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O lugar A área de 20 mil m 2 destinada à casa da sustentabilidade de Campinas, dividida em área de intervenção (11 mil m 2 ) e envoltória (9 mil m 2 ), é contígua e integra o Parque Portugal, com área total de 648 mil m 2 localizado no bairro Taquaral, no município de Campinas, SP. A gleba apresenta limites físicos definidos por ruas internas a sudoeste, oeste e noroeste; pela pré-existência destinada à guarda mu- nicipal a noroeste; e um talude com uma diferença de nível de aproximadamente 2m a nordeste, leste e sudeste. A área de intervenção é caracterizada por uma declividade (da sua face sudeste à face noroeste de aproximadamente 4 metros), árvores nativas, indivíduos ar- bóreos adultos e um trecho de replantio e equipamentos existentes que darão apoio ao complexo. A área do parque, em função das suas dimensões, inserção urbana, características físicas e equipamentos, tem grande potencial para a utilização da comunidade como área de lazer, recreação e eventos, uma vez que está inserido numa região de Campinas com pre- domínio de residências unifamiliares, serviços e pequenos comércios. A forma e altimetria do parque favorecem uma triangulação das visuais permitindo que a área destinada ao projeto possa ver e ser vista de qualquer ponto do parque e do seu entorno imediato. O público A casa da sustentabilidade está sendo proposta para atender, de maneira didática e cultural, a população de Campinas e região, com um espaço dedicado a abrigar, especificamente, a nova sede do Conselho Municipal de Meio Ambiente- COMO EMA de Campinas. O programa O programa de necessidades foi dividido em 3 macro setores: setor de exposições (acesso livre), setor de reuniões (acesso controla- do), e setor administrativo (acesso restrito). Os espaços abertos e serviço, estão relacionados e distribuídos em todos os setores. A técnica Foi proposto um sistema estrutural pré-fabricado de elementos de aço. Este sistema foi escolhido por influenciar diretamente no ciclo de vida da edificação, desde a sua concepção, até o final de sua vida útil. O aço é um material natural, sua matéria-prima, o ferro, é encontrada em grandes quantidades na crosta terrestre. Suas vantagens são: baixa emissão de C0 2 , baixo consumo de água na produção, baixo impacto negativo no local da construção (por vir semiacabado da fábrica), um ambiente controlado, que limita as operações ao ar livre; tem uma vida longa e, por se tratar de um material mais leve, gera menos escavação, preservando o solo e minimizando as movimentações de terra. A implantação do complexo se deu a partir de duas malhas ordenadoras rotacionadas, ambas com vãos múltiplos de 3m, definidas pelo módulo das peças metálicas pré-fabricadas, evitando ainda mais a produção de resíduos, uma vez que todos os derivados result- antes da produção do aço são reutilizados. LUGAR l alinhamento com edificação do entorno (') PROGRAMA TÉCNICA área de acesso livre malha ordenadora área envoltória área de acesso controlado malha estrutural (') massa vegetada alinhamento no eixo norte-sul área de acesso restrito SÍNTESE O Partido ·--------------· I I I I I I I I I :I I I I I I I I I I I I I I I I I ·--------------· topografia Muitos foram os precedentes arquitetônicos analisados, porém, um projeto contribuiu para desenvolvimento da proposta Naples Bo- tanical Garden Visitar Center (LakeiFiato Architects, Naples, USA, 2014). A análise deste projeto proporcionou a reflexão sobre a temáti- ca da sustentabilidade em um edifício de uso público, sobre as relações sociais, culturais e econômicas envolvidas no programa, sobre o tratamento dos espaços abertos e sobre a linguagem arquitetônica. O partido foi baseado nas decisões relativas ao lugar, programa e técnica. O lugar definiu os níveis gerais da implantação, a orientação dos edifícios e a arquitetura da paisagem, através de duas malhas orde- nadoras com vãos múltiplos de 3m, que organizam o espaço edificado e o espaço aberto uma paralela à edificação pré-existente desti- nada à guarda municipal, favorecendo a integração da edificação proposta com o parque, e outra paralela ao eixo norte-sul, que permitiu que os edifícios tivessem suas maiores fachadas voltadas para leste e oeste, proporcionando as melhores visuais do parque para os usuários do complexo. O programa foi distribuído em volumes isolados ao longo de um percurso que permite ao usuário vencer o desnível do terreno de ma- neira acessível e animada; esse passeio arquitetônico busca a experimentação do edifício e do parque e permite a integração entre os percursos consolidados no parque. Além disso, propõe um objeto-instalação, em que o usuário visualiza e participa dos sistemas de apli- cação da sustentabilidade do edifício A técnica adotada permite à edificação pública maior durabilidade e flexibilidade espacial, proporcionando a universalidade ao edifício. Sua materialidade propõe inovação e experimentação através de tecnologias, serviços e materiais locais, assim como a implementação de estratégias sustentáveis abrangentes em todos os subsistemas da edificação. PERCURSO \,_) ® ( 1t ) ---@ (5) ---@ 2 -acessibilidade e mobilidade Por se tratar de um terreno em desnível, buscou-se um edifício de volumes isolados que se adequa à topografia do lugar. As partes são interligadas por rampas acessíveis e passarelas abertas que promovem um passeio arquitetônico em todo o complexo desde o acesso até a cobertura da área de exposições. 3 - horta comunitária e composteira A sustentabilidade AMBIENTAL e SOCIAL é explorada através da horta comunitária associada á composteira. A localização da horta, ao lado da cozinha, permite a criação de um ciclo, onde os alimentos são aproveitados nas refeições e os restos destas são reciclados através do processo de compostagem, que aduba a horta, fechando assim o ciclo. 9 -sistema captação energia solar Na cobertura do volume que abriga o auditório, foram propostos painéis solares fotovol- taicos para captação da energia solar. A energia captada passa por um controlador; e é direcionado para uma bateria que armazena essa energia para ser distribuído para a rede elétrica após a passagem por um inversor. 1 O- cobertura vegetada 12- acesso e participação da comunidade em todo o complexo, que desfruta da área do parque e dos equipamentos distribuídos em diversos pontos. área de serviços PERSPECTIVA AÉREA GERAL área aberta - - VEGERAÇÃO NATIVA INTEGRAÇÃO VISUAL E CONFORTO TÉRMICO árvores nativas existentes árvores nativas complementares paisagismo produtivo 1t -vegetação nativa e o paisagismo produtivo predom inantes -<( visuais Cerrado e mata atlântica caracterizam o ecossistema de Campinas. Os primeiros biomas descobertos no país, e os que mais se perderam nos últimos anos, fazem com que a cidade, que pretende ofertar 12m' de área verde por habitante, tenha um grande engajamento ecológico. Portanto, o projeto respeita todos os individuas arbóreos e ár- vores nativas existentes no terreno e propõe o plantio de um complemento verde, com , plantas das mesmas espécies originais dispostas também de maneira aleatória. " Propõe-se também um paisagismo produtivo através do plantio de espécies arbóreas de frutos tropicais e subtropicais por serem mais resistentes, exigirem menos manuten- ção e se adaptarem ao clima local. Estas árvores, por sua vez, serão plantadas de 'acordo com a malha ordenadora, criando um pomar linear, delimitado pelos prédios, acessível e inteligível aos visitantes. Esta proposição traz grandes vantagens ao parque, que, além de abrigar pássaros, proporciona sombra nos dias quentes e o prazer de colher uma fruta fresca direto do pé. ventos predominantes saída de ar quente radiação 4- integração visual e conforto térmico O partido organizado através de volumes descolados favoreceu a integração visual e beneficiou a ventilação cruzada em todo o complexo. 5- ventilação/iluminação natural e controle de insolação Todos os cômodos são ventilados e iluminados naturalmente. A ventilação cru- zada é viabilizada por aberturas voltadas para orientação dos ventos predomi- nantes, que permitem a entrada do ar frio, fazendo-o atravessar os espaços, saindo pelas janelas altas na parede da fachada oposta. A passarela também tem papel fundamental nas fachadas, pois desempenha a função de brise, controlando a insolação no verão e proporcionando uma iluminação filtrada no inverno. Também foram utilizados sistemas de iluminação zenital: lentes difusoras que controlam a distribuição da luz natural nos ambientes de reuniões; domus para ilu- minação e ventilação natural nos sanitários. CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA PREFEITURA DE CAMPINAS Um novo tempo para nossa cidade "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL- CAMPINAS- SP INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO

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Page 1: : I I · 2016. 3. 14. · O lugar A área de 20 mil m2 destinada à casa da sustentabilidade de Campinas, dividida em área de intervenção (11 mil m2 ) e envoltória (9 mil m2 ),

O lugar

A área de 20 mil m2 destinada à casa da sustentabilidade de Campinas, dividida em área de intervenção (11 mil m2 ) e envoltória (9 mil m2 ), é contígua e integra o Parque Portugal, com área total de 648 mil m2 localizado no bairro Taquaral, no município de Campinas, SP.

A gleba apresenta limites físicos definidos por ruas internas a sudoeste, oeste e noroeste; pela pré-existência destinada à guarda mu­nicipal a noroeste; e um talude com uma diferença de nível de aproximadamente 2m a nordeste, leste e sudeste. A área de intervenção é caracterizada por uma declividade (da sua face sudeste à face noroeste de aproximadamente 4 metros), árvores nativas, indivíduos ar­bóreos adultos e um trecho de replantio e equipamentos existentes que darão apoio ao complexo.

A área do parque, em função das suas dimensões, inserção urbana, características físicas e equipamentos, tem grande potencial para a utilização da comunidade como área de lazer, recreação e eventos, uma vez que está inserido numa região de Campinas com pre­domínio de residências unifamiliares, serviços e pequenos comércios. A forma e altimetria do parque favorecem uma triangulação das visuais permitindo que a área destinada ao projeto possa ver e ser vista de qualquer ponto do parque e do seu entorno imediato.

O público

A casa da sustentabilidade está sendo proposta para atender, de maneira didática e cultural, a população de Campinas e região, com um espaço dedicado a abrigar, especificamente, a nova sede do Conselho Municipal de Meio Ambiente- COMO EMA de Campinas.

O programa

O programa de necessidades foi dividido em 3 macro setores: setor de exposições (acesso livre), setor de reuniões (acesso controla­do), e setor administrativo (acesso restrito). Os espaços abertos e serviço, estão relacionados e distribuídos em todos os setores.

A técnica

Foi proposto um sistema estrutural pré-fabricado de elementos de aço. Este sistema foi escolhido por influenciar diretamente no ciclo de vida da edificação, desde a sua concepção, até o final de sua vida útil.

O aço é um material natural, sua matéria-prima, o ferro, é encontrada em grandes quantidades na crosta terrestre. Suas vantagens são: baixa emissão de C02 , baixo consumo de água na produção, baixo impacto negativo no local da construção (por vir semiacabado da fábrica), um ambiente controlado, que limita as operações ao ar livre; tem uma vida longa e, por se tratar de um material mais leve, gera menos escavação, preservando o solo e minimizando as movimentações de terra.

A implantação do complexo se deu a partir de duas malhas ordenadoras rotacionadas, ambas com vãos múltiplos de 3m, definidas pelo módulo das peças metálicas pré-fabricadas, evitando ainda mais a produção de resíduos, uma vez que todos os derivados result­antes da produção do aço são reutilizados.

LUGAR

l

• •

alinhamento com edificação do entorno

(')

• PROGRAMA TÉCNICA

área de acesso livre malha ordenadora

área envoltória área de acesso controlado malha estrutural

(') • massa vegetada alinhamento no eixo norte-sul

área de acesso restrito

SÍNTESE

O Partido

·--------------· I

I I I I I I I I

: I I ~

I

I I I I I I I I I I I I I

I I

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topografia

Muitos foram os precedentes arquitetônicos analisados, porém, um projeto contribuiu para desenvolvimento da proposta Naples Bo­tanical Garden Visitar Center (LakeiFiato Architects, Naples, USA, 2014). A análise deste projeto proporcionou a reflexão sobre a temáti­ca da sustentabilidade em um edifício de uso público, sobre as relações sociais, culturais e econômicas envolvidas no programa, sobre o tratamento dos espaços abertos e sobre a linguagem arquitetônica.

O partido foi baseado nas decisões relativas ao lugar, programa e técnica. O lugar definiu os níveis gerais da implantação, a orientação dos edifícios e a arquitetura da paisagem, através de duas malhas orde­

nadoras com vãos múltiplos de 3m, que organizam o espaço edificado e o espaço aberto uma paralela à edificação pré-existente desti­nada à guarda municipal, favorecendo a integração da edificação proposta com o parque, e outra paralela ao eixo norte-sul, que permitiu que os edifícios tivessem suas maiores fachadas voltadas para leste e oeste, proporcionando as melhores visuais do parque para os usuários do complexo.

O programa foi distribuído em volumes isolados ao longo de um percurso que permite ao usuário vencer o desnível do terreno de ma­neira acessível e animada; esse passeio arquitetônico busca a experimentação do edifício e do parque e permite a integração entre os percursos consolidados no parque. Além disso, propõe um objeto-instalação, em que o usuário visualiza e participa dos sistemas de apli­cação da sustentabilidade do edifício

A técnica adotada permite à edificação pública maior durabilidade e flexibilidade espacial, proporcionando a universalidade ao edifício. Sua materialidade propõe inovação e experimentação através de tecnologias, serviços e materiais locais, assim como a implementação de estratégias sustentáveis abrangentes em todos os subsistemas da edificação.

PERCURSO

'1~0. \,_)

®

(1t) ---@ (5)

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· ~)

2 -acessibilidade e mobilidade Por se tratar de um terreno em desnível, buscou-se um edifício de volumes isolados que se adequa à topografia do lugar. As partes são interligadas por rampas acessíveis e passarelas abertas que promovem um passeio arquitetônico em todo o complexo desde o acesso até a cobertura da área de exposições.

3 - horta comunitária e composteira A sustentabilidade AMBIENTAL e SOCIAL é explorada através da horta comunitária associada á composteira. A localização da horta, ao lado da cozinha, permite a criação de um ciclo, onde os alimentos são aproveitados nas refeições e os restos destas são reciclados através do processo de compostagem, que aduba a horta, fechando assim o ciclo.

9 -sistema captação energia solar Na cobertura do volume que abriga o auditório, foram propostos painéis solares fotovol­taicos para captação da energia solar. A energia captada passa por um controlador; e é direcionado para uma bateria que armazena essa energia para ser distribuído para a rede elétrica após a passagem por um inversor.

1 O- cobertura vegetada

12- acesso e participação da comunidade em todo o complexo, que desfruta da área do parque e dos equipamentos distribuídos em diversos pontos.

• área de serviços

PERSPECTIVA AÉREA GERAL

área aberta

--

VEGERAÇÃO NATIVA INTEGRAÇÃO VISUAL E CONFORTO TÉRMICO

• árvores nativas existentes

• árvores nativas complementares

paisagismo produtivo

1t -vegetação nativa e o paisagismo produtivo

~-ventos predom inantes

-<( visuais

Cerrado e mata atlântica caracterizam o ecossistema de Campinas. Os primeiros biomas descobertos no país, e os que mais se perderam nos últimos anos, fazem com que a cidade, que pretende ofertar 12m' de área verde por habitante, tenha um grande engajamento ecológico. Portanto, o projeto respeita todos os individuas arbóreos e ár­vores nativas existentes no terreno e propõe o plantio de um complemento verde, com

, plantas das mesmas espécies originais dispostas também de maneira aleatória. " Propõe-se também um paisagismo produtivo através do plantio de espécies arbóreas

de frutos tropicais e subtropicais por serem mais resistentes, exigirem menos manuten­ção e se adaptarem ao clima local. Estas árvores, por sua vez, serão plantadas de 'acordo com a malha ordenadora, criando um pomar linear, delimitado pelos prédios, acessível e inteligível aos visitantes. Esta proposição traz grandes vantagens ao parque, que, além de abrigar pássaros, proporciona sombra nos dias quentes e o prazer de colher uma fruta fresca direto do pé.

• ventos predominantes

• saída de ar quente

radiação

4- integração visual e conforto térmico O partido organizado através de volumes descolados favoreceu a integração visual e beneficiou a ventilação cruzada em todo o complexo.

5- ventilação/iluminação natural e controle de insolação Todos os cômodos são ventilados e iluminados naturalmente. A ventilação cru­zada é viabilizada por aberturas voltadas para orientação dos ventos predomi­nantes, que permitem a entrada do ar frio, fazendo-o atravessar os espaços, saindo pelas janelas altas na parede da fachada oposta. A passarela também tem papel fundamental nas fachadas, pois desempenha a função de brise, controlando a insolação no verão e proporcionando uma iluminação filtrada no inverno. Também foram utilizados sistemas de iluminação zenital: lentes difusoras que controlam a distribuição da luz natural nos ambientes de reuniões; domus para ilu­minação e ventilação natural nos sanitários.

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA PREFEITURA DE CAMPINAS Um novo tempo para nossa cidade

"CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL- CAMPINAS- SP INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO

Emerson
Texto digitado
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Page 2: : I I · 2016. 3. 14. · O lugar A área de 20 mil m2 destinada à casa da sustentabilidade de Campinas, dividida em área de intervenção (11 mil m2 ) e envoltória (9 mil m2 ),

1 -área de exposições e integração O uso e a materialidade de complexo busca: Sustentabilidade AMBIENTAL através da redução de impacto as­sociada á capacidade de regeneração do lugar (estrutura pré­fabricada metálica, mais leve, e suspensa do solo, favorecendo a drenagem do solo; e recomposição da massa arbórea nativa na área de intervenção); Sustentabilidade ECONÔMICA através da baixa manutenção dos materiais; Sustentabilidade CULTURAL propondo o uso de materiais locais como madeira certificada, basalto, aço, concreto celular, lajes de concreto pré-fabricadas e cerâmica ecológica; Sustentabilidade SOCIAL que permite o acesso e participação da comunidade em todo o complexo, visualizando todos os sub­sistemas do edificio e desfrutando da área do parque.

cobertura

nível do solo

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madeira certificada - brises

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cerâmica ecológica- piso áreas molhadas

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dutos subterrâneos

) ) ) ) evaporadora

6 - sistema geotérmico - captação vertical por sondas em circuito fechado A climatização dos ambientes será feita através de um sistema geotérmico. Trata-se do aprovei­tamento de uma energia de produção continua que se encontra armazenada por baixo da su­perfície terrestre sob a forma de calor a uma temperatura constante todo o ano. É uma ener­gia limpa que aproveita o calor do subsolo para climatizar de forma ecológica. O sistema geotér­mico consiste em retirar o calor natural do solo, transferindo-o para o ambiente por meio de tubos ou dutos, permitindo, com um mesmo sis­tema, aquecer ambientes no inverno e resfria­los no verão.

Aberturas entre os volumes favorecem a integraçãovisual com o parque e beneficiam a ventilação cruzada em todo o complexo. Dutos do sistema geotérmico e da captação de água aparentes. Iluminação natural por lentes difusoras que controlam a distribuição da luz natural nos ambientes de reuniões

aberta acima do volume que abriga as exposições, de onde é possível visualizar: o sistema aparente de captação de água da chuva, filtragem e armazenamento em cister­nas; os sistemas de iluminação zenital nos sanitários e salas de reuniões; além de uma visual completa para todo o parque.

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planta baixa níveis 2 e 3 esc 1/250

Paisagismo produtivo, criando um pomar linear, delimitado pelos prédios, acessível e in- Acesso á área restrita da Sede do CONDEMA, que utiliza das mesmas estratégias sus­teligivel aos visitantes. Sistema de captação de energia solar, e postes de iluminação tentáveis. com placas solares.

1. acesso 2. exposições 3. conjunto de sanitários públicos 4. cisterna 5. cozinha 6. depósito 7. bomba geotérmioa 8. composteira 9. horta 10. circulação livre/pública 11 sala de reuniões 12. estar/espera/área de des­canso 13. sala múltipla 14. auditório 15.passarelafmirante - acesso para cobertura vegetada 16. cobertura vegetada 17. passarela ligação barra 1 e barra 2 18. lounge multiuso 19. arquibancada mulituso 20. café 21 recepção- condema 22. acesso restrito - condema 23. conjunto de banheiros para funcionários- condema 24. copa para funcionários- con­dema 25. estar/espera/área de des­canso - condema 26. circulação- condema 27. li 28. segurança 29. almoxarifado 30. biblioteca 31 reprografia 32. expediente 33. coordenação 34. secretaria executiva 35. presidência

cobertura

nível do solo

torre percolação

643.00 10

.-----i - - -642.00 1

planta baixa nivel1 esc 1/250 planta baixa nível4 esc 1/250 ·············--------..... ····--. .. ·-.. --~ ~ .. -.

/ ' . .. • •

D

filtro de tratamento de efluentes b iológicos

cobertura vegetada ampliação

vegetação substrato leve

membrana de absorção i la

módulos de drenagem

irrigação e retenção de água impermeabilização

7 -cobertura vegetada- com sistema integrado de coleta de águas pluviais e tratamento de esgoto 8 -cisterna para reaproveitamento da água da chuva - filtragem e cloração para reutilização de água no sistema de irrigação e vasos sanitários

Etapas (7 e 8): A. todo o efluente doméstico é direcionado para o filtro de tratamento de efluentes biológico, onde a parte sólida será filtrada e digerida por minhocas, transfor­mando-a em húmus que servirá de nutriente para as plantas. B. o efluente líquido que sai do filtro é encaminhado para uma torre na cobertura, que é cercada de vegetação por todos os lados, onde a água perco la e é oxi­genada antes de chegar na cobertura vegetada. C. a cobertura vegetada funciona como um Wetland (banhado construido): a água chega no Wetland com 90% de limpeza. Nesta etapa, ocorre o tratamento por zona de raizes em toda extensão da laje, onde as bactérias alocadas nas raizes das macrófitas (plantas aquáticas) fazem o tratamento junto à fotossintese das plantas. Enquanto a água está retida no sistema de cobertura vegetada, sendo tratada pelas macrófitas, esta camada de água potencializa o efeito de pro­teção térmica do sistema, ao mesmo tempo que suplementa a necessidade de irrigação da vegetação. D. a água que excede o sistema de cobertura vegetada, depois do tratamento, é direcionada para um reservatório, onde passa pelas etapas finais de filtragem e cloração, e fica armazenada até ser utilizada para irrigação e vasos sanitários. Este sistema substitui com vantagens o uso da fossa séptica e das redes pluvial e cloacal, e reduz o desperdício de água potável.

As aberturas entre volumes, além de favorecerem a ventilação e visualização do parque, promovem espaços para integração e descanso dos funcionários, bem como o lounge multi uso com café.

Mobiliários para integração e uso público: auto falante da natureza, que capta e amplia os sons do entorno, foram distribuídos em diversos pontos do parque, bem como es­preguiçadeiras, bancos, tocos de madeira; auditório multiuso para eventos culturais.

PREFEITURA DE CAMPINAS

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