativos e processos de avaliação internos (modelos de valor líquido ou modelos de preços optativos). Todos os lucros e prejuízos realizados, bem como os resultados de avaliação não realizados, são parte do resultado comercial na Demonstração de Resultados.

(23) RESERVASUma reserva deve ser demonstrada, se à data fixada para o Balanço e fruto de um resultado no passado se tiver criado uma obrigação jurídica e efectiva presente, se o defluxo de recursos para o cumprimento desta obrigação for provável, e se for possível um cálculo seguro do montante da obrigação. São assim criadas reservas no montante dos pedidos esperados para obrigações incertas perante terceiros e prejuízos prováveis decorrentes de operações pendentes.

A importância fixada para uma reserva representa o melhor cálculo possível das despesas necessárias para o cumprimento da presente obrigação à data do Balanço. No cálculo, são considerados os riscos e as incertezas.

A classificação nos diferentes tipos de reservas é feita através de diversas verbas da Demonstração de Resultados. As reservas nas operações de crédito são debitadas nas Despesas com provisões para risco e Despesas de reestruturação. As restantes reservas são fundamentalmente criadas por conta das despesas operacionais.

São fixadas reservas para medidas de reestruturação, caso o Grupo Eurohypo possua um plano formal detalhado para as medidas de reestruturação e já tenha começado a pô-lo em prática, ou tenha dado a conhecer os detalhes mais importantes de reestruturação. O plano detalhado engloba as áreas de negócio em causa, o número aproximado de colaboradores cujos postos são afectados no âmbito das medidas de reestruturação, os custos daí decorrentes e o período de tempo no qual as medidas de reestruturação serão postas em prática. O plano detalhado deve ser comunicado, para que os abrangidos pelo mesmo possam contar com a sua realização. A verba Despesas de Reestruturação na Demonstração de Resultados inclui ainda despesas directamente relacionadas com as medidas de reestruturação e não incluídas na reserva para reestruturação.

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A importância fixada para uma reserva representa a melhor estimativa possível da despesa necessária para o cumprimento das obrigações actuais à data do fecho do Balanço. Os riscos e as incertezas são considerados na avaliação. As reservas são inseridas pelo seu valor líquido, desde que o prazo de vencimento seja superior a um ano.

(24) RESERVAS PARA PENSÕES E OBRIGAÇÕES SEMELHANTESA pensão de reforma para colabores no activo e para ex-colaboradores do Eurohypo Aktiengesellschaft e de algumas filiais nacionais e seus descendentes rege-se por diversos sistemas de assistência (planos orientados pelas contribuições e pelas prestações).

Por um lado, os colaboradores adquirem um direito a assistência, com base num compromisso em função das contribuições, por meio de uma instituição de assistência externa (Defined Contribution Plan). Para o financiamento, e com a participação dos colaboradores no activo, o Grupo paga uma contribuição fixa a entidades externas prestadoras de assistência (entre outros, Versicherungsverein des Bankgewerbes a. G. (BVV), Berlim, Versorgungskasse des Bankgewerbes e.V., Berlim).

O montante dos pagamentos de pensão presentes e futuros é aqui determinado através das contribuições pagas e das respectivas receitas patrimoniais. Para estes sistemas indirectos, são aplicados os regulamentos sobre a prestação de contas de acordo com o IAS 19 para um plano orientado em função de contribuições (Defined Contribution Plan), ou seja, as contribuições para entidades externas prestadoras de assistência. Não são criadas reservas.

Por outro lado, existem obrigações decorrentes de direitos eventuais de assistência e prestações correntes com base num compromisso directo do Eurohypo, em que o montante do pagamento da assistência depende de factores como a idade, remuneração e tempo de serviço (Defined Benefit Plan). A estes sistemas de assistência aplicam-se os regulamentos de prestação de contas de acordo com o IAS 19 para um plano orientado em função de contribuições, não sendo criadas reservas.

Para o cumprimento das obrigações directas de assistência, em 2008 foram transferidos meios de cobertura para um trustee independente – o Commerzbank Pension-Trust e.V. (CPT).

Os bens fiduciários mantidos pelo CPT são qualificados como activos do plano no sentido do disposto no IAS 19.7. De acordo com o IAS 19.54, os valores patrimoniais transferidos são saldados com as reservas para pensões, daí resultando uma respectiva redução das reservas para pensões no Grupo.

As despesas com pensões para os compromissos directos de assistência, a demonstrar em Despesas com pessoal, são compostas por diversos componentes: por um lado, pelas despesas

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com tempo de serviço (Service Cost), que representam os direitos adquiridos pelos membros durante o exercício; por outro lado, pelos custos de juro (Interest Cost) sobre o valor líquido das obrigações de pensão, uma vez que a data de cumprimento das obrigações de pensão está um período adiantada. Por seu turno, as receitas líquidas esperadas dos activos do plano reduzem as despesas com as pensões, que continuam a ser afectadas pela amortização dos ganhos e perdas actuariais não previamente reconhecidos no Balanço. Em caso de alteração dos compromissos directos de assistência, daí resultando uma alteração da obrigação de prestação, deverão demonstrar-se retroactivamente as despesas/receitas com tempo de serviço.

O montante da reserva é calculado de acordo com o IAS 19.54, conforme se segue:

valor líquido da obrigação em função da prestação definida (DBO)deduzido do Fair Value do activo do planodeduzido/acrescido de ganhos e perdas actuariais não incluídosdeduzido/acrescido de despesas ou receitas retroactivas com tempo de serviço não demonstradas___________________________________________________________________= Montante da reserva para pensões

Para planos orientados em função das prestações, as obrigações de prestação de pensão e obrigações semelhantes (redução do tempo em função da idade, reforma antecipada, jubileus) são calculadas anualmente por um actuário independente, de acordo com o Projected Unit Credit Method. A par de pressupostos biométricos (por exemplo tabelas Heubeck 2005 G), este cálculo baseia-se, em especial, num juro de mercado actualizado para corporate bonds a longo prazo, com juro fixo e de boa solvabilidade, na flutuação e nas tendências das carreiras, bem como em taxas de aumento das remunerações ou das pensões esperadas para o futuro.

De acordo com o IAS 19.92 e seguintes, eventuais ganhos e perdas actuariais ainda não amortizados só têm de ser inseridos no Balanço em cujo início ultrapassaram o corredor de 10% do máximo do DBO e do Fair Value dos assets do plano.

O Eurohypo decidiu antecipar a inclusão de ganhos e perdas actuariais ainda não incluídos, relativamente ao estabelecido no IAS para a amortização regular. Para tal, a partir de um limite de quedas significativas de 75% do corredor de 10%, são amortizados 20% dos lucros e prejuízos dentro do corredor.

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(25) PLANOS DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORESDescrição dos planos de remuneraçãoLong-Term-Performance (LTP)

Para os quadros e para outros trabalhadores seleccionados, de 2006 a 2008 o Grupo Commerzbank estabeleceu »Long-Term Performance Plans« (LTP). Habilitados a participar estavam quadros e colaboradores do Commerzbank Aktiengesellschaft, bem como diversas filiais no país, tais como o Eurohypo. Os planos LTP 2006-2008 ainda em curso continuam a possibilitar um pagamento orientado em função da evolução da cotação das acções e do índice. Desde o exercício de 2009, não foi oferecido qualquer LTP novo.

A participação no LTP está ligada a uma participação própria dos titulares das acções do Commerzbank. A condição para pagamentos decorrentes destes planos é atingir pelo menos uma das seguintes metas:

• para 50% das acções adquiridas como participação própria aplica-se:

a evolução do valor das acções do Commerzbank ultrapassa o índice Dow Jones Euro Stoxx® dos bancos

• para 50% das acções adquiridas como participação própria aplica-se:

a subida absoluta da cotação das acções do Commerzbank. O pagamento do LTP está ligado à condição de o Commerzbank Aktiengesellschaft proceder a uma distribuição de dividendos para o exercício em que seria efectuado o pagamento.

A cotação de base das acções do Commerzbank é a média da cotação de fecho diária Xetra no 1.º trimestre do ano de emissão, ajustada a qualquer alteração de capital. A cotação de base para o índice é a média da cotação de fecho diária do Dow Jones Euro Stoxx® dos bancos (índice de cotações) no 1.º trimestre do ano de emissão.

Após três anos, os valores de base do ano de emissão são comparados com os dados do 1.º trimestre do exercício em apreciação, verificando-se se foi atingida uma Outperformance mínima de um ponto percentual face ao Dow Jones Euro Stoxx® dos bancos e/ou se o aumento mínimo da cotação da acção do Commerzbank correspondeu a 25% em relação ao valor de base.

Se no final dos três anos não tiver sido atingido qualquer dos critérios de exercício, a comparação repete-se anualmente. Se ao fim de cinco anos não tiver sido atingido qualquer dos critérios, o plano é considerado encerrado. Os LTP encontram-se demonstrados no Balanço como pagamentos baseados em acções e compensados em dinheiro.

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Share AwardsEm 2010 foram introduzidos Share Awards como novo modelo de remunerações para o Conselho de Administração e para uma parte dos colaboradores não abrangidos pelos contratos colectivos de trabalho. Os Share Awards são uma remuneração diferida através da distribuição de acções virtuais do Commerzbank. São considerados como retribuição para o ano transacto e habilitam o portador exclusivamente à cobrança do contravalor bruto em dinheiro do número de acções determinadas à data da adesão. O número de acções é determinado dividindo o bónus pela cotação média de fecho Xetra dos meses Janeiro e Fevereiro do ano de atribuição, bem como do mês de Dezembro do ano anterior. Em regra, o pagamento é feito três anos após a data de atribuição, desde que se encontrem preenchidas as seguintes condições:

• cumprimento das condições de compliance aplicáveis;• observação das competências e condições de trabalho;• não existência de um comportamento incorrecto individual, que vá contra os objectivos

do Banco;• observação dos limites de risco internos.

Também para o cálculo do montante a pagar é utilizada a cotação média de fecho Xetra das acções do Commerzbank dos meses de Janeiro e Fevereiro do ano em que se efectuará o pagamento, bem como das do mês de Dezembro do ano anterior. O contravalor bruto em dinheiro à data do pagamento é, assim, calculado através da multiplicação desta cotação pelo número de acções fixado à data da atribuição.

Caso o Commerzbank haja pago dividendos durante a validade dos Share Awards, será feito um pagamento em dinheiro adicionalmente ao contravalor bruto em dinheiro, no montante dos dividendos pagos.

Balanço e avaliaçãoA contabilização dos planos de remuneração dos colaboradores aqui descritos processa-se de acordo com os regulamentos do IFRS 2 »Remuneração baseada em acções/Share-based Payment«. O IFRS 2 distingue entre transacções de pagamento baseadas em acções com compensação através de instrumentos de capitais próprios e as baseadas em acções com compensação em dinheiro. Em ambos os casos de pagamento de remunerações através de acções, estes devem ser demonstrados no final do exercício pelo Fair Value.

• Transacções de remunerações com compensação em dinheiro baseadas em acçõesA parte do Fair Value da remuneração baseada em acções com compensação em dinheiro, que recai sobre os serviços de avaliação prestados até à data de avaliação, é lançada como Despesas com pessoal, com uma demonstração simultânea como reserva. O Fair Value é determinado de novo em cada data do Balanço, até à data do pagamento,

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inclusive. Qualquer alteração do Fair Value da obrigação deve ser considerada para efeitos contabilísticos. Neste sentido e na medida do possível, a reserva à data do pagamento deve corresponder à importância paga aos colaboradores beneficiários.

• Share AwardsÀ data da atribuição (Primavera de 2011), a parte da reserva para remunerações variáveis que recai sobre Share Awards é transferida para a reserva para Share Awards e inserida no Balanço como remuneração com base em acções com equivalência em dinheiro. A importância é calculada como o produto do número de direitos atribuídos e da cotação média de fecho Xetra dos meses Janeiro e Fevereiro do ano de atribuição, e de Dezembro do ano anterior. Nas datas do Balanço seguintes, as reservas flutuam paralelamente à evolução da cotação das acções do Commerzbank Aktiengesellschaft. Não são feitos descontos de flutuação, uma vez que os Share Awards não caducam em caso de denúncia ou morte. Caso o Commerzbank Aktiengesellschaft pague dividendos durante o período de espera, à data do pagamento será feito um pagamento adicional em dinheiro igual ao montante dos dividendos por cada Share Award, para o qual se deverão constituir reservas.

• Modelos de avaliaçãoO Grupo Commerzbank contratou um actuário externo para a determinação do Fair Value para os planos de remuneração dos colaboradores existentes no Grupo Commerzbank. Para a avaliação dos direitos atribuídos com o LTP, é utilizado um modelo Monte Carlo, que simula alterações de subidas de cotação futuras de acções. O modelo baseia-se no pressuposto de que o rendimento das acções é distribuído normalmente por um valor médio, que corresponde a uma aplicação de juro isenta de risco.

(26) CAPITAL SEM PRECEDÊNCIA E CAPITAL HÍBRIDOComo capital sem precedência e como capital híbrido inserimos no Balanço emissões de títulos de direito de usufruto, obrigações sem precedência garantidas ou não garantidas por títulos, e instrumentos de capital híbridos. A inserção no Balanço é feita pelos custos de aquisição amortizados, deduzidos de qualquer redução esperada dos certificados de participação em lucros da emissão de títulos de direito de usufruto. Os ágios ou diságios são distribuídos pelo seu prazo e incluídos no resultado dos juros.

(27) CAPITAL PRÓPRIO E QUOTAS EM PODER DE TERCEIROSDe acordo com o IFRS, o capital próprio exerce um direito residual sobre os valores patrimoniais de uma empresa após dedução de todas as suas obrigações ou direitos, em relação aos quais não existe qualquer possibilidade de denúncia por parte do dador do capital.

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De acordo com o IAS 39, as alterações de avaliação de Activos »Available for Sale« e partes efectivas dos resultados de avaliação de Cash Flow Hedges são incluídos directamente em Capital próprio.

Os instrumentos de capital próprio recomprados são deduzidos do capital próprio de acordo com o IFRS, sendo os lucros e prejuízos daí resultantes incluídos directamente no capital próprio. De acordo com o IAS 1, as quotas em poder de terceiros são incluídas no Balanço, em Capital próprio.

Lucros e prejuízos de conversão decorrentes da conversão de demonstrações de resultados em moeda estrangeira de filiadas consolidadas e de empresas avaliadas at-Equity são demonstrados directamente em equidade no Capital próprio como Reserva de conversão monetária.

(28) OPERAÇÕES FIDUCIÁRIASNão são demonstradas no Balanço as operações fiduciárias que têm por base uma administração ou colocação de valores patrimoniais por conta de terceiros. Os pagamentos de comissões decorrentes destas operações constam da Demonstração de Resultados, em proveitos de comissões.

(29) OBRIGAÇÕES EVENTUAIS E CONCESSÕES DE CRÉDITO IRREVOGÁVEISAqui demonstramos essencialmente obrigações eventuais decorrentes de garantias e de contratos de garantia, bem como concessões de crédito irrevogáveis, pelo seu valor nominal.

Como garantias, devem ser demonstradas situações nas quais a empresa declarante actua como fiadora em relação ao credor de um terceiro para o cumprimento das obrigações do terceiro. Sob garantias recaem obrigações contratuais, que englobam a garantia sobre um determinado resultado ou prestação.

Como concessões de crédito irrevogáveis devem ser apresentadas obrigações das quais pode advir um risco de crédito. Destas fazem parte obrigações de concessão de empréstimos (por exemplo linhas dadas a conhecer ao cliente por fonte externa), de compra de títulos ou de concessão de garantias e aceites.

A provisão para risco para obrigações eventuais e concessões de crédito irrevogáveis é demonstrada como reserva para riscos decorrentes das operações de crédito.

As receitas são incluídas no resultado de comissões, cujo montante é determinado pela aplicação de taxas acordadas sobre a importância nominal da garantia.

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NOTAS EXPLICATIVAS À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

(30) PROVEITOS LÍQUIDOS DOS JUROS

em milhões de € 2010 2009Receitas de juros de

Financiamentos imobiliários 3.191 3.792 destes, categoria: Held for Trading 6 8 destes, categoria: AfS »Available for Sale« - -Créditos municipais 1.594 2.188Outras operações de crédito e operações do mercado monetário 214 275Títulos a juro fixo e créditos contabilísticos 2.251 2.834 destes, categoria: LaR »Loans and Receivables« 2.015 2.599 destes, categoria: AfS »Available for Sale« 236 235Receitas correntes de acções e outros títulos sem juro fixo 10 13Receitas correntes de participações e empresas associadas não consolidadas 2 1Lucros decorrentes da alienação de empréstimos e créditos 1 43

Receitas de juros total 7.263 9.146Despesas de juros para

obrigações garantidas por títulos 3.292 4.335títulos garantidos nominais 1.207 1.325empréstimos aceites 672 932outras operações de crédito e operações do mercado monetário 440 834operações não-preferenciais 136 140capital de direito de participação 15 33capital híbrido - 17resultado corrente de operações de Swaps (saldo das receitas de juros e despesas de juros) 159 218prejuízos decorrentes da alienação de empréstimos e créditos 4 24

Despesas de juros total 5.925 7.858Total 1.338 1.288

No resultado dos juros, estão englobados 7.259 milhões de € (ano anterior 9.140 milhões de €) de receitas de juros e 5.765 milhões de € (ano anterior 7.641 milhões de €) de despesas de juros para valores patrimoniais financeiros e obrigações financeiras não avaliadas pelo Fair Value. Nas receitas de juros de financiamento imobiliário estão englobados 51 milhões de € (ano anterior 40 milhões de €) decorrentes de indemnizações por vencimento antecipado.

Os pagamentos em compensação em Swaps de juros para o pagamento de cupões não aceites no mercado são amortizados utilizando a taxa de juro efectivo no resultado dos juros, durante o seu prazo.

Resulta um efeito de Unwinding no montante de 80 milhões de € para empenhamentos de crédito sujeitos a um impairment.

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(31) PROVISÃO PARA RISCOS EM OPERAÇÕES DE CRÉDITOA provisão para riscos é composta por rectificações de valor e reservas para obrigações não incluídas no Balanço nas operações de crédito, apresentando-se na demonstração de resultados da seguinte forma:

Retail CRE GrupoBanking Banking Public Finance Eurohypo

em milhões de € em milhões de € em milhões de € em milhões de €De 01.01 a 31.12 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009Entrada para provisão para risco 124 179 1.466 1.248 1 11 1.591 1.438Libertação de provisões para risco 81 128 288 234 4 1 373 363Amortizações directas 50 61 146 48 - - 196 109Entradas em créditos amortizados 5 6 2 4 - - 7 10Total 88 106 1.322 1.058 -3 10 1.407 1.174

As despesas líquidas decorrentes de entradas e dissolução são compostas conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Riscos específicos

Créditos sobre instituições de crédito 1 3Créditos sobre clientes 1.184 1.055Operações não incluídas no Balanço 6 -14

Riscos de carteiraCréditos sobre instituições de crédito 0 0Créditos sobre clientes 32 41Operações não incluídas no Balanço -5 -10

Amortizações directas, aumentos de valor contabilístico,entradas em créditos amortizados 189 99Total 1.407 1.174

(32) PROVEITOS DE PROVISÕES

em milhões de € 2010 2009Receitas de provisões 213 180

Operações com títulos 0 0Operações de crédito e de aval 159 125Operações de prestação de serviços 54 55

Despesas com provisões 28 31Operações com títulos 6 5Operações de crédito e de aval 10 14Operações de prestação de serviços 12 12

Proveitos de provisões 185 149Operações com títulos -5 -5Operações de crédito e de aval 148 111Operações de prestação de serviços 42 43

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Nas receitas de provisões estão contidos 185 milhões de € (ano anterior 162 milhões de €), resultantes de operações com instrumentos financeiros, não avaliadas pelo Fair Value no lucro ou prejuízo.

(33) RESULTADO DE OPERAÇÕES DE COBERTURA DE RISCO (HEDGE ACCOUNTING)

em milhões de € 2010 2009de Fair Value Hedges 14 98Total 14 98

No resultado de operações de cobertura de risco, anulam-se os resultados de avaliação decorrentes de operações de cobertura de risco efectivas no âmbito do Hedge Accounting.

O resultado de Fair Value Hedges, no montante de 14 milhões de € (ano anterior 98 milhões de €), é composto por -1.379 milhões de € (ano anterior 2.313 milhões de €) da avaliação para derivados aplicados como instrumentos de garantia, e por 1.393 milhões de € (-2.215 milhões de € no ano anterior) da avaliação para operações de base garantidas.

(34) RESULTADO COMERCIAL

em milhões de € 2010 2009Transacções CMBS Nova Iorque incluindo respectivos derivados -10 -48Resultado dos restantes instrumentos financeiros derivativos (nenhum Hedge Accounting) -133 -27Resultado das operações próprias 0 1Outro resultado comercial 23 21Total -120 -53

Os instrumentos financeiros do portfolio mantido para fins comerciais são avaliados pelo Fair Value. As operações não regidas pela bolsa baseiam-se em reconhecidos modelos de valor em dinheiro ou modelos de opções de preços. O resultado comercial resulta da compensação de receitas comerciais com as respectivas despesas. Os resultados da avaliação Fair Value são incluídos nos portfolios, ou seja, ganhos e perdas no câmbio não realizados, englobados na Demonstração de Resultados. Tal como no ano anterior, no ano em apreciação não foram efectuadas transacções responsáveis por um Day One Profit or Loss.

O resultado comercial é composto por realizações com 44 milhões de € (ano anterior 98 milhões de €), por avaliações com -164 milhões de € (ano anterior -151 milhões de €), e por resultado de juros com 0 milhões de € (ano anterior 0 milhões de €).

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Em Outro Resultado Comercial, encontra-se o resultado realizado decorrente da retoma de obrigações no montante de 17 milhões de € (ano anterior 21 milhões de €).

(35) RESULTADO DE APLICAÇÕES FINANCEIRASNo resultado de aplicações financeiras, demonstramos resultados de venda e resultados de valor líquido (impairments) de títulos das categorias Créditos e Empréstimos, bem como da categoria Disponíveis para Alienação, participações, quotas em empresas avaliadas at-Equity e quotas em empresas filiadas.

em milhões de € 2010 2009Resultado de operações relacionadas com juro -230 -262da categoria Available for Sale -109 -112

Lucro de vendas (transferência da reserva para reavaliações)1) 1 1Prejuízo de vendas (transferência da reserva para reavaliações)1) -110 -113

Resultado da avaliação - -da categoria Créditos e Empréstimos -118 -3

Lucro de vendas 5 16Prejuízo de vendas -123 -19

Resultado da avaliação2) -3 -147Resultado de instrumentos de capitais próprios -105 14da categoria Available for Sale

Lucro de vendas - 19Prejuízo de vendas - -

da categoria Available for Sale, que foram avaliados pelos custos amortizados - -Resultado da avaliação -1 -5Resultado da alienação e resultado da avaliação de quotas em empresas avaliadas at-Equity -104 -Total -335 -248

1) No decorrer do exercício em curso, englobam-se aqui transferências da reserva para reavaliações no montante de -109 milhões de € (ano anterior -227 milhões de €).

2) Estão aqui englobados impairments da carteira de 2 milhões de € (ano anterior 25 milhões de €) em aplicações financeiras da categoria LaR.

O portfolio »Available for Sale« é avaliado no Fair Value. Contudo, se para quotas em empresas associadas e participações não for possível determinar com segurança um preço líquido de mercado nem os modelos de avaliação relevantes, estas são fixadas pelo custo de aquisição.

(36) RESULTADO CORRENTE DE EMPRESAS AVALIADAS AT-EQUITYO resultado corrente de empresas avaliadas at-Equity importa em -21 milhões de € (ano anterior -3 milhões de €). Incluindo os resultados de venda e resultados de avaliação de empresas avaliadas at-Equity -104 milhões de € (ano anterior - milhões de €) englobados no resultado de aplicações financeiras, o resultado total de empresas avaliadas at-Equity importa em -125 milhões de € (ano anterior -3 milhões de €).

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(37) RESULTADO DE IMÓVEIS MANTIDOS COMO INVESTIMENTO FINANCEIRO

em milhões de € 2010 2009Resultado de imóveis mantidos como investimento financeiroReceitas de rendas 12 13Receitas de alienação 9 0Aumentos de valor contabilístico 0 0 Restantes receitas - 3Despesas de imóveis mantidos como investimento financeiroCustos com edifícios e espaços 8 6

entre eles: imóveis dados de arrendamento 8 5entre eles: imóveis devolutos - 1

Despesas da saída 0 0Desvalorização 58 15Restantes despesas 1 2Total -46 -7

(38) DESPESAS OPERACIONAISAs despesas operacionais de 405 milhões de € no Grupo são compostas por despesas com pessoal no montante de 150 milhões de €, outras despesas operacionais no valor de 224 milhões de €, e amortizações sobre equipamento empresarial e comercial, imóveis e outros valores imobilizados imateriais no montante de 31 milhões de €. As despesas classificam-se conforme se segue:

Despesas com pessoal

em milhões de € 2010 2009Ordenados e remunerações 131 144Despesas para pensão de reforma e assistência 19 17Total 150 161

As despesas com pessoal incluem 15 milhões de € de despesas com contribuições sociais (ano anterior 16 milhões de €).

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Outras despesas operacionais

em milhões de € 2010 2009Despesas com espaços para escritórios 19 22Despesas com informática 65 62Despesas com local de trabalho e com informação 4 5Contribuições obrigatórias 5 6Despesas de consultadoria, auditoria e contribuições sociais 22 36Despesas de viagem, de representação e com publicidade 12 14Outras despesas operacionais com pessoal 3 5Restantes outras despesas operacionais 94 108Total 224 258

As Restantes outras despesas operacionais englobam essencialmente despesas decorrentes de Service Level Agreements com o Grupo Commerzbank, no montante de 70 milhões de € (ano anterior 79 milhões de €).

Os honorários dos auditores, no montante de 2.834 milhares de € (ano anterior 3.484 milhares de €), foram ajustados de acordo com a definição »na Alemanha« e são compostos conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Serviços de revisão de contas 2.776 2.641Outros serviços de certificação 43 310Serviços de consultadoria fiscal - 3Outros serviços 15 530Total 2.834 3.484

Das despesas contabilizadas para o ano de 2010, 15 milhares de € (ano anterior 35 milhares de €) correspondem a serviços já efectuados no ano de 2009.

Amortizações sobre equipamento empresarial e comercial, imóveis e outros valores imobilizados imateriais

em milhões de € 2010 2009Equipamento empresarial e comercial 4 5Imóveis 20 4Valores imobilizados imateriais 7 6Total 31 15

Nas Amortizações e rectificações de valor sobre valores patrimoniais incorpóreos, imobilizações corpóreas e equipamento, o Eurohypo verifica o método de amortização em uso e o tempo de vida útil no dia fixado para o Balanço. Em caso de sinais de desvalorização, é efectuado um teste de desvalorização. A avaliação decorrente do mesmo deu origem a amortizações extraordinárias no exercício, no montante de 17 milhões de € (ano anterior – milhões de €).

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(39) OUTRO RESULTADO DA EXPLORAÇÃO

em milhões de € 2010 2009Outras receitas da exploraçãoReceitas de rendas 5 3Lucros de venda da alienação de imobilizações corpóreas 0 1Lucros de venda de obrigações recompradas 10 50Receitas da dissolução de reservas 26 21Restantes outras receitas da exploração 14 9Outras receitas da exploração total 55 84

Outras despesas da exploraçãoPrejuízos de venda da alienação de imobilizações corpóreas 0 1Prejuízos de venda de obrigações recompradas 21 45Entradas para reservas 17 16Restantes outras despesas da exploração 5 10Outras despesas da exploração total 43 72

Outro resultado da exploração total 12 12

Em Outras receitas e despesas da exploração foram incluídas verbas que não podem ser inseridas noutras verbas da Demonstração de Resultados.

(40) IMPAIRMENT DE GOODWILL

No âmbito dos testes de impairment para Goodwill, não se verificou necessidade de impairment para o exercício de 2010.

A amortização do ano anterior foi efectuada sobre o Goodwill da aquisição de REIB London do Deutsche Bank no ano de 2002, no montante de 34 milhões de €, e da aquisição de REIB US do Dresdner Bank em 2003, no montante de 36 milhões de €.

(41) DESPESAS DE REESTRUTURAÇÃONo ano em apreciação não se verificaram despesas de reestruturação. As despesas de reestruturação no ano anterior, no montante de 73 milhões de €, referiram-se à nova orientação estratégica em Commercial Real Estate.

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(42) IMPOSTOS SOBRE RECEITAS E RENDIMENTOSOs impostos sobre os rendimentos compõem-se da seguinte forma:

em milhões de € 2010 2009Impostos reais sobre rendimentos 22 -19 Despesas/receitas fiscais para o corrente ano -51 -56 Despesas/receitas fiscais do ano anterior 73 37Impostos diferidos sobre rendimentos -94 -368

Despesas/receitas fiscais com base na alteração de diferençastemporárias e transporte dos saldos devedores 176 24Efeitos da alteração de taxa de imposto - 11Receitas fiscais de transporte de saldos devedores fiscais não considerados até à data - -Despesas fiscais da desvalorização de um direito a imposto diferido -270 -403Efeito da alteração de métodos de estabelecimento do Balanço e de avaliação - -

Total -72 -387

A despesa fiscal real para o corrente ano de 2010, no montante de 51 milhões de €, resulta das sucursais estrangeiras do Eurohypo AG e das filiais estrangeiras do subgrupo Eurohypo.

Com base numa auditoria fiscal efectuada na Alemanha para o período de 2002 a 2006, foram libertados 44 milhões de € de provisões para imposto. Uma auditoria fiscal efectuada na sucursal do Eurohypo em Paris e a alteração da declaração fiscal da sucursal de Londres levaram ao reembolso de impostos no montante de 29 milhões de €, o que perfaz um total de 73 milhões de € em receita efectiva proveniente de imposto de anos anteriores.

A parte predominante da despesa com impostos diferidos, no montante de 94 milhões de €, resulta do impairment de impostos diferidos activos sobre diferenças temporárias e transportes de saldos devedores fiscais do Eurohypo Inlandsbank e das sucursais do Eurohypo em Nova Iorque e Madrid.

Em resultado do estabelecimento da unidade fiscal para efeitos de imposto sobre as receitas a partir de 1 de Janeiro de 2007, as receitas do Eurohypo AG, Eschborn sujeitas a imposto são atribuídas ao Commerzbank AG, Frankfurt am Main, na qualidade de empresa-mãe, através da intermediária da empresa-mãe Commerzbank Inlandsbanken Holding GmbH, Frankfurt am Main.

A taxa de imposto nominal média esperada do Commerzbank AG, Frankfurt am Main mantém-se em 30,85%, sendo composta por uma taxa de imposto sobre as sociedades, incluindo uma sobretaxa de solidariedade de 15,83% e uma taxa de imposto comercial efectiva de 15,02%.

O cálculo dos impostos correntes e diferidos do Eurohypo Europäische Hypothekenbank S.A., Luxemburgo, do Eurohypo (Japan) Corporation, Tóquio e das sucursais estrangeiras teve como base a respectiva taxa fiscal dos diferentes países.

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A tabela que se segue mostra uma conta de transição das despesas (receitas) de imposto sobre os rendimentos do respectivo exercício.

Para a determinação da despesa (receita) fiscal esperada, multiplicou-se a taxa de imposto total do Grupo Commerzbank aplicável no exercício, de 30,85%, pelo resultado anterior a impostos.

em milhões de € 2010 2009Resultado anterior a imposto -785 -515Taxa de imposto sobre os rendimentos do Grupo 30,85% 30,85%Despesas fiscais calculadas sobre os rendimentos no exercício 242 159Efeitos das alterações da taxa de imposto 13 -Efeitos devido a diferença de taxa de juro com efeito sobreos rendimentos tributáveis 24 -11Transferência fiscal dos rendimentos - -Efeito fiscal devido a transferência de lucros -96 -1Efeitos dos impostos de anos anteriores demonstrados no exercício 64 39Efeitos de despesas empresariais não dedutíveis e rendimentos isentos de imposto 4 -51Efeitos da adição e reduções para imposto comercial 0 -1Efeitos dos impairments e correcções de avaliação -319 -513Outros efeitos -4 -8Impostos sobre receitas e rendimentos -72 -387

Da transferência do prejuízo fiscal do Eurohypo Inlandsbank para o Commerzbank AG, Frankfurt am Main resulta um efeito de transição de -96 milhões de €, enquanto da diferença entre as taxas estrangeiras divergentes e a taxa de imposto paga pelo Grupo resulta um efeito de 24 milhões de €.

O efeito das alterações da taxa de imposto de 13 milhões de € resulta essencialmente da alteração da taxa de imposto da sucursal de Nova Iorque do Eurohypo. A utilização das taxas de imposto local resulta num efeito de alteração de taxa de imposto de 16 milhões de €.

As auditorias fiscais e a alteração nas declarações de imposto relativamente aos anos anteriores, levadas a cabo em 2010, conduziram a um efeito de transição de 64 milhões de €, dos quais 73 milhões de € provêm da libertação de provisões para imposto e de reembolso de imposto. A necessidade de ajustamento das diferenças temporais e de transporte de saldos devedores fiscais resultante das auditorias fiscais e das alterações das declarações de imposto relativamente a anos anteriores conduzem a uma despesa de impostos diferidos no valor de 9 milhões de €.

A par do impairment sobre diferenças temporárias e sobre o transporte de saldos devedores fiscais no montante de -270 milhões de €, o efeito de transição no valor de -319 milhões de € inclui ainda o não reconhecimento de direitos diferidos de imposto sobre os rendimentos no valor de 49 milhões de € no transporte de saldos devedores fiscais do corrente ano.

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Os impostos reais e os impostos diferidos que se seguem são debitados ou creditados na respectiva verba do capital próprio:

em milhões de € 2010 2009Impostos sobre os rendimentos - 0Reserva para reavaliações - 0Impostos diferidos sobre os rendimentos 728 610

Reserva de Cash Flow Hedges 16 18Reserva para reavaliações 712 592Outros - -

Total 728 610

(43) RESULTADO LÍQUIDOOs resultados líquidos compõem-se de avaliações Fair Value, impairments/aumentos de valor contabilístico, lucros e prejuízos realizados devido a alienação e a entradas posteriores de instrumentos financeiros amortizados (vide Nota 4). No ano em apreciação, incluímos pela primeira vez a avaliação Fair Value na determinação do resultado líquido e procedemos a um ajustamento do resultado do ano anterior. O resultado de juro inclui as componentes de juro apresentadas nas Notas »Proveitos líquidos dos juros« e »Resultado comercial« por categoria IAS 39.

em milhões de € 2010 2009Resultados líquidos de activos comerciais e passivos comerciais -64 25 valores patrimoniais financeiros disponíveis para alienação -236 -218 créditos e dívidas -1.527 -1.231 outras obrigações financeiras 6 50Resultado de juro de

activos comerciais e passivos comerciais -155 -210valores patrimoniais financeiros disponíveis para alienação 245 248créditos e dívidas 7.008 8.867outras obrigações financeiras -5.761 -7.617

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(44) RESULTADOS TRIMESTRAIS

4º trimestre 3º trimestre 2º trimestre 1º trimestre

em milhões de € 2010 2010 2010 2010Receitas de juros 1.774 1.767 1.829 1.893Despesas de juros 1.449 1.450 1.480 1.546Proveitos líquidos dos juros 325 317 349 347Provisão para riscos em operações de crédito -379 -433 -305 -290Proveitos líquidos dos juros após provisão para riscos -54 -116 44 57Receitas de comissões 50 58 52 53Despesas com comissões 10 7 6 5Proveitos de comissões 40 51 46 48Resultado de relações de garantia (Hedge Accounting) 9 -5 4 6Resultado comercial 17 -66 -27 -44Resultado de aplicações financeiras -141 -38 -152 -4Resultado corrente de quotas em empresas avaliadas at-Equity -12 -10 1 0Resultado de imóveis mantidos como investimentos financeiros -58 1 4 7Despesas operacionais 97 103 100 105Outro resultado da exploração 20 -8 1 -1Impairment sobre Goodwill - - - -Despesas de reestruturação - - - -Resultado anterior a impostos -276 -294 -179 -36Impostos sobre rendimentos e receitas -22 -44 -12 6Resultado consolidado -298 -338 -191 -30

Resultado consolidado de quotas minoritárias 0 0 0 0Resultado consolidado dos accionistas do Eurohypo AG -298 -338 -191 -30

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4º trimestre 3º trimestre 2º trimestre 1º trimestre

em milhões de € 2009 2009 2009 2009Receitas de juros 1.908 2.146 2.397 2.695Despesas de juros 1.543 1.796 2.047 2.472Proveitos líquidos dos juros 365 350 350 223Provisão para riscos em operações de crédito -449 -264 -293 -168Proveitos líquidos dos juros após provisão para riscos -84 86 57 55Receitas de comissões 56 40 43 41Despesas com comissões 9 8 7 7Proveitos de comissões 47 32 36 34Resultado de relações de garantia (Hedge Accounting) 44 6 0 48Resultado comercial -86 -34 -68 135Resultado de aplicações financeiras -85 -30 -35 -98Resultado corrente de quotas em empresas avaliadas at-Equity -4 1 0 0Resultado de imóveis mantidos como investimentos financeiros -15 1 6 1Despesas operacionais 102 103 120 109Outro resultado da exploração 12 0 2 -2Impairment sobre Goodwill - - 70 -Despesas de reestruturação - 14 59 -Resultado anterior a impostos -273 -55 -251 64Impostos sobre rendimentos e receitas -114 -70 -93 -110Resultado consolidado -387 -125 -344 -46

Resultado consolidado de quotas minoritárias 0 0 0 0Resultado consolidado de accionistas do Eurohypo AG -387 -125 -344 -46

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(45) APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO POR SEGMENTOS

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR SEGMENTOS

CRE BankingAlemanha Coreem milhões de €

CRE BankingAlemanha Non-Core

em milhões de €

CRE BankingEstrangeiro

Mercados estratégicos

em milhões de €

CRE BankingEstrangeiro Global

Restructuringem milhões de €

2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009

Proveitos líquidos dos juros 332 350 58 71 537 478 103 107

Provisão p/ riscos em operações de crédito -154 -93 -220 -166 -775 -760 -173 -39

Proveitos líquidos dos juros após provisão p/ riscos

178 257 -162 -95 -238 -282 -70 68

Proveitos de comissões 45 40 0 0 136 96 9 17

Hedge Accounting - - - - - - - -

Resultado comercial -14 1 0 - -46 -48 -17 -

Resultados de investimentos financeiros -1 0 0 0 -102 -200 0 -

Resultado corrente de quotas em empresas avaliadas at-Equity - - - - -21 -4 - -Resultado de imóveis mantidos como investimento financeiro -1 -1 -48 -8 3 0 0 0Despesas operacionais 107 97 16 22 120 128 28 35

Outro resultado da exploração 7 5 -1 -52 5 10 2 0

Impairment de Goodwill - - - - - 70 - -

Despesas de reestruturação - 20 - - - 17 - 11

Resultado anterior a impostos 107 185 -227 -177 -383 -643 -104 39

Volumes

Segment Assetsem milhares de

milhão de € 28,4 30,2 3,3 4,3 32,4 32,5 7,9 8,3

RWA médioem milhares de

milhão de € 16,1 17,0 2,7 4,1 27,5 32,2 6,8 7,3

Capital médio distribuídoem milhares de

milhão de € 1,1 1,2 0,2 0,3 1,9 2,3 0,5 0,5

Índices

RoE anterior a impostos (em %)1) 9,4 15,4 -117,9 -62,5 -19,9 -28,0 -21,9 7,6

CIR (em %)1) 29,2 24,5 177,5 -202,2 23,4 38,5 28,7 28,1

Capacidade média dos colaboradores (MAK) 392 432 - - 193 232 - -1) baseado em números arredondados

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR SEGMENTOS

Public Finance /Treasury

em milhões de €

RetailBanking

em milhões de €

Englobamento de Divisões

em milhões de €

Soma segmentos operativos

em milhões de €2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009

Proveitos líquidos dos juros 121 95 144 158 43 29 1.338 1.288

Provisão p/ riscos em operações de crédito 3 -10 -88 -106 - - -1.407 -1.174

Proveitos líquidos dos juros após provisão p/ riscos

124 85 56 52 43 29 -69 114

Proveitos de comissões -4 -4 -11 -13 10 13 185 149

Hedge Accounting 14 98 - - - - 14 98

Resultado comercial -43 -6 0 - - - -120 -53

Resultados de investimentos financeiros -230 -48 -2 - - - -335 -248

Resultado corrente de quotas em empresas avaliadas at-Equity - - 0 1 - - -21 -3Resultado de imóveis mantidos como investimento financeiro - 0 0 2 - - -46 -7Despesas operacionais 61 73 58 66 15 13 405 434

Outro resultado da exploração -4 55 -8 -11 11 5 12 12

Impairment de Goodwill - - - - - - - 70

Despesas de reestruturação - - - - - 25 - 73

Resultado anterior a impostos -204 107 -23 -35 49 9 -785 -515

Volumes

Segment Assetsem milhares de

milhão de € 124,9 144,3 17,8 20,6 0,7 0,2 215,4 240,4

RWA médioem milhares de

milhão de € 12,1 11,0 3,1 3,8 0,3 0,7 68,6 76,1

Capital médio distribuídoem milhares de

milhão de € 0,9 0,8 0,2 0,3 -1,1 -1,4 3,7 4,0

Índices

RoE anterior a impostos (em %)1) -24,1 14,0 -10,4 -13,0 - - -14,9 -9,0

CIR (em %)1) -41,6 38,3 46,9 48,3 - - 39,4 35,1

Capacidade média dos colaboradores (FTE) 76 77 - - 621 687 1.282 1.428

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

Alemanhaem milhões de €

Europa(sem Alemanha)em milhões de €

Américaem milhões de €

Soma segmentos operativos

em milhões de €2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009

Proveitos líquidos dos juros 660 632 560 531 118 125 1.338 1.288Provisão para riscos nas operações de crédito -461 -372 -731 -483 -215 -319 -1.407 -1.174Proveitos líquidos dos juros após provisão para riscos 199 260 -171 48 -97 -194 -69 114Proveitos de provisões 41 37 100 102 44 10 185 149Hedge Accounting 16 98 -2 0 - - 14 98Resultado comercial -53 -19 -52 14 -15 -48 -120 -53Resultados de investimentos financeiros -169 -35 -165 -12 -1 -201 -335 -248Resultado corrente de quotas em empresas avaliadas at-Equity 0 1 -21 -4 - - -21 -3Resultado de imóveis mantidos como investimento financeiro -49 -7 -5 0 8 0 -46 -7Despesas operacionais 251 264 117 132 37 38 405 434Outro resultado da exploração 7 3 2 8 3 1 12 12Impairments de Goodwill - - - 34 - 36 - 70Despesas de reestruturação - 45 - 19 - 9 - 73Resultado anterior a impostos -259 29 -431 -29 -95 -515 -785 -515

em milhares de milhão de €Segment Assets 153,0 177,1 57,9 58,3 4,5 5,0 215,4 240,4

Capacidade média dos colaboradores (FTE)1.055 1.164 180 196 47 68 1.282 1.428

CONTA DE TRANSIÇÃO

em milhões de €

Somasegmentos operativos Transição

SomaGrupo

Receitas 1.027 - 1.027Provisão para risco nas operações de crédito -1.407 - -1.407Despesas operacionais 405 - 405Impairment de Goodwill - - -Despesas de reestruturação - - -Resultado anterior a impostos -785 - -785Activo 215.440 13.570 229.010

Avaliação das unidades do Grupo por segmentosNa apresentação de relatório por segmentos reflectem-se os resultados dos segmentos operativos do Grupo Eurohypo. A informação sobre os segmentos baseia-se no IFRS 8 »Operating Segments«, o qual segue o chamado »Princípio de gestão« – as informações sobre os segmentos são determinadas com base no sistema de relatório interno que, por seu turno, ajuda o »Chief Operating Decision Maker« a avaliar a prestação dos segmentos e a tomar decisões sobre a

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alocação de recursos nos segmentos. No Eurohypo, a função do »Chief Operating Decision Maker« é exercida pelo Conselho de Administração.

Do lado da comercialização, a criação de segmentos por áreas de negócio operativas rege-se, por princípio, pelas responsabilidades de clientes.

Nos segmentos CRE Banking Alemanha Core (CBG-Core) e CRE Banking Alemanha Non-Core (CBG-Non-Core) é apresentado o financiamento de imóveis comerciais na Alemanha. O segmento CRE Banking Alemanha Core reúne as actividades estratégicas na Alemanha, enquanto o segmento CRE Banking Alemanha Non-Core contém a carteira de empréstimos classificados em 2007 como não estratégicos e, em muitos casos, de alto risco ou já em dificuldade.

O segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos (CBI-S) engloba os países França, Grã-Bretanha, Itália, Polónia, Portugal, Rússia, Espanha, Turquia e EUA.

O segmento CRE Banking Internacional Global Restructuring (CBI-GR) engloba os mercados estrangeiros que não correspondem à nova orientação estratégica do Grupo Eurohypo.

Em conjunto com as operações de mercado de capitais e de mercado monetário, o segmento PFT engloba ainda as operações de financiamento ao sector público e Treasury, bem como os resultados comerciais do Eurohypo Europäische Hypothekenbank S.A., Luxemburgo.

Os financiamentos à construção privada são incluídos e relatados no segmento Retail Banking.

As despesas e receitas regulares da EH-Estate Management GmbH e das outras sociedades de exploração de imóveis são distribuídas pelos segmentos competentes, como acontece com as receitas e despesas decorrentes da avaliação de activos.

As seguintes despesas e receitas são reconhecidas como posições que englobam divisões:

• juros da não utilização de capitais híbridos e dos certificados de participação em lucro;• juro da aceitação dos prejuízos por parte da Commerzbank Inlandsbanken Holding;• receitas e despesas referentes à prestação de serviços das áreas de risco do Eurohypo

para o Commerzbank;• receitas da amortização de certificados de participação em lucros;• despesas de reestruturação para o Corporate Center no âmbito do projecto de estratégia

»Fokus« (2009).

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Princípios da apresentação do relatório por segmentosO objectivo da apresentação do relatório por segmentos é distribuir o resultado anterior a impostos, decorrente da demonstração de resultados do Grupo Eurohypo, e os Segment Assets pelos diversos segmentos competentes.

Num primeiro passo e com base no método de juro de mercado, os proveitos líquidos dos juros são demonstrados nas componentes Contribuição para as condições de juro e Resultado da alteração de prazos. A contribuição para as condições de juro é calculada separadamente para cada operação individual com clientes e posteriormente distribuída pelos segmentos de clientes competentes. Ao segmento PFT é atribuído o resultado da alteração dos prazos.

A par das contribuições de juros, os proveitos líquidos dos juros de cada segmento incluem também as receitas imputadas do juro das verbas do Balanço que não envolvem juro (capitais próprios, reservas, imobilizações corpóreas). As taxas de juro imputadas correspondem à taxa de uma aplicação isenta de risco no mercado de capitais.

A distribuição deste Capital Benefit pelos segmentos ocorre na proporção dos activos com valor ajustado ao risco contidos no segmento, conforme o SolvV (Basileia II). O PFT recebe ainda dos segmentos de clientes uma compensação calculada para Spreads mais elevados, a pagar pela aquisição de capital subordinado e capital de participação.

Na imputação de indemnizações por reembolso antecipado, os segmentos de clientes recebem o prejuízo de margem, e o Treasury o prejuízo de funding apurado.

O Unwinding é demonstrado em Proveitos líquidos dos juros, bem como em Provisão para risco, representando a alteração do valor líquido dos fluxos de pagamentos futuros de empréstimos impaired (SLLP-Specific Loan and Loss Provisions).

A provisão para riscos nas operações de crédito demonstrada nos segmentos engloba novas criações e correcções de rectificações de valor isoladas, amortizações directas de crédito, entradas em créditos amortizados e rectificações de valor da carteira, bem como Unwinding.

Os proveitos de comissões são atribuídos directamente aos segmentos.

O Hedge Accounting é atribuído ao PFT.

No Resultado comercial, são imputados o resultado comercial próprio e o resultado de derivados não incluídos em Hedge Accounting, bem como o resultado decorrente da retoma de obrigações PFT. A parte do resultado dos derivados que recai sobre as transacções CMBS é apresentada no segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos, em conjunto com o resultado de

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avaliação e os impairments dos empréstimos CMBS. Os Credit Default Adjustments sobre derivativos ICM são distribuídos pelos segmentos com base nas contrapartidas atribuíveis.

No Resultado de quotas de empresas avaliadas at-Equity, no segmento Retail Banking são demonstradas as sociedades Servicing Advisors Deutschland GmbH, Frankfurt am Main, e Delphi I LLC, no segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos figuram as sociedades Inmobiliaria Colonial S.A., Barcelona, e FV Holding S.A., Bruxelas, e no segmento CRE Banking Alemanha Non-Core é demonstrada a sociedade Urbanitas Grundbesitzgesellschaft mbH, Berlim.

Nos imóveis mantidos como investimento financeiro são distribuídas as receitas e despesas pelos segmentos competentes.

A verba Despesas Operacionais engloba as despesas com pessoal e as despesas com bens, bem como as amortizações sobre imobilizações corpóreas e outros valores imobilizados incorpóreos (sem valores de negócio ou empresariais). A atribuição das despesas operacionais processa-se de acordo com o princípio da responsabilidade e, a par das despesas directas, engloba também despesas indirectas decorrentes de liquidações internas de prestações. Na sequência da integração do Corporate Center no Commerzbank, as prestações do Corporate Center são contabilizadas como outras despesas operativas, em conformidade com os SLAs (Service Level Agreements).

Os Segment Assets das áreas imobiliárias incluem créditos e títulos garantidos por imóveis. A par das operações de financiamento ao sector público, os Segment Assets em PFT englobam também os investimentos em instituições de crédito estrangeiras.

O resultado dos segmentos é calculado com base no resultado anterior a impostos, bem como nos índices Return on Equity anterior a impostos e Cost Income Ratio.

No índice Return on Equity, o resultado de cada segmento é comparado com o resultado dos capitais próprios fixados em média no segmento. O capital próprio consolidado médio para os segmentos operativos é calculado de forma a assegurar que, em conformidade com os requisitos internos do Grupo, os RWAs médios sejam garantidos com 7% do capital de base, conforme o SolvV (Basileia II). Para o cálculo do capital próprio consolidado médio para o Grupo Eurohypo, aplica-se o valor médio do capital próprio existente a 1 de Janeiro e a 31 de Dezembro de um ano, sem considerar a reserva para reavaliação e a reserva de Cash Flow.

Caso o cálculo do capital próprio médio se processasse de forma idêntica à aplicada aos segmentos, o resultado para o Grupo Eurohypo seria um RoE de -16,4%.

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O Cost/Income Ratio mostra a relação entre as despesas operacionais e a soma de todas as restantes verbas GuV do resultado anterior a impostos, exluindo a provisão para riscos, despesas de reestruturação e o impairment de Goodwill.

Todos os componentes de resultado neutros, que não possam ser directamente atribuídos a um segmento e que não recaiam nas posições neutras demonstradas na alínea Avaliação das Unidades do Grupo por Segmentos, são distribuídos pelos segmentos na proporção dos activos com valor ajustado ao risco existentes em cada segmento, conforme SolvV (Basileia II).

Dado não existirem quaisquer situações no Eurohypo que tornem necessária uma conta de transição, a soma das receitas e despesas dos segmentos operativos já inclui efeitos de consolidação, estando em conformidade com o resultado do Grupo segundo o IFRS.

A transição da soma dos Segment Assets dos segmentos operativos para os activos do Balanço engloba essencialmente posições de avaliação de instrumentos financeiros derivativos.

Os resultados e o portfolio são também apresentados por mercados geográficos. As principais regiões do Eurohypo são a Alemanha, a Europa (sem Alemanha) e a América. As receitas operativas mais significativas na região Europa (sem Alemanha) foram obtidas na Grã-Bretanha (150 milhões de €) e na Rússia (73 milhões de €). Para simplificar a apresentação, o mercado geográfico Europa (sem Alemanha) engloba algumas actividades da Ásia.

Devido à escassez de valores patrimoniais a longo prazo, prescindiu-se da sua demonstração por mercados geográficos.

Dado o Eurohypo não se reger por produtos isolados ou prestações de serviços isoladas, não são determinadas as receitas, nem é efectuado um relatório de gestão segundo estes critérios.

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NOTAS AO BALANÇO (ACTIVO)

(46) RESERVA LÍQUIDA

em milhões de € 2010 2009Saldo em caixa 0 0Créditos em bancos centrais de emissão 30 36Letras de câmbio - -Total 30 36

Os créditos junto do Deutsche Bundesbank também se destinam a satisfazer as exigências da reserva mínima. A reserva mínima a manter em média para o período de Dezembro de 2010 até Janeiro de 2011 importava em 26 milhões de € (ano anterior: 36 milhões de €).

(47) CRÉDITOS SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

em milhões de € 2010 2009Com vencimento diário 12.167 9.229Outros créditos

Financiamentos imobiliários 87 92Créditos municipais 9.166 11.144Outros créditos 2.592 6.445

Total 24.012 26.910

No país 17.585 21.501No estrangeiro 6.427 5.409Total 24.012 26.910

Reserva para risco deduzida -32 -38Extracto do Balanço 23.980 26.872

Os créditos sobre instituições de crédito surgem na categoria »Empréstimos e créditos«.

(48) CRÉDITOS SOBRE CLIENTES

em milhões de € 2010 2009Financiamentos imobiliários 88.942 95.266Créditos municipais 29.878 37.127Outros créditos 673 151Total 119.493 132.544

No país 70.254 82.865No estrangeiro 49.239 49.679Total 119.493 132.544

Reserva para risco deduzida -3.194 -2.849Extracto do Balanço 116.299 129.695

Os créditos sobre clientes surgem na categoria »Empréstimos e créditos«.

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(49) PROVISÃO PARA RISCOS NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITOA provisão para riscos em operações de crédito é criada de acordo com regras válidas para todo o Grupo, cobrindo todos os riscos de solvabilidade. Para perdas registadas mas ainda não identificadas, e utilizando os parâmetros de Basileia II, determinámos rectificações de valor de carteira. De uma forma geral, a provisão para riscos nas operações de crédito evoluiu conforme se segue:

Rectificação de valor isoladaRectificação de

valor da carteira Totalem milhões de € 2010 2009 2010 2009 2010 2009Em 1.1 2.618 2.148 269 228 2.887 2.376Saídas 1.498 1.331 36 41 1.534 1.372Entradas 1.151 753 4 - 1.155 753das quais reclamações 838 480 - - 838 480das quais dissoluções 313 273 4 - 317 273Alterações no círculo deconsolidação - - - - - -Alterações da taxa decâmbio/transporte/Unwinding -47 -108 7 0 -40 -108Em 31.12 2.918 2.618 308 269 3.226 2.887

A provisão para riscos distribui-se da seguinte forma:

Retail Banking CRE Banking Public Finance Grupo Eurohypoem milhões de € 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009Em 1.1 498 598 2.339 1.738 50 40 2.887 2.376Saídas 123 177 1.410 1.185 1 10 1.534 1.372Entradas 206 256 938 497 11 - 1.155 753das quais reclamações 127 129 704 351 7 - 838 480das quais dissoluções 79 127 234 146 4 - 317 273Alterações no círculo deconsolidação - - - - - - - -Alterações da taxa decâmbio/transporte/Unwinding -20 -21 -21 -87 1 0 -40 -108Em 31.12 395 498 2.790 2.339 41 50 3.226 2.887

Tendo em conta as amortizações directas e as entradas sobre créditos amortizados, bem como as entradas e as dissoluções de reservas, as entradas e correcções efectivas na demonstração de resultados são responsáveis por uma despesa com provisão para riscos no valor de 1.407 milhões de € (ano anterior: 1.174 milhões de €). À semelhança do ano anterior, o efeito Unwinding demonstrado nos proveitos líquidos dos juros acréscimo de juro importa em 80 milhões de €.

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Para obrigações eventuais foram criadas reservas no montante de 81 milhões de € (ano anterior 80 milhões de €), dos quais 23 milhões de € (ano anterior 27 milhões de €) para reservas de carteira.

(50) VALORES DE MERCADO POSITIVOS DE INSTRUMENTOS DE GARANTIA DERIVATIVOS

São aqui demonstrados instrumentos financeiros derivativos com valores de mercado positivos, utilizados como garantia e qualificados para o Hedge Accounting. A avaliação dos instrumentos é feita pelo Fair Value.

em milhões de € 2010 2009Valores de mercado positivos de Fair Value Hedges efectivos 5.105 5.430Valores de mercado positivos de Cash Flow Hedges efectivos - -Total 5.105 5.430

(51) VALORES PATRIMONIAIS IMATERIAISEm Activos comerciais, demonstramos os créditos atribuídos à categoria »Held for Trading«, bem como os instrumentos financeiros derivativos não usados para fins Hedge.

Todo o portfolio mantido para fins comerciais é demonstrado no Balanço pelo Fair Value.

em milhões de € 2010 2009Créditos 245 107Valores de mercado positivos de instrumentos financeiros derivativos (nenhum Hedge Accounting)Operações referentes a juro 8.826 10.419Operações referentes a câmbio

Cross-Currency-Swaps 913 717Operações a prazo com câmbios 94 32

Derivados de crédito 34 -Outros derivados - -Instrumentos financeiros derivativos total 9.867 11.168Total 10.112 11.275

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(52) APLICAÇÕES FINANCEIRASAs aplicações financeiras são compostas por obrigações, acções e outros títulos sem juro fixo, bem como pelas quotas em empresas associadas e por participações (incluindo empresas associadas não avaliadas at-Equity e Joint Ventures) não englobadas no fecho do exercício do Grupo. As quotas em empresas avaliadas at-Equity são demonstradas numa verba separada.

em milhões de € 2010 2009Obrigações e outros títulos a juro fixo 71.271 80.728Empréstimos e instrumentos de dívida 71.271 80.728

de emitentes públicos 36.895 42.865de outros emitentes 34.376 37.863

entre eles: avaliados pelo Fair Value 4.904 6.477entre eles: avaliados at-Cost 66.367 74.251

Acções e outros títulos sem juro fixo 144 114entre eles: avaliados pelo Fair Value 144 114entre eles: avaliados at-Cost - -

Participações 9 11entre elas: avaliadas pelo Fair Value 6 8entre elas: avaliadas at-Cost 3 3

Quotas em empresas associadas não consolidadas 3 3entre elas: avaliadas pelo Fair Value - -entre elas: avaliadas at-Cost 3 3

Total 71.427 80.856

Aplicações financeiras negociáveis na bolsa cotado em bolsa não cotado em bolsaem milhões de € 2010 2009 2010 2009Obrigações e outros títulos a juro fixo 62.557 70.865 8.714 9.863Acções e outros títulos sem juro fixo 144 114 - -Participações - - - -Quotas em empresas associadas não consolidadas - - - -Total 62.701 70.979 8.714 9.863

As aplicações financeiras recaem sob a categoria »Loans and Receivables« (LaR) com 66.378 milhões de € (ano anterior 74.265 milhões de €), bem como sob a categoria »Available for Sale« (AfS) com 5.048 milhões de € (ano anterior 6.591 milhões de €).

Nos exercícios de 2008 e 2009, títulos da carteira Public Finance que não apresentavam um mercado activo foram reclassificados da categoria AfS para a categoria LaR. À data da reclassificação, o Fair Value foi incluído como novo valor contabilizado desta carteira.

Para os títulos reclassificados, a reserva para reavaliações após impostos diferidos é de -992 milhões de € (ano anterior: -1.095 milhões de €), sendo liquidada ao longo da restante validade.

Sem as reclassificações efectuadas nos exercícios de 2008 e 2009, a reserva para reavaliações após os impostos diferidos para o total da carteira teria resultado em 31 de Dezembro de 2010 num montante de -2.749 milhões de € (ano anterior -1.309 milhões de €). À data do Balanço, o

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valor contabilizado importa em 64.863 milhões de €, situando-se o Fair Value nos 62.329 milhões de €.

A par dos 50 milhões de € de impairments sobre a carteira (ano anterior 49 milhões de €), no exercício em curso foram incluídos na Demonstração de Resultados -118 milhões de € (ano anterior -3 milhões de €) de posições reclassificadas.

As operações apresentam um juro efectivo médio entre os 0,8% e os 16,2% (ano anterior: 1,2% e 16,2%), sendo de esperar um fluxo de meios de pagamento no montante de 80,3 milhares de milhão de € (ano anterior: 90,6 milhares de milhão de €).

Tal como no ano anterior, em 31 de Dezembro de 2010 estão incluídas nas aplicações financeiras 6 milhões de € de títulos relacionados at-Equity não cotados em bolsa (entre outros, quotas em sociedades de responsabilidade limitada) e incluídos no Balanço pelos custos amortizados, uma vez que não dispomos de indicações fidedignas para o cálculo dos valores de mercado. Actualmente não existe qualquer intenção de alienação.

A tabela seguinte contém informações financeiras sobre empresas associadas não avaliadas at-Equity e Joint Ventures:

em milhões de € 2010 2009Valores patrimoniais a longo prazo 13 13Valores patrimoniais a curto prazo 0 1Débitos a longo prazo 14 15Débitos a curto prazo 2 2Receitas 2 2Despesas 2 2

(53) QUOTAS EM EMPRESAS AVALIADAS AT-EQUITYNo exercício de 2009, foram aqui demonstradas a Delphi I LLC, Wilmington, Delaware, EUA, a Urbanitas Grundbesitzgesellschaft mbH, Berlim, e a Servicing Advisors Deutschland GmbH, Frankfurt am Main, bem como a FV Holding S.A., Bruxelas, no âmbito de uma Joint Venture, e a Inmobiliaria Colonial, Madrid, Espanha, como nova entrada no exercício.

À data do Balanço, a detenção de quotas na Delphi I LLC, Wilmington, Delaware, EUA, era de 33,3%; a detenção de quotas na Urbanitas Grundbesitzgesellschaft mbH, Berlim e na Servicing Advisors Deutschland GmbH, Frankfurt am Main, correspondia a 50% respectivamente, sendo a detenção de quotas na FV Holding S.A., Bruxelas, de 60%, e a detenção de quotas na Inmobiliaria Colonial, Madrid, Espanha, de 20,1%.

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Ao Grupo são atribuídos os seguintes assets financeiros das empresas incluídas at-Equity:

em milhões de € 2010 2009Valores patrimoniais a longo prazo 851 137Valores patrimoniais a curto prazo 352 27Débitos a longo prazo 1.146 203Débitos a curto prazo 131 40Receitas 84 28Despesas 200 34

A avaliação at-Equity baseou-se no último fecho para o exercício de 2010 efectuado em conformidade com a legislação local, tendo sido analisada conforme o IAS/IFRS e efectuados os ajustamentos necessários de forma a respeitar a metodologia de avaliação e de estabelecimento do Balanço válida para todo o Grupo.

em milhões de € 2010 2009Quotas em empresas avaliadas at-Equity 276 24Total 276 24

cotado em bolsa não cotado em bolsa2010 2009 2010 2009

Quotas em empresas avaliadas at-Equity 259 - 17 24Total 259 - 17 24

(54) IMÓVEIS MANTIDOS COMO INVESTIMENTO FINANCEIRONo ano em apreciação, a carteira de imóveis mantidos como investimento financeiro não adquiriu imóveis de importância relevante (ano anterior 95 milhões de €) para recuperação de crédito. Os movimentos podem ser consultados no mapa de investimentos, Nota 58.

No âmbito de análises de sensibilidade, assumimos uma alteração de +50 bp ou -50 bp do rendimento de imóveis para rendimento, e uma alteração do valor do terreno de +20% ou -20% para terrenos para a construção, o que resultaria numa alteração do valor de mercado de cerca de -8,5 milhões de € ou +11,0 milhões de € para os imóveis para rendimento mais relevantes. Para terrenos para a construção, o valor de mercado registaria um aumento de 10,2 milhões de € ou uma diminuição de 10,2 milhões de €.

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(55) VALORES PATRIMONIAIS MANTIDOS PARA ALIENAÇÃONo âmbito de um processo de leilão judicial, no 4.º trimestre o Eurohypo adquiriu três imóveis, como garantia a um empréstimo que se encontrava »in default«. O Eurohypo conta com a recuperação desta compra através de alienação no prazo de doze meses, e procura activamente um comprador através da intervenção de corretores e da publicação de um prospecto de venda. Perante este panorama, à data do Balanço foram demonstrados valores patrimoniais no montante de 74 milhões de € (– milhões de € no ano anterior) como Valores patrimoniais mantidos para alienação, conforme o IFRS 5, e atribuídos ao segmento CRE Banking Internacional Mercados Estratégicos.

(56) VALORES PATRIMONIAIS IMATERIAIS

em milhões de € 2010 2009Valores de negócio ou empresariais 58 58Software de fabrico próprio 11 16Outros valores adquiridos 4 6Total 73 80

Dos testes de impairment para Goodwill não resultou qualquer necessidade de impairment para o ano de 2010.

À semelhança do ano anterior, foi atribuído à Cash Generating Unit CRE Banking Alemanha Core (anteriormente Corporate Banking Germany (CBG-Core)) um Goodwill no montante de 58 milhões de €, resultante da entrada de capitais da área Real Estate Finance do Deutsche Bank no ano de 2003. Tal como no ano anterior, o teste de impairment não obteve aí qualquer impairment não temporário sobre o Goodwill.

As projecções de Cash-Flow baseiam-se no planeamento para vários anos efectuado pelo Conselho de Administração com base na performance do passado de cada uma das Cash Generating Units e nas expectativas do Conselho de Administração no que respeita à evolução do mercado.

A base de partida para a determinação do valor dos pressupostos de base para a Cash Generating Unit CRE Banking Alemanha Core apresenta-se conforme se segue:

• novas operações lucrativas no âmbito das capacidades de funding do Grupo;

• gestão de carteira focada no risco e redução de carteiras com perda de valor;

• rigorosa gestão de custos.

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No ano de 2002, o actual Eurohypo resultou da fusão das três instituições Eurohypo (antigo), Deutsche Hyp e Rheinhyp. A fim de poder apresentar um período de observação suficientemente longo, o planeamento para todas as Cash Generating Units foi alargado de forma a cobrir uma fase de planeamento aproximado para os anos de 2014 a 2015. A taxa de crescimento no Terminal Value foi assumida como sendo de 2,0% (ano anterior 1,5%), tendo sido utilizada uma taxa de desconto anterior a impostos entre 9,2% e 11,2% (ano anterior entre 11,3% e 12,8%) específica para cada segmento.

O factor beta utilizado para o segmento CRE Banking Alemanha Core produz um ratio de 134% entre valor de mercado e valor contabilizado. Com um factor beta de 0,8 o ratio aumenta para 148%, enquanto um factor beta de 1,5 diminui o ratio para 113%.

(57) IMOBILIZAÇÕES CORPÓREASem milhões de € 2010 2009Terrenos e edifícios 132 147Equipamentos 17 20Total 149 167

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(58) MAPA DE INVESTIMENTOSA evolução das aplicações financeiras a longo prazo, das quotas em empresas avaliadas at-Equity, dos imóveis mantidos como investimento financeiro, dos valores patrimoniais mantidos para alienação, dos valores imobilizados incorpóreos e das imobilizações corpóreas no exercício apresenta-se conforme se segue:

Aplicações financeiras a longo prazo

Participações

Quotas em empresas associadas não

consolidadas

Quotas em empresas comuns avaliadas at-

Equity e Joint Ventures

Custos de aquisição e de produçãoem 1.1.2009 15 6 20Entradas - - 26Saídas 2 3 -Transferências/Alterações no círculo de consolidação 3 - -Alterações de câmbio de divisas 0 - -em 31.12.2009 16 3 46Amortizaçõesem 1.1.2009 1 3 1Amortizações planeadas no exercício - - -Amortizações não planeadas no exercício 5 - -1Aumentos do valor contabilístico no exercício - - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - - -Saídas 1 3 -em 31.12.2009 5 0 0Alterações de valor acumulado da avaliação peloFair Value ou at-Equity - - -22Valores contabilizados em 31.12.2009 11 3 24

Custos de aquisição e de produçãoem 1.1.2010 16 3 46Entradas 0 0 378Saídas 1 - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - - -Alterações de câmbio de divisas 0 - -em 31.12.2010 15 3 424Amortizaçõesem 1.1.2010 5 0 0Amortizações planeadas no exercício - - -Amortizações não planeadas no exercício 1 0 104Aumentos do valor contabilístico no exercício - - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - - -Saídas - - -em 31.12.2010 6 0 104Alterações de valor acumulado da avaliação peloFair Value ou at-Equity 0 - -44Valores contabilizados em 31.12.2010 9 3 276

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Imóveis mantidos como investimento

financeiro1)

Valores patrimoniais mantidos para

alienaçãoCustos de aquisição e de produçãoem 1.1.2009 206 -Entradas 95 -Saídas 6 -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - -Alterações da conversão monetária - -em 31.12.2009 295 -Amortizaçõesem 1.1.2009 - -Amortizações planeadas no exercício - -Amortizações não planeadas no exercício - -Aumentos do valor contabilístico no exercício - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - -Saídas - -em 31.12.2009 - -Alterações de valor acumulado da avaliação pelo Fair Value -23 -Valores contabilizados em 31.12.2009 272 -

Custos de aquisição e de produçãoem 1.1.2010 295 -Entradas 0 78Saídas 43 -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - -Alterações da conversão monetária - -em 31.12.2010 252 78Amortizaçõesem 1.1.2010 - -Amortizações planeadas no exercício - -Amortizações não planeadas no exercício - -Aumentos do valor contabilístico no exercício - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - -Saídas - -em 31.12.2010 - -Alterações de valor acumulado da avaliação pelo Fair Value ou at-Equity -77 -4Valores contabilizados em 31.12.2010 175 741) Contém essencialmente activos resultantes da recuperação de garantias

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Valores imobilizados incorpóreosValor de negócio ou

empresarialValor imobilizado

adquiridoValor imobilizado de

produção própriaCustos de aquisição e de produçãoem 1.1.2009 135 204 31Entradas - 1 2Saídas - 15 -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - - -Alterações do câmbio de divisas - 0 -em 31.12.2009 135 190 33Amortizaçõesem 1.1.2009 7 197 13Amortizações planeadas no exercício - 2 4Amortizações não planeadas no exercício 70 - -Aumentos do valor contabilístico no exercício - - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - - -Saídas - 15 -em 31.12.2009 77 184 17Alterações de valor acumulado da avaliação pelo Fair Value - - -Valores contabilizados em 31.12.2009 58 6 16

Custos de aquisição e de produçãoem 1.1.2010 135 190 33Entradas - 0 -Saídas - 2 -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - - -Alterações do câmbio de divisas - - -em 31.12.2010 135 188 33Amortizaçõesem 1.1.2010 77 184 17Amortizações planeadas no exercício - 2 5Amortizações não planeadas no exercício - - -Aumentos do valor contabilístico no exercício - - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - - -Saídas - 2 -em 31.12.2010 77 184 22Alterações de valor acumulado da avaliação pelo Fair Value ou at-Equity - - -Valores contabilizados em 31.12.2010 58 4 11

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Imobilizações corpóreas

Terrenose edifícios

Equipamento empresarial e

comercialCustos de aquisição e de produçãoem 1.1.2009 191 78Entradas 0 0Saídas 0 16Transferências/Alterações no círculo de consolidação - 0Alterações do câmbio de divisas - 0em 31.12.2009 191 62Amortizaçõesem 1.1.2009 40 52Amortizações planeadas no exercício 4 5Amortizações não planeadas no exercício - -Aumentos do valor contabilístico no exercício - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - 8Saídas 0 15em 31.12.2009 44 42Alterações de valor acumulado da avaliação pelo Fair Value - -Valores contabilizados em 31.12.2009 147 20

Custos de aquisição e de produçãoem 1.1.2010 191 62Entradas 6 1Saídas - 1Transferências/Alterações no círculo de consolidação - -Alterações do câmbio de divisas - 0em 31.12.2010 197 62Amortizaçõesem 1.1.2010 44 42Amortizações planeadas no exercício 4 4Amortizações não planeadas no exercício 17 -Aumentos do valor contabilístico no exercício - -Transferências/Alterações no círculo de consolidação - -Saídas - 1em 31.12.2010 65 45Alterações de valor acumulado da avaliação pelo Fair Value ou at-Equity - -Valores contabilizados em 31.12.2010 132 17

(59) DIREITOS SOBRE IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOSOs direitos a impostos diferidos sobre os rendimentos representam as potenciais desonerações de imposto sobre os rendimentos decorrentes de diferenças entre a fixação de valor dos valores patrimoniais e das dívidas conforme o IFRS aplicáveis no Balanço do Grupo e os valores fiscais conforme os regulamentos fiscais locais das empresas do Grupo, bem como a desoneração futura de imposto sobre os rendimentos decorrente do transporte de saldos devedores fiscais.

Os activos dos impostos diferidos sobre os rendimentos só são contabilizados na medida em que a evolução da performance e do ambiente comerciais indicar ser provável a existência de receitas suficientes sujeitas a imposto no período de planeamento de 5 anos.

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em milhões de € 2010 2009Direitos sobre imposto sobre os rendimentos 39 32

na Alemanha 15 16fora da Alemanha 24 16

- a realizar no prazo de doze meses 29 20- a realizar num prazo superior a doze meses 10 12Direitos diferidos sobre imposto sobre os rendimentos 883 906

Direitos sobre imposto sobre os rendimentos com influência sobre os resultados 149 296Direitos sobre imposto sobre os rendimentos sem influência sobre os resultados 734 610

Total 922 938

O transporte de saldos devedores fiscais no subgrupo Eurohypo resulta essencialmente das sucursais do Eurohypo de Nova Iorque, Madrid e Paris, bem como do transporte de saldos devedores do Eurohypo Inlandsbank de períodos anteriores à criação da unidade fiscal do Grupo.

Devido ao horizonte de planeamento limitado e à consequente insuficiente probabilidade de utilização, para os seguintes transportes de saldos devedores fiscais em 31 de Dezembro de 2010 não foram activados direitos a impostos diferidos nem sujeitos a impairment os direitos a impostos diferidos existentes. Pela mesma razão não foram activados direitos a impostos diferidos sobre diferenças temporárias no montante de 1.385 milhões de €.

em milhões de € 2010 2009Imposto sobre as sociedades/Corporation Tax/Federal Tax 751 637

De transporte total 563 245De transporte limitado 188 392

do qual: a expirar no período seguinte - -Imposto comercial/impostos locais 656 646

De transporte total 0 233De transporte limitado 656 413

do qual: a expirar no período seguinte - -

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Foram criados direitos diferidos sobre imposto sobre os rendimentos em relação às seguintes verbas:

em milhões de € 2010 2009Valores de mercado e instrumentos de garantia derivativos 1.982 2.672Activos e passivos comerciais 3.113 2.821Créditos sobre instituições de crédito e clientes 0 8Aplicações financeiras 719 125Provisões 4 41Obrigações com instituições de crédito e clientes 415 257Obrigações garantidas por títulos 472 460Restantes verbas do Balanço 247 113Transporte de saldos devedores fiscais 11 50Total 6.963 6.547Fecho de contas com dívidas diferidas de imposto sobre os rendimentos 6.080 5.641Total após fecho de contas 883 906

(60) OUTROS ACTIVOSOs Outros Activos são compostos conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Notificações de dívida 339 374Contas de regularização 9 11Restantes Outros Activos 41 31Total 389 416

A principal verba em Restantes Outros Activos é Surplus activos do plano para as reservas para reformas incluída no Balanço, no montante de 33 milhões de € (ano anterior 25 milhões de €), que pode ser realizada após um prazo superior a doze meses. Todas as outras posições na verba Outros Activos podem ser realizadas no prazo de 12 meses.

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NOTAS AO BALANÇO (PASSIVO)

(61) OBRIGAÇÕES COM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOAs obrigações com instituições de crédito compõem-se conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Com vencimento diário 285 159Obrigações com prazo fixo

Empréstimos aceites 15.579 21.128Cédulas hipotecárias nominativas 2.925 3.703Restantes obrigações 66.118 60.691

Total 84.907 85.681

No país 74.808 71.643Estrangeiro 10.099 14.038Total 84.907 85.681

As obrigações para com instituições de crédito recaem sob a categoria »Obrigações avaliadas pelo custo de aquisição«.

(62) OBRIGAÇÕES COM CLIENTESAs obrigações com clientes compõem-se conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Com vencimento diário 431 520Obrigações com prazo fixo

Empréstimos aceites 7.097 7.965Cédulas hipotecárias nominativas 24.530 25.893Restantes obrigações 229 252

Total 32.287 34.630

No país 31.887 34.225Estrangeiro 400 405Total 32.287 34.630

As obrigações com clientes recaem sob a categoria »Obrigações avaliadas pelo custo de aquisição«.

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(63) OBRIGAÇÕES GARANTIDAS POR TÍTULOS

em milhões de € 2010 2009Obrigações emitidas 80.031 102.788

Cédulas hipotecárias 28.904 33.976Cédulas hipotecárias públicas 46.318 61.663Outras obrigações 4.809 7.149

Outras obrigações garantidas por títulos - -Total 80.031 102.788

As obrigações garantidas por títulos recaem sob a categoria »Obrigações avaliadas pelo custo de aquisição«. No exercício de 2010, foram efectuadas novas emissões com um volume de 7,4 milhares de milhão de €. No mesmo período, o volume dos reembolsos e resgates foi de 0,5 milhares de milhão de €, tendo o volume das emissões vencidas sido no montante de 30,3 milhares de milhão de €.

(64) VALORES DE MERCADO NEGATIVOS DE INSTRUMENTOS DE GARANTIA DERIVATIVOS

São aqui demonstrados os instrumentos financeiros derivativos com valores de mercado negativos, aplicados para garantia efectiva e que se qualificam para o Hedge Accounting.

em milhões de € 2010 2009Valores de mercado negativos de Fair Value Hedges efectivos 12.171 11.391Valores de mercado negativos de Cash Flow Hedges - -Total 12.171 11.391

(65) PASSIVOS COMERCIAISOs passivos comerciais incluem valores de mercado negativos de instrumentos financeiros derivativos, que no âmbito do Hedge Accounting não são empregues como instrumentos de garantia.

em milhões de € 2010 2009Valores de mercado negativos de instrumentos financeiros derivativos(nenhum Hedge Accounting)Operações referentes a juro 10.532 12.008Operações referentes a câmbio

Cross-Currency Swaps 674 431Operações a prazo com câmbios 105 218

Derivados de crédito 10 7Outros derivados - -Total 11.321 12.664

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(66) PROVISÕESAs provisões compõem-se conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Provisões para pensões e obrigações semelhantes - -Outras provisões 264 310Total 264 310

Provisões para pensões e obrigações semelhantesAs provisões para pensões baseiam-se em promessas de pensão imediatas, orientadas por prestações e contribuições.

em milhões de € 2010 2009Taxa de juro de cálculo 4,90% 5,30%Alteração das remunerações 2,50% 2,50%Ajustamento nas pensões 1,80% 1,80%Rendimentos esperados dos activos dos planos 5,70% 6,00%

As obrigações de pensão evoluíram da seguinte forma:

em milhões de € 2010 2009Obrigações de pensão em 1 de Janeiro 310 283Despesas com tempo de serviço 3 3Despesas de juro 16 17Prestações de pensão 16 16Alterações dos lucros/prejuízos actuariais Ajustamentos condicionados pela experiência -1 - Outros ajustamentos 16 31Outras alterações Alterações de câmbio de divisa - - Transferências 0 -8 Alterações do plano - -Obrigações de pensão em 31 de Dezembro 328 310

das quais, total ou parcialmente financiadas por activos do plano 324 310

das quais, não financiadas por activos do plano 4 -

As obrigações de pensão podem ser atribuídas às seguintes regiões:

em milhões de € 2010 2009Alemanha 324 307Europa (sem Alemanha) 4 3Total 328 310

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A sensibilidade de movimentação das taxas de juro é calculada em -19 milhões de € numa alteração de +50 pontos base da taxa de juro de desconto, e em 21 milhões de € numa alteração de -50 pontos base da taxa de juro de desconto.

As despesas com pensão de reforma e assistência são compostas conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Despesas com tempo de serviço 3 3Despesas com juro 16 17Receitas esperadas de activos do plano 16 16Despesas retroactivas com tempo de serviço - 0Amortização de lucros (-) / prejuízos (+) actuariais 6 0Despesas com planos orientados pelas prestações 9 4Despesas com planos orientados pelas contribuições 2 4Outras pensões de reforma (trabalho em part-time para idosos e pré-reforma) 5 3Outras despesas com pensões de reforma e assistência 3 6Despesas com pensões de reforma e assistência 19 17

As despesas com pessoal incluem 6 milhões de € (ano anterior 6 milhões de €) de contribuições da entidade patronal para o seguro de pensão de reforma obrigatório.

As receitas esperadas decorrentes dos activos dos planos regem-se pelos rendimentos a longo prazo do mercado de capitais à data do fecho do Balanço, no caso de títulos a juro fixo, e pelas evoluções do mercado de capital observadas no passado, no caso de outras aplicações de capital.

Os activos do plano demonstraram a seguinte evolução:

em milhões de € 2010 2009Fair Value em 1 de Janeiro 286 271Aplicação / retirada - -Receitas esperadas de activos do plano 16 16Lucros (+) / prejuízos (-) actuariais 11 -1Alterações no círculo de consolidação - -Fair Value em 31 de Dezembro 313 286

Receitas reais de activos do plano 27 15

À data do fecho do Balanço, não está prevista qualquer dotação dos activos do plano no ano de 2011.

No ano de 2011, são esperados pagamentos de pensões no montante de 17 milhões de € (ano anterior 16 milhões de €).

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A composição dos activos do plano apresenta-se conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Meios líquidos 3,2% 1,8%Acções 14,2% 9,6%Títulos a juro fixo 68,6% 80,3%Fundos de investimento 11,0% 0,0%Derivados 3,0% 0,0%Outros 0,0% 8,3%

A tabela que se segue mostra a cobertura das obrigações de pensão:

em milhões de € 2010 2009 2008 2007 2006Obrigação de pensão 328 310 283 301 341Fair Value do activo do plano 313 286 271 - -Lucros/prejuízos actuariais não incluídos -48 -49 -18 -25 -67Provisão para pensões (+) / surplus activos do plano (-) -33 -25 -6 276 274

O surplus dos activos do plano é demonstrado como valor patrimonial em Outros Activos.

Outras provisõesEvolução das restantes provisões:

em milhões de €

Provisões nas

operações de crédito

SLLP

Provisões nas

operações de crédito

GLLP

Provisões para a

área do pessoal

Provisões para

reestru-turação

Provisões para

riscos proces-

suais

Restantes outras

provisões TotalEm 1.1.2009 67 37 11 106 28 47 296Entradas 47 18 3 74 21 12 175Juro resultante - - 0 4 - - 4Consumo 0 - 2 31 4 25 62Dissolução 61 28 1 9 11 4 114Transferência 0 - -1 0 0 12 11Alterações do círculo de consolidação - - - - - 0 0Alterações resultantes da conversão monetária 0 0 0 0 - 0 0Em 31.12.2009 53 27 10 144 34 42 310

Em 1.1.2010 53 27 10 144 34 42 310Entradas 44 13 1 3 14 11 86Juro resultante - - 1 4 0 0 5Consumo 1 - 2 27 2 7 39Dissolução 38 18 0 18 6 21 101Transferência 0 0 0 0 0 0 0Alterações do círculo de consolidação - - - - - - -Alterações resultantes da conversão monetária 0 1 0 2 0 0 3Em 31.12.2010 58 23 10 108 40 25 264

- realizadas no prazo de doze meses 30 10 9 33 39 24 145- realizadas num prazo superior a 12 meses 28 13 1 75 1 1 119

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As provisões na área do pessoal englobam, entre outros, reservas para jubileus que, devido às suas características, são a longo prazo, sendo utilizadas de forma sucessiva nos períodos seguintes.

As reservas criadas para medidas de reestruturação cobrem obrigações futuras decorrentes da nova orientação estratégica em Commercial Real Estate, das obrigações com pessoal para pré-reforma e trabalho em part-time no período pré-reforma, e ainda de relações contratuais de arrendamento.

Não é possível prever a duração exacta de qualquer procedimento legal em caso de litígio, nem o montante das reservas que terão de ser criadas.

As entradas em Restantes Outras Reservas referem-se essencialmente a custos de consultadoria e custos de auditoria.

(67) DÍVIDAS DE IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOSAs reservas para impostos sobre os rendimentos são potenciais obrigações de imposto, para as quais não existe ainda uma notificação de imposto definitiva. Os impostos diferidos passivos representam os potenciais encargos de imposto sobre os rendimentos resultantes de diferenças temporárias entre os valores do activo incluídos e dívidas no Balanço do Grupo conforme o IFRS e os valores fiscais conforme a regulamentação fiscal local a que estão sujeitas as diversas empresas do Grupo.

em milhões de € 2010 2009Dívidas de imposto sobre os rendimentos 118 117

Obrigações perante repartições fiscais decorrentes de imposto sobre os rendimentos - -Provisões para imposto sobre os rendimentos 118 117

- realizadas no prazo de doze meses 96 117- realizadas num prazo superior a doze meses 22 -Dívidas de imposto sobre os rendimentos diferidas 33 88

Dívidas de imposto com influência sobre os rendimentos 26 88Dívidas de imposto diferidas com influência sobre os rendimentos 7 -

Total 151 205

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As dívidas diferidas de imposto sobre os rendimentos foram criadas de acordo com as seguintes verbas:

em milhões de € 2010 2009Activos e passivos comerciais 2.228 2.165Valores de mercado de instrumentos de garantia derivativos 1.079 1.132Aplicações financeiras 1.778 1.359Créditos sobre instituições de crédito e clientes 955 989Obrigações com instituições de crédito e clientes 3 3Obrigações garantidas por títulos - -Outras verbas do Balanço 70 80Total 6.113 5.728Fecho de contas 6.080 5.640Total após fecho de contas 33 88

(68) OUTROS PASSIVOS

em milhões de € 2010 2009Verbas diferidas passivas 27 43Outras obrigações 102 118Total 129 161

A posição Outras Obrigações engloba essencialmente impostos a pagar e contribuições sociais no montante de 12 milhões de € (ano anterior 14 milhões de €), obrigações decorrentes de entregas e de prestações no montante de 4 milhões de € (ano anterior 6 milhões de €) e obrigações decorrentes das operações de empréstimo no montante de 6 milhões de € (ano anterior 31 milhões de €). O juro para certificados de participação nos lucros no montante de 46 milhões de € (ano anterior 31 milhões de €) é realizado após doze meses. Todas as restantes posições de Outros Passivos são realizadas no prazo de doze meses.

(69) CAPITAL SEM PRECEDÊNCIAObrigações sem precedência

As obrigações sem precedência são meios próprios no sentido do disposto no § 10, alínea 5a da KWG [lei alemã referente ao crédito]. Em caso de processo de falência sobre os bens da instituição ou de liquidação da instituição, as obrigações sem precedência só poderão ser pagas após o pagamento a todos os credores com precedência, não podendo o emissor ser forçado ao reembolso antecipado.

em milhões de € 2010 2009Instrumentos de dívida emitidos ao portador 499 495Empréstimos aceites 2.155 2.168Total 2.654 2.663

As obrigações sem precedência recaem sob a categoria »Obrigações avaliadas pelo custo de aquisição«.

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À data do Balanço não existiam verbas isoladas superiores a 10% da totalidade das obrigações sem precedência.

Para obrigações sem precedência ocorreram despesas com juros no montante de 136 milhões de € (ano anterior 140 milhões de €).

Certificados de participação nos lucros

em milhões de € 2010 2009Certificados de participação nos lucros 680 716Total 680 716

Lista das emissões de certificados de participação nos lucros mais importantes:

Ano de emissão

Importância nominal em milhões de € Taxa de juro Vencimento Reembolso

20001) 13 7,30% 31.12.2010 30.06.201120001) 200 Euribor

Aplicações a doze meses acresc. 150 pontos base no 2º dia útil anterior ao início do período de juros

31.12.2012 01.07.2013

20011) 34 7,05 – 7,06% 31.12.2011 02.07.201220031) 1 6,62% 31.12.2012 01.07.201320031) 40 6,65 – 6,70% 31.12.2013 01.07.20142006 200 Euribor

Aplicações a doze meses acresc. 110 pontos base no 2º dia útil anterior ao início do período de juros

31.12.2016 01.07.2017

2007 200 EuriborAplicações a doze meses acresc. 85 pontos base no 2º dia

útil anterior ao início do período de juros

31.12.2017 01.07.2018

1) Com a efectivação da fusão no Eurohypo AG, foram concedidos aos titulares dos certificados de participação em lucro do anterior Rheinhyp, bem como do anterior Hypothekenbank in Essen AG, certificados de participação em lucro com obrigatoriedade de pagamento equivalente face aos respectivos titulares que satisfaçam todas as obrigações perante outros credores. Estes certificados têm a mesma categoria dos certificados de participação em lucro já emitidos.

O juro a pagar sobre o capital de direito de participação nos lucros para o exercício de 2010 é no montante de 15 milhões de € (ano anterior 33 milhões de €).

As acções de fruição garantem um pagamento anual dos dividendos dos accionistas; elas satisfazem obrigações perante outros credores, desde que estas não sejam igualmente sem precedência. O reembolso é feito pelo valor nominal, com reserva das disposições sobre a participação nos prejuízos.

O capital de direito de participação recai sob a categoria »Obrigações avaliadas pelo custo de aquisição«.

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No exercício em apreciação, os titulares de certificados de participação nos lucros participaram nos prejuízos. A redução dos certificados de participação nos lucros importou em 79 milhões de € (ano anterior 19 milhões de €), conforme o Código Comercial Alemão (HGB). No caso dos certificados de participação em lucro, em que as receitas planeadas fazem esperar um aumento do valor contabilístico nos anos subsequentes, este aumento no montante de 73 milhões de € (ano anterior 18 milhões de €) foi considerado na avaliação dos certificados de participação nos lucros, no fecho de contas do Grupo.

AUTORIZAÇÃO PARA A EMISSÃO DE CERTIFICADOS DE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROSEm 30 de Agosto de 2008, a Assembleia-Geral autorizou ao Conselho de Administração a emissão única ou repetida, até 24 de Agosto de 2013, de certificados de participação nos lucros, no valor nominal total de até 700.010.000,- €.

Os certificados de participação nos lucros têm de corresponder às condições, segundo as quais – e conforme o disposto no § 10, alínea 5 da lei alemã referente ao crédito – o capital pago contra a concessão de certificados de participação nos lucros pode ser imputado ao capital próprio da garantia. O prazo de validade dos certificados de participação nos lucros pode estender-se até aos quinze anos. Em caso de utilização da autorização, o Conselho de Administração pode excluir montantes previamente fixados dos direitos de subscrição dos accionistas.

Na sequência da fusão do Hypothekenbank in Essen AG com o Eurohypo, e de acordo com o disposto no § 23 da lei referente à reorganização de empresas [Umwandlungsgesetz], o Conselho de Administração foi ainda autorizado a emitir certificados de participação nos lucros até um total de 200.009.954,85 €, excluindo o direito de subscrição dos accionistas, para os titulares de certificados de participação do Hypothekenbank in Essen AG.

O Conselho de Administração foi autorizado a determinar os demais detalhes dos termos e condições das emissões, em especial a data de emissão, o tipo, o montante e o vencimento do direito a distribuição de dividendos e a reembolso, bem como a cotação de emissão e o termo dos certificados de participação nos lucros.

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(70) CAPITAL HÍBRIDO

em milhões de € 2010 2009Capital híbrido 900 900Total 900 900

Em 2003, o Eurohypo AG emitiu sobre o Eurohypo Capital Funding LLC I, Delaware, EUA e o Eurohypo Capital Funding Trust I, Delaware, EUA capital híbrido com um valor nominal de 600 milhões de €, a uma taxa de juro de 6,445%. Verifica-se um direito de denúncia do devedor em 23 de Maio de 2013.

No exercício de 2005, foram emitidos mais 300 milhões de € de capital híbrido sobre o Eurohypo Capital Funding LLC II, Delaware, EUA e o Eurohypo Capital Funding Trust II, Delaware, EUA, a uma taxa de juro de 6,75%. Verifica-se um direito de denúncia anual do devedor, sendo o primeiro em 8 de Março de 2011.

Para o capital híbrido, não surgiram despesas de juro no ano em apreciação (ano anterior 17 milhões de €).

O capital híbrido recai sobre a categoria »Obrigações avaliadas pelo custo de aquisição«.

(71) NOTAS AO CAPITAL PRÓPRIOComposição do capital próprio

em milhões de € 2010 2009Capital subscrito 914 914Reserva líquida 3.992 3.992Lucros não distribuídos 258 443Reserva para reavaliações -1.622 -1.360Reserva proveniente de Cash Flow Hedges -35 -40Reserva proveniente do câmbio de divisas 7 2Lucro/prejuízo do Balanço - -Participações minoritárias 1 1Total 3.515 3.952

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Capital subscritoEm 31 de Dezembro de 2010, o capital subscrito do Eurohypo AG é composto por 351.418.815 acções ao portador, com um valor de 913.688.919,00 €. As acções estão totalmente liberadas.

Número em milharesNúmero de acções em circulação em 31.12.2009 351.419Número das acções emitidas em 31.12.2010 351.419deduzindo: acções próprias à data do Balanço -Número de acções em circulação em 31.12.2010 351.419

O valor das acções emitidas e autorizadas que se encontram em circulação resulta conforme se segue:

Fair Value das aplicações financeiras negociáveis em bolsa 2010 2009em milhões

de €Número em

milharesem milhões

de €Número em

milharesAcções emitidas 914 351.419 914 351.419Acções em circulação (capital subscrito) 914 351.419 914 351.419acrescido de: acções ainda não emitidas de capital autorizado - - - -Total 914 351.419 914 351.419

A deliberação da Assembleia-Geral de 29 de Agosto de 2007 sobre a transferência das acções dos restantes accionistas (accionistas minoritários) do Eurohypo AG para o Commerzbank Inlandsbanking Holding GmbH, Frankfurt am Main (accionista maioritário) foi efectivada em 25 de Julho de 2008 com a respectiva inscrição no Registo Comercial.

Com a efectivação da deliberação de transferência, as acções dos accionistas minoritários representam apenas a obrigação a uma indemnização em dinheiro apropriada. Conforme a deliberação da Assembleia-Geral de 29 de Agosto de 2007, essa indemnização foi fixada em 24,32 € por cada acção titulada, com uma importância “pro rata” do capital social no montante de 2,60 €.

O Commerzbank Inlandsbanken Holding GmbH, Frankfurt am Main participa no Banco com 100% do capital social, directa e indirectamente através da AFÖG GmbH & Co. KG, Frankfurt am Main. O Commerzbank Inlandsbanken Holding é uma filiada a 100% do Commerzbank AG, Frankfurt am Main. No encerramento de contas do Grupo Commerzbank conforme o International Financial Reporting Standards (IFRS), está incluído o encerramento de contas do Eurohypo como encerramento de contas parcial do Grupo. O encerramento de contas do Grupo é publicado no Bundesanzeiger [Boletim Federal] electrónico.

A 29 de Agosto de 2007, a Assembleia-Geral do Eurohypo AG autorizou o Beherrschungs- und Gewinnabführungsvertrag [contrato que confia a gestão de uma sociedade a outra sociedade e contrato pelo qual uma sociedade se compromete a transferir o conjunto dos seus ganhos para a outra sociedade] entre o Commerzbank Inlandsbanken Holding GmbH e o Eurohypo AG, que

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entrou em vigor com a inscrição no Registo Comercial, em 4 de Setembro de 2007. Durante a vigência do contrato, o Eurohypo AG fica obrigado a transferir os seus lucros para o accionista principal, ficando este último, por seu turno, obrigado a cobrir todos os prejuízos do Eurohypo AG.

Reserva líquidaNa reserva líquida, o ágio é demonstrado pela emissão de participações, incluindo participações subscritas acima do valor nominal ou valor calculado.

Lucros não distribuídosOs lucros não distribuídos englobam as reservas legais e outros lucros não distribuídos.

Em 31 de Dezembro de 2010, as reservas legais ascendem a 4 milhões de € (ano anterior 4 milhões de €), estando sujeitas a uma delimitação da distribuição. Nos outros lucros não distribuídos, no valor de 254 milhões de € (ano anterior 439 milhões de €), encontram-se os lucros acumulados do Grupo, incluindo as importâncias acumuladas de processos de consolidação com resultados, bem como os Erstanwendungseffekten [efeitos de primeira utilização] da data de transição em 1 de Janeiro de 2003.

Em 31 de Dezembro de 2010, o Grupo não emitiu quaisquer instrumentos de dívida convertíveis ou obrigações convertíveis, pelo que não é necessário qualquer desdobramento de instrumentos financeiros em componentes de capitais próprios e de terceiros.

Reserva para reavaliaçõesEm 31 de Dezembro de 2010, são considerados na reserva para reavaliações os lucros e prejuízos da reavaliação de instrumentos financeiros »Available for Sale«, num total de -2.334 milhões de € (ano anterior -1.952 milhões de €).

Os impostos diferidos que recaem sobre as reavaliações foram considerados no montante de 712 milhões de € (ano anterior 592 milhões de €).

Reserva Cash Flow HedgeEm Cash Flow Hedge são consideradas as alterações de mercado das partes efectivas das operações de garantia, no montante de -51 milhões de € (ano anterior -58 milhões de €).

Foram considerados os impostos diferidos provenientes de instrumentos de garantia, no montante de 16 milhões de € (ano anterior 18 milhões de €).

Reserva decorrente do câmbio de divisasA reserva decorrente do câmbio de divisas considera os lucros e prejuízos de conversão no âmbito da consolidação do capital.

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(72) VOLUMES DE MOEDA ESTRANGEIRAEm 31 de Dezembro de 2010, foram estabelecidos no Balanço do Grupo os seguintes valores patrimoniais e obrigações (sem valores de mercado de derivados) em divisas:

2010 2009

em milhões de € USD CHF GBP JPY Outras Total Total

Reserva líquida 0 0 3 - 0 3 2Activos comerciais 107 - 86 - - 193 59

Créditos sobre instituições de crédito 3.067 838 120 1.550 64 5.639 1.042

Créditos sobre clientes 5.846 3.924 9.841 113 541 20.265 21.049

Aplicações financeiras 13.560 299 1.715 1.522 1.076 18.172 19.534

Outros Activos 3 0 4 17 0 24 42

Total do Activo em moeda estrangeira 22.583 5.061 11.769 3.202 1.681 44.296 41.728

Obrigações com instituições de crédito 8.929 968 2.356 2.593 133 14.979 13.699

Obrigações com clientes 3 4 25 4 138 174 567

Obrigações garantidas por títulos 7.395 2.974 623 234 717 11.943 15.319

Outros Passivos 32 4 42 9 8 95 101

Total do Passivo em moeda estrangeira 16.359 3.950 3.046 2.840 996 27.191 29.686

No exercício de 2010, verificaram-se entradas e saídas nestas moedas estrangeiras.

As verbas em aberto no Balanço estão compensadas por correspondentes operações a prazo com câmbios ou Swaps de câmbio.

NOTAS AOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS E À GESTÃO DO RISCO

(73) OPERAÇÕES DERIVATIVASAs tabelas que se seguem apresentam as operações do Grupo Eurohypo com instrumentos financeiros derivativos à data do Balanço.

Um derivativo consiste num instrumento financeiro, cujo valor depende de um chamado valor de base. Este valor de base pode ser, por exemplo, uma taxa de juro, um preço de mercadoria, a cotação de uma acção, uma cotação de câmbio ou a cotação de um título, sendo que o instrumento financeiro não requer qualquer custo de aquisição, ou requer um custo de aquisição inferior a qualquer outro instrumento com resposta semelhante às alterações das condições de mercado. A compensação ocorre numa data futura.

Na maioria das transacções com derivativos trata-se de derivativos OTC, em que a importância nominal, a validade e o preço são negociados individualmente entre o Banco e os seus parceiros. O Banco faz transacções com derivativos também em bolsas reguladas, tratando-se então de contratos estandardizados, com importâncias nominais e prazos de cumprimento estandardizados.

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Neste caso, a importância nominal indica o volume de negócio transaccionado pelo Banco. Os valores de mercado positivos ou negativos apresentados nas tabelas são, por seu turno, as despesas que teriam de ser suportadas pelo Banco ou pela parte contrária, em caso de substituição dos contratos celebrados anteriormente por operações economicamente equivalentes. Do ponto de vista do Banco e no que se refere aos contraentes, um valor de mercado positivo indica o risco de incumprimento potencial máximo, que existiu à data do Balanço na sequência de operações com derivativos.

Para a minimização (redução) tanto do risco económico, quanto do risco regulador de crédito destes instrumentos, o Eurohypo celebra acordos de base (acordos bilaterais de compensação) com os nossos parceiros comerciais (como, por exemplo, em 1992 ISDA Master Agreement Multicurrency Cross Border, e o acordo alemão de base para operações financeiras a prazo). Através da celebração destes acordos bilaterais de compensação, é-nos permitido compensar os valores de mercado positivos e negativos dos contratos derivativos cobertos, reduzindo a sobretaxa reguladora para os riscos futuros (Add-ons) destes produtos. O processo de netting reduz o risco de crédito a um único crédito líquido face ao parceiro contratual (Close-out Netting).

Tanto nos relatórios para os reguladores, como para a avaliação e o controlo interno do nosso empenhamento no crédito, só é aplicado esse tipo de técnicas de redução do risco, se também as considerarmos aplicáveis na respectiva jurisdição, em caso de insolvência de um parceiro comercial. Para verificação da sua exequibilidade, recorremos a pareceres jurídicos de diversas sociedades de advogados internacionais.

À semelhança do verificado com os acordos de base, também celebramos com os nossos parceiros comerciais acordos de garantia (p. ex. garantias para operações financeiras a prazo, Credit Support Annex), de forma a garantir os créditos líquidos/obrigações líquidas resultantes do netting (recepção ou atribuição de garantias). Em regra, esta gestão de garantias reduz o risco de crédito através de uma atempada avaliação (diária ou semanal) e do ajustamento da exposição do cliente.

O quadro seguinte mostra as importâncias nominais e os valores de mercado das operações com derivativos apresentados de acordo com contratos dependentes do juro, do câmbio e de outros riscos de preço, e ainda a estrutura do prazo de validade destas operações. Os valores de mercado apresentados são as somas das importâncias positivas e negativas por contrato, sem redução das garantias e sem consideração de outros acordos de netting, uma vez que não se baseiam em produtos. No caso de Options vendidas não há, por definição, valores de mercado positivos. A importância nominal representa o volume bruto de todas as compras e vendas. A classificação apresentada referente aos prazos das operações baseia-se nos prazos de vencimento residuais, tomando o prazo de vencimento do contrato em detrimento do prazo de

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vencimento do Underlying. O quadro seguinte mostra ainda o Fair Value de derivativos, baseado nos métodos de demonstração no Balanço apresentados na Nota 1.

CLASSIFICAÇÃO DOS PRAZOS

Importância nominal/Vencimentos residuais Valores de mercado

em milhões de €

com vencimen-

to diárioaté 3

meses3 mesesa 1 ano

superiora 1 ano

até 5 anossuperiora 5 anos Soma 2009

positivo2009

negativo2009

Operações a prazo dependentes de moeda estrangeiraProdutos OTC

Caixa de moeda estrangeira e operações a prazo com moeda estrangeira - 8.660 1.967 39 - 10.666 32 218Swaps de juro/de câmbio de juro - 292 1.470 3.693 5.540 10.995 836 670

Total - 8.952 3.437 3.732 5.540 21.661 868 888

Operações a prazodependentes de juroProdutos OTC

Forward Rate Agreements - 17.250 9.940 - - 27.190 1 -Swaps de juro - 41.262 76.976 201.925 179.559 499.722 15.632 22.930Compras de Options de juro - - - 72 242 314 16 -Vendas de Options de juro - 10 395 721 734 1.860 - 133Outros contratos de juro - 1.598 1.765 7.743 3.167 14.273 82 97

Produtos negociáveis na bolsaTaxas de juro futuras - - - - - - - -

Total - 60.120 89.076 210.461 183.702 543.359 15.731 23.160

Outras operações a prazoProdutos OTC

Derivativos de crédito - - - - 296 296 - 7

Soma de todas as operações a prazo pendentesProdutos OTC - 69.072 92.513 214.193 189.538 565.316 16.599 24.055Produtos negociáveis na bolsa - - - - - - - -Total - 69.072 92.513 214.193 189.538 565.316 16.599 24.055

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CLASSIFICAÇÃO DOS PRAZOS

Importância nominal/Vencimentos residuais Valores de mercado

em milhões de €

com vencimen-

to diárioaté 3

meses3 mesesa 1 ano

superiora 1 ano

até 5 anossuperior a 5 anos Soma 2009

positivo2009

negativo2009

Operações a prazo dependentes de moeda estrangeiraProdutos OTC

Caixa de moeda estrangeira e operações a prazo com moeda estrangeira - 9.310 620 134 - 10.064 94 105Swaps de juro/de câmbio de juro - 190 805 5.618 6.430 13.043 996 1.054

Total - 9.500 1.425 5.752 6.430 23.107 1.090 1.159Operações a prazodependentes de juroProdutos OTC

Forward Rate Agreements - 6.000 2.100 - - 8.100 - -Swaps de juro - 23.659 42.139 171.364 145.407 382.569 13.759 22.162Compras de Options de juro - - - 183 260 443 14 -Vendas de Options de juro - 170 83 505 311 1.069 - 65Outros contratos de juro - 834 2.992 7.209 2.960 13.995 76 96

Produtos negociáveis na bolsaTaxas de juro futuras - 830 - - - 830 - -

Total - 31.493 47.314 179.261 148.938 407.006 13.849 22.323

Outras operações a prazoProdutos OTC

Derivativos de crédito - - - 501 156 657 33 10

Soma de todas as operações a prazo pendentesProdutos OTC - 40.163 48.739 185.514 155.524 429.940 14.972 23.492Produtos negociáveis na bolsa - 830 - - - 830 - -Total - 40.993 48.739 185.514 155.524 430.770 14.972 23.492

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A tabela que se segue apresenta valores de mercado positivos e negativos das operações derivativas do Grupo Eurohypo, classificados pelos respectivos contraentes. O Grupo Commerzbank efectua operações derivativas essencialmente com contraentes cuja solvência é irrepreensível. A maior parte dos valores de mercado concentra-se em instituições de crédito e instituições financeiras com sede num país da OCDE.

Nominal Valores de mercado Nominal Valores de mercado

em milhões de € 2010positivo

2010negativo

2010 2009positivo

2009negativo

2009

Bancos OCDE 387.249 12.922 23.363 520.525 14.473 23.994Outras empresas, pessoas privadas 43.521 2.050 129 44.791 2.126 61Total 430.770 14.972 23.492 565.316 16.599 24.055

(74) APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOSNa tabela abaixo, mostramos a aplicação dos nossos instrumentos financeiros derivativos. Aplicamos derivativos para fins de garantia.

Valores de mercado Valores de mercado

em milhões de €positivo

2010negativo

2010positivo

2009negativo

2009Derivativos de garantia que não podemser aplicados para o Hedge Accounting 9.867 11.321 11.168 12.664Derivativos aplicados comoderivativos de garantia

para Fair Value Accounting 5.105 12.171 5.431 11.391para Cash Flow Hedge Accounting - - - -

Total 14.972 23.492 16.599 24.055

(75) CASH FLOW HEDGESA reserva de Cash Flow Hedges demonstrada resulta da reserva de Cash Flow Hedges aceite na sequência da fusão com o antigo Essen Hyp. Esta reserva é liquidada segundo o plano e de acordo com o respectivo vencimento das operações de base. Em 31 de Dezembro de 2010 e após impostos diferidos no montante de 16 milhões de € (ano anterior 18 milhões de €), a reserva importa ainda em -35 milhões de € (ano anterior -40 milhões de €).

A tabela que se segue mostra em que períodos de apreciação se esperam Cash Flows de juro garantidos, e para quando se prevê o seu impacto sobre os lucros e prejuízos:

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Valores de mercado Valores de mercado

em milhões de €até 3

meses3 mesesa 1 ano

superiora 1 ano

até 5 anossuperiora 5 anos

2009Cash Flow do Activo 37 111 481 217Cash Flow do Passivo -23 -60 -157 -44

Cash Flow líquido 14 51 324 173

2010Cash Flow do Activo 44 131 533 180Cash Flow do Passivo -23 -64 -147 -36

Cash Flow líquido 21 67 386 144

(76) RISCOS DE PREÇO DE MERCADOOs riscos de preço de mercado englobam o perigo de prejuízo devido a alterações dos preços de mercado (juro, Spreads, câmbio de divisas, cotação de acções) ou parâmetros influenciados pelo preço (volatilidade, correlações). Observamos ainda o risco de liquidez de mercado, que considera também o período em que as posições afectadas podem ser fechadas ou garantidas na medida pretendida. A gestão e o controlo são estabelecidos a nível do Grupo. No exercício em apreciação, foram implementadas alterações de método e de organização, referentes em primeira linha ao cálculo do »Value at Risk« (VaR).

Todos os preços de mercado são limitados e controlados.

(77) RISCOS DE JUROO risco de alteração do juro descreve o risco do prejuízo que se verifica quando a curva de juro benchmark a que se recorre sofre alterações. Como curva de juro benchmark é utilizada a curva Swap da respectiva moeda.

A quantificação do risco de alteração do juro é feita diariamente com base num conceito de avaliação, com o auxílio da chamada sensibilidade de juro »Delta«. Para a determinação destes índices, são determinados todos os valores líquidos de todas as verbas do Activo e do Passivo do Balanço, bem como dos derivados. As taxas de juro da curva de juro benchmark de base são então aumentadas em mais um ponto de base em determinados prazos. O delta deste prazo é o valor nominal do lucro ou prejuízo, que resulta do aumento da curva de juro.

(78) RISCOS DE CREDIT SPREADPara além dos riscos de alteração de juro, é calculado um »Credit Spread Value at Risk« adicional para todo os portfolios de títulos fora do montante de cobertura. À semelhança dos

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sistemáticos riscos de juro, os riscos de credit spread quantificam em um ponto de base o lucro ou prejuízo em dinheiro na sequência do aumento do credit spread específico para emissores.

A medida comum para a quantificação de todos os riscos de preços de mercado é o »Value at Risk« (VaR). O VaR quantifica o risco como desvio negativo do valor actual de todas as operações financeiras do Banco em probabilidades existentes, e dentro de um horizonte de tempo definido. O cálculo diário do VaR é feito com base na regra HistSim. Como nível de confiança, aplica-se 97,5% em todo o Grupo. A validade está fixada em um dia.

(79) RISCOS DE CÂMBIOO risco de câmbio é o perigo de sofrer prejuízos decorrentes de alterações nos câmbios de moeda estrangeira. O risco é determinado através de quadros de saldos (nominais). É-lhe fixado um contingente através de um limite de volume, o qual limita a quantidade absoluta de verbas em moeda estrangeira em aberto.

(80) RELATÓRIO DE RISCOMais indicações quanto ao tipo e dimensão de riscos resultantes de instrumentos financeiros de acordo com o IFRS 7.31-42 podem ser consultadas no Relatório de Gestão, nomeadamente no Relatório de Risco.

(81) ACTIVOS E QUOTAS DE CAPITAL AVALIADOS QUANTO AO RISCOA lei alemã referente ao crédito [Kreditwesengesetz] e o regulamento de solvabilidade obrigam os bancos alemães a respeitar quotas mínimas de capital. Neste sentido, as instituições de crédito têm de cobrir os seus activos avaliados de risco com um mínimo de 8% dos meios próprios (quota de meios próprios).

Os meios próprios são compostos por capital principal e capital adicional, e ainda por capital Tier III. O capital principal é essencialmente composto por capital subscrito mais reservas, reservas escondidas e interesses minoritários, deduzidos de verbas para dedução, tais como Goodwill, participações e valores patrimoniais imateriais. Na qualidade de outro capital, o capital híbrido é considerado como capital principal, respeitando determinados limites de qualificação. Do capital adicional fazem parte os certificados de participação em lucro e as obrigações sem precedência a longo prazo.

A gestão de capital do Eurohypo pretende atingir os seguintes objectivos:

• cumprimento das exigências legais de capital mínimo a nível do Grupo, bem como em todas as sociedades do Grupo com direito de controlo;

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• disponibilização de reservas suficientes para garantia da liberdade de acção do Banco em qualquer momento;

• atribuição estratégica de capital principal a segmentos e áreas de negócio para a exploração de hipóteses de crescimento.

A alocação do capital principal é feita através de um processo regular, que considera a orientação estratégica do Banco, novas operações rentáveis no negócio principal de cada uma das áreas de negócio, e também aspectos de capacidade de suporte do risco.

Todas as medidas relacionadas com o capital do Banco são propostas pelo Asset-Liability Committee central do Banco no âmbito dos poderes que lhe foram confiados pela Assembleia-Geral, e deliberados por todo o Conselho de Administração.

No ano anterior, o Eurohypo respeitou sempre as quotas mínimas de capital legais que lhe foram impostas.

O quadro sobre os meios próprios que se segue baseia-se nas indicações dadas no relatório à autoridade de supervisão bancária, conforme o disposto no regulamento sobre solvabilidade, que o Grupo Eurohypo prepara com base em demonstrações financeiras em conformidade com o Código Comercial Alemão [HGB].

em milhões de € 2010 2009Capital principal (Tier I) Capital subscrito 900 919 Reservas, interesses minoritários, acções próprias 4.834 4.763 Capital híbrido 900 900 Outros -141 -298Total 6.493 6.284Capital adicional Capital híbrido - - Direitos de participação em lucros - 673 Reservas em títulos (desejável 45%) - - Obrigações sem precedência 2.447 2.485 Outros -149 -269Total 2.298 2.889Capital Tier III - -Meios próprios desejáveis 8.791 9.173

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Os meios próprios e quotas de capital exigidos pela supervisão legal compõem-se da seguinte forma:

em milhões de € 2010 2009Exigência de meios próprios, risco de crédito 4.888 5.729Exigência de meios próprios, risco de preços de mercado 13 9Exigência de meios próprios, risco operacional 80 81Total – exigência de meios próprios 4.981 5.819Meios próprios desejáveis 8.791 9.173Quota de capital principal 10,4 8,6Quota de meios próprios 14,1 12,6

(82) VALOR DE MERCADO (FAIR VALUE) DE INSTRUMENTOS FINANCEIROSEm seguida, é feita especial referência à determinação do Fair Value de instrumentos financeiros, que não são incluídos no Balanço pelo Fair Value, mas para os quais deve ser indicado adicionalmente um Fair Value conforme o disposto no IFRS 7. Para os instrumentos financeiros demonstrados no Balanço pelo Fair Value, os métodos de determinação são apresentados nos métodos de estabelecimento do Balanço e métodos de avaliação (Notas 2 a 29), bem como em seguida, nos parágrafos sobre a avaliação de instrumentos financeiros e a hierarquia de Fair Values.

O valor nominal de instrumentos financeiros com vencimento diário é considerado como o seu Fair Value. Destes instrumentos fazem parte a reserva líquida, bem como créditos de conta corrente ou depósitos à vista da classe créditos sobre instituições de crédito e sobre clientes e obrigações perante instituições de crédito e perante clientes.

Para os créditos não se dispõe de um preço de mercado imediato, uma vez que para estes instrumentos financeiros não existem mercados organizados em que os mesmos sejam transaccionados. A determinação do Fair Value para estes instrumentos processa-se mediante a utilização de processos de avaliação teóricos reconhecidos, com parâmetros de mercado actualizados. Nos créditos, é aplicado um modelo de Discounted Cash Flow, cujo parâmetro se baseia numa curva de estrutura de juro isenta de risco, em Credit Spreads, e ainda num aumento global para cobrir os spreads de liquidez, de custos operacionais e de custos de capitais próprios. Para a determinação do Fair Value no caso das obrigações, é igualmente utilizada uma curva de estrutura de juro isenta de risco, considerando-se o Credit Spread próprio do Commerzbank AG, bem como uma sobretaxa para custos operacionais. São também utilizados os Credit Spreads em conformidade com o mercado para cédulas hipotecárias, para cédulas hipotecárias públicas e para empréstimos aceites.

O Fair Value para obrigações garantidas por títulos, obrigações sem precedência e capital híbrido é determinado com base em preços de mercado cotados, sempre que os mesmos estejam disponíveis. Na avaliação são considerados diversos factores, entre outros o actual juro de

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mercado e o rating de crédito do Grupo. Caso não estejam disponíveis cotações de preços, são determinados os Fair Values através de modelos de avaliação teóricos (Discounted Cash Flows, modelos de preços opcionais), por seu turno baseados em curvas de juro, volatilidades, Own Credit Spreads, etc..

Nas tabelas que se seguem são comparados os Fair Value das verbas do Balanço com os seus valores contabilizados:

em milhões de €Fair Value

2010

Valorcontabilizado

2010Fair Value1)

2009

Valorcontabilizado

2009ActivoReserva líquida 30 30 36 36Créditos sobre instituições de crédito 23.864 23.980 26.709 26.872

Com vencimento diário 12.139 12.139 9.201 9.201Financiamentos imobiliários 83 87 90 92Créditos municipais 9.047 9.162 10.967 11.134Outros créditos 2.595 2.592 6.451 6.445

Créditos sobre clientes 115.691 116.299 130.559 129.695Financiamentos imobiliários 85.241 85.757 93.450 92.430Créditos municipais 29.777 29.869 36.958 37.114Outros créditos 673 673 151 151

Valores de mercado positivos de instrumentos de garantia derivativos 5.105 5.105 5.430 5.430Activo comercial 10.112 10.112 11.275 11.275Aplicações financeiras 68.959 71.427 80.613 80.856PassivoObrigações com instituições de crédito 85.017 84.907 85.680 85.681

Com vencimento diário 285 285 159 159Empréstimos aceites 15.671 15.579 21.100 21.128Cédulas hipotecárias nominativas 2.943 2.925 3.730 3.703Outras obrigações 66.118 66.118 60.691 60.691

Obrigações com clientes 32.294 32.287 34.217 34.630Com vencimento diário 431 431 520 520Empréstimos aceites 7.167 7.097 7.878 7.965Cédulas hipotecárias nominativas 24.467 24.530 25.567 25.893Outras obrigações 229 229 252 252

Obrigações garantidas por títulos 80.103 80.031 102.949 102.788 Cédulas hipotecárias 29.390 28.904 34.603 33.976 Cédulas hipotecárias públicas 45.909 46.318 61.236 61.663 Outras promissórias 4.804 4.809 7.110 7.149Valores de mercado negativos de instrumentos de garantia derivativos 12.171 12.171 11.391 11.391Passivo comercial 11.321 11.321 12.664 12.664Capital sem precedência 3.231 3.334 3.100 3.379Capital híbrido 410 900 366 900

A diferença entre valor contabilístico e valor de mercado (Fair Value) em todas as verbas em 31 de Dezembro de 2010 era de -2.788 milhões de € (ano anterior 1.524 milhões de €)

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Avaliação de instrumentos financeirosDe acordo com o IAS 39, todos os instrumentos financeiros têm de ser avaliados pelo seu Fair Value da primeira vez que são incluídos, e no caso de instrumentos que não têm de ser classificados como avaliados através dos seus lucros e prejuízos pelo seu Fair Value, mediante inclusão de determinados custos de transacção. Instrumentos financeiros classificados como tendo de ser avaliados através dos seus lucros e prejuízos pelo Fair Value, bem como os valores patrimoniais financeiros que podem ser alienados em qualquer altura, são, por conseguinte, constantemente avaliados pelo seu Fair Value. Neste sentido, os instrumentos financeiros a avaliar através dos seus lucros e prejuízos pelo Fair Value incluem instrumentos derivativos, instrumentos mantidos para fins comerciais e instrumentos designados para avaliação pelo Fair Value.

O Fair Value de um instrumento financeiro é a importância pela qual este poderia ser transaccionado entre parceiros contratuais especializados, com vontade contratual e independentes entre si. A medida mais adequada para o Fair Value é o preço de mercado cotado num mercado activo para um instrumento idêntico. Quando não se dispõe de preços cotados, a avaliação é feita com base em preços cotados em mercados activos para instrumentos semelhantes. Para indicar o preço pelo qual poderia ser transaccionado um valor patrimonial ou saldada uma obrigação, são avaliados valores patrimoniais pela cotação da procura, e obrigações pela cotação da oferta.

Caso não se disponha de preços cotados para instrumentos financeiros idênticos ou semelhantes, é determinado o Fair Value mediante a utilização de um modelo de avaliação adequado, em que os dados influentes provenham, na medida do possível, de fontes de mercado verificáveis. Enquanto a maioria dos métodos de avaliação se apoia em dados de fontes de mercados verificáveis, determinados instrumentos financeiros são avaliados mediante a utilização de modelos de avaliação que utilizam outros valores de entrada, para os quais não se encontram disponíveis suficientes dados de mercados actualizados e verificáveis. Pela sua natureza, estas avaliações estão largamente sujeitas a estimativas da gestão. Estes valores de entrada não observáveis podem conter dados extrapolados ou intrapolados, ou dados determinados por aproximação de dados correlacionados ou históricos. Contudo e tanto quanto possível, são aqui utilizados dados de mercado ou dados de terceiros, bem como o mínimo possível de dados de entrada específicos de empresas.

Os modelos de avaliação têm de corresponder a métodos comerciais reconhecidos para a avaliação de instrumentos financeiros e considerar todos os factores que os participantes no mercado considerariam adequados na fixação de um preço. Todos os Fair Values estão sujeitos aos controlos e processos internos do Grupo Commerzbank, em que estão fixados os standards para uma verificação independente ou uma validação dos Fair Values. Estes controlos e processos são administrados pelo Independent Price Verification Group (IPV), no âmbito da

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função de financeira. Os modelos, os dados incluídos e os Fair Values daí resultantes são regularmente verificados pelo Senior Management e pela função de risco.

Hierarquia de Fair ValuesDe acordo com o IFRS 7, os instrumentos financeiros incluídos no Balanço pelo seu Fair Value são classificados de acordo com uma hierarquia de avaliação que engloba três níveis de Fair Value:

• Level I: instrumentos financeiros, cujo Fair Value é determinado com base em preços cotados em mercados activos para instrumentos financeiros idênticos;

• Level II: instrumentos financeiros para os quais não estão disponíveis preços cotados em mercados activos para instrumentos financeiros idênticos, e cujo Fair Value é determinado mediante a utilização de métodos de avaliação. Estes métodos de avaliação englobam comparações com preços cotados para instrumentos financeiros semelhantes em mercados activos, comparações com preços cotados para instrumentos financeiros idênticos ou semelhantes em mercados inactivos, bem como a utilização de métodos de avaliação em que todos os valores de entrada significativos se baseiam, na medida do possível, em dados de mercado observáveis;

• Level III: instrumentos financeiros avaliados mediante a utilização de métodos de avaliação para cujos valores de entrada não se dispõe de dados de mercado suficientemente observáveis, e em que estes valores de entrada exercem uma influência de algum significado sobre o Fair Value. Pela sua natureza, estas avaliações estão largamente sujeitas a estimativas da gestão. As estimativas e suposições utilizadas baseiam-se em valores de experiência históricos e outros factores, de que são exemplo projecções e perspectivas ou prognósticos relativamente a acontecimentos futuros, que em dadas circunstâncias parecem adequados. Os Fair Values realizáveis, passíveis de serem determinados numa data posterior, podem divergir do Fair Value estimado.

Nos quadros que se seguem, os instrumentos financeiros demonstrados no Balanço pelo Fair Value são apresentados agrupados por categorias e pela base de avaliação, distinguindo-se entre se a avaliação tem por base preços cotados (Level I) e se os modelos de avaliação se baseiam em dados de mercado observáveis (Level II) ou em parâmetros não observáveis nos mercados (Level III).

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2009em milhões de € Level I Level II Level III TotalValores de mercado positivos deinstrumentos de garantia derivativos - 5.430 - 5.430Activos comerciais - 11.168 107 11.275 destes: valores de mercado positivos de derivativos - 11.168 - 11.168Aplicações financeiras Available for Sale 6.493 - 98 6.591Total 6.493 16.598 205 23.296

2009em milhões de € Level I Level II Level III TotalValores de mercado negativos deinstrumentos de garantia derivativos - 11.391 - 11.391Passivos comerciais - 12.665 - 12.665 destes: operações relacionadas com juro - 12.009 - 12.009Total - 24.056 - 24.056

No ano anterior não se procedeu a reclassificações entre o Level I e o Level II.

Os instrumentos financeiros atribuídos ao Level III apresentaram a seguinte evolução no ano anterior:

em milhões de € Activos comerciais

Aplicações financeiras

Available for Sale TotalFair Value em 1.1.2009 180 352 532Alterações no círculo de consolidação - - -Lucros/prejuízos determinados pelo lucro e pelo prejuízo no período -45 -236 -281Lucros/prejuízos incluídos no capital próprio - 157 157Compras - - -Vendas 0 -145 -145Emissões - - -Resgates -28 -30 -58Transferências - - -Fair Value em 31.12.2009 107 98 205

2010em milhões de € Level I Level II Level III TotalValores de mercado positivos deinstrumentos de garantia derivativos - 5.105 - 5.105Activos comerciais - 9.867 245 10.112 destes: valores de mercado positivos de derivativos - 9.867 - 9.867Aplicações financeiras Available for Sale 5.048 - 6 5.054Total 5.048 14.972 251 20.271

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2010em milhões de € Level I Level II Level III TotalValores de mercado negativos deinstrumentos de garantia derivativos - 12.171 - 12.171Passivos comerciais - 11.321 - 11.321 destes: operações relacionadas com juro - 10.532 - 10.532Total - 23.492 - 23.492

No exercício em curso não se procedeu a reclassificações entre o Level I e o Level II.

Os instrumentos financeiros atribuídos ao Level III apresentaram a seguinte evolução durante o exercício:

em milhões de € Activos comerciais

Aplicações financeiras

Available for Sale TotalFair Value em 1.1.2010 107 98 205Alterações no círculo de consolidação - - -Lucros/prejuízos determinados pelo lucro e pelo prejuízo no período 1 -1 0Lucros/prejuízos incluídos no capital próprio - - -Compras 138 - 138Vendas - - -Emissões - - -Resgates -1 -1 -2Transferências - -90 -90Fair Value em 31.12.2010 245 6 251

As transferências reflectem essencialmente a saída decorrente do exercício de uma obrigação convertível.

Análise de sensibilidadeCaso o valor dos instrumentos financeiros se baseie em parâmetros de entrada não observáveis, o valor exacto destes parâmetros à data do Balanço pode derivar de uma gama de possíveis alternativas adequadas. No âmbito da preparação do fecho de contas do Grupo, são seleccionados valores adequados para estes parâmetros de entrada não observáveis, que correspondem às condições verificadas no mercado e ao princípio de controlo de avaliação do Grupo.

As indicações acima pretendem representar as possíveis repercussões resultantes da incerteza relativa no Fair Value de instrumentos financeiros, cuja avaliação se baseia em parâmetros de entrada não observáveis, situando-se estes parâmetros nos extremos da gama de possíveis alternativas adequadas. Na prática, é improvável que todos os parâmetros não observáveis se situem simultaneamente nas extremidades da gama de possíveis alternativas adequadas, pelo que os valores estimados devem ser superiores ao verdadeiro nível de incerteza nos Fair Values

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destes instrumentos. As indicações supracitadas não se destinam à estimativa ou ao vaticínio das alterações futuras do Fair Value.

(83) VALORES PATRIMONIAIS TRANSFERIDOS COMO GARANTIAPara as obrigações que se seguem, foram transferidos como garantia valores patrimoniais no montante indicado:

em milhões de € 2010 2009Obrigações com instituições de crédito 35.090 36.958Obrigações garantidas por títulos - -Total 35.090 36.958

Os valores patrimoniais que se seguem foram transferidos como garantia para as obrigações referidas:

em milhões de € 2010 2009Créditos sobre instituições de crédito 27 -Créditos sobre clientes - -Aplicações financeiras 36.762 40.510Total 36.789 40.510

Foram feitas garantias para entradas de dinheiro no âmbito de operações de recompra (Repos) efectivas. As transacções foram efectuadas nas condições comerciais de mercado habituais para operações de empréstimo de títulos e operações de recompra de títulos.

(84) RISCO DE INCUMPRIMENTO MÁXIMOA exposição máxima de risco de crédito conforme o IFRS 7 – excluindo garantias ou outras correcções de crédito – corresponde aos valores contabilísticos dos respectivos valores patrimoniais estabelecidos no Balanço em cada classe, ou aos valores nominais no caso de compromissos de crédito irrevogáveis e de obrigações eventuais. A tabela que se segue mostra os valores contabilísticos e os valores nominais dos instrumentos financeiros com um potencial risco de incumprimento.

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em milhões de € 2010 2009Instrumentos de dívida e outros títulos de juro fixo em

aplicações financeirasCréditos sobre instituições de crédito 23.980 26.872Créditos sobre clientes 116.299 129.695Valores de mercado positivos de instrumentos financeiros derivativos em

activos comerciaisinstrumentos de garantia conforme IAS 39

9.8675.105

11.1685.430

Outros activos comerciais 245 107Compromissos de crédito irrevogáveis 5.802 7.188Obrigações eventuais 899 971

Os valores de exposição máxima de risco de crédito apresentados na tabela acima não são objecto da gestão de risco interna, na medida em que a gestão dos riscos de crédito também considera garantias, probabilidades de incumprimento e outros factores económicos. Neste sentido, estes valores não são representativos da avaliação real do risco por parte do Banco.

(85) CLASSIFICAÇÃO DE PRAZOS DE VENCIMENTO RESIDUAISPor prazo de vencimento residual entende-se o período de tempo entre a data fixada para o Balanço e a data do vencimento contratual do crédito ou obrigação. Em créditos ou obrigações que vencem em importâncias parciais, é aplicado o prazo residual para cada uma das importâncias parciais.

2009Prazos de vencimentos residuais

em milhões de €vencimento

diário até

3 mesesde 3 meses

a 1 anode 1

a 5 anossuperiora 5 anos

Créditos sobre instituições de crédito 9.229 3.040 2.782 6.852 5.007Créditos sobre clientes 5.148 14.970 13.866 57.299 41.261Instrumentos de dívida e outros títulos dejuro fixo (aplicações financeiras)bem como SSD de activos comerciais - 3.817 4.903 22.392 49.723Total 2009 14.377 21.827 21.551 86.543 95.991Obrigações com instituições de crédito 159 47.092 17.363 17.500 3.567Obrigações com clientes 520 2.030 1.547 8.166 22.367Obrigações garantidas por títulos - 8.391 23.590 50.453 20.354Capital sem precedência - 65 36 2.049 1.229Capital híbrido - - - - 900Total 2009 679 57.578 42.536 78.168 48.417

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2010Prazos de vencimentos residuais

em milhões de €vencimento

diário até

3 mesesde 3 meses

a 1 anode 1

a 5 anossuperiora 5 anos

Créditos sobre instituições de crédito 12.161 1.036 638 7.068 3.108Créditos sobre clientes 4.848 11.393 14.051 53.863 35.338Instrumentos de dívida e outros títulos dejuro fixo (aplicações financeiras)bem como SSD de activos comerciais - 2.013 3.406 21.778 44.370Total 2010 17.009 14.442 18.095 82.709 82.816Obrigações com instituições de crédito 275 43.022 11.345 26.218 4.046Obrigações com clientes 431 1.112 1.928 6.448 22.369Obrigações garantidas por títulos - 9.787 13.068 41.722 15.455Capital sem precedência - 95 57 2.141 1.040Capital híbrido - - - - 900Total 2010 706 54.016 26.398 76.529 43.810

OUTROS ESCLARECIMENTOS

(86) OPERAÇÕES EFECTIVAS DE RECOMPRA E TRANSACÇÕES DE EMPRÉSTIMO DE TÍTULOS (OPERAÇÕES REPO E REPO-REVERSE) E CASH COLLATERALS

No âmbito das operações efectivas de recompra e transacções de empréstimo de títulos, o Grupo Eurohypo compra ou vende títulos com uma obrigação de retoma ou obrigação de reentrega. Os contra-valores recebidos decorrentes de operações efectivas de recompra e transacções de empréstimo de títulos, em que o Grupo Eurohypo é vendedor Repo (obrigação de retoma dos títulos), são incluídos no Balanço como obrigações com instituições de crédito ou clientes.

No âmbito das operações de empréstimo de títulos, é possível evitar o risco de solvência dos contraentes através da concessão de garantias, entre outras sob a forma de liquidez. A concessão de garantias para um empréstimo é designada por »Cash Collateral Out« (prestação de garantia paga) e a recepção de garantias designada por »Cash Collateral In« (prestação de garantia recebida).

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As operações efectivas de recompra e transacções de empréstimo de títulos celebradas até à data do Balanço, bem como os Cash Collaterals, apresentam-se conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Operações efectivas de recompra e transacções de empréstimo de títulos como Vendedor Repo(Repo Agreements)

Obrigações com instituições de crédito 35.090 36.958Prestação de garantia recebida

Obrigações com instituições de crédito 131 59Total 35.221 37.017Operações efectivas de recompra e transacções de empréstimo de títulos como Comprador Repo(Reverse Repo Agreements)

Créditos sobre instituições de crédito 26 -Prestação de garantia recebida

Obrigações com instituições de crédito 9.765 8.435Total 9.791 8.435

(87) OPERAÇÕES DE EMPRÉSTIMO DE TÍTULOSAs operações de empréstimo de títulos são efectuadas com instituições de crédito e com clientes, para satisfazer a necessidade de cumprimento das obrigações de entrega ou para poder proceder a operações de recompra de títulos no mercado monetário. O Eurohypo efectua operações de empréstimo de títulos para aumentar o seu montante de cobertura. Os títulos dados de empréstimo são demonstrados no Balanço, na verba Portfolio mantido para fins comerciais ou em Aplicações Financeiras, enquanto os títulos tomados de empréstimo não são incluídos no Balanço. As despesas e receitas resultantes de operações de empréstimo de títulos referentes ao exercício transacto foram consideradas em Resultado de Juro, na Demonstração de Resultados.

em milhões de € 2010 2009Títulos dados de empréstimo - -Títulos tomados de empréstimo 592 829Total 592 829

(88) VALORES PATRIMONIAIS SEM PRECEDÊNCIANo caso de falência ou liquidação do emitente, os valores patrimoniais sem precedência sucedem os créditos de todos os outros credores.

em milhões de € 2010 2009Créditos sobre instituições de crédito 52 53Créditos sobre clientes 17 17Total 69 70

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(89) OBRIGAÇÕES NÃO INCLUÍDAS NO BALANÇO

em milhões de € 2010 2009Obrigações decorrentes de avales e garantias 899 971

entre elas: avales de crédito 411 351entre elas: outros avales 488 620entre elas: créditos documentários - -

Outras obrigaçõesLinhas de crédito irrevogáveis 5.800 7.188

entre elas: créditos contabilizados 1.774 1.632entre elas: empréstimos hipotecários/créditos municipais 3.950 5.101Outras obrigações 76 455

Total 6.699 8.159

Por razões de praticabilidade, prescinde-se das indicações conforme o IAS 37.86 e IAS 37.89.Apresentação do prazo de vencimento residual de obrigações eventuais e promessas de crédito irrevogáveis:

em milhões de € 2010 2009com vencimento diário 939 1.032até 3 meses 341 425de 3 meses a 1 ano 1.541 2.074de 1 ano a 5 anos 2.977 3.654superior a 5 anos 903 974Total 6.701 8.159

(90) OPERAÇÕES FIDUCIÁRIASAs operações fiduciárias apresentam-se conforme se segue:

em milhões de € 2010 2009Bens fiduciários créditos sobre clientes 55 67Obrigações fiduciárias para com instituições de crédito 10 11 clientes 45 56Total 55 67

(91) EMPREGADOS (MÉDIA)

2010 2009Média anual mulheres homens total mulheres homens totalEmpregados a tempo inteiro 445 708 1.153 496 780 1.276Empregados em part-time 142 14 156 146 17 163Estagiários - - - - 1 1Em formação 6 8 14 10 11 21Total 593 730 1.323 652 809 1.461

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(92) INDICAÇÕES SOBRE OPERAÇÕES IMPORTANTES COM EMPRESAS E PESSOAS PRÓXIMASPor pessoas e empresas próximas no sentido do IAS 24 entende-se pessoas e empresas naturais, sobre as quais o Eurohypo AG possa exercer influência, que possam exercer elas próprias influência sobre o Eurohypo AG, ou que estejam sob a influência de uma outra parte próxima do Eurohypo AG.

No âmbito da actividade comercial normal, o Eurohypo AG e as suas sociedades consolidadas têm relações comerciais com pessoas e empresas próximas. Pessoas em lugares-chave são exclusivamente membros do Conselho de Administração e membros do Comité de Supervisão do Commerzbank AG e do Eurohypo AG, seus dependentes e empresas dominadas por pessoas pertencentes a este círculo.

Às empresas próximas pertencem as empresas-mãe, as empresas filiadas e as subsidiárias, bem como sociedades dominadas mas não consolidadas por razões de materialidade, empresas associadas e entidades externas prestadoras de assistência à empresa para a pensão de reforma para os colaboradores do Eurohypo AG. Estas operações foram efectuadas de acordo com os hábitos de mercado e nas condições habituais.

A tabela que se segue mostra os créditos e obrigações face a empresas e pessoas determinantes próximas, sendo irrelevante neste contexto o facto de a empresa ser incluída no fecho do exercício do Grupo Eurohypo como empresa subsidiária ou como empresa associada. Ajustámos os valores do ano anterior no âmbito das obrigações.

em milhões de € 01.01.2010 Entradas Saídas

Alterações no círculo de

consolidação 31.12.2010Créditos sobre instituições de crédito 9.695 8.938 10.681 - 7.952

Empresa-mãe 9.695 8.938 10.681 - 7.952Créditos sobre clientes 1.016 735 230 379 1.900

Empresa-mãe 665 693 191 - 1.167Empresas associadas e empresas com asquais existe uma relação de participação 303 40 35 379 687Outras pessoas/empresas próximas 44 0 0 - 44Pessoas em posições-chave 4 2 4 - 2

Valores de mercado positivos deinstrumentos de garantia derivativos 3.008 177 407 - 2.778

Empresa-mãe 3.008 177 407 - 2.778Activos comerciais 6.380 754 1.808 - 5.326

Empresa-mãe 6.380 754 1.808 - 5.326Total de créditos 20.099 10.604 13.126 379 17.956

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em milhões de € 01.01.2010 Entradas Saídas

Alterações no círculo de

consolidação 31.12.2010Obrigações com instituições de crédito 68.868 15.854 8.373 - 76.349

Empresa-mãe 68.868 15.854 8.373 - 76.349Obrigações com clientes 1.205 0 23 - 1.182

Outras pessoas/empresas próximas 1.205 0 23 - 1.182Obrigações garantidas por títulos 5.751 301 1.543 - 4.509

Empresa-mãe 5.751 301 1.543 - 4.509Valores de mercado negativos deinstrumentos de garantia derivativos 5.205 536 450 - 5.291

Empresa-mãe 5.205 536 450 - 5.291Passivos comerciais 7.891 352 1.883 - 6.360

Empresa-mãe 7.891 352 1.883 - 6.360Outros passivos 151 - 151 - -

Empresa-mãe 151 - 151 - -Capital sem precedência 626 - 19 - 607

Empresa-mãe 626 - 19 - 607Total de obrigações 89.697 17.043 12.442 - 94.298

Verbas não incluídas no BalançoObrigações decorrentes de avales e garantias 209 47 - - 256

Empresa-mãe 209 47 - - 256

Receitasem milhões de € 2010 2009Empresas associadas e empresas com as quais existe uma relação de participação- Juro 1 2Outras pessoas/empresas próximas- Juro 38 15

Despesasem milhões de € 2010 2009Empresas associadas e empresas com as quais existe uma relação de participação- Juro - -Outras pessoas/empresas próximas- Juro 50 60

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a) Remunerações de pessoas em posições-chaveCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

As remunerações do Conselho de Administração ascendem aos 2.477 milhares de € (ano anterior 1.986 milhares de €). Nas remunerações não estão incluídos em 2010 pagamentos decorrentes do plano de remuneração de colaboradores (LFI/LTP) ao Conselho de Administração (no ano anterior 165 milhares de €). No total de remunerações, estão englobados 996 milhares de € (ano anterior 387 milhares de €) de remunerações variáveis e 360 milhares de € (ano anterior 360 milhares de €) de compromissos de remuneração a longo prazo. Estão também abrangidas outras remunerações no montante de 85 milhares de € (ano anterior 73 milhares de €), entre outras as remunerações em espécie concedidas no âmbito normal (essencialmente utilização de carros de serviço, seguros e impostos e contribuições sociais que recaiam sobre os pagamentos em espécie). O Commerzbank AG assume as remunerações para um dos membros do Conselho de Administração, não estando, pois, incluídas nos valores acima, por se verificar uma função em duplicado.

De acordo com as categorias IAS 24, entendem-se como pagamento de remunerações a curto prazo o ordenado base, a remuneração variável, a remuneração pela aceitação de funções de chefia em empresas incluídas no resultado consolidado do Grupo Eurohypo, bem como as restantes remunerações de cada um dos membros do Conselho de Administração.

São as seguintes as despesas com pessoal, conforme as categorias IAS 24:Pagamento de remunerações a curto prazo 2.072 milhares de € (no ano anterior 1.804 milhares de €), outros pagamentos de remunerações a longo prazo 386 milhares de € (– milhares de € no ano anterior), despesas com pagamento de remunerações após o termo da relação laboral (despesas com tempo de serviço, bem como contribuições para planos orientados em função das contribuições) 128 milhares de € (ano anterior 110 milhares de €). Não se verificaram pagamentos na sequência do termo da relação laboral e despesas de retribuições baseadas em acções conforme o IAS 24. No ano anterior, foram pagos 165 milhares de € de retribuições baseadas em acções.

Aos membros do Conselho de Administração foi concedido um total de 34 milhares de € pelos seus mandatos em empresas incluídas no resultado consolidado do Grupo.

Para membros e anteriores membros do Conselho de Administração ou seus descendentes, o Banco prevê uma pensão de reforma, cujos valores patrimoniais destinados à sua garantia foram transferidos para o Commerzbank Pensions-Trust e.V. por via de um Contractual Trust Arrangement.

A 31 de Dezembro de 2010, as obrigações de reforma (defined benefit obligations) para membros do Conselho de Administração no activo ascendem a 507 milhares de € (ano anterior

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398 milhares de €), e para anteriores membros do Conselho de Administração ou seus descendentes a 58.623 milhares de € (ano anterior 56.553 milhares de €).

Em 31 de Dezembro de 2010, após dedução dos valores patrimoniais transferidos (Plan Assets) e considerando os lucros e prejuízos actuariais, o transporte dos activos (defined benefit assets) para obrigações de reforma importou em 65 milhares de € (ano anterior 44 milhares de €) para os membros do Conselho de Administração no activo, e em 7.529 milhares de € (ano anterior 6.171 milhares de €) para anteriores membros do Conselho de Administração ou seus descendentes.

Os membros do Conselho de Administração no activo participaram nos planos de Long Term Performance (LTP) referidos na Nota 25, os quais representam uma forma de remuneração baseada em acções. No ano de 2010 não foram efectuados pagamentos do LTP.

COMITÉ DE SUPERVISÃOAo Conselho de Supervisão foram pagas as seguintes retribuições:

em milhares de € 2010 2009Remuneração fixa 75 88Imposto sobre transacções 14 16Total 89 104

b) Créditos a pessoas em posições-chaveÀ data do Balanço, a soma total dos créditos para pessoas em posições-chave tinha a seguinte apresentação:

em milhares de € 01.01.2010 Entradas Saídas

Alterações no círculo de

consolidação 31.12.2010Conselho de Administração 1.918 - 43 - 1.875Comité de Supervisão 76 - 3 - 73Soma 1.994 - 46 - 1.948

Foram concedidos créditos a membros do Conselho de Administração num total de 1.875 milhares de €, com prazos de vencimento até à revogação e com último vencimento no ano de 2049, bem como com taxas de juro entre os 3,52% e os 4,36%. A emissão é feita nas condições usuais de mercado, se necessário com dívidas hipotecárias.

Os créditos a membros do Comité de Supervisão, num total de 73 milhares de €, foram concedidos com o último prazo de vencimento no ano de 2033 e com taxas de juro entre os 4,68% e os 5,14%. A emissão é feita nas condições usuais de mercado, se necessário com dívidas hipotecárias.

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No exercício em apreciação, os membros do Conselho de Administração e do Comité de Supervisão não possuíam qualquer relação de garantia ou de responsabilidade com as sociedades do Grupo Eurohypo.

(93) PLANOS DE RETRIBUIÇÃO BASEADOS EM ACÇÕESEm seguida, são apresentados os parâmetros de avaliação dos planos de remuneração baseados em acções »Long Term Performance Plan (LTP)« do Commerzbank AG.

Planos Long Term Performance do Commerzbank AGEm 31 de Dezembro de 2010, a reserva para os LTP importava em 0,1 milhões de € (ano anterior 0,1 milhões de €). Em conformidade com o IFRS 2, todos os LTP devem ser inseridos no Balanço como planos de remuneração com equivalência em dinheiro.

O Fair Value estimado em 31 de Dezembro de 2010 e a alteração da quantidade dos direitos decorrentes dos LTP no exercício em apreciação podem ser consultados nas tabelas seguintes:

Fair Value por direito de opção em € aTipo Data da atribuição 2010 20092006 01 de Abril de 2006 0,00 0,002007 01 de Abril de 2007 0,00 1,762008 01 de Maio de 2008 4,84 4,60

2010 2009Quantidade dos direitos concedidos em unidades em unidadesPortfolio no início do ano 44.750 49.550Concedidos no decurso do ano - -Exercidos no decurso do ano - -Expirados/caducados no decurso do ano 2.850 4.800Portfolio no final do ano 41.900 44.750

O prazo de vencimento residual esperado dos direitos em vigor até ao final do ano varia entre os 3 e os 28 meses.

Os Fair Values para os direitos decorrentes dos LTP foram calculados com base num modelo Monte Carlo.

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Foram utilizados os seguintes dados:

em milhares de € 2010 2009Volatilidade da cotação das acções do Commerzbank 80% - 82% 82% - 86%Volatilidade do índice DJ Euro Stoxx® para bancos 46% - 47% 46% - 48%Correlação da cotação das acções do Commerzbank com o índice 80% 82%Rendimento de dividendos das acções do Commerzbank 1,3% 1,3%Rendimento de dividendos do índice DJ Euro Stoxx® para bancos 2,8% 2,0%Taxa de juro isenta de risco 0,9% 1,5% - 1,7%Flutuação de colaboradores 4,5% 4,5%

A volatilidade baseia-se na volatilidade histórica da cotação das acções do Commerzbank e doíndice Dow Jones (DJ) Euro Stoxx® dos bancos. A correlação refere-se ao tempo decorrido até à data fixada para a avaliação, tendo-se considerado o prazo de vencimento esperado dos planos.

(94) GARANTIA (SECURITISATION) DE CRÉDITOSAs garantias são um elemento da nossa gestão de capital próprio e de risco. O objectivo é reduzir os activos do Banco com valor ajustado ao risco e restringir a base de capital próprio, bem como criar a possibilidade de novas operações com uma margem mais forte e, consequentemente, obter rendimentos mais elevados sobre o capital próprio aplicado. No caso da garantia de valores patrimoniais financeiros, vendemos ao mercado de capitais riscos de crédito sob a forma de carteiras. Os riscos transferidos são transformados em títulos de dívida pelas sociedades compradoras, e vendidos a terceiros.

(95) OUTRAS OBRIGAÇÕESO Eurohypo AG é locatário de Leasing no âmbito de relações de Operating-Leasing. Em 31 de Dezembro de 2010, existem diversos contratos de Operating-Leasing não denunciáveis para imóveis e outras imobilizações corpóreas (veículos automóveis, copiadoras), utilizados no exercício da actividade comercial do Banco. Os contratos de Leasing mais significativos englobam opções de prolongação e cláusulas de saída, que correspondem às condições de mercado para imóveis comerciais e que obrigam à actualização dos pagamentos de leasing conforme o índice de preços. No exercício de 2011, as obrigações mínimas decorrentes de contratos de leasing não denunciáveis para imóveis e outras imobilizações corpóreas são responsáveis por despesas no montante de 19 milhões de €, nos exercícios de 2012 a 2015 por despesas no montante de 44 milhões de €, e para o período de 2016 e posterior por despesas que importam em 18 milhões de €.

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(96) DATA DA APROVAÇÃO PARA PUBLICAÇÃOO presente fecho do exercício do Grupo foi aprovado pelo Conselho de Administração em 3 de Março de 2011, para entrega ao Comité de Supervisão. O Comité de Supervisão tem a função de verificar o fecho do exercício do Grupo e de declarar se o aprova. Os números do exercício de 2010 foram aprovados para publicação pelo Conselho de Administração, em 24 de Fevereiro de 2011.

(97) COMPROMISSO DA EMPRESA-MÃE PELAS SUAS FILIAISRelativamente às empresas a seguir mencionadas, garantimos que, à excepção de riscos políticos, as mesmas cumprirão as suas obrigações contratuais:

• Grundbesitzgesellschaft Berlin Rungestraβe 22-24 mbH, Essen;• Rosaria Grundstücksvermietung GmbH & Co. Objekt Cap Kiel, Düsseldorf.

(98) PARTICIPAÇÕES EM FILIAIS E OUTRAS EMPRESASA lista que se segue contém os detalhes das participações financeiras em conformidade com o disposto no § 313, alínea 2, do Código Comercial Alemão [HGB] à data do fecho de contas do Grupo, bem como conforme o disposto n o § 285, alíneas 11 e 11a, do HGB. As explicações sobre as notas de pé de página encontram-se no final desta nota.

FILIADAS TOTALMENTE CONSOLIDADAS

Quota de capital Quota de votos Capital próprio Resultado(%) (%) milhares de € milhares de €

AGV Allgemeine Grundstücksverwaltungs-und Verwaltungsgesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 40 01)2)5)

GVG Gesellschaft zur Verwertung von Grundbesitz mbH, Eschborn 100,0 100,0 26 01)2)5)

IVV Immobilien-Verwaltungs- und Verwertungsgesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 26 01)2)5)

BACUL Beteiligungsgesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 16 -75)

EH Estate Management GmbH, Eschborn 100,0 100,0 11.026 01)5)

Forum Immobiliengesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 809 01)2)5)

Futura Hochhausprojektgesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 2.421 01)2)5)

Unica Immobiliengesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 43 01)2)5)

EHY Real Estate Fund I LLC, Wilmington, Delaware, EUA 100,0 100,0 -2.628 -2645)

EHY Sub Asset LLC, Wilmington, Delaware, EUA 100,0 100,0 -5.913 635)

EHNY IV LLC, Dover, Delaware, EUA 100,0 100,0 -619 7.2675)

EHNY Ashland LLC, Dover, Delaware, EUA 100,0 100,0 -619 7.2675)

EHNY MoLu IV LLC, Dover, Delaware, EUA 100,0 100,0 10.768 -1215)

Eurohypo Capital Funding LLC I, Wilmington, Delaware, EUA 100,0 100,0 1 05)

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Eurohypo Capital Funding LLC II, Wilmington, Delaware, EUA 100,0 100,0 3 05)

Eurohypo Capital Funding Trust I, Wilmington, Delaware, EUA 100,0 100,0 1 05)

Eurohypo Capital Funding Trust II, Wilmington, Delaware, EUA 100,0 100,0 1 05)

EUROHYPO Europäische Hypothekenbank S.A., Luxemburgo 100,0 100,0 115.749 -22.794*)5)

Eurohypo (Japan) Corporation, Tóquio, Japão 100,0 100,0 26.473 -3.6695)

Frankfurter Gesellschaft für Vermögensanlagen mbH, Eschborn 100,0 100,0 5.952 01)5)

FHB Immobilienprojekte GmbH, Eschborn 100,0 100,0 26 01)2)5)

FI Pro-City GmbH, Eschborn 100,0 100,0 26 01)2)5)

GBG Verwaltungs- und Verwertungsgesellschaftfür Grundbesitz mbH, Eschborn 100,0 100,0 312 01)2)5)

Messestadt Riem »Office am See I« GmbH, Eschborn 94,0 94,0 -134 01)2)5)

Messestadt Riem »Office am See II« GmbH, Eschborn 94,0 94,0 459 01)2)5)

Messestadt Riem »Office am See III« GmbH, Eschborn 94,0 94,0 19 01)2)5)

Nordboden Immobilien- und Handelsgesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 315 01)2)5)

SB Bauträger Gesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 55 01)2)5)

SB Bauträger GmbH & Co. Urbis Hochhaus KG, Frankfurt a. M. 100,0 100,0 232 02)5)

SB Bauträger GmbH & Co. Urbis Verwaltungs KG, Frankfurt a. M. 100,0 100,0 43 02)5)

WESTBODEN-Bau- und Verwaltungsgesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 55 01)2)5)

Westend Grundstücksgesellschaft mbH, Eschborn 100,0 100,0 260 01)2)5)

*) Grande sociedade de capitais em conformidade com o disposto no § 340, alínea n.º 4, n.º 2, do HGB [Código Comercial da R.F.A.] 1) Contrato pelo qual uma sociedade se compromete a transferir o conjunto dos seus ganhos para a outra sociedade 2) Incluindo quotas mantidas indirectamente de acordo com o disposto no § 16, alínea 4, AktG [lei alemã referente às sociedades anónimas]3) Valores de fecho de contas 20084) Valores de fecho de contas 20095) Valores de fecho de contas 2010

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

Procedemos à fiscalização do Fecho do Exercício do Grupo – composto por Balanço, Demonstração de Resultados, Conta de Transferência de Capital Próprio, Conta de Fusão de Capital, e Anexo –, incluindo a contabilidade e o Relatório de Gestão do Grupo, elaborado pelo Eurohypo Aktiengesellschaft, Eschborn, para o exercício de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2010. A organização do Fecho do Exercício do Grupo e do Relatório de Gestão do Grupo em conformidade com o IFRS, tal como aplicados na UE, e a regulamentação adicional de direito comercial, conforme o disposto no § 315 a, alínea 1, do Código Comercial Alemão [HGB], são da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade. A nossa tarefa é proceder a uma apreciação sobre o Fecho do Exercício do Grupo e o Relatório de Gestão do Grupo, com base na fiscalização por nós efectuada.

Procedemos à fiscalização do Fecho do Exercício do Grupo em conformidade com o disposto no § 317 do Código Comercial Alemão [HGB], tendo em conta as bases alemãs fixadas pelo Institut der Wirtschaftsprüfer (IDW) [Instituto dos Revisores Oficiais de Contas] para uma fiscalização de contas regular. Neste contexto, deve a fiscalização ser planeada e efectuada, de forma a serem detectadas com segurança as incorrecções e infracções com repercussão considerável na apresentação da imagem da situação patrimonial, da situação financeira e do Relatório de Gestão. Na determinação das acções de fiscalização, são considerados os conhecimentos sobre a actividade comercial e sobre o ambiente económico e jurídico do Grupo, bem como as expectativas sobre possíveis erros. No âmbito da fiscalização, é feita a apreciação da validade do sistema de controlo interno referente à prestação de contas, bem como dos comprovativos para os dados no Fecho do Exercício do Grupo e no Relatório de Gestão do Grupo, essencialmente com provas tiradas aleatoriamente. A fiscalização engloba a apreciação dos Fechos do Exercício das empresas incluídas no Fecho do Exercício do Grupo, da limitação do círculo de consolidação, das bases do Balanço e de consolidação utilizadas e das apreciações importantes do Conselho de Administração, bem como a valoração da apresentação global do Fecho do Exercício do Grupo e do Relatório de Gestão do Grupo. Somos da opinião que a nossa fiscalização cria uma base suficientemente segura para a nossa apreciação.

A nossa fiscalização não levou a qualquer tipo de reserva.

Segundo a nossa apreciação com base nas informações obtidas através da fiscalização, o Fecho do Exercício do Grupo está conforme os regulamentos do IFRS, tal como devem ser aplicados na UE, e a regulamentação adicional de direito comercial de acordo com o disposto no § 315 a,

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alínea 1, do Código Comercial Alemão [HGB] e, observando estas regulamentações, transmite uma imagem – nas proporções legais – da situação patrimonial, financeira e de receitas do Grupo. O Relatório de Gestão do Grupo está em consonância com o Fecho do Exercício do Grupo, transmite na globalidade uma imagem verdadeira da situação do Grupo e apresenta de forma verdadeira as probabilidades e riscos da evolução futura.

Frankfurt am Main, 3 de Março de 2011

PricewaterhouseCoopersAktiengesellschaftSociedade de revisão de contas

[Assinatura: ilegível] [Assinatura: ilegível]

Lothar Schreiber por procuração Clemens KochRevisor oficial de contas Revisor oficial de contas

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Pelo Eurohypo – Sucursal em Portugal

Carlos Leiria Pinto Director Geral da Sucursal