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;'.'- i . I v t, %\M3$ ¦•¦¦ im E l.\. . i -J Anno IV m4?—' ASSIGNATUEAS (Recife) Trimestre. 4$000 Anno,;.......'.. IGíjjiOOO (Interior n Províncias) Trimestre 4$500 . Anno 1S!§000 As assignaturas come- cam em qualquer tempo e terminam no ultimo de Mar- ço, Junho, Setembro e De- zembro. Publica-se to- cios OS 'díjãS,. PAGAMENTOS ADIANTADOS. Recife.—Sabbado 9 de Janeiro de Í875 -?——— ST. 4S3 ...Tr I ¦ í i ¦¦!' •¦ :.;.:•",• í ,i . : . ' ' ' ¦' 0RGÂ0 DO PARTIDO LIBERAL 'V. 'i;' ; Vejo portoda parte um symptoma, que meassusta pela liberdadedas nações e daIgreja:acentraIisaçâo. üm dia os povos, despertarão clamando:—Onde nossas liberdades? p. feliz—Dtsc. no Gongr. de ¦ üíalines, 1864. i OU:;; COEBESPONDEMlíy. ABedação ac'ceita e agra- dece a collaboracão. » A correspondência politi- ca será dirigida á rua Duque de Caxias n. 50 1- andar; :•' Toda a demais correspon- dencia.annuncios e reclama- ções serão dirigidos1 para ó es- oriptorio -da typographia á rua do 1MPMBADOH N. 77. PAGAMENTOS ADIANTADOS. Edicção de hoje 1600, gamos aos nossos as- signan.tes,. que se acham em atraso; o favor de man- datem satisfazer suas a% signaturas'. O __)_>, José' i Antônio de Figueiredo mo paiMico VIII •¦ Antes de continuar nas considerações cerca das causas da sedicção—quebra-kilos julgamos-nos devedores de uma resposta ao illustre articulista da columna do Diário de Pernambuco, órgão, do partido conservador. No. seu ultimo escripto, as suas palavras benevolas, embora adubadas de injustas .apreciações, relativas ao partido liberal, exi- gem que tenhamos para com o articulista, essa attenciosa defferencia.. Ij"; Entretanto, força é dizel-o, o órgão áopar- tido conservador é, em demazia, impertinente nas suas exigências e precipitado em querer responsabilisar o partido liberal, a que per- tencemos.por idéas e convicções individuaes, quando as&ignando os" nossos artigos, somos o responsável por tudo quanto escrevemos sobre as causas da sedicção—quebra-kilos. Em face pois da nossa tão.explicita decla- ração em artigo anterior, como respondere- mos a estas palavras do illustre articulista ? « O Sr. Dr. Figueredo não adopta a poli- -fcica inaugurada pelo Sr. deputado Silveira Martins, não acompanha o Sr. Souza Franco e outros. « O que quer,o illustre articulista, a sua política religiosa é a mesma que foi susten- tada pelo Sr. conselheiro Zacarias que no Syllabus o pharol da humanidade. » Sim, Sr.; porém d'ahi o que pôde resultar, em relação ao partido a que pertencemos e do qual não somos chefe, como o declara- mos? Q.uando muito se poderá concluir das nos- sas idéas, em relação a questão rejigiosa, que no seio do partido liberal ha mais um sol- dado insubordinado. Pois bem, seremos um desses soldados; mas o illustre articulista nem é competente para punir-nos pelo crime de insubordina- ção, pois isso pertence aos chefes do nosso partido ; nem também a insubordinação de um ou outro soldado das fileiras liberaes desmoralisa um grande e disciplinado exer- cito. O partido, apezar disso, continuará vigo- so, disciplinado," obediente aos seus legítimos chefes, e vinculados todos os seus membros ao programma político. O que mais se pôde exigir ? E que partido tão intolerante seria esse, que expellissè do s-eu seio a um membro, que, achándo-se concorde em todos os pontos cto programma, tivesse a infelicidade de di- vergir em um ponto ? ! Entretanto—chama-nos o illustre articu- lista de diberal do Syllabus! Isso, por nossa vez, da-nos.o direito de perguntar ao articu- ' lista: e vós sois ou não conservador do Sylla- bus? Formulemos com mais clareza a pergunta, ou antes ádoptemos a formula, que encontra- mos.impressa no Jornal do Recife, e que ahi lemos no primeiro discurso da primeira conferência publica. « A igreja de Boma com o papa a sua o frente, não é a igreja de Christo, tal como « a creou o seu divino fundador, não é a «igreja catholica, tal eoino estabelleceu-a o « Èedemptor do gênero humano : Eis aqui uma formula mais clara da quês- tão : Ir LÍbÜraldo Syllabus—é o catholico que admitto uma igreja como papa a sua frente. . 2- Liberal sem Syllabus—é o' catholico que não admitte o papa a frente da igreja de Je- us Christo ! Assim formulada com mais clareza a quês- tão, que igreja admitte o arliculista ? E Li- beral do Syllabus, isto é, catholico com o papa a frenle da igreja ? E liberal sem. o, Syllabus, isto é, catholico, sem o papa a frente da sua igreja. Nos decididamente não abraçamos esse ca< tholicismo puro, e consequentemente somos liberal do Syllabus. E assim pensando,, conforme a nossa cons- ciência, entendemos também servir a nossa pátria que professa a religião catholica após- tolica romana.' , E quando o Shisma e a heresia, de braço dado se appresentam, de publico e nas azas da imprensa vão correr os campos de lavou- ra e os sertões, tãa agitados por essa fuí'< nesta questão religiosa, nprque nos acabar- daremos de externar os nossos pensamentos, e de contribuir com um pequeno obulo para a paz da nossa província natal ? Não. O nosso silencio seria mais que uma falta, seria um crime ; porque assim como, em uma guerra de invasão todo o cidadão deve ser soldado, assim também nessa luta desbragada contra os dogmas-da religião-ca- tholica cada catholico sincero deve ser um apóstolo. Ora, aquella formula que—prega de pu blico—um catholicismo puro, igreja sem papa do a sna frente, ó uma grande heresia sem-papa'e papa infalível não ha .porque _¦-,. ,.-,. religião caifiolica, ta1 como Jesus Christo ainstituio. . E para que tão grande erro não ainda mais perturbar os ânimos agitados dos sin- gelos e ignorantes habitantes do campo e dos sertões ; para que nenhum desalmadp espe- cide com semelhante doutrina, que, a vigõ-" rar, arremessaria o paiz a peior das guerras, a uma guerra religiosa, éjusto que, apar da licerdade do erro, corra também a libera dade da verdade. E a verdade, na matéria de que nos occu- pamos, è a que foi affirmada pelo grande Pio IX na sua Encyclica de 8 de Dezembro. Ahi affirma o Suinrno Pontífice da igre- ja de Jesus Christo o dogma catholica da pie- na authoridade, divinamente dada por nosso Senhor Jesus Christo ao Pontífice Bomano. de apascentar reger e governar a igreja uni- versai, como consta das seguintes palavras, « Adversertur catholico dogmati plena; potes- tatis romano pontifici ab- ipso Christo domino divinitins collata uuiversalcm pascàidi, regendi et gubernandi ecclesiam. » Ora, se isso não é a verdade para nós os catholicos, então a conseqüência a deduzir será: que cada homem, cada cabeça, cada author de uma conferência publica pôde eri- gir-se em pontífice máximo, fundador de um catholicismo puro! Podemos comprehender que um homem, no ardor do êhthusiasmÒ, se considere pon- tifice c se julgue com a missão de distribuir coroas, sagrar tribunos e martyres dapa- tria a quem lhe aprouver. Mas não é desses ephemeros pontífices, que nos occupamos: esses surgem e somem- so,corno bolhas de sabão, como os sonhos de uma imaginação em delírio. Tratamos sim. do verdadeiro pontífice, desse poder o mais elevado que ha no rnuu- do, desse poder único, infallivel, instituído por Jesus Christo e posto por elle mesmo a frente da igreja catholica ou universal. Ah ! para apparecer no mundo tão grande poder, foi mister que Jesus Christo o pre- cedesse, e se incumbisse da grande missão de fazer brilhar a sua realesa, de illuniinar, de purificar a consciência dos homens ; por que o pontífice romano è o continuador d'a- quclle que se proclamou a si mesmo : a luz, a vida e a via! Ego sum veritas vita et via— f João 16, 6. ) E na verdade o que aproveitaria haver o Homem Deus semeado a sua doutrina, ins- 1 tituido os seus sacramentos e se mostrado o immortal Pontifi/e ea grande victima do Golgotha ? De que valeria ter Jesus Christo exercido na plenitude do seu direito e da sua sobera- nia o ministério da palavra, o ministério da santificação dos ¦ homens, o ministério da dedicação pela salvação das almas ? Tudo teria sido destruído pelo obstáculo que lhe oppoz o cesarismo, organisadona synagogae^noimpério romano ! Tudo teria sido nullifiqa.do e ludibriado pelo capricho e pela cegueira daquellas duas forças combinadas. E uma legalidade iníqua teria desmoro- nado o magestoso edifício, erguido pelo Ho-, mem Deus, selando para sempre o martyrio do Calvário com a pedra de um túmulo 1 Não süccedeu assim.; era impossível! Jesus Christo resuscitou e confirmou os fun- damentos do seu magestoso edifício, da grande mouarchia christã das nações e dos séculos. Sim, pela sua resurreição Jesus Christo tornou immortal a sua obra,—a j sua igreja, —a sua realesa visível sobie todos os po. vos, essa realesa que, sendo divina em sua origem, e liberal no seu exercício, é univer- sal na sua duração e extensão. Não ! Jesus Christo vive, vive nessa igre- j.a catholica, vasta associação de intelligen- cias, a qual continua a applicar ao homem a familia e a ordem social os fructos da sua incarnação ; e a realisar, atravessando os séculos e o espaço, Jesus Christo como sen- a luz, a vida e a via. " A luz pela comnranhão da sua doutrina. ^, Capela communhão dos méis santifi- cadores—os sacramentos. A, via pela communhão dos seus chefes— Quiz vos audit, me audü quiz vos spernit me éperúit; isto é, quem vos ouvir ouve a mim ; quem vos despresa,me despresa. Vê-se pois que tão magestosa e divina or- ganisação,) cois-o - éy- a- da igreja, não podia atravessar tantos séculos e estender-se por todas as nações, senão formando um re- banho, sob -a direcção de um pastor ao qual todos estão subordinados. Portanto se a igreja, catholica é visível pela sua tríplice unidade : unidade de onsi- no, unidade de fontes santificadoras, uuida- de de império e direcção, de que depende essa unidade, que cada vez mais brilha uo mundo pela identidade e permanência ? O câtnolico na unidade e infallibilida- de do papa a razão daquella tríplice unidade que faz a igreja catholica distincta entre to- das. E e por isso que tudo muda e tem muda- do no mundo ao redor do império de Jesus Christo, e esse império dura, á 19 secu- los, porque o. seu fundamento é divino, por que Pedro, seu continuador tem as promes- sas de Jesus Christo, e a sua constante as- sistencia, Stal crux, volvüur orbis! Eis porque nós os catholicos não compre- hendemos a igreja catholica sem o papa a sua frente. Elle é o piloto infallivel. para guiar o barco de Pedro á margem da éter- nidade. E a barca não sossobrará, porque Jesus Christo está com ella. Et egovobiscum sum amnüus diebus usque ad consunimationem seculi. Desculpe-nos o publico pelo sermão, não encommendado,e prouvesse a Deus que elle aproveitasse ainda que fosse a um dos sediciosos—quebra kilos! Desculpe-nos o pu- blico, porque se ha tanta liberdade para in-' juriar e insultar a mais elevada autoridade do mundo,que muito e que nós que, não te- mos pejo de nos confessar catholico aposto- lico romano, tenhamos a liberdade de teste- munhar ao supremo chefe da igreja catholi- o preito da mais alta veneração. Continuaremos. Be cife 7 de Janeiro do 1875 v Dr. José Antônio de xigueiredo A PRQVilMGi r.i Eecife, 8 de Janeiro de 1875. A crise soeâal A historia nos diz que, quando uma certa somma de_erros dos que governam ha coílp- cado o paiz em uma situação anormal, em- peiorando a sorte do indivíduo, dos peque- nos centros sociaes e do conjuneto cVestes a que se chama nação, e desviando a todos das condições de prosperidade, 'que as for- ças sociaes relativas e as circumstancias peculiares lhes deveriam garantir, passam os povos por crises assustadoras, por verda- deiras febres, no termo das quaes estaria a morte moral da nação, si não 'fosse o pro- gressp a lei suprema da humanidade e o desígnio inquebrantavel da providencia. N'esses períodos tremendos o facto pro- cura constituir-se direito, creando uma le- galidade nova, que substitua a que se acha condemnada pela experiência; as explosões populares e a violência inspirada pelo resen- timento por longo tempo reprimido surgem como aríetes terríveis para destruir em uma hora o edifício do erro e da imprevidencia de muito tempo ;.eonstitue-se emfim a revo- lução com todo o seu medonho cortejo de catastrophes e de incertezas; si a sabedo- ria, a prudência, o amor da pátria, e sobre- tudo a moderação, não são.os caracteristi- cos do governo;, si, ao envéz d'isto> a igno- rancia das causas do mal-estar social, a te- nacidade em manter os erros em todas as suas conseqüências, a falta de abnegação e de patriotismo,.e sobretudo o desprezo á so- berania nacional e aos mais sagrados direi- tos e interesses do cidadão, oecupam fatal- mente os conselhos supremos do estado. Cumpre, poisy que'sejam cuidadosamente estudadas as causas' de excitação.publica, quando esta se dá; e que o poder publico trate antes- de|attender . ás justas reclama- ções_ dos interesses sociaes' feridos ou con- trariados, do que de fazer ostentação de uma autoridade, que, é forte, quando bus- ca sua força na acceitação da opinião publi- ca e no auxilio sincero de todos os cidadãos pacíficos, é respeitável, quando toma por base o respeito aos direitos e legítimos inte- resses dos associados, é invencível, quan- do tem por muralhas o amor dos governa- dos, a sua confiança, o seu apoio conven- cido. Os acontecimentos que se'vão desenvol- vendo no norte do império, quaes fogos fa- tnos a denunciarem uma profunda podridão, precisam de ser maduramente estudados pelo governo, afim de que, conhecidas as suas causas,.recebam estas o necessário pro- vimento, e não permaneçam como germens de uma psrenne fermentação revoluciona- ria, limitada a acção do poder publico a combater quotidianamente os effeitos que d'ellas derivam, e conseguintemente a ag- graval-as. E' incontestável que a ca^sa principal dos acontecimentos a que nos referimos, ou, pelo menos, aquella que veio trazer ás popula- ções do norte a consciência dos seus soffri- mentos,.a plena convicção do seu mal-estar, e fazer-lhes comprehender que muito ha a clamar e reagir contra a presente ordem de cousas,, foi o excessivo aagmento dos impôs- tos, determinado pela nacessidade, que o go- verno se ha creado, de rendas extraordiha- rias e sempre crescentes, para oceorrer aos. encargos, que provém fatalmente da sú^po- litica de corrupção no interior do paiz' e mesmo no exterior. Sim : a agricultura, a industria e o com- mercio brazileiro, todos os ramos em sum- ma da actividado social, estão gravados dos mais pesados impostos, mais onerosos sem duvida que os de qualquer outro paiz, atten- ta a difficuldade de transporte dos produc- tos, o elevado custo da producção, e mil ou- trás circumstancias peculiares a um paiz novo, extensissimo, e que ensaia os primei- ros passos no caminho do progresso mate- rial. E tudo isto porque ? Porque assim ha o governo contrariado a sua missão de fomentar o desenvolvimento material do paiz, tirando ao esforço dos que trabalham uma bôa parte de sua seiva ? Para que tantos impostos, que nem ao ^.U,~.

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Anno IVm4?—'

ASSIGNATUEAS(Recife)

Trimestre. 4$000Anno ,;.......'.. IGíjjiOOO

(Interior n Províncias)Trimestre 4$500

. Anno 1S!§000As assignaturas come-

cam em qualquer tempo eterminam no ultimo de Mar-ço, Junho, Setembro e De-zembro. Publica-se to-cios OS 'díjãS,.

PAGAMENTOS ADIANTADOS.

Recife.—Sabbado 9 de Janeiro de Í875-?——— ST. 4S3

...Tr

I ¦ í i ¦¦!' •¦ :.;.:•",• • í ,i . : . ' ' ' ¦'

0RGÂ0 DO PARTIDO LIBERAL'V. 'i;' ; • Vejo portoda parte um symptoma, que meassusta

pela liberdadedas nações e daIgreja:acentraIisaçâo.üm dia os povos, despertarão clamando:—Onde

nossas liberdades?p. feliz—Dtsc. no Gongr. de ¦

üíalines, 1864. iOU:;;

COEBESPONDEMlíy.

ABedação ac'ceita e agra-dece a collaboracão.»

A correspondência politi-ca será dirigida á rua Duquede Caxias n. 50 1- andar; :•'

Toda a demais correspon-dencia.annuncios e reclama-ções serão dirigidos1 para ó es-oriptorio -da typographia árua do 1MPMBADOHN. 77.

PAGAMENTOS ADIANTADOS.

Edicção de hoje 1600,gamos aos nossos as-

signan.tes,. que se achamem atraso; o favor de man-datem satisfazer suas a%signaturas'.

O __)_>, José'

iAntônio de Figueiredomo paiMico

VIII •¦

Antes de continuar nas consideraçõescerca das causas da sedicção—quebra-kilosjulgamos-nos devedores de uma resposta aoillustre articulista da columna do Diário dePernambuco, órgão, do partido conservador.

No. seu ultimo escripto, as suas palavrasbenevolas, embora adubadas de injustas.apreciações, relativas ao partido liberal, exi-gem que tenhamos para com o articulista,essa attenciosa defferencia. . Ij";

Entretanto, força é dizel-o, o órgão áopar-tido conservador é, em demazia, impertinentenas suas exigências e precipitado em quererresponsabilisar o partido liberal, a que per-tencemos.por idéas e convicções individuaes,quando as&ignando os" nossos artigos, somoso responsável por tudo quanto escrevemossobre as causas da sedicção—quebra-kilos.

Em face pois da nossa tão.explicita decla-ração em artigo anterior, como respondere-mos a estas palavras do illustre articulista ?

« O Sr. Dr. Figueredo não adopta a poli--fcica inaugurada pelo Sr. deputado SilveiraMartins, não acompanha o Sr. Souza Francoe outros.

« O que quer,o illustre articulista, a suapolítica religiosa é a mesma que foi susten-tada pelo Sr. conselheiro Zacarias que vê noSyllabus o pharol da humanidade. »

Sim, Sr.; porém d'ahi o que pôde resultar,em relação ao partido a que pertencemos edo qual não somos chefe, como já o declara-mos?

Q.uando muito se poderá concluir das nos-sas idéas, em relação a questão rejigiosa, queno seio do partido liberal ha mais um sol-dado insubordinado.

Pois bem, seremos um desses soldados;mas o illustre articulista nem é competentepara punir-nos pelo crime de insubordina-ção, pois isso pertence aos chefes do nossopartido ; nem também a insubordinação deum ou outro soldado das fileiras liberaesdesmoralisa um grande e disciplinado exer-cito.

O partido, apezar disso, continuará vigo-so, disciplinado," obediente aos seus legítimoschefes, e vinculados todos os seus membrosao programma político.

O que mais se pôde exigir ?E que partido tão intolerante seria esse,

que expellissè do s-eu seio a um membro,que, achándo-se concorde em todos os pontoscto programma, tivesse a infelicidade de di-vergir em um só ponto ? !

Entretanto—chama-nos o illustre articu-lista de diberal do Syllabus! Isso, por nossavez, da-nos.o direito de perguntar ao articu-' lista: e vós sois ou não conservador do Sylla-bus?

Formulemos com mais clareza a pergunta,ou antes ádoptemos a formula, que encontra-mos.impressa no Jornal do Recife, e que ahilemos no primeiro discurso da primeiraconferência publica.

« A igreja de Boma com o papa a suao frente, não é a igreja de Christo, tal como« a creou o seu divino fundador, não é a«igreja catholica, tal eoino estabelleceu-a o« Èedemptor do gênero humano :

• Eis aqui uma formula mais clara da quês-tão :

Ir LÍbÜraldo Syllabus—é o catholico queadmitto uma igreja como papa a sua frente.. 2- Liberal sem Syllabus—é o' catholico quenão admitte o papa a frente da igreja de Je-us Christo !

Assim formulada com mais clareza a quês-tão, que igreja admitte o arliculista ? E Li-beral do Syllabus, isto é, catholico com opapa a frenle da igreja ?

E liberal sem. o, Syllabus, isto é, catholico,sem o papa a frente da sua igreja.

Nos decididamente não abraçamos esse ca<tholicismo puro, e consequentemente somosliberal do Syllabus.

E assim pensando,, conforme a nossa cons-ciência, entendemos também servir a nossapátria que professa a religião catholica após-tolica romana. ' •

, E quando o Shisma e a heresia, de braçodado se appresentam, de publico e nas azasda imprensa vão correr os campos de lavou-ra e os sertões, já tãa agitados por essa fuí'<nesta questão religiosa, nprque nos acabar-daremos de externar os nossos pensamentos,e de contribuir com um pequeno obulo paraa paz da nossa província natal ?

Não. O nosso silencio seria mais que umafalta, seria um crime ; porque assim como,em uma guerra de invasão todo o cidadãodeve ser soldado, assim também nessa lutadesbragada contra os dogmas-da religião-ca-tholica cada catholico sincero deve ser umapóstolo.

Ora, aquella formula que—prega de publico—um catholicismo puro, igreja sem papa doa sna frente, ó uma grande heresiasem-papa'e papa infalível não ha

.porque_¦-,. ,.-,. religião

caifiolica, ta1 como Jesus Christo ainstituio.. E para que tão grande erro não vá aindamais perturbar os ânimos agitados dos sin-gelos e ignorantes habitantes do campo e dossertões ; para que nenhum desalmadp espe-cide com semelhante doutrina, que, a vigõ-"rar, arremessaria o paiz a peior das guerras,a uma guerra religiosa, éjusto que, aparda licerdade do erro, corra também a liberadade da verdade.

E a verdade, na matéria de que nos occu-pamos, è a que foi affirmada pelo grandePio IX na sua Encyclica de 8 de Dezembro.

Ahi affirma o Suinrno Pontífice da igre-ja de Jesus Christo o dogma catholica da pie-na authoridade, divinamente dada por nossoSenhor Jesus Christo ao Pontífice Bomano.de apascentar reger e governar a igreja uni-versai, como consta das seguintes palavras,

« Adversertur catholico dogmati plena; potes-tatis romano pontifici ab- ipso Christo dominodivinitins collata uuiversalcm pascàidi, regendiet gubernandi ecclesiam. »

Ora, se isso não é a verdade para nós oscatholicos, então a conseqüência a deduzirserá: que cada homem, cada cabeça, cadaauthor de uma conferência publica pôde eri-gir-se em pontífice máximo, fundador de umcatholicismo puro!

Podemos comprehender que um homem,no ardor do êhthusiasmÒ, se considere pon-tifice c se julgue com a missão de distribuircoroas, sagrar tribunos e martyres dapa-tria a quem lhe aprouver.

Mas não é desses ephemeros pontífices,que nos occupamos: esses surgem e somem-so,corno bolhas de sabão, como os sonhos deuma imaginação em delírio.

Tratamos sim. do verdadeiro pontífice,desse poder o mais elevado que ha no rnuu-do, desse poder único, infallivel, instituídopor Jesus Christo e posto por elle mesmo afrente da igreja catholica ou universal.

Ah ! para apparecer no mundo tão grandepoder, foi mister que Jesus Christo o pre-cedesse, e se incumbisse da grande missãode fazer brilhar a sua realesa, de illuniinar,de purificar a consciência dos homens ; porque o pontífice romano è o continuador d'a-quclle que se proclamou a si mesmo : a luz,a vida e a via! Ego sum veritas vita et via—

f João 16, 6.) E na verdade o que aproveitaria haver o

Homem Deus semeado a sua doutrina, ins-1 tituido os seus sacramentos e se mostrado o

immortal Pontifi/e ea grande victima doGolgotha ?

De que valeria ter Jesus Christo exercidona plenitude do seu direito e da sua sobera-nia o ministério da palavra, o ministério da

santificação dos ¦ homens, o ministério dadedicação pela salvação das almas ?

Tudo teria sido destruído pelo obstáculoque lhe oppoz o cesarismo, organisadonasynagogae^noimpério romano !

Tudo teria sido nullifiqa.do e ludibriadopelo capricho e pela cegueira daquellasduas forças combinadas.

E uma legalidade iníqua teria desmoro-nado o magestoso edifício, erguido pelo Ho-,mem Deus, selando para sempre o martyriodo Calvário com a pedra de um túmulo 1

Não süccedeu assim.; era impossível!Jesus Christo resuscitou e confirmou os fun-damentos do seu magestoso edifício, dagrande mouarchia christã das nações e dosséculos.

Sim, pela sua resurreição Jesus Christotornou immortal a sua obra,—a j sua igreja,—a sua realesa visível sobie todos os po.vos, essa realesa que, sendo divina em suaorigem, e liberal no seu exercício, é univer-sal na sua duração e extensão.

Não ! Jesus Christo vive, vive nessa igre-j.a catholica, vasta associação de intelligen-cias, a qual continua a applicar ao homema familia e a ordem social os fructos da suaincarnação ; e a realisar, atravessando osséculos e o espaço, Jesus Christo como sen-

a luz, a vida e a via." A luz pela comnranhão da sua doutrina.^, Capela communhão dos méis santifi-

cadores—os sacramentos.A, via pela communhão dos seus chefes—

Quiz vos audit, me audü quiz vos spernit meéperúit; isto é, quem vos ouvir ouve a mim ;quem vos despresa,me despresa.

Vê-se pois que tão magestosa e divina or-ganisação,) cois-o - éy- a- da igreja, não podiaatravessar tantos séculos e estender-se portodas as nações, senão formando um só re-banho, sob -a direcção de um só pastor aoqual todos estão subordinados.

Portanto se a igreja, catholica é visívelpela sua tríplice unidade : unidade de onsi-no, unidade de fontes santificadoras, uuida-de de império e direcção, de que dependeessa unidade, que cada vez mais brilha uomundo pela identidade e permanência ?

O câtnolico vé na unidade e infallibilida-de do papa a razão daquella tríplice unidadeque faz a igreja catholica distincta entre to-das.

E e por isso que tudo muda e tem muda-do no mundo ao redor do império de JesusChristo, e só esse império dura, á 19 secu-los, porque o. seu fundamento é divino, porque Pedro, seu continuador tem as promes-sas de Jesus Christo, e a sua constante as-sistencia,

Stal crux, volvüur orbis! •Eis porque nós os catholicos não compre-

hendemos a igreja catholica sem o papa asua frente. Elle só é o piloto infallivel. paraguiar o barco de Pedro á margem da éter-nidade. E a barca não sossobrará, porqueJesus Christo está com ella. Et egovobiscumsum amnüus diebus usque ad consunimationemseculi.

Desculpe-nos o publico pelo sermão, nãoencommendado,e prouvesse a Deus que elleaproveitasse ainda que fosse a um só dossediciosos—quebra kilos! Desculpe-nos o pu-blico, porque se ha tanta liberdade para in-'juriar e insultar a mais elevada autoridadedo mundo,que muito e que nós que, não te-mos pejo de nos confessar catholico aposto-lico romano, tenhamos a liberdade de teste-munhar ao supremo chefe da igreja catholi-cá o preito da mais alta veneração.

Continuaremos.Be cife 7 de Janeiro do 1875

v

Dr. José Antônio de xigueiredo

A PRQVilMGiÂr.i

Eecife, 8 de Janeiro de 1875.

A crise soeâalA historia nos diz que, quando uma certa

somma de_erros dos que governam ha coílp-cado o paiz em uma situação anormal, em-peiorando a sorte do indivíduo, dos peque-nos centros sociaes e do conjuneto cVestes aque se chama nação, e desviando a todosdas condições de prosperidade, 'que as for-ças sociaes relativas e as circumstanciaspeculiares lhes deveriam garantir, passamos povos por crises assustadoras, por verda-deiras febres, no termo das quaes estaria amorte moral da nação, si não 'fosse o pro-gressp a lei suprema da humanidade e odesígnio inquebrantavel da providencia.

N'esses períodos tremendos o facto pro-cura constituir-se direito, creando uma le-galidade nova, que substitua a que se achacondemnada pela experiência; as explosõespopulares e a violência inspirada pelo resen-timento por longo tempo reprimido surgemcomo aríetes terríveis para destruir em umahora o edifício do erro e da imprevidenciade muito tempo ;.eonstitue-se emfim a revo-lução com todo o seu medonho cortejo decatastrophes e de incertezas; si a sabedo-ria, a prudência, o amor da pátria, e sobre-tudo a moderação, não são.os caracteristi-cos do governo;, si, ao envéz d'isto> a igno-rancia das causas do mal-estar social, a te-nacidade em manter os erros em todas assuas conseqüências, a falta de abnegação ede patriotismo,.e sobretudo o desprezo á so-berania nacional e aos mais sagrados direi-tos e interesses do cidadão, oecupam fatal-mente os conselhos supremos do estado.

Cumpre, poisy que'sejam cuidadosamenteestudadas as causas' de excitação.publica,quando esta se dá; e que o poder publicotrate antes- de|attender . ás justas reclama-ções_ dos interesses sociaes' feridos ou con-trariados, do que de fazer ostentação deuma autoridade, que, só é forte, quando bus-ca sua força na acceitação da opinião publi-ca e no auxilio sincero de todos os cidadãospacíficos, só é respeitável, quando toma porbase o respeito aos direitos e legítimos inte-resses dos associados, só é invencível, quan-do tem por muralhas o amor dos governa-dos, a sua confiança, o seu apoio conven-cido.

Os acontecimentos que se'vão desenvol-vendo no norte do império, quaes fogos fa-tnos a denunciarem uma profunda podridão,precisam de ser maduramente estudadospelo governo, afim de que, conhecidas assuas causas,.recebam estas o necessário pro-vimento, e não permaneçam como germensde uma psrenne fermentação revoluciona-ria, limitada a acção do poder publico acombater quotidianamente os effeitos qued'ellas derivam, e conseguintemente a ag-graval-as.

E' incontestável que a ca^sa principal dosacontecimentos a que nos referimos, ou, pelomenos, aquella que veio trazer ás popula-ções do norte a consciência dos seus soffri-mentos,.a plena convicção do seu mal-estar,e fazer-lhes comprehender que muito ha aclamar e reagir contra a presente ordem decousas,, foi o excessivo aagmento dos impôs-tos, determinado pela nacessidade, que o go-verno se ha creado, de rendas extraordiha-rias e sempre crescentes, para oceorrer aos.encargos, que provém fatalmente da sú^po-litica de corrupção no interior do paiz' emesmo no exterior.

Sim : a agricultura, a industria e o com-mercio brazileiro, todos os ramos em sum-ma da actividado social, estão gravados dosmais pesados impostos, mais onerosos semduvida que os de qualquer outro paiz, atten-ta a difficuldade de transporte dos produc-tos, o elevado custo da producção, e mil ou-trás circumstancias peculiares a um paiznovo, extensissimo, e que ensaia os primei-ros passos no caminho do progresso mate-rial.

E tudo isto porque ?Porque assim ha o governo contrariado a

sua missão de fomentar o desenvolvimentomaterial do paiz, tirando ao esforço dos quetrabalham uma bôa parte de sua seiva ?

Para que tantos impostos, que nem ao

^.U,~.

Page 2: ;'.'- i . I - BNmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00483.pdfum ou outro soldado das fileiras liberaes desmoralisa um grande e disciplinado exer-cito. O partido, apezar disso,

\.

A Província

menos são applicados a sanar o desfalqueque produzem na propriedade particular,sendo convertidos em instrumentos geraesde melhoramento para o trabalho nacional ?

Cumpre dizer a verdade ao paiz, e a dire-mos sem rebuço, sem medo, e sobretudosem paixão, hoje que os mais claros symp-tomas ' de' uma terrível enfermidade amea-çam de destruição o corpo social, si não lheacudirom em.tempo o mais seguro diagnos-tico ao emprego de remédios os mais promp-tos e acertados.

A verdade é esta: o,governo do Brazilprocura a todo o transe ser rico e pródigo,quando a sociedade brazileira ainda é pobre,apezar da espantosa uberdáde do abençoadoterreno .que occupa, até hoje quasi quesóexplorado pela especulação^ do estrangeironão domiciliario no - império, á mingua de

• capitães pertencentes aos Seus habitadoreso de uma proveitosa e bem encaminhadacorrente de emigração.

Para que o governo seja rico, para quepossa vencer pelo ouro, ambicionado'pelocupido estrangeiro, que olha para este paizcomo um repositório das riquezas da natu-reza, e pelo laço nacional, que pede á prodi-galidade do: governo os meios de entregar-sedescuidoso ás blandicias d'este clima feliz,para que possa vencer assim as diíFiculda-

••des, que só a sabedoria ea moralidade de-"" veriam solver, tudo é sacrificado ao imposto:' agricultura, industria, exportação, importa-

ção, e até o consumo dos gêneros nacionaes.' E esse imposto cahe sobre populações en-

tregues aos seus próprios recursos, e priva-das de applical-o por si mesmas aos melho-ramentos à? que carece.

Após o imposto vem a sua cobrança ve-xatoria, cruel, a attestar mais uma vez,- quee antes da sorte d'aquelles, que pedem aoofficialismo o emprego da sua actividade^ doque da sorte d'aquelles, que a empregam im-mediatamente no desenvolvimento materialdo paiz, que cuida o governo com a solici-tude immensa de um governo paternal.

O segredo de tudo isto, já o dissemos, é anecessidade, creada pelo governo, de rendassuperiores áquellas que o paiz lhe deverialegitimamente fornecer.

Assim como o indivíduo, que não dispondosomente o fructo do seu trabalho, e que pro-cura commodos, quando aquelle só lhe bas-ta para. as necessidades imprescindíveis,"vê-se

forçado a recorrer a meios, que redun-dam em prejuízo de terceiros, assim o gover-no, quando não distribua com sabedoria ariqueza publica, quando a applica a misteresque não aproveitam ao paiz, quando crêa

¦ necessidades, propriamente suas, e que não-1 são as que o paiz sente, vê-se obrigado a re-correr ao excesso de impostos, ao veixame, áextorsão.

E' isto o quo vemos entre nós. E' esta acausa que traz irrequietas as populações do

"norte, privadas do portos, de estradas, de"

caminhos de ferro, de instrumentos de tra-balho, e sobretudo de animação ao seu esfpr-" ço, e exploradas iníqua e descommunalmentepelo recrutamento, que entibia o trabalho, áforça do qual lhes é dado auferir os parcosmeios de subsistência, e pela avidez do go-verno, que lhes arranca a possibilidade dedesenvolver 03 seus meios de acção.

E para que esse veixame ? E para queessa extorsão.' Já o dissemos.

Para alimentar um fnucoionalismo im-" nienso, que possa abafar as expansões de in-

dependência particular, desvirtuando assim.! a vontade nacional, e fortificando o poder

pessoal, que a tem substituído : para pagará bocca do cofre a patriótica dedicação d'a-quelles, que irrisoriamente se dizem repre-sentantes da nação: para afogar em rios dedinheirtf a inépcia de diplomatas, que sãodignos representantes de um governo maisinepto : para oceorrer ás exigências de umapolítica de intervenção no sul da America,com prejuízo da tranquillidade e do desen-volvimento do paiz.

E' esta a verdade, quo 'só o patriotismo

nos força a ennunciar. Está ella aliás naconsciência publica.

Contra esta ordem de cousás, certamente,é qne protestam os suecessos que vão oceor-rendo no norte do império.

E será a -política da pertinácia que pode-rá contrapôr-se a estes males ?

Não: todo o patriotismo épouco nas actuaescircnmstancias; é pouca toda a sabedoria dogoverno.

Venha, pois, a moderação do governo, enão o ferro e o fogo; venha uma sabia recisãodos impostos e dos modos de sua arrecada-ção; venha um governo, que não tenha emsi o desprestigio de innumeros erros, como oactual, e que possa inspirar esperança e con-fiança a essas populações agitadas e descri-das; ou será o paiz lançado fatalmente no

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.IflDHÍCATeie§i*s_lB_B___s — Transcrevemos

das outras folhas diárias os seguintes:Blawitz 5 de janeiro—O marechal Ser-

rano, em vez de seguir immediatamentepara Madrid, como se dizia, deixou o com-mando do exercito do norte, e chegou hojeaqui. Diz-se que a sna viagem è motivadapor negócios políticos.

Paris 5—D. Affonso recebeu uma cartaauthographa do, papa, na-qual sua santidadefelicita o pela sua proclaniaçãp.

Paris 6—Realiscu-sehentem a aberturada—Grande Opera—, com grande brilhan-tismo. O presidente Mac-Mahon, sua es-posa, os ministros e os membros do. corpodiplomático ooouparam camarotes, estandotambém presentes todas'.as riotabilidade.políticas e financeiras. O theatro estavaapinhadissimô. A representação- teve grandeêxito. Durante o espectaculo Mr. Garnier(o architecte), foi chamado ao camarote: domarechal Mac-Mahon, que felicitou-o pelobom desempenho da obra;

Paris 6—A noticia da votação na Assem-bleia Nacional espalhou-se1 rapidamente pe-los boulevards, causando grande sensação.Diz-se que o marechal Mac-Mahon pediu aosministros para conservarem suas pastas.

Versailles 6—Na sessão de hoje da As-sembleia Nacional, o general de Cessey leuuma mensagen do'marechal Mac-Mahon,na qual o presidente, da, republica pedia oadiamentoda discussão das leis, que esta-vam na 'ordem do dia, afim de se tomar omimmediata consideração alei que seria pro-posta pelo ministério, para a creação de umacâmara alta.

Sendo lida a lei, contendo aquella medida,propoz Mr. Buffet que ella procedesse á to-das as outras moções; seguindo-se violentadiscussão, ná qual tomou parte grande nu-mero dos deputados;

A assembléia regeitou a moção por 420votos contra 250, declarando assiin que pre-sentemente não ha motivo para discutir-setal medida de preferencia á qualquer outra.

Diz-se que, em vista dessa votação, e.logodepois

'"deito, o ministério pediu sua demis-são ao marechal Mac-Mahon. •

Madrid 5—0 general Moriones, um doscommandantes do exercito do norte, pediusua demissão, que lhe não foi concedida.

As .perações no norte contra os carlistasforam suspensas em conseqüência de instru-cções recebidas de Madrid.'

Madrid 6—Perfeita tranqüilidade em Eos-panha.

Proseguem com actividade*os preparativospara a recepção de D. Àffomsò.

Berlim 5—Terminou hoje o processo ins-taurado contra o bispo de Paderbon, por nãoter cumprido as ordens do governo. O tri-bunal decidiu que elle fosse privado do seutitulo e congrua.:

Lisboa 6—Os jornaes publicam commeu-tarios sobre o discurso da coroa, no sentidode approvar a attitude firme do governo, emrelação aos acontecimentos do Pará, mos-trando-se satisfeitos com as medidas' toma-das pelo governo brazileiro'.

New-York 6—Deu-se um conflicto entrodous partidos de que so compõe a legislaturada Louiziania, em conseqüência das medidasapresentadas acerca das desordens que ulti-mamente tiveram lugar naquelle estado.Esdas medidas eram bastante combatidaspelos conservadores. Tendo a discussão,que se travou, tomado caracter muito serio,o general Sheridan julgou prudente enviartropa para alli. Os- conservadores declara-ram então que retiravam-se da legislatura,indo estabelecer uma assembléia sua.

Londres G—A taxa do desconto nos ban-cos particulares é do 5 Oft), ou l 0[o menosque a taxa official do banco de Inglaterra.Consolidados inglezes a 92 8|8 a entregarem fevereiro. Fundos' brasileiros de 5 0[qa 100. Mercado de café bastante activo opreços muito firmes. Mercado de assucarcalmo e os preços se sustentando sem alte-ração.

Londres 6—Mercado de café calmo ; pre-çes sem alteração. Hoje não houveramtransacções, nem em Londres nem em Li-verpool,' de carregamentos em viagem-querde assucar quer de café.

Liverpool 5—Mercado de algodão activoe preços firmes ; o de Pernambuco fair 7 7j8e o de' Santos idem 7 5u3 d. por libra ; ven-deram-se hoje 14,000 fardos, sendo 1,600procedentes do Brazil. Mercado de assucarcalmo, preços sem alteração.'

Liverpool 5—Aqui chegou hontem o va-por inglez Humboldt, da companhia liver-pool & river plate, trazendo as malas doRio da Prata e do Brazil.-Liverpool 6—O mercado de algodão es-

teve muito animado, e os preços firmes;venderam-se 25,000 fardos, sendo 5,900 doBrazil; o de Pernambuco fair 8 d., e o deSantos idem 7 5\S d. por libra.

1 Havre 5—Mercado de café activo e ospreços .firmes. Algodãpde Pernambuco or-dinario a 91 francos, eb;de Sorocaba idema 89 francos por 50 Idlpgrs.; ha especialprocura das qualidades J)oas.

Havre 6—0 mesmo'; 'MyMarselha 6—-Assuear de Pernambuco 26

francos o 50 centiraoá os"50 kilogrs.. Hamburgo 5—Em conseqüência da pro-

cura do café, os» preços .tendem a subir. <Hamburgo 6—O mercado de café continua

a ter boa procura para especulações, mos-trando tendência a subir.

Antuérpia 5—Transacções regulares nomercado de café, e os preços mantem-sebem.

Antuérpia 6—Nada so fez no mercado docafé, por exigirem òá possuidores preçosmais altos.'. bííjííí £fSj?'a •¦¦ •

Lisboa6—Chegou hoje aqui -o,paquete in-glez Liguria da Companhia do Pacifico, pro'-cedente de Pernambuco.

New-York 5—Cambio sobre Londres 4-88. Preços, do iouro 112 1|4; O mercado docafé, esteve animado e ps preços firmes;o do Rio fair cargoes »18 8/4, e o good,cargoes 19 1/4 cents por; libra.. I As vendado Brazil, em New-York, durante.a semanilse elevaram a 18,000 saecos ; o deposito dodo Brazil, nos Estados Unidos, é de 25,000saecos. Algodão mediano uplands 14 5j8cents por libra ; elevaram-se 'a' 10,000 far-dos as chegadas de hoje aos portos dos Es-tados-Unidòs.

New-York 6—Cambio sobre Londres 4-86. Preços dooujjo 112 lj2. 'O mercado docafé continua activo, e os preços firmes;

dó Rio fair',cargoes 18 3[4, e good car-goes 19 Ij4 òents por libra. Algodão me-diano uplands 14 7j8 cents por libra; seelevaram a 10,000 : fardos as chegadas dehoje aos portos dos Estados Unidos.

Rio de janeiro 5—Cambio sobre Londres26 Ij2 d. bancário, 26 5_8 a 26 5{8 d. parti-cular.

Câmbio sobre Paris 301 rs. por franco.Bahia 6—O paquete nacional Guará, pro-

cedente do Rio de Janeiro pelo EspiritoSanto chegou hoje [pela manhã e sahe atarde paraíPernambuco por Maceió. "v

Bahia 7— Cambio sobre Londres 26* 3[8d. bancário. Cambio sobre Paris 355 rs.por franco. Chegou hoje, pela manhã, doRio de Janeiro, ê sahiu a.tarde para Per-nambuco, o paquete francez Mçndoza; dacompanhia das messagerihs haritimes.

(Havas-BtEuter.)Lisboa 6 de janeiro—O novo rei de Hes-

panha deve chegar amanbã em Madrid.Tudo alli são festas para a sua recepção.Sahiu para o Brazil o paquete inglez Ga-

licia da linha do Pacifico.Para'7—Entrou o vapor inglez Norese-

mana, quo acaba de assentar o cabo telegra-phico entre Demorara e Cayenua.' ¦

Vai sahir para o Sul o vapor inglez GreatNorthern.

Cambio sobre Londres 26 3[8 bancário,26 lj2 2G 3(4 particular.

. ' 7Rio 5—Sahiu hontem para Pernambuco a

barca portugueza Harmonia e chegou hojeprocedente cio mesmo porto o brigue nacio-nal Isabel,

Mercado inaltaravel.Bahia 5—Cambio sobre Londres 26 3j4

bancário.Sobre Pariz 355 rs. particular.Chegou do Rio de Janeiro o paquete fran-

coz Mendòza que hoje mesmo a tardo sahirápara Europa por Pernambuco.

..(Agencia americana.)/S.*S_35ap!.SS._,,2_íjS3í» <J-«S

'EWOVÜIÊ-

Cisa— Lemos no Diário de -hontem quepor portaria da presidência da provínciade 5 do corrente, foram. nomeados _'• e 2*supplentes do delegado" de -policia do ter-mo àè' Bonito, ' o commissario ManoelFrancisco Pessoa da Cunha, e'Otilio Prian-no Lins de Albuquerque, actual 3* Bupplen-te, na ordem em quo so acham ; subdelega-do do 1* districto do mesmo termo, o actual!• supplente, alferes Avelino ¦ Rodrigues daSilva, e para este lugar, o actual 3- supplon-te. Joaquim Antonio Correia de Vasconcelios.

^ae__a CSíS-Spãría—Quando Carlosdissolvia suecossivamente quatro parla-

mentos, que recusavam-lhe subsídios, e fa-ziam-lhe justas reclamações, quem conspi-rava o rei ou o povo ?

Quando Carlos I queria impor uma mes-ma liturgia á todos seus subditos, e preten^dia ser o ^unico poder político, qnem cons-piravap rei ou o povo ?

Quando, no Brazil, a magestade pessoalcolloca-se acima da magestade nacional, fa-zendo dependentes de si todos os outros po-

deres da nação, quem conspira o rei 011 opovo ?

Quando o chefe do uma monarchia con-stitucional procura unir a soberannia espi-ritual as prerogativás da corôaj quem cons-pira o rei ou o povo'?

Quando os agentes do rei, como o rei,mettem debaixo dos pés'à léi fundamentaldó estado, sanecionando'impostos incònsti-tucionaes sobre o pão, a carne, a farinha,este saque a bolsa do pobre, esta sangria asveias da mulher do povo,-que desfarto so-mente pôde dí.r a seUs filhos- • um leite alte-rado pelo máo passar, pela fome, quemconspira o rei ou o povo ?

Quando os ;agèntes fdÒ rei,' contra o dis-posto no § 24 art. 179 da Constituição, con-cede privilégios sobre carros fúnebres, estaextorsão,'por assim dizer, á *jorte, quemconspira o rei ou o povo ?

Quando ás populações, ignaras e desher-'dadas, de nossos sertões, incapazes pela cor-rupçâo que tem plantado o governo,' e pelaexcessiva centraiisação,' sem atinar, talvez>com as causas de seu máo estar, domésticoe social, atira-se ao campo da revolta, quemtem conspirado o governo ou o povo ?' ;Quandó a nação asskte ás farças de pro-cessos.de cacetes e de punhaes, chamadaseleições, exercício dá soberannia nacional,quem conspira o governo ou o povo ?$ O povo dizem os tyrannos.

Os tyrannos diz o povo'. ' '.E a cegueira do rei e.dos lacaios do rei,

nas vésperas das revoluções que lançam porterra thronos e- lacaios de thronos não dei-xa-lhes ver o fumo que' sobe desse terrenogretado', annuúciodas explosões por vir.

, E a cegueira do rei e dos lacaios do reinão mais lhes permitte observações, resis-tòncia, nada. que os contenha, que os illimi-ne, que os advirta de seus erros !

Fatal vertigem ! . v . .Balthazares sentados a mesa do festim,

surdos ao troar das maquinas de guerra dossoldados de Cyrus , VDepois a.:;O braço da providencia castigando os que

profanam a arca sagrada das liberdades dopovo. . '

. Netos dos Theotonios e dos Canecas, osvossos verdugos não vos permittem soquei-o tinir das cadeias!

. Salve, três vezes salvo, César!Os que çpffrem to saúdam o-tíoáISa-te. i.âifu«j_*or. mifore. Íi®v.tíw— .

As scenas de atrocidade administrativa naParahyba são horríveis ; os nossos leitpreVjá têm noticia. ,

E aqui em .Pernambuco, onda. gover.na,um presidente, ao meseqo tempo ridiculo eferoz ! O que terá sido, ó o que será aiuda_,?

Veja-se o que diz o Jornal] do Recife aaante.-liontem: .-iliii:; f n 0.,/« Quarenta e cinco recrutas vão abordo

do paquete Paraná com destino ap Rio deJaneiro e foram embarcados na Parahyba.

São.amotinadóros.ou como taes agarradosmuitos dias depois dos suecessos, estandoem suas casas. Alguns ha maiores de cin-ccenta anncs.

, Vãc estes começar muito tardo a vida desoldado.

A maior parte são casados e deixaram asmulheres o os filhos amparados pela caridadepublica. Um, porém, obteve do còmman-cíante dc vapor a esmela de uma passagempara a mulher e cinco filhinhos, que o vãoacompanhando.» , .

E não chegará o dia do castigo ? .., Até'quando o povo de Pernambuco seráassim calcado e injuriado ?

E'do mais...Fissão jtte jesuâ-ía—Com relação

á prisão do padre jesuíta Aragnetti infor-ma-nos testemunha presencial e insuspeita,por ser conservadora,' o seguinte :

Que o padre Aragnetti vestido á.secularpartira da Baixa Verdo com destino á estncidade afim de entregar-se á prisão, como psseus companheiros já em viagem;

Que chegando á Bom Jardim e' pernoi-tando em casa de uma das autoridades dacomarca, deu-se á conhecer e revelou o fimde sua viagem;

Que disso informado o capitão CândidoAlfredo d'Amorim Caldas pela autoridadeem cuja casa hospedara-se o padre Ar ag-netfci, a pozera em sitio e pela manhã pren-dera o jesuíta, que nenhuma resistência op-poz a prisão,;

Que o dito padre partira pela manhã nomeio de uma numerosa escolta, sendo que oalmocreve de nome José Francisco da Cos-ta, que o acompanhava, fora .igualmenteconduzido amqrrado por cordas j^

'

Que nesse estado, o padre jesuíta no memda escolta e o seu almocreve amarrado cha-garam á Páo d'Alho.

E' esta a informação que uma testemunha

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 Província V*ttWhMái»i..w'il1ii'iir.ímrT**^'''*''''"'' '

7rf\-tr —'--¦ --^-.--ia-w-nit»*iiJrffin4ff:*» .

actualraente nesta cidade, insuspeita e pre-sencial, como já dissemos, nos ministroucom relação á prisão do padre Aragnetti_até' a comarca de Pão d'Alho.....,, .,,,..... - i

1 Perguntamos ao. Sr. Lncena : se esta; e averdade, 'como nos declararam, porque oDiário narra a prisão de modo tão differénte?

Movi-BHC-BÉ-O «I© _F©_»Ç58.S—Cerreuo boato hontem, de que ante-hontem á tar-dinhti sahio para o interior toda a força decavallaria existente nesta capital, ou a maio-

¦ ria de dita força ; assim como nos informa-ram. que tambem sahio para o interior ores-to do batalhão nono de linha.

Será verdade tudo isto ?Que novos e importantes acontecimentos

se estão passando ua província ?. Que ha denovo senhores do governo' ?

Por ventura os presenpes do¦the.atro—•Phenix Dramática—, e da Encruzilhada, jáapivoram o uosso PygmaHão do campo dasPrincezas .

Porq.uea imprensa cfo governo não infor-., ma ao publico do que ha ?

Moveaaaas—Deve ter lugar hoje napovoaeão da Boa-Viagem o hastearacntó dabandeira de Nossa ,Senhora, qae abi sé ve-nera, começando em seguida as novenas.

Devem essas novenas estar muito pompo-sas e hníhantes. Nelias cantam duas dis-tinctas senhoras de elevada posição' social,cuja voz correcta e harraouiosa^p-se sem-pre admirar, entoando uma os versos, cujamusica, ó do maestro Poppe,e outra a Salve,

% Regina:A orchestra composta de distinctos artis-

: tas ê regida pelo maestro Oomto Lcredan.Annunciam-se, pois, muito'brilhantes as

novenas de Nossa .Senhora da Boa-Viagem."Urs&íííos «fé CaB^ft-ana'—O nosso

/amigo, o Sr. Dr. Manoel Henrique, Cardim,nos escreveu a seguinte carta :• « Nada ha de novo por aqui, além do que

, faço constar pela minha correspondência,que' lhe remetto, e que. fará publicar ; em seupoder deve ter mais duas, que tambem lhe' remetti, e foram entregues.

O João Vieira, ha poucos dias, andou fa-zèndo espalhafafcos u mandou chamar a Gre-gorio, dèscompol-omuitò, ameaçando-o decortar-lhe a cabeça ou mandal-o amarradopára o Eecife, so elle continuasse a pronun-ciar-se em favor dos- revoitosos ! Mandoutambem chamer a Juvencio—que oceultou-se, e em òccasião em que estava ou com oDr. juiz de direito e juiz municipal, pedio."„' me por muito boa maneira que o ajudassena missão de paz que estava encarregado,' fazendo acabar com-os revoitosos ao que res-pondi-lhe, quo nada tinha com os taes re-voltosos, e muito menos- com a missão delia.

Adeus;,, . ;' x";Seu cbllega é ainigo—Manoel Henrique

íüíw w4 awi° .Cardim. .1 'Caruaru 3 de Janeiro de 1875.»para

menteem resumo,', visto' nos faltar espaço para

¦'Mi

Áüíli

' Temas .'vários escriptos de Oárii arú;"''ta.^m^réhba^que publicaremos brevou

m.'~dal-as eúi-'extenso.i5o.c i|_s$$§|& ;'àHI(egaal—-O Sr. Ignacio de."fÀlnieidá Sárinho, morador na freguezia dos^"Áffogados, fumei do coiítingente do 8- ba-'^¦ífâhíio' dá guarda;'nacional destacado para•'serviço daguarhição; pede-nos que tornemos-'

pát&nte a^ol^cia" de: que elle foi victima,"°..hb;diá '6 :.do: córrep-te, ás. 6 horas da manhã.^'Passava .'este cidadão pelo quartel do desta-31 carnèhto dáquella '

pòvoáção, quando foi m-"".sultado porum indivíduo que alli se achava,

,v'%:'respondendo aos insultos que soffria, p

COMI I

PRAÇA DO, RE0IFE,"8lDE ÍANEIRO DE 1875—V/.lj

v/'JlsTBES'-HR. DATARDE-> Assucar.^- de Goianna Í$9Ò0. rs. por 15

,°'kils. p.- ab. hontem.Milho—-100 rs.¦•¦por' kil. hontem:'Cambio— sobre Londres 90 d/v 28 5/8y-H26 8/4 e do banco 26 1/2 por 1$000.

¦mi<Düo— sobre Paria 90 d/v 363 rs. o fran->rco btmeo.-aov Dito—dito dito 3 d/y 367 e 368rs. franco

¦ t^hanco.* -a, ..Diíó —dito Lisboa 90 d/v 101 e lli2 0/o e

do banco 10- 0/q. de prêmio.: hfiiDüo—âüo dito 90 d/v 102 0/o e do banco

'•'•Í03 e 104 O/o de prêmio.1 < '""

Cândido Alcoforado, presidente.Oliveii a Rodrigues, secretario.

ALFÂNDEGA DE PEENAMBUCO 8DE JANEIEO DE 1875.

Rendimento do dia 2 a 7...Idem do dia

¦-£_,-..'• r

'. í).vh (,':->oorí:pii'r>ó

iqfi:.<232^21957:169$013

sargento Papae que assistia e protegia, pren-de-o, e como o guarda nacional dissesseque.não podia sor^ecolhido naquella prisão,,oinsolente sargento,, omesmoque ainda.habem pouco tempo espancou o tenente Godo-fredo, mandou'arrastal-o pelos soldados emettel-ona immuilda prisão do. quartel dodestacamento. . - .. ¦

O subdelegado, compadre de Papae, nadafaz que vá confcrarial-o, e tanto assim queum parente do preso' provando a .Ilegalidadeda prisão, o subdelegado. respondeu-lhe :« Tanto posso prendei-o, que.o prendi.-»

O Sr. Correia de Arai-jo não vé nada dis-to, nem quer saber do que se passa pelomundo ; pede que deixom-n'o em paz, e as-sim policia esta feitpria de seu tio.

VÍí'.to30--&—Eecebemos uma'carfca quedescreve do seguinte modo o estado, em quese acha esta cidade /

« Não pode-se avaliar como vão cami-nhando as cousas nesta cidade. A tropa delinha tem éspaldeiríulo até a própria policia.

A luta está travada entre o official com-(mandante o os agentes policiaes do sanguenano Lucena. •

Os destacamentos que por aqui tem pas-sado tem caloteiado a todos. Um dos offi-ciaes esteve-em um dos hotéis que ha aqui edeixou de" pagar oito ou nove dias de papanqa.Teem sido espaldeirados e presos até criau-ças do sete annos, embora sejam logo soltos;porém para aterrorisar-soo povo', assim vãoievançtOrp.

Dando publicidade ao que narramos, aredacção á.n Província prestará á esta infelizVictoria, um serviço.»

Vápíía' <ã& Wa'i—Chegou hontem aMaceió o ,.vapor brasileiro Guará, devendoestar aqui hoje pela manhã.

If_if ¦?_>—Assucar entrado dò 1- de outubrode 74 á 8 de janeiro de 75—580:155 saccos.

Assucar exportado ate a mesma data...;..—516:447 saccos.

- Ki'B&elB"34 4l.agreis:© -Solicitam-nosa seguinte publicação :

« Pede-se ao Sr! Ernestino, fiscal de S.José, que continuo a sustentar a ordem desen antecessor, o Sr. Jeróuymo José Ferrei-ra, para que os vendedores de peixe em-taboleiros não se agglomer.em perto da linhada Locomotora, porquo empèdem o transitoda linha e dizem em altas vozes palavras tãodeslionestas que as famílias não podem che-gar ás varandas de suas casas..,

Esperamos ver o Sr. fiscal tomar em cou-sideração este nosso pedido, aliás muitojusto. »

As asaéé<i|-f(is p.-^aatKfSs^isms — De-pois do primeiro de Janeiro de 1875 as moe-das pontifícias não serão' recebidas- -pelascaixas publicas em França.'

No thesouro depois d'este decreto roce-beu-se em quatro dias, duzentos e oitenta oseto mil quinhentos e sessenta francos emmoedas do papa.

So continuar assim terá-se 'certamente

encaixado cinco ou seis milhões em moe.daspoutiíicaes até o fim do mez.

& líâwÈá, ei© __?aaff4S—"üin jornalfrancez avaliou o que rende annualmente áCaixa municipal,a vendadas lamas de Paris.

Para os adJBdicatbriòs quo compram emmontão, a lama de Paris „vale perto de600,000 francos; mas depois do ter ficadonos esterqueiros, quando é vendida comoestéreo do 3 a 5 francos o metro cubo, souprodueto é de tres milhões de francos poucomais ou menos.

Navios ádescarga para o dia 9 dc Janeiro.Patacho allemão Franz, cimento para o

trapiche Conceição para despachar.Patacho port. Santa Mariu de Belém, pe-

dras para o trapiche Conceição para despa-char.

Patacho port. Galeno, pedras para o tra-piche Conseição para despachar. -

Brigue allemão Lujse, taboádo para o tra-piche Conceição para despachar.

Brigue ingl. Ifillíam, bacalháo já despa-chado para o trapiche Conceição.

Patacho italiano Ermida, mercadoriaspara alfândega c sal já despachado paraterra.

Barca ing. Vqlonta de Dio, carvão já des-pachado para o Cães d'Apollo.

Barca ing. Clementia, trilhos de ferro etrilhos já despachado para o Cães de Apollo.

Brigue ing.. Eva,.farinha já despachadopara o Cães d'Apollo.

Vapor nacional Guará, (esperado) gene-ros naoionaes para o trapiche da Compa-nhia.

Em 1828 a câmara municipal de Parisadjudicava as lamas só pelo preço de 75,000francos;. em, 1831, .os adjudicatorios paga-vam-nas 166,000 francos; e em 1845 a som-ma foi de 500,000 francos.'

Sobre os lucros que os adjudicatorios rea-lisam hoje,, são obrigados pagar as des-pezas da varredura das ruas e o transportedac immundicias. i

O pessoal destinado a este serviço, quefica sob a direcção e a vigia da autoridade,é taxado pelo livro dás despezas, e compõe-se de muitos milheiros de pessoas.:'B_x_^«>8_içã« ssFtãs.iesa psarl^S-©aas©—Em Março próximo terá lugar emParis uma exposição dè obras d'arte exclu-sivamente reset vada para os trabalhos dos ar-Vistas da província. Esta exposição, cuja or-ganisação foi confiada á Sociedade da .união'central

pelo ministro das bellas artes, eracollocada na praça do Carronsel, n'um espa-coso edifício em taboas que conglabaria oarco de triumpho.

i?5oílas—As duas novidade, da estaçãod'inverno que preoecupam mais o mundoleegante são a Fanchou frileuse é o chapéo àmaréchale.

A fanchou faz-se em filo branco, delicado,vaporoso, envolvendo o rosto e atando sede baixo d,a barba ; depois põe-se por cimad'esta nuvem de filo nm chapéo'fechado dei-xando ver o grande laço de filo que fôrmapontas.

O chapâoá maréchale faz-se em feltro, emveludo ou em filo. E' do uma forma bas-tante estudada, apertando um pouco a ca-beca. como as formas directores. Sobre estaforma poe-so e enroupa-se uma grande man-tilha de renda, segurada de um lado por umbonito feixe de rosas. Nada mais bonitoque esta maneira de se encapuzar. O gran-de véo de renda não é sempre exclusivamen-te segurado por flores ; em logar d'ellas poe-se tambem um bonito pássaro ou uma penna¦'comprida.'

€> JTs.pã© ©tviSSs-_._aífic&-s©—Vae-se fundar em breve em Paris um collegioJapomz afim de formar engenheiros. Oocabo de quatro annos os jovens Japonezesfreqüentaram cs cursos dá escola centralcomo discípulos independentes em quantoalguns iam para Inglaterra estudar as con-strucções navaes.¦ _pà*eBsn11« acadfeBi-ic©—A acade:mia vai conferir pela primeira vez em 1875o prêmio—triennal de 3:000 francos, insti-tuido pelo Sr. Guizot.

Este prêmio será dado á melhor sbra pu-blicada nos tres annos precedentes, tratai.}do essa d'uma das grandes épocas da litfcera-tura franceza, desde seu principio até hoje,sejadas velhas obrae dos grandes autoresfrancezes, prozadores oupoetas.plíiloscphos,historiographos, oradores ou críticos era-ditos. • A ',

#S$Ms_.&aa,,É«—A mortalidad^do dia 5do corrente, foi de 7 pessoas

As molestiae que oocasionaram pestes fal-lecimentos foram as seguintes:Ao nascer "...,..Erysipela .-".¦,Variolas bònfluentes..'.Pthysica pulmonarAmollecimento cerebralHvdronezia cardite

¦ '— A do dia 6, foi de 7 pessoas :Hérnia estrangulada.......... ,Variolas confluontesFraqueza congênitaIntoxicação paludosa

OAPATAZIA DE PEENAMBUCO

216:401$2321 Eendimento do dia 2 a 8:021$498

Idem do dia 8., 593$715

3:615§218VOLUMES SAHIDOS

Do dia 2 a -DIA—8

1*. porta2.' dita.. .... . . .O • (._._-_-- ••• • *• ••• ••• •¦• ••• ••• ••• -i

Trapiche Conceição

6,367

.286299191

1138

8,281

SERVIÇO MARÍTIMO

Alvarengas descarregadas nos trapi-ches d'alfandega do dia 2 a 13

Idem no dia 7 :Trapiche Conceição,Trapiche da Alfândega, 2

15

Vapor em descarga.... 1

CONSULADO PROVINCIAL

Eendimento do dia., a 7... 49:423$591

Hypertrophia do coraçãoConvulsões' '.Colifce.chronica.

ríí

AVISOS. .)

'^amòrijas — Devem chegar hoje dosSul, os vapores francez Meâdoza, 3 o brázi-leiro ¦ Guará.

ÈÀeMõtè®—Hoje o?; f--i\;-ni!ii^:-: !De 80 acções da CíuÁJí>!uhia Pernam-

bucana do valor de 100$0Ò0 rs. cada uma,|3elo agente Dias, em o 1- andar da, rua doMarquez de Olinda n. 87.

De 12 barricaa com chouriças e caixascom;champanha ; pelo agente Pestana, noarmazena do Annes, defronte da Alfândega,,ás 11 horas.

Instrucção PaiMicá-^A escolapublica do sexo-mascolino, do Caiíipò Ver-de, acha-se funecionando a rua do Príncipen. 1.

iB-sstttsfito; «Se ]^os§-& §©3i__o-a'ía do Csarni©—Acha-se' abei-tas asaulas deste instituto de instrucção piimáriae secundaria, á rua da roda h.48.

SBocsaes—Para charutos, cigarros, ca-ximbos, bolças para cigarros, para tabacoe mais artiges para fumantes.—Na Tcbaca-ria, á rua do Imperador n. 65.

Cbai-raatos <!e JESavaná" — Q^apreciadores cVestes charutos encònt: ixÈ>,de diversas marcas, e para diversp^roços,na Tahacaria á rua do Imperador;ú^$5.'

M-iape' «i-ó Ceâa_>J|^lprnperial ?rcesa Grosso.—Na Tabafarià, á rua do Im-

.í:braeill. ;;eríp-vjiiidtá

'vm-

perador n. 65.»—-*^=a^_^5__j!!is."--^34«

lllll Sfiililí|ates.ã© d© fíiapí©.

(Continuarão)XXIX-' ";ü soa''

Uma círcumstancia er.íste, Srs., aqü'e':senão tem prestado muita nttenção, o qu'e'-eh-tretanto sendo bem estudada, e rflectida-mente considerada, poda lançar muit^luzsobre esta questão. Ess;- circumstíiuciapáraqual eu vos peço um pcuco de attençãò; :'é" onão ter José Chacon i.compánha{Lo a expe-dição raptora. '¦'¦-'/'-':

Quem é, Srs. juizes, que manda raptar porum estranho, por ur.. homen ce conduetaimmoral o reprovada, a alem dirto aeompa-nhado de vis mercenários, aquell;> còm quemdeseja partilhar seu 1 orne, e nem sequer dalonge- cs acompanha!'

Accrescentae a isto que o rapto iáter-lu-gar em uma noite tempestuosa e'¦ escúrisài-ma; que essa quadrilha tinha de atravessarcom D. Fia via Poppe córregos cheios, emattas escurissimas na extensão dé léguas ;e chegareis a convencer-vos de qúe,^ JoséChacon é miseravelmente covarde', ou queelle premeditava alguma cousa mais do queum simples rapto, e na qual não queriaih-volver-se pessoalmente.

XXXSim: quando se ama deveras, o objécto-

desse amor, é para : nós uma cousa sacra tis-sima; tudo nòs parece impuro diante deller

Quando se ama, ornais leve beijo-dá bri-sa que perpassa parece deixar juína:-uodoana mimosa flor de nossos sonhos. ÇfQüiPMl.óse ama, as mais tênues auras,- o inai.'; b'P^ -

j do suspirar dos.zephiros-, parece-hôaí''vivv^-:Q

¦M\:-.'.(SÍ\.. '/M'

ciem dó dia 27:111--: ,f.

i i.

EECEBEDOEIA DE EENDAS INTÉÈNASGEEAES ,

Eendimento do dia 2 a 7....... 8:045$225.» , . ¦ do dia 8......-1 Boi:413Íl.26

CCfíííí-tSfl S\{ Olíp'*1.' !:K-

Fartesmantii-iarxie 0& ,r_ooDIA—8

ENTEADAS;(New-York—54 dias, lugar arner. Mary He-

len, de 216 tons. cap. I. Saníorn, equip.7, carga vários gêneros, a Johnston Pater&G.' . .

SAHIDASCanal—patacho ingl. Cassandra, cap. Eed-

man, carga assucar.Porto—barca port. Victoria, scap. Santos,

carga vários gêneros.OBSEEVAÇÃO

Fundeou no lam&rão nm brigue inglez, enão teve dommunipaçãó com a terra.

tán^e/çíii u ipc_-,-:. nitúa em PbflJ)" •- . . l-' hoú ,!;d;;.!> ¦

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V:

76:535$6ü-í::

".'i'V--S.

Page 4: ;'.'- i . I - BNmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00483.pdfum ou outro soldado das fileiras liberaes desmoralisa um grande e disciplinado exer-cito. O partido, apezar disso,

r

s./tS/S í ¦ r"— ¦¦'••-,.. !. . I •li!

v ¦• ''', .

7

tos furacões prestes a rrrancarem-nos a rosade nossa alma, e estiral-a desfolhada pelochão abrasador da impuresa. Quando se

.ama, não sofremos que o anjo das nossasadorações receba de outra parte culto estra-nho; porque temos medo que de envoltacom as supplicas vá o veneno subtil da se-ducção.

.;.'.^ Pois bem ; aquillo perante quem tudo é' impuro, a flor que a brisa não po<?e beijarsem manchar, a reza que os zephiros nãopodem emballar sem desfolhar, o anjo que a

(ninguém é dado adorar sem dispertar ciu-mes, JoséChacon entregou a guarda de ho-mens, muitos dos. quaes contão os seus diaspor delictos, a homens que não respiram se-não o odor da lascívia de envolta com aembriaguez do vinho ; confiou ás fezes dasociedade a guarda do que ha de mais san-

.topara quem ama! Isto só tem duas ex-..pliçaçõès possíveis: ou suppor em José Cha-„con uma covardia inda não vista, ou con-"fessar

que, ao enviar Cornelio e seu rancho,.elle.ordenara,'e esperava que se fizesse, ai-

., giiriia cousa mais do qüe um simples rapto.-A.A.A1

Accrescentae, Srs, a estas judiciosissimasponderações a ordem terminante, dada por

(José .Chacon a seus enviados e vereis seépossível pairar no vosso espirito a menor' duvida' sobre quem tenho sido o aggressor

.na.lütado Engenho dAguà./i? Os mandatários dos Chancons-declaram

que José Ohadon, ao incumbil-os de levaremD. Flavia, entregou-lhes as armas necessari-as para a consecução da empreza, dizendo-lhes que empregassem-nas sem susto por-que elle tomava sobre si toda a responsa-bilidade do que porventura succedesse.

Srs. juizes, é preciso viver-se muito lon-ge dos^duladores, e preciso não se ter tidonunca relações com espoletas, ou pelo me-nos não se ter lido a sua historia, para nãoprever quaes serião as cnnsequencias fataes

\ .de tão imprudsnte authorisação.,' . Um dia um rei de Inglaterra muito nosso

conhecido mostrou-se ante seus cortesãosenfadado; pela resistência que oppunha umvenerando prelado aos seus reprovados dese-jos; e tanto bastou,Srs, para que poucas ho-ras depois fosse assassinado junto aosaltaresde Canterbury, na oceasião em que celebra-va a missa, o Arcebispo S. Thomaz Beckt.

. , Entretanto o rei não tinha mandado as-. , sassinar, e.muito menos tinha dito qüe to-

, maria sobre si a responsabilidade do, acto.E' eram fidalgos os que não duvidaram

manchar os degraos do altar com o Canguedo martyr! ' °

Vede agora que effeitos deviam causarsobre espíritos incultos, sobre-homens todoscobertos de vicios e quasi todos, acostuma-dos ap crime, uma ordem positiva de usa-rem das armas, e uma promessa solemne detomar sobre si a responsabilidade de tudo oque elles praticassem !

Srs. Juizes, mandai uma d'essas vis crea-turas dar um beliscão no. vosso inimigo, eelle- dará uma facada ; mandai, fazer umaleve arranhadura, e elle fará uma feridamortal. Se em regra assim é, podeis jui-gar com que raiva, com que disposição, comque açodamento, com que sede de sangue par-tio a quadrilha commandada por Cornelio,depois que José Chacon ordenou-lhe que seservisse das armas e o fizesse sem ceremo-¦niii, porque elle tomaria sobre si o peso det-<k responsabilidade. Elles ardiam por!¦• '-.trar ào séò mandante, qué elle não se

, '.• ignara na escolha que tinha feito. Cada<; .i! temia que o otftro lhe levasse a palma•a actos de bravura. Aquelle quoy ao re-';,'<i.ssar da gloriosa expediçãQ, nãopodesseapresentar aquelle que os tinha mandado asmadeixás de dez Poppes que tivessem cahi-do mortos a .seus pés, julgar-se-ia deshon-rado e indigno da paga promettida.

Veempois, Srs. juizes, que esses tigres,que já sentiam o-odor do sangue, nada maisalmejavãp senão carniça onde matassem asede que os devorava.•

Ora, se tudo. isto é verdade, se José Cha-con, ao entregaras armas aos seus emissa-rios, deu-lhes ordem positiva de usaremd!ellas para a realisação da empresa de queestavão incumbidos, e' se além d'isso essaordem era reforçada pela promessa de queelles nada sofreriam, .é, impossível deixar de

rver-se que elles foram'os: atacantes.4 .1^^-: xxxn | •.Senhores, a minha missão aqui não é ao-

. cusar pessoa alguma, é apenas defender umamigo estremecido da raáis iriiqua aceusação¦ que^ os tempos modernos mencionam.- '• Mas é certo que il'esta causarrhão se pode..defender uma-parte sem aceusar a outra ¦;

por conseguinte desculpae-me, se a necossi-dade me obriga a fazer patentes certas ver-dades, que possam ofender a José Chacone aos seus mandatários.

A ProvinciaConsenti pois/que eu chame a vossa at-tençao especialmente sobre o commandante

da expedição, sobre CornelioXXXIII

"

De origem duvidosa, pois elle mesmo comoque tinha cuidado de oceultar o logar de suaprocedência, appareceu esse homem fatalno engenho dAgua em dias do anuo passa-do. Compadecida D, Herminia do seu es -tado de penúria, e crendo no exterior hypo-crita que elle ostentava de homem honesto'e amante do trabalho, deu-lhe um emprego'no seu engenho nomeando-o seu feitor. Foipassageira, porém a alusão-; bem depressaCornelio mostrou-se quem era. As provasinequívocas de sua immoralidade repetiamse com tanta freqüência que, junetas aomodo ambíguo porque elle fallava de suavida passada, convenceram áquella senhorade que ella tinha recolhido um scelorado.A' vista d'isso a sua demissão não so,podia'fazer esperar, o alguns mezes depois Corne-lio não era mais feitor do engenho dA<ma.

Comprehende-se, Srs. juizes, quão affron-tosa devia ser para um 'homem de tantosbrios a demissão injusta d'pquelle honrosologar. Compreheude-se facilmente o caio'que devia ficaiwotando Cornelio áquella, quenãosoube apreciar suas excellentes qmiíida-des. E realmente assim foi. Desde entãopara cá Cornelio foi um inimigo accerrimoque teve D. Herminia. Sempre que lhe erapossível elle deixava ver o ódio immenso quelhe ia n'alma. Uma cousa, porém, o aca-brunhava mais que tudo, era não'poder darinteira expansão á sua cólera, pleno dessabafo ao seu despeito ; era não poder fazer áD. Herminia e á sua família'todo o mal quedesejava. Elle almejava, elle suspirava por,uma oceasião em que podesse ajustar coma senhora do^eugenho dAgua e sua famili-as mais estreitas contas.

XXXIV^ Ora Srs. juizes, entregai a um homemn essas condições armas e soldados, ordonae-lhe que se sirva de umas e outros, e sobretu-do afiançai-lhe que nenhum damno lhe virádo uso que fizer de ambas as cousas, e avali-ai, se podeis, a celeridade com que elle partea vingar ódios próprios e alheios ; avaliai, se

podeis, o prazer infernal que lhe dilata ocoração, saboreando o gosto da vingançaque vai tomar ; vingança fácil á vista dòsrecursos de que dispõe, e livre de perigo ávista da protecção promettidaAttendei bem, Srs. ; medi intensidade doódio de Corneho, vede-o entrando de revolverem punho e faca á cinta em casa d'aqBellescujo sangue elle desejava beber; e nada maisserá preciso para levar-vos a convicção ina-balayel de que o engenhodAgua foi violenta-mente atacado antes quesepodesse defender

XXXVEn prescindo, porém de toda esta argu-mentação ; eu rejeito toda espécie de dedSo-

çao, por mais lógica que elle possa ser, por-que eu tenho alguma cousa que vale maisque tudo isto, êu tenho o depoimento demuitas testemunhas, eu tenho o testemunhoinsuspeito do próprio assaltante. ManoelFeitor diz no seu depoimento que, aconse-toando a Cornelio afim de não ir ao engenhodAgua, porque lá o estavão" esperando ar-mados, elle respondera que* «ia, porque nemtodos morreriam»; e diz mais que sabe, queelles atacaram o engenho. '

Ora Srs. Juizes, pensae bem estas pala-vras. Corneho sabe que o esperavam arma-dos, responde i vou., porque nem todos mor-rerao. Dizei-me, Srs. um homem quedepois de tal aviso, marcha contra uma casacom taes disposições, deixa a menor duvi-da sobre o modo porque n'ella entrou * E'crivei que n'eytas circumstancias Cornelioentrasse pacificamente na casa de vivendado Engenho d'agua; e isso pela porta datrente e com as luzes acezas 'XXXVI.

Quem quer que estivesse na casa de Ma-noei Feitor, quando d'ahi partiram Corne-ho e os seus, podia predizer, sem medo deerrar, o que ia acontecer ; podia affirrnarque Cornelio ia lançar-se a toda-brida sobreaquelle engenho, accommetter de suibto acasa, atirar mdistinetamente sobre tudo esobre-todos, lançar a confusão e aproveit-an-do-se d ftfla apoderar-se de D. Flavia e fugircom ella... Não.precisa ter-se visto, Srs,basta raciocinar nm pouco para que os olhosdarazao vejam perfeitamente desenhado o

quadro que eu acabo de pintar, porque a ra-zao nos. djz.qua é um absurdo suppor.se queCorneho nessas condicções tenha entrado emcasa de D. Hormihia pacificamente. E éisto mesmo o que uffirmam a as testemunhasLuiz Antônio, Moura, Amorim, seu ir-mao, e outros ; todos-affirmam que Cornelioe seus companheiros penetrarão inesperadae violentamente na casa, disparando 'os

re-volvers e pedindo em altos brados a moca.

Se_ pois tantas testemunhas nos dizem | zôesnaturaes que formaram o direito natuque Popp,e foi atacado, não podeis negar-lhe ral, no qual se lê : Deus não tfem direitos.o direito de defender-se ; elle o fez com toda justiça.

(Continua)

Ainda.os -BiegocSosi depara-- I-I-IRUS

E' assim que appareceu contra nossa es-peotativa no Diário de 5 do corrente o SrPedro Chaves, todo1 cheio de bravatas, insiílírtfvopelo que affirmamos no orgãò Provin-cia de 29, do mez passado em resposta ásua manca defesa*

Não estamos dispostos a perder nossotempo com o Sr. Pedro Chaves, de cujas fa-çanhas tanto sé tem ocòupado osjornaes,mas voltamos ainda esta vez para dar lheum salutar conselho.

Tome juízo, Sr. capitão, e veja que umtornem que tem tão vergonhosos e infaman-tes precedentes como S. S. deve abster-seo mais possível da discussão publica, porque delia só ha de sahir coberto do despreso•com que a sociedade sabe punir os scelera-dos.

O Sr. Pedro Chaves mais do que nós,tem consciência de que não pode sustentaruma luta com o nosso amigo tenente Peixo.to-e se o tenta é porque julga que é esse oúnico meio de safar<se do abysmo onde ir-remissivelmente cahirá.

Já não é somente o nosso amigo Peixotoque lhe imputa a responsabilidade do san-gue derramado em Garanhuns ; o, honradoSr. Castro Chaves o fez também.

Obstina-se ainda em negar ?Pois vá a secretaria da policia e leia a

parte official do digno delegado daquelletermo.Beconheça, Sr. Pedro Chaves, que o te-nente Peixoto não é, como disse S. S. um

perfidoinsinuante, mas um viridico notícia-nor, e que S. S. é que não passa de umaudaz criminoso, que tem escapado a devidapunição de seus crimes, graças a adminis-tração miserável do Sr. Lucena.

Lernbre-se, Sr. Pedro Chaves, que de na-da valem suas msolentes fanfarronadas contra provas tão verídicas e insuspeitas.Convença-se, capitão, que por mais lio-nestidade e innocencia que o seu mentor

procure emprestar-lhe nos artigos que S. Sassigna, (e que não lê talvez) mentindo sempudor, jamais conseguirá livrar o assassinode Pajeú da responsabilidade da carnificinade Garanhuns. '

Eeflicta, Sr. Pedro Chaves, e veja que fi-gura está fazendo em apregoar-se homemde caracter nesta praça onde existem tantos'negociantes

que tem sido victimas de suastraficàncias.,Já lhe dissemos e o repetimos agora : es-

pere qne o nosso amigo que mora distantee ignora essa cobarde aggressão venha re-pelhr seus insultos, pois que já não é maispreciso provar que foi S. S. o heróico espin-' gardeador do povo inerme.

Kecife, 20 de Dezembro de 1874.' F. F.

MNUNCI0Cu

¦£sSSÍ_i»£_*=fe".

Companhia Brazileira de Nave-gaçâo a vaporPortos do Norte

GuaráCommandante Alcanforado

Esperado dos portos do sulaté'o dia 9 do corrente, segui»

Tá para os do norte depois dademora do costume.

Para carga, encommendas, passagens evalores que deverão ser acompanhados dosdespachos d'alfaudega trata-se no escripto-rio

7 — Eua do Vigário —¦'7

• '¦'¦•' Terrenos' • ;;V"Proifes, livres e desembaraça-

dos com 4,000 a 5,000 palmos.de fundo, a 800 e 1$000 o pai-mo.Bernardino B, Coelho e Francisco G. E.

Esteves continuam a retalhar os seus gran-des terrenos, que cercam a estação da Boa-Viagem á 800 ei $000 o palmo.' São terra-nos qüe por sua posição oferecem todas asvantagens, que se pôde desejar : commodi-dade de transporte de materiáes pela via-férrea,.devem animar os pretendentes, osquaes todos os domingos t dias santos po-dem digir-se á,niesmá estação, que acharãocom quem tratar. Eecommenda-se a todasas pessoas, que enconmiehdaram terrenos,que venham quanto antes tomar posse deseus lotes.

-. ¦'./' Attencão !' :¦;;Quem tiver u?^ri Diccionario de

Constancio, já servido, para Ven-der: dirija-se a esta Typograpliia.

Vende-se

Ao _&aatoll©g>Tem o Sr. Piuto de Campos escripto ai-

guns artigos sobre a questão' religiosa ecomo sou um confcamporaneo forca ó que lhedirija algumas letras por motivo d'essaquestão, em meu fraco "pensar não-legal •porque o poder temporal, publico, ou nacio-nal, e o único poderoso em todas as nações ;visto ser o maior poder jurídico que oriin*-nou odireitonatural.

Muita attencão tenho dado aos aludidosartigos, porque desejo aaber a sua opiniãocom respeito, que cabe a primasia, se ao so-berano temporal, ou ao papa guarda da fé.Disse o Sr: Pinto de Campos no artigopublicado no Jornal do Recife üe 12 do cor-rente, além de outras cousas, o seguinte ¦«ambos os poderes teem dirivação divinana sua origem; das duvidas qué se levan-tam sobre o uzo, ou abuso que faz César da.sua autoridade, não sois vós os juizes, massim os dous poderes que discutem em fami-ha os seus direitos. »

a_ Quem assim escreve, parece que diz, osdous poderes são ignaes em poder ; porque anatureza de ambos é a mesma e quando bri-gam, ninguém tem nada que vir com elles,poz elles, aquietam-se reciprocamente semmtimação alguma. •

Comopóde-se considerar semelhante or-dem e prazer de taes dous poderes ? !Onde já se vio dous Césares, dous man-datanos do poder publico, co-habitarem emdoce harmonia,., fazendo ambos o bem dopovo ? ¦•'.>

Outr'ora o poder temporal era sempreabsoluto, e hoje elle é em toda a parte dele-gaçiío do povo. o único verdadeiro soberano.Demais todo o poder assenta sobre as ra- I

Um sitio na freguezia da Várzea limitan-do com o de Afogados, tendo uma boa casade pedra' e cal com quatro quartos, cosinhafora, estribaria para quatro cavallos, umacasinha contígua também de pedra e calpropina para venda, por já estar' acreditadae ter uma armação de louro (que tambémse vende), cacimba de pedra,e cal, com boaágua potável cenfio e tantos pés de coquei-ros, já dando frueto quazi tods, oito pés demangueiras dois ditos, de jaqueiras, cajuei-ras, cafezeiros, laranjeiras, sapotizeiros,bananeiras, jambeiros, baixa para capim, eexcellente terreno para cultivo; chão pro-pno, medindo 1,700 palmos de largo e 450de funde; sô se vende por ter o proprietáriode retirar-se para fora da provincia; a tra-tar na rua Imperial n. 19 aula publica daterceira cadeira.

looiõooDe Gratificaçãor"

Desde o dia 3 do corrente, fugio da casade seu senhor, abaixo assignado, o escravoMiguel, pardo, porém não muito escuro, cor-po reforçado, de 19 annos de idade, officialde marcineiro, bôa altura, e um tanto espi-gado, rosto comprido, olhos castanhos, den-tes perfeitos, cabellos pixainhos, nenhumabarba (apenas buço), pés grandes, levou ves-tido calça e camisa branca e jaqueta pardagosta de jogar gimnastica, e é bastante re-gnsta.

Quem o aprehender leve-o á rua da Uniãon. 43, (Ilha dos Eatos) ou na rua da Cadeia*do Eecife n. 56, primeiro andar, escriptoriode Leal & Irmão, que será recompensadocom a quantia acima mencionada. ""

Eecife 7 de dezembro de 1874." ' /, -Manoel Gomes Miranda Leal.'

vflVende-seDuas casas térreas de pedra e cal emchãos propnos no Becco do Quiabo fre»ne-zia dos Afogados, quem pretender dirija-sea rua de S. Gonçallo n. 3, que achará com

quem tratar.~T^dãTrõmciã